#Novidades da Semana
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gastronominho · 8 days ago
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Quais são as Novidades da Semana? (04 a 10 de novembro)
Semana agitadíssima pelo Brasil! Por aqui você pode conferir o que acontece no mercado dos comes e bebes
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hansolsticio · 2 months ago
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✦ — "chantilly". ᯓ l. heeseung.
— heeseung × leitora. — 𝗰𝗮𝘁𝗲𝗴𝗼𝗿𝗶𝗮: smut. — 𝘄𝗼𝗿𝗱 𝗰𝗼𝘂𝗻𝘁: 3464. — 𝗮𝘃𝗶𝘀𝗼𝘀: fingering (f), linguagem imprópria, corruption kink (vocês dois têm), dry humping & role-playing (de verdade, vocês são dois pervertidos). — 𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀: "heeseung" e "canalha" na mesma frase = garfo na cozinha.
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Assar brownie às duas da manhã soava como um sinal de descontrole da própria vida, mas era fim de sexta-feira e você merecia um docinho. O hábito nunca fora novidade, costumava fazer todo tipo de guloseima quando ainda morava com a sua mãe e não importava qual fosse o horário do dia — você e ela eram duas corujas, adoravam cozinhar no meio da noite. Agora, morando com o seu irmão, quase nada havia mudado. A relação de vocês dois sempre foi tranquila, não havia espaço para muitos conflitos.
Você checou o forno pela última vez, certificando-se de que a temperatura estava certa. Aproveitaria o intervalo de tempo para tirar a louça do caminho, sabia que quando finalmente se sentasse para apreciar sua maravilha-sabor-chocolate não teria mais energia para se livrar da bagunça. Enxaguava as xícaras quando ouviu passos na escada. Presumiu que fosse seu irmão finalmente saindo do quarto, a criatura quase não saía 'da toca' — os hábitos noturnos definitivamente eram de família.
"Tô fazendo brownie, vai querer?", não deu-se ao trabalho de se virar, murmurando quando os passos cessaram em algum ponto atrás da ilha da cozinha.
"Quero.", certo... não era a voz que você esperava ouvir. O corpo travou imediatamente, a mente foi rápida em associar o timbre ao dono dele. Gostaria muito de estar errada, gostaria mesmo.
Inferno. Não, não, não! Isso não.
Virou-se vagarosa, como a protagonista de um filme de suspense que tenta adiar a descoberta de uma fera voraz. Só que sua 'fera' não era exatamente uma 'fera' e nem era tão 'voraz' assim, porém conseguia ser tão terrível quanto. Lee Heeseung não saía do seu pé desde duas semanas atrás. E isso só acontecia porque você era uma mulher muito inteligente, mas aparentemente não inteligente o suficiente para saber o quão estúpida era a ideia de ficar com um dos amigos do seu irmão.
Sequer tinha o privilégio de culpar a bebida. Não estava bêbada quando se envolveu na coisa toda. Você sabia disso. Heeseung sabia. Havia sido burra, burra 'pra caramba. Pensava que se deixasse o tesão que você sentia por ele tomar as rédeas só um pouquinho, não haveriam consequências depois. Afinal isso era do feitio do Lee, não era? Era um canalha de marca maior, todo mundo conhecia — seu irmão também e isso tornava a situação muito pior.
Não havia chegado a uma conclusão concreta sobre o quê diabos ele ainda queria de você, com tantos boatos, certamente esperava que Heeseung fosse mais desapegado. Entretanto, todas as mensagens que lotavam sua caixa de entrada afirmavam o contrário, especialmente quando você passou a ignorá-las de propósito.
"O que 'cê 'tá fazendo aqui?", direta, qualquer resquício de educação ou bons modos deixando seu corpo de imediato.
"Vim te ver, princesa.", todos os maneirismos dele apontavam para um flerte muito descarado. Desde o jeitinho arrastado de pronunciar as palavras até o sorrisinho canalha que abriu ao secar seu corpo de cima a baixo.
Você nunca quis tanto revirar os olhos em toda a sua vida, Heeseung era... Heeseung — não haviam muitas outras palavras para explicar. Você o ofereceu uma expressão de descrença, sem paciência para lidar com a crise de galã de série adolescente. Ele quis sorrir mais ainda, mas se rendeu:
"Tô jogando com seu irmão. Relaxa.", esclareceu, esperando que fosse suficiente para acalmar sua marra.
"Ele não me avisou que você viria."
"E precisa?"
"Óbvio. Ele não mora sozinho.", curta e grossa. Heeseung não havia acalmado coisa alguma, mas isso não significava que ele não curtia te ver assim.
"Brava, já? Que bonitinha.", zombou, entortando a cabeça de um jeitinho irônico.
"Pro inferno, Heeseung.", você finalmente se rendeu a um revirar de olhos meio irritado. Ainda recordava-se da louça, mas se recusava a virar de costas... não até Heeseung sair do seu radar. "Meu irmão não 'tá aqui.", referiu-se ao cômodo. Ele olhou em volta, o rosto simulou surpresa — de fato, uma informação inovadora.
"Jura?! Que esperta você..."
"O que é que 'cê quer aqui, hein?"
"Você não é nada acolhedora, gatinha. Precisa tratar melhor suas visitas.", colocou a mão no coração dramaticamente.
"Não convidei ninguém.", retrucou. Heeseung pareceu ter esgotado o repertório de respostas sarcásticas, te ofereceu só um sorrisinho contrariado. Abriu a geladeira como quem não quer nada, ignorando sua presença. "Você não respondeu minha pergunta."
"Hm?", dissimulado 'pra cacete.
"O que você quer aqui embaixo?", repetiu entre-dentes, já não havia mais paciência.
"Vim só fazer um lanchinho...", disse manso. "Mas posso fazer dois...", o sorriso cresceu a medida em que olhou na sua direção. Sentiu seu corpo esquentar involuntariamente, se era por interesse na proposta ou por vontade de quebrar o narizinho dele, não sabia responder.
"Pega o que você quiser e vaza então."
"O que eu quero 'cê não vai me deixar pegar.", o olhar lascivo agora se demorou nas suas coxas. Só agora se lembrava do maldito pijaminha que vestia, a peça mal cobria nada no seu corpo.
"Heesung.", disse em tom de alerta.
"E essa torta aqui, você que fez?", desconversou, a voz saiu abafada, agora ele encarava a parte de dentro da geladeira.
"Não. Minha mãe.", limitava as palavras na esperança de acabar com aquilo o mais rápido possível.
"Ótimo.", retrucou. "Não 'tô a fim de morrer hoje.", já colocava uma fatia num pratinho em cima da bancada quando te ofereceu um sorrisinho provocativo.
"Se eu fosse tentar te matar eu não avisaria."
"Tão hostil...", recolheu parte do chantilly com o dedo indicador. "Cê 'tava mais dengosinha uns dias atrás, princesa. Nem parece a mesma pessoa.", lambeu o doce e te olhou de cima a baixo novamente. Era uma mania estressante — e que te esquentava por dentro.
"Heeseung, cala a porra da boca!", inclinou a cabeça observando o corredor que ligava a cozinha às escadas. Temia ver um fantasma ali, ou pior, seu irmão.
"Medinho dele ouvir?", o homem sorriu abertamente. "Ah.. ele não sabe que a irmãzinha curte se divertir com os amiguinhos dele em festinha?", cada diminutivo era calculado para soar degradante. Ele deu a volta até o seu lado da bancada vagaroso. Você sentia seu rosto inteiro queimar — Heeseung era um maldito.
"Hee, eu juro que quebro a sua cara.", murmurou entre-dentes, apontava os dedinhos para o rosto dele tentando parecer ameaçadora.
"Mas vem cá: você libera fácil assim 'pra qualquer um ou eu sou especial?", ignorou sua advertência, agora frente a frente contigo, o quadril apoiado no balcão atrás dele. "Sou, não sou?", respondeu a si mesmo, mordendo o lábio inferior para evitar que o sorriso aumentasse. "Cê nunca soube disfarçar sua carinha desde que me conheceu, não sei como teu irmãozinho não sacou ainda.", fez questão de falar alto e seu corpinho tremeu em receio. Foi ligeira ao que praticamente se jogou em cima de Heeseung, a mãozinha tentando cobrir os lábios dele.
"Não libero porra nenhuma, Heeseung. Eu só te beijei, mas até isso eu me arrependo ter feito.", deu para sentir o risinho contrariado contra a palma da sua mão ao final da frase. Ele segurou seu pulso, não tendo dificuldade alguma em se livrar do aperto.
"Não mente, gatinha.", falava arrastadinho, o tom agora baixinho garantia que só você ouvisse. "Tava quase dando 'pra mim no banheiro daquela festa, só vazou porque suas amiguinhas vieram te chamar.", o outro braço já serpenteava sua cintura, porém você estava muito presa ao sorrisinho safado para ser capaz de notar. "Cê sabe muito bem o que ia acontecer se tivesse ficado.", a voz era melodiosa e confidente. O rostinho másculo se aproximou do seu pescoço com cautela, Heesung sabia o quão arisca você conseguia ser. "Toda mole... se tremendo inteira por causa de uns beijinhos.", o narizinho finalmente cutucou o seu pescoço, aspirando o cheirinho gostoso.
"Hee, é sério...", arfou, as pernas já estavam fraquinhas demais para se afastar — te faltava, na verdade, força moral e mental para ficar longe dele.
"É sério o quê? 'Tô mentindo por acaso?", murmurou, mas nem se importava com a sua resposta. Os beijinhos necessitados no seu pescoço eram muito mais importantes agora. Sugava a pele quentinha, arranhando com os dentes só para te sentir apertando os braços dele. Você não sabe quando se tornou tão fraca, se rendeu às carícias gostosas muito mais fácil do que gostaria — estava prestes a pensar com a buceta de novo e não havia ninguém para te impedir dessa vez.
Hee te tomou num beijo lascivo. Tinha uma boquinha tão gostosa, parecia fazer de tudo para te enlouquecer. Chupava seus lábios, mordia, te fazia sugar a língua dele, lamber tudinho... sorria todo putinho quando te sentia suspirar, você é tão fácil de quebrar. O beijo mais parecia uma foda gostosinha, o jeitinho que você se inclinava inteira para aceitar a língua dele dentro da sua boca fazia Heeseung pensar que você estava implorando para ele te comer... caralho, claro que estava.
Você não conseguiu controlar o jeito que seu corpo começou a implorar por atenção. Rápido demais. Era injusto, muito, muito injusto. A cabecinha sabia trabalhar bem e ressuscitava todas as memórias de Heeseung te pegando gostosinho no banheiro daquela balada. Inferno, foi para casa ensopada naquele dia. Era detestável admitir, mas ele estava certo: quase transou com ele lá mesmo, nunca quis tanto algo. Os olhinhos reviravam por trás das pálpebras a cada apertão na sua cintura. O corpo dele era quente, te deixava fraquinha.
Nem notou quando trocaram de posições. Agora estava apertadinha contra a bancada, se esticando inteira para não se separar da boquinha quente. Heeseung ria do jeitinho desesperado, o ego — que já era gigantesco — ia lá nas alturas. Quis acabar com o seu sofrimento te suspendeu pela cintura para te colocar em cima do balcão. O rostinho voltou para o seu pescoço, maltratava gostoso, os chupões te faziam suspirar toda manhosinha.
"Geme baixinho.", sussurrou pertinho da orelha. "E se teu irmão te pega desse jeito?", o timbre vinha acompanhado de uma risadinha gostosa. "Vai pensar que a irmãzinha dele virou vagabunda.", tão manso que nem conseguia te ofender. Na verdade, se arrepiava inteirinha — Heeseung era a droga de uma fantasia sua.
A boquinha macia correu até o vão entre os seus seios, te olhava de baixo, assistindo você arfar com cada apertão nos seus peitinhos. Lambeu a pele eriçada que aparecia no decote, as mãos agarrando as alças finas só para abaixá-las com cuidado. Beijava os biquinhos entumecidos, a língua produzia estalinhos úmidos. Heeseung fechava os olhos, a cabeça se movendo de um jeito manhoso. Deixava a própria saliva escorrer só para lamber tudinho depois.
Seu corpo se movia involuntariamente, tentava se aliviar sozinha — Hee sabia muito bem que tudo aquilo não fazia nada, senão te atiçar 'pra caralho. As perninhas se agarravam ao quadril dele de um jeito desesperado, tentando forçar qualquer toque na sua bucetinha.
"Hee... eu quero- Ah...", a cabeça pendeu para trás ao sentir o voluminho gostoso roçar bem no meio das suas pernas. Tentou apertar de novo, mas ele resistia — era insuportável até nesses momentos.
"Me deixa louco, porra. Essa carinha de quem nunca levou pau, toda princesinha.", te encarava de cima agora, os polegares ainda maltratando seus biquinhos. "Merda, eu quero te quebrar tanto... te sujar inteira.", simulou outra estocada no meio das suas pernas, adorando ver o quão tontinha você ficava só com isso.
"Não pode, Hee...", manhou toda molenga. Contrariava a si própria, as pernas se abrindo mais ainda para receber o seu Hee.
"E por quê não pode, hm? Não quer ser minha putinha também?", sussurrou bem pertinho, como se você mesma fosse santinha demais para ouvir ele falar. "Já 'tá com as perninhas abertas, só falta me deixar foder.", explicou, selava os cantinhos dos seus lábios — tudo para te amolecer.
"Putinha não...", fez denguinho, Heesung sentiu o pau melar ainda mais.
"Não?", imitou seu biquinho.
"Princesa, Hee. Só princesa.", corrigiu.
"Ah é? É virgenzinha, não é? Verdade, não pode ser putinha.", forçou um falso tom de entendimento — sonso 'pra caralho. E esse não era o caso, definitivamente não era.
Você estava longe de ser o brinquedinho imaculado que Heeseung parecia tão orgulhoso em arruinar. Se estava com as pernas abertinhas para ele, foi por decisões que você tomou, uma a uma. Todos os olhares lascivos, os sorrisinhos discretos e o quão excitadinha ficou ao saber que seu irmão detestaria qualquer envolvimento entre vocês dois, nada disso foi à toa — talvez fosse tão suja quanto Heeseung.
"Deixa eu fazer virar putinha então...", a cinturinha não palavra de trabalhar desde o início da frase. Vocês sequer sabiam mais o que estavam negociando, as cabecinhas aéreas só pensavam no quão gostosinho era 'foder' desse jeitinho — por cima das roupas mesmo, pareciam dois adolescentes pervertidos. Encaravam-se embriagados de desejo, os corpos se movendo num transe.
Heesung também estava fodendo com a sua cabeça. O rostinho estúpido não carregava um pensamento coerente sequer. A boquinha aberta arfava um combo de frases meio grogues, gemia, implorava 'pra Hee te foder. Empurrava o quadril para fora da bancada, forçando a bucetinha carente contra ele. Caralho, nunca sentiu tanto tesão... nem se importava mais, queria dar 'pra ele bem ali.
Ele não estava distante disso. A mão grande te agarrava pelo maxilar, forçando a própria testa contra sua. Quase perdia o controle simulando estocadas mais severas uma vez ou outra, as peles se eriçando só de ouvir o barulhinho estalado.
Você não conseguiu aguentar, usou uma das mãozinhas para afastar os tecidos fininhos de lado — tudo estava encharcado, já era de se esperar. Queria sentir de verdade, gulosa 'pra cacete, queria deixar ele te esfolar inteirinha. Apertou os olhinhos ao que sentiu ele forçar a ereção bem em cima do clitóris inchadinho. Quis repetir a dose, usando os dedinhos para esfregar a bolinha de nervos.
Ele te olhava em puro êxtase. A buceta estava tão aberta, dava até para ver a entradinha esticadinha — se babava toda, pulsando e liberando um líquido pegajoso. Também se fodia tontinho contra você, o pau ardia com a fricção dos tecidos, mas não conseguia parar.
Droga, assim não...
Definitivamente não se lembrava da última vez que ficou tão burrinho 'pra gozar. Sim, inferno, burro. Burro por buceta. Precisava te usar, usar qualquer buraquinho seu — só o seus, precisava do seu corpo 'pra conseguir esporrar gostosinho. Socar a porra dele bem lá no fundo, foda-se quem visse. Totalmente inconsequente.
"Porra, porra, deixa eu pôr só a cabecinha? Só um pouquinho, princesa.", não se contentaria só com isso, com certeza não. Mas precisava te conquistar aos pedacinhos.
"Hee... não, ele- Ah, cacete...", os dígitos dele finalmente te tocaram diretamente. "Ele pode aparecer.", apesar de tudo, a voz da razão ainda tentava argumentar — droga, não se importava com isso. Até o próprio Hee percebia que você se melava inteira com a breve menção de ser pega.
"Não vai. A gente fode rapidinho.", franzia as sobrancelhas num gesto de súplica. Espalhava o líquido que o buraquinho carente expulsava — ia enlouquecer desse jeito. "Sua bucetinha 'tá implorando, linda. 'Tá toda molhadinha 'pra mim, porra."
"Vai doer, Hee..."
"Só um tiquinho, amor.", assegurou, selando seu biquinho dengoso. "O Hee promete que coloca devagarinho, sem machucar.", forçou a ponta do dedo na sua entradinha.
"Mas é grande."
"Eu abro ela, princesa. Vou fazer caber...", o dígito entrou por completo. Ia fundo, massageando o buraquinho carente. Você pendia a cabeça pro lado, forçava os quadris para tentar se foder, tontinha de tanto tesão. Queria dar 'pra ele tão gostoso, porra, não conseguia parar de pensar nisso. Sim, sentar até ficar bem fraquinha, melar ele inteirinho. Não importava mais se Heeseung era um completo desgraçado, sabia que ele devia foder gostoso e só isso te interessava agora.
"Só pode dar 'pra mim, 'tá ouvindo?", a voz rouca tentou te trazer de volta, mas você estava tão embriagada com os próprios pensamentos que não assimilou nada do que ele disse. "Você falou que não é putinha, lembra? Tem que ser comportada. Só pode dar a bucetinha 'pra um. Só 'pra mim.", esclareceu, sorrindo ao te ver concordar com a cabeça — lerdinha daquele jeito, Hee tinha certeza de que você não sabia com o que estava concordando.
"Hee... eu quero gozar, porra...", balbuciou ao sentir um segundo dedinho se juntar ao primeiro. Eram longos, tocavam lá no fundo, cada estalinho molhado te deixava ainda mais alucinada. "Hm, fode, fode assim...", o estômago se apertava, sucumbindo à sensação deliciosa que começava a te consumir. Ia encharcar a mão dele, tinha muito, dava para sentir.
"Que tesão do caralho, princesa...", grunhiu contra os seus lábios. Tentava te beijar, mas era falho, você estava quebrada — incapaz de retribuir. "Eu-", a dobradiça da porta de cima soou.
Porra. Não, não, isso não! Não pode ser. Você quis chorar — cacete, precisava tanto gozar. Hee foi o primeiro a agir, te privando do prazer ao que retirou os dedos de dentro de você. Te olhava de olhos arregalados, completamente temeroso, nem parecia o mesmo homem de antes.
O sangue, que antes estava concentrado em um só lugar, agora corria para todas as direções. Heeseung deu a volta no balcão atordoado, tentando arrumar a ereção evidente dentro do short — fez um péssimo trabalho, o volume que marcava o tecido era gritante. Arrumou os cabelos com os dedos, tentando se livrar do suor que pintava a testa. Era um babaca irremediável, um pervertido de merda, pois o sorrisinho descarado já voltava ao rosto — sentia o pau se melar inteirinho só de pensar em ser pego arruinando a irmãzinha de um dos melhores amigos dele.
Já você descia atordoada da bancada, posicionando o pijaminha a fim de esconder a mancha molhada no meio das suas pernas. Optou por continuar de costas para a porta, não conseguiria encarar seu irmão nessa situação. O rostinho ainda deixava evidente o quão tontinha você se sentia, a bucetinha ainda pulsava desesperada por alívio. Agarrou a esponja de lavar louça com as mãos trêmulas, tentava controlar a respiração ofegante, mas era complicado fingir normalidade.
Você não viu quando seu irmão cruzou a porta da cozinha, sequer ouviu os passos — o coração parecia bater dentro dos tímpanos. Quem visse de longe te acharia estúpida por sequer saber lavar a louça direito, mas a adrenalina acabava com a sua capacidade de raciocínio.
Heeseung fez questão de apreciar todos os detalhes da cena, sentindo um arrepio cortar o próprio corpo — desde a ereção latente no meio das pernas até os dígitos que ainda estavam molhadinhos com a sua excitação.
"Que demora é essa, hein?", a voz grave cortou o batimento cardíaco no seu ouvido. Tinha jeito de quem tentava soar neutro, mas era evidente que estava desconfiado — seu irmão sempre foi protetor assim, mas se ao menos ele soubesse...
"Só tava batendo um papo com a tua irmã, ué. Já ia subir inclusive...", o Lee falava manso, tão confiante que era difícil duvidar — você não tinha essa capacidade, sequer se atrevia a abrir a boca.
Heeseung assistiu seu irmão desviar os olhos na sua direção, te vendo lavar a louça igual uma pateta. Droga, não ia conseguir esconder o sorrisinho desse jeito, a situação era engraçada demais para deixar passar. Num ato desesperado enfiou os dedinhos, que anteriormente estavam dentro de você, na torta que ainda descansava em cima do balcão. Os dígitos encharcados de uma mistura de fluídos interessantes e agora decorados com o chantilly viscoso foram direto para a boca dele.
O sorriso conseguiu ser substituído por um grunhido exagerado — de quem prova um doce muito bom. Limpou o creme branquinho até a última gota, os barulhinhos molhados soando extremamente obscenos na sua audição.
"Namoral, esse negócio que sua mãe fez 'tá uma delícia.", a observação saiu totalmente inocente. Bom, para o seu irmão pelo menos, porque você deixou a xícara cair dentro da pia num baque estrondoso. "Tá tudo bem, _____?", soou genuinamente preocupado — Ah, agora ele sabia te chamar pelo nome? Interessante.
"Tá. Só...", limpou a garganta. "Só escorregou da minha mão.", a justificativa não era totalmente mentira. Ele te ofereceu um grunhido em concordância, enquanto levava o pratinho com a torta em direção à saída da cozinha.
"Já lanchei. Vamo' subir que ainda preciso te dar uma surra no Mario Kart.", a voz já estava longe e os passos ficaram mais distantes ainda depois disso. Você encarou a espuma nas suas mãos por um bom tempo, esperando que a alma voltasse para o corpo — cacete, só se metia em problemas...
Foi interrompida dos próprios devaneios por um bipe irritante. Achou ser o forno avisando que o brownie finalmente estava pronto, mas ainda faltavam alguns minutos quando checou. O raciocínio lento demorou para assimilar que se tratava do seu telefone:
𝗵𝗲𝗲𝘀𝗲𝘂𝗻𝗴 (𝗶𝗴𝗻𝗼𝗿𝗮𝗿): não tranca a porta quando subir pro quarto
𝗵𝗲𝗲𝘀𝗲𝘂𝗻𝗴 (𝗶𝗴𝗻𝗼𝗿𝗮𝗿): já já termino o que eu comecei
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# — © 2024 hansolsticio ᯓ★ masterlist.
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cherryblogss · 4 months ago
Note
PRECISO REPITO PRECISO
Enzo descobrindo que a reader está grávida.
nós mulheres que amamos breeding kink🫦
tbm amo dms hehe😛😛😛 tava pensando em fazer um one shot/blurb separado pra breeding kink aq pq sinto que não coloquei muito do breeding kink (oohhhhhhh yeaaaahhhh)
ps. perdão pela demora, mor!
Segue nossos amados descobrindo a gravidez🤰
Quando você foi fazer seu check-up trimestral no ginecologista e ela disse que seus exames de sangue deram alterados, não pôde conter o medo, pensou logo no pior. Mas ao te parabenizar dizendo que você estava grávida sentiu sua pressão cair. Sua mente pensou logo na reação do Enzo, e também, em uma garotinha com os cabelos dele e seus olhos correndo pela casa.
Não que Enzo fosse tão velho, mas ele já beirava os 40 e vocês nunca realmente falaram sobre ter filhos. Claro, rolava na hora do sexo um tipo de fetiche entre vocês (mais ele). Lembra de uma vez que você cuidou do bebezinho da sua amiga por um fim de semana e Enzo só faltou te comer na porta assim que sua amiga veio buscar o filho, ele foi tão além nisso que quase não conseguia levantar no dia seguinte de tão forte que ele te fodeu. Tinha muitas coisas que vocês diziam na cama que não era verdade, então pensava que essa fosse uma delas.
Esse dia foi tão louco que você jura que nunca havia escutado ele falar tanto na hora do sexo, o ambiente era preenchido com frases que só te faziam apertar ele mais e mais.
"E se eu te der uma filhinha, princesa." Diz sussurrando no seu ouvido enquanto metia em você com um ritmo lento e profundo. Com as estocadas calmas, você sentia o toda a textura do pau dele e como parecia te alargar cada vez que entrava. "Te fazer mãe de todos os meus filhinhos."
"Te encher tanto de porra que com certeza vão vir gêmeas." Ele começa a engasgar nas palavras e a remexer os quadris para acertar o ponto que sabe que vai te fazer ver estrelas. Quando ele gozou dentro, ficou um tempo parado e depois que saiu, começou a te foder nos dedos dele empurrando o gozo mais ainda para o seu útero. Secretamente, Enzo desejava muito que você ficasse grávida e tivesse algo que ligaria ele para sempre a você, além do casamento.
Enzo literalmente não te deixou em paz por uma semana, gozando dentro de você em todas as oportunidades presentes.
Você estava esquisita há uma semana já. Enzo sabia que não tinha feito nada, porque quando você fica brava com ele, sempre faz questão dele saber. Realmente começou a se preocupar quando você chorou ao ver um vídeo de gatinhos chorando e quando fez um escândalo porque não tinha mais o seu biscoito favorito em casa. Várias coisas passavam pela cabeça do moreno, vocês ainda estavam noivos e ele temia que talvez você estivesse sentindo o peso do casamento chegando.
Você ensaiava na sua cabeça, como iria dar a notícia para ele, tentando não pensar na reação dele e sim, só em contar a novidade. Arrumou tudo pela casa, nervosa com o que resultaria dessa noite.
Quando Enzo chegou em casa, você estava distraída limpando a prateleira de livros e nem percebeu a aproximação dele. Ao sentir os braços dele ao seu redor, pegou um susto e virou para encarar o homem lindo. Era incrível como no trabalho o seu noivo parecia ser tão rígido e com você era um gatinho manhoso sempre buscando atenção. Com o passar dos anos, ele continuava tão lindo como no primeiro dia que o viu.
"Oi, muñequita." Disse com os lábios já se aproximando para te dar um beijo como sempre fazia ao te ver.
"Oi, amor." Falou sem graça desviando o olhar. Parecia que seu tempo estava acabando e não sabia como trazer o assunto à tona.
"Como foi seu-" Você interrompe ele antes de sequer terminar a frase. Ansiosa para tirar o peso do seu peito.
"Essa apartamento tá meio pequeno, né?" Diz gesticulando para o ambiente que era mais do que luxuoso e espaçoso, mas que com certeza não dava para criar uma criança. "Acho que vai ter que aumentar."
"Você não gosta de morar aqui mais?" Diz rindo sem graça, não entendendo sua mudança de assunto. Te conhecendo bem, sabia que quando você mudava de assunto era porque queria ter uma conversa mais séria com ele.
"É que... vai ter mais alguém morando aqui." Diz ao criar coragem para encará-lo, vendo que os olhos dele continuavam com o mesmo amor de sempre. Seu coração acelerava com a importância desse momento para a vida de vocês dois.
"Realmente quer outro gato? A Luna tentou assassinar os dois filhotes que você trouxe pra cá." Te perguntou franzindo o cenho, realmente não queria reviver a época que você adotou dois bichinhos e foram longos 6 meses para se acostumarem com a gata ardilosa dele.
"Ai, meu deus, não! Eu só quero falar que tô grávida!" Seus olhos se encheram de lágrimas de frustração, seus hormônios não pegavam leve com você e tudo parecia demais. Cuspiu as palavras para acabar logo com isso.
