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prometeu demais e entregou tudo!
Parecia que abandonei o meu blog pessoal? Sim. Até eu me dizia isso. Mas agora estou sentindo que tenho muito tempo livre, e resolvi voltar. Eu parei de escrever sobre os livros, apesar de nunca ter sido algo constante, mas isso não quer dizer que eu parei de ler. Só que parei de escrever e postar aqui. Resolvi voltar e voltei.
Senti que faltava um amigo que pudesse me escutar (ou ler) sobre minhas últimas leituras, que, na minha humilde opinião, melhoraram bastante desde “Silent Vows”. Mas também fiquei bastante crítica. Às vezes, ler um livro desse calibre faz coisas com uma pessoa.
Comecei a pegar o ritmo de livros clássicos por conta da faculdade, e é uma coisa diferente. Um sentimento diferente. É engraçado notar como meu gosto por livros foi mudando. Hoje, muito dificilmente vou pegar um Percy Jackson da vida, mas isso não quer dizer que não lerei um Percy Jackson da vida. O que quero expressar é que meu gosto mudou com a minha idade, mas ainda continua o mesmo. Entendeu? Não? Tudo bem, porque para mim faz sentido. E, numa dessas leituras, acabei lendo Frankenstein, da queridíssima Mary Shelley. Ela é realmente uma querida com uma cabeça totalmente perturbada, mas eu a amo.
Frankenstein, ou O Prometeu Moderno é tudo aquilo que você não achava que seria. Acho que todos que não conhecem acham que é um cientista louco que cria o monstro em um castelo mal-assombrado, com chuvas e trovões, mas a verdade é que não é isso. Pois é. Fiquei chocada.
Nossa mas quem é Prometeu? E porque é moderno? Prometeu foi um titã da mitologia grega, que foi incumbido de criar os animais, e roubou o fogo para dar de presente para nós, meros humanos, o que nós deu superioridade sobre os outros animais. E o que fizeram com ele? Botaram ele preso, enquanto um corvo comia o fígado dele. Ah, a mitologia grega né.
Achava que conhecia a história do Frankenstein até de fato ler a história do Frankenstein. É muito mais do que a história de um cientista doido. Agora, um momento sério, o livro tem implicações religiosas e filosóficas.
O livro no final é uma boneca russa, uma história dentro de uma história dentro de outra história.
De início, temos Capitão Walton, um explorador que resolve… explorar. Pegou o navio dele, e foi rumo ao Polo Norte. E ele está lá, de boas, explorando, e o barco dele fica preso em meio a gelo e neve, e bem ao longe, ele vê uma figura enorme, bem grande, sendo puxada por cachorros e ele fica bem encucado. Não é todo dia que se vê um homem correndo em baixas temperaturas. E mesmo à distância, conseguia ver que o homem era grande. Uma baita de uma visão. E quando o barco se solta do gelo um dia depois, ele encontra Victor Frankenstein! Meu Deus. Outro homem nessa imensidão de gelo. E digo mais, o Frankenstein não é o monstro.
Enfim, Walton acolhe Frankenstein, e este, já pelas últimas, resolve contar a história dele, sobre sua irmã, seu irmão, seu amigo Clerval e sobre como ele, em um momento de loucura em que achou que iria desafiar Deus, criou um monstro. Esse monstro cruel e rude, que foi solto pelo mundo, querendo cometer atrocidades a todos e estava atormentando o pobre do Victor.
Voltando um pouco a parte do Prometeu, uma pesquisa básica vai mostrar muito mais significados, mas nunca saberemos qual é verdadeiro, já que a Mary Shelley está morta. Mas, juntando dois mais dois, temos mais ou menos a premissa de Frankenstein. Um criador que, após ir contra Deus ou deuses, sofre as consequências por suas próprias ações. Daí ele é moderno, porque 1818 já foi moderno um dia.
Cá entre nós, para mim o livro é sobre preconceito contra feios. Não quero falar demais da história que Frankenstein conta a Walton pois é parte importante do livro e do enredo.
O livro é muito bom e entrou na lista dos meus livros favoritos, mas é bem denso de ler. Assim que acaba, percebe como várias histórias, filmes e conceitos foram inspirados no livro, o mais recente sendo o filme “Pobre Criaturas”, com a Emma Stone. Infelizmente, nunca vi nenhuma adaptação cinematográfica de Frankenstein porque meu cérebro não aguenta ver uma tela, sem querer abrir o YouTube. Enfim: recomendo demais.
#livro#resenha#resenhas#livros#crítica literária#frankenstein#mary shelley#o prometeu moderno#modern prometheus#mary shelly's frankenstein
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fui dormir muda, acordei calada
Tenho o desprazer de confirmar que minha primeira leitura, de livro, do ano foi uma merda. Eu não sei porque eu continuo dando murro em ponta de faca e lendo dark romance, não sei o que eu acho que vai acontecer, se eu vou ter uma revelação, ou se eu espero algo totalmente diferente de dark romance. Eu devo gostar dessa tortura de ler esse gênero.
Silent Vows é sobre uma querida não tão querida que resolve ficar muda, Naomi, porque o pai dela matou a mãe dela. Quando eu descrevo assim, parece um motivo idiota, mas fica ainda mais idiota, quando coloca a merda da máfia no meio, porque, além disso tudo, ela ficou prometida para um sarado rude, machista encubado, e da máfia, porque ela também é da máfia.
Prometida é um eufemismo. Ela foi escolhida por Conner, um mafioso da família irlandesa, porque ela era muda. Mas convenientemente, ao decorrer do livro, vamos esquecer essa parte. Ele a escolheu por causa dos olhos. Sim, foi exatamente por isso.
Então temos a muda de Taubaté Noemi, que tem que casar com o Conner por convivência, mas também quer usar essa casamento como uma forma de salvar seu irmão estúpido, que venera o pai deles, dessa família tóxica.
Esse livro não faz sentido nenhum, sabe.
O motivo do assassinato da mãe da Noemi (sem nome) é um grande mistério, mas no fnal é o motivo mais tosco que não precisa de tanta carga emocional. Todo o livro é uma carga emocional totalmente desnecessária.
A Noemi fica batendo nessa tecla que o pai dela é isso, que o pai dela é aquilo, que ele matou a mãe dela. Mas Noemi, perguntaram para ela, sua mãe sofria abuso do seu pai? E ela respondia não sei, mas ele segurou meu pulso a ponto de ficar roxo, e fica me ameaçando psicologicamente para não abrir a boca, por isso eu sou muda.
