#Galeria Zé Dos Bois.
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nbernardo · 1 year ago
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Model/Actriz @ Galeria Zé dos Bois, Lisboa - 20.11.2023 © Nuno Bernardo
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musicshooterspt · 1 year ago
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Reportagem - Velho Homem, Teatro Municipal do Porto
Velho Homem toma-nos pelas mãos para que viajemos pela “Espuma dos Dias”
Foi espumando sentimento e união, que Velho Homem fez o seu concerto de estreia, ontem 10 de Novembro de 2023, no Understage do Teatro Municipal do Porto. “Espuma dos Dias” é o álbum de estreia deste projecto que reúne Afonso Dorido (indignu e Homem em Catarse) e Francisco Silva (Old Jerusalem e The June Carriers) para exaltar coisas simples e fundamentais que tanto nos passam despercebidas.
Foi nesse sentido que tudo se iniciou, também, no concerto de ontem. À entrada do recinto ouviam-se, em pano de fundo, pequenos sons que se poderiam confundir, facilmente, com a chuva que teima em correr pela cidade do Porto. Esses sons mantiveram-se até à aparição de Velho Homem, que se fez acompanhar do baixista Miguel Ramos (Supernada, Retimbrar e colaborador de Manel Cruz e Jorge Palma), a “âncora” também integrante nas gravações do projecto. Feitas as apresentações e a explicação de que a perfomance começaria de ‘mansinho’ e acabaria de forma mais intensa e, portanto, sem seguir a ordem do álbum – Velho Homem passou à acção e levou-nos a viajar pelo que tanto nos é invisível na correria de todos os momentos.
Numa simbiose entre guitarras com melodias nostálgicas e viajantes cujo baixo unia magistralmente, durante cerca de uma hora percorremos os caminhos e atalhos sem mapa deste Velho Homem que fala tanto e com tão poucas palavras: não fosse “Faina” a única música com letra cantada ou “Convence-me”, a que nos agracia com as tão verdadeiras palavras de Ana Deus (Três Tristes Tigres e Osso Vaidoso).
Com a inclusão de gravações numa sala de parto em Coimbra (“Maria Miguel”), de um pescador em Esposende (“Faina”), de uma lavandaria no Alentejo (“Lavandaria Almodôvar”) ou, até mesmo, as gravações de um jornalista que captou Fernando Chalana (“Pequeno Genial”), a rotina esteve sempre presente e mostrou como serviu de inspiração para as criações que, como explicou Afonso Dorido, são expressão de “como fomos livres neste projecto”.
Neste mar submerso de correria e sem calma em que vivemos, Velho Homem fez-nos navegar, devanear, sentir, ir e voltar mas, sem dúvida, ficar no momento presente no seu concerto de estreia. Evocando uma escuta cheia de significado, o concerto de estreia celebrava, igualmente, os 17 anos da Amplificasom, que foi quem editou e lançou “Espuma dos Dias”, a 3 de Novembro de 2023.
O projecto contou, ainda, com o apoio da DGARTES e da AVA Guitars, tendo-se desenvolvido numa combinação entre field recordings gravadas em diversos locais e uma residência artística na Sala Estúdio_Perpétuo (Porto). O primeiro trabalho de Velho Homem foi gravado e misturado no Largo Recording Studio por Ruca Lacerda (Mão Morta, GNR, Pluto) e masterizado nos Sundlaugin Studios, na Islândia, por Birgir Jón “Biggi” Birgisson (Björk, Sigur Rós, Spiritualized).
Depois do concerto de estreia, Velho Homem tem já presença marcada na Galeria Zé dos Bois (Lisboa), no dia 1 de Dezembro.
“Espuma dos Dias” está disponível no Bandcamp em CD, LP e streaming/download digital.
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Fotos e texto: Catarina Moreira Rodrigues
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abelaassociacao · 6 months ago
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THRESHOLD de Mariana Tengner Barros
5 de Maio 2023
Casa da Dança de Almada, Transborda- Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada
Em THRESHOLD, 3 dançam o enigma do Cromeleque de Almendres. Dançam as criaturas que são, na fluidez da matéria dos corpos. Lenda instantânea de 3 fogueiras cósmicas. A dança desenha o indizível, o que se pode somente vivenciar, e apenas sobrevive na memória de quem o testemunha. A matéria é algo para ser experimentado, e 3 corpos fluem por entre o intemporal, invocam o absoluto na língua mãe universal: a dança. Mariana Tengner Barros convida ao limiar, entre o visível e o invisível. Coreografia de emoções em constante mutação, onde os corpos dos intérpretes revelam mistérios há muito adormecidos.
