#DELEGADO DE POLÍCIA
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DELEGADO DE POLÍCIA PRESO POR TRÁFICO DE DROGAS E SEQUESTRO PUBLICA VÍDEO FAZENDO DEBOCHE E GERA MUITA POLÊMICA NAS REDES SOCIAIS. VEJA AS IMAGENS E VÍDEO
Gesto considerado obsceno e de deboche do delegado no vídeo publicado nas redes sociais Após ser preso em março deste ano, acusado de tráfico de drogas e sequestro, juntamente outros três policiais civis e cinco policiais militares, o delegado Ericson de Souza Tavares, saiu da prisão e recentemente, gravou um vídeo e divulgou nas redes sociais. A o lado da namorada e dirigindo um carro de luxo,…
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Michael Myers x Male Reader
"Pobre Michael"
• Filme: Halloween (escrevi com o de 2018 em mente)
• Gênero: terror
• Sinopse: você caiu na mira do bicho papão, e agora ele te segue na penumbra. Como a sombra que imita seus passos, ele te faz companhia e entra na sua casa, buscando por saciedade, sem saber que você não pensa e nem age como vítima.
• Palavras: 3k
3° pessoa - passado
Quatro cabeças foram encontradas em uma pracinha, fincadas do pescoço ao crânio nos postes que iluminavam as calçadas. O interior delas estava oco, com os olhos, línguas, dentes e miolos espalhados pela grama aparada do lugar bem cuidado. As lâmpadas emitiam luz através dos orifícios vazios. Uma recriação sinistra das abóboras nas calçadas das casas.
A polícia nunca esteve tão ativa quanto naquele halloween.
Pessoas diziam ter visto o assassino, a maioria de relance. Poderia ser julgado como um simples vulto, consequência da paranóia coletiva, mas a sanguinolência nos interiores da cidade anunciava que estar paranóico era algo positivo naquele 31 de outubro.
A movimentação distante talvez significasse algo.
A sua sombra, muito provavelmente, não era sua.
Não eram pequenas as chances de a silhueta que te acompanha ser, na verdade, do bicho-papão.
Apelido dado a Michael Myers pelas crianças apavoradas, que deixavam de pedir doces para correr para o colo dos pais e chorar após testemunharem ou ouvirem falar das cenas macabras que tingiam o chão e as paredes de Haddonfield.
A noite começou agitada, cheia de vampiros, múmias, fantasmas, bruxas e lobisomens de um metro e meio circulando, famintos por açúcar.
Mas durou tão pouco…
A única época do ano em que era divertido comemorar nas trevas teve seu significado obsoleto ressaltado quando o mal despertou, sedento para espalhar carnificina; terrificar os salubres e entreter os insalubres.
A notícia sobre os assassinatos chegou até você durante uma pausa no percurso do trabalho para casa. O cheiro fresco dos grãos moídos seduziu suas narinas e você não resistiu, teve que entrar no estabelecimento e pedir um expresso. O plano era relaxar nos assentos acolchoados do lugar, degustar com calma a bebida quente e sair revigorado devido à cafeína no organismo. Porém, a televisão suspensa exibia uma reportagem local, ao vivo, noticiando o crime bárbaro nas redondezas.
As imagens, mesmo que borradas, juntamente com a descrição explícita do texto da repórter, deixaram você aflito. As pessoas ao redor, sentadas paralelamente nas mesas dispostas, compartilhavam do pânico.
O clima descontraído foi esmagado pelo silêncio imediato. Só se ouvia as vozes chiadas da tv.
A presença do delegado na tela, recomendando o isolamento das pessoas em suas residências, foi o tiro de largada. A maioria se locomoveu, tomando rumo. A movimentação te influenciou. Você bebeu a metade que restava do café em um gole, ingerindo com uma careta antes de se levantar e sair da cafeteria.
Enquanto atravessava o centro, resquícios de calmaria ainda o mantinham tranquilo.
No entanto, quanto mais perto de casa, mais apressados eram seus passos e maior era a ansiedade acumulada no peito.