Nossa, então é esse o motivo dela ser muda? Sim.
Noemi sabe porque a mãe dela foi morta por seu pai, e o pai dela a força ficar caladinha, porque senão o irmão dela sofrerá as consequências.
O livro todo é sem sentido, nada se vinga e é uma baboseira sem fim. O Conner é um idiota, que só sabe jogar masculinidade para cima dos outros, a Noemi é só mais uma porta que os protagonistas masculinos chamam de “baixinha invocada”. Essa é a pior parte, sabe. O Conner falou que a Noemi era sarcástica só lendo um papelzinho que ela escreveu, porque até ela começar a falar de novo, ela falava por papelzinho.
Outra coisa, até que para alguém que não queria falar, spoiler, ela volta a falar até que bem rápido. E olha só quem foi que a obrigou a falar, foi contra o desejo dela de ficar muda, o noivinho dela.
Nem vou entrar no mérito de como achei esse livro um propaganda religiosa. Não estou a fim de falar dessa merda mais.
Odiei minha leitura, não recomendo, tem dark romance melhor do que essa bomba atômica.
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fatos e desprezo
Fato: eu só iria escrever isso depois que terminasse a série de livros Corte de Espinhos e Rosas, mas aí, eu vi a quantidade de páginas do quinto livro e pensei “se for escrever depois que terminar, só em 2025”. Mas, confesso, o fato de demorar mais de três anos para terminar de ler um livro da Sarah J. Maas, não é somente pelo número de páginas, que vai aumentando de acordo com o número de livros. Os livros são maçantes.
Eu digo isso depois de demorar dois anos para terminar o terceiro livro, e quando achei que tinha terminado a série, que até o meu conhecimento, era um trilogia, me deparei com algo curioso. E esse algo é a existência de mais dois livros… Até agora. Pois eu não faço ideia se vai ter um sexto, porque ainda não li o quinto.
Para os leigos, que vivem em uma caverna, Corte de espinhos e rosas é uma releitura do conto “A bela e a fera”, assim como todos os livros da Sarah J. Mass que são uma releitura. Temos a pobre e magrela, mas ainda padrão, Feyre, que vive com suas duas irmãs e um pai com depressão. E tal qual Katniss Everdeen, ela sai para caçar e prover uma refeição para sua família. Enfim, durante uma de suas caçadas ela mata um lobo, que descobre ser um feérico, um ser lindo e padrão também, que se disfarça de lobo, aí chega o senhor desse feérico, que é um Grão-feérico, e leva a menina como forma de pagamento por ter matado o “macho”.
Personagens padrões, histórias genéricas.
A Feyre fica lá no castelo do macho, e começa a rolar uma “química” entre os dois, e enquanto vai passando a história, alguns segredos são revelados, carapuças são servidas e máscaras caem ao chão (literalmente).
A lista de problemáticas para essa série de livros é intensa, mas também, se você pegar qualquer livro érotico escrito por esses últimos anos, terá as mesmas problemáticas. Homens arrogantes, mulheres burras, violência disfarçada de amor, abuso, etc. Minha ressalva para com esse tipos de livros é apenas que estamos em um país livre, graças a deus, mas isso deixa espaço para uma pessoa ler qualquer coisa, e se uma criança pegar um livro desses, aí é hora de chamar o conselho tutelar.
Agora já tirando o grande elefante do cômodo, vamos passar para esse enredo. Como mencionado, a personagem principal é levada como forma de pagamento por ter matado o lobo que na verdade era um servo desse homem, lindo (discutível), cheiroso (ou nem tanto) e padrão, Tamlim.
Juntando os fatos, de que é uma releitura de “A bela e a fera”, mais que a Feyre é levada como forma de pagamento, somos levados a pensar que é a história fica por aí mesmo, mas não. Nesse meio tempo, aparecem outros personagens, como Amarantha e Rhysand, personagens que têm mais peso na história conforme vai passando. E se está reconhecendo o nome Rhysand, saiba que isso, então, virou um spoiler, porque é exatamente o que você está pensando.
Agora que temos a base, mas somente do primeiro livro, quero começar minhas considerações.
Como declarado anteriormente, esse livro tem alguns temas mais adultos, que são abordados de forma meio complicada e leve. Por isso eu chamo o conselho tutelar quando vejo uma criança lendo. Não que não seja a favor da leitura, ainda mais ditar sobre o que uma pessoa deve ler, minha argumentação é no sentido de maturidade para ler, ter um conhecimento de como ler o livro. Quer ler Corte de espinhos e rosas? Por favor, leia, mas tenha a mente aberta para entender que um relacionamento não é assim. Não se deve basear um relacionamento assim.
Que deixei claro que sou a favor da leitura com consciência já está claro. Agora devo dizer porque você não deve ler o livro.
Minha história com essa série começa a uns quatro anos atrás quando eu comprei a até então, trilogia. Fui totalmente cega, mas reconhecia a autora, já que tinha lido o primeiro livro de “Trono de Vidro”. Meu erro.
O primeiro livro é vagaroso, maçante e não vai para a frente até o finalzinho. O segundo é uma enrolação de linguiça sem fim. O terceiro? Uma junção do primeiro, com esse ritmo fraco, e do segundo, muitas palavras para um significado mixuruca. Em algum momento tem uma guerra acontecendo, mas é tanta “a guerra está vindo”, “a guerra irá dizimar a gente”, “a guerra”, que a guerra de fato só acontece nas últimas 100 páginas do livro. Agora como uma guerra será bem abordada em cem páginas? Bom, nesse caso não foi.
E então, eu comecei a ler o quarto livro que é como se fosse um prólogo, um tempo já tinha passado desde a guerra, mas ainda nos deparamos com os mesmos personagens sem carisma, e sem aprofundamento nenhum.
Nestha, estou falando de você.
E aqui, deixo meu mais profundo toma no cu para essa personagem em específico, porque ela é chata para o caralho, não tem desenvolvimento, é burra, e descartável. Assim como a outra irmã da Feyre, uma pamonha com nome de Elain. As duas não merecem os finais que receberam, aliás ela nem deveriam estar ai. Quero nem entrar no mérito do pai delas. Para mim, só há um que presta nessa história toda, e ele não teve um final bom.
Sobre o quarto livro da série, após eu ler, percebi que a SJM só é boa escrevendo coisas cotidianas. O conhecimento e a escrita dela para com assuntos mais profundos é zero. Não que esse quarto livro seja uma obra prima, afinal uma maçã não cai muito longe da árvore; filho de peixe, peixinho é.