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Direção artística e Coreografia: Mariana Tengner Barros
Interpretação: Luís Guerra, Márcio K. Canabarro e Mariana Tengner Barros
Figurinos/ Esculturas: António MV
Sonoplastia, Música: OAK Witch (Jonny Kadaver & Mee_K)
Consultoria artística: Francisco Camacho
Assistência à Criação: Ana Rocha
Direção Técnica, Desenho e Operação de Luz: Nuno Patinho
Produção Executiva: Maria Paula Moraes
Produção: A Bela Associação
Coprodução: Galeria Zé dos Bois e Companhia de Dança Contemporânea de Évora- CDCE
Projeto financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação GDA
A BELA Associação
Transborda - Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada
Fotos: Pedro Ivo Carvalho
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headlinerportugal · 7 months ago
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Do South By Southwest no Texas, os Hause Plants voaram até ao Cineteatro António Lamoso | Reportagem Completa
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O quarteto Hause Plants no Cineteatro António Lamoso | mais fotos clicar aqui Guilherme Machado Correia (guitarra e voz), João Simões (baixo e voz), Dani Royo (guitarra e voz) e João António Nunes da Silva, conhecido somente como Jantónio Nunes (bateria) formam o quarteto Hause Plants.
Este projeto foi idealizado por Guilherme no seu quarto, sobretudo, durante o trágico ano de 2020, marcado pela famosa pandemia do Covid19. Dois meses antes do “bicho” soltar-se em Portugal, o projeto Hause Plants deu o primeiro sinal vital para o universo com o lançamento da faixa “City Vocabulary”.
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Guilherme Correia, o responsável pelo projeto Hause Plants | mais fotos clicar aqui Este formato de banda indie foi gerada em Lisboa há cerca de 3 anos. Desde então têm estado bastante profícuos com a edição de vários EPs: 'Film For Color Photos' em 2021, 'Sleeping With Weird People' em 2022 e 'Field Trip To Coney Island' em 2023. Mais recentemente deram a conhecer o single "Anything You Want" cujo lançamento ocorreu através da editora norte-americana Spirit Goth.
O imaginário dos elementos da banda, nomeadamente o de Guilherme, está cercado por referências aos Estados Unidos da América, não só por ser um país do qual retiram muitas das suas inspirações, também por memórias e histórias passadas por familiares a Guilherme sobre a Big Apple. Não é de estranhar, portanto, que os seus elementos tenham passado longas temporadas a viver em South Williamsburg na região de Nova Iorque no decurso de 2022. Chegaram inclusive a dar alguns concertos além, pois claro, de terem feito amigos e conhecimentos.
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João Simões, o baixista dos Hause Plants | mais fotos clicar aqui Alargaram-se os horizontes e atualmente são uma banda com projeção internacional tendo deixado, de forma definitiva, o confinamento do quarto do seu mestre passando a ter influência direta de mais 3 músicos.
Por isso não é de estranhar que tenham arriscado na oportunidade de tocar no famigerado festival de showcases South By Southwest que tem lugar no Texas, na América do norte. A presença aconteceu bem recentemente, no mês passado de março e foi bem-sucedida. Além do reconhecido festival tocaram igualmente em Nova Iorque.
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Jantónio Nunes, o baterista dos Hause Plants | mais fotos clicar aqui Em anos anteriores já tocaram em salas míticas como são os casos da Galeria Zé dos Bois, do Maus Hábitos ou do Teatro Aveirense, percorreram também outros espaços e localidades deste nosso Portugal. Marco especial de 2023 foi o concerto no MEO Kalorama.
Agora estão de regresso aos concertos em Portugal e o primeiro teve lugar na passada quarta-feira, dia 3 de abril, no Cineteatro António Lamoso em Santa Maria da Feira a contar para o ciclo À4HÁ. Foi um bom regresso, para eles matarem saudades de casa e para nós que tínhamos saudades de os ter a tocar por cá.
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Dani Royo, guitarrista dos Hause Plants | mais fotos clicar aqui O cineteatro não encheu para os receber de volta à portugalidade mas esteve perto disso e quem lá estava era fã, que não quis perder oportunidade de lhes dizer bem-vindos de regresso.
