#Patricia Komeih Romero

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I can see in the the dark too

Theres no way back now now that you know, all that gloom was never really yours and that Yours is the Moonlight

and Christmas lights.

It was never really yours, and with proper lighting you can See oceans yellow dots far away, getting closer once you, in the coaster, Take your shoes off to run towards

Step on the ground until theres no ground trust the watery night Step into the light, for even in the deepest depths of the darkest of the nights, You can still see. That blinding darkness was never really yours.

Patricia Komeih Romero (5 feb. 2024)

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Isle of youth so much

Why do I care (so much) about words when I have Heard all the right ones and felt none of Them, at all? I know, No jury could comndem If I ever decided to never hear again.

And yet, I guess I just didn’t get. This art of naming things. Why would I care? (So much) I’m smart now, therefore I’m aware. I once hoped hearing and saying would mean, as if magic And somehow: no tragedy That somehow he Felt. But it is no spell And in Hell (I testify) the unloved heard I love you four thousand times (so much) Emptied words like a bottle of fine evaporated wine Once thought to be worth millions (Precisely, Seven) Well my Lips are sealed now and ready for Heaven.

Patricia Komeih Romero (Feb.23, 2024)

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Underwater Acoustics

See, lately I hear every song that played when we first met but the sound is underwater.

Slow-paced rhythm, you find yourself word fishing, now carefully catching each previously unseen letter each word losing its meaning and gaining another one.

Unfalling in love is tapping the moss covered glass realising yourself to be the disturbed fish.

Breaking the Aquarium Failing but also Sailing to an unrequested yet welcomed — no choice but to welcome — Sea.

Patricia Komeih Romero (October 24, 2017)

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Talassofilia

Algumas pessoas tem medo do mar, e eu não entendo.

Algumas pessoas tem medo de ficarem presas na água, mas a realidade da água faz com que, se isso acontecesse, nunca seria por mais do que doze minutos. Diferente da Terra, onde você pode ficar preso por muito, muito mais do que doze minutos. E isso eu não entendo.

Algumas pessoas tem medo da imensidão, capaz de cercar todos os lados, as partes de cima e as partes debaixo. Porque de repente e pra onde você olhar: Mar. Mas o Ar faz a mesma coisa, e o Tempo faz a mesma coisa, e ninguém perde tempo tendo medo do Ar. Ele é até celebrado, como essa coisa restauradora que as pessoas buscam abrindo janelas em momentos de crise. Ninguém busca o mar como quem busca um saco de pão pra assoprar. E isso eu não entendo.

A civilização humana sempre gravitou em direção aos mares, rios e lagos da terra. Acima de tudo, esta é uma tática evolutiva. Se você está perto da água, é mais provável que você sobreviva. Diferente do fogo, que você quer ver domesticado e perto o suficiente pra se aquecer e fazer sua comida, mas nada além disso. O Mar é mais do que comida: é entretenimento e moradia, enquanto que ninguém vive no fogo e se entretém com fogo (e quem o faz, eu NÃO entendo)

Algumas pessoas tem medo do mar porque com o mar "não se brinca", não podemos “o subestimar". Mas isso não é causa de medo, é apenas um certo respeito que o Mar pressupõe. Afinal não se põe o pé na água sem certas considerações, mas que isso é visto como medo, eu não entendo.

Quando eu tinha oito anos minha mãe disse que o mar dava medo porque ele te chama, ele te hipnotiza: “Não se deve olhar demais pro mar” Eu percebi que minha mãe era que nem eu, ao contrário. Igual a ela, o mar também me chama, mas é por isso que eu olho demais. Olho de volta. Olho muito e (ainda sim) menos do que eu gostaria. Olharei enquanto puder.

Talvez você não entenda que algumas pessoas tem medo de tudo, menos do mar.

Patricia Komeih Romero (31 de janeiro de 2022)

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The easiest number to remember

What number would I give then as an emergency contact? A simple question but the One that Keeps me up at night, making my coward heart beat furiously out of my dry, dyscalculic mouth

I never liked numbers as I never seemed capable to remember them A simple combination I'm unable to recall, everytime What is my Zipcode? Or an Id, a second more recent mobile number A friends number, a friend's apartment, a number on a street

I'm able to retain numbers for less of a second, just barely enough to copy to paper, or the screen, or the woman in from of me, asking me, unaware of anything wrong with the question What number would I give

as an emergency contact?

Simple combination of spoken words and yet so many terrible things are numbers What's my number? For my hotness, my Value For The day I will die The age I will be then The price I will pay The people who care Zero is the easiest yet hardest number to remember.

Patricia Komeih Romero (June 18, 2023)

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House of Literate Ghosts

Does he ever crave a coffee, like the rest of us? Sitting still, hands on cheek eyes resting calmly on the blackboard calm thoughts passing by, ready to mismatch the emotional riot — Peacefully. Slow-breathing genius of tensed arms and messes But does he ever crave for coffee?