Não, eu não recomendo o livro. Creio que tenha fanfic com mais substância.
Mas se quiser ler, leia. Isso aqui é palavras de uma desconhecida.
Quando eu crítico um livro, isso não quer dizer que eu possa escrever melhor (mas talvez eu possa, não sei), só quer dizer que eu gosto de criticar. E como eu disse, se quiser ler, apenas leia. Mas a série de Corte de Espinhos e Rosas não é lá tudo isso que falam.
#resenha#resenhas#livro#livros#acotar#corte de espinhos e rosas#a court of thorns and roses#sarah j. maas#crítica literária
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já estava preparando o caixão
Sim, eu morri. Mas eu voltei, dessa vez para falar de “A rainha vermelha”.
Devo mencionar minhas primeiras impressões quando o livro foi lançado lá em 2016. O mundo dos livros, que ainda se recuperava de Jogos Vorazes, procurava ansiosamente e desesperadamente um livro futurístico com criticas sociais foda. Foi durante essa época em que o maravilhoso (ironia) “A seleção”, que dispensa apresentações, começou a tomar grandes proporções.
“A Seleção” não é bom. Minha opinião. #faleitoleve. Eu li, tenho propriedade para falar. Após ler em meu face, percebi como essa série de livros não é muito boa. E não, eu não recomendo “A Seleção”. Vai ler outra coisa. “A Rainha Vermelha” meio que surgiu nesse limbo e quando lançou eu queria, mas não comprei. E por um tempo, ficou na minha lista de livros a serem lidos em um futuro distante.
Mas nossa! O que isso tudo tem a ver com “A Seleção”? Falem bem ou falem mal, mas falem de mim, né “A Seleção”. Mas tem um propósito por trás disso. Foi por causa de “A Seleção” que eu não voltei a procurar sobre o livro, meio que me deixou com trauma com esse tipo de livro, sabe? Um livro separado por pobres e ricos que vivem em uma monarquia? E a menina pobre e o menino príncipe? Poderia ficar aqui e colocar outras comparações, e como já diria Taylor Swift: “eu acho que já vi esse filme antes, e não gostei do final.” Por isso minha relutância.
E agora vem um grande porém: eu agradeço por isso, por não ter lido antes. Tenho a impressão que se eu tivesse lido na época de lançamento, eu iria gostar, mas depois passaria a odiar, tal qual foi com “Divergente”. Mas eu li esse ano, e isso é o que importa, e eu gostei, isso também importa.
Já não sou mais a mesma pessoa que antes, tenho mais bagagens nas costas para poder apreciar livros ruins, mais critérios a serem levados em consideração ao ler uma obra literária, enquanto não considero certos critérios para avaliar uma obra de acordo com meu umbigo. Não que “A Rainha Vermelha” seja ruim, existe livro para todo gosto. Mas tenho a impressão que se tivesse lido até mesmo no início desse ano, minha opinião sobre o livro seria bastante diferente.
Mas o que me fez ler? Talvez seja pela minha ânsia, pela minha procura, de ter ficado três meses sem ler, e por consequência, querer ler algo leve e não achando isso em livros eróticos, que não tem plot, apenas corpos nus, e porque todos que eu li eram muito, mas muito ruins mesmo, eu comecei a ler “A Rainha Vermelha”. Então você começou a ler por falta de opção? A verdade é que eu comecei a ler porque eu vi um TikTok da autora sobre a escrita e privilégios. Gritei “FADA SENSATA” e peguei o livro para ler.
“A Rainha Vermelha” é sobre um mundo onde as pessoas são divididas entre sangue vermelho e prateado, sendo os prateados os opressores, e não bastasse, eles também tem poder. Tipo, poder mesmo. De controlar água ou fogo, de fazer nascer lindas plantas da flora local, super força, e coisas do tipo; e eu não tinha me atentado a esse fato até eu ler uma parte do livro que comenta sobre os poderes dos prateados. E confesso que achei meio tosco quando descobri isso, porque eu não fazia a mínima ideia que tinha poder. Achava que era uma A seleção 2.0 até pouco tempo.
Aí a Mare Barrow, personagem principal que é uma vermelha, vai trabalhar no castelo por alguns motivos bem básicos e previsíveis. E em um certo ponto do livro, ela descobre que tem poderes, como se fosse uma prateada. Mas como ela teria condições de ter um poder exclusivo aos prateados sendo ela, uma vermelha? Mistérios. A sobrancelha da MC Mirella.
E não sei se ficou claro quanto a menção de príncipe e castelo, mas nessa história, tem uma monarquia absolutista e opressora. Como iria ser um futuro distópico, com fantasia, sem uma monarquia tirana?
Então, ao longo do livro a Mare tenta viver essa nova vida, que foi mudada drasticamente, com poderes, e ao mesmo tempo, o reino tenta lidar com rebeldes com causa, devo dizer, que querem mudar essa dicotomia entre os prateados e vermelhos. Felipe Neto veja isto. Faça um tweet no Twitter pro Monark comentar no podcast dele depois.
Eu mencionei que o sangue das pessoas prateadas são prateadas e o das vermelhas são vermelhas? Pois são. Achei curioso, estranho e meio sem graça pra falar a verdade. Fiquei o livro todo tentando imaginar um sangue prateado, mas não me desce, apesar de fazer todo o sentido na história.
Uma parte ruim do livro, para mim, e como, de uma hora para a outra, tem um sentimento. Porque do nada uma personagem x tem sentimentos pela personagem y, e é algo que é tão rápido, que parece até tosco. Mas daí, eu lembrei que é um YA, e ficou tudo bem. Realmente ficou tudo bem? Tipo, a construção do mundo foi muito bem feita, a história muito bem pensada, apesar de ter alguns plot twist que estão na cara. Digitando com a pés pois minhas mãos estão ocupadas batendo palmas .
E aqui, eu deixo um plot twist básico mas que me deixou de queixo caído, pois apesar de esperar eu não esperava. Especificamente no capítulo 26. Até a autora tem o maior prazer de fazer TikTok enaltecendo o capítulo 26, pois ela fez isso. E eu vi. E fiquei com mais vontade de ler depois do TikTok.
