#Illyrianos
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viajandopelomar · 4 days ago
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Isn't it weird that Rhysand claims to wear a "mask", but we don't know when it started? He's been attending inter-territory meetings since he was a prince (he met Tamlin at one of those meetings), and it's not like he just showed up at one of those meetings all gloomy and yelling "haha fear me, you scum, I'm the bad guy now huahuahua 😈😈”.
Tamlin was young at the war, a kid, I think, and Rhysand was about 38 and fought, I think he was at at least one or two meetings before that (war preparation meetings, mostly). So when exactly did he start wearing this mask to protect the cute little city? He didn't grow up in it, he grew up in the Illyria, he went there when he was 8. How could he love a city he didn't even live in?
He also didn't have much contact with his father, in ACOSF in Cassian's pov we read that Rhysand's mother made RARE visits to her husband, and they were partners. Rhysand didn't see his father until the war approached, when he went to the camp and saw his son almost surpass him in power. Rhysand was raised in a camp full of Illyrians, where the author wants me to believe that before they were much worse than they are now (I don't think anything has changed, no matter what Feyre believes that Rhysand has changed). So, hey, is it really a mask?
I know he had a "complete education", probably with tutors, but I don't think tutors without the supervision of the high lord would say something like "pretend to be a son of a bitch to protect Velaris", because there's no way people from outside the city can go to teach there in the Illyrian mountains, you know? The city was secret. It doesn't make sense. Has he been pretending since forever? Why don't the Illyrians seem to doubt his evil, if he was raised there? If he stayed there even after the war? His mother and sister went to visit him there, I have reason to believe that he lived in Illyria until his father died precisely because the high lord was afraid of being dethroned by Rhsyand, and being kept surrounded by people who hate him would prevent allies and therefore, a rebellion.
So again, what reason does Rhsyand have to pretend to be evil and protect a city he didn't even have access to until he became high lord (he lived there until he was 8, doesn't count, okay? He spent at least over a century with Illyrians)? Is it really a fake? Let's think about it... sarah, sarah, you better give me a decent plot if you want me to actually like your literary abusive god.
🇧🇷Não é estranho que Rhysand alegue usar uma "máscara", mas não saibamos quando isso começou? Ele comparece a reuniões entre territórios desde que era príncipe (conheceu Tamlin nessas reuniões), e não é como se ele simplesmente tivesse surgido em uma dessas reuniões todo trevoso como se gritasse "haha me temam, seus lixos, eu sou o vilão agora huahuahua 😈😈”.
Tamlin era jovem na guerra, uma criança, acho, e Rhsyand tinha uns 38 anos e lutou, acho que ele estava em pelo menos uma ou duas reuniões antes disso (reuniões de preparação de guerra, principalmente). Então, quando exatamente ele passou a usar essa máscara para proteger a cidade bonitinha? Ele não cresceu nela, ele cresceu no acompanhamento, foi pra lá com 8 anos. Como ele poderia amar uma cidade que ele sequer morava?
Ele também não tinha tanto contato com o pai, em ACOSF no pov de Cassian lemos que a mãe de Rhysand fazia RARAS visitas ao marido, e eles eram parceiros. Rhysand não viu o pai até a aproximação da guerra, quando ele foi ao acampamento e viu o filho quase lhe ultrapassar em poder. Rhysand foi criado em um acampamento cheio de illyrianos, onde a autora quer que eu acredite que antes eles eram bem piores do que são agora (eu acho que não mudou nada, não importa o que Feyre acredite que Rhsyand mudou). Então, ei, é realmente uma máscara?
Eu sei que ele teve uma “educação completa”, provavelmente com tutores, mas eu não acho que tutores sem a supervisão do alto senhor iriam dizer algo como "finge ser filho da puta pra proteger Velaris", porque não tem como pessoas de fora da cidade irem dar aula lá nas montanhas illyrianas, sabe? A cidade era secreta. Não faz sentido. Ele esteve fingindo desde sempre? Porque os illyrianos não parecem duvidar da maldade dele, se ele foi criado lá? Se ele continuou lá mesmo após a guerra? A mãe e a irmã dele foram visitar ele lá, tenho motivos para acreditar que ele viveu em illyria até o pai morrer justamente porque o alto senhor tinha medo de ser destronado pelo Rhsyand, e ser mantido rodeado de gente que odeia ele impediria aliados e portanto, uma rebelião.
Então, de novo, que motivos Rhsyand tem para fingir ser mal e proteger uma cidade que ele sequer teve acesso até virar alto senhor (ele viveu lá até os 8 anos, não conta, ok? Ele passou pelo menos mais de um século com illyrianos)? é realmente uma farsa? Vamos pensar sobre isso... sarah, sarah, é melhor me dar uma trama decente se quiser que eu realmente goste do seu deus abusador literário.
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viajandopelomar · 9 days ago
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Please someone write about this. But not as something frivolous, but rather THE REVOLT. Illyrians open your eyes and make others join!!! EXCAVATED CITY REACTS DAMN IT!!! I WANT THAT FUCKING NOBILITY OF VELARIS DISGUISED AS UTOPIA GOING TO HELL
i know i said i’d shut up about acotar but i’ve never seen a fantasy society so primed for a populist revolution as the night court. all the wealthy merchants and artists are from one single city while a disenfranchised rural population is expected to provide the armies and die for them without seeing any of that wealth? not to mention the fact that the wealthy city elite don’t have to go to war? “oh nooo our greatest threat is koschei the deathless sorcerererrrr” your greatest threat is your citizens discovering class consciousness.
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okeutocalma · 2 months ago
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Lucien Vanserra — Male reader.
A arte não é minha, créditos ao artista!
Caso se sinta incomodado ou tenha a informação que o artista não gosta que suas artes sejam utilizadas, por favor entre em contato comigo que logo irei retirar a imagem.
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Lucien fitava o rosto adormecido de [Nome] com uma ternura tão profunda que chegava a doer. Jamais imaginara que algo assim pudesse ser seu – não depois de tudo que perdeu, das esperanças despedaçadas em suas mãos. A decepção com Elain o mergulhara em um abismo escuro, onde cada dia era um esforço, e cada noite, uma sombra mais densa.
Mas [Nome]... esse feerico havia estendido a mão para ele, paciente e firme, oferecendo uma luz que Lucien não achava merecer.
Agora, enquanto o homem repousava ao seu lado, com a expressão finalmente serena, o ruivo sentia-se quase perdido de amor, um sentimento que o tomava com tamanha intensidade que parecia ir além de qualquer palavra. Ele passou a mão suavemente pelos cabelos curtos do parceiro e, em um sussurro que não pretendia acordá-lo, murmurou:
— Eu te amo tanto, seu teimoso.
As asas longas do illyriano estavam relaxadas, estendidas pela cama como se cada pena respirasse o mesmo alívio silencioso de seu dono. O moreno dormia com uma serenidade rara, e Lucien o observava com um sorriso que ele próprio não percebia – uma expressão tão leve, tão genuína, que só se revelava em momentos de absoluta paz ao seu lado.
Lentamente, o Vancerra ergueu a mão, quase como se quisesse prolongar o encanto daquele instante. Seu dedo deslizou pela membrana escura e macia da asa de [Nome], traçando seu contorno com a mesma reverência que alguém reservaria a algo sagrado.
Por um breve segundo, ele se lembrou de tudo que haviam enfrentado para chegarem até ali – a distância, as brigas, os ciúmes ferozes e mal-entendidos. A época em que ambos desejavam a mesma mulher parecia um sonho distorcido agora.
A missão que os unira ainda queimava em sua memória, o momento em que, lado a lado em meio ao perigo, haviam finalmente entendido a verdade por trás de todas aquelas faíscas: não era Elain que despertava ciúmes em seus corações, mas sim o medo de perderem um ao outro. Desde então, aquele amor, tão inesperado quanto inquebrável, os acompanhava.
Enquanto observava seu amado dormir, Lucien sentia-se completo, tocado por uma felicidade tão profunda que ele sabia que, apesar de todas as batalhas, havia ganhado a guerra mais importante.
A guerra contra a depressão.
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bibliotecabacon · 4 months ago
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Corte de Gelo e Estrelas - Sarah J. Maas
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sinopse
A série best seller Corte de Espinhos e Rosas  ganha um spin-off em Corte de gelo e estrelas:  volume que tem início após os acontecimentos de Corte de asas e ruína .
Sarah J. Maas é uma verdadeira estrela: após apenas uma semana de vendas, a série Corte de Espinhos e Rosas estreou em segundo lugar na lista do New York Times . Ela também é autora da série Trono de Vidro , que já teve mais de 1 milhão de exemplares vendidos.
Para Feyre Archeon, ser Grã-Senhora ainda é uma novidade, e ela precisa descobrir seu papel enquanto luta para reconstruir uma Velaris devastada pela guerra contra Hybern. A muralha que separava o mundo feérico do mundo humano se foi, Keir está prestes a deixar a Corte dos Pesadelos para uma visita à cidade de Luz Estelar e os illyrianos parecem insatisfeitos com o resultado da guerra.
Divididos entre as tentativas de retomar suas vidas após a grande batalha, as responsabilidades de liderar a Corte Noturna e a preparação para o rigoroso inverno, o trabalho de Feyre, Rhys e seu Círculo Íntimo parece nunca ter fim. Todos seguem tentando manter a paz, conquistada a base de muito esforço e perdas pessoais, após a queda da muralha. Mas com o Solstício de Inverno finalmente se aproximando, chega também a promessa de descanso conquistado com muito esforço.
No entanto, nem as festividades conseguem impedir que as sombras da guerra se aproximem.
Enquanto vive primeiro Solstício como Grã-Senhora, Feyre ainda lida com os horrores do passado recente e percebe que seu parceiro e sua família têm mais cicatrizes do que ela esperava - cicatrizes que podem impactar o futuro, e a paz, de sua Corte.
Corte de gelo e estrelas é derivado do universo de Corte de Espinhos e Rosas , e tem como foco principal os seus personagens, proporcionando aos fãs da série, uma visão geral do universo após o final da primeira trilogia. Contado a partir de perspectivas alternadas, a narrativa permite que o leitor reencontre Feyre, Rhysand, Cassian, More, Elain, Nesta, Azriel e Amren, enquanto tentam encontrar o caminho para o novo mundo pós-guerra.
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marinavonsaturn2010 · 2 years ago
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Introdução [A Corte de Flores e Magia]
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Sejam Bem Vindos Leitores.
   Olá, me chamo Marina e esses são meus diários em que conto a história de minha vida em um mundo mágico que pensei que não existia. 
    Se você está com esses livros pode significar três coisas: 1 - Você é um ser entediado à procura de um entretenimento. [Sendo um ser mágico ou não, desse mundo ou de outro.] 2 - De alguma forma misteriosa eles chegaram ao mundo do qual eu vim e vão lhe entreter, relembrar ou ajudar descobrir sobre minha existência e o que aconteceu comigo. [Talvez você, leitor, não saiba quem sou eu e essa é a primeira vez que ouve/lê sobre mim. Ou é alguém que vai lembrar de muito tempo atrás quando eu simplesmente sumi.]  3 - Isso não pode ser uma simples coincidência e sim um aviso do destino que te aguarda. Seja ele em outro universo ou no que atualmente estou e que chamo de lar.
    Bem, já faz alguns anos que vivo em Prythian, sim a terra mágica do universo fictício da famosa saga de livros  “A Corte de Espinhos e Rosas” criado pela nossa querida Sarah J. Maas. 