His presence surely to impregnate Like broken bottles of good perfume While he (decaffeinated?) simply contemplates, quietly. Quietly, doesn’t he know I long to know What books rest on his bookshelves? Or scattered around a messed up floor of a house filled with literate ghosts

You seem to care not about caring And yet caring too much: the weight, the past, the backpack but not the coffee strangely never the coffee. First you ran and now you walk Walk with a purpose to never look back never look back and sideways and forward and to me.

Patricia Komeih Romero (Nov. 5, 2018)

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Marco Polo

Me abriguei em todas as suas ausências, e fiz morada Nos silêncios estrondosos, habituada aos sons nunca emitidos e aos dias que não ecoavam.

Me obriguei a todos os silêncios que escutei Até que finalmente, e somente porque o silêncio era alto demais, me respondi

E no eco da minha própria presença, encontrei o soar do recíproco, e o som que realmente importa.

Patricia Komeih Romero (Janeiro de 2020)

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Sobrepondo Celofanes

No meu excesso me fiz invisível e ao preencher espaços não sobraram ausências pra você encaixar valor, mas Meu amor, se transbordar pra tu é ofensa: acusasse também a água do mar, a pipoca de cinema? Se hoje você acordar e, ao acordar, meu acessível for invisível aos olhos… convém aqui mencionar (e sem pretensões obscenas)

que Invisível também é o Ar, e apenas.

Patrícia Komeih Romero (Abril de 2020)

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Nascida na Lua Cheia

Nasceu para ser Sereia, mas não podia ser tão fácil. Não ofertaria sua voz mas passaria a vida inteira tentando encontrá-la.

E iria, mas igual se encontra uma chave do carro; sempre por completo e nunca para sempre.

Em Junho, caminha pela praia: pé esquerdo na água e o direito na areia. Amanhã, quem sabe? Sabe que caminhariam com os pés na Água e na Terra, pois só na Terra já caminhou o suficiente. Mas que se for só pra ser, dali pra frente,

que seja no Mar, e por completo.

Patricia Komeih Romero (6 de setembro de 2021)

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When one explains of death

When one explains of death one should not have to do so with such politeness

Rawness yes and beautifully, yes, but not this Fucking politeness And yet I hear the expected words coming out of my mouth, I see them as I type The Words expected so I, accepted, Remain although emptied, Im allowed to stay

In my loss I’m alone

and by comforting others who have others

-I’m okay. Will I, even now, act willingly On this play Or am I dead too, or too dead to notice My remains possessed by cordiality.

Patricia Komeih Romero (Sept. 23, 2023)

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You’re never alone

Sooner or later you discover the women inside, that you cannot see but they’re carrying you home, wherever that may be.

Its when you cannot rise they stand beside you, behind you their voices on your ears whispering alone can you not only make it but make it better.

And you owe them to listen, to Your grandmother whose heart was broken twice You owe her to Mend your own Get on with yours broken only by you, and wisely and Worthly.

To your tired tireless obedient mother who always did what she had to, knowing life but never laughter You owe her to battle, always but with music on, shoes off, an unapologetic nap, a cat and fresh fucking Flowers.

Believe me you owe them, even to your overly emotional aunt the one that called you crazy because She never saw you but a mirror.

For every tear and drop of blood she ever shed on the same floor she would one day rest You owe her to get up and run. Run sooner than later, but even if later Run while crying, run feeling, And while wishing to stay, Run, anyway.

Sooner or later you discover the women inside of you. And you may have hated them and loved them and lost them They will find you, anyway, they never left.

Their voices whispering You may not have to, but alone you can make it.

Since conception there were three of you, Alone you can make it And You’re never alone, Sooner or later you discover.

Patricia Komeih Romero (July 14, 2023)

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Ligeiramente diferente

Observando aquela que mulher e mais velha Escreve aquilo que todos acham que eu faço quando digo: poesia

E são sempre as mesmas poesias: menina moça saltitante (ela começa) trançando laços de fita carmin no cabelo flamejante, Jogo bola pro vizinho, nostalgia nauseante

Mas meus poemas são ligeiramente diferentes, se fossem utensilios de cozinha não seriam cenários de pano de prato e sim o conjunto de Facas E eu, em sua tábua. Poemas cortam os pedaços inflamados do meu hoje que esparramam ao chão pra que eu possa por fim desviar deles, e dormir. Dormir ainda que sangrando Escrever pra seguir meu caminho um pouco menos inflamada Mas Mutilada, faço torniquete com seu pano de prato e, no aguardo, aguardo O socorro, como explicar que alguns escrevem carmim de sangue?

Patricia Komeih Romero (25 de Junho de 2023)

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Later in the night

Later in the night and I hate Everyone that is loved with a misplaced passion once meant for Something else.

Later in the night and I’m sure

I’m ready To leave If not my body and myself At least You And as I lie here together feeling The fear I fear I’d feel alone Later in the night and I’m ready

To be alone and afraid, elsewhere.

Patricia Komeih Romero (June 24, 2023)