Mesmo em uma rua mal iluminada, longe do movimento caótico, a sensação de não estar sozinho era constante. Seu andar nervoso estava prestes a se transformar em correria.
Felizmente, era possível avistar sua morada.
Mas à distância, a sombra o seguia.
Michael viu você sozinho e sentiu-se extremamente atraído pela sua aventura solo no breu daquele lado esmarrido da cidade.
Entre as esquinas, afastado o suficiente para não ser visto, Myers o acompanhava, sendo ele a presença que você sentiu nas costas.
O puro mal condensado no corpo de um homem viu você como a vítima perfeita para o que ele considerava uma brincadeira divertida.
Largado na cama, com o rosto iluminado pelas cores vibrantes do celular, despojada era sua condição. O desconforto nos olhos era meramente aliviado graças ao abajur ligado, que mesclava a luz amarela com a luz azul da tela.
Na calçada do outro lado da rua, em frente à sua casa, Myers parecia inanimado, quase como uma extensão do pedregulho urbano onde seus pés estavam estagnados. Ele olhava para cima, captando a sua silhueta alumiada através dos buracos da máscara. A janela nua, com as cortinas arreganhadas, cotejava Michael com sua cabeça, praticamente servida numa bandeja.
No segundo andar da residência, sua mente se perdia no instigante mistério da história que lia enquanto música inundava seus ouvidos. Com o som dos fones mais alto que seus pensamentos, você deslizava a tela para cima, ritmado com a aproximação soturna do bicho-papão.
As botas pretas fizeram a madeira ranger. Michael atravessou a varanda, evitando a porta da frente. Enquanto rodeava o jardim, o rosto mascarado se refletia em cada uma das vidraças do primeiro andar.
Os passos eram firmes. A sombra queria estar ali; era sua vontade e apetite mais voraz. E, mesmo decidido, o caminhar era calmo, sem pressa, porque a força que residia naquele corpo era imparável e agia como tal.
Michael só andava para frente, indiferente às pegadas que deixava na terra úmida do quintal. Quando alguém encontrasse os vestígios, ele já teria desaparecido, deixando apenas elas de piada... inúteis e engraçadas pegadas.
Chegando nos fundos, Myers encontrou a porta que dava acesso à cozinha e girou a maçaneta.
Estava destrancada, e ele entrou.
Com a lama nas solas, o assassino carimbava a cerâmica do chão e os tapetes que surgiam pelo caminho.
O trajeto até a breve saciedade, que pausaria o roncar monstruoso sob a carcaça do bicho-papão, tardou no instante em que ele se deparou com o brilho na ponta do aço.
A faca estava ao lado do faqueiro, escanteada e meio úmida. A torneira da pia, mal torcida, pingava, e Myers se perguntava qual carne a lâmina havia fatiado. A peça o seduziu; era maior que a ensanguentada que ele carregava, e a luz da lua, atravessando a janela, banhava o utensílio, fazia-o puro e tentava Michael a profanar com o gume afiado.
Ele largou a velha companheira na mesa e rodeou os dedos calejados no cabo da nova.
Pretendia degolar você com ela.
Iria raspar a ponta nos ossinhos frágeis da sua clavícula.
Rasgaria seu intestino sem dó.
Mas, antes, precisava ver o que tinha na geladeira.
Existia uma fresta pequena, mas aberta o suficiente para acionar a luz fria que vinha de dentro. Aquela luminância não devia brilhar; era forte, contrastava com a claridade natural da lua e incomodava Michael, levando-o a questionamentos, assim como a faca lavada, antes no mármore e agora em sua posse.
Parecia errado, como se o caminho tradicional do monstro estivesse sendo apontado por setas.
O corpulento pisava sem denotar presença, marchando até a porta da geladeira, ignorando a alça e puxando-a pela borracha das bordas laterais.
O cheiro podre alastrou-se pelo cômodo.
O que Michael viu não o assustou; a imagem era conhecida, saturada na memória assassina, mas ele não ser o responsável pelo feito era novidade, quase o fez esboçar surpresa por debaixo da máscara.