     A algumas coisas que o você que está lendo nesse momento precisa saber: Prythian e as Terras Humanas são separadas pela muralha, as terras feéricas são divididas em sete territórios sendo eles governados por seus respectivos  “grão - senhores”, esses territórios se chamam “cortes” e consistem em quatro sazonais: Corte Estival, Corte Outonal, Corte Invernal e Corte Primaveril, também possui três cortes solares:Corte Crepuscular, Corte Diurna  e Corte Noturna.  
Os nomes de seus “grão - senhores” são:
Corte Estival - Tarquin
Corte Outonal - Beron 
Corte Invernal - Kallias 
Corte Primaveril - Tamlin
Corte Crepuscular - Thesan
Corte Diurna - Helion
Corte Noturna - Rhysand 
    Diferente das cortes sazonais  que possuem um único clima eterno as solares não permanecem eternas, na verdade seguem o ciclo diário do dia mas é claro que cada uma tem seu próprio charme em relação ao seu respectivo horário, deixando assim eles únicos de uma forma especial que deixa óbvio o porque possuem esses nomes. Temos uma corte adicional chamada “Sob A Montanha” que tem como governante Amarantha que se denominou “Grã - Rainha” de toda Prythian, destruindo assim um local que fora uma vez sagrado para os feéricos.
    Existem três raças de feéricos e eles são “Grão - Senhores”, “Feéricos” e “Illyrianos”. “Grão - Senhores” são uma raça humanóide diferente dos “feéricos”  que são uma raça que  não se parecem com humanos, já “Illyrianos” que são uma raça guerreira que parece humana e que  ao contrário das outros dois tipos de raças eles não possuem orelhas pontudas mas sim arredondadas e também tem asas de morcegos em suas costas.
[Deixando claro que não existem apenas feéricos mas também outros seres mágicos que nós apenas sonhamos que realmente existem.]
    Meus queridos leitores, já terminei minha introdução a esse diário então lhes desejo uma boa leitura. [É comum que haja uma pequena nota recém colocada dizendo que música combina com cada momento de minha vida.}
- You Just Need To Believe To See The Magic.
A Corte De Flores E Magia - Lista <-
Cap.1 <-
Cap.2 <-
Cap. 3 <- Em andamento [~^w^~]
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jay-ackerman · 2 years ago
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⚠️ALERTA DE SPOILER!⚠️
Eu li Corte de chamas prateadas🔥,
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e eu realmente esperava mais, não só desse livro mas da série inteira. O livro começa de forma chata e arrastada, os personagens mudam a personalidade completamente, e agem de forma contraditória com os livros anteriores. A Feyre principalmente, fica passiva nas situações, o que contradiz totalmente sua personalidade forte. Eu até entendo enfraquecê-la com o plot de gravidez, mas a mudança na personalidade não faz sentido. Rysand acredito eu, era apenas a forma que Feyre via ele, a personalidade que vemos é a “real”. Os outros personagens eram tão subdesenvolvidos nos outros livros que não consigo dizer se suas ações fazem ou não sentido. Cassian que supostamente deveria ter desenvolvimento nesse livro, não tem personalidade ou pelo menos não uma marcante, além de claro ser um illyriano super forte e gostar da Nestha. A Nestha começou o livro insuportável, nada de novo até aqui e até 40% ficou assim mesmo, uma parte totalmente descartável da narrativa. A Casa com certeza é o melhor personagem, a única coisa que não fez eu desistir dessa leitura. Apenas a partir daí, quando conheceu Gwyn e Emeri, que se tornou uma pessoa minimamente descente. Quando esses dois começam a transar é mais chato ainda, acho que tem uns 50 páginas desse livro só com putaria totalmente desnecessária na minha opinião. Não tenho problema com livros eróticos, embora não seja da minha preferência, mas este exagera. Como se não pudesse piorar, o casal ja estava totalmente bem, aí ela tira um problema do cu pra eles brigarem, a Nestha ja tinha resolvido aceitar ser feérica aí do nada ela surta. A parte do treinamento e do rito de sangue é a melhor sem duvidas, as cenas de ação que a Sara J Maas escreve são muito boas e eu realmente gosto muito delas, mas elas mal acontecem. A relação da Feyre com a Nestha é bem mal desenvolvida no primeiro livro Feyre odiava a irmã e de repente era só amor com ela, aqui nem mesmo ha um esforço para consertar esse erro e só ignora tudo. Além disso tudo, a autora enrola tanto no início e ignora a guerra eminente que no final só inventa um surto de poder da Nestha que do nada fica overpower e derrota a rainha numa cena de luta ridícula. Embora tenha achado o final aceitável, a perda dos poderes foi claramente pra não ofuscar a Feyre nos próximos livros, ja que ela se tornou uma valquíria ja pode lutar sem os poderes e também tem uma possível conexão com a Mãe. Imagino que como os poderes da Elain não deram as caras ainda e ela é a irmã que falta, o próximo livro deva ser focado nela, ainda tem a relação com o Azriel ou a falta dela no caso do Lucien. E espero que a Mor finalmente arranje a namoradinha que ela merece(cof cof Emeri).
Um livro que poderia ter 450 páginas.
Nota final 6/10. ⭐️⭐️⭐️
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mil-grau · 1 year ago
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Meu bebê illyriano favorito 💜
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Rhysand // A Court of Thorns and Roses
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feelingcomplet · 3 years ago
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highlord-raeran · 2 years ago
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uma ficha fácil de ver, mas sem os edits bonitos de praxe.
—  INFORMAÇÕES IC.
A CORTE NOTURNA recebe seu grão-senhor RAERAN “BRYAXIS” TASSARION. Certamente ele tem TREZENTOS E QUINZE anos a ser acrescentado em sua dourada existência. Ele pode ser reconhecido como sendo COMPASSIVO e TACITURNO. No reino mortal, poderia ser facilmente confundido com HENRY CAVILL.
Pais: Grão-senhor Thalanil (falecido). Grã-senhora Amnestria. Filhos em ordem cronologica: Horith (falecido), Raeran e Cyran. Esposa: Nuala. Filhos: Ceruleon (natimorto) e Manon (criança).
obrigatoriedade nas aplicações:
headcannons:
Amnestria e Thalanil se conheceram nos campos de treinamento dos illyrianos, em um local pouquíssimo frequentado por seus ocupantes. Thalanil, sobrecarregado pelas funções de seu cargo, buscou naquele lugar remoto um momento para respirar. Amnestria, por outro lado, brigava e se frustrava com sua inépcia com as armas; arrancando cascas de árvores sem jeito algum. Thalanil encontrou na illyriana o sopro de liberdade que tanto queria e Amnestria encontrou a salvação no grão-senhor. Não queria ter suas asas cortadas e não tinha talento como guerreira. A união foi abençoada e a festa durou semanas, porque era mais do que amor. Eram mate bond.
Três filhos vieram da união: Horith, Raeran e Cyran.
Mesmo com a corte dividida e parcialmente secreta, a família soube equilibrar a influência e poder sobre as ramificações. Um processo delicado e complexo, mas nunca impossível. E enquanto lutavam para achar novamente o meio termo, os filhos cresceram em direção divergentes. Horith assumiu o papel de herdeiro com excelência, desenvolvendo a habilidade mental e estudando seus poderes como era de se esperar. Cyran voltou seus olhos para a biblioteca, para Velaris e sua funcionalidade. Horith, assim como o pai, mantinha o punho de ferro sobre a corte dos pesadelos. Cyran especializava-se na magia, nas proteções, no constante desenvolver e aprimorar do sangue e poder que carregavam.
Raeran desde cedo mostrou sua indiferença perante a sucessão do trono. Ciente de que não herdaria o título e pouquíssimo interessado na magia, coube a segundo filho o caminho de exército. O único dentre os três com o dom natural de dançar ao sabor do vento e fascínio incompreensível pelas lâminas brilhantes. Amnestria não influenciou nessa decisão, mas conversou seriamente com o filho e ambos chegaram no acordo. Raeran seria mandado para o acampamento illyriano sem qualquer privilégio. Não teria o mesmo significado ou profundidade se tivesse comida diferenciada ou aquecido com as mais finas peles. Antes de sair em missão, cumpriu com seus deveres de possível sucessor: aprendendo as regras, conhecendo os rudimentares da magia… Ficar preparado para caso uma eventualidade acontecesse.
Levou tempo para se desprender das regalias, arrancar as facilidades e entender o que era ‘conquistar com as próprias mãos’. Raeran aprendeu a arte da guerra, a dança do combate e a resistência de longas horas de luta. De dormir ao relento e ter que procurar sustento na mata fechada e insípida, dos mais remotos climas e condições. E a cada noite que deitava sua cabeça na terra fria, mais certeza tinha de que tinha escolhido o certo. Subiu de patente com rapidez, depois de dominada a malícia, conquistou os ares tanto quanto a terra. Recolhendo as asas para dar o golpe perfeito e usá-las para melhor se locomover embaixo d’água. Seu corpo ganhava tamanho e delineado, assim como era salpicado de cicatrizes e manchas escuras dos golpes sofridos. Foi ali, nos campos de guerra, que Raeran trocou de nome. Bryaxis. O monstro nos confins da biblioteca da corte noturna, sem forma ou tamanho, mas implacável.
A guerra estourou e sacudiu Prythian em todos os espaços, trazendo a bagunça caótica da sede de sangue com a proteção dos lares. A corte noturna já estava acostumada com tais disputas, tanto que já estava preparada para ajudar e se defender. No meio de marchas e reconhecimento aéreo, Raeran conheceu Nuala, uma feerica das linhas de defesa de outra corte. No momento que a olhou nos olhos e as asas se fecharam para que pousasse ao lado, ele já sabia. Sentia dentro do peito que não era qualquer mulher que o encarava de volta, com desafio e coragem refletindo coléricos o que os próprios emitiam. Foi na guerra que se juntaram e firmaram a união, porque o que o suor sangue e lágrima junta, somente eles eram capazes de separar. O conflito se estendeu pelo que pareceu uma eternidade, mas nada poderia destruir o que tinham construído. A confiança que tinham, a certeza de que ficariam juntos ao fim de tudo.
Os feitos de vitória ecoaram pelo campo de treinamento illyriano quando foi dado início ao período de festas. Comemorações em nome da prosperidade e paz. Vinho jorrava para limpar o sangue incrustado, comida enchia a barriga ora preenchida pela miséria. Vida. Esperança. O início de um capítulo perfeito. Raeran seguiu como Comandante do Exército Illyriano, abaixo somente do Grão senhor seu pai (porque Horith jamais ousaria interferir no sucesso do segundo na linhagem). Montou uma pequena mansão às margens do mar num pedacinho de terra mais próximo da barreira de Velaris. Os dois tinham planos, de serem os primeiros a saber caso algo acontecesse, e que queriam criar os filhos conhecendo as duas realidades. O sonho que era a corte e a vida real, todo o continente de Prythian.
Nuala tinha certeza de que estivera grávida durante a guerra e perdera a criança por conta das atividades. Parte de Raeran também sabia, consolando a esposa a cada ciclo doloroso de sua espécie. O que podiam fazer com a vida ganha, no auge físico e mental, anos e anos pela frente? Eles tentaram. E tentaram. E se divertiram tentando, até que quase dois séculos depois a gravidez vingou. Raeran pediu afastamento do cargo, não podia ficar tão longe nem indisponível para a esposa. Nuala tão pouco parecia querer abrir mão do parceiro ao seu lado. Então, eles acompanharam. Dia após dia, meses e mais meses. Só para, no fim, a jornada mostrar-se infrutífera. O golpe abateu o casal com imensa tristeza e por muitos anos não tentaram novamente.
