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classicomundoanimal · 3 months ago
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Animais em Extinção: A Realidade que Precisamos Enfrentar
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Quando éramos crianças, muitas vezes nos deparamos com histórias sobre elefantes majestosos, tigres ferozes e tartarugas marinhas que nadam livremente nos oceanos. Essas histórias nos encantavam e nos faziam sonhar com um mundo cheio de vida e diversidade. No entanto, a realidade que enfrentamos hoje é bem diferente. Os animais em extinção estão sob ameaça, e muitas dessas espécies podem desaparecer para sempre se não tomarmos medidas imediatas. Neste artigo, vamos explorar a grave situação dos animais em extinção, seus desafios e o que podemos fazer para ajudar.
O Que São Animais em Extinção?
Os animais em extinção são espécies que estão em risco de desaparecer da face da Terra. Essa situação é alarmante e é causada por diversos fatores, principalmente pela ação humana. A destruição dos habitats, a caça ilegal, a poluição e as mudanças climáticas são algumas das principais ameaças que esses animais enfrentam. Segundo estimativas, milhões de espécies estão em perigo, e a cada dia que passa, perdemos mais parte da rica biodiversidade do nosso planeta.
Exemplos de Animais em Extinção
Para entender melhor a gravidade da situação, vamos falar sobre alguns animais emblemáticos que estão em risco:
1. Tigre-de-bengala O tigre-de-bengala, conhecido cientificamente como Panthera tigris tigris, é um dos maiores felinos do mundo. Eles habitam florestas na Índia, Bangladesh, Nepal e Butão. Infelizmente, a caça ilegal e a perda de habitat estão levando essa espécie à extinção. Estima-se que a população de tigres tenha diminuído drasticamente nas últimas décadas, com esforços de conservação sendo implementados para protegê-los.
2. Gorila da Floresta Os gorilas, especialmente o gorila-da-montanha (Gorilla beringei), são encontrados nas florestas tropicais da África Central. Eles enfrentam a destruição de seu habitat devido à agricultura, caça furtiva e doenças. A proteção das florestas é vital para assegurar a sobrevivência desses primatas.
3. Tartaruga Marinha As tartarugas marinhas, como a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), são essenciais para a saúde dos oceanos. Elas enfrentam ameaças como a poluição, a perda de praias para nidificação e a pesca acidental. A proteção das praias e a conscientização sobre a redução do uso de plásticos são cruciais para a sobrevivência dessas criaturas.
4. Lobo Cinzento O lobo cinzento (Canis lupus) é um predador social que desempenha um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas. A caça e a perda de habitat têm causado uma diminuição significativa em suas populações. Programas de conservação têm sido implementados para restaurar suas populações em algumas regiões.
5. Elefante Africano O elefante africano (Loxodonta africana) é o maior mamífero terrestre, conhecido por seu tamanho e inteligência. No entanto, a caça furtiva por suas presas e a perda de habitat devido à expansão agrícola estão ameaçando a sobrevivência dessa espécie icônica. A conservação dos elefantes é fundamental para manter a biodiversidade dos ecossistemas africanos.
Por Que a Extinção É Importante?
Talvez você esteja se perguntando: "Por que devemos nos preocupar com a extinção desses animais?" A resposta é simples: a extinção de uma espécie pode desencadear um efeito dominó no ecossistema. Cada animal desempenha um papel único na cadeia alimentar e na manutenção do equilíbrio natural. Quando uma espécie desaparece, isso pode afetar outras espécies e, por fim, impactar a vida humana.
Além disso, muitos medicamentos e tratamentos médicos têm origens em plantas e animais. Se perdermos essas espécies, corremos o risco de perder oportunidades valiosas para a ciência e a medicina.
O Que Podemos Fazer Para Ajudar?
Agora que você entende a importância de proteger os animais em extinção, é hora de pensar em como podemos ajudar. Aqui estão algumas ações que todos podemos realizar:
1. Eduque-se e Compartilhe
A primeira coisa que podemos fazer é aprender mais sobre os animais e seus habitats. Quanto mais sabemos, mais podemos compartilhar com outras pessoas. Falar sobre a importância da conservação é fundamental para aumentar a conscientização.
2. Apoie Organizações de Conservação
Existem muitas associações que estão com a missão de cuidar dos animais e dos lugares em que eles vivem. Você pode contribuir financeiramente, ser voluntário ou simplesmente divulgar o trabalho dessas organizações. Cada pequena ação conta!
3. Reduza o Uso de Plástico
A poluição plástica é uma das maiores ameaças aos oceanos e à vida marinha. Reduzir o uso de plástico e optar por produtos sustentáveis pode fazer uma grande diferença na proteção das tartarugas e de muitos outros animais.
4. Compre Produtos Sustentáveis
Quando for comprar produtos, escolha aqueles que são feitos de maneira sustentável. Isso ajuda a garantir que os recursos naturais sejam utilizados de forma responsável, protegendo os habitats dos animais.
5. Adote Animais
Se você está pensando em ter um pet, considere a adoção. Existem muitos animais em abrigos que precisam de um lar. Ao adotar, você está salvando uma vida e ajudando a reduzir o número de animais abandonados.
O Futuro dos Animais em Extinção
A situação dos animais em extinção é alarmante, mas ainda há esperança. Muitas organizações e pessoas estão se dedicando a melhorar a situação. Programas de reabilitação de habitats, campanhas de conscientização e ações de proteção são essenciais para garantir um futuro onde esses animais possam prosperar.
O Papel da Comunidade
A comunidade desempenha um papel vital na conservação da vida selvagem. Através de esforços coletivos, podemos fazer a diferença. A educação ambiental nas escolas, a participação em projetos locais e a promoção de práticas sustentáveis são maneiras de envolver mais pessoas na proteção da biodiversidade.
A Importância da Legislação
A legislação também desempenha um papel fundamental na proteção dos animais em extinção. É importante apoiar leis que proíbam a caça ilegal, protejam habitats naturais e promovam a conservação. A pressão pública pode levar a mudanças significativas nas políticas de conservação.
Conclusão
Quando olho para o futuro, imagino um mundo onde as crianças possam crescer em um planeta vibrante, rico em biodiversidade. Um lugar onde eles possam ver elefantes majestosos, tigres ferozes e tartarugas marinhas nadando livremente. Para que isso se torne realidade, precisamos agir agora.
Proteger os animais em extinção não é apenas uma responsabilidade; é um compromisso com o nosso planeta e com as futuras gerações. Cada um de nós pode fazer a diferença, seja através da educação, do apoio à conservação ou da adoção de práticas sustentáveis. Vamos juntos garantir que as próximas gerações possam desfrutar da beleza e da diversidade que a natureza tem a oferecer. O futuro dos nossos amigos animais depende de nós!
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aldanrae · 4 months ago
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PASSADO: memórias centrais.
Enquanto a primeira task foi sobre o presente e pistas para desvendar os mistérios que cercam o desaparecimento do cálice e da pira, a segunda task será a respeito do passado dos personagens: uma maneira a mais de desenvolver pontos altos e importantes da vida de cada um. 
I. KHAJOLS — O primeiro ritual.
“Assim que os nobres chegam à Academia, enfrentam o que é conhecido como o Primeiro Ritual. É nesse momento que são escolhidos pelos deuses, tornando-se capazes de canalizar a magia divina e dominar os aons. O ritual consiste em inalar pela primeira vez a fumaça do sacro cardo, a erva sagrada, e ser convidado a adentrar o Superno, o reino dos deuses. Lá, experienciam o contato inicial com essas divindades, embora não diretamente, pois nenhum mortal suportaria a presença plena dos deuses. Ao serem acolhidos por um deus, retornam ao plano mortal e começam seus estudos. (...)” 
Para os magos, será preciso, através de um POV, contar o primeiro contato do personagem com o deus escolhido. Acontece assim que se chega na Academia Hexwood, apenas algumas horas depois do personagem se ajustar. Ainda no primeiro dia no castelo, os alunos são guiados até a sala que guarda a pira sagrada, onde inalam a fumaça do sacro cardo queimado, entrando em uma espécie de meditação profunda. Vocês podem ler mais sobre o Superno aqui, assim como a dimensão dos deuses. Possuem também a liberdade para descrever o encontro com a divindade, lembrando que eles podem aparecer de maneiras distintas, como animais, bolas de energia ou de qualquer forma; o encontro é breve porque nenhum mortal, mesmo que khajol, suporta o Superno ou a presença dos deuses por muito tempo. É interessante desenvolver os motivos pelos quais a divindade escolheu seu personagem, assim como desenvolver a primeira conexão.
RECOMPENSA: forma animal. Após concluído o período para a entrega da task e com o aval da central, haverá o post oficial da recompensa. Para essa segunda tarefa, os khajols vão ganhar a habilidade de se transformar em um animal que reflete a sua personalidade. Vocês vão poder escolher em OOC, mas em IC será algo natural e involuntário, uma recompensa que exigirá muito treino e desenvolvimento. 
II. CHANGELINGS; cavaleiros — A ceifa.
“Quando os cadetes tomam do Cálice dos Sonhos pela primeira vez em um simples ritual. Eles são levados até o pátio durante o anoitecer e cada um toma um gole, caindo em sono profundo. A alma está no Sonhār. Caso não retornem até o amanhecer, são considerados perdidos e descartados. É onde eles domam os dragões… Onde são escolhidos para o laço mais primordial de suas vidas. No dia seguinte após a ceifa, os ovos eclodem em filhotes. Eles domam e são escolhidos pelos dragões adultos no Sonhār, mas precisam cuidar de seus filhotes quando nascem oficialmente. Por sorte, eles crescem rápido e atingem a maturidade aos dez anos! (...)”
Os personagens changelings cavaleiros terão o desafio de descrever a doma do dragão que possuem. Lembrando que isso acontece aos dezoito anos, quando tomam da água do cálice, e todo o procedimento dura uma noite apenas. Recordando que os personagens já possuem o ovo que vai eclodir, tendo sido quase como um chamado em direção àquele ovo, e no Sonhār (leia mais sobre essa dimensão aqui) devem ir atrás do dragão que deverá nascer. Todos os dragões são adultos no Sonhār, existindo em essência, algo como a alma do animal; o changeling deve seguir o mesmo instinto que o guiou até o ovo, encontrando seu dragão predestinado. Só após domados é que eles nascem do ovo como filhotes. Mesmo em sua própria dimensão, os dragões não falam com seus cavaleiros. A primeira e única vez que falaram foi como recompensa da task anterior.
RECOMPENSA: um poder. Isso mesmo, um poder! Após concluído o período para a entrega da task e com o aval da central, haverá o post oficial da recompensa. Para essa segunda tarefa, os changelings vão ganhar um poder. Quem já leu A Quarta Asa pode se familiarizar com o conceito de sinete. Será algo semelhante, com maior explicação no futuro. Assim como tudo no rp, será algo que exigirá bastante desenvolvimento. 
III. CHANGELINGS; ESCRIBAS, CURANDEIROS E INFANTARIA — Captação ou/e parapeito.
“Órfãos changelings nas ruas são capturados e forçados ao alistamento. Aqueles que fazem de maneira voluntária podem se alistar aos oito anos de idade, que é quando começa o seu treinamento (...) ainda crianças, eles precisam seguir pelo primeiro desafio: passar por uma construção estreita e escorregadia que liga o castelo até a terra. Ou seja, eles chegam de navio até a costa e então escalam a montanha até o alto, onde precisam atravessar o parapeito. Aqueles que caem para a morte são considerados fracos.”
Para os changelings que são escribas, curandeiros ou fazem parte da infantaria, será necessário escrever sobre um dos primeiros eventos traumáticos na vida de um meio-feérico. A captação pode ser traumática e o parapeito mais ainda, sendo preciso desenvolver já a inclinação do personagem para alguma dessas outras divisões. Embora os cavaleiros e seus dragões sejam os mais requisitados no exército, os escribas, curandeiros e infantaria são de extrema importância, servindo para fortalecer os alicerces do exército e cumprindo com honra seu dever militar. Apesar de em menor número, são parte essencial de Wülfhere, portanto escrever sobre o primeiro contato com a instituição e a carreira que vão seguir pela vida será muito importante. 
RECOMPENSA: um poder. Isso mesmo, um poder! Após concluído o período para a entrega da task e com o aval da central, haverá o post oficial da recompensa. Para essa segunda tarefa, os changelings vão ganhar um poder. Quem já leu A Quarta Asa pode se familiarizar com o conceito de sinete. Será algo semelhante, com maior explicação no futuro. Assim como tudo no rp, será algo que exigirá bastante desenvolvimento. 
CONSIDERAÇÕES.
Essa task deverá ser feita no prazo de um mês, portanto até o dia 13/01. Quem entrar após esse período terá duas semanas para fazer também, à partir da data de aceitação. 
Qualquer dúvida vocês podem entrar em contato sempre com a central!
Ao postar, podem usar a tag cae:task
Boa sorte para vocês! Esta será a nossa última task do ano.
Após a realização da task, a mini-task DESPERTAR DOS PODERES deve ser feita para ativar.
NOTA DIA 10/01: task válida até o dia 15/01.
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sovcreign · 7 months ago
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(  feminino  •  ela/dela  •  pansexual ) — não é nenhuma surpresa ver NARKISSAS JINX andando pelas ruas de arcanum, afinal, a FAERIE DA FORTUNA DOS GRITOS precisa ganhar dinheiro como GERENTE DO SORTILÉGIO DA GANÂNCIA. mesmo não tendo me convidado para sua festa de TREZENTOS E SETENTA E OITO ANOS  (1646), ainda lhe acho ASTUTA e PERSUASIVA, mas entendo quem lhe vê apenas como MANIPULADORA e EGOCÊNTRICA. vivendo na cidade há DUZENTOS E OITENTA E UM (1753) anos, JINX cansa de ouvir que se parece com EVA DE DOMINICI.
resumo
tw: sequestros, morte, sangue, violência, tráfico feérico.
jinx é uma faerie complexa, com um histórico de vida do qual ela não se orgulha tanto. sequestrada na primeira coorte em que nasceu, para ser leiloada em um ponto de tráfico de sangue feérico, calhou de ser comprada por asmodeus. durante seu serviço, foi manipulada por uma bruxa para que abandonasse o demônio e se retornasse para se vingar da sua antiga coorte, que deu pouca importância para seu desaparecimento. o peso de ser responsável pela morte de algumas dezenas de fadas fez com que narkissas enlouquecesse, precisando ter suas memórias manipuladas e confinadas num espaço conhecido como "the vault". a sensação de ter perdido algo, entretanto, fez com que ao despertar fosse lentamente atraída para arcanum, até finalmente entrar. na cidade, foi inicialmente uma das fundadoras da coorte da fortuna, mas o assassinato de uma faerie anos depois foi uma das peças chave para que memórias escapassem do vault. assim, ela retornou para suas configurações iniciais, e assumiu sua insanidade. foi expulsa da fortuna e passou para a coorte dos gritos. não muito depois, passou a trabalhar como gerente no sortilégio da ganância.
antes de arcanum
tw: sequestros, morte, sangue, violência, tráfico feérico.
em seu início, a faerie que conhecemos hoje era chamada como narkissas. oriunda de uma pequena coorte nos alpes, pode-se dizer que seu desenvolvimento não foi nada do ordinário. a coorte em que nascera era isolada das demais da mesma espécie, após a desarticulação de uma antiga coorte predominante em toda a itália. ali reuniam-se fadas que tinham sido expulsas de seus antigos reinos em todo o mundo. um conglomerado mentes solitárias, inquietas, ou até vis e cruéis, que esculpiram a criança de olhos azul e lilás. havia sido abandonada não muito depois de seu nascimento, e nunca em seus séculos de vida buscou compreender quem eram seus pais. orgulhosa desde que nascera, a criança esperta soube criar seu caminho em meio a miséria, destacando-se em meio a coorte pela lábia e o carisma que exibia ainda em tenra idade. essas mesmas características fizeram se misturar entre a elite, participar ativamente dos conselhos, e estas também foram as responsáveis pelo início das rachaduras na personalidade da faerie.
narkissas era influente o suficiente para estar presente em reuniões de relevância na comunidade, mas não o suficiente para que sua ausência fosse notada. era verdade que por meses, a coorte notava desaparecimentos inexplicados pelos arredores do reino. incapazes de atuar sobre, a morena tornou-se logo mais um nome em meio papéis, sem ser dada a devida importância. seu sequestro havia sido especialmente encomendado, a necessidade de suprir bancos de sangue feérico para os sanguessugas com gosto mais refinado. e era sortuda, como era. pois calhou de não ser comprada por um vampiro, mas por um demônio. e não qualquer um, mas um príncipe do inferno. asmodeus a comprou na intenção única de que aquela lhe prestasse serviços. e ao contrário de tudo que imaginara de demônios antes de seu primeiro encontro, a experiência fora extremamente satisfatória. 
conviver com o príncipe da luxúria era uma montanha russa, e fundamentou uma parte essencial de sua personalidade: o amor pelos prazeres da terra. rapidamente descobrira que fadas e demônios poderiam ser bastante similares, e flexibilizou a relação construída com seu “dono”. era quase que uma amizade perigosa, contabilizando-se os limites de uma relação contratual. o mal fora fazer com que tivesse direito de ir e vir… numa das indas, identificara a sua maior fraqueza. bruxas. e não por qualquer razão de força, jamais, a pobre fada só não conseguia conter seu coração acostumado com a luxúria de um demônio. 
a beleza etérea, os cabelos e olhos escuros, o andar que somava-se com as sombras e penumbras. nunca soubera seu nome real. e sua pequena lábia, carisma, nada eram perto daquela bruxa. essa manipulava multidões com um breve farfalhar de dedos, desdobrava ilusões profundas com um fixar de olhos. nem oferecera resistência, fora levada antes que seu dono original pudesse suspeitar de algo. foram duas décadas que a faerie passou sobre o domínio da feiticeira. esta ensinando-lhe seus ofícios, como manipular mentes, sustentar ilusões, enquanto pouco a pouco alimentava qualquer ódio que ela sentisse pela sua antiga coorte. nem lembrava-se da origem dos sentimentos, mas uma inconformação com a pouca relevância em seu desaparecimento foi tornando-se uma grande mágoa, cujo ódio tornava-se insustentável. agora ela precisava se vingar.
não sabia do efeito da bruxa por trás. demorara a raciocinar que fora manipulada no lugar de manipular. quando conseguiu por fim distinguir seus sentimentos dos infundidos em sua mente, era tarde demais. suas mãos estavam completamente sujas do sangue das faeries de sua coorte. a mente engenhosa utilizada para o mal, arquitetando um plano de destruição sem escapatória. do lugar não sobraram nem as ruínas, tampouco as histórias. tudo aquilo fora suficiente para empurrar a fada para a completa insanidade, processo assistido de perto pela bruxa. narkissas a odiava, mas se odiava mais. o processo autodestrutivo previsto pela autora de todo aquele crime justificou uma última manipulação. antes de ir embora, a feiticeira tratou de trancar todas aquelas memórias em um canto do inconsciente da faerie. conhecido como the vault. tudo aquilo que assolava a mente da fada foi guardado, trancafiado fundo em sua mente. nada de asmodeus, ou mesmo de sua bruxa.
começando do zero, narkissas acordou em meio uma cidadezinha da itália rural. sem ideia de muito mais que seu próprio nome, de onde viera, a insanidade dera lugar para um vazio existencial. a essência permanecia, se divertia enganando humanos e se passando por um poltergeist, mas a ciência de que havia algo estranho consigo não permitia que relaxasse. a tentativa de encontrar o que havia perdido fez com que fosse parar em arcanum, atraída pela cidade na falsa esperança de recuperar fragmentos de seu passado.
arcanum
narkissas chegou durante a formação de arcanum como se conhece hoje. ainda uma jovem (não tinha mais que seus cento e dois anos). desde que nascera, sempre tivera uma tendência natural a ceder ao caos. olhos que brilhavam ao confundir e enganar, empolgação ao fazer discretas crueldades no mundo humano. e mesmo assim, entenda que era diferente. extremamente perspicaz, astuta, era uma época onde acreditava poder viver o melhor dos dois mundos. equilibrar pequenas insanidades com atos de benevolência. foi sua principal motivação para estar do lado da coorte da fortuna. 
entretanto, é em 1799, com a morte de uma fae da coorte das conchas, uma insatisfação com a maneira como as regras eram ditadas por ali começou a ser alimentada. o desdobramento ocasionou uma série de instabilidades em sua mente que permitiu que algumas memórias escapassem do vault. e a insanidade se manifestava. pequenas pegadinhas e distrações começaram a transformar em explosões, caos generalizado e ilusões coletivas em dias aleatórios. o agravamento dessas situações, ao longo dos anos, fez que não muito depois de 1805, fosse expulsa da coorte da fortuna. ou melhor, ela prefere dizer que saiu por livre e espontânea vontade.
o acolhimento pela coorte dos gritos foi quase que imediato, dando a agora jinx a característica particular de olhos azul e lilás junto de um discreto par de chifres em sua cabeça. jinx é conhecida pela sua capacidade de modular sentimentos. perto dela, conforme seu desejo, sentimentos pré-existentes podem ser potencializados ou diminuídos, tudo para que o verdadeiro show de manipulação possa dar lugar. então é normal se sentar de seu lado, e a voz aveludada ir fazendo se sentir cada vez mais calmo até a inebriação. ou então sentir uma raiva particular, quase que inexplicável, nascida de uma pequena irritação em seu âmago. 
mas jinx só foi feliz de verdade em arcanum após iniciar como gerente do sortilégio da vingança. informação, negociação, estar a par de futuras malignidades das quais pode ou não participar… isso é um privilégio sem igual. pois a morena permeia entre esses grupos com naturalidade, sendo conhecida também pelos perigosos acordos que oferece por aqui e ali… são bons acordos, mas cuidado! ela cumpre com o que promete, mas apenas exatamente o que prometeu. faça seu pedido com cuidado, e se atente ao valor cobrado! não existe almoço de graça.
desde a chegada de lucifer, tem ficado muito claro o seu alinhamento, ainda mais com suas relações atuais. ela é uma das dançarinas convidadas do oitavo pecado.
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maodedefunto · 21 days ago
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Uma noite
Legenda: Figura 1 – A Morte de Marat, Jacques-Louis David (1793). Óleo sobre tela, 162 × 128 cm. Museu Real de Belas Artes da Bélgica, Bruxelas.
Figura 2 – A Morte de Marat, Edvard Munch (1907). Óleo sobre tela, 153 × 149 cm. Coleção particular.
Notas da autora: estou cozinhando este texto a muito tempo, nem eu sei como ele aconteceu.
Não leia em dias tristes
Escrevi o texto escutando esta música em looping infinito:
Eu estava com os ombros doloridos, mas a pele recém-fresca de um banho. Enquanto desembaraçava o cabelo, sentada na cama, confessei: "(...) ele é uma obsessão que não consigo tatear em mim." Uma ausência que pulsava como um músculo tenso, uma inquietação com nome, o sabor de amora amarga. Meus olhos ardiam. Não de sono, mas de um cansaço febril, de quem passou, por horas, diante de uma tela de computador. E o escuro do meu quarto não oferecia refúgio—era um espelho opaco onde rubis pequenos e raivosos sussurravam coisas sem forma. Como uma voz murmurando que os olhos são inquietos quando a alma não descansa. E a minha não descansava a meses. Essa coisa traiçoeira roçava minha pele como um hálito quente, sugando tudo—o instante, a lucidez, o meu sono.
Essa coisa traiçoeira me empurra para a garrafa de merlot ou para a necessidade de me observar com uma frieza cirúrgica—como se dissecar a dor em meus ombros pudesse torná-la menos real. Há um prazer estranho na fusão entre o peso dolorido e a pele recém fresca, uma espécie de êxtase áspero, um jogo entre incômodo e alívio. Nessa madrugada, enquanto meus dedos lutam para desembaraçar os fios, percebo que essa sensação, esse contraste entre dor e frescor, pode ser uma chave—um caminho para olhar a vida com um raro e esquecido encantamento. Talvez até com ‘interesse e prazer’, com aquele ímpeto antigo de saborear a existência e aceitar que a vida humana não é nada além de um fragmento da natureza, frágil e inevitável.
É essa coisa traiçoeira — que me empurra para a garrafa de merlot. O vinho desliza na taça ao lado da minha mesinha de cabeceira, como um veneno doce, um presságio líquido. Repeti para mim mesma, como uma confissão gasta: “(…) ele é uma obsessão que não consigo tatear em mim” Uma presença sem corpo, um espectro sem sombra, algo que queima sem oferecer calor.
Se ao menos houvesse um diagnóstico. Se ao menos a dissecação desse desejo revelasse algo além do vazio. Talvez o próprio desaparecimento do meu corpo, engolido pela penumbra dos lençóis, seja a única forma de reafirmar minha existência—ou meu fracasso. Talvez seja preciso matá-la para entender seu contorno—para reorganizar a "intensidade e multiplicidade da alegria da vida", essa força insaciável que ainda exige satisfação mesmo depois de meu desaparecimento. O homem que me consome por dentro é apenas o reflexo distorcido daquele que me encara. A garrafa de merlot, meticulosa e cruel, apenas demonstra que a minha existência não subsiste eternamente, que minha auréola metafísico-religiosa já se dissipou como incenso queimado até a última brasa. Se um dia coube à mim a decisão sobre minha existência, agora esse fardo pertence ao meu coração — esse discípulo ingrato, que aprendeu com a arte e agora a destrói, transformando-a em um fardo seco de obsessão absoluta.
O que eu queria? Talvez terminar aquela garrafa de merlot, de uma vez, o mais rápido possível. Sentir aquele líquido escuro descer goela abaixo, como veneno do desejo, e ver sua viscosidade derramar pelos lençóis brancos, um rastro de sangue que, mais do que manchar, consome o que jamais poderia ser manchado. Eu queria ver a mancha se espalhar pelas paredes, como se o próprio desejo, esse veneno doce e torturante, fosse capaz de tingir tudo ao seu redor com a mesma intensidade que me devora. À primeira vista, poderia querer ser a pessoa legítima, a única que merece o amor daquele homem que me encara. Mas ao olhar mais de perto, vejo que essa garrafa de merlot, meticulosa e cruel, apenas prova o que eu já sei: a existência não é minha para possuí-la, mas sim, é ela quem me possui, eternamente, como uma maldição doce. Minha auréola metafísico-religiosa, agora manchada com amoras assassinadas, carrega a marca de algo irreparável, que se imprime na minha essência e nunca mais desaparecerá.
Essa ausência que me consome e me mantém com a ira necessária para alcançar o que quero, é uma força bruta que se enrosca em minha garganta, me impedindo de respirar sem clamar, sem gritar. A ira que me arrasta para o abismo do silêncio, um silêncio inaudito, anterior a qualquer palavra. O silêncio que escapa da razão, onde as palavras não podem se apoiar, e onde a compreensão morre, dando lugar à loucura. A loucura que não pode ser dita, mas insinua, que grita o que não se pode ouvir. E, se dito, seria engolida pelo abismo profundo do silêncio. As vozes — esses pequenos rubis raivosos, ressoam, distantes e agudos, sussurrando coisas sem forma. "O informulável é a doença do pensamento", será? O que se diz no silêncio, então, não são palavras, mas a vida em sua forma mais crua, mais completa, ao contrário das palavras, que esvaziam, diluem e apagam o significado. A ira, nesse quarto escuro, se transformou não apenas em reflexo do meu desejo, mas também do meu devaneio — esse desejo insano de preencher o coração com algo que nunca poderá existir.
E, de novo, é essa coisa traiçoeira que me empurra para a cama. O cabelo se desenrola como se a própria essência de minha obsessão estivesse se desembaraçando. Repeti, mais uma vez, a frase que me atormenta, o mártir que me arrasta: "(…) ele é uma obsessão que não consigo tatear em mim." E talvez essa seja a lição mais insuportável de todas: o amor que se cria do nada, inventado por uma mente ávida, por uma alma que se recusa a aceitar a ausência do objeto amado. Porque tudo o que é sólido desmancha no ar. E onde se desmancham as coisas abstratas?
A desconexão que sinto não é apenas física, mas uma espécie de rompimento profundo, um abismo entre a alma e o desejo. Há algo em mim que busca o outro, mas não consegue alcançá-lo. É como se o ato de desejar se tornasse cada vez mais distante, como uma névoa que nunca se dissipa, que só se intensifica com o avanço dos dias e das noites. A sensação de tocar o intangível, de querer algo que não pode ser tocado, de experimentar o prazer como uma promessa vazia que nunca se cumpre. Sinto a ausência do corpo alheio como uma ferida aberta, e o vazio que isso provoca não se preenche com gestos, palavras ou toque. O desejo, essa força insaciável, se transforma em algo torturante, como uma sede que não encontra água. Fico presa em um quarto escuro, solitária, onde os passos do outro nunca se alinham aos meus. O calor de uma aproximação nunca chega, e o que resta é uma frieza que se espalha, uma frieza que, paradoxalmente, alimenta o desejo. E, na tentativa desesperada de colidir com o que me escapa, criei uma realidade própria. Imagino o toque, a entrega, mas tudo isso permanece na esfera fantasmagórica. O outro se torna uma projeção da minha performance, um reflexo distorcido de algo que nunca esteve ao alcance. O corpo, que deveria ser o ponto de encontro, agora é o limite, o lugar onde o desejo se dissolve sem jamais alcançar o outro. Cada gesto, cada pensamento, torna-se uma tentativa frustrada de preencher um espaço que está condenado a pertencer ao eterno.
A minha obsessão atingia seu ápice quando a ausência desse homem se fazia mais real do que a própria presença de si. A ideia de que "se ele não me amava, então era eu quem amava de maneira absurda" era um fato inegável. E, talvez, isso tudo fosse uma narrativa que eu escrevia nas sombras, onde o véu de violeta se estendia sobre a cama, tornando cada respiração mais densa, mais carregada de significados que se perdiam. Mas, e se amar fosse, de fato, apenas mais uma performance minha? Eu não o desejava, mas ansiava pela distorção mais perfeita, projetando sobre o que não existia.A existência não se rendia a mim; ao contrário, tomava-me por inteiro, devorava-me sem pressa, impregnando-me com seu toque febril, uma maldição doce a que eu me entregava sem resistência. Na verdade, o que se criava na mente, no vácuo da ausência, tomava uma forma ilusória, um reflexo de um amor que nunca fora correspondido, mas que persistia como delírio. E seria essa a verdadeira violência que eu precisava enfrentar? Minha incapacidade de me conectar com o que era tangível, com a verdade do desejo?
Uma tolice tentar explicar o que acontece quando a obsessão atinge seu ápice. O que acontece comigo quando ela está prestes a se perder, a se dissipar por completo? Ou quando me vejo frente à realidade de que essa obsessão nunca se concretizará? Meus olhos, agora de um violeta profundo, refletem a noite infinita que habita minha alma. Há mais espaço, do que se espera, para essas imagens projetadas, para os fantasmas que povoam minha mente, que se dissolvem como a névoa violeta da manhã que se aproximava.
O meu cabelo já estava sem forma, ressecado, rígido, mais selvagem que uma bacante. Meus lábios deveriam estar mais vermelhos com o merlot, e minha visão um pouquinho mais escura—mas tudo que vejo é um azul exausto, um céu ao contrário que pesa sobre mim.
O azul se infiltra em tudo—nos meus cílios pesados, na curva fria do meu pescoço, na umidade do quarto que pulsa como um ventre esquecido. Há um gosto metálico no ar, um vestígio de vinho e sangue misturados, como se a própria noite tivesse se partido em minha boca. Meus pés deslizam sobre o tecido áspero dos lençóis, e é como tocar vidro embaciado: frágil, inconstante, prestes a desaparecer. Os devaneios tremulam dentro de mim como uma labareda azulada, ora intensa, ora apagada, oscilando entre o desejo e a exaustão. Eu queria descansar, mas tudo em mim insiste em arder. Se fosse possível dormir no instante em que o corpo toca a cama. Como afundar num lago noturno, onde as bordas se dissolvem, onde os contornos deixam de existir. Talvez essa febre cedesse. Talvez o corpo aprendesse o que a mente se recusa a aceitar: que o desejo, uma vez levado ao extremo, devora a si mesmo.
A obsessão irrita-se até desfalecer. É assim que ela morre: como um frenesi que se consome, que queima e se apaga. Mas e depois? O que resta no silêncio?
O que Edvard Munch pensou ao pintar um homem morto na cama, e uma mulher nua com sangue evidenciando um possível crime? Um assassinato atribuído a uma mulher... mas e se fosse uma oferenda? Uma prova final de amor? O desejo, quando não pode mais se expandir, precisa encontrar uma saída. Talvez esse seja o ápice: tornar-se o próprio ato de destruição.
A morte para mim tem a cor de mirtilo e talvez o sabor de mirtilo. Eu não gosto de mirtilos—são azedos. Como uma promessa de doçura que nunca se cumpre. Eu também não gosto de almoçar. Comer ao meio-dia me parece uma afronta ao próprio corpo, um ritual mecânico que exige uma fome que não sinto. Meu estômago se fecha, minha faringe se contrai, querendo vomitar sem enjoo. Como se o próprio ato de engolir fosse uma invasão. Mas eu gosto da escuridão da noite, principalmente quando fecho os olhos e consigo contemplar o silêncio. Esse silêncio que não é vazio, mas uma lâmina. Um corte abrupto entre um dia e outro. O instante exato em que tudo se dissolve antes de recomeçar.
E se fosse possível habitar esse instante para sempre?
Se o desejo não se resolvesse no toque, mas na suspensão? No quase, no eterno interlúdio onde a febre não cede nem se consome por completo? Talvez seja isso que Edvard Munch quis capturar: não o assassinato, mas a prova. Não a morte, mas a permanência.
Permanência. Se eu decido a minha existência, e a permanência? O que resta quando a carne não dissolve o desejo, quando os dias passam como uma série de quadros desfocados, e a única coisa nítida é o contorno da obsessão? O toque resolve, a morte resolve, mas e quando não há resolução? É isso que me devora: a suspensão entre o delírio e a concretude, a febre que não queima até virar cinzas, mas se mantém, ardendo em um tom entre o violeta e o azul, como um hematoma eterno. O desejo, então, se torna um estado, não uma ação. Uma atmosfera, um halo espectral que paira sobre mim. Não há começo nem fim, apenas um contínuo arrastar de vontades que nunca chegam ao ápice, nunca se encerram. Talvez seja por isso que a noite me fascina. Na escuridão, as coisas perdem suas formas definidas, dissolvem-se na penumbra, e eu posso fingir que a ausência é só um jogo de sombras, que a fome é apenas um estado transitório. No silêncio que corta um dia do outro, me permito pensar que essa obsessão não me destrói, apenas me mantém desperta, como um devoto insone diante de um altar vazio.
Dormência abrupta, como se a consciência fosse arrancada em um único golpe seco. O corpo cede antes da mente, despenca em um véu espesso onde tudo pulsa em flashes erráticos. E os sonhos—ah, os sonhos são vermelhos carmesim, como se o merlot que bebi escorresse direto para a substância do inconsciente, tingindo cada imagem com a cor do excesso. O vinho se derrama no lago azul, e por um instante o mundo inteiro se dissolve nessa mistura impossível: o rubro e o frio, o desejo e o esquecimento, o sangue e a água. Nada se dilui por completo. O azul continua azul, mas manchado. O vermelho insiste em ser visto, mas afunda, turvo, como um segredo que se recusa a ser enterrado. É isso que o sono me oferece—não a fuga, não o repouso, mas um interlúdio onde as cores do meu devaneio se chocam, violentas, irreconciliáveis.
Ainda no meu sonho, vejo Munch diante da obra de Jacques-Louis David, mas sua expressão não é de reverência, e sim de algo mais inquietante—como se quisesse desmanchar a cena, dissolver os contornos rígidos, arrastar aquelas formas definidas para a fluidez angustiante de suas próprias pinturas. E talvez seja isso que sempre me atraiu em suas telas: elas não permitem repouso. As linhas vibram, as cores se recusam a se encaixar, tudo parece à beira do colapso. Não há um limite seguro entre os corpos e o mundo ao redor—tudo se funde, tudo se corrompe, como se a própria matéria estivesse tremendo sob o peso do desejo.
As relações entre amantes, em Munch, nunca são pacíficas. Não há sutileza, não há promessa de permanência. O toque nunca é só toque: é posse, é medo, é um fio de angústia que nunca se desfaz por completo. Talvez seja isso que vejo nas cores aplicadas diretamente do tubo, sem diluição, sem compromisso com a harmonia: a impossibilidade de um encontro verdadeiro, a constatação de que qualquer entrega carrega em si mesma uma morte.
Então, a cena se desfaz em algo mais brando. O lago, antes cortado pelo derramamento abrupto, se acomoda ao rubro que se espalha em véus diáfanos, tingindo a superfície sem jamais dominá-la por completo. O azul respira, ondula, acolhe o intruso sem se tornar ele. Os limites, antes tão rígidos, começam a se desfocar, e por um instante há uma trégua na violência das cores. O sono, nessa transição silenciosa, deixa de ser confronto e se torna suspensão. O vinho, já sem o impacto de sua queda, dissolve-se em filamentos tênues, como se aceitasse a sua própria diluição. E no fundo, onde o vermelho se acumula como um segredo afundando lentamente, há algo de irremediavelmente belo nessa mistura impossível. Como um murmúrio abafado por camadas de água, como uma lembrança que já não fere, mas também não some. E talvez seja esse o alívio fugaz que o sono oferece—não o esquecimento, mas a promessa de que, ao menos ali, no embalo líquido do sonho, as coisas podem repousar sem se despedaçar.
Meu coração apertou de súbito, uma dor cravando-se na minha cabeça, espalhando-se como veneno entre os nervos, e meus olhos se abriram. O quarto, antes engolido pela escuridão, agora se afogava em uma luz indecisa, laranja e lilás, tingindo as paredes como um hematoma prestes a florescer. O céu, hesitante entre vigília e delírio, pintava sombras trêmulas que rastejavam sobre o teto, respirando comigo, oscilando entre presença e ausência. O ar pesava, saturado de um calor doentio, um resquício da febre que consumira meu corpo na luta contra o sono. O lençol, revirado, trazia marcas de uma batalha invisível—vincos profundos, impressões de dedos crispados, rastros de uma noite em que o repouso nunca chegou por inteiro, apenas fragmentos sufocados.
Meus membros eram âncoras, o latejar na cabeça martelava num ritmo seco, e por um instante, tudo se manteve suspenso, como se o próprio espaço se recusasse a seguir adiante. A permanência—esse sussurro que escapara no limiar da inconsciência—agora se abria à minha frente, não como certeza, mas como uma ferida que pulsava, teimosa, recusando-se a cicatrizar. O quarto permanecia tingido em tons febris—laranja, lilás, sombras projetadas como espectros sobre as paredes trêmulas. O corpo, ainda afundado nos lençóis revirados, recusava-se a abandonar o peso do delírio, a sensação de que algo da noite não havia se dissipado completamente.
Eu me levantei devagar, os membros vacilantes, como se o chão os recusasse. O ar pesava, denso, cheio de um silêncio que não era ausência, mas um ruído baixo, subterrâneo, algo que tremulava na borda do real.Caminhei até o espelho e, por um instante, não reconheci a silhueta à minha frente. A pele esmaecida, os olhos afundados em sombras, um rosto que parecia prestes a se dissolver. Toquei o vidro. Ele cedeu por um segundo—ou fui eu quem afundou? Uma vertigem tomou meu corpo, uma oscilação entre dentro e fora, entre ser e não ser.
Sempre fora assim. Um intervalo, um quase, um desejo que nunca se fechava sobre si mesmo. Como um precipício do qual nunca se cai, um impulso eternamente contido à beira do abismo. O querer e o ter separados por uma linha invisível, mas intransponível. E então, ali, diante do espelho, compreendi: não havia resolução. O desejo é uma obsessão muito atraente, uma visão que nunca se interrompia, um magnetismo que se apertava até perder a forma. Ele não desaparece—ele se reinventa, se reconfigura, se transforma em outra coisa, e outra, e outra, até que tudo se confunda, até que o próprio limite entre carne e espectro deixe de existir.
Dei um passo para trás. O sol ainda sangrava sobre as cortinas, um rastro laranja e lilás desabando pelo quarto. O espaço ao meu redor oscilava, como se o próprio ar hesitasse entre a vigília e o esquecimento. E sob os vidros castanhos dos meus olhos, marcas roxeadas se espalhavam, ou talvez fossem vermelhas o suficiente para se confundirem com merlot.
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gralhando · 5 months ago
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Aos teus pés tenho-me por certo.
Atravessou a cidade sob aquela chuvinha leve como um manto de diamantes pequenos e delicados. Se pudessem ser para uma perdição natural do destino de cada ponto de água ajuntada por caminhos inescrutáveis. O que via era a cidade molhada e negra. Como se visse o próprio interior escuro, porque não via, aliás, ninguém poderia ver, ou mesmo imaginaria.
— Com certeza ela imagina... — pensou.
Ela imaginava tudo. Pensava que ela imaginava seu banho melancólico e sua masturbação humana de minutos perdidos como a água na sarjeta escorrendo para um lugar escuro. Surgia um traço de humor nos pensamentos cheios de amor e sexo.
— Estou no segundo banho pela cidade porque chove...
Iria ver ao menos um pé sob o vestido.
— Um pé que pisa esta cidade que é o meu banheiro… que atravesso para lamber o seu pé. Porque está… ou sempre esteve em meu banheiro… E eu também sempre estive nesse mesmo banheiro.
Porém o escuro dentro de si consumia todos os concidadãos que pudessem coabitar como fantasmas um só banheiro como verso necessitado de uma cidade e portanto era solitário e perdido. Buscava um pé que seria a luz! Apenas um pé pálido de uma mulher pálida para iluminar o interior de um homem que vive encerrado no banheiro de sua escuridão.
Sua obra contém em si um espírito violento e forte que não poderá ser esquecido ou apagado ou desfeito e que é o destino professado e construído em sangue para ser absorvido nos olhos até o fim de toda luz.
Como uma espécie de chama que foi elevada em espírito e que sobreviverá como folhagem de línguas incansáveis que ficam altas e diminuem e voltam para voltar às chamas iluminando assim desde o desaparecimento do seu princípio.
Um relâmpago distante desses comuns em chuvas como aquela… e agora podia entendê-la. Desde o desaparecimento — ela disse —, porque seriam justamente os pés a primeira imagem do seu corpo de morta posta sobre os azulejos. E que ainda assim ele haveria de se lançar e inclinar sua cabeça sob o juramento de beijá-los… e lambê-los lentamente… com todo o amor que fosse medido ou coubesse em sua imensa escuridão.
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vltjornal · 6 months ago
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Arauto do Outono Edição Especial – Tensão na Véspera do Halloween
Estariam as festividades da data mais importante da cidade ameaçadas diante do código misterioso?
O Baile das Sombras é o evento que fecha a temporada de Halloween em Arcanum, e sempre foi marcado como uma data especial em que todas as espécies se reuniam para celebrar mais um ano de cooperação e convivência. Apesar das fantasias que poderiam ser consideradas por alguns como obras de péssimo gosto, o sucesso do evento se tornou inegável, criando até mesmo uma competição de mais bem vestido que constantemente gera intriga entre os concorrentes.
A festa desse ano, no entanto, se vê diante de uma polémica que promete aumentar a tensão iniciada pela chegada de Lúcifer na cidade. Fontes garantem que a reunião do conselho que aconteceu na semana passada, a primeira desde que Miguel distribuiu cancelamentos sem explicação, demonstrou a preocupação do governante com uma possível ameaça marcada para o evento. Nenhum membro da Citadel quis comentar sobre a possibilidade de cancelamento do Baile das Sombras, ainda que deva ser um cenário explorado pela equipe de segurança.
No ano passado, o Baile aconteceu nos Jardins do Crepúsculo Eterno, com o tema "Esqueletos, Pérolas & Rum: Noite dos Piratas", e infelizmente terminou com alguns humanos hospitalizados depois de uma luta de espadas que saiu do controle. Nesse ano, o Baile das Sombras encontrou o seu lar no Sortilégio da Ganância, o casino que esconde mais segredos que um confessionário. Esperamos que a noite não seja marcada por nenhuma manchete policial.
Mas tão intrigante quanto o que deve acontecer no Baile das Sombras é a recente notícia de que Lucifer decidiu dar as caras pela cidade. Talvez seu médico tenha recomendado banhos de sol, um pouco de vitamina D, ou talvez ele estivesse tentando estabelecer um álibi. Como um político, andou pelas ruas cumprimentando todos os seres, desde humanos com medo até vampiros encantados e lobisomens enfurecidos. Visitou estabelecimentos, apertando as mãos de comerciantes que não tinham palavras para o momento. E na manhã de hoje, repetiu a dose sob os cuidadosos olhos dos soldados.
No entanto, sua visita ao Circo da Noite causou um leve mal estar. A simpatia permanecia no semblante daquele que é temido por boa parte dos habitantes, procurando saber informações sobre os funcionários e até mesmo discutindo os seus truques. Mas um novo mistério se apresentou quando as moedas do Apanhador de Medos, uma das tendas mais visitadas da atividade, simplesmente sumiram logo depois do capeta dar as costas. Ninguém viu Lúcifer colocando os trocados no bolso, mas é difícil de acreditar em coincidências.
Em outras notícias, uma investigação da Citadel sobre o desaparecimento de um grupo de jovens tomou novos rumos na noite de ontem. Fontes ligadas ao caso afirmam que os dois soldados que investigavam a área do crime, o Lago das Sombras Perdidas, também desapareceram. Não temos informações sobre a identidade dos membros da guarda ou se os casos estão relacionados, mas é inegável que a tensão na cidade aumenta.
Voltamos a qualquer momento com atualizações!
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liamworths · 9 months ago
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abaixo do read more estão algumas ideias de conexões que eu gostaria de preencher. se tiver interesse, comenta aqui ou chama no chat <3
🗡️ AZRA OLMAN ( filha de thanatos ) 𓂅 os dois se detestavam quando estavam juntos no acampamento. porém, foram mandados em uma missão juntos, e o que era para ser um período infernal de provocações, se transformou em uma improvável amizade quando ficaram um ano presos em uma ilha deserta e precisando se proteger. no meio disso tudo, os dois acabaram se apaixonando e vivendo um romance, mas após a o desaparecimento de liam, os dois nunca mais se viram. até agora, no acampamento. embora os sentimentos dele sobre ela estejam confusos devido a falta de memória sobre a garota, pois parece que tudo o que lembra quando a vê são os momentos ruins e as brigas. @azolman
🗡️ KIT CULPEPPER ( filho de hefesto ) 𓂅 foi o primeiro irmão a receber liam no chalé, e o primeiro que se tornou amigo dele. ou quase isso. liam poderia não demonstrar muito, mas gostava da companhia do mais velho, respeitava ele e até conseguia se abrir vez ou outra. ainda era mau humorado e ranzinza, mas se tinham momentos em que ria, se divertia e até curtia a estadia no acampamento, eram quando estava com kit. @kitdeferramentas
🗡️ ARCHIBALD EVANS ( filho de deméter ) 𓂅 esse era o melhor amigo de liam quando este estava no acampamento. agora que se reencontraram, liam não tem lembranças desse amigo, mas tem uma sensação mista a respeito dele: sente que é uma boa pessoa, mas é desconfiado demais e acaba não confiando cem por cento em muse. @archibvlds
🗡️ KAITO AOKI ( filho de hefesto ) 𓂅 era um dos irmãos mais próximos de liam antes de seu desaparecimento. agora, o mais velho não tem lembranças do mais novo, mas andam passando bastante tempo juntos afim de recordar os bons momentos e reatar os laços que, um dia, foram tão fortes. mesmo sem lembranças, liam gosta da companhia do irmão, e confia nele e no que ele diz. só não é muito bom demonstrando isso. @kaitoflames
🗡️ VERONICA MCKINNEY ( filha de hécate, devota de hera ) 𓂅 ela foi uma espécie de pupila de liam. assim que chegou no acampamento, recebeu-o como instrutor. ele odiava aquela função, mas por algum motivo, sentiu-se conectado à garota, tendo uma espécie de sentimento de proteção por ela. depois que voltou da missão, não tem memórias dela, mas ainda tem o mesmo sentimento, como se fosse uma irmã mais nova. @mcronnie
🗡️ MUSE 04 𓂅 essa foi a primeira namorada dele. os dois nunca terminaram de verdade, e quando ele foi para a missão, esperavam que ele voltasse para retomar a relação. no entanto, liam ficou um ano desaparecido na ilha, e depois que os colegas de missão voltaram e informaram que ele havia desaparecido no mar e dado como morto, muse passou a ser a viúva do acampamento, sofrendo a morte dele. no entanto, ela não sabia que ele havia se apaixonado por outra naquele tempo na ilha. agora que voltou, liam está sem memória, mas acaba lembrando de alguns bons momentos quando a vê e fica confuso, acreditando ainda ser apaixonado por ela.
🗡️ YASEMIN SOLAK ( filha de deimos ) 𓂅 o liam, no momento, não está inscrito em nenhum esporte porque acabou de voltar ao acampamento. mas, ele costumava treinar bastante na arena, fazer simulações de resgate, e muse era a pessoa que mais o acompanhava. não tinham uma relação muito próxima ou falavam sobre intimidades, e o tempo que passavam juntos era basicamente para treinarem suas habilidades. dessa forma, não sabem muito da vida pessoal um do outro, mas conhecem os dons e fraquezas do outro como ninguém. @misshcrror
🗡️ PIETRA VENÂNCIO ( filha de hécate ), SASHA TSAKALIDIS ( filho de hades ), MUSE 07 ( aberto para chars male ou female ) 𓂅 aqui são os três campistas que saíram em missão recentemente para resgatar o liam no vilarejo onde ele estava. a relação com cada um fica a combinar, eles podiam já conhecer o liam ou não, podem ter se dado bem ou não. fato é que foram os três que retomaram o contato do liam com o seu lado semideus, que contaram para ele sobre quem ele era, e tudo mais. @pips-plants @littlfrcak
🗡️ MUSE 08 ( aberto para females ) 𓂅 esta campista se envolveu com liam anos atrás, antes do desaparecimento dele. entretanto, ele também estava de caso com outra campista, e muse enxergou isso como uma traição.
🗡️ MUSE 09 ( aberto para females ) 𓂅 complementando a connection anterior, foi com essa muse que liam se envolveu, "traindo" a relação que tinha com a muse da connection acima.
🗡️ MUSE 𓂅 muse, por algum motivo, quis se aproximar de liam quando soube da volta dele. pode ter sido por aposta, curiosidade ou simplesmente estava entediada. ela pode ter inventado que eles tinham alguma relação antes do sumiço dele, ou tentou seduzi-lo de alguma outra forma. fato é que os dois tiveram química e passaram a desenvolver uma relação casual, apenas sexo, sem sentimentos envolvidos.
🗡️ MUSE 𓂅 kitty tinha uma crush em liam anos atrás, antes do desaparecimento. mas era algo inalcançável, inimaginável. ele era mais velho, e vivia se envolvendo com várias garotas, jamais notaria ela, certo? anos se passaram, ela acreditou que ele havia morrido - assim como foi anunciado - mas agora, anos depois, ele retornou, e passou a notar a beleza e doçura da garota, que quase derrete com os flertes descarados e clichês do filho de hefesto.
🗡️ MUSE 𓂅 eles gostam de beber juntos e, uma coisa leva a outra, acabam sempre se pegando quando bebem.
🗡️ MUSE 𓂅 os dois se envolverem uma vez, e era para ser apenas uma noite. ele só queria isso, e foi o que ela decidiu após descobrir a fama de cafajeste dele. mas justamente por ela não querer mais, foi que ele quis. e as investidas dele nem sempre dão certo, mas às vezes ela não consegue resistir e acaba indo parar na cama dele.
🗡️ NATALIA PAVLOVA ( filha de hécate ) 𓂅 alguma coisa no jeito ingênuo de natalia atraiu liam, que não perde oportunidade de flertar com a garota. nunca dá em nada, porque ela sempre acredita ser brincadeira, e ele acaba nunca passando do ponto por medo de assustá-la. então, segue flertando, esperando que um dia ela retribua. @pavlcva
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saintabbondefleury · 1 year ago
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O RETORNO para SAINT ABBON DE FLEURY
Ainda que a maioria dos votantes da enquete feita anteriormente tenha sido de players que não jogariam conosco por agora, a quantidade de votos num "sim" e no "possível sim" me fez levar adiante esse possível retorno. Falo no possível e não no retorno oficial porque tudo depende das aplicações/reservas e interesse num geral, é óbvio! A central já está pronta, até fiz alterações nas paginas de plot e outras para o que acredito ser uma versão mais clara da história e do que se trata esse rp, mas basicamente não há muito o que mudar, então é bem simples: se der certo, voltamos. Se não der certo, não muda nada kkkkkk Vai continuar tudo aqui como já estava, quem sabe para um retorno futuro ou até mesmo um nunca.
De toda forma, são 20 skeletons, 18 disponíveis para aplicação (2 já são meus, e vou manter os de antes) e vou abrir para reservas às 19h00 para players antigos. Para novos players, 21h. Se ninguém se manifestar, interrompo por aqui mesmo e encontro vocês em outras comunidades kkkkk
ONDE CHEGAMOS — e para onde vamos
Nosso jogo foi interrompido durante a celebração do solstício de inverno. Em resumo, uma espécie de natal (que nada tem relação com o cristianismo) no qual todos os personagens se encontram no pequeno castelo de Piaye (a simples moradia...) do maior produtor de Saint Abbon de Fleury. É a noite mais longa do ano. É até ai que avançamos. Você pode relembrar ou conhecer a história toda que foi jogada na TIMELINE aqui. Dito isso, caso sigamos no jogo, vai haver um plot drop que adianto: será uma tempestade de neve nessa noite, prendendo todos no interior da mansão por horas, havendo uma queda de luz e um desaparecimento de um dos skeletons/chars.
O que eu, como mod, desejaria nesse retorno? Que os personagens se unissem com algumas pistas dos sonhos que vinham tendo para encontrar essa pessoa. Seria uma espécie de caça ao tesouro curta, meio rpg de mesa, onde vocês jogam dados e eu dou dicas/coisas que eles descobririam nessas horas de busca. Esse é o padrão ouro. Se vai sair como planejado? Não sei. Além disso, podemos alterar alguma coisa se vocês preferirem, podem dar sugestões e pitacos uma vez que a gente decida ficar no jogo. Depois dessa busca, o jogo seguiria habitual no desenvolvimento tanto dos personagens quanto do mistério/segredo/passado, podendo ou não ter outras atividades assim, a depender dos players.
MINI NAV quem são as pessoas do mar o mapa da ilha e a contextualização das regiões os lugares/estabelecimentos os skeletons
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misshcrror · 1 year ago
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                𝐇𝐎𝐔𝐒𝐄 𝐎𝐅 𝐇𝐎𝐑𝐑𝐎𝐑: ──── YASEMIN's POWERS ;
Manipulação do Terror. Yasemin pode criar ilusões realistas que invocavam os piores medos de seus adversários, mergulhando-os em um estado de pânico. É capaz de projetar e intensificar o terror em seus alvos, causando intencionalmente reações químicas no cérebro alheio para produzir esses efeitos. Ela pode sobrecarregar seus alvos com medo intenso o suficiente para distorcer sua percepção do ambiente ao redor e do próprio usuário, fazendo-os parecerem muito mais sinistros, intimidadores e assombrosos do que realmente são.
Fisiologia de Leão. [Habilidade passiva] Como uma boa herança do patrono de seu pai, o leão, Yasemin possui algumas características e habilidades de um. Limitado apenas para conseguir dialogar com os da espécie, não se transformar, as habilidades que ela naturalmente têm são os 5 sentidos semelhantes aos de um leão e inclusive visão noturna, velocidade, equilíbrio, flexibilidade, furtividade melhoradas.
Quando Yasemin manipula os medos de seus alvos, ela desencadeia uma série de reações químicas no cérebro deles, intensificando os efeitos de suas ilusões. Essas reações são resultado da influência direta que seus poderes exercem sobre o sistema nervoso e as emoções das pessoas. Ao entrar em contato com os medos inconscientes de seus alvos, Yasemin estimula o sistema nervoso autônomo deles. Isso desencadeia uma resposta de "luta ou fuga", fazendo com que seus corpos entrem em um estado de alerta máximo em resposta ao perigo percebido. 
A manipulação de seus alvos por Yasemin leva à liberação de neurotransmissores associados ao medo, como a adrenalina e o cortisol, em seus cérebros. Essas substâncias químicas aumentam a sensação de ansiedade e pavor, intensificando os efeitos das ilusões criadas por ela. Então ela pode direcionar suas ilusões para estimular áreas específicas do cérebro responsáveis pela resposta ao medo, como a amígdala e o córtex pré-frontal. Isso resulta em uma interpretação exagerada e distorcida dos estímulos percebidos, fazendo com que seus alvos experimentem uma sensação avassaladora de terror. Além de afetar as emoções, as ilusões de Yasemin também influenciam a percepção sensorial de seus alvos. Ela pode distorcer suas visões, sons e sensações táteis para criar um ambiente totalmente aterrorizante, aumentando ainda mais a eficácia de suas ilusões. Mesmo após o desaparecimento das ilusões de Yasemin, os efeitos persistem nos cérebros de seus alvos por horas ou dias dependendo da intensidade. Eles podem continuar a experimentar sentimentos de ansiedade e medo por algum tempo, devido à intensidade das reações químicas que foram desencadeadas durante o episódio de manipulação do terror. 
Assim que chegou ao acampamento, no estágio inicial de seus poderes, Yasemin tinha dificuldade em controlar seus poderes através do olhar, toque e até pensamentos. Seus olhos se escureciam com uma intensidade assustadora quando ela tentava usar seus poderes, muitas vezes assustando aqueles ao seu redor inadvertidamente. Ela tentava direcionar seu olhar para um único alvo, mas muitas vezes se espalhava para outros ao redor, causando pânico e confusão. Seus ataques eram imprecisos e instáveis, o que a levou a pensar em como isso já vinha desde sua época no orfanato, as crianças lhe evitando e em sessões de “aprendizado” com as freiras, algumas saiam transtornadas e lhe associavam a figura do diabo. Algumas vezes o toque de Yasemin era carregado com uma energia que invadia a mente de seus alvos. No entanto, sua falta de controle resultava em efeitos caóticos, com suas ilusões muitas vezes se manifestando de maneira distorcida. Ela tinha dificuldade em limitar suas ilusões ao tocar em seus alvos. Por isso, sempre evitou muitos toques quando chegou e até hoje tem reflexos disso, apesar de hoje estar mais tranquila a respeito e curtir um combate corpo-a-corpo. 
Com o treinamento contínuo, Yasemin aprendeu a modular a intensidade de seu toque e passou a trabalhar no olhar, permitindo-lhe direcionar seus poderes de forma mais precisa. Ela desenvolveu uma expressão facial neutra que ajudava a mascarar a natureza assustadora de seus olhos. Ela praticava focando em um único alvo por vez, aprendendo a bloquear sua percepção periférica para evitar que seus poderes se dispersassem, sendo melhores direcionados para um alvo específico. Hoje em dia ainda é necessário que olhe nos olhos do seu alvo para uma ilusão com mais eficácia e duração. Ao tocar em seus alvos, Yasemin aprendeu a modular a intensidade de sua energia, permitindo-lhe controlar melhor a resposta emocional que provocava. Ela desenvolveu técnicas para transmitir uma sensação de calma e controle através de seu toque, minimizando a instabilidade de suas ilusões. Praticava com alvos específicos, concentrando-se em ler suas emoções e medos para adaptar suas ilusões de acordo. Isso resultou em uma maior precisão e eficácia em seus ataques, mas também precisou estudar e ser mais criativa para usar o medo X de seu alvo e criar situações dentro dessa ilusão. Desde um monstro até uma situação hipotética de alguma morte sendo vívida de um ente querido de seu alvo. Yasemin descobriu que quanto mais medo uma pessoa sente, mais forte se torna a ilusão que ela é capaz de criar em sua mente. Esse fenômeno ocorre devido à intensificação das emoções do alvo, o que permite que Yasemin amplifique ainda mais suas ilusões. 
Yasemin está atualmente explorando uma nova face de seus poderes, vem tentando praticar meditação e visualização para manter sua mente calma, evitando que suas próprias emoções interfiram em seus poderes ou que guarde tantos horrores em sua mente. Ela desenvolveu um autocontrole para resistir à influência dos medos que encontra nas mentes de seus alvos, mesmo que não pareça no dia-a-dia já que está sempre xingando por aí, mas é justamente uma forma de esconder que a qualquer momento, se segurar emoções demais, o descontrole de seus poderes pode vir muito fácil. E justamente porque quanto mais medo, mais forte a ilusão fica, e Yasemin teme que isso lhe deixe muito fria e impiedosa. O desafio é garantir que suas ilusões não se tornem excessivamente poderosas e perigosas demais para si e para os alvos. Essas ilusões são tão realistas e aterrorizantes que podem desencadear reações físicas, como sudorese, tremores e até mesmo desmaios. 
A fraqueza principal dos poderes de Yasemin reside na necessidade de controle preciso sobre suas ilusões e na gestão das intensas reações emocionais e físicas que elas provocam nos demais. O uso excessivo e descontrolado de seus poderes poderia deixar Yasemin mental e fisicamente vulnerável. Além de causar trauma emocional, o esforço mental envolvido na manipulação e percepções de seus alvos poderia exauri-la, deixando-a suscetível a danos mentais e físicos. Isso afeta diretamente na eficácia de seus poderes, tornando-a mais propensa a erros e descontroles. Atualmente pode atingir mais de um alvo por vez e sua luta é para conter o quão poderosa a ilusão pode ficar. Nunca chegou nesse patamar, mas sabe que elas são fortes o suficiente para influenciar diretamente as mentes de seus alvos, causando trauma e medo profundos que persistem mesmo depois que a ilusão desaparece. A necessidade de contato visual e físico para uma ilusão eficaz limita as opções táticas de Yas em certas situações. Isso a deixa vulnerável a ataques à distância ou a adversários que evitavam o contato visual direto. Além disso, essa dependência pode comprometer sua própria segurança, colocando-a em situações de risco ao se aproximar demais de seus alvos. Yasemin também sente a fraqueza e seu corpo fica mais vulnerável, mas a mente principalmente porque as imagens ficam guardadas em sua lembrança também. O que é perigoso uma vez que perder seu controle pode gerar sequelas em si e nos demais. 
Quando se trata de monstros e criaturas sem medo, o desafio é diferente. Como essas criaturas geralmente não possuem traumas pessoais ou medos individuais, Yasemin precisa abordar suas fraquezas de forma mais estratégica. O que é difícil. Atingir um monstro com ilusões não é fácil e ela não possui nenhum a seu bel-prazer para praticar. Em teoria, ela entende que em vez de explorar os medos internos, ela pode recorrer a ilusões que aproveitam os instintos naturais desses monstros, como seus pontos fracos ou vulnerabilidades específicas. Por exemplo, ela pode criar ilusões de ameaças iminentes ou predadores superiores, fazendo com que os monstros se sintam acuados ou ameaçados, mesmo que não tenham uma compreensão consciente do medo. Ela conseguiu fazer isso apenas uma vez, então não possui prática alguma. 
Já sua habilidade passiva é diretamente influência do patrono de seu pai, o leão. Ela não pode se transformar fisicamente em um leão, mas herda muitas das características e habilidades da majestosa criatura. Seus sentidos são aguçados como os de um leão. Seu olfato é excepcionalmente apurado, permitindo que detecte odores à distância e identifique presas ou inimigos com facilidade. Sua audição é tão apurada que pode captar o som mais sutil, como o farfalhar de folhas ou o movimento de um inimigo se aproximando. A visão de Yasemin é particularmente notável, especialmente à noite. Ela possui visão noturna, o que significa que pode enxergar claramente mesmo em condições de pouca luz, uma habilidade crucial para suas incursões noturnas e missões furtivas. No entanto, apesar de parecer uma boa habilidade, Yasemin pode ser particularmente sensível a sons intensos e repentinos. Ruídos altos, como explosões e/ou gritos, podem desorientá-la temporariamente, prejudicando sua capacidade de se concentrar ou reagir em situações de combate. Se ela se encontrar em ambientes extremamente escuros por um período prolongado, sua visão pode se tornar menos eficaz devido à fadiga ocular, tornando-a mais vulnerável a emboscadas. Um excesso de odores, sons ou movimentos pode sobrecarregar sua mente, prejudicando sua capacidade de processar informações de forma eficaz.
Além disso, sua velocidade, equilíbrio e flexibilidade são comparáveis ​​às de um leão também. Ela pode se mover com agilidade e rapidez, saltar grandes distâncias e se adaptar a terrenos variados com facilidade. Sua furtividade também é melhorada, permitindo que se mova silenciosamente e se aproxime de seus alvos sem ser detectada. Essas habilidades são excelentes no campo de batalha e torna Yas uma caçadora habilidosa nas florestas do acampamento. No entanto, ela ainda está aprendendo a dominar completamente seu potencial e a integrar suas habilidades de forma mais eficaz em suas estratégias de combate, especialmente para lidar com monstros.
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ninaescreve · 1 year ago
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um natal com as trambiqueiras
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chegou dezembro e, claro, hora de falar mais sobre a minha noveleta "procura-se mariana". ela não é um romance clichezinho de natal, mas se passa durante o natal e o ano-novo, em monte alto, são paulo.
"procura-se mariana" foi publicada em dezembro de 2022 e isso foi estratégico, por causa do natal. na verdade, eu levei algum tempo tentando saber como eu colocaria a vibe natalina na história, pois nunca tinha escrito uma assim antes (nem um suspense-policial).
viviane (esquerda) é alguém que gosta do natal, mas já está cansada de ter suas vontades caladas pela família, especialmente pela mãe. então, no dia 24, ela se organiza para um almoço em família, mas a ceia é ela quem prepara para colegas de trabalho. sim, vivi prefere passar a véspera da natal com outros vínculos e, pra mim, isso é muito importante na narrativa, pois vivi é birromântica, assexual e gorda. diante da família, ela é uma espécie de falha. as várias identidades da personagem entram em conflito com o núcleo familiar - mas, felizmente, ela é acolhida pela prima, isa, que, como vivi, também é assexual.
festas em família, acima de tudo o natal, data em que se preza por laços de amor, nem sempre são bons momentos para pessoas que se desviam de padrões. é bom lembrar que a família nem sempre será o primeiro apoio para muites.
o que acontece depois da ceia é que mariana (direita) desaparece. e isso significa que viviane fará de tudo para encontrá-la, com planos ansiosos e falhos. você também iria atrás da sua crush, não iria?
o problema é que mariana volta e confessa um segredo a viviane. e isso quer dizer que precisam mentir para o chefe quanto ao desaparecimento da mari. mariana, a princípio, não confia em viviane, mas vivi é tudo o que ela tem - e segredos revelados, afinal, podem acabar com o futuro de sua família (mais uma vez).
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nesta noveleta new adult sobre mentiras, inseguranças e um espírito de natal diferente, descubra quem está falando a verdade. mentir é errado, em especial para o seu chefe, mas e se for para salvar a vida de alguém que você ama?
conheça "procura-se mariana" AQUI.
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edsonjnovaes · 2 years ago
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A SOCIEDADE DO CANSAÇO
Um filósofo sul-coreano de nome Byung-Chul Han defende uma tese interessante, de que estamos todos vivendo numa espécie de “sociedade do cansaço” em virtude de vários instrumentos e comportamentos que conduzem a uma “obsessão por si mesmo”. Um narcisismo levado ao extremo, que trouxe como consequência, entre outras coisas, o desaparecimento do erotismo e o surgimento da psicopolítica. Solon…
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exspiravithqs · 2 years ago
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Após o baile de aniversário de Exspiravit e as revelações chocantes, nada mais foi o mesmo para a comunidade de caçadores de fantasma. Ao retornarem às atividades na Academia e receberem novos casos, mentores foram chamados para uma reunião particular com o diretor da instituição. Timothy lhes deu uma indicação bem clara: se não quiserem, não precisam mais relatar suas atividades ao SISCEF.
Aquilo parecia um absurdo! Faziam anos que o sistema funcionava assim: caso x era publicado, Exspiravit acionada para resolver o problema (tendo prioridade em casos públicos do que as agências particulares) e depois relatava tudo ao SISCEF, para que os mentores e já caçadores diplomados pudessem manter sua atividade sendo avaliada com o passar dos anos, e para que eles também já começassem a conhecer os alunos que se tornariam caçadores pós conclusão dos módulos.
Não entregar um relato de caso para o SISCEF era pedir uma guerra, mas era exatamente isso que Timothy queria - piorar a situação. Alguns mentores prontamente concordaram com ele, já outros não gostaram muito da situação, e assim aumentou-se ainda mais o conflito entre as duas unidades. Exspiravit ainda estava salva de encerrar suas atividades por não ser um órgão do governo, apenas auxiliá-lo, mas era preciso ter cuidado.
Se você acha que esse é o problema maior, está errado. Com o conflito interno entre as unidades chamando mais atenção do que qualquer outra coisa, os fantasmas foram deixados de lado. Nem mesmo a nova aparição de um ghost touch alarmou ninguém de grande porte. Um novo caso, dessa vez em Londres. O menino não havia morrido, mas encontrava-se num coma eterno pelo toque quase letal do fantasma. Felizmente, um mentor de Exspiravit atentou-se ao acontecimento e decidiu investigar: tratava-se de uma propriedade bem antiga, com um jardim enorme, que ele mais tarde descobriu que na verdade encobria um cemitério, e muitas almas penadas viviam por lá.
Ele encontrou o fantasma assassino, mas o que encontrou não era nada que tinha visto antes. O gravador que tinha em mãos foi a única prova deixada por ele, relatando o que observou: um fantasma tão denso, tão humano, que deixava qualquer poltergeist parecendo uma piada. Ele não sobreviveu para contar muito mais do que isso. Quando seu corpo foi encontrado, pós outros mentores terem ciência de seu desaparecimento, Timothy voltou a se “importar”.
No entando, a tarefa de descobrir sobre essa nova ameaça cairia sobre os demais mentores e alunos. Sem conhecimento da SISCEF, foi demandado que iniciassem buscas sobre uma possível nova espécie de fantasma, mais forte que um poltergeist. Descobrir que se ela já havia sido relatado antes na história, se talvez essa entidade seja mais do que somente um fantasma, qualquer resposta era bem-vinda. A Exspiravit precisava de uma vantagem em relação ao SISCEF, e essa descoberta seria isso.
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Em palavras menos formais: o circo vai pegar fogo !! 
Esse drop foi bem simples, mas é mais para vocês entenderem que 1) nós temos uma nova ameaça, e 2) vai ser papel dos alunos e mentores descobrir do que se trata, e como se livrar dela.
Minha intenção é que vocês busquem mais sobre os tipos de fantasma (no google mesmo!) e inventem algo que acha que o personagem de vocês faria/encontraria. A “nova espécie” mais criativa poderá se tornar nossa verdadeira resposta.
Quem quiser fazer um POV ou edit sobre isso, também é bem-vindo.
Se precisarem de indicação de mídias, sites, etc, posso passar, tem um mundão de coisas sobre isso na internet, hehe. Quero que seja divertido para vocês. Eu fico disponível para quaisquer dúvidas !! 
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sovcreign · 3 months ago
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(  feminino  •  ela/dela  •  pansexual ) — não é nenhuma surpresa ver NARKISSAS JINX andando pelas ruas de arcanum, afinal, a FAERIE DA FORTUNA DOS GRITOS precisa ganhar dinheiro como GERENTE DO SORTILÉGIO DA GANÂNCIA. mesmo não tendo me convidado para sua festa de TREZENTOS E SETENTA E OITO ANOS  (1646), ainda lhe acho ASTUTA e PERSUASIVA, mas entendo quem lhe vê apenas como MANIPULADORA e EGOCÊNTRICA. vivendo na cidade há DUZENTOS E OITENTA E UM (1753) anos, JINX cansa de ouvir que se parece com EVA DE DOMINICI.
𝑻𝑶 𝑺𝑼𝑴 𝑼𝑷 𝑻𝑯𝑬 𝑻𝑹𝑼𝑻𝑯
tw: sequestros, morte, sangue, violência, tráfico feérico.
jinx é uma faerie complexa, com um histórico de vida do qual ela não se orgulha tanto. sequestrada na primeira coorte em que nasceu, para ser leiloada em um ponto de tráfico de sangue feérico, calhou de ser comprada por asmodeus. durante seu serviço, foi manipulada por uma bruxa para que abandonasse o demônio e se retornasse para se vingar da sua antiga coorte, que deu pouca importância para seu desaparecimento. o peso de ser responsável pela morte de algumas dezenas de fadas fez com que narkissas enlouquecesse, precisando ter suas memórias manipuladas e confinadas num espaço conhecido como "the vault". a sensação de ter perdido algo, entretanto, fez com que ao despertar fosse lentamente atraída para arcanum, até finalmente entrar. na cidade, foi inicialmente uma das fundadoras da coorte da fortuna, mas o assassinato de uma faerie anos depois foi uma das peças chave para que memórias escapassem do vault. assim, ela retornou para suas configurações iniciais, e assumiu sua insanidade. foi expulsa da fortuna e passou para a coorte dos gritos. não muito depois, passou a trabalhar como gerente no sortilégio da ganância.
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𝑩𝑬𝑭𝑶𝑹𝑬 𝑨𝑹𝑪𝑨𝑵𝑼𝑴
tw: sequestros, morte, sangue, violência, tráfico feérico.
em seu início, a faerie que conhecemos hoje era chamada como narkissas. oriunda de uma pequena coorte nos alpes, pode-se dizer que seu desenvolvimento não foi nada do ordinário. a coorte em que nascera era isolada das demais da mesma espécie, após a desarticulação de uma antiga coorte predominante em toda a itália. ali reuniam-se fadas que tinham sido expulsas de seus antigos reinos em todo o mundo. um conglomerado mentes solitárias, inquietas, ou até vis e cruéis, que esculpiram a criança de olhos azul e lilás. havia sido abandonada não muito depois de seu nascimento, e nunca em seus séculos de vida buscou compreender quem eram seus pais. orgulhosa desde que nascera, a criança esperta soube criar seu caminho em meio a miséria, destacando-se em meio a coorte pela lábia e o carisma que exibia ainda em tenra idade. essas mesmas características fizeram se misturar entre a elite, participar ativamente dos conselhos, e estas também foram as responsáveis pelo início das rachaduras na personalidade da faerie.
narkissas era influente o suficiente para estar presente em reuniões de relevância na comunidade, mas não o suficiente para que sua ausência fosse notada. era verdade que por meses, a coorte notava desaparecimentos inexplicados pelos arredores do reino. incapazes de atuar sobre, a morena tornou-se logo mais um nome em meio papéis, sem ser dada a devida importância. seu sequestro havia sido especialmente encomendado, a necessidade de suprir bancos de sangue feérico para os sanguessugas com gosto mais refinado. e era sortuda, como era. pois calhou de não ser comprada por um vampiro, mas por um demônio. e não qualquer um, mas um príncipe do inferno. asmodeus a comprou na intenção única de que aquela lhe prestasse serviços. e ao contrário de tudo que imaginara de demônios antes de seu primeiro encontro, a experiência fora extremamente satisfatória. 
conviver com o príncipe da luxúria era uma montanha russa, e fundamentou uma parte essencial de sua personalidade: o amor pelos prazeres da terra. rapidamente descobrira que fadas e demônios poderiam ser bastante similares, e flexibilizou a relação construída com seu “dono”. era quase que uma amizade perigosa, contabilizando-se os limites de uma relação contratual. o mal fora fazer com que tivesse direito de ir e vir… numa das indas, identificara a sua maior fraqueza. bruxas. e não por qualquer razão de força, jamais, a pobre fada só não conseguia conter seu coração acostumado com a luxúria de um demônio. 
a beleza etérea, os cabelos e olhos escuros, o andar que somava-se com as sombras e penumbras. nunca soubera seu nome real. e sua pequena lábia, carisma, nada eram perto daquela bruxa. essa manipulava multidões com um breve farfalhar de dedos, desdobrava ilusões profundas com um fixar de olhos. nem oferecera resistência, fora levada antes que seu dono original pudesse suspeitar de algo. foram duas décadas que a faerie passou sobre o domínio da feiticeira. esta ensinando-lhe seus ofícios, como manipular mentes, sustentar ilusões, enquanto pouco a pouco alimentava qualquer ódio que ela sentisse pela sua antiga coorte. nem lembrava-se da origem dos sentimentos, mas uma inconformação com a pouca relevância em seu desaparecimento foi tornando-se uma grande mágoa, cujo ódio tornava-se insustentável. agora ela precisava se vingar.
não sabia do efeito da bruxa por trás. demorara a raciocinar que fora manipulada no lugar de manipular. quando conseguiu por fim distinguir seus sentimentos dos infundidos em sua mente, era tarde demais. suas mãos estavam completamente sujas do sangue das faeries de sua coorte. a mente engenhosa utilizada para o mal, arquitetando um plano de destruição sem escapatória. do lugar não sobraram nem as ruínas, tampouco as histórias. tudo aquilo fora suficiente para empurrar a fada para a completa insanidade, processo assistido de perto pela bruxa. narkissas a odiava, mas se odiava mais. o processo autodestrutivo previsto pela autora de todo aquele crime justificou uma última manipulação. antes de ir embora, a feiticeira tratou de trancar todas aquelas memórias em um canto do inconsciente da faerie. conhecido como the vault. tudo aquilo que assolava a mente da fada foi guardado, trancafiado fundo em sua mente. nada de asmodeus, ou mesmo de sua bruxa.
começando do zero, narkissas acordou em meio uma cidadezinha da itália rural. sem ideia de muito mais que seu próprio nome, de onde viera, a insanidade dera lugar para um vazio existencial. a essência permanecia, se divertia enganando humanos e se passando por um poltergeist, mas a ciência de que havia algo estranho consigo não permitia que relaxasse. a tentativa de encontrar o que havia perdido fez com que fosse parar em arcanum, atraída pela cidade na falsa esperança de recuperar fragmentos de seu passado.
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𝑨𝑭𝑻𝑬𝑹 𝑨𝑹𝑪𝑨𝑵𝑼𝑴
narkissas chegou durante a formação de arcanum como se conhece hoje. ainda uma jovem (não tinha mais que seus cento e dois anos). desde que nascera, sempre tivera uma tendência natural a ceder ao caos. olhos que brilhavam ao confundir e enganar, empolgação ao fazer discretas crueldades no mundo humano. e mesmo assim, entenda que era diferente. extremamente perspicaz, astuta, era uma época onde acreditava poder viver o melhor dos dois mundos. equilibrar pequenas insanidades com atos de benevolência. foi sua principal motivação para estar do lado da coorte da fortuna. 
entretanto, é em 1799, com a morte de uma fae da coorte das conchas, uma insatisfação com a maneira como as regras eram ditadas por ali começou a ser alimentada. o desdobramento ocasionou uma série de instabilidades em sua mente que permitiu que algumas memórias escapassem do vault. e a insanidade se manifestava. pequenas pegadinhas e distrações começaram a transformar em explosões, caos generalizado e ilusões coletivas em dias aleatórios. o agravamento dessas situações, ao longo dos anos, fez que não muito depois de 1805, fosse expulsa da coorte da fortuna. ou melhor, ela prefere dizer que saiu por livre e espontânea vontade.
o acolhimento pela coorte dos gritos foi quase que imediato, dando a agora jinx a característica particular de olhos azul e lilás junto de um discreto par de chifres em sua cabeça. jinx é conhecida pela sua capacidade de modular sentimentos. perto dela, conforme seu desejo, sentimentos pré-existentes podem ser potencializados ou diminuídos, tudo para que o verdadeiro show de manipulação possa dar lugar. então é normal se sentar de seu lado, e a voz aveludada ir fazendo se sentir cada vez mais calmo até a inebriação. ou então sentir uma raiva particular, quase que inexplicável, nascida de uma pequena irritação em seu âmago. 
mas jinx só foi feliz de verdade em arcanum após iniciar como gerente do sortilégio da vingança. informação, negociação, estar a par de futuras malignidades das quais pode ou não participar… isso é um privilégio sem igual. pois a morena permeia entre esses grupos com naturalidade, sendo conhecida também pelos perigosos acordos que oferece por aqui e ali… são bons acordos, mas cuidado! ela cumpre com o que promete, mas apenas exatamente o que prometeu. faça seu pedido com cuidado, e se atente ao valor cobrado! não existe almoço de graça.
desde a chegada de lucifer, tem ficado muito claro o seu alinhamento, ainda mais com suas relações atuais. além disso, ela é uma das dançarinas convidadas do oitavo pecado.
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mysteryacademyhq · 2 years ago
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MONSTERS;
Monstros; seres deformados, figuras que causam pânico, criaturas ameaçadoras por sua simples existência, entretanto são eles, de fato, uma ameaça ou a humanidade ergueu um grande muro ao seu redor excluindo qualquer ser não padrão? O medo do desconhecido muitas vezes nos obriga a tomar decisões precipitadas, incitam-nos a propagar o ódio e a separação dos dois mundos e, talvez, essa foi a raiz de todos as adversidades entre a humanidade e de tudo que não se encaixa nela. Para muitas espécies que foram simplesmente englobadas num termo que sequer se identificam, a história era muito diferente daquela que os humanos fazia parecer, afinal, não eram os humanos que os caçavam? Claro, alguns desses ainda poderiam ser violentos e sanguinários, mas se recorde, humanos também poderiam. E embora aquilo representasse uma parte, era apenas uma pequena parte, ao menos até Heavy Rain. Um líder guiado pela cólera, fúria e necessidade de dominar, Barok sempre foi impiedoso, e mesmo anos após seu desaparecimento as criaturas que se deixaram levar por seus ideais corrompidos ainda aguardavam seu retorno.
O que muitos moradores de Crystal Cove não conseguiam entender, era o motivo das criaturas que se auto nomeavam como bestas já estarem ali há muito mais tempo antes de sua presença ser notada, convivendo com a população sem que muitos sequer desconfiassem de sua identidade, do que realmente eram. Muitos tentavam esconder os bons feitos dessas criaturas para os marginalizar, mesmo aqueles que sacrificaram a própria essência e força vital para lutar contra o que não julgavam correto; talvez os humanos não fossem justos mas não necessariamente todos mereciam a morte. Uma grande parte até fez parte da resistência contra Barok e seus fiéis fanáticos, lutando contra seus iguais para proteger uma raça que os desprezava. Claro, nem tudo eram flores, os anos de perseguição, fizeram a cápsula que prendia aqueles que plantavam a semente perigosa da discórdia explodir, principalmente daquele que até o dia de hoje esperam incessantemente pelo retorno de seu líder, afim de terminar o que começaram em Heavy Rain.
Descendentes: 14 vagas (05/14) . masterlist de espécies aqui***
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gralhando · 10 months ago
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O pensamento do silêncio.
Estou pensando em alguns sintagmas, e noto que em torno da palavra "silêncio" se aglutina eventos os mais poderosos ou talvez assédios semânticos descarados. Talvez seja caso de uma pesquisa especial ou mesmo uma atenção a mais na anotações sobre o reino que está entre nós. Em todo caso, mesmo sem ser algo que imediatamente salte talvez, seria válido dizer que The Sounds of Silence é uma música das mais poderosa no pathos semântico. Imagino até que existiu uma sinergia entre letra e melodia no momento da composição, concorrendo os dois fios em uma força de equilíbrio que exigia aprofundamento semiótico tanto quanto intervalos tonais de sentimento profundo. Ou vice-versa. Foi escrita em fevereiro de 1964 pelo cantor e compositor Paul Simon nas sombras do assassinato de John F. Kennedy ocorrido no ano anterior.
Minha pesquisa começou ontem com "ecos do silêncio". O primeiro resultado nos buscadores vem para um livro com as seguintes informações: organizado por Cassandra Pereira França, editora Blucher, São Paulo, 2017, 248 páginas. Parece que se trata de um compilado de textos sobre violência sexual, não tenho certeza. Uma apresentação tem o seguinte período: "A sexualidade humana é inerentemente traumática, escreve Joyce McDougall. Se já não conseguimos alcançar uma narrativa que comporte o sexual freudiano, imagine quando estamos diante dos excessos, do que transborda, do que não tem contorno, representação, do que não tem palavra." Semanticamente muito justo. A ideia de silêncio, e neste caso silêncio também arrasta um tipo de escuro, ou ainda um abismo indefinido, que esta indefinição vem de realmente não existir palavra, e então "silêncio" abarca uma espécie muito real de silêncio. Seria um silêncio cerebral.
Outra ocorrência para "ecos de silêncio" é um filme sobre a ditadura militar no Brasil. Dirigido por Davi Sant´Anna, produzido em 2006: "Muitos sobreviveram aos anos de chumbo da ditadura militar, outros, alienados, não sabem até hoje o que aconteceu e apenas vangloriam o tri-campeonato mundial de futebol de 1970. Porém outros milhares simplesmente foram eliminados. Extinguiram seus corpos, porém suas vozes não cessaram e o silêncio é ouvido até hoje nos corações daqueles que acreditam na liberdade de escolha e pensamento, em poder lutar por seus ideais, e mesmo que seja utópico, em sonhar com um país mais justo e digno ao semelhante." Acontece que a Comissão Nacional da Verdade, em seu relatório final, reconheceu 434 mortes e desaparecimentos políticos entre 1946 e 1988, dos quais a maioria ocorreu no período da ditadura militar. Será que o filme fala mesmo em milhares? Um estudo de verdade seria necessário no Brasil, porém às portas do fim do mundo não importam mais os estudos, mas sim reconhecer a honestidade e a desonestidade quando nos depararmos com algo assim, da mesma maneira que reconhecemos o silêncio e a palavra.
Para "voz do silêncio" chega como principal ocorrência o livro de Helena Petrovna Blavatsky traduzido em 1916 para a língua portuguesa por Fernando Pessoa: "Reúne preceitos espirituais retirados do Livro dos Preceitos de Ouro, que tem uma origem comum com as célebres Estâncias de Dzyan, uma das fontes para o monumental A Doutrina Secreta. O texto traça, em linguagem poética, um panorama sucinto do caminho que leva à santidade ou à iluminação, e faz diversas recomendações práticas para os aspirantes. Foi escrito em Fontainebleau, uma cidade da França." Para os perdidos nos nomes de livros citados da descrição, informo que se trata do cânon sagrado tibetano, composto por 1707 obras entre as quais se encontram As Estâncias de Dzyan e o Livro dos Preceitos de Ouro. Estas duas obras foram em parte traduzidas pela filósofa russa Helena Petrovna Blavatsky, no século XIX, através de suas obras A Doutrina Secreta e A Voz do Silêncio. Essa autora impressionou muita gente, e inclusive o Fernando Pessoa. Mas só por essa descrição se nota como foi derivativa ou refundadora. Não sei qual das duas coisas pesaria mais.
E o "silêncio" continua. Como quando eu criança o imaginava no espaço escuro acima dos planetas. E nessa época já era para mim a única resposta válida, simples e profunda sobre os mistérios da existência. O que me opõe já de início, e desde então, a toda palavra que eu ainda leria no futuro a descobrindo formulada nos passos para uma real transformação em direção a um mundo novo e melhor.
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cruxetrosa · 2 days ago
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Governo Lula avança no cuidado de cães e gatos com SinPatinhas, o RG animal
Governo Lula avança no cuidado de cães e gatos com SinPatinhas, o RG animal - O governo Lula dará um passo histórico na proteção de cães e gatos com o lançamento oficial do SinPatinhas, o Sistema Nacional de Cadastro de Animais Domésticos. O decreto que cria o programa será assinado nesta quinta-feira (17) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cerimônia no Palácio do Planalto, junto com o ProPatinhas, Programa Nacional de Proteção e Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos. A iniciativa, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), por meio do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais (DPDA), promete modernizar a governança da saúde animal no Brasil. Com o cadastro gratuito, tutores de cães e gatos passarão a contar com um documento único — o chamado “RG animal” — que acompanhará os pets por toda a vida. Cadastro gratuito e digital com foco em saúde e rastreamento O SinPatinhas será um banco de dados nacional e público, acessível pela internet, com informações como nome, espécie, raça, idade e vacinas dos animais, além de dados dos tutores, como CPF e endereço. A proposta vai além do simples registro: oferece ferramentas para monitoramento de zoonoses, rastreamento em caso de desaparecimento, campanhas de vacinação e castração, e identificação de donos de animais abandonados. Os próprios tutores serão responsáveis por atualizar as informações — em casos de venda, doação ou morte do pet — e atestar a veracidade dos dados. A expectativa é que, com essa padronização, sejam eliminadas falhas e duplicidades hoje comuns em cadastros municipais e estaduais desintegrados. Do abandono à prevenção: mudança de paradigma Segundo o governo, o sistema permitirá que animais abandonados sejam identificados e devolvidos aos seus tutores, caso tenham microchip. Isso representa um avanço na prevenção de maus-tratos e no combate ao abandono, problema crônico nas cidades brasileiras. A plataforma também fortalecerá ações de saúde pública. Doenças transmissíveis entre animais e humanos (zoonoses) poderão ser monitoradas com maior precisão, e as campanhas de vacinação terão foco mais eficiente, baseadas em dados reais. Essa centralização é vista como essencial para a atuação preventiva dos municípios. ProPatinhas: controle populacional com ética e ciência O segundo programa anunciado, o ProPatinhas, completa a estratégia com um olhar voltado à gestão ética da população de cães e gatos. O objetivo é apoiar políticas públicas que garantam o manejo populacional sem violência, por meio de ações como castração em massa, campanhas educativas e programas de adoção responsável. As duas iniciativas caminham juntas e serão geridas pelo MMA, em articulação com estados e municípios. O governo pretende ainda firmar parcerias com ONGs, universidades e conselhos de veterinária para fortalecer as ações nos territórios. Modernização e dados como base para políticas públicas Durante a apresentação no Animal Health Expo Forum, em fevereiro passado, o MMA destacou que a implantação do cadastro coloca o Brasil entre os países que apostam em dados integrados e tecnologias digitais para a formulação de políticas públicas voltadas ao bem-estar animal. A Expo reúne todo o mercado de bem estar de animais domésticos. A nova estratégia federal representa uma virada de chave na forma como o país lida com os animais domésticos: da invisibilidade e negligência para a cidadania animal, com direitos reconhecidos e cuidados monitorados. Com o decreto assinado e a lei sancionada (Lei 15.046/2025), o SinPatinhas e o ProPatinhas entram agora na fase de implementação. O desafio está na adesão dos tutores e na integração com estados e municípios, especialmente nas regiões com maiores índices de abandono e vulnerabilidade. A expectativa é que, com a massificação do cadastro e a consolidação do sistema, o Brasil possa reduzir significativamente os casos de maus-tratos, abandono e surtos de zoonoses, além de promover um novo padrão de convivência responsável com os animais de estimação. O post Governo Lula avança no cuidado de cães e gatos com SinPatinhas, o RG animal apareceu primeiro em Vermelho.
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