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#La Jangada
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Don’t you hate it when you’re wrestling electric eels on the bottom of the Amazon River when the bloated corpse of your archenemy is dislodged by the cannonfire of a passing ship causing it to rise straight up through the water column like a soul ascending into Heaven?
Illustration by Benett from La Jangada (Eight Hundred Leagues on the Amazon), by Jules Verne, 1881.
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libriaco · 24 days
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Pensando a se stessi pensanti
Certi nostri pensieri sono così, servono solo a occupare, precedendoli, il posto di altri che ci darebbero molto più da pensare.
J. Saramago, [A jangada de pedra, 1986], La zattera di pietra, Milano, Feltrinelli, 2010 [Trad. R. Desti]
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inutilidadeaflorada · 6 months
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Desatar Pesos Âncoras Coirmãs, Desacelerar Todo o Incidente
Várias vezes eu vivi de desembaraçar fios Desmembrar memórias antes de partir Queimar minhas mitologias frágeis Antecedê-las um sorriso fúnebre
Verter indiscrições em espelhos Remodelar pronomes de tratamento Teu homem constrói deuses do tédio Silêncio, germinaram outro entre a sala de espera
Restos do naufrágio pelo corredor Uma mistura de joias e segredos Resgatadas nas frestas daquele beijo Um novelo de línguas tentando se separar
Abandonou os esqueletos Daquilo que foi atendido como íntimo Outra vez, areias comiam suas pupilas E aranhas marchavam sob sua pele
Recordar é vagar por labirintos Temendo o regresso da besta O seu cheiro é o meu cheiro Sua imagem é um imã em mim
Atraído por um rio de águas turvas Onde cada parte minha foi lavar um pecado A margem e se sujeitar a redenção Eis minha língua, meus olhos e ouvidos úmidos
Vesti o corpo de todos os esquecidos E dancei para aqueles que se esqueceram E me tivera como se fosse uma jangada Na deriva de um mar de personagens
Performando os seus anos de ouro Afogando maldições na baia da cidade Desatando os fios de âncoras Abrigando cada rejeitado em meu peito
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claudiosuenaga · 2 years
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Os 75 anos da Expedição Kon-Tiki: homenagem e tributo a Thor Heyerdahl nos 20 anos de sua morte (parte 6)
Por Claudio Tsuyoshi Suenaga
Olav Heyerdahl (nascido em 1977) cresceu ouvindo as histórias contadas por seu avô Thor Heyerdahl. Quando a Expedição Kon-Tiki estava às vésperas de completar sessenta anos, Olav resolveu ao mesmo tempo homenageá-la e desempenhar seu próprio papel na saga. A maneira que encontrou para fazer isso foi construir uma jangada de madeira de pau-de-balsa da mesma maneira como o seu avô e com ela percorrer o mesmo trajeto da Kon-Tiki.
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Olav Heyerdahl
A Expedição Tangaroa (The Tangaroa Expedition), como foi batizada, em referência ao deus do mar maori Tangaroa, tornou-se possível graças ao apoio financeiro de vários patrocinadores, entre eles Branding Larvik, Skagen Fondene e AGR, além do apoio da Universidade de Bergen, na Noruega, e do auxílio prestado pela Marinha Peruana e pela SIMA (Servicio Industrial de la Marina).
A equipe foi novamente composta por seis homens, sendo quatro noruegueses, um sueco e um peruano: Torgeir Sæverud Higraff (historiador, engenheiro mecânico e líder da expedição), Anders Berg (fotógrafo sueco), Olav Heyerdahl (carpinteiro, engenheiro civil, mergulhador e neto de Thor), Bjarne Krekvik (capitão), Øyvin Lauten (diretor-executivo) e Roberto Sala (ex-oficial da Marinha Peruana e especialista em navegação).
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Os troncos foram cortados assim como antes nas florestas do Equador em novembro de 2004 e selecionados em fevereiro de 2005. Enquanto a Kon-Tiki usou nove troncos (lembrando que o mais longo media 13,70 metros de comprimento), a Tangaroa usou onze, sendo que o mais longo media 16 metros, enquanto os demais 14 metros. Apesar da madeira ser das mais leves, ainda assim os troncos pesavam juntos mais de 20 toneladas.
A construção da balsa Tangaroa começou na primavera de 2006. Como se fez na Kon-Tiki, cordas de cânhamo foram usadas para amarrar os troncos e as vigas transversais sem que fosse preciso apelar para um único prego, parafuso ou fio de arame. A cabine de bambu foi feita desta vez em estrutura reforçada para resistir a ondas gigantes e tempestades. O telhado e as paredes da cabine, bem como o deque, foram cobertos com esteiras de totora vindas de Puno (cidade no sudeste do Peru, às margens do Lago Titicaca).
Em relação à que foi usada na Kon-Tiki, a vela quadrada foi consideravelmente ampliada e aperfeiçoada. Enquanto a predecessora media 4,60 metros de altura por 5,50 metros de largura, a atual media 16 metros de altura por 8 metros de largura, possuía maior aderência e permitia até mesmo que navegassem contra o vento.
As nove pranchas guara medindo 4 metros de comprimento por 50 centímetros de largura podiam ser elevadas ou abaixadas de modo a orientar a balsa na direção desejada, enquanto que as cinco utilizadas na Kon-Tiki (medindo 1,50 metros por 60 centímetros) eram fixas e não podiam ser elevadas ou abaixadas. Na época, Heyerdahl não sabia como usar as guaras para manobrar a balsa. Destarte, sua tripulação estava totalmente à mercê dos ventos. Somente anos mais tarde, em 1953, é que Heyerdahl compreendeu o seu engenhoso mecanismo de funcionamento, que consiste em elevar ou abaixar as pranchas de acordo com as condições específicas do vento para manter a balsa na direção desejada.
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A tripulação da Tangaroa soube aproveitar-se muito bem disso e dispondo de todo o aparato tecnológico do século XXI do qual não abriram mão (GPS, painéis solares, notebooks e aparelhos de dessalinização), reduziu sensivelmente a sua estadia no mar. Enquanto a tripulação da Kon-Tiki lutava diariamente para enviar notícias por meio de um transmissor de ondas curtas, a da Tangaroa atualizava as informações diretamente em seu website.