Um concerto para tocar as canções conhecidas e para experimentar coisas novas, como dois temas escritos em português e que apresentaram em primeira mão nesta noite.
Um concerto bem-disposto, onde a simpatia da banda rima com as melodias que tocaram. A vida é sempre mais simples quando os ouvimos.
Reportagem fotográfica completa: Clicar Aqui
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Hause Plants em acção | mais fotos clicar aqui Texto: Edgar Silva e Jorge Resende Fotografia: Jorge Resende
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sobreiromecanico · 11 months ago
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Jazz, blues e ficção científica (ou Rita Braga ao vivo)
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Já aqui falei há um par de meses no excelente álbum Illegal Planet, de Rita Braga - uma das minhas descobertas mais surpreendentes destes meu 2023. Daí a ouvir o resto da discografia online foi um pulinho, e consegui ir ontem à noite a Setúbal vê-la ao vivo na Casa da Cultura, acompanhada pela percussionista Ryoko Imai, num concerto maravilhoso que atravessou Illegal Planet, Time Warp Blues (o disco de 2020 que acabei por trazer), e mais uma ou outra surpresa.
Na memória, para além de ter ouvido num registo ao vivo imaculado todas aquelas canções que já conhecia dos discos, registo dois momentos em particular. O primeiro, quando Rita Braga explica a origem da canção Amore 002, de Time Warp Blues, e demonstra como se pode construir uma pequena história de ficção científica a partir de algo tão simples e banal como um número semi-aleatório gerado por um algoritmo para um documento; e o segundo, quando canta Misirlou - sim, essa música que a minha (nossa) geração associa à abertura do filme Pulp Fiction de Quentin Tarantino, na versão de Dick Dale & His Del-Tones, mas aqui com Rita Braga a cantá-la em grego, recuperando a letra mais antiga e próxima das origens da canção, e acompanhada pelo seu ukelele. Dificilmente poderia ter ouvido uma voz mais perfeita para esta canção; foi um momento incrível.
E, claro, toda a actuação ao vivo com Ryoko Imai teve uma energia contagiante - quem não soubesse, aliás, imaginaria que Imai integrou a produção de Illegal Planet; tocou maravilhosamente cada um dos temas.
(a quem tiver curiosidade, Rita Braga irá dar novo concerto a 19 de Janeiro em Lisboa, na Galeria Zé dos Bois - valerá certamente a pena!
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shambelah · 1 year ago
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Yuk Hui will speak in CC de Belém on July 6th and in the Galeria Zé dos Bois on July 8th.
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susanaramosjournalism · 1 year ago
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Vera Marmelo: amizade e reinvenção atrás da câmera
Com uma década de memórias no bolso, Vera Marmelo retrata os palcos com a humanidade de um amigo de longa data. Numa conversa do outro lado do ecrã, a fotógrafa recorda o seu percurso entre o calor dos públicos e a redescoberta da profissão quando os palcos estavam vazios.
SUSANA RAMOS
Sei que trabalhas na área da engenharia aqui na capital. Quando é que a paixão pela fotografia se tornou mais que um hobby?
Eu comecei a usar a fotografia como uma ferramenta mais ou menos em 2002, que coincide com o ano em que comecei a estudar no Técnico. Até terminar o curso usava uma câmera analógica que tinha sido o meu pai a oferecer-me por causa dos cursos de fotografia que andei a fazer. Foi quando comecei a trabalhar que consegui comprar uma câmera digital fixe e apercebo-me que gastei os meus primeiros ordenados enquanto engenheira para fotografar. Em 2007, começo a ter mais tempo para me dedicar à fotografia. No entanto, aquele momento em que começo a ser compensada monetariamente pelo que faço veio um bocadinho mais tarde, quando começo a trabalhar para clientes. São 10 anos de semiprofissional, dependendo da perspetiva de cada um, mas começou como um passatempo e uma razão para estar presente ao pé dos amigos. Não foi nada premeditado, não estudei fotografia e não comecei a fotografar com perspetivas de futuro ou profissão.
Como geres uma vida dividida entre a engenharia e a fotografia?