A geladeira era pequena; as prateleiras não eram largas o suficiente para acomodar as seis cabeças. Elas exigiam espaço e, por isso, a porta não fechava. As que tinham olhos expressavam horror, um último semblante antes de um machado, facão ou seja lá o que for, separá-las do que algum dia foi vivo.
O sangue pingava e escorria, quase ultrapassando os limites e alcançando o chão. A luz branca que vinha do interior gelado tornou-se vermelha no instante em que uma cascata desceu do congelador e dominou todo o cenário selvagem. As luzes refletiam aquela cor hipnotizante, e o bicho-papão, tal como um inseto, sentiu-se atraído. Havia mais na parte de cima; mais daquela brutalidade existia no congelador.
Brutalidade que Michael não era dono, não assassinou, não assinou.
O verdadeiro artista espreitava logo atrás.
Fora do campo de visão do assassino, você, outro amante da morte, esgueirava-se sorrateiramente, aproximando-se com duas seringas nas mãos.
Para alcançar a região propícia do corpo à frente, você ficou na ponta dos pés e abriu os braços, tomando impulso antes de descê-los ferozmente contra a estrutura que, mesmo de costas e vulnerável, intimidava. Seus punhos encontraram os ombros de Michael e foi como um soco. Você precisou acumular forças nos pulsos para penetrar o material da máscara, que se estendia até a nuca, antes de, enfim, perfurar o pescoço.
Seus dedões alongaram-se para pressionar a base do êmbolo, impulsionando o sedativo para o organismo do ser.
Mas, mesmo veloz e cheio de adrenalina, não foi rápido o suficiente.
Quando sentiu a picada, Michael jogou o cotovelo para trás, acertando suas costelas. Ele se virou na sua direção e, como se não fosse nada, desgrudou as agulhas da carne. Ambas estavam cheias até a metade, e parte do líquido, misturado com sangue, escorria pelos furos na pele.
Myers tacou as seringas no chão e deixou a faca na mesa; ele queria te estraçalhar usando apenas as mãos.
Você nunca teve o controle, mas ele também nunca esteve tão distante.
Deu errado, e apesar da face neutra, você suava frio, engolia seco e respirava pesado, apavorado. O coração acelerado batia com tanta força que você sentia a pulsação na ponta da língua.
Quando o cérebro desparalisou e deu ordem aos membros, você só teve tempo de dar meia-volta antes de uma mão agarrar seu cabelo por trás e obrigá-lo a encarar o olhar profundo do rosto pálido.
O olhar do diabo.
Michael notou algo recíproco nas íris, mas nada que despertasse empatia; o bicho-papão era incapaz de sentir certas coisas.
Ele rodeou os dedos pelo seu pescoço, a mão tão grande que quase cobria toda a circunferência. Sem esforço, ergueu sua estrutura menor.
Você chutava o ar, desesperado por não sentir mais os pés no chão. A pressão na sua garganta inibia a ventilação dos pulmões e avermelhava a pele. — Me põe no chão… – a voz falhou, mas soou clara, pena que de nada adiantou. Suas mãos trêmulas alcançaram os pulsos de Michael, arranhando, batendo, puxando, fazendo de tudo para afastá-lo.
Você foi arremessado, suas costas colidiram contra o mármore da bancada divisória. Seus esforços foram inúteis, e doeu nos nervos constatar isso.
O estralo da musculatura ecoou, os joelhos fraquejaram e você deslizou a coluna nas gavetas brancas, pousando na cerâmica. Não houve tempo para recuperar o fôlego ou sequer sentir a dor; seus instintos berravam para que você corresse.
Mas você não conseguia ficar de pé.
Então, rastejou.
Pobrezinho.
Michael puxou você pelo tornozelo com tanta brusquidão que sua cabeça bateu no chão, produzindo um som nauseante, de prensar os sentidos e turvar a visão. Pontinhos brilhantes invadiram os globos, flutuando no ar paralelamente.
Myers afastou suas pernas com as coxas e posicionou-se em cima da sua constituição abalada, voltando a esmagar seu pescoço, usando ambas as mãos dessa vez.