Na sexta-feira, dia 28 de abril de 2006, a Expedição Tangaroa iniciou sua longa jornada rumo a Polinésia, no mesmo local (Porto de Callao) e na mesma data em que Thor Heyerdahl partiu com a Kon-Tiki em 1947. As muitas bandeiras içadas representavam as nacionalidades dos tripulantes (Noruega, Suécia e Peru), bem como os países participantes da expedição (Equador e Polinésia Francesa), além da Comunidade de Larvik, na Noruega.
Quando a Kon-Tiki estava a meio caminho através do Pacífico, a tripulação pescou uma cavalinha-serpente (Gempylus Serpens), espécie rara de peixe jamais capturada viva. Por uma estranha coincidência, a Expedição Tangaroa capturou uma amostra semelhante, quase nas mesmas coordenadas, 59 anos depois.
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Olav, que também fazia parte da Expedição Plastiki, que procurava chamar a atenção para a saúde dos nossos oceanos, particularmente para a grande quantidade de detritos plásticos, comparou as condições do Pacífico à época da expedição de seu avô com as daquele momento e constatou significativas e tristes mudanças. A Corrente de Humboldt estava repleta de lixo e detritos diversos. Enquanto a tripulação da Kon-Tiki pescava atum às fartas, a da Tangaroa só conseguiu capturar um único atum durante toda a viagem. Pior ainda em relação aos tubarões e as baleias, que costumavam rodear constantemente a Kon-Tiki, enquanto a Tangaroa não chegou a avistar nem um único exemplar deles.
Tangaroa chegou a cobrir em um só dia a distância de mais de 80 milhas náuticas (148 quilômetros), superando o recorde de velocidade da Kon-Tiki. Esta segunda expedição mostrou que a viagem pode ser feita bem mais rapidamente apenas aproveitando melhor as correntes e os ventos por meio de uma vela maior e do uso adequado das pranchas guara.
Assim é que enquanto a Kon-Tiki levou 101 dias para completar a viagem, a Tangaroa foi um mês mais rápida, desembarcando no Atol de Raroia em 8 de julho. A viagem foi feita sem conflitos, situações dramáticas ou incidentes. Os tripulantes disseram que agora eram melhores amigos do que quando haviam iniciado a jornada. Um muito orgulhoso Thor Heyerdahl Jr. saudou seu filho mais novo Olav com estas palavras: “A expedição foi planejada e realizada de uma maneira que superou todas as expectativas, e eu sei que meu pai teria ficado muito orgulhoso se tivesse vivido para ver esta expedição.”
Com imagens de Anders Berg e direção de Havard Jenssen, o documentário A Tangaroa Expedition (Ekspedisionen Tangaroa) foi lançado em DVD em 2007.
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As teorias de Heyerdahl, a despeito de tantos indícios e provas a favor, continuam a ser contestadas, por vezes de forma virulenta, no meios científicos-acadêmicos. Enquanto a noção de migração através do Pacífico já não é um anátema, o da migração cultural transatlântica continua sendo controversa, em parte porque, como é usualmente aceito, as grandes civilizações da América do Sul floresceram muito tempo depois das do Egito e do Oriente Médio. De qualquer forma, suas viagens pelos oceanos o convenceram da unidade essencial da humanidade (“O oceano não nos separa, mas nos une”, disse ele), bem como o de que bem antes dos europeus, antigas culturas do Oriente Médio, do norte da África, da Ásia e da América do Sul já andavam a “civilizar” o mundo espalhando as suas influências nos campos da arquitetura, da astronomia e da religião. E é precisamente isso que pretendo provar navegando com uma réplica de um barco faraônico do Egito ao Brasil.
Inspirado em Heyerdahl, concebi o projeto de construir uma réplica, a mais exata possível, de um navio egípcio empregando materiais semelhantes e obedecendo aos mesmos princípios, técnicas e padrões utilizados pelos antigos egípcios, para com ele partir do Porto de Safaga (nas coordenadas 26º 44 N, 33º 56 E), navegar pelo Mar Vermelho, contornar a costa oriental da África e o Cabo da Boa Esperança, cruzar o Oceano Atlântico e finalmente desembarcar no Porto do Rio de Janeiro (nas coordenadas 22 54’ 23” S, 43 10’ 22” O) ou em algum outro ancoradouro carioca como o Porto de Itaguaí (antigo Porto de Sepetiba, na cidade de Itaguaí), o Porto de Niterói (na Baía de Guanabara, centro da cidade de Niterói), o Porto de Angra dos Reis (na cidade de Angra dos Reis, sul do Rio de Janeiro) ou o Porto do Forno (na extremidade norte da Praia dos Anjos, na cidade de Arraial do Cabo, sudeste do litoral carioca).
Via Cabo da Boa Esperança, a distância de 8.863 milhas náuticas (16.414 quilômetros) entre o Porto de Safaga e o Rio de Janeiro, a uma velocidade média de 5 nós (9,25 km/h), pode ser coberta, sem paradas e salvo complicações, em torno de 74 dias. Como é nossa intenção realizar vários estudos e pesquisas adicionais pelo caminho, calculamos o tempo da viagem em no mínimo 90 e no máximo 150 dias. A jornada seria bastante abreviada caso optássemos pela via do Canal de Suez e do Estreito de Gibraltar, já que a distância se reduziria a 6.646 milhas náuticas (12.308 quilômetros). À mesma velocidade média de 5 nós, o tempo da viagem ficaria em torno de 55 dias. Contudo, como essa rota já foi percorrida pela Expedição Rá II de Thor Heyerdahl em 1970, bem como considerando que as viagens marítimas egípcias se faziam pela rota do Mar Vermelho, preferimos o caminho mais longo. Para efeito de comparação, a distância do Brasil ao Egito via aérea é de 4.375 milhas (7.041 quilômetros). Um voo comercial normal entre o Brasil e o Egito leva em torno de 8 horas e 45 minutos, a uma velocidade média de 434 nós (805 km/h).
Tal périplo indicaria a viabilidade de os antigos egípcios terem realizado a mesma viagem naqueles tempos ao menos uma vez, o que explicaria os vários indícios arqueológicos da presença daquela cultura em nosso país e no continente americano.