Enquanto Raeran e Nuala se acertavam na pequena bolha de tranquilidade, a corte dos Pesadelos se agitava. Os inúmeros problemas e situações acabando por trazer mais e mais da família para dentro do território, fechados na própria corte. Raeran não tinha grandes experiências com a famosa técnica de ‘boa vizinhança’ e, mesmo assim, assumiu algumas viagens com a esposa. Uma viagem emendou em outra, esticou para outro reino e uma festa mesclou em tantas que ganhou o nome de festival. Raeran serviu de representante por anos, comunicando-se com o pai através dos poderes daemati do patriarca e compartilhando tudo que lhe era respeito. Foram em duas visitas que o sorriso do destino brilhou mais forte. Na Corte Diurna, Nuala recebeu uma bênção e uma cura. Alguns meses depois, os sintomas familiares a acometendo novamente, ganhou a certeza de que estavam esperando mais uma vez.
A corte dos pesadelos ficou em segundo plano, Velaris se arrumou de verde e azul e todas as cores do arco-íris para a chegada de Manon dois meses depois. Uma menina forte, robusta, tão misturada que não sabiam dizer com quem parecia mais, o pai ou a mãe. Começaram as brincadeiras para provocar Horith e que, se bobeasse, Cyran deveria assumir a responsabilidade. Amnestria e Thalanil não podiam estar mais felizes. E de tão embriagados estavam na poderosa felicidade, não puderem evitar o infortúnio do jantar sob a montanha.
Parecia uma enorme cornucópia a larga mesa de jantar do salão principal. Súditos e outros membros da realeza divertindo-se ao som de música boa e vinho jorrando à vontade. Raeran não tocou em seu prato, assim como todas as vezes que visitava os domínios, pois não confiava em ninguém ali. Provavelmente era o único que tinha esse costume bobo e desrespeitoso (se não fosse a linhagem). Mas… Algo estava errado. Percebeu no primeiro passo para dentro da montanha e olhando para o pai, sabia que logo mais ele teria a percepção. O ex-comandante illyriano poderia ter saído do ofício, mas seus instintos continuavam tão afiados quanto antes. Taças foram erguidas, brindes foram feitos e Raeran cedeu ao momento. Embriagada, Nuala roubou o copo do marido e tomou sua dose. No movimento, empurrara com o pé o mais novo Tassarion o impedindo de tomar junto. Amnestria, já preocupada com a nora, esquecera de tomar sua porção.
O primeiro a cair foi Horith, roxo e de garganta inchada. Os membros da corte grã-feerica em seguida, terminando com a bela Nuala agarrada ao braço do marido. Thalanil se sustentava, a enorme batalha interna enquanto seu rosto assumia as cores azuladas. Um pensamento. Um único pensamento atravessou o ar e foi implantado na mente de Raeran antes do mundo colapsar e ele receber uma carga mágica inimaginável. A explosão foi tamanha que as luzes chamas das velas se apagaram, mesmo estando acesas. O breu salpicado da corrente pulsante dos novos poderes de Grão-Senhor do segundo da linhagem. E quando conseguiu se controlar, a cabeça cheia de caos, Raeran não era mais o mesmo. Cabelos brancos coroavam sua cabeça, a mancha escura salpicava um dos olhos e as asas desfraldadas emanavam escuridão.
Não sabia como nem porque, mas controlou a situação com uma maestria atípica. Ajudando a recolher os corpos e prepará-los para a viagem de volta a Velaris. E você se pergunta, não teve gritos? Não teve acusações? Não. As últimas palavras de Thalanil descartavam a corte como culpada e no rompante do novo poder Daemati tinha confirmado os fatos. Todos estavam no mesmo grau de assombro e surpresa. Uma reunião particular com a mãe teve o desfecho duro, a matriarca abdicou de tudo e se isolou, reclusa, no mesmo lugar que conhecera o marido. Seu único e último propósito de vida na espera: o assassino descoberto e morto, para que pudesse se juntar ao marido no além-vida. Os que se salvaram ou não compareceram, assumiram as posições antigas. O Reino entrou em luto e se adaptou ao novo senhor, o Grão-Féerico Raeran Tassarion.
Manon cresceria sem mãe, a Corte Noturna perdia seus integrantes mais estimados, entretanto… Não podia continuar daquele jeito. Sobrevivendo. Raeran juntou seus pedaços, colocou a couraça negra e subiu ao reino estrelado, no único lugar do mundo a noite era tão bela que corações quebravam. Tinha um poço infinito de poder mágico à explorar e féericos, família, para prover segurança e conforto. Ele nunca seria como seu pai, nem chegaria aos pés dos planos para Horith, mas faria o melhor possível. Faria o impossível. E com a chegada daquela ameaça do outro lado da muralha, Raeran enxergou como uma oportunidade de trocar o foco e distrair-se; se jogar ne cabeça em algo que o faria sentir vivo novamente.
informações extras / secretas:
Nuala e Raeran não são mate bond, mesmo se amando incondicionalmente e não demonstrando interesse em outra pessoa. Tanto a origem (corte) como as circunstâncias de seu matrimônio ficaram em aberto para melhor adaptar à dinâmica das cortes. Podendo ser uma aliança quanto uma afronta.
O puxão do laço aconteceu em algum momento de sua vida e por estar tão cego de paixão associou a Nuala. A verdadeira origem e sentimento ficaram mais claras quando ele voltar a interagir com outros féericos e notar que ainda não está morto para o amor (ou interesse).
Raeran prossegue investigando a morte de seus familiares e amigos na surdina, deixando que a corte dos pesadelos pense que não estão sob a luz do microscópio. O Grão-Senhor aposta todas as suas fichas no treinamento diário e exaustivo com um dos conselheiros, um poderoso Daemati. Selaram uma promessa, sangue e tatuagem, de não traição e sigilo para manterem-se honestos e seguros.
Uma constelação às avessas, como Manon gosta de dizer, os olhos azuis celeste do pai enchendo-se de estrelas negras e brilhantes até o negrume total. Quanto mais utiliza dos poderes, menos azul é visto em suas írises e mais profunda é a escuridão que carrega - e emana.
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feysandandnyx · 4 years ago
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I saw a post where the person made a list about the moments in acosf that she felt like walking Rhysand to fuck himself because of Nesta.
I only agreed to one thing, even if it was about Feyre. However, as I use this blog to vent, I will write here all the moments when I wished Nesta would fuck himself too, as childish as I seem, but let it be recorded that the feeling was reciprocal:
✨ When she spent the money from the night court without authorization;
✨When Nasty told Feyre that it was her fault for being there;
✨ When Nasty started with her futile speech "you chose Feyre over me";
✨ When Nasty called Rhysand an asshole while having his bills were paid by him;
✨When Nasty humiliated Cassian at Illyriano camp ;
✨When she didn't show any more concern after hearing about Feyre's risk of pregnancy;
✨When she used the risk of pregnancy to hurt Feyre and Amaren;
✨ When she disdained Feyre's "perfect little world";
✨When she disdained Mor / Feyre's journey;
✨When Cassian drew Rhysand's attention because he was concerned about the trauma of the priestesses and Nasty's ability to be unpleasant; I wanted to send her and Cassian go fuck 🌤️
✨When Feyre had to die for Nasty to admit that she loved her;
✨When Nasty wonders how Feyre was able to fall in love with someone like Tamlin;
✨When she cared more about Emerie and Gwyn's trauma than her sisters;
✨ When she wished she had a painting on Feyre's wall without deserving it;
✨When Nasty asked Feyre to go on a dangerous mission in Elain's place;
✨ When she hated it when Feyre called the IC family I wanted to tell her to go fuck herself 🤷🏽‍♀️
As you can see, the list is long and I'm sure there were many moments. There is no point in coming to my post trying to push me your ptsd or I don't know what excuses you are going to give to try to justify this terrible character. In the minino, I recognize her growth at the end, but that doesn't mean that I didn't feel much anger towards Nasty during the reading of ACOSF.
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berdarazriel · 3 years ago
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Minhas hcs favoritas da emerie:
English (not my first language):
• she becoming leader of the illyrian camp or of the valkyries
• any hc to do with emorie (i'm completely in love with them, sorry), especially a first kiss in the rain
• she flying (i know, it hurts 😭🥺)
Português:
• ela virando líder do acampamento illyriano ou das valquirias
• qualquer hc haver com emorie (sou completamente apaixonada por elas, desculpe), especialmente um primeiro beijo na chuva
• ela voando (eu sei, dói 😭🥺)
@emerieweek ❤️
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viajandopelomar · 3 days ago
Note
Assim, a maior parte do que está no livro, não explica, ele só usa a máscara desde antes da Amarantha simplesmente porque foda-se, a educação completa que ele teve na verdade, pelo o que ele mesmo falou, não parece ter sido tão completa assim, pq em acomaf ele fala q a mãe dele (da qual teve ele com 18 anos e antes de ir trabalhar no campo como costureira, ela morava na rua ou quase isso) que dava aula pra ele, não tinha tutor nem professor particular era a mãe e só dava dps q ele ficava o dia inteiro treinando, e dá a entender que a raivinha que ele tem dos illyrianos vem exatamente do fato de que ele cresceu ali....
É, ele diz que a mãe dele educou, mas pensei que foi só no início. Em acosf ele entende o que o Kelpie diz e explica só com um "minha educação foi completa", então imaginei que na adolescência ele tivesse tutores. Eu chuto Amren, porque é canônico que ela ensinou ele a usar o poder..pelo menos em parte, e ele foi direto pra ela quando ouviu o bicho na mente da Nesta.
Rhysand é todo mesquinho. Também acho que ele não gosta dos illyrianos por ter crescido com eles, não importa o quanto ele diga que ame a cultura (CADÊ A CULTURA QUE A GENTE NÃO SABE?????), e mantenho minha idéia de que ele superprotege a cidade porque ele não cresceu nela. Ele deve ter vivido achando que aquilo era o topo, que seria o auge da vida dele de grão senhor 🤡. Ele poderia ter usado as décadas longe do radar do pai (depois da guerra) pra ter alguma aproximação com o resto da corte, mas não. Tenho certeza que acumulou mais raiva pelos illyrios e ficou pensando em Velaris como meta de vida. Porque por mais que ele diga que fez o que fez em sob a montanha pela CORTE, e acosf Cassian diz a Nesta que Emerie saiu de um dos buracos que as fadas menores eram mantidas 🫠.
Então tipo, a corte noturna não foi atacada em si, porque muito do território dela permanece desconhecido (e sabemos que a mãe da gwyn conseguiu até entrar na corte, como eu não sei, porque supostamente fronteiras) e posso afirmar que isso é um fato, em ACOMAF temos o pov de Feyre onde Tamlin diz que o templo que ela ouviu que foi atacado era um dos poucos lugares conhecidos da corte. Mas ao que parece, as fadas que viviam em territórios vastos e conhecidos foram arrastadas para a montanha, e muito possivelmente foi Rhsyand quem os arrastou, ele talvez tenha selecionado aqueles que iriam, diversificando os tipos de fadas pra que Amarantha nem sonhasse que existia mais (Velaris). A cidade escavada com certeza foi, e os illyrianos também, acredito que por serem uma espécie guerreira também fosse motivo pra Amarantha não querer eles fora de vista. Então não, Rhsyand não protegeu a corte (ele até caçou os illyrios que apoiaram Amarantha pra sobreviver, mesmo que eles não tivessem feito nada que chegasse aos pés dele), ele protegeu a cidadezinha brilhante que ele sempre sonhou em morar. Pra ele é tudo o que importa
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bea28 · 3 years ago
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ACOTAR fanfics
(no i haven’t read any of these YET) and i’m still editing this post!
