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portal-urubici · 2 years ago
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Destino romântico: 4 cidades para aproveitar o frio em Santa Catarina
26Jun2023 | Leitura 5min
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No litoral e na Serra Catarinense, destacamos paisagens e experiências que farão parte do seu destino romântico
Destino romântico pode ser qualquer lugar quando se está na companhia de quem se ama. Mas também é verdade que há locais cuja paisagem e as experiências turísticas oferecidas fazem com que sejam especiais para curtir a dois.
Em Florianópolis, por exemplo, é possível sobrevoar as belezas da cidade em um voo de helicóptero. Outra aposta é um jantar com vista panorâmica de Balneário Camboriú.
Subindo a serra, há lindas pousadas em Urubici e ricas vinícolas em São Joaquim para curtir a dois temperaturas frias. Destino romântico não falta em Santa Catarina.
Confira a seguir as experiências e paisagens que faz cada uma das cidades litorâneas e serranas ser um bom destino romântico em Santa Catarina.
1. Florianópolis
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Black Sheep Rooftop com vista para Beira-Mar Norte pode ser destino romântico em Florianópolis – Foto: Black Sheep Rooftop/Divulgação
De todas as belezas de Florianópolis, há cantinhos na Ilha da Magia que são especiais para colocar em um roteiro de destino romântico.
É o caso do encantador vilarejo da Costa da Lagoa, com seus restaurantes familiares especializados em frutos do mar, onde se chega por trilha ou barco. Por falar em lagoa, o que acha de um piquenique a dois no gramado ao redor da Lagoa da Conceição?
Por sua vez, a calmaria e a graciosidade de Santo Antônio de Lisboa, com casarios que remetem à ocupação açoriana, fazem do bairro um gostoso lugar para passear e tomar um café em boa companhia.
As mesmas características você encontra no Ribeirão da Ilha, onde poderão desfrutar das famosas ostras de Florianópolis.
Acrescente a esse destino romântico a possibilidade de fazer um voo panorâmico em torno da Capital ou cavalgar em uma das praias mais tranquilas da cidade, de manhã cedo ou sob a claridade da lua cheia.
De noite, vale um jantar romântico em um dos rooftops de Florianópolis, com vistas privilegiadas, como aquelas para a Beira-Mar Norte e para a Ponte Hercílio Luz.
2. Balneário Camboriú
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Observar o entardecer em Balneário Camboriú, na Roda Gigante, pode ser bastante romântico – Foto: Hildo Junior/FG Big Wheel/Divulgação
Se a vida noturna de festas e baladas em Balneário Camboriú fazem parte de sua fama, ela pode também propiciar encontros e amores. Tendo um par ao lado, a cidade se torna destino romântico por algumas experiências. Observar a paisagem do alto da maior Roda Gigante da América Latina é uma delas.
Outra vista panorâmica da cidade que pode ser incluída no destino romântico é o Complexo Turístico Cristo Luz. O local é particularmente especial à noite, quando o holofote aceso ilumina a cidade.
Como o espaço também conta com uma pizzaria, um jantar a dois com Balneário Camboriú acesa ao fundo parece ter um clima especial de romance.
Falando em gastronomia, os pratos com frutos do mar são especialidade do município litorâneo e em cada uma de suas praias há bons restaurantes para desfrutar em companhia.
Outra opção é se hospedar em um hotel com alimentação inclusa. Alguns deles contam com bistrôs de alta gastronomia.
3. Urubici
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Chalé Floresta Secreta, na Pousada Cachoeira da Neve, em Urubici. A cidade tem cara de destino romântico – Foto: Tassiana Granich/Divulgação
A serra de Santa Catarina é a expressão máxima de um destino romântico, especialmente no frio. Não à toa, em Urubici, que é uma das principais cidades serranas turísticas, há pousadas e chalés pensados exclusivamente para casais.
Vista para montanhas, lareira, hidromassagem e cestas de café da manhã fazem parte do pacote de várias delas.
Além da hospedagem, um piquenique ao pôr do sol em um dos morros de Urubici pode muito bem fazer parte do roteiro. Inclua igualmente a visita a um dos parques com passarela de vidro, de onde se tem uma vista deslumbrante. Aproveite o visual para registrar o destino romântico ao lado de quem você ama.
Acrescente igualmente no roteiro de viagem para Urubici um de seus bons restaurantes. Em sua maioria, é muito possível que encontre opções com truta e pinhão. Além da boa gastronomia, vários estão localizados em regiões com vista privilegiada, o que os classifica ainda melhor como destinos românticos.
4. São Joaquim
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Vinícola Quinta da Neve, em São Joaquim. As vinícolas são ótimas opções para um destino romântico – Foto: Assessoria de Imprensa Quinta da Neve/Divulgação
São Joaquim, igualmente na Serra Catarinense, é uma das cidades mais frias de Santa Catarina e do Brasil. As temperaturas negativas são tão frequentes por lá que o município pode registrar centenas de geadas ao ano.
As paisagens brancas e cênicas que se formam por conta do frio é um dos motivos que o faz um destino romântico.
Há ao menos cinco regiões em São Joaquim que são especialmente bonitas quando pintadas de gelo. Imagine você, por exemplo, acordar em uma hospedagem no Vale Caminhos da Neve diante de um campo todo branco. Em seguida, voltar para a cama quente ou desfrutar de um caprichado café da manhã em boa companhia.
Outra atração que faz de São Joaquim um destino romântico são as vinícolas da cidade, que somam quase 20 em operação. Boa parte delas se concentra no Vale do Complexo dos Vinhedos, a poucos quilômetros do Centro. Além de visita, degustação e refeições harmonizadas, algumas ainda oferecem hospedagem.
Referência
destino-romantico-4-cidades-para-aproveitar-o-frio-em-santa-catarina | ND+ . SCC10, [S.I.] 2023. Acesso em: 26 de junho de 2023.
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Os Melhores Piqueniques em Curitiba: Parques para Aproveitar o Sol
1. Parque Barigui: O Refúgio Verde no Coração da Cidade
O Parque Barigui é um dos parques mais populares de Curitiba e oferece uma infraestrutura completa para piqueniques. Com amplos gramados, lagoas e áreas de sombra, é o local perfeito para relaxar e desfrutar de um almoço ao ar livre. Durante o verão, o parque ganha vida com visitantes praticando atividades ao ar livre, caminhadas e passeios de bicicleta. É um lugar ideal para famílias, amigos ou casais que desejam aproveitar o dia com uma vista espetacular da natureza e da cidade.
2. Jardim Botânico: Um Piquenique em Meio ao Verde e à Arquitetura
O Jardim Botânico de Curitiba é um dos cartões-postais mais visitados da cidade, e não é por menos. Além da famosa estufa de vidro, o jardim oferece uma área ampla e arborizada, ideal para piqueniques. Com a natureza ao redor e a paz do local, é um espaço perfeito para desconectar da rotina e aproveitar um momento de lazer. Se você está planejando um dia de piquenique, o Jardim Botânico também oferece trilhas para caminhada e belos cenários fotográficos.
3. Parque Tingui: Uma Experiência Mais Tranquila e Isolada
Para quem busca um local mais tranquilo e menos turístico, o Parque Tingui é uma excelente escolha. Localizado na região norte de Curitiba, esse parque oferece paisagens serenas com áreas abertas e pequenas trilhas ao redor do lago. Ideal para quem prefere um piquenique mais privado, o parque é perfeito para relaxar, ler um livro ou apenas aproveitar a paz do ambiente.
4. Parque da Pedreira: Piquenique com Vista para a Natureza
O Parque da Pedreira é uma opção menos conhecida, mas de extrema beleza. Localizado na região sul da cidade, o parque conta com uma grande área verde e um lago rodeado por vegetação nativa. Além de ser ideal para piqueniques, o local também abriga o famoso Memorial da América Latina, que oferece uma programação cultural variada durante o ano. Uma ótima opção para quem deseja conciliar momentos de lazer com cultura e história.
5. Bosque Alemão: Um Piquenique em Meio à História e à Natureza
O Bosque Alemão é um dos parques mais charmosos de Curitiba, que remete à colonização germânica. Com suas trilhas, áreas de sombra e a famosa Casa de Bonecas, o bosque oferece o cenário perfeito para um piquenique tranquilo. Este parque é também o local ideal para quem gosta de caminhar enquanto aprecia a arquitetura e o estilo de vida dos primeiros colonos alemães.
Como Tornar sua Estadia em Curitiba Ainda Melhor com a Nacional Inn
Após um delicioso piquenique em um desses parques, nada melhor do que voltar para um hotel confortável e bem localizado. A Nacional Inn oferece uma excelente opção de hospedagem em Curitiba, com a Cassino Tower Hotel Curitiba Aeroporto, que combina conforto e conveniência. Situado perto do aeroporto, o hotel é ideal para quem busca praticidade e conforto. Além de oferecer acomodações de luxo, o hotel conta com suítes premium, quartos confortáveis, Wi-Fi gratuito e uma piscina para relaxamento, garantindo que sua experiência em Curitiba seja inesquecível. Para mais informações, acesse Cassino Tower Hotel Curitiba Aeroporto.
A Nacional Inn é conhecida pela qualidade de seus serviços e pela variedade de opções de hospedagem em todo o Brasil, incluindo hotéis perto de aeroportos, perfeitos para quem tem voos cedo ou está em uma viagem de negócios. Com ofertas de hotéis exclusivas, você pode aproveitar pacotes personalizados e estadia com café da manhã, o que torna sua estadia ainda mais prática e agradável. Para quem busca conforto, a rede de hotéis oferece opções com spa e relaxamento, além de centros de convenções para aqueles que visitam Curitiba a trabalho.
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Lugares para Relaxar em Curitiba Spas e Áreas de Bem-Estar
Curitiba é uma cidade que combina modernidade e natureza, e para aqueles que buscam momentos de tranquilidade e descanso, ela oferece diversas opções de spas e áreas de bem-estar. Se você está planejando uma viagem e deseja relaxar e se recuperar do ritmo acelerado da vida urbana, Curitiba é o destino ideal. Aqui estão algumas das melhores opções de lugares para relaxar e cuidar de seu corpo e mente na cidade.
1. Spa do Vinho – Acomodações e Tratamentos Exclusivos
Localizado no Hotel Victoria Villa, o Spa do Vinho oferece uma experiência única de relaxamento em meio ao luxo e à sofisticação. A proposta do spa é proporcionar tratamentos exclusivos que combinam as propriedades das uvas e do vinho para melhorar a saúde e o bem-estar. Desde massagens revitalizantes até banhos de imersão com vinhos, o ambiente acolhedor e refinado garante um retiro perfeito para quem busca tranquilidade.
Além disso, o hotel dispõe de acomodações de luxo e espaços dedicados ao relaxamento, tornando sua estadia ainda mais completa. Você pode desfrutar de tratamentos que ajudam a aliviar o estresse e a melhorar a circulação sanguínea, enquanto aprecia o conforto de um hotel bem posicionado em Curitiba.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-victoria-villa-curitiba
2. Wellness Center Curitiba
O Wellness Center Curitiba é um lugar dedicado à saúde e ao bem-estar, oferecendo uma vasta gama de tratamentos estéticos e terapêuticos. Localizado em uma região tranquila da cidade, o espaço é perfeito para quem busca reequilibrar as energias, com massagens relaxantes, tratamentos faciais, terapias corporais e serviços de spa. O ambiente é moderno e acolhedor, com profissionais altamente capacitados para garantir uma experiência de relaxamento de alta qualidade.
Este centro é ideal para quem busca não apenas relaxar, mas também cuidar da saúde e da beleza de forma holística. É o local perfeito para se desconectar da rotina e investir no autocuidado.
3. Curitiba Wellness Spa
Com um conceito de bem-estar integrado, o Curitiba Wellness Spa oferece um espaço de paz e harmonia em meio ao agito da cidade. O spa conta com uma equipe especializada em terapias de relaxamento, massagens e tratamentos estéticos. Entre as opções de serviços, destaca-se o banho de ofurô, as massagens terapêuticas e a hidroterapia. O ambiente tranquilo e a decoração minimalista proporcionam uma experiência relaxante, ideal para quem deseja desacelerar e cuidar de si mesmo.
O Curitiba Wellness Spa também oferece pacotes especiais para casais e grupos, criando uma atmosfera de relaxamento compartilhado que torna qualquer momento ainda mais especial.
4. Parques e Áreas Naturais
Além dos spas, Curitiba também é famosa por suas áreas verdes e parques, perfeitos para quem busca um ambiente tranquilo e relaxante sem sair da cidade. O Parque Barigüi e o Jardim Botânico, com suas trilhas e paisagens naturais, são ótimos locais para caminhar e praticar atividades leves ao ar livre. Respirar o ar fresco e aproveitar a natureza ao redor são excelentes maneiras de aliviar o estresse do dia a dia.
O Bosque Alemão, com suas trilhas e áreas de descanso, também é um ótimo destino para quem quer relaxar em meio à natureza, desfrutando de um ambiente tranquilo e rodeado por árvores.
5. Kurotel – Centro de Longevidade e Spa
Embora esteja localizado a uma curta viagem de Curitiba, o Kurotel, em Gramado, é uma excelente opção para quem busca uma experiência de relaxamento profunda e um cuidado mais focado na longevidade. Este centro de longevidade é um dos mais renomados do Brasil e oferece tratamentos médicos e terapêuticos, como massagens terapêuticas, acupuntura e programas detox. Ideal para quem deseja uma recuperação completa de saúde e bem-estar em um ambiente de extrema sofisticação.
6. Hotel Dan Inn Curitiba
O Hotel Dan Inn Curitiba oferece um ambiente acolhedor e confortável, com um toque de sofisticação, perfeito para quem busca descanso. O hotel conta com uma piscina aquecida, academia e uma sauna, além de proporcionar uma ótima infraestrutura para quem deseja relaxar após um dia de passeios ou compromissos de negócios. Sua localização estratégica também facilita o acesso a diversas opções de lazer e turismo, tornando-o uma excelente opção para quem busca descanso e conforto em Curitiba.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-dan-inn-curitiba
7. Thermas de Curitiba
Se você gosta de relaxar em águas termais, a Thermas de Curitiba oferece um ambiente ideal para quem deseja se renovar. Localizado nas proximidades da cidade, o complexo oferece uma variedade de banhos termais e tratamentos com águas ricas em minerais, excelentes para a saúde da pele e para o relaxamento muscular. Além disso, o ambiente tranquilo e as águas aquecidas garantem um descanso profundo e reparador.
8. Hotéis com Spas
Além dos locais exclusivos, diversos hotéis em Curitiba oferecem serviços de spa e relaxamento. Muitas dessas acomodações contam com áreas dedicadas ao bem-estar dos hóspedes, oferecendo massagens, banhos relaxantes, saunas e outros serviços que proporcionam uma experiência de descanso sem sair do hotel. Hotéis como o Hotel Nacional Inn, por exemplo, são ótimas opções para quem deseja um descanso completo, com estrutura de qualidade e serviços especializados.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-nacional-inn-torres-curitiba
Conclusão
Curitiba oferece diversas opções para quem busca relaxamento e bem-estar, seja através de tratamentos exclusivos em spas renomados, caminhadas tranquillas em parques ou momentos de introspecção nas áreas naturais. Aproveitar a cidade em seu ritmo mais calmo e equilibrado pode ser uma experiência revigorante. Se você está em busca de relaxamento, Curitiba tem o que há de melhor para revitalizar seu corpo e mente.