Por extensão, reforçaríamos a possibilidade de os egípcios terem estabelecido uma autêntica “civilização global” já naqueles tempos, o que explicaria os surpreendentes paralelos culturais – como a crença na ressurreição do mortos, a mumificação, a construção de pirâmides escalonadas, calendários e hieróglifos – em todos os continentes. Cairia por terra, consequentemente, ou ao menos desmentiríamos parcialmente a falsa noção de que os egípcios não eram grandes navegadores como os fenícios ou os gregos e que quase não se aventuraram nas suas embarcações para além do curso do Nilo ou das proximidades da costa africana.
Pelo que se tem notícia, nenhuma expedição marítima egípcia ousou ir mais longe do que a do faraó Necho II (660 a.C.-593 a.C.), que governou o Egito a partir de 610 a.C., durante a 26ª Dinastia. Necho II mandou fazer um canal que ligava o braço oriental do Nilo ao Mar Vermelho e organizou uma expedição com uma tripulação mista de fenícios e egípcios, liderado pelo fenício Hanon, para circunavegar o continente africano, antecipando-se em dois milênios e um século ao navegador e explorador português Vasco da Gama (1460 ou 1469-1524), que em 1498 se destacou por ter sido o comandante dos primeiros navios europeus a navegar da Europa para a Índia, no que contornou a costa ocidental, a extremidade sul e a costa oriental do continente africano para assim aceder às riquezas da Índia. A expedição egípcio-fenícia saiu do Mar Vermelho, contornou toda a costa africana e três anos depois retornou ao Egito pelo Mar Mediterrâneo.
Se não restam dúvidas de que antigos egípcios construíram grandes e elaborados barcos para navegar ao longo do Rio Nilo e do Mar Vermelho, a questão agora é saber se atravessaram o Oceano Atlântico e chegaram ao continente americano, particularmente ao Brasil. Indícios arqueológicos diversos a indicar que não só desembarcaram mas procuraram estabelecer sua cultura também por aqui, não tem sido aceitos pela arqueologia oficial sob o argumento cada vez mais superado e falacioso de que não possuíam nem técnicas nem conhecimentos náuticos suficientes para cruzar oceanos. O nosso objetivo é provar exatamente o contrário.
Saiba mais sobre o Projeto Sahuré e junte-se a nós nesta empreitada.
Suenaga, Cláudio Tsuyoshi. "Projeto Sahuré: Expedição Marítima - Do Egito ao Brasil com um navio da época dos faraós".
Aqui estão algumas frases de Thor Heyerdahl. O mundo seria um lugar melhor se todos nós as ouvíssemos com atenção:
"Fronteiras? Eu nunca vi uma, mas ouvi dizer que elas existem na mente de algumas pessoas.”
“O progresso é a capacidade do homem de complicar a simplicidade.”
“Não se pode comprar uma passagem para o paraíso, é preciso encontrá-la dentro de si.”
“Aprende-se mais ouvindo do que falando. E tanto o vento quanto as pessoas que continuam a viver perto da natureza ainda têm muito a nos dizer que não podemos ouvir dentro dos muros da universidade.”
“Porque a cada minuto, o futuro está se tornando o passado.”
“Vivemos em uma época em que achamos que tudo é tecnologia, tudo é apertar botões, tudo é economia, e estamos perdendo de vista a realidade.”
“Também é mais raro encontrar a felicidade em um homem cercado pelos milagres da tecnologia do que entre pessoas que vivem no deserto e na selva, e que pelos padrões estabelecidos por nossa sociedade, seriam consideradas indigentes e fora de alcance.”
“A civilização cresceu no início a partir do momento em que tivemos comunicação – particularmente a comunicação por mar que permitiu às pessoas obter inspiração e ideias umas das outras e trocar matérias-primas básicas.”
“Uma nação civilizada não pode ter inimigos, e não se pode traçar uma linha em um mapa, uma linha que nem existe na natureza, e dizer que o inimigo feio mora de um lado e os bons amigos vivem do outro.”
“Na luta contra a natureza, o homem pode vencer todas as batalhas, exceto a última. Se ele vencer isso também, ele perecerá, como um embrião cortando seu próprio cordão umbilical.”
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Thor Heyerdahl e sua esposa Yvonne segurando um modelo de bote de junco.
Leia as partes 1, 2, 3, 4 e 5
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edisonblog · 7 months
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Jose Saramago. Portuguese writer.
His distinctive lack of traditional punctuation, including periods and quotation marks, contributed to the immersive and distinct nature of his storytelling. Best known for his unique narrative style characterized by long, flowing sentences and his exploration of philosophical and social themes.
Beyond "Blindness," Saramago wrote other notable works such as "The Gospel According to Jesus Christ" (1991), "The Stone Raft" (1986), "Death with Interruptions" (2005), and "Baltasar and Blimunda" (1982). His writing delved deeply into human nature, politics, power dynamics, and existential questions.
Saramago was awarded the Nobel Prize in Literature in 1998 for his unique literary achievements, making him the first Portuguese-language writer to receive this prestigious honor. His legacy endures through his thought-provoking storytelling and his distinctive, unconventional narrative style that continues to captivate readers worldwide.
Saramago's writing often challenged conventional literary norms. Born on November 16, 1922, in Azinhaga.
Intimidad En el corazón de la mina más secreta, En el interior del fruto más distante, En la vibración de la nota más discreta, En la caracola espiral y resonante, En la capa más densa de pintura, En la vena que en el cuerpo más nos sonde, En la palabra que diga más blandura, En la raíz que más baje, más esconda, En el silencio más hondo de esta pausa, Donde la vida se hizo eternidad, Busco tu mano y descifro la causa De querer y no creer, final, intimidad.
Traducción de Ángel Campos Pámpano
#edisonmariotti .br
José Saramago. Escritor português.
Sua distinta falta de pontuação tradicional, incluindo pontos e aspas, contribuiu para a natureza imersiva e distinta de sua narrativa. Mais conhecido por seu estilo narrativo único, caracterizado por frases longas e fluidas e pela exploração de temas filosóficos e sociais.
Além de “Cegueira”, Saramago escreveu outras obras notáveis como “O Evangelho Segundo Jesus Cristo” (1991), “A Jangada de Pedra” (1986), “Morte com Interrupções” (2005) e “Baltasar e Blimunda” (1982). ). Seus escritos mergulharam profundamente na natureza humana, na política, na dinâmica do poder e nas questões existenciais.