Era o fim?
Não devia ser uma pergunta.
Com os lábios entreabertos, você encarava o rosto mascarado, se perguntando o porquê de ainda estar respirando.
Michael era uma parede em cima de você, te cobria facilmente e tinha as duas mãos na sua garganta; a força devia separar sua cabeça do pescoço, mas não aconteceu. Os dedos tremiam e estavam cada vez mais frouxos ao seu redor.
Seus sentidos retornavam aos poucos e, quando compreendeu o que estava acontecendo, você levou as palmas abertas ao peitoral do Myers, amenizando o impacto quando o corpo maior caiu sobre o seu.
Sua preocupação migrou da incerteza sobre ter um amanhã para como iria sair debaixo do brutamontes adormecido.
Um suspiro aliviado escapou de seus lábios trêmulos. — Feliz Halloween, Michael. – a frase subiu queimando a garganta machucada.
E na cozinha, prevaleceu o silêncio dos monstros.
Sem norte.
As pálpebras levantavam e abaixavam várias vezes, acostumando os olhos à claridade e, aos poucos, tornando a visão nítida.
As íris correspondiam à reflexividade obscura das pupilas com o máximo de perfeição que a natureza defeituosa tolerava, e, dentro daquele círculo fúnebre, habitava o ser que havia abatido o bicho-papão.
Lá estava você, agachado sobre as pernas de Michael, quase sentado em suas coxas. — O soninho tava gostoso? – olhos e boca esticados; meia-lua e gengival eram seus sorrisos.
Como esperado, além do peito subindo e descendo e da respiração audível, Myers não expressou nada. O homem sentiu os pulsos contidos por gélidas algemas, os antebraços unidos ao dorso e correntes rodeando seu abd��men, mantendo-o preso a um pilar de pedras naquele porão vasto e estranhamente organizado. Ele sequer deu chance à tentativa, conhecia a si mesmo e sabia que insistir na fuga naquelas circunstâncias seria em vão.
Mas matar você era uma certeza que Michael fantasiava.
Sua mão direita dirigiu-se aos fios secos da máscara que simulavam cabelo, puxando-a para si com força e aproximando as faces. — Tão tagarela... – você revirou os olhos e levou os joelhos ao chão, montando no colo do assassino. — Ótimo. Significa que é um bom ouvinte.
Até então, Michael acompanhava seus olhos, fisgando cada microexpressão sua, mas permitiu-se desviar e memorizar o ambiente desconhecido.
A luz branca no teto de madeira cegava; alguns insetos circulavam a claridade, os mais ousados colidiam contra a lâmpada e tinham suas antenas dobradas, semelhante aos pássaros que se chocavam contra vidraças e tinham seus pescoços frágeis quebrados no impacto.
Ao fundo, sua voz ecoava. — De que abismo você saiu? — você pensava em voz alta, tentando chegar a uma conclusão sozinho. — Circulando por aí, tão silencioso, quase invisível… o ser mais próximo de um fantasma que eu já topei. É realmente um homem? É mesmo feito de carne e osso? — você o apalpava, apertava os ombros e os braços. Seu toque migrou para o peitoral firme, e você sentiu a maciez da pele por debaixo do macacão.
À esquerda e à direita havia mais pilares, um de cada lado, e encostadas nas paredes, pilhas de caixas vazias. O piso arranhava; era basicamente cimento e brita. O lugar havia sido lavado recentemente; o chão meio úmido ligava-se ao forte cheiro de produtos de limpeza. Isso irritava o nariz de Michael; ele preferia o pútrido.
Seus dedos roçaram o pescoço de Michael, adentrando a carne sob a máscara. Ele imediatamente redirecionou o foco, voltando a encarar suas pupilas. Você riu baixinho. — Relaxa, não vou tirar sua máscara. A graça está no mistério. – você se curvou, rente à orelha coberta do assassino. — Tenho certeza que você é muito mais interessante com ela.