Mais informações sobre hospedagem: https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-victoria-villa-curitiba Confira mais sobre Curitiba no blog: https://blog.nacionalinn.com.br
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schoje · 5 months ago
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FERIADÕES EM ABRIL Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense. Sem dúvidas não deixe para última hora a sua reserva hoteleira. Vem aí dois grandes feriadões para se aproveitar com muitíssima segurança, diversão, gastronomia, cavalgadas, pescas, colheitas de maçã… na hotelaria catarinense, que segue todas as normas de segurança. De fato, os ambientes hoteleiros são extremamente seguros. Diante disso, o mês de abril é uma ótima opção para viajar, por ter um clima mais ameno e mais oportunidades de folgas, com os feriados da Semana Santa e Tiradentes. Certamente os hotéis e pousadas prepararam pacotes especiais. Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Boqueirão Hotel Fazenda – Lages – Colagem – Jefferson Severino A saber, alguns empreendimentos hoteleiros já estão completamente lotados. Além disso, nossa Santa e Bela Catarina é um éden no que se refere a passagens, gastronomia, acolhimento e natureza exuberante. Assim, num raio inferior a 250km temos praias, campos, águas termais, serras, cânions e, nesta última semana a temperatura caiu muito na Serra Catarinense proporcionando até formações de geadas, adiantando informações de como será o nosso inverno. Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Hotel Renar – Fraiburgo – SC, Terra da Maçã no Vale dos Imigrantes de Santa Catarina Naturalmente todos esses atrativos naturais são um convite ao descanso, lazer, diversão, conexão com a natureza diante de tanto alarido e informações negativa. A dica é desconectar-se do corre-corre do dia a dia e conectar-se com si mesmo junto a natureza, fortalecendo as nossas defesas imunológicas. Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Pratas Thermas Resort e Convention – São Carlos – SC – Vale das Águas de Santa Catarina RIO DO RASTRO MARATHON É ADIADA A princípio a Corre Brasil e o Mountain Do, as duas maiores organizadoras de corrida de rua do Sul do Brasil, decidiram adiar a prova que iria mudar o cenário da Serra do Rio do Rastro em maio deste ano. Sem dúvidas e, infelizmente, o atual e delicado momento da pandemia exigiu a transferência para o mês de outubro. Diante disso, a decisão foi tomada depois de um longo debate entre os diretores da prova, o Ministério Público e os representantes das prefeituras das cidades que receberiam a Rio do Rastro Marathon neste primeiro semestre. Kiko Santos – Foto Jeff Severino Com isso e, após a decisão do adiamento, a organização decidiu pelo mês de agosto para promover o evento. Todavia, segundo o diretor técnico do Mountain Do, Kiko dos Santos, a data foi muito questionada pelos inscritos. “De fato, desde o início do projeto Rio do Rastro Marathon, o atleta e todos os envolvidos foram ouvidos e suas opiniões consideradas. E nesse momento, não poderia ser diferente. Naturalmente, não temos como mudar a atual realidade do nosso país e manter a prova na data original, então, decidimos realizar uma votação e oficializar uma nova data contabilizando a opinião da maioria”. Rio do Rastro Marathon – Divulgação A saber, a pesquisa foi enviada por e-mail a cada um dos atletas inscritos, entre os dias 05 a 10 de março, através de método quantitativo. Com isso, 1006 pessoas participaram. 11% não opinaram na data, pois escolheram participar da prova em 2022. Enquanto 22% optaram em manter a data de agosto, e 67% das respostas escolheram a data de outubro. Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira – Localizado no coração de Gramado (RS), o hotel fica a poucos passos da principal avenida da cidade e dos mais procurados atrativos turísticos da Serra Gaúcha. Conforto, modernidade, segurança e praticidade fazem parte do conceito do Prodigy Gramado. NOVA DATA RIO DO RASTRO MARATHON Rio do Rastro Marathon – Divulgação Diante disso, a Rio do Rastro Marathon será realizada nos dias 02 e 03 de outubro de 2021, com as três provas: ciclismo de estrada e mountain bike num percurso de 40km e corrida de estrada: 25km e 42km.
Sendo assim, os atletas que já se inscreveram estão automaticamente transferidos para a nova data e não precisam se preocupar com nada mais referente à inscrição. “Sem dúvidas, sabemos que agora cada um terá que reorganizar as viagens, treinos e planos. Entretanto, preferimos essa opção a correr o risco de manter o evento e sofrer com alterações muito em cima do prazo, impossibilitando ou dificultando a reorganização logística da viagem e readaptação dos treinos”, comenta Kiko. Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Eco Resort Rastro Eco Resort – Bom Jardim da Serra – SC – No topo da serra. SEMANA DO CONSUMIDOR EM JURERÊ INTERNACIONAL Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Jurerê Open Shopping – Foto: Daniel Babinski Com o propósito de marcar o fim temporada de verão e o Dia do Consumidor, o Jurerê Open Shopping, em Jurerê Internacional, promove até o dia 21 de março uma campanha repleta de promoções e vantagens para os clientes. Atualmente, mais de 30 lojas do empreendimento estarão concedendo descontos reais, que podem chegar a 70%. A saber, para quem quiser apenas passear pelo Jurerê Open Shopping, o empreendimento a céu aberto possui três plataformas com várias áreas de convivência, onde é possível desfrutar de espaços para descanso e contemplação, além de operações gastronômicas. Além disso, outros atrativos são os espaços kids, onde as crianças podem se divertir em parquinhos para diferentes faixas-etárias. Restaurante Meat Shop Carnes Nobres – 09 a 14 de março FESTURIS CONECTION Rogerio Siqueira – Palestrante confirmado – Festuris Conection Certamente você quer que seus clientes fiquem satisfeitos, voltem a consumir seu produto ou serviço e falem bem de sua marca, não é mesmo? Então o que você acha de ampliar o seu conhecimento sobre sucesso do cliente? Portanto, na imersão em vendas Top Performer do Festuris Connection acontecerá uma super aula com quem é especialista em bem-atender e satisfazer clientes. Rogério Siqueira, CEO do Grupo Dreams e por seis anos atuou como CEO do Beto Carrero World, o maior parque temático da América Latina, falará sobre “Customer Success: Realize os objetivos do seu cliente”, aula que acontece no primeiro dia do evento. Então, ficou interessado? Por isso aproveite a pré-venda e garanta a sua vaga neste evento exclusivo! Em conclusão, o Festuris Connection acontece nos dias 6 e 7 de maio, no Master Hotel Gramado. Concomitantemente, você pode participar do evento de forma presencial ou acompanhar as aulas do treinamento de forma online. Compre seu ingresso aqui. Brocker Turismo a melhor agência, operadora e receptivo da Serra Gaúcha GOL CONTRA Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Gol B737 MAXs – Divulgação De antemão, a Gol devolve 17 aeronaves desde o início da pandemia e espera encerrar o ano com aproximadamente 15% da frota de NGs substituída pelo MAX. Sendo assim, a companhia aérea vai implementar uma redução ainda maior de oferta durante o mês de março, em relação ao mês de fevereiro, que já foi de queda, com apenas 250 voos operados por dia. Desde já, isto significa que a companhia vai operar apenas cerca de 40% do que foi realizado no mês de março de 2020, começo da pandemia. Atualmente, todos os oito B737 MAXs estão operando em rotas domésticas de etapa média mais longa, enquanto se aguarda uma recuperação do mercado internacional. Diante disso, a Gol espera encerrar o ano com aproximadamente 15% da frota de NGs substituída pelo MAX, o que irá acelerar a retomada do CASK aos patamares comparáveis ao período pré-pandemia. O melhor Açaí – Batido aqui em Floripa. Puríssimo ! Distribuidora oficial. Clique no baner e confira. DESTINOS PELO MUNDO Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Destinos no mundo – Foto: Jefferson Severino A propósito, sabemos que toda essa crise tem nome e sobrenome. Ademais, um a cada três destinos no mundo está completamente fechado ao turismo internacional.
De acordo com os últimos dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o surgimento de novas variantes da Covid-19 levou muitos governos a reverter os esforços para aliviar as restrições de viagens, com fechamentos totais estendidos a turistas principalmente através da Ásia-Pacífico e Regiões da Europa. Com isso, dos 69 destinos com fronteiras totalmente fechadas aos turistas, 30 estão na Ásia e no Pacífico, 15 na Europa, 11 na África, 10 nas Américas e 3 no Oriente Médio. Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense – Viaje pelo Brasil Nesse meio tempo, um número crescente de destinos em todo o mundo agora exige que os turistas internacionais apresentem um teste de PCR ou antígeno negativo na chegada, bem como forneçam seus dados de contato para fins de rastreamento. De fato, na verdade, 32% dos destinos do mundo agora impõem a apresentação de tais evidências como o principal requisito para chegadas internacionais, o que muitas vezes é combinado com uma quarentena, e um número semelhante usa as evidências como uma medida secundária ou terciária. Viaje com responsabilidade e redescubra o nosso Brasil – Travel Ace Assistance, líder em seguro aos viajantes na América Latina – Não viaje sem seguro. MARINA BRUN – A BELLA DA SEMANA Marina Brun – Foto: Bella da Semana – Divulgação Finalmente nossa ninfeta de beleza inocente está de volta. Portanto, prepare-se para o retorno de Marina Brum ao Bella da Semana! Sobretudo com seus cabelos dourados, olhos azuis, beleza inocente e um corpo deliciosamente natural, Marina Brum conquistou uma legião de fãs na melhor revista masculina do Brasil. Então, se você estava com saudades, chegou a hora de saciar a sua vontade, prepare-se… Nesta última segunda-feira (15), publicamos o vídeo de divulgação.  Por fim, o ensaio exclusivo com Marina Brum nua entra no ar nesta quarta-feira (17). Ainda não é assinante? Tenha acesso completo sem restrições! Fique por dentro de tudo o que acontece na maior revista masculina do Brasil: assine AGORA! Galeto Di Paolo – O melhor Primo Canto do Brasil – Foto: Divulgação Leia ainda: Sublimes oportunidades de serviço e aperfeiçoamento intelecto-moral turismoonline.net.br – O portal do turismo, hotelaria, gastronomia, cultura, destinos e viagens – Anuncie aqui: [email protected] Siga este jornalista e fotógrafo no Instagran: @jeff_severino No Youtube também! Fotos: Divulgação / Jefferson Severino / Assessorias de Imprensa / Arquivos Pessoais Fontes: Assessorias de Imprensa Leia ainda: Novo equipamento turístico na Serra Catarinense, com investimentos privados Turismo seguro potencializa um setor fundamental que vem da natureza Demanda turística em Santa Catarina – Santur anuncia investimentos     O post Feriadões de abril deverão movimentar a rede hoteleira catarinense apareceu primeiro em Turismo On-Line.
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arbustus-forbexnordeste · 10 months ago
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minha-chuteira · 1 year ago
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bitsmag · 1 year ago
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pacote-barato · 1 year ago
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coreopsis-and-magnolias · 2 years ago
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Koishikawa Kōrakuen Garden - Tóquio
Maybe you are searching among the branches, for what only appears in the roots
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Como eu havia dito anteriormente, eu odiava viagens através de chaves de portais. A viagem era muito rápida, mas nem por isso ela era confortável. É difícil explicar, mas a sensação é parecida com passar muito rápido por um espaço muito pequeno, além da sensação ferrada de vertigem e enjoo. Quando dei por mim estava me chocando contra um gramado de solo fofo atrás de alguns arbustos. Não havia mais sol e não tinha sinal de pessoas transitando por ali, o que era uma sorte nossa, ou planejamento. Muito bom, professora Priyanka. Lancei uma rápida olhada para Freya e maneei a cabeça em positivo, como se desejasse a ela boa sorte em sua empreitada apenas com um movimento e, sem mais me demorar, lançando uma olhadinha rápida para Thyme, virei e saí apressada, passando as mãos pelos meus cabelos, tirando possíveis folhas e gravetos presos ali.
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Caminhei por alguns minutos pelas ruas de Tóquio e seguindo algumas placas. O meu plano primário era chegar ao Palácio Imperial e dali passar a bisbilhotar as ruas. Afinal, a única coisa que eu tinha era o nome do irmão da senhora Jo. Segurei com firmeza a mochila em minhas costas e atravessei a rua em direção a uma lojinha de conveniências. Haviam algumas placas com muitos Kanjis. E, subitamente, lembrei de um feitiço que havia estudado durante minhas classes de "Assuntos dos trouxas". Para nos adaptarmos aos não-magi precisávamos estar sempre um passo a frente e para isso era crucial entender o que falavam à nossa volta. Olhei para um lado, em seguida para o outro, e quando me certifiquei que ninguém veria meu encantamento, saquei minha varinha e fiz um movimento discreto enquanto mentalizava os símbolos do alfabeto japonês. — Folgian Leoden... — Os Kanji começaram a fazer sentido e esse era o sinal de que o encantamento havia funcionado. Avancei e entrei na lojinha de conveniências. Assim que a porta se abriu uma sineta anunciou minha chegada, tilintando de forma irritante. Logo um homem de meia idade e olhos puxados, como toda a população daquela região, esticou a cabeça por cima do balcão me encarou. Pude ver a sua expressão de dúvida e receio ao me ver. Eu sabia que, por sua idade, estava receoso de que eu não falasse sua língua. Apenas parei e sorri, me inclinando para frente. — Oyasumi, ojīchan. — Lhe desejei boa noite e a sua expressão pareceu suavizar um pouco. — Watashi wa Aurea desu. Hajimemashite. — Boa noite, minha jovem. — Ele respondeu e eu entendi em meu idioma, imediatamente. Sorri simpática. — Me chamo Sr. Fujimoto. Você não é daqui, é? — Ele me perguntou e eu neguei com a cabeça, enquanto andava olhando os produtos. — Não, só estou de passagem. — Olhei para ele, por cima do ombro. — Intercâmbio. Eu estou procurando pelo Sr. Hei-Ryung. Por um acaso o conhece? Peguei alguns pacotes de biscoitos e macarrão instantâneo e levei até o caixa. Ele me estudava minuciosamente e a sua forma de me encarar me fez acreditar que ele conhecia sim o irmão da Sra. Jo, mas ainda ponderava se me contava ou não. Arqueei as sobrancelhas e olhei de canto, pensando qual seria minha próxima movimentação. Professora Priyanka mencionara o seu nome com muito carinho, o que me fez acreditar que já tivessem tido um caso, o que poderia significar que tinham coisas em comum. Se ele e a Sra. Jo fossem minimamente parecidos como irmãos, certamente, não havia sido o exoterismo que o uniu à professora de Hogwarts. Tinha ele uma paixão por ensinar? Seria ele, agora, um professor? — Eu preciso da ajuda dele para um trabalho da faculdade. — Completei e o senhor sorriu. Pareceu mais tranquilo em me passar a informação. Parece que eu havia acertado. — Ah, sim! — Ele rapidamente começou a passar as compras no seu caixa e me deu o valor em Iennes japoneses. Entreguei a ele meu cartão internacional. — Gosto de viajar... — Disse apenas, quando ele me observou de cima a baixo, ao pegar meu cartão para passar em sua máquina. — Eu não sei onde o Sr. Hei-Ryung mora, mas já está quase na hora de ele passar aqui e levar alguma coisa para a sua esposa. — Ele apontou para uns fliperamas no canto da loja de conveniência. — Se quiser esperá-lo aqui, temos essas máquinas de pelúcia. Comprei algumas fichas e resolvi que esperaria pelo Sr. Hei-Ryung ali mesmo.