Saramago recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1998 pelas suas realizações literárias únicas, tornando-o o primeiro escritor de língua portuguesa a receber esta prestigiosa honraria. Seu legado perdura por meio de sua narrativa instigante e de seu estilo narrativo distinto e não convencional que continua a cativar leitores em todo o mundo.
A escrita de Saramago desafiou frequentemente as normas literárias convencionais. Nasceu a 16 de Novembro de 1922, na Azinhaga.
Intimidad En el corazón de la mina más secreta, En el interior del fruto más distante, En la vibración de la nota más discreta, En la caracola espiral y resonante, En la capa más densa de pintura, En la vena que en el cuerpo más nos sonde, En la palabra que diga más blandura, En la raíz que más baje, más esconda, En el silencio más hondo de esta pausa, Donde la vida se hizo eternidad, Busco tu mano y descifro la causa De querer y no creer, final, intimidad.
Traducción de Ángel Campos Pámpano
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São Miguel dos Milagres, Alagoas: Uma Joia Brasileira do Litoral Nordestino
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O Brasil é amplamente reconhecido por suas praias espetaculares. De norte a sul, o país oferece uma infinidade de destinos litorâneos que atraem milhões de turistas todos os anos. Mas, dentre todos esses paraísos tropicais, São Miguel dos Milagres, localizado no estado de Alagoas, destaca-se como uma verdadeira joia rara. Localização e Acesso Situada na chamada Costa dos Corais, São Miguel dos Milagres é um dos destinos mais cobiçados do litoral alagoano. Situado a aproximadamente 100 km da capital Maceió, o local é acessível principalmente pela AL-101, que corta boa parte do litoral do estado. Paisagem Natural e Preservação Uma das características mais notáveis de São Miguel dos Milagres é sua paisagem quase intocada. As praias de águas cristalinas, em tons esverdeados e azulados, contrastam com os coqueirais que se estendem ao longo da orla. Essa paisagem paradisíaca é fruto da dedicação dos moradores e de políticas públicas que visam a preservação do meio ambiente e do ecossistema local. A região é parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, a maior unidade de conservação federal marinha costeira do Brasil. Isso significa que diversas atividades na região são controladas para garantir a preservação do ambiente natural. Passeios e Atividades O turismo em São Miguel dos Milagres é voltado, principalmente, para aqueles que buscam tranquilidade. As piscinas naturais formadas pelos corais são um dos grandes atrativos. Durante a maré baixa, é possível acessá-las por meio de jangadas, proporcionando aos visitantes um mergulho único, cercado por peixes coloridos e uma biodiversidade marinha impressionante. Além das praias, a região oferece um passeio pela Rota Ecológica, uma série de estradas de terra que interligam pequenas vilas e praias, proporcionando um contato ainda mais íntimo com a natureza e com a cultura local. Cultura e Hospitalidade A hospitalidade do povo alagoano é, por si só, um dos grandes atrativos de São Miguel dos Milagres. A simplicidade e alegria dos moradores locais tornam a experiência ainda mais rica. Festas tradicionais, como a Festa do Coco, são oportunidades para os visitantes se imergirem na cultura e nas tradições locais. Conclusão São Miguel dos Milagres é mais do que apenas um destino turístico; é um refúgio onde a natureza e a cultura coexistem harmoniosamente. Para aqueles que buscam uma experiência única de conexão com a natureza e com as tradições brasileiras, esse cantinho de Alagoas é, sem dúvida, um destino imperdível. Leia: Explorando as Maravilhas da Chapada Diamantina, Bahia Read the full article
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radiocalamar · 10 months
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PRÉSTA LA ORQUESTA | ISBC
Veinte años no es nada vivir, con el dulce recuerdo de los batmanes y cerdos que se volvieron gastada.
Más aun, me conservo para la ocación más arriesgada donde se presta una alzada manera de ser fiel cuervo.
Sera un cien o un diez, vos ¿sos una jerga prestada? A mi mepa que la jangada acaricia su ensueño, precoz.
Por una décima o dos, ¡haré un banquero e' mi almohada!
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betopandiani-mar · 1 year
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O sucesso é uma experiencia coletiva.
Comecei a velejar exatamente a 40 anos atrás e inicialmente competindo na Classe Hobie Cat 16, um pequeno catamaran. Em 1993 interrompi a minha carreira na noite Paulistana (Singapore Sling, AeroAnta, Olivia) para me lançar em um projeto muito arrojado, velejar de Miami à Ilhabela em um barco a vela sem cabine, sem motor ou proteção (Hobiecat 21 pés).
Foi uma viagem de 289 dias, onde fizemos mais de 100 paradas em ilhas do Caribe, Floresta Amazônica e praias da costa brasileira.
Depois desta primeira viagem a minha vida mudou muito, pois comecei a perceber que estas jangadas modernas com toda a sua limitação estavam abrindo um universo de aprendizados imensos.
Vieram mais 7 viagens e resumindo velejamos da Antártica a Groenlândia, cruzamos o Oceano Pacífico, o Oceano Atlântico e no ano passado velejamos ao Norte do Canadá pela Passagem Noroeste com o objetivo de produzirmos um filme sobre mudanças climáticas no Ártico.
Possivelmente eu sou o velejador que mais navegou em um barco aberto pelo planeta, e o que eu aprendi ao longo destas jornadas.
Um dos grandes aprendizados foi sobre gestão de riscos, e todos os seus desdobramentos, inclusive de como lidar com a carga emocional para tomada de decisão sobre pressão.
Porque alguém aceita iniciar um projeto de uma travessia sabendo que as chances de sucesso estão em torno de 5%?
Um exemplo prático foi quando o mundo foi pego de surpresa com a pandemia e o lockdown, onde pude observar como a maior parte das pessoas lidaram muito mal. Este foi outro aprendizado que estes pequenos barcos impuseram a nós; como lidar bem com o confinamento por longos períodos sabendo que os recursos eram escassos, os riscos altos e tínhamos que chegar com saúde do outro lado do oceano.
Quando você se propõe a fazer algo nunca realizado, e tem poucas referências para iniciar um estudo, o seu trabalho necessariamente terá que visitar a autoconfiança. Inicialmente a confiança em montar uma equipe de alta performance, e a partir deste ponto definir claramente as metas do projeto, e contaminá-los com o seu entusiasmo. Todas as oito viagens terminaram com êxito, mesmo contrariando as chances de dar certo.
