#Nuno PARDAL
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O Preceito Dogmático do Telhado (conto)
Ao som de Red Hot Chili Peppers, nosso protagonista surge;
— Telhado fajuto! — Proferiu Alberto ao voltar da escola mais uma vez enervado; a mágoa da vez tinha sido seu término com Clarice, seu primeiro amor desde os 13 anos.
— Casos de amor na adolescência são sempre labirínticos, mas deixemos as mágoas de lado, Alberto. Como foi sua prova hoje?
— Tão horrível quanto sua presença — bem cabisbaixo respondeu Alberto.
Alberto tinha ido mal na prova semestral de matemática; apesar de inteligente, sua matéria favorita era ciências humanas. Odiava fórmulas, números e cálculos.
Agregando a esse desempenho ruim, deve-se incluir a perda do melhor amigo Carlos, a quem sempre combinava de estudar juntos; não esquecendo também da morte do tio Nuno, 28 dias antes do padecimento do melhor amigo. A vida maltratava o jovem de uma forma muito dolorosa, ao ponto do mesmo tratá-la de forma igual, com desprezo e incivilidade.
— Por que você, independente da situação, está sempre sorrindo, velho Tel? Não tem nada de engraçado — perguntou Alberto com as sobrancelhas enrugadas exibindo uma feição de dúvida. (apesar de ser somente um telhado, Tel era o refúgio de Alberto).
— Não estou rindo de suas dores, é que a minha felicidade surge ao fazer outros seres felizes; esse é o motivo de sempre sorrir para você e também para Pádua, aquele pardal monótono.
— Você parece uma imundície, quase irreconhecível, coberto de poeira e dejetos deixados pela família de Pádua — expôs Alberto com bastante indignação ao ver o estado de seu ouvinte fiel. — Como alguém pode ser feliz em um estado deplorável desses? — Completou Alberto com bastante inquietação.
— O fato de eu estar incluso em um ambiente já é um valor incomensurável. Você não sabe, mas apenas eu lembro de cada detalhe desses 37 anos mágicos — acrescentou Tel com muito contentamento.
— Você não passa de uma anta! Sofre com todo tipo de castigo, de chuvas fortes até cocô de pardais e ainda assim vive aceitando tudo sem ao menos pedir uma reforma; isso não é vida, é escravidão! — Alberto não entendia a felicidade de Tel vivendo uma vida t��o medíocre e mesquinha daquelas.
Rindo como sempre, Tel disse — Faço o melhor possível nas condições que eu tenho, e se tivesse condições melhores eu faria melhor ainda. Como posso exigir algo de alguém que me deu a oportunidade da minha vida? — acrescentou sorrindo e logo após complementou. — A satisfação vem da realização; jamais da retribuição de quem recebeu tua generosidade.
— Se você não fosse tão inocente, suas costas não teriam dejetos de animais folgados e sua aparência não seria tão hórrida dando indícios de decomposição — Alberto complementou com enorme indignação e repúdio à situação do telhado amigo.
Tel desta vez não estava sorrindo, mas apresentava uma cara de satisfação com a conversa. Passou-se alguns segundos de um silêncio perturbador, até que uma colocação de Tel deixou Alberto tácito com os olhos esbugalhados.
— Se eu tivesse exigido um tratamento melhor em troca dos meus serviços, eu teria ganhado uma das seguintes possibilidades: primeiro, uma formosura elegante neste lindo bairro de Limoeiro. Segundo, iria viver até o último dia da minha vida no lixão municipal, o cemitério de telhados, onde estão meus amigos de fabricação. — Tel citou com bastante carinho os amigos que conheceu durante o processo de produção de telhas, hoje utilizadas em residências. — Esses seriam os meus possíveis destinos — Completou.
Alberto ficou chocado ao lembrar da visita escolar que tinha feito ao lixão municipal no dia 20 de março daquele ano; estava inquieto e horrorizado naquele momento. Não pela situação putrefata do lixão, mas sim com as gargalhadas de Tel ao dizer que ficaria muito feliz ao servir de abrigo a ratos e baratas e que ao invés de Pádua, seus novos amigos voadores seriam os urubus que ali sobrevoam.
Foi no final do século XIX que os irmãos Gilardon dAltkirche criaram as telhas de encaixe, como você bem sabe, leitor. O que o leitor não sabe, é que todas as telhas têm uma ligação muito íntima umas com as outras, pois compartilham do mesmo desejo de fazer outros seres felizes.
Tel logo em seguida continuou a falar;
— Se eu ganhasse uma reforma, seria o telhado mais lindo do bairro. Atrairia os olhares de Tânia, que cobre a casa vizinha, e a todo instante mandaria Pádua sobrevoar até lá para enviar uma mensagem de amor com cheiro de material novo — explicou Tel como seria sua vida após uma reconstrução.
Em seguida comentou como seria feliz estando em um lugar podre e abandonado;
— Eu seria jogado naquele espaço cheio de vida, sim, cheio de vida, não esqueça que um dia aquele lugar já apresentou tantas Aroeiras-vermelhas quanto esse onde estamos.
— Jamais faça uma análise sobre a felicidade de alguém baseando-se apenas nos bens materiais; eu seria tão feliz por lá quanto sou aqui — disse Tel com plena convicção.