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Quando o Sr. Hei-Ryung chegou eu já tinha uma pelúcia em mãos, um pequeno e feliz polvo azul que virava do avesso e ficava absolutamente pistola, e tentava pegar um Pokémon destes que eu não fazia a menor ideia do nome. O Sr. Hei-Ryung se aproximou e falou em inglês comigo. Senti algo cutucar em minha costela e, ao olhar para baixo, vi uma varinha. — Um movimento em falso e eu vou precisar explicar pro Sr. Fujimoto que a máquina de pelúcias dele explodiu por causa de um curto-circuito. — O olhei com uma expressão de surpresa, pois ainda que suas palavras fossem hostis seu tom de voz era controlado e parecia até mesmo demonstrar felicidade em me ver. Ele sorria. — Agora me diz quem é você, ou só os legistas vão poder dizer isso, amanhã. — Ãh... — Olhei para o Sr. Fujimoto de soslaio e ele fez um "joínha" para mim. Sorri para ele, como se o agradecesse. — Eu sou Aurea Woodward e eu trabalho como Magizoologista no S.I.C.P.V.M... — Ele suspirou pesadamente, como se não precisasse ligar muitos pontos para entender a situação. — Eu acho melhor irmos para um lugar mais reservado para conversarmos. Demos adeus para o Sr. Fujimoto e seguimos pelas ruas da cidade, por alguns quarteirões e vielas, mas ao contrário do que eu pensei o Sr. Hei-Ryung não me levou até sua casa e logo nos vimos em uma praça infantil. Quando chegamos ali, sem nenhuma testemunha, ele me empurrou para um pouco longe e me apontou sua varinha. Ele ainda não confiava em mim e como demonstração de confiança, puxei minha varinha pelo cabo, com dois dedos, e a joguei para ele. — Eu não to aqui pra te machucar, Jun. — Umedeci os lábios. Estava nervosa, afinal de contas. — E também eu não conseguiria se tentasse. — O estudei dos pés à cabeça. Ele não estava, de fato, em posição de combate. Só estava me confrontando. — E se me atacar pode acabar gerando sanções político-globalizadas. — Só estou me certificando... É sobre o circo dos meus pais, não é? — Maneei a cabeça em positivo e ele suspirou. — O que aconteceu dessa vez? — Um Seminviso escapou e se feriu no processo. — comecei a abaixar os braços, pois sentia que seu estado de alerta e paranoia haviam se tornado frustração e cansaço. — Eu to aqui pra resgatar ele e levar para nossa sede. Cuidar dele. — Negativei com a cabeça. — Eu não estou aqui pra tomar nenhuma ação contra o circo da sua família. — Não?! Igual à minha irmã?! Para ela foi fácil jogar a merda no ventilador e sair do país, começar uma vida nova. — Ele parecia muito irritado. — Ficamos sem prestígio na sociedade bruxa daqui, como párias que não cuidam do mundo mágico! — Engoli em seco. Precisava tomar cuidado onde pisava de agora em diante. — Então vocês cuidam? — Ele suspirou e positivou, se aproximando e me entregando minha varinha em seguida. — Quando eu estava lá eu ajudava, sim, a cuidar. — Ele desviou o olhar e voltou a me encarar. — Mas eu estou trabalhando como professor, agora, em Mahoutokoro. — Então a sua família... — Fui interrompida por Jun, que pareceu ficar um pouco mais furioso. — Seguem firmes e fortes, mas agora estão mais cuidadosos com suas contratações. — Ele se sentou num banco próximo e eu me aproximei, me sentando ao seu lado. — Quando a Jo denunciou nosso circo alegando os maus-tratos eu fui contra ela, sabe? Não queria ver o nome da nossa família na lama. Eu tinha uma visão otimista de nossos pais, mas com as denúncias a Jo foi deserdada e pessoas foram presas, mas eram todos bodes expiatórios. — Ofereci uma barra de chocolate para ele. Eu já comia a minha, pois a história era interessante. Ele negou educadamente. — Eles abafaram o caso e eu os confrontei, mas fui ameaçado de ser deserdado também... parece que aquele circo é a vida deles, e não Jo e eu. — Caramba... Você parece se sentir culpado com isso. — Ele deu de ombros. — Como primogênito, e homem, sempre recebi a maior atenção e as expectativas de seguir com o negócio, e essa pressão me fez ficar cego e não entender o lado da minha irmã. — Sua cabeça pendeu para frente e eu apoiei a bochecha em minha mão. — Se eu pudesse voltar atrás... — Ainda pode se redimir. — Me pus de pé e estendi a mão para ele. — O que acha? Prefere continuar um legado de mentiras de uma família poderosa e influente? Ou fazer algo que se orgulhe no futuro? O certo pelos animais mágicos? — Ele me encarou por vários segundos e eu sorri. — Quem me disse para falar com você não foi a Sra. Jo, mas sim a professora Priyanka. — Seu queixo caiu de leve. — Ela pode ser boa com previsões, mas tenho certeza de que me mandou aqui apenas pela sua fé em você. Ele abaixou a cabeça e eu me agachei em sua frente, olhando seus olhos uma vez mais. — Priyanka estava errada em me mandar falar com você? — Aquele era o ultimato. E após vários segundos ele se pôs de pé e respirou fundo, soltando o ar pesadamente. — Vamos fazer o certo dessa vez. Sorri e ele nos conduziu até a sua casa, onde demos início aos planejamentos para nossa empreitada futura. Feitiços usados: Nome: Folgian Leoden Classificação: Encantamento Descrição: Feitiço aprendido na aula de Estudo dos Trouxas de Salém. O bruxo(a) precisa mentalizar um elemento do idioma que quer mimetizar, uma letra do alfabeto local ou uma frase dita por alguém próximo, e profere as palavras Folgian Leoden juntamente com o movimento de varinha respectivo. Ele funciona como uma miragem para o ouvinte enquanto para o interlocutor os sons são convertidos em pensamentos que ele consegue entender.
***
Fomos ejetadas pela chave de portal em uma área escondida entre árvores, longe dos olhos dos trouxas. Me senti desnorteada por um instante: era noite e o céu já escurecia. Sempre me confundia quando viajava para um lugar distante, onde o horário era completamente diferente. Mas mesmo à noite o parque era lindo, com árvores iluminadas por luzes noturnas, mas mal tive tempo de admirar os arredores, havia trabalho para fazer. - Eu vou procurar o circo, eles devem estar abertos essa noite. - disse apressadamente enquanto soltava os amassos no chão. Me sentia nervosa por chegar no momento de entrar em ação - Me avise se tiver problemas. Boa sorte! Sage, Thyme, venham comigo. - dei um sorriso ansioso para Aurea e adentrei no parque, procurando o circo mágico. ___ O parque estava escuro, mas decorado com luzes noturnas, dessas elétricas mesmo, e depois de algum tempo caminhando entre visitantes trouxas, avistei uma trilha toda iluminada que serpenteava entre as árvores, até desaparecer em um bosque. Nenhum dos visitantes trouxas parecia notá-la, por mais bonita que fosse. Seguindo por ela vi pessoas vestidas como bruxos, conversando animadamente em japonês enquanto seguiam todas na mesma direção. Segui a massa de bruxos enquanto o caminho serpenteava pelas árvores, iluminadas por holofotes mágicos e fadinhas que flutuavam no ar, dando um ar encantado ao lugar. Já tinha certeza de que estava no caminho certo e, após mais alguns minutos caminhando, depois de uma curva, finalmente chegamos à tenda do circo. Era grande e colorida, tão iluminada que parecia ser dia. Mas mesmo impressionada com a estrutura, não perdi muito tempo admirando-a, fui me afastando para a lateral do caminho e então escapei para as árvores, com os dois amassos ainda no meu encalço. Enquanto a plateia lotava a tenda, eu segui entre as árvores, fazendo um grande arco acompanhando a estrutura. Avistei adiante, encoberta pela grandeza da primeira, uma tenda menor, de onde um bruxo puxava um cavalo alado cinzento. Mais adiante, podia ver um acampamento improvisado, com trailers dispostos em um círculo. Devia ser ali que os funcionários do circo dormiam. No momento toda a área estava fervendo de funcionários e visitantes e decidi esperar pelo fim do show. Me afastei um pouco, me escondendo atrás de uma moita e puxei os dois amassos para meu colo para lhes fazer um carinho enquanto esperava que o tempo passasse. Ali no escuro, fiquei me perguntando como seria o show do circo, se as plateia podia ver que as criaturas eram maltratadas, ou se era uma daquelas apresentações tão incríveis que as pessoas esqueciam o que estavam assistindo. A noite passou lentamente e logo Thyme adormeceu sobre minhas pernas. Sage continuava alerta, mesmo deitado ao meu lado, sempre com as orelhas em pé. Apesar de ser tarde, eu não sentia sono, ainda ajustada ao horário de Hogsmeade. Ou das Bermudas. Que dia estranho estava sendo esse… Depois do que pareceram horas, um show de fogos indicou que a apresentação do circo havia chegado ao fim. Me encolhi em meu esconderijo, quando uma onda de bruxos voltou pela trilha ao longe, rindo e conversando em voz alta. Quando finalmente a maior parte da plateia havia deixado o circo, o parque voltou a ficar quieto. Os holofotes da trilha foram apagados e eu estava sozinha no escuro. Me levantei e espreguicei, chamando os amassos em voz baixa. Voltamos para perto do circo o mais silenciosamente que podia. Agora era o pequeno acampamento de funcionário que estava iluminado. Podia ouvir conversa e cantoria, pelo visto comemorando o final do show com sucesso. Com todos comemorando, a tenda das criaturas deveria estar vazia. Já me sentia confiante de que poderia investigar o circo tranquilamente enquanto os funcionários enchiam a cara, quando dei de cara com um homem adulto trabalhando do lado de fora da tenda menor, parecendo consertar os elos de uma longa corrente de ferro com sua varinha. Ele me viu antes que pudesse me esconder e parou seu trabalho, vindo na minha direção com a varinha em punho. Congelei no lugar enquanto ele acendia a varinha e então pareceu relaxar um pouco. Senti ele me olhar de cima a baixo e então encontrar Sage e Thyme com seus olhos felinos brilhando no escuro. Eu mesma não tinha minha varinha em mãos e sabia que seria lenta demais para enfeitiça-lo. Só então me ocorreu que eu não tinha uma boa história caso fosse encontrada. Sorri para o estranho, nervosa. Só tinha uma coisa que eu era pior que duelos e era mentir para as pessoas. - Boa noite. - o homem me cumprimentou em inglês. Não era difícil de olhar para mim e adivinhar que eu não pertencia ao lugar e provavelmente era uma estrangeira. - Está perdida? - ele deu um sorriso, mas seus olhos estavam nos dois filhotes de amasso, que imediatamente começaram a chiar para o homem e me apressei em tranquilizá-los. - Mais ou menos… Sage, Thyme, se comportem! - disse, firme, e Sage ficou quieto imediatamente, mas continuou com os olhos atentos a todos os movimentos do estranho. Me abaixei e segurei Thyme em meus braços antes de voltar a olhar para o homem. Tinha traços orientais, ombros largos e era pelo menos uma cabeça mais alto que eu. Mesmo relaxado, continuou segurando sua varinha apontada na minha direção. - Esses amassos são seus? São muito bonitos. - ele falava lentamente, com um leve sotaque. Senti um arrepio desagradável quando ele pareceu me avaliar mais uma vez, seus olhos parando na varinha que carregava no cano da minha bota. - Ah. Sim… - meu coração batia depressa, enquanto tentava formular uma história que justificasse minha presença. Estávamos sozinhos ali e pensava em um jeito de despistá-lo para voltar à minha missão, sem despertar suspeitas. - Você não deveria andar sozinha por aí, no escuro. Não é seguro. - Thyme sibilou mais uma vez nos meus braços, mas o estranho apenas sorriu, sem se assustar - Você gosta de criaturas? Posso lhe dar um tour dos bastidores, o que acha? - e indicou a tenda atrás de si, hora olhando para mim, hora olhando Sage aos meus pés. Abri a boca. Parecia fácil demais, mas era exatamente isso que eu queria. Não gostava da impressão que o homem me dava e a reação dos amassos era um bom indicativo de que eu estava certa em desconfiar. Ao mesmo tempo, agora que ele sabia que eu estava ali, seria difícil despistá-lo para investigar o lugar em segredo. - Eu adoraria. - senti minha boca seca. Não era isso que havia combinado com Aurea, mas a chance era boa demais para desperdiçar. O homem acreditava que eu era uma turista perdida e era exatamente assim que eu me sentia, então deixei que ele me conduzisse para dentro da tenda das criaturas.
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Por mais que tivéssemos alinhado os termos, Sr. Hey-Riung e eu, nosso caminho até a sua casa foi silencioso a maior parte do tempo e eu não fiz questão de importuná-lo com mais perguntas. A noite no Japão estava gelada, o que me fez questionar o estado de Freya, pois da minha parte deveria conversar com o irmão da Sra. Jo, mas Freya estaria ao relento procurando pelo Seminviso e isso me fazia sentir um pouco de culpa. Eu devia ter pedido para ela vir conversar com o Sr. Hei-Ryung. — O que houve, srta. Woodward? Algo parece inquietar sua mente. Quando ele me perguntou isso estávamos saindo de uma rua apertada repleta de sacos de lixo e bicicletas estacionadas aqui e ali, amarradas em postes, além dos sacos de lixo. A luz amarelada da iluminação pública refletia na umidade que ensopava o chão. — É que uma colega minha veio junto e eu estou um pouco preocupada se ela vai ficar bem... ela está buscando pelo Seminviso nos bosques aos arredores do circo. Jun parou alguns segundos, com as mãos nos bolsos. Seus olhos fitavam um ponto fixo na parede, como se ele tivesse dado um zoom out e, então, olhou para mim por cima do ombro, com uma expressão serena, quase apática. — Foi Jo que escolheu vocês para missão? — Maneei a cabeça em positivo e ele continuou. — Então sua colega vai se sair bem. Vamos, sem tempo a perder. — Concordei e apressei os passos. Logo chegamos à casa do Sr. Hei-Ryung, ele destrancou a porta e entramos. Antes de eu avançar ele esticou o braço, impedindo minha passagem e apontou para meus sapatos, sempre com aquela expressão fria, sem demonstrar muitas emoções. E quando ele tirou os dele, também fiz com os meus tênis. Avançamos por um corredor estreito, porém, lindamente decorado de forma minimalista e de chão de madeira reluzente. Na sala de estar encontramos a esposa do Sr. Hei-Ryung assistindo televisão. Ele se aproximou e deu um beijo em sua testa. Só então que ela reparou a minha presença e se pôs de pé, ajeitando seus cabelos e dando um olhar de desaprovação para Jun. Sorri, contendo uma risada, pois havia notado que não era um problema, necessariamente, eu estar ali, mas sim que ela não estava preparada para me receber. — Querida, essa é Aurea. Aurea, essa é Megan, minha esposa... Aurea é... — Boa noite Sra. Hei-Ryung. — Quando Jun foi começar a explicar a situação eu dei um passo à frente, me prontificando a explicar por mim mesma. Não sabia se ele mentiria ou diria a verdade, mas eu não gostaria de deixá-lo em maus lençóis com sua esposa. — Mil perdões pela intromissão a essa hora, Sra. Megan. Eu trabalho na Sociedade Internacional de Proteção à vida Mágica. Viemos requisitar a ajuda do Sr. Hei-Ryung com um animal mágico perdido. Ela olhou para Jun com um olhar esperançoso e voltou a me observar. — Foi Jo que mandou você aqui? — Maneei a cabeça em positivo. Eu preferi omitir e interpretar “aqui” como “Japão”. — Você está com problemas, querido? — Ela perguntou, preocupada, mas o Sr. Jun sorriu de forma cálida, tocando seu ombro. — sim, um problema que eu ignorei a muito tempo, mas agora tentar resolver. — Acabei por sorrir mais largamente e tive que segurar as lágrimas para não chorar de emoção.