Fechou seus olhos, envergonhada pela maneira brusca que deu a notícia, mas volta a abrir quando seu rosto é enterrado no peito dele e Enzo te abraça com tanta força que sente o ar escapar de você. Ele te levanta um pouco e rodopia vocês dois, te fazendo rir nervosa com o jeito animado do moreno.
Quando ele te põe de volta no chão, tira as mãos do seu corpo para limpar o rosto dele que tinha uma lagrimazinha teimosa escorrendo.
"É um sonho virando realidade, princesa." Diz colocando as mãos nas suas bochechas e deixando um selinho na sua boca. Você não podia acreditar como Enzo ficou tão feliz, você sabia que um dia queria um bebê com o moreno e saber que ele também amava a ideia, parecia que você vivia em um conto de fadas.
"Sabe que vai ter que me aguentar sendo insuportável." Diz rindo para o seu noivo que leva uma mão para tocar sua barriga como se já pudesse sentir o bebê ali.
"Calma, mamãe, ouvi dizer que orgasmo faz bem para relaxar grávidas." Responde, agora encaminhando as mãos para apertar sua bunda com força. "Eu te falei que ia te encher com meus filinhos, gatinha."
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idollete · 8 months ago
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 ָ֢ ㅤ  ✧    ㅤ︙   ㅤ۪ㅤ 𝐡𝐞𝐚𝐝𝐜𝐚𝐧𝐨𝐧     𓂂
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𝑤arnings: conteúdo exclusivo para +16.
ೀ ׅ ۫ . ㅇ elenco lsdln x leitora gravidinha; uso de termos em espanhol (‘la albiceleste’ - a alviceste [apelido popular da seleção argentina]; ‘chaparrito’ - baixinho; ‘me vuelves loco’ - você me deixa louco); menção a sexo; palavrões.
notas da autora: ele demorou mais chegou!!!! irmãs, essa é a minha primeira vez fazendo um headcanon na vida então ocês vão relevando qualquer coisa, dois beijinhos e feliz dia das mulheres di novo!!! ♡
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agustín pardella:
no minuto que você revelou que estava grávida, agustín se tornou o homem mais feliz do mundo, ele te abraçaria apertado, te pegaria no colo e sacudiria, mas quando lembrasse do motivo de toda aquela felicidade, te colocaria no chão de volta, todo preocupado enquanto pedia desculpas e perguntava se o bebê estava bem. 
a princípio, ficaria mais receoso de te tocar de um jeito errado e machucar, pois sabe da sua força e intensidade. 
assim que te via sentindo dor ou quando estava mais introspectiva e/ou dengosa, largaria tudo que estivesse fazendo e te encheria de cafuné.
se transforma na hora do sexo. em um dia específico, depois de te ver insegura com a própria aparência, fez amor contigo, da forma mais doce possível, acariciando todas as suas curvas, especialmente para te lembrar o quanto te apreciava e amava. ele era carinhoso, sem perder a intensidade. 
às vezes, no meio da madrugada, quando vocês não conseguiam dormir, ele te agradeceria do nada e diria que aquele era o melhor presente da vida dele. 
SUUUUUUPER protetor, não te deixaria nem beber um copo de água por conta própria. 
no parto, ele só conseguia pensar que queria pegar toda a sua dor e transferir para o corpo dele, sentia que o coração se partia a cada grito seu e te incentivaria a descontar toda a dor nele.
enzo:
se emociona muuuito quando você conta a novidade para ele e ficaria sorrindo à toa pelos cantos, todo bobinho, durante a semana inteira (e olhe lá se não pelo resto dos nove meses).
quando você começa a pegar barriga, ele, toda noite, religiosamente, prepararia um banho de banheira para ti. chegaria pertinho e diria daquele jeito apaixonante ‘o banho está pronto, chiquita’.
resistiria a fazer sexo contigo, não por falta de vontade, só receio mesmo, precisaria ser convencido e mesmo depois de aceitar (o que te levaria um tempinho considerável), preferia te dar prazer, principalmente através do oral, sendo delicado e explorando a sua sensibilidade cada vez maior.
tiraria a mesma foto todos os dias para acompanhar a evolução da tua barriga (e faria muitos outros registros também, o novo hobby dele era montar um álbum de fotos, passaria horas e horas revelando as fotografias e organizando o material).
julga (secretamente) todas as combinações bizarras que você faz quando sente desejo, mas sairia no meio da madrugada para comprar o que você pedisse.
a paternidade deixa ele ainda mais reflexivo, você sempre o pegava sentado perto da janela encarando a rua com o pensamento distante, não de um jeito ruim, triste, mas só contemplando a vida de uma forma diferente, apreciando o novo sentimento que a vida dele ganhou, materializado no teu ventre e em ti.
esteban:
faria questão que a criança tivesse educação bilíngue, no espanhol e no português, porque ele valoriza muito a tua cultura e suas origens. então, desde o comecinho, te incentivava a falar em português com a barriga e ele também faria isso (ele cantaria espatódea toda noite pra tua barriga).
tomaria a frente de todas as suas consultas, exames, remédios etc. ele seria 200% presente, estaria sempre fazendo perguntas aos médicos e sendo participativo. fez até amizade com a sua ginecologista nesse meio tempo! se envolvia em tudo que é oficina, eventos, aulas, e em muitos lugares seria sempre o único homem/pai presente.
ele se esforçava muito para disfarçar, mas tinha um tesão ABSURDO no seu corpo (principalmente nos seus peitos!!!), às vezes se perdia na conversa e ficava encarando eles por um tempão. na hora do sexo, te endeusava dos pés à cabeça. não passava vontade (até porque perguntou a todo médico que conhecia se vocês poderiam transar mesmo), ficava muito tranquilo em ir atrás de ti e te seduzir, gostava ainda mais quando era você que ia atrás dele, toda carentezinha. 
gosta de deitar a cabeça no teu colo e grudar o ouvido na tua barriga, jurando que a qualquer momento iria escutar o bebê ou senti-lo chutando, mas queria também criar um vínculo desde o primeiro dia com a filha, queria que ela reconhecesse a voz dele assim que viesse ao mundo.
chorou horrores no parto. 
morria de preocupação a cada movimento que você fazia, não tirava a sua autonomia, mas ficava em cima para garantir a sua segurança.
fernando contigiani:
pai de menina!!!!
descobriu que você estava grávida antes mesmo de ouvir de ti de tão bem que te conhecia, mas esperou que você revelasse.
ele já era o cara mais encantador e cavalheiro do mundo, mas conseguiu se superar durante a gravidez. te levava café na cama, massageava os seus pés inchados toda noite, te colocava na banheira e te dava banho quando você estava cansada (e quando não estava também). tendo a oportunidade, pediria férias do trabalho para ficar o tempo inteiro contigo em casa.
o sexo não era um problema para ele, fernando é um homem racional e não precisou que ninguém dissesse o que poderia e não poderia ser feito, ele já sabia de tudo. não hesitava em chegar por trás de ti, cheirar a tua nuca e apertar suas coxas, te dizia o quanto você era linda, o quanto te queria e sussurrava tudo que pretendia fazer contigo naquela noite. 
recitava poesias ou lia algum clássico da literatura para ti e para a sua barriguinha toda noite.
no parto, te incentivava a cada segundo, dizia o quão orgulhoso estava de ti e que você estava indo muito bem, não soltou sua mão em momento nenhum e a única coisa que o fazia sair do teu lado era ir até a o berçário, observar a filhinha de vocês.
fran:
pergunta quinhentas vezes no mesmo dia se você está bem, se está sentindo alguma coisa e se, numa escala de 0 a 10, o quão provável era da sua bolsa estourar naquele exato momento. 
todo dia aparecia com um livro ou artigo sobre gravidez/maternidade/paternidade e te contaria todo animadinho as coisas que havia aprendido.
ficava envergonhado de te pedir por sexo e sempre dava um jeito que se esconder no banheiro para se tocar quando a vontade ficava insuportável demais. quando você o pegou no flagra um dia, ele não resistiu e vocês transaram ali mesmo. 
quando sua bolsa estourou, ele te olhou e falou ‘en serio? buenisimo!’, sem se tocar de verdade no que você havia dito. quando ele - enfim - percebeu, começou a correr pelo apartamento, repetindo a lista de itens que vocês precisavam levar para o hospital.
passava HORAS deitadinho contigo, preferencialmente um de frente para o outro e pelados, não de um modo sexual, era afeto na sua forma mais pura. ele te enchia de carinho, beijava o teu rosto, desenhava a tua silhueta com os dedos. podiam ficar em silêncio, conversando, ele cantaria para ti, vocês discutiriam opções de nomes. ele só queria existir contigo e ter sentir juntinho dele, não importava o que estariam fazendo.
teve uma crise de riso quando você disse que estava grávida e depois começou a chorar perguntando se era sério mesmo. 
matías:
achou que era brincadeira quando você disse que estava grávida, deu risada e disse ‘aham, e eu nunca mais vou foder contigo na vida’. parou no meio do caminho, estranhando o seu silêncio e foi aí que caiu em si. ficou de boca aberta por minutos, tentando assimilar o que tinha acabado de ouvir. 
no fundo, no fundo, ele se sentia um pouco inseguro com a ideia de ser pai, pensava que por ser muito novo poderia acabar pisando na bola, que precisa amadurecer, ser mais responsável, porque viviam dizendo que ele era menino demais, mas quando vocês foram na primeira consulta e ouviram os batimentos do bebê, ele percebeu que aquela era a coisa mais bonita que poderia ter lhe acontecido.
para te pirraçar, ficava relembrando todas as últimas vezes que vocês transaram, ‘aposto que eu te engravidei daquela vez, lembra? quando você não conseguiu esperar chegar em casa e me implorou ‘pra te foder no carro mesmo’. 
e por falar em sexo, ele também ficou obcecado com as mudanças no seu corpo. um dia, percebendo seus seios maiores, ele parou todo desconcertado na sua frente, coçando a nuca e tentando se lembrar do que queria falar antes daquilo tudo. mais tarde, chegou no seu limite e disse que precisava te foder. 
todos os dias ele contava histórias de vocês dois para a sua barriga. quando se conheceram, o primeiro encontro, a primeira viagem juntos, quando conheceu seus pais, quando te pediu em namoro.
se divertia experimentando todas as coisas estranhas que você tinha desejo de comer, sempre que ia comprar trazia um pouco mais para que vocês dividissem. 
pipe:
a primeira coisa que faria ao descobrir que você estava grávida seria comprar uma camisa do river e outra da argentina para recém-nascidos (ele é emocionado).
(exala energia de pai de menino!!!!!!) te falaria dos inúmeros planos de levar o filho para jogos, contar sobre como ele viu a grande la albiceleste ganhar a copa do mundo em 2022, ‘chaparrito, foi a última copa do messi, foi épico’.
sentia um fogo de mil incêndios em você, ele literalmente ficava ansioso pelos momentos em que seus hormônios se descontrolavam ou quando você acordava no meio da madrugada e começava a se esfregar nele, cheia de dengo. ele só sabia dizer ‘ay, mami, me vuelves loco’, já abaixando a bermuda e te enchendo de beijos. 
quando ele não conseguia dormir, alternava entre ficar te observando ou pesquisar vários nomes de meninos no google. no dia seguinte, iria aparecer todo sorridente e te mostraria uma lista com +50 nomes (again, emocionado).
faria vários vídeos caseiros, inclusive no dia do parto. ele ficaria te filmando com o maior sorriso na cara enquanto você mandava ele ir tomar no cu de cinquenta formas diferentes. mesmo assim, aquelas filmagens eram o tesouro mais precioso da vida dele.
não deixava ninguém fazer nada no quarto do bebê, colocou na cabeça que ele quem tinha que construir tudo, porque ele que era o pai e o filho iria se sentir melhor no cômodo porque ele que montou tudo do zero. 
santi vaca narvaja:
comemoraria de tudo, chá de fralda, chá revelação, chá de bebê, chá para apresentar o filho aos amigos, mesversário.
às vezes você flagrava ele encarando a sua barriga ou algum presente que haviam ganhado para o bebê com os olhos marejados, ele sempre se emocionava muito com a ideia da paternidade.
quando descobriu que você estava grávida, te pegou no colo e rodopiou pela sala contigo, permanecendo abraço a ti por minutos e minutos, ele transbordava de alegria.
sempre ouvia de várias pessoas que o bebê seria lindo se nascesse com os olhos do pai, mas o maior sonho de santi era que a filha fosse igualzinha a ti, diria que estava ansioso para ter uma versão mini tua pela casa, até no temperamento esquentadinho. 
fazia tudo que você pedia com um sorriso no rosto, mesmo nos seus dias mais estressantes ou quando você explodia com ele sem querer, o tom dele não mudava, ainda era o mesmo santi carinhoso de sempre. 
tinha um tesão absoluto nos seus seios e ele não disfarçava, adorava quando você ficava sem sutiã pela casa, sempre dando um jeito de acabar te fazendo um agrado, seja um carinho com as mãos ou quando te levava na boca (ele adorava te mamar, porque sua sensibilidade estava nas alturas).
simón:
nada abalava esse homem, mas ele chorou ao carregar o filho no colo pela primeira vez.
compraria roupas para usar combinandinho com o filho, vocês teriam a criança mais estilosa do mundo.
o maior medo dele? ser pai de menina. quando alguém falava disso, ele começava a pensar em tudo que já tinha aprontado na vida e dizia que se tivesse uma filha, ela só namoraria depois dos trinta e iria para um colégio de freira.
a dinâmica sexual permanecia a mesma, ainda melhor, talvez. simón gostava de te surpreender, sempre aparecia com uma ideia nova, que te estimulasse de um jeito diferente, coisas que vocês nunca haviam testado antes. a favorita dele nem envolvia penetração, ele adorava quando vocês se despiam e se tocavam um em frente ao outro, adora a intimidade diferente que construíram nos nove meses.
pegou mania que ficar com uma mão na sua barriga em tudo que faziam, era reconfortante para ele, era um instinto protetor e também era porque simón ficava absolutamente encantado quando o bebê se mexia. ele parava tudo que estava fazendo, até quando se estivessem no meio da rua, e ficava parado até que sentisse outro chute.
vivia te pirraçando, dizendo que as mulheres adoravam homem que passeava com criança na rua, mas era ele quem ficava se mordendo de ciúmes quando algum amigo seu te encarava de um jeito que ele julgava ser estranho ou demorado demais ou quando diziam que a gravidez te caiu muito bem, olhando especificamente para os seus peitos.
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froghazz · 2 years ago
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Be good, feed me, leak for me. 🎨
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Avisos: Breeding Kink, impact kink e spit kink levíssimo, lactation kink.
Dinâmica: Alfa x Ômega.
Eles são completamente doidos mas é tudo por causa da classe, não achem os dois emocionados eu imploro!!!
Obrigada aos anjinhos que me mandaram os plots que eu juntei pra fazer essa aqui. 🫶🏻
Boa leitura. 💛
🎨
Louis estava fodido. Hoje era o primeiro dia que ele estava na faculdade após longas duas semanas faltando quase todo dia. Veja bem, ele não �� irresponsável nem nada assim, ele apenas teve que cuidar dos irmãos enquanto sua mãe viajava à trabalho. Os gêmeos pegaram uma gripe muito forte e por isso, não puderam frequentar à escola nesse período. Apesar de ser bolsista, Louis tinha notas impecáveis e fazia obras tão fantásticas que era um dos alunos exemplo da instituição, participando sempre de aulas extracurriculares e expondo seus trabalhos em nome da Faculdade de Artes de Doncaster. Chegou praticamente agora na sala de aula, logo sendo chamado pelo professor e ele não tinha dúvidas sobre o enorme puxão de orelha que receberia.
- Tomlinson, eu compreendo. Mas você vai ter que ir até o reitor, existem coisas que não estão ao meu alcance. Você é um dos nossos melhores artistas mas ainda assim, é necessário que compreenda suas responsabilidades. Por favor, fale com o reitor e logo após retorne para minha aula. – o professor franziu os lábios, claramente chateado por toda a situação.
- Tudo bem, eu entendo. – Louis suspirou, agarrando sua bolsa novamente e saindo da sala. Ele atravessou o corredor, subindo as escadas em direção à diretoria, estalando o pescoço antes de bater à porta. Se distraiu olhando a placa dourada na porta: “Mrs. Styles.” Ela dizia, tão prepotente quanto toda a academia de artes era.
- Entre. – A voz de Styles soou do outro lado da porta, despertando Louis do transe. Ele girou a maçaneta, entrando na sala e fechando a porta atrás de si. – Bom dia, Tomlinson. Fico feliz em vê-lo por aqui. Por favor, sente-se. – Harry apontou a poltrona do lado oposto da mesa à qual estava sentado, ajeitando seu paletó perfeitamente alinhado.
- Bom dia, senhor Styles. – Louis sorriu fraco, sentando-se. – Bom, me disseram que o senhor gostaria de falar comigo. – ele introduziu o assunto, deixando sua bolsa ao lado de sua poltrona, ao chão.
- Sim, você está correto. Imagino que saiba que minha motivação é seu repentino sumiço, duas semanas, Tomlinson. O que aconteceu? – Styles ajeitou um cacho atrás da orelha que havia se soltado do coque.
- Meus irmãos ficaram doentes, pegaram uma gripe muito forte. Minha mãe teve que viajar à trabalho, e minha outra irmã faz faculdade em outra cidade, então não havia ninguém pra cuidar deles além de mim. – Louis tentou disfarçar seu nervosismo pela presença de Harry, descontando a inquietação em mexer na barra de sua blusa.
- Eu entendo. – Harry suspirou, pegando Louis de surpresa pela reação. – Eu também já estive na faculdade e também era bolsista, é terrível quando temos imprevistos e não conseguimos cumprir com as nossas atividades. Eu sinto muito por isso, mas não consigo te salvar disso sem algum argumento muito bom pra dar na reunião com os outros reitores. – Ele explicou.
- Desculpe, acho que não entendi. – Louis franziu o cenho.
- Preciso de alguma novidade artística sua, Tomlinson. Algo que eu leve até eles e apresente como um desperdício imenso caso queiram cancelar sua bolsa. Você tem algo pra mim? – ele perguntou, tirando Louis no eixo por alguns segundos.
- Eu... Eu comecei a treinar realismo por observação , em pessoas. Não mais em objetos inanimados. – Ele sorriu ladino, sentindo suas inseguranças em suas habilidades o inundarem. – Mas é só um começo, sabe? Ainda não é apresentável. – Louis olhou nos olhos de Styles pela primeira vez desde que se sentou, sendo puxado para a infinidade verde que eram os olhos do ômega.
- Quero que tente. – Harry desviou o olhar, ajeitando seus anéis em suas mãos antes de retomar o contato visual. – Me desenhe. – propôs.
- Isso é demais, senhor Styles. Eu ainda não sou bom. – ele negou.
- Por favor, Tomlinson. Preciso que me ajude à te ajudar. – respirou fundo, sentindo o cheiro de nervosismo do alfa em sua sala. – Comecemos assim, me chame de Harry. Não sou seu reitor malvado e rígido, sou apenas seu modelo legal e que adoraria ajudar você à permanecer nessa faculdade. – ele sorriu pequeno.
- Ok. – Louis secou as mãos suadas na calça, olhando ao redor. – Pode se sentar no sofá, Harry? Ele é na frente da janela e eu gosto de desenhar contra à luz. – tentou sorrir descontraído, pegando seu sketchbook, um lápis e uma borracha da sua bolsa. Harry acenou positivamente, se levantando da cadeira e indo até o sofá.
- Tem alguma preferência? – Harry perguntou com as penas cruzadas, as mãos apoiadas no joelho.
- Pode tirar o paletó? Foi mal, mas eu odeio desenhar roupa. – Louis sorriu mais tranquilo, indo até o outro sofá de frente com o de Harry e sentando-se ali.
- Claro. – Harry tirou o paletó, deixando ao seu lado no sofá. – E a pose? – ele falou afrouxando a gravata.
- Escolhe você. – Louis disse, olhando Harry fixamente. – Só faça algo que faria, não algo robotizado. Me entende? – ele disse em tom de confusão, genuinamente em dúvida se conseguiu se expressar direito. Harry sorriu, jogando o corpo pro lado. Ele deitou de lado no sofá, uma mão abaixo da cabeça e a outra em seu quadril.
- Me pinte como uma de suas garotas francesas, Jack. – disse rindo, os dentes de coelho aparecendo. O cheiro de Louis não era mais tão nervoso assim. Observou ele rindo de si, deixando sua cabeça tombar no encosto, pronto pra mudar de posição.
- Não! – Louis quase falou alto demais. – Eu gostei, mesmo. – o sorriso dele era imenso. – Foi algo espontâneo, sua personalidade. Eu gostei. – sorriu ladino.
- Vai usar isso pra tirar sarro de mim com seus amigos depois, mas eu aceito esse fardo. – ele riu, voltando a repousar sua cabeça sob a mão.
- Não vou, prometo. – Louis riu, começando a esboçar o esqueleto. Ele começou pelo sofá, se atentando apenas como o estofado afundava com o peso de Harry, só para ter noção das dimensões. Percebeu que ele tinha os olhos perdidos pela sala, como se estivesse desconfortável com o silêncio. – Pode conversar comigo, se quiser. – sorriu pequeno, fazendo as linhas mais precisas, olhando fixamente para as coxas grossas que eram apertadas pela calça social.
- Porque decidiu fazer artes, Louis? – perguntou agora observando a feição do alfa, percebendo como era um garoto bonito.
- Além de amar, acho que porquê eu acredito que seja a forma de arte mais intensa. Por exemplo, quando você ouve uma música, ela tem a capacidade de transmitir o sentimento posto ali mas ainda assim você acaba se prendendo as letras que você mais se identifica, as que falam sobre os momentos que você experenciou, ao contrário das pinturas, por exemplo. Se há uma pintura de uma casa de madeira no meio da floresta, você provavelmente vai imaginar se aquilo foi observado e replicado ou se é um fragmento de um sonho do artista. Você vai se deixar pensar em como seria morar ali, qual é o sentimento, se quando chove há aquele cheiro intenso de terra molhada, se você faria um café ou um chá, se iria sentar em frente à janela ou na varanda. Vai se perguntar se aquilo conseguiria te completar, se a madeira dos pilares de sustentação ficariam úmidos e gelados. Você viaja, sua imaginação faz você questionar sua existência, sua vida, suas escolhas. – Louis falava baixo, fazendo Harry olhar para sua boca sem ao menos piscar, concentrado e hipnotizado no outro.
- E o realismo? Porque se encantou? – Harry disse baixo também, como se tivesse medo de que sua voz quebrasse o encanto do momento.
- Eu sei que o realismo é estimado demais por conta da dificuldade que é fazê-lo. Entendo quem acha a arte mais incrível e também a mais desinteressante, mas pra mim, a magia do realismo não é sua perfeição ou a habilidade necessária. Quando eu te mostrar, você vai conseguir ver como eu vejo você. No espelho, muito provavelmente, haverão detalhes que você vai considerar imperfeições ou traços seus que particularmente não admira. Pela minha visão, é possível perceber como eu te olho, quais são seus detalhes mais fortes, quais coisas em você me chamaram tanto a atenção que eu tive que reproduzir no desenho, te dando a oportunidade de entender quais são os seus detalhes que mais me atraem. – Louis olhou fixamente para seu rosto, dando atenção à cada marca de expressão.
- E quais são os meus detalhes que mais te atraem? – A respiração de Harry estava desregulada, engolindo em seco sob o olhar intenso de Louis.
- Praticamente todos, pra ser sincero. Sua mandíbula é desenhada, como uma escultura. Sua boca também, o contorno é marcado e específico, assim como seus dentes da frente são maiores, o que faz seu sorriso ser extremamente atraente. Me desculpe se eu disse demais. – Louis ainda percorria cada detalhe do rosto do ômega com atenção, sentindo seu lobo se agitar dentro de si. Não o culpe, ele ainda tinha seus instintos.
- Mais alguma coisa? – Harry engoliu em seco, tendo que umedecer os lábios, onde Louis rapidamente grudou seu olhar.
- Seus olhos. O formato deles é particular e o verde intenso, se eu fosse colorir teria que misturar inúmeros tons até se aproximar do real e acredito que mesmo assim não seria possível. Eles são muito, muito bonitos, suas sobrancelhas são cheias também, fazem uma bela moldura para eles e condenam sempre seus sentimentos. – Louis sorriu fraco, se ajeitando na cadeira.
- Obrigado, Louis. – acompanhou o sorriso, sentindo seu estômago gelado. – Você tem um olhar muito bonito sob as coisas. – ele aproveitou que o alfa havia retornado a atenção ao desenho, deixando seus olhos passearem por todo corpo dele, tendo que ignorar seu ômega interior implorando para se submeter.
- Eu sou um homem de muitos clichês. – Louis riu fraco, sentindo que o cheiro de Harry havia se tornado mais presente, deixando a sala mais doce, sentia-se em uma padaria pela manhã, onde os bolos mais cheirosos acabam de sair dos fornos. – Sou romântico, cavalheiro, solícito, emocionado, como meus amigos dizem. – ele riu, se sentindo agitado com o cheiro desejoso de Harry. – Acredito que há beleza em tudo, que até mesmo nos lugares mais sombrios e solitários sempre haverá um feixe de luz solar, um lampejo de esperança e a promessa de um bom futuro. Acredito na mudança, na possibilidade de haver mais pessoas boas, situações boas e caminhos bons. Acredito que devo muito disso à minha criação. – Louis esboçou o coque bagunçado dele, atentando-se aos fios rebeldes.
- Um tanto quanto narcisista, também. – Harry brincou, tentando disfarçar o quão afetado pelo alfa ele se encontrava. Louis tinha um cheiro forte, exatamente como havia descrito sobre a pintura, era como carvalho e terra molhada, um cheiro de casa tranquila, para Harry. Mesmo que ele não soubesse exatamente o que isso significava.
- Apenas sou um apreciador constante de eu mesmo. – Louis não conseguiu rir, tendo que cruzar as pernas por sentir seu cacete pulsar devido ao cheiro. Ele sentiu seu lobo tomar mais espaço dentro de si, se culpando quando passou segundos inteiros olhando para a pele desnuda do pescoço de seu reitor e se perdendo nos pensamentos de marcá-lo. É seu instinto primitivo e não há nada que Louis possa fazer além de se permitir imaginar. – Tire a gravata e abra os primeiros botões. – mandou com firmeza. – Por favor. – ele limpou a garganta, tentando minimizar sua imponência no comando.
Harry levou as mãos já trêmulas até a gravata, afrouxando até que fosse possível passar por sua cabeça. Ele o fez, deixando-a no chão e abrindo os quatro primeiros botões, deixando que Louis percebesse suas tatuagens de pássaro abaixo da clavícula e o início de seus peitos cheios.
- Você tem mais tatuagens? – Louis tentou mudar o assunto mas sendo incapaz de desviar o olhar, deixando-se observar como os peitos do ômega eram durinhos e seus mamilos apontavam pelo tecido fino da camisa.
- Muitas. – Harry respondeu baixinho, sentindo sua lubrificação natural escorrer pelo meio da bunda redonda.
- Eu também tenho, é uma das formas de arte mais bonitas, na minha opinião. – Louis observou mais uma vez as tatuagens, desviando rapidamente para os mamilos quando o tecido começou a escurecer, mostrando que estava molhado contra os bicos. – Harry. – chamou autoritário, atraindo a atenção pata seus olhos, deixando que Harry percebesse suas pupilas dilatadas. – Seus peitos. – avisou, sentindo seu instinto mais primitivo tentando ganhar espaço, a vontade inigualável de ir até Harry e fodê-lo com força.
- Oh meu deus! – Harry choramingou, sentando-se rapidamente e cobrindo as manchas com os braços. – Me desculpe Louis, me desculpe. – seus olhos encheram d’água, se sentindo envergonhado demais.
- Não tem problema, Harry. Você está grávido? Tem um alfa? – Louis abandonou suas cordialidades, sendo invasivo e não se importando nem um pouco com o fato.
- Não. – Harry sussurrou.
- Não precisa mentir pra mim. – Louis sentiu seu pau pulsar forte, tendo que ser discreto ao apertar por cima da calça.
- Não estou mentindo. – Harry choramingou. – Eu... Meus peitos eles...
- Me conte, Harry. – Louis observava as lágrimas do ômega.