— Como teria bastante material jogado, iria dar abrigo a um número imenso de seres: ratos, baratas, formigas, aranhas e etc. Não haveria festas pois alguns são predadores de outros, enfim, não cabe a mim discutir as leis da natureza, mas cabe a mim afirmar que independente de onde estivesse, eu daria o melhor de mim independente das condições, seja cheirando à material novo ou todo destroçado em um lixão — concluiu Tel com tanto entusiasmo que foi suficiente para fazer brotar do chão sujo do lixão uma linda Aroeira-vermelha.
Alberto, de cabeça baixa, dando indícios de lacrimação, logo lembrou da vez em que discutiu com Clarice, por achar que ela não o amava mais, isso após dar um livro sobre "A queda do muro de Berlin", e a jovem dizer que iria ler apenas na semana seguinte por estar com a agenda corrida, uma vez que a mãe de Clarice, D. Bia, tinha sido hospitalizada por complicações nos rins.
Alberto acreditava que tempo ela tinha, só não para ler um livro sobre seu assunto preferido de história. Ele buscava a todo instante receber retribuições em troca de suas ações.
Outras lembranças apresentaram-se vigorosamente dolorosas. Alberto tinha percebido o quão imbecil tinha sido em várias situações que resultaram em brigas ou em afastamento de amigos, mas tinha um ego muito inflado, o que não o deixou admitir os erros.
Passaram-se exatos 293 segundos em completo silêncio no quarto; espero que você, meu caro leitor, seja um exemplar em matemática e possa transformar esses segundos em minutos.
Alberto finalmente falou algo, as seguintes palavras;
— Como alguém que não possui consciência, sentimentos e nem mesmo vida pode me dar lições de moralidade? — perguntou com os olhos cheios de mágoa.
— Eu realmente não tenho vida, não passo de um objeto inanimado, mas para quantas pessoas você já cedeu abrigo? Quantas oportunidades você teve de presentear um mendigo com um guarda-chuva para ampará-lo da chuva e por puro egoísmo escolheu gastar sua mesada com coisas fúteis? — completou Tel que, pela primeira vez em 17 anos, falou com Alberto de uma maneira intransigente.
Sim, leitor, para matar a sua curiosidade, Alberto tinha 17 anos, nasceu no dia 20 de março de 1990.
Porém, mesmo com 17 anos, Alberto chorava igual uma criança e sem conseguir raciocinar com clareza; repetia as mesmas duas palavras várias vezes enquanto esmurrava a cama— Fala mais! Fala mais! Fala mais! Fala mais! Fala mais! Fala mais! — exclamava sem parar.
— Anna, nunca te fez mal e você vive batendo nela, como se a coitada fosse a culpada pela sua arrogância de merda — o velho telhado gentil não gostou do tratamento de Alberto em Anna, sua cama, soltando um palavrão e logo em seguida falaria outra sequência de palavras que machucaria Alberto ainda mais.
— Em todas as vezes em que você ficou com febre ou com qualquer outro vírus, foi Anna quem te agasalhou da melhor maneira possível. Como pode tratar com tamanha ignorância e boçalidade alguém que te tirou tantas dores? Quantas vezes você foi capaz de aliviar a dor de alguém? Responda! — esbravejou Tel enquanto sentia algo escorrendo de seus fragmentos de telha.
O que estava escorrendo era água, água sendo jogada por uma pequena nuvem que passava naquele instante. Cida, a nuvem, uma antiga amiga de Tel, que ao perceber o clima pesado no quarto, decidiu jogar água sobre suas telhas. Talvez tenha sido uma maneira de tentar esconder as verdadeiras lágrimas de Tel, mas essa dúvida eu deixo para a mente brilhante a quem te pertence, leitor.
Mais alguém estava sentido prantos escorrendo, era Anna, que já encontra-se ensopada com as lágrimas de Alberto; provavelmente tenha sido obra do destino, mas esse foi um desdobramento perfeito para a cama, que também estava chorando, mas por sua tamanha timidez , queria ao máximo esconder assim sua dor.
Peço desculpas por não conseguir trazer todos os detalhes daquela noite de quarta-feira, isso acontece pois diferentemente do meu caro leitor, homem e mulher de bem, eu ando escrevendo e anunciando muitos acontecimentos em nome do pai.
Voltemos ao que interessa, leitor camarada;
Alberto adormeceu aos prantos, e para evitar que os soluços de Anna e Tel incomodassem o rapaz, Cida decidiu pedir ajuda a Francisco, uma nuvem enorme, para que juntos pudessem trazer uma tempestade fortíssima para que o som das gotas sobrepusesse qualquer outro som.
Nos dias seguintes, Alberto alegou estar mal e não compareceu à escola, marcando presença apenas na semana seguinte.
Na terça-feira da semana seguinte, trouxe Clarice em sua casa e ficaram horas conversando no quarto, com lindos sorrisos nos rostos de todos ali presentes. Sorriso também de D. Bia, que saiu do hospital e tinha combinado de ir buscar a filha após sair do mercado onde trabalhava. De alguma forma, Alberto tinha mudado bastante em menos de uma semana, até mesmo Clarice mencionou isso em uma conversa com sua mãe já no carro enquanto estavam indo para casa.
O que eles conversaram e fizeram durante aquelas horas é um mistério para você, caro leitor. Use e abuse da sua imaginação, mas peço que tenha controle dela, pois ambos eram jovens e Clarice era bastante tímida.
Passando-se alguns anos após os acontecimentos mencionados nos parágrafos anteriores;
Houveram alguns eventos dolorosos durante esse tempo, em especial as mortes de Pádua, D. Bia, Gaspar (pai de Alberto) e também Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, uma das maiores inspirações de Alberto.