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✔️ read
🔜 want to read
AO3
Series:
Nesta’s Fantasies - by Emilia3546
Yours ✔️
Playing with the spy master ✔️
Just you ✔️
Betrayal ✔️
Eyes on me ✔️
🔜 A Court of Mist and Fury: Rhysand's POV by illyriantremors
ACOMAF Part 1: The House of Beasts (Rhys POV) ✔️
ACOMAF Part 2.1: the house of wind (Rhys POV) ✔️
ACOMAF Part 2.2: The House of Wind Cont’d (Rhys POV) ✔️
ACOMAF Part 2.3: The House of Wind Cont’d (Rhys POV) ✔️
ACOMAF Part 3.1: The House of Mist (Rhys POV) ✔️
Gwynriel fics - by mercurianbisous
Voices in the Shadows
Claiming you
It’s always been you
Hands all over
Purple
With you between my arms
As a joke
These platonic delights
A little loss of innocence
Solos:
The Bat Boys ✔️
A Solstice to Remember ✔️
this one is a enigma :)
The poison you call love
Wattpad
a court of shadows and betrayals
Corte de almas e sombras
A Corte de Asas e Espadas
A Queda das Estrelas
Corte de Sonhos e Estrelas
Uma Corte de Sonhos e Teorias
A Court Of Song And Shadow
Warriors
O Trio Illyriano e Feyre
A Court of Shadows and Scars
Corte de Chamas e Sombras
watching (+18)
Corte the Paixão e luxúria
Gwyn & Azriel, a sacerdotisa e o encanador de sombras
Corte de Sombras e canções
Encantador de Sombras
Corte do Alvorecer
(+18)
Corte dos Sonhos e Pesadelos
Sharing Heaven
SpiritFanFiction
Corte de Amor e Cicatrizes
As estrelas que ouvem e os sonhos que são atendidos
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corales1 · 3 years ago
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Conto de Poder e Encanto.
* Ei Amores, cá estou eu de novo, espero que gostem e aproveitem este capítulo, está mais longo, mas foi preciso...beijos a todos e todas Elriel do meu coração...
*Hey my lovers, here I am again, I hope you like and enjoy this chapter, it's been longer, but it was necessary... kisses to all Elriel from my heart...
Conto de Poder e Encanto - Por Vanessa Corales
Capítulo 8 - A Mudança
Azriel sentiu seu coração descompassar de tão rápido que batia...seu corpo todo ficou tenso com a menção ao “parceiro” da mulher que ama e a notícia de sua vinda…. - O que ele quer? Porque ele quer vê-la? - Ela nunca quis nem mesmo falar com ele, não se sente à vontade, por que isso agora? Qual o propósito desta visita? - Rhys você está sabendo de algo? Se sabe me diga agora! Se ele tentar forçar algo ou levar Elain...Rhys eu juro que….bradou Azriel.. - Pare Azriel! Acalme-se! ordenou Rhys. - E não sei de nada sobre esta visita...Feyre acabou de me informar e eu repassei a notícia a você… - Portanto sei tanto quanto você.. - E não acredito que Lucien seja capaz de impor alguma coisa a Elain, ainda mais dentro de nossa Corte, não creio que ele seja um macho deste tipo e sei que você acha o mesmo...Azriel respirou fundo.. - Eu sei! - Porém...Rhysand soltou com uma pausa, como se sopesando o impacto do que iria dizer agora...Azriel congelou com a pausa e levantou o olhar ao irmão perguntando.. - Porém o que?.... - Elain foi informada da visita de Lucien e pediu que Feyre o enviasse para a Casa da Cidade para um jantar com ela...a sós… Desta vez Azriel não teve controle sobre nenhuma parte do seu corpo, que desabou na cadeira atrás dele….batendo com todo o seu peso...seu irmão gesticulava a sua frente...falava, olhando para os ferimentos e curativos que Azriel ainda possuía em seu corpo e suas asas, e com os quais Azriel nem se preocupou enquanto caía na cadeira….na verdade ele não estava sentindo nada...não estava ouvindo nada….seus olhos estavam fixos agora, enquanto seu irmão segurava seu rosto e tentava falar com ele...mas ele não ouvia...sua mente estava paralisada, ele estava em choque e preso naquela última frase que Rhysand proferira…”Elain foi informada da visita de Lucien e pediu que Feyre o enviasse para a Casa da Cidade para um jantar com ela...a sós”..... - AZRIEL! uma voz grave...uma ordem que arranhou sua mente e um ardor no rosto….sim.. de um tapa...foi o que conseguiu tirar Azriel do transe em que estava a alguns minutos… - Azriel!...Rhysand chamou mais uma vez, quando viu Azriel piscar e olhá-lo… aquele olhar…..um olhar que estremeceu o coração de seu irmão, que suspirou e se ajoelhou à sua frente….enquanto Azriel deixava a cabeça cair e suas mechas negras escorrerem pelo seu rosto…Ele levantou a cabeça e olhou para o jardim e deu um longo suspiro…. - Eu fui um idiota! Perdi tanto tempo! Será que eu perdi a única pessoa que já amei em toda minha vida por ter sido um covarde de novo? falou com as lágrimas caindo.. - Azriel escute! Não sabemos de nada, nem sequer temos noção do que se passa na cabeça de Elain… - Muita coisa mudou Az...ela mudou….mas isso não quer dizer que o que ela sentia por você tenha mudado… - Mas eu a deixei Rhys! Eu a abandonei quando ela me queria e ainda disse que era um erro nós dois… - Eu sei irmão, e mesmo assim ela foi atrás de você e o salvou...Todos tentaríamos sem sombra de dúvidas, mas não! Ela o fez...Ela quis!...Ela estava disposta a morrer por você!.. - Eu sei, mas e se ela se cansou de esperar? Se ela estiver disposta a dar uma chance à parceria, afinal Lucien é de fato um bom macho...Azriel soltou a frase encolhendo os ombros, como se estivesse se sentindo inferior ao macho de quem falavam… - Não seja estúpido Azriel! bradou Rhysand, - acabamos de tampar esse buraco que você insistia em se enfiar com seu senso de inferioridade e então no primeiro obstáculo, você quer abri-lo à unhas e se atirar novamente? PELOS DEUSES AZ!! o que há com você…não havia nada menos que dor e carinho nas palavras de Rhys.. - Desculpa irmão! Azriel disse respirando fundo... Mas eu nunca me senti assim...por ninguém..nunca quis tanto alguém como eu a quero...e quando ouvi você falar, foi como se….como se uma bomba tivesse sido jogada em meu peito...doeu só de pensar nela com outro...de perdê-la… Azriel suspirou profundamente, fechando os olhos e logo abrindo-os novamente...como se clareando as ideias que estavam em sua cabeça… - Mas eu não vou desistir! não agora...eu não posso me
permitir, não consigo...não vou...eu preciso dizer a ela...preciso mostrar a ela o que sinto...Os olhos de Rhysand brilharam intensamente e um sorriso largo de orgulho e carinho, se instalou em seu lindo rosto ao ouvir as palavras ditas pelo irmão… - Muito bem então Azriel!.. - Mas antes que você tente sair imediatamente voando atrás de sua amada e caia de cara no chão..”de novo”... a ironia nas últimas palavras não passaram despercebidas por Azriel, que resmungou com desgosto pela lembrança… - Você irá descansar e se recuperar… - O que? - Não!...Eu vou...Bradou Az… - Não vai coisa nenhuma!….você não tem condições de ir a lugar algum agora...Você irá descansar e se preciso for, eu mesmo te levo lá amanhã… - Acredito que nem mesmo Elain com todo o seu enorme coração, irá me perdoar ou perdoar você, se aparecer parecendo um Illyriano moribundo na porta dela...Rhys falou apontando a mão para Azriel...que se olhou e não pode deixar de dar razão ao irmão….ele estava pálido ainda e cheio de curativos...e realmente sentia dor em todos os lugares, mesmo que menos intensamente agora…. - Está bem! ...Rhys riu como um felino…. e Azriel conteve a vontade de esbofeteá-lo, mas riu e lançou os braços em seu ombro para voltar para dentro de casa e descansar...ele queria poder dormir agora e esperar que a noite passasse como um raio...ele precisava falar com Elain..queria vê-la e mudar de uma vez por todas a sua vida, e torcia para que ela o aceitasse e que não fosse tarde demais…
Elain.
A manhã foi mais intensa do que Elain gostaria, mas ela sabia que não seria diferente. Ela sabia que depois de todos os acontecimentos, de tudo que mudou e da decisão que ela havia tomado e da nova vida que ela tinha escolhido para sí, pelo menos por agora..e que literalmente estava diante dela, bem atrás das portas da Casa da Cidade, onde ela estava parada neste momento..como se ponderando uma última vez se deveria...Ela respirou fundo e então empurrou as portas...a casa estava exatamente como haviam deixado quando mudaram para a nova Casa do Rio...mas o silêncio era perturbador...até Elain adentrar pelo corredor e escancarar as janelas e deixar a leve brisa do Sidra inundar a casa e os sons de Velaris começarem a invadir seu “novo” lar e seus ouvidos...foi impossível para ela não sorrir nesse momento...sua jornada começava agora… Nuala e Cerridwen, surgiram de suas sombras, onde permaneceram dando a privacidade deste momento a Elain… Ela agradeceu em um aceno as duas pela consideração, e então começaram a arrumar suas coisas...Ela não levara muita coisa, pois de fato não tinha muitas coisas, apenas roupas, calçados e seus itens de jardinagem que ela não poderia esquecer...Já havia pensado tantas vezes em como estaria seu jardim favorito...aquele em que ela delicadamente trabalhou enquanto se curava de tudo que havia passado...um jardim que ela viu nascer do nada, crescer e florescer..assim como ela...O jardim que iluminou os dias mais sombrios dela...onde derramou suor, lágrimas e sangue...mas onde também ela descobriu as mais bonitas nuances...fosse de um luar por entre as flores, um pôr do sol que irradiava as mais belas cores...o cheiro da terra molhada...os flocos de neve caindo sobre o verde...ou a luz de sol moldando as mais belas asas Illyrianas, ou os discretos mas ainda assim os mais belos sorrisos que somente ela vira...não tinha como ela pensar neste jardim sem pensar nos momentos que passou com Azriel. Não havia um momento sequer, desde que começou a se recuperar que Elain não pensasse ou não estivesse com ele...cada minuto roubado de seu tempo, ela fazia com que valesse a pena...mesmo que fosse para apenas ficarem no mesmo lugar...o seu jardim…em silêncio, apenas apreciando a companhia um do outro.