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As horas passaram enquanto eu e o Sr. Hei-Ryung trabalhávamos em poções em seu laboratório alquímico. O laboratório ficava no porão da casa, escondido atrás de uma estante de livros, e era equipado com várias tecnologias dos “não-magi” mas eu podia sentir, e ver, que muitas delas eram encantadas e trabalhavam praticamente sozinhas, o que facilitou muito nosso trabalho. Ele também tinha uma área dedicada apenas à confecção de vidros, também encantada. Eu tomei a liberdade de trabalhar com os recipientes das poções e havia explicado para ele o que queria, como poções de polissuco semiprontas para o caso de precisarmos nos infiltrar no circo, além de poções de cicatrização rápida e bombas de fumaça para caso fôssemos perseguidas. Produzi diversas ampolas circulares para as bombas de fumaça fedorenta que só nos demandaria arremessá-las no chão ou em alvos. Meu único medo era estourá-las em mim e precisar tomar 3 banhos por dia durante um mês inteiro. — Woodward-chan, algum problema? — Sr. Hei-Ryung me perguntou e eu o olhei rapidamente. Claro que ele me questionaria, afinal, estava super calada. Inclusive, uma coisa que eu havia reparado só agora que o efeito do encantamento que eu havia usado mais cedo já tinha passado, é que o inglês do Sr. Hei-Ryung não era muito bom, além de ele não saber muito bem usar o “L”. — Nada eu só... estou com um mau pressentimento. — Continuei tampando as pequenas ampolas de poções. — A professora Priyanka fez uma previsão para mim um tanto quanto... assustadora. Ele apenas maneou a cabeça em positivo e continuou misturando ingredientes e esquentando soluções em fogo baixo. Fiquei esperando por um minuto ou dois pela pergunta que geralmente se fazia depois de comentar algo que eu comentei, mas não, nada veio. Então resolvi eu mesma continuar, ainda que ele não tivesse perguntado. No fim aquela divagação era mais para mim mesma, para poder refletir sobre. — Ela disse que eu precisaria ser astuta como uma raposa... e que haveria luta em meu caminho. E que vermelho definitivamente era a minha cor. — Sobre previsões, Woodward-chan: são imprevisíveis. Só entendemos elas quando acontecem. — Ele suspirou. Parecia triste? — Nós não podemos mudar o futuro, podemos só... espiar. — Ele tentava procurar as palavras certas, pois seu inglês não era muito bom. — Se você recebeu essa previsão é porque  precisava dela, mas talvez só entende quando ela acontecer. — Acho que entendi... O telefone do Sr. Hei-Ryung tocou e ele começou a falar em japonês com alguém. Eu lembrava de tê-lo visto conversando com alguém mais cedo, mas a ligação partiu dele. Eles se conversaram por pouco tempo desta vez, mais ou menos 1 minuto. Ele repousou o telefone celular na mesa e me encarou com seriedade. — Woodward-chan, pedi favor ao meu auxiliar de Mahoutokoro. — Maneei a cabeça em positivo. — Ele me ligar agora e informar que bruxos ruins estão procurando na área do circo. Naquele momento meu coração parou e eu puxei o ar com força, apenas pensando em Freya lá correndo sozinha, no escuro, com nossos dois amassos. Se eles a encontrassem e a capturassem eu nem sei se conseguiria conviver comigo novamente. Peguei minha mochila e comecei a empacotar as coisas que já havíamos preparado embalada pelo sentimento de urgência. Eu não descansaria enquanto colocasse os olhos na ruiva de novo. — Woodward-chan, não deve se precipitar! — Me alertou, mas eu fechei o zíper da mochila e fui até ele. — Obrigada pelo suporte, Sr. Hei-Ryung, mas eu preciso ajudar a minha amiga, ela pode estar com sérios problemas, lidando com um monte de bandidos e... — Vamos, então! — Franzi o cenho e negativei com a cabeça. — Negativo. Se formos juntos podemos acabar os dois nas mãos destas pessoas que estão atrás do seminviso. — Quando eu dei aquele assunto por encerrado ele me segurou pelo ombro e eu o olhei uma vez mais. — Você me ligar, então. — O encarei por alguns instantes e, enfim, trocamos os telefones. — Se eu não retornar dentro de 24 horas: manda uma mensagem para a Jo. — Peguei o telefone da sua mão e, rapidamente, consultando em minha agenda, adicionei o telefone da sra. Jo ali. — Aliás, mesmo se eu retornar, você deveria ligar pra ela. — Girei nos calcanhares e saí.
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Caminhei pelas ruas com a urgência de chegar à área do circo e sequer me dei conta de que eu estava fazendo muito barulho, devido à urgência que caminhava e àquela hora da noite, sem ninguém caminhando pelas ruas que eu passava, fazia minha presença ser facilmente notada. Quando cheguei próxima ao local da chave do nosso portal notei lá na frente contra a luz de um poste, a silhueta escura de um homem caminhando e lançando olhares para o parque. Assim que ele notou minha presença se voltou em minha direção e passou a se aproximar. A sensação que eu tive foi a que meu coração despencou para a barriga. Amedrontada pela sua presença dei dois passos para trás, girei nos calcanhares e segui na direção contrária, porém, lá estava outro homem de sobretudo e, para meu desespero, notei que ele sacava alguma coisa de dentro do seu casaco. — Merda. — Paralisei enquanto tentava pensar em uma solução rápida para aquele impasse. Todas as minhas ideias terminavam em trocação de feitiços em uma área pública contra aqueles dois homens. Me estressava também o fato do meu coração bater tão acelerado e pesado que eu sentia meu peito tremer e meus ouvidos ensurdecerem com o sangue sendo bombeado. As mãos suavam a ponto de eu temer pegar minha varinha e ela escorregar pelos meus dedos. Passos rápidos de corrida e, então, uma mão em minha nuca segurou com força meus cabelos e puxou minha cabeça para trás. Senti uma ponta em meu pescoço e deduzi que fosse uma faca, ou uma varinha. Vozes conversando em japonês e, então, alguém falou em inglês. — Inglesa? Americana? — Apenas o olhei de maneira assustada e, então, maneei a cabeça em positivo. — Kanojo no bakku pakku o kure. O outro homem, que me segurava, tirou a mochila de minhas costas após ter desencostado a varinha do meu pescoço e entregou minha sacola para o que havia falado em inglês comigo. Este, por sua vez, passou a revistar as coisas que haviam ali e pude ouvir os vidros das poções se chocando de leve. Ele sacou a sua varinha e lançou um encantamento em minha direção. Acho que era a versão asiática do “Ariannum Detectum”. Engoli em seco e, então, recebi um soco no rosto. A última coisa que me lembro foi de ver o chão e, então, todo o resto foi um borrão.
***
Entrei na tenda com o estranho atrás de mim e por um segundo não consegui disfarçar minha reação. O chão era de serragem e terra batida, e senti aquele cheiro que indicava que as gaiolas eram limpas com bem menos frequência do que o necessário. Havia pelo menos uma dezena de jaulas, com as mais diversas criaturas mágicas. A maioria delas de aparência miserável. Vi um Farosutil, ainda jovem, não maior que eu mesma. Um hipogrifo e dois cavalos alados, em jaulas tão pequenas que não podiam estender suas asas. Em uma gaiola de pássaros havia uma infinidade de fadinhas amontoadas, em outras gaiolas havia também um caranguejo-de-fogo com várias pedras faltando em sua carapaça e um crupe, que imediatamente se levantou e começou a latir quando viu os amassos. Os latidos me trouxeram de volta e percebi que estava parada no meio da tenda, olhando horrorizada para todas aquelas pobres criaturas. Por sorte, o bruxo pareceu não notar a minha reação: estava ocupado fechando a aba da lona que servia de entrada para a tenda e lançou um feitiço na área para abafar o barulho da festa lá fora, assim como o barulho das criaturas dentro da tenda, para que não fossem ouvidos do lado de fora. Ainda assim, passou por mim para dar uma pancada na gaiola do crupe, resmungando alguma coisa em japonês para que ficasse quieto. O estranho afinal tinha um nome: chamava-se Ichirou. Estava muitíssimo interessado nos amassos e me encheu de perguntas: quantos meses tinham, onde havia os encontrado, se eram obedientes, se havia pensado em treiná-los como animais de guarda ou caça, se davam trabalho e finalmente perguntou se já havia pensado em vendê-los. Também reforçou que, por mais que estivesse acompanhada dos dois, eles não seriam páreo para as ameaças que poderia encontrar lá fora. Explicou que eu não deveria andar sozinha pois havia muita gente mal intencionada nos arredores do circo, ainda mais à noite. O tempo todo, ficou tentando se aproximar para ver os filhotes de perto e chegou a estender a mão para tentar um carinho em Thyme, que sibilou e mostrou os dentes, deixando bem claro que não queria conversa nenhuma com o estranho. Por mais que adorasse falar sobre os amassos, me contive em dar respostas curtas. Não gostava daquele homem cercado de tantas criaturas tristes fazendo perguntas sobre meus filhotes. Querendo sair logo dali, corri os olhos pelas gaiolas ao meu redor, procurando algum sinal do seminviso. Em vez disso, meus olhos caíram no pobre cavalo alado que eu havia visto sendo movido para a tenda principal mais cedo. Ele parecia incomodado com uma das asas, que segurava meio esticada dentro do pouco espaço que lhe era disponível, em vez de dobrada junto ao corpo. - O cavalo alado está com uma das asas machucadas. - disse em voz baixa, interrompendo Ichirou, que comentava que amassos jovens poderiam valer um bom dinheiro, quando ainda podiam ser treinados - Se não cuidar dele, ele não vai conseguir voar mais. Posso dar uma olhada nele? - comecei a andar na direção da criatura, mas parei, olhando para Ichirou, esperando que ele concordasse. O bruxo fechou a cara por um segundo e então pareceu mudar de ideia. - Claro, mas como vai cuidar dele se não soltar seu bichinho? - ele veio até mim, estendendo as mãos para tirar Thyme dos meus braços, que sibilou mais uma vez - Melhor não. - riu, achando tudo muito engraçado - Você pode colocá-lo na gaiola vazia. - e apontou para a única gaiola vazia dentro da tenda. Hesitei um segundo, apertando Thyme contra meu peito. Não queria me separar do amasso, mas também não ia conseguir cuidar do cavalo enquanto o segurasse para evitar que ele atacasse Ichirou. Ajudar a criatura também não estava na lista de coisas que precisava fazer, mas não podia deixá-la machucada daquele jeito. Odiava tudo naquela situação, mas finalmente concordei lentamente com a cabeça. - Sage vai ficar comigo. Ele vai se comportar. - disse, firme. - Muito bem. - o bruxo baixou os olhos para o amasso colado aos meus pés, que o encarava atento, mas parecia bem menos hostil que Thyme. Finalmente encolheu os ombros, rendido e voltou a sorrir - Não se preocupe, eu não vou roubá-los de você. - ele riu mais uma vez, parecendo muito satisfeito que eu aceitei sua sugestão. Depois de alguma conversa, Thyme aceitou ficar na gaiola e Ichirou passou o cadeado na tranca - Vamos lá, agora você pode cuidar do Ginka. - e me conduziu de volta para o cavalo alado. Quando me afastei, Thyme imediatamente começou a miar em protesto, mas Sage continuou colado nos meus calcanhares, enquanto eu examinava o cavalo alado através das grades de sua jaula. Ichirou me observava atentamente e ao tentar se aproximar, o filhote de amasso começou a me circular, como tomando conta de mim. Com um suspiro irritado, o bruxo se afastou novamente e encostou-se em uma das vigas que sustentavam a tenda, em silêncio. - Porque aquela gaiola está vazia? - perguntei em voz baixa, enquanto apanhava uma das poções cicatrizantes que havia trazido em minha bolsa para cuidar do seminviso. Tentei fingir que puxava conversa, mas já suspeitava que aquela era justamente a gaiola do seminviso: tinha o tamanho certo e uma porção de folhas secas para alimentá-lo. A não ser que eles tivessem mais de uma criatura desaparecida… Ichirou confirmou minhas suspeitas: admitiu que havia deixado o seminviso escapar noites atrás e agora teria sérios problemas se não desse logo um jeito na situação. Contou que estava preocupado, pois nunca se sabe quem poderia encontrar a criatura sozinha lá fora… Mas achava que ele não havia ido muito longe, pois havia se machucado quando tentou escapar. - O problema, - completou - é que ele é esperto e sabe quando estou chegando perto. Mas acho que tenho substitutos, caso não o encontre. Tinha meus olhos na asa do cavalo alado, distraída, mas outro miado agudo de Thyme chamou minha atenção, e me virei a tempo de ver o feitiço estourar nas grades da jaula do cavalo alado, a poucos centímetros da minha cabeça. Sage abandonou meu lado e saltou sobre Ichirou, cravando as garras em sua perna. O bruxo por sua vez gritou de dor, mas continuou atacando: entre uma onda de palavrões em japonês havia um feitiço que me atingiu no peito e me jogou contra a jaula do cavalo alado. Minha cabeça bateu contra uma das barras da grade e escorreguei até o chão, vendo estrelas. A criatura na gaiola relinchou assustada e todas as outras criaturas se juntaram à cacofonia. Ouvi Ichirou continuar praguejando enquanto Sage o atacava repetidamente e soube que precisava ajudar o filhote antes que o bruxo o machucasse. Apanhei minha varinha no cano da bota e me levantei, ainda meio tonta, a tempo de ver Ichirou tentando chutar Sage para longe e errar por muito pouco um feitiço contra o amasso. Toda a repulsa que sentia pelo bruxo se transformou em fúria quando vi ele tentando machucar Sage. Antes mesmo que percebesse o que estava fazendo, apontei a varinha, querendo tirá-lo de perto do amasso imediatamente. - Não encoste no meu filhote! - vinhas brotaram do chão de terra batida e rapidamente se enrolaram em Ichirou, subindo por suas pernas em uma velocidade impressionante. Sage ainda tentou um último ataque, mas acertou apenas as vinhas, que ainda cresciam, cada vez mais grossas e fortes, agora com espinhos, subindo e se agarrando aos braços do bruxo, que se contorcia em pânico, tentando escapar. Ichirou ainda tentou algum feitiço, que piscou na ponta de sua varinha e falhou. Só então notei que as vinhas continuavam crescendo, cravando espinhos na pele do bruxo que agora tinha os braços imobilizados junto ao corpo. Ainda sentia meu corpo todo tremendo de raiva, mas cancelei o feitiço com um aceno de varinha. As vinhas pararam de crescer, mas ficaram ali, segurando-o preso, como envolto por uma grande árvore. Tomei a varinha da sua mão antes que ele tivesse a chance de tentar mais algum feitiço. O bruxo agora pedia desculpas repetidamente, balbuciando que iriam matá-lo, que precisava dos amassos, mas que não fizera por mal. Sage miou baixo, chamando minha atenção e apanhei o amasso no meu colo. Lhe dei um beijinho no topo da cabeça e o filhote se aninhou nos meus braços, me oferecendo algum conforto. Aos poucos fui recuperando a calma e atravessei a tenda até onde Thyme estava preso. Lhe murmurei um pedido de desculpas enquanto abria a gaiola com magia e também tentei segurá-lo e meus braços, mas em vez disso o filhote correu direto para a saída da tenda, miando em voz alta para me chamar. - Já vamos, eu preciso… - olhei para as outras criaturas, ainda presas. O cavalo alado estava curado, mas não podia ajudar a todos. Abrir as gaiolas e liberatá-los apenas causaria mais confusão e mais criaturas feridas. Ichirou também ainda pedia que eu o libertasse, mas só de olhar para o bruxo, sentia minhas mãos tremerem de raiva. Thyme me chamou mais uma vez, agora farejando o chão - Você achou ele?! - o amasso apenas miou em resposta. Apertei meus lábios juntos e decidindo no último segundo, corri até a gaiola de fadinhas, abrindo a porta depressa. Pelo menos essas conseguiriam voar e se esconder pelo parque sem chamar atenção dos trouxas. As fadinhas escaparam todas de uma vez como uma revoada de borboletas coloridas, ocupando toda a tenda. - Eu vou voltar para buscar vocês. - avisei as criaturas e com um aperto no coração escapei pela entrada da tenda, seguida pelos amassos e mais uma revoada de fadinhas. Joguei a varinha de Ichirou na direção das árvores, o mais longe que pude, e me afastei do circo correndo, deixando Thyme indicar o caminho enquanto farejava o seminviso.
