#Estética cinematográfica
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sabitography · 2 months ago
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Lynchianismo Sonhador
Confesso que falar sobre o Lynchianismo é bastante complicado. Não por ser algo difícil de se analisar, mas pela falta de adjetivos suficientes para elogiar essa estética criada por um dos maiores cineastas surrealistas da atualidade: David Lynch.
Este blog não se dedicará inteiramente a falar sobre David Lynch e como ele constroi os elementos de seus filmes, mas sim sobre o sentimento que sua obra transmite e como reagimos a essa forma única de contar uma história.
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Acredito que o primeiro contato que a maioria das pessoas tem com o trabalho dele seja através de Twin Peaks e todo o mistério em torno do assassinato de uma garota chamada Laura Palmer, que abalou a cidade e desencadeou uma série de bizarrices mórbidas. E é justamente por essa obra-prima que começamos. À primeira vista, Twin Peaks pode parecer apenas mais uma série antiga, que facilmente poderia ser confundida com uma novela. Porém, à medida que você mergulha nos episódios, percebe que a série guarda um grande segredo que te prenderá. Não falo apenas sobre a morte de Laura ou sobre quem a matou, mas sim sobre o jeito peculiar com que Lynch escolheu contar essa história. A série frequentemente desacelera para focar na vida dos outros personagens e como a morte de uma garota tão querida impacta, ou não, o cotidiano deles.
Você pode estar se perguntando: "Então a série foca só nos personagens coadjuvantes?" Não exatamente. A questão é que tudo faz parte de um "combo" que compõe o universo de Twin Peaks. De um lado, temos o Agente Dale Cooper tentando fazer seu trabalho e desvendando o que aconteceu no caso Laura Palmer; do outro, uma senhora misteriosamente perde parte da memória e adquire super força. E isso é só o começo das coisas sem noção que você vai encontrar. Em algum momento, você percebe que os sonhos são essenciais para resolver os mistérios daquela cidade.
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E o que dizer das cenas estranhamente mórbidas e cheias de enigmas? Como, por exemplo, as aparições do gigante para o Agente Cooper ou o fato de que as corujas na floresta parecem estar sempre observando. São muitos os elementos que compõem essa estética, fazendo com que tenhamos a sensação de estar vivendo um sonho lúcido enquanto assistimos. A fumaça e as luzes exageradamente borradas nos rostos dos personagens criam um espetáculo visual único.
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learncafe · 4 months ago
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Curso online com certificado! Direção de Fotografia para Cinema
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criticodellorrore · 5 months ago
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"Maxxxine" (2024)
"Maxxxine" de Ti West, lançado em 2024, é o desfecho da trilogia que começou com "X: A Marca da Morte" (2022) e "Pearl" (2022). Este filme não apenas conclui a narrativa com maestria, mas também eleva o padrão técnico e artístico estabelecido por seus antecessores.
Fotografia e Estética Visual
"Maxxxine" mantém a excelência visual característica da série. A cinematografia, a cargo de Eliot Rockett, é uma continuação natural da atmosfera estabelecida em "X" e "Pearl". Enquanto "X" era marcado por uma estética de terror vintage dos anos 70 e "Pearl" destacava-se pelo uso vibrante de cores que remetiam aos clássicos do Technicolor, "Maxxxine" mistura essas duas abordagens, criando uma paleta visual que é ao mesmo tempo nostálgica e inovadora. Rockett utiliza ângulos de câmera ousados e movimentos suaves para construir uma narrativa visual que é ao mesmo tempo elegante e perturbadora.
Direção e Roteiro
Ti West prova mais uma vez ser um mestre do terror psicológico. A narrativa de "Maxxxine" é rica em subtexto, abordando temas de fama, obsessão e identidade. West, que também escreveu o roteiro, constrói personagens complexos e multifacetados. Maxine, interpretada magistralmente por Mia Goth, é uma protagonista cativante, cuja jornada é tanto uma reflexão sobre o passado quanto uma busca pelo futuro.
Edição e Ritmo
A edição, conduzida por David Kashevaroff, é precisa e rítmica, mantendo o espectador constantemente à beira da cadeira. O uso de cortes rápidos em momentos de tensão contrasta com as tomadas longas e contemplativas que exploram o estado mental da protagonista. Esse equilíbrio entre ritmo frenético e calma introspectiva é uma das marcas registradas da trilogia.
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Trilha Sonora
Tyler Bates, responsável pela trilha sonora, entrega uma composição que amplifica a tensão e a emoção da narrativa. A trilha de "Maxxxine" é uma fusão de elementos eletrônicos contemporâneos com sons analógicos, criando uma atmosfera sonora que é ao mesmo tempo moderna e atemporal. A música é usada de forma inteligente para acentuar momentos de suspense e dar profundidade emocional às cenas mais introspectivas.
Design de Produção
O design de produção, liderado por Tom Hammock, é detalhado e imersivo. Cada cenário é cuidadosamente construído para refletir o estado emocional dos personagens e a progressão da narrativa. Desde os ambientes decadentes de Hollywood até os espaços mais íntimos e pessoais, o design de produção ajuda a contar a história de forma visual.
Performance de Elenco
Mia Goth, reprisando seu papel como Maxine, entrega uma performance poderosa e visceral. Sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e força em igual medida é um dos pontos altos do filme. O elenco de apoio, incluindo novos personagens e rostos familiares dos filmes anteriores, contribui para a riqueza e a complexidade da trama.
Conclusão
"Maxxxine" é um fechamento adequado e brilhante para a trilogia de Ti West. Combinando elementos técnicos impecáveis, uma narrativa profunda e performances memoráveis, o filme se destaca não apenas como um excelente exemplo de cinema de terror, mas também como uma obra de arte cinematográfica em seu próprio direito. É um testemunho do talento de West e sua equipe, e uma adição valiosa ao panorama do cinema contemporâneo.
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gonzalez00 · 6 months ago
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Título: Poor Things
Director: Yorgos Lanthimos
Protagonistas: Emma Stone, Mark Ruffalo, Willem Dafoe
Año de lanzamiento: 2023
"Poor Things" es una película de drama dirigida por Yorgos Lanthimos, conocida por su estilo surrealista. Protagonizada por Emma Stone y ambientada en una época en apariencia antigua pero con algunos aspectos futuristas.
Contexto.