Mas agora, tudo isso não passavam de lembranças...ela sabia que muito havia mudado...sabia onde estavam, após a situação do solstício...mesmo que ela soubesse tudo o que havia ocorrido naquela noite...mesmo que não tivesse dito a ninguém...pois ela esperava que Azriel tivesse a coragem de assumir...pois ele precisava da libertação tanto quanto ela….libertação de seus medos...dores e solidão eterna que o assombravam….somente se ele se libertasse, se se permitisse sentir o quanto ele é amado...ele poderia amar alguém com a mesma intensidade...e era isso que ela queria dele, que ela precisava...que desejava...que ele a amasse intensa e abertamente ...sem restrições...sem amarras….sem contenção… um amor livre...mas não foi o que aconteceu...e talvez agora, nunca acontecesse…
Elain estava mergulhada nesses pensamentos, quando uma sensação reconfortante tomou conta de sua mente...ela suspirou voltando à realidade e permitindo acesso de sua irmã em sua mente…. - Como você está? Como estão as coisas na mudança para a nova vida Elain? a voz de Feyre era suave e cheia de carinho…. Elain abriu um sorriso e respondeu - Estou bem Feyre, acho que nunca estive tão pronta para uma mudança, quanto agora… - Acho que irei ficar bem...eu preciso...eu mereço… - É claro que merece, Elain! - Mas eu irei sentir sua falta..mesmo que você esteja na mesma cidade… Elain podia sentir que sua irmã estava com os olhos marejados, assim como ela estava ficando agora - Feyre! já conversamos esta manhã, quando nos despedimos, estarei sempre disponível para você! Sempre minha irmã! não quero me afastar de nossa família...eu só preciso de espaço e um pouco de tempo sozinha..preciso organizar minha mente e minha vida… Elain sentiu o aconchego como se fosse um abraço em sua mente, e fechou os olhos querendo retribuir o carinho.. - Entendo Elain! E você tem toda a razão.. - Você merece viver a sua vida...à sua maneira, como você escolher e desejar...você e somente você, deve decidir o que é melhor para você… - Eu te amo Elain! Nós todos te amamos!... - Oh Feyre! Eu não acredito que você vai me fazer chorar de novo, nos despedimos a algumas horas, pela mãe!....Elain sorriu, e Feyre também…. - Elain!, a voz de Feyre havia caído um tom, Elain pode perceber… - O que foi Feyre? sua pergunta também saiu mais baixa do que ela gostaria… - Lucien está vindo à Corte Noturna esta semana, e pediu para falar com você, se você aceitasse. Elain ficou em silêncio por alguns segundos, e antes que pudesse responder, sua irmã falou. - Elain, a decisão é sua...somente sua, não dei nenhuma resposta a ele, informei que falaria com você e que você decidiria. - Também não mencionei a ele sua mudança, só farei se você permitir. - Está tudo bem! respondeu Elain, antes que a irmã continuasse, - Eu aceito vê-lo Feyre! ...Feyre pareceu se espantar com a resposta, - Você tem certeza Elain? - Eu posso dar qualquer resposta a ele e ele terá que aceitar.. - Eu tenho certeza Feyre! - Pode confirmar sim, eu receberei Lucien!.. - Está bem Elain! Você quer que façamos um jantar ou… - antes que Feyre terminasse o raciocínio Elain interpelou.. - Não! O receberei aqui! Sozinha!...Elain estava decidida… - Sozinha Elain? Mesmo conhecendo Lucien, eu não sei se seria uma boa idéia. - Feyre por favor entenda! - Eu não quero mais depender de ninguém me escorando quando preciso de algo..Elain respirou, pois sentiu que as palavras tinham saído mais ácidas do que ela pretendia… - Feyre me perdoe! não tive a intenção, é que já passou da hora de Lucien e eu termos esta conversa..na verdade qualquer conversa..eu sei que em parte foi culpa minha todo este tempo que mantive ele afastado, mas não tinha como ser diferente, eu precisava primeiro assimilar tudo que havia acontecido comigo...aceitar tudo que foi arrancado de mim, e o que fora imposto sem escolha, e quando me recuperei eu senti que…
- Não importa Feyre! Eu acho que devo a nós dois esta conversa.. - E sei que não conseguiria se fosse em sua casa, minha irmã.. eu não saberia lidar com todos sabendo, mesmo que não interfiram, e é capaz de eu perder a coragem de falar tudo que preciso...e depois tem o AZ!...Elain pensou alguns segundos no que ia falar… - Azriel está ferido e se recuperando, precisa de descanso e tranquilidade, já tivemos o jantar na outra noite, e como ele...ele não se sente à vontade com Lucien, prefiro não incomodá-lo.. Feyre ouviu cada palavra e então apenas assentiu a irmã.. - Tudo bem Elain! Eu avisarei Lucien, e direi a ele que te encontre na Casa da Cidade, mas me prometa que qualquer coisa, você irá me avisar imediatamente?.. -Claro Feyre, mas não esqueça que sei me defender agora...e sei que Lucien é..um bom macho..ele não me fará mal...eu sei disso...só precisamos deste tempo juntos, para acertarmos as coisas.
Depois de algumas horas de arrumação pela casa, tentando adaptar o espaço à sua maneira, Elain caiu exausta em sua cama, o sol já se punha no horizonte, e ela levantou para ver as cores que pintavam o céu… alí ela repassou cada momento e notícia que recebera nas últimas horas...havia mudado de casa...estava sozinha, mas desta vez era a solidão optativa, uma solidão que ela almejava há algum tempo...e seu..e Lucien estava vindo...e ela iria recebê-lo..aqui em sua nova casa...sozinha...Elain não conseguiu conter o embrulho em seu estômago...ela decidiu isso, precisava desta conversa...ela tinha decidido que faria isto assim que tivesse uma oportunidade, mas não esperava que fosse tão rápido...ela não havia parado pra pensar direito ainda por onde começar, mas sabia que teria que decidir logo...pois assim que falou com Feyre nesta tarde, ela recebera o retorno de que Lucien iria antecipar a visita, já que Elain tinha aceitado, e então viria na próxima manhã...pois ele também ansiava por este encontro tanto quanto ela, mesmo que talvez não pelos mesmos motivos, Elain imaginava. Nada disso, este convite aceito, não mudava nada em relação ao que ela sentia sobre a parceria...Elain não queria um parceiro. Não assim, não por imposição de quem ou que fosse…
Sua vida toda a partir de agora, seria moldada pelas suas escolhas, e ela não abriria mão disso...não mais.
Azriel
O dia parecia não ter fim para Azriel, ele passou pelos cuidados de Madja, que ainda deu algumas broncas indicando que ele deveria descansar mais...mas sabia que não adiantaria insistir com um marmanjo de mais de 500 anos, ela estava muito velha para isso….Depois disso, ele não teve mais um minuto de sossego em sua mente, que parecia um carrossel de tanto que girava, eram muitas informações , acontecimentos e sentimentos rodopiando em seu interior...Feyre tentou acalmá-lo com um chá, enquanto trazia Nyx para vê-lo..Pelo menos por alguns minutos ele se contentou em brincar e se envolver com seu pequeno sobrinho, foi o único momento em que ele se permitiu para de pensar...mas assim que ficou sozinho novamente, Azriel não conseguiu parar de pensar, em Elain..em tudo que havia acontecido nos últimos dias, e o que vinha acontecendo a muito tempo...tudo o que ele vinha sentindo pela bela feérica uma vez humana, que adorava flores e que simplesmente se apossou de cada milímetro do seu ser e seu coração. jamais ele se sentira assim, ele nunca esperou que sua vida mudasse tanto, que ele mudasse tanto...que a rejeição era dolorida, mas amar também poderia machucar...ele não tinha idéia do que iria fazer, do que diria, de como encararia Elain e mostraria a ela o quanto ele a amava, só sabia que precisava e iria fazer. Ele sentiu uma dor aguda e teve que se conter para não desabar ou esmurrar a parede quando soube que Lucien havia antecipado a visita, já que Elain estava disposta a recebê-lo...Azriel não conseguia parar de rosnar pensando em Elain sozinha com o macho naquela casa...ele não conseguia ver nada a frente de seus olhos, além da imagem dos dois sozinhos...e isso o atormentaria até o último segundo...ele tentou argumentar com Rhys e Feyre, que deveria ir ainda esta noite até Elain, para conversar com ela, antes da visita de Lucien, antes que qualquer decisão fosse tomada por Elain, sem saber dos sentimentos dele...mas seus irmãos foram enfáticos, em pedir que ele desse este tempo a Elain, e que tinham certeza que ela não tomaria nenhuma atitude ou decisão sem pensar...e que o mais sensato era ele esperar….então era o que ele faria...mesmo que isso estivesse esmagando seu coração como uma ameixa.
Elain.
A noite passada foi um verdadeiro martírio, por mais cansada que estivesse, Elain só conseguiu dormir algumas poucas horas, sua cabeça estava muito agitada, com toda mudança do dia e a expectativa para a visita que ela esperava esta manhã.
Só restava então tentar afogar os pensamentos, com a mão na massa, então ela saltou da cama e partiu para a cozinha, preparar o café.
Elain se ocupou até o completo amanhecer com Nualla e Cerridwen, preparando o café da manhã e terminando de ajeitar a casa à sua maneira...depois subiu para o seu quarto para se trocar e aguardar seu convidado.
Pontual como sempre, Elain sentiu mais do que viu, quando Lucien chegou a propriedade e ela pode notar seu nervosismo enquanto ponderava em frente a porta, antes de bater. E antes que ele pudesse, Elain abriu a porta. - Olá Lucien! Bom dia, ela cumprimentou…depois de alguns segundos piscando, Lucien respondeu - Bom dia Elain. Com toda a cortesia e reverência costumeiras dele...Elain abriu a porta e deu o lado para que ele entrasse..e assim ele o fez.
- Estamos servindo o café, vamos. Elain disse, com uma leveza e um pequeno sorriso, que jamais fora direcionado ao ruivo...ele simplesmente assentiu e respondeu - Claro, vamos..então os dois partiram para a sala de jantar.
Elain não podia negar que estava nervosa, tentava várias vezes não torcer as mãos no vestido ou cerrar os punhos não por medo ou algum sentimento ruim, mas pelo verdadeiro desconforto que sentia com aquele vínculo, mesmo que ínfimo, ela podia sentir em seu âmago era um fio velho, desvanecido e extremamente delicado, como se pudesse se partir a qualquer momento...por mais que fosse o que ela queria, não sabia como e nem o que causaria a ambos… - Vejo que aconteceram algumas mudanças consideráveis em sua vida Elain? Lucien disse com toda a delicadeza, - Sim, digamos que já estava na hora de algumas mudanças...Elain respondeu sincera… - Eu precisava..eu preciso me encontrar, descobrir o meu lugar e o que quero para minha vida, e não conseguiria isso em outras circunstâncias… a solidão sempre me ajudou a pensar melhor e meus irmãos foram generosos em me apoiar nessa decisão… - Soube o que aconteceu com você na última semana...Feyre me informou...você foi muito...corajosa, as palavras de Lucien pareceram sair com um certo receio… - Eu era a única que podia fazer alguma coisa, então eu fiz… - Se houvesse outra opção, talvez eu não tivesse me envolvido. Não sei se é uma questão de coragem...Elain ponderou… - É sim Elain! mesmo que não houvesse opções, você poderia ter recuado, mas você escolheu lutar. - Você é mais corajosa do que pensa. Elain não pode deixar de corar um pouco com o elogio. A conversa seguiu e fluiu amena, Elain pensou em porque nunca se permitiu conhecer Lucien de verdade, se não foi egoísmo de sua parte afastá-lo, vendo e conversando coisas simples agora, ela notou que seria de fato, muito fácil para ela ser amiga dele...não mais do que isso, pois a cada minuto que passava ela sentia...ou melhor não sentia, nada além de vazio e silêncio naquele fio entre eles..Ela se pegou divagando em seus pensamentos, quando Lucien a chamou de volta.. - Posso perguntar em que você está pensando Elain? Elain piscou.. - Sim, me desculpe...é que ...ela parou para pensar se deveria...mas então decidiu que sim, já passava da hora…. - Lucien, você alguma vez realmente sentiu o vínculo entre nós? digo, sentiu ele chamando...indicando algo mais do que.. um fio desfiado e apagado? ...Lucien ficou com o corpo tenso com as perguntas, mas suspirou e falou - Na verdade Elain, eu só consegui senti-lo mais firme, quando você saiu do caldeirão e quando tentei alcançar você através dele para tentar te trazer a realidade, após sua vinda para esta Corte… - Depois disso, eu até tentei manter aquela sensação, mas como eu notei que você fazia o possível para me afastar, eu acabei..parando de tentar alcançá-lo..era exaustivo...Elain notou o cintilar dos olhos de Lucien, não em desgosto, mas em sinceridade..