***
O recobrar da minha consciência foi bastante estranho, principalmente porque os minutos finais de meu estado desperto me brindaram com momentos dignos de pesadelos. E para a minha infelicidade eu não havia sonhado aquilo. Sentia minhas botas arrastarem as pontas no chão de concreto e um forte cheiro de mofo e, ao me mexer um pouco toda dormência que estava sentindo, subitamente, se esvaiu. A dor em meus pulsos e braços me trouxe de volta ao estado de alerta, principalmente porque não conseguia mexê-los. Estavam acorrentados no teto por longas correntes. — Merda. — Forcei um pouco para me firmar no chão e aliviar a pressão nos pulsos, mas a altura que eu havia sido acorrentada era apenas o suficiente para que eu ficasse me equilibrando na ponta dos pés. Eu já começava a planejar uma forma de escapar, pensando que seria difícil subir pelas correntes até o teto para ver se havia uma forma de me soltar a partir de lá de cima, ao mesmo tempo que calculava a altura da queda do topo daquele, aparentemente, galpão até o chão, mas eu ouvi o som de cadeira arrastando, farfalhar de roupas e passos de alguém que se deslocava pelo ambiente. Logo um sonoro “Clack” se fez ouvir e uma luz brilhou bem acima de mim. Soltei um gemido por causa da sensibilidade em meus olhos. Não demorou para um homem se aproximar. — Finalmente acordou, gaijin. — Disse com uma voz de deboche. Naquela hora eu pude notar o cenário à volta e vi uma mesa com várias ferramentas, desde alicates e facas até agulhas e pedaços de madeira, além de cordas e tiras de couro. Franzi o cenho e voltei a olhá-lo com atenção. — Qual o seu nome? — Me perguntou e eu ponderei algumas coisas em minha mente antes de responder. Era óbvio que eu seria interrogada e informações seriam extraídas de mim a força, mas eu sabia, também, que as chances de eu ser executada ali logo depois de ser interrogada eram igualmente grandes, então... é, eu já estava perdida. Senti meu coração pesar com essa conclusão, então eu não entregaria porcaria alguma pra esse desgraçado, pois Freya ainda teria uma chance. — Vai se foder, seu merda. — Gritei, sentindo algumas lágrimas verterem de meus olhos e escorrerem pelas minhas bochechas. — Entendi... vai ser do jeito difícil, então.
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Eu ainda não acreditava no que havia acabado de acontecer. Parecia que uma eternidade se passou, mas na verdade só meia hora foi necessário para que eu não aguentasse mais e entregasse informações para eles, por mais que eu tivesse suplicado por uma morte rápida, meu torturador disse que não me mataria e que ainda estava com paciência o bastante para seguir com os seus jogos doentios. Não haviam muitos lugares do meu corpo que eu não sentia dor. Eu podia ver sangue escorrer do meu rosto até o chão. Eu estava exausta e ferida. Não tinha certeza de quanto tempo duraria ali. A voz do homem, então, me trouxe de volta à realidade com um susto. Uma parte de mim não queria reagir a ele. Já havia mostrado que estava em uma posição superior a mim, mas dentro de mim podia sentir uma vontade primitiva e irracional de matá-lo assim que saísse daquelas algemas, como se um Hyde estivesse ali, escondido em mim, apenas esperando o melhor momento para sair. — Obrigado por cooperar conosco, Srta. Woodward. Estamos muito gratos por nos ter entregue os detalhes da sua rápida viagem até aqui. Não o respondi. Ao invés de me exigir uma resposta ele girou nos calcanhares e começou a sair. Em seu lugar chegou outro homem, mais novo e aparentemente inexperiente. Notei que seus olhos tinham um misto de pena e empatia fingida. Certamente ele não gostaria de estar em meu lugar. As palavras de Priyanka vieram a minha mente: Eu precisaria ser ardilosa. Deixei que o choro viesse para fora e comecei a soluçar. Não havia sido difícil, tampouco precisei me concentrar para tal. Eu simplesmente parei de impedir que ele viesse à tona. O capanga novato se aproximou e tocou meu ombro. Algo dentro de mim sabia que ele me levaria para o descarte, mas algo também gritava que ele queria se fazer passar por bonzinho, principalmente por causa da sua expressão facial. — Eu vou soltar você, agora, tá bem? — Maneei a cabeça em positivo e levantei o rosto, o observando. — Logo vai parar de doer. Ele sacou um molho de chaves e colocou nas algemas e girou, liberando a trava. Meu braço despencou, dormente e, por alguns segundos, me vi pendurada apenas por um dos pulsos, o que me fez sentir mais dor. Ele me abraçou, sustentando meu peso e, então, soltou meu outro braço. — O-obri... gada. — O agradeci, escondendo meu rosto em seu pescoço. — Não se preocupe, tudo vai acabar em breve. — Ele me respondeu e senti sua mão deslizar pelas minhas costas. — Assim que eu também tiver o que eu quero... — Ele soltou uma risada baixa e pervertida. — Nunca peguei uma gaijin. Era isso, ser torturada e em seguida abusada pelo capanga novato antes de ser morta e descartada no fundo da baía. Eu não sabia quão ingênuo aquele cara era, ou se as garotas que passavam por aquele tipo de situação não costumavam revidar após uma sessão de tortura, mas eu ainda tinha coisas a fazer e algo dentro de mim não me deixava desistir. Era como uma raiva intensa e primordial. Quando sua mão deslizou por baixo da minha blusa, na parte das costas, enterrei meus dentes em seu pescoço com força e raiva. Sua pele rasgou como marshmellow macio e quando puxei senti um banho quente e viscoso me encharcar de cima a baixo. As roupas colaram em meu corpo e logo aquela sensação de calor deu lugar ao frio, ao passo que o sangue quente esfriava e coagulava em mim. O local ficou em silêncio após eu e ele cairmos ao chão como sacos de batatas. A única coisa que ainda podia ouvir era um gotejar distante, o som molhado do seu sangue espirrando para fora do seu corpo e o seu afogamento engasgado enquanto ele tentava respirar com a garganta rasgada. Aguardei longos segundos ali, no chão e imóvel, até que ele não se mexeu mais. Eu havia matado uma pessoa e eu tinha a certeza de que aquilo me assombraria para a vida inteira, mas também estaria morta se não o tivesse feito. Eu esperava que essa justificativa pudesse me acalmar a alma. Me pus de pé quando não senti meus braços formigarem mais e me aproximei da mesa, pegando um bisturi para me defender, just in case. Dei uma olhada nos piercings que ele havia arrancado do meu rosto e também os peguei, guardando tudo em meu bolso. Logo na porta de saída do galpão, ao lado, vi minha bolsa e a peguei. Dentro dela busquei o frasco de poção revigorante que o Sr. Hei-Ryung havia fabricado para mim. Bebi tudo em um gole e me senti melhor, imediatamente. Um pouco mais distante notei num ponto escuro do galpão uma espécie de área de planejamento e me aproximei. Ali haviam alguns documentos e pergaminhos, além da minha varinha repousada em cima da mesa. Rapidamente a peguei e acendi sua ponta com um “Lumus”. Era um mapa com um local circulado do provável ponto onde o Seminviso estaria. Juntei tudo com urgência, coloquei tudo na bolsa com o feitiço de expansão interna, e aparatei para o nosso ponto de chegada ali.
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Caminhei um pouco trôpega por entre os arbustos, durante a noite, e fui do nosso ponto de chegada até o circo e pude vê-la correndo com os nossos filhotes de amassos. Por algum motivo meu pequeno Thyme liderava o caminho e eu tinha a impressão de que estavam fugindo, então agi rapidamente. Aparatei até a frente deles, peguei Thyme, e toquei em Freya, que praticamente esbarrou em mim. Nos aparatei para um ponto um pouco mais distante, atrás de algumas árvores. Soltei meu filhote no chão e me afastei um pouco, umedecendo os lábios e soltando um gemidinho de dor. — Oi, Freya... — Saquei o pergaminho com o mapa e a localização provável do seminviso mapeada pela máfia que o vinha perseguindo a alguns dias. — Espero que tenha se dado melhor do que eu... — Tentei soar tranquila, aproveitando o efeito da poção revigorante, mas ainda sentia meu lábio cortado, as orelhas e nariz ardendo, um olho inchado e o sangue seco que inundava meu queixo e a frente da minha roupa até as pernas. — Tenho... boas notícias. — Estendi para ela o mapa e dei atenção para Thyme, que se esfregava em meu pé, ronronando pedindo por carinho.
***
O bosque estava tão escuro que mal enxergava meu caminho enquanto tentava seguir Thyme e dependia de Sage, que às vezes olhava para trás com seus olhos brilhantes, mostrando por onde deveria seguir. Tinha pressa em achar o seminviso ferido, sabendo que logo Ichirou seria encontrado e todos os funcionários do circo estariam atrás de mim. Estava tão preocupada com o que poderia estar atrás de mim, que só notei que não estávamos sozinhos quando esbarrei em alguém, que me segurou pelo ombro e imediatamente aparatou comigo. Antes mesmo de desaparatarmos, eu já estava tentando me libertar de quem quer que havia me segurado e quanto reaparecemos, alguns passos adiante, imediatamente me desvencilhei do estranho, pronta para enfeitiçar ou chutar quem quer que fosse necessário para me defender. Foi só quando ouvi meu nome que reconheci os cabelos claros refletindo a pouca luz que havia entre as árvores. - Aurea! - deixei escapar uma exclamação de alívio e surpresa e a segurei pela mão, puxando-a para que se abaixasse atrás de um arbusto comigo - Eu escapei - disse em voz baixa, ao mesmo tempo em que olhava ao redor, esperando ver mais alguém entre as árvores - mas acho que logo vão estar me procurando… O susto de encontrá-la só serviu para me deixar ainda mais nervosa. Sentia a urgência de partir o quanto antes e olhava ao nosso redor, ansiosa, enquanto sentia meu corpo todo tremer. Só então prestei atenção em Aurea, que me estendia um pergaminho, no escuro. Mesmo na pouca luz, consegui ver a silhueta do seu olho inchado e o corte onde deveria estar seu piercing… - O que aconteceu com você? - estreitei os olhos, tentando enxergar melhor e finalmente desisti - Lumos! - esquecendo toda a cautela, acendi a varinha para enxergar melhor o rosto da minha amiga e prendi a respiração ao vê-lo desfigurado. O corte no lábio parecia muito pior sob a luz e também havia um buraco sangrento, onde deveria estar seu piercing no nariz. Senti meu corpo todo ficar gelado e a cor deixou meu rosto ao perceber que alguém havia feito isso. A luz da varinha tremeu na minha mão enquanto eu notava o sangue meio seco, que descia pelo pescoço e se espalhava pela sua blusa - Esse sangue é seu? - perguntei, com a voz fraca. Apesar de todos os machucados, não via nenhum ferimento que justificasse tudo aquilo de sangue - Eu preciso levar você de volta. - decidi, de repente - Não, tem o seminviso… - apertei meus lábios juntos, indecisa. Também não podia deixá-lo para trás - Você consegue voltar sozinha?
***
Admito que era ótimo ver que a ruiva estava bem e, ainda que parecesse um pouco assustada, parecia bem. Quando estendi o mapa para ela e ela ativou o Lumus em sua varinha abri o mapa, mas notei que seus olhos não observavam os rabiscos no pergaminho e sim o meu rosto. — Não tá tão ruim quanto parece... — Ela me perguntou se o sangue era meu e eu negativei com a cabeça. Não dei muita abertura para continuar falando sobre aquilo e ela passou a divagar e se perguntar o que fazer naquela situação sozinha. A interrompi, quase dando uma ordem. — Vamos voltar quando estivermos com o nosso Seminviso. Não vou deixar você sozinha. Coloquei a mão na ponta de sua varinha e a abaixei para que ela focasse o mapa e, ao mesmo tempo, usei a palma para impedir que luz saísse por cima do arbusto em que estávamos escondidas. Mostrei para ela a área de busca que os traficantes de animais haviam rabiscado após muitas outras áreas de busca terem sido riscadas. — Eles me extraíram informação, Freya... — Comentei, depois de ter apontado para o mapa. — Não consegui manter segredo. Sabem que estamos aqui e o que estamos fazendo. — Engoli em seco e olhei para ela, vendo apenas sua silhueta. — E os traficantes de animais estão a caminho, mas não sabem que eu escapei. — Me inclinei um pouco para observar por trás do arbusto. Notei um homem ficando visível na curva da pequena estrada do parque, esbaforido. — Temos que ser rápidas. Me levantei e saltei para fora da moita, já sacando minha varinha e encantando o bisturi que havia pego na mesa de tortura alguns minutos atrás. Com um movimento rápido da varinha a lâmina voou como um projétil e cravou-se na coxa do perseguidor de Freya. Não precisava de muita análise para entender aquilo. Balancei a mão chamando O'Donnell enquanto o japonês gritava de dor e caía ao chão, e começamos a correr seguindo Thyme que, coincidência ou não, ia para a área rabiscada pelos traficantes no mapa. Enquanto corríamos perguntei para Freya. — Preparada para uma possível batalha? —Eu me sentia energizada pela poção Vigorosa do Sr. Hei-Ryung, mas sabia que quando o efeito passasse eu estaria fora de combate.
***
“Eles me extraíram informação”. Odiei como Aurea disse a frase, ainda pensando no corte horrível no seu lábio, com seus piercings faltando… Ainda tentava lidar com o que ela me contara, quando a bruxa saltou do nosso esconderijo para atacar um homem que surgia de entre as árvores e logo em seguida me fez sinal para segui-la. Não respondi quando Aurea me perguntou se eu estava pronta para uma batalha. Eu de forma alguma estava pronta para um conflito e em vez disso preferi continuar correndo o mais rápido que podia atrás dos amassos. Ouvindo que haviam mais pessoas atrás de nós, parei apenas por tempo o suficiente para agitar a varinha e apontá-la para o chão, fazendo mais vinhas e raízes crescerem entre nós e nossos perseguidores, fazendo o mais próximo tropeçar. Elas continuaram crescendo e crescendo, fechando o caminho atrás de nós. Continuamos correndo no escuro, com Aurea ao meu lado e os amassos logo a frente. Logo não ouvia mais ninguém no nosso encalço e achei que tínhamos conseguido criar alguma distância entre nós e seja lá quem estivesse nos procurando. Foi nesse momento que Thyme parou no lugar, olhando ao redor. - Onde ele está? - sussurrei para o amasso, ofegante - Thyme conseguiu farejar o seminviso, no circo. - disse para Aurea, enquanto também olhava de um lado para o outro, ansiosa. Esperava que Ichirou aparecesse a qualquer momento, pronto para se vingar de mim. Senti então um puxão na minha bolsa a tira colo que me fez dar um pulo no lugar, já puxando a varinha, pronta para me defender. Mas a forma que surgiu na escuridão não era humana: estava agachada junto ao chão, mas não deveria ser maior que uma criança. Tinha olhos grandes e tristes e era coberto de pelo branco que refletia fracamente a pouca luz que havia. E no momento em que eu mesma pulei no lugar, a criatura voltou a se tornar invisível e desapareceu. - Não, espera! Eu vim ajudar! - levei a mão à minha bolsa, que o seminviso conseguira abrir e tirei de dentro um dos frascos de poção cicatrizante - Era isso que você queria? - perguntei para o nada, esperando que a criatura ainda estivesse por perto. O seminviso apareceu de volta, estendendo a mão para o frasco de poções e consegui lhe dar um sorriso, por mais que meu coração batesse depressa e minha vontade fosse agarrar a criatura e fugir dali o quanto antes. Sabia que se o assustasse o bichinho desapareceria de volta e poderia cair nas mãos dos traficantes que não deveriam estar muito longe. - Você sabia que eu ia cuidar de você? - perguntei suavemente e me abaixei ao seu lado para examiná-lo de perto - Primeiro a gente precisa ir para um lugar seguro, tudo bem? - seu pelo estava mais cinzento do que branco, coberto de manchas de lama e também sangue. O pobrezinho mancava ao caminhar e segurava uma das mãos junto ao peito, sem mexê-la. Nesse momento, os dois amassos de repente se agitaram, atentos. Aurea puxou a varinha de volta, percebendo que nossos perseguidores se aproximavam. O seminviso congelou no lugar, fitando o vazio por um instante e então correu para os meus braços. - Hora de ir? - olhei para Aurea, nervosa. Segurando a criatura nos meus braços, corri para apanhar Sage, enquanto a outra mulher pegava Thyme. Dois bruxos surgiram a poucos passos de nós no mesmo momento em que ela puxava a chave de portal do seu bolso e a estendeu para que eu também a tocasse. Apertei as duas criaturas nos meus braços e toquei a chave de portal ao mesmo tempo que Aurea. Fechei os olhos quando senti o parque todo rodar ao nosso redor, seguido pela sensação de ser comprimida em todas as direções, enquanto desaparecíamos no ar.