Tenho certeza que estudaste Nelson Mandela na escola, caso não, vá depois de terminar essa leitura, leitor.
De volta ao presente, neste exato momento, há uma movimentação grande lá embaixo; vejo chamas, fumaça e bastante gente de vermelho, não sei ao certo se é vermelho das roupas ou de sangue.
O fogo vem de um abrigo, no bairro de Campo Alegre, um bairro vizinho ao de Limoeiro. O abrigo alimenta e dar moradia a mendigos desses dois bairros; foi a solução criada para os mendigos não precisarem mais dormir nas ruas nem comer restos em latas de lixo. Um trabalho conjunto de pessoas que dispõem de um bom coração igual o teu, amigo leitor.
Recebo a notícia de três mortes: dois mendigos e um bombeiro que morreu após ficar preso em meio ao resgate. Benedito Sebastião e Afonso Batista foram os mendigos mortos, e Alberto Almeida Carneiro, nome do herói bombeiro, que nos deixou com bravura, dando sua vida para salvar outras tantas.
Alberto escolheu a carreira de bombeiro em função de duas razões: salvar vidas inocentes e nunca mais ver chamas descontroladas queimarem telhados em incêndios; a mídia não mostra, porém os telhados são sempre esquecidos em meio às chamas. Alberto queria mudar isso.
Além do legado deixado na memória dos amigos, Alberto também deixou sua esposa, que não preciso dizer o nome por já ser de seu conhecimento, entretanto lhe digo que Eli é o nome da pequena, que em casa vê os noticiários pela TV, perguntando se o papai está bem...
Sim, pequena Eli, seu pai está bem e se aproximando de nosso portal bastante feliz; vem sorridente dizendo que a vida é maravilhosa e que amar é viver.
Encontrou Pedro e disse: "Eu fiz o melhor que pude nas condições que tinha, e se tivesse condições melhores teria feito melhor ainda."
Lamento informar, leitor, mas eu tenho de encerrar aqui e agora, pois além de Alberto, os mendigos Benedito e Afonso também precisam de suas histórias contadas.
Assim como anunciei a encarnação do Verbo de Deus, venho aqui neste penúltimo parágrafo a pedido de Alberto para anunciar suas últimas palavras: "A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."
No fim, esta obra não será publicada em nome do Arcanjo Gabriel, mas espero que o autor humano não mude uma única vírgula da história de Alberto e nem que vocês, leitores, tentem conversar com telhados.
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One Long Hot Day... - Sunburn (BFI Flare Review)
One Long Hot Day… – Sunburn (BFI Flare Review)
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#Luís Branquinho#Nuno PARDAL#Oceana BASÍLIO#Pablo IRAOLA#Pandora DA CUNHA TELLES#Rafael GOMES#Ricardo BARBOSA#Ricardo PEREIRA#THE OPEN REEL#Ukbar Filmes#Vincent ALVES DO Ó
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Eden (2016), Fabio Freitas
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Fundo de assistência dos toureiros acusa ministra da cultura de exercer uma política de gosto
Fundo de assistência dos toureiros acusa ministra da cultura de exercer uma política de gosto
Nuno Pardal, Presidente da Associação Nacional de Toureiros, acusa a ministra da cultura, Graça Fonseca de exercer uma política de preferência de gosto, razão pela qual a tauromaquia está a ser descriminada. A descriminação a que Nuno se refere vai de encontro ao sucedido na passada terça-feira, dia 8 de maio, em que o secretário de estado do cinema, Audiovisual e Media, Nuno Silva, comunicou…
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Ator da TVI parte a louça toda… fotografia completamente nu!
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Nuno Pardal surpreendeu tudo e todos!! O ator, que pode ser visto na telenovela da TVI «Na Corda Bamba», está isolado em casa e decidiu tirar uma fotografia bem OUSADA na casa de banho, totalmente despido, e partilhou nas redes sociais.
((__lxGc__=window.__lxGc__||{'s':{},'b':0})['s']['_204889']=__lxGc__['s']['_204889']||{'b':{}})['b']['_592039']={'i':__lxGc__.b++}; «Olá bom dia. Tem papel higiénico, coração? #afebredorolo», escreveu na legenda. Os colegas de profissão não tardaram em reagir. «Vai-te vestir Pardal!», comentou a apresentadora Marisa Cruz. «Comparista MALUCO!», escreveu Pedro Lima.
((__lxGc__=window.__lxGc__||{'s':{},'b':0})['s']['_204889']=__lxGc__['s']['_204889']||{'b':{}})['b']['_592039']={'i':__lxGc__.b++};
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VII Concurso Nacional de Cervejas Caseiras e Artesanais.
É aquela altura do ano.
Ainda não é época das pumpkin ales mas sim da inscrição dos melhores homebrewers do país no evento que premeia as melhores cervejas caseiras feitas em Portugal.
A 7ª edição decorre durante os dias 1 e 2 de Novembro, sendo que no primeiro dia o Catraio no Porto é o local que acolhe o evento para a prova da categoria das Lagers e da categoria especial - em 2019, é o estilo Irish Extra Stout.
Dia 2 de Novembro desce-se até Colares (Sintra), mais concretamente para a HopSin (projecto de Sérgio Pardal, vencedor na categoria Ale no IV Concurso Nacional). Neste segundo dia, o programa inclui a prova da categoria das Ales e entrega dos prémios.
As inscrições estão abertas até 23 de Outubro e pode-se saber mais sobre como entrar neste campeonato nacional da cerveja nos seguintes links.