Você retribuiu o encarar, e sentiu-se possuído. Fitar as orbes profundas de Michael assemelhava-se a cair de um abismo infinito.
E atrás da borracha gasta, Myers também estava em queda; caía do topo da cadeia nefasta e, pela primeira vez, via-se estampando o outro lado da moeda.
Sussurrando, você revelava seu segredinho sangrento. — Viu o que eu fiz? Viu as cabeças? – suas mãos agarraram os dois lados do rosto de Michael, apertando frouxamente com os dedos trêmulos. — Digno, não é? Com certeza algo que você faria... – o sorriso alargava-se e a postura ficava cada vez mais trêmula conforme você falava. — Nesse halloween, qualquer mísera gota de sangue derramada recairá sobre o bicho-papão… Eu me segurei tanto pra não sujar as mãos antes da hora. Você ter escapado do sanatório onde definhava foi a oportunidade perfeita! – você mordia o lábio, arrepiava da cabeça aos pés e se contorcia com o frio que sentia no estômago.
A respiração abafada de Michael cessou, calou-se o único som que ele emitia.
Você grudou as pálpebras, sentindo os cílios úmidos. Encheu os pulmões e liberou o ar serenamente. — Tô empolgado, desculpa. É bom demais contar isso pra alguém, especialmente pra você! – limpou o canto dos olhos com o antebraço e arrastou o quadril para frente, em atrito com as coxas do Myers até pousar na virilha dele, acomodando-se ali. — Eu acompanhei você, refiz seus passos e estive em cada lugar que você marcou. Assisti você esfaquear, degolar, estrangular, perfurar corpos e amassar crânios, e sequer fui notado! Estou tão orgulhoso de mim mesmo.
Seus lábios chocaram-se contra a boca de borracha; você beijou brevemente a máscara com tanta intensidade que a cabeça de Michael pendeu para trás.
Quando se afastou, você revelou um semblante fechado, contrário ao vigor que demonstrara anteriormente. Saliva acumulou-se na ponta da língua e você cuspiu no rosto mascarado. — Mas eu não sou mau. Não sou igual a você. – segurando firmemente a nuca de Michael, você o puxou para si outra vez, unindo as testas. — No primeiro poste, um colega de trabalho; assediava a mim e outros funcionários da empresa. No segundo poste, minha vizinha; eu tinha um cachorro, o nome dele era Totó, e ele morreu porque a puta jogou um pedaço envenenado de bife no meu quintal. No terceiro poste, um nazista; andava por aí sem camisa, exibindo aquela tatuagem nojenta nas costas. No quarto poste, um psicopata mirim; pisou na cabeça de um gato e abriu o estômago do bichinho com um galho.
As palavras vazaram pela boca sem travas, emitidas com naturalidade. A face seguiu serena, pausa a pausa. Você contava a história por trás de cada decapitação com frieza, e naquele cenário, nada pesava; para você, um refresco tardio, para Michael, nostalgia e anseio por reprise.
Você aprendeu tanto sendo apenas a sombra do bicho-papão, nutriu curiosidade e fascínio ao ponto de precisar extrair algo dele. — O mal é um ponto de vista, e do meu, você é maligno, Michael, de um jeito que eu não consigo entender. Isso me deixa maluco. — você bufou. As pálpebras contraídas te impediram de notar Michael absorver para si o ar gasto que você expeliu. — Talvez eu seja mau também… Não pelo que eu faço, mas sim por desejar que monstros existam e que eles façam monstruosidades. — suas mãos vagavam pelo corpo de Michael, adorando-o. — Assim eu consigo sustentar uma desculpa… posso acalmar essa vontade perversa dentro de mim sem peso na consciência.
E, de repente, o silêncio incomodava.
Você engatinhou de costas sobre o corpo contido, parando rente aos pés calçados de Michael. Sentado sobre os calcanhares, você apertou o bico sólido da bota preta, não encontrando os dedos. — Mas você não tem desculpa. Você é puro mal. — você permitiu-se alucinar no olhar do diabo uma última vez antes de prosseguir. — Eu me pergunto pra onde você iria caso morresse… céu não é uma opção e creio que o inferno não aceitaria criatura como você. – e esse último olhar foi maníaco. — Porra, eu quero saber… preciso saber se seria divertido para Satã torturar Michael Myers.