- Eu vazo quando fico excitado. – disse de uma vez só. – Pode ir embora, por favor. Me desculpe. – sua cabeça permanecia baixa.
- Eu posso te ajudar com isso, Harry. Me deixa te ajudar. – Louis pediu, deixando o tesão tomar conta de si.
- Como assim? – Harry engoliu em seco, olhando para Louis ainda com a cabeça baixa.
- Deixa eu mamar seus peitinhos, ômega. Prometo que o farei e não direi à ninguém. – Louis deixou o caderno na mesa de centro, abrindo as pernas e encostando as costas no encosto do sofá, dando batidinhas em suas coxas. – Venha aqui. – pediu.
- Promete que não vai contar pra ninguém? – Harry perguntou manhoso.
- Prometo, ômega. Venha, seja bom pra mim. – Ele incentivou, vendo Harry se levantar devagar e ir até ele, ficando em pé entre suas pernas abertas.
Louis tocou suas coxas, puxando para si, fazendo o ômega sentar em seu colo, uma perna para cada lado de seu quadril. Ele segurou a cintura de Harry com as duas mãos, apertando com delicadeza. – Abra sua camisa, mostre seus peitos pra mim. – mandou olhando em seus olhos. Harry o obedeceu, abrindo a camisa até o umbigo, abaixando lentamente põe seus ombros, deixando os peitos bem perto do rosto do alfa. – Eu vou te mamar e deixar seus peitos vazios, ômega. – suas mãos deslizaram para cima, apertando os peitos, vendo o leite vazar entre seus dedos. Ele levou a boca até os mesmos, lambendo devagar um dos mamilos. Harry gemeu manhoso, movendo o quadril, raspando sua bunda cada vez mais molhada na pelve do alfa. Louis fechou sua boca no mamilo, sugando e sentindo o gosto açucarado do leite do ômega. Harry gemeu, segurando a cabeça do alfa com carinho, acariciando seu couro cabeludo enquanto dele mamava seu leite. Louis estava insano, seu pau doía de tão duro, o cheiro de Harry era entorpecente e seu lobo implorava para foder seu corpo.
- Você gostou do meu leite, alfa? – Harry perguntou choroso, gemendo baixinho, necessitado de aprovação.
- É uma delícia, ômega. Eu poderia me alimentar todos os dias nos seus peitos. – afirmou, dando atenção ao outro peito que estava negligenciado até agora. – Rebola em mim, Harry. Você quer isso, não quer? Seu gosto tá me deixando maluco, bebê. – Louis mordeu o mamilo com cuidado, fazendo Harry gemer mais alto e assentir vezes demais, encaixando a bunda bem acima do cacete de Louis antes de começar a rebolar.
- Seu pau parece tão grande. – Harry deslizou as mãos pelo corpo do alfa, apreciando seus músculos.
- Pede, ômega. Pede e eu vou te dar, você está sendo tão generoso comigo, me deixando tomar todo seu leite, sendo tão bom em me servir. É só me pedir e eu vou te dar, sim? – Louis lambeu toda a carne dos peitos, deslizando suas mãos por eles, espalhando o leite e retornando a mamar, inebriado pelo sabor delicioso do mesmo.
- Você pode me dar seu nó, alfa? Por favor, eu preciso tanto, meu rabinho tá doendo, muito vazio. – ele pediu deixando suas lágrimas saírem.
- Claro que sim, ômega. Levanta pro seu alfa tirar sua roupa, sim? – Louis mandou, vendo Harry se por de pé com dificuldade. Ele terminou de abrir sua camiseta, tirando do copo do ômega e a deixando ao seu lado no sofá. Observou as tatuagens pelos braços dele e a mariposa no estômago, tão, tão bonito. Abriu o botão da calça e a braguilha, abaixando lentamente por suas pernas. Harry tirou os sapatos com os próprios pés, deixando Louis tirar totalmente sua calça. – Que surpresa deliciosa, bebê. – Louis elogiou a calcinha boxer verde clarinha de algodão que ele usava. – Lindo, lindo. – beijou seu pau duro contra a mesma, abaixando ela com delicadeza por suas pernas. Observando o quão molhada a mesma de encontrava. Segurou o cacete de Harry, lambendo a glande. – Seu pau é enorme para um ômega, querido. Delicioso pra mim. – elogiou, sugando a glande pra dentro da boca, descendo pelo comprimento e levando até a garganta, mamando o pau dele igual fez nos peitos. Ele apertou a bunda de Harry entre os dedos, abrindo ela com as duas mãos, passando o dedo médio por entre as bandas, sentindo como ômega pingava lubrificação para si. Tirou o pau dele da boca, girando seus quadris e o deixando de costas. Abriu a bunda, olhando o cuzinho piscando, brilhando de tão melado. Se aproximou, sua respiração quente ali fazendo o ômega se arrepiar dos pés à cabeça. Ele lambeu, tomando sua lubrificação doce, sentindo o gosto frutado, como um bolo de creme branco e morangos. Gemeu contra, segurando com força a cintura do ômega e metendo a língua pra dentro do cuzinho, o lambendo esfomeado, o comendo com a língua. Harry segurava firme em seus cabelos e rebolava contra seu rosto, as pernas trêmulas e gemendo baixo.
- Alfa, por favor. – gemeu, levando os dedos até o cuzinho, ameaçando penetrar. – Não, não, não! – ele contraiu o buraquinho. – Posso ter só seu pau? Por favor alfa, me abre com ele. – choramingou.
- Como quiser, bebê. Você vai aguentar meu cacete no seu rabinho, hm? Sem preparação? – Louis deu um tapa fraco na bunda dele, o ouvindo gemer e seu corpo pular.
- Sim, prometo. – Assentiu, sentindo Louis o virar de frente para si de novo. Observou como seu rosto estava molhado, a barba brilhando numa mistura de leite e lubrificação. – Você tem proteção? – perguntou baixo.
- Tsc, Tsc, Tsc. – Louis negou com a cabeça, começando a abrir seu cinto. – Você não quer meus filhotes dentro de você, Harry? Que desrespeito, ômega. – repreendeu. – Eu quero encher você com meus filhotes. Que atitude feia a sua, rejeitando um alfa que foi tão bom com você esse tempo todo. – Louis abriu a braguilha, puxando o pau de dentro da cueca, punhetando lento enquanto olhava nos olhos do ômega.
- Você é tão grande, meu deus. – o ômega gemeu. – Me enche com seus filhotinhos, alfa. – falou choroso, os olhos fixos no pau dele pingando pré gozo. – Me desculpa por falar da camisinha, eu não queria mas achei que você sim, eu... – ele esfregou o rosto, confuso demais com todos os sentimentos que Louis lhe causava. - Pode colocar filhotinhos aqui, Lou. Por favor. – ele parecia desesperado por algo, acariciou a própria barriga, subindo até os próprios peitos, gemendo aliviado quando o leite saiu e deslizou por seu abdômen.
- Eu te desculpo, ômega, mas só dessa vez. Venha, vou deixar você brincar com meu cacete enquanto eu te mamo mais. – ele puxou Harry, o fazendo se sentar em seu colo novamente. Segurou firme e possessivo em sua bunda, passando a cabeça inchada do cacete no cuzinho do ômega, o provocando.
- Por favor, alfa. – Harry rebolou, os olhos pidões nos possessivos de Louis.
- Senta. – mandou, segurando seu pau com firmeza, sentindo Harry sentar lentamente, engolindo tudo com facilidade mesmo que seu aperto fosse doloroso. – Parece que nunca foi fodido na vida de tão apertado. – Louis gemeu, jogando a cabeça pra trás quando Harry soltou todo o peso em si, engolindo cada milímetro do pau grosso.
- Obrigada, alfa. – agradeceu. – Obrigada. – gemeu levando as mãos até abaixo da camiseta do mesmo, sentindo os músculos do abdômen, sendo incapaz de não puxar a camiseta pra cima e a jogar de lado, olhando e apreciando o tronco delicioso de Louis.
- Que rabinho gostoso, bebê. Se esticou tanto e tão bem pra me receber, um ômega tão bom e prestativo. Está sendo tão útil pro seu alfa, querido. Você merece até um beijo, você quer? – Louis segurou os peitos de novo, tão cheios que não parecia que tinha mamado tanto. – Lindo, cheio de leite pra mim de novo.
- Por favor. – Gemeu. – Quero tudo que você quiser me dar, alfa. – ele se aproximou, abraçando o pescoço de Louis.
Louis por sua vez mamou o peitinho, mantendo uma quantidade ali, segurando as bochechas de Harry com força e o obrigando a abrir a boca, encostando os lábios no dele e cuspindo seu próprio leite nela. Harry recebeu de bom grado, engolindo tudinho antes de esfregar seus lábios nos de Louis, que invadiu eles com a língua, o beijando com cuidado e sentindo Harry amolecer em seu carinho. Louis deslizou a mão pela bunda do ômega, sentindo com o dedo médio a borda toda esticada em seu pau, deslizando seu dedo com facilidade ali.
- Você está vazando tanto no meu pau, amor. – disse com os lábios ainda nos de Harry.
- Posso rebolar pra você, alfa? Você deixa? – Harry se contraiu no pau dele, fazendo carinho em sua nuca.
- Pode, bebê. Faça o que quiser, estou aqui pra ajudar você, sim? – Louis beijou seu pescoço, não tardando em voltar a sugar os peitos de Harry.
O fato era que Louis estava ficando louco com tudo isso, o gosto do leite de Harry era absurdamente bom, seu pau latejava e seu baixo ventre contraia desde a primeira vez que sentiu o gosto. Louis sonhava em ficar Harry desde a primeira vez que pôs os olhos no mais velho, no primeiro dia de aula. Em contra partida, sempre se manteve o mais longe possível do mesmo, sabendo que aquele desejo tão presente em si não iria e nem poderia se realizar. Por muito tempo se relacionou com outras pessoas e nunca tinha sentido tal atração por elas. Era desumano demais, a beleza e a presença de Harry causavam sentimentos nele que eram de sentir vergonha. Um homem mais velho, o qual imaginava anteriormente ser comprometido, com um relacionamento profissional estabelecido entre eles. Sua mãe provavelmente odiaria o fato apesar de que ele tinha uma forte crença de que isso mudaria quando ela conseguisse enxergar em Harry o que ele enxergava. Descobrir que seu temido reitor havia se excitado por ouvi-lo, que se submeteu tão fácil à si, que rebolava desesperado em seu pau já era muito para aguentar, mas que seus peitos vazaram leite quando ele estava com tesão? Aquilo era insano. Harry era um ômega perfeito para si e era exatamente por isso que estava se controlando tanto ali, impedindo que seu lobo tomasse conta e sua visão ficasse turva o fazendo empurrar seu pau bem fundo dentro dele, que marcasse todo o corpo dele com seus dentes, que o fizesse chorar e implorar por mais e mais filhotes dentro de si. Harry jogava o quadril para frente e para trás, a cabeça tombada pra trás enquanto seus peitos eram sugados e apertados com tanto desejo pelo outro, causando um alívio imenso e uma sensação sufocante para um ômega, aquela pontada insistente de que estava sendo bom, que estava alimentando o alfa, que estava o dando prazer o deixando entrar dentro de si e tomar tua sanidade. Seu corpo suava e tremia, seu baixo ventre doendo de tanta vontade de gozar litros em cima de Louis, sentindo os mamilos latejarem de tanto serem maltratados pelos dentes dele. – Louis... – ele chamou manhoso.
- Oi, ômega. – Louis respondeu, subindo seus beijos até o pescoço dele, lambendo e sugando sua jugular, sentindo sua pulsação contra a boca.
- Eu quero gozar. – ele sussurrou, rebolando e girando os quadris, fazendo a glande maltratar sua próstata.
- Está tão desesperado assim? Eu nem fiz nada com você ainda, Harry. – Ele sorriu contra seu pescoço, puxando a carne entre os dentes e o fazendo gemer alto, tremendo acima de si.
- Louis, porra! – Harry expôs mais o pescoço, deixando que ele o marcasse com um chupão.
- Você não fez nada por mim ainda, Harry. Você não é um bom ômega? – Louis provocou, dedilhando a coluna dele e o deixando arrepiado da cabeça aos pés. Ele segurou firme na carne macia da bunda dele com força, subindo e descendo o quadril de Harry, estocando lento contra seu buraco. Harry cravou as unhas em seus ombros, sua boca aberta em um gemido mudo. – Você só buscou o seu prazer até agora, não é? – perguntou, vendo Harry assentir.
- Me desculpa. Eu vou ser bom pra você, eu posso ser bom. – Harry choramingou olhando nos olhos de Louis, subindo e descendo em seu colo, fazendo um aperto tão grande em Louis e uma sensação tão boa de preenchimento que os dois gemeram em uníssono. Harry continuou, os olhos ainda grudados nos de Louis enquanto subia e descia, indo cada vez mais forte. O alfa puxou Harry pela nuca, grudando seus lábios, beijando-o com dominância. Harry não discutiu, entregando toda sua submissão de bandeja enquanto sentava, sentindo seu orgasmo explodindo, gozando entre os corpos colados dos dois. Louis afastou o rosto de Harry pelos cabelos da nuca, os quais segurava com possessividade. Com a outra mão, espalmou um tapa ardido na bunda dele.
- O que vamos fazer com isso, Harry? Hm? – questionou, batendo mais uma vez em sua bunda e vendo o ômega revirar os olhos. – Gosta de apanhar, ômega? – Louis riu excitado, dando mais tapas na bunda dele enquanto o mesmo assentia freneticamente. – O que vamos fazer com isso, Harry? Eu quero que me responda. – Louis olhou diretamente nos olhos fechados dele, esperando ele abri-los e conectar aos seus.
- Ainda quero seu nó, Louis, quero você enchendo minha barriga de filhotes. Você quer isso também, não quer? Diz que quer meus filhotinhos Lou. – Harry se remexia manhoso, as mãos percorrendo todo o tronco do alfa.
- É claro que eu quero, amor. Vai ficar tão lindo com eles na barriga, ômega. – Louis sentiu seu lobo tomar posse de si por completo, suas pupilas dilatadas. Ele segurou Harry pelas coxas e o deitou de costas no sofá, ficando entre suas pernas. – Deixa as pernas bem abertas pra mim, bebê. – disse sussurrado em seu ouvido, fazendo Harry revirar os olhos e obedecer. Ele se levantou e abaixou suas calças, deixando as mãos espertas de Harry abaixarem sua cueca com pressa, olhando todo o corpo delicioso de Harry deitado no sofá, as pernas ainda arreganhadas esperando por seu nó. Harry tinha os olhos brilhantes presos no tronco do outro, sentindo seu pau pulsar semi ereto e seu cuzinho soltar tanta lubrificação que escorreu pro estofado, melando todo o couro. Harry estava hipnotizado pelo alfa e sabia que isso era uma das piores coisas que poderiam acontecer consigo, ele era seu aluno, ele deveria estar levando  uma bronca por faltar e não fodendo o reitor, mas, Harry não era capaz de evitar. Ele já havia sido de outros homens, já havia se submetido durante seus heats e havia curtido tudo em geral, porém nunca tão intenso quanto Louis. Nunca gozando tão rápido assim, com movimentos lentos, com calma, com carinho. Nunca sentindo que o outro o desejava tanto, nunca com um alfa implorando pra engravida-lo, coisa que o deixava mais e mais molhado à cada segundo. Harry nunca tinha se interessado por Louis apesar de sempre ter reconhecido que o mesmo era o alfa mais bonito do lugar, o pensamento do outro ser mais novo e estar sob seus cuidados sempre o privou de seus pensamentos. Mas agora, sentia até mesmo uma ponta de arrependimento de seu lobo por nunca ter tomado ciência da submissão intrínseca que sempre teve pelo outro. Agora, o olhando de baixo com seu corpo nu, se deu conta de como seu tratamento com o outro havia sido passivo. Se fosse outro aluno, ele provavelmente teria discursado por minutos sobre responsabilidades e prioridades, sobre esforços e circunstâncias. Louis acariciou os cabelos de Harry que já haviam soltado do coque, olhando com curiosidade a expressão ilegível do ômega. Harry sentiu seu estômago se agitar quando sem ao menos pensar desceu do sofá, ajoelhando no chão à frente de Louis, sentou sob suas panturrilhas e olhando nos olhos azuis intensos e escuros, abriu sua boca e expôs sua língua.
- O que você quer, cachorrinho? – Louis perguntou sorrindo ladino, fazendo carinho em seu queixo.
- Ser bom. – Harry sussurrou, inclinando sua cabeça para ter mais do carinho sutil, esfregando sua bochecha contra a palma da mão dele. – Usa a minha boca, Louis. – ele engoliu em seco, vendo a glande brilhando e expelindo pré gozo.
- Quer meu pau na sua boquinha, bebê? É isso? – Louis perguntou mesmo sabendo que era exatamente isso, arrancando um assentir submisso do outro, os olhos verdes tomados pelas pupilas dilatadas. – Abre a boca. – mandou, ouvindo Harry gemer e obedecer. Ele segurou a base do pau, esfregando a cabecinha em sua língua. Harry gemeu e abocanhou a glande, sugando de leve, sentindo o gosto forte e cítrico do alfa. A tirou da boca e passou a lamber todo o comprimento, deixando-o todo babado antes de voltar pra cabecinha, engolindo ela e a levando cada vez mais fundo. Ele ia e voltava devagar, até conseguir que sua garganta relaxasse o suficiente para receber o quanto precisasse do cacete, até que seu nariz ficasse pressionado contra os pelinhos da pelve de Louis. Ele, por sua vez, ajeitou os cabelos de Harry em um rabo de cavalo, segurando com possessividade antes de pressionar mais o rosto de Harry contra seu pau. Retirou da boca dele, esfregando-o contra todo o rostinho choroso, o molhando todo com sua baba e o pré gozo que escorria em abundância. Harry gemeu alto com a ação, segurando nos quadris de Louis e subindo com as unhas até o abdômen, apreciando sua barriga pecaminosa.
- Eu sei o que você quer. – ele afirmou. – Faça, meu alfa. Eu aguento. – incentivou, colocando a glande de volta na boca, esperando Louis o fazer.
- Que cachorrinho bom que eu arrumei. – Louis sorriu malicioso, empurrando seu pau até a garganta dele e voltando, repetindo o processo com lentidão, grunhindo com o aperto sufocante da garganta dele em sua glande inchada. -  Eu vou foder sua garganta, Harry. É isso que você quer? – perguntou com a voz rouca, apertando mais os cabelos de Harry e fazendo o couro cabeludo dele queimar. Ele gemeu contra o cacete, revirando os olhos por trás das pálpebras. Assentiu ainda com ele fundo em sua garganta, respirando fundo e se preparando. – Caralho ômega, eu vou acabar com você. – ele usou a mão livre pra dar um tapinha fraco em sua bochecha, fazendo Harry esfregar sua bunda em seus calcanhares. Louis grunhiu excitado, arremetendo o quadril para frente e para trás, aumentando a velocidade das estocadas aos poucos. Harry gemia fora de órbita, os olhos revirando enquanto Louis tinha a cabeça jogada pra trás, gemendo rouco enquanto socava o pau direto na garganta do ômega. Ele aguentava tudo de bom grado, sentindo seus lábios dormentes e a garganta ardendo, se aproveitando de toda a dor e agonia do momento, transformando seu desespero em pura luxúria, tendo que apertar seus peitos e deixar o leite sair, manchando o carpete bege, fazendo uma mancha enorme nele de leite e lubrificação que à essa altura já pingava abundante de sua entradinha que piscava. Louis segurou mais forte em seus cabelos e passou a empurrar sua cabeça contra seus movimentos, pouco se importando se doía ou se era demais, gemendo prazeroso com os barulhos de engasgo que o ômega fazia. Harry sentiu seu baixo ventre retorcer com tamanha brutalidade, sendo fisicamente incapaz de segurar o orgasmo forte que lhe atingiu, gozando por todo carpete, chamando a atenção de Louis pelos jatos que atingiram seus pés. Louis puxou a cabeça de Harry para trás, apreciando sua imagem. Os cabelos bagunçados, os olhos vermelhos cheios de lágrimas, as bochechas úmidas, os lábios vermelhos e inchadinhos, o pescoço suado e corado, os peitos cheios, o leite que deixou todo seu corpinho molhado e por mim toda a bagunça molhada que havia abaixo de si. Leite, lubrificação e porra numa grande poça no carpete, fazendo Louis espalmar um tapa dolorido contra sua bochecha. – Que bagunça, bebê. – ele se abaixou, ficando de frente com o rosto de Harry. – Gozou forte assim só por ter a boca fodida? – ele sorriu, passando o dedão em seus lábios, olhando no fundo dos olhos verdes.
- Sim. – Harry disse envergonhado. – Me desculpa. – ele abaixou o olhar.
- Olhe pra mim, ômega. – Louis usou sua voz de alfa  chamando a atenção imediata de Harry que se apavorou.
- Nunca me peça desculpas por ter gozado. Nunca. – repreendeu. – Eu quero tirar tantos orgasmos de você ao ponto de você ficar tremendo e babando nos meus lençóis. Quero foder seu corpo até você ficar tonto de tanto se esforçar pra me aguentar fodendo seu rabo repetidas vezes. – Louis falou sério, segurando no pescoço de Harry e puxando seu lábio inferior com os dentes, o fazendo tremer. – Nunca se desculpe por ser bom pra mim. – ditou.
- Me desculpa. Não vai acontecer de novo. – sussurrou.
- Bom garoto. Agora eu vou te dar meu nó, te encher todinho com meus filhotes, sim? – fez carinho em sua bochecha úmida.
- Não sei se eu aguento. – admitiu envergonhado.
- Não seja idiota, cachorrinho. Seus peitos estão pingando e sua bunda tão encharcada que sua lubrificação está literalmente escorrendo até o chão. Seu corpo implora pelo meu nó e pelo meu leite. Seu cuzinho está tão necessitado do meu cacete que está piscando. Seu cérebro pode achar que não, mas seu corpo te entrega. – ele disse bravo. – Cale a boca e deite no sofá, sua única escolha aqui é se vai abrir suas pernas pra mim de frente ou de bruços. – Louis cuspiu em seu rosto, o beijando possessivo logo após. Harry gemeu alto com tudo aquilo, subindo no sofá e deitando de bruços, empinando a bunda.
- Fode meu rabinho assim. – ele falou com a respiração engatada. – Faz sem carinho, me mostra seu lobo. – pediu manhoso.
Louis grunhiu se colocando entre as pernas de Harry, enfiando seu cacete em seu cuzinho, puxando seus cabelos pra trás e sussurrando em seu ouvido. – Se quiser meu lobo, vai ter que achar uma palavra de segurança. Quando eu me liberto, Harry, eu não sou nada gentil, muito menos paro se você implorar. Preciso de uma palavra que me faça retomar o controle nessas situações. É o que você realmente quer? – ele empurrou seu pau até a base, fazendo o rabinho se alargar todo. Ele esperou alguns segundos, constatando que Harry não queria aquilo verdadeiramente. – Foi o que eu imaginei. – ele estocou devagar, sentindo-o contrair em seu pau.
- Luxúria. – disse manhoso.
- O que? – Louis gemeu em seu ouvido, o fodendo devagarinho.
- Minha palavra. Luxúria. – disse afetado. – Agora acaba comigo. Me fode até eu chorar. – pediu rebolando a bunda.
Louis foi inundado por um misto de sentimentos. Primeiro porque Harry foi um dos únicos que realmente quis seu lobo e, segundo, porque todos que o aceitavam sumiam no dia seguinte. O lobo de Louis é agressivo e completamente primitivo, ele machucava e não se importava nem um pouco de fazê-lo se isso lhe proporcionasse um bom orgasmo. Louis estremeceu, mordendo o ombro de Harry e enrolando sua mão em seu cabelo, o usando como uma espécie de alça. – De for demais, me impeça. Não tente aguentar tudo, eu entendo que sou demais Harry. Não tente ser bom, se quiser me parar, me pare. Entendeu? – ele usou a voz de alfa, vendo Harry revirar os olhos e pulsar forte em si. – Me responde.
- Entendi, meu alfa. – disse aéreo, seu corpo tremendo com a voz de Louis em seu ouvido.
Louis lambeu seu pescoço, sentindo a jugular de Harry tremer sob o raspar de seus dentes ali. Voltou até seu ombro e mordeu fraco, dando a primeira estocada forte, fazendo Harry gemer alto e se empinar mais. – Cuidado, não quero ninguém interrompendo a gente. Não seja tão escandaloso. – Louis disse rouco, passando a estocar com força contra o rabinho sensível de Harry. Ele puxou a cabeça de Harry para trás e virou, deixando seu rostinho virado para si, rosnando em seu ouvido enquanto o fodia firme. Sua outra mão foi até o quadril ele, apertando forte e o mantendo empinado, enquanto seus quadris arremetiam com força. Seus olhos não se fechavam, ele olhava fixamente para as lágrimas que Harry soltava, ficando cada vez mais excitado com o desespero que ele emanava. – Um ômega tão perfeito que eu te marcaria como minha puta particular. Que buraco bom, cachorrinho. Um puta buraco bom de foder. – Louis dizia rouco em seu ouvido  soando extremamente possessivo, dando a Harry a certeza de que não era seu alfa delicado que estava ali e sim seu lado mais primitivo, o qual fode e reivindica tudo que quer, como quiser, independente do que seja.
O que Louis jamais esperaria é que Harry seria a última pessoa à temer esse seu lado e o primeiro à implorar para tê-lo novamente. Ser um ômega submisso normalmente o faz ter um tratamento bom e gentil, totalmente o contrário do que fantasia em sua cabeça toda vez que enfia seus dedos em seu rabinho à noite. O lobo do ômega exige dor, exige brutalidade, implora por servir da maneira mais selvagem possível, sendo fodido e subjugado sem limitações, sentindo que é única e exclusivamente utilizado pra aliviar o alfa e procriar. Era burro e nojento, como muitos que já o foderam lhe disseram e por isso sentir Louis alargando seu rabo com força, socando sua próstata sem dó, o fazia chorar por tamanho prazer que não era capaz de ser aliviado somente através dos gemidos que não paravam de escapar. Ele levou suas mãos pra trás, segurando as bochechas da bunda farta e avermelhada pelo impacto da pelve de Louis, a abrindo, deixando que Louis fosse mais fundo em si. O alfa rosnou deitando seu peito nas costas dele, segurando em sua cintura com força com as mãos, mordendo seu ombro com suas presas, perfurando a pele. Suas unhas rasgaram a pele da cintura de Harry, fazendo o outro chorar soluçando por todas aquelas sensações. Aquela dor, tão excitante para si, seu corpo implorava por mais daquilo. Seus mamilos durinhos friccionando com força no estofado já que o peso de Louis o apertava contra ele, seus dentes tão fundo que sangrava, assim como as unhas enterradas em sua carne fazendo aquilo arder como o inferno. E seu cuzinho, ardendo por tamanha sensibilidade, por tanto impacto que o quadril de Louis proporcionava.
- Alfa. – Harry gemeu, ouvindo Louis rosnar e sentindo-o afundar mais seus dentes em si. – Você me fode tão bem. Tão, tão bom pro seu ômega. – choramingou revirando os olhos, sentindo seu lobo tomar totalmente conta de si. – Goza em mim, sim? Me dá o seu nó, me dá seus filhotes. – ele revirou os olhos.
- Vira. – Louis mandou, se afastando sentando sob suas panturrilhas e olhando o cuzinho todo aberto e inchadinho, piscando para si. Rosnou irritado com a demora, segurando as pernas de Harry e o girando no sofá. Puxou as pernas em volta do seu quadril, movendo-o como queria. Ele se apoiou com uma mão ao lado da cabeça do ômega, penetrando ele de novo e se abaixando, o beijou e voltou a foder rápido, perseguindo seu orgasmo à todo custo. Harry gemia em sua boca e arranhava suas costas, deixando faixas de sangue por onde suas unhas alcançavam. – Meu. – Louis rosnou em seus lábios, o mordendo forte, arrancando um filete de sangue.
 
- Meu alfa. – Harry revirou os olhos, sentindo Louis tão fundo que perdia seus sentidos. – Tão bom que dá vontade de ter sua marca. – gemeu.