Existe agora uma tendência para definir objetivos — que são muito partilhados nas redes sociais — e de antecipar os seus próximos anos a nível de trabalho. Não tem sido a forma como tenho trabalhado porque vai totalmente contra a minha maneira de fazer as coisas e criar-me-ia muito mais ansiedade. O meu tempo também é cíclico: já sei que festivais costumo fazer, entro em contacto com essas pessoas e organizo as minhas datas. Tenho algumas certezas de que trabalhos vou fazer ao longo do ano e isso transformou a fotografia em algo sério para mim. Não é um part-time, é um dos meus dois full-times.
Porquê a área da música em particular?
Eu já fotografava com muita regularidade em 2005, quando comecei a gravitar em torno de pessoas que estavam também a começar com os seus próprios meios de organização de concertos em casa. A premissa era só quase que justificar a minha presença em tantos concertos e em tantas coisas que começaram a acontecer na minha cidade, o Barreiro, organizadas maioritariamente por pessoas que tinham uma idade muito próxima da minha — na altura tinha 17 anos. Foi a acompanhar amigos que conheci muitas pessoas relacionadas com a música que estavam a começar nessa altura, ao mesmo tempo que estava a estudar. Estas pequenas famílias que vou arranjando pelo caminho fazem com que eu tenha um à-vontade muito grande, por ter começado com pessoas da minha idade.
Quais são os teus marcos enquanto fotógrafa de concertos?
Muitas das pessoas que acompanhei nessa altura inicial tornaram-se muito conhecidas: o Benjamin, o B-Fachada, o boom da Flor Caveira. A primeira vez que trabalhei num festival muito grande foi no NOS Alive 2009, a acompanhar os Pontos Negros. No entanto, não estou de todo só associada a esta nova malta a cantar em português. Para mim, eu começo a fotografar mais a sério e com a consciência de que quero documentar aquele evento como deve ser no Festival Outes (no Barreiro) desde a primeira edição até agora. Tudo isto faz com que mais gente de fora me conheça e me chame para fazer uma série de cenas já com pessoas fora do meu círculo de amigos — que fazem muitas coisas acontecer.
Fora da música ao vivo, que outros projetos te marcaram na tua carreira?
Em 2007, um amigo muito próximo começou a programar na Galeria Zé dos Bois. A minha relação com este espaço surgiu de uma relação de amizade, apoiando-o para que ele tivesse um registo das pessoas que programava. Para além disso, uma das coisas mais fixes que já fiz — fora até do mundo da música — foi um projeto que fiz para o Lux. Eles estavam a fazer uma exposição chamada "O dia pela noite", e a minha amiga Susana Pomba desafiou-me a fotografar todos os artistas que participaram nesta exposição. Escolho a fotografia como podia ter escolhido escrever sobre música, filmar ou agenciar. Qualquer uma destas coisas que ajuda alguém a levar a sua música para a frente.
Ter a fotografia como principal fonte de rendimento é um sonho por alcançar no futuro?
Essa é a pergunta do prémio máximo dos concursos de televisão que me fazem há mais de 10 anos. Deixei de pensar sobre isso. Habituei-me a ter as duas coisas em paralelo mal entreguei a minha tese de mestrado, sem tempo para pensar no que fazer depois do curso. Como o tipo de fotografia que eu faço consiste em trabalhos com hora marcada, agendo-os para depois do meu horário laboral. Fui facilmente alocando retratos e outros projetos aos fins‐de‐semana e finais de tarde. Quando se trata de festivais, tenho de tirar dias de férias para trabalhar. Eu já assumo que cerca de metade dos meus dias de férias são para fotografar.
Não depender da fotografia para viver traz-te maior liberdade sobre o que fotografar?
Apercebi-me que ter apenas um emprego é algo muito próprio da forma de pensar portuguesa. Em Portugal, ser-se só fotógrafo do tipo de coisas que eu faço — sem fazer outro tipo de trabalhos — é muito difícil. Existe uma época alta no verão, que é muito dura, e depois chega a altura em que não há tantos concertos. Imaginemos o meu trabalho de engenharia como se estivesse a dar aulas de fotografia ou trabalhasse numa loja de impressões. Ou como se fosse artista numa banda com trabalho original, mas tivesse de fazer música para publicidade para ganhar uns trocos. Muitos fotógrafos têm de fazer alguns trabalhos de que não gostam tanto mas que fazem bem para que possam investir depois mais tempo no tipo de fotografia que preferem. É uma questão de deixarmos de olhar para isto como se fossem duas vidas e começarmos a aceitar que uma coisa alimenta a outra. Sou meio que mecenas de mim própria: a engenharia permite-me fazer muitas coisas em fotografia que são para mim, para fazer com que muitas pessoas cheguem ao meu trabalho e queiram que trabalhe para elas pela regularidade com que fotografo. Temos tempo para tudo: podemos abdicar de algumas horas de sono e de uma série de coisas a nível pessoal, mas eu não fico condenada a fazer só aquilo que estudei para o resto da minha vida. Quando acaba o teu dia de trabalho, podes ser outra pessoa.