O SUCESSO É UMA EXPERIÊNCIA COLETIVA. Nunca fui eu, sempre fomos nós. Nunca fomos somente os dois tripulantes, fomos uma grande equipe. Quando um membro da equipe contribui de forma positiva ele teve êxito, mas quando a equipe leva o barco para o seu destino, ela teve sucesso.
O sucesso não tem relação com a fama e o reconhecimento público. O sucesso é uma construção constante da consciência de um grupo que reconhece que o trabalho de cada membro da equipe é um ponto de observação relevante, pois ele traz um olhar diferente de como lidar com a mesma situação.
Não creio que devamos aceitar a diversidade simplesmente. Devemos compreendê-la e dentro deste entendimento é possível ter um rendimento muito alto
É possível ir muito mais longe do que imaginamos com muito menos do que sonhamos
Beto Pandiani
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filmes-online-facil · 2 years
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Assistir Filme O Livro do Amor Online fácil
Assistir Filme O Livro do Amor Online Fácil é só aqui: https://filmesonlinefacil.com/filme/o-livro-do-amor-2/
O Livro do Amor - Filmes Online Fácil
Se sentindo incapaz de lidar com a dor de perder sua esposa recentemente, um arquiteto decide fazer amizade com uma menina introvertida e concorda em ajudá-la a construir uma jangada para atravessar o Atlântico.
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sofiaportugal · 2 years
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18 e 19 de novembro 2021 | C A R A
Conceção, direção e coreografia Aldara Bizarro Interpretação Sofia Portugal Música Vítor Rua Colaboração Manuela Ribeiro Sanches Apoio ao Desenho David Bernardino Apoios CEM - Centro em Movimento, TM Collection Coprodução Cine -Teatro Municipal João Mota, Teatro Maria Matos, Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura Produção Jangada Financiamentos Governo de Portugal/Secretaria de Estado da Cultura/Direção Geral das Artes Parceria Liga dos Combatentes Duração aprox. 50 mins
Neste espetáculo-aula concebido para crianças e jovens, mas da maior relevância para todos os públicos, uma bailarina de skate começa por confessar ao público “não saber nada” de história. Mas logo depois, aos nossos olhos, um pequeno país se vai formando e de seguida viajando por um mapa mundi cuidadosamente desenhado e corrigido pela jovem ao longo de mais de 1200 anos. Nesta longa viagem de ir sendo, que se estende até aos dias de hoje, assistimos de modo crítico à constituição da(s) identidade(s) portuguesa(s), em diálogo com a realidade política, cultural e económica mundiais. Através de um dispositivo simples e eficaz - uma bailarina conversando e desenhando um mapa, provocadoramente centrado num Portugal fora de escala e cheio de si -, temos ao nosso dispor um conjunto vasto e relevante de informações para discutir com os jovens, cara a cara: “- Quem somos, hoje e aqui, neste país pequeno que faz por caber numa Europa cansada?; De que forma nos foi contada a nossa história? Como gostaríamos de continuar a escrevê-la?; Como podemos ser melhores portugueses?”
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libriaco · 10 months
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Nominativo
[...] occorrono due condizioni perché le cose esistano, che l’uomo le veda e dia loro un nome.
J. Saramago, [A jangada de pedra, 1986], La zattera di pietra, Milano, Feltrinelli, 2010 [Trad. R. Desti]
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pacosemnoticias · 2 years
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Água do rio abastece bombeiros e empresas em Oliveira de Frades
Os Bombeiros Voluntários de Oliveira de Frades e algumas empresas do concelho estão a ser abastecidos por "águas brutas" para libertar a rede municipal para o consumo doméstico.
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"Em articulação com os bombeiros locais, estamos a fornecer água a uma empresa aqui do concelho. Água bruta, uma vez que a empresa não necessita de utilizar água da rede pública e era o que fazia até então", explicou à agência Lusa o vice-presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades.
José Lima explicou que essa água está a ser tirada na localidade de Destriz,"no rio Alfosqueiro, de uma zona mais límpida, onde vão buscar" e, no futuro, "mais empresas poderão ser abastecidas por água fora da rede" municipal.
"Com esta medida estamos a poupar a rede municipal para o consumo doméstico. Tal como fizemos com os nossos bombeiros, com quem articulámos um local alternativo para se abastecerem de água e deixarem de usar a da rede", destacou.
Isto "para situações de emergência, como são nesta altura do ano os incêndios".
"Em vez de irem ao ponto de água municipal, vão buscá-la ao rio, para que a água da rede pública fique única e exclusivamente para o consumo humano".
A par destas medidas "que já estão em prática", o município lançou "há duas semanas uma campanha de sensibilização junto da comunidade para o consumo controlado de água, uma das primeiras medidas do plano de contingência".
Segundo o autarca, Oliveira de Frades "está no nível dois, ou seja, seca severa", e "diariamente há um controlo e fiscalização no consumo, assim como para o uso ilegal e abusivo de água".
"O nosso plano de contingência é dinâmico e as medidas são flexíveis e vai-se adaptando mediantes as necessidades e a realidade com que nos deparamos no dia a dia. O controlo é feito diariamente até em possíveis fugas" existentes, explicou.
José Lima esclareceu ainda que a autarquia "também acabou com as regas em alguns espaços e, em outros, diminuiu o período e a duração de rega.
O autarca adiantou ainda que vão "colocar em teste uma nova bomba de captação de água na albufeira da barragem das Caínhas para utilização em caso de emergência", acrescentando assim "mais uma a montante" da existente.
"Contactámos com sucesso o explorador da barragem de Ribeiradio para a utilização provisória do domínio hídrico para fins de abastecimento público de água através de jangada e que permite captar mais dois a três metros de profundidade" na barragem, contou.
Este responsável também disse que a autarquia está "a negociar com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) o financiamento para a aquisição de uma Estação de Tratamento de Água Compacta".
José Lima assumiu que a Câmara "deu início a algumas medidas que serão adaptadas ao longo do tempo" e "está já a trabalhar no futuro, uma vez que a tendência será esta" de ano para ano e, por isso, estão "já a trabalhar para prevenir no futuro".