Regulamento
Inscrições
Os vencedores de cada categoria terão oportunidade de fazer chegar a sua cerveja a mais pessoas com a ajuda de algumas cervejeiras profissionalizadas. Este prémio está dividido da seguinte forma:
Categoria Ale: produção na Bolina, enlatamento parcial na Trevo.
Categoria Lager: produção na Sovina.
Categoria Irish Extra Stout: produção na Marafa.
--
A história do Concurso Nacional de Cervejas Caseiras e Artesanais já vai longa. Não só pelos 7 anos de idade que já tem mas também por todas as pessoas que motivou a mostrarem a sua cerveja caseira que eventualmente passaram a dedicar-se a tempo inteiro a este mundo. A comunidade cervejeira de Portugal agradece por todas estas edições que “formaram” estes cervejeiros e por todas as cervejas deliciosas que daqui saíram.
Em baixo, um resumo dos vencedores de todas as edições. E um obrigado ao Bruno Aquino por ter compilado toda esta informação.
I CNCCA
Categoria Stout:
Edson Costa 🥇
Miguel Abrantes 🥈
Susana Faria 🥉
Categoria Livre:
Alexadre Varela 🥇
Luís Fernandes 🥈
Edson Costa 🥉
II CNCCA
Categoria IPA:
André Borges 🥇
Carolina Schacht 🥈
Telmo Teixeira 🥉
Categoria Livre:
André Borges 🥇
João Durães & Tito Santos 🥈
Carlos Alberto 🥉
III CNCCA
Categoria Witbier:
Bruno Dias 🥇
Luis Eleutério 🥈
Dinis Saraiva 🥉
Categoria Livre:
Rui Bento 🥇
Walter Carvalho 🥈
Hugo Sousa 🥉
IV CNCCA
Categoria Ale:
José Gonçalves & Sérgio Pardal 🥇
João Brazão 🥈
Pedro Franco 🥉
Categoria Lager:
Stefan Hunold 🥇
Tiago Marques 🥈
Pedro Dias 🥉
1ª Taça de Portugal, Estilo Double Indian Pale Ale:
João Brazão & Mick O’Toole 🥇
Pedro Figueiredo 🥈
Stefan Hunold 🥉
V CNCCA
Categoria Ale:
José Gonçalves 🥇
Diogo Barrigas & Rui Traquete 🥈
Flávio Bernardo 🥉
Categoria Lager:
Stefan Hunold 🥇
Jorge Fortuna Tomé 🥈
André Arellano & Camila Freitas🥉
2ª Taça de Portugal, Estilo English Brown Ale:
Olivier Vincent 🥇
Stefan Hunold 🥈
Dionísio Alves 🥉
VI CNCAA
Categoria Ale:
Nuno Pereira 🥇
Flávio Bernardo 🥈
Juanjo Tur Lahiguera 🥉
Categoria Lager:
Stefan Hunold 🥇
Vasco Ferreira 🥈
Pedro Cunha 🥉
3ª Taça de Portugal, Estilo Belgian Strong Dark Ale:
Vasco Matos 🥇
José Miguel Dominguez Ramos 🥈
Francisco Campino 🥉
Boa sorte a todos os inscritos.
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O projeto
Um dicionário criativo que mostra, através das opiniões de publicitários, o que é esta área que nos é tão querida. Uma forma de olhar para a Publicidade com outros olhos e de a dar a conhecer por dentro a quem está de fora.
O meu nome é Gonçalo Martinho, sou Diretor de Arte na FCB Lisboa e é com um enorme prazer que vos apresento o ABC Publicidade, projeto que não teria saído da gaveta sem esta incrível lista de pessoas talentosas que me ajudaram a fazer isto acontecer.
Art Director // Gonçalo Martinho - Art Director - FCB Lisboa
Copywriter // António Neto - Copywriter - Leo Burnett Lisboa
Copywriter // Carolina Valentim - Creative Strategist - FCB Brasil
Copywriter // Martim Calado - Copywriter - Indie Campers
Copywriter // João Maria - Copywriter - LOLA Mullen Lowe Lisboa
Copywriter // André Afonso Alves - Copywriter NOSSA™
Copywriter // Juan Christmann - Creative Director - All Awards
Copywriter // Marcelo Lourenço - Creative Director - Fuel Lisboa
Copywriter // Edson Athayde - CEO/CCO - FCB Lisboa
Copywriter // Rob Estreitinho - Freelance Strategist
Copywriter // Viton Araújo - Creative Director - FCB Lisboa
Copywriter // Frederico Roberto - Creative Director - VML London
Copywriter // Maria Sá Carvalho - Freelance Copywriter
Copywriter // Miguel Mestre - Copywriter - MSTF Partners
Copywriter // Nuno Dores - Freelance Copywriter
Copywriter // Victor Afonso - Creative Director - FCB Lisboa
Copywriter // Teresa Verde Pinho - Copywriter - Ogilvy Paris
Copywriter // Rúben Pardal - Digital Creative Strategist
Copywriter // Pedro Pinho - Copywriter - O Escritório
Copywriter // Pedro Lima - Creative Director - MSTF Partners
Copywriter // Roberta Batista - Copywriter - FCB Lisboa
Copywriter // Tiago Silva - Copywriter - O Escritório
Copywriter // João Madeira da Silva - Copywriter - O Escritório
Copywriter // Hugo Veiga - Creative Director - AKQA São Paulo
Copywriter // Pedro Pires - CEO/CCO - Solid Dogma
Copywriter // João Almeida Santos - Copywriter - Fullsix
Copywriter // Alexandre Couto - Copywriter - JWT Lisboa
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A partir da década de 20, uma geração de artistas com formação, alguns, no estrangeiro, importam as inovações tecnológicas e modernistas para Portugal, fundando uma vaga modernista que é encabeçada por arquitectos como Pardal Monteiro, Cristino da Silva, Cassiano Branco e Cottinelli Telmo, entre outros.