Criaste um catálogo digital que permite alojar portfólios de vários fotógrafos portugueses. Como surgiu esta ideia?
Estou hiperespecializada na área cultural, concertos e festivais mas não noutras áreas. Se eu tivesse de fazer outro tipo de coisas que são muito fora do meu pé, iria ficar muito ansiosa se estaria a fazer um bom trabalho e não me ia deixar tão em paz. Já fui contactada por agências de publicidade e de renovação de imagem que queriam que eu fotografasse os advogados de uma firma. Eu questionava-me, porque o tipo de retratos que faço não é o que eles procuram e é um trabalho muito diferente daquele que eu gosto de fazer. Consequência disto, em janeiro de 2021, criei uma base de dados para facilitar a minha resposta a este tipo de propostas, reencaminhando-as para quem fosse mais indicado. Chama-se Fotógrafos em Portugal no Ativo e reúne mais de 600 pessoas. Vi o trabalho de toda a gente que me enviou email ou mensagem e associei-lhes tags como "Alentejo" e "wedding". Estamos muito focados na zona de Lisboa e Porto, mas existem fotógrafos com um ótimo trabalho que estão sediados noutro sítio.
Como é que a base de dados foi recebida?
Na altura em que meti online esta base de dados estávamos num downtime, não havia muito para noticiar a nível da cultura. Esta base podia ter sido encarada por muitos fotógrafos como um tiro no meu próprio pé ao estar a promover o trabalho dos outros, mas foi exatamente o contrário. Acabei por ser eu a dar entrevistas e cara pelo projeto. De repente, vi centenas de sites de colegas e fiquei a conhecer tipos de fotografia catalogadas e com as quais se faz dinheiro que eu nem sabia que existiam desta forma. Como Real estate photography: seres especializado a fotografar casas para arrendamento, Airbnb... nem sabia que existia pessoal que só faz este tipo de coisas. Aprendi imenso, tive a hipótese de falar sobre o meu trabalho e, curiosamente, o meu número de seguidores no Instagram — a nossa nova medida de sucesso — escalou mesmo muito.
Tens quase 26 mil seguidores no Instagram. Como é ter uma gerir a tua presença online?
Eu uso muito mais as redes sociais como forma de auto-organização. No fundo, o que interessa não é quantidade de seguidores mas sim a qualidade. Quantos dos meus seguidores é que podem vir a ser futuros clientes? Quantos dos seguidores deles podem vir a ser clientes? A maior parte das pessoas que me seguem no Instagram não sonha que para além das dezenas de fotos que meto nas stories (que têm associado um link que ninguém carrega) existe no meu blog uma entrada em que, todos os dias, faço um apanhado do dia inteiro de festival ou separo por cada músico ou concerto. Este exercício que faço desde 2006 é quase como se fosse uma autoedição de fotografia, em que compilo aquelas que acho que são mais fixes. Neste momento, estamos todos tão habituados a só consumir informação dentro do Instagram que não saltamos para outras plataformas. O branding é o do teu trabalho ou da tua pessoa. Mas, na verdade, contratam-te não só pela qualidade do teu trabalho, mas também por até onde o teu trabalho pode vir a chegar com as tuas plataformas. No confronto com um editor, convém ter um sítio onde as coisas estejam todas organizadas e não só numa conta de Instagram. Se formos só fotografar as coisas que funcionam na internet hoje em dia, eu deixava de ser fotógrafa de música e passava a fazer só autorretratos. Ainda assim, acho que consigo ser muito feliz nas redes sociais.
Como continuaste a publicar conteúdo durante a pandemia?