***
Freya não me respondeu sobre estar preparada ou não e eu entendia o motivo, principalmente por conhecê-la bem o suficiente a ponto de saber que ela não devia ser boa em um combate. Ainda assim, com toda a sua insegurança, ela fez vinhas crescerem do chão, se misturando com raízes de árvores, que fizeram um dos nossos perseguidores tropeçarem e não demorou para ele ser coberto por elas. O caminho atrás de nós foi bloqueado, mas estávamos em uma praça, em um local bem aberto. Aquilo não seguraria eles por muito tempo. — Acha ele, Freya! — Gritei e saquei minha varinha. Meu coração batia forte, energizado pela poção de alguns minutos atrás. Eu sabia que qualquer trouxa que visse luzes emanando da praça poderia vir e assistir feitiços sendo trocados entre bruxos e, bem, eu não queria isso. Ainda que fosse tarde da noite aquele barulho chamaria atenção. Ergui minha varinha e murmurei dois Encantamentos, um depois do outro. Imber torrens consistia em manipular a umidade e temperatura, fazendo com que nuvens de chuva se formassem rapidamente na área entorno do conjurador. O segundo era Crios Leithlis e consistia em criar uma área de contenção para o feitiço Imber Torrens. A chuva assolaria toda a região, mas os seus raios só cairiam ali.Sorri quando os primeiros raios começaram a cair nos aparatos não-maji no topo dos prédios. Os circenses começaram a se aproximar com suas varinhas apontadas, mas eles talvez não fossem tão estudados na arte da magia como eu era. O primeiro feitiço foi lançado e um projetil brilhante e vermelho foi lançado em minha direção. Era, claramente, um "Expeliarmus" e eu só precisei conduzi-lo na direção de um bruxo que notei se esgueirar por trás de uma árvore. Era fácil ver através das vinhas de Freya, principalmente porque as luzes do circo faziam as suas silhuetas serem bem definidas. O feitiço o atingiu e ele perdeu a varinha. As gotas de chuva começavam a cair grossas em toda nossa volta, e talvez o seu barulho não me permitiu ouvir um dos nossos perseguidores me disparar um feitiço. Ele explodiu ao meu lado fazendo voar terra e pedras em todas as direções. Me senti ser arremessada para o lado tal qual uma boneca de pano. Bati meu ombro contra uma árvore e por sorte ainda conseguia mexer meu ombro. Por um momento eu mesma achei que o havia deslocado. Mais e mais deles começavam a se aproximar e foi nessa hora, quando eu já estava encharcada, que ergui minha varinha para o céu. — Riktad stråle! Imediatamente senti os pelos dos meus braços se eriçarem e os nossos perseguidores também se entreolharam nervosos. Não demorou para um raio cair próximo a um eles. Só tive tempo de proteger meus olhos para não ficar cega. Nossos perseguidores estavam todos deitados ao chão e eu, por fim, suspirei, correndo até onde Freya estava. Ela já segurava o Seminviso e eu sorri para os dois, uma cena que não deve ter sido bonita. — Vamos pra casa. — Busquei a chave de portal, um bottom escrito "I ♡ Animals" e a ativei, nos levando de volta para a ilha Bonnacord e saindo dali antes de mais pessoas chegarem.
em 2022-12-01
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salvanaturismo · 2 years ago
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blogitgirls · 3 years ago
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onergconsultoria · 3 years ago
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hotelvictoriavillacuritiba · 10 months ago
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Curitiba Verde: Conheça os Parques Mais Encantadores
Curitiba, a capital paranaense, é conhecida por sua exuberante natureza e seus parques bem cuidados, que oferecem refúgio e tranquilidade em meio à agitação da cidade. Se você está planejando uma viagem para Curitiba e deseja explorar suas áreas verdes, este guia irá ajudá-lo a conhecer os parques mais encantadores da região. E para uma estadia que complementa sua imersão na natureza de Curitiba, escolha os renomados Hotéis Nacional Inn, como o Victoria Villa Curitiba.
Os Diferenciais da Nacional Inn: Por que é a Melhor Opção ao Usuário
Antes de explorarmos os parques de Curitiba, é importante destacar os diferenciais que tornam a Nacional Inn a escolha ideal para sua hospedagem. Com uma rede de hotéis e resorts em todo o Brasil, os Hotéis Nacional Inn oferecem acomodações de luxo que proporcionam conforto e comodidade aos viajantes. Desde quartos confortáveis até suítes premium, além de uma variedade de comodidades, como piscinas, Wi-Fi gratuito e estadia com café da manhã, a Nacional Inn garante uma experiência memorável em hospedagem.
Explorando os Parques de Curitiba
Jardim Botânico: Um dos cartões-postais de Curitiba, o Jardim Botânico encanta visitantes com sua estufa de vidro, jardins geométricos e uma imensa diversidade de plantas.
Parque Barigui: O maior parque da cidade, o Parque Barigui oferece amplas áreas verdes, lagos, pistas de caminhada e até mesmo um mirante para apreciar a paisagem.
Parque Tanguá: Construído em uma antiga pedreira, o Parque Tanguá impressiona pela sua beleza natural, com dois lagos, cascata, trilhas e mirantes.
Bosque do Papa: Também conhecido como Bosque João Paulo II, este parque abriga uma réplica de uma vila polonesa e é dedicado à cultura e imigração polonesa em Curitiba.
Parque Tingui: Com seus lagos e pontes, o Parque Tingui é ideal para passeios de barco e contemplação da natureza, além de abrigar o Memorial Ucraniano.
Bosque Alemão: Este parque homenageia a imigração alemã em Curitiba e conta com uma trilha que leva os visitantes a conhecer a história de João e Maria, dos contos dos Irmãos Grimm.
Bosque Zaninelli: Com uma área de preservação de mata nativa, trilhas e um grande gramado, o Bosque Zaninelli é perfeito para piqueniques e atividades ao ar livre.
Parque São Lourenço: Localizado às margens do Rio Barigui, este parque oferece áreas para caminhadas, ciclismo, piqueniques e até mesmo atividades náuticas.
Por que Escolher a Nacional Inn em Curitiba
Ao explorar os parques de Curitiba, escolher a Nacional Inn para sua hospedagem oferece diversos benefícios:
Localização estratégica próxima aos principais parques e pontos turísticos da cidade, facilitando o acesso à natureza.
Quartos confortáveis e suítes premium, proporcionando uma estadia relaxante após um dia de exploração.
Wi-Fi gratuito em todas as áreas do hotel, garantindo conectividade para compartilhar suas experiências com amigos e familiares.
Ofertas especiais de pacotes de viagem para tornar sua estadia em Curitiba ainda mais econômica e conveniente.
Conclusão: Uma Estadia em Harmonia com a Natureza com a Nacional Inn em Curitiba
Explorar os parques de Curitiba é uma experiência única, que permite conectar-se com a natureza e desfrutar de momentos de tranquilidade e contemplação. E para uma estadia que complementa sua imersão na natureza de Curitiba, escolha os renomados Hotéis Nacional Inn, como o Victoria Villa Curitiba. Com acomodações de luxo, serviços modernos e uma localização privilegiada, a Nacional Inn garante uma experiência memorável em Curitiba.
Para mais informações sobre hospedagem e dicas de viagem, não deixe de conferir o blog da Nacional Inn em https://blog.nacionalinn.com.br/. E para reservar sua estadia no Hotel Victoria Villa Curitiba, visite https://www.nacionalinn.com.br/hoteis/hotel-victoria-villa-curitiba. Aproveite sua visita a Curitiba e mergulhe na beleza dos seus parques encantadores!
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nonuwhore · 2 years ago
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Sobre vinis e autocuidado - quinto capítulo: águas de março fechando o verão.
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contém: menção rápida a fobia de lugares fechados; car sex; nipple sucking (f); pet names; fingering (f); dirty talk; praise; sexo sem preservativo (não façam isso em casa, crianças); cum play; voice kink; fluff.
Você nunca tinha visto tanta chuva na vida. O gramado onde vocês costumam assistir o sol se pondo ou sentar para falar mal das pessoas insuportáveis da sala era um pântano. Você estava presa dentro do centro acadêmico e sua operadora de celular desistiu de fazer o próprio trabalho, ou seja, não conseguiria chamar um Uber nem ligar para nenhum dos seus amigos. A água caindo sem pausa começou a causar certo desespero. Sentou-se na porta e continuou assistindo a plaquinha que indicava os horários de festa da próxima semana sendo levada pela correnteza e esperou. Coçou o olho quando viu uma figura, em certa velocidade, vindo em sua direção. A chuva batia com força no chão e borrava a visão de qualquer coisa que não estivesse a menos de cem metros. Forçou os olhos novamente e percebeu que era uma pessoa… Vernon?  
“Vernon!” você gritou e obviamente ele não te escutou, mas provavelmente correu em sua direção porque também viu sua figura em pé, acenando e pulando desesperadamente. Ele pulou um grande buraco na calçada, cheio de lama, e com a expressão mais tranquila do mundo, andou até você. “O que você ��tá fazendo aqui? Achei que não tinha aula hoje.”
“Não tenho. O que VOCÊ ‘tá fazendo aqui? Tá caindo o mundo.” disse apontando para a chuva.
“Eu fiquei estudando quando o pessoal foi embora e do nada rolou um dilúvio." o mais alto sorriu com seu exagero. “Não tem sinal, não consegui falar com ninguém e fiquei com medo de ir pro ponto de ônibus."
Vernon assentiu e olhou para fora, pensativo. “Por isso você não ‘tava atendendo. Vem, meu carro ‘tá ali na frente.”
“Não, a gente vai ficar ilhado, melhor esperar a chuva passar.” você cruzou os braços, em modo de defesa. Ficar em lugares fechados por muito tempo não era muito sua praia, ainda mais com a agressividade da tempestade.
“Dá pra atravessar.” ele olhou para você, por fim, e viu o quão desconfortável com a situação você estava. “Você… tá com medo da água?" perguntou, cuidadoso.
“O problema não é a água." disse rápido, sem prolongar explicações. Olhou para os próprios pés, vendo a chuva já começando a chegar no degrau da sala, olhou para cima e viu o céu escuro como se fosse noite, só não olhou para Vernon, envergonhada. Ele, por sua vez, segurou sua mão e procurou seu olhar numa tentativa de te acalmar. 
“Você confia em mim?” a calma na voz dele te trouxe alívio. Ele entrelaçou os dedos nos seus, pegou sua mochila e colocou nas próprias costas, e arqueando as sobrancelhas, te ofereceu um sorriso aconchegante. Você assentiu, ainda com medo, mas também preenchida de uma nova coragem.
Vocês correram em direção ao carro de Vernon que estava no estacionamento que ainda não tinha alagado e em algum momento nesse trajeto, risadas (quem sabe de desespero) surgiram. Ele apertou o alarme de longe e assim que se aproximaram do veículo, ele abriu a porta para você, em seguida entrou no lado do motorista.
“A água ‘tá um GE-LO.” você disse, passando a mão pelo rosto molhado e tentando organizar seu cabelo. Olhou para Vernon que balançava a camiseta molhada em uma tranquilidade invejável. Você riu, indignada. “Como você consegue ficar tão de boa nessas situações?”
Vernon te olhou meio perdido, percebendo que você estava falando com ele. “O que vai adiantar ficar nervoso?” seu rosto transparecia a completa falta de entendimento sobre a pergunta. Ele não era um cara normal.
“Toma.” e te entregou uma toalha tirada de uma mochila que você não sabia da onde tinha vindo. Você começou a se secar, ainda processando a situação, quando o viu tirar do mesmo lugar um moletom, um pacote de bolachas e… uma lanterna?
“‘Tava indo acampar?” sua pergunta fez ele soltar uma risada gostosa.
“Não, sua bobona, não sabia em que estado ia te encontrar aqui.”
“Você veio de casa?” ele assentiu, como se aquele fosse um dia normal. “Só pra… me buscar?”
“A gente não ‘tava conseguindo falar com você. Fiquei preocupado.” e tomou a toalha da sua mão, secando com força o próprio cabelo. Sua cabecinha romântica e delirante se encheu de pensamentos idiotas sobre ele ter atravessado talvez uma das maiores tempestades da história só pra te salvar. Encostou seu tronco no banco, vendo agora ele secar o vidro do carro e checando como a chuva caia lá fora. A lembrança de como você tinha o conhecido, ou melhor, a voz dele, acertou sua cabeça como um raio e um sentimento de culpa veio junto com ela. Você vinha pensando muito nos últimos dias em como você tinha usado Vernon, usado o trabalho dele, trabalho sobre o qual ele sempre falava com muito carinho, para algo que talvez ele considerasse um desrespeito.
“Que foi?” ele te olhou preocupado.
“Nada.” você olhou para frente, com vergonha. 
“Troca sua blusa pelo meu moletom, você vai ficar resfriada.” e colocou a peça no seu colo. “Pode tirar, prometo que não vou olhar.” completou colocando as duas palmas no olhos. 
Por que ele tinha que ser tão fofo? Você arrancou a camiseta do corpo, ficando só de sutiã e jogou no banco de trás. “Pode olhar.” e quando ele viu que você ainda não estava completamente vestida, virou o rosto da direção oposta rapidamente. “‘Tá tudo bem. Você já me viu de biquíni, não tem muita diferença.” disse, puxando o rosto dele para você. Riu baixinho quando Vernon virou e olhos automaticamente foram para o seus peitos, depois para o seus olhos na mesma velocidade. Ele ficou tenso, claramente querendo espiar mais, mas nem ao menos piscava.
Você tomou uma das mãos dele, beijou alguns dedos e a posicionou na base do seu seio. Ele respirou pesado, com um olhar culpado, mas ao mesmo tempo super interessado. “Você não precisa fazer isso… Eu vim te buscar porque eu quis e-” você se inclinou para frente e o beijou, um selinho demorado, mas o suficiente para o calar. Ele entendeu rápido o que significava.
“Não ‘tô te pagando o favor.” você o alertou e em seguida saiu do seu banco para sentar-se no colo dele. Vernon posicionou as mãos na sua cintura, agora sem muita opção a não ser olhar para seus seios sustentados pelo sutiã rendado de cor azul.
“Tem certeza disso?” perguntou, enquanto você tirava os fios molhados da testa dele.
“Droga, Vernon…” você o beijou novamente e dessa vez ele retribuiu, os dois braços ao redor da sua cintura, pressionando os dois corpos, dividindo o calor que sobrará por ainda estarem parcialmente molhados. Uma das mãos foi para sua nuca, te dando sustentação para te apoiar levemente contra o volante. “Caralho, é muito melhor do que eu imaginava" era a única coisa que você conseguia pensar enquanto ele deslizava a língua para dentro da sua boca, sugando seu lábio inferior com força. A mão na cintura foi em direção a um dos lados da sua bunda e a apertou com força quando você empurrou seu quadril para frente, aproveitando a sensação gostosa de senti-lo endurecer gradualmente embaixo de você. Outro raio de culpa acertou sua cabeça.
“Vernon… Desculpa….” você se separou dele, levando as mãos ao cabelo, agoniada.
“Tá tudo certo. A gente não precisa fazer nada. O carro nem é tão confortável assim-”
“Não, não é isso. É que…” você precisava contar. Não tinha outra opção. Se você quisesse que ele entrasse na sua vida de vez, ainda mais dessa forma, você tinha que ter certeza antes. “Tem uma coisa que eu preciso te dizer.” 
Meio desnorteado, controlando a própria luxúria, ele assentiu, prestando atenção. “Pode falar.”
“Não é tão simples assim.” você olhou para a rua, lábios pressionados um no outro, tentando encontrar uma maneira decente de dizer o indecente.
“Você… é virgem?” você gargalhou, olhando para o teto do carro, enquanto ele te assistia, assustado. 
“Não, mas talvez o que eu tenho pra te contar explique porquê eu não transo há tanto tempo.” Vernon riu, achando como sempre engraçadinho como você sempre dava uma carga mais dramática do que o necessário para certas coisas. Ele viu seu rosto se contorcer em dúvida e medo e entendeu do que você estava falando.