- Ômega. – Louis repreendeu, afundando seu rosto no pescoço dele, lambendo, lutando contra a vontade de morder. Suas presas apontaram e ele as raspou em sua jugular, fazendo Harry gozar mais uma vez, tão forte que sua visão escureceu. Mesmo assim, não parou de meter em si, ouvindo o ômega chorar e bater em seus braços. Ele rosnou mordendo o pescoço de leve, arranhando a pele com os dentes. Seu baixo ventre contraiu, ele sugou a pele fervente, sentindo o sangue correr rápido na jugular, arriscando pressionar as presas de leve, gozando forte dentro de Harry e o prendendo em seu nó, inchando em seu interior e o fazendo grunhir de dor, seu corpo tendo espasmos fortes. Rosnou soltando a pele e cravando os dentes em seu outro ombro, depositando ali o que deveria estar em seu pescoço. Lambeu e sugou a pele, começando a retomar a consciência aos poucos. – Está cheio dos meus filhotes. – ele rosnou em seu ouvido, o fazendo revirar os olhos de novo.
- Sim alfa, você encheu minha barriga. – Harry disse aéreo. Louis de afastou minimamente, olhando todo o sangue, nos ombros, no pescoço quase mordido, na boca mordida, na cintura, completamente fodido e machucado.  
- Gostoso pra caralho, bebê. – ele apertou seus peitos, deixando o leite escorrer pro sofá, o aliviando. - Porque não me pediu pra parar? – perguntou admirando o estrago que seus dentes fizeram. Harry abriu os olhos, encarando os de Louis.
- Eu disse que aguentava. – disse, a garganta seca. – Eu quis tudo. Ainda quero, bem pior. – suas pupilas ainda estavam dilatadas.
- Você quer mais do que ficar todo marcado, cortado e ensanguentado? – Louis perguntou, impressionado e fascinado.
- Quero. – Harry assentiu, fazendo carinho em sua própria barriga, algo que não passou despercebido por Louis.
- Me diz como que eu vou foder outra pessoa depois disso, Harry? Como caralhos eu vou me desprender do seu laço? – disse sério.
- Você não vai. – o ômega fechou o semblante. – Você é meu, Tomlinson. – rosnou.
- E quanto à faculdade? O que vão pensar? Eu vou perder minha bolsa ou você o seu cargo? – Louis questionou ainda sério, tentando ignorar que Harry rosnou para si.
- Eu sou um ômega, Louis. Mas eu sou o poder nessa merda. Não me subestime. – suspirou raivoso. – Você é meu, Louis. Isso não é discutível. – disse por fim, rosnando mais uma vez, sem quebrar o contato visual. Louis segurou seu rosto com brutalidade, quase juntando seus lábios.
- Não rosna pra mim, porra. – o ômega gemeu com a dor do aperto e Louis invadiu sua boca com a língua  o beijando esfomeado. - Você merece ser a porra de um quadro, Harry. Não vou desenhar você, eu vou pintar. Cada milímetro de seu corpo. É isso que eu vou fazer. – sussurrou contra seus lábios. O ouvindo gemer. – A porra de uma obra de arte, é isso que você é. – ele mordeu sua bochecha de leve.
- Meu. – Harry cravou as unhas em sua nuca, o fazendo grunhir.
- Seu. Mimado do caralho. – Louis sorriu ladino, lambendo seu pescoço.
- Cala a boca. – Harry retribuiu, um sorriso ladino nos lábios.
E por mais que essa fosse uma promessa verdadeira, Louis não poderia perder a oportunidade de transformar a vida de Harry num inferno. Lhe faria ferver em ciúmes e o foderia na sala de aula, o faria surtar e rosnar para si só para bater em sua bunda como castigo. Ele faria de tudo para Harry implorar para ter seus dentes cravados no pescoço branquinho.
- Eu preciso voltar pra sala, ômega. – Louis respirou fundo, inalando o cheiro doce dele.
- Eu sei. – disse a contra-gosto. – Mas acho que você deveria terminar de me desenhar. Eu realmente preciso daquilo. – Harry riu baixinho.
- Se a gente tentar você vai me dar todo seu leite de novo, eu vou de foder de novo e o ciclo não vai acabar nunca. – Louis riu, mordendo o maxilar de Harry.
- Prometo ficar quieto, deixar você terminar o desenho e só então pedir pra você me foder de novo. – sorriu segurando em seu rosto, dando-lhe um selar breve.
- Ok. – Louis sorriu imenso, roubando um beijo de Harry antes de levantar. – Eu realmente machuquei você, né? – olhou para todas as feridas e o sangue seco nelas.
- E eu amei. – Harry disse, subindo sua calcinha por suas pernas. – Quero que me machuque mais vezes. – mordeu o lábio inferior, começando a colocar a camisa de volta no corpo.
- É? – Louis sentiu seu peito esquentar por um breve momento. – Achei que era um ômega sensível. – ele subiu as calças pelas pernas, fechando devidamente e fazendo o mesmo com o cinto.
- Sou o oposto. – estalou a língua no céu da boca. – Você realmente acha que bonito do jeito que eu sou, eu estaria solteiro com trinta e cinco anos? – Harry riu bem humorado, continuando a se vestir. – Eu sou o pavor dos alfas, Louis. Nunca chegam nem mesmo num limite que me faça gozar. – Harry sentou no sofá, colando os sapatos.
- Porque você é masoquista, bebê. – Louis riu, puxando ele pela cintura quando ele se levantou. – Que bom que ninguém te fez gozar como eu. – sorriu convencido, puxando o lábio inferior de Harry entre os dentes. – Também nunca aguentaram meu lobo completamente. Você foi o primeiro. – Admitiu.
- Eles são fracos. – Harry riu, beijando Louis mais uma vez. – Agora só falta ver se você não tem um caráter duvidoso e aí sim poderemos nos casar. – brincou  tirando uma gargalhada sincera dele.
- Quero eu ver se você não é um velho ranzinza. – provocou, apertando Harry contra si.
- Velho é seu cu, garoto. – Harry brigou, rindo junto com Louis.
- Eu tenho vinte anos e você trinta e cinco, vai dizer que você é o novinho da relação? – provocou mais sentindo Harry estapear seu braço.
- Louis eu mesmo vou cancelar sua bolsa! – Harry brigou, fazendo bico, dando seu máximo para não cair em gargalhada novamente.
- Oh gracinha, para. – Louis beijou sua bochecha. – Meu denguinho tá bravo comigo, é? Bicudinho mais lindo. – Louis distribuiu beijinhos por todo o rosto dele, descendo até o pescoço. – Você é igual vinho amor, só melhora com o tempo. Tenho certeza que vai ser gostoso até quando não tiver dentes pra chupar meu pau. – Louis riu, tirando a pose de Harry que riu até a barriga doer.
- Caralho você é muito idiota. – Harry abraçou o pescoço de Louis, que prontamente o beijou.
- Agora senta lá meu ômega, vai rapidinho pra eu poder acabar o desenho logo e foder você todo de novo. – Sussurrou em ouvido, apertando sua bunda.
- Você tem compromisso hoje depois daqui? – Harry perguntou manhoso.
- Não. Porque, bebê? – Louis respondeu, subindo a mão até sua cintura.
- A gente vai jantar e você vai pra minha casa, então. – disse como ordem, sem ao menos questionar.
- Você vai pelo menos pagar um jantar antes de me usar né, pelo menos isso. – Louis fez piada.
- Quero te mostrar como foder comigo enquanto eu posso gemer alto seu nome é muito melhor. – Harry mordeu o lábio inferior, olhando Louis com expectativa.
- A gente pode pular o jantar também. – sugeriu rindo. – Eu vou amar foder você mais uma vez, ômega. – disse sorrindo ladino, apertando a cintura dele entre os dedos. – Só não pede pra eu te marcar de novo... É demais pra mim.
- Talvez eu faça, só pra ver o que acontece. – Harry sorriu sapeca.
- Acontece você acordando com a minha marca. – Louis riu.
- E se eu quiser?
- A marca de alguém com quem você fodeu pela primeira vez hoje? Acho que você é maluco. – respondeu bem humorado, mas seu baixo ventre contraiu com a ideia de tomá-lo como seu.
- Você não quer que eu seja seu? – Harry arqueou uma sobrancelha.
- Você já é meu, Harry. – ele viu os olhos dele brilharem. – Não é? Todo meu. – disse mais uma vez, vendo o sorriso de Harry começar a se formar. – A marca é seria e eu só farei depois que minha mãe te conhecer. Até lá a gente se conhece e eu marco seu corpo todo toda vez que te foder. – disse, mordendo seu queixo. – Parece bom pra você?
- Ótimo, alfa. – Harry assentiu, hipnotizado pela dominância de Louis.
- Então sente pra eu te desenhar, bebê. Vou te foder contra a porta antes de voltar pra sala. – sorriu ladino, dando um tapa na bunda de Harry antes de ir até o sofá melado dos seus fluidos corporais, rindo com a bagunça que fizeram. Se sentou onde ainda estava limpo e pegou o sketchbook, vendo Harry ir aéreo até o sofá, voltando pra posição que nunca deveria ter abandonado. – Vai ser difícil pra caralho me concentrar com esse seu cheiro. – sorriu ladino, vendo Harry esfregar uma coxa na outra. – Mas já, cachorrinho? – Louis riu, olhando-o todo desesperadinho no sofá.
- Louis... – Harry chamou, o baixo ventre borbulhando de novo.
Louis riu nasalado, levantando e guardando seu material em sua bolsa, andando e parando do lado da porta de entrada da sala – Vem aqui. – mandou, esperando Harry ir, parando na sua frente, brincando com os anéis em suas mãos. Ele levou as mãos até sua calça e abriu de novo. – Coloca as mãos na porta e fica quietinho pra mim, sim? – pediu.
- Louis, todo mundo pode ouvir. – disse receoso.
- Por isso eu mandei ficar quieto. – ele sorriu ladino. – Faz o que eu mandei e empina seu rabo pra mim. – viu Harry umedecer seus lábios, fazendo o que ele mandou, abrindo bem as pernas. Louis segurou os lados da calça dele a baixou até as coxas junto com a calcinha, abrindo seu cinto e calça, puxando seu pau já duro pra fora. Ele passou os dedos no meio da bunda de Harry, sentindo ele pingando de novo para si. – Tá encharcado pra mim de novo, bebê. – Sussurrou em sua orelha, segurando seu pau e forçando pra dentro do cuzinho de novo, segurando firme em seu quadril. Harry gemeu alto e Louis grunhiu, levando sua mão livre pra boca de Harry e a tapando, começando a se mover com força. Ele estocava com rapidez, sentindo Harry gemer contra sua mão. Com a outra ele se apoiou na porta, conseguindo equilíbrio pra manter o ritmo bruto que estabeleceu. – Você não sabe o quanto eu imaginei te foder contra essa porta, Harry. – segredou. Harry jogou sua cabeça pra trás e apoiou no ombro de Louis, que de imediato sugou a pele ferida pra dentro da boca, sentindo gosto metálico de sangue. Harry passou a empurrar sua bunda contra as estocadas rudes, revirando os olhos por baixo das pálpebras. – Você é meu cachorrinho, ômega. Me obedece, se esfrega em mim implorando por atenção, não é? – ele falava baixinho enquanto Harry assentia freneticamente. – vai gozar nas calças de novo? Só com meu cacete fodendo seu rabo? – grunhiu raspando os dentes na carne machucada do pescoço dele, o fazendo revirar os olhos e gozar forte com a dor intensa. Louis meteu mais forte segurando o quadril de Harry com força, gozando forte e o atando em seu nó. O ômega levou a mão pra barriga de novo, sorrindo aéreo.
- De novo. – falou manhoso. – Colocou mais filhotes aqui.
- Vou te encher de filhotes a noite toda, bebê. – Louis beijou seu pescoço, puxando o pau pra fora quando o nó desatou. Observou o cuzinho contraindo, a porra deslizando em suas coxas, a bunda num vermelho vivo de tanto se machucada pelo cinto que pendia em seu quadril. Ele puxou a calcinha e a calça dele pra cima, fechando, fazendo o mesmo consigo. Girou Harry pela cintura, beijando sua boca e o fazendo amolecer em seus braços de novo. – Não quero que ninguém entre aqui, seu cheiro está em toda parte. – ele disse sério. – E eu não gosto que sintam ou vejam o que é meu, ômega. Você entendeu? – ele viu Harry assentir devagar. – Ótimo, bebê. – ele se afastou, pegando sua bolsa e pendurando no ombro. – Eu termino o desenho na aula e te entrego à noite. – selou seus lábios.
- Como vai fazer se eu não estarei lá pra você me ver? – Harry questionou com um bico.
- Eu sou incapaz de esquecer qualquer traço seu, Harry. Decorei cada um deles. – Louis puxou o bico dele entre os dentes, dando um beijo amoroso antes de sair da sala, deixando um Harry aéreo e sorridente para trás.
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jornalmagico · 2 months ago
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BOLETIM DE NOTÍCIAS: Outono traz arrepios e incertezas
Com a chegada do outono, o Reino dos Perdidos poderá sofrer algumas mudanças significativas. A Academia da Magia informa que o mês trará chuvas intensas, algo inédito para os residentes. Até o momento, o clima tem sido ameno, controlado por magia merliana, mas o próprio Grande Mago alerta que é hora de reduzir as atividades ao ar livre e se preparar para dias de muita chuva, afinal, a natureza precisa funcionar do seu jeito e sem influência mágica também.
Falando em Merlin, a situação dos perdidos novos tem gerado preocupações entre os antigos moradores. Uma investigação recente realizada pela Academia da Magia revelou que esses recém-chegados têm pouca ou nenhuma consciência dos desaparecimentos de outros que vieram antes deles. Os perdidos que chegaram ao reino no início do ano deixaram rastros de mistério e incerteza, e muitos dos novos não lembram quem eram ou o que aconteceu com seus predecessores.
A Academia, e Merlin, ainda não possuem certeza do que está acontecendo. Permanece incerto se a falta de memória é resultado de um bloqueio mental ou se algo mais profundo que ocorreu no outro mundo, impedindo que os novos perdidos acessem as memórias. O clima de dúvida permanece aumentando com as histórias não contadas que pairam no ar, enquanto a Academia continua em investigações em uma tentativa de desvendar o que realmente aconteceu com aqueles que vieram antes.
Em meio a essa tempestade de incertezas, a programação do Cinema Mágico para o Halloween promete trazer um pouco de diversão — ou seria medo? Nos dias que antecedem o feriado, o cinema se tornará um centro de terror, exibindo uma série de filmes assustadores que prometem arrepiar até os mais corajosos. Prepare seus pulmões para gritar o mais alto que puder, pois Merlin afirmou, em entrevista realizada pelo Jornal Mágico, que muitas novidades estão chegando para todos os moradores durante esse mês.
Não perca às previsões das próximas semanas e confira a programação do Cinema Mágico para essa semana.
Terror: Pânico
Mais terror: Pânico 2
Ainda mais terror: Pânico 3
Continuando com o terror: Pânico 4
O terror não acabou: Pânico 5
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littlewritergreatgirl-blog · 8 months ago
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casos ilícitos
Matias Recalt x f!Reader
Cap. 3
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E eu acho que nós terminamos do modo comum. E a história tem poeira em cada página, mas às vezes me pergunto : como você pensa sobre isso agora? E eu vejo seu rosto em cada multidão.
Acho que já ficou óbvio, mas em cada capitulo, vou deixar o trecho de uma música que eu ache que transmita o que o personagem está sentindo. Seja a música completa, ou um simples trecho que remeta. 💖☺️
Avisos: Angst
Palavras: 4,7 k
Foi uma decisão mútua, de que sua irmã deveria vir no sábado. Desse modo, não iria interferir no meio da semana, no trabalho dela, ou no cronograma das suas aulas, e ainda teriam tempo para planejar tudo com calma. Então você ainda teria que aguentar os próximos dias sozinha.
Você ficou um pouco mais tranquila, ao saber que ela já estava planejando estender sua estadia quando fosse te ver, pois teria que ajustar, e ver algumas coisas do casamento, que coincidentemente, não eram tão longe de sua casa. E devido as circunstâncias atuais, ela só vai unir o útil ao agradável, o que te deixou mais calma.
A contragosto, gradativamente, você voltou a sua rotina. Foi assistir suas aulas - já que aparentemente, estar de coração partido, não é uma desculpa boa o bastante para faltar - e sempre apreensiva de encontrar com algum dos meninos, ou Matias no caminho. Até parecia uma criminosa se esgueirando pelos corredores furtivamente, e nunca se demorando muito tempo no mesmo lugar, pensando tê-lo visto em todos os cantos por quais passava. Na quarta-feira, uma de suas amigas, lhe convida para um almoço em grupo, e você querendo dar o fora do campus em qualquer oportunidade, aceita.
Vocês foram a uma cafeteria local, para degustar as suas bebidas superfaturadas, e açucaradas preferidas enquanto comiam, e você não pode deixar de se sentir aliviada, pensando em como era bom focar em outras coisas que não fossem homens, por um tempo. Só falando brevemente o que tinham feito desde a última vez que estiveram todas juntas. Contando novidades do estágio, ou daquela prova difícil que tiveram na semana passada, e que esperavam terem ido bem. Em pouco tempo, estão engatadas em uma conversa a respeito das novas aquisições, em uma loja de roupas, detalhando os vestidos e minissaias que amaram. Você mergulha nessa conversa superficial, tentando mascarar tudo o que tem sentido nos últimos tempos. A coisa mais substancial que você disse, foi que sua irmã estava indo lhe fazer uma visita, e ficar com você por um tempo.
Então o tópico do qual você estava fugindo, finalmente aparece: garotos!
- Vocês saíram com alguém no final de semana? – Questiona uma delas, olhando para cada uma de vocês na mesa - Eu só fiquei em casa revisando aquela redação dos termos jurídicos para entregar na sexta, nem consegui ver ninguém. – Sua amiga diz revirando os olhos, chateada com a situação.
As meninas começam a contar animadamente o que fizeram, cada uma de uma vez. Relatando que uma teve um encontro badalado com um ficante em uma boate, outra foi em um parque de diversões, e outra foi ao cinema ter uma noite tranquila. E está tudo bem, até que a atenção se volta para você.
- E você amiga, fez o que? - Pergunta uma delas, curiosa por você ser a única a não dizer nada.
- E-eu...eu – Você ainda está pensando em uma desculpa plausível, quando é interrompida.
- Você foi jantar naquele restaurante perto do shopping não foi? eu passei em frente no caminho pro cinema, e vi você do lado de fora com uns garotos. – Sua colega diz.
Com medo de falar algo que possa parecer suspeito, ou transparecer algo do qual você realmente não quer falar agora, você só acena, concordando.
Ela conta como não parou para te dizer oi, pois estava atrasada para o filme, já que seu namorado havia confundido os horários. Você pensa com desgosto, e inveja, como queria que suas maiores frustrações no final de semana, fosse o fato de chegar atrasado a um compromisso.
- Enfim, foi uma correria, mas deu tempo. – Ela conclui, com a cara ainda tensa ao se lembrar do ocorrido.
- Sem problemas. – Você responde, sem saber o que dizer ao certo.
- Fala sério, a gente aqui contando dos nossos encontros, enquanto você estava na verdadeira festa – Uma delas diz – Você saiu com aquele monte de gostosos e nem fala nada.
- De quem vocês estão falando? – Sua outra colega pergunta curiosa.
Você responde avidamente, querendo encerrar logo esse assunto.
- Ninguém, são só uns amigos.
As meninas que tinham aulas em comum com você, já estavam familiarizadas com o grupo, já que você é “amiga” do Matias - ou era - enfim, e já tinham se cruzado nos corredores, ou até mesmo no grupo de estudos. Agora suas amigas de outra especialidade, nem sabiam quem ele era, já que nunca houve motivo aparente para você apresenta- lós, afinal, não tinha o porquê você querer apresentá-las a um simples colega de faculdade, certo?
- A qual é? Você nunca quis pegar nenhum deles? - Ela te provoca – Nem um pouquinho?
- Não! Eles são como irmãos pra mim - Você rebate.
- Sei – Responde zombando de sua resposta.
Vendo seu desconforto, outra colega interrompe:
- Deixem-na em paz, bem faz ela mesmo, focar nos estudos, e não se envolver com ninguém, homem só dá trabalho – Nem com um discurso, você conseguiria explicar o quanto concorda plenamente com as palavras dela.
- Falando em trabalho, adivinha com quem eu descobri que meu chefe tá saindo? – Ela indaga, redirecionando o tópico da conversa para outro assunto.
E assim continua o almoço, vocês trocam risos, piadas que nem são tão engraçadas, mas para vocês são a coisa mais hilária do mundo. Você se sente leve, a vontade, e querida no meio dessas pessoas. E por uns breves minutos, você consegue esquecer dele.
— —
Você mora em um pequeno apartamento de dois quartos. Não é muito grande, mas é mais do que o suficiente para você. Ele costumava ser de sua mãe, em seus dias de universitária. Ela gostou tanto dele que o comprou depois de formada, quando já tinha um bom salário e queria ter sua vida independente. Mas então conheceu o seu pai, e de repente, não era mais um apartamento de solteiro. Moraram juntos por um tempo aqui, mas com a vinda de sua irmã, o lugar se tornou pequeno, e depois com você se juntando a equação, se tornou inapto e não fazia mais sentido morarem ali. Dessa forma, o deixou trancado e foi construir sua vida em um ambiente mais calmo. Você é grata todos os dias por esse lugar. Ter que ter colega de quarto, dividir apartamento, ou até mesmo dormir em um alojamento, não é muito atrativo para você. Preparando o quarto para a chegada dos dois, sua irmã, e o noivo dela, você limpa os móveis, troca os lençóis, e até mesmo substitui as cortinas do quarto de hóspedes (o modo como você gosta de chamar o quarto vazio), tentando deixar o ambiente o mais acolhedor possível.
E toda vez que se pegava pensando no garoto, você rapidamente se forçava a pensar em outra coisa, fossem os trabalhos da faculdade, um livro que você precisava devolver a biblioteca antes do prazo, ou o seu favorito, em como iria ser divertido ter sua irmã, e cunhado em casa. Poderiam sair juntas, ter um dia das garotas e coisas afim. Agora em relação ao seu cunhado, você o adorava.
Ele começou a namorar a sua irmã quando você tinha oito anos, e ela dezoito na época. Você se lembra de não gostar dele no começo, a sua irmã tinha acabado de entrar na faculdade, e de repente ela volta nas férias de verão dizendo que tem um namorado. Você se sentiu traída e com medo de ser deixada de escanteio. Ela estava crescendo, e você apenas era a irmãzinha irritante que só queria brincar o tempo todo, mesmo com as palavras gentis dela, dizendo que nada iria mudar, você sabia que com a presença do namorado, iria ser tudo diferente.
Quando ela o traz, para conhecer seus pais, o melhor jeito de descrever o seu humor era birra, teimosia e braveza. E estava disposta a transmitir tudo isso a ele, assim que passasse pela porta. Quando chegam, você não consegue desviar os olhos, escondida atrás de sua mãe. Ele os cumprimenta, sendo sempre simpático e galante. Sendo doce o bastante com sua mãe, ao mesmo tempo em que é firme, e respeitoso com seu pai. Mas assim que ele se dirige a você, a sua reação é a mais infantil possível: mostrar a língua, fazendo careta, e sair correndo em direção a mesa de jantar, para acabar logo com isso.
Sua mãe se desculpa em seu lugar, e sua irmã também, mas ele é rápido o bastante em afirmar que está tudo bem. Assim que todos se juntam a mesa, menos ele, que voltou ao carro para pegar algo que havia esquecido, sua mãe te lança um olhar reprovador, te dizendo para se comportar. Quando ele retorna, você o vê entrar com um buquê de flores. Flores lindas, delicadas, e envoltas em um lindo arranjo. Você olha abismada para aquilo, com os olhinhos brilhando, nunca tendo visto algo tão lindo e o querendo para si o mais rápido possível. O seu primeiro pensamento, é que ele o vai dar para sua irmã, o que te deixa mais carrancuda, ele não precisa provar que é um príncipe encantado, a sua família inteira já parece o achar um perfeito cavalheiro. Mas ele passa direto por sua irmã e continua seu caminho, por dois segundos, você pensa que ele vai presentear sua mãe, a matriarca, mas novamente seus pensamentos se provam incorretos quando ele vem, e se ajoelha em uma perna na sua frente.
- Ei mocinha, a gente não começou bem lá atrás, e foi totalmente minha culpa, como eu pude vir conhecer vocês, e esquecer de trazer um presente pra dama mais linda do lugar? - Diz com a voz calma e suave.
- Da-dama? – Você repete, embasbacada, e maravilhada, sem saber o significado da palavra.
Ele ri docemente.
- Sim sim, a senhorita mais linda de todas. - Explica com entusiasmo.
Ele estende o buquê para você, e no mesmo momento você o toma de suas mãos, apressada e afoita, o que arranca risadas de todos os presentes.
- O-obrigado! – Você diz, repentinamente tímida e envergonhada. E quando ele olha para você, pela primeira vez, você nota o quão bonito ele é.
- É um prazer lindinha – Ele pisca para você, e deste modo, assim como todos lá, você se vê apaixonada por ele em instantes.
O resto da noite transcorreu bem, sem nenhum contratempo. Mas é claro que, em algum momento, sua mãe fez o favor de dizer a ele a quão teimosa você conseguiria ser, o contando da vez em que ganhou em seu aniversário (depois de muita insistência), uma fantasia de mulher gato, e se recusou a usar outra coisa por dias.
- Mãe, para! – Você diz a ela com a cara fechada, inesperadamente se importando com a opinião dele sobre você, e não querendo passar uma má impressão.
Ele se vira para você, como se sentou ao seu lado, entre você e sua irmã, e diz:
- Tudo bem, você não precisa de fantasia pra ser uma gatinha. – E com isso você sorri pra ele, feliz e muito melhor do que você pensou que sua noite seria. O apelido pegou, é claro, mas você não via como uma provocação, era mais como uma piada interna da família.
Sua irmã te confidenciou, alguns anos depois, que foi ela quem contou a ele da sua paixão por flores, depois de ter visto aquilo na cena de um filme romântico clichê. Por isso, como ele queria te impressionar, ele já veio preparado. E isso continuou com o passar dos anos, ele sempre trazia algo quando ia te ver, seja um doce, um livro do qual você não parava de falar a respeito, ou te levando pra assistir um filme junto com sua irmã, você tem quase certeza de que era pra ser um encontro dos dois, mas sempre te levavam para não te excluirem.
É meio vergonhoso, mas você teve uma paixão enorme por ele enquanto crescia, o que foi esquecido, assim que você entrou nos quatorze, e começou a gostar de garotos da sua idade. Percebendo logo que, da mesma forma que eram mais novos, eram mais idiotas.
Seu pai sempre foi mais retraído, então não era muito de demonstrar afeto em público, mas com o Wagner, você aprendeu como um homem deve tratar uma mulher, só de o ver interagindo com sua irmã. Sendo atencioso, bondoso e fazendo o que estivesse ao seu alcance para fazê-la feliz. Ele te ensinou a ter expectativas, a saber o que esperar e receber em troca de alguém, você acha que ele estaria decepcionado se soubesse ao que você se submeteu nos últimos meses. Ele te diria algo clichê como: você não está sendo tratado como a princesinha que é.
— —
Como o previsto, sua irmã chega no sábado de manhã. Você a espera ansiosamente, mandando mensagem com ela te informando da localização a cada cinco minutos. Assim que te interfonam falando que tem alguém na portaria, você a libera imediatamente. Saindo rapidamente, e esperando na frente do elevador. Assim que as portas se abrem, você se joga nela, e a envolve em um abraço apertado.
- Você realmente veio – Você exclama animada.
- Achei que isso tinha ficado óbvio nas últimas quarenta e três mensagens que trocamos. – Ela brinca.
- Fica quieta, e não estraga o momento. – Você retruca.
Assim que vocês duas se desgrudam, e você cede passagem para que eles saiam da estrutura metálica, você se vira para seu cunhado.
- Oi, como você tá? – O abraça também, afetuosamente, porém de uma forma mais contida do que comparada a que fez com sua irmã a um minuto atrás.
- Oi gatinha, achei que tinha esquecido de mim depois dessa recepção- Ele diz te provocando.
- Não fica assim, você sempre vai ser o meu segundo favorito.