"Poor Things" es una adaptación de la novela homónima de Alasdair Gray. La historia se centra en Bella Baxter, interpretada por Emma Stone, una mujer que vuelve a la vida con un cerebro de un bebé tras un experimento científico realizado por el brillante y excéntrico Dr. Godwin Baxter.
Renacida con el cerebro de un bebé, Bella debe redescubrir el mundo desde una perspectiva completamente nueva. A lo largo de su viaje, explora temas de identidad, sexualidad y libertad (elementos recurrentes en el trabajo de Lathimos), mientras navega por una sociedad llena de restricciones morales y sociales. Su inocencia y curiosidad la llevan a desafiar las normas establecidas, permitiéndole vivir experiencias que cuestionan y redefinen su comprensión del mundo y de sí misma.
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Aspectos Positivos:
1. Actuación: Emma Stone ofrece una actuación convincente y emotiva como Bella Baxter. Su capacidad para mostrar vulnerabilidad y fortaleza es destacable, además de su manejo e interpretación corporal que resultan orgánicos y sinceros con la naturaleza del personaje.
Su capacidad para capturar la complejidad psicológica del personaje es admirable; desde los momentos de vulnerabilidad hasta los de fuerza, Stone construye una representación tridimensional que hace énfasis y profundiza en los matices emocionales de Bella.
En su actuación destaca especialmente su manejo de la expresión corporal y facial. Cada gesto y mirada está imbuido de significado, permitiendo al espectador conectar con el mundo interno de Bella y experimentar sus conflictos personales.
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Además, Stone establece una química poderosa con otros personajes, enriqueciendo las interacciones y profundizando en las dinámicas sociales de la historia. Su actuación no solo resalta por su habilidad técnica, sino también por su capacidad para infundir humanidad y empatía a un personaje complejo y multifacético como Bella Baxter.
2. Dirección: En "Poor Things", Yorgos Lanthimos muestra su destreza en la creación de atmósferas cinematográficas únicas que desafían las convenciones narrativas. La película se distingue por su habilidad para mezclar elementos de fantasía y realismo de una manera que no solo entretiene, sino que también invita a una reflexión profunda sobre la naturaleza humana y la sociedad.
La dirección de Lanthimos utiliza de manera magistral la cinematografía para explorar temas complejos. El uso del color, las perspectivas y los planos no solo son estéticamente impactantes, sino que también funcionan como herramientas narrativas que guían al espectador a través de un viaje de autodescubrimiento. El uso de blanco y negro y luego de color, nos guía por las diferentes etapas que atraviesa Bella.
En particular, Lanthimos utiliza planos meticulosamente diseñados para enfatizar la profundidad emocional y psicológica de los protagonistas, como Bella. Estos planos no solo capturan la belleza superficial de los escenarios, sino que también revelan capas ocultas de significado y simbolismo que enriquecen la comprensión de la obra.
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Además, la dirección de Lanthimos en "Poor Things" no solo se centra en la estética visual, sino que también profundiza en la narrativa para explorar temas universales como la pérdida de la inocencia y el choque entre la idealización y la realidad. A través de su estilo distintivo, Lanthimos invita al público a cuestionar sus propias percepciones sobre la moralidad y el sacrificio en un mundo cada vez más complejo y ambiguo.
Una escena crucial es cuando Bella Baxter se enfrenta a la cruda realidad social a través del personaje cínico que le muestra las verdades incómodas. Esta escena es fundamental porque marca un punto de inflexión en el viaje emocional y de autodescubrimiento de Bella.
En esta escena, el contraste entre la inocencia inicial de Bella y la revelación de las verdades sociales crudas crea un impacto significativo. Bella, quien hasta entonces había sido vista como una figura inocente y casi idealizada, confronta la dura realidad de las relaciones humanas, las injusticias sociales y las complejidades morales. La confrontación directa con estas realidades provoca en Bella un despertar emocional y cognitivo, obligándola a cuestionar y reevaluar no solo el mundo que se había creado, sino además sus propias percepciones y valores.
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Esta escena es relevante porque subraya el tema central de la película sobre el choque entre la idealización y la realidad. Bella pasa de ver el mundo a través de una lente simplificada y positiva a confrontar las complejidades y ambigüedades inherentes a la condición humana. La escena impulsa el desarrollo del personaje de Bella hacia una mayor madurez y comprensión.
Además, esta confrontación directa con la realidad social enriquece la narrativa al añadir capas de profundidad emocional y temática. Ayuda a establecer un tono crítico y reflexivo que permea toda la película, desafiando al público a considerar las implicaciones más amplias de las acciones humanas y las estructuras sociales.
La dirección de Yorgos Lanthimos en "Poor Things" va más allá de la simple narración visual; es una exploración audaz y provocativa que desafía las expectativas del cine contemporáneo mientras ofrece una mirada penetrante a los aspectos más profundos de la condición humana.
3. Guion: El guion de "Poor Things", adaptado magistralmente de la novela de Alasdair Gray, se erige como una obra maestra en sí misma. Uno de sus logros más destacados es el desarrollo profundo y evolutivo del personaje de Bella Baxter. A lo largo de la película, Bella transita de ser una figura inicialmente infantil e inocente a una mujer que desafía activamente las normas sociales establecidas, explorando su propia identidad y libertad con una determinación creciente.
En "Poor Things", el guion se destaca por su uso hábil del diálogo para explorar temas complejos de manera tanto seria como humorística, especialmente en las escenas que enfatizan la condición de Bella y critican las valoraciones morales convencionales.
El guion utiliza el diálogo de manera literal y perspicaz para revelar las contradicciones y absurdidades en las normas sociales y morales que Bella enfrenta. Los diálogos entre los personajes no solo avanzan la trama, sino que también sirven como vehículo para profundizar en los temas subyacentes de la película, como la libertad, la identidad y la moralidad.
En momentos clave, el guion logra un equilibrio notable entre lo cómico y lo crítico al exponer las hipocresías y las rigideces sociales a través de interacciones entre personajes. Estos momentos no solo añaden un toque de ironía y sarcasmo a la narrativa, sino que también refuerzan la crítica social y la exploración de las limitaciones impuestas a Bella debido a su condición y sus elecciones.