Na quarentena, estávamos todos parados e em casa, sem concertos. Então tinha duas hipóteses. Ou parava de fazer posts na internet porque não tinha coisas novas ou, o que decidi fazer, olhava para agenda de concertos (mesmo aqueles aos quais eu não iria) e se nesse dia um grupo de artistas iria dar um concerto que foi cancelado por causa da pandemia eu publicava uma fotografia que lhes tinha tirado noutra ocasião com "hoje, este concerto ia acontecer em tal sítio". Com isto, andei a rever o meu arquivo, reeditei montes de fotografias, olhei para as que tinha partilhado no blog e pensei que agora teria escolhido outras completamente diferentes. Do lado de lá, muita gente sentia essa proximidade e queria estar lá; os músicos também tinham a sensação de que não tinham sido esquecidos. Mas, no final de contas, eu estava a fazer aquilo para mim, para não me esquecer que ainda era fotógrafa.
Durante o confinamento, surgiu algum projeto que nunca tivesses tentado e que fizeste nesse período?
Sim, no início da quarentena levantava-me à mesma hora e todos os dias ia correr ou caminhar sozinha durante uma hora ou mais. Estava sempre fora de casa logo de manhã uma hora ou mais sozinha. Na altura estava a morar no Barreiro e a paisagem repetia-se. É um redescobrir da cidade num raio de três quilómetros da minha casa. Pensei em sair com uma câmera a sério, quebrar com a coisa do telefone nas caminhadas. Consequência disso, fiz uma série de fotografias da minha praceta e acabei por fazer uma exposição no Barreiro. De certa forma, foi um registar do sítio onde sempre morei desde que nasci, que me traz todas as lembranças de andar de bicicleta, de patins e de uma parede que ainda existe com os nomes das minhas duas primeiras amigas e o meu escritos a giz por um vizinho nosso. Reuni essas memórias todas neste conjunto de fotografias e, coincidência, poucos meses depois mudei-me para Lisboa. Foi uma despedida inconsciente daquela praceta onde eu sempre morei.
A época alta dos festivais está a regressar em força apenas este ano. O que pode ter mudado na forma como se antecipa este tipo de eventos, ou nada mudou?
A verdade é que em junho de 2020 ainda fiz quatro festivais: a programação da ZDB na Gulbenkian, o Jazz2020, o Iminente, o Lisboa Soa. Todos estes festivais com contornos diferentes, as pessoas muito separadas, as máscaras, ninguém ficava para conviver, todos se iam embora, muito medo e equipas muito preocupadas. No ano passado já aconteceram muitos festivais, mas não estes festivais grandes, que estão todos ligados a marcas – que não vão investir o seu dinheiro se não tiverem público. A máquina por detrás de um NOS Alive ou de um Rock In Rio é muito pesada para correr riscos. Ainda assim, a partir de setembro do ano passado voltei a sentir a normalidade e acredito que não mudou nada face a 2019. Se calhar quando andar no meio de pessoas vou andar de máscara, porque não quero invalidar os trabalhos que tenho para a frente, mas o público está feliz.
Em 2017, disseste à Umbigo que "o objetivo não é ficar para a história, mas sim contar histórias". Se tivesses de escolher a história que tivesses gostado de contar, qual seria?
As histórias que conto são o acompanhar de coisas desde o início. A relação mas fofinha que tenho com um músico é a que tenho com o Alex D'Alva Teixeira. Conheci-o numa viagem de barco em 2011, quando ele estava a começar a fazer a música já com o Ben . Na altura, ele teve logo a lata de me pedir para fazer uns retratos e eu disse "bora". Fui a uma série de concertos do Alex em que estava mesmo a começar, fui acompanhando o que andava a fazer e tornei-me amiga da família dele. Foi crescendo e crescendo, agora está um super talento. Tornou-se uma relação de amizade, claramente mais do que uma relação de fotógrafa que de vez em quando acompanha os concertos dele. Em 2021, meio por piada, fomos repetir os retratos de 2011 no mesmo sítio, ele com a mesma t-shirt vestida. São 10 anos de uma amizade misturada com música, com muito orgulho na pessoa que o Alex se transforma a cada dia e no seu dom de fazer música e de estar em palco. É uma história que continuamos a contar.
O que ainda existe por explorar no futuro da Vera?
