#Estética cinematográfica
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sabitography · 3 months ago
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Lynchianismo Sonhador
Confesso que falar sobre o Lynchianismo é bastante complicado. Não por ser algo difícil de se analisar, mas pela falta de adjetivos suficientes para elogiar essa estética criada por um dos maiores cineastas surrealistas da atualidade: David Lynch.
Este blog não se dedicará inteiramente a falar sobre David Lynch e como ele constroi os elementos de seus filmes, mas sim sobre o sentimento que sua obra transmite e como reagimos a essa forma única de contar uma história.
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Acredito que o primeiro contato que a maioria das pessoas tem com o trabalho dele seja através de Twin Peaks e todo o mistério em torno do assassinato de uma garota chamada Laura Palmer, que abalou a cidade e desencadeou uma série de bizarrices mórbidas. E é justamente por essa obra-prima que começamos. À primeira vista, Twin Peaks pode parecer apenas mais uma série antiga, que facilmente poderia ser confundida com uma novela. Porém, à medida que você mergulha nos episódios, percebe que a série guarda um grande segredo que te prenderá. Não falo apenas sobre a morte de Laura ou sobre quem a matou, mas sim sobre o jeito peculiar com que Lynch escolheu contar essa história. A série frequentemente desacelera para focar na vida dos outros personagens e como a morte de uma garota tão querida impacta, ou não, o cotidiano deles.
Você pode estar se perguntando: "Então a série foca só nos personagens coadjuvantes?" Não exatamente. A questão é que tudo faz parte de um "combo" que compõe o universo de Twin Peaks. De um lado, temos o Agente Dale Cooper tentando fazer seu trabalho e desvendando o que aconteceu no caso Laura Palmer; do outro, uma senhora misteriosamente perde parte da memória e adquire super força. E isso é só o começo das coisas sem noção que você vai encontrar. Em algum momento, você percebe que os sonhos são essenciais para resolver os mistérios daquela cidade.
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E o que dizer das cenas estranhamente mórbidas e cheias de enigmas? Como, por exemplo, as aparições do gigante para o Agente Cooper ou o fato de que as corujas na floresta parecem estar sempre observando. São muitos os elementos que compõem essa estética, fazendo com que tenhamos a sensação de estar vivendo um sonho lúcido enquanto assistimos. A fumaça e as luzes exageradamente borradas nos rostos dos personagens criam um espetáculo visual único.
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learncafe · 5 months ago
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Curso online com certificado! Direção de Fotografia para Cinema
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neonblog · 5 months ago
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Retrowave music
Se você é fã de sintetizadores cativantes, batidas nostálgicas e aquela vibe oitentista que parece te transportar diretamente para uma cena de "Blade Runner", a Retrowave é o seu porto seguro no mundo da música. Também conhecida como synthwave, essa vertente musical moderna bebe diretamente da cultura pop dos anos 80, mas com um toque contemporâneo que conquista fãs em todas as gerações.
A Retrowave surgiu no final dos anos 2000 e início dos anos 2010, inspirada pela estética futurista e nostálgica de filmes como Tron, The Terminator, e games de fliperama da época. Bandas como Kavinsky, FM-84 e Gunship lideraram esse movimento, trazendo de volta os sintetizadores analógicos, baixos pulsantes e uma aura quase cinematográfica.
🎧 O som: O estilo combina os timbres retrôs de sintetizadores e drum machines com uma produção moderna e limpa. Isso resulta em um som que tanto remete ao passado quanto abraça o futuro. É aquela música perfeita para ouvir enquanto dirige à noite numa cidade iluminada por néons — ou simplesmente enquanto estuda, relaxa ou se perde na imaginação.
🌟 A estética: Um dos grandes apelos da Retrowave vai além da música: é a estética visual. Cores neon, cenários de cidades futuristas e um clima de "ficção científica dos anos 80" fazem parte do pacote. A arte de álbuns e videoclipes desse gênero frequentemente traz visuais que parecem saídos de um sonho tech noir ou de um cartaz de cinema antigo.
🎮 Influências da cultura pop: Além da música, a Retrowave está fortemente entrelaçada com a cultura dos videogames, filmes e séries que marcaram os anos 80. A nostalgia é um combustível poderoso, mas o gênero não é só sobre o passado. Ele cria algo novo, uma reinterpretação futurista daquele imaginário tecnológico e sonoro.
🚀 Por que ouvir Retrowave? Se você curte trilhas sonoras envolventes, adora nostalgia ou simplesmente quer algo novo e diferente, vale a pena dar uma chance. É um gênero que faz você sentir como se estivesse vivendo em uma cena de filme sci-fi dos anos 80 — e quem não gostaria de experimentar isso?
Entre nessa jornada e deixe-se levar pelas batidas futuristas e o som de uma era que nunca aconteceu, mas que parece tão real. 🚗💨✨
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criticodellorrore · 6 months ago
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"Maxxxine" (2024)
"Maxxxine" de Ti West, lançado em 2024, é o desfecho da trilogia que começou com "X: A Marca da Morte" (2022) e "Pearl" (2022). Este filme não apenas conclui a narrativa com maestria, mas também eleva o padrão técnico e artístico estabelecido por seus antecessores.
Fotografia e Estética Visual
"Maxxxine" mantém a excelência visual característica da série. A cinematografia, a cargo de Eliot Rockett, é uma continuação natural da atmosfera estabelecida em "X" e "Pearl". Enquanto "X" era marcado por uma estética de terror vintage dos anos 70 e "Pearl" destacava-se pelo uso vibrante de cores que remetiam aos clássicos do Technicolor, "Maxxxine" mistura essas duas abordagens, criando uma paleta visual que é ao mesmo tempo nostálgica e inovadora. Rockett utiliza ângulos de câmera ousados e movimentos suaves para construir uma narrativa visual que é ao mesmo tempo elegante e perturbadora.
Direção e Roteiro
Ti West prova mais uma vez ser um mestre do terror psicológico. A narrativa de "Maxxxine" é rica em subtexto, abordando temas de fama, obsessão e identidade. West, que também escreveu o roteiro, constrói personagens complexos e multifacetados. Maxine, interpretada magistralmente por Mia Goth, é uma protagonista cativante, cuja jornada é tanto uma reflexão sobre o passado quanto uma busca pelo futuro.
Edição e Ritmo
A edição, conduzida por David Kashevaroff, é precisa e rítmica, mantendo o espectador constantemente à beira da cadeira. O uso de cortes rápidos em momentos de tensão contrasta com as tomadas longas e contemplativas que exploram o estado mental da protagonista. Esse equilíbrio entre ritmo frenético e calma introspectiva é uma das marcas registradas da trilogia.
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Trilha Sonora
Tyler Bates, responsável pela trilha sonora, entrega uma composição que amplifica a tensão e a emoção da narrativa. A trilha de "Maxxxine" é uma fusão de elementos eletrônicos contemporâneos com sons analógicos, criando uma atmosfera sonora que é ao mesmo tempo moderna e atemporal. A música é usada de forma inteligente para acentuar momentos de suspense e dar profundidade emocional às cenas mais introspectivas.
Design de Produção
O design de produção, liderado por Tom Hammock, é detalhado e imersivo. Cada cenário é cuidadosamente construído para refletir o estado emocional dos personagens e a progressão da narrativa. Desde os ambientes decadentes de Hollywood até os espaços mais íntimos e pessoais, o design de produção ajuda a contar a história de forma visual.
Performance de Elenco
Mia Goth, reprisando seu papel como Maxine, entrega uma performance poderosa e visceral. Sua capacidade de transmitir vulnerabilidade e força em igual medida é um dos pontos altos do filme. O elenco de apoio, incluindo novos personagens e rostos familiares dos filmes anteriores, contribui para a riqueza e a complexidade da trama.
Conclusão
"Maxxxine" é um fechamento adequado e brilhante para a trilogia de Ti West. Combinando elementos técnicos impecáveis, uma narrativa profunda e performances memoráveis, o filme se destaca não apenas como um excelente exemplo de cinema de terror, mas também como uma obra de arte cinematográfica em seu próprio direito. É um testemunho do talento de West e sua equipe, e uma adição valiosa ao panorama do cinema contemporâneo.
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gonzalez00 · 7 months ago
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Título: Poor Things
Director: Yorgos Lanthimos
Protagonistas: Emma Stone, Mark Ruffalo, Willem Dafoe
Año de lanzamiento: 2023
"Poor Things" es una película de drama dirigida por Yorgos Lanthimos, conocida por su estilo surrealista. Protagonizada por Emma Stone y ambientada en una época en apariencia antigua pero con algunos aspectos futuristas.
Contexto.
"Poor Things" es una adaptación de la novela homónima de Alasdair Gray. La historia se centra en Bella Baxter, interpretada por Emma Stone, una mujer que vuelve a la vida con un cerebro de un bebé tras un experimento científico realizado por el brillante y excéntrico Dr. Godwin Baxter.
Renacida con el cerebro de un bebé, Bella debe redescubrir el mundo desde una perspectiva completamente nueva. A lo largo de su viaje, explora temas de identidad, sexualidad y libertad (elementos recurrentes en el trabajo de Lathimos), mientras navega por una sociedad llena de restricciones morales y sociales. Su inocencia y curiosidad la llevan a desafiar las normas establecidas, permitiéndole vivir experiencias que cuestionan y redefinen su comprensión del mundo y de sí misma.
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Aspectos Positivos:
1. Actuación: Emma Stone ofrece una actuación convincente y emotiva como Bella Baxter. Su capacidad para mostrar vulnerabilidad y fortaleza es destacable, además de su manejo e interpretación corporal que resultan orgánicos y sinceros con la naturaleza del personaje.
Su capacidad para capturar la complejidad psicológica del personaje es admirable; desde los momentos de vulnerabilidad hasta los de fuerza, Stone construye una representación tridimensional que hace énfasis y profundiza en los matices emocionales de Bella.
En su actuación destaca especialmente su manejo de la expresión corporal y facial. Cada gesto y mirada está imbuido de significado, permitiendo al espectador conectar con el mundo interno de Bella y experimentar sus conflictos personales.
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Además, Stone establece una química poderosa con otros personajes, enriqueciendo las interacciones y profundizando en las dinámicas sociales de la historia. Su actuación no solo resalta por su habilidad técnica, sino también por su capacidad para infundir humanidad y empatía a un personaje complejo y multifacético como Bella Baxter.
2. Dirección: En "Poor Things", Yorgos Lanthimos muestra su destreza en la creación de atmósferas cinematográficas únicas que desafían las convenciones narrativas. La película se distingue por su habilidad para mezclar elementos de fantasía y realismo de una manera que no solo entretiene, sino que también invita a una reflexión profunda sobre la naturaleza humana y la sociedad.
La dirección de Lanthimos utiliza de manera magistral la cinematografía para explorar temas complejos. El uso del color, las perspectivas y los planos no solo son estéticamente impactantes, sino que también funcionan como herramientas narrativas que guían al espectador a través de un viaje de autodescubrimiento. El uso de blanco y negro y luego de color, nos guía por las diferentes etapas que atraviesa Bella.
En particular, Lanthimos utiliza planos meticulosamente diseñados para enfatizar la profundidad emocional y psicológica de los protagonistas, como Bella. Estos planos no solo capturan la belleza superficial de los escenarios, sino que también revelan capas ocultas de significado y simbolismo que enriquecen la comprensión de la obra.
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Además, la dirección de Lanthimos en "Poor Things" no solo se centra en la estética visual, sino que también profundiza en la narrativa para explorar temas universales como la pérdida de la inocencia y el choque entre la idealización y la realidad. A través de su estilo distintivo, Lanthimos invita al público a cuestionar sus propias percepciones sobre la moralidad y el sacrificio en un mundo cada vez más complejo y ambiguo.
Una escena crucial es cuando Bella Baxter se enfrenta a la cruda realidad social a través del personaje cínico que le muestra las verdades incómodas. Esta escena es fundamental porque marca un punto de inflexión en el viaje emocional y de autodescubrimiento de Bella.
En esta escena, el contraste entre la inocencia inicial de Bella y la revelación de las verdades sociales crudas crea un impacto significativo. Bella, quien hasta entonces había sido vista como una figura inocente y casi idealizada, confronta la dura realidad de las relaciones humanas, las injusticias sociales y las complejidades morales. La confrontación directa con estas realidades provoca en Bella un despertar emocional y cognitivo, obligándola a cuestionar y reevaluar no solo el mundo que se había creado, sino además sus propias percepciones y valores.
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Esta escena es relevante porque subraya el tema central de la película sobre el choque entre la idealización y la realidad. Bella pasa de ver el mundo a través de una lente simplificada y positiva a confrontar las complejidades y ambigüedades inherentes a la condición humana. La escena impulsa el desarrollo del personaje de Bella hacia una mayor madurez y comprensión.
Además, esta confrontación directa con la realidad social enriquece la narrativa al añadir capas de profundidad emocional y temática. Ayuda a establecer un tono crítico y reflexivo que permea toda la película, desafiando al público a considerar las implicaciones más amplias de las acciones humanas y las estructuras sociales.
La dirección de Yorgos Lanthimos en "Poor Things" va más allá de la simple narración visual; es una exploración audaz y provocativa que desafía las expectativas del cine contemporáneo mientras ofrece una mirada penetrante a los aspectos más profundos de la condición humana.
3. Guion: El guion de "Poor Things", adaptado magistralmente de la novela de Alasdair Gray, se erige como una obra maestra en sí misma. Uno de sus logros más destacados es el desarrollo profundo y evolutivo del personaje de Bella Baxter. A lo largo de la película, Bella transita de ser una figura inicialmente infantil e inocente a una mujer que desafía activamente las normas sociales establecidas, explorando su propia identidad y libertad con una determinación creciente.
En "Poor Things", el guion se destaca por su uso hábil del diálogo para explorar temas complejos de manera tanto seria como humorística, especialmente en las escenas que enfatizan la condición de Bella y critican las valoraciones morales convencionales.
El guion utiliza el diálogo de manera literal y perspicaz para revelar las contradicciones y absurdidades en las normas sociales y morales que Bella enfrenta. Los diálogos entre los personajes no solo avanzan la trama, sino que también sirven como vehículo para profundizar en los temas subyacentes de la película, como la libertad, la identidad y la moralidad.
En momentos clave, el guion logra un equilibrio notable entre lo cómico y lo crítico al exponer las hipocresías y las rigideces sociales a través de interacciones entre personajes. Estos momentos no solo añaden un toque de ironía y sarcasmo a la narrativa, sino que también refuerzan la crítica social y la exploración de las limitaciones impuestas a Bella debido a su condición y sus elecciones.
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Además, el guion utiliza estos diálogos para ilustrar cómo Bella desafía activamente estas valoraciones morales, encontrando humor e ironía en las percepciones convencionales sobre su vida y decisiones. Esta interacción entre el guion y la actuación de Emma Stone como Bella eleva tanto el tono como el impacto emocional de la película, permitiendo al público reflexionar sobre la complejidad de las normas sociales y la percepción de la individualidad.
El guion no se limita a una narrativa lineal convencional; en cambio, juega ingeniosamente con la distorsión del tiempo. Esta técnica narrativa no solo enriquece la historia al permitir una exploración más profunda de las percepciones y experiencias de Bella, sino que también refleja de manera brillante su desarrollo cerebral único. La intercalación de diferentes momentos temporales crea una sensación de desconcierto y maravilla que se alinea perfectamente con la perspectiva en constante evolución de Bella sobre el mundo que la rodea.
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Además de su innovación formal, el guion de "Poor Things" aborda temas filosóficos, sociales y políticos con una profundidad notable. La película desafía valientemente las convenciones cinematográficas, especialmente en su tratamiento de temas como la desnudez y la sexualidad. Esta representación franca y sin tapujos no solo rompe con las restricciones del cine puritano, sino que también permite una exploración más auténtica y honesta de la complejidad de la moralidad y otros aspectos fundamentales de la experiencia humana.
"Poor Things" es una película que desafía las expectativas y ofrece una experiencia cinematográfica única. Emma Stone brilla en su papel, y la dirección de Lanthimos es excepcional. Aunque puede no ser del agrado de todos, aquellos que aprecian el cine fuera de lo común encontrarán mucho que admirar.
"Poor Things" es una película recomendada para los amantes del cine artístico y aquellos interesados en exploraciones profundas de la condición humana. Su combinación de actuaciones sólidas, dirección creativa y un guion reflexivo la convierten en una adición notable al catálogo de Yorgos Lanthimos.
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iagoglez · 9 months ago
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Lo nuevo viejo
No encuentro ninguna foto de una de los momentos que más me marcarían del Festival de Cine de Xixón del año 99: la icónica rueda de prensa de Aki Kaurismäki, envuelto en humo y vaciando quintos a las 12 de la mañana. Y, a pesar de todo, tenía un buen aspecto similar al que luce en esta imagen de 1990:
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Kaurismäki era de sobra conocido por quienes seguíamos la actualidad cinematográfica (en revistas, ojo ahí), pero no era nada raro no haber visto una sola peli suya. En realidad era lo normal: solo llegaban a grandes ciudades, festivales y filmotecas.
La Chica de la Fábrica de Cerillas, de 1990, era, probablemente, su título más reseñado, tirando de memoria. Supongo que hay elementos para justificarlo: una nueva generación de críticos se iban incorporando (Costa, Monzón, Palacios, Weinrichter, Trashorras...), llegó en un momento en que empezaron a crecer los festivales y la distribución, supuso una renovación en la mirada autoral, y, sobre todo, era muy buena.
Y lo sigue siendo.
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Pero no pretendía yo hablar de su filmografía, sino de Fallen Leaves, que acaban de estrenar en Filmin, y en realidad solo parcialmente.
Aunque pueda parecer que Kaurismäki lleva 40 años haciendo la misma película, lo que sucede es que lleva todo este tiempo creciendo tras las cámaras como persona, como humanista. Que su estética siga siendo la de siempre no quiere decir nada: Sería como asegurar que alguien no cambia por mantener la misma letra con el paso de los años.
Por ese motivo, este plano está tan tremendamente cargado de significado: Alma al fin va a cenar con Holappa, y pensando en los preparativos va a detenerse en la sección de bebidas. Ella no consume alcohol, e incluso algún gesto nos hizo pensar que le desagrada, pero asume que él tiene un problema y necesitará ingerir algo.
Pero en el plano, antes de que Alma tenga protagonismo, dos muchachas se alejan con dos botellas de bebidas de alta graduación.
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En realidad Fallen Leaves es algo así como la revisitación de La Chica de la Fábrica de Cerillas, incluso por la manera en que ambas, en cierto modo, beben de la actualidad: Kaurismäki situaba la matanza de Tiananmén como uno de los impulsos para escribir el guion, y por eso la incluye en la emisión televisiva que acompaña la deprimente realidad familiar de la protagonista.
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Por su parte, en Fallen Leaves es la guerra ucraniana la que asalta en varias ocasiones el espacio de la protagonista a través de una vetusta radio:
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Kaurismäki siempre ha sido el gran romántico de la derrota. El espacio en que cualquiera construiría el drama, el lo reconvierte en el instante capaz de arrojar una brizna de esperanza. Sus personajes no son simples supervivientes del sistema, sino que de un modo u otro saben mantener su dignidad.
¿Quiere decir eso que sea optimista? Por supuesto que no, y el plano de las dos muchachas portando las botellas es una declaración de intenciones: el paso del tiempo y el empeoramiento de la salud pueden llevarnos a apaciguar demonios que arrastramos derivados de tiempos pasados menos amables, pero están sucediendo cosas hoy en día que siguen proporcionando relevos generacionales al descontento y a la frustración.
¿Quiere decir esto que sea pesimista? Por supuesto que tampoco: es necesario dar voz y presencia a los problemas para que nadie se lleve luego sorpresas desagradables.
En aquella rueda de prensa en Gijón del año 99 presentaba Juha, homenaje al cine mudo y una de sus propuestas más sórdidas y duras, pero es probable que ya estuviera en proceso de cambio tras haber dirigido una de las películas mas luminosas y optimistas de la historia: Nubes Pasajeras, de 1996.
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sobreiromecanico · 10 months ago
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Hellboy, Hellboy 2, e algumas memórias das adaptações cinematográficas de banda desenhada
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E já que estou virado para as memórias de cinema (é um pretexto para me manter ocupado, tenho demasiadas coisas para escrever), também se assinala por estes dias o 20º aniversário da estreia de Hellboy, a adaptação de Guillermo Del Toro da aclamada banda desenhada de Mike Mignola, com Ron Perlman, John Hurt, Selma Blair e Doug Jones. Não o vi em cinema em 2004, nem mais tarde; aliás, só viria a ver este filme muitos anos mais tarde, na televisão. O filme que me recordo de ver no cinema foi a sequela de 2008, Hellboy 2: The Golden Army.
Hoje é curioso notar que em 2008 estrearam, com poucos meses de diferença, Hellboy 2: The Golden Army, The Dark Knight de Christopher Nolan, e Iron Man de Jon Favreau - três grandes adaptações cinematográficas de personagens clássicas da banda desenhada norte americana. Iron Man, para além de ser um excelente filme, foi a pedra angular da construção do "Marvel Cinematic Universe", que para o bem ou para o mal dominou o cinema comercial nos últimos quinze anos. The Dark Knight, o segundo capítulo da trilogia de Nolan dedicada a Batman, foi aclamadíssimo pela crítica e pelo público - talvez seja um pouco sobrevalorizado, mas continua a ser um óptimo filme, e deixou para a memória o enorme Joker de Heath Ledger. E pelo meio destes dois colossos da Marvel e da DC Comics, no ano em que os super-heróis saíram definitivamente das pranchas para o grande ecrã e e se tornaram num negócio multimilionário, Hellboy 2, transpondo para o cinema pela segunda vez a personagem icónica da Dark Horse Comics, passou pelas salas de forma mais ou menos discreta.
O que é pena: é o melhor filme dos três.
Claro que em 2008 ninguém imaginaria no que se tornariam os filmes de super-heróis da banda desenhada. Certo, antes de 2008 houve o Spider-Man de Sam Raimi e os X-Men de Bryan Singer e Brett Ratner, duas trilogias que têm em comum o facto de terem obtido um sucesso considerável para a época, e de serem compostas por dois bons filmes e um último filme pavoroso. Mas também houve, convém lembrar (ou talvez não), o Hulk de Ang Lee, os dois Fantastic Four de Tim Story, o Daredevil de Mark Steven Johnson, a Elektra de Rob Bowman, e a Catwoman de Pitof. E decerto mais algum que me escapa*. Pelo meio desta lixeira cinematográfica, Guillermo Del Toro realizou Blade II e Hellboy, dois filmes bem acima da média do seu género, e por isso genericamente esquecidos.
(Perguntava-me aqui por que motivo não teria visto Blade II no cinema, já que no final dos anos 90 recordo-me de ter gostado bastante do filme original, mas a resposta é evidente: o filme estreou em 2002, e nessa altura eu ainda vivia na aldeia. Dito de outra forma: não tinha acesso a cinema; filmes, só os que passavam nos quatro canais generalistas.)
Mas como disse, não vi Hellboy no cinema, mas vi Hellboy 2. Aliás, das três adaptações de banda desenhada de 2008 a de Del Toro foi a única que vi em cinema, e foi com desconfiança: só conhecia a personagem de passagem, era uma sequela e não tinha visto o primeiro filme, e dados os filmes de super-heróis recentes a vontade de gastar dinheiro num bilhete de cinema era pouca ou nula (até porque super-heróis nunca foram exactamente a minha praia). Mas o João, amigo de longa data desde o Alentejo, insistiu: já conhecia algumas histórias, Hellboy era diferente, o humor e o tipo de história seriam diferentes, não haveria de fazer grande diferença não ter visto o primeiro filme, e de resto também não havia melhor programa para aquela noite. E lá fomos ao Alvaláxia ver o filme, que para minha surpresa me maravilhou do início ao fim: pelo sentido de humor, pela história cativante em redor da perda e da efemeridade, pela estética - Del Toro nunca desilude neste ponto -, e por várias cenas e inúmeros momentos que revi ao longo dos anos, assim como por elementos que se foram transmutando nos filmes de Del Toro (a Morte do seu extraordinário Pinocchio dá ares ao Anjo da Morte de Hellboy 2, por exemplo).
Como referi acima, 2008 marcou o início da linha de montagem de adaptações de super-heróis, mas isso só terá ficado evidente mais tarde, talvez em 2012 com a estreia, e o sucesso colossal, de The Avengers. A bilheteira modesta dos dois primeiros Hellboy e alguns projectos nunca concretizados por Del Toro (por exemplo, era suposto ter realizado aquilo que se tornou na trilogia The Hobbit) ditaram que o realizador mexicano não chegou a ter a oportunidade de fechar a história com um terceiro filme. Sabe-se que Ron Perlman gostaria de regressar à personagem e concluir o arco narrativo, mas nada aponta nesse sentido: se não se conseguiu fazer o filme durante o tempo das vacas gordas das adaptações de banda desenhada, é improvável que se consiga agora, quando a coisa já está em franco declínio. O que é pena: Hellboy 2 deixou óptimas pistas para uma continuação, e não há outro realizador tão perfeito para esta história como Guillermo Del Toro. Enfim, é regressar à banda desenhada, é rever os dois óptimos filmes que temos, e imaginar o que tal filme poderia ter sido.
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*no caso de algum leitor mais atento reparar na omissão: não, não me esqueci do Constantine de Francis Lawrence, um filme que adorei na altura, quando ainda não conhecia a banda desenhada da Vertigo, e do qual continuo a gostar imenso hoje, quando já estou familiarizado com o John Constantine que Alan Moore, Steve Bissette e John Totleben criaram nas páginas de The Swamp Thing, e que Jamie Delano et al. desenvolveram durante décadas em Hellblazer. É uma boa adaptação da banda desenhada? Talvez não, e não será apenas por o Keanu Reeves não ser parecido com o Sting. Mas é um excelente filme, com um elenco óptimo - o Lúcifer de Peter Stormare é imbatível - e uma realização muitíssimo competente. Por isso, mantenho Constantine, tal como Hellboy, bem longe da galeria de horrores que foram as adaptações de banda desenhada norte-americana para cinema entre 2003 e 2008.
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zsorosebudphoto · 2 years ago
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Consellos para facer fotos chulas
Excepcionalmente, vou compartir uns poucos truquiños para que calquera poida mellorar as súas fotos no momento de tiralas. Non son unha experta nin moito menos, pero hai cousas que fun aprendendo dende que abrin esta bitácora/portfolio e que á xente lle pode ser útil. Son guías, non normas, así que por suposto que haberá persoas ás que non lles guste ou non lles funcione. 
Velaí van!
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Controla os parámetros ISO, velocidade de obturación e abertura de diafragma
Fedellando no modo manual podes subir e baixar a luminosidade das túas fotos a través destes parámetros, pero olliño con eles! 
Subir a ISO demasiado pode facer que a foto quede granulada. Por suposto, é posible que sexa iso o que busques.
Baixar a velocidade de obturación fai que as fotos queden máis movidas. Isto tamén pode ser bo, dependendo da fotografía!
Unha foto pouco iluminada sempre se pode mellorar, pero unha foto sobreexposta, non. Ante a dúbida, eu sempre lle vaixo un puntiño de exposición.
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Polo tanto, ás veces é mellor alumar artificialmente un espazo escuro (falo de focos, non de flash) que subir os parámetros até puntos nos que poda deformarse moito o resultado.
Controla a temperatura de cor
Hai dúas maneiras de cambialo: axustando a temperatura en graos K (Kelvin) ou cos filtros que adoitan ter as cámaras de predeterminado segundo a fonte de iluminación (para sol, sombra, luces fosforescentes, incandescentes, etc.). 
Eu sempre recomendo usar o espectro numérico até que atopes un punto que che gusta; nese sentido, podes optar polo naturalismo e buscar a cor que máis se axusta ao que vés cos teus ollos, ou ser un pouco pillabán e subir ou baixar un chisco a temperatura para infundir á túa foto dun determinado estado de ánimo ou estética. 
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Aproveita o desenfoque
A lonxitude focal é o que determina o lonxe ou preto que ves o suxeito da túa foto (usamos teleobxectivos como se fosen telescopios, para ver máis lonxe) pero tamén para determinar a profundidade de campo ou a nitidez que teñen cada un dos planos da foto (dende o máis preto até o máis lonxe); entre outras cousas que non me da a vida de explicar. O caso é que poden chegar incluso a deformar unha foto.
Os móbiles adoitan ter obxectivos moi angulares (<50mm), polo tanto fanche ver:
As cousas parecen máis lonxe, máis pequenas
Caben máis cousas na foto, porque ten un espectro máis amplo de visión
Deforman un chisco os bordes no que se adoita chamar “ollo de peixe” (isto no móbil non chega a notarse moito, pero algo de deformación hai)
Todo é nítido, dende o que está máis preto até o que está máis lonxe.
E isto limita un chisco a creatividade. Cun teleobxectivo, porén, (>50mm) podes ver:
As cousas parecen máis preto
Caben menos cousas na foto, ten un espectro menos amplo de visión
Non todo é nítido, só o plano que está enfocado (manualmente ou polo enfoque automático, tanto ten). O que está máis lonxe ou máis preto dese plano, está desenfocado. 
E isto último é PRECIOSO. Da unha sensación cinematográfica, outórgalle profundidade e subxectividade á foto. Alguén está a mirar e a deterse nese plano enfocado, como facemos nas nosas mentes. Dálle humanidade. 
Insisto que estes consellos non son normas, tamén se poden facer cousas chulas con angulares. Pero se queres intimidade, humanidade, etc. usa lonxitudes focais maiores ;)
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Ante a dúbida, achégate (ou afástate)
As fotos ás veces quedan mal porque non ousamos achegarnos abondo ao suxeito. Non queremos molestar á persoa que lle facemos un retrato ou nos da pereza abaixarnos a facerlle a foto a aquela flor. 
Ousade achegarvos, sempre atoparedes mais posibilidades canto máis preto esteades.
Claro que, cando usas un teleobxectivo para dar ese efecto cinematográfico do que falabamos antes, ás veces debes afastarte moito para que o teu suxeito non salga dos marxes da foto. A cuestión aquí é que, antes de cambiar a distancia focal cun zoom (iso é trampa), que valores se merece a pena achegarte ou afastarte para conseguir a foto. 
(para a foto de abaixo, metinme no mar co móbil na man!! que perigo!!) 
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Mira polo visor, non pola pantalla (con cámaras DSLR, sobre todo)
Non sei nas vosas, pero na miña Canon D70 teño que mirar pola pantalla para acadar os parámetros (ISO, K, obturación, diafragma, etc) perfectos para a foto. Pero despois, sempre miro polo visor para sacar a foto. O visor non ten os parámetros novos implementados, é o que ves na realidade pero encadrado na túa fotografía. 
Non sei porque motivo, iso faime ser consciente da composición da foto. 
Compón
A composición ten tantas normas como excepcións. Podería falarvos da regra dos terzos, das diagonais, do consello que lle deu supostamente John Ford a Spielberg (”cando o horizonte está abaixo ou arriba, é interesante. Cando está no medio é aburrido”) pero sería un tratado infumable e incluso podería limitar bastante ás vosas imaxinacións.
Penso que hai que entrenar o ollo a medida que vas facendo fotos. Observalas, trazar liñas sobre elas. Pouco a pouco, atopas que cando é máis interesante centrar o teu suxeito ou deixalo cara un lado, subir ou baixar a liña do horizonte, balancear o seu equilibro (refírome a que unha foto “pesa” polo lado no que hai máis ruído visual). 
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O meu consello aquí e deixar sempre un chisco do que se lle chama “aire”, é dicir, baleiro arredor do suxeito. Non pegar a cabeza dx retratadx ao marxe superior da foto, para entendernos. 
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En fin. Grazas por aguantar a chapa aos que chegastes até aquí abaixo. Se vos gusta, compartide!
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jessicvdelgado · 1 year ago
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Sinopse
Tensio é um projeto de fotografia encenada, que explora o poder da tensão visual, com uma estética cinematográfica. Inspirado na obra Normal People de Sally Rooney, este trabalho retrata uma narrativa marcada por momentos intensos e nuances emocionais. Tensio pretende convidar o espectador para pequenos picos de tensão que permeiam a narrativa através de uma viagem visual.
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emanuelorozco · 2 years ago
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El arte y la animación en "Ponyo" son absolutamente deslumbrantes. Cada escena está llena de colores vibrantes y detalles exquisitos que realzan la belleza del mundo submarino creado por Miyazaki. La fluidez y la expresividad de los personajes animados hacen que sea imposible apartar la mirada de la pantalla.
La trama de "Ponyo" es simple pero poderosa. Narra la historia de amistad entre un niño llamado Sosuke y una pequeña pez de oro llamada Ponyo, quien anhela convertirse en humana. A medida que su relación se desarrolla, la película explora temas como el respeto por la naturaleza y la importancia de proteger el equilibrio ecológico. La historia nos recuerda que nuestras acciones pueden tener un impacto profundo en el mundo que nos rodea.
Además de su belleza visual y su emotiva historia, "Ponyo" cuenta con una banda sonora excepcional que complementa a la perfección cada momento de la película. La música de Joe Hisaishi es evocadora y conmovedora, y añade otra capa de magia a la experiencia cinematográfica.
En resumen, "Ponyo" es una joya del anime que deja una impresión duradera en los corazones de quienes la ven. Su estética cautivadora, su historia encantadora y sus mensajes inspiradores hacen que esta película sea una experiencia verdaderamente especial. No importa si eres joven o adulto, "Ponyo" es una película que te transportará a un mundo mágico lleno de maravillas y enseñanzas significativas.
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post-sexualidades · 2 years ago
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Miércoles 10 de mayo de 2023
Marina Diez-Pastor - Monstruando placer. (online)
La menstruación es una parte intrínseca de la sexualidad de los cuerpos que la transitan. Sin embargo, es un proceso corporal que siempre se ha explicado desde la abyección, el ocultamiento, y la vergüenza, siendo solo positivizado por su potencial para la reproducción social. La erótica de la menstruación no existe, pero no por ello los cuerpos monstruantes dejan de ser sexuales. En un universo de sexualidades diversas y disidentes, estas corporalidades des-erotizadas encuentran un hueco desde el que enunciarse, alzar sus voces, re-erotizarse y sentir placer.
Miriam Sánchez - I would take cups of liquid from them vaginas. Filmar el deseo lésbico desde el fluido corporal en la obra cinematográfica de Barbara Hammer. (online)
Esta comunicación tiene por objetivo explorar teórica y visualmente cómo se articula el placer-corporal-fluido en las primeras obras de Barbara Hammer (1970-1980). En estas películas, Hammer construye el placer fluido desde su representación filmada (con la explicitud de vulvas que se frotan, rozan y estimulan, desbordándose e inundándose en el placer de sus líquidos) y desde su representación fílmica (con la evidencia de goteo, manchas o salpicaduras en el celuloide o en el vídeo). Así, las películas de Hammer son hoy día testimonio de una política corporal fluida; de una estética sexual y lésbica que es colectiva, física y líquida.
Saray Espinosa - «Tengo un coño que me tapa toda la cara»: apuntes para una genealogía otra (y propia) del arte coño. 
En un espacio híbrido entre los estudios porno y la historia del arte, el de la historia del arte cachondo, esta comunicación se plantea como un ejercicio teórico y visual de descentramiento al relato establecido alrededor del arte coño en la narrativa feminista del arte y lo visual, aún hoy encorsetado alrededor del modelo propuesto por Judy Chicago y Miriam Schapiro. Nos preguntaremos juntes por qué razones y a través de qué estrategias diferentes artistas alrededor del mundo pusieron el coño a hablar, parando especial atención al Sud global y europeo.
> Esther Romero - “Sexuality saved my life”. Contra-imaginarios lésbicos y su presencia en la historiografía contemporánea”
Colectivo BajoRufián - Representaciones transbutch: metodologías artísticas para reencontrarnos con nuestros cuerpos.
Queremos mostrar las problemáticas en torno a nuestros cuerpos queer y las formas de entenderlos desde el deseo y los afectos. Con las metodologías de investigación artística usadas para Transgresión (2021) y Deshecho (2021-), dos introspecciones sobre el torso materializadas empleando la escultura/videoperformance, reflexionamos sobre la identidad sexual y de género. Estas piezas crean un diálogo sobre la maleabilidad del género dado en los cuerpos. Partimos de la experiencia encarnada para indagar sobre la cuestión en una dimensión colectiva, idea reflejada en una investigación más extensa sobre las masculinidades de las personas AMAN (Asignadas Mujeres Al Nacer) y no binarias.  
Yera Moreno y Melani Penna - Reescribir un borrador para un diccionario de las amantes -o como follar con palabras y erotizar entre líneas-.
Dice Adrienne Rich que “el acto de mirar atrás, de mirar con ojos nuevos, de asimilar un viejo texto desde una nueva orientación crítica” es para las mujeres un acto de supervivencia cultural. En 1976 Monique Wittig y Sande Zeig llevan a cabo este acto reapropiándose, en una escritura erótica y explícitamente bollera, de un diccionario. El diccionario ejemplifica la autoridad de un texto académico-científico. A través de una ficción consensuada, ideada por quienes ostentan performativamente esta autoridad, el diccionario inventa significados y nos los impone como canon verdadero del decir y el existir. Por eso, el gesto de Wittig y Zeig, en una escritura que se reapropia de esa estructura discursiva autoritaria para pervertirla, para erotizarla, vuelve el diccionario un espacio habitable en el que las amantes se dicen (y se hacen) lo que el mundo no les permite ni decir ni hacer. En esta lectura poética performativa, a través de nuestra propia reescritura del borrador para un diccionario, traeremos otras voces, otros textos, otras palabras, otras líneas con las que follamos y amamos como cuerpos disidentes de las lógicas heteronormativas y sus discursos.
Emilie Hallard - Repensar lo deseable.
¿Cómo (re)educamos nuestras miradas hacia los cuerpos deseables? ¿Qué impacto tienen las redes sociales? ¿Qué son los cuerpos disidentes? ¿Cómo podemos dejar de fetichizarlos para desearlos con toda su complejidad? La artivista Emilie Hallard invita al público a repensar la jerarquía de los cuerpos deseables, y percibidos como deseantes, a través de su proyecto fotográfico Les corps incorruptibles (Los cuerpos incorruptibles en español). Esta serie de retratos desnudos, no erotizados, celebra la diversidad de cuerpos a la vez que subraya las temáticas políticas que los atraviesan.
> Alonso Almansa - Pistas postpornográficas para pensar un postsexo.
Andrea Acosta - Sexo alien: propiciar un devenir rarificado de nuestras prácticas sexuales.
Sexo Alien pretende imantar nuestros cuerpos hacia los seductores mundos de la ciencia ficción para conversar acerca de cómo la alienidad ofrece un espacio para rarificar la producción del deseo muchas veces tramposamente asimilado. A través de los relatos de Octavia Butler: ‘Amnistía’ y ‘Bloodchild’, nos aproximamos a un devenir polisexual que complica la sexualidad reproductora de una moral homogeneizante propiciando horizontes de placer desconocidos y marcianos. Mediante el contacto alien-humano/terrano se pone en juego una lectura de lo alien como aquello que encarna la multiplicación del deseo en prácticas no normativas extralimitando la erótica humana en una relación de deseo-amenaza.
> Álvaro del Fresno - Para una economía libidinal marika del gasto.
> Eloy V. Palazón - ¿Quién teme al deseo?
Javier Sáez - La (b)analidad del sexo. 
Siguiendo la tesis de Hanna Arendt sobre La Banalidad del Mal, haremos un recorrido por diversos enfoques sobre el "sexo" y su articulación con la política y con el capitalismo: implicaciones políticas de las regulaciones del sexo anal, el dispositivo de sexualidad de Foucault y la imposibilidad de salir de él, el uso de las leyes contra la sodomía para instaurar una hegemonía sexual burguesa (siguendo a Christopher Chitty, Sexual Hegemony), y la banalización del sexo y de la violencia contra las mujeres a partir de las redes sociales, la autopornografía (Paco Vidarte) y el acceso masivo a internet.
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ninecolors · 3 years ago
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Open Casting Call!
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The award-winning short-film series Indetectables is holding their first ever open casting!
UPDATE (9/14/2021): CASTING CLOSED
Do you want to be the protagonist of “Standard Deviation”, the upcoming episode of Indetectables? We are looking for trans actors, with or without experience, to bring the character of River to life. Must be fluent in Spanish and available for filming in Madrid (Spain) in the autumn 2021.
River—twentysomething, non-binary, pre-HRT, with a punk aesthetic—is the kind of person that catches the eye of kids and, for completely different reasons, of the adults that accompany them. Where children are dying to ask River if that is their actual hair color and if they are a girl or a boy, the adults would rather cross the street to avoid them.
However, River is no different from any person of their age, just trying to navigate a world that is constantly at the edge of collapse: overlapping economic crisis, the growth of the far right, the climate emergency ...
Confronted with the uncertainty of not knowing if everything will explode tomorrow, River chooses rebellion, authenticity, euphoria, and love, instead of resignation, assimilation, paralysis, and selfishness.
River chooses to live, not to survive.
Read more about the project and how to submit here!
🇪🇸 En español 👇🏼
¡La premiada serie de cortos Indetectables acaba de iniciar su primer casting abierto!
ACTUALIZACIÓN (14/9/2021): CASTING CERRADO
¿Quieres ser protagonista de “Desviación Típica”, uno de los nuevos episodios de Indetectables? Estamos buscando actores trans, con o sin experiencia cinematográfica, que den vida al personaje de River. Se precisa fluidez en español y disponibilidad para grabar en Madrid (España) durante el otoño de 2021. 
River, de veintitantos, no binarie, pre-hormonación y de estética punk, es una de esas personas que llaman poderosamente la atención de los niños y, por razones completamente distintas, la de los mayores que les acompañan. Donde los críos se mueren por preguntarle si ese es su color de pelo y si es un chico o una chica, los adultos preferirían cambiar de acera.
Sin embargo, River no es tan diferente de cualquier persona de su edad, tratando de navegar un mundo constantemente al borde del colapso: crisis económicas que se solapan, el ascenso de la extrema derecha, la emergencia climática…
Ante la incertidumbre de si todo estallará mañana, River elige rebeldía, autenticidad, euforia y amor, en lugar de resignación, asimilación, parálisis y egoísmo.
River elige vivir, no sobrevivir.
Más información sobre este proyecto y cómo participar aquí.
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animatek7 · 24 days ago
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Decoração Temática de Filmes: Dando Vida ao Mundo Cinematográfico
A decoração temática de filmes é uma tendência que encanta tanto os amantes de cinema quanto aqueles que buscam criar ambientes únicos e imersivos. Incorporar elementos inspirados em filmes no design de interiores transforma qualquer espaço em um cenário cheio de personalidade e criatividade. Seja para residências, escritórios, eventos ou espaços comerciais, essa abordagem é uma forma poderosa de conectar as pessoas ao universo cinematográfico.
Por Que Optar pela Decoração Temática de Filmes?
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Decorar com um tema de filme permite explorar a imaginação e dar um toque pessoal aos ambientes. Filmes icônicos não apenas contam histórias, mas também trazem uma estética visual única, que pode ser replicada para capturar emoções e criar atmosferas específicas. Um ambiente inspirado por Star Wars, por exemplo, pode trazer uma estética futurista e tecnológica, enquanto um espaço baseado em O Grande Gatsby exala elegância e glamour dos anos 1920.
Essa temática também é uma excelente escolha para eventos, como festas infantis, encontros de fãs e até exibições corporativas, oferecendo uma experiência imersiva e memorável.
Como Planejar a Decoração Temática de Filmes
Escolha o Filme ou Gênero O primeiro passo é selecionar o tema. Considere as preferências pessoais ou o público-alvo. Filmes de super-heróis, animações, clássicos de ficção científica ou romances podem ser ótimas inspirações.
Foco nos Detalhes Elementos específicos do filme devem ser destacados. Pense em objetos, paletas de cores e ícones marcantes. Por exemplo:
Para um tema de Harry Potter, inclua varinhas, livros de feitiços e bandeiras das casas de Hogwarts.
Em um espaço inspirado por Avatar, use luzes LED azuis e elementos que remetam à natureza de Pandora.
Tecnologia e Interatividade Integrar tecnologia à decoração temática de filmes pode elevar a experiência. A Animatek, com sua expertise em animações e projetos digitais criativos, oferece soluções para adicionar animações 3D, hologramas e ambientes virtuais aos espaços. Isso é especialmente valioso para eventos ou espaços comerciais que buscam impactar os visitantes.
Móveis e Iluminação Móveis personalizados e iluminação adequada são essenciais. Um sofá inspirado no Trono de Ferro de Game of Thrones ou luminárias que lembram sabres de luz de Star Wars podem ser os destaques de um ambiente.
Espaços Funcionais e Divertidos Combine estética e funcionalidade. Em um quarto infantil inspirado por Toy Story, adicione prateleiras decorativas que também sirvam como espaço de armazenamento.
Ideias Criativas para Diferentes Ambientes
Home Theater Transforme uma sala de cinema em casa em uma homenagem ao clássico O Poderoso Chefão ou à ação de Os Vingadores.
Escritórios Escritórios criativos podem se inspirar em filmes como Matrix, usando tons de verde e preto e elementos futuristas para estimular a inovação.
Eventos Temáticos Festas de aniversário podem recriar cenas de Frozen ou Homem-Aranha, enquanto eventos corporativos podem utilizar a estética de Interestelar para destacar a inovação tecnológica.
O Papel da Animatek na Decoração Temática de Filmes
A Animatek pode transformar qualquer ideia cinematográfica em uma experiência real, com o uso de ferramentas de animação 3D e tecnologia interativa. Imagine adicionar projeções holográficas, personagens digitais em movimento ou ambientes virtuais que levam o público diretamente para dentro do filme.
Com a Animatek, a decoração temática de filmes vai além do visual, proporcionando uma experiência completa que impressiona e conecta os espectadores ao universo cinematográfico.
Crie, inspire e transforme espaços com a magia dos filmes!
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villargodoy · 29 days ago
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Denzel Washington habla de 'La tragedia de Macbeth', del trabajo de Joel Coen en el plató y de la producción de 'La lección de piano' de August Wilson
Ahora que La tragedia de Macbeth , del guionista y director Joel Coen, se proyecta en cines selectos y se transmite en Apple TV+, recientemente pude hablar con Denzel Washington sobre la realización de la adaptación de William Shakespeare . Durante la entrevista, Washington habló sobre ver la forma en que Joel Coen trabajó en el set para intentar convertirse en un mejor director, cómo fue trabajar con el director de fotografía Bruno Delbonnel , la estética de la película, por qué las palabras de Shakespeare han resistido la prueba del tiempo y más. Además, revela que su próxima película es The Equalizer 3 , y dice que el plan es filmar la adaptación cinematográfica de La lección de piano de August Wilson con John David Washington y Samuel L. Jackson el próximo año. A diferencia de Fences , que dirigió Washington, solo producirá La lección de piano .
Como Matt resumió perfectamente en su brillante reseña de La tragedia de Macbeth , la historia sigue a Macbeth (Washington), un célebre guerrero y general al servicio del rey, Duncan ( Brendan Gleeson ). Mientras regresan al campamento, Macbeth y su amigo y compañero general Banquo ( Bertie Carvel ) se encuentran con tres brujas ( Kathryn Hunter ), que profetizan que Macbeth se convertirá en rey, pero que Banquo será padre de una línea de reyes. Macbeth transmite esta información a su esposa ( Frances McDormand ), quien planea que Macbeth asesine a Duncan cuando venga a quedarse en su casa y luego ascienda al trono. Macbeth está de acuerdo y la profecía se cumple, pero en su búsqueda por mantener el poder, se lanza a una ola de asesinatos que finalmente lo lleva a la guerra con sus compatriotas. La película también está protagonizada por Corey Hawking
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gustavoeln · 1 month ago
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Gertrud (1964) - Carl Theodor Dreyer
Procurei um afastamento de alguns dias do filme para escrever esse texto. Confesso que pensei sobre o filme mais do que acreditei que pensaria. Sobre o que vi, e não sobre esse texto em si. Gosto de escrever sobre cinema muitas vezes de memória, depois de alguns dias, escrevendo só sobre o que de fato ficou impregnado na carne (ou na alma).
De primeira, Gertrud me chamou a atenção por uma "economia cinematográfica" que me agrada. Chutaria que o filme não tem mais do que 100 planos diferentes. Mas que, diferente de outros cinemas econômicos, a extensão da duração de planos e a redução no número dos mesmos não parece vir de um fator econômico. As atuações do filme é que levam para esse caminho. Parece ser tudo muito bem pensado, os atores giram em torno de Gertrud mas jamais a encaram de frente. A imagem do rosto de Gertrud de frente e um rosto masculino a evitando de perfil são marcantes. Me remetem diretamente ao Egito antigo e suas artes em parede, em duas dimensões, com a forma sendo o que demonstra a essência. Os personagens jamais olham para os outros, carregam um olhar distante e muitas vezes de lado que revela claramente uma angústia que podemos reconhecer. O todo se observa em sua reconhecida metade perfilada.
Ainda assim, tem algo em Gertrud que me incomoda, e pensando sobre isso, nesses dias entre conhecer e assistir o filme e finalmente escrever esse texto, não sei se consegui chegar a conclusão exata do que seja. Meu palpite é que após perceber que o filme de Carl Theodor Dreyer foi lançado em 1964 se tornou impossível não resgatar todos os filmes brasileiros, que me ajudaram a construir a cinéfila que me move hoje, e que foram principalmente produzidos após a década de 60. Comento sobre os planos de Gertrud no início do texto pois são, de fato, coisas comuns entre os filmes que me fazem sentir incômodo em Gertrud e o próprio Gertrud. Aliás, reforço que são para mim coisas altamente interessantes em ambos os filmes. No cinema brasileiro, principalmente o que veio a ser produzido próximo do lançamento do filme de Dreyer, os planos são econômicos justamente pela precariedade de suas produções. O cinema deles são sujos e o de Dreyer é limpo, aristocrata, romântico, que sonha. 
Tu, leitor, pode até não achar justo que critique um filme por conta da precariedade de um cinema feito na mesma época e a milhares de quilômetros de distância, algo que parece até carregar um tom de inveja como "meus filmes queridinhos sofreram muito e você aí se esbaldando", mas para mim foi impossível não associar a fatídica data de 1964 com tudo que ela provoca em meu corpo brasileiro. Como olhar para um filme e deixar de lado toda a sua formação estética? Não sei como. Não consigo fazer. E veja, isso não significa que odiei Gertrud e sua bonita história de amor não correspondido, isso significa apenas que após ver o filme, os conflitos entre o que o filme é, na junção dialética entre forma e conteúdo, objetivo e subjetivo, figural e figurativo, me gerou incômodo de um modo que não cheguei a entender se era, inclusive, um incômodo positivo ou negativo. Comentar sobre um filme para mim é trazer esses apontamentos que adentram na carne, ficam presos e deixam marcas. As imagens de Gertrud são belíssimas, seu incômodo talvez possa ser negativo mas ainda me é agradável. Significa que vou lembrar do filme por um bom tempo, e no fim é isso que importa.
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postersdecinema · 1 month ago
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A Grande Pecadora
F, MC, 1963
Jacques Demy
7/10
A Febre do Jogo
Fortemente respeitado entre os cineastas franceses, sobretudo pelo enorme sucesso dos seus dois musicais, Les Parapluies de Cherbourg e Les Demoiselles de Rochefort, ambos contando com Catherine Deveuve entre os protagonistas, a verdade é que, ao contrário da sua mulher, Agnés Varda, praticamente considerada a mãe da nouvelle vague, com o filme La Pointe-Curte, de 1955, Jacques Demy é frequentemente relegado para um papel secundário no movimento, fruto precisamente do enorme sucesso dos seus dois filmes mais populares, mas também mais convencionais, menos vanguardistas, no sentido em que aquela geração via a recriação da estética cinematográfica.
E no entanto, Jacques Demy realizou, pelo menos, dois filmes fundamentais na história da nouvelle vague.
Um foi Lola, de 1961, com Anouk Aimée.
O outro é este Baie des Anges, de 1963, com uma presença magnífica de Jeanne Moreau, que versa, como poucas vezes sucedeu na história do cinema, o vicio do jogo, ainda assim conseguindo enquadrá-lo numa filosofia de vida radical, de liberdade extrema, de recusa dos valores tradicionais, mesmo que o final possa decepcionar os mais audazes.
Não é À Bout de Souffle nem Ascenseur por l'Échafaud, ainda assim classifico-o como obrigatório, para qualquer amante da nouvelle vague, tal como Lola, aliás.
Gambling Fever
Strongly respected among French filmmakers, especially due to the enormous success of his two musicals, Les Parapluies de Cherbourg and Les Demoiselles de Rochefort, both featuring Catherine Deveuve among the protagonists, the truth is that, unlike his wife, Agnés Varda, practically considered the mother of the nouvelle vague, with the 1955 film La Pointe-Curte, Jacques Demy is often relegated to a secondary role in the movement, a result precisely of the enormous success of his two most popular films, but also more conventional, less avant-garde, in the sense in which that generation saw the recreation of cinematic aesthetics.
And yet, Jacques Demy made at least two fundamental films in the history of the nouvelle vague.
One was Lola, from 1961, with Anouk Aimée.
The other is this Baie des Anges, from 1963, with a magnificent presence by Jeanne Moreau, which deals, as has rarely happened in the history of cinema, with gambling addiction, yet managing to frame it within a radical philosophy of life, of freedom extreme, of rejection of traditional values, even though the ending may disappoint the most audacious.
It's not À Bout de Souffle nor Ascenseur por l'Échafaud, yet I classify it as mandatory for any nouvelle vague lover, just like Lola, in fact.
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