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Además, el guion utiliza estos diálogos para ilustrar cómo Bella desafía activamente estas valoraciones morales, encontrando humor e ironía en las percepciones convencionales sobre su vida y decisiones. Esta interacción entre el guion y la actuación de Emma Stone como Bella eleva tanto el tono como el impacto emocional de la película, permitiendo al público reflexionar sobre la complejidad de las normas sociales y la percepción de la individualidad.
El guion no se limita a una narrativa lineal convencional; en cambio, juega ingeniosamente con la distorsión del tiempo. Esta técnica narrativa no solo enriquece la historia al permitir una exploración más profunda de las percepciones y experiencias de Bella, sino que también refleja de manera brillante su desarrollo cerebral único. La intercalación de diferentes momentos temporales crea una sensación de desconcierto y maravilla que se alinea perfectamente con la perspectiva en constante evolución de Bella sobre el mundo que la rodea.
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Además de su innovación formal, el guion de "Poor Things" aborda temas filosóficos, sociales y políticos con una profundidad notable. La película desafía valientemente las convenciones cinematográficas, especialmente en su tratamiento de temas como la desnudez y la sexualidad. Esta representación franca y sin tapujos no solo rompe con las restricciones del cine puritano, sino que también permite una exploración más auténtica y honesta de la complejidad de la moralidad y otros aspectos fundamentales de la experiencia humana.
"Poor Things" es una película que desafía las expectativas y ofrece una experiencia cinematográfica única. Emma Stone brilla en su papel, y la dirección de Lanthimos es excepcional. Aunque puede no ser del agrado de todos, aquellos que aprecian el cine fuera de lo común encontrarán mucho que admirar.
"Poor Things" es una película recomendada para los amantes del cine artístico y aquellos interesados en exploraciones profundas de la condición humana. Su combinación de actuaciones sólidas, dirección creativa y un guion reflexivo la convierten en una adición notable al catálogo de Yorgos Lanthimos.
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iagoglez · 8 months ago
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Lo nuevo viejo
No encuentro ninguna foto de una de los momentos que más me marcarían del Festival de Cine de Xixón del año 99: la icónica rueda de prensa de Aki Kaurismäki, envuelto en humo y vaciando quintos a las 12 de la mañana. Y, a pesar de todo, tenía un buen aspecto similar al que luce en esta imagen de 1990:
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Kaurismäki era de sobra conocido por quienes seguíamos la actualidad cinematográfica (en revistas, ojo ahí), pero no era nada raro no haber visto una sola peli suya. En realidad era lo normal: solo llegaban a grandes ciudades, festivales y filmotecas.
La Chica de la Fábrica de Cerillas, de 1990, era, probablemente, su título más reseñado, tirando de memoria. Supongo que hay elementos para justificarlo: una nueva generación de críticos se iban incorporando (Costa, Monzón, Palacios, Weinrichter, Trashorras...), llegó en un momento en que empezaron a crecer los festivales y la distribución, supuso una renovación en la mirada autoral, y, sobre todo, era muy buena.
Y lo sigue siendo.
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Pero no pretendía yo hablar de su filmografía, sino de Fallen Leaves, que acaban de estrenar en Filmin, y en realidad solo parcialmente.
Aunque pueda parecer que Kaurismäki lleva 40 años haciendo la misma película, lo que sucede es que lleva todo este tiempo creciendo tras las cámaras como persona, como humanista. Que su estética siga siendo la de siempre no quiere decir nada: Sería como asegurar que alguien no cambia por mantener la misma letra con el paso de los años.
Por ese motivo, este plano está tan tremendamente cargado de significado: Alma al fin va a cenar con Holappa, y pensando en los preparativos va a detenerse en la sección de bebidas. Ella no consume alcohol, e incluso algún gesto nos hizo pensar que le desagrada, pero asume que él tiene un problema y necesitará ingerir algo.
Pero en el plano, antes de que Alma tenga protagonismo, dos muchachas se alejan con dos botellas de bebidas de alta graduación.
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En realidad Fallen Leaves es algo así como la revisitación de La Chica de la Fábrica de Cerillas, incluso por la manera en que ambas, en cierto modo, beben de la actualidad: Kaurismäki situaba la matanza de Tiananmén como uno de los impulsos para escribir el guion, y por eso la incluye en la emisión televisiva que acompaña la deprimente realidad familiar de la protagonista.
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Por su parte, en Fallen Leaves es la guerra ucraniana la que asalta en varias ocasiones el espacio de la protagonista a través de una vetusta radio:
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Kaurismäki siempre ha sido el gran romántico de la derrota. El espacio en que cualquiera construiría el drama, el lo reconvierte en el instante capaz de arrojar una brizna de esperanza. Sus personajes no son simples supervivientes del sistema, sino que de un modo u otro saben mantener su dignidad.
¿Quiere decir eso que sea optimista? Por supuesto que no, y el plano de las dos muchachas portando las botellas es una declaración de intenciones: el paso del tiempo y el empeoramiento de la salud pueden llevarnos a apaciguar demonios que arrastramos derivados de tiempos pasados menos amables, pero están sucediendo cosas hoy en día que siguen proporcionando relevos generacionales al descontento y a la frustración.
¿Quiere decir esto que sea pesimista? Por supuesto que tampoco: es necesario dar voz y presencia a los problemas para que nadie se lleve luego sorpresas desagradables.
En aquella rueda de prensa en Gijón del año 99 presentaba Juha, homenaje al cine mudo y una de sus propuestas más sórdidas y duras, pero es probable que ya estuviera en proceso de cambio tras haber dirigido una de las películas mas luminosas y optimistas de la historia: Nubes Pasajeras, de 1996.
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zsorosebudphoto · 2 years ago
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Consellos para facer fotos chulas
Excepcionalmente, vou compartir uns poucos truquiños para que calquera poida mellorar as súas fotos no momento de tiralas. Non son unha experta nin moito menos, pero hai cousas que fun aprendendo dende que abrin esta bitácora/portfolio e que á xente lle pode ser útil. Son guías, non normas, así que por suposto que haberá persoas ás que non lles guste ou non lles funcione. 
Velaí van!
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Controla os parámetros ISO, velocidade de obturación e abertura de diafragma
Fedellando no modo manual podes subir e baixar a luminosidade das túas fotos a través destes parámetros, pero olliño con eles! 
Subir a ISO demasiado pode facer que a foto quede granulada. Por suposto, é posible que sexa iso o que busques.