E também, e com grande prazer, eu digo em como os personagens são bem construídos. Personagens, não relacionamento dos personagens, tem uma diferença. Que desenvolvimento maravilhoso. Poderia passar algumas boas horas falando em como não houve desvio de personagens e como consegue perceber o ponto de ruptura de cada (aprendi essa outro dia), mesmo sendo um livro retratado em primeira pessoa, mais especificamente pelo ponto de vista da Mare.
Voltando um pouco sobre como eu odiaria esse livro se tivesse lido no início do ano, expondo os fatos: teria odiado. Primeiro que não levaria em conta o público alvo do livro, que não seria eu. Todos sabemos que um livro tem um público alvo, e eu já passei da idade de ser um público alvo para “A Rainha Vermelha”, mesmo que tenha convergência sobre até que idade vai um jovem adulto.
Vamos desconstruir tabus. Livros são para quem quer ler.
Mas a escrita simples do livro, dá uma coisa mais simples. Até porque o tipo de linguagem do livro é algo que atrai quem está começando a ler, é fácil, divertida. Ninguém que começou a ler um livro ontem vai querer começar com As crônicas do gelo e fogo, né? Cada livro é um trambolho com mais de setecentas páginas, sem contar que a diagramação é ótima para quem tem hipermetropia.
No início do ano estava em uma vibe bem elitista, sabe? Por isso eu digo que odiaria. Sem contar que, para mim, YA era “A culpa das estrelas” para baixo, mas sou uma nova mulher, aprendi com a mamacita.
Recomendo? Sim, óbvio, claro.
Um ps.: enquanto escrevia isso, estava lendo (e ainda estou) o segundo livro e a escrita mudou muito, e para melhor do que já era. Uma delicia. E, uma dica, não procure spoiler. Não faça como eu e procure spoiler e ai começa a chorar e soluçar de tristeza. Se contenha de procurar spoiler sobre o livro. Ou não. Procure spoiler.
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três por um
E hoje ofereço a você minha crítica sobre três livros. Três livros? Três livros! E amanhã? Não sei.
O primeiro deles é de contos, e o segundo também é um conto e o terceiro... é um conto? Não, é uma HQ. E isso são livros? Afinal, o que caracteriza um livro? Pois eu não sei, e não estou aqui para dissertar sobre o que configura um livro.
Sinos por toda a parte, o primeiro que terminei nessa sequência de livros, nessa pequena adrenalina de ler enquanto deveria ter feito outras coisas. Enfim, são contos sobre a bissexualidade, mas não necessariamente só sobre isso. Foi uma leitura rápida, fácil e leve. Tirando “Fígado”, o conto que eu mais gostei, mas que não se encaixa em nada com o resto dos contos, é meio... pesado. Todos têm um conceito mais aberto, sabe, como uma cozinha que é sala também. Contém algumas críticas sociais fodas, mas não é do tipo do QuebrandoTabu, é mais um contexto de um personagem da história que te faz pensar em alguns conceitos sociais impostos, bem, pela sociedade patriarcal e conservadora. Mentira. Mas tem um pouco de verdade nas minhas palavras, então me leve um pouco a sério, confia.
E assim também, não foi meu ápice da leitura, conquanto não quer dizer que seja ruim, é bom, mas não é para mim. Tem uma escrita boa, e como mencionei, é muito fácil de entender e são contos, são pequenos. Mas eu recomendo.
Vendedora de calcinhas usadas e outros profissionais são contos que contam (repetitivo?) sobre a vida de quatro pessoas que a princípio parecem histórias meio avulsas, mas todas são conectadas. Bem interessante, nota 8/10. Na minha singela opinião eu gostei bastante, já que é meio sobre como as pessoas transparecem ser algo que elas não são, o quão longe guardam segredos e até que ponto conseguem fazer isso. Ou seja, mais uma crítica social. O QuebrandoTabu deve tá adorando.
A única coisa que não deixou o livro com uma perfeita nota 10, foi pelo final aberto, parece muito… simples? Talvez seja isso. Eu gosto de finais abertos, mas esse ficou completamente estranho se você levar em conta todos os contos. Foi algo completamente aleatório, que eu esperava mais, dada a história. Tem todo esse segredo que fica intrínseco, e que é movido pela ignorância, pelo egoísmo, por querer ser mais do que é possível, e o final pareceu um final de capítulo de uma história mixuruca. Foi tão sem graça, se comparado com toda essa bagagem que o livro te deu, e não foi um final digno. Mas recomendo, muito.
O terceiro, e último, Alena, que é uma HQ. Devo advertir, contém gatilhos. Temos sangue, tentativa de estupro, bullying e suicídio. E, acrescentando, não foi lá grande coisa, apesar de ter gostado. Aliás todos os 3 tem um final aberto, e foi pura coincidência.
Na história, temos Alena, que dá nome a HQ, uma pobre menina (ela é realmente pobre) que vai para uma escola de ricos, e ela tinha uma best, tinha no passado, já que ela cometeu suicídio, ou será que não foi suicídio? Questionamento. E depois disso, a Alena já não é a mesma. Devo mencionar, também, que o enredo foi meio previsível, sabe, apesar de o final ser algo diferente do que eu esperava, logo não foi previsível, mas de certa forma foi previsível. Acho que talvez pelo clichê garota pobre, sem amigos, bullying, uma escola de ricos, com o adicional de ser uma HQ de terror/horror.
Mais clichê? Só se ela gostar do mais menino mais popular, por quem a menina mais popular gosta. Opa, parece que temos isso também.
Precisa escrever mais ou ainda não pegou o clichê romântico que pode ser de terror/horror de acordo com o autor? Eu recomendo? Talvez não. Achei a história básica demais, mas eu gostei, mas é fraca em alguns aspectos de aprofundamento e desenvolvimento em outros. Como o porquê da Alena ter ido estudar naquela escola? E quanto a valentona lá? O autor tocou em um ponto interessante, mas decidiu deixar pra lá. E ao menino que ela gostava? Porque? Tantas perguntas sem respostas.
Quando eu escrevo assim, parece algo básico, mas ainda é uma HQ com temas violentos e que podem deixar alguns desconfortáveis.
Mas talvez seja porque é um HQ com apenas um volume, tenha condensado a história, mas isso não invalida meu ponto de vista, eu quis criticar a obra, então eu critico.
Enfim, acabou. Foi isso que eu li.
#resenha#resenhas#livro#livros#conto#sinos por toda parte#autor nacional#Vendedora de calcinhas usadas e outros profissionais#alena#Kim Andersson#Felipe L. Cavalcante#Mariana de Lacerda#crítica literária
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um desabafo, talvez, para um ninguém a não ser eu mesma
A internet pode ser um lugar perigoso cheio de opiniões alheias, como a minha. É sobre isso, aliás, que se trata a internet, opiniões alheias. Como a minha.