"Atualmente, temos água para cerca de 70 dias, tendo em conta que existem na albufeira 148.683,17 metros cúbicos de água, já contabilizando o volume morto que esperamos aproveitar, com a solução de instalação da segunda bomba de captação na albufeira das Cainhas", rematou.
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claudiosuenaga · 2 years
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Os 75 anos da Expedição Kon-Tiki: homenagem e tributo a Thor Heyerdahl nos 20 anos de sua morte (parte 1)
Por Claudio Tsuyoshi Suenaga
Há 75 anos, em 1947, Thor Heyerdahl (1914-2002), biólogo, geógrafo, antropólogo, arqueólogo, explorador e escritor norueguês, junto de cinco conterrâneos (Knut Haugland, Bengt Emmerik Danielssen, Erik Hesselberg, Torstein Raaby e Herman Watzinger), realizava o feito de percorrer 8 mil quilômetros de Oceano Pacífico a bordo da “Kon-Tiki” (nome do herói mítico polinésio da solitária Ilha de Fatuhiva, pertencente ao grupo das Ilhas Marquesas, que segundo a tradição oral teria trazido os antepassados ​​dos ilhéus desde o leste),[1] réplica de uma jangada primitiva de pau-de-balsa que construiu com materiais e técnicas pré-colombianas, demonstrando que os mares não se constituíam em barreiras intransponíveis, como se pensava, mas antes em autênticas “vias expressas” a interligar povos e continentes.
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Knut Haugland, Bengt Emmerik Danielssen, Thor Heyerdahl, Erik Hesselberg, Torstein Raaby e Herman Watzinger.
A tese de Heyerdahl, publicada pela primeira vez em 1941 enquanto trabalhava no Museu da Colúmbia Britânica,[2] era a de que os traços etnológicos e linguísticos comuns entre a Polinésia e a América do Sul eram o resultado de duas ondas migratórias. A primeira, de povos incaicos, teria ocorrido por volta do ano 500, ou seja, os primitivos povoadores das Ilhas dos Mares do Sul teriam partido do Peru – em balsas de madeira – e não da Indonésia, no sudeste asiático, como era consenso entre a comunidade científica da época, tanto mais porque, conforme Heyerdahl observara, o vento e as correntes oceânicas fluíam do leste para oeste. Centenas de anos depois, um segundo grupo étnico teria chegado ao Havaí em canoas duplas provenientes da Colúmbia Britânica.
O principal argumento contra as ideias de Heyerdahl era a de que os pré-colombianos não possuíam barcos capazes de cruzar o Oceano Pacífico, o que se constituía em falácia ou ignorância, já que bastou uma simples ida à biblioteca para que Heyerdahl desenterrasse relatórios deixados pelos primeiros europeus que haviam atingido a costa do Pacífico na América do Sul repletos de esboços e descrições das enormes jangadas manobráveis dos indígenas, os quais possuíam vela quadrada, quilha corrediça e um comprido remo de direção na popa.[3]
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Thor Heyerdahl segurando o modelo do que viria a ser a jangada de balsa, o Kon-Tiki.
Uma vez que os cientistas receberam a sua tese com frieza e cepticismo, Heyerdahl decidiu lançar-se em uma expedição marítima para prová-la. A tosca embarcação, uma balsa de junco totora similar às utilizadas pelos mochicas (cultura que floresceu no norte do Peru entre 100 a.C. e o ano 800), foi construída no Peru com troncos de pau-de-balsa (Ochroma pyramidale, madeira leve e resistente, mais leves do que a cortiça, encontrada entre as matas tropicais ao norte da América do Sul até o sul do México) cortados nas florestas ao sopé da Cordilheira dos Andes, no Equador (trazidos para o Peru flutuando rio abaixo), e amarrados uns aos outros com cordas de cânhamo, sem um único prego, cravo ou cabo.
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Fotos do livro de Thor Heyerdahl, A Expedição Kon-Tiki: 8.000 km numa jangada através do Pacífico (7ª ed., São Paulo, Melhoramentos, 1959).
Nos nove dos mais grossos troncos de balsa selecionados para serem os toros mestres, fundos sulcos foram escavados para impedir que as cordas que passavam por eles para amarrar toda a jangada não escorregassem. Os nove troncos foram então colocados lado a lado na água para que pudessem todos cair livremente na sua posição natural flutuante antes de serem fortemente amarrados uns aos outros. O toro mais longo, de 13,70 metros de comprimento, foi colocado no centro e se projetava bem além dos outros numa e na outra ponta. Toros cada vez mais curtos foram postos simetricamente a um e a outro lado de modo que os lados da jangada tivessem 9 metros de comprimento e a proa emergisse como um arado grosseiro. Depois que os nove troncos de balsa foram fortemente amarrados uns aos outros com corda de cânhamo de 1 polegada e de ¼ de polegada, de comprimentos diferentes, os toros finos de balsa medindo 30 centímetros por 5,50 metros foram amarrados de través sobre aqueles, com intervalos de cerca de 90 centímetros.
Sobre a estrutura foi posta uma coberta de proa medindo 3,60 metros por 5,50 metros feita de taquaras amarradas à jangada na forma de sarrafos separados e cobertos com esteiras soltas de bambu trançado.
No meio da jangada, perto da popa, ergueram uma pequena cabana aberta feita de bambu com paredes também de bambu e telhado de fasquias de bambu com folhas de bananeira que se encaixavam umas nas outras como se fossem telhas. Media 2,40 metros por 4,20 metros, e para diminuir a pressão do vento e do mar era de altura tão baixa que não podiam ficar em pé sem bater a cabeça no teto. As paredes e a coberta eram feitas de fortes hastes de bambu amarradas e eram tapadas por uma sebe de varas também de bambu. À frente da cabana levantaram dois mastros de mangueiro (de uma dureza de ferro) de 8,80 metros de altura que se inclinavam um para o outro e no topo eram amarrados em cruz.
A enorme vela quadrada de lona medindo 4,60 metros de altura por 5,50 metros de largura, tendo ao centro a cara barbada de Kon-Tiki (uma cópia fiel da cabeça do rei sol esculpida em pedra vermelha sobre uma estátua nas ruínas da cidade de Tiahuanaco), pintada de vermelho pelo artista Erik, foi carregada numa verga feita de dois paus de bambu amarrados.