E com isso vocês se dirigem ao apartamento, mostrando a eles o quarto onde podem deixar suas coisas, e se acomodarem com calma. Sua irmã não perde tempo em desfazer as malas, querendo arrumar tudo. Alguém normal chegaria cansado e iria repousar um pouco, mas não ela. Assim que finaliza esta etapa ela se encaminha a cozinha, e não parece muito contente ao ver o conteúdo em sua dispensa e geladeira.
-Meu Deus garota, você não come não? – Ela diz, desviando o olhar da geladeira para você.
Bem, para ser justa, com a sua vida universitária e pessoal estando a um turbilhão, você não tem tido muito tempo, ou até mesmo vontade de cozinhar muito, se contentando em comer algumas besteiras aqui ou ali. Sua última compra deve ter sido a mais ou menos uma semana atrás, um pouco antes do incidente, ou seja, você achava razoável até a quantidade de comida que restava, aparentemente, sua irmã achava que você não estava comendo o bastante. Você devia ter pensado nisso, como você pode arrumar a casa inteira, e esquecer de comprar mantimentos?!
- Eu ia fazer compras - Ela arqueia a sobrancelha, desconfiada - Em algum momento, mas eu ia. - Você admite embaraçada.
- Quer saber, eu vou terminar de organizar as coisas aqui, e vocês dois vão no mercado, sem condições de ficar assim. E hoje eu faço o almoço.
Sua irmã é meio mandona e autoritária, mas tudo bem por você. No momento você só queria funcionar no modo automático, fazer as coisas sem tem que pensar muito e ela era um bom guia. E sabia que ela só estava fazendo isso, pois estava preocupada com o seu bem-estar
- Tudo bem – Você concorda, indo pegar suas coisas se preparando para sair.
Seu cunhado se despede dela com um beijo casto nos lábios, e vem em sua direção, passando o braço pelos seus ombros:
- Vamos!
— —
Já dentro do carro, Wagner tenta começar uma conversa agradável, te perguntando como as coisas estão indo ultimamente. E você começa a contar da faculdade, o último encontro que teve com suas amigas, os livros que têm lido recentemente, e coisas assim. Mas aparentemente, não é isso que ele quer saber.
- Sua irmã disse que você brigou com seu namorado – ele diz, te lançando um olhar breve de lado, enquanto presta atenção no volante.
- Ele não era meu namorado – Nega rapidamente - Era só… - Você não sabe como descrevê-lo. Um ficante? Um amigo com benefícios? Isso é pior ainda – Ele era só um cara que eu gostava. – Você conclui relutante, com as palavras não parecendo certas na sua boca, pois não transmitem tudo o que quer dizer.
- Não conheço o carácter dele, mas se você terminou as coisas, vou confiar no seu julgamento, se ele não te trata como você merece, então ele quem sai perdendo. – Ele afirma.
Nem você confia no próprio julgamento e bom senso. Você ao menos tem algum quando se trata dele? Ele te faz fazer coisas inimagináveis, as quais você nunca teria imaginado antes, o que as vezes é bom, mas nesse caso ,é totalmente doloroso e torturante. E mesmo que você tenha posto um fim em tudo, você não se sente ganhando de forma alguma.
- Obrigado – Você responde aceitando o elogio, mas não sentindo que o mereça verdadeiramente.
Vocês continuam o trajeto em silêncio, enquanto seu cunhado coloca uma música pra ambos escutarem. Você não quer pensar no Matias, não mesmo. Se tinha alguma fagulha de esperança, que ele iria te procurar, ela já apagou. Hoje é sábado. Faz exatamente uma semana desde a briga de vocês, e quatro dias que você foi devolver as coisas dele. Não teve nenhuma mensagem, ligação, ele indo até sua casa, ou te abordar na faculdade. Ele simplesmente sumiu.
Os garotos ainda mandam algumas coisas para você, mas você os responde brevemente, não querendo dar muito assunto. Você não quer sair como a chata da história, mas não quer ficar prolongando esse afastamento por muito tempo. É melhor cada um ir para o seu lado e pronto. Qual o sentido de continuar sendo amiga deles, se só iria te fazer mal vê-lo depois do jeito que a história de vocês terminou? Você só quer por um fim a isso, e seguir em frente, tentando não se machucar mais ainda no processo. Você está brava agora. Hoje era pra ser um dia contente, e o simples mencionar do garoto, foi o bastante para te deixar pra baixo, e você não queria estar tão afetada assim.
Quando chegam no mercado, você não se surpreende ao ver que sua irmã já te enviou mensagem com uma lista do que deve ser pego. Quem diria que quinze minutos, o tempo que você demorou para chegar aqui, já era o bastante pra ela vasculhar tudo e montar uma lista? Vocês vão a procura dos itens, e com certeza seu cunhado deve ter notado que você está muito quieta, desde que ele tocou no assunto, e que deve ter mexido em um tópico sensível. Quando já estão no caixa, e claro, ele como o cavalheiro que é, paga tudo. Ele se vira para você e diz:
- Por que você não leva isso para o carro? – Aponta para as sacolas - Eu esqueci de pegar uma coisa, te encontro lá. – E te joga as chaves do carro.
- Beleza. – Você concorda, agarrando as chaves no ar, e se dirigindo ao veículo para guardar as compras.
Ele aparece pouco tempo depois, com uma sacola nova, e pedindo a chave de volta para você, para guardar a nova mercadoria no porta-malas junto com as demais. Enquanto vocês voltam para casa, ele tenta conversar sobre coisas mundanas com você, para apaziguar a situação, e mesmo se odiando por isso, você não consegue acompanhar. Não consegue fingir que está tudo bem, não com ele. Ele te conhece bem demais para cair em um simples sorriso de faixada ou um aceno de cabeça.
Quando se aproximam do prédio, ele para em frente, não entrando na garagem, e você lança um olhar confuso pra ele.
- Vamos conversar um pouco – Ele sai do carro, e dá a volta, esperando você do lado de fora. Você fecha a sua porta do passageiro, e se encosta nela, enquanto ele se acomoda ao seu lado.
- Sobre antes, eu sei que você estava chateada, e não deveria ter tocado no assunto, me desculpe – Ele solta um suspiro - Eu não sou muito bom com isso – Ele se explica - Mas, acho que eu o que tô querendo dizer, é que você pode contar comigo – Ele te olha e chega mais perto - Afinal, logo vou ser oficialmente da família – Diz e solta um riso no final, tentando quebrar o gelo.
- Você já é parte da família, casado com minha irmã ou não. - Você é rápida em explicar, e com um engolir em seco continua – Eu só tava com vergonha, não queria que você me visse como uma garotinha boba, eu sou mais do que isso, sou mesmo – Você diz com a voz falhando no final. Ele vendo sua vulnerabilidade, te puxa para um abraço, o qual você aceita avidamente, enterrando o rosto no pescoço dele. Te trazendo memórias, de como ele sempre te consolou, seja quando você caiu da bicicleta e ralou o joelho, quando não foi bem em uma prova, ou quando ficava doente. E ele sempre estava lá.
- Eu quem deveria estar me desculpando, fui uma idiota com você – Você diz com a voz abafada.
-Tá tudo bem – Ele passa a mão pelos seus cabelos e afaga suas costas – Você não é idiota só porque teve um relacionamento que não deu certo.
- Eu sou uma idiota por ter ficado brava com você, isso sim! Obrigado por se preocupar comigo.
- Bom, é pra isso que serve a família certo? – Ele te olha com ternura – Você sabe, você é a irmãzinha que eu nunca tive, claro que vou me preocupar com você.
- Eu sei – Você diz e sorri pra ele – Você é o melhor irmão mais velho que existe.
Ele abre um sorriso enorme com suas palavras. – Só não conta pra minha irmã, ela tem que pensar que esse posto é só dela. - Você brinca e ambos gargalham.
Então ele te solta, e começa a se afastar:
- Sabe, eu pensei em algo que pudesse te animar e, sei lá – Ele começa a dar a volta no carro- Me lembrei daquela vez, quando você era mais nova, e eu te dei flores - Ele começa a abrir o porta-malas:
- Aah não, você não fez isso! – Você diz com um grande sorriso, e colocando as mãos em frente a boca para conter um grito. Você parece uma criancinha de novo, com os olhos arregalados e querendo dar pulinhos de felicidade.
- Pode apostar que fiz. – Ele diz e pisca pra você.
Ele retira cuidadosamente um buquê de margaridas brancas, embrulhadas perfeitamente, e o estende em sua direção. Você corre até ele e o abraça, serpenteando as mãos em volta de seu pescoço. Ele é rápido em desviar as flores da frente de seu corpo, tomando cuidado para que não amassasse, e te entrega.
- Obrigada, isso significa muito pra mim, de verdade. – Você as aproxima do rosto, cheirando e se deliciando no aroma.
- Não precisa agradecer gatinha. – Diz.
É meio cômico, como algo tão pequeno pode fazer o dia de alguém melhor. Você estava até um momento atrás, dizendo como não era uma garotinha boba, e agora se contraria ao mostrar o quanto você se derrete por pequenas demonstrações de afeto. Mas que se dane, você queria aproveitar o momento, e ser cafona por um tempo. Você poderia, mais tarde, enquanto estivesse deitada em sua cama, admirando as flores que você colocaria em um vaso, fingir que eram de outra pessoa. Criar uma história tonta, em que ele veio, se desculpou, e te chamou para sair em um lugar legal. Mas isso é só para mais tarde, é melhor focar no agora.
Então retornam para o veículo, você com as margaridas pressionadas contra o seu peito, enquanto ele estaciona na garagem do prédio e começa a descarregar as compras. Você o ajuda a levar as coisas para cima, dessa vez sendo extremamente cuidadosa com seu presente.
Assim que cruzam a porta de entrada, você começa:
- Sabe, é meio deprimente pensar que as únicas flores que eu ganhei, é do noivo da minha irmã, considerando que você já me viu até com remela no olho. – Você o lembra.
- Fica quieta, que eu sei que você adora! – Ele retruca, em um tom divertido.
Sua irmã os espera na cozinha, e sorri ao notar o buquê em seus braços, e com um simples trocar de olhar com ele, ela entende tudo. Após uma conversa rápida, indo para o seu quarto, você a escuta agradecendo Wagner, por ter alegrado sua irmãzinha. Você acha lindo essa conexão dos dois. E quase consegue ser a antiga você de novo. Mas ver os dois juntos, só realça quão sozinha você está. O modo que ele se comunica com ela, ou a trata. De forma tão carinhosa, que faz você se lembrar dele. Não em festas, eventos ou encontros do grupo, mas só os dois. Sozinhos no quarto dele, na calada da noite. Onde podiam falar de tudo e nada ao mesmo tempo. Você sente falta dessas conversas sem sentido. E sente mais falta ainda dele.
— —
Na tarde de segunda-feira, quando sai do grupo de estudos, Wagner te espera para te levar para casa. Ele explica, que como está usando sua vaga, o mínimo que poderia fazer, era te dar uma carona, e você obviamente não iria negar a ajuda. Felizmente, dessa vez no caminho de volta, vocês se encontram em um clima mais agradável, com conversas extrovertidas e risadas. Após o final de semana leve, repleto de histórias, jogos, e refeições saborosas preparadas por sua irmã, você se sentia um pouco melhor, e mais a vontade com as pessoas ao seu redor.
No meio do trajeto, ele começa a reduzir a velocidade do automóvel, então você percebe que ele está querendo parar em algum lugar:
- Ei, vou parar pra abastecer um pouco. Quer descer e pegar alguma coisa? – Ele aponta com a cabeça para a loja de conveniência do posto de gasolina - Algum doce? – Ele pergunta, estacionando o carro.
Hoje como está de bom humor, você decide testar a paciência dele, e com um olhar malicioso você responde:
- Quero comprar o básico, sabe? bebidas, cigarro, camisinha… - Você responde maliciosamente.
Ele te interrompe, soltando uma tosse, claramente desconfortável, e com as bochechas coradas. Você tinha se esquecido o quão fácil era o fazer se sentir envergonhado, seja falando sobre sexo, ou algo relacionado. Você ainda se lembra da reação dele, uma vez que sua irmã o pediu para comprar absorventes, já que ela estava com cólica, e não se sentindo bem. E ele, quase entrando em combustão, por ter de tocar no assunto, só foi e comprou o dito cujo. Em vários tamanhos, modelos e marcas, não sabendo qual era o correto, e voltando também, com uma caixa de chocolates em oferta de paz. Homens realmente são estranhos.
Ele se recompondo, fala:
- Muito engraçado, sua irmã me mata se eu voltar com você pra casa bêbada. – Responde, ignorando sua menção aos preservativos.
- Ei! Eu não sou mais criança – Você reclama, batendo o pé, justamente como uma criança de cinco anos. Ele ri.
- Tudo bem senhorita adulta, a gente compra alguma bebida. – Ele entra no seu jogo. - Uma só! E algo leve – Ele avisa em tom de advertência.
- E o resto? – Você não pode evitar, querendo ver ele se encolher a sua frente.
- É óbvio que não – Ele diz, te empurrando levemente em tom de brincadeira, e deixando o automóvel abastecendo com o frentista, vocês se encaminham para o estabelecimento.
Lá dentro, enquanto Wagner se dirige a parte de bebidas, te dizendo que pegaria algo, que veja que você goste, você aproveita para olhar os doces, querendo beliscar algo. Você escuta a porta do local se abrindo, provavelmente com novos clientes entrando, mas não presta atenção, se concentrando em encontrar algo que pareça bom.
Enquanto está focada em ver qual das barras de chocolate, tem o melhor sabor, você sente passos se aproximando, e se vira, para não acabar tropeçando ou esbarrando em alguém, mas assim que o faz, se arrepende imediatamente.
- Oi – O garoto de cabelos castanhos, que não sai dos teus pensamentos diz.
Ah não!
— — Esse capítulo, assim como o anterior, quase não teve interação dos dois, mas prometo que no próximo vai ter bastantee 🙈😏. Obrigado, por acompanharem até aqui e espero que tenham gostado 😙 . Até o próximo 🩵
77 notes · View notes
sunshyni · 10 days ago
Note
oi, isso te lembra algo?? 🫣
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superspiderman pt. 2
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notinha da Sun | o que vocês me pedem sorrindo que eu não faço chorando?? KKKKK Mas nesse caso, eu não chorei. Aparentemente vocês gostaram desse meu surto, então resolvi trazer finalmente a parte 2!! Não tá tão boa quanto a primeira parte, mas espero que vocês curtam!!
avisos | continuação capenga dessa aqui!! Tem uma aparição do Xiaojun (que obviamente é o Venom) que não quer dizer que vai ter uma parte 3 KKKKKK Fez parte do meu processo criativo KKKKKK
w.c | 1.4k
boa leitura, docinhos!! 🕸️
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Mark e Gunwook riam de algo que viam no celular, cobertos por uma fina camada de lençol branco que envolvia metade de seus corpos. Você estava imóvel, segurando um copo de água de vidro, vestindo apenas uma camisa social branca e listrada azul de Gunwook. Ficou ali parada no batente da porta, observando-os sorrirem um para o outro, o que era um milagre e uma novidade, considerando que eles geralmente brigavam, competiam por você ou por quem usaria seus poderes de super-herói primeiro.
— Vem cá — chamou Gunwook, dando dois tapinhas no colchão, no espaço entre os dois. Você tomou um gole d’água e logo se enfiou debaixo do lençol, estremecendo e sentindo cócegas quando Mark envolveu o braço ao seu redor, te abraçando e escondendo a cabeleira loira no seu pescoço.
— A gente tava pensando em ir naquele restaurante nesse fim de semana. Afinal, já fazem um mês que estamos oficialmente juntos.
Você podia dizer com certeza que esse fora o melhor mês da sua vida. Nunca pensou que algum dia estaria em um relacionamento a três, mas Mark e Gunwook sempre foram seus melhores amigos, os primeiros garotos por quem sentira atração, e poder ter ambos ao mesmo tempo estava se mostrando incrível.
Eles viviam na sua casa. Vocês desenvolveram uma rotina sem querer: dividiam as tarefas, Mark fazia as compras às vezes, Gunwook cozinhava, você cuidava da casa. Jantavam juntos, num clima aconchegante, que frequentemente terminava com os três na cama cedo demais. Cochilavam, e Gunwook te acordava com um toque preguiçoso e um beijo carinhoso, aproveitando que Mark, embora te abraçasse fortemente, dormia tranquilamente. Mark acordava com os estalinhos dos beijos, e te beijava no pescoço, na bochecha e depois nos lábios, roubando seu fôlego enquanto Gunwook beijava seu ombro, fazendo a alça do pijama cair.
— Sempre acontece algum desastre quando a gente tenta sair juntos — você diz, acariciando os cabelos de Mark, que ergue a cabeça para te contemplar, ainda meio sonolento. — Não é muito pelo Superman, mas você tem aquele seu senso aranha.
— O que me torna um super-herói muito melhor do que o Gunwook — responde Mark, convencido, piscando enquanto Gunwook abaixa o celular, considerando que você já viu o vídeo do restaurante que ele estava te mostrando. — Vai dar certo dessa vez, meu senso aranha tá me dizendo.
Na última tentativa de sair, Gunwook estava te beijando em uma das araras de roupas de uma loja de departamentos quando Mark percebeu algo estranho. Gunwook queria ignorar e se perder no beijo, mas, no fim, cedeu. Ele te soltou e foi, e só se encontraram mais tarde, ambos sujos de fuligem de um incêndio. Você riu feliz ao ver os dois homenzarrões na sua banheira minúscula, espremidos e exaustos da missão.
— Tá bom... mas eu escolho a sobremesa dessa vez — diz você, lembrando que, na última vez, Gunwook errou feio no pedido. Ele revirou os olhos, sorriu e te beijou docemente.
Gunwook e Mark se vestiram adequadamente para a ocasião, mais formais do que no trabalho. Você sorriu meio sem graça, remexendo as pernas debaixo da mesa e tomando um gole de vinho, com as bochechas provavelmente da mesma cor do líquido. Ainda achava aquilo tudo esquisito, mas se acostumava a cada vez que eles falavam com carinho, se aproximavam para inalar seu cheiro e te beijavam, fosse nos lábios ou no colo... Realmente, você os amava.
— Por que você tá com essa cara? — Gunwook perguntou para Mark, enquanto avaliava o cardápio com uma mão e repousava a outra sobre seu joelho. Mark afrouxou a gravata, sentindo-se ansioso, como se algo estivesse prestes a acontecer.
— O que você tá aprontando? — Gunwook continuou.
— Não é isso... é que tem alguma coisa acontecendo lá fora.
— Pode ir se aquietando, amigo da vizinhança — disse Gunwook, com um soprar de cabelos que era teatral demais.
— Talvez se eu checar meu celular, tenha algo… — você começou, mas Mark te impediu com um movimento rápido de mão.
— Preciso ir, meu amor — ele disse, levantando-se e te dando um beijinho na testa. — Fica aqui com o seu alienígena.
— Eu não vou deixar você ir sozinho — disse Gunwook, bufando e deixando o guardanapo de tecido na mesa, em cima do prato intocado.
— Quer sair nas manchetes como o ajudante do amigo da vizinhança? — Mark perguntou com um sorriso provocante, e Gunwook retirou os óculos.
— Você adulterou esse texto.
Você ficou no meio da troca de farpas, que com o tempo aprendeu a gostar. Sentiu Gunwook te beijar, do jeito de Mark, e ambos desapareceram num átimo de segundo, te deixando sozinha no restaurante mais badalado da cidade, com uma taça de vinho e um sorriso bobo nos lábios. Afinal, eles eram seus namorados, e você quase não podia acreditar.
— Pra onde eles foram? — você tomou um susto quando alguém ocupou o lugar de Mark. Olhando para o lado, viu Xiaojun.
— Xiaojun? — Xiaojun trabalhou com vocês por um tempo. Freelancer, ele sempre teve uma aura misteriosa, e agora você entendia que o achava atraente, o que gerou ciúmes em Mark e Gunwook na época.
— Escutei você mencionar o amigo da vizinhança.
— Mark é fissurado pelo Homem-Aranha — você soltou a frase de imediato, ciente da necessidade de discrição.
— Ah — Xiaojun arqueou as sobrancelhas, sorrindo. Vestido como garçom, ele tocou sua bochecha suavemente. — Acho que a gente vai se ver com mais frequência, gracinha. Te vejo depois.
Ele também desapareceu, e talvez você precisasse repensar essa coisa de homens sumirem do nada. Gunwook te mandou uma mensagem pedindo para encontrá-los no apartamento, e você, que morava perto, logo chegou.
Ao abrir a porta, deparou-se com a cena inevitável: Gunwook e Mark disputavam o chão, ambos rindo e te oferecendo a mesma caixinha com uma aliança de compromisso. Você sorriu, encostada na porta.
— Vocês mentiram — você disse, tampando a boca de surpresa.
— Na verdade, a gente realmente impediu um roubo, mas foi rápido — Mark disse. — Quer namorar com a gente?
— Eu ia falar isso, seu idiota! — Gunwook empurrou Mark pelo ombro, fazendo-o cair desajeitadamente no chão, lançando-lhe um olhar de ódio fingido.
Você se ajoelhou ao lado deles, aceitou o anel e leu a gravação dentro dele: “para nossa Lois/Mary Jane”. Seu coração derreteu ao colocar o anel, admirando-o contra a luz.
— Acho que amo vocês — você disse, e Mark te beijou, envolvendo sua cintura com os braços. Você abriu um braço para chamar Gunwook e tocou sua bochecha, beijando-o devagar, sem pressa.
— No final, nem comemos — Gunwook murmurou, ainda com os olhos fechados.
— A gente pode fazer isso… Pensei em...
— Não! — você e Gunwook exclamaram em uníssono, lembrando-se dos desastres culinários de Mark. Vocês riram, e Mark revirou os olhos antes de te puxar para beijá-la no pescoço.
Quase num sussurro, você disse:
— Acho que o jantar pode esperar um pouco.
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hansolsticio · 5 months ago
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Solie, já que declaramos oficialmente que o Seokmin é um “namoradinho de domingo”, precisamos falar urgente sobre seu gêmeo e como o Wonwoo é o “namoradinho de madrugada de sábado” (pfr me diga que essa analogia faz sentido pra você também, ou então já estou ficando caduca maluca 😭😭
anonnie, pior que eu senti uma conexão aqui entre você e eu
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n/a: pra essa daqui eu vou precisar novamente invocar a skin gamer do wonu, mas calma que eu explico tudo
Madrugadas de sábado me despertam o sentimento de "saudade por antecipação" e eu acho que eu nunca vi esse conceito em outros lugares (provavelmente deve existir uma palavra melhor para isso). Mas sabe a sensação de querer aproveitar cada segundo de um fim de semana, porque você sabe que já já vai precisar voltar a rotina? É nesse ponto que eu vejo o Wonwoo. Acredito que essa fase de 'namoradinho da madrugada de sábado' seria mais frequente no início do relacionamento de vocês. Tudo é relativamente novo e existe aquele vontadezinha persistente de estar juntos o tempo inteiro.
É um cenário que eu particularmente acho adorável. Imagina a sexta-feira finalmente acabando e vocês podendo se livrar de todas as responsabilidades por pelo menos 48 horas. Passaram o dia inteirinho morrendo de saudades e agora querem aproveitar muito já que finalmente podem ficar juntinhos por um tempão. E nesse desejo de querer aproveitar a companhia um do outro vocês abrem mão até do sono, porque dormir juntinhos não é exatamente a mesma coisa. E o que era uma noite de sexta-feira vira uma madrugada de sábado.
Nesse contexto o Wonwoo te ensinaria a fazer algo que vocês fariam muitas vezes pelo resto do relacionamento de vocês: conversar em silêncio. É um tantinho peculiar, visto que ele é apaixonado pela sua voz, mas parece tão certo entre vocês dois que começa a virar rotina. Não é novidade, mas apesar dos pesares eu vejo o Nonu como um namorado muito calmo. Ele ama quando pode ter a oportunidade de ficar quietinho com você, te enchendo de dengo. E o silêncio da madrugada parece tão sagrado que nenhum de vocês dois se atreve a rompê-lo.
O Wonwoo não vai abrir mão de passar boa parte da madrugada jogando — é quase terapia para ele —, mas, da mesma forma, não consegue abrir mão de você desde que começou a te namorar. Não tem graça não poder sentir o cheirinho doce do seu cabelo e o colo dele parece muito vazio toda vez que você não está sentadinha ali. Isso resulta em vocês preso num ciclo de você cochilando com o rosto enfiando no pescoço do homem, só para ele te acordar nas pausas das partidas e te encher de beijinho gostoso — e isso se repete vezes demais.
E ele até muda do computador pro console quando sente que você ficou desconfortável, assim você pode continuar no colo dele (só que na cama dessa vez) enquanto Nonu apoia o controle na carne fofinha da sua bunda — ele mesmo diz que ama essa posição, é muito mais relaxante jogar assim. A sessão de jogos só é interrompida quando seu rostinho manhoso e sonolento aparece no campo de visão dele, você nem precisa dizer nada, Wonwoo entende que já era hora de parar.
Finalmente você pode puxar seu namoradinho para debaixo do cobertor, mas, curiosamente, vocês não dormem. Ainda que estejam quase caindo de sono — o cansaço acumulado durante a semana pesando os olhos de vocês — se recusam a dormir. Nessas horas a carência bate forte e prende vocês dois numa sessão de chamego lentinha e super gostosa, não chega a ser sexual (afinal ninguém ali tem energia pra isso), mas é tão íntima quanto. Os beijinhos lentos e molhados que vocês compartilham quase te colocam para dormir, estar com Wonwoo é contraditório, ele te acende e te relaxa ao mesmo tempo.
Ficam nessa por um bom tempo, os corpos coladinhos, suspirando contra a boca um do outro até a luz do sol dar sinal pelas frestas, como se dissesse que talvez fosse hora de dormir.
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ofmaldonia · 2 months ago
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(Greta Onieogou, 29 anos, ela/dela) Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é TIANA, da história A PRINCESA E O SAPO! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a GOVERNAR MALDONIA, ADMINISTRAR O TIANA’S PALACE E FAZER DIPLOMACIA… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja ALTRUÍSTA, você é WORKAHOLIC, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: DAR ATENÇÃO AO SEU RESTAURANTE.
headcanons   ﹢   tiana’s palace   ﹢   wanted connections
HEADCANONS
Tiana finalmente consegue dar a devida atenção ao seu tão sonhado restaurante, deixando as obrigações como rainha em segundo plano, haja vista que nem em Maldonia ela está autorizada a pisar. Secretamente, não está sentindo tanta falta da politicagem e começa a se sentir mais como si mesma enquanto está cozinhando.
O Tiana’s Palace faz semanalmente a Noite de Jazz, uma noite com muita música, dança e diversão. Quando ela era mais jovem e dura, não conhecia sair com seus amigos, por isso decidiu dedicar um dia da semana apenas para isso. Ironicamente, ela não conseguiu marcar presença além da noite de estreia da novidade. Mas agora, oportunidade é que não falta.
Como rainha, é notoriamente esforçada — como em tudo o que dispõe a fazer. No entanto, governar não se parece com nada que já tenha feito antes, e todas as responsabilidades desse mundo novo a conduziram a crises de identidade e ansiedade durante o caminho.
Skeleton.
Posicionamento em relação aos perdidos
Ela não está feliz com nada que está acontecendo, muito menos com as mudanças na sua história. No começo desconfiou que os perdidos não eram tão “perdidos” assim quanto se faziam e sabiam, sim, de alguma coisa. No entanto, com os acontecimentos bizarros que vêm acontecendo, ela está convencida de que eles também são vitimas.
TIANA’S PALACE
É um restaurante famoso no reino da Maldonia — conhecido pelo passado da proprietária trabalhadora, que nunca desistiu de honrar os sonhos do pai, e os dela também. Seu interior é uma visão quase fiel de Nova Orleans, com decorações típicas do lugar onde Tiana e Charlotte cresceram. As cores predominantes são verde, dourado e amadeirado. Embora o salão seja espaçoso, os clientes precisam fazer uma reserva para conseguir um lugar devido a alta demanda — durante o horário de almoço o movimento é mais ameno. Além do cardápio tradicionalmente sulista, há um bar em formato de ilha localizado ao norte do restaurante, com todo tipo de cocktail e mocktail sendo preparado pelos melhores baristas do Mundo das Histórias. Subindo para o primeiro andar, o mezanino reserva ainda mais mesas, sendo que duas únicas mesas que dão vista para o salão central pertencem, com exclusividade, à mãe de Tiana e à família de Naveen. As paredes, por sua vez, contam a história da dona. Dezenas de fotografias capturam o carinho que Tiana, Eudora e o pai nutriam um pelo outro, sua amizade precoce com Charlotte e Eli La Bouff, o baile de aniversário de Lottie, o recorte de jornal que anunciava a chegada do príncipe de Maldonia em Nova Orleans… entre várias outras lembranças, incontáveis. É um ambiente que serve para o melhor dos três mundos: família, amigos e amantes. As Noites do Jazz são organizadas toda semana, quando as mesas e cadeiras são afastadas e se toca muita música para todos dançarem ao som do sul — mãe e filho, melhores amigas, namorados —, embora a proprietária não esteja presente nestas desde a inauguração do evento. Para além das Noites do Jazz, há, em todas as noites, uma banda ao vivo no restaurante tocando jazz e blues para que os clientes se sintam mais perto de Louisiana.
Contrata-se host, barman, sommelier, banda reserva de jazz (tecladista, trompetista, saxofonista, baterista e cantor).
WANTED CONNECTIONS
Muse A é o conselheiro de Tiana e Naveen que oferece seus conselhos aos governantes de Maldonia sempre que necessário. São mais que aliados — são pessoas de mútua confiança e respeito.
Muse B e Muse C também representam confiança para Tiana, visto que são dois aliados políticos no Mundo das Histórias. Possuem amizade e tratados de parceria que beneficiam ambas as partes.
Talvez a coisa que ela mais gosta de fazer além de cozinhar, é ensinar. Muse D, por motivos a combinar, é um pupilo de Tiana.
Durante a crise conjugal que enfrenta, Muse E tem sido essencial para manter Tiana sã, visto que guarda seus sentimentos à sete chaves, ainda mais agora que é uma figura pública e política. É uma das pessoas que ela mais confia e, basicamente, faria tudo por ela apenas por ouvi-la.
Que Tiana é uma mulher que prioriza o trabalho em detrimento da companhia dos amigos, é uma história tão velha quanto o tempo. Porém, isso não freia Muse F de tentar fazê-la sair de seu casulo e fazer coisas que nunca pensou em fazer, especialmente agora que ela está “com tempo” no Reino dos Perdidos.
Muse G tem interesse na tecnologia de Maldonia/Victor Frankenstein, e nada como ter relações importantes para conseguir o que quer. Fez amizade com a carismática governante a pretexto de conseguir algo maior que poder político.
Com os boatos da crise conjugal na boca do povo, Muse H aproveitou a oportunidade para tentar chamar Tiana para sair. Mesmo que ela negue esses boatos e todas as investidas, uma parte de si fica imaginando cenários com Muse começados por “e se…”.
No início do caos, o perdido Muse I se aprochegou de Tiana por acreditar que ela o acolheria em meio toda aquela confusão, mas a reação dela foi a mais avessa o possível. Manteve distância, discutiu, acusou-o de ser manipulador, cínico, e que ele e a “laia dele” eram culpados por tudo de ruim que estava acontecendo ao seu mundo. Muse nunca a perdoou, mesmo depois dela ter tentado se reconciliar (importante dizer que ela não pediu desculpas, apenas justificou suas atitudes).
Semelhantemente ao anterior, a mesma coisa aconteceu com Muse J, mas este a perdoou pela forma que o tratou. Inconscientemente, Tiana tenta recompensá-lo por tudo o que disse e está quase sempre o mimando.
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stand1ngn3xtou · 2 months ago
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| and all at once, you are the one
— player! yuki ishikawa × OC
— gênero: fluff, sugestivo, um pouco de angst
— conteúdo/avisos: galerinha menor de 16 anos, vamos passando por favor! Os diálogos que estão em itálico são em inglês.
— word count: 7,5K
— nota da autora: pense numa luta de escrever algo sobre esse homem. Um baú pela fé! Mas acredito eu que tenha ficado bom e condizente com o que vejo da personalidade dele!
Yuki P.O.V
Um barulho estridente entra pelos meus ouvidos, e mal preciso raciocinar pra saber que é o despertador me avisando que era hora de levantar. Não tive dificuldades de sair da cama, já que consegui dormir bem. Bom, melhor que esses últimos dias com certeza. Ohei no relógio e marcava 7:30hs e resolvi dar início ao meu dia, já que teria jogo hoje. Abri as cortinas e dei de cara com o dia limpo, brilhante e fresco, logo no começo do dia, o que muito me impressiona, já que essa última semana foram apenas dias nublados e escuros, às vezes chuvosos. E sentia que isso inconscientemente afetava o meu humor.
Os rapazes do time, que mesmo novos no meu ciclo de vida, conseguiam perceber, e Loser falava muito sobre isso pra mim. Como eu parecia abatido, mas não tinha um significado real para isso, mesmo que eu sentisse que tinha algo faltando. Então, resolvi por a culpa nos dias cinzentos. Pode ter sido também o cansaço, ter que me readaptar em um clube novo, num lugar novo na Itália e com as mudanças no meu corpo de novo. Mas nada que impedisse de seguir a minha vida, e foi isso que me propus à fazer. Entrei no chuveiro para lavar rapidamente o corpo, já que iria suar de toda forma no treino e no jogo do fim de tarde de hoje, não perdi muito tempo com isso. Fui fazer a minha comida de sempre para tomar meu café da manhã e pegar meu carro para ir em direção ao centro de treinamento e ginásio do Perugia.
As ruas dessa comuna da Itália são pacíficas. Catedrais bonitas e grandes, cheias de detalhes. A capital da Úmbria parecia sair de um filme, e hoje em específico ela estava florescendo. O clima realmente estava muito agradável, me sentia bem só de olhar os lugares. Estacionei em uma vaga escondida que tinha por dentro, e fui pegar minhas roupas e equipamentos no porta malas do carro. Antes de entrar para a parte que da no vestiário, meu telefone toca com o nome de Ran brilhando na tela. Sorri largo antes de atender.
"Oi carinha! Quanto tempo, quais são as novidades?" enquanto falava com ele pelo celular, cumprimentei todo mundo que estava presente no vestiário e já fui pro meu espaço para colocar a roupa do treino muscular.
"Oi Yuki! Por aqui tá tudo bem, e com você ai?"
"Por aqui tudo na paz!"
"Que ótimo! Bom e de novidades eu tenho algumas sim... Inclusive, você já está no centro do Perugia?"
"Sim, porque?"
"Porque, Melissa veio me encontrar no Japão, e nós vamos para a Itália, inclusive já estamos aqui, e resolvemos assistir o jogo do Perugia. Estamos nós dois e algumas amigas dela. Vieram fazer uma viagem de garotas pela Europa."
"Você tá falando sério? Vocês estão aqui?" minha felicidade era tão genuína que mal percebi que tinha colocado a camisa ao contrário enquanto falava com ele no viva-voz.
"Estamos sim senhor! Melissa tá com saudade de você também, assim como eu. Depois do jogo a gente pode sair pra comer ou algo assim, afinal de contas as meninas estão conosco também."
"Elas foram pro Japão com Melissa? Pra conhecer você?" coloquei fones conectado no celular pra poder continuar falando com Takahashi e não incomodar ninguém, enquanto seguia para a academia.
"Não, elas estão em Roma à alguns dias, Melissa veio sozinha pro Japão, fazer uma surpresa pra mim e voamos juntos para a Itália, e falei com Loser e ele conseguiu ingresso para nós três."
"Três? Eu achei que tinha mais gente." me senti confuso com o número.
"E tem, é Melissa e mais três amigas, mas duas delas resolveram sair para aproveitar Roma pela noite, e apenas ela e sua outra amiga vão para o jogo."
"Então tudo bem, eu vou pedir pra deixarem a entrada de vocês três reservada para área VIP, vai ser melhor da gente se encontrar quando acabar o jogo, e assim que tiver chegando me manda uma mensagem."
"Pode deixar capitão, até mais tarde!" sua voz tinha um fundo de sorriso, e me fez sorrir também.
"Até mais tarde garoto." desliguei a chamada com um sorriso enorme no rosto. Ran fazia falta, seria bom rever ele, e também sua namorada.
Com os fones já conectados, coloquei uma playlist aleatória pra tocar enquanto seguia com os exercícios, tinha muito o que fazer. Perto de 12hs o almoço estava liberado no refeitório e o time todo foi comer. Sentei na mesa com Loser e mais outros jogadores, enquanto pegava algo leve mas proteico para comer. Ficamos lá por vários minutos conversando sobre o jogo da tarde de hoje, e assim que terminamos de comer, fui falar com o supervisor do ginásio para informar da chegada de Ran, e logo em seguida, segui o resto do time para a quadra onde iniciariámos o último treino antes da partida.
* - - ⓨ - - *
Estava se ajeitando os últimos toques para o jogo ter início. Todo mundo estava trocado e se alongando um pouco no vestiário. Jogaremos contra o Padova hoje, um time repleto de atletas excepcionais, mas não importa como fosse, nosso time tem toda capacidade de ganhar. Ao entrar na quadra para começarmos à aquecer, já estava quase cheia as arquibancadas. Me posicionei, depois de cumprimentar alguns fãs, - os quais sou sempre muito grato pelo apoio, - para começar a me alongar. Enquanto fazia isso, tentava procurar Ran com os olhos ao redor do ginásio. Ele havia me mandando mensagem à pouco mais de 20 minutos dizendo que estava perto do ginásio já. Ao que parece, ele percebeu que eu estava à sua procura e levantou o braço na área VIP pra acenar pra mim, e Melissa fez o mesmo. Retribui com um sorriso.
Assim que ele acenou pra mim, olhei um pouco pro lado e vi a moça que estava junto deles, acredito ser a amiga de Melissa que ele falou, mas no momento, ela era apenas um imã para meus olhos. Por não ter contato comigo, ou parecer apenas impressionada pelo nosso ginásio, não participou das saudações, mesmo com um sorriso enorme no rosto o tempo todo. Nada disso me importou sendo sincero. Estava vidrado no rosto dela. Não parecia ser tão mais velha que Melissa, então tentei desfocar minha atenção um pouco, já que ela era pouco mais nova que Ran, e provavelmente ela era uma criança pra mim com meus 29 anos.
Ao me dar conta do meu pensamento, ri incrédulo comigo mesmo. Sou um pateta não é? Nem conheço a menina, já estou fazendo suposições porque achei ela bonita. Já fui melhor, sinceramente. Parecia que não via uma mulher à séculos (mesmo que faça realmente um tempinho desde a última vez que me relacionei com uma), estava agindo como um irracional, sem o menor cabimento. Voltei o meu foco para o que importava, o jogo. A rodada de aquecimento de ambos os times terminou, e o jogo enfim, tinha início.
Cada saque, cada recepção, cada ponto, era uma adrenalina fervente que passeava pelo meu corpo, uma corrente elétrica que me deixava acordado, hoje mais do que antes. Não foi uma partida fácil, 3x1 para nosso time mas ainda assim com placares passando de 25 pontos em todos os sets. Não podia negar que sentia certa falta do Milano, mas me entrosar assim com o pessoal do Perugia era incrível, e ter mais uma vitória contada pra gente, era mais do que incrível. Agradecemos ao público, tiramos algumas fotos e demos alguns autógrafos e o técnico fez uma pequena reunião antes de liberar a gente. Teríamos dois dias de folga por causa do jogo de hoje, mas a quadra de treinamento está sempre aberta pra todos. Por ter mais conhecimento e intimidade com Agus, e agora, morando no mesmo complexo que ele, sempre saímos juntos do ginásio. Mas como hoje Ran está por aqui, convidei ele pra vir jantar conosco, mas o mesmo recusou, dizendo que ia se encontrar com uma garota que conheceu em uma das suas caminhadas. Vi Takahashi se aproximar da gente e nos cumprimentar, e falei que só ia tomar um banho pra gente poder sair, ele concordou e ficou falando com Agus.
Resolvi não prestar atenção na moça que acompanhava o casal pra não perder o foco novamente, apenas segui em direção ao banheiro e tomei meu banho, completo e demorado dessa vez. Separei uma roupa versátil e leve pra vestir, uma que normalmente uso, sapatos e uma camisa branca, larga e uma calça jeans preta. Peguei uma jaqueta preta pra colocar por cima, pois imaginei que estivesse frio. Assim que estava terminando, Ran me avisou que estava me esperando no estacionamento. Coloquei meu perfume e arrumei minhas bolsas pra colocar no meu carro e fui encontrar eles. Ran tinha seu braço em volta de Melissa, enquanto o casal falava com a moça, e agora, não tinha mais como escapar.
Me aproximando mais conseguia perceber o quão bonita ela realmente era. Usava um vestido branco de lã, com uma bota comprida, a roupa toda desenhava bem seu corpo, que era muito bonito também. Tinha cabelos longos e ondulados que estavam presos pela metade, davam um ar jovial para ela. Parecia ser alta, pelo menos um pouco mais que Melissa. Meu companheiro de seleção percebeu minha aproximação e me cumprimentou de novo, assim como a namorada, que fazia bastante tempo que eu não via.
"Yuki! Ai quanto tempo! Como você está?"
"Oi pequenininha, estou bem! E vocês como estão?" ainda tinha seus braços envolvidos em mim enquanto nos falávamos.
"Estamos bem grandão. Olha, acho que o Ran já te informou sobre a situação, queria muito que minhas outras amigas tivessem vindo mas elas preferem badalar a vida, pelo menos consegui arrastar uma. Yuki, deixa eu te apresentar a que sobrou, essa é Helena. Helena, esse é nosso amigo, e parceiro de equipe do Ran, capitão do time japonês, Yuki Ishikawa." ela fez uma apresentação como se eu fosse a pessoa mais importante do país, ri um pouco da formalidade mas agradeci. Helena esticou sua mão pra mim, e eu prontamente peguei. Era quente. Delicada.
"Olá Helena, é um prazer conhecê-la." me prontifiquei em ser educado, e valeu à pena pelo sorriso que recebi.
"Olá Yuki, o prazer é todo meu. É uma honra finalmente te conhecer." tá, uau, okay. Sua voz parecia mel, e parecia derreter meus ouvidos e arrepiar meus pelos quando disse meu nome. Queria escutar de novo.
Combinamos de ir para um restaurante pequeno e local, onde a comida era muito boa. Fomos no meu carro, já que eles resolveram ficar em um local perto do ginásio para melhorar a locomoção. As moças foram atrás, ao que parece eram do mesmo país e amigas à algum tempo, desde que Melissa começou a trabalhar na FUNAI, as outras amigas eram primas de Helena, e irmãs gêmeas. Resolvemos ficar na parte aberta do restaurante, que era ventilado e bem iluminado, com uma decoração arborizada. Era um ambiente aconchegante e relaxante. Enquanto comíamos, os assuntos eram variados, e acabei descobrindo várias coisas sobre Helena nesse meio tempo. Ela resolveu fazer uma viagem com as amigas pra saber qual lugar iria condicionar o seu intercâmbio acadêmico de medicina veterinária. A moça de 24 anos (perto de fazer 25) disse que sempre foi apaixonada por animais e queria dedicar sua vida pra isso. Aparentemente tinha gostado da Itália, e não posso negar que me animei em ouvir isso. Ela gostaria, que se possível, fazer a faculdade e já começar a atuar na área aqui, estava tendo algumas aulas de italiano para facilitar o processo também.
"Bom, se a sua ideia é aprender italiano, o Yuki pode dar ótimas aulas, já que ele aprendeu praticamente sozinho o idioma e fala muito bem!" Ran falava com a cara mais limpa que eu já tinha visto. O rubor no meu rosto era aparente, e acredito que Helena tenha percebido, pois achou graça e riu fraco.
"Ele está exagerando, não é assim..." tentei desconversar.
"Bom, ao que parece você realmente fala bem o idioma, e eu estou aceitando qualquer tipo de ajuda! Então, se tiver como dar as aulas, eu aceito." eu não estava esperando por isso então fiquei meio sem graça, mas tinha amado a ideia com certeza. "Estou brincando, não vou ocupar seu tempo dessa forma."
"Ah não se preocupe, eu não iria me opor de qualquer forma." tentei ser o mais sutil possível, mas ela percebeu minhas intenções de alguma forma.
O decorrer do jantar, com a sobremesa, foi muito agradável. Como estava dirigindo e jogando também, não quis beber, só as meninas tomaram algumas taças de champagne, mas resolveram seguir a gente nas bebidas sem álcool. Deixamos o carro perto de uma rua, e resolvemos caminhar um pouco para espairecer o jantar. Melissa e Helena resolveram ficar atrás vendo todos os detalhes da cidadela, enquanto eu e Ran íamos na frente para falarmos e nos atualizarmos um do outro. Na época de clube eu sentia uma falta enorme dos meus companheiros de seleção, e depois das Olimpíadas de Paris com a nossa derrota, e alguns membros deixando a seleção, a gente apenas se uniu mais. Melissa chamou nossa atenção dizendo que pegaria um algodão doce pra ela, e nós resolvemos esperar. Helena ficou acompanhando a amiga, e tirei um tempo pra prestar atenção na garota. Ainda estava embasbacado com a beleza dela, me sentia sem jeito mesmo só olhando pra ela, e sendo sincero, queria tentar ficar à sós com ela, mas não sabia como iniciar.
"Que cara é essa Yuki?" Ran parecia ter percebido os mil pensamentos correndo na minha cabeça, e resolvi ser sincero.
"Ai cara, não sei. Eu me senti muito atraído por ela, mas não sei como agir. Faz muito tempo desde que me relacionei com alguma mulher pra ter algum tipo de conversa ou algo assim. Geralmente as que eu fico é só alguns beijos ou coisa do tipo. Não tenho muito tempo ou disposição, você sabe."
"Eu entendo Yuki, mas olha, pelo pouco que falei com Helena, ela é uma garota super incrível, não é difícil falar com ela ou fazer um assunto. Ela não parece se opor à ficar com você caso vocês conversem um pouco. Eu e Melissa podemos deixar vocês à sós um pouco. Mas eu sei que sua principal dúvida nisso tudo é pelo fato dela ser um pouco mais nova que você. Não é?" me senti surpreso em como eu não tinha falado nada sobre aquilo e ainda assim ele havia percebido.
"Eu entendi isso quando vi você se segurar em algumas coisas que você falava, tentando não soar muito assertivo ou coisa do tipo. Tentando não ser invasivo demais, andando em casca de ovos. Ela não se importa com isso Yuki, se deixa levar. Fica tranquilo, seja você. Caso não role nada, pelo menos você ganhou mais uma amiga." ambas se aproximaram de nós novamente e Ran me deu mais um toque antes de voltar pra sua namorada e me deixar à sós com Helena.
Andamos lado à lado por um tempo em silêncio, até que resolvi quebrar o gelo, levando em conta o que Ran tinha me dito, e que tinha certa razão. Não iria perder nada se não ficássemos juntos por um momento, mas eu tinha algo à ganhar, tendo alguma relação ou não com ela.
"O que você tá achando da cidade até agora? E da viagem também." deixei meu tom de voz ameno, pra não assustar ela e nem chamar atenção do casal.
"É de longe uma das cidades mais lindas que eu vi nessa viagem. É muito aconchegante, parece uma vila antiga bem estruturada. E as construções são belíssimas. Quero ver se tenho tempo de dar uma volta nas galerias e museus que tem aqui."
"Olha se quiser, eu posso te levar neles. Fazer um mini tour pela cidade talvez? Ran e Melissa iriam conosco." dei a ideia, mas não queria que fossem de verdade, fiz só pra deixar ela confortável.
"Além de professor em horas vagas, você também é guia turístico? Tá saindo melhor que a encomenda viu senhor Ishikawa..." ri um pouco do seu comentário.
"Bom, depois de morar tanto tempo na Itália a gente acaba desenvolvendo uma ou outra habilidade, mesmo que eu já seja velho pra isso." vi ela parar no caminho pelo canto do olho, e virei confuso pra ela. Melissa e Ran se afastavam de nós um pouco. "O que foi?"
"Você ai se chamando de velho. Tá maluco Yuki? Você ta na flor da idade, é super jovem, inclusive parece ser ainda mais jovem do que é. Sua idade não é um problema. E você não é nada de velho. Uma pessoa velha não faz metade do que vi você fazer em quadra hoje. Para com isso hein? Um homem lindo, elegante, determinado como você me dizendo que é velho. Cada uma." achei graça da sua indignação. Voltamos a caminhar.
"Bom, obrigada Helena. Mas é que eu realmente me sinto assim, tanto pelo meu modo de viver e por passar tanto tempo sozinho também. Em minha profissão eu não posso ir até meus 40, mesmo querendo se eu pudesse. Quero me estabelecer e construir uma vida com alguém, mas na minha idade não é tão fácil. Tenho quase 30 já." tentei fazer ela entender meu ponto de vista, mas ela parecia determinada em me fazer pensar o contrário. Agarrou meu pulso e me parou à sua frente. Nossos olhos ficaram quase da mesmo altura por conta de seu salto e à vendo tão de perto assim, quase perdi o fôlego.
"Nem começa. O modo como você vive não é culpa sua de forma alguma. É o jeito que você escolheu viver pra consegui se sair bem naquilo que você tanto ama fazer que é jogar. E olha, sinceramente, vendo você em quadra, e fora dela, me perdoe, mas pretendente não falta. Sei que pra construirmos uma família é bom que seja alguém ideal pra isso, pois é um passo grande que se dá na vida." cada palavra que saia de sua boca era verdade, e me senti hipnotizado pela forma como era firme em dizê-las.
"Você é um homem incrível Yuki, pelo pouco que conheci de você hoje. É íntegro e muito responsável. Super focado e muito resiliente, além é claro de ser muito bonito e atraente. Mas você precisa se soltar mais. Não dá pra pensar em ter uma pretendente sem ao menos tentar conhecer alguma, por mais corrida que sua vida seja, não precisa beber ou algo assim, só sair, conhecer pessoas novas. Tenho certeza que logo menos você vai ter tudo aquilo que deseja." quis beijá-la. Agarrar ela ali no meio da rua e consumir ela, até onde pudesse ir. Quis encher ela com meu gosto e ser invadido pelo seu. E infelizmente não consegui segurar, minha boca foi mais rápida que minha cabeça.
"No momento, o que estou desejando é você." vi ela se espantar com meu comentário, mas não pude me importar menos. Tinha meus olhos vidrados em sua boca, minhas mãos agindo por conta própria e querendo tocá-la. Ela olhou para os lados como se buscasse alguma coisa, e antes que pudesse pensar, suas mãos me puxaram pela nuca e nos beijamos.
Me senti fraquejar, perder a força das pernas e da mente. Uma nuvem se apossou dos meus pensamentos e nela só sentia o gosto do seu beijo. Por ser maior que ela, suaa mãos pareciam se perder no meu cabelo e ombros. Para me manter de pé, agarrei sua cintura, como se fosse a coisa responsável para me dar forças e me manter ali. Quis puxá-la pra mais perto, mas caso fosse possível ela se fundiria à mim, já que não havia espaço suficiente pra nós dois. Não ali, ou lugar algum. Com o fôlego cessando, ia diminuindo o ritmo frenético do beijo, enquanto ela acariciava minha nuca e os cabelos ali, e a outra fazia um carinho em meu peito. Nos separamos como se estivéssemos em êxtase, nossos corpos arrepiados e entregues. Me sentia flutuar, absorto da sensação de ter sua boca contra a minha, não sabia pensar em mais nada. Preciso beijá-la de novo.
"Acho que o casal foi embora, deixaram a gente aqui."
"Que bom, pelo menos não atrapalham a gente." ela me deu um tapa leve no peito, me repreendendo e ri. "Já que eles nos deixaram aqui, você gostaria de ir pra minha casa? É perto daqui. Podemos tomar alguma coisa, aproveitar o resto da noite." não sabia negar minhas intenções, não queria.
"Você sabe que é uma proposta tentadora? Como fui abandonada aqui na rua com um belo rapaz, acho que terei que aceitar." sua fala era baixa, sedutora e mordaz. Seus dedos passeavam pelo meu peito enquanto sua voz desenhava melodias no meu interior. Peguei sua mão e guiei ela pra onde o carro estava.
Parei em alguma loja de conveniência para comprar uma bebida leve para nós dois e alguns petiscos também. A ida até meu apartamento foi rápida, e chegando lá, vi uma mensagem de Ran.
"Eu e Melissa resolvemos continuar a caminhada à sós já que vocês pareciam estar se entendendo bem. Espero que tenha deixado de vergonha e feito algo! Aproveita a noite com ela, que eu vou aproveitar com a minha namorada. Até mais!"
Ri da sua mensagem mas mentalmente agradeci. Deixei o carro na minha vaga do estacionamento do prédio, cumprimentei o porteiro e subi com Helena para minha casa. Enquanto esperávamos o elevador subir, ficamos trocando algumas carícias, toques leves e olhares pesados. Se não tivesse tanta paciência já teria agarrado ela bem aqui, mas não queria ser desrespeitoso e resolvi esperar. O elevador chegou, algumas outras pessoas entraram também, falei com todas e nos posicionamos no fundo da caixa de metal. Provocava ela tocando em sua cintura, beijando sua têmpora, ajeitando seu cabelo, e sentia sua respiração pesar. Sorria satisfeito com o que causei.
O caminho até minha porta foi silencioso, deixei que ela entrasse primeiro no meu apartamento e acendi as luzes. Tirei meus sapatos e fechei a porta, enquanto percebi ela analisar cada cantinho da minha sala. Deixei ela olhando tudo enquanto colocava o que comprei na cozinha, e assim que voltei ela estava encostada na parte de trás do sofá, admirado algumas fotos que tinha na parede. Cheguei perto dela de forma sutil, peguei sua mão e depositei um beijo no dorso, fui subindo. Passei pela extensão do braço até chegar ao ombro, coloquei seu cabelo de lado e a mesma deixou o pescoço cair pro lado, me dando mais acesso à pele exposta. Seu corpo parecia pegar fogo ao meu toque, do mesmo jeito que eu me encontrava com o seu. Tinha um cheiro bom de lavanda espalhada por ela, e enquanto depositava beijos e algumas mordidas esporádicas na pele do pescoço, sua mão puxou minha camisa e fez ficar de frente pra si. Olhei pra ela por cima, querendo captar cada detalhe antes de me afundar no mel dos seus lábios.
Com ela escorada no sofá e eu pressionando o seu corpo pra perto do meu, deixamos nossas bocas comunicarem o desejo que compartilhavam entre si. Íamos acelerando, diminuindo, respirando e fazendo tudo de novo. Me sentia preso nas carícias dela, como se tivesse uma força gravitacional me colocando fora de órbita dos meus sentidos e da minha noção. Pedi pra ela sentar e escolher algo pra gente assistir enquanto pegava algumas coisas pra gente saborear e passar o tempo (além das nossas bocas). O vinho que comprei tinha uma porcentagem bem pequena de álcool, era quase um suco de uva natural, já que não costumo e nem posso beber muito. Nos servi e me sentei ao seu lado.
Com o passar do tempo enquanto íamos revezando entre ver o filme, beliscar algo, e nos beijar, resolvi tirar minha jaqueta, pois estava sentindo a temperatura esquentar, provavelmente pelo aquecedor. Depois que coloquei ela no cabide da sala e voltei pro sofá, senti o olhar de Helena me penetrar, analisando e reparando em cada detalhe que podia ser visto do meu corpo, e pela primeira vez na noite, fiquei tímido. Conseguia sentir minhas bochechas esquentarem ao ponto de saber que estavam vermelhas, e quase não consegui manter contato visual com ela.
"O que foi? Tudo bem?" tentei não parecer patético, não funcionou.
"Tudo ótimo... Melhor que nunca." sua resposta foi direta, e sem rodeios para achar outra coisa.
De repente me senti acanhado de estar próximo dela. Obviamente não à trouxe pro meu apartamento com intenção puramente sexuais, óbvio que se rolasse eu não iria me opor. Mas agora pensando nisso, e nela, e toda a situação que passa na minha mente, começo a ficar nervoso, e não acho que tenha sido discreto sobre isso, pois ela percebeu.
"O que foi gatinho? Você parece tenso." suas mãos alisavam meus braços e ficava em um conflito enorme entre perder a cabeça ou manter a compostura.
"Ah, não é nada, acredito que seja o cansaço do dia batendo no corpo agora. Só isso!" quis passar confiança no que dizia, e acredito que convenci ela.
"Ai nossa eu imagino. O jogo foi super puxado e você ainda veio acompanhar a gente depois, deve estar todo dolorido. Quer que eu te faça uma massagem?" me virei pra ela quando proferiu a frase e dei de cara com seus olhos brilhantes. Ia recusar, mas ela ofereceu de tão bom grado que não faz mal.
"Não quero que se incomde com isso... Mas eu adoraria." ela negou o incômodo com um sorriso fatal pra mim, e percebi. Deveria ter dito que não. Acabei de cavar minha cova.
Com um pedido de licença, ela se posicionou calmamente sob meu colo, ficando na metade da minhas coxas que estavam fechadas, com uma perna sua de cada lado. Enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo alto e aquecia as mãos, tentava manter minha respiração controlada, assim como minhas mãos, que queriam voar pra cintura dela. Seu corpo depositava um leve peso sob mim e quis pegá-la no colo no mesmo instante que suas mãos foram pros meus ombros. Estavam quentes e escorregadias, mas eram firmes e habilidosas. Mesmo que não estivesse tão tenso assim, ela conseguiu relaxar meu corpo ainda mais, tanto que fiz tudo no automático.
Apoiando ela mais pra cima das minhas pernas, foi automático. Aplicando uma leve pressão com apertos em sua cintura macia, foi automático. Minha cabeça indo pra trás, meus olhos revirando, e um som quase que ridículo saindo pelo fundo da minha garganta, foi super automático. Infelizmente, a reação que tive quando senti ela beijar a extensão do meu pescoço também foi automática, mas não tive a intenção. Apenas acordei do meu devaneio e percebi o que estava acontecendo.
"Helena, calma. Desculpa. Eu acho que me precipitei um pouco. Me perdoa se toquei em você de alguma forma que-"
"Yuki, tá tudo bem. Se eu não quisesse que você tocasse em mim, eu teria afastado sua mão." ela tentava me certificar alisando meu peitoral e ombros ainda por cima da blusa, mas isso só fez tudo embaralhar mais minha cabeça.
"Sim, não. Quer dizer, não. Eu não sei se você se sentiria confortável comigo fazendo isso, e eu só fiz..." tentava colocar um pensamento coerente pra fora mas eles pareciam presos.
"Eu não estou desconfortável, com toda certeza. Eu ofereci a massagem porque vi você tenso. O que aconteceu durante ela não tem nada de errado, ou tem pra você?" inclinou a cabeça pro lado, confusa.
"Não, não é isso! É que, eu tive medo de você pensar algo errado ou algo assim, achar que eu estava me aproveitando de você!"
"Ishikawa, você pode ter certeza que de errado eu já pensei várias coisas e todas pareceram certas pra mim, e eu não negaria de ter você se aproveitando de mim. Se eu não parei, é porque eu quis, e porque eu vi que você reagiu bem com meus carinhos. Ou estou errada?" meu corpo ofegante e vermelho não me deixava nem mentir.
"Não, muito pelo contrário, é só que. Pensei ter passado do ponto agindo dessa forma quando você apenas me ofereceu uma massagem, mesmo que eu não reclame dos toques ou qualquer coisa. Mas... Bom, eu sou um pouco mais velho que você, você não está desconfortável com isso?" quando terminei de falar, pensei ver o rosto dela modificar.
Ela me analisava como se tivesse alguma resposta preciosa escondida em mim pra o mais difícil dos enigmas. Lentamente, suas mãos foram de encontro a barra da minha camisa. Gelei. Ela olhou pra mim como se pedisse permissão e eu cedi, não estava com muita força pra negar. Senti o tecido de algodão passar lentamente pela minha cabeça, e assim que ela pousou a peça de roupa no sofá, se mexeu no meu colo até ficar basicamente no pé da minha barriga, o mais perto que conseguia chegar na posição que estávamos, e em seguida, segurou meu rosto com suas duas mãos e me fez focar em seus olhos. E foi o que fiz.
"Eu vou deixar bem claro pra não surgir dúvidas e questionamentos nessa sua cabecinha de novo então me escute com atenção. Se eu me importasse com a sua idade, eu não teria trocado meia dúzia de palavras com você. Eu não teria beijado você na rua. Eu não teria deixado você me trazer pra sua casa. Não teria me arrepiado cada vez que suas mãos passam pelo meu corpo, ou seus braços fortes me envolvem. Não teria subido no seu colo com a desculpa de fazer uma massagem idiota quando tudo que eu mais quero no momento é ter cada pedacinho seu em contato comigo." estava sem fôlego. Sem rumo. Sem noção. Mas ela continuou.
"Sua idade é a coisa que menos importa pra mim e pensei ter deixado claro o suficiente quando estávamos conversando naquela rua. Você não deixa de ser um cara maravilhoso porque é 5 anos mais velho que eu. Eu não poderia me importar menos com isso. Agora, se isso é um problema tão grande pra você, a nossa diferença de idade, eu entenderei e ficarei na minha. Mas se só for uma insegurança sua, uma dúvida impertinente, eu vou beijar você, e tocar você, até ela se dissipar da sua cabeça, entendido? Se sua idade importasse pra mim, eu não estaria implorando mentalmente pra ser sua." fiquei cego, tonto. Maluco.
À puxei com tanta força pra mim que pensei ter machucado ela de certa forma, mas o que doía mais era só a vontade de consumir cada mínimo pedaço dela. Levantei com seu corpo envolto do meu, e fui em direção ao meu quarto, enquanto ainda tentava deixar o mínimo de resquício de sanidade passar por mim. Queria colar meu corpo no seu, desenhar ele nas pontas dos meus dedos, aprender cada curva, cada pedaço, cada movimento. Os nossos beijos pareciam insuficientes ali. Quanto mais tinha dela, mais queria ter. Suas mãos e unhas percorriam minhas costas e abdômen, enquanto tentava não me perder beijando cada resquício de pele que encontrava. Falávamos profanidades um para o outro, cada poro de nossos corpos exalando desejo. Queria prender ela ali, na minha cama, na minha casa, na minha vida.
Percebi o quão idiota fui de me segurar ou de pensar que a idade entre a gente seria um problema. Agora sabia que o único problema ali era não ter ela comigo. Queria beijar, tocar, cheirar, desejar cada parte dela por quanto tempo eu pudesse, e nunca seria suficiente. E no decorrer da noite, enquanto o tempo passava sem a gente perceber, me afoguei nela.
* - - ⓨ - - *
Pensei em levantar correndo, sem lembrar onde estava, mas recordei que hoje era meu dia de folga e resolvi relaxar novamente. Pelo horário e do sol que estava lá fora, acreditei já passar das 8hs da manhã. Tentei me revirar na cama, pronto pra pra levantar e fazer minha rotina da manhã, mas tinha um peso impedindo que eu o fizesse. Olhei para baixo e vi Helena agarrada em meu corpo como um coala, seus braços envolviam minha cintura e suas pernas estavam jogadas na minha. Não sabia como ela não sentia calor, com seu vestido e meia calça ainda no corpo. Lembro de não passarmos de beijos e toques quentes ontem, por ser muito cedo ainda, mas o que fizemos, aproveitamos bem. Tinha um sorriso aberto no rosto, meu coração batendo forte e meu peito quente, pensando no que passamos ontem.
Tentei retirar ela de mim de forma leve, para não acordar seu sono e fui me arrumar. Estava sem camisa ainda, e com várias marcas por todo meu dorso, pra sempre me relembrar da noite passada. Tomei um banho rápido e me troquei para comprar algumas coisas numa conveniência próxima pro café da manhã. O meu seria o mesmo de sempre, mas gostaria que ela tivesse um diferente. Lavei minhas mãos e comecei à preparar o café, até meu telefone tocar. Ran me ligava, então resolvi deixar no viva voz pra não perder tempo.
"Bom dia bonitão, isso é hora de acordar?" seu tom de voz era alegre, e já me fez abrir um sorriso enorme.
"É meu dia de folga cara, deixa eu ter um pouquinho de paz."
"Eu imagino a paz que você teve. Gostaria de saber onde está a amiga da minha amada, você não sumiu com ela não né?" ri da pergunta, o que se passa na cabeça desse garoto?
"Ainda não! Estou planejando alimentá-la e depois sair sem rumo e derrubar o carro no precipício. O que acha da ideia?" meu tom sarcástico era forte, mas a conversa toda era muito engraçada pra mim.
"Alimente bem pra ela não se perder de barriga vazia." concordei rindo. "Mas falando sério agora, o que houve? Ela está contigo?"
"Está sim. Depois que vocês se afastaram da gente ontem, resolvi tomar uma atitude. E tudo que aconteceu foi muito no calor do momento, e agora que ela tá dormindo aqui e eu fazendo o café, to entrando em parafuso em pensar que vou encarar ela agora." meu rosto esquentou só de pensar nisso, e ao que parece o universo não quis deixar isso passar, pois senti seus braços envolverem minha cintura, e num leve susto me despedi de Ran, e me virei pra vê-la.
"Bom dia Yuki." sua voz sonolenta me fez ficar bobo. Como queria que toda manhã fosse assim...
"Bom dia linda. Dormiu bem?" acariciava seus cabelos com minha mão limpa, e a outra deixei fechada com meu braço em sua cintura.
"Muito bem, tinha um ursão de pelúcia me fazendo compainha." seu comentário fofo e arrastado me derreteu e me inclinei pra beijá-la novamente, mas ela recuou. "Nem pensar! Acabei de acordar e não escovei os dentes. Não mesmo senhor." fiz bico mas não retruquei, deixei ela subir pra se higienizar e se organizar, e a chamei para comermos juntos.
"O que planeja fazer hoje? Tenho o dia de folga, e posso ser completamente seu pelo resto do dia." perguntei para trazer algum assunto pra mesa, mas me arrependi da forma que falei quando vi seu olhar brincalhão pra mim, balançando as sobrancelhas.
"É mesmo? Bom é uma notícia ótima. Eu estava querendo conhecer algumas cidades pela redondeza, pensei em fazer isso com Melissa, mas a viagem tomou um rumo diferente, e como só tenho até hoje aqui, quero tentar por em prática." não pude deixar de notar o aperto que surgiu no meu peito quando ela falou em ir embora, mas não quero focar nisso agora.
"Bom, não seja por isso, chama os dois, e a gente se organiza e vai pra alguma." ela concordou e assim que terminamos de comer, falamos com os pombinhos.
O local escolhido foi Ancona. Como é um local litorâneo, deixei Helena no apartamento que ela está com Melissa para pegarem o necessário e fui com Ran comprar algumas coisas para usar na viagem. Enquanto nos falávamos decidimos ir para praia de Monte Conero que ficava na comuna italiana. O clima estava agradável, e como era uma viagem de mais de 1 hora, decidimos sair logo para aproveitar o clima. O caminho todo foi recheado de risadas, boa música e muito papo. Todos nos divertimos e agradeci mentalmente pela virada que minha vida teve nesses dois últimos dias. Jamais imaginei estar vivendo isso, tão inesperado, não é do meu feitio, mas Helena me faz querer viver, aproveitar cada momento que me é dado. Não vou negar e dizer que não gostaria de passar o dia de hoje inteiramente com ela, mas não nos conhecíamos. Éramos de certa forma estranhos um para o outro, e o foco principal dela com essa viagem não acredito que tenha sido se envolver com alguém, e sim aproveitar com a amiga. Eu só iria embarcar junto.
Penso no absurdo disso tudo que está acontecendo. Eu de todas as pessoas estou falando sobre ficar com alguém e ter ela por muito tempo comigo depois de um dia apenas. É carência, só pode ser. Passei boa parte do caminho pensando nisso, mas de nada adiantava, já que não mudaria o fato de que estava sentindo tudo isso. A última vez que namorei, foi pouco tempo depois de entrar na seleção japonesa, gostei muito dela, mas não o suficiente pra continuar. Não foi o suficiente pra ela. Sempre me dizia que o vôlei tinha muito mais de mim do que ela jamais teria, e resolveu terminar. E quando ela terminou, percebi que talvez ela estivesse certa. Doeu na época, mas não o suficiente pra pensar em correr atrás dela, pois tinha campeonatos mais importante para me preocupar do que apenas um término. E foi ali que nunca mais me relacionei sério com ninguém, fui nomeado capitão da seleção, e fiz minha vida na Itália, me relacionei com um mulher ou outra, mas meu tempo e dedicação era voltado somente para o vôlei, e não tinha como mudar isso mais. Refiz minha vida inteiramente pra isso, cada passo dado, cada caminho escolhido, foi única e exclusivamente pra chegar onde cheguei hoje, e não me arrependo de nada.
Mas de uns tempos pra cá, vendo todos meus amigos tendo filhos, se casando, construindo uma vida além da carreira, enquanto eu faço o contrário, construo uma carreira além da minha vida, e isso começa a pesar de certa forma, pois quero encontrar um equilíbrio para os dois, só acho que já esteja tarde para começar. Quero me provar enganado. Tenho medo de ter construído uma rotina que se torna tão intrínseca em mim, que não consiga sair mais, e caso tente, tudo desmorone. No meio dos meus devaneios, percebo que chegamos ao local que resolvemos passar o dia. Estacionei o carro perto da praia, que por ser uma segunda-feira, estava vazia e nos dirigimos para a areia quente. Não iríamos tomar banho, pois não trouxemos roupas para tal, mas resolvemos aproveitar o dia para jogar um pouco e relaxar ao sol, não que eu seja o maior fã da bola de ar quente sob nossas cabeças, mas o dia hoje pedia.
Espalhamos nossas coisas sob a manta que trouxemos, e as meninas já se animaram para jogar um pouco de toque, enquanto eu e Ran arrumávamos os comes e bebes que compramos. Ficamos vendo elas jogar enquanto conversávamos para passar o tempo.
"Onde você está?" Ran me pergunta genuíno, sentando ao meu lado enquanto come uma barra de proteína e me entrega outra, agradeço.
"Onde eu estou? Aqui, oras."
"Você está em vários locais, menos aqui Yuki. De uma meia hora pra cá, até chegarmos aqui, você se calou e sumiu. O que houve?" não conseguia entender o quão bem ele conseguia captar essas coisas.
"São pensamentos, coisas rondando minha cabeça, dúvidas. Quero tentar me manter no lugar."
"Mas esse lugar que você quer se manter, é bom? Te faz bem?" fiquei sem resposta imediata pra pergunta.
"Acho que sim, sempre me fez."
"Então, o que mudou? O que está acontecendo? Pode falar comigo capitão, nada aqui é segredo." agradeci mentalmente pelo apoio dele. Era realmente um menino especial.
"Eu não sei... Não sei Ran, sendo o mais sincero que posso. No caminho pra cá me peguei pensando na minha ex, do Japão, e tudo só veio desenrolando e agora está tudo embaralhado. São tantas coisas que mal consigo pensar."
"Essas questões tem a ver com Helena? O momento de vocês ontem não foi bom? Não se deram bem?"
"Quem me dera fosse isso, foi justamente o contrário. Enquanto estávamos na rua ainda, e depois que chegamos no meu apartamento, conversei com ela, e expressei minha insegurança em relação à nossa diferença de idade. E ela foi tão segura, tão certa, tão racional que me peguei pensando, o quanto mais eu posso perder da minha vida?" ele me escutava com atenção, concordando vez ou outra. "Não me arrependo de nada que fiz até aqui, de tudo que dediquei e sacrifiquei pelo meu sucesso, que é algo que tenho muito orgulho, e não quero que mude. Refazer toda minha rotina e todo trabalho que tive, mas até quando eu continuo com isso? Quero me casar, ter filhos, quero que eles me vejam jogar e que possa ter o respeito deles e a admiração também. Mas pra isso, tenho que me relacionar com alguém, como faço isso? Como faço pra funcionar? Tenho que deixar a pessoa entrar na minha vida e me ver por mim mesmo, cada mísero detalhe que sigo à risca à mais de 10 anos, e tenho que ser recíproco. Sem isso não tem como funcionar."
"E o seu receio é justamente por causa de querer fazer isso com ela?"
"Eu não sei. Nos conhecemos tem pouco mais de um dia, não posso simplesmente dizer que quero casar e ter filhos com ela e trazer ela pra o meu mundo sem ao menos conhecê-la. Mas me rasga por dentro a insistência que meu coração está tendo de fraquejar por ela. Isso não tem cabimento pra mim Ran, não tem. Eu não posso me propôr à ter um relacionamento com alguém sem saber se vai dar certo."
"Mas a magia de uma relação é essa Yuki. Não a incerteza de não saber o que pode acontecer, mas todo dia ter mais uma chance de fazer durar. Eu não estou dizendo pra você fazer uma loucura e casar com ela, ou que ela seja a pessoa certa pra isso, mas você não pode mais negar que tudo abalou no momento que você começou a sentir algo, e se deixou levar por isso. Rotinas se renovam e hábitos mudam Ishikawa. Não deixe de dar uma chance de sentir algo por ela, não deixe seu medo falar por você aquilo que o seu coração está sendo calado à força. Ninguém começa uma relação pensando em como vai acabar, não pense na sua como um fim, mas um recomeço. Dedique a mesma força e coragem que você tem no vôlei, para o amor. Uma hora, isso tudo pode acabar, sua carreira pode ser algo passageiro, sua vida e realizações não serão. Eu nunca vi você se render pra nada em sua vida, não se renda pra sua felicidade também." estava digerindo, tudo aquilo.
Minha cabeça e corpo e alma são devotas 100% do meu tempo para me dedicar ao esporte que tanto amo, que mudou minha vida, e me deu uma razão. O vôlei é e sempre será o meu primeiro amor. O mais genuíno. Construi uma vida com ele, venci batalhas internas e me superei junto dele. Quando voávamos, voamos juntos, e quando caíamos, caímos juntos. Sempre fiz questão de dar o meu melhor pra tudo em volta dele. Mudar meu corpo, alimentação, rotina, minha vida. E acabei mudando tanto que me mudei no processo pra alcançar o topo, e esqueci que as pessoas que nos levam até ele, vão permanecer se a gente despencar. Olhando aqui para os três, se divertindo, aproveitando, sorrindo e principalmente, se amando, me dei conta que minha felicidade não é segundo plano na minha vida e que o vôlei já tem seu espaço nela, só preciso preparar o espaço para colocar mais uma nova felicidade, a eterna.
Com o coração acelerado, minhas mãos suando, corpo arrepiado e trêmulo, meus sentidos estavam aguçados, me aproximei deles. As nuvens que estavam nublando minha visão se abriram, e deram espaço um sol lindo e brilhante, com um sorriso acolhedor e olhos cintilantes. Senti uma adrenalina fervente que passeava pelo meu corpo, uma corrente elétrica que me deixava acordado, hoje mais do que antes, agora mais do que nunca. Fui procurar então, um novo motivo pra minha felicidade.
"Posso me juntar à vocês?" encarava Helena enquanto falava isso, e o sorriso que se abriu no rosto dela, desapareceu com toda e qualquer dúvida que tivesse. Nunca fugi de me arriscar. Agora, o que estava em jogo, era minha alegria, e esse eu jamais me perdoaria se perdesse. Helena estendeu sua mão pra mim, como um convite.
"Sempre." tomei, e fui. Começar mais um capítulo na minha vida.
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Bom, está aqui mais uma fic dos meninos da seleção japonesa. Até o momento, esse foi o mais complicado de fazer. Ran é um livro aberto na minha visão, enquanto o Yuki está guardado à sete chaves, e por não conhecer ele (e na verdade, nenhum outro) peço desculpas se a personalidade dele estiver tão diferente, mas afinal de contas, é apenas uma história fictícia. Espero que tenham gostado da leitura, e até breve!
Novamente, aqui estão os visuais e como visualizo os personagens, mas eles ficam à critério de vocês também!
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A roupa do Yuki para o jantar, e o restaurante, eu vejo assim:
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klimtjardin · 1 year ago
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Tentando Engravidar
Parte 3
OT23
{isso é ficção!; romance; fluffy; cenário doméstico; casamento; gravidez}
Jungwoo
É encantado pela ideia de ser pai. Onde lê-se encantado não significa, porém, que ele deseja que ocorra tão cedo. Todas as vezes em que você o sugere, Jungwoo sente-se assombrado. Ele sabe que não tem ideia de como se cuida de um bebê e acha que mesmo estudando sobre, irá se sair mal. Talvez ele tenha absorvido comentários sobre ser dependente demais, no entanto, jura para si mesmo que vai mudar, porque quer ser melhor por você e pelo seu futuro juntos. Quando completam cinco anos de casados, você é capaz de reconhecer todas as mudanças de Jungwoo desde o início do seu relacionamento. O quanto a admiração dele por você o fez mudar, querer ser mais como você - mais responsável, mais inteligente, mais dedicado. A experiência também é uma boa amiga. Um belo dia, ele mesmo te procura para terem a conversa:
— Me sinto pronto para assumir essa responsabilidade, a de formar uma família com você.
Sua resposta não pode ser outra senão positiva. Tudo está estável em sua vida, por mais que algumas tribulações surjam -, mas está na hora. Sete meses depois da decisão, são agraciados pelo seu desejo.
Lucas
Não tem muita ideia da responsabilidade que é criar alguém. Ele gosta de crianças, sim, mas quando as vê chorar não consegue evitar um arrepio. "E se fosse eu? E se eu tivesse que fazer parar?" Fica sobrecarregado só de pensar, ainda mais quando vocês dois fazem dois anos de namoro. Ele sabe que se não te pedir em casamento existe uma grande chance de tudo acabar, e ele não quer te perder. Você mencionou querer ter filhos uma vez, em uma conversa banal. Lucas te aborda a respeito do assunto, também em uma conversa cotidiana; têm seus olhos o dobro do tamanho normal. Depois disso, nem consegue pensar como reuniu coragem para perguntar se você gostaria de ter filhos com ele. Meses depois, Lucas te pede em casamento e tão logo trocam as alianças. O bebê vem meses depois, rápido assim. Depois de tantas histórias acreditavam que seria bem mais difícil, mas não foi.
Mark
Ao aceitar se casar com Mark, sabe que ele é um homem de valores tradicionais. Ter filhos não é novidade alguma em seus planos, nem mesmo em suas cotidianas conversas - na verdade, é o maior motivo pelo qual se uniram em um só. Entretanto, você percebe que Mark não tem um grande brilho no olhar, como te mencionaram que teria, ao falar de filhos. Confessa que criou também uma expectativa em torno do tema, e toda a vez que passam por uma loja infantil, aponta para alguma peça ou objeto dando a entender que ficaria lindo no quartinho do seu bebê. Mark sempre concorda com um sorriso tímido. Decide o abordar a respeito do assunto - o silêncio de seu marido a corrói por dentro, ao passo em que o tempo voa sem nunca terem a bendita conversa. Diz que se sente pronta para tentar, e ele acorda tranquilamente.
— Mas por que você não parece feliz? — Quer saber.
— É que eu nunca pensei sobre ser pai, apesar de saber que esse momento chegaria. Quero dizer... Eu quero, mas não sei se existe um momento em que vou me sentir pronto. Ou talvez, só não seja incrível, entende? Algo bom, mas não incrível.
Você se sente melhor após a conversa porque percebe que Mark é sincero. O que não sabem é que o destino tem tudo em suas mãos, e nunca imaginariam que naquele momento você já carregaria o fruto consigo. Duas semanas depois, após sintomas estranhos - porém compatíveis com uma gravidez - você tem a confirmação. Mark reage da mesma forma que você imagina: pacificamente. Ao passo em que sua barriga cresce o percebe cada vez mais ansioso, e no fim das contas, ele se demonstra um paciente e cuidadoso pai.
Xiaojun
Casar com Xiaojun foi exatamente como imagina que um conto de fadas seja. Ele se preocupou com todos os detalhes tanto quanto você, fez questão de averiguar que tudo sairia como nos sonhos de vocês e deu razão até para as suas exigências mais bobas. Ter filhos está nos planos, mas ele jamais fez pressão alguma em relação a isso. Inclusive, refreava os apressadinhos de praxe que perguntavam "para quando é o bebê?". Ele sabe que o primeiro ano do casamento sempre é o mais intenso, por todas as coisas das quais vocês devem abrir mão e acostumar-se sobre o outro. Mas assim que essa intensidade passa, em uma noite tranquila em que fazem um jantar juntos, ele sente o coração palpitar ao questionar:
— Eu acho que- acho que podíamos tentar... Como posso dizer isso? Engravidar? O que você acha?
Você sorri, é óbvio. Não poderia concordar mais. Tentam por um tempo sem êxito, mas você só consegue engravidar dois anos depois.
Hendery
Mesmo que planejado, Hendery leva um choque. Você e seu marido, casados há três anos, eram tentantes há pelo menos dois. É óbvio que o resultado não é surpreendente, mas para Hendery sim. Ele mesmo viu tantos testes negativos que acreditou serem incapazes disso. Ele acolheu você, suas lágrimas, as próprias. Desistiram por um tempo, tentaram de novo, até que aconteceu. Você está grávida, e apesar do pânico, que ele tenta acalmar ao pensar que ainda têm nove meses de preparação, ele está feliz.
Renjun
Seu namorado sempre meditou na ideia de criar alguém. Alguém para quem ele passaria seus valores adiante; isso era, de fato, o que mais lhe importava. Renjun gostava da ideia de ser "chefe de família". A pessoa a quem alguém recorreria quando tivesse alguma dificuldade. Quando fizeram um ano de namoro, ele te pediu em casamento, numa cerimônia cuja qual levou um grande tempo planejando e pensando nos detalhes. Deixou elucidado, ali, que queria formar uma família. Logo que casaram e na lua de mel, era tudo sobre o que conseguia falar: "filhos, filhos, filhos", "nossa casa" e "nossos filhos". Levaram seis meses até o resultado positivo.
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bcnvivant · 12 days ago
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com @calymuses (maryland) na pista de dança do baile das sombras
nikhil havia perdido as contas dos apertos de mãos e acenos casuais oferecidos ao chegar no sortilégio da ganância; de quantos olhos observara com certo desinteresse e de quantas mãos beijara, desejando, em realidade, ver, ouvir e beijar maryland. as duas últimas semanas foram cheias de uma certa permuta--- inspiracional entre ambos, para se dizer no mínimo. o vampiro tinha aprendido bastante sobre a musicista e a feito descobrir algumas coisas sobre si em troca justa: mais do que certas companhias de décadas poderiam dizer, naquele caso. claro que as informações eram supérfluas e casuais, mas dessa vez, ele não se reservava em retribuí-las genuinamente entre outras coisas mais. em meio a momentos roubados nos camarins e olhares significativos, a presença dos cabelos de tons rosados (que ele não imaginara ver tão cedo após o primeiro encontro) começava a ganhar destaque crescente em seus interesses. de repente, nikhil pegava-se aguardando a chegada de maryland momentos antes ao início dos ensaios, desviando o olhar vez ou outra para os portais de madeira do teatro... ansiando. ele deveria se controlar, era o que dizia a si naquele monólogo interno que poderia ruminar ad eternum--- algo que logo percebera ser inútil, pois se pegava repetindo o comportamento ali no sortilégio da ganância. de novo, ansiando. após desvencilhar-se de mais uma conversa desestimulante para poder continuar a busca em outros cantos, algo como sorte ou travessura do destino resolveu interceder em seus planos, pois mandara a pequena figura diretamente em rota de colisão. "maryland... sempre tão apressada. desse modo pode acabar se esbarrando em algo perigoso." os dedos ágeis estabilizaram os braços com um toque sutil, mas não deixaram a pele alheia após a certeza do equilíbrio. a destra tomou a dela, erguendo-a na altura dos lábios para um breve cumprimento, logo indo na direção da lombar para conduzi-la até a borda da pista onde o movimento e barulhos tinham níveis suportáveis. assim, os olhos amendoados de nikhil poderiam apreciar em toda a integridade cada detalhe carregado de novidade. "seu cabelo." ele inclinou-se lentamente para cheirar o sangue que escorria da fantasia alheia, recompondo a postura com um sorriso travesso, provavelmente imaginando o quando saborosa ela ficaria se fosse real. "apenas para ter certeza--- está estonteante hoje, maryland, a fantasia combina com você. e é ótimo lhe ver fora do teatro... quem sabe me dará a honra de dançarmos juntos novamente?"