Enfim, um dia, estava pensando sobre minhas críticas literárias, que podem ou não ser construtivas dependendo do seu ponto de vista, e pensei “será que não fui muito cruel escrevendo essas coisas?”, e cheguei até a me questionar se eu lia por prazer ou simplesmente para achar erros e falar sobre esses erros e no final soltar um mas quem sou eu para julgar. E, então eu me transcendi espiritualmente, e enfim encarei meus medos e dei de cara com a verdade: eu lia já pensando que o livro era ruim. É sobre isso, e a partir de hoje, ou alguns dias atrás ou sei lá, resolvi mudar meu mindset depois de ter passado por um brainstorm, um novo branding. Agora sou uma nova eu. Ainda vou falar mal se for preciso, mas tentarei falar bem também. Quero abordar um novo jeito, faz parte do meu novo branding.
Então hoje eu vou ler como se o livro fosse bom, e também tentar ler mais, porque se tem uma coisa que eu não estou fazendo, essa coisa é ler.
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Verity
Esse foi um daqueles livros em que odiei, mas não porque o livro é ruim. Gosto de pensar que a autora queria que fosse assim, ou talvez não, eu que estou pensando demais e peguei a ideia errada. Mas o bom é que livros tem muitas interpretações e você pode interpretar do jeito que quiser.
Verity é sobre uma escritora medíocre e ordinária, que faz o mínimo para sobreviver, mas de alguma forma ela é contratada para ser coautora de um livro de sucesso, já que a autora, Verity, está incapacitada. É isso. Ai a Lowen, a mulher medíocre, vai morar na mansão da jamais igualada Verity para poder entender melhor sobre os livros que ela irá dar continuidade.
Na sinopse do livro no site da Amazon há a seguinte frase: “três mentes doentias”, e bota doentia nisso. Já no início do livro já temos uma vaga demonstração como é a capacidade mental dos personagens de lidar com trauma. Psiquiatra? Nunca ouvi falar.
Enfim, algumas vezes eu me surpreendo com a falta de comunicação, com os males que sua ausência causa. Nós, seres humanos e pensantes, podemos falar e acho que em alguns casos esse processo de troca de informações entre interlocutores por meio de signos e regras semióticas, que provocam uma resposta é a melhor das soluções, melhor do que ser resolvida no soco. No caso desse livro eu apostaria em um soco seguido dessa interação social primária entre os lados conflitantes.
Uma coisa que não sei se vale a pena mencionar, ou talvez vale, é quantidade de sexo que tem no livro. Já li livros eróticos com menos cenas de sexo do que esse livro. Então se você é sensível a sexo, ou descrições de boquete, beijos “cheios de respeito e luxúria”, não leia esse livro porque tem demais. Me pergunto o que é beijar com respeito e luxúria.
Tem tanto que até parece caricato esse apelo pelo grotesco. Não é comum (pelo meu ponto de vista) ter tantos momentos íntimos entre duas pessoas em livros de suspense e/ou thriller. Mesmo que demais, acho que é essa a característica que diferencia e faz com que Verity não seja como os outros livros. É tipo querer ver vídeos de acidentes. As pessoas gostam de uma tragédia, gostam de ver humanos em seu instinto animalesco, de mostrar que a realidade é assim, em nosso âmago profundo todos temos esse instinto feroz e insaciável, uma tensão sexual com o marido de uma autora que está incapacitada e não conseguimos suprir, que nos envolve e sei lá mais o que. A degradação do indivíduo é a melhor aposta para um livro ser considerado bom?
Uma vez me deparei com o conceito de personagens que são burros a favor da história. Por exemplo, abrir a porta do quarto que guarda um mal devastador por curiosidade, mesmo sabendo que lá dentro existe esse mal e ele não pode escapar, e não, não estou falando de nenhum livro ou mídia de entretenimentos. Se é algo que você reconhece é pura coincidência. Não há ironia nessa frase.
E o que quero com isso, em resumo, é descrever sobre ser burro em favor do plot da história. Só que a Lowen, ela não é burra em um momento, ela é burra em geral. A sua capacidade de resolução de problemas me fez desconfiar em como ela conseguiu escrever um livro, publicar, e ser chamada para trabalhar com uma autora de sucesso. Tal capacidade se tornou proeminente quando ela conheceu o Jeremy. Eles dois simplesmente não conseguem resolver problemas. Tudo isso para dizer que não me conectei com a personagem principal e que não me importava com o que acontecia com ela. Devo dizer, na minha sincera opinião, como a Lowen e o Jeremy são personagens chatos e inconvenientes.
A narrativa, prazer, o final, dor. Percebeu a diferença? Foi algo tão vago e aberto e você não sabe em quem acreditar. Se na narrativa eu gostei tanto que odiei, o final eu odiei porque é ruim. Tipo, eu lia o livro e imaginava a Verity como uma Gone Girl, que fez de tudo por um cara que trocou ela por uma aluna, mas arquiteta todo um cenário de crime para incriminar seu marido de sua futura morte. Porque foi isso que achava. Mas o final foi nada mais do que decepcionante. Isso sem contar que em como no livro, a Lowen faz todo um mistério para falar sobre algo, um mistério que envolve a vida dela, um segredo profundo que a faz sentir medo dela mesma, e aí esse assunto acabou no momento que começou. Foi resolvido com, ele mesmo, o poder do amor e uma sessão de terapia de anos atrás. Pelo menos uma terapia foi mencionada.
Toma essa conclusão mixuruca.
O livro é bom, a Colleen Hoover escreve de um jeito que prende mesmo que o livro seja ruim, ou que você ache a personagem principal uma idiota, que tira conclusões precipitadas demais e ainda sente a necessidade de achar o que é certo para qualquer um. Penso que não gostei tanto do livro porque a personagem principal era sem graça, até mesmo o segredo dela foi algo sem sentido. Poderia até, em outro momento, achar o final digno, mas a personagem, não.
Todavia, minhas críticas são mixurucas, não tem motivo além de servir para meu próprio ego, e um modo de desabafar sobre um livro porque ninguém ao meu redor lê. Dei 3 estrelas, poderia ter dado mais, mas não quis. Mas vale a pena ler, eu entendo as 5 estrelas de muitos, por isso recomendo.
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Orgulho e Preconceito
E lá vamos nós.
Por muito tempo me peguei pensando que nunca conseguiria expressar em palavras como Orgulho e Preconceito é, mas aqui está minha opinião: é bom demais, confia. E para minha pessoa falar bem assim de um livro? Eu, que adquiri, depois de ler bastante, esse senso crítico que tem prazer em criticar tudo? Pode ter certeza que é bom mesmo. E não serei eu, a única pessoa a achar Orgulho e Preconceito bom.
Como eu posso explicar Orgulho e Preconceito? O romance jamais falado, jamais igualado, conhecidíssimo como a noite de Paris, poderosíssimo como a espada de um samurai. Um dia a Jane Austen me deu um soco… foi irado. Mentira, não vou continuar mais com essas menções de Meninas Malvadas, nem gosto do filme. Mas eu realmente ficava pensando em Orgulho e preconceito 80% do meu tempo, e nos outros 20% esperava que alguém falasse para falar junto. Eu não gosto nem de pensar que fiquei até agora sem ler esse livro, mas acho que se lesse antes não gostaria tanto como eu gosto hoje, e também eu não gostava muito de ler romance, porém não estou aqui para falar de mim, estou aqui para falar de Orgulho e Preconceito, mesmo que reconheça que minhas meras palavras nunca serão o bastante para expressar e afirmar a fama de Orgulho e Preconceito.
Até eu pegar o livro e ler, eu não sabia do que se tratava tal obra prima, só sabia que tinha o Sr. Darcy e a Elizabeth, que no caso são as personagens principais, e é assim: o sr. Bingley muda para uma casa perto da família da Elizabeth, e ele leva as irmãs dele e um amigo dele, vulgo Sr. Darcy, aí eles vão visitar os Bennet. Só que a Elizabeth não foi muito com a cara do Sr. Darcy, ele era rico, se achava um topetudo e era orgulhoso demais. E o Sr. Darcy achou a Elizabeth bem marginalizada pela sociedade, ou seja, pobre. Tá pronto o orgulho e o preconceito. Mas a Elizabeth não era tão pobre assim, ela só tinha uma baixa renda comparada a pessoas mais ricas que ela. Ela vivia muito é que bem.
A parte mais chatinha é que o livro é quase um folheto de turismo de tanta viagem que tem. É viagem pra cá, é viagem pra lá, chama a carroça, pega o cavalo e mais viagens. E um monte de pessoas indo na casa um do outro. E a confusão que foi quando todo mundo se chamava pelo sobrenome e eu não sabia quem era quem, tirando o sr. Darcy, porque só tinha um sr. Darcy? Essas duas foram as únicas partes que “ruins”, porque é algo tão trivial que poderia passar despercebido, mas eu sou chata. Mas a viagem faz parte do enredo, então não é tão trivial assim, então minha opinião crítica sobre essa parte é trivial.
E agora o desenvolvimento dos personagens, ainda mais se tratando de um romance, que eu tinha uma mente bem fechada. Minha visão sobre tal gênero sempre foi ruim, para mim os personagens eram estáticos e o foco principal era só o romance, e não gostava porque a história sempre foi previsível demais. Os dois ficam juntos no final, precisa de mais? Então, quando percebi essas mudanças em ações e pensamentos pensei na mente brilhante da Jane Austen, essa moça a frente de seu tempo.
Tirando um foco um pouco do lindo do sr. Darcy e da pobre Elizabeth, o livro fala também da Jane, irmã da Elizabeth, que se apaixonou pelo sr. Bingley, e ele por ela (que gracinha, o amor a primeira vista), mas até os dois ficarem juntos, é um blá blá blá do caramba e aquelas irmãs do Bingley não ajudam em nada, duas chata. Mas também faz parte do enredo do livro, se tá lá é por um motivo.
Como o próprio nome já diz Orgulho e Preconceito é sobre orgulho e preconceito. Orgulho de status sociais e preconceito com diferentes castas sociais da aristocracia, além de falar sobre educação e casamentos arranjados que buscam um prestígio. Tudo isso em romance? É, eu também me surpreendi.
Recomendo? Óbvio.
Mesmo com tudo o que eu escrevi, sinto que ainda falta muita coisa para falar de Orgulho e Preconceito, é um livro tão legal, tão bom de ler. E olha que eu comecei a ler já esperando que fosse tudo isso que já ouvi falar, e recebi mais do que esperava. Pode não ser tudo isso que eu escrevi, mas se você ler e não gostar, você leu errado.
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A segunda morte de Suellen Rocha
A segunda morte de Suellen Rocha é um thriller nacional e temos como enredo quatro bests que já causavam junta imagina juntas, e fazem um pacto sombrio envolvendo um mistério. Entretanto, após vinte anos com elas não se falando mais, uma delas, a Suellen, é encontrada morta, com o corpo dilacerado e na parede, perto de seu corpo, escrivo “assassinas” com sangue.
Um aviso, o livro pode conter gatilhos, já que aborda violência doméstica, abuso, aborto, estupro, violência contra animais e mais um monte de coisas.
Ao ponto principal, a minha crítica nada especializada.
A escrita da autora é feita de um jeito que parece a pura essência da sociedade crítica e cheias de preconceitos. O uso de palavras não romantizadas nas falas deixa tudo sujo, mas ainda ela faz umas dessas romantização sem sentido; como comparar uma casa a uma lata de cerveja. A ambientação no interior deixa mais amostra tais atitudes da degradação humana. Sim, o interior brasileiro, aquele resto de fim de mundo, a representação do indivíduo como um indivíduo sem escrúpulos. Ui, que medo. Sim, vou escrever assim para representar a vida como ela é, suas mentiras, como o ser humano não passa de um porco bípede. Revolução dos bichos, porque choras?
Não estou dizendo que o livro é ruim, e sim, que, algumas partes foram meio sofridas de ler.
Um outro aspecto peculiar é que durante todo o livro existia essa nuvem de impunidade, todos sofrem porque a vida é assim. Nada vai dar certo, porque a vida é cruel. Então, logo, no final eu esperava que iria continuar desse jeito. Porém foi o contrário.
Não me referindo a descoberta sobre o vilão, sobre o assassinato de Suellen, o pacto entre as bests; só a última pagina. O desfecho foi meio brochante de ler. Torcendo para ter prisões, fuga, umas morte, sei lá, mas não aquilo. A presença de um final feliz quando o livro era sobre a brutalidade e dramaticidade da vida real, a não existência de deus ex machina não condiz com o enredo.
Parecia em Naruto que todo mundo ficou feliz, casado, com filhos e o interesse amoroso de um dos principais virou uma dona de casa, apesar de ter todo seu desenvolvimento baseado em uma personagem forte, independente que não se permitiria virar uma simples dona de casa e cuidar dos filhos sem ajuda do pai sem um braço.
Talvez o problema seja eu, que amando o que amava queria do meu jeito, não sabendo que o jeito que estava, era como eu gostava. Ou então é para mostrar que apesar de tudo, ainda a esperança onde tudo vai dar certo no final para quem merece. Mas talvez eu esteja inventando coisas demais, num livro com um final ruim.
E é por um caminho cheio de intrigas, brigas que poderiam ser resolvidas com uma conversa, uma fé cega em um deus onisciente, onipotente e onipresente; mortes, sangue, alguns socos e desejos guardados temos a segunda morte de Suellen Rocha.
O livro me deixou com uma sensação horrível, por todos essas emoções da brutalidade humana, gostei. Recomendo? Talvez sim.
#resenha#resenhas#livro#livros#a segunda morte de suellen rocha#crítica literária#claudia lemes#livro nacional
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A babá e a fera
Um livro hot. Não, não é meu primeiro e estou decepcionada com o livro. Só porque é um livro erótico, não quer dizer que seja ruim, mas infelizmente esse se encaixa na categoria.
Como uma releitura de, obviamente, a bela e a fera, “A babá e a fera” é sobre a história de Carolina, uma jovem moça que cuida das suas duas irmãs adolescentes e de seu pai, que teve um AVC, após a morte de sua mãe.
Sempre obstinada, ela ia procurar emprego e nunca achava, mas por certas desventuras do destino, Carolina acaba sendo contratada para trabalhar na casa da colina como babá. A casa da colina nada mais é do que uma casa misteriosa da cidade, onde mora um “monstro”, que ninguém sabia quem era ou via o rosto.
Não gostei muito do livro.
Tipo, no final tudo foi resolvido com a força do amor? Eu aceitaria esse destino fatídico (na minha opinião), se não fosse por alguns elementos que a autora colocou na história, como assédio, tentativa de estupro, transtorno de estresse pós-traumático, invasão domiciliar e agressão. Também não acreditei quando li e vi que tinha isso tudo.
Alô, polícia e psicólogos? Não vi nenhum.
E ainda as cenas que deveriam apresentar tensões sexuais entre os protagonistas, mas que eram meio bleh? Com um plot previsível, o final parece um conto de fadas dentro de um conto de fadas, onde tudo é perfeito, ás mil maravilhas, sem brigas e com dinheiro de sobra. Igual aos outros dois livros eróticos que eu li, nada novo sob o sol.
Além, depois que eu li essa postagem do Reddit sobre um livro (não sobre esse livro, outro livro) fiquei bastante pensativa sobre alguns aspectos de “A babá e a fera”. A frase é de Paul Beatty, um escritor estadunidense, que ao contrário de mim, tem um local de fala. Não vi ninguém dizer o interesse amoroso da Carolina era de um branco como leite sem gordura com um leve toque de café. Não quero dizer que esse é o único livro que é assim ou que ele é ruim porque é assim, mas esse tópico sobre a caracterização da cor da pele de uma personagem nunca foi algo que me fez questionar. Mas ta aí.
Se ainda sentir a necessidade de ler, ter sua própria visão sobre o livro, e apoiar uma mana brasileira no mercado editorial, leia “A babá e a fera”, mas não espere grandes coisas. É um pouco legalzinho.
Entretanto, fica a questão: será que os conceitos modernos sobre o gênero romance continuam os mesmos, e isso é a literatura romântica, e sou apenas uma pobre coitada sem perspectiva amorosas que acha tudo meloso demais? Será que critico demais livros de romance e por isso não gostei do livro?
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A mulher na cabine 10
Um suspense com uma mulher no meio novamente. É, eu gosto de representatividade.
Pode parecer um padrão, mas foi apenas coincidência um suspense com uma mulher no meio que por acaso não tem uma narrativa confiável com um leve problema, nesse caso passageiro, de álcool e medicação. Laura Blacklock, é a nossa guerreirinha. Lo, assim chamada, é uma jornalista que trabalha numa revista de turismo e tem a chance de participar de um cruzeiro de luxo com alguns burgueses safados, trabalhadores de burgueses safados e um indie de barba.
Entretanto a pobre coitada é dita como lelé da cuca depois que presencia um crime na cabine ao lado da sua. Só que não tem ninguém ao lado da cabine 9, ou seja, a cabine 10 está vazia. E para melhorar a sua credibilidade, ela, que dois dias antes foi vítima de uma invasão domiciliar o que, por consequência, não a deixava dormir, tomava uns leves drinks para esquecer (mas ela sempre se lembrava), e misturava com remédios. Porque acreditar em um assassinato em um lugar onde não tem ninguém? Tá pronto o sorvetinho.
Uma coisa que me deixou nervosa foi o caminho que a personagem tomou para concluir que foi um assassinato. Um barulho e um troço passando na água do mar. Sério? O primeiro pensamento dela foi assassinato? Não pensou em uma pessoa viva caindo na água? Ou pulando na água?
Enfim, relevei pois sabia que era verdade porque o livro era sobre isso: um narrador não-confiável. Relevei também como as vezes ela era ignorante, chata e grossa e em como até o meio do livro a história foi arrastando, e as várias descrições de Laura Blacklock acordando e mencionando sobre a lerdeza de um bêbado que ela tem quando acorda.
Todavia, nem tudo são flores para se reclamar. Depois da metade o livro surpreendeu minhas expectativas. Aconteceram umas reviravoltas que me deixou “uau”. Quem sabe fazer, sabe fazer um mistério, né não, Ruth Ware?
O mistério é algo inimaginável, realmente inimaginável. Nunca pensaria em algo tão complexo, tal qual, por isso, entendo a comparação que teve sobre ser um mistério da Agatha Christie. Uma montanha russa de suspense, digna da Turma do Scooby-Doo e de Sherlock Holmes.
Recomendo? Mas claro. Tudo foi explicado pela mente brilhante da Laura Blacklock, que tem uma inteligência boa demais para seu próprio bem. É isso, ou ela é muito burra para pensar no “normal”. Contudo, achei bem rápido no final, parecia a autora queria tirar o feijão do forno. Poderia ter tirado aquela lentidão do início. Mas, enfim. Perfeito.