“Aqui quem fala é seu host Vernon e você está escutando ‘LP é melhor que streaming’.” ele disse em um tom baixo, assim como fazia em todo episódio do podcast. Seu coração deu um pulo no mesmo lugar e seus olhos quase caíram do seu rosto. ”Hoje vamos deixar de lado os vinis e as mídias velhas para falar de outro assunto…” e começou a distribuir beijos molhados por todo seu colo, chegando ao seu pescoço. “Na verdade sobre alguém. Sim, você mesmo, você que está me escutando agora e não tem o menor interesse nessas tralhas velhas...”
“Vernon!” sua voz saiu esganiçada, como uma gato que se assusta com a presença de alguém. “Como… como… você?”
“Como eu sei disso? Ué, porque fui eu mesmo que disse.” disse descendo uma das alças do seu sutiã, também beijando a região e te dando uma leve mordiscada. “Você ‘tava tão linda naquele biquíni vermelho, eu não resisti.”
“Não é disso que eu 'tô falando! Quer dizer, eu também ‘tô falando disso, mas… Como você descobriu? Foi o Seungkwan, né? Aquele traidor!” seu rosto se contorcia em várias emoções, uma delas sem um profundo ódio do amigo que vocês tinham em comum.
“Ele não me disse nada, juro. Mas vocês também não foram lá muito sutis.” ele sorriu com a lembrança, descendo a outra alça.
“Tá, mas o sonho… Como você sabe sobre o sonho? Você…” sua cabeça era incapaz de completar qualquer sentença, era uma grande sopa de porquês e comos.
“Não foi um sonho. Eu ‘tava lá. Eu disse aquilo.” Vernon tentou te explicar quando percebeu que seu cérebro estava reiniciando. “Vi que você não estava sonolenta, mas completamente adormecida e resolvi brincar um pouquinho.” A mão dele finalmente desceu até o feixe do seu sutiã, o desconectando e libertando seus seios. Os acariciou com cuidado, deslizando o dedão pelo bico de um deles. “Afinal você me devia uma.”
“Espera…” agora com a cabeça mais organizada, você começava a sentir os efeitos do toque dele. “Então você não ‘tá com raiva de mim? Não me acha estranha?” 
“Por que eu acharia isso? Você mesma viu os comentários naquele dia, aparentemente algumas pessoas consideram a minha voz bonita.” o tom de voz sem nenhum sinal de estresse ou ansiedade sempre te pegava. “A partir do momento que eu posto um episódio ele não é mais meu, é do público. O que cada um vai fazer com ele não me importa.” concluiu sorrindo, te assegurando que estava tudo bem. Você riu, soltando o ar do pulmão, aliviada, mas ainda meio intrigada. 
“Por que você é assim?” perguntou enquanto segurava o rosto de Vernon entre as mãos, vendo os olhinhos cheios de tesão, a boca inchada e vermelha pela sucção, divida em gostar mais dele a partir de agora ou desistir de vez de entendê-lo.
“Assim como?” você o beijou, o ignorando, agora mais atenta a o que vocês estavam fazendo. Não desgrudou as bocas enquanto descia o zíper da calça dele, em um ritmo mais frenético, espalmando a mão pelo membro enrijecido e arrancando dele um gemido abafado pela junção dos lábios.
“Calma, princesa…” você riu da expressão e o ajudou a descer a peça, que devolveu o favor te ajudando a tirar a sua calça de moletom. Ele olhou seu corpo praticamente nu, sentado sobre ele, e sorriu, realizado. “Eu sei que você curte minha voz, então, vou te comer enquanto falo o que você quer ouvir, tá bom?” e puxou sua calcinha para o lado, mergulhando dois dedos de uma vez quando percebeu o quão lubrificada você já estava. Você assentiu freneticamente, respirando pesado e aproveitando a sensação de preenchimento. 
“Meu Deus, você tá tão molhada…” Vernon subiu e desceu as digitais dentro de você, segurando seu rosto com a outra mão quando viu suas sobrancelhas se juntaram e sua expressão se contorcer, tentando trazer sua atenção para o que ele estava dizendo. “O que eu vou fazer com você, hum? Tão lindinha assim, toda entregue pra mim…” e beijou sua boca, seu queixo, indo em direção ao seu mamilo. A língua o enrolou, sugando e o babando completamente, e ele torceu para que você gemesse de novo pra que ele sentisse o próprio pau vibrar dentro da cueca. “Quer sentar no meu pau? Hum? Agora?” você assentiu de novo, agora com mais vigor e com um tempo de resposta menor. Vernon libertou o membro, escorregando a cabecinha pela extensão da sua intimidade, espalhando os seus líquidos e provocando um pouquinho mais. Você gemeu em frustração.
"Isso. Geme assim, mas geme meu nome também porque é por isso que eu tô esperando esse tempo todo." e segurando sua cintura no ar, se posicionou na sua entrada, te empalado, devagar, devagar demais. 
"Vernon… por favor…" você segurou o cabelo dele, tentando descer mais rápido, com mais força.
"Não implora, não. Eu não sei o que vou ser capaz de fazer se você começar a implorar." disse com a boca na sua orelha, mordendo o músculo gelatinoso, chupando a região. Você começou a empurrar sua cintura pra frente e gemia alto toda vez que a cabecinha encontrava seu ponto sensível. “É bom, não é? É tão bom como você imaginou?" ele olhava pra baixo, assistindo sua buceta o engolir, em um movimento de vai e vem, sentindo você sufocá-lo pedaço por pedaço. Vernon grunhiu, segurando você no ar e passou a meter-se com força, em estocadas rápidas e curtas, você segurava-se na janela e no teto, profundamente imersa na sensação de tê-lo dentro de si e o ver de cima, arfando e marcando sua ancas com as mãos grosseiras. "Tô atendendo às suas expectativas?" perguntou de novo e você sorriu em resposta, assumindo o controle, colocando força em cada sentada. Viu quando olhos dele rolaram para trás..
"Superando." o som das peles se chocando toda vez que você jogava o corpo, sentido ser atingida cada vez mais fundo, quase te fez gozar. Suas pernas tremiam, mas você queria fazer isso durar pra sempre.
"Depois que eu descobri o que você fazia usando a minha voz eu não consegui parar de pensar em você se tocando pra mim. Quer fazer isso agora?" você finalmente conseguiu perceber os olhos de pidão que Mingyu se referia. Ele te lançou um "hum?" enquanto levava a boca ao bico do seu peito novamente, te ajudando nas subidas e descidas que você dava sob seu pau. Sua mão foi até sua virilha, encontrando seu ponto de prazer e o estimulando. Suas paredes automaticamente se contrariam, fazendo Vernon gemer de surpresa. "Isso aí, você gozar pra mim assim… sentando forte-” um grunhido seco deixou sua garganta, que prevendo seu clímax já começava a se fechar “e gemendo gostosinho, porque sua voz também me dá um tesão desgraçado…” terminou te atingindo com mais força, mas também com mais desleixo, dando sinais que também estava próximo do próprio gozo. 
“Vernon-anh, não para, por favor, não para” gemeu o pedido, e usando a força que restava nas pernas para rebolar sob ele, friccionando os dedos com mais intensidade, comprimiu o pau do garoto uma última vez, gozando e vendo algumas estrelinhas no teto do carro. Ele, vendo você suspirar imersa na própria volúpia, retirou o membro de você e o punhetando, despejou o líquido quente em sua barriga, enchendo e esvaziando os pulmões depressa. Deu alguns golpes na sua pele com pau, espalhando a porra pela superfície, metaforicamente e literalmente te marcando. 
Você olhou a cena, sorrindo e umedecendo os lábios. “Tá tentando me deixar com vontade de novo?”
Ele levantou a cabeça, captando sua expressão malandra e despreocupadamente provocante. "Gulosa. Do jeito que eu gosto.” disse, segurando os dois lados do seu rosto e preenchendo sua boca com um beijo terno e inquieto.
Sobre vinis e autocuidado.
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imagines-1directioner · 3 years ago
Text
We should have done this before the end - w/ Zayn Malik
Situação: ex marido!Zayn Malik x Leitora
Contagem de palavras: 3981
Sinopse: Um encontro surpresa teve de acontecer para finalmente Zayn e S/N colocarem um ponto final ou darem início ao recomeço do romance dramático e doloroso na vida de ambos.
N/A: Alguém pediu imagine com muito drama e tristeza por aqui? Aproveitem porque veio com dose extra! Quem tava com saudade de história grande, toma essa bomba hahaha. Boa leitura e me digam o que acharam depois ;) beijooooosss
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O quintal imenso da casa de Louis estava completamente diferente do habitual naquele tarde ensolarada em Londres. Um arco de bexigas coloridas e balões com cores primárias deram vida ao cenário esverdeado predominante do gramado e das árvores ao redor. Os diversos doces e decorações de circo enfeitavam a grande mesa a qual estava embaixo de um toldo caso a chuva tomasse o lugar do sol de repente. O local estava pronto para a iniciar a festa de aniversário de Freddie, contudo faltava o ingrediente principal para dar início a celebração. Os convidados.
O rapazinho que completava 6 anos no dia de hoje estava tão elétrico que o pai sequer conseguia calçar o tênis no pezinho dele. A agitação do pequeno em ter seus amigos da escola na casa para comemoração seu aniversário e brincarem até cansarem era tanta que parecia ter formigas no bumbum do jeito que ele se remexia aonde estava sentado.
- Filho, fique quietinho só um instante para eu amarrar o cadarço. - feito bobo, Louis tentava segurar o menino inquieto na beira do beliche para finalizar o look.
- A minha madrinha também vai vir? - o pequeno perguntou animado ao lembrar de uma das mulheres favoritas para ele e sequer deu bola para o pedido do pai.
- Mais é claro que sim. - respondeu sem olhar para o garoto, concentrado em fazer um laço rapidamente visto que havia conseguido segurar os cadarços quando Freddie cessou seu remelexo por meros segundos.
- Estou doido para ver ela, meus amigos, o meu padrinho. Ele vem também, né?
- Vem, filho. Já estão a caminho.
- Que demais! - a empolgação era tanta que Louis riu. - Quando o palhaço vai chegar? Eu adoro palhaços.
- Ele vai chegar assim que você ficar pronto para receber todo mundo.
- E quando eu vou ficar pronto? Já faz um século que você tá amarrando meu sapato. - naquele instante o moreno esboçou um sorriso desacreditado para o filho e o encarou com as mãos na cintura.
- Você está muito mimado para o meu gosto, garoto. - a risada espontâneo do loirinho com o cena e comentário do pai preencheu o som do ambiente, que até os primeiros convidados ouviram lá da sala ao adentrarem a casa. - Se você parasse quieto, talvez eu já estivesse terminado de te arrumar.
- Eu já estou lindo, papai. Não preciso de mais nada. - além de ser a cópia perfeita de Louis fisicamente, podia-se dizer que a personalidade convencida também veio de brinde para completar o pacote completo de mini Tomlinson.
- Meu Deus do céu, a cada dia ele está mais parecido com você. Em todos os sentidos! - uma voz feminina foi escutada pelos meninos logo após a afirmação de Freddie e os dois olharam para a porta do quarto, deparando-se com S/N e Harry, os padrinhos do aniversariante.
- E isso tá me assustando. - Louis completou entre risadas antes do filho pular em seu colo, gritando o apelido da madrinha.
- S/A!
- Olá, meu amor! - após deixar a criança no chão, S/N abaixou-se para abraçar Freddie fortemente e depois lhe dar um beijo na bochecha. - Feliz aniversário!
- Obrigado. - respondeu sem jeito.
- Você está um gato nesse look colorido.
- Eu sei. - a fala convicta veio acompanhada de um olhar cheio de certeza ao encarrar o reflexo no espelho no canto esquerdo do quarto, enquanto trocava de pose para avaliar os diferentes ângulos do visual.
- Igualzinho o pai.. Como é possível? - dessa vez foi Harry quem comentou o fato perplexo, observando o pequeno a poucos passos dele.
- E tem gente que ainda fala que não é meu filho.
- Quem fala isso? - questionou Freddie, que apesar de criança era muito antenado em tudo que ouvia.
- Ninguém, meu filho. - imediatamente os adultos riram, a fim de despistar a curiosidade do baixinho, que apenas deu de ombros.
- Só a sua madrinha ganha abraço então, senhor Freddie? - Styles reclamou de braços cruzados quando sua voz tomou conta do lugar depois de um silêncio rápido e ele logo viu um sorriso se formando na boca do afilhado, que correu em direção ao padrinho. Harry assim que percebeu o choque de amor que receberia abaixou levemente o tronco para pegar o garoto no colo e enche-lo de beijos e abraços apertados. - Parabéns, cara! Amo muito, muito você.
- Eu também te amo, Harry. - disse de modo fofinho e por fim beijou o rosto do moreno alto.
- Ele está pronto para receber os amiguinhos que estão lá fora, papai?
- Falta pentear esse cabelo todo bagunçado. - Tomlinson respondeu enquanto pegava a escova em cima da cômoda branca.
- Para com isso. Ele já está super estiloso. - concluiu Harry.
- Eu também acho. - e S/N concordou em seguida, apenas para irritar o amigo.
- É, papai. O pessoal está me esperando! - o garotinho estava realmente impaciente, e os três olhares piedosos voltados para Louis fez o mais velho bufar, ainda que sua risada se sobressaísse. Sendo assim, após ter sido vencido pela maioria Harry desceu o menino, que feito foguete saiu em direção a sala e logo abriu a porta de casa para dar as boas vindas aos convidados de sua festa.
- Vocês dois não prestam. - Tomlinson comentou enquanto guardava algumas das opções de camisetas escolhidas pelo filho antes dele optar pela xadrez colorida.
- Qual foi, Lou. É aniversário dele.
- Exatamente por isso que ele precisa estar bonitinho.
- Você não ouviu o que ele disse? - a pergunta foi retórica e dita com um sorriso fraco nos lábios. - Ele já estava lindo. - a mulher replicou a fala de Freddie no momento que os padrinhos chegaram, fazendo os homens rirem ao lembrarem da cena e então perceberam o quão seguro ele é com poucos anos de vida.
- Isso que ele só tem seis anos de idade.
- Você arrumou um problemão com esse daí. - disse Harry ao se referir ao afilhado.
- Tendo vocês como padrinho, pode ter certeza que arrumei mesmo.
- Ei, nós somos ótimos! - S/N afirmou em defesa dela e de seu companheiro. - Compramos exatamente o que você sugeriu.
- Acharam aquela fantasia de homem aranha? - a pergunta eufórico de Louis e o olhar brilhante desesperado aos amigos foram tão engraçados que ninguém segurou o riso.
- E o avião de controle remoto também. - completou Styles para a felicidade do moreno.
- Caralho! A melhor noticia que poderia receber! - deu para sentir o alívio na fala sincera do pai, o qual estava procurando feito louco a tal fantasia preta de homem aranha escolhida por Freddie e o tão sonhado avião supersônico que ele viu em um vídeo japonês no YouTube.
- Viu só como somos uma dupla excelente?
- Como padrinhos eu aposto que sim. - afirmou sorrindo. - Estou curioso para saber se são tão incríveis assim como casal. - a indireta foi mais direta impossível e causou certo constrangimento em Harry e S/N, os quais se entreolharam com um sorriso envergonhado nos lábios. - E aí? Vão se assumir publicamente hoje? - o silêncio pairou o ambiente por alguns instantes e os olhares de ambos eram de inquietação e desconforto.
- A gente tá indo com calma. - sem tirar os olhos de Harry, com o objetivo de encontrar reciprocidade, a garota se pronunciou e viu o rapaz concordar com a cabeça para depois voltarem os olhares para Louis, que observava a cena estranha dos amigos com a testa franzida.
- Vocês não estão me escondendo nada, não é?
- Não. - o quase casal falou em sincronia.
- Bom, então nesse caso acho melhor se apressarem, porque o Zayn vai estar aqui. - a normalidade revelada por Tomlinson em sua fala foi tanta que Harry e muito menos S/N entendeu o motivo pelo qual o rapaz disparou tal notícia com tanta naturalidade.