- Lucien, nunca foi minha intenção machucá-lo, mas não havia como aceitar essa situação..eu não tive escolha..tudo foi tirado de mim, arrancado sem piedade...e a imposição de algo que eu não queria e não desejava, por aqueles que fizeram parte de minha ruína, não tinha como eu aceitar… - Lucien ouvia tudo com atenção… e respondeu - Eu sei Elain! Não precisa explicar ou reviver isto… - Eu jamais pensei que teria uma parceira, foi tudo tão novo pra mim também, por isso eu arrisquei tentar manter o contato com você, tentei me aproximar, ver se poderíamos desenvolver alguma conexão, mas….como você foi me afastando, eu pude perceber que isso jamais aconteceria...na verdade agora eu vejo com clareza, que mesmo se tentássemos, se aceitássemos o vínculo como era esperado, nós não seríamos felizes...e posso dizer com a experiência que tenho de vida, de tudo que já vi e vivi, de todos os casais parceiros ou não que já conheci, que nenhum de nós merece uma parceria sem amor..da qual não possa encontrar nada menos do que a felicidade...nós merecemos ser felizes..os dois...mesmo que separados. Elain sorriu para ele, mesmo que as lágrimas estivessem correndo agora pelo seu rosto...ela as enxugou e disse.. - Lucien, como é bom saber que você entende tudo isso, eu também acredito que merecemos ser felizes, e que jamais seremos se nos apegarmos a uma obrigação ultrapassada e que nos tirou a possibilidade de escolha em nossas vidas.. - Eu preciso saber que a minha vida, será ditada conforme as minhas regras...as minhas vontades e anseios, e não por que me foi imposto...e você merece alguém que enxergue quem você é de verdade, este macho sábio, altruísta e bonito que você é.. Lucien gargalhou com o elogio, e Elain não pode deixar de sorrir de volta para ele…. - Obrigada Elain, mesmo me recusando você me elogia, isto é novo… - Elain corou e brincou, você é de fato bonito, mas espero que você encontre alguém que veja além de sua beleza exterior, fui criada com as pessoas bajulando apenas o que estava a vista dos olhos, mas o que importa de verdade é o que se carrega dentro de você. Lucien acenou em agradecimento pelo carinho exposto nas palavras de Elain… - Bom, eu preciso ir Elain! a conversa havia fluído tão bem, e tão a vontade que Elain nem percebeu que já era quase meio dia… - Claro! mas Lucien.. o que faremos? em relação ao ...vínculo? Elain perguntou calmamente, apesar dos dois estarem de acordo, era um assunto delicado para os dois.. - Não há como quebrar esta ligação Elain! mas você está livre para recusá-la, e eu aceito sua recusa, não posso garantir que não será ...doloroso para nós, talvez mais para mim, mas nada que não possa ser superado, falarei com Rhys agora no retorno e informarei nossa decisão, e também verei com Hélion se há alguma forma menos “difícil” de fazer isso. Elain acompanhou Lucien até a porta, antes que o macho Outonal partisse, Elain disse - Lucien! Obrigada! Obrigada por devolver minha vida e buscar a sua também...sem amarras e regras..espero que seja muito feliz. Então antes que ele pudesse responder, Elain o abraçou..sem nenhuma imposição, apenas por que ela queria… Lucien ficou imóvel por um segundo, então abraçou a pequena fêmea de volta, sem restrições e sorrindo para ela disse, - Seja feliz Elain! e espero que possamos ser amigos.. - Já somos! ela respondeu devolvendo o sorriso. Elain ficou alguns minutos na porta, pensando em tudo que havia acontecido nesta manhã, e não conseguia disfarçar o sorriso que brotava em seu rosto, ela finalmente estava..livre.
Azriel
Azriel estava impaciente, levantou cedo, pois não conseguia mais ficar deitado, pensando em Elain e Lucien, nem mesmo conseguiu tomar café direito..Estava contando os minutos para poder partir e falar com Elain… Rhys após muito argumentar já havia convencido ele de que era melhor esperar que Lucien fosse embora para não causar nenhum problema...ele não queria deixar espaço ou margem para que Lucien pudesse de alguma forma convencer Elain de qualquer que fosse sua intenção...ele queria ...ele precisava que ela soubesse de seus sentimentos logo, ou ele iria explodir...foi uma tortura, mas ele aceitou esperar até o meio da manhã…depois disso Rhys atravessaria com ele, e caso Lucien estivesse lá ainda, ele consideraria esperar no jardim até que ele partisse..sem mais condições...era isso ou ele mesmo atravessaria pelas sombras, mesmo que caísse de cara no chão da casa de Elain…
E como combinado, Rhys aceitou e então no meio da manhã, ele atravessou Azriel até a propriedade..assim que pousaram no jardim, os espectros avisaram Rhys que Lucien ainda estava na casa, então eles permaneceram no jardim devidamente protegidos para que seus cheiros e presença não fossem notados e tudo acabasse saindo do controle.
- Azriel você precisa esperar, não poderei ficar aqui, mas me prometa que não fará nenhuma besteira irmão? pediu Rhys colocando uma mão em seu ombro… - Claro que não! Eu vou esperar, pode ir. Azriel respondeu… - Ok! se precisar me chame, e boa sorte AZ! com uma piscadela, Rhysand sumiu nas sombras. Azriel ficou alí...ele teria que ficar e esperar.. até que pudesse ter Elain somente para ele de uma vez por todas, pelo menos era o que ele esperava, no entanto agora suas mãos tremiam e suavam pensando se ele teria esta chance, ou se era tarde demais.
Apesar do tempo sem cuidados, Azriel notou que o jardim permaneceu bonito, não tanto quanto era quando Elain e sua família moravam lá, e ela dedicava maior parte do seu tempo cuidando dele..mas ainda tinha seu toque em tudo alí...ele lembrava a cada passo que dava por entre os canteiros, dos momentos que passou com Elain neste jardim, somente apreciando a companhia um do outro, absorvendo o silêncio agradável que era uma marca dos dois...lembrava dos pequenos gestos, olhares e sorrisos trocados...de cada desabrochar de sentimentos..estes que agora o estavam matando...Azriel nunca foi uma pessoa impaciente, por ser um mestre espião experiente, ele sabia que às vezes o tempo era fundamental, mas ele não estava em uma missão, e seu coração não ajudava em nada, batendo com um maldito descontrole em seu peito...seus ouvidos já estavam zumbindo com o estrondo que as batias faziam...ele nunca...nunca em sua vida, esteve assim tão vulnerável e indefeso, ele deu Graças a mãe, por não estar em uma missão ou um ataque, pois certamente seria morto...ele suspirou tão alto, que o som o tirou dos devaneios...esfregando o rosto, ele devagar foi se virando para retornar até as mesas do jardim, tão distraído...tão alheio que nem percebeu ou sentiu quem estava bem atrás dele..o que fez suas asas farfalharem no exato momento, em que se virou completamente e encontrou os olhos de Elain fixos nos dele… - Azriel? O que você faz aqui no jardim?
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Tale of Power and Enchantment - By Vanessa Corales
Chapter 8 - The Change
Azriel felt his heart out of step with how fast it beat...his whole body tensed at the mention of the “partner” of the woman he loves and the news of his coming…. - What does he want? Why does he want to see her? - She never even wanted to talk to him, she doesn't feel comfortable, why is that now? What is the purpose of this visit? - Rhys, do you know something? If you know tell me now! If he tries to force something or take Elain…Rhys I swear….screamed Azriel.. - Stop Azriel! Calm down! ordered Rhys. - And I don't know anything about this visit... Feyre just informed me and I relayed the news to you... - So I know as much as you do... - And I don't believe Lucien is capable of imposing anything on Elain, even more inside our Court, I don't think he's a male of this type and I know you think the same... Azriel took a deep breath... - I know! "However…" Rhysand let out with a pause, as if weighing the impact of what he was going to say now… Azriel froze with the pause and looked up at his brother asking. informed of Lucien's visit and asked Feyre to send him to the Town House to have dinner with her…alone… This time Azriel had no control over any part of his body, which collapsed into the chair behind him…. all his weight...his brother was gesturing in front of him...he spoke, looking at the wounds and bandages that Azriel still had on his body and wings, and which Azriel didn't even care about as he fell into the chair...on true he wasn't feeling anything...he wasn't hearing anything...his eyes were fixed now, as his brother held his face and tried to talk to him...but he couldn't hear...his mind was paralyzed, he was in shocked and caught in that last sentence Rhysand had uttered…” Elain was informed of Lucien's visit and asked Feyre to send him to the Casa da Cidade for a dinner with her... alone”....- AZRIEL! a deep voice...an order that scratched his mind and a burning in his face....yes...from a slap...that was what managed to get Azriel out of the trance he was in a few minutes... - Azriel!...Rhysand he called once more, when he saw Azriel blink and look at him… that look…..a look that shook his brother's heart, who sighed and knelt in front of him….as Azriel let his head drop and his black locks run down by his face…He lifted his head and looked at the garden and took a long sigh…. - I was an idiot! I lost so much time! Have I lost the only person I've ever loved in my life for being a coward again? spoke with tears falling.. - Azriel listen! We don't know anything, we don't even know what's going on in Elain's head... - A lot has changed Az...she has changed...but that doesn't mean that what she felt for you has changed... - But I left her Rhys! I left her when she wanted me and even said it was a mistake for both of us… - I know brother, and even so she went after you and saved you… We would all try without a shadow of a doubt, but no! She did it...She wanted to!...She was willing to die for you!... - I know, but what if she got tired of waiting? If she is willing to give the partnership a chance, after all Lucien is indeed a good male... Azriel blurted out the sentence shrugging his shoulders, as if he was feeling inferior to the male they were talking about... - Don't be stupid Azriel! cried Rhysand, "we just plugged that hole you insisted on getting into with your sense of inferiority and then at the first hurdle, you want to nail it open and throw yourself again?" BY THE GODS AZ!! what's up with you…there was nothing less than pain and affection in Rhys' words.. -Sorry brother! Azriel said taking a deep breath... But I've never felt this way...for anyone...I've never wanted someone as much as I want them...and when I heard you speak, it was like...like a bomb had been dropped on my chest...it hurt just thinking of her with another...of losing her... Azriel sighed deeply, closing his eyes and then opening them again...as if clearing the ideas that were in his head... - But I will not give up! not now... I can't allow myself, no I can't...I won't...I need to tell her...I need to show her how I
feel...Rhysand's eyes sparkled brightly and a wide smile of pride and affection settled over his handsome face as he listened. the words spoken by the brother… - Very well then Azriel!.. - But before you immediately try to fly off after your beloved and fall face down on the ground..”again”… the irony in the last words did not go unnoticed by Azriel, who grunted with disgust at the memory... - You will rest and recover... - What? - No!...I'm going...Bradou Az... -You're not going at all!....you can't go anywhere now...You'll rest and if necessary, I'll take you there myself tomorrow... - I believe that not even Elain with all her big heart, will forgive me or forgive you, if she appears looking like a dying Illyrian at her door...Rhys spoke pointing his hand to Azriel...who looked at himself and couldn't help but give reason to his brother….he was still pale and covered with bandages…and really felt pain everywhere, even if less intensely now…. - He is well! ...Rhys laughed like a cat…. and Azriel held back the urge to slap him, but he laughed and threw his arms around his shoulders to go back inside and rest...he wished he could sleep now and hope the night passed like a flash...he needed to talk with Elain... he wanted to see her and change his life once and for all, and he hoped she would accept him and that it wasn't too late...
Elain.