O que existe no futuro da Vera é continuar a dizer que sim a montes de coisas. É continuar a querer estar presente, o que significa que conheço mais pessoas que me podem entusiasmar a querer estar presente em mais outras coisas. Não há uma definição do que quero fazer, mudar ou ter mais ainda. É simplesmente querer continuar. Sobretudo, estar em paz com a malta mais nova que está a começar e com as dúvidas existenciais que há nos fotógrafos mais old school. Eu só quero estar no intermédio, continuar a entender os dois lados e a sentir-me bem. Não quero sentir-me demasiado velha para estar ali naqueles sítios. Não preciso de me vestir como a malta se veste agora nem te fotografar como eles fotografam nem ter tanto entusiasmo pelas festas nem as novas maneiras de fazer música. Quero continuar curiosa e confortável, sem querer forçar a minha entrada em mais universos musicais se eu achar que é o espaço de outras pessoas. Quero que pensem que sou boa onda e que não é difícil chegar até mim.
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altamontpt · 2 years ago
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Sunflowers e Clementine - ZDB: rock tuga do bom!
A noite de sábado na Galeria Zé dos Bois foi passada com duas bandas portuguesas, dois power trios, por sinal. Obrigado, Sunflowers, obrigado, Clementine; foi um belo serão rock'n'roll.
A noite de sábado na Galeria Zé dos Bois foi passada na companhia de duas bandas portuguesas, dois power trios, por sinal. Obrigado, Sunflowers, obrigado, Clementine; foi um belo serão rock’n’roll. Nós, os tugas, temos um péssimo defeito, o de desvalorizarmos o que é nosso. Talvez por isso tenhamos gostado tanto da noite de sábado na ZDB; mesmo em véspera de domingo de Páscoa o “aquário” estava…
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buzztvportugal-blog · 7 years ago
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Angel Olsen vai a Guimarães e a Lisboa para apresentar novo disco. Angel Olsen vai regressar ao nosso país. Desta vez, será ao solo apresentar os seus dois discos mais recentes "My Woman" e "Phases".
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joanadaconceicao · 4 years ago
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ZDB 11.2020 © Rui Silva
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nbernardo · 2 years ago
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Marina Herlop @ Galeria Zé dos Bois, Lisboa - 15.12.2022 © Nuno Bernardo
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musicshooterspt · 11 months ago
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Reportagem Ana Roxanne, Passos Manuel
Ana Roxanne embalou-nos num sonho acordado
Foi, no dia 6 de dezembro, que Ana Roxanne tocou no Porto, no Passos Manuel, e que nos embalou e levou para um lugar quentinho do qual não queríamos sair: foi como estar num sonho bom sem estar a dormir. Numa sala cheia mas respeitadora do silêncio que também ele criava ambiente, a artista californiana utilizou baixo, sintetizadores, loops e a sua própria voz para ecoar e criar melodias que nos faziam viajar na história cósmica por ela criada.
Foi através das canções editadas no seu primeiro trabalho de longa-duração e único – se não contarmos com o seu projeto Natural Wonder Beauty Concept partilhado com DJ Python – que Ana Roxanne percorreu pela sua música ambiente que, naturalmente, é experimental e, portanto, dotada de improvisação.
Because of a Flower, lançado em 2020, foi assim sendo apresentado num ambiente que se fez acompanhar de visuais que nos ajudavam e guiavam numa viagem que durou pouco mais de quarenta minutos mas que, de bom grado, poderia ter durado mais uma hora: tal era o aconchego que se sentia.
Uma das primeiras foi “A Study in Vastness” do já referido álbum. O drone preenchia o espaço e o delay aplicado na voz da artista arrastava-se e fazia com que a música se expandisse a cada passo. “Camille” também do mesmo álbum esteve em evidência. Facilmente reconhecível pela conversa do filme francês “Mystère Alexina” (1985), a única sonoridade que apresenta beat vai sendo escutada e entrelaça-se com as vozes ao longo da canção criando, talvez, o ambiente mais “violento” de toda a sua performance: não fosse a dita conversa soar mais a discussão. Ainda assim, também aí continuamos no mundo dos sonhos onde Ana Roxanne tanto nos quer levar.
Com “Venus” a suavidade das ondas do mar transporta-nos, de novo, para uma realidade mais relaxante na qual não nos cansamos de estar. Finalizando os temas em nome próprio, houve tempo para duas versões que já são costume nas suas performances: “Forget About”, da alemã Sibylle Baier e “The World Spins” de Julee Cruise.