- O quê? - a garota indagou surpresa e instantaneamente sentiu seu estômago embrulhar e o coração acelerar aos poucos. - Por que não me disse isso antes?
- Se eu dissesse antes você não viria. - infelizmente Louis falou um fato o qual não poderia ser contestado. - Além do mais eu e Freddie exigimos sua presença no dia de hoje.
- Lou mas..
- Pai! Preciso de você! - mesmo que quisesse S/N não conseguiu terminar a frase visto que um Freddie escandaloso e incrivelmente animado chamava pela figura paterna. E pelo grito, era urgente.
- O dever me chama. - a deixa perfeita para Louis surgiu na hora exata, e após dar de ombros e levantar de leve as mãos na altura do ombro deixou os amigos no fim do corredor, ainda processando a informação impactante dita minutos atrás.
- Que porra! - irritada a mulher esbanjou sua indignação com um murro fraco na parede.
- Podemos ficar separados durante a festa se você quiser. - Harry sugeriu. - Não quero arrumar problemas. Especialmente hoje.
- Não, tudo bem. - já mais calma ela tentava transmitir segurança ao ficante. - Vamos agir numa boa, como amigos que sempre fomos. Afinal Louis é o único que sabe da gente. Não precisamos assumir que estamos juntos, até porque nós nem conversamos sobre o assunto.
- Para falar a verdade nem sei se estou preparada para dar um passo tão grande. - embora ela também não soubesse o que queria de fato com Styles, escutá-lo dizer que não estava preparado após seis meses juntos praticamente a deixou um tanto quando recuada em relação ao relacionamento dos dois.
- Melhor ainda. - assumindo uma postura desinteressada, completamente diferente da que sentia, S/N deu uma piscadinha e se afastou de Harry, indo até a sala em passos rápidos. Porém, no instante que chegou no cômodo ela se arrependeu de ter vindo tão depressa e desejava possuir um poder que a fizesse voltar no tempo, justamente para não dar de cara com seu ex marido adentrando a casa e segurando uma menininha linda e idêntica a ele em seu colo.
Vidrada na figura masculina e de cabelos escuros perto da porta, S/N sentiu as pernas bambearem e o coração disparar. Suas mãos estavam inquietas e o mix de sensações rasgaram seu peito no instante em que Zayn olhou diretamente para ela, mesmo que existisse certa distância entre eles e diversas pessoas ao redor. Naquele momento, tanto para ela quanto para ele a sala era preenchida somente pela presença de ambos. Os barulhos silenciaram, os movimentos dos outros sequer eram percebidos por eles e os sentimentos confusos dentro de cada corpo os consumiu de forma rápida e concisa.
- Papai, papai! Olha o palhaço! - foi a voz fina de Khai, ecoada diretamente no ouvido de Zayn que o trouxe para a realidade e fez com que S/N se soltasse daquela atmosfera bizarra, indo até o jardim em busca de qualquer distração que fosse. E apesar de voltar ao mundo real, Malik não conseguiu desgrudar seus olhos da mulher ao acompanhá-la até a mesma não estar mais em seu campo de visão.
- Cara, estou tão feliz que você veio. - Louis comentou empolgado, abraçando o amigo o qual reconquistava a amizade depois de anos sem conversarem.
- Obrigado mesmo por me convidar e deixar a Khai me acompanhar.
- Vocês são mais que bem vindos, sabe disso. - completou com um sorriso. - Inclusive você, lindinha! - a garotinha vestindo uma blusa branca de manga longa e jardineira rosa, toda trabalhada no tecido de nylon, esboçou um riso gostoso e levou as mãozinhas à boca quando Louis iniciou um combo cócegas com os indicadores na cintura da criança. Zayn acompanhava a cena encantado com a interação de sua filha com seu amigo de longa data. No entanto foi impossível ignorar a situação que lhe intrigava.
- Não sabia que a S/N vinha. - soltou inesperadamente.
- Ela é madrinha do Freddie, esqueceu?
- Não. - Malik rebateu ao negar de leve a cabeça. - Tô falando por minha causa. Ela veio mesmo sabendo que eu estaria aqui?
- Bom, na verdade não. - Tomlinson deixou uma risada sem graça escapar enquanto servia um copo de suco para o amigo. - Eu não contei.
- Porra, Louis!
- O quê? - questionou fingindo não entender a outra indignação referente ao mesmo assunto, contudo vinda de outra pessoa. Louis sabia que sua atitude não foi uma das melhores, mas sua intenção era. O moreno convivia com S/N praticamente todos os dias por trabalharem juntos na mesma empresa, e ele acompanhou toda a situação dramática envolvendo os dois amigos. E o moreno, mais do que ninguém, sabia que a madrinha de seu filho precisava colocar um ponto final na história inacabada dela com Zayn. - Isso foi há tanto tempo, gente. Vocês já são adultos, tem filhos, relacionamentos. Precisam conviver com essa nova realidade ou então conversarem sobre o passado para acertarem as coisas.
- Ela se casou de novo? Tem filhos? Está grávida? - por um instante Louis pensou estar falando com Freddie diante das tantas perguntas de uma só vez ditas por um Zayn preocupado e ansioso.
- Não. - Tomlinson riu. - Ela está enrolada com o Harry. Talvez vá para frente.
- Harry? - Malik franziu o cenho, completamente confuso. - O nosso Harry?
- Sim.. - embora não devesse falar sobre o quase casal para absolutamente ninguém, o rapaz deixou seu lado fofoqueiro falar mais alto e se arrependeu no segundo depois que a informação sigilosa foi vazada por ele mesmo.
- Quantas surpresas em um único dia. - após um suspiro nada satisfeito Zayn engoliu em seco tudo o que ouviu do amigo e passou a festa toda intrigado, encarando disfarçadamente a ex e Harry quando os via por perto. Em contrapartida, S/N tentava a todo momento fugir da presença do moreno, até que ao sair da cozinha vazia enquanto a festa ainda rolava, uma menininha tropeçou e caiu bem em sua frente, ao correr de alguém em uma brincadeira de pega pega.
- Opa, tá tudo bem? - imediatamente ela se abaixou para ajudar a criança que sequer chorou com a queda. Sendo ajudada pela mulher a garotinha assentiu com a cabeça, desviando um pouco o olhar devido a timidez pelo primeiro contato com a desconhecida e correu para atrás da pessoa a qual ela tinha intimidade. E S/N encarrou a pessoa assim que se pôs de pé novamente. Ali, foi impossível evitar o tão temido contato.
- Quer vir no colo do papai, filha?
- Não. - ela respondeu baixinho, chacoalhando a cabeça de forma negativa.
- Então quer dizer que você tem um filha.. Uau. - S/N imaginou que a menina fosse realmente filha de Zayn ao vê-los chegando no início da festa por conta da semelhança. Porém foi preciso ouvir da boca dele para que a ficha de fato caísse.
- Pensei que sabia.
- Eu não soube mais nada de você depois que sumiu da minha vida. - admitiu séria.
- A escolha foi sua. - Zayn foi direto e também demonstrava seriedade em suas palavras e ações, razão pela qual S/N respirou fundo. - Você quis que eu sumisse.
- Eu nunca falei isso.
- Mas insinuou. - mais uma vez a mulher se calou e desviou o olhar quase que culposo para o chão. - Dizer que eu não fazia diferença alguma para você foi o suficiente para deixar claro que não me queria por perto.
- E você ainda acha que fazia a diferença? - a pergunta foi retórica e dita em um volume mais alto que o normal. - Acha que fez de tudo para mudar o que eu sentia? O que nós sentíamos? - dessa vez foi Zayn quem ficou quieto e sentiu a pancada da verdade lhe atingir. - Você não me deu apoio em nenhum momento após o acidente, Zayn.
- Eu também fiquei abatido. Como iria te segurar se nem eu tinha forças para me erguer?
- Nós tínhamos um ao outro! É isso que você não entende. E acho que nunca vai entender.
- Você não me ve há anos, S/N. Pare de querer presumir coisas sobre mim, pelo amor de Deus! Esse seu jeito controlador de ser, onde só a sua verdade prevalece é muito, mais muito feio, e me tira sério! - as vozes haviam se alterado e boa parte dos convidados do lado de fora olhavam para o interior da casa, curiosos em saber quem estava fazendo tanto alvoroço.
- Ei, o que está acontecendo aqui? - o dono da casa, ao identificar de quem eram as vozes altas protagonistas da discussão surgiu no cômodo com a feição séria e um tanto quanto brava, chamando a atenção dos amigos em questão. - Vocês não vão brigar na festa do meu filho, por favor. - ordenou e os dois assentiram calados. - Meu quarto está liberado para conversarem por lá. Podem ficar à vontade.
- Eu não tenho nada para conversar com ele. - de maneira ríspida e fria S/N virou o rosto e cruzou os braços.
- Você ainda age como adolescente mimada? - Malik questionou provocativo. - Inacreditável.
- Olha aqui, moleque!
- S/A! Por favor.. - a repreensão vinda de Louis fez com que S/N fechasse os olhos e respirasse fundo. - Vocês sabem que precisam por os pingos nos is no passado para viverem bem e tranquilos de novo. É tão chato ver que se odeiam depois de tudo que passaram. A gente sabe muito bem como é conviver com essa dor, Zayn. E tenho certeza que você S/N, precisa deixar claro certas coisas para poder seguir em frente. - o cenário era como se Louis fosse o pai dos dois e estivesse dando uma bronca. Mas era uma bronca do bem, que de um jeito ou de outro os amigos agradeceriam-no. - Eu cuido da Khai. - Louis estendeu a mão para a pequena levemente assustada ao presenciar uma briga e então entreteu a menina ao levá-la para a piscina de bolinhas.
Dessa forma, e sem muita opção, Zayn e S/N encaminharam-se para o quarto do dono da casa a fim de resolverem a situação antiga de uma vez por todas.
- Olha, eu..
- Você se casou? - S/N sequer deixou o homem terminar sua fala e logo soltou a pergunta que mais a amedrontava, ainda de costa para ele e de frente para a porta branca recém fechada.
- Sim. - respondeu após alguns segundos em silêncio.
- E cadê sua mulher? - desta vez ela estava olhando para ele.
- Nos separamos. - Malik não titubeou e a mulher sentiu seus nervos desafogarem. - Na verdade nunca fomos casados no papel, mas era como se fosse porque morávamos juntos desde o início do relacionamento. - ele concluiu. - Você continua sendo a minha única esposa.
- Ex esposa. - no instante em que ela corrigiu, Zayn revirou os olhos. A petulância da mulher o irritava profundamente.
- Por que você gosta tanto de frisar isso?
- Não somos mais casados, Malik. Quando é que você vai entender?
- Sinceramente? Nunca. - foi a primeira vez, durante todo o diálogo, que S/N se surpreendeu com a fala direta e sincera do moreno.
- Não seja ridículo.
- Eu tô falando sério. - novamente o rapaz admitiu, sério e concentrado em expressar da melhor forma seus sentimentos. - Eu nunca vou entender porque não ficamos juntos depois de tudo o que rolou. Porque não usamos da dor de perder nosso filho para nos deixarmos mais forte e enfrentarmos aquela tempestade juntos. - para S/N, nenhuma daquelas perguntas haviam respostas. E a sensação de ter desistido do amor doía dentro do peito.
- Eu.. eu.. eu não sei.. Talvez o baque da morte do Noah nos fragilizou de alguma forma.
- Mas como você mesma disse: Nós tínhamos um ao outro!
- Do que adiantou, Zayn? Você ficava isolado, trabalhava sem parar para ocupar a cabeça e esconder a dor que deveria ser sentida naquele momento, enquanto eu chorava por horas, carregando uma tristeza tão profunda que me deixou amargurada e com medo de ser mãe de novo. - dava para perceber nitidamente o choro entalado na garganta dela ao mencionar a pior época de sua vida.
- Sinto muito se não te dei atenção que precisava.. mas não pense que foi fácil para mim.
- Eu sei que não. - ela limpou rapidamente uma lágrima que caía devagar pela bochecha.
- Não queria chorar na sua frente e passar a imagem de alguém fraco para você. Eu deixava a fragilidade e a tristeza tomar conta de mim no banheiro do escritório, onde eu ficava por duas horas direto.. sem forças para me levantar do chão.
- Talvez nosso erro foi sofrer separado. - ali, naquela frase veio o in-sight que poderia ter sido a solução dos problemas de um relacionamento mal resolvido. - Nossas brigas começaram quando já estávamos saturados de tanta dor, sabendo que o vazio não seria preenchido por mais nada.
- Te devo desculpas pelas vezes que te deixei sozinha, com medo de te prejudicar com a minha tristeza.
- E eu por achar que não se importava comigo e sempre gritar com você a troco de nada.. Perdão por ter sido tão insensível. - os dois tinham os olhos focados um no outro, com o intuito de transparecer verdade em cada palavra dita. - Acha que gente poderia ter continuado junto?
- Acho que sim.. - Zayn respondeu ao enxugar os olhos marejados. - O que nos separou não foi falta de amor, isso eu posso afirmar. - o olhar borrado da mulher estava voltado ao rapaz, que tomou coragem e finalmente disse o que tanto queria após anos em silêncio. - Porque até hoje eu sinto algo forte por você.
- Como tem tanta certeza?
- Porque se não sentisse nada meu coração não teria quase pulado pela boca no segundo que te vi depois de tanto tempo. - o moreno estava envergonhado e desviou o olhar para as mãos inquietas. - Ou então ter sentido ciúmes de você ao saber que está com o Harry. - instantaneamente S/N franziu a testa.
- Harry? Eu não estou com ele. - a tentativa de mentira funcionou tão bem que Zayn não se importou em dar continuidade àquele assunto e então se aproximou devagarzinho a mulher. S/N por sua vez nem percebeu que a distância entre os corpos havia diminuído, pois seus olhos estavam fixos nos penetrantes do moreno, o qual um dia ela amou.
- Então eu posso fazer isso? - Malik questionou baixinho e de modo sedutor, levando a mão leve até a cintura de S/N, que amoleceu ao sentir o toque que a fazia suspirar todas as vezes que ele a tocava.
- Isso o quê? - não passou nem meio segundo desde a pergunta de S/N para que os lábios quentes se encontrassem e então um beijo calmo e vagaroso, repleto de uma saudade enorme acontecesse, levitando o ex casal a medida que as línguas dançavam sincronamente a música do amor que nunca abandonou os corações quebrados. Aqueles minutos pareceram certos para ambos e a certeza de que se tivessem tido uma única conversa franca sobre o luto que sentiam, eles ainda estariam casados e inteiramente felizes.
- Zayn... - foi tudo o que S/N pôde dizer após finalizarem o beijo com um selinho doce e desacelerado.
- Me desculpa, S/A.. me desculpa pelo beijo, por ter sido fraco, por não ter te dado o apoio que merecia, por ser um covarde, por ter ido embora sem ao menos olhar para trás e principalmente por te perder. Por perder a única mulher que sabia como me fazer feliz. - o moreno estava abalado, emotivo e saudoso. No entanto ele sentia-se mais leve ao dizer aquilo que não conseguiu há anos. - Só quero que saiba que todas as dores que vivemos juntos, eu carrego comigo todos os dias, sem exceção. - S/N assentiu, emocionada, segurando ao máximo para não chorar. - Sei você ficou sozinha naquele momento, mas quero te dizer que hoje você não está. E pode ser que nunca mais esteja se quiser me ter por perto de novo. - o moreno deu um sorriso fraco e levou as mãos da mulher a boca para enfim beijá-las após as tê-las segurando durante todo o discurso. - A gente precisa ser feliz, S/A..
- Eu sei.. - ao assentir com a cabeça ele largou as mãos dela devagar, limpou o rosto molhado e caminhou até a porta. No entanto, quando tocou a maçaneta Zayn olhou para S/N mais uma vez e soltou a última frase, contendo a última esperança de uma reconciliação.
- Acho que o Noah ficará orgulhoso de nós se nos permitirmos reconstruir o que começamos. - disse entre um sorriso sincero e sentimental. - Gosto de imaginar ele feliz.. E acredito que ele vai ficar se ver os pais juntos de novo.
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Ju
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