The morning was more intense than Elain would have liked, but she knew it would be no different. She knew that after all the events, everything that had changed and the decision she had made and the new life she had chosen for herself, at least for now…and that it was literally in front of her, right behind the doors of the House from the City, where she was standing right now...as if pondering one last time if she should...She took a deep breath and then pushed open the doors...the house was exactly as they had left it when they moved into the new Casa do Rio... .but the silence was unsettling...until Elain walked down the hall and flung open the windows and let the light cider breeze fill the house and the sounds of Velaris began to invade her "new" home and her ears...it was impossible for she didn't smile at that moment… her journey began now… Nuala and Cerridwen, emerged from their shadows, where they remained giving Elain the privacy of this moment… She nodded to both of them for their consideration, and then began to pack up their things. ..She didn't take much, because in fact she didn't There weren't many things, just clothes, shoes and her gardening items that she couldn't forget... She'd thought so many times about what her favorite garden would be like...the one she'd delicately worked on as she healed from everything she'd been through. ...a garden that she saw born out of nowhere, grow and blossom...just like her...The garden that lit up her darkest days...where she shed sweat, tears and blood...but where she too discovered the most beautiful nuances...were it a moonlight among the flowers, a sunset that radiated the most beautiful colors...the smell of the wet earth...the snowflakes falling on the green...or the sunlight molding the most beautiful Illyrian wings, or the discreet but still the most beautiful smiles that only she had ever seen...there was no way she could think of this garden without thinking about the moments she spent with Azriel. There hadn't been a moment since he started to recover that Elain didn't think or wasn't with him...every minute stolen from her time, she made it worth it...even if it was just to stay in the same place. ...your garden...in silence, just enjoying each other's company.
But now, all these were just memories... she knew that a lot had changed... she knew where they were, after the solstice situation... even though she knew everything that had happened that night... even if she didn't had told anyone...as she hoped Azriel had the courage to take over...as he needed release as much as she did....release from his fears...pains and eternal loneliness that haunted him....only if he himself freed, if he allowed himself to feel how much he is loved...he could love someone with the same intensity...and that's what she wanted from him, what she needed...wanted...he would love her intensely and openly…no strings attached…no strings attached….no restraint…a free love…but that's not what happened…and maybe now, it never happened… Elain was deep in these thoughts, when a comforting feeling took over her mind...she sighed coming back to reality and allowing her sister access into her mind.... - How are you? How are things moving towards Elain's new life? Feyre's voice was soft and full of caring…. Elain smiled and replied - I'm fine Feyre, I don't think I've ever been so ready for a change as I am now... - I think I'll be fine...I need...I deserve it... -Of course you deserve it, Elain! - But I'll miss you...even if you're in the same city... Elain could feel that her sister was teary-eyed, just like she was getting now - Feyre! we already talked this morning, when we say goodbye, I will always be available for you! Always my sister! I don't want to get away from our family...I just need space and a little alone time...I need to organize my mind and my life... Elain felt the warmth as if it were a hug in her mind, and closed her eyes wanting to reciprocate the affection... - I understand Elain! And you are absolutely right... - You deserve to live your life... in your way, as you choose and wish... you and only you, must decide what is best for you... - I love you Elain! We all love you!... - Oh Feyre! I can't believe you're going to make me cry again, we said goodbye a few hours ago, for the mother!....Elain smiled, and Feyre too.... - Elain!, Feyre's voice had dropped a tone, Elain could see… - What was Feyre? her question also came out lower than she would have liked… "Lucien is coming to the Night Court this week, and asked to speak with you if you would accept." Elain was silent for a few seconds, and before she could respond, her sister spoke. - Elain, the decision is yours... yours alone, I didn't give him any answer, I informed you that I would talk to you and that you would decide. - I didn't mention your change to him either, I'll only do it if you allow. - It's all right! replied Elain, before her sister continued, - I accept to see you Feyre! ...Feyre seemed startled by the answer, "Are you sure Elain?" - I can give him any answer and he'll have to accept... - I'm sure Feyre! - You can confirm yes, I'll receive Lucien!... - Okay Elain! Do you want us to have dinner or… - before Feyre had finished his reasoning Elain challenged.. - No! I will receive you here! Alone!... Elain was determined... - Alone Elain? Even knowing Lucien, I don't know if that would be a good idea. - Feyre please understand! - I no longer want to depend on anyone supporting me when I need something .. Elain took a breath, as she felt that the words had come out more acid than she intended ... - Feyre forgive me! I didn't mean to, it's just that it's past time for Lucien and I to have this conversation...in fact any conversation...I know it was partly my fault all this time I kept him away, but it couldn't be different, I I needed first to assimilate everything that had happened to me...accept everything that was ripped from me, and what was imposed without choice, and when I recovered I felt that...- Never mind Feyre! I think I owe this conversation to both of us... - And I know I couldn't if it were at your house, my sister... I wouldn't know how to deal with everyone knowing, even if they don't interfere, and I may lose the courage to speak everything I need...and then there's AZ!...Elain thought for a few seconds
about what he was going to say... - Azriel is wounded and recovering, he needs rest and tranquility, we already had dinner the other night, and like him. ..he doesn't feel at ease with Lucien, I'd rather not bother him .. Feyre heard every word and then just nodded to his sister .. - It's okay Elain! I'll warn Lucien, and tell him to meet you at the Town House, but promise me anything, you'll let me know immediately? is...a good male...he won't hurt me...i know that...we just need this time together, to make things right. After a few hours of tidying around the house, trying to adapt the space to her own way, Elain fell exhausted into her bed, the sun was already setting on the horizon, and she got up to see the colors that painted the sky… there she replayed each moment and news she'd received in the last few hours...she'd moved house...she was alone, but this time it was optional solitude, a solitude she'd been craving for some time...and her...and Lucien was coming...and she was going to welcome him...here in her new home...alone...Elain couldn't contain the roll in her stomach...she decided that, needed this conversation...she had decided she would do it as soon as she had an opportunity, but she didn't expect it to be so fast...she hadn't stopped to think straight yet where to start, but she knew she would have to decide soon...because as soon as she spoke to Feyre this afternoon, she had received the feedback that Lucien would anticipate the visit, since Elain had accepted, and then he would come the next morning... for he too longed for and This encounter as much as she did, even if perhaps not for the same reasons, Elain imagined. None of that, this accepted invitation, didn't change anything about how she felt about the partnership…Elain didn't want a partner. Not like this, not by imposition of anyone or anything... Her entire life from now on would be shaped by her choices, and she wouldn't give it up…not anymore.
Azriel
The day seemed to have no end for Azriel, he went through the care of Madja, who even scolded him indicating that he should rest more...but he knew it wouldn't do to insist with a grown man over 500 years old, she was too old to that…. After that, he didn't have another minute of peace in his mind, which seemed like a carousel as it rotated, there were many informations, events and feelings swirling inside him... Feyre tried to calm him down with a tea, while bringing Nyx to see him... At least for a few minutes he was content to play and get involved with his little nephew, it was the only time he allowed himself to stop thinking...but as soon as he was alone again, Azriel couldn't stop of thinking, of Elain... of everything that had happened in the last few days, and what had been happening for a long time... everything he had been feeling for the once-human fairy beauty, who loved flowers and who simply took possession of each millimeter of your being and your heart. he had never felt like this, he never expected his life to change so much, to change so much... that rejection was painful, but love could also hurt... he had no idea what he was going to do, what he would say, how he would face Elain and show her how much he loved her, he just knew he had to and he would. He felt a sharp pain and had to restrain himself from collapsing or punching the wall when he learned that Lucien had anticipated the visit, as Elain was willing to receive him... Azriel couldn't stop growling thinking about Elain alone with the male in that house...he couldn't see anything in front of his eyes but the image of the two of them alone...and that would torment him until the last second...he tried to reason with Rhys and Feyre, that he should go this far night to Elain, to talk to her, before Lucien's visit, before any decision was made by Elain, unaware of his feelings...but his brothers were emphatic, asking him to give Elain this time, and that they were sure she wouldn't take any action or decision without thinking…and that the wisest thing was for him to wait….so that's what he would do…even if it was crushing his heart like a plum.
Elain.
Last night was a real martyrdom, as tired as she was, Elain only managed to sleep a few hours, her head was very agitated, with all the change of the day and the anticipation for the visit she was expecting this morning. All that was left then was to try to drown out her thoughts, hands-on, so she jumped out of bed and headed for the kitchen to make breakfast. Elain busied herself until full dawn with Nualla and Cerridwen, preparing breakfast and finishing the house in her own way...then went upstairs to her room to change and wait for her guest. Punctual as always, Elain felt more than saw when Lucien arrived at the property and she could see his nervousness as he pondered in front of the door, before knocking. And before he could, Elain opened the door. - Hi Lucien! Good morning, she greeted…after a few seconds of blinking, Lucien replied - Good morning Elain. With all his customary courtesy and reverence... Elain opened the door and stepped aside for him to enter... and so he did. - We're serving coffee, let's go. Elain said, with a lightness and a small smile, that had never been directed to the redhead...he simply nodded and replied - Sure, let's go...then the two left for the dining room. Elain couldn't deny that she was nervous, trying several times not to wring her hands in her dress or clench her fists not out of fear or some bad feeling, but because of the real discomfort she felt with that bond, however slight, she could feel in her core was an old thread, faded and extremely delicate, as if it could break at any moment... no matter what she wanted, she didn't know how or what would cause them both... - I see that there were some considerable changes in her life Elain? Lucien said very gently, - Yes, let's say it was time for some changes... Elain replied sincerely... - I needed... I need to find myself, find my place and what I want for my life, and not I would have achieved this in other circumstances… Loneliness has always helped me to think better and my brothers were generous in supporting me in this decision…- I heard what happened to you last week... Feyre informed me... you were very... brave, Lucien's words seemed to come out with a certain trepidation... - I was the only one who could do something, so I did… - If there was another option, maybe I wouldn't have gotten involved. I don't know if it's a matter of courage... Elain pondered... - Yes Elain! even if there were no options, you could have retreated, but you chose to fight. - You're braver than you think. Elain couldn't help but blush a little at the compliment. The conversation continued and flowed smoothly, Elain thought why she never allowed herself to really know Lucien, if it wasn't selfish of her to push him away, seeing and talking simple things now, she realized that it would actually be very easy for her to be friends of him...no more than that, because with each passing minute she felt...or rather didn't feel, nothing but emptiness and silence in that thread between them... She found herself rambling in her thoughts when Lucien called to her back... - May I ask what you're thinking Elain? Elain blinked.. - Yes, I'm sorry...it's just that...she stopped to think if she should...but then decided yes, it's past time.... - Lucien, did you ever really feel the bond between us? I mean, did you feel him calling...indicating something more than...a frayed, unlit wire? ...Lucien tensed with the questions, but sighed and spoke, "Actually Elain, I just felt you steadier, when you came out of the cauldron and when I tried to reach you through it to try to bring you to reality, after your coming to this Court… - After that, I even tried to keep that feeling, but as I noticed you were doing your best to push me away, I ended up…stopping trying to reach you…it was exhausting…Elain noticed the twinkle in Lucien's eyes, not in disgust, but in sincerity...- Lucien, it was never my intention to hurt you, but there was no way to accept this situation...I had no choice...everything was taken from me, ripped away without mercy...and the imposition of
something I didn't want and didn't want , for those who were part of my ruin, there was no way I could accept… - Lucien listened carefully… and replied - I know Elain! You don't need to explain or relive this… - I never thought I would have a partner, it was all so new for me too, that's why I risked trying to keep in touch with you, I tried to get closer, see if we could develop some connection, but…. you kept pushing me away, I could see that this would never happen... actually now I see clearly, that even if we tried, if we accepted the bond as expected, we would not be happy... and I can say with experience that I have a life, of everything I've seen and lived, of all the couples partners or not that I've ever met, that none of us deserves a partnership without love...from which I can't find anything less than happiness...we deserve to be happy...the two...even if separated. Elain smiled at him, even though the tears were now running down her face...she wiped them away and said.. -Lucien, it's good to know you understand all this, I also believe that we deserve to be happy, and that we never will be if we cling to an outdated obligation that has taken away the possibility of choice in our lives... - I need to know that my life will be dictated according to my rules... my wishes and desires, and not because it was me tax...and you deserve someone who sees who you really are, this wise, selfless, handsome male that you are... Lucien chuckled at the compliment, and Elain couldn't help but smile back at him.... - Thank you Elain, even if you refuse me you praise me, this is new… - Elain blushed and joked, you are indeed beautiful, but I hope you find someone who sees beyond your outward beauty, I was raised with people fawning over just what it was the sight of the eyes, but what really matters is what you carry inside you. Lucien nodded his thanks for the affection displayed in Elain's words… - Well, I need to go Elain! the conversation had flowed so well, and so relaxed that Elain didn't even notice that it was almost noon… - Of course! but Lucien... what do we do? in relation to the...bond? Elain asked calmly, despite the two being in agreement, it was a delicate matter for both of them. - There is no way to break this bond Elain! but you're free to refuse it, and i accept your refusal, i can't guarantee it won't be...painful for us, maybe more for me, but nothing that can't be overcome, i'll speak to Rhys now on return and inform ours decision, and I'll also see with Helion if there's any less “difficult” way to do it. Elain walked Lucien to the door, before the Autumnal male left, Elain said - Lucien! Thanks! Thank you for giving my life back and getting yours too...no strings attached and no rules...I hope you're very happy. Then before he could respond, Elain hugged him…without any imposition, just because she wanted to… Lucien was still for a second, then hugged the little female back, unrestrained and smiling at her said, "Be happy Elain!" and I hope we can be friends.. - We already are! she replied returning the smile. Elain stood at the door for a few minutes, thinking about everything that had happened this morning, and couldn't hide the smile that had sprung up on her face, she was finally…free.