Terminando da mesma forma que começou, silenciosa e tranquilamente misteriosa, Ana Roxanne despediu-se e a sensação da sala foi unânime: não queríamos que este sonho acordado tão cheio de cor e de cosmos terminasse tão rápido.
Esta não foi a primeira aparição da norte-americana em terras lusas. Em 2019 abriu o concerto de Weyes Blood no B.Leza. Já, em 2022, apresentou-se nos Jardins Efémeros em Viseu. Este ano, dia 15 de março fez-se ouvir na Galeria Zé dos Bois, na capital, onde se apresentou pela primeira vez em nome próprio. Este mês esteve de regresso, tendo começado com um concerto no LISA, em Lisboa, a 1 de dezembro. Seguiu-se o Madeiradig, na Calheta, a 4 de dezembro e terminou a sua passagem por Portugal, quarta-feira, no Porto. 
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Texto e fotografia: Catarina Moreira Rodrigues
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conan-osiris · 5 years ago
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March 3, 2020
Today marks the first anniversary of Conan winning Festival da Canção 2019 and the second anniversary of his first live performance as a singer in Galleria ZDB in Lisbon. Unfortunately things didn’t end up as I had hoped in Eurovision, but it was not the end of the road. In december, at Coliseu dos Recreios, Conan gave us one of his greatest concerts to date and he started 2020 with the song Vinte Vinte, a collaboration with fado singer Ana Moura and dj and producer Branko.It has also been hinted that new songs are in the works and maybe a new album? So far it’s just speculation, but I’m still here waiting for what the future will bring.
Happy anniversary!
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abelaassociacao · 7 months ago
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UMA RETROSPECTIVA 2013-2023
Mariana Tengner Barros & Raquel Castro
7, 8 e 9 de Dezembro 2023
ZDB8 Marvila
Há dez anos, Uma Retrospectiva foi projectada como uma retrospectiva para o futuro. Ei-la finalmente dez anos depois. A andar em frente, de olhos postos no retrovisor, Mariana e Raquel celebram a sua resistência ao desencantamento fulminante, assumem-se sonhadoras insistentes, dão o corpo ao manifesto, voltam a minar Lisboa, lançam os foguetes e lamentam as canas. Dez anos passaram num instante e há um bolo para soprar.
Uma Retrospectiva 2013-2023 é uma criação de Mariana Tengner Barros e Raquel Castro que tem por base a celebração dos dez anos de estreia da peça Uma Retrospectiva. Um dos pontos de partida desta nova criação é o reenactment de algumas das suas performances mais emblemáticas: Stop and think, Mamma and Rach:Holiday in Lisbon e Bronzeado, performances essas que têm como pano de fundo Lisboa, uma cidade em constante transformação e muito exposta aos fenómenos de gentrificação, especulação imobiliária e turistificação.
Esta celebração conduz-nos a uma reflexão pessoal, artística e social sobre o trabalho desenvolvido em 2013, à luz dos dez anos que passaram.
A Bela Associação, a Razões Pessoais e a Galeria Zé dos Bois são estruturas financiadas pela República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
FICHA ARTÍSTICA:
CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: Mariana Tengner Barros e Raquel Castro
ACOMPANHAMENTO ARTÍSTICO: Ana Bigotte Vieira
DESIGN LIVRO: Isabel Lucena
VÍDEO: João Gambino
FOTOGRAFIA: Mariana Silva
DESENHO DE LUZ: Tiago Coelho
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Maria Paula
PRODUÇÃO: A Bela Associação
CO-PRODUÇÃO:Razões Pessoais e Galeria Zé dos Bois
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lacortei · 2 years ago
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Comissioned poster artwork by Galeria Zé dos Bois (cultural center at Lisbon) for the live show of Wolf Manhattan happening on oct 28 2022 that ended up being • postponed • to fev 10 2023.
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musicaemdx · 2 years ago
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WOLF MANHATTAN, Disco de estreia do novo projecto de João Vieira
WOLF MANHATTAN, Disco de estreia do novo projecto de João Vieira
Uma verdadeira criação do inquieto músico, compositor e produtor João Vieira que, depois de marcar o panorama musical nacional com projectos tão díspares como complementares como os X-Wife, as festas Club Kitten e o alter-ego electrónico White Haus, regressa agora transfigurado na personagem WOLF MANHATTAN. Num extravaso que nasce de uma urgência criativa em plena pandemia, João Vieira imaginou a…
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