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Os nove enormes toros de madeira afilavam-se ligeiramente nas extremidades à moda indígena, para poderem deslizar com mais facilidade na água, e tábuas bem baixas para proteção contra borrifos foram ligadas à proa acima da superfície do mar. Em vários lugares onde existiam grandes fendas entre toros, introduziram ao todo cinco sólidas pranchas de abeto cujas pontas imergiam na água sob a jangada. Foram postas mais ou menos a esmo e penetraram a 1,50 metros na água, tendo 25 metros de espessura e 60 centímetros de largura. Ficavam seguras no respectivo lugar por meio de cunhas e cordas e serviam de pequeninas quilhas paralelas. Quilhas deste tipo eram usadas em todas as jangadas de pau-de-balsa no tempo dos incas e eram destinadas a evitar que as jangadas chatas de pau vogassem para qualquer lado à mercê do vento e das ondas. Não puseram nenhuma grade ou proteção em volta da jangada, mas tinham um toro de balsa, comprido e delgado, que de cada lado oferecia apoio aos pés. A construção toda era uma cópia fiel das antigas embarcações do Peru e do Equador, com exceção dos guarda-borrifos, colocados nas proas, que posteriormente se verificou serem inteiramente desnecessários.[4]
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Respeitadas as linhas gerais, a tripulação estava livre para arrumar os demais detalhes a bordo como lhe aprouvesse. Embaixo da cabana, entre as vigas transversais, oito caixotes foram amarrados. Dois foram reservados para instrumentos científicos e filmes, e os outros seis foram distribuídos a cada um dos tripulantes, tendo cada um sido inteirado de que poderia trazer consigo coisas de seu uso privado que coubessem no seu caixote. Sobre os caixotes foram postas esteiras de junco trançado e os colchões de palha.
Knut e Torstein reservaram um canto da cabana de bambu para o transmissor de ondas curtas que com os seus 13.990 kc (kilociclos por segundo ou milhares de ciclos por segundo, um termo obsoleto para kilohertz) não emitia mais do que 6 watts, tendo mais ou menos a mesma potência de um maçarico elétrico. Durante a viagem, a dupla sempre esteve às voltas para manter em funcionamento a pequena estação de rádio de 30 centímetros acima da superfície da água. Todas as noites eles se revezavam para enviar ao éter informações e observações acerca da viagem que radioamadores avulsos captavam e retransmitiam ao Instituto Meteorológico de Washington e a outros centros.
Do lado externo da parede da cabana, Bengt instalou um fogareiro “Primus” no fundo de um caixote vazio solidamente amarrado ao convés. Este caixote, abrigado contra os ventos alísios de sudeste que, via de regra, sopravam do lado oposto, era a “cozinha” onde fritavam os peixes e preparavam outros pratos.[5]
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Cozinhando no fogareiro “Primus”.
O Kon-Tiki levava provisões para quatro meses na forma de sólidas caixinhas de papelão impermeabilizadas com uma camada uniforme de asfalto e dispostas lado a lado sob a coberta de bambu entre as nove baixas vigas transversais que sustentavam a coberta. Numa fonte cristalina jorrando de uma alta montanha, encheram 56 latinhas de água, contendo ao todo 250 galões de água potável, as quais foram amarradas entre as vigas transversais de maneira que a água do mar pudesse sempre borrifá-las. Sobre a coberta de bambu amarraram o resto do material e grandes cestos de vime cheios de frutas frescas que comeram dentro de poucas semanas antes que apodrecessem. Dos duzentos cocos que levaram, a metade que havia sido posta entre as provisões especiais abaixo do convés, com as ondas a banhá-las incessantemente, se estragaram devido ao contato com a água salgada. Foram os olhos dos cocos que absorveram a água e os amoleceram, ocasionando a invasão da água salgada.[6]
Como os antigos navegadores incas, por sua vez, se preparavam para suas viagens há mil anos atrás? Heyerdahl forneceu-nos um quadro bastante factível:
“Fossem quais fossem os planos desses adoradores do Sol, ao fugirem de sua pátria eles certamente se proveram de mantimento para a viagem. Carne seca, peixe e batata doce eram a parte mais importante de seu primitivo regime alimentar. Quando os navegantes em jangada daqueles tempos se fizeram ao mar, ao longo da erma costa do Peru, dispunham de amplo abastecimento de água a bordo. Em vez de vasilhas de barro, geralmente usavam enormes cabaças que resistiam a golpes e choques, enquanto ainda mais próprias ao uso em jangada eram as grossas hastes de gigantescos bambus; furavam todos os nós e introduziam a água por um buraquinho no fundo, que vedavam com um batoque ou com breu ou resina. Trinta ou quarenta dessas grossas hastes de bambu ficavam à sombra e se conservavam frias – a uns 26º C, na corrente equatorial – graças à água fresca do mar que as estava sempre banhando. Um depósito dessa espécie continha duas vezes a quantidade de água que nós usamos em toda a nossa viagem, e podia ser levada quantidade ainda maior simplesmente amarrando mais hastes de bambu na água, por baixo da jangada, onde, além de não ocuparem espaço, nada pesavam. Verificamos que, volvidos dois meses, a água doce começou a alterar-se e ter um gosto ruim. Mas, a esse tempo, a gente já deixou bem atrás a primeira área do oceano onde há pouca chuva, e já chegou, há muito, a regiões nas quais grossas pancadas de chuva podem equilibrar a provisão de água. Distribuímos diariamente para cada homem um bom litro de água, e raro era o dia em que a dose se esgotava. Ainda mesmo que os nossos predecessores tivessem partido de terra sem provisões adequadas, enquanto vogavam pelo mar, ter-se-iam arranjado com a corrente, na qual havia peixe em abundância. Não se passou um dia em toda a nossa viagem em que não houvesse peixes em redor da jangada e que não pudessem ser facilmente apanhados. Mal houve um dia sem que ao menos peixes-voadores viessem espontaneamente cair a bordo. Sucedeu até que grandes bonitos, comida deliciosa, subiam à jangada com as massas de água que entravam pela popa, e ficavam a rabear na embarcação quando a água escorria por entre os toros como num crivo. Morrer de fome era impossível.” [7]
Continua na partes 2, 3, 4, 5 e 6
Notas
[1] Ao estudar as lendas do deus sol Viracocha [em quíchua, Apu Kun Tiqsi Wiraqutra, sendo que tiqsi significa “fundamento, base, início”, enquanto wiraqutra provém da fusão dos vocábulos wira (gordo) e qutra (lago, lagoa)], o ser supremo, criador do Universo e de tudo o que existe, equivalente ao deus judaico-cristão, Heyerdahl se deu conta de que o nome original de Viracocha usado no Peru em tempos idos era Kon-Tiki ou Illa-Tiki, que significa Sol-Tiki ou Fogo-Tiki: “Kon-Tiki era sumo sacerdote e rei-sol dos lendários ‘homens brancos’ dos incas que tinham deixado as enormes ruínas nas margens do Lago Titicaca. Reza a lenda que Kon-Tiki foi atacado por um chefe chamado Cari que veio do Vale Coquinho. Numa batalha travada numa ilha do lago Titicaca, os misteriosos brancos barbados foram trucidados, mas Kon-Tiki e seus companheiros mais chegados escaparam e, mais tarde, aportaram à costa do Pacífico, de onde finalmente desapareceram sobre o mar para as bandas do ocidente. Já eu não tinha dúvida de que o branco deus-chefe Sol-Tiki que, segundo os incas, havia sido, pelos pais destes, expulso do Peru para o Pacífico, era idêntico ao branco deus-chefe Tiki, filho do sol, quem os habitantes de todas as ilhas orientais do Pacífico reconheciam como o primitivo fundador da sua raça” [Heyerdahl, Thor. A Expedição Kon-Tiki, 7a ed., São Paulo, Melhoramentos, 1959, p.16-17].