Três factores contribuíram para esta inovação da arquitectura: em primeiro lugar, o emprego do betão armado que, partindo de uma necessidade às concepções modernistas essencialmente de linha recta, se propagou como material preferencial nestas construções; em segundo lugar, esta geração é ela, em si, facto de importância, pois «troca o ecletismo da sua aprendizagem por uma concepção claramente modernista da arquitectura» (Caldas 1998); e por fim, a substituição da república pela ditadura em 1926.
A falta de divulgação não terá ajudado na transição que surgiu demasiado brusca para uma geração que capta lentamente as inovações de ambos Le Corbusier e Walter Gropius e a sua escola da Bauhaus. De facto, apenas três revistas circulam o país, cada qual a seu tempo: a Construção Moderna, Arquitectura Portuguesa e, por fim, Arquitectura.
Com efeito, a política de obras públicas levada a cabo por Duarte Pacheco[1], a partir da expropriação de lotes de terrenos e consequente venda a preços acessíveis, concedeu alguma liberdade criativa aos arquitectos e os seus empreendimentos modernistas, podendo ainda demarca-se a edificação do pólo universitário do Instituto superior técnico como ponto de partida destes empreendimentos: «A sucessiva depuração do resultado à medida que a obra avançava, foi ditada, entre outras, por razões económicas e o sentido dessa simplificação acompanhou a dignidade relativa dos edifícios, isto é, mantiveram-se alguns apontamentos decorativos no pavilhão central e atingiu-se ó máximo purismo, aliado ao aproveitamento da fachada livre e das janelas em largura, nos edifícios mais afastados, os das oficinas e das instalações desportivas» (Caldas 1998).
Também as tentativas de urbanização de Lisboa ganharam importância extrema na concepção da cidade que visará, na década seguinte, a cidade-cenográfica. O caso do prolongamento da Avenida de Cristino da Silva, substituído pela construção do Parque Eduardo VII, representa bem esta vontade de urbanizar Lisboa. Além disto, preocupava a Pacheco «a desorientada expansão da cidade [...] feita de traçados desligados de uma ideia de conjunto» (França 1974). Bairros e avenidas são reorganizadas e reconstruídas, impondo um novo princípio urbano bastante cenográfico, através da construção de lojas, cinemas e cafés.
O modernismo ganha assim impulso, mas o concurso que resulta na atribuição da construção do Liceu de Beja a Cristino da Silva causa alguma controvérsia, como já vem a causar um pouco com a edificação da Igreja de Fátima. O debate da problemática de adopção de uma identidade nacional arquitectónica é uma realidade sempre presente nesta década, mas reacende ao longo da década de ’30 e sobretudo na sua viragem para a década de ’40. Priveligia-se um estilo nacional ao modo de D. João V, neobarroco. A partir de então, esta nova arquitectura, cujas influências modernistas provinham dos avanços exteriores, foi tida como demasiado internacional. Era necessário uma arquitectura portuguesa que representasse o país, e com dignidade.
Na década de ’30, o conceito de «Estado Novo» penetra na arte; os princípios conservadores e nacionalistas do regime encontram os defeitos nesta arquitectura modernista, internacional, apelidada mesmo de comunista (Pereira 1998) e apontando falhas nomeadamente à falta de adaptação ao clima português.
A arquitectura sofre uma forte viragem nesta década, a partir e uma concepção nacionalista que, apesar do aparente desprezo pela arquitectura modernista internacional, deixa os seus elementos penetrarem nas edificações, dissimulados de uma fachada nacional. Empregam-se «molduras e pilastras em pedra, decalcadas da arquitectura senhorial do século XVII», dá-se destaque ao «andar nobre, com as suas sacadas de ferro forjado, embora na divisão interior e na função fosse igual a todos os restantes pisos, e torreões com telhados pontiagudos, iriam servir de modelo para os edifícios públicos e privados que passavam a ser construídos, para dar resposta à velha aspiração de uma arquitectura nacional» (Pereira 1998).
O ano de 1940 marca esta viragem decisiva com a apresentação da Exposição do Mundo Português bem como a Exposição da Moderna Arquitectura Alemã, de 1941. O estreitamento de relações com outros regimes fascistas propiciam a importação de modelos arquitectónicos da Itália de Mussolini e o forte despojamento e empregamento das formas clássicas da arquitectura monumental da Alemanhã nazi, o que levará Cristino da Silva a afirmar que esta se apresenta como arquitectura do futuro.
A partir desta data, os modelos anti-modernistas tornam-se obrigatórios às encomendas oficiais; os modernistas intimados ou constantemente rejeitados até que os seus projectos se encontrassem de acordo com os cânones do regime. O controlo da imprensa, a censura e a ausência de uma verdadeira cultura arquitectónica no país conduziu à aceitação destes cânones, forçosa ou voluntariamente.