Azriel
Azriel was impatient, he got up early, because he couldn't lie down anymore, thinking about Elain and Lucien, he couldn't even have breakfast properly. it was better to wait for Lucien to leave so as not to cause any problems...he didn't want to leave room or margin for Lucien to somehow convince Elain of whatever he intended...he wanted...he needed her to know of your feelings soon, or he would explode…it was torture, but he agreed to wait until mid-morning…after that Rhys would cross with him, and if Lucien was still there, he would consider waiting in the garden until he left..without more conditions...was that or he would walk through the shadows himself, even if he fell face down on the floor of Elain's house... And as agreed, Rhys accepted and then mid-morning, he crossed Azriel to the property... as soon as they landed in the garden, the wraiths warned Rhys that Lucien was still in the house, so they remained in the garden properly protected so that their scents and presence were not noticed and everything would spiral out of control. - Azriel you need to wait, I can't stay here, but promise me you won't do anything stupid brother? asked Rhys putting a hand on his shoulder… - Of course not! I'll wait, go ahead. Azriel replied… - Okay! if you need to call me, and good luck AZ! with a wink, Rhysand vanished into the shadows. Azriel stayed there...he would have to stay and wait...until he could have Elain all to himself once and for all, at least that's what he expected, however now his hands were shaking and sweating wondering if he would have this chance , or if it was too late.
Despite the untended time, Azriel noticed that the garden remained beautiful, not as beautiful as it had been when Elain and her family lived there, and she spent most of her time taking care of it...but still had her touch on everything there...him he remembered every step he took through the flowerbeds, the moments he spent with Elain in this garden, just enjoying each other's company, absorbing the pleasant silence that was a mark of the two... he remembered the small gestures, looks and smiles exchanged ...of every blossoming of feelings...these that were now killing him...Azriel was never an impatient person, being an experienced spymaster, he knew that sometimes time was of the essence, but he wasn't on a mission , and his heart didn't help at all, pounding with a goddamn frenzy in his chest...his ears were already ringing with the bang the beats made...he never...never in his life, was he so vulnerable and helpless, he gave thanks to mother, for not being in a It was a mission or an attack, for he would surely be killed...he sighed so loudly, the sound brought him out of his reverie...rubbing his face, he slowly turned to go back to the garden tables, so distracted... so oblivious that he didn't even notice or feel who was right behind him…which made his wings rustle at the exact moment when he turned completely and found Elain's eyes fixed on his… "Azriel?" What do you do here in the garden?
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encvnto · 3 years ago
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game over + ellie
(   𝒔𝒆𝒏𝒅 ‘ 𝑮𝑨𝑴𝑬 𝑶𝑽𝑬𝑹 ’ 𝒕𝒐 𝒈𝒆𝒕 𝒂 𝒈𝒍𝒊𝒎𝒑𝒔𝒆 𝒐𝒇 𝒐𝒏𝒆 𝒐𝒇 𝒕𝒉𝒆 𝒘𝒐𝒓𝒔𝒆 𝒑𝒐𝒔𝒔𝒊𝒃𝒍𝒆 𝒆𝒏𝒅𝒊𝒏𝒈𝒔 𝒕𝒉𝒂𝒕 𝒄𝒂𝒏 𝒉𝒂𝒑𝒑𝒆𝒏 𝒕𝒐 𝒎𝒚 𝒎𝒖𝒔𝒆 𝒊𝒏 𝒕𝒉𝒆𝒊𝒓 𝒍𝒊𝒇𝒆   )
okay eu tentei fazer isso em pov , mas empaquei no meio do caminho , então aqui vai a versão comentada ...
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primeiramente, eu vejo isso mais num au!de acotar pois foi o “fim” mais trágico que consegui pensar pra ela. pra situar, nesse universo, a ellie é illyriana já que o pai dela é illyrian. eles são uma espécie de elfos alados, caracterizados por possuírem asas iguais as dos morcegos, extremamente machista e retrógrada. os meninos são criados desde cedo para serem guerreiros enquanto as meninas são muitas vezes obrigadas a tomar um papel secundário, tipo, só aprenderem a limpar e cuidar dos maridos e tudo mais.   —   obs: que é tudo culpa da @dorothva que no au trágico do dmitri assassinou a sangue frio o coitado quando a ellie era pequena , então ela não chegou a conhecer direito ou mesmo guarda muitas memórias. e isso por si só já é DOLOROSO pois quem conhece a ellie sabe o quão apegada ao pai ela é. mas fica pior ..............
ao contrário da peggy que sempre se interessou por lutas e estratégias de guerra , e queria mesmo se provar uma guerreira incrivelmente competente mesmo sendo muitas vezes menosprezada por ser mulher , a ellie nunca nem se interessou por isso. sabe o básico porque a irmã , junto de alguns guerreiros mais mente aberta , lutou muito pra conseguir montar um grupo de aulas de combate que ensinasse mulheres e ela foi dar apoio. só que realmente , não era a praia dela. na verdade, nem sabia porque a mãe permaneceu ali mesmo depois da morte do pai, ainda mais quando, por não ser illyriana, sempre foi vista e tratada como alguém de fora.  a única coisa que a ellie acreditava lhe definir, como qualquer illyrian, eram as asas dela. parece exagero falar isso, só que voar era a vida dela. em um ponto dos livros, um personagem fala que nascer alada é crescer escutando a música do vento e é muito isso pra ellie. era a música que ela não conseguia viver sem , tão essencial quanto respirar. suas asas eram algo que a tornava ela própria. para situar, de novo, justamente pela sociedade ser tão machista, tão logo que as mulheres menstruam pela primeira vez, seus pais costumam “cortar” suas asas para que assim não consigam mais voar. por conta disso muitas mulheres até mesmo deixavam de comer tentando adiar ao máximo isso. um horror ao qual a ellie nunca nem cogitou passar ....... isso até acontecer.
por causa da sua beleza e a personalidade alegre e cativante, ela sempre atraiu muita atenção. com certeza não foram poucos os pedidos de casamento que ela recebia ainda muito jovem. o problema é que ela não conseguia se imaginar casada com nenhum deles pois a grande maioria compartilhava da mentalidade preconceituosa e isso batia diretamente de frente com os ideias dela. ainda que muitas mulheres illyrianas fossem oprimidas pela familia, dmitri e lyra ensinavam as meninas a serem confiantes e orgulhosas de si mesmo, a não abaixar a cabeça —  e foi algo que a lyra continuou ensinando mesmo depois que ele já não estava com elas. mesmo sem poder crescer tendo o amor dos pais para servir de exemplo, elizabeth, em qualquer universo, quer um amor que a ajude a ser a melhor versão de si mesma. e não encontraria isso num cara que esperasse que ela tomasse um papel coadjuvante na relação.
gabriel era basicamente o rapaz illyriano mais influente das redondezas. filho de um dos generais dos acampamentos e um guerreiro muito bom por si só, era esperado que ele logo assumisse o cargo do pai quando esse encontrasse seu fim honroso em alguma batalha. eu diria que o fc dele é o manu rios só pra deixar a @nelliecraim e a @camilladunne com ainda mais raiva, porem ele é magrelo demais ........ droga. mas enfim, o fato é que o gabriel também se encantou com a ellie . os dois se conheceram na infancia e foram até próximos ao longo da vida. devem ter namorado quando mais jovens , só que a medida que cresciam , iam se desentendendo cada vez mais ;; ele era cabeça dura demais e ellie não perdoou que ele não tentou ajudar a peggy a montar lá o grupo. e então a ela conheceu o alec .... ( sim , eu sou ship e vou botar ele aqui nesse universo . podem me processar .. ), e acabou tudo de vez mesmo. não tinha porque insistirem algo que não ia pra frente, foi exatamente o que disse pra ele. e assim, sendo um cara que foi basicamente ensinado que precisava ser o mais forte de todos, tomar o que era dele e não aser rebaixado por uma mulher, o gabriel deve ter ficado muito puto. bonus se achou que ela o desrespeitou na frente dos amigos .................
ela tentou fugir. ela realmente tentou. voou o mais rápido que conseguiu, tentou se defender do melhor jeito que pôde ... só que ainda assim não foi o suficiente. era um grupo com treinamento militar e estavam em maior numero. o primeiro soco arrancou o ar de seus pulmões e não houve o que fazer quando dois homens mais fortes a imobilizaram. independente dos ataques e dos xingamentos que precisava escutar do ex ,  lutou ao máximo. poderia até mesmo ser morta ali, porém não iria cair sem lutar. nunca. morte, no entanto, não era o que gabriel planejou. os gritos da morena ecoaram pela noite, carregando uma dor imensurável. não era somente a dor física de ter suas asas quebradas e rasgadas com lâminas impróprias, era a dor de perder de perder parte de si num ataque completamente brutal. o horror não evoluiu em algo ainda pior porque alex e peggy chegaram a tempo, porém não teria mais volta : elizabeth jamais voaria novamente.
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danyx26 · 3 years ago
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Cassian (Corte de Asas e ruínas) Fanart 🌌
Cassian é alto, com cabelos escuros na altura dos ombros, asas membranosas enormes e olhos cor avelã. Suas feições são descritas como marcantes, como se ele fosse feito de vento, terra e chama.
Os guerreiros Illyrianos geralmente usam um Sifão para canalizar seu poder natural em algo útil. Cassian precisa de sete pedras vermelhas.
Cassian é um membro da Corte Noturna e faz parte do Círculo Íntimo de Rhysand. Ele é um amigo de infância de Rhys e Azriel. Se tornou o Comandante Geral dos exércitos da Corte Noturna. É descrito como um dos Illyrianos mais poderosos da história de Prythian ao lado deAzriel Azriel e Rhysand.
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