[2] New York, International Science, 1941.
[3] Heyerdahl, Thor. A Expedição Kon-Tiki: 8.000 km numa jangada através do Pacífico, 7a ed., São Paulo, Melhoramentos, 1959, p.20 e 22.
[4] Ibid., p.55 e 56, 61 e 115.
[5] Ibid., p.60, 67, 86, 87 e 130.
[6] Ibid., p.16, 91, 59 e 60.
[7] Ibid., p.88.
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Jules Verne - La Jangada
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villings · 4 years
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olhosumidos · 5 years
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nossos olhos costumavam se gastar no dia a dia, nada opacos. por eles, eu via você em entre um olhar e outro olhar e os meus inebriados pela sua luz. encontraram-se em avenidas tão reais e descampadas. e por aí que se instalava no coração o monstro da saudade. indiferença é quando nada se difere, bom é que quando crianças nos dispusemos de algum crachá que nos confere acesso especial à realidade das coisas, algum canal de comunicação transcendente com o mundo, mas apenas que nós enxergamos. aquele mundo de forma diferente, situadas diante do filtro de menos lentes, essas inumeráveis lentes instaladas pouco a pouco ante nossos olhos (antolhos) e que algumas vezes por nós (já adultos) podem acabar tornando tudo cinza, monocromático, sem cores comestíveis ou cores que seduzem o Sol. essa realidade das coisas podiam se instalar em nós novamente, mas graças ao Universo daí me vem o frescor orvalhado de seus pensamentos, das suas imagens e palavras. daí me vem também todos esses dias o seu sabor poético que sempre fora. daí o respiro do coração miúdo: ouvir algo tão doce dos seus lábios, tão inaugural, que é como se o próprio Universo tivesse fornecido uma procuração para falar em seu nome. às vezes é triste de saber que ergueram-se algumas muralhas e entre os mesmos olhos, muros sem os muros, murros na boca do estômago de nada ser. nem urros resolveriam e tão pouco nem sussurros transporão o que agora é muros. mas é um muro puro construído de bem, tijolo com tijolo num desenho lógico. talvez impermeável, sem nenhum furo maciço, robusto e duro e esse muro fez-se de concreto digital. que nos fez pensar quando aos poucos o silêncio crescia entre eles? e o que teríamos dito se numa tarde-noite a saudade de outras janelas? daquela tua comida intocada no prato, e de um vento a entortar o fino caule dos teus manacás, que diziam? se logo pela manhã que me vem a tua doce lembrança e a brancura dos lençóis raramente desarrumados, naquela cama sem sono, diziam algo? teríamos as lágrimas gotejando no escuro do quarto. diz-se: de cada um a noite rouba um detalhe. e dá-se muito também o aso de enganarmos o dia. prevê-lo em seus humores, faltas mas assentir com um sorriso verde-água. que tanto faz. as intactas lembranças e cartas guardadas à sua espera: ou um abismo decorado em azulejos portugueses. hoje a chuva que nem chega a tocar o agreste do corpo, mas espiada pela vidraça parece cair para um fim único, secreto. dizíamos muitos talvez, mas não viremos a saber, que há sempre um tempo de coser e um tempo de rasgar. mas como assegurar que o sangue segue sendo vermelho e quente sem que escorra? como quem espia do outro lado da rua, continuo te acompanhando só por aqui. continua tudo bem bonito .. ... (águas fundas e tempos dormentes aqui dentro e essa escuridão cega parece estar penetrando em meu coração) coração tão fundo e essa dor de nome decerto que se diz em voz bem baixa como se faz com essas mandingas de amor atadas ao pulso. esse mesmo pulso que te guarda mesmo assim nessas dormências do mundo somos uma nudez de olhos. e da sua pele guardo aqui nas veias do meu pulso, nas veias do meu coração que pulsa pelo querer, por você. vez ou outra verte uma pureza, que também não me falta Lua ao rumo dos olhos. me parece sempre que posso contar os passos até ali: do outro lado de ti, a margem de onde ninguém ousaria nos buscar(ria). os escondidos cantos dos olhares guardados quando sonhamos o cheiro das pupilas. deu hoje de noite e de sempre uma saudade de equilibrar, devagarinho, os pés sobre o chão incerto em alguma jangada da vida. (essas ondas não podiam derrubar a gente no mar morno da noite)
e saber assim com a alma meio apertada de nós
que afinal de contas
não estaria nada mal pisar na água sem afundar. e eu piso nelas todas pensando assim. em cada toque que em hora dessas vontade não me falta.
"yo te cielo, pour la mémorie". para que sempre acalme suas noites e sonhos.
thomas teodoro.
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