Os edifícios como cidades universitárias, cafés, cinemas e «palácios de justiça» ostentam esta nova arquitectura, entendida como cenografia, onde se articulam os volumes de fachadas. «Trata-se de exprimir o poder do Estado e de incutir nos cidadãos os valores da autoridade e da ordem» (Pereira 1998), onde raramente havia lugar para um vocabulário historicista ou regionalista. Encobre, assim, a real influência internacional com vista ao culto do Estado.
[1] Ministro da Instrução em 1928 e Ministro das Obras Públicas em 1932, cargo que abandonará em ’36 por conflitos internos apenas para retormar em ’38, aí permanecendo até à sua morte em ’43.
França, José-Augusto. História da Arte do Século XX. Lisboa: Bertrand, 1974.
Pereira, Nuno Teotónio. “A Arquitectura do Regime: 1938-1948.” In Arquitectura do Século XX - Portugal, de AAVV. München: Prestel, 1998.
Caldas, João Vieira. “Cinco Entremeios Sobre o Ambíguo Modernismo.” In Arquitectura do Século XX - Portugal, de AAVV. München: Prestel, 1998.
#tomem lá a introdução a um ensaio que escrevi sobre arquitectura do regime particularmente o Cinema Império#(sim aquilo que é hoje a sede da IURD)#portugal
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Sunburn DVD review - Entertainment Focus
Sunburn DVD review – Entertainment Focus
[ad_1]
Credit: TLA Releasing
Four friends – Francisco (Nuno Pardal), Simão (Ricardo Barbosa), Vasco (Ricardo Pereira), and Joana (Oceana Basilio) – get together at Francisco’s sun-drenched villa in Portugal for the weekend. With the aim of catching up and relaxing, the four friends are caught off guard when they receive a call from David, an estranged friend who left the country many years ago.…
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Dueto (desgarrada), Fado, Luísa Soares e Nuno de Aguiar, "Ó pardal, ó co...
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Que lindo meu Deus!!!
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Motoristas: Greve mantém-se após falhar acordo em reunião de 10 horas
DR José Peixe
Os motoristas de matérias perigosas cumprem hoje o sexto dia de uma greve convocada por tempo indeterminado, depois de ter falhado um acordo mediado pelo Governo numa reunião que durou cerca de 10 horas.
A falta de acordo foi comunicada pelo porta-voz do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e posteriormente confirmada pela Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) e pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos.
“Trabalhámos em conjunto com o senhor ministro uma proposta que seria razoável para desbloquear a situação. A Antram rejeitou a proposta e a greve mantém-se”, afirmou à agência Lusa o representante do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, no final da reunião.
Pardal Henriques adiantou que a Antram oficiou ao SNMMP “a mesma proposta que tinha oferecido à Fectrans [Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações] e ao Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias”.
“Não aceitamos essa proposta, porque não podemos concordar com aquilo que não entendemos ser um bom acordo”, continuou.
O porta-voz da Antram, André Matias de Almeida, considerou que a proposta que o sindicato apresentou ao Governo é “incomportável para as empresas” e discriminatória para os associados dos outros sindicatos do setor.
A Antram espera agora que, no plenário que o SNMMP vai realizar no domingo, em Aveiras de Cima (Lisboa), “haja uma sensibilização dos associados [do sindicato] e que possam compreender que as empresas estão no seu limite”, acrescentou.
No final da maratona de negociações, o ministro Pedro Nuno Santos disse que em cima da mesa estiveram propostas do sindicato e da associação empresarial, mas persiste o desacordo entre as partes.
“A greve continua” em consequência da falta de acordo, admitiu o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
A reunião entre Pedro Nuno Santos e os representantes do SNMMP começou cerca das 16H00 de sexta-feira no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa, e terminou perto das 02H00 de hoje.
Primeiro-ministro
Numa entrevista publicada hoje pelo semanário Expresso, o primeiro-ministro garantiu que o Governo está disponível para adotar todas as medidas para que o país não pare, caso seja prolongada a greve dos motoristas de matérias perigosas.
“Uma coisa é certa: até agora, o planeamento e as medidas tomadas garantiram que o país não parou. E o país não vai parar. Estamos disponíveis para adotar todas as medidas que venham a ser necessárias para garantir esse objetivo”, afirmou António Costa na entrevista, dada antes de ser conhecida a reunião do SNMMP no Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em Lisboa.
O primeiro-ministro recordou ainda o parecer do Conselho Consultivo da Procuradoria-Geral da República para afirmar que “não só os serviços [mínimos] foram adequados como até podem ser alargados em caso de necessidade”.
Greve dos motoristas
A greve começou na segunda-feira, 12 de agosto, por tempo indeterminado.
A paralisação foi inicialmente convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), mas este sindicato desconvocou o protesto na quinta-feira à noite, após um encontro com a Antram sob mediação do Governo.
A greve foi convocada com o objetivo de reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
No final do primeiro dia de greve, o Governo decretou uma requisição civil, parcial e gradual, alegando incumprimento dos serviços mínimos que tinha determinado.
O conteúdo Motoristas: Greve mantém-se após falhar acordo em reunião de 10 horas aparece primeiro em Diário As Beiras.
Motoristas: Greve mantém-se após falhar acordo em reunião de 10 horas
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Greve dos motoristas sem feriado e sem diálogo à vista
DR Mário Cruz/LUSA
Portugal continua hoje em crise energética devido à greve dos motoristas de matérias perigosas e de mercadorias, num dia feriado em que chegou a haver a expectativa de uma reunião entre grevistas e patronato.
O porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, desafiou a Antram para uma reunião às 15H00 de hoje, mas a associação que reúne as empresas de transportes recusou, alegando que não negoceia enquanto durar a greve, convocada por tempo indeterminado.