Baixar a velocidade de obturación fai que as fotos queden máis movidas. Isto tamén pode ser bo, dependendo da fotografía!
Unha foto pouco iluminada sempre se pode mellorar, pero unha foto sobreexposta, non. Ante a dúbida, eu sempre lle vaixo un puntiño de exposición.
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Polo tanto, ás veces é mellor alumar artificialmente un espazo escuro (falo de focos, non de flash) que subir os parámetros até puntos nos que poda deformarse moito o resultado.
Controla a temperatura de cor
Hai dúas maneiras de cambialo: axustando a temperatura en graos K (Kelvin) ou cos filtros que adoitan ter as cámaras de predeterminado segundo a fonte de iluminación (para sol, sombra, luces fosforescentes, incandescentes, etc.). 
Eu sempre recomendo usar o espectro numérico até que atopes un punto que che gusta; nese sentido, podes optar polo naturalismo e buscar a cor que máis se axusta ao que vés cos teus ollos, ou ser un pouco pillabán e subir ou baixar un chisco a temperatura para infundir á túa foto dun determinado estado de ánimo ou estética. 
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Aproveita o desenfoque
A lonxitude focal é o que determina o lonxe ou preto que ves o suxeito da túa foto (usamos teleobxectivos como se fosen telescopios, para ver máis lonxe) pero tamén para determinar a profundidade de campo ou a nitidez que teñen cada un dos planos da foto (dende o máis preto até o máis lonxe); entre outras cousas que non me da a vida de explicar. O caso é que poden chegar incluso a deformar unha foto.
Os móbiles adoitan ter obxectivos moi angulares (<50mm), polo tanto fanche ver:
As cousas parecen máis lonxe, máis pequenas
Caben máis cousas na foto, porque ten un espectro máis amplo de visión
Deforman un chisco os bordes no que se adoita chamar “ollo de peixe” (isto no móbil non chega a notarse moito, pero algo de deformación hai)
Todo é nítido, dende o que está máis preto até o que está máis lonxe.
E isto limita un chisco a creatividade. Cun teleobxectivo, porén, (>50mm) podes ver:
As cousas parecen máis preto
Caben menos cousas na foto, ten un espectro menos amplo de visión
Non todo é nítido, só o plano que está enfocado (manualmente ou polo enfoque automático, tanto ten). O que está máis lonxe ou máis preto dese plano, está desenfocado. 
E isto último é PRECIOSO. Da unha sensación cinematográfica, outórgalle profundidade e subxectividade á foto. Alguén está a mirar e a deterse nese plano enfocado, como facemos nas nosas mentes. Dálle humanidade. 
Insisto que estes consellos non son normas, tamén se poden facer cousas chulas con angulares. Pero se queres intimidade, humanidade, etc. usa lonxitudes focais maiores ;)
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Ante a dúbida, achégate (ou afástate)
As fotos ás veces quedan mal porque non ousamos achegarnos abondo ao suxeito. Non queremos molestar á persoa que lle facemos un retrato ou nos da pereza abaixarnos a facerlle a foto a aquela flor. 
Ousade achegarvos, sempre atoparedes mais posibilidades canto máis preto esteades.
Claro que, cando usas un teleobxectivo para dar ese efecto cinematográfico do que falabamos antes, ás veces debes afastarte moito para que o teu suxeito non salga dos marxes da foto. A cuestión aquí é que, antes de cambiar a distancia focal cun zoom (iso é trampa), que valores se merece a pena achegarte ou afastarte para conseguir a foto. 
(para a foto de abaixo, metinme no mar co móbil na man!! que perigo!!) 
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Mira polo visor, non pola pantalla (con cámaras DSLR, sobre todo)
Non sei nas vosas, pero na miña Canon D70 teño que mirar pola pantalla para acadar os parámetros (ISO, K, obturación, diafragma, etc) perfectos para a foto. Pero despois, sempre miro polo visor para sacar a foto. O visor non ten os parámetros novos implementados, é o que ves na realidade pero encadrado na túa fotografía. 
Non sei porque motivo, iso faime ser consciente da composición da foto. 
Compón
A composición ten tantas normas como excepcións. Podería falarvos da regra dos terzos, das diagonais, do consello que lle deu supostamente John Ford a Spielberg (”cando o horizonte está abaixo ou arriba, é interesante. Cando está no medio é aburrido”) pero sería un tratado infumable e incluso podería limitar bastante ás vosas imaxinacións.
Penso que hai que entrenar o ollo a medida que vas facendo fotos. Observalas, trazar liñas sobre elas. Pouco a pouco, atopas que cando é máis interesante centrar o teu suxeito ou deixalo cara un lado, subir ou baixar a liña do horizonte, balancear o seu equilibro (refírome a que unha foto “pesa” polo lado no que hai máis ruído visual). 
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O meu consello aquí e deixar sempre un chisco do que se lle chama “aire”, é dicir, baleiro arredor do suxeito. Non pegar a cabeza dx retratadx ao marxe superior da foto, para entendernos. 
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En fin. Grazas por aguantar a chapa aos que chegastes até aquí abaixo. Se vos gusta, compartide!
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jessicvdelgado · 1 year ago
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Sinopse
Tensio é um projeto de fotografia encenada, que explora o poder da tensão visual, com uma estética cinematográfica. Inspirado na obra Normal People de Sally Rooney, este trabalho retrata uma narrativa marcada por momentos intensos e nuances emocionais. Tensio pretende convidar o espectador para pequenos picos de tensão que permeiam a narrativa através de uma viagem visual.
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emanuelorozco · 2 years ago
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El arte y la animación en "Ponyo" son absolutamente deslumbrantes. Cada escena está llena de colores vibrantes y detalles exquisitos que realzan la belleza del mundo submarino creado por Miyazaki. La fluidez y la expresividad de los personajes animados hacen que sea imposible apartar la mirada de la pantalla.
La trama de "Ponyo" es simple pero poderosa. Narra la historia de amistad entre un niño llamado Sosuke y una pequeña pez de oro llamada Ponyo, quien anhela convertirse en humana. A medida que su relación se desarrolla, la película explora temas como el respeto por la naturaleza y la importancia de proteger el equilibrio ecológico. La historia nos recuerda que nuestras acciones pueden tener un impacto profundo en el mundo que nos rodea.