Com uma mão, você retirava a bota preta de Michael, e com a outra, buscava algo no bolso traseiro da calça.
Os dedos retornaram rodeando uma ferramenta.
Um alicate.
— Infelizmente o bicho-papão não fala... mas será que ele grita?
Relevem qualquer errinho, tô com dor de cabeça 😩
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amg você poderia escrever um smut com doyoung!dilf + leitora!brat que se odeiam, se provocam, mas há uma tensão sexual inegável
oii, gente! voltei :)
essa aks tá guardadinha há meses pq eu tava doida pra escrever com ela. não sei se ficou do seu agrado anon, mas tentei dar uma mudada no cenário. é isso, beijinhos <3
∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆
?who is he?
🩸!!cenário meio problemático, taboo, sexo por telefone, masturbação femXmasc, daddy kink, você bem putifera que ama humilhação, doyoung!hardom, sexo por telefone, exibicionismo, totalmente hardkink, bloodkink, rapeplay?¿ 🩸
∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆∆
o quão errado era se atrair pelo seu vizinho?
a resposta é simples: nenhuma!!
mas, vejamos bem. kim doyoung não era só seu vizinho muito mais velho, como também era um manipulador.
trabalhava na polícia, chegava tarde em casa - as vezes ao amanhecer - e todos do bairro confiavam nele. qualquer mera semelhança de perigo corriam bater na porta do delegado Kim.
babaquice. você pensava.
outro dia uma mulher da mesma idade que seu vizinho bateu em sua porta, achando que um bandido havia invadido sua casa, mas, oras, na verdade era só ela querendo que ele a ajudasse com os problemas de "mulheres mais velhas"
a questão é que mesmo ele sendo uma pessoa dócil com os outros, era diferente com você. seu pior pesadelo. preferia estar no inferno que perto do Kim.
mas claro, ele ainda era lindo e sarado. fazia suas caminhadas pela manhã, no quintal dos fundos cortava os troncos sem camisa, ficava bronzeado com muita facilidade. sua boca enchia de saliva e sua língua pinicava dentro da boca, já que na real ela queria mesmo era estar lambendo toda a barriga cheia de gominhos e apertando os braços grandes.
só que toda essa boniteza se vai quando uma mensagem chega ao seu celular.
"se divertiu ontem?"
você morde o lábio quase os sentindo sair sangue. sentada na cama, com o baby Doll vazando suas coxas, você dobra as pernas quase sentindo um fogo se acender. como podia ser tão influenciando por alguém tão sujo?
era mais uma das mensagens do Kim para você. ele começou a fazer isso três meses atrás, quando ""sem querer"" te pegou brincando consigo mesma pela janela de seu quarto. já recebeu até mesmo fotos suas em posições comprometedoras que ele tirava e te mandava para te irritar e consequentemente te chantagear com tudo isso.
mas você não se fazia de difícil, porque certa parte não era mentira que você fazia isso de propósito, mas nas primeiras vezes realmente não havia notado seu vizinho te espionando por quase um mês inteiro.
"se você viu com seus próprios olhos, porque está perguntando?"
"é difícil se segurar nesta idade, não, é?!" ele pergunta "lembro-me de fazer isso várias vezes ao dia"
pensar nele se dando prazer, com a boca aberta e os olhos fechados, gemendo grosso com a voz forte... mas que merda! ele era um idiota manipulador e infelizmente, você adorava isso.
adorava a sensação de perigo. de ser pega pois ele mandaria as fotos para seus pais. a diferença grande de idade entre vocês te deixava zonza. mais velho, mais experiência, mais fogo na cama. mais tudo na vida de uma adolescente que sente tesão 24h por dia.