“Não podemos, infelizmente, reunir com a espada na cabeça, não podemos negociar dessa forma (…), negociamos de uma forma franca e presencial (…), mas não sob ameaça de greve”, foi a resposta de Pedro Polónio, um dos vice-presidentes da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram).
Pedro Polónio falava na quarta-feira à noite, à saída do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, onde a Antram assinou um acordo relativo ao contrato coletivo de trabalho com a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), afeta à CGTP, elogiado pelo primeiro-ministro, António Costa.
“Saúdo vivamente o acordo alcançado entre a Fectrans e a Antram. Neste caso imperou o bom senso e o diálogo”, escreveu António Costa no Twitter, acrescentando esperar que “seja um exemplo seguido por outros”, numa referência ao SNMMP e ao Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que também convocou a greve iniciada na segunda-feira.
O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, também disse que “o tempo da greve acabou” e que as partes se devem “sentar e negociar”, garantindo ser desejo do Governo que a paralisação “termine o mais depressa possível”.
Sem diálogo à vista, apesar destes apelos e de Pardal Henriques insistir no desafio à Antram para que se reúnam neste feriado católico da assunção de Nossa Senhora, os portugueses vão viver o quarto dia consecutivo de venda racionada de combustível nos postos que o tiverem disponível.
Para fazer face à greve, que afeta sobretudo a distribuição de combustível, o Governo fixou serviços mínimos entre 50% e 100%, mas logo no primeiro dia da paralisação decretou uma requisição civil parcial, até 21 de agosto, alegando incumprimento do estabelecido, sobretudo no Algarve e aeroportos.
Muitos dos camiões-cisterna passaram então a ser conduzidos por efetivos das Forças Armadas e de segurança nas zonas em que o Governo considerou que não estavam a ser cumpridos os serviços mínimos.
Em comunicado divulgado ao fim da tarde de quarta-feira, o Ministério do Ambiente e da Transição Energética anunciou não ser necessário, para já, alargar os termos da requisição civil.
O ministério de João Pedro Matos Fernandes adiantou que os “únicos casos de incumprimento dos serviços mínimos” se prendiam, na altura, com o transporte de combustível para aviões para os aeroportos de Lisboa e de Faro, que levaram à mobilização de mais de duas dezenas de equipas das Forças Armadas e de segurança.
A requisição civil dos motoristas em greve visa assegurar o abastecimento da Rede de Emergência de Postos de Abastecimento (REPA), aeroportos, postos servidos pela refinaria de Sines e unidades autónomas de gás natural.
Portugal está, desde sábado (10 de agosto) e até às 23H59 de 21 de agosto, em situação de crise energética, decretada pelo Governo devido a esta greve, o que levou à constituição da REPA, com 54 postos prioritários e 320 de acesso público.
Enquanto durar a greve, os veículos ligeiros só podem abastecer no máximo 25 litros de combustível em postos que não pertencem à REPA, e 15 litros nos postos da rede de emergência que não sejam exclusivos a transporte prioritário.
A greve foi convocada para reivindicar junto da Antram o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
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Greve dos motoristas sem feriado e sem diálogo à vista
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Motoristas: ANTRAM diz que reunião no Ministério “não existe” e “é uma farsa”
DR ANTRAM
O porta-voz da ANTRAM disse hoje que a reunião de segunda-feira no Ministério das Infraestruturas “não existe” e que “é uma farsa” do sindicato com o objetivo de “ludibriar” os portugueses sobre uma alegada disponibilidade para negociar.
“A ANTRAM [Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias] não estará nessa reunião porque essa reunião simplesmente não existe”, disse à Lusa o advogado e porta-voz da associação, André Matias de Almeida.
“Essa reunião é uma farsa que se destina, mais uma vez, a ludibriar a comunicação social e o povo português sobre uma alegada disponibilidade deste sindicato [de Mercadorias de Matérias Perigosas] para negociar”, acrescentou o advogado.
As declarações do representante da ANTRAM contrariam as do vice-presidente do Sindicato Nacional de Mercadorias de Matérias Perigosas (SNMMP), Pedro Pardal Henriques, que afirmou hoje à Lusa que na segunda-feira iria apresentar “várias propostas” numa reunião a ter lugar no Ministério das Infraestruturas.
Contactada pela Lusa, fonte oficial do Ministério liderado por Pedro Nuno Santos recusou-se a falar sobre o assunto.
André Matias de Almeida assegurou, no entanto, que “a ANTRAM não foi convocada, não recebeu nenhum aviso de nenhuma convocatória de nenhuma reunião”, nem pelo SNMMP nem pelo ministério.
Questionado sobre a abertura para negociar novas propostas apresentadas pelos sindicatos, o porta-voz da ANTRAM disse que a associação “está sempre disponível para negociar, desde que não seja sob chantagem e sob pressão e isso implica o levantamento do pré-aviso de greve”.
“Não só esta nova proposta do sindicato de matérias perigosas é uma farsa na justa medida em que não implica nenhuma redução, pelo contrário, implica um aumento de 150 euros face à proposta inicial, como por outro lado não levanta o pré-aviso de greve sabendo que isso é uma chantagem total à negociação”, defendeu André Matias de Almeida.
“Isto não é nenhuma forma de chegar a um entendimento, isto é tão somente e exclusivamente uma tentativa de lavar a cara perante a comunicação social e perante a opinião pública portuguesa”, acrescentou o porta-voz da ANTRAM.
