#De início eu já peguei quem era do mal e tal...
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#Um filme que já começa bem grande#com uma introdução bem animadora#para prosseguirmos na história...#De início eu já peguei quem era do mal e tal...#Como tb fui surpreendido pelo caminhar de alguns personagens...#Só não esperava os caminhos que me levavam ao forte vilão...#Os personagens secundários são bons#mas eu estava esperando muito mais de alguns deles#poderiam ter entregado mais...#As cenas de lutas e conflitos são animadoras e bem divertidas...#Há momentos de luta bem feitas e bem realizadas...#Infelizmente há momentos super bobos e nada que agrega na história#mas isso não atrapalha na caminhada desta boa aventura...#O personagem principal vai de baixo para alto#de chato a querido...#Mas percebo que essa seja sua linha nessa jornada...#Um filme que noutro momento quero assistir de novo sim.! 🥰#Filme: Adão Negro (2022) 🙂🎬🙂
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Era o início de um texto romântico, mas acaba que eu sempre desvio o foco kkkkkkm
Ah cara, é bizarro como nos aproximamos tão rápido, como eu fiquei tão ansiosa pela sua vinda, como fiquei tão alegre nos nossos encontros, tudo é simplesmente mágico.
Eu não canso de dizer que te amo, é perfeito viver a vida com você, agora, finalmente morando juntos, estou escrevendo pq me peguei numa madrugada morrendo de amores por você, mais do que digo todos os dias enquanto passamos o home office ao lado um do outro, mas como você está a mimir, quero guardar isso aqui pra provavelmente mostrar amanhã se eu não esquecer, ou talvez quando eu reinstale esse meu diário atípico e realmente super profundo e pessoal...
Bom, agora digamos, começaremos do começo KKKKKM...
Como eu já estava dizendo, eu te amo. Mas não só eu te amo e ponto como acabei de dizer (eita, como escreve bem), mas de todos os subtons e tons de como eu poderia dizer isso, eu simplesmente escolho essa e, o resto você sente em todo o dia que passo ao seu lado (ou no dia q algum de nós vamos ao presencial, pelo resto da noite enquanto estivermos acordados), é um amor tão tranquilo, feliz, engraçado e leve, que você para e pensa "caraca, nunca senti tanta calmaria na vida, nunca senti tanta segurança com alguém e ninguém nunca me deu tal confiança da qual eu não conseguisse nem pensar que possa fazer algo de ruim contra mim" é tão...... Sabe?! Você entende o que eu digo KKKKKM é tão! É tão, e só!
Acordar ao seu lado é radiante, dormir olhando você é hipnotizante, cara... Você não sabe o quanto eu pedi pra me relacionar com alguém que fosse assim, agradeço a minha rainha pombogira todas as noites que me fez uma mulher forte e resiliente, pra entender que onde eu não caibo por completa, não é o meu lugar e que eu só deveria dar valor a quem realmente morreria por mim, pq eu com certeza seria capaz de morrer pela pessoa também. Mas pra que morrer, não é mesmo? Como eu li um dia desses: "Morrer é fácil, quero ver é viver!" pq isso sim é difícil, enfrentar a vida é difícil.
Eu sempre me derreto quando estou quase dormindo, até molinha e você me dá um beijinho na bochecha e me diz boa noite. Caaaara, essa é a melhor sensação possível e acho que você sabe, pq também faço com você. Quando você simplesmente odeia barulho mas se acostumou a dormir com meus barulhinhos de chuva, ou quando eu, que odiava dormir sem luz, to aprendendo pq você realmente não gosta de dormir com ela, isso é incrível, é surreal de bom como nós dois conseguimos ter uma relação madura e feliz. É super estranho imaginar e contar pras pessoas que nunca brigamos, ficam até assustadas.
Sei lá o que eu tô escrevendo mn, já perdi minha linha de raciocínio inicial, mas acontece... Quer saber, vou falar do noivado, sem textinho rimando, sem firulas, sem... Quer dizer, COM FIRULAS (pq eu smp vou adicionar coisinhas fofinhas ou elogios no meio, eu me conheço) e do fundo do meu coração, dizer sim foi a melhor decisão que tomei na minha vida e eu mal estou acreditando que vamos nos casar em breve. É muito louco imaginar que eu simplesmente vou colocar um sobrenome que eu já tinha me decidido e tinha certeza que estava completo sem precisar de nada, ai apareceu o "Figueiredo" pra me dizer que não, que ele estava chegando e era pra ficar, a mesma coisa do "Oliveira" com você (o trampo que vamos ter pra mudar de documentosKKKKKKKKKK TOMANOCU). Enfim, faltam poucos dias pra irmos em uma nova viagem pra sua terrinha e já nos prepararmos também pra viagem de fim de ano talvezzzz, eu mal posso esperar p conhecer São Thomé com você, deve ser mágico (além do que já é, com você vai ser mais) e eu vou adorar fazer umas poçõezihas juntos e aproveitar bem a viagem hehe massss, admito que estou super empolgada com o bolo q a sua mãe vai fazer (supostamente, como já dizia a Ismeiow SKSKSKSKKSKS) com os presentes q demos pra ela.
Já fugi de assunto dnv, então vou colocar aqui uma lista de coisas q teremos q fazer amanhã hein (eu preciso lembrar de te mostrar isso amanhã pra não perder a cronologia):
Dehh
Fazer o café da manhã
Lavar o banheiro
Gravar os vídeos do trampo
Trampar neah obv
Botar as roupas p lavar (claro, se o clima não torcer contra o meu progresso KKKKKKKKM)
Dan
Lavar a louça
Fazer o almoço (sim, eu estou ansiosa pros medalhões de frango
Trampar
Passar aspirador rapidin
Jantinha
Então, espero que nós dois consigamos fazer isso tudo amanhã KKKKKKM pq minha coluna não vai colaborar (como smp) mas as coisas tem q ser feitas. Eu amo você mais do que tudo e finalmente agora vou dormir, bjs te amo de montão ❤️ (vou botar aqui tbm a fotinho do anúncio do noivado q postamos e fizemos juntos pro insta hehehe)
27.05.2023 - D&D 👰🏾🤵🏻���♀️
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12/03 - how it rolls
AUTOESCOLA:
Comecei as aulas práticas há pouco tempo. No começo, pensei em fazer cada coisa de uma vez pra não misturar as coisas mas, como a autoescola é bem enrolada e os horários são apertados, pego as que estão disponíveis. Não sou tão ruim no volante quanto pensei, mas sou péssima com embreagem e coisas do tipo. Com o tempo (eu espero) pego o jeito. Moto eu só sei pilotar a biz do meu pai. Quando meu irmão Juan estava aqui em Goiás, todo mundo da casa saía para pedalar, meu pai e eu íamos de moto e eu pilotava com ele na garupa. Agora ele não faz mais isso. Nas aulas teóricas (que passei na prova com 29/30), fiz um amigo chamado Igor. Acho que ele dá em cima de mim às vezes mas ignoro.
VÔLEI:
Tem um menino que acho bonitinho lá, o nome é Renato. Mas ele não me dá bola, curtiu uns dois stories meus e quando percebeu que era eu ou sei lá o motivo, parou de curtir. Em compensação sou ótima no saque e toda vez fazemos ponto ou ele perde a bola por besteira do time dele. Eu gostum. Ontem dois meninos participaram do jogo. Zoei Nathalia dizendo que o tatuador é meu namorado mas o tal de Kauã que foi com ele é mais interessante. Ele ia na academia, agora tá de brinquinho e tatuagem de cobra, tá lindo.
ACADEMIA:
Fiz uma amiga chamada Amanda na academia. Ela começou a conversar comigo e se ofereceu pra encher minha garrafinha, desde então treinamos juntas. Graças a Deus ela é bem de boa para conversar porque posso brigar com ela à vontade. Ela é ótima, mas não faz nem metade dos treinos que deveria e inventa de fazer umas coisas nada a ver, daí me coloca no meio para fazer também. Esses dias descobri que ela não treinou direito porque o "gymcrush" dela estava perto. Mas deu ruim a história deles (que mal começou). Ela gostava dele há 3 meses (o nome do garoto é Ítalo). O pai dele ia ao restaurante que ela trabalhava e disse que Ítalo gostou "da menina bonitinha". Beleza. Eles mal se falavam. Pra início de conversa, ela me lembra muito eu mesma há pouco tempo atrás. Não tem coragem de iniciar uma conversa saudável com o menino, fez grupo com uns caras que estudaram com ela e treinam com ele pra falar dele, essas coisas. Ele curtiu umas coisas específicas pra ele tipo "gymcrush de óculos" e outros stories, pareceu que ela tinha chance. Enfim. A doida queria comprar whey, creatina, blusa e balões personalizados para o aniversário desse Ítalo, sendo que eles não têm intimidade ☠️ daí não sei o que ela perguntou na academia que ele disse pra ela desistir porque já gostava de alguém. Ela suspeita de uma menina alternativazinha que todo mundo fica em cima, mas Ítalo disse que não era da academia. Amanda é doida, mas homens mandam sinais confusos demais para serem verdade. Ah, outra coisa: ela namorou um menino do vôlei chamado Igor Prado, só que era obcecada por ele a nível de organizar uma festa de aniversário sem eles terem nada ☠️ daí pra frente foi só pra trás
Já falei mil vezes que gente normal não entende as demonstrações de afeto de quem é doido, mas ela não me escuta
PEDAL:
Primeiro de tudo vou contar uma história engraçada. Uma mulher do posto de saúde começou a me chamar de "genra", fez uma propaganda sobre ele ser bonito, ter o próprio negócio, ter se formado (ou estar se formando) e não sair com as meninas porque elas não gostam muito de igreja e blá blá blá (típico menino que mente pra mãe e claramente tem rolo com a cidade toda, inclusive Nathalia me disse que ele não trabalha direito e em uma festa da Lagoa aqui perto fumou e bebeu até dizer chega), depois que viu meus encaminhamentos psicológicos não me deu mais assunto. Eu achando que me livrei, minha madrasta chega e me conta que a mulher disse que me vê na academia toda felizinha e tudo mais, stalker kkk Ok. Ontem, 13/03, teve um passeio de bike em homenagem ao dia da mulher. Peguei o contato de um fotógrafo pra ele me enviar as coisas e o cara dá muito em cima de mim. E o Carlos, filho da mulher do posto, estava lá também. Ele dá corda pra Nathalia no sentido de cumprimentar e fazer comentários. Se eu zoar dizendo que shippo é capaz dela me esganar kkk Enfim, quando fui levar ela embora ele estava limpando a loja, fui embora mas tive que voltar porque estava com o chinelo dela e ir pela avenida da loja dele é bem mais confortável e acho que ele me gritou perguntando cadê Nathalia.
HOW IT ROLLS:
Estou sozinha em casa desde ontem porque não quis ir pra casa da mãe da minha madrasta, lá é muito longe e me sinto mais confortável aqui. A cachorrinha dela está com saudades e bem deprimida, mais tarde vou levá-la para passear.
Na minha cidade está tendo um surto de Chikungunya e minha vó está MUITO mal, pior do que quando pegou COVID. Na maioria das vezes eu nem ligo quando as pessoas ficam doentes porque sempre melhoram, sabe? Eu tenho aquele sentimento de "ah, daqui uns dias está tudo bem", mas dessa vez, raciocinando bem, estou preocupada.
Yuri e eu voltamos a conversar, ele está com ranço de mulher no geral porque teve alguns encontros desagradáveis e percebeu que a ex dele é um pé no saco, mas entendo a falta de sentir uma conexão com alguém. É frustrante sentir coisas com algumas pessoas e não sentir novamente com outras mesmo fazendo as mesmas coisas ou coisas que se adaptem ao contexto. Ele está se identificando na natação, começou por causa do concurso de bombeiro mas está gostando de verdade, espero que dê certo.
Depois que conheci o vôlei, acho essencial as pessoas praticarem algo pelo menos por diversão, acaba que com o tempo a gente descobre que gosta muito de algo e vira uma válvula de escape, fora que faz bem pra saúde física e mental.
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olá, eu não consigo me lembrar se eu mandei esse pedido aqui pra você ou se eu mandei pra outro tumblr, e então antes de qualquer coisa eu já quero me desculpar! (também vi que você perdeu todas as suas ask, então pode ser que você perdeu esse pedido que eu não tenho certeza se eu mandei kakaka) o pedido é assim; harry e s/n são amigos coloridos, mas harry sente ciúmes de ver s/n sair com um outro cara, e ele faz um drama sobre isso, s/n acha graça do ciúmes sem fundamento dele, aí ele admite que não transa com outras pessoas há meses, e que está confortável com isso pq ele ama ela, e só quer ficar com ela. obrigada e estou ansiosa! ❤️
Muito obrigada pelo seu pedido! Espero que goste e venha sempre aqui ☺️
Colourful friendship
Mila Kunis e Justin Timberlake definitivamente revolucionaram meu pensamento quanto amizade colorida. Aquele filme tem tudo, a amizade sendo construída, a paixão e o carinho dentre melhores amigos.
Eu era totalmente grata pela minha amizade com Harry, que começou logo após a temporada de férias dele onde ajudou Anne com seu gatinho Dusty, que tinha comido uma gota de chocolate enquanto ela e Harry preparavam cookies. Eu era a veterinária de plantão mais próxima do rancho de Anne e logo quando fui acionada, corri pro meu paciente felino.
Felizmente, Dusty está bem e de quebra, conheci os Twist/Styles.
Isso foi há 3 anos.
Harry é um popstar, produtor, ator, compositor e namorador, devo dizer. Nossa amizade ultrapassou os limites e já havíamos ficado, nada muito sério, apenas beijos no meio do escuro na balada ou na minha casa.
Ele tinha seus contratos ainda, os quais eu não entendia e também não fazia muita questão, por ser algo muito particular. Harry tinha a vida dele e eu a minha.
Era primavera na famosa Londres, a London Eye estava sendo iluminada por maravilhosos raios solares, nada muito quente, era agradável e confortável.
Eu ia ao mercado após passar na clínica, onde eu era a chefe geral atualmente e queria ver se meus pacientes estavam precisando de algo ou até mesmo minha equipe.
Ainda distraída com a London eye, trombei com um corpo maior que o meu que me fez ir para trás.
“Outch!” Eu tinha conseguido a proeza de pisar no meu próprio pé.
“Perdão! Eu estava distraído no celul... S/A?” Ouvi aquela voz mais grave e levantei meu rosto e soltei um “Chris!” dei um gritinho e o homem de cabelos castanhos e olhos azuis me olhou animado abrindo os braços.
Tínhamos feito faculdade juntos, mas ele é área de jornalismo. Sempre nos encontrávamos no pub e conversávamos, nunca rolou nada até porque ele era comprometido na época.
“Como você está?” Comecei a conversa.
“Conto se topar um café!” Ele deu seu belo sorriso alinhado e apontou para o lado esquerdo, mais precisamente para cafeteria do outro lado da rua, que eu mal tinha reparado na existência até agora.
Chris robava e sempre roubou a minha atenção. Que mal teria um cafezinho?
🌈🌈🌈🌈
Harry e eu mal nos falávamos, ele estava produzindo seu quarto álbum solo, sua animação através do Facetime me contagiava.
Ele estava com uma camiseta branca com seus cabelos rebeldes emaranhado numa bandana escura. Não sei como ele ia de um cara de trinta e poucos anos pra um cara de 20 só por conta de um acessório.
“Chamando S/N...” Ouvi Harry me chamando e acenando atráves da câmera. “Será que travou?”
“Não, Harry! Desculpe, me dispersei aqui.” Sorri sem graça enquanto limpava o balcão da cozinha da minha casa, Chris viria jantar hoje e eu estava ansiosa.
“Hm.” Harry murmurou, dava pra ver que ele estava em outra rede social enquanto falava comigo devido a luz brilhante na tela, ficava alternando pela sua pele facial.
“O quê foi? O que está fazendo?” Perguntei jogando um pouco de álcool para desinfetar o mármore.
“Quem é esse @chrisrob.e que comentou a sua foto?”
Meu Instagram era fechado, a mídia e os fãs de Harry sabiam da nossa amizade mas eu não trocaria por nada o anonimato.
“Ah, então... Ele é um amigo de faculdade!” Continuei limpando nervosa, eu estava desconfortável por falar para Harry, mas não tínhamos nada, não é? Ele tinha as atrizes, modelos e cantoras que ele queria e eu queria o jornalista, tudo muito justo. “Nos esbarramos há algumas semanas, tomamos café juntos e conversamos.”
Vi a imagem ficar um pouco embaçada devido a movimentação de Harry e logo ele se sentou numa poltrona num local mais iluminado, provavelmente sua atual sala no estúdio da gravadora.
“Só isso? Ele comentou ‘minha incrível vet’ e um emoji de gatinho com coração nos olhos, S/N.” Harry franziu suas sombrancelhas, meio que esperando minha resposta.
“Só isso, Hazz.” Dei risada e lavei o pano, tirando as luvas de borracha, peguei meu celular e me sentei na cadeira da mesinha da cozinha. “Com ciúmes?”
Harry abriu a boca algumas vezes e não saiu nada. Eu gargalhei e balancei a cabeça negativamente.
“Ele é legal com você?” A voz dele saiu baixa, mas não sabia se era por ele estar sem palavras ou era a ligação.
“Demais! Na faculdade, a gente conversava, mas ele estava noivo... logo, não tivemos nada e tal, mas agora os dois estão na pista!” Pisquei rindo e Harry continuou sério.
“Ele é melhor do que eu?” Harry mandou na lata e foi a minha vez de estranhar o assunto.
“O quê? Em que sentido?”
“Am...amizade...” Harry mordeu o canto da boca e apoiou o rosto em uma das mãos, eu sabia que ele estava nervoso e chacoalhando a perna.
Eu o conhecia. Sabia onde aquilo ia parar.
“Harry, ninguém nunca ficará no meio da nossa amizade. Acredite em mim, tá certo? Chris é gente boa, educado e bonito!” Eu sorri e Harry revirou os olhos “Assim como a Liz é pra você....”
Suspirei, Liz era a nova namorada de Harry de acordo com o The sun, que contracenava com ele numa série que iria estreiar nos streamings. Harry nunca a mencionou pra mim, então achei melhor não mexer nesse assunto, até esse momento.
“Hã...” Ele hesitou “Entendi. Eu vou pra Londres esse fim de semana, sozinho...“ Enfatizou “Queria te encontrar, pode ser?”
“Claro! Te vejo no sábado então!” Me ajeitei para desligar e Harry gritou “Espere!”
“O que foi?” Perguntei um pouquinho assustada.
“Se cuida... por favor...” Harry pediu e eu concordei dando um sorriso.
“Sempre!”.
🌈🌈🌈🌈
“Oi amorzinho!” Abracei Harry, estávamos na casa da sua mãe, que tinha ido fazer compras para nosso jantar.
Ele me apertou contra seu corpo e eu fechei os olhos, era bom tê-lo por perto.
“Tudo bem?” Perguntei já me acomodando junto a ele num sofá de dois lugares. “Como foi a viagem?”
“Normal.” Harry respondeu curto, sacou o smartphone do bolso de seu moletom e o desbloqueou.
Estranhei a reação dele, sempre ficávamos disputando quem falava e ria mais... tentei achar alguma ponta piada, de que ele estaria fazendo uma pegadinha, mas nada. Talvez ele só não estivesse afim de conversar também...
“Otimo.” Respondi e repeti sua ação, Chris havia me mandado uma mensagem com a foto de seu cachorrinho Dodger.
Eu e Chris tínhamos ficado, ainda não fomos pros finalmente por ele ser mais retraído e tímido, mas pra mim estava ótimo pois já estávamos num bom relacionamento.
Dei um sorrisinho e ouvi Harry bufando.
“Dá pra largar o celular e me dar atenção?”
Não era Harry ali, era uma criança de 5 anos.
Bloqueei o celular, deixando na mesinha de cor mogno ao lado do sofá e respirei fundo o olhando.
“Harry, para com isso.”
“Com isso o quê, S/N? ‘Tô só pedindo um pouco da sua atenção, já que estou sempre há um oceano de distância!” Ele fez uma careta e admito que era de arrepiar a espinha quando Harry estava com raiva. Suas pupilas dilatavam como um gato prestesta a atacar e seu rosto angelical tinha uma expressão obscura.
“Eu já entendi seu ciumes desde aquela ligação na quarta-feira. Qual é? Você pode ficar com meio mundo e eu tenho que me guardar pra você?” Levantei a voz e Harry se retraiu “Somos amigos e confidentes que se pegaram uma ou duas vezes e só. Você levantou a bandeira da amizade colorida” Coloquei entre aspas as últimas palavras “Você tem o mundo aos seus pés e eu finalmente tenho alguém que goste de mim.. Por ser a intercambista brasileira com clínica veterinária na parte afastada em Londres, ganhando aproximadamente o valor da sua camisa de grife.”
“Mas eu também gosto de você por ser a intercambista da clínica...” Seu olhar desviou para suas pantufas azul escuro. “Do que adianta ter o mundo aos meus pés e não ter você?” Ele murmurou, me olhando num tanto quanto chateado.
Engoli em seco. Ele estava falando sério.
“Porque não me disse isso antes? Você sempre me contou sobre as loucuras com as mulheres em Los Angeles e Nova York... apesar que nos últimos tempos, você evitou comentar isso comigo.” Cruzei os braços tentando entender tudo aquilo.
“Porque não tive nada nos últimos tempos. Eu terminei com a Liz há algum tempo pois só conseguia pensar em você!”
Harry se aproximou de mim, puxando meu braço suavemente e beijou as costas das minhas mãos.
“Como é?” Ri ainda em choque “Aderiu a castidade?” Brinquei já nervosa.
“Não, lovie...” Ele mexia nos meus dedos como se fosse a coisa mais divertida do mundo. “Eu não consigo ir pra cama mais com uma mulher, porque toda vez que eu beijo uma, vem você no pensamento e eu travo... Isso já tem alguns meses.”
As bochechas de Harry tomaram uma coloração avermelhada e ok, eu estava apaixonada por esse Harry na minha frente.
“Ah...” Eu o puxei para um abraço, sentindo o cheirinho agradável vindo do seu cabelo “Eu teria sido sua desde o início se tivesse me dito, Hazzy... “
As mãos largas de Harry espalmaram nas minhas costas e ele me puxou para seu colo, de frente pra ele.
Eu adorava Harry por sua simplicidade, humilde e sensatez, eu seria louca se não gostasse nem um pouco dele além da amizade, mas quando ele levantou o argumento de amizade colorida, eu sabia que eu talvez não seria suficiente pra ele.
“Acho que vai ter que dispensar o emoji de gato...” ele comentou acariciando minha cabeça.
“Harry?”
“Sim.” Ele sussurrou.
“Faz um tempo pra mim também.” me ajeitei, colocando as pernas dobradas ao redor da cintura de Harry enquanto ele me olhava com um sorrisinho sacana.
“Sério?” Concordei um pouco envergonhada “O emoji de gato não subiu?”
Bati no braço dele com um pouco mais de força e Harry chiou rindo e eu acompanhei.
“Acho que eu estava esperando você, de alguma forma. Eu sempre achei que só me via como amiga barra peguete... Eu ainda estou um pouco chocada.” Comentei enquanto brincava com os botões de sua camisa.
“Eu também estou um pouco assustado por ter tomado coragem, eu estou tranquilo quanto há castidade temporaria” Harry comentou e eu ri, balançando a cabeça “Mas aparentemente deu tudo certo.” Ele beijou a pontinha do meu nariz.
Coloquei as mãos ao lado de sua cabeça no encosto do sofá e roubei um selinho dele.
“Estamos apenas seguindo o roteiro da história?...” acariciei seu rosto, com o coração disparado e corpo todo quente em excitação.
“Rumo ao final feliz, lovie.”
#one direction#harry styles#niall horan#louis tomlinson#liam payne#fanfic#imagine harry styles#imagines harry styles fluff
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oi lana, tudo bem? adoro suas capas, elas são lindas! queria saber como foi o começo das suas edições e como você criou confiança para usar o termo "capista" (da um help pra essa pobre coitada que tá começando nessa vida e não tem confiança nenhuma :( ) beijo!
oiiiiiii AAAAAA primeiramente fico muito feliz com o elogio!!! fico grata de verdade (─‿‿─)♡
bommm, eu comecei a editar no finalzinho de 2015. eu fazia capas bem basiconas tipo foto e texto, pra teste, pra passar tempo, pra minhas historias e depois de amigos. eu assistia muitos vídeos de edição em geral no youtube, eu costumava aprender tudo sozinha, e com o tempo peguei algumas técnicas. ai em 2016 com o apoio dos amigos eu resolvi me inscrever em alguns blogs né, fui recusada em todos que tentei KKKKKKKKKK mais ai no finalzinho do ano eu consegui passar pro american edits (quem viveu sabe).
depois de ter conseguido passar pro blog eu nunca parei, fazia todos os pedidos, eu era bemmm iniciante, não chego nem aos pés desses capistas novos que edita a uma semana e faz capa melhor que eu em 5 anos KKKKKK e eu sentia uma vontade de agradar sabe, o escritor que fez o pedido. então eu fui pesquisando mais, treinando e treinando e treinando mais, e surtando, e vendo tutorial... até que chegou num nível que eu disse... hmmm isso ta legal, sabe? foi ai que eu me considerei capista de verdade. depois de MUITOOOOOOOOOO tempo editando e aprendendo tipo um ano?
então, resumindo demorou muito tempo pra eu ter uma confiança. eu tive que fazer muitos pedidos, mudar o estilo treinar bastante, pra que eu começasse a acreditar nos elogios que eu recebia quando entregava a capa sabe. eu comecei a me considerar capista, depois de ter feito muitaaas capinhas, e visto que isso agradava e ajudava as pessoas.
se eu fosse te dar uma dica pra sua caminhada (que é longa lasuisbdasijbd), eu diria pra você ir com calma. não precisa abrir mil pedidos de capa, se inscrever em 10 projetos, 10 blogs... faça capas testes, capa pra amigo, faça uma doação de capa. principalmente, teste todos os estilos possíveis, porque quando a gente ta começando é legal a gente se aventurar em todos os tipos, até saber qual o nosso favorito qual a gente gosta mais sabe, eu mesma quando parei em mesclada eu me joguei em capa mesclada e é nós, mas de um ano pra cá eu comecei a aprender manipulação e já to OH mergulhada na água bebendo a água oishdoisfdb
eu fiz um puta textão, me desculpa eu me empolgo sopibdosai olha, eu já recebi muitas muitas mensagens de pessoas ruins, falando mal, desmerecendo nosso trabalho principalmente no início né, mas a gente tem que ignorar essas pessoas não vão acrescentar nada na sua vida. e também não esperar tudo na mão, pra tudo na vida a gente tem que correr e persistir né, com capas sendo um hobby, ou qualquer outra atividade em nossa vida.
Ultimo paragrafo EU PROMETOOOO! a gente não pode se esquecer do objetivo principal de uma capa, dar um visual a uma história, quando pegamos um livro a primeira coisa que vemos é a capa, o nosso objetivo é entregar algo condizente com a história, ajudar os escritores, chamar atenção de leitores, é algo maravilhoso muito gratificante, não é só fazer uma capa expor numa vitrine virtual e deixar ela mofar sem uso sabe. faça suas capinhas do jeito que você quiser, não se sinta obrigada a seguir modinha, ou técnicas de fulano de tal, seja livre pra dar vida as historias, da forma que você quiser.
beijão /╲/\( •̀ ω •́ )/\╱\
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Verity
Esse foi um daqueles livros em que odiei, mas não porque o livro é ruim. Gosto de pensar que a autora queria que fosse assim, ou talvez não, eu que estou pensando demais e peguei a ideia errada. Mas o bom é que livros tem muitas interpretações e você pode interpretar do jeito que quiser.
Verity é sobre uma escritora medíocre e ordinária, que faz o mínimo para sobreviver, mas de alguma forma ela é contratada para ser coautora de um livro de sucesso, já que a autora, Verity, está incapacitada. É isso. Ai a Lowen, a mulher medíocre, vai morar na mansão da jamais igualada Verity para poder entender melhor sobre os livros que ela irá dar continuidade.
Na sinopse do livro no site da Amazon há a seguinte frase: “três mentes doentias”, e bota doentia nisso. Já no início do livro já temos uma vaga demonstração como é a capacidade mental dos personagens de lidar com trauma. Psiquiatra? Nunca ouvi falar.
Enfim, algumas vezes eu me surpreendo com a falta de comunicação, com os males que sua ausência causa. Nós, seres humanos e pensantes, podemos falar e acho que em alguns casos esse processo de troca de informações entre interlocutores por meio de signos e regras semióticas, que provocam uma resposta é a melhor das soluções, melhor do que ser resolvida no soco. No caso desse livro eu apostaria em um soco seguido dessa interação social primária entre os lados conflitantes.
Uma coisa que não sei se vale a pena mencionar, ou talvez vale, é quantidade de sexo que tem no livro. Já li livros eróticos com menos cenas de sexo do que esse livro. Então se você é sensível a sexo, ou descrições de boquete, beijos “cheios de respeito e luxúria”, não leia esse livro porque tem demais. Me pergunto o que é beijar com respeito e luxúria.
Tem tanto que até parece caricato esse apelo pelo grotesco. Não é comum (pelo meu ponto de vista) ter tantos momentos íntimos entre duas pessoas em livros de suspense e/ou thriller. Mesmo que demais, acho que é essa a característica que diferencia e faz com que Verity não seja como os outros livros. É tipo querer ver vídeos de acidentes. As pessoas gostam de uma tragédia, gostam de ver humanos em seu instinto animalesco, de mostrar que a realidade é assim, em nosso âmago profundo todos temos esse instinto feroz e insaciável, uma tensão sexual com o marido de uma autora que está incapacitada e não conseguimos suprir, que nos envolve e sei lá mais o que. A degradação do indivíduo é a melhor aposta para um livro ser considerado bom?
Uma vez me deparei com o conceito de personagens que são burros a favor da história. Por exemplo, abrir a porta do quarto que guarda um mal devastador por curiosidade, mesmo sabendo que lá dentro existe esse mal e ele não pode escapar, e não, não estou falando de nenhum livro ou mídia de entretenimentos. Se é algo que você reconhece é pura coincidência. Não há ironia nessa frase.
E o que quero com isso, em resumo, é descrever sobre ser burro em favor do plot da história. Só que a Lowen, ela não é burra em um momento, ela é burra em geral. A sua capacidade de resolução de problemas me fez desconfiar em como ela conseguiu escrever um livro, publicar, e ser chamada para trabalhar com uma autora de sucesso. Tal capacidade se tornou proeminente quando ela conheceu o Jeremy. Eles dois simplesmente não conseguem resolver problemas. Tudo isso para dizer que não me conectei com a personagem principal e que não me importava com o que acontecia com ela. Devo dizer, na minha sincera opinião, como a Lowen e o Jeremy são personagens chatos e inconvenientes.
A narrativa, prazer, o final, dor. Percebeu a diferença? Foi algo tão vago e aberto e você não sabe em quem acreditar. Se na narrativa eu gostei tanto que odiei, o final eu odiei porque é ruim. Tipo, eu lia o livro e imaginava a Verity como uma Gone Girl, que fez de tudo por um cara que trocou ela por uma aluna, mas arquiteta todo um cenário de crime para incriminar seu marido de sua futura morte. Porque foi isso que achava. Mas o final foi nada mais do que decepcionante. Isso sem contar que em como no livro, a Lowen faz todo um mistério para falar sobre algo, um mistério que envolve a vida dela, um segredo profundo que a faz sentir medo dela mesma, e aí esse assunto acabou no momento que começou. Foi resolvido com, ele mesmo, o poder do amor e uma sessão de terapia de anos atrás. Pelo menos uma terapia foi mencionada.
Toma essa conclusão mixuruca.
O livro é bom, a Colleen Hoover escreve de um jeito que prende mesmo que o livro seja ruim, ou que você ache a personagem principal uma idiota, que tira conclusões precipitadas demais e ainda sente a necessidade de achar o que é certo para qualquer um. Penso que não gostei tanto do livro porque a personagem principal era sem graça, até mesmo o segredo dela foi algo sem sentido. Poderia até, em outro momento, achar o final digno, mas a personagem, não.
Todavia, minhas críticas são mixurucas, não tem motivo além de servir para meu próprio ego, e um modo de desabafar sobre um livro porque ninguém ao meu redor lê. Dei 3 estrelas, poderia ter dado mais, mas não quis. Mas vale a pena ler, eu entendo as 5 estrelas de muitos, por isso recomendo.
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Avisos de conteúdo: estados mentais alterados, menção frequente a drogas e álcool
MAG EPISÓDIO 2 – CASO 9982211 – “NÃO ABRA”
ARQUIVISTA
Declaração de Joshua Gillespie, a respeito de seu tempo na posse de um caixão de madeira aparentemente vazio. Declaração original dada em 22 de novembro, 1998. Gravação em áudio por Jonathan Sims, Arquivista chefe do Instituto Magnus, Londres.
Início da declaração.
ARQUIVISTA (DECLARAÇÃO)
Começou quando eu estava em Amsterdã para férias com alguns amigos. Tudo que você imaginou agora está certo. Todos estávamos no começo dos vinte anos, tínhamos acabado de terminar a graduação e decidimos passar algumas semanas indo à loucura pelo continente, então você, com certeza, consegue preencher as lacunas por si mesma. Existem pouquíssimos momentos nos quais eu estava completamente sóbrio e ainda menos momentos em que agi como tal, mesmo que eu não tivesse ficado tão mal quanto alguns amigos que, por vezes, mal conseguiram controlar o próprio corpo. Talvez tenha sido o porquê de eu ter saído sozinho naquela manhã —sem ideia da data exata, mas era em alguma parte do meio de maio. Os outros estavam dormindo por causa de suas respectivas ressacas e eu decidi aproveitar o belíssimo amanhecer holandês e dar uma caminhada. Antes de ter me graduado em Cardiff com eles, eu estudei arquitetura, então estava animado para passa algumas horas vagando por mim mesmo e realmente compreender os edifícios do centro de Amsterdã. Não me desapontei: era uma cidade linda, mas eu percebi tarde demais que não tinha levado nenhum mapa ou livro guia comigo, então, depois de uma hora ou duas eu estava completamente perdido.
Não me preocupei tanto, já que ainda era meio de tarde e ficar perdido pelas ruas meio que era meu propósito, mas ainda decidi que seria melhor me esforçar mais pra achar meu caminho de volta para onde meus amigos e eu nos hospedamos em Elandsstraat. Eventualmente, consegui, mas minha inabilidade em falar holandês significou uma hora a mais pegando os vários bondes que iam pro lado errado. Pelo horário em que cheguei em Elandsstraat já começava a ficar escuro e eu estava me sentindo bem estressado, então decidi ir a um café pra relaxar antes de me juntar com meus amigos.
Não posso dizer com certeza por quanto tempo fiquei lá, mas sei que havia anoitecido de vez quando notei que não estava sentado na mesa sozinho. Tentei descrever o homem que se sentou à minha frente várias vezes, mas é difícil. Ele era baixo, muito baixo, e senti essa aura densa e estranha nele. Seu cabelo era acastanhado, acho, bem curto e barbeado com perfeição. Seu rosto e roupas eram completamente esquecíveis e, quanto mais eu tento pensar exatamente em como era sua aparência, o mais difícil é pra retratá-lo claramente. Pra ser sincero, estou mais inclinado a culpar as drogas por isso.
O homem se apresentou como John e perguntou como eu estava. Respondi o melhor possível e ele acenou com a cabeça, dizendo que também era um inglês em terras estrangeiras. Lembro que ele usou essa frase exata porque me soou estranha. Ele disse que era de Liverpool — mas eu não recordo de nenhum tipo de sotaque — e que estava procurando por um amigo pra quem pedir um favor.
Bem, chapado como eu estava, tive suspeitas assim que ele mencionou essa última parte e comecei a balançar a cabeça. John disse que não era nada oneroso, era só cuidar de um pacote por ele até que ele conseguisse amigos para buscar e que o pagamento seria bom. Acho que ele estava falando sobre contrabando e estava prestes a negar novamente quando ele pôs as mãos dentro da... jaqueta, eu acho, e tirou de lá um envelope. Dentro tinha dez mil libras. Eu sei, eu contei. Sabia que era uma jogada estúpida, mas continuei me lembrando de meu amigo, Richard, me contando o quão fácil tinha sido passar uma libra de erva pela alfândega na sua primeira viagem pra Holanda, mesmo com tanto dinheiro nas mãos... Eu disse sim. John sorriu, me agradeceu e disse que se manteria em contato. Ele deixou a cafeteria e eu imediatamente entrei em pânico por ter aceitado. Queria ter corrido atrás dele e devolver o dinheiro, mas algo me puxou pra baixo, me deixando preso no lugar. Eu só fiquei sentado ali por um longo tempo.
Não me lembro muito sobre os próximos dias além da preocupação de quando eu veria John outra vez. Tive o cuidado de não gastar nada do dinheiro que ele tinha me entregado e tinha decidido devolvê-lo assim que ele aparecesse. Eu diria que tinha me enganado e não poderia aceitar seu dinheiro ou cuidar de nada por ele. Tentei aproveitar minha companhia, mas era como se essa sombra pairasse sobre mim e eu não conseguia deixar de pensar nisso. Esperei por dias até o final da viagem, mas ele não se mostrou novamente. Eu obsessivamente chequei minha mala antes de embarcar no avião pra casa, só em caso de alguém ter escondido alguma coisa nela. Mas não tinha nada de novo nela. Voei de volta pra Inglaterra com meus amigos ainda chapados e dez mil libras enfiadas no bolso do meu casaco. Era surreal.
E foi quase um ano depois que me senti confiante o suficiente pra gastar daquele dinheiro. Eu tinha me mudado pra trabalhar numa firma pequena de arquitetos em Bournemouth na costa sul. O trabalho era só uma porta de entrada pra opções melhores e não pagava tanto, mas era a única oferta no meu campo de escolha, então me mudei pra lá com esperanças de ganhar um pouco de experiência e uma posição melhor em um ano ou dois. Bournemouth era uma cidade de tamanho decente na costa, porém muito menos idílica do que eu esperava que fosse, apesar de que os aluguéis para um lugar só meu estavam um pouco acima do meu orçamento, dado meu salário inicial. Eu não conhecia ninguém lá e não estava afim de dividir meu espaço com estranhos, então decidi usar parte do dinheiro que ganhei em Amsterdã no ano anterior.
Cheguei à conclusão de que nesse estágio não me achariam de jeito nenhum — eu não tinha dado ao John nenhum de meus detalhes quando ele falou comigo, nem meu nome e, se não tinham conseguido me encontrar durante um ano, duvidava que conseguiriam me encontrar aqui. Além do mais, se fosse contrabando de drogas, como suspeitei, dez mil libras não era tanto dinheiro pra eles que me procurariam até o fim. Aliás, pensando nisso soa estúpido, mas eu tinha deixado minha barba crescer e achei difícil alguém me reconhecer como o mesmo cara. Então gastei uma parte do dinheiro do John no aluguel de um apartamento de um quarto em Triangle, perto do centro da cidade, e me mudei quase imediatamente.
Quase uma semana depois, eu estava em minha cozinha cortando umas frutas pro café da manhã e ouvi minha campainha soar. Abri a porta pra ver dois entregadores com o rosto avermelhado. Entre eles, um pacote imenso o qual, claramente tiveram que manobrar cuidadosamente pelas escadas estreitas do prédio em que morava. Perguntaram se eu era Joshua Gillespie e quando disse que sim, eles disseram que tinham uma entrega destinada a mim e me empurraram-na pro corredor. Não aparentavam ser de nenhuma companhia de entregas que eu conhecia e não estavam usando nenhum uniforme. Tentei perguntá-los algumas coisas, mas assim que colocaram caixa no chão, viraram e foram embora. Os dois tinham mais de 1,80 de altura e eram imponentes, então havia pouco que eu poderia fazer pra impedi-los de ir, mesmo se eu quisesse. Atrás deles, a porta se fechou e eu fui deixado sozinho com o pacote.
Tinha quase dois metros de comprimento, talvez um metro de largura e aproximadamente a mesma profundidade. Estava selado com fita adesiva e acima disso, meu nome estava escrito em letras grossas e curvas — mas não havia endereço ou carimbo postal de nenhum tipo. Eu estava começando a arriscar me atrasar pro trabalho nesse ponto, mas decidi que não daria conta de sair sem ver o que estava dentro, então peguei uma faca na bancada da cozinha e cortei a fita que mantinha a caixa fechada.
Dentro tinha um caixão. Não sei o que eu esperava, mas não era aquilo. Minha faca caiu no chão e eu só o encarei numa surpresa muda. Era feito de uma madeira não envernizada amarela e pálida e tinha uma grossa corrente de metal amarrada ao seu redor, presa no topo com um cadeado pesado de ferro. O cadeado em si estava fechado, mas a chave estava encaixada. Tinha começado a ir em direção dele quando notei um pedaço de papel dobrado no meio e escondido no meio das correntes. O peguei. Outra coisa que notei foi a presença de três palavras entalhadas profundamente na madeira do caixão em letras de uns dez centímetros de altura. Lia-se nelas: NÃO ABRA.
Retirei minha mão do cadeado lentamente, incerto do que deveria fazer. Em algum momento devo ter sentado, já que percebi que estava no chão, apoiado na parede, encarando essa coisa bizarra que tinha aparecido inexplicavelmente na minha casa. Nesse momento, lembrei-me do pedaço de papel e o desdobrei, mas nele simplesmente tinha escrito “Foi entregue com gratidão —J”. Tão estranho quanto soou, foi só aí que eu conectei isso com o homem que conheci em Amsterdã. Ele havia me dito que queria alguém cuidando de um pacote por um tempo. Era esse o pacote do qual ele havia falado? Eu estava cuidando de um cadáver? Quem viria buscar? Quando?
Liguei para o trabalho e alegando estar doente e só me sentei ali, observando o caixão pelo que podem ter sido minutos ou horas. Eu não tinha ideia do que fazer. Eventualmente, comecei a me preparar mentalmente para mover-me em direção daquilo, até que meu rosto ficasse a centímetros de distância da tampa. Respirei fundo tentando perceber algum cheiro diferente vindo de dentro. Nada. Se havia algum corpo morto ali, não tinha começado a feder ainda. Não que eu realmente soubesse qual era o cheiro de um corpo morto. Era início de verão nessa época, o que significa que essa pessoa devia ter morrido recentemente. Isso se tivesse mesmo um corpo ali. Assim que levantei, minha mão esbarrou na madeira do caixão e percebi que estava morna. Muito morna, como se estivesse ficado no sol por horas. Algo sobre aquilo fez minha pele se eriçar ligeiramente e afastei a mão na mesma hora.
Decidi preparar um copo de chá. Era quase um alívio estava sentado perto do bule, já que daquele ângulo eu não podia ver a coisa no corredor. Eu poderia simplesmente ignorar. Não me movi nem mesmo depois que eu enchi minha xícara. Só parei ali tomando goles de chá, sem prestar atenção se estava quente demais pra beber com conforto. Quando finalmente tive coragem pra voltar ao corredor de entrada, o caixão ainda estava no mesmo lugar, imóvel.
Eu finalmente tomei uma decisão e, agarrando firmemente o cadeado, removi a chave dele e a coloquei na mesa do hall perto da porta. Era estranho tocá-lo: a madeira ainda tinha aquele calor perturbador, mas a corrente era tão fria quanto seria o esperado pra um pedaço grosso de ferro e, aparentemente, não tinha adquirido nenhum tipo de calor. Eu não tinha nenhuma bancada com espaço o suficiente pra colocar a coisa, então, no fim, eu só a arrastei pra sala de estar e o apoiei na parede, tão fora do caminho quanto possível. Cortei a caixa de papelão em pedaços e a coloquei junto do lixo do lado de fora. E, assim, eu tinha começado a guardar um caixão dentro de casa.
Na época eu tinha só assumido que estava cheio de drogas, na medida do possível do que eu podia assumir daquela situação. Por que alguém guardaria algo de uma maneira tão perceptível ou com um total estranho como eu? Essas não eram questões para as quais eu poderia sequer imaginar uma resposta, mas decidi que era melhor pensar nelas o mínimo possível. Pelos próximos dias, eu evitei minha sala de estar, já que percebi que ficar perto daquela coisa me deixava nervoso. Também estava alerta a qualquer tipo de cheiro de putrefação, o que poderia indicar que havia alguma coisa morta dentro do caixão afinal. Entretanto, nunca cheguei a sentir nenhum cheiro e, conforme os dias passavam, eu me peguei prestando atenção na entrega cada vez menos.
Quase uma semana depois de ter chegado, eu, finalmente, comecei a usar a sala novamente. Normalmente assistiria tv e ficaria de olho no caixão imóvel. Em dado momento, fiquei tão pretensioso a ponto de usá-lo como mesa. Na hora, estava bebendo um copo de suco de laranja e, sem pensar muito, coloquei-o acima da tampa, despercebido do que fiz. Pelo menos até que eu ouvisse movimento debaixo dele. Eu congelei, ouvindo com atenção e encarando-o, desejando que só tivesse imaginado coisas. Aí aconteceu de novo —um gentil, mas insistente arranhar logo abaixo de onde eu tinha colocado meu copo. Era lento, deliberado e causava leves ondulações na superfície do suco.
Não é preciso dizer que me senti aterrorizado. Mais do que isso, fiquei confuso. O caixão esteve no chão da minha sala, acorrentado e imóvel por mais de uma semana. Se tivesse qualquer coisa viva ali quando foi entregue, parecia improvável que ainda estivesse vivo. E por que não tinha feito nenhum som antes já que era capaz de se movimentar? Eu lentamente tirei meu copo dali e imediatamente o arranhar parou. Esperei por um tempo, considerando minhas opções antes de colocar novamente o copo do outro lado da tampa. Levou quase quatro segundos pro arranhar voltar de novo, agora mais insistente. Quando tirei o copo daquela vez, não parou por cinco minutos. Decidi não fazer mais experimentos e, em vez disso, ignorá-lo completamente. Senti que naquele ponto ou eu precisava usar a pesada chave de ferro pra abri-lo e ver por mim mesmo o que estava dentro ou seguir as instruções inscritas e resolver nunca olhar dentro. Alguns podem me chamar de covarde, mas eu optei pela segunda opção e, por isso interagir o mínimo possível com aquilo enquanto morava naquela casa. Bem, acho que morar seria o termo errado.
Eu sabia que fiz a decisão certa assim que começou a chover e ouvi a caixa começar a reagir. Era um sábado e eu tinha passado o dia lendo. Tinha poucos amigos em Bournemouth, algo sobre ter um caixão misterioso na minha sala de estar me fez relutante a criar qualquer tipo de conexão que poderia trazer pessoas até aqui, então passava a maior parte do meu tempo sozinho. Não assistia muita televisão mesmo antes de minha sala estar tomada pelo armazenamento dessa coisa, então me encontrei sentado em meu quarto lendo bastante. Lembro-me de ter acabado de começar The Lost World de Michael Crichton e que tinha começado a chover. Era uma chuva espessa, forte, do tipo que cai direto na janela sem nenhum vento pra perturbar ate que tudo estivesse escuro e molhado. Mal tinha passado do meio dia, mas o céu estava tão nebuloso que eu precisei levantar e acender as luzes. E foi aí que eu ouvi.
Era um som baixo e gentil. Eu tinha visto O Despertar dos mortos, sabia que tipo de barulhos mortos vivos faziam, mas não era isso. Era quase... melodioso. Soava quase como alguém cantando se essa pessoa estivesse abaixo de seis metros de terra batida. De início eu pensei que poderia ter vindo de um dos outros apartamentos em meu prédio, mas ao continuar, os cabelos dos meus braços se eriçaram e eu sabia, só sabia, de onde estava vindo o som. Andei até a sala de estar e parei perto da porta, vendo a caixa selada de madeira continuar a sussurrar essa soft música pra chuva. Não havia nada a ser feito, eu tinha me decidido a não a abrir e isso, certamente, não me fez reconsiderar. Então eu apenas voltei pro meu quarto, colocando alguma música alta o suficiente pra abafar os sons.
E isso continuou por alguns meses. O que quer que seja que estava dentro daquele caixão arranhava qualquer coisa colocada acima da tampa e sussurrava sempre que chovia, e era isso. Suponho que isso serve pra mostrar que você pode se acostumar a qualquer coisa, não importa o quão bizarra ela seja. Eu, ocasionalmente, me pegava pensando em me livrar daquilo, mas estava com mais medo de quem estava responsável por me confiar um caixão do que do próprio caixão. Então mantive segredo.
A única coisa que me preocupava era dormir. Aquilo me causava sonhos ruins. Não me lembro dos sonhos, nunca lembrei, e mesmo se fossem pesadelos, não era muito diferente —não me lembrava deles antes e não seria agora que isso mudaria. Mas agora eu continuo acordando em pânico sem conseguir respirar. Também comecei a ficar sonambulo. A primeira vez que isso aconteceu, foi o frio que me acordou. Era o meio do inverno e eu não costumo deixar o aquecedor ligado enquanto durmo. Demorou alguns segundo até eu processar onde realmente estava. Estava de pé no escuro no meio da sala de estar, em frente ao caixão. O que me preocupa mais sobre a situação é o fato de que, ao acordar, eu estava segurando a chave.
Obviamente isso me preocupou. Até falei ao meu médico geral sobre isso, e ele me indicou à clínica do sono no hospital mais próximo, mas os problemas nunca aconteciam num ambiente clínico. Decidi esconder a chave em lugares de acesso cada vez mais difícil, mas sempre acordava com ela em mãos e isso me fez começar a entrar em pânico. Quando acordei numa manhã com a chave encaixada no cadeado e, até onde percebi, a momentos de realmente abri-lo, soube que precisava de uma solução. No fim, o que acabei fazendo foi um pouco elaborado, mas pareceu funcionar. Coloquei a chave numa bacia com água e pus no freezer, fechando-a num bloco sólido de gelo. As vezes ainda me pego tentando pegar a chave durante meu sono, mas o frio do gelo sempre me acordou.
Vivi assim por quase um ano e meio. É engraçado como o medo pode se tornar uma rotina tanto quanto a fome — em dado momento, simplesmente aceitei. Minha primeira pista de que o meu tempo com o caixão estava terminando foi quando começou a chover e só houve silêncio. Não percebi de primeira pelo meu hábito de por música pra tocar assim que o tempo começasse a mudar, mas depois de alguns minutos percebi que não tinha nada a ser abafado. Desliguei a música e fui checar. A sala de estar estava em silêncio. Então, da porta, vieram batidas. O som era baixo e discreto, mas soou como um trovão no apartamento silencioso. Soube o que veria assim que abri a porta e acertei. John e os dois entregadores encontravam-se ali. Não fiquei surpreso ao vê-los, mas como dizer, eles pareceram surpresos por me encontrar. John levou uns segundos pra me olhar de cima a baixo, quase desacreditado, enquanto perguntei se eles tinham vindo buscar o caixão.
Ele disse que sim e que esperava que não tivesse sido um grande problema. Eu disse o lugar onde poderia enfiar aquelas palavras, a isso, ele não teve resposta — no entanto, parecia genuinamente impressionado quando tirei a chave do congelador. Nem tentei deixar descongelar, estava tão ávido pra tirar aquilo da minha vida que só derrubei a bacia no chão pra quebrar o gelo. Assisti John pegar a chave congelada do chão e eu os disse que estava na sala de estar. Não queria ver o que fariam com o caixão. Não queria ver se eles tinham o aberto. E quando os gritos começaram, não quis saber quem ou por que gritava. Eu só deixei a cozinha quando os dois homens carregaram a coisa pra fora de casa. Segui-os até o pé da escada e assisti debaixo da chuva forte enquanto eles trancaram-no dentro de uma pequena van marcada como “Entregas Breekon e Hope”. Então eles foram pra longe — e não havia nenhum sinal de John.
Essa foi a última vez que ouvi daquilo. Arranjei um novo trabalho e me mudei pra Londres pouco tempo depois e, agora, só tento não pensar muito sobre o ocorrido.
ARQUIVISTA
Fim da declaração.
É sempre ótimo saber que minha cidade natal não é completamente livre de ocorrências estranhas e histórias bizarras. Sorvete, praias e tédio são ótimos, mas eu estou feliz de ouvir que Bournemouth tem pelo menos algumas aparições pra chamar de suas. Assim dito, o fato é que a declaração do Sr. Gillespie começa com uso de drogas e a continua falta de testemunhas é um dos temas centrais, o que significa que essa história bizarra é só uma história. Quando o Instituto investigou pela primeira vez, não foram capazes de achar sequer uma peça de evidência pra apoiar a existência desse caixão arranhado e, pra ser sincero, eu não acho que não valeu a pena gastar o tempo de ninguém nesse momento e nem será no futuro.
Sendo assim, eu mencionei ao Tim ontem e, aparentemente, ele fez pesquisas por si próprio. Breekon e Hope, de fato, existia e era um serviço de entregas que operou até 2009 quando entrou em liquidação. No entanto, sua base era em Nottingham, muito mais ao norte que Bournemouth e, se mantinham registros de suas entregas, esses não existem mais.
O que é interessante, na verdade, é o endereço que o Sr. Gillespie nos providenciou do apartamento em que morou. A associação de moradores manteve, sim, um extenso arquivo de inquilinos que moraram em seus prédios desde 40 ou 50 anos atrás. Do que Tim pôde encontrar, parece que pelos dois anos nos quais o Sr. Gillespie morou ali, ele era a única pessoa no prédio inteiro, com todos os outros sete apartamentos completamente vazios. Ninguém se mudou depois que ele saiu dali e o prédio foi vendido para uma desenvolvedora, demolido pouco depois que a declaração foi feita. Previsivelmente, ninguém que trabalhou praquela associação de moradores nos anos 90 ainda está lá e, apesar de Tim ter se esforçado muito, não conseguimos nenhuma explicação pro porquê, num prédio daquele tamanho, o Sr. Gillespie passou quase dois anos morando sozinho, exceto pelo velho caixão de madeira.
Fim da gravação.
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task 004;; o interrogatório e tananã
Clio entrou na sala do diretor com a leveza e confiança de quem estava visitando um bom amigo. Não que ele fosse amigo de Merlin, mas era chamado à sala do diretor com tamanha constância que sentia-se livre o suficiente para entrar como o dono do lugar, sentando-se na cadeira em frente ao mago com os pés no apoio para as mãos da poltrona. —Você enfeitiçou isso aqui desde a última vez? Tá mais duro que um caixão, esse estofado é todo cenográfico. — Reclamou, se ajeitando precariamente no assento. Merlin revirou os olhos. Seria um longo interrogatório.
— Muito bem, senhor Iradiklis...
— Senhor Iradiklis? Esse é meu pai, diretor. A mim você pode chamar de Vossa Excelentíssima Alteza Real. — O gracejo foi correspondido por um olhar pétreo de Merlin.
— ... enfim, senhor Iradiklis. Vamos dar início aos procedimentos. Poderia identificar-se? Nome, idade, filiação e raça, por favor.
— Clio Artemisius Kim da casa Iradiklis do reino de Diamandis, 22 aninhos, filho do rei Apolo Iradiklis e da rainha Kwongji Kim, conhecida por Cinderela. Humano, mas com algum tempero. — Sua piscadela para a Fada Azul foi retornada com um olhar duro, mas isso não tirou o sorriso de sempre do rosto. O suspiro pesado de Merlin em ter que lidar com Clio deixava óbvio que o mago já não aguentava mais as excentricidades do príncipe.
— Qual foi a primeira coisa que fez ao chegar ao parque?
— Fui atrás da Rhea, que é minha crush, apesar de ela só pisar em mim. Eu tinha todo um plano, sabe? Ia ser ótimo se minha irmã não tivesse roubado ela e sumido por aí. Então eu fiquei frustrado, óbvio, e fui me divertir.
— Recebemos as reclamações de funcionários do parque, senhor Iradiklis. É isso que se passa por diversão pra você? — O olhar do diretor poderia ser descrito habilmente como “fulminante”, “assassino” e outras palavras análogas.
— Isso é diversão, meu velho. — Ele pôde ver que o mago inalou antes de fazer alguma reclamação sobre respeito, mas usou desse tempo para entrecortá-lo antes que acontecesse. — Mas acho que nenhuma das suas reclamações envolve ter sumido com doze aprendizes, não é? Por que eu não fiz isso. — Uma pausa, antes que Clio desse seu melhor sorriso e batesse com a ponta do indicador no próprio nariz. — Continua do mesmo tamanho, viu só? Já posso ir embora?
— Não, senhor Iradiklis. É de suma importância o depoimento de todos dos aprendizes para a resolução do caso.
— Mas você sabe que nenhum de nós tem competência pra isso, não é? A última vez que alguém tentou dar uma de vilão aqui ele acabou preso na própria masmorra.
— Não estamos acusando nenhum de nossos aprendizes, senhor Iradiklis. Apenas colhendo as informações necessárias para a investigação. Agora vamos, se lhe apetecer, dar continuidade aos questionamentos.
— Não me apetece em nada, mas vai lá. Faz teu nome. — Pôde ver os olhos de Merlin se revirando um pouco, e sentiu-se satisfeito. Alguém irritado era fácil de tirar dos eixos, e deixava passar detalhes apenas para se livrar da fonte de sua irritação. Que felizmente, nesse caso, era Clio.
— Qual sua relação com os desaparecidos?
— Nenhuma. Conhecia eles de vista, claro, por que estou enfiado aqui faz anos, mas precisa ter um certo cacife para que eu me interesse, entende? Sou um cara legal demais para ficar dando o ar da minha graça pra qualquer um.
— Fez algo inusitado no passeio?
— Eu atirei com uma flecha no senhor da barraquinha de tiro ao alvo, roubei a máscara de um dos fantasmas do trem fantasma e saí correndo, me pendurei na roda gigante e tentei jogar um sapato em um dos espelhos da casa de espelhos. Não sei se isso é inusitado, por que pra mim isso é uma terça-feira.
— Você se lembra de ter visto algo estranho no passeio ou uma presença estranha?
— Se eu tivesse visto algo estranho eu teria ido embora mais cedo. Tenho medo de visagem. — O nariz não cresceu. Clio realmente tinha medo de fantasmas, ora, ia fazer o que?
— Tem inimizade com alguém em Aether?
— Inimizade? Jamais. Quem odiaria esse rostinho lindo? — A retórica recebeu apenas mais um suspiro de Merlin. — Tem gente que não gosta de mim, eu acho, pois nem o Narrador agradou a todos, mas é questão de tempo até eu ganhar esses daí. — E o narizinho permaneceu intocado, por que Clio acreditava piamente que poderia ganhar qualquer pessoa no papo se tivesse tempo e inclinação suficientes.
— Já cogitou prejudicar ou fazer mal a um colega aprendiz?
— Eu não faço mal, meu bom senhor. Consertar as coisas é literalmente meu poder. Por que me daria ao trabalho de quebrá-las? — Uma verdade, por incrível que pareça. Clio tinha certo costume de rir da desgraça alheia, mas nunca esforçou-se para causá-la. Era trabalho demais, e ele era um preguiçoso.
— Recebemos a informação de que você foi visto em atitude suspeita perto do Trem Fantasma e que já disse ter interesse em “acabar com a raça de Cheryl La Bouff”. Por que disse isso?
— Eu já disse que peguei a máscara do rapaz lá, mas foi uma brincadeira! O que tem de suspeito nisso? Ainda mais vindo de mim, eu hein. — Reclamou em seu tom de voz mais irritante. — E outra, eu mal sei quem é essa. Já falei que não conheço os sumidos, que o Narrador os tenha.
— Fomos informados de que se meteu em um desentendimento no final do passeio. Se importaria de explicar o motivo?
— Eu jamais entraria num desentendimento. É uma falta de elegância terrível, e irritação trás rugas. E isso é um conselho, viu? Apesar de que acho que cheguei tarde demais, mas o que vale é a intenção. — A careta mal-disfarçada de Merlin apenas acentuou seus pés de galinha, tão profundos que Clio pensava que talvez ele guardasse uma poção ou duas ali.
— Reparamos que foi um dos últimos a chegar no ponto de encontro. Qual o motivo para ter demorado?
— Soren me ligou pedindo ajuda, então eu fui ajudar ele. Demorei nisso.
— Saberia dizer em qual horário recebeu a chamada do Senhor Fitzherbert?
— Deve estar no meu transmissor, mas não sei exatamente. Pode ser um choque para o senhor, mas uso… substâncias ilícitas. Mamãe sempre disse que essas coisas apodrecem o cérebro, acho que ela estava certa. — Foi possível ver os olhos de Merlin se abrirem um pouco mais, o mago claramente tentando não arregalá-los para manter sua compostura. Bingo. Desconcertando o interrogador, seria mais fácil de confundi-lo quando a hora chegasse. E o pior é que ele nem tinha usado nada no dia do parque, razão pela qual teve que se comprometer com a admissão vaga e que implicava que ele usava em outras ocasiões; o que era, admitidamente, verdade.
— Você está insinuando estar sob efeito de entorpecentes durante a excursão, senhor Iradiklis?
— Com todo o respeito, o senhor acha que alguém sóbrio iria se pendurar do alto da roda gigante? — A retórica veio acompanhada de um sorriso amarelo, como uma criança pega no flagra. A expressão endurecida no rosto do diretor indicava que ele tinha comprado suas meias-verdades; ao fazer a pergunta ao mago, ele não afirmou nada. Ainda assim, teve que conter a vontade de tocar no nariz só pra ter certeza que ele estava do mesmo tamanho (e só não o fez por que nossa, como pareceria suspeito!)
— E qual foi o conteúdo dessa chamada, exatamente? — O mago questionou, limpando a garganta em uma tentativa de retornar ao seu eixo. Clio teve que reprimir um sorriso. Showtime.
— Eu estava indo pra carruagem, sim? Feliz e pimpão por que minha crush aceitou sair comigo. Pode perguntar pra ela, é a Rhea. Aproveita e diz pra ela parar de me pisar, por que eu sou sensível e vou chorar a qualquer momento. Isso é uma ameaça. — Começar do começo era essencial, assim como jogar uma verdade facilmente verificável para criar a ideia de boa-fé. — E aí meu transmissor recebeu um SOS, do Soren. Ele estava me pedindo ajuda, como eu já falei, na casa dos espelhos; que inclusive, um perigo viu? Nem todos são abençoados com ambos inteligência e beleza, meu bom. Soren mesmo, coitado, tão bonito o rosto... Mas enfim. “Clio, me socorra”, tananã e coisa e tal. Então eu fui lá né, por que eu sou um ótimo amigo, fui atrás dele e tananã. Aí chegando lá eu perguntei “cara, que merda você tá fazendo?” e ele me respondeu tipo, “merdas acontecem amigo” e tananã. — Os olhos estreitos de Merlin direcionados a si denotavam a desconfiança do mago com a resposta escorregadia, mas estava tudo bem. Seria burrice não esperar alguma resistência. — Aí eu o ajudei e coisa e tal, fomos à caminho da carruagem onde ele me parou e disse, “Clio, eu não sei o que faria sem você na minha vida. Tenho que confessar que sempre te amei, pois você é lindo, inteligente e eu tenho certeza que daqui a alguns anos seus ombros vão ficar mais largos e você vai ficar mais alto, mesmo que já tenha passado da puberdade.”, e então nós nos beijamos e- — O formigamento no nariz e o olhar fulminante da Fada Azul foram o suficiente para fazê-lo resmungar. — Sério, nem uma piada? Umazinha? Eu vou ter que falar com todas as palavras que estava brincando sobre ter um tórrido romance gay com meu amigo de infância?
— Esse não é momento para piadas, senhor Iradiklis. Temos doze aprendizes desaparecidos. — Merlin esfregou os olhos com a esquerda, claramente cansado da teatralidade do príncipe. Só mais um pouco...
— Pois me dê um violino que eu vou pranteá-los com uma música triste agora mesmo! — A falsa animação na voz veio fácil. Ele nem sabia tocar violino.
— Clio, cale-se e responda as perguntas! — Lá estava. A irritação palpável do mago, do tipo que só não o expulsava por receio da ira de seus pais, era exatamente o que ele precisava para adiantar o fim do interrogatório e não incriminar o amigo.
— Você quer que eu fique calado ou responda? Por que eu não tenho como fazer os dois ao mesmo tempo, a não ser que você tenha uma maneira de ouvir meus pensamentos. Mas ah, você não iria querer ouví-los, por que eu sou um puta de um pervertido e na sua idade-
— Você me entendeu, Iradiklis. Saiba que está suspenso por uma semana por sua insolência. — A punição foi recebida com o sorriso de sempre; nada novo sob o sol. — Existe alguma razão para que algum de seus colegas possa querer te comprometer com respostas falsas?
— Talvez a minha irmã. Ela sempre teve inveja por que eu sou o gêmeo bonito, e simpático, e- — O formigamento no nariz de novo. Mas que inferno de mulher sem senso de humor essa Fada Azul! — Isso é uma brincadeira. Não consigo pensar em ninguém.
— Antes de ir, senhor Iradiklis. — Existia uma nota de alívio na sentença de Merlin ao finalmente se ver livre do príncipe. — Tem alguma coisa que queira nos contar? Essa é a única vez que vamos te dar essa oportunidade.
— Sabe, Merlin, tem algo que é... É muito difícil, e eu nem sei se poderia estar falando isso sem que vire um problema pra mim, mas — Ele pôde ver a postura da Fada Azul mudando em antecipação. — você deveria fazer suas sobrancelhas. Nunca fiquei te encarando por tanto tempo assim, mas agora percebi que estão parecendo duas lacraias em cima dos seus olhos, e elas estão se juntando viu?
— Duas semanas de suspensão, Iradiklis.
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Eu PRECISO falar do que tá acontecendo agora...
“O convite pra sexta ainda tá de pé, tá? Não é porque deu pra gente se ver antes que significa que tá desmarcado...” Isso foi o que ele me disse na quinta de manhã enquanto me deixava em casa antes de ir pro trabalho.
Na quarta foi o nosso segundo date. O segundodiaqueagenteficou, porque na verdade a gente se conhece a uns 13 anos... Somos da mesma cidade e estudamos no mesmo colégio. Mas enfim, o first date eu conto outro dia, o objetivo aqui é falar sobre o que tá acontecendo AGORA.
O segundo date foi tão tão tão PERFEITO, que ele mal tinha acabado e eu já queria de novo. E o conviteprasextaAINDAtavadepé, CARALHO! Ele realmente gosta de estar comigo, talvez tanto quanto eu goste de estar com ele!
Com essa coisa de quarentena #ficaemcasa, aula online, home office, criatividade a mil, ansiedade a milhão, eu só percebi que já era quinta quando me marcaram num #tbt e eu pensei: mano, essa gente não sabe nem usar o #tbt... Fica postando na quarta, que viagem... Aí resolvi olhar a data só pra confirmar a minha teoria, e ela estava errada, já era quinta-feira, 2 de abril, aproximadamente 15h. Cervos saltitaram dentro de mim quando percebi que: eu tinha acabado de dar tchau pro boy E no outro dia já ia ver ele de novo!!!!
Pensei: morrer de saudade eu não vou... eu acho... O bom é que ele é médico aí qualquer coisa ele me salva... hehehe
Já passei a madrugada pensando: Tenho que fazer minha unha. Que roupa eu vou usar? Preciso estar mais lindo do que nunca. Será que eu faço babyliss de novo? Ele só me viu de babyliss... Ele PRECISA querer um quarto date!!! (mais pra frente eu explico a minha #teoriadoquartodate). O que será que a gente vai fazer? Acho que eu vou convidar ele pra vir aqui, mas vou dizer que infelizmente não tenho garagem então provavelmente vou acabar indo na casa dele de novo... A gente podia pedir um hambúrguer... Preciso apresentar pra ele o melhor hambúrguer da cidade que é aqui na minha rua e ele com certeza não conhece. Na real o que eu quero mesmo é transar pra caralho, suar como se fosse uma aula de zumba dentro de uma sauna, o resto foda-se. Será que ele vai querer me ver só depois que minha aula online acabar? Bom, de qualquer forma é melhor eu já me arrumar de tarde, pra assim que ele me chamar, eu já estar pronta e ter mais tempo pra ficar com ele. Aiii a gente vai dormir junto de novo, acordar junto, abraçadinhos!! Ai como eu gosto disso! Fazia tanto tempo que eu não me sentia assim com alguém... Quem foi o último? (todos os caras que eu lembrava, que eu achava que eu tinha gostado, ficado mal, criado expectativas, eu dei risada nesse momento, NENHUM se comparava a ele.) Nossa, ainda bem que não deu certo com essa gente mesmo, coisa melhor tava por vir... Tá, preciso tentar dormir pra amanhã acordar, falar com ele e já ir fazer tudo o que eu preciso fazer antes da gente se ver de noite. E a minha mente inquieta só parou lá pelas 5 e 30 da manhã.
Depois de uma conversa de meias palavras (eu tô tentando não ser aquela pessoa chata que fica o tempo inteiro mandando mensagem, sabe? Tô me esforçando... Embora eu ache que no início ele me mandava mais fotos, falava mais do dia dele e agora deu uma reduzida, mas ok, tô reduzindo também e os efeitos tem sido positivos. Odeio esses joguinhos, mas o que importa é que quando a gente tá junto é incrível e não tem isso. E também, ele trabalha bastante, né? Quem tá aqui com tempo pra conversar sou eu... E tudo isso pode ser coisa que eu tô criando na minha cabeça, então PARA!!)
Duas e pouco da tarde. É, preciso saber se oconviteaindatádepé porque como ele mesmo diz eu sou um meufuturonamorado (vou usar este pseudônimo pra me referir a ele por enquanto, ta? Mas juro que é meramente ilustrativo...) ao quadrado, por que consigo ser mais atrasada e enrolada que ele. Então melhor dar aqueeeela confirmada no rolê já que até agora ele não falou nada, né?
Nos vemos hoje? :))
Alguns minutos de espera e a mensagem eu eu não queria ler:
Nao vou conseguir :/// (assim mesmo, até fui catar na conversa pra colocar os caracteres exatos da mensagem que estraçalhou o meu coração e quebrou as pernas de todos os cervos saltitantes que estavam dentro de mim T_T)
(É, o bom é que ele é médico, né...)
Peguei escala hoje a noite no hospital, fico lá das 19 até pela 1h, 2h... E amanhã às 8 tenho que estar lá de novo. Me fodi esse final de semana. Sexta a noite, sábado manhã e tarde e domingo dia inteiro. (emojis tristes e indignados).
Eu por dentro: chorando
Pensando: SABIA! TAVA BOM DEMAIS PRA SER VERDADE! ALGUMA MERDA TINHA QUE DAR! VALEU AÍ, VIDA. FELICIDADE REALMENTE É UMA COISA QUE DURA POUCO NÉ, PQP!!!!
Minha resposta: Puuutz :’( :’( :’(
VOU ANOTAR ESSE BOLO NA MINHA LISTA hahaha - piadinha interna sobre o nosso fistdate que eu teoricamente dei bolo nele - só pra parecer que eu não estava tão PUTA DA CARA e TRISTE com a situação, por que né, queremos aparentar uma certa sanidade mental
Não é bolo
Eu sei, é jobs, entendo - mais uma referencia ao nosso fistdate que teoricamente eu cancelei porque peguei um job em cima da hora e ele ficou um pouco puto da cara... (mas me deu uma segunda chance <3)
Não tenho escolha, ia fazer domingo, mas como já to de plantão vou ter que ficar hoje
Minha resposta: 3 emojis tristes, mas não muito
Minha cara: cara de nada, pois sou atriz (é sério)
Pensando: caralho, como eu fui trouxa de passar a madrugada pensando em tudo aquilo!! E mais trouxa ainda em ter ficado MEGA FELIZ achando que já ia ver ele hoje! Eu não posso mais esquecer das regras: Não faça planos; Não crie expectativas; Ele não é a única pessoa do mundo; Seja suficiente pra você mesma; Nunca dependa de outras pessoas para ser feliz (e pra nada).
E o pior, não tem nem como eu dizer aahh, tá bom, se problemas, só queria saber mesmo porque é aniversário da minha amiga e a gente queria fazer alguma coisa, mas como a gente já tinha meio que combinado de se ver eu tinha dado prioridade né... E por que não? Porque estamos vivendo num caos, uma pandemia e moramos numa cidade grande, ele é residente na emergência de um hospital e a partir do momento em que eu ele cometemos a imprudência de ficar juntos num momento de quarentena e #fiqueemcasa, eu optei por ver apenas ele. Nós dois moramos sozinhos, falamos em ser parceiros de quarentena e eu realmente levei isso a sério. E já reforcei pra ele algumas vezes - infelizmente a gente não tem como controlar a vida de outra pessoa e não sabe se ela tá sendo 100% sincera, mas eu estou fazendo a minha parte, sei o quanto é perigoso pra mim e pras pessoas que querem estar perto de mim, porém, eu falo que no momento o meu contato é só com ele. Espero de coração que ele esteja fazendo o mesmo... - Então é isso, se eu não estiver com ele, não estou com ninguém, mesmo.
Nesse momento não tem cabimento eu exigir que a gente se veja, que a gente combine o próximo date, que ele seja o tempo inteiro legal e disponível nas redes sociais. O que eu preciso é entender o momento de transformação que ele tá passando na vida dele, que não deve tá sendo nada fácil, me orgulhar da pessoa incrível que ele é, por estar aí trabalhando pra caralho na quarentena enquanto muita gente tá em casa reclamando de tédio (não acho que ficar em casa seja um problema, aliás, amo, mas reclamar do tédio sim, tem muita coisa pra fazer...já arrumou um armário hoje? eu sim!). Também não posso deixar que esse momento de solidão, de sentimentos à flor da pele, inquietude, ansiedade, tomem conta de mim e não me deixem ser quem eu sou e viver o que eu quero viver, do jeito que eu quero viver.
Tento me distrair, focar em outras coisas, converso com um cara e outro, dou uma passadinha rápida no Tinder, mas ele não sai da minha cabeça e me dou conta do que eu realmente quero. Eu quero estar com ele, eu gosto dele, quero que o meufuturonamorado talvez seja isso mesmo, um dia. Fodam-se as regras! Minha amiga sempre faz promessa de não comer mais chocolate até tal coisa acontecer e eu decidi: Não vou mais comer chocolate até o nosso quinto date acontecer! (ainda faltam 3 pra isso...espero que não demore... por mais um motivo agora).
Começo a escrever na minha agenda/diário, mas isso não é o suficiente. Crio um Tumblr, faço um post, mas é pouco também. Eu preciso pôr pra fora tudooquetáacontendoagora.
E aqui estou eu: já fumei alguns vários cigarros. Comi o resto de açaí que eu tinha comprado pra “estocar” pra quarentena, mas acabou no primeiro dia. Comi os últimos pedacinhos de chocolate, porque né, agora é promessa. Pensei em coisas que quero criar, fazer, postar, histórias que eu quero contar. Troquei a minha playlist eclética de música brasileira que continha Amarante, Pabllo Vittar e outras coisas que eu gosto muito e dei um play no Johnny Cash e não, nem é porque tem um quadro gigante do Johnny fazendo um belo sinal de vaitomarnocu na sala da casa dele (mentira, é sim, mas eu gosto também). Ouvi Pink Floyd, David Bowie, porque ele só ouve rock em casa e eu tava com saudade de ouvir. E já são 5:31 da manhã. Ás 6:30 o despertador dele vai tocar e provavelmente eu ainda vou estar acordada. Eu queria muito estar dormindo agarrada nele, a gente encaixa tão bem... O único problema é que ficar perto dele me dá muito calor, não sei o que acontece... Vou ver se ele sabe se tem alguma explicação médica pra isso :P A verdade é que eu ficaria dias falando dele... Isso que tá só no começo! Mas eu preciso ir dormir pra ver se encontro ele nos meus sonhos *-* #CLICHÊMASTER HAHAHA Essa tinha tudo pra ser uma sexta-feira triste, mas eu tô feliz. Tô realizada de estar aqui escrevendo pra ninguém ler. Caso alguém leia, espero que tenha gostado desse meu conto fictício sobre o médico residente e a atriz/estudante que se reencontraram depois de 13 anos durante a quarentena... ATRI, não sou tão boa assim pra inventar uma história como essa! A verdade é que esse post tem um total de: 0% de ficção... É isso, boa noite/bom dia. Pra finalizar vou postar um stories com “Wish you were here” e o sol nascendo, bem clichê, bem apaixonada, porque é isso, eu sou ridícula mesmo e não tenho vergonha! HAHAHAHA Sei lá, pra mim faz sentido :)
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Tudo que eu sentia por ele...
Quer saber então vamos lá... hj 04/07/2018.
Olha eu desde o início de tudo sempre me peguei pensando em nós dois, como os tempos foram difíceis, mas tempos difíceis? Me perguntei, será que haverá algum tempo fácil? Mas me deparei com tempos fácil e passageiros. E então nós dois somos difíceis, por seguintes variações de motivos como criações diferentes, pensamentos diferentes, sermos pessoas diferentes, costumes diferentes. Mas nada disso me abalou, o que abalou foi feridas que você me causou profundamente, coisas que eu dizia “ acho que fulano não teria coragem de fazer isso” a gente sempre espera demais do próximo esse sempre será o maior erro do ser humano!. Mas cai entre nós por todos esses erros quantas vezes nós dois “desistimos de nós” e olha que nunca foi por falta de tentar, nunca foi por falta de oportunidade. Talvez seja isso oportunidades demais, ter demais, talvez seja isso né? Ser demais, da demais, querer demais, só que me sinto como se tivesse incomodando por cada iniciativa é cada passo que eu dou, me sinto encurralada em dizer oque eu sinto ou até mesmo dizer coisas boas e me sentir bem ao fazer alguém especial e receber “ para me me manda algo atrás da outra” me sinto tão sufocada, que já engolir tanto isso. Isso me faz me afastar de você, buscar algo que não seja nós, você quer coisas diferentes das que eu quero, nunca chegará a um acordo, perante tudo isso irá fazer ao contrário, eu me mantenho ao máximo com a minha palavra, me mantenho ao máximo pra ser melhor, mas eu me pergunto pq eu vou ser melhor? Se eu sempre fui, pq eu tenho só melhorar e ambos não podem fazer o mesmo? Pq só eu ?, me pergunto novamente... e novamente...!
E então eu me deparo que em que só eu dizer o quanto tudo isso me magoa me faz mal, eu sou criticada é tojada a coisas horríveis. Eu sinceramente faço o meu melhor, estou tentando me sentir bem comigo mesma, *mas com você me infernizando dizendo que eu vou agir de tal maneira sendo que eu nem fiz nada* não vai dar, eu me apaixonei pelo cara me me enchia de carinho e perguntava pelo meu dia, eu sou com você uma metade de mim, pois você me proíbe de ser realmente quem eu sou, uma garota alegre animada e divertida, você me faz querer ser aquilo você quer, você deveria ser comigo oque você sempre foi quando estava me conquistando no primeiro segundos de conversa. Mas você quer ser aquilo que você quer, aquilo que está na sua cabeça, mas já reparou que você pode estar magoando alguém sem ao menos perceber, como eu havia dito costumes diferentes, ambos precisam aprender a maneira de ligar um com o outro, namoro não é brincadeira e coisa séria, não é só casamento que é sério, namoro também é. E é algo que se deve levar a sério, ser algo melhor não ser alguém insignificante, eu me apaixonei por aquele cara fofo que fazia a caras mais fofas pra mim me pegava e colocava no colo me abraçava, me dizia todo instante até eu me encher de dizer tanto quanto eu era linda, me fazia acorda cm os melhores bom dias, me apaixonei pelo cara que me conquistou quando me conheceu, me fazia me sentir a única, que era só eu q nada que me aconteceu importava mais ali, pois seu abraço era o melhor aconchego. Eu sinceramente não sei oque quer de mim, se eu me dei de corpo alma pra ti, e ao invés de fazer o mesmo, só me faz querer ser algo que eu não sou, e quando sai algo de boa vontade de mim você quer me encurralar.
Como havia dito o homem pelo qual me apaixonei não existe mais, se existe eu tentei de varias forma avisar o como eu me sinto, e como queria dizer sobre meu dia, por mais ele tenha sido uma perda pela forma de me ouvir já é algo estonteante. Seu amor era meu abrigo, agora tento me abrigar sozinha nesse momento nublado que estamos. Obrigada de verdade por ter me mostrado que os interesse de conquistar sempre a sua mulher era um bela ilusão, que o amor é falho que não existe mais algo de tão bom nisso, e que se torno desgastante a cada tempo ao invés de ser forte, pois eu tentei, e tento, talvez seja isso EU POR INTEIRA E SOZINHA, tentar demais. 🌹
-feito por mim, Sarah Caroline 11/08!.
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Entrevista: BruhJones
Veja só quem voltou!!!
A entrevistada dessa semana é um pouco diferente das outras, pois não está no Twitter. Apesar disso, suas histórias são bem conhecidas e estamos aqui exatamente para enaltecer essas criações!
Simbora pra leitura?!
01. Olá, Bruh! Pode nos contar um pouquinho mais sobre você? Se apresente para nossos leitores, caso eles ainda não te conheçam!
Olá olá, meu nome é Bruna, fiz 13 anos (uma bebe eu) na quarta feira e sou carioca. Minhas fics são: A Trip To Him, A Trip To Her, A Dream Come True e Healing Incantation. Sem contar minhas ones que são: Our Best Week, Mercy, The Pirate Recue e The Book.
Jesus, eu posto muita coisa KKKK
(E parabéns pelo seu dia, Bruh! Muitas felicidades e anos de vida pela frente com muito amor e carinho!)
02. Você se lembra há quanto tempo está no fandom de OUAT? E quando foi que começou a shippar CS?
Eu comecei a ver OUAT em outubro de 2017. Foi meio que paixão à primeira vista KKKK
E bom, eu shippo CS desde sempre. Quando Emma aponta uma faca pro pescoço do Hook eu já pensei “hmmmm, eles formam um casal bonito”. E então, já no final da segunda temporada lá estava eu, esperando por um único beijo.
Que bom que não esperei muito ;)
03. Por falar em fandom, existe alguma razão para você não estar no Twitter? Sabemos o quanto a quantidade de shippers por lá e é sempre diferente ver alguém longe disso, nossas leitoras ficaram curiosas.
Não tem uma razão específica. Eu só não gosto mesmo da rede social, sabe? Enquanto uns não gostam do Instagram ou do Facebook, eu não gosto do Twitter. Minhas amigas dizem que é questão de tempo até eu começar a gostar e bom, tô esperando faz um bom tempo kkkkk
04. Você se lembra quando foi seu primeiro contato com fanfics CS? Se sim, pode nos falar um pouco a respeito?
Ih gente, essa eu realmente não me lembro. I remember que eu estava moh entediada numa viagem que eu peguei o celular da minha mãe e comecei a procurar qualquer coisa pra fazer, até que achei o Spirit. Naquele só dia, eu devia ter lido mais de 10 fanfics, pra ver o tamanho de tédio que eu estava kjkkkk.
O melhor é que eu não tinha costume de ler, nada nadinha. Quando falavam pra eu ler um livro, eu revirava os olhos dizendo que eu não ia ler. Olha só onde estou, não é mesmo?
Olha, uma das primeiras fics que eu lembro de ter lido foi “Verdades Secretas", uma fic que eu amo muito, de paixão e até hoje eu acompanho, esperando cada vez pela notificação da atualização.
05. Como leitora, o que te atrai em uma história? O que, inicialmente, garante seu clique e o que te faz continuar lendo?
Eu leio de quase tudo, né. Se a sinopse for uma frase, eu já estou entrando para ler, afinal, não sei o que me espera dentro da história em si. Eu sempre leio o primeiro capítulo da fic e depois decido se continuo ou não lendo. Quando a história é bem desenvolvida, com uma boa escrita e boa ideia, eu continuo lendo. Quando a cada capítulo que termina, fica com aquela vontade de quero mais, quando acaba um capítulo e o autor não postou mais e você fica se remoendo por dentro se questionando “cadê o próximo capítulo” pois a curiosidade de saber o resto da história é grande.
06. Entretanto, sabemos também que nem todos os livros e histórias irão nos agradar, então, o que te faz desistir de uma fanfic?
Fanfics com escrita ruim (quando falo escrita ruim, é quando não dá pra entender nadinha de nada, pois se a pessoa escreve de um jeito que dê pra entender, eu ainda leio). Fanfics más desenvolvidas, com as ideias emboladas. Quando a ideia de uma fic, o que está escrito, não lhe agrada mais. Quando você percebe que a história não está tomando um rumo legal como quando foi apresentada no início.
Fics que só tem hot também não me agradam não.
07. Suas inspirações foram assunto recorrente nas perguntas recebidas, então, começaremos perguntando: você possui muitas histórias publicadas, de onde você tira suas motivações para escrever?
Uma das minhas maiores motivações para postar algo são as minhas amigas. Para continuar, são os leitores que comentam, interagindo comigo, com os personagens e opinando sobre a fic.
Eu não sei se tenho uma motivação para escrever, devo ter, só não descobri ainda qual é. Na escrita eu achei um hobby, algo que me tirou do tédio do meu dia a dia. E como eu disse ou vou dizer na próxima pergunta (desculpa mas eu tô respondendo tudo em ordem aleatória), ajudar as pessoas a fugir do mundo real também me motiva a escrever (olha só, achei uma motivaçãooo).
08. Além do próprio casal, Captain Swan, o que mais te influencia a escrever/publicar uma história?
As pessoas que lêem e gostam da história. Eu, quando leio uma história, fico pensando em como aquele autor, que tirou uma parte do dia para escrever, melhorou o meu dia. Levou-me para longe desta realidade, mesmo que seja por alguns minutos. E quando eu escrevo e leio os comentários, eu consigo perceber que eu consegui também que aquele leitor fosse para outro mundo longe da realidade. Fiz ele pensar em outra coisa além da realidade. E isso me deixa feliz.
Já recebi mensagens de pessoas falando que eu sou uma inspiração, que eu fui um dos motivos para aquela pessoa começar a escrever e isto de certa forma me surpreende até hoje. Eu fico pensando “Caramba, eu só sou uma garota que do nada criou uma história e hoje, virou uma inspiração para alguém escrever, e isto é um máximo.”
São essas pequenas coisas, que contribuem a eu continuar escrevendo e a continuar postando.
09. Sua inspiração é diferente para fanfics longas e oneshots? O que te faz definir qual vai virar one e qual vai ganhar mais capítulos?
Minhas inspirações são iguais para one e fic. Às vezes eu estou fazendo qualquer coisa e uma ideia surge na minha cabeça (tipo as visões de Raven kkkk) e meio que eu passo isso pro celular. Quando a ideia é pequena, eu penso em fazer uma one, algo que as ideias são mais rasas, nada muito detalhado. Quando a ideia é grande, eu passo pra fic. Ou até mesmo quando é uma ideia pequena, eu tento desenvolver ela mais e mais e acaba se tornando uma fanfic também.
Quando eu quero escrever uma oneshot, eu fico pensando ideias para a mesma. Quando eu quero escrever uma fic, a ideia surge do nada, simples assim.
10. Quando tira um tempo para escrever, você possui algum hábito?
Não tenho nenhum hábito, acho. Se eu tenho, não percebo. Eu só sento em frente ao computador e desenvolvo as ideias que vem na minha cabeça, enquanto bebo água. Mas acho que escrever bebendo água não é um hábito, já que eu estou bebendo água TODA hora.
11. Na sua escrita, você possui preferência para escrever POV da Emma ou do Killian? Ou prefere postar suas histórias em terceira pessoa?
Sinceramente, eu não tenho um POV preferido. Eu gosto de escrever tanto no POV Killian, como POV Emma ou em terceira pessoa. Tipo, em atth eu preferi focar mais no POV da Emma, já em Atthr eu preferi focar no POV Killian pra fazer algo diferente, já que na primeira fanfic eu devo ter feito uns 3 ou 4 capítulos narrados por ele.
12. Você mostra suas histórias para alguém antes de postá-las?
Resposta: Aye aye, mas nem sempre. Eu tenho uma amiga minha que fica desinstalando e instalando o wattpad e por conta de espaço, ela quase nunca lê. Então ela me pede para mandar os capítulos e eu acabo mandando todos, aproveitando para pedir uma opinião.
Mas eu só mando pra ela tb.
Também tem em casos que eu quero começar a escrever uma nova fic, mando pra alguma amiga bem próxima de mim para avaliar o primeiro capítulo. Para mim, sempre é bom ter uma segunda opinião. Me sinto mais segura.
13. Há algo no mundo literário, ou temática, que você não gostaria/se vê escrevendo? Por que?
Eu não me vejo escrevendo uma história com um casal original, não por enquanto. Não consigo me ver escrevendo HOT, isso é algo que eu não consigo escrever. Todas as vezes que teve, era sempre alguma amiga minha que escrevia para mim, pois eu mesma não consigo e nem gosto de escrever. Eu também não conseguiria escrever algo de aventura, não sou boa em narrar cenas de ação (A Dream Come True está de prova). Na verdade, eu acho que não conseguiria escrever algo além de romance, acho. Nunca tentei, na verdade, mas não consigo me ver escrevendo outra coisa além de romance.
14. Quando você fez a A Trip To Him já tinha em mente fazer uma continuação ou essa vontade veio depois dos pedidos?
Quando eu comecei a escrever ATTH eu nem sabia o que ia fazer no próximo capítulo KKKKK
Eu nunca tive em mente em fazer uma continuação, never never, mas eu sentia um aperto no coração sempre ao pensar em ter que parar de escrever a minha “primeira fic” (já que eu tinha uma fic no spirit mas acabei desistindo dela por notar que eu não sabia o que fazer e que realmente estava ruim. Por isso eu meio que considero atth como primeira fic).
Então, uma ideia louca surgiu na minha cabeça e deu a tal ideia de ATTHR ou ATTH2, nem sei mais como se abrevia isso Kkkkkk
Os pedidos e a saudades que eu sentiria de escrever atth não deixou eu terminar essa fic, por isso eu continuei. Na época eu pensava “será que eu vou estragar toda uma fic por essa continuação?” e sinceramente, nem sei se estragou. Agora que comecei a postar, vou continuar e veremos o que vai dar :)
15. Você já escreveu e postou algumas ones, tem planos para fazer um livro inteiro só de oneshots? E, talvez, algumas prompts (pedidos)?
Planos para um livros de ones?? Hmmm, eu nunca tinha pensando nisso, na verdade. Eu acho uma ideia legal, mas não sei se conseguiria manter por muito tempo. Eu não tenho muuuitas ideias para ones, então se eu fizesse, provavelmente não teria muitos capítulos. Já prompts, nunca me vi escrevendo. Não que eu não goste de escrever pedidos e sim que eu não conseguiria. Provavelmente sairia algo mal escrito, as minhas ideias não desenvolvidas direito. Mas caso algum dia eu faça um livro só oneshots, claro que aceitarei ajuda nas ones seguintes, já que como eu disse anteriormente, não tenho muitas ideias.
Se alguém quiser me dar alguma ideia pra one, estou aberta para sugestões 😉
16. Já cometeu algum erro, como autora, e que diria para outras pessoas não fazerem o mesmo?
Eu não sei o que responder nesta pois não sei que erro já cometi. Provavelmente já devo ter cometido muitos mas não sei quais. Erros de ortografia conta? Porque se contar, eu já cometi muitos antigamente. Agora nem tanto pois com o tempo fui aprendendo a escrever uma história direito, mas antigamente eu tinha muito isso. E também eu não sabia desenvolver uma história. Agora, eu acho que também não sei desenvolver uma história muito bem, acho que muitas partes ficam emboladas, mas eu sei que com o tempo eu vou aprendendo.
17. Para finalizar, você pode nos contar um pouco da sua experiência como autora? O que você tira de bom e que te faz pensar que valeu a pena todo seu esforço e dedicação nas histórias?
Nossa, escrever é uma experiência tão boa, me proporciona colocar tudo que eu sinto no papel (ou na internet, vocês entenderam) e é uma sensação maravilhosa poder compartilhar algumas idéias com as pessoas. Você acaba se descobrindo, se apaixonando por alguns personagens e receber comentários positivos, saber que as pessoas gostam do que eu escrevo é muito bom, isso com certeza faz o meu dia.
18. Seguindo nossa tradição não combinada, você tem algo a dizer para seus leitores e/ou autoras que estão lendo essa entrevista?
Independente de o que dizem, se falam que você não é capaz para algo, que você é muito jovem para tal coisa, não deixe esse comentários chegarem aos seus ouvidos. Se você está com vontade de escrever, vá lá e escreva, não para agradar os outros e sim para agradar a si própria.
E eu quero agradecer por tudo, tudo tudo tudo mesmooo. Nunca esperei que alguma fanfic minha chegasse a mais de 10 leitores e fico surpresa ainda ao ver que alcançou muito mais do que isso. Obrigada meninas por me convidarem a participar deste projeto. Era algo que eu realmente não imaginava que iria acontecer comigo.
Thank u, so much.
E só pra eu não perder o meu ritual de despedida…
Bruh ama vocês 💙
✖✖✖
Gostaríamos de agradecer a Bruh pelo carinho e acolhimento com essa entrevista. E, também, desejá-la feliz aniversário de novo, porque além de tudo ela ainda respondeu as perguntas no meio das comemorações e compromissos dela. Esperamos que tenha um ano incrível e repleto de felicidades, querida!
E esperamos que vocês tenham gostado e aproveitado mais uma entrevista. A conversa da próxima semana será com a Amanda!
Recadinhos:
- Com o sorteio realizado e a escolhida anunciada, vocês podem mandar suas perguntas via grupo da nossa parceria (divulgacswan), por reply ou DM no nosso Twitter, também por ask aqui ou pelos comentários da postagem da entrevista no Wattpad.
- Aceitamos sugestões de novas autoras para realizar o sorteio, bem como possíveis melhorias e críticas.
- Anunciamos nossa novidade para as divulgações de fanfic e atualizações de capítulo: só serão divulgadas no nosso perfil, aquelas informações compartilhadas via tweet e com o uso da tag #CSFFBR. Se seu tweet tiver essa tag, nós iremos dar RT rapidamente.
Esperamos que tenham gostado e até semana que vem. ♥
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Pleasure House - (01) - Casa Do Prazer
Notas Iniciais :
Então gente, essa aqui é minha “nova fanfic” e é uma adaptação, ou seja, não fui eu que escrevi, estou apenas mudando alguns fatos e o que não me agradar, vou mudando também. Mas tipo, a estória é muito boa e vale a pena vocês acompanharem. E vou logo avisando, é camila intersexual, ok? Enfim, vamos ao que interessa.
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02 de Março de 2044 – França
Point Of View Camila
O campo esverdeado estava totalmente florido e ornamentado. Havia mesas e cadeiras de madeira branca, com uma toalha rosa... Rosa bebê. Porra de rosa bebê, o que era rosa bebê? Revirei os olhos, mas estava tudo, tudo muito bonito e o cheiro era incrível.
Passei as mãos pelo meu terno e ajeitei a gravata, sentindo aquela coisa me apertar. Já queria que começasse logo a festa, onde poderia me livrar daquele negócio que me enforcava. Quem inventou a gravata, era um belo de pau no cu. Odeio isso. Mas o que eu não faria por ela, não é mesmo? Minha princesa linda e maravilhosa.
– Ah, Camila... Eu ainda não acredito. – Minha mãe, Penélope, murmurou ao meu lado, toda emocionada.
– Eu sei, mãe... Eu também ainda não acredito muito nisso.
– Mas eu estou tão feliz! – Me olhou com seu enorme sorriso, seus olhos castanhos repletos de lágrimas e arrumou a rosa cor de... Rosa bebê, no meu bolso. Meio segundo depois, ouvimos a música. – Oh meu deus, é ela!
E então, ela veio... Linda com seu vestido branco esvoaçante, uma linda coroa de flores - de novo, rosa bebê, mas nela ficava lindo - em cima de seus cabelos negros, que faziam cachos largos na ponta. Seu braço estava enlaçado ao braço de meu pai, que a acompanhava com um meio sorriso no rosto, nunca perdendo aquela pose de pai super protetor.
Sofia Cabello, minha linda irmãzinha de vinte e três anos, vinha sorridente olhando a todos a sua volta, passando por cima do tapete de pétalas de rosa branca, até chegar a Calton Henderson, seu noivo. É... Minha pequena estava casando. Passou a perna em mim e o tal do Calton, que agora era um renomado médico, havia a capturado de jeito.
Meu pai a entregou para ele e apertou sua mão, dando um beijo na testa de Sofia e logo depois. Acomodou-se ao lado da minha mãe, que não conseguia parar de sorrir e limpar os olhos para não borrar a maquiagem. Sorri diante daquilo, era minha família, a melhor que alguém poderia ter.
– Logo mais será o nosso, não é, meu amor? – Verônica sussurrou no meu ouvido, apertando minha mão com um pouco mais de força.
Olhei para ela e voltei a sorrir de leve, seus lindos castanhos claros dentro dos meus. Eu a amava, sem sombra de dúvida.
– Mal vejo a hora de torna-la minha esposa.
Ela sorriu languidamente ao meu lado e voltamos nosso olhar para os noivos. O padre começou a falar sobre a importância do casamento perante Deus e sobre o amor que o casal deve nutrir um pelo o outro. Meus olhos estavam fixos em Sofia, que sorria e olhava para Calton apaixonadamente. Ele espelhava a sua expressão, mostrando-me o que eu sabia desde sempre: ele era o cara certo para minha irmã.
– Calton Dominic Henderson você aceita Sofia Cabello Sánchez como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, até o último dia de sua vida?
– Sim, aceito.
– Sofia Cabello Sánchez, você aceita Calton Dominic Henderson como seu legítimo esposo, para amá-lo e honrá-lo até o dia de sua morte?
– Sim, com toda a certeza.
O padre sorriu e os convidados suspiraram. Certo, eu também suspirei. Porra, era a minha irmã que estava casando... Me dê um desconto!
– Sendo assim, com o poder dado a mim, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva.
Calton passou a mão de leve pelo rosto da minha irmã e a beijou sob os aplausos de todos os convidados. Veronica sorriu ao meu lado e bateu palma junto com a minha mãe. Para minha felicidade, elas se adoravam, quer dizer, quem não adora minha noiva? Ela é incrível, a mulher mais doce, sincera, bonita e gostosa que já vi na vida.
Eles passaram pelo tapete de pétalas, enquanto os convidados jogavam ainda mais pétalas sobre eles. Nunca vi tanta rosa na minha vida, tinha certeza que estaria traumatizada até o fim do casamento.
Enfim, a cerimonia havia acabado e assim que todos os convidados começaram a se dispersar para suas mesas, eu tirei aquela maldita gravata que estava me matando.
E você provavelmente deve está se perguntando por que diabos estou usando terno e gravata em um casamento quando claramente eu sou uma mulher. Primeiramente porque me sinto mais confortável com calças e blusas fechadas do que com vestido ou saias. Segundamente, não é só porque eu sou mulher que eu tenho obrigação de me vestir como uma, certo? Posso vestir a roupa que eu quiser que eu não devo ser merecedora de olhos tortos só por me vestir “igual a macho”. Mas, hoje todo mundo tem preconceito com aquilo que não lhes é comum. Como por exemplo, eu sou intersexual, nasci com o órgão genital masculino e ainda existem pessoas ignorantes o suficiente para me olhar com repulsa, mas diferente do que você pensa, eu não ligo tanto para isso. Vivo minha vida normalmente e sou feliz do jeito que sou, sendo aceita pelas melhores pessoas do mundo e me vestido de acordo com o meu gosto.
Por isso que agora me sinto muito mais leve sem aquela gravata dos infernos. A música começou a tocar, os garçons começaram a circular e em pouco tempo eu já tinha minha taça de champanhe em uma mão e minha linda garota em meus braços. Tudo estava perfeito, como minha irmã merecia.
– Porra, ainda não acredito que perdi usa irmãzinha para esse doutorzinho! – Saudou Normani, vindo ao meu encontro acompanhada por Shawn, Austin e Ariana, meus... Melhores amigos, pois é.
– Eu também estou ótima, Mani e você? – Perguntei, tomando mais um gole da minha bebida, impedindo uma risada diante da expressão falsamente triste.
– Como posso estar bem quando aquela coisinha linda, acabou de colocar um anel no dedo e dizer sim no altar? Um sim que sequer foi para mim? Isso dói, sabia?
– Como se Sofia fosse dar bola para você... Não tem espelho em casa, Normani? – Shawn perguntou, rindo.
– Claro que eu tenho e ele me diz o quão irresistível eu sou. Não é, Veronica?
– Eu não sei de nada... – Ela disse, voltando seu olhar para mim. – Só tenho olhos para a minha Camila.
Sorri e a beijei com sutiliza, ouvindo os quatro reclamarem ao meu lado.
– Aff, parem com esse romantismo todo, isso é muito gay. – Austin reclamou.
– É gay porque você ainda não achou a mulher ideal, meu amigo. Eu já achei, o que posso fazer? – Dei de ombros, inocente. – E você, Mani, para de ficar reclamando pelos cantos. Você nunca encostaria esse pauzinho na minha irmã.
Normani é como eu, intersexual e por isso nos damos tão bem. Nos entendemos perfeitamente.
– O quê? Por quê? – Perguntou, chocada.
– Porque eu sei o quão sujo ele é, amiga.
Rimos, enquanto ela cruzava os braços e revirava os olhos, tipicamente infantil, mas logo depois sua risada rompeu junto com a nossa. E era assim a nossa amizade, meio louca, brincalhona, mas no final, sempre estaríamos ali uma para a outra.
A festa seguiu sem problema algum, Sofia e Calton fizeram uma coreografia um tanto louca para abrir a pista de dança, minha mãe e meu pai beberam pra caramba e curtiram mais a festa do que todos jutos - vai entender Alejandro e Penélope, não é? - Veronica e eu caímos na dança também, e logo os convidados começaram a ir embora, no finalzinho da tarde. (N.A: pra quem não sabe quem são os pais de Camila, são esses na foto abaixo).
Aproximei-me de Sofia, que se despedia de um casal de amigos e esperei. Quando ela terminou, se virou para mim com aquele sorriso de menina que eu tanto amava.
– Kaki! – Me abraçou, ficando na ponta dos pés para alcançar meu pescoço, já que eu usava saltos e ela estava com uma sandália rasteira.
“Minha baixinha adorável... Eu amo tanto você”. Pensei, enquanto a segurava um pouco mais.
– Estou muito feliz por você, baixinha.
– Eu sei. Eu tenho que te agradecer, você sempre esteve ao meu lado desde o início do meu relacionamento com Calton. Eu te amo muito.
Nos separamos e peguei suas mãos nas minhas, vendo seus olhos brilharem com lágrimas de emoção.
– Não chore, pequena, eu sempre estaria e estarei ao seu lado. Se Calton fosse um idiota, eu já teria chutado a bunda dele, pode ter certeza.
– Camila! – Ela riu, jogando a cabeça para trás.
– É verdade, mas eu sempre soube que ele era o cara certo. – Ela me olhou e suspirou, totalmente apaixonada pelo marido. – Eu espero que vocês sejam muito felizes e quero logo um monte de sobrinhos para me perturbar, correndo atrás da “tia Mila”.
– Quem sabe eles não virão depois da lua de mel... – Ela se encolheu, corando.
Era a única garota que eu conhecia que ainda tinha a inocência de corar.
– Estarei esperando ansiosamente por isso. – Me aproximei e beijei sua testa, como sempre fiz desde quando ela nasceu. – Seja feliz, baixinha. Eu te muito.
– Obrigada, Kaki. Eu também te amo.
Pouco menos de duas horas depois, Calton e Sofia se despediram dos poucos convidados que ainda estavam na festa e foram em direção à limusine que os aguardava. Não lembro exatamente onde seria a lua de mel, mas Sofi estava tão empolgada, que eu tinha certeza que Calton estava realizando algum sonho dela. Algum sonho que nosso pai ainda não tinha realizado, porque, tudo o que ela pedia, meu pai dava. Sim, ela era a verdadeira filhinha do papai babão.
Mesmo que eu seja a mais velha, os mais novos sempre conseguem o “favoritismo” dos pais. Porém, não fiquei incomodada com isso, apenas no começo foi difícil porque eu sentia ciúmes. Mas depois dei graças a deus que atenção era voltada mais para ela. Assim eu podia fazer minhas aventuras sem me preocupar com as consequências.
– Ainda não acredito que minha filha saiu de casa. – Meu pai lamuriou, um pouco bêbado, com a cabeça encostada no ombro da minha mãe.
– Ainda lamentando, senhor Alejandro Cabello?
– Não é algo que eu possa superar com tanta rapidez, Camila. – Lamentou com a voz embolada.
Minha mãe riu junto com Veronica.
– Não seja dramático, Alejandro. Isso vai passar em pouco tempo. Você sabia que isso iria acontecer.
Ele suspirou, levantando a cabeça lentamente. Logo depois, olhou para Veronica e eu e nos analisou, a cabeça levemente pendida para o lado.
– E vocês? Quando vão trocar essa aliança de noivas para as de casadas?
– Em setembro, papa. Já está tudo planejado, não é, amor? – Perguntei, levando sua mão aos meus lábios.
Ela sorriu alegremente.
– Sim, a senhora planejadora aqui – ela apontou para mim. –, já tem tudo milimetricamente anotado. Só precisamos começar os preparativos e isso está por conta nossa, Penélope. Enfim Camila me deixou fazer alguma coisa!
– Oh meu Deus, que maravilha! Estou ansiosa para começarmos tudo, querida. – Minha mãe disse, entusiasmada. – Ah... Minhas duas filhas casando em um único ano. Isso é emoção demais para uma mãe só.
E então, um tanto bêbada, assim como o meu pai, minha mãe começou a choramingar. Sem poder me segurar, fui até os dois e os abracei. Eles, junto a Sofia, eram minha família e nada no mundo iria nos separar.
06 de Março de 2044 – Nova York.
A semana estava corrida, como sempre. Já era quarta-feira, quase nove da noite e ainda assim, eu continuava presa no escritório, analisando um projeto que estava me deixando de cabelo em pé, totalmente exausta.
Engenharia Química era minha paixão e apesar de ser uma profissão que abrange um leque de opções para trabalhos, a parte financeira, aquela de analisar projetos, mexer no que estava ruim, melhorar o que já estava bom, havia me pegado pelo pé quando Shawn, Ariana, Austin e eu havíamos decidido que iriamos montar uma pequena empresa só nossa.
No começo era apenas o esboço de uma ideia, dois períodos antes de terminarmos a faculdade. Entretanto, meu pai soube um pouco sobre o que planejávamos e os pais de Shawn, Ariana e Austin também e, juntos, nos deram o melhor presente que já poderiam ter nos dado: capital para montar a CSAA Engenharia. Certo, não é um nome criativo, mas éramos jovens na época, estávamos extasiados, excitados e colocar as inicias dos nossos nomes, nos pareceu uma boa ideia.
E realmente foi. Com nosso empenho, trabalho duro e dedicação, fizemos da CSAA Engenharia crescer e hoje somos uma das melhores empresas de engenharia nos EUA e estamos entre as 10 melhores do mundo. Nossa empresa abrange quase todo o campo da engenharia, seja ela química, ambiental, elétrica, industrial, civil, mecatrônica e agora começaremos a trabalhar com a indústria alimentar e agrícola, pois pensamos em abrir uma filial em um dos países que executam a agricultura, o Brasil.
Não foi fácil, posso dizer que mergulhei de cabeça nessa empresa junto com meus amigos, e se não fosse pelo nosso suor, todo o dinheiro que nossos pais haviam investido, teria sido jogado fora. Tenho muito orgulho de mim, do meu emprego, da nossa empresa e posso dizer com todas as letras que os anos que gastei em planejamentos só serviam para nos engrandecer.
Continuei a ler o projeto de um dos nossos engenheiros, sobre a expansão de luz solar em um prédio que estávamos construindo no Estado de Washngton, quando ouvi meu celular tocar. Por um momento, pensei em não atender, odiava ser interrompida, mas logo pensei em Veronica ou minha mãe, que sempre ligavam preocupadas, mas estranhei ao ver o nome de Normani na tela:
– Mani? Tudo bem?
– Mais ou menos, amiga... Estou aqui em frente à sua empresa, você pode descer? Preciso falar com você.
Franzi o cenho, e o respondi, enquanto guardava a planilha dentro de uma das gavetas da minha mesa.
– Aconteceu alguma coisa? Está me deixando preocupada.
– Aconteceu algo sim, mas não é nada grave. Só... Preciso conversar.
Peguei o casaco do meu terno, minha pasta e as chaves do meu carro, saindo da minha sala. Ativei o código de segurança, trancando a porta e fui em direção aos elevadores.
– Tudo bem, já estou descendo. Me espere.
Desliguei e entrei no elevador, apertando o botão para me levar ao térreo. Tentei pensar em um assunto tão importante para que Normani me ligasse àquela hora da noite, pedindo para conversar. Com certeza ela tinha levado um pé na bunda de alguma mulher e só queria desabafar. Pensar naquilo me fez relaxar automaticamente e o elevador chegou a seu destino. Tudo na empresa estava vazio, o expediente havia encerrado, mas eu sempre era uma das primeiras a entrar e a última a sair.
Cumprimentei Colson, o segurança noturno e encontrei Normani encostado ao seu carro. Ariana, Shawn e Austin estavam ao lado dela e não sabia se ficava aliviada ou apreensiva, afinal, o que diabos estava acontecendo ali?
– E ela finalmente desceu da torre de aço! – Mani disse, sorridente, bem diferente do tom preocupado e melancólico ao telefone.
– O que estão aprontando? – Perguntei, arqueando o queixo.
– Amiga, não é nada demais, fica calma. – Ariana disse, rindo para mim. – Só vamos levar você para tomar uma bebida. Você vive presa nesse escritório, trabalha mais do que eu, Austin e Shawn juntos. Precisa relaxar um pouco, ou seu cérebro entrará em curto-circuito de tanta carga de trabalho.
– Tomar uma bebida? Eu não planejei isso para hoje...
– E quais eram seus planos para hoje, senhora “eu-sigo-a-porra-de-uma-agenda”? – Mani perguntou, cruzando os braços.
– Sair daqui e ir para casa.
– Você sempre faz isso, todos os dias, Mila. Se não vai para sua casa, vai pra casa de Veronica ou dorme na casa dos seus pais... Precisa viver um pouco! – Shawn disse, tentando me convencer.
– Não, Shawn. Eu preciso descansar e...
– Relaxar! Sabe o que é isso, Mila? Relaxar, sair, espairecer, tomar uma bebida com seus amigos. Há quanto tempo não temos isso? – Austin indagou.
– Mas hoje ainda é quarta-feira e temos que trabalhar amanhã cedo...
– Foda-se, Camila, só vamos sair para beber um pouco e fim. E você irá conosco, sem discussão. – Normani abriu a porta traseira do seu carro e apontou para mim. – Entra e me dê às chaves do seu carro. Vou pedir para um dos seguranças leva-lo ao seu prédio.
Olhei para eles, analisando minhas opções. Odiava fazer algo que não tivesse planejado, que eu já não tivesse pensado antes. Tirava-me da minha zona de conforto e isso não era algo bom. Mas, por fim, decidir ir, até porque, eu tinha certeza que eles não me dariam chance de escapatória.
Dei minha chave para Mani e entrei no carro, Ariana se acomodou no banco de trás também, junto com Shawn, ao meu lado e Austin foi na frente. Segundos depois, Normani assumiu a direção e colocou uma música alta da Beyoncé para tocar, começando a dirigir pelas ruas movimentas de NY.
Consegui relaxar um pouco, afinal, eles eram meus melhores amigos e mesmo que Normani trabalhasse como fotógrafa - algo bem diferente do que fazíamos - ela é uma pessoa incrível, que sempre estava por dentro de todos os assuntos da vida. Conversamos bastante até ela parar em frente a uma famosa boate, que sempre ouvi falar, mas nunca tinha ido e nem tinha vontade de ir.
Pleasure House (N.A: Casa do prazer), um lugar que todos falavam que era a terra da luxúria, do prazer, com mulheres excepcionais, que estavam dispostas a fazer o que nós, mulheres e homens, quiséssemos, por um bom preço. Pensei em reclamar, falar que não entraria, mas algo me empurrava cada vez mais para dentro daquele lugar, acompanhando os passos dos meus amigos.
Pensei em Veronica e no que ela falaria se soubesse que eu tinha tida ido a um lugar como aquele. Certamente me mataria e com razão, mas cheguei à conclusão de que ela não precisava saber que eu tinha ido ali. Ela nunca saberia, eu entraria, tomaria um drink ou dois com meus amigos, fingiria um relaxamento que estava longe de sentir, pegaria um táxi e voltaria para casa.
Fim de papo, sem drama, sem discussão.
Decidida, entrei na boate escura, onde tons de vermelho e dourado se mesclavam a música alta e, por incrível que pareça, de bom gosto. Sou uma apreciadora de música, sou eclética e a música sim, estava começando a me deixar um pouco mais relaxada. Fomos em direção a uma mesa perto do palco, que estava vazia e nos sentamos. Uma mulher loira seminua, vestindo um top brilhante e saia estudante do ensino médio que deixava sua bunda - e que bunda, pera, quê? Ignorem, por favor - quase toda de fora, veio até nós com um pequeno aparelho eletrônico em mãos.
– Posso anotar o pedido de vocês, senhoras e senhores? – Perguntou, sorridente, seus olhos castanhos focando cada um de nós, enquanto jogava seus cabelos loiros berrantes para trás.
Era uma mulher bonita, mas com essa roupa estava longe de ser sexy, pelo menos para mim.
– Queremos uma rodada de tequila, por favor. – Olhei para Normani, assustada.
– O que? Nada disso, eu vou querer uma taça de vinho branco.
Ela assentiu, começando a clicar no aparelho, mas levantou a cabeça em direção a Normani, que havia soltado um logo suspiro.
– Bebê, não a escute. Queremos uma rodada de tequila, sem discussão.
– Mani, você não pode mandar no que quero beber, pelo amor de Deus! – Falei, exasperada, ignorando a expressão confusa da garçonete.
– Amiga, estamos aqui para relaxar e ninguém em sã consciência, relaxa com uma taça de vinho branco. Vai ser tequila e ponto final!
Revirei os olhos, cansada demais para ganhar aquela maldita discussão. Voltei a olhar ao redor da boate e pude escutar a garçonete falar que seu nome... Dinah? Diana? Não sei. Michael Bublé cantava Felling Good, as dançarinas dançavam, seminuas, indo de mesa em mesa, fazendo um show particular para os homens e mulheres que estavam sentados ali. Uma ou duas dançavam em nossa frente, deixando Shawn, Austin e Mani com uma expressão de cachorro babão. Apenas Ariana parecia olhar aquilo sem muito interesse, afinal, ela era uma lésbica bem reservada. Gostava de uma boa boceta, mas não gostava de mulheres tão exibicionistas como aquela. Eu também não me interessei, pois sabia que mulher nenhuma iria me atrair naquele lugar, não quando eu tinha Veronica ao meu lado.
Quase cinco minutos depois, a garçonete voltou com uma rodada de tequila, sal e limão em uma bandeja. Deixou tudo na mesa e só saiu depois de piscar para Normani e tê-la sorrindo feito uma idiota pra ela. Brindamos, bebemos, a bebida desceu rasgando minha garganta, me deixando quente e logo depois, chupei o limão que estava ali, me sentindo ainda mais quente por dentro.
– Porra, porra, é disso que estou falando! – Mani gritou, chacoalhando a cabeça. Chamou a garçonete loira que estava na mesa ao lado e disse: – Mais uma rodada, bebê!
Eu quis protestar, mas a quentura dentro de mim era bem-vinda. Já estava na terceira dose, sentindo-me um pouco alegre demais, quando a música cessou por completo. Minha atenção - e a de todas as pessoas - foi atraída para o palco, onde uma mulher morena, linda, segurando dois cilindros que expeliam fogo, começou a andar, vir para frente.
Vestia uma calcinha e sutiã de couro preto, o sutiã era ligado a uma coleira também de couro, que estava no pescoço dela. Um pequeno robe vermelho cobria seus braços e ela parecia uma extensão daquele lugar. Uma extensão fodidamente quente e sexy daquele lugar. Duas dançarinas pegaram os cilindros da mão dela e ela se aproximou do poste do pole dance então, seu show começou.
Ela rebolava, se esfregava, se pendurava, olhando a todos de forma sexy, até que seus olhos pararam em mim. Toda linda, gostosa, fodidamente apetitosa, com aquele olhar de “venha me comer”, que fez meu pau se retorcer dentro da maldita calça social.
Eu não conseguia entender que porra era aquela, como ela conseguia aquilo, mas também não estava disposta a achar respostas, não quando ela dançava daquela forma e eu só pensava em trepar com ela. Nunca fui depravada, mas naquele momento, todos os tipos de putaria passavam pela minha cabeça, enquanto ela se jogava no chão e passava as mãos pelo corpo.
Soube naquele exato momento que eu não estava daquela forma por conta da bebida. E também não me sentia culpada por estar desejando-a com todas as minhas forças, com uma ereção do tamanho do mundo querendo arrebentar o fecho da minha calça. Ela era linda, morena, maravilhosa, e eu...
Eu estava fodida e completamente enlaçado por ela.
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Notas Finais:
Gente, agora eu to marcando os capítulos para vocês não ficarem procurando dentre milhares publicações aqui desse tumblr determinado capítulo. Por exemplo, esse vai ser macado assim ¨#FanficPleasureHouseCap1
O que significa que vocês vão poder procurar determinado capítulo apenas clicando em “procurar” em meu perfil, sem precisar ficar rolando aquela barrinha pra baixo até achar o capítulo ou a fic que vocês querem. Muito melhor não é?
Isso também vale para Mammy e Pornstar, basta escrever #FanficPornstar + o número do capítulo que você quer ler e ta feito! Mesma coisa com mammy #FanficMammy + o número do capítulo que vc quer ler ;)
Espero que gostem da nova fanfic e até a próxima.
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< 𝗝𝗢𝗨𝗥𝗡𝗔𝗟 / 𝟯𝟬𝟬𝟵𝟮𝟬 >
CONTENT WARNING: a ideia do texto abaixo é o início de um exercício terapêutico para o personagem. se trata da primeira vez em que escreve no diário eletrônico, sendo então uma narração sob o ponto de vista do personagem. será abordado brevemente o tema da traição, “estereótipo asiático”, ansiedade e ataque de pânico, uso de entorpecentes e drogas ilícitas até o momento da overdose que leva à coma. por se tratar de uma narrativa em primeira pessoa, há uma maior e mais pessoal descrição de sentimentos e emoções.
uma vez, ouvi que nascemos e escolhemos como pagar pelos pecados de outras vidas para que possamos aprender e crescer. disseram que antes de receber um corpo, nossa alma cria uma programação de vida, então, pode-se dizer que tudo já está suposto a acontecer. tipo destino, sabe? eu nunca fiz minha cabeça sobre isso. quero dizer, não importa se escolho acreditar ou se só considero uma teoria feita para nos dizer que na verdade, sim, nós escolhemos nascer e fomos nós quem escolhemos vim em uma família disfuncional, porque eu sequer acredito em Deus, para começo de conversa.
mas eu preciso confessar: depois disso, algo passou a me dizer que mesmo que eu pudesse voltar no tempo, todas as minhas escolhas me levariam para aquele mesmo instante, como se tivesse mesmo predestinado.
porra, queria poder ter mais o que falar do começo, mas não é como se importasse quem é o japonês ou o coreano entre meus pais e, sinceramente, que se foda como se conheceram. não é como se importasse se comemoraram quando nasci, se piraram quando quebrei o braço já aos cinco anos ou que só me deram um hamster, porque acharam que aquilo me daria algum tipo de responsabilidade, já que eu deixei meu irmão mais novo quebrar o dente na primeira vez que olharei por ele. importava, infelizmente, que meus pais eram um belo esteriótipo de pais asiáticos, digno de filme, porque isso culminava a necessidade de mostrar que eram perfeitos. e que seus filhos também eram.
mas como você já deve saber, ninguém é perfeito.
a galera da igreja e meus irmãos nunca souberam das traições do meu pai ou da mesquinhez da minha mãe. eu tive o azar (ou será que isso foi parte do tal castigo para a evolução?), e devo ter deixado muito na cara (talvez, jogado na cara) (talvez, chantageado também) o que eu sabia, porque no momento seguinte eu estava sendo mandado para o japão.
sei lá, alguma vez já teve a sensação de que seus pais se sentem intimidados por você ter sua própria personalidade e ótimos argumentos com posicionamentos humanos? não? porque só isso explica os meus terem achado solução em me mandar para o outro lado do mundo, além da burguesia. eu também não dei duas fodas, porque durante os primeiros meses eu achei um máximo.
nunca imaginei que seriam dois anos de merda sem volta.
veja, o japão não é o lugar mais fácil de se morar e se adaptar, mesmo para um descendente. toda a esperança de que eu finalmente poderia viver a vida que eu quisesse, sendo quem eu quisesse, foi por água abaixo. eu não sei em que momento veio o primeiro episódio da ansiedade e o ataque de pânico, mas sei que deve ter tido tudo a ver com aquele sentimento de não pertencer à lugar algum enquanto se tenta dar mais do que se pode e se está sozinho. eu lembro o exato momento, data e hora, no entanto, em que usei o primeiro entorpecente da minha vida.
foram as melhores horas de calmaria da minha vida. o mundo em silêncio. minha mente em silêncio. e de repente eu tinha planos de nunca parar.
eu não lembro de muito, mas sei que eu consegui ter meu nome no topo da lista no fim do ano, bem como o e-mail de aceitação para a universidade dos sonhos... dos sonhos dos meus pais, porque, veja, daqueles dois anos eu só sabia duas coisas: 1) conseguir os entorpecentes por ali estava saindo caro e não era fácil e 2) eu não poderia mais ficar no japão ou iria pirar. entende que tinha que ser eu a ceder? porque era eu quem me queria de volta em casa. e se para isso eu precisasse me transformar no que todos, inclusive meus pais, esperavam de mim, então, bem, eu viraria outro “cara asiático da turma de engenharia civil”. (o que? vai me dizer que não esperava por isso?)
quando voltei para vancouver, ouvi algumas vezes como eu era um filho incrível e como o japão tinha me feito bem. então, assim, era bem fácil esconder minhas manias e como elas evoluíam. ou como o curso me sugava a vida e como as festas e as companhias me traziam ela de volta. ou como meu corpo mudava junto da minha mente que sempre perdia o caminho de volta à órbita. agora paro pensar, e simplesmente não sei explicar como eu podia estar cada vez mais feliz enquanto cada vez mais miserável.
não entrarei em detalhes, não gosto muito de pensar nesses dois anos. não se tem muito o que falar — eu não sei traçar como foi a linha (e se foi um linha tênue) até dependência química no meu caso. sei que fui descoberto coberto com meu próprio vômito. disseram que eu fedia a suco gástrico, que não me mexia e que no meio do caminho eu tive uma parada cardíaca.
veja, eu estou mesmo contando que você tenha entendido os meus três dias em coma, meus meses na reabilitação e o resto do ano perdido. e estou contando que você entenda que não foi algo que eu planejei, então, por favor, não me leve à mal quando eu digo que foi preciso mais que uma overdose para provocar alguma mudança em meus pais — é só que foi exatamente o que aconteceu.
eu não entrarei em detalhes sobre o ano que seguiu, também. eu nunca quis tanto fugir da minha família ao mesmo tempo implorar para que eles não me deixassem sozinho, porque eu sabia que não podia confiar em mim. foi torturante, foi quase insuportável por um tempo; meses — até que em algum momento, comecei a sentir o peso nos ombros aliviar e quando eu consegui começar a pensar por mim mesmo, entendi o que minha avó quis dizer sobre uma segunda chance.
como você falaria daquilo que traz o melhor de você? daquilo que você sabe que pode ser bom? que lhe traz euforia — e, ei, não entenda errado; não é preciso ingerir nada que não água ou café.
eu nunca pensei que chamaria de “paixão” e “a melhor parte da minha vida” ajudar meu irmão e os amigos na filmagem de um filme ridículo para um daqueles projetos de ensino médio. não a parte de ajudar e ser meu irmão e um bando de garotos de quinze anos, mas a de poder fingir que sou parte de alguma equipe de direção e o próprio elenco. a parte de poder criar, escrever e filmar. a parte de poder expressar o que quero, mesmo que seja algo sobre antigos deuses caçando uma caixa de cereal (eu juro que a história é melhor do que parece). sinceramente, foi bem triste que meu nome não tenha recebido aquela nota bonita do lado, porque, bem, eu não estava mais na escola, mas ao menos não esqueceram que fiz todo o trabalho e me pagaram em pizza e uma semana de cappuccino. de qualquer maneira, eu havia me achado não no resultado, mas no processo. e eu decidi que queria fazer mais daquilo.
por que eu faço sociologia e não, sei lá, cinema ou por que eu deixei vancouver novamente e vim parar em goyang, você me pergunta? acho que quando eu finalmente me senti pronto para voltar a estudar, eu me peguei pensando em algumas das coisas que havia acontecido até minha chegada ali. acho que eu queria entender as diferentes pessoas que encontrei no caminho, as relações e o quanto isso tem tanto a ver com cultura. e ei, meus filmes são hobby — e se passar a ser trabalho, deixarão de ser um prazer, certo? agora, sobre mudar de país novamente, há dois motivos: 1) eu gosto de pensar que minha alma não programou nada e eu posso decidir ir para onde eu quiser (tudo bem, eu posso pois meus pais podem. e eles aceitaram, porque tenho tios e primos “para qualquer coisa”) e, mais importante, 2) é aqui que está a única pessoa que sempre me foi como família. quando eu soube que poderíamos nos reencontrar na universidade de gaem, foi para ela que passei.
aliás, aproveitando que entrei no assunto da universidade, posso dizer que até então venho me surpreendido: gaem é melhor do que parece, apesar de fazer meus pais pensarem que tenho mesmo algum tipo de “mente extraordinária”. mas sabe como é, há sempre o que melhorar. quero dizer, eles bem que podiam ter uma sala com todas as paredes sendo tela verde, não é? eu vou fazer uma petição para isso.
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Nome: Aiyra Falconstorm Idade: 63 anos Raça: High Elf Altura: 1,52 Cor de pele : Branca amarelada Olhos : Arroxeados Cabelo: Azul com pontas roxas Classe: Bardo- necromante -E então eu peguei meu gavião familiar e soltei um drangon's breath por ele no gigante... Oh! Você está anotando tudo ? Minha agenda é muito cheia, não tenho tempo para repetir!!! -Ah, ok ok, me desculpe, mas... que tal começar lá do início de tudo ? Todos querem saber de onde você veio e como sua carreira começou... - Oh, verdade ! Kehehe~ -Então vamos começar falando dos seus pais, a dupla de musicistas bem famosa, os... -Tá , tá , shh! Sou eu quem vou contar a história, então, preste bastante atenção ! Sempre fui muito inteligente e boa em tudo o que faço, tanto que meus pais deixavam a sala de instrumentos mágicos trancada- com 7 chaves e 2 selos mágicos-, obviamente era para que eu não tocasse nenhum daqueles instrumentos e humilhá-los com meu incrível dom natural. Um dia eles tiveram que sair às pressas e, bem, esqueceram de trancar direito (kehehe) ,então entrei e comecei a testar os famosos instrumentos musicais mágicos deles- que eram de péssima qualidade porque todos quebraram rápido. Percebi que nenhum daqueles instrumentos estavam à altura de meu talento ... ai, ai... -difícil ser eu - Mas aí , vi , lá no fundinho da sala um baú cheio de correntes e umas caveiras -oh decoração cafona ! - Claro que fui abrir -se meus pais trancaram esse instrumento é porque eles não conseguem tocá-lo !- e vi essa flauta maravilhosa! Fui à varanda e comecei a agraciar o mundo com a minha música e em pouco tempo mortos vivos e esqueletos vieram até a mim e começaram a ficar d joelhos diante de mim, pareciam implorar por algo chorando , não sei como , provavelmente um bis - Ai, ai , fãs até no pós-vida...-. Não muito tempo depois, o vilarejo todo se juntou na minha varanda com tochas e forquilhas e começaram a correr atrás de mim ! - mal comecei a minha carreira e já tinha fãs malucos querendo um autógrafo ou até mesmo um pedaço de minhas vestes, kehehe- Depois de conseguir fugir dos meus adoradores, percebi que na minha mão esquerda apareceu uma mancha preta metálica que nem... https://www.instagram.com/p/CIBv-E4FNiAACrmXoHUHuOd5KFd-v9N_W9oYww0/?igshid=1seuesdkqydo1
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Imagine - Louis Tomlinson
Finalmente eu consegui escrever alguma coisa que preste! hahaha Mil desculpas pela minha ausência esses dias; mas eu não estava conseguindo pensar e nem escrever… precisava colocar minha ideias em ordem. Escrevi esse com carinho! Beijos, e boa leitura!
Ah! Eu não fiz eles sendo cantores famosos; achei mais interessante fazer de outro jeito; mas eles todos se conhecem e são amigos! Espero que gostem!
* Pedido: Oba pedidos abertos :) pode fazer pra mim um imagine cm o Louis onde eles são melhores amigos e ela trabalha cm ele desde sempre até é amiga dos meninos mas ela é muito apaixonada por ele q não a vê assim, eles moram juntos e um dia eles tem uma briga bem feia onde ele chama ela de criança por não gostar de nenhuma garota q ele sai e por não arrumar um namorado pra faze ela menos rabugenta e ela diz q ama ele e sai chorando, ela some por uma semana e ele se arrepende, no fim eles ficam juntos.
Eu e Louis nos conhecemos na época da faculdade, e nos tornamos ótimos amigos. Ele cursava Comércio Exterior, e eu fazia Direito. Quando ele concluiu o curso, junto com mais alguns amigos seus, ele abriu uma empresa nesse ramo. A empresa crescia a cada dia, e ele foi se tornando um dos empresários mais bem sucedidos e importantes do país. Quando eu me formei, ele me convidou para trabalhar com ele; na área jurídica da empresa. E eu aceitei!
A empresa foi crescendo, e uma nova filial foi aberta em Los Angeles. E nós nos mudamos para lá. Eu e Louis passamos a morar juntos, no nosso apartamento.
Eu nos aproximamos muito, somos inseparáveis! E, por mais clichê que isso possa parecer, eu me apaixonei por ele. Eu me apaixonei pelo meu melhor amigo. Foi inevitável, e no coração a gente não manda. Simplesmente aconteceu. Mas ele nem sonha com isso e nem olha pra mim dessa forma. Ele me vê apenas como uma amiga, no máximo uma irmã de coração.
E isso, esse sentimento me impossibilita de me envolver com alguém. Eu não quero brincar com ninguém; não acho isso justo.
Como nós sempre brincamos: “ossos do ofício!”.
- S/A, cheguei! - ele disse entrando na minha sala.
- Oi, Louis! – disse ainda sem tirar os olhos dos meu computador. – Como foi com os “engravatados”?! – escuto ele rir e o encaro sorrindo.
- No início eles estavam irredutíveis. Mas eu consegui fazer com que eles mudassem de ideia! – sorri. – Eles vão fechar o contrato!
- Isso é ótimo! – vibrei junto com ele. – E merece uma comemoração! – ele sorriu e assentiu. – Falando nisso, os meninos estavam fazendo uma enquete pra decidir em qual barzinho vamos hoje!
- Ah! – coçou a nuca – Eu ia amar poder comemorar com vocês hoje. Mas eu marquei um outro compromisso… Eu vou sair com a Agatha hoje!
- Com a Agatha?! – perguntei quase sem acreditar. Ele não pode sair com essa garota.
- É! Nós vamos jantar juntos. – ele disse sorrindo. – Algum problema?
- Não. É que eu não gosto muito dela. Sei lá, ela não me desce. – ele riu.
- E quando é que você gosta de alguma garota que eu fico? – disse debochado e eu o encarei incrédula. – Ué! Falei alguma mentira?
- Não é bem assim, Louis. Eu só não vou com a cara dessa garota.
- Não é bem assim? – ele riu e me olhou. – Não é só com a cara dela que você não vai. (S/N), você não gosta de nenhuma garota que eu saio ou fico. Você sempre acha alguma coisa pra reclamar de cada uma.
- Onde você tá querendo chegar com essa conversa, Louis?
- Não tô querendo chegar em lugar nenhum. Eu só tô dizendo o que já é óbvio e todo mundo sabe. Você sempre reclama da meninas com quem eu fico. A menina pode ser maravilhosa; mas você sempre vai achar um defeito nela e vai ficar reclamando. Você parece uma criança as vezes.
- Criança? Você só se envolve com garotas erradas e eu que sou a criança?
- Ah, e quando uma delas vai ser a certa pra você!? – falou com desdém. – Sabe o que eu acho que você tá precisando? De um namorado. – o olhei incrédula. – É isso mesmo! Você está se tornando uma pessoa amarga, rabugenta. Você não era assim, e você precisa mudar isso.
- Ah, Louis, me poupe!
- Eu tô falando sério, (S/A). Eu não sei o que acontece com você; mas você nunca se envolve com ninguém, nunca se relacionada de verdade. Nunca. Olha, você é linda, é divertida, é simpática, inteligente; e merece ter alguém do seu lado. Você é a minha melhor amiga, nós vivemos juntos. Eu entendo essa sua proteção; mas as vezes você passa do limite. Eu não entendo esse seu receio com toda garota que eu me envolvo. Eu realmente queria entender. – ri amarga.
- Não é receio, e não é só proteção que me faz agir assim com qualquer garota que tenta entrar na sua vida. É ódio, raiva, inveja. – ele franziu o cenho. – Eu queria estar o lugar de cada uma delas. Eu queria poder estar do seu lado, mas como mulher; e não como uma amiga.
- (S/N)…
- O problema, Louis, é que eu te amo e queria que fosse eu no lugar delas. O problema é que eu me apaixonei por você.
- (S/N), não!
- Você queria entender, não queria? Então me deixa falar . – ele assentiu devagar. – Nós passamos a maior parte da nossa vida juntos, convivendo um com o outro diariamente. Nós sempre tivemos um bom relacionamento, sempre conversamos numa boa, nos divertimos juntos. Eu não queria. Mas quando eu percebi, eu já estava envolvida. E eu me apaixonei por você, o meu melhor amigo. – suspirei e senti algumas lágrimas começarem a escorrer pelo meu rosto. – Eu sei que você nunca me viu dessa forma, por isso eu decidi nunca contar isso. Seria o melhor. Mas isso, esse sentimento, me impede de conseguir ter alguma coisa mais séria com qualquer pessoa. Porque é sempre você. É sempre você que faz meu coração disparar, que me arranca suspiros inesperados, que me faz ficar com frio na barriga, é em você que eu penso o tempo todo.
- (S/N), eu nem sei o que dizer.
- Então não diz nada. – senti um nó se formar na minha garganta. – Eu sei o que você vai dizer: que você lamenta muito, mas que você não corresponde aos meus sentimentos; e que você só vê em mim uma amiga e uma irmã. E eu não te julgo por isso, eu entendo. Eu nem sei porquê eu te falei tudo isso. Seria melhor se você nunca soubesse. Eu sinto muito por isso, Louis. – suspirei, secando minhas lágrimas, e peguei minha bolsa. – Espero que você tenha um ótimo encontro hoje!
Sai da minha sala com a vontade de desabar e chorar até aquele buraco no meu peito cicatrizar. Ella, minha secretária, Diana, a copeira, e Niall, o único que sabia disso, estavam ali. Eu sabia que eles tinham escutado boa parte do que se tinha falado lá dentro, se não tudo. Mais um motivo para eu me odiar por ter contato isso pra ele, e ainda mais no nosso local de trabalho.
Eu sou uma completa idiota.
O final de semana passo tão rápido que mal pude me recuperar do que tinha acontecido. Eu não o vi durante o fim de semana, e nem fui pra casa. Optei por ficar na cada de uma amiga. Não queria correr o risco de esbarrar com ele dentro de casa. Precisava de um tempo pra mim.
E ele foi esperto o suficiente para entender isso, e não se deu ao trabalho de me procurar ou tentar falar comigo.
*
Louis point of view
*
Cheguei na empresa com a minha cabeça estourando. Eu tinha mil problemas para resolver, mas todos eles podiam esperar. Eu tinha um muito maior e muito mais importante para resolver.
- Bom dia, Ella! Preciso falar com a (S/A). – passei reto pela recepcionista e fui em direção da grande porta branca, onde era a sala da (S/N).
- Sr. Louis, bom dia. Eu lamento, mas a Srta. (S/N) não está. – parei no caminho e me virei para ela, sorrindo. Era realmente cedo para (S/N) já estar aqui. Ela sempre passa na sua cafeteria preferida antes de vir pra cá.
- Bom, então me avise quando ela chegar. Eu realmente preciso falar com ela, e é urgente.
- Ela não vem pra cá hoje. – a encarei confuso. – Na realidade, ela não vem para a empresa essa semana.
- Não?
- Não. Ela me pediu que passasse toda sua agenda por e-mail, e que eu passasse o link do site onde normalmente compramos nossas passagens aéreas.
- E pra onde ela foi?
- Ela não me disse, Sr. Tomlinson. Lamento! – apenas assenti e sai dali, atordoado.
Eu só conseguia pensar em onde a (S/N) poderia estar. Nós não nos vemos desde sexta-feira; quando tivemos aquela “briga”. Eu entendo que ela não queria conversar comigo, e precisava de um tempo sozinha. Mas ela simplesmente some, e eu fico sabendo pela secretária que ela não vem e que viajou para algum lugar, e ninguém sabe pra onde.
Onde é que você se meteu, (S/A)?!
- Louis! Cinco minutos para a reunião começar. Já estão todos na sala de reuniões do oitavo andar; só falta você.
- Não estou com cabeça pra isso agora. Eu preciso descobrir onde a (S/N) se meteu.
- Louis, volta pra realidade, meu amigo! Temos uma reunião importante agora, que demoramos meses pra conseguir marcar. É importante que todos estejam presente, principalmente o dono!
- Não dá! Eu tô preocupado com ela, ela sumiu desde sexta. E hoje, quando eu cheguei e que fui falar com ela, a secretária dela me disse que ela não vem hoje e nem essa semana para cá. Eu preciso saber onde ela está, preciso falar com ela.
- Eu entendo toda essa sua preocupação, e eu também estaria. Mas, acredite, não há com o que se preocupar. A (S/N) está bem!
- Niall, você sabe onde ela está?! – uma pontinha de esperança de conseguir falar com ela voltou a tomar conta de mim.
- Sei! Mas eu não vou te falar! – rolei os olhos.
- Ah, Horan! Eu preciso saber onde ela está, eu preciso falar com ela.
- Tudo que você precisa saber é que ela está bem. E, acima de tudo, você precisa ir naquela reunião. – o encarei com cara feia. – Dois minutos, Tomlinson. Estamos te esperando!
Sem mais outra alternativa, peguei as pastas que eu precisaria e fui para a tal maldita reunião; mas ainda sem conseguir parar de pensar nela.
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Pra você, amor (crônica de amor número 1).
Pra você, pela última vez.
Você era tudo que eu podia querer, amor. Você era meu dia preferido do ano, você era manhãs de frio com sol, você era cheiro de roupa recém lavada secando no varal, você era aconchego em uma noite fria dividindo uma manta, você era tudo que ouvimos falar sobre você a vida inteira e muito mais, amor. Você já apareceu pra mim de muitas maneiras diferentes: mais alto, mais temperamental, mais ciumento, mais complicado... Mas dessa vez amor, você era leve. E você foi tecendo tua presença e companhia constante até eu não conseguir mais diferenciar meus dedos, braços e pernas sem a tua fina costura os envolvendo. Você era como nos filmes de amor que eu gostava de assistir, e eu soube no minuto que demorei meu olhar sobre você naquela noite fria, que eu já te conhecia. Eu ouvi falar sobre você, nas minhas músicas, livros e poemas preferidos, como uma lenda. Era você, eu tinha certeza. Eu já havia experimentado doses homeopáticas de você, havia me convencido de que você era daquele jeito torto e errado mesmo, achei que os escritores e poetas tinham exagerado..., mas eu só não estava pronta pra você, não ainda amor. E quando finalmente eu te olhei nos olhos, eu mal pude acreditar, era você mesmo! Eu podia jurar que você nunca iria perder a graça, que eu nunca me enjoaria de você, que eu sempre estaria ali por você, amor. Afinal, era você mesmo, e supostamente você deveria durar pra sempre, foi assim que eu aprendi.
Até que algo mudou. Ela estava lá no dia e hora errada, uma peça do destino, penso. O que teria acontecido se ela tivesse ido dormir mais cedo aquele dia? O que teria acontecido se ela, subitamente tivesse sentido dor de cabeça, cólica, piriri? Me pego pensando nisso, e o quanto eu desejo que tivesse sido tudo diferente. Mas não foi. Eu vivo esquecendo das coisas, mas desse dia não. Eu revivi ele muitas vezes na minha cabeça. Eu tinha acabado de acordar, do seu lado, amor. E a notícia me veio como um choque: não teve dor de cabeça, cólica ou piriri pra impedir ela de estar lá, exatamente lá, aquela velocidade, com o carro acertando em cheio um poste. Acabou. Pra ela, e pra mim. De repente, eu não sentia mais o chão sob meus pés, nem tinha ar em meus pulmões. Você já tentou andar sem chão? Não dá, amor, nem tampouco respirar sem ar enchendo seus pulmões. Eu me senti um fantasma, beirando a centímetros do chão, asfixiando.
Foi então que eu olhei pra você, amor. Eu pensei que você devia ter um pouco de ar em seus pulmões pra me emprestar, e que você podia construir um chão pra mim. Afinal, você era você. Você devia ser capaz de tudo, foi assim que eu aprendi. Mas ao invés de ar e chão você me deu mais incertezas ainda, eu mal pude acreditar. Você era o amor, na minha cabeça você era sobre-humano, soberano. Quando eu vi você ali sem forças, eu não soube mais o que fazer. A quem eu iria recorrer então? Se você não podia me devolver o ar e a terra firme, ninguém mais poderia. E então eu fui embora.
Foi uma jornada cansativa, a cada passo no vazio que eu dava, eu achava que seria incapaz de dar o próximo. Eu olhava pra todos os rostos, desesperada. Eu tentava absorver cada expressão, cada inspirar e expirar, cada passo ousado deslizando em um chão firme, e pensava comigo mesma: Como eles conseguem? Um dia eu já fui assim? Nessa trajetória, amor, eu nem percebi que andava sem um braço. Eu deixei com você antes de ir, e nem me dei conta. Então lá estava eu: sem ela, sem um braço, sem ar, sem chão. E também sem você, amor. Ou sem o que eu imaginava de você, desiludida. E então ele apareceu.
Ele me disse que eu ainda era bonita, apesar das partes de mim que faltavam. Ele disse também que conseguiria me construir um chão e prometeu que logo eu teria de volta ar em meus pulmões. Eu fiquei deslumbrada, então era mesmo assim tão fácil? Pensei comigo mesma que você só não tinha se esforçado o suficiente, amor. Porque ali estava ele me jurando que tudo isso era possível, eu arfei em alívio e disse para nós irmos logo, eu mal podia esperar pra ver tudo que ele havia me dito que era capaz de fazer por mim. Mas havia uma condição: eu devia deixar ele fazer o trabalho dele, em silêncio, sem contar pra mais ninguém, ele me disse que ninguém mais seria capaz de entender o que ele faria comigo, então eu devia guardar esse segredo pra mim. E eu o fiz, amor. Ele me levou pra casa dele, no começo eu não entendi, como alguém como ele, com tanto poder e cheio de promessas, morava em um lugar tão escuro? Ele me disse novamente, que se escondia das pessoas porque elas não entendiam ele. Eu me dei por convencida, e então ele começou.
No início eu pensei que seria verdadeiramente curada, ele soprou ar gelado na minha boca e eu quase senti meus pulmões voltando a funcionar, mas ele me disse que aquele era só o começo. Novamente me pediu que eu fizesse silêncio. E então, dor. Eu sempre achei que essa tal cura que ele prometeu seria tranquila, como um remédio agindo silenciosamente. Mas não teve nada de silencioso, amor. Ele de repente mudou de feição, e ao invés de me reconstruir, começou a roubar novas partes de mim. Não foi como havia sido com você amor, ele ia arrancando partes de mim a força, mesmo que eu gritasse pra ele parar. Ele não parou, e se demorou sobre minhas vísceras e meu corpo exposto no chão. Quando ele se deu por satisfeito, me pegou nos braços e me jogou no meio da rua. Era frio, eu não conseguia andar, estava escuro e eu nunca me senti tão sozinha, amor. Então eu rastejei de volta pra algo que me parecia ser uma casa, e fiquei lá pelo que pareceu ser muito tempo. Sozinha, sem pedaços de mim que eu nem sabia que ainda podia perder, sem chão, sem ar, sem ela, e sem você, amor. Sem ele também, que por sorte se cansou de me machucar. O que eu faria?
E então eu fiz a coisa mais egoísta que eu consegui pensar: chamei você. Você veio na mesma hora, amor. Antes, porém de te ver, eu vesti uma máscara, limpei meus ferimentos e os escondi. Não queria que você me visse daquela maneira, mas eu ainda precisava de você. Você me olhou assustado, já não sabia se ainda me conhecia. Mas eu te garanti que era a mesma, então você se deu por convencido. O que eu não percebi na época, era que ele também havia roubado minha capacidade de sensibilidade, então eu não percebi o quanto eu te puxava pra perto amor, e o quanto isso machucava você, o quanto eu roubei o ar dos teus pulmões e te deixei asfixiando. O quanto eu roubei partes de você pra me recompor. Recuperei meu braço, e peguei todas as outras partes que ele havia me roubado, de você. E depois que eu fiz tudo isso, você parecia que não era mais o mesmo, amor. Claro, eu havia feito o brilho nos olhos que você tinha quando olhava pra mim, sumir. No lugar dele havia rancor e mágoa. Eu nem me importei, pois estava novinha em folha. Então eu fui embora, dessa vez andando com as suas pernas roubadas e com todo ar que eu pude encher meus pulmões antes de te mandar embora. E você foi para outros braços, tentando achar uma cura.
De vez em quando, você me chamava só pra me lembrar do mal que eu havia te feito, e eu te respondia dizendo que você também havia me decepcionado quando não foi capaz de me ajudar a me reerguer, então me justificava dizendo que minha única alternativa foi fazer o que fiz.
E então eu comecei a trilhar um novo caminho, um caminho com pessoas novas, que também tinham marcas e costuras, assim como eu. Lá, ninguém estranhou quando eu cheguei com partes de outra pessoa, e pedaços faltando. Eles também eram assim. Logo no primeiro dia eu conheci uma menina que me ensinou algumas palavras e cores novas, que eu nunca imaginei que pudessem existir. Essas palavras vindas dela, me preencheram de um jeito bom. Em contrapartida, eu ensinei a ela sobre você, amor. Ela mal pode acreditar que você existia, mas eu jurei pra ela que era real, e que dali a algum tempo, ela também encontraria com você. Fomos eu e ela com nossos pedaços faltantes e costuras malfeitas, seguindo nesse caminho de coisas novas. Aos poucos nos preenchemos com novas músicas, novos filmes e principalmente novos livros. No começo ela me ensinou tudo sobre eles, e eu gostei tanto de ouvir ela falando sobre as palavras que havia lido, que eu resolvi ler junto com ela. E até hoje esses são meus livros preferidos, eles me ensinaram muita coisa sobre mim, sobre você, e sobre o que havíamos feito um com o outro. A menina, por sua vez, continuava me mostrando as cores que ela descobria à medida que andávamos. Nesse caminho, encontramos outras pessoas, algumas pessoas alegres e divertidas que deram ainda mais música e cores aos nossos dias, e também algumas pessoas que não entendiam do que nós ríamos, e tentavam controlar nosso caminho. Mas de todo modo, eram pessoas iguais a nós, cheias de faltas, costuras, palavras e cores. Então nós deixamos elas virem conosco.
Nesse caminho eu também encontrei um menino. Ele tinha cachinhos no cabelo e era todo amarelo, como o sol. Ele não era como você, amor, tão tranquilo e leve. Mas também não era como ele, que tirou pedaços de mim. Esse menino era singular a sua própria maneira, um menino que me mostrou seus discos e seus livros, que eram diferentes dos meus, mas ainda sim faziam sentido. Esse menino era bem incomum, ele se preocupava demais com todos a sua volta. Queria dar ar, comida, chão, teto e livros pra todo mundo, e lutava pra que isso acontecesse. Eu achava mágico. Ele me beijava de um jeito diferente de você, não era como nos meus filmes, era menos idealizado e mais real, sabe? Aos poucos criei um lar bem aconchegante em meio a essas novas pessoas. No meu lar tinha meu mais novo amor, minhas músicas, meus livros, as cores de uma amiga, as comidas reconfortantes de outra, os conselhos de uma terceira. As vezes eu voltava pra minha antiga casa, onde achava tudo do jeito que eu havia deixado, minha mãe a me esperar, minha cachorra me dando carinho, meus avós com todo afeto do mundo, e alguns poucos amigos que me viram crescer de longe, e sempre torceram por mim, esses poucos amigos e amigas aguardavam ansiosos para que me vissem sendo feliz de novo. Eu estava confortável nesse novo lar, com algumas raízes no antigo. Eu conseguia ser feliz até mesmo sozinha, nos poucos momentos que eu não estava cercada das minhas novas e antigas companhias, e isso era novidade pra mim, eu nunca antes tinha conseguido ser feliz sozinha, fiquei orgulhosa de mim. E então de novo, você apareceu.
Acho que na minha cabeça e no meu coração, você sempre esteve lá, amor. Você esteve como uma possibilidade, à espreita. Bem lá no fundo, eu pensava que gostaria muito que você me conhecesse de novo, gostaria de apresentar essa nova eu, a você. Mas você voltou com uma novidade que impediria que isso algum dia acontecesse, você voltou com uma novidade que encerrava de vez nosso ciclo. Era nosso fim, amor. Você conseguiu uma cura nos braços de alguém que eu mesma te empurrei, e com essa pessoa você também construiu uma casa, um lar e agora, uma família. Foi difícil. Eu fingi que estava feliz por você, afinal eu te devia isso. Mas no fundo eu estava em cacos, completamente partida. Como eu iria conviver com o fato de que não havia mais futuro pra nós dois, amor? Isso acabou comigo.
Até hoje, eu sinto um sentimento de estranheza quando penso em você sendo tão feliz com outra pessoa, o que é ridículo porque eu também sou feliz, do mesmo tanto, com outra pessoa, aliás, com outras pessoas. Então essa é – eu acho – a minha despedida final. Não espero algum dia ter coragem de dizer isso tudo pra você, mas eu acho que no fundo você sabe, você ainda me conhece o suficiente pra saber.
Te desejo o melhor, amor. Obrigada pela visita.
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