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little-big-fan · 10 months ago
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Um neném para o Idol. (Jungkook - BTS) Parte 5.
Parte 1. Parte 2. Parte 3. Parte 4.
n/a: Na primeira parte desse imagine, tem um fakechat. O app que eu uso atualizou e eu precisei tirar as mensagens do modo noturno pq estava impossível de ler! Então relevem essa parte haha
Ajuda com os nomes:
Jungkook: Jeon, JK J-hope: Hobi, Hoseok Suga: Yoongi Taehyung: V Namjoon: RM (também chamei ele de "líder" em algumas partes) Jin: Seokjin Jimin: Chamei ele só de Jimin mesmo, mas fiquei com pena de deixar de fora da lista KKKKKKK
Jungkook's pov
Acomodei uma Liz sonolenta nos meus braços. A garotinha apoiava a cabeça em meu peito enquanto os pézinhos descansavam sobre as pernas da mãe. Um filme infantil sobre um cachorro vermelho passava na televisão, mas eu não prestava atenção, passando os dedos pelos cabelos sedosos dela, captando cada uma das expressões que me fizeram falta nas últimas semanas.
— Mamãe. — Ela disse em um bocejo. S\N murmurou um “hum?” — Eu tenho um papai? — A pergunta pegou a nós dois desprevenidos. Ainda não havíamos tocado no assunto novamente. Nos encaramos com os olhos arregalados por um momento, e ela pigarreou antes de olhar para a pequena. 
— Você sabe o que é um papai, filha? 
— É igual uma mamãe, só que menino. — Deu de ombros, sem tirar os olhos da televisão. A explicação inocente me fez sorrir. — Claire me perguntou qual o nome do meu papai hoje, mas eu não sabia. — Explicou. — Ela disse que todas as crianças têm um papai e uma mamãe. 
— Sim… — S/N disse coçando o rosto de forma nervosa. 
— Então onde está o meu? — Virou o rostinho, encarando a mãe. S/N olhou para mim, e eu apenas a encarei de volta. Havia concordado com seus termos e não os quebraria. 
— Você quer um papai, querida? — Perguntei baixo. 
— Quero. — Cruzou os braços, ajeitando sua posição entre nós. 
— O que acha de mim? — Perguntei olhando para o cachorro  ridiculamente vermelho na tv, sem coragem de olhar para ela caso dissesse que não me queria. 
— Você quer ser meu papai? 
— Quero. — Liz subiu em cima de mim, ficando de joelhos sobre as minhas pernas e segurando minhas bochechas com as mãos pequenas. Então virou para a mãe.
— Pode mamãe? Titio JK pode ser meu papai? — Meu coração espancava o pobre do meu peito, batendo tão forte que já começava a me deixar um pouco zonzo. 
— Se você quiser, querida. — O tom embargado em sua voz me dizia que aquele momento também parecia especial para ela. 
Liz virou para mim novamente, abrindo um sorriso que ficaria marcado na minha alma e deixando um beijo molhado na ponta do meu nariz.
— Então agora vou te chamar de papai, tá bom, papai? — Não consegui segurar o impulso que me tomou, apertando-a entre meus braços e beijando todo seu rostinho uma dezena de vezes. Liz ria alto tentando me afastar, mas ao mesmo tempo adorando a interação. 
Parado no fundo da sala, Patrick assistia a cena em silêncio, com os braços cruzados e uma expressão de poucos amigos no rosto. S/N fez menção de levantar quando ele virou as costas, mas eu segurei seu pulso. 
— Me deixa falar com ele. — Pedi. 
Alheia ao assunto, Liz voltou a assistir o filme quando me levantei. Caminhei até o quarto que eu sabia que era o dele e bati na porta.
— Não quero conversar agora, S/N… — Ele mesmo se interrompeu ao me ver. — O que quer? 
— Podemos ter uma conversa? De homem para homem? — O loiro bufou, dando um passo para trás. 
— Fala de uma vez. — Sentou na cama bagunçada. 
— Eu sei que você não está feliz com a situação… — Comecei. 
— Então por que você não faz um favor para todos nós e se manda? — Me interrompeu. — Elas não precisam de você. 
— Eu não vou embora. Liz é minha filha e você precisa aceitar isso. — Declarei. Rindo ele neogu com a cabeça.
— Até quando você acha que vai aguentar brincar de casinha? — Me encarou. — Por enquanto, é tudo novidade. Você só fica com a parte boa. — Acusou. — Você não esteve aqui quando ela ficou doente, ou quando chorou noites inteiras quando os dentes começaram a crescer e…
— Não foi por escolha! — Explodi. — Acha que eu queria ter perdido tudo isso? Acha que não me sinto culpado? — O loiro respirou fundo. — A minha filha tem três anos e hoje foi a primeira vez que ela me chamou de pai. Acha que era isso que eu queria? 
— E o que você quer, Jungkook. 
— Eu quero ela. — Suspirei. — Quero ser presente na vida dela. 
— Ser pai não é tão fácil quanto você pensa. — Debochou. 
— Eu não quero que seja fácil. Eu simplesmente quero ser o pai dela. Quero estar lá para assoprar os machucados, para consertar o primeiro coração quebrado e chorar como um idiota quando ela me disser que tem um namorado. — Suguei o ar com força depois de me atropelar com as palavras. — Eu sou grato por você ter estado presente quando eu não estive. E pelo bem da nossa filha, eu espero que possamos pelo menos nos tolerar. 
— Nossa filha? — Os olhos azuis estavam arregalados, demonstrando que meu argumento o havia desarmado. 
— Eu sei que você também é pai da Liz. E não vou mentir, eu invejo cada um dos momentos que foram seus. Mas, por favor, não me tire os meus. — Patrick respirou fundo. 
— Se você vacilar, eu mato você. — Avisou. 
— Eu sei disso. Mas eu não vou. — Estendi a mão. O outro pai da minha filha a encarou, e com um pouco de relutância, selou a nossa paz. — Quer ver o filme com a gente? 
— Eu já o vi pelo menos umas cinquenta vezes. — Ele negou com a cabeça. — Agora é a sua vez. — Ri com o comentário, virando para voltar para a sala. Mas antes que passasse pela porta ele chamou meu nome. — A S/N também está inclusa. Se vacilar com ela, eu mato você. 
Assenti, mesmo sem entender direito o comentário. Que tipo de namorado dá um aviso desses? 
Voltei para a sala, encontrando a garotinha adormecida, jogada no sofá.
— Como foi? — S/N perguntou tirando os olhos do celular. 
— A paz está selada. — Um sorriso de alívio tomou seu rosto, deixando-a ainda mais bonita. 
— Eu soube que o programa do James vai acabar. — Comentei tomando meu lugar no sofá. — Já conseguiu um novo emprego? 
— Ainda não. — Suspirou. 
— Se precisar de ajuda, eu conheço algumas pessoas do meio. — Ofereci. 
— Obrigada. — Sorriu. — Vou pensar com carinho. 
Deixei um beijinho nos cabelos da minha filha e me despedi da mãe dela. Voltando para o quarto de hotel que vinha sendo a minha casa toda vez que voltava para a cidade, fiz uma chamada de grupo com os meus amigos, que comemoraram alto quando contei sobre os meus avanços com Liz. 
Sorrindo como um idiota, tive a primeira noite de sono tranquila em semanas, realmente descansando. 
Menos de uma semana depois, tive que me despedir de novo da minha pequena chorosa. A rotina de viajar entre os Estados Unidos e a Coreia era cansativa, principalmente precisando esconder da grande maioria das pessoas o motivo de voltar tanto para a terra do dólar. 
Cheguei em casa exausto de mais um dia de gravação, jogando meu corpo cansado sobre a cama. Peguei o celular no bolso da calça de moletom ao senti-lo vibrar.
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Tomei um banho rápido e comi alguma coisa na espera da mensagem que me permitiria contar uma história de ninar para a minha garotinha. 
Peguei a pequena coleção de livros infantis que havia comprado e deixei preparada ao meu lado na cama. Apertei o botão de chamada no mesmo minuto em que S/N notificou. 
— Podemos conversar rapidinho antes da história? — A mulher do outro lado perguntou. 
— Claro, aconteceu algo? — Perguntei já levemente preocupado. 
— Não. — Sorriu. — Eu quero a sua opinião em algo. 
— Pode falar. 
— Eu recebi uma proposta de emprego. 
— Isso é ótimo. — Falei com sinceridade.
 — Em Seul. — Meu coração deu um salto.
— Está falando sério? 
— Estou. 
— O que Patrick acha disso? — Perguntei ignorando minha vontade de implorar que ela aceitasse. 
— Já conversamos sobre o assunto e ele acha uma oportunidade ótima. 
— Eu acho melhor ainda. — Não contive o sorriso. — Vocês três podem ficar comigo até achar um lugar…
— Só vamos Liz e eu. — Ela me interrompeu, causando mais uma arritmia em mim. 
— Patrick não vem? 
— Não. Ele está em um ótimo momento no hospital como cirurgião geral… — Ela olhou para os lados, como se certificasse que ninguém a escutasse. — E eu acho que ele achou um namorado. — Sussurrou. 
— Patrick é gay?! — Gritei, fazendo-a arregalar os olhos. — Desculpa, eu… 
— Sim, ele é. — Disse em meio a uma risada. 
— Eu achei que ele fosse o seu namorado. — Admiti. 
— O quê? Não! Nós somos como irmãos. — Falou como se a ideia fosse absurda. 
Finalmente o comentário em nossa última conversa fez sentido…
— Você e Liz podem ficar aqui, eu tenho muitos quartos vagos…
— Acho melhor não. — Ela disse em uma careta. 
— Por que não? 
— Não quero que a cabecinha dela fique confusa. Liz sabe que somos os pais dela, eu acho que se nós convivermos, ela pode acabar tendo a ideia errada. Também não quero que a nossa presença atrapalhe a sua vida profissional e amorosa.
— Que vida amorosa? — Falei erguendo uma sobrancelha. S/N não sabia, mas, desde que ela aparece em minha frente, meses atrás eu sequer falei direito com outras mulheres. 
— Enfim. — Ela suspirou. — Eu queria a sua ajuda para conseguir um corretor de imóveis. 
— S/N… 
— Essas são as minhas condições. — Falou irredutível. 
— Está bem. — Me rendi. — Eu vou ver com uns conhecidos. 
— Obrigado. — Ela sorriu mais uma vez. — Aqui. — Falou abaixando o telefone, e então a imagem de Liz preencheu a tela. — Papai!
As semanas que se seguiram foram ainda mais atarefadas. Mesmo sabendo que S/N não queria morar na mesma casa que eu, achei que seria no mínimo normal ter um quarto pronto para receber a minha filha. Escolhendo eu mesmo a decoração com todos os elementos que eu sabia que ela adorava. 
Mesmo com a minha insistência em voltar aos Estados Unidos para ajudá-la com a viagem,S/N se mostrou irredutível, listando todos os motivos do quão perigoso seria se alguém descobrisse a identidade de Liz antes da hora. 
Fiz questão de esperar as duas no estacionamento do aeroporto, depois de longas horas sem contato. 
Abri a porta da van de vidros escuros, recebendo minha filha com um abraço apertado. 
— Como foi a viagem? — Perguntei, mesmo vendo em sua aparência cansada que não havia sido fácil. 
— Tranquila. — Forçou um sorriso que eu não comprei. Era uma viagem longa, e com uma criança pequena deveria ser ainda mais difícil. 
— Vamos para o apartamento? — Perguntei quando um dos seguranças terminou de guardar a bagagem das duas.
— Na verdade… — S/N disse pegando o celular na bolsa. — Houve um problema com a tubulação, então vamos passar algumas noites nesse hotel. — Estendeu o aparelho com o endereço, que eu sequer me dei o trabalho de checar.
— De jeito nenhum, vocês ficam comigo.
— Jeon…
— Não, S/N. A minha filha e a mãe dela não vão ficar em um hotel sabe-se lá por quanto tempo. — Falei deixando um carinho na bochecha vermelha da garotinha. — Eu aceitei as suas condições, agora você aceita as minhas. 
— Só por alguns dias. — Ergueu o indicador. 
— Tudo bem. — Concordei. 
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deathpoiscn · 3 months ago
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//. Dado os inúmeros acontecimentos com o Josh, achei melhor organizar uma timeline para ajudar quem está perdido a compreender melhor o que anda acontecendo com a mente do Coringa. Claro que alguns POV serão postados citando ocorridos no passado e incluídos aqui futuramente, coisa que acabei atrasando por um problema no pulso e isso com certeza gerou mais duvida ainda no desenvolvimento do Josh não é mais o vilãozinho do inicio. Vem aí nosso anti herói.
Já havia completado 8 anos que Josh tnha abandonado o acampamento depois do ocorrido na guerra de Gaia. No mundo mortal, viveu pulando de cidade em cidade, até mesmo de país em país, realizando missões em nome de seu pai. Foi quando tornou-se um Ceifador e até recebeu treinamento diretamente do próprio Deus. Não foram anos fáceis, mas diante do crime cometido, acatou e aceitou tudo como punição. Quando recebeu o chamado de Dionísio, sua primeira opção foi recusar mesmo ciente dos perigos que enfrentaria, mas Thanatos ordenou que retornasse para o acampamento meio sangue. Deixando-o em opção.
Desde sua chegada evitou colaborar com qualquer coisa, pouco se importando com a profecia, se um cão infernal estava a solta ou se um campista tinha morrido. Seu rancor por tudo o que sofreu ali ainda era grande, fazendo-o agir de forma imatura por puro ego. E sempre que era possível, agia de má fé apenas para alimentar todas as acusações que sofreu, levando alguns campistas a considerarem algum envolvimento com os acontecimentos.
Seus hábitos noturnos não são nenhuma novidade, sempre foi comum vê-lo vagando pelo acampamento até mesmo depois do toque de recolher. Entre um passeio ou outro, ousou se aproximar da fenda ignorando qualquer pedido para ficarem longe mesmo com a barreira criada pelos filhos da magia. Diante da teimosia e ousadia, pegou-se compartilhando a mente com as vozes que saiam daquele abismo e o perseguiam por onde ia. No inicio foi confuso, elas só repetiam uma única frase e isso o levou a suspeitar que fosse algo relacionado aos crimes do passado. ( POV pt 1. )
Seus dias seguiam acompanhados pelas vozes que, após duas semanas, se tornaram mais agressivas e incomodas, chegando a atrapalhar definitivamente o sono de Josh. Foi então que passou a sofrer com insônias e, em muitos casos, passava dias sem dormir ou tirar um único cochilo. Foi então que passou a ouvir uma segunda parte do enigma e a compreender melhor o que estava acontecendo ali. E por incomodo que fosse aquela falatório constante em sua mente, ainda era divertido observar os campistas enlouquecendo em busca de respostas. ( POV pt 2. )
Sua ordem finalmente veio, mas a situação não era tão animadora. Ele precisa encontrar um artefato perdido, mas quando questionou qual seria, a resposta foi desanimadora. Desde então tem passado boa parte do tempo enfiado na biblioteca em busca de pistas que o ajudassem a achar o paradeiro da Espada de Atena.
Apesar das aparecerias e do constante envolvimento em confusões, Josh nunca deixou de se importar, ele apenas não aceitava admitir que, apesar de tudo, o acampamento era a única casa que ele tinha. Com as vozes se tornando mais agressivas e constantes, sempre cobrando o objeto que tanto desejavam, a mente fragilizada acabou cedendo a algumas manipulações. O que explica e muito o temperamento explosivo e agressivo. Nem todas as ações de Josh são feitas porque ele quer, todas são contra a sua vontade.
A prova de que Josh não é tão ruim quanto diz ou aparente ser, foi sua missão junto de Kit e Charlie. A principio aceitou colaborar com o acampamento visando encontrar respostas em relação ao artefato que procurava, mas diante de tanto cansaço e pensamentos destrutivo, Josh deu sua vida para salvar os outros dois. Na hora de explodir a Forja clandestina, colocou todo o seu poder a prova em uma tentativa descarada de suicídio. Não queria ser visto como herói, apenas acabar com o próprio sofrimento. ( Jogo completo. )
Graças ao poder de Charlie e o de Kit, ficou levado as pressas para o acampamento onde ficou 20 dias em coma. Podemos dizer que foram os 20 dias mais bem dormidos de sua vida depois de alguns meses como um zumbi. Quando finalmente acordou, tratou de fugir da enfermaria e se esconder novamente na floresta. Dessa vez não se escondia porque queria aumentar as desconfianças para o seu lado, mas sim porque a manipulação cresceu ao nível de travar uma luta interna todos os dias. Ele não queria ceder e muito menos deixá-las controlar seu corpo. Ele passa cada minuto ouvindo acusações e mentiras com base nos seus maiores medos, diante da resistência, seu cansaço mental é incalculável.
Quando o Drakon atacou o acampamento, Josh estava com Love, ele a procurou no desespero após sentir que algo ruim aconteceria. Sua intenção era proteger a filha de Tique. ( Jogo completo. )
Ainda no ataque do Drakon, Josh ajudou os campistas na luta contra a enorme criatura, mas o conflito maior foi com as vozes que gritavam e ordenavam que ele ajudasse o monstro. Assim que sentiu que seria manipulado e perderia aquela briga interna, correu em direção a floresta. ( POV Drakon. )
Com suas amigas provocando o tempo inteiro, seu temperamento tornou-se ainda mais instável, ainda sim continua resistindo a manipulação que vem sofrendo para provar definitivamente que ele não é nunca foi o que falaram de si. Especialmente o que elas dizem. Seu desespero foi tão grande que apelou para o roubo de uma poção feita para acabar com as vozes. Não tinha coragem, na verdade não conseguia encarar Quíron ainda e falar a respeito do que vinha sofrendo. Quem o ajudou nesse roubou foi Bee, após uma conversa franca dos dois no baile. ( Jogo completo. )
Com a morte de Flynn no Baile, sua reação explosiva e exagerada foi dada a junção do luto, culpa e manipulação que sofria. Chegou a acusar Elói pela morte do irmão, em parte não errou o culpado, mas foi Natália quem acabou sofrendo o pior. Em um encontro na floresta, a conversa nada amigável terminou com Josh apagando a filha de Hécate. ( POV + Jogo completo. )
Depois do ocorrido com Natália, Josh acabou procurando Quíron e contando o que vinha acontecendo. Revelando pela primeira vez ao centauro que ouvia as vozes e, para ajudar, a poção não surgiu efeito como esperado. Como era a última alternativa que tinham, nada pode ser feito. No entanto, essa revelação ajudou a compreenderem melhor as ações de Josh, sendo elas, em sua maioria, manipuladas pelo desconhecido. Durante a conversa, foi franco pela primeira vez depois de anos ao confessar que buscava por uma redenção e, com ela, seu antigo cargo de conselheiro de volta. Foi então que sua luta interna tornou-se pior, para mostrar que havia mudado, foi necessário provar com atitudes que ainda possuía capacidade e maturidade o suficiente para não agir mais como um garotinho birrento. Foi aqui que Quíron passou a observá-lo de perto antes de dar uma segunda chance a Josh. ( Será feito um POV detalhando melhor o ocorrido. )
E dada a tentativa de silenciar elas, as vozes voltaram com uma agressividade ainda maior, tornando impossível pensar ou raciocinar direito com tamanho barulho. Dormir já não era mais possível, sempre que cochila é devido ao próprio esgotamento do corpo por estar constantemente lutando para manter o controle. ( Será incluído aqui um POV a respeito em breve. )
Sua busca pelo artefato continua, é algo que ele não consegue esquecer uma vez que as vozes não deixam. Para ajudar, desde que recebeu sua ordem, nos poucos momentos em que consegue dormir, Josh sonha sempre com a mesma coisa: Uma coruja e a Casa Grande. Os sonhos não entregam mais nenhuma informação, mas em uma de suas visitas a biblioteca ele esbarra com Lucian. Seus desenhos retratam uma visão que teve, nos desenhos feitos pelo filho de Apolo, é possível ver a mesma coruja de seus sonhos. É aqui que ele fará a ligação. ( Jogo em andamento + futuro POV sobre os sonhos. )
Quando sofreram o ataque na madrugada e ficaram presos naquela ilusão, Josh vivenciou o seu pior medo. Com base no que viu, decidiu definitivamente que faria a coisa certa. Foi doloroso para o filho de Thanatos ouvir e ainda ver as pessoas que lhe importava mortas por culpa do seu egoísmo. Passou dias recluso buscando se recuperar. ( POV do ataque. )
Quando Elói foi revelado traidor, Josh estava com Love no chalé da semideusa, foi esperado uma reação explosiva, mas ao contrário disso, ele apenas ignorou tudo o que ouvi na tentativa de ser manipulado para atacar o filho de Afrodite e se manteve com a filha de Tique pelo resto da noite.
Com o cargo de conselheiro, Josh enfrentou alguns problemas com Darcy, sua irmã, que não conseguiu compreender de inicio sua mudança. Josh, além de amadurecer, buscou ser racional e evitar que suas emoções contribuíssem ainda mais com a manipulação que sofria diariamente. O modo como vem agindo foi o meio que encontrou para evitar ceder aos desejos da fenda que, em muitos casos, iam além de querer o artefato.
Obs: Ainda tenho que postar alguns POV que vão facilitar ainda mais a compreensão do que anda acontecendo e principalmente de como está o desenvolvimento principal dele com a Central. Será feito, conforme meu tempo, um HC explicando todo o amadurecimento do Josh desde o seu retorno, aqui na timeline só resumi o que anda acontecendo com o bichinho. E tudo ainda está sujeito a alteração se eu me lembrar de algo que ficou faltando!
+ Bônus de leitura: Family tree.
Ultima atualização: 05.08.24
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sunshyni · 1 year ago
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E esse moletom aí?
Mark Lee ⨯ Você Gênero: fluffy (novidade pra quem? KKKK) Contagem de palavras: 930 Notas: tô completamente obcecada pelo Steven em “O verão que mudou minha vida” então nessa aqui o Mark estuda medicina em Princeton, dane-se KKKK Além disso fiquei inspirada com umas palestras que tive sobre meio ambiente e tals, o que explica toda essa temática ecológica. Avisos: só coloquei esse tópico pra falar que essa one contém Chenle boom era, porque até hoje eu não consegui superar o cabelo laranjinha desse homem. Vaca-preta é coca-cola com sorvete de baunilha (eu não fazia ideia que isso tinha um nome específico KKKK). Ivy league é aquela associação das universidades daora. Menções a “Harry Potter”. Boa leitura, docinhos! 🩷
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Todo mundo denominava você e Mark de casal “eco-friendly”, isso porque você conseguiu iluminar a consciência do estudante de Princeton com o discurso de que os seres humanos estão arruinando o planeta Terra com seus hábitos consumistas desenfreados, “Vamos morrer em 2050 sem a chance de desfrutarmos nossa velhice juntos, e sabe por quê?” Você dizia eloquente, numa lanchonete da década de 60 que servia a boa e velha vaca-preta, bebida na qual você mantinha uma relação de amabilidade. Mark te contemplava extasiado, se questionando como diabos um bobão feito ele conseguira entrar para uma universidade da ivy league, quando na verdade você deveria estar ocupando o lugar dele com toda sua genialidade, “Porque escovamos os dentes com escovas de plástico e não de bambu?” É claro que ele se relembrava do demorado diálogo que vocês tiveram sobre quantas escovas de dentes “descartamos” ao longo da vida, haja vista que o recomendado é trocá-las a cada três meses, “Certamente, isso é algo que contribui” Seus olhos cintilavam de entusiasmo, contente com o fato de que o futuro médico guardava qualquer detalhe das infindas conversas que vocês tinham, “Mas é principalmente porque isso aqui vai virar um grande geoide quente de merda por causa do aquecimento global e...”
A questão era que você acreditava fielmente que micro ações poderiam transformar o mundo e conservá-lo como um lugar habitável para além dos seus aniversários de cinquenta anos, era por isso que você se encontrava no dormitório do seu namorado numa manhã de sábado ensolarado, recolhendo algumas peças de roupa de Mark que poderiam ser adicionadas a caixa de papelão, na qual lia-se “Para doação” escrito com caneta permanente.
— Nem vem, não tenho nada para doar — Zhong Chenle, colega de quarto de Mark, tirou a atenção do livro que estava lendo – uma edição especial de Harry Potter e o cálice de fogo – fixando os olhos em você.
— Você tá com essa mesma camiseta branca puída faz uma semana — Mark apontou, fazendo com que Chenle até então estirado na sua cama de solteiro, se sentasse para proteger a dignidade da sua camisa surrada que já havia passado da hora de se transformar num pano de chão ou de se desfazer, assumindo a forma de cinzas, sim, a situação da pobre coitada era tão debilitada que Mark e você estavam pensando seriamente numa cremação.
— Tá se achando o Harry Potter? — Indagou você, num tom bem-humorado enquanto Mark te cumprimentava com um beijo suave em seus lábios, um tanto úmido devido a máscara labial que ele acabara de utilizar.
— Acho que ele tá mais pra Rony — Comentou Mark, abraçando sua cintura, descansando o queixo sobre o ombro alheio. Chenle com seus cabelos muito mais ruivos do que os de Ron Weasley, de um laranja acentuado que se destacava na multidão de fios castanhos que era a instituição, revirou os olhos sorrindo.
— Então você pode doar os suéteres de natal, Chenle — Você propôs, balançando levemente seus corpos para a direita e para a esquerda.
— Tô fora — Disse Chenle, se levantando sem se esquecer de carregar o precioso livro consigo — Vejo vocês na lanchonete mais tarde. Não toquem em hipótese alguma nas minhas coisas, muito menos nos meus funkos.
Tão logo Chenle deixou o ambiente, Mark começou a bisbilhotar a caixa que você havia trazido que já continha algumas peças antigas suas, você estava tagarelando sobre como precisamos nos desenvencilhar de algumas coisas de tempos em tempos para passá-las para outras pessoas carentes, quando o Lee soltou um gritinho, o que te fez parar de passar os dedos pelos cabides do guarda-roupa abruptamente.
— Você não pode doar esse — Choramingou, puxando da caixa um moletom verde desbotado, mas ainda em bom estado, diferentemente da camisa de Chenle — Você tava usando esse moletom monstruoso quando eu te beijei pela primeira vez.
— Tava é? — Questionou, se aproximando dele novamente, segurando a roupa com as duas mãos e a arremessando na cama mais próxima, a do ruivinho ratinho de biblioteca — Acho que eu posso salvar essa.
— Melhor assim — Mark pousou os dedos sobre suas bochechas, unindo as bocas num beijo terno e preguiçoso que poderia facilmente perdurar para todo sempre, com direito a sorrisinhos apaixonados e a mordidinhas no lábio inferior.
— E esse moletom aí? — Seu namorado não tardou a identificar sua intenção quando suas mãos começaram a soerguer a barra do moletom canguru também verde, dessa vez musgo, diferente do seu que inicialmente ostentava uma coloração exagerada.
— Acho que eu não preciso dele — Afirmou o Lee, se livrando do agasalho, descartando-o na cama de Rony feito você instantes antes, tornando evidente a camisa preta de rosas que ele vestia por baixo e bagunçando sua cabeleira escura. Você o tocou por debaixo do tecido, sentindo o abdômen contrair suavemente com o contato da sua pele fria — Acho que eu não preciso da calça jeans também, não foi você que disse que o jeans dura pra caralho? Eu já tenho o suficiente.
— Sem dúvidas — Você aquiesceu, um sorriso curvando-lhe os lábios.
— Por acaso… — Ele deliberou por um tempo ao passo que você mirava os olhos castanhos e graúdos. Você sabia que Mark iria deixar escapar alguma sentença vergonhosa porque ele massageou a nuca ligeiramente tímido — Será que eles aceitam roupa íntima também?
Você gargalhou nos braços dele, incapaz de conter a risada com uma frase daquelas, envolvendo-lhe o pescoço com os braços segredou um “Idiota” e o beijou, a fim de acrescentar aquelas peças na caixa de doação, e além disso Mark estava planejando mesmo estudar anatomia humana naquele final de semana.
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