Sindicato Nacional de Mercadorias de Matérias Perigosas
O vice-presidente do SNMMP disse ter “várias propostas” para apresentar numa reunião na segunda-feira no Ministério das Infraestruturas e sublinhou que a estrutura sindical sempre quis evitar a greve.
“Existem várias propostas que nós queremos apresentar ao senhor ministro das Infraestruturas [Pedro Nuno Santos] e à ANTRAM”, disse à Lusa Pedro Pardal Henriques.
A proposta, adiantou Pardal Henriques, passa por aumentar o salário base dos motoristas para mil euros até 2025, com indexação ao crescimento do salário mínimo nacional, o que permite “um prazo mais dilatado, quer para que as empresas possam cumprir com aquilo que ficar estabelecido no contrato coletivo de trabalho, quer para que haja a paz social que o país necessita”.
“A questão é que a ANTRAM não se quer sentar com os sindicatos, não quer ouvir propostas e quer colocar o país neste estado de alerta”, acusou o dirigente sindical, garantindo que o sindicato pretende encontrar uma solução que evite a greve.
A greve convocada pelo SNMMP e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa em 12 de agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.
O Governo terá de fixar os serviços mínimos para a greve, depois de as propostas dos sindicatos e da ANTRAM terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.
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Combustíveis: Sindicato entregou hoje pré-aviso de greve a partir de dia 23
DR
O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) entregou hoje o pré-aviso de greve que começa a 23 de maio por tempo indeterminado, afirmou hoje o seu presidente.
“Não há qualquer fim à vista para a greve, depende das negociações”, afirmou à Lusa o presidente do SNMMP, Francisco São Bento.
Até terça-feira, corriam bem as negociações entre o sindicato dos motoristas e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), tendo nesse dia o sindicato anunciado que as partes tinham chegado a um pré-acordo e estava afastada até ao final do mês a possibilidade de greve.
“Mas a ANTRAM fez um comunicado oficial na sua página onde menciona que o salário teria 700 euros de valor base a assentar nos trâmites em vigor no atual contrato coletivo de trabalho. Não foi isso que ficou em cima da mesa e considerámos que há aqui uma quebra de confiança negocial, e decidimos avançar com a greve”, explicou Francisco São Bento.
O pré-acordo entre patrões e sindicato dos motoristas, segundo Francisco São Bento, era de um salário de 1.200 euros, a atingir de forma gradual no prazo de três anos, e não de 700 euros.
Hoje, fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação disse o Governo português vai continuar os esforços para que os motoristas de transporte de matérias perigosas e a ANTRAM se entendam e a greve marcada para dia 23 seja desconvocada.
Questionada pela Lusa, fonte oficial do ministério liderado por Pedro Nuno Santos assegurou que o “Governo está em contacto” com as partes envolvidas na negociação, destacando que o executivo “continuará os esforços para que as partes se entendam e a greve seja desconvocada”.
Na quarta-feira, ao final do dia, o SNMMP anunciou a intenção de marcar uma nova greve com efeitos a partir do dia 23 de maio.
“O presidente do sindicato [Francisco São Bento] vai enviar um pré-aviso de greve com efeitos a partir do dia 23 de maio à meia noite e um minuto até que se resolva a situação”, afirmou Pedro Pardal Henriques à RTP, vice-presidente da estrutura sindical.
O sindicalista considerava que a ANTRAM violou “os princípios da boa fé negocial”, acrescentando que a estrutura sindical não vai conceder mais tempo aos patrões.
Na terça-feira, após uma ronda negocial, a ANTRAM tinha anunciado que a associação patronal e o sindicato tinham acordado um pacto de paz social pelo prazo de 30 dias.
Em cima da mesa, segundo o sindicato, esteve uma nova proposta salarial “muito próxima” dos 1.200 euros.
Já o vice-presidente da ANTRAM, Pedro Polónio, socorreu-se na altura do “dever de sigilo” para não avançar valores, mas salientou que a proposta era “substancialmente diferente” da que tinha sido apresentada inicialmente.
Na quarta-feira, a ANTRAM considerou que o sindicato dos motoristas de matérias perigosas teve uma “clara mudança de postura”, após ter apresentado uma contraproposta de 700 euros de salário base, inferior aos 1.200 reivindicados inicialmente por estes trabalhadores.
Em comunicado, a ANTRAM referiu que não vai comentar mais as negociações com o sindicato dos motoristas de matérias perigosas e que “não teve o intuito de obstaculizar ou prejudicar as negociações que estão a decorrer com este sindicato num clima de boa-fé negocial”.
“A ANTRAM apenas voltará a comunicar sobre a proposta que lhe foi apresentada, de forma presencial, aos seus associados, nas reuniões que irão decorrer já na próxima semana, bem como ao SNMMP nas reuniões que vierem a ter lugar posteriormente”, adianta.
Governo vai continuar esforços para entendimento
O Governo português vai continuar os esforços para que os motoristas de transporte de matérias perigosas e a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) se entendam e a greve marcada para dia 23 seja desconvocada.
Questionada pela Lusa, fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e da Habitação assegurou que o “Governo está em contacto” com as partes envolvidas na negociação, destacando que o executivo “continuará os esforços para que as partes se entendam e a greve seja desconvocada”.
O caderno reivindicativo dos motoristas incluí, além de uma remuneração base de 1.200 euros, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.
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Combustíveis: Sindicato entregou hoje pré-aviso de greve a partir de dia 23
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