Además de su belleza visual y su emotiva historia, "Ponyo" cuenta con una banda sonora excepcional que complementa a la perfección cada momento de la película. La música de Joe Hisaishi es evocadora y conmovedora, y añade otra capa de magia a la experiencia cinematográfica.
En resumen, "Ponyo" es una joya del anime que deja una impresión duradera en los corazones de quienes la ven. Su estética cautivadora, su historia encantadora y sus mensajes inspiradores hacen que esta película sea una experiencia verdaderamente especial. No importa si eres joven o adulto, "Ponyo" es una película que te transportará a un mundo mágico lleno de maravillas y enseñanzas significativas.
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post-sexualidades · 2 years ago
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Miércoles 10 de mayo de 2023
Marina Diez-Pastor - Monstruando placer. (online)
La menstruación es una parte intrínseca de la sexualidad de los cuerpos que la transitan. Sin embargo, es un proceso corporal que siempre se ha explicado desde la abyección, el ocultamiento, y la vergüenza, siendo solo positivizado por su potencial para la reproducción social. La erótica de la menstruación no existe, pero no por ello los cuerpos monstruantes dejan de ser sexuales. En un universo de sexualidades diversas y disidentes, estas corporalidades des-erotizadas encuentran un hueco desde el que enunciarse, alzar sus voces, re-erotizarse y sentir placer.
Miriam Sánchez - I would take cups of liquid from them vaginas. Filmar el deseo lésbico desde el fluido corporal en la obra cinematográfica de Barbara Hammer. (online)
Esta comunicación tiene por objetivo explorar teórica y visualmente cómo se articula el placer-corporal-fluido en las primeras obras de Barbara Hammer (1970-1980). En estas películas, Hammer construye el placer fluido desde su representación filmada (con la explicitud de vulvas que se frotan, rozan y estimulan, desbordándose e inundándose en el placer de sus líquidos) y desde su representación fílmica (con la evidencia de goteo, manchas o salpicaduras en el celuloide o en el vídeo). Así, las películas de Hammer son hoy día testimonio de una política corporal fluida; de una estética sexual y lésbica que es colectiva, física y líquida.
Saray Espinosa - «Tengo un coño que me tapa toda la cara»: apuntes para una genealogía otra (y propia) del arte coño. 
En un espacio híbrido entre los estudios porno y la historia del arte, el de la historia del arte cachondo, esta comunicación se plantea como un ejercicio teórico y visual de descentramiento al relato establecido alrededor del arte coño en la narrativa feminista del arte y lo visual, aún hoy encorsetado alrededor del modelo propuesto por Judy Chicago y Miriam Schapiro. Nos preguntaremos juntes por qué razones y a través de qué estrategias diferentes artistas alrededor del mundo pusieron el coño a hablar, parando especial atención al Sud global y europeo.
> Esther Romero - “Sexuality saved my life”. Contra-imaginarios lésbicos y su presencia en la historiografía contemporánea”
Colectivo BajoRufián - Representaciones transbutch: metodologías artísticas para reencontrarnos con nuestros cuerpos.
Queremos mostrar las problemáticas en torno a nuestros cuerpos queer y las formas de entenderlos desde el deseo y los afectos. Con las metodologías de investigación artística usadas para Transgresión (2021) y Deshecho (2021-), dos introspecciones sobre el torso materializadas empleando la escultura/videoperformance, reflexionamos sobre la identidad sexual y de género. Estas piezas crean un diálogo sobre la maleabilidad del género dado en los cuerpos. Partimos de la experiencia encarnada para indagar sobre la cuestión en una dimensión colectiva, idea reflejada en una investigación más extensa sobre las masculinidades de las personas AMAN (Asignadas Mujeres Al Nacer) y no binarias.  
Yera Moreno y Melani Penna - Reescribir un borrador para un diccionario de las amantes -o como follar con palabras y erotizar entre líneas-.
Dice Adrienne Rich que “el acto de mirar atrás, de mirar con ojos nuevos, de asimilar un viejo texto desde una nueva orientación crítica” es para las mujeres un acto de supervivencia cultural. En 1976 Monique Wittig y Sande Zeig llevan a cabo este acto reapropiándose, en una escritura erótica y explícitamente bollera, de un diccionario. El diccionario ejemplifica la autoridad de un texto académico-científico. A través de una ficción consensuada, ideada por quienes ostentan performativamente esta autoridad, el diccionario inventa significados y nos los impone como canon verdadero del decir y el existir. Por eso, el gesto de Wittig y Zeig, en una escritura que se reapropia de esa estructura discursiva autoritaria para pervertirla, para erotizarla, vuelve el diccionario un espacio habitable en el que las amantes se dicen (y se hacen) lo que el mundo no les permite ni decir ni hacer. En esta lectura poética performativa, a través de nuestra propia reescritura del borrador para un diccionario, traeremos otras voces, otros textos, otras palabras, otras líneas con las que follamos y amamos como cuerpos disidentes de las lógicas heteronormativas y sus discursos.
Emilie Hallard - Repensar lo deseable.
¿Cómo (re)educamos nuestras miradas hacia los cuerpos deseables? ¿Qué impacto tienen las redes sociales? ¿Qué son los cuerpos disidentes? ¿Cómo podemos dejar de fetichizarlos para desearlos con toda su complejidad? La artivista Emilie Hallard invita al público a repensar la jerarquía de los cuerpos deseables, y percibidos como deseantes, a través de su proyecto fotográfico Les corps incorruptibles (Los cuerpos incorruptibles en español). Esta serie de retratos desnudos, no erotizados, celebra la diversidad de cuerpos a la vez que subraya las temáticas políticas que los atraviesan.
> Alonso Almansa - Pistas postpornográficas para pensar un postsexo.
Andrea Acosta - Sexo alien: propiciar un devenir rarificado de nuestras prácticas sexuales.
Sexo Alien pretende imantar nuestros cuerpos hacia los seductores mundos de la ciencia ficción para conversar acerca de cómo la alienidad ofrece un espacio para rarificar la producción del deseo muchas veces tramposamente asimilado. A través de los relatos de Octavia Butler: ‘Amnistía’ y ‘Bloodchild’, nos aproximamos a un devenir polisexual que complica la sexualidad reproductora de una moral homogeneizante propiciando horizontes de placer desconocidos y marcianos. Mediante el contacto alien-humano/terrano se pone en juego una lectura de lo alien como aquello que encarna la multiplicación del deseo en prácticas no normativas extralimitando la erótica humana en una relación de deseo-amenaza.
> Álvaro del Fresno - Para una economía libidinal marika del gasto.
> Eloy V. Palazón - ¿Quién teme al deseo?
Javier Sáez - La (b)analidad del sexo. 
Siguiendo la tesis de Hanna Arendt sobre La Banalidad del Mal, haremos un recorrido por diversos enfoques sobre el "sexo" y su articulación con la política y con el capitalismo: implicaciones políticas de las regulaciones del sexo anal, el dispositivo de sexualidad de Foucault y la imposibilidad de salir de él, el uso de las leyes contra la sodomía para instaurar una hegemonía sexual burguesa (siguendo a Christopher Chitty, Sexual Hegemony), y la banalización del sexo y de la violencia contra las mujeres a partir de las redes sociales, la autopornografía (Paco Vidarte) y el acceso masivo a internet.
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ddb-celiapalma · 2 years ago
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'Raiva' de Sérgio Tréfaut 
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Filme do cineasta brasileiro Sérgio Tréfaut, um conto negro sobre o abuso e a revolta a partir de "Seara de Vento" de Manuel da Fonseca, um clássico da literatura portuguesa do século XX
Alentejo, 1950. Nos campos desertos do Sul de Portugal, fustigados pelo vento e pela fome, a vida é difícil. Os trabalhadores rurais, sob o domínio dos grandes proprietários, trabalham de sol a sol e o que ganham muitas vezes não é suficiente para alimentar a família. Uma noite, depois de ser vítima de uma grande injustiça, um homem perde a razão e transforma-se num assassino? Um filme sobre a pobreza, a opressão e as injustiças sociais, inspirado num caso real acontecido em Beja, em 1930.
“RAIVA é uma experiência cinematográfica imersiva, profunda e percutante. A utilização do espaço e do tempo é excepcional, sobretudo no que diz respeito à paisagem portuguesa, quase desértica e devastada. O filme transporta-nos para o melhor do cinema western clássico através de uma estética única.”
José Luis Cienfuegos (Director do Festival Europeu de Sevilha)
fonte URL https://www.rtp.pt/programa/tv/p41827
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blogpopular · 1 day ago
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Cinema Brasileiro Contemporâneo: A Nova Era da Produção Cinematográfica Nacional
O Cinema Brasileiro Contemporâneo tem se destacado no cenário internacional com produções inovadoras, narrativas diversificadas e uma estética única. Essa fase é marcada por uma combinação de ousadia artística, investimentos estratégicos e temas que refletem a sociedade brasileira em todas as suas complexidades. O que Define o Cinema Brasileiro Contemporâneo? O Cinema Brasileiro Contemporâneo é…
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gustavoeln · 2 days ago
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Gertrud (1964) - Carl Theodor Dreyer
Procurei um afastamento de alguns dias do filme para escrever esse texto. Confesso que pensei sobre o filme mais do que acreditei que pensaria. Sobre o que vi, e não sobre esse texto em si. Gosto de escrever sobre cinema muitas vezes de memória, depois de alguns dias, escrevendo só sobre o que de fato ficou impregnado na carne (ou na alma).
De primeira, Gertrud me chamou a atenção por uma "economia cinematográfica" que me agrada. Chutaria que o filme não tem mais do que 100 planos diferentes. Mas que, diferente de outros cinemas econômicos, a extensão da duração de planos e a redução no número dos mesmos não parece vir de um fator econômico. As atuações do filme é que levam para esse caminho. Parece ser tudo muito bem pensado, os atores giram em torno de Gertrud mas jamais a encaram de frente. A imagem do rosto de Gertrud de frente e um rosto masculino a evitando de perfil são marcantes. Me remetem diretamente ao Egito antigo e suas artes em parede, em duas dimensões, com a forma sendo o que demonstra a essência. Os personagens jamais olham para os outros, carregam um olhar distante e muitas vezes de lado que revela claramente uma angústia que podemos reconhecer. O todo se observa em sua reconhecida metade perfilada.
Ainda assim, tem algo em Gertrud que me incomoda, e pensando sobre isso, nesses dias entre conhecer e assistir o filme e finalmente escrever esse texto, não sei se consegui chegar a conclusão exata do que seja. Meu palpite é que após perceber que o filme de Carl Theodor Dreyer foi lançado em 1964 se tornou impossível não resgatar todos os filmes brasileiros, que me ajudaram a construir a cinéfila que me move hoje, e que foram principalmente produzidos após a década de 60. Comento sobre os planos de Gertrud no início do texto pois são, de fato, coisas comuns entre os filmes que me fazem sentir incômodo em Gertrud e o próprio Gertrud. Aliás, reforço que são para mim coisas altamente interessantes em ambos os filmes. No cinema brasileiro, principalmente o que veio a ser produzido próximo do lançamento do filme de Dreyer, os planos são econômicos justamente pela precariedade de suas produções. O cinema deles são sujos e o de Dreyer é limpo, aristocrata, romântico, que sonha. 
Tu, leitor, pode até não achar justo que critique um filme por conta da precariedade de um cinema feito na mesma época e a milhares de quilômetros de distância, algo que parece até carregar um tom de inveja como "meus filmes queridinhos sofreram muito e você aí se esbaldando", mas para mim foi impossível não associar a fatídica data de 1964 com tudo que ela provoca em meu corpo brasileiro. Como olhar para um filme e deixar de lado toda a sua formação estética? Não sei como. Não consigo fazer. E veja, isso não significa que odiei Gertrud e sua bonita história de amor não correspondido, isso significa apenas que após ver o filme, os conflitos entre o que o filme é, na junção dialética entre forma e conteúdo, objetivo e subjetivo, figural e figurativo, me gerou incômodo de um modo que não cheguei a entender se era, inclusive, um incômodo positivo ou negativo. Comentar sobre um filme para mim é trazer esses apontamentos que adentram na carne, ficam presos e deixam marcas. As imagens de Gertrud são belíssimas, seu incômodo talvez possa ser negativo mas ainda me é agradável. Significa que vou lembrar do filme por um bom tempo, e no fim é isso que importa.
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postersdecinema · 5 days ago
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A Grande Pecadora
F, MC, 1963
Jacques Demy
7/10
A Febre do Jogo
Fortemente respeitado entre os cineastas franceses, sobretudo pelo enorme sucesso dos seus dois musicais, Les Parapluies de Cherbourg e Les Demoiselles de Rochefort, ambos contando com Catherine Deveuve entre os protagonistas, a verdade é que, ao contrário da sua mulher, Agnés Varda, praticamente considerada a mãe da nouvelle vague, com o filme La Pointe-Curte, de 1955, Jacques Demy é frequentemente relegado para um papel secundário no movimento, fruto precisamente do enorme sucesso dos seus dois filmes mais populares, mas também mais convencionais, menos vanguardistas, no sentido em que aquela geração via a recriação da estética cinematográfica.
E no entanto, Jacques Demy realizou, pelo menos, dois filmes fundamentais na história da nouvelle vague.
Um foi Lola, de 1961, com Anouk Aimée.
O outro é este Baie des Anges, de 1963, com uma presença magnífica de Jeanne Moreau, que versa, como poucas vezes sucedeu na história do cinema, o vicio do jogo, ainda assim conseguindo enquadrá-lo numa filosofia de vida radical, de liberdade extrema, de recusa dos valores tradicionais, mesmo que o final possa decepcionar os mais audazes.
Não é À Bout de Souffle nem Ascenseur por l'Échafaud, ainda assim classifico-o como obrigatório, para qualquer amante da nouvelle vague, tal como Lola, aliás.
Gambling Fever
Strongly respected among French filmmakers, especially due to the enormous success of his two musicals, Les Parapluies de Cherbourg and Les Demoiselles de Rochefort, both featuring Catherine Deveuve among the protagonists, the truth is that, unlike his wife, Agnés Varda, practically considered the mother of the nouvelle vague, with the 1955 film La Pointe-Curte, Jacques Demy is often relegated to a secondary role in the movement, a result precisely of the enormous success of his two most popular films, but also more conventional, less avant-garde, in the sense in which that generation saw the recreation of cinematic aesthetics.
And yet, Jacques Demy made at least two fundamental films in the history of the nouvelle vague.
One was Lola, from 1961, with Anouk Aimée.
The other is this Baie des Anges, from 1963, with a magnificent presence by Jeanne Moreau, which deals, as has rarely happened in the history of cinema, with gambling addiction, yet managing to frame it within a radical philosophy of life, of freedom extreme, of rejection of traditional values, even though the ending may disappoint the most audacious.
It's not À Bout de Souffle nor Ascenseur por l'Échafaud, yet I classify it as mandatory for any nouvelle vague lover, just like Lola, in fact.
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vilaoperaria · 6 days ago
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Lisa Kudrow Critica Uso de Inteligência Artificial em Filme de  Hanks A atriz Lisa Kudrow, conhecida por seu papel como Phoebe Buffay na série "Friends", manifestou recentemente sua preocupação com o uso de inteligência artificial (IA) no cinema, especificamente no filme "Aqui", estrelado por Tom Hanks e dirigido por Robert Zemeckis. Durante uma entrevista ao podcast "Armchair Expert", Kudrow comentou sobre a produção que utiliza tecnologia de rejuvenescimento digital para retratar versões mais jovens dos atores principais. No filme, Hanks e Robin Wright interpretam um casal que revisita memórias ao longo das décadas, com suas aparências sendo alteradas digitalmente para refletir diferentes idades. Kudrow expressou sua inquietação: "Me soou como um endosso à IA. Não é como se isso fosse arruinar tudo, mas o que vai restar? Esqueça atores consagrados, e os atores em ascensão? Os estúdios vão apenas licenciar e reciclar. Que trabalho haverá para os seres humanos?". A atriz levanta uma questão pertinente sobre o futuro da atuação e a crescente dependência da indústria cinematográfica em tecnologias de inteligência artificial. O uso de IA para recriar ou modificar performances de atores suscita debates sobre autenticidade artística, oportunidades de trabalho e direitos de imagem. Curiosamente, Tom Hanks já havia expressado preocupações semelhantes em 2023, durante as discussões sobre a greve dos atores de Hollywood, que buscavam maiores proteções contra o uso indiscriminado de tecnologia. Hanks afirmou na época: "Qualquer pessoa pode recriar a si mesma em qualquer idade por meio da tecnologia de IA ou deepfake. Eu poderia ser atropelado por um ônibus amanhã e acabou, mas as performances poderiam continuar indefinidamente". O filme "Aqui" marca mais uma colaboração entre Hanks e Zemeckis, conhecidos por trabalhos anteriores como "Forrest Gump – O Contador de Histórias". Apesar das expectativas, o longa não obteve o sucesso esperado nos Estados Unidos, sendo considerado um fracasso de bilheteria. A estreia no Brasil está prevista para 16 de janeiro de 2025. A discussão sobre o uso de inteligência artificial no cinema é complexa e multifacetada. Enquanto a tecnologia oferece novas possibilidades narrativas e estéticas, também levanta preocupações éticas e profissionais. A crítica de Lisa Kudrow destaca a necessidade de um diálogo contínuo sobre o equilíbrio entre inovação tecnológica e a valorização do talento humano na indústria do entretenimento.
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melodiaosol · 8 days ago
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𝗔𝗻𝗻𝗲𝗹𝗶𝘀𝗲 𝗕𝘂𝗮𝗿𝗾𝘂𝗲 𝗠𝗶𝘆𝗮𝘇𝗮𝗸𝗶: 𝗔 𝗜𝗻𝘁𝗲𝗿𝘀𝗲𝗰‌𝗮‌𝗼 𝗱𝗲 𝗗𝗼𝗶𝘀 𝗠𝘂𝗻𝗱𝗼𝘀 𝗔𝗿𝘁𝗶‌𝘀𝘁𝗶𝗰𝗼𝘀.
Annelise Buarque Miyazaki nasceu em Paraty, uma pequena e encantadora cidade costeira no Rio de Janeiro, em 1989. Filha de Chico Buarque, ícone da Música Popular Brasileira, e Natsume Miyazaki, uma talentosa ilustradora e filha mais velha do lendário cineasta japonês Hayao Miyazaki, Annelise cresceu com um pé em dois mundos culturais distintos, mas igualmente ricos em arte e criatividade.
Desde muito jovem, Annelise mostrou um talento natural para a expressão artística. Incentivada pelos pais, frequentou aulas de teatro, onde desenvolveu uma presença de palco magnética, e cursos de desenho, onde demonstrou habilidades impressionantes que remetiam à sensibilidade artística do avô japonês. Essa formação precoce cultivou nela um amor profundo por contar histórias, fosse por meio de imagens, palavras ou performances.
𝗘𝗱𝘂𝗰𝗮𝗰‌𝗮‌𝗼 𝗲 𝗖𝗮𝗿𝗿𝗲𝗶𝗿𝗮.
Aos 18 anos, Annelise foi aceita na prestigiada School of Cinematic Arts da University of Southern California. Durante seus anos universitários, ela se destacou pela habilidade de criar narrativas que combinavam a estética lírica da animação japonesa com a paixão e musicalidade da cultura brasileira. Seu projeto de conclusão de curso, um curta-metragem chamado Cicatrizes de Papel, foi aclamado por capturar a complexidade das relações familiares com uma mistura de animação tradicional e live-action.
Após se formar com louvor, Annelise lançou sua carreira internacional. Seu primeiro longa-metragem, Entre o Céu e as Ondas, foi uma celebração da cultura brasileira, contando a história de uma jovem pescadora que descobre um mundo mágico submerso. O filme foi aclamado no Festival de Cannes, onde ganhou o prêmio de Melhor Direção para uma Estreia.
𝗠𝘂𝗹𝘁𝗶𝗳𝗮𝗰𝗲𝘁𝗮𝗱𝗮 𝗲 𝗜𝗻𝘁𝗲𝗿𝗻𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗥𝗲𝗰𝗼𝗻𝗵𝗲𝗰𝗶𝗱𝗮.
Além de dirigir, Annelise também se aventurou na atuação, sendo protagonista de filmes independentes tanto no Brasil quanto no exterior. Sua performance no drama O Silêncio das Areias lhe rendeu uma indicação ao Prêmio de Melhor Atriz no Festival de Berlim.
Como modelo, ela se tornou uma musa de marcas de luxo como Prada, Louis Vuitton, Vivienne Westwood e Graff. Com uma beleza que reflete sua herança multicultural – os olhos puxados herdados da mãe e os traços marcantes do pai – Annelise conquistou as passarelas internacionais e campanhas publicitárias globais.
𝗩𝗶𝗱𝗮 𝗣𝗲𝘀𝘀𝗼𝗮𝗹 𝗲 𝗙𝗶𝗹𝗼𝘀𝗼𝗳𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗧𝗿𝗮𝗯𝗮𝗹𝗵𝗼.
Apesar do sucesso, Annelise mantém uma rotina simples. Reside em uma casa no campo em Kyoto, onde passa boa parte do ano escrevendo roteiros e desenhando storyboards. Ela acredita que a arte deve ser uma fusão de experiências pessoais e universais, e suas obras frequentemente exploram temas como identidade, pertencimento e conexão com a natureza.
Com um profundo respeito pela tradição de sua família, ela colabora regularmente com o Studio Ghibli, contribuindo com roteiros e designs para novos projetos, enquanto continua dirigindo filmes que desafiam convenções e inspiram gerações.
𝗟𝗲𝗴𝗮𝗱𝗼 𝗲𝗺 𝗖𝗼𝗻𝘀𝘁𝗿𝘂𝗰‌𝗮‌𝗼.
Annelise Buarque Miyazaki é a ponte viva entre dois mundos criativos, unindo a poesia da música e do cinema brasileiro à magia e sofisticação da animação japonesa. Seu trabalho é uma prova do poder da arte em transcender fronteiras e narrar histórias que tocam o coração humano. Aos 35 anos, ela já é uma lenda em construção, cujo impacto na indústria cinematográfica e cultural está apenas começando.
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ᅟᅟᅟ
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jhzcastillo · 17 days ago
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El Señor de los Anillos: La guerra de los Rohirrim, sin la profundidad de las películas originales
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“El Señor de los Anillos: La guerra de los Rohirrim”, dirigida por Kenji Kamiyama, es una película de animación que se desarrolla en el universo de la Tierra Media, ofreciendo una nueva perspectiva sobre los eventos previos a la famosa Batalla de los Campos de Pelennor. A pesar de ser un proyecto ambicioso que intenta conectar con el legado de las adaptaciones cinematográficas de Peter Jackson, la película se presenta como una obra con matices a favor y en contra.
Uno de los puntos más destacados es la estética visual. El estilo de animación, influenciado por el anime, se diferencia del estilo de las anteriores adaptaciones, y aunque puede no ser del gusto de todos, aporta una nueva capa de dinamismo y acción. Las secuencias de combate, especialmente las de caballería, son impactantes y logran capturar la epicidad de la guerra en la Tierra Media.
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El desarrollo de los personajes, sin embargo, se siente algo plano en comparación con las complejidades de las figuras de la trilogía original. El protagonista, Helm Hammerhand, aunque tiene un diseño interesante, no llega a calar profundamente en la audiencia, y su arco narrativo, aunque efectivo, es predecible. La película se enfoca principalmente en la acción y la guerra, dejando de lado el rico trasfondo emocional que caracteriza otras adaptaciones de la saga.
La trama, que explora la creación de la fortaleza de Helm’s Deep y la lucha de los Rohirrim, tiene su atractivo, pero carece de la profundidad que caracterizó a las películas de Jackson. El guion, aunque fiel al espíritu de la obra de Tolkien, no logra desarrollarse de manera completamente satisfactoria, especialmente cuando se trata de la interacción entre los personajes secundarios.
El aspecto sonoro, por otro lado, es uno de los puntos más fuertes de la película. La banda sonora, aunque no llega al nivel de las composiciones icónicas de Howard Shore, acompaña bien la acción y contribuye a la atmósfera épica. El diseño de sonido, especialmente en las escenas de batalla, también se siente vibrante y bien logrado.
En conclusión, “La guerra de los Rohirrim” es una película que puede complacer a los fanáticos más acérrimos del universo de Tolkien y aquellos que disfrutan de la animación de estilo japonés, pero no logra igualar el impacto emocional y narrativo de las obras previas. Si bien su acción y visuales son impresionantes, le falta la complejidad y la magia que definieron la trilogía original. Es una película entretenida, pero que deja un sabor agridulce en los que esperaban una experiencia más profunda.
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