Talvez perfeito seja prepotente demais.
#resenha#resenhas#livro#livros#ruth ware#a mulher na cabine 10#The Woman in Cabin 10#agatha christie#crítica literária
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Incredible Queen inspired look by the incredible Foxfell.
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The Angel, for Trivium’s “WHAT THE DEAD MEN SAY” art series. Who should I make art with next?
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a mulher na janela
Mais um thriller psicológico? Sim.
A mulher na janela tem um plot interessante. Um crime, visto pelo ponto de vista de uma viciada em álcool, que toma remédios, e possui agorafobia. E, sendo contando em primeira pessoa, a gente tem o mesmo ponto de vista, obviamente. O que faz o livro interessante, já que ele não é um narrador confiável.
O livro fala sobre Anna Fox, uma ex psicóloga infantil, divorciada, que após um evento traumático desenvolve uma fobia, então ela passa o tempo todo dentro de casa. Ela divide suas horas entre consultas com seu psiquiatra pelo computador, dar conselhos à estranhos na internet, estudar francês e bisbilhotar a vida dos vizinhos. Ela faz o BBB dela.
Aí, em um belo dia, uma nova família muda para a casa da frente, e aí a Anna vai fazer o que faz de melhor. E então, a trama: ela vê um assassinato. Mas ninguém acredita nela, e ainda mais a vítima aparece viva. E depois, nem ela mesma acredita nela mesma (inclusive, tem um filme que não saiu ainda, e tudo isso conta no trailer, não é spoiler).
Quando estava lendo, eu fiquei sempre me perguntando se algo realmente aconteceu ou foi coisa da Anna, o que me deixou levemente ansiosa pra terminar. Mas, porém, todavia, entretanto, teve algumas partes que me deixaram desmotivada com a história, sem contar que não me simpatizei em nada com a personagem.
Alguns exemplos que me deixaram com vontade de largar o livro foram em como o autor sentiu a necessidade de comparar uma mecha do cabelo entre os seios, com alpinistas em um desfiladeiro. Ou em como ele usa um lindo sol brilhante para descrever um sorriso, logo depois de escrever “quase escrevi os carinhos do vento, mas achei que isso é o tipo de coisa que a gente lê nesses romances de banca de jornal”.
Sério, A. J. Finn? Enfim, a hipocrisia.
Outro ponto é: eu tenho um pé atrás quando vejo um livro escrito por homem, já me dá gatilho. Não estou dizendo que homem não sabe escrever, mas talvez seja essa verdade. Mas enfim, existe um padrão comum visto em escritores homem, em tentar parecer poético com coisas simples, do dia a dia me irrita, além de não fazer sentido. É usar (18/2)-3 para escrever 6. Encheção de linguiça o nome disso.
Poxa escreve que o cara sorriu sem precisar falar que iluminou o cômodo inteiro como o sol. Ninguém faz isso, poxa. Por acaso o cara tá ligado do 220 volts para acender um cômodo? É um abajur ou uma lâmpada?
Bem no final tem uma revelação que explica bastante sobre a saúde mental da Anna, e sobre o porquê do divórcio. Mas mesmo entendendo o hype do livro, e o final sendo algo digno de me deixar de boca aberta, não recomendo. Um final surpreendente compensa um livro chato? Achei a escrita bem ruinzinha, e tudo tão fraco, que agora que tive tempo o suficiente para pensar, eu realmente dei a nota certa no Goodreads (foi uma estrela).
#resenha#resenhas#a mulher na janela#a. j. finn#the woman in the window#livro#livros#crítica literária
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notas suicidas de belas garotas
Esse foi um dos livros que comecei a ler pelo título e pela capa, mas no inicio do livro, eu meio que já tinha me arrependido de começar. Me lixava para a personagem principal e todo mundo do livro. Mas continuei a ler, pois sou curiosa e se o livro fosse ruim, queria falar com propriedade que era ruim.
Claro que, também, comecei a achar “inconveniências” no livro. Um jeito melhor de falar que não estava gostando em geral. Até tinha pensando que a autora do livro havia mirado em um mistério Twin Peaks mas acabou acertando em Riverdale, achei bocó e previsível (fui enganada).
Notas suicidas de belas garotas fala sobre a June, uma jovem “solitária”, que após um ano sem conversar com sua melhor amiga, descobre que ela cometeu suicídio, mas June não aceita essa verdade, e então decide descobrir o que aconteceu. Ela, junto com seu ótimo pensamento dedutivo e uma ligação que June ignorou dois dias antes do fatídico dia.
Um mistério sobre um suicídio de alguém próximo e a única pista é uma mensagem na caixa postal de dois dias atrás? Promissor, mas nem tanto.
Apesar de parecer ter movimentos friamente calculados e um plot diferente e que pode prender o leitor (eu fui prendida), não gostei muito da história. Já comecei revirando os olhos para a menina June, porque achei ela muito idiota e conforme o livro foi passando, tagarela e popular demais para alguém que é dita solitária. E, meio spoiler, me incomodou no livro uma parte em que a June caiu na tropa das mulheres lindas mas que não percebem sua beleza, e em como ela é retratada como um anjo e a inocência em pessoa, que nunca fez nada de errado.
E me incomodou mais ainda como a autora abordou alguns temas, como investigação de um crime e estupro, e em como as personagens são um pouco desprovidos de sentimentos. Algumas coisas eram simplesmente jogadas no livro e o leitor é obrigado a engolir. E você se pergunta: sério?
O final é aberto, e deixa perguntas sem respostas. Aliás o livro todo são perguntas com umas respostas mal feitas e menções de personagens que poderiam auxiliar ou atrapalhar toda a investigação da solitária June na sua jornada de descobrimento pessoal e sobre a vida da sua melhor amiga que era um enigma.
Enfim, mas o livro não foi inteiramente ruim, se fosse teria abandonado. Tem alguns pontos legais, e que me motivaram a continuar. Como, se a Delia não cometeu suicídio, então quem a matou? Porque as duas melhores amigas se separaram? E a mensagem da Delia dois dias antes de morrer?
Recomendaria? Talvez, mas depende.
Você gosta de um misteriozinho com alguns personagens mixurucas e meio mal desenvolvidos mas com um final aberto e intrigante que te faz perguntar se tudo foi um sonho? Se sim, só vai.
#Lynn Weingarten#notas suicidas de belas garotas#suicide notes from beautiful girls#livro#livros#resenha#resenhas#crítica literária
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