"você brincava muito com as garotas da sua idade naquele época?"
questiona, doce. gostava de conversar coisas sujas com ele, mas se odiava por saber que amava isso. sabe também que não vai passar disso. conversas perversas e sigilosos. não teria coragem de fazer algo com ele sendo virgem. tem medo dele! medo dele não parar mesmo quando pedisse pois o pau grande estaria machucando a sua buceta virgem e intocável.
"eu era um viciado em pornografia. me masturbava sempre que podia, mas nunca cheguei a tentar com ninguém as coisas que assistia. por isso demorei para comer alguém."
"o que isso quer dizer?" morde as unhas, batendo os cílios ansiosa. levanta-se da cama e vai até a sua janela - que dá diretamente para seu quarto - mas encontra tudo escuro e fechado. se entristece pois queria tirar uma migalha de atenção do mais velho. contudo, volta para a cama.
uma mensagem chega.
"minhas tendências sexuais não são normais, boneca."
a outra vem em seguida.
"você se toca com tanta delicadeza. suas expressões são dóceis, seus pés se curvam de um jeito fofo com as meias brancas e seus choramingos são a coisa mais gostosa que eu já ouvi. se eu te pegar algum dia, te faria sangrar."
a fisgada entre suas pernas começa a aumentar, quase tirando seu fôlego. os bicos dos seios duros feito pedra e a respiração quase suga todo o ar do quarto.
"o que te faz pensar que eu não aguentaria?"
desce a mão livre pelo seu pescoço, sentindo sua pulsação a mil.
"você chorou quando tentou colocar um dedinho em você. na vez que tentou brincar com a porra de um pau de borracha nem se quer tentou enfiar pois já sabia que não iria conseguir aguentar o tamanho. sua buceta é pequena e apertada."
e antes mesmo que você consiga pensar em algo para responder, uma ligação chega.
você fixa o olhar na tela e lê o nome que não esperava ver. ele queria que você atendesse.
"vamos, atenda!"
a notificação diz.
com, não só o dedo, mas também o corpo trêmulo, você aceita. leva o telefone até a orelha e espera. espera. espera. mas nada vem.
escuta a respiração pesada dele do outro lado da linha e finalmente alguma coisa sai pelo auto falante.
"achei que deveríamos conversar dessa forma esse tipo de assunto."
grossa. quente. grave. tudo que há de masculino neste mundo Doyoung tinha de sobra. não só a estrutura, como a voz, o jeito de agir e até mesmo de pensar.
mesmo com medo, nervosa e apreensiva, você força a voz a sair da sua garganta. se ele havia ligado não iria perder a oportunidade que algo há mais acontecesse.
"mas já conversávamos sobre isso." retruca. o fôlego aumentando e o coração quase pulando para fora. seu corpo nunca havia chegado a uma ansiedade feito essa. de querer correr uma maratona e ainda ter ar o suficiente para atravessar um rio.
"você é uma graça..." mesmo com a paisagem tenebrosa, sua voz era acolhedora e calma. mas ainda sim era sua. e isso te acalmou, por algum motivo. "vou te fazer uma pergunta, mas quero que seja sincera." engoliu grosso, aguardando. "no que pensa quando se masturba?"
é claro que seria esse tipo de pergunta. com Doyoung não era nada simples, adorável ou amigável. ele era o monstro da vizinhança, só que só para ti.
não havia o porque mentir para ele. já havia visto você colocar os dedos na sua buceta e se contorcer, se exibindo. o que seria falar algo sobre sua imaginação perto de tudo isso?
"promete não me julgar?"
"prometo, querida. vamos lá, pode dizer." te incentivou.
"eu me imaginando na cama, quieta, distraída de tudo, enquanto um estranho, sem rosto, porque ele está vestindo uma máscara preta, entra no meu quarto, e me vê ali, toda boba, inocente e burra. sem noção de nada; com uma pijama curto..." você não se aguenta e acaba arrastando a mão pela sua barriga, descendo e descendo mais, massageando a cintura, arranhando perto do peito, descruzando as pernas e sentindo a quentura. sua voz fica mais manhosa, necessitada. "... da cor preferida dele. azul bebê. minha bunda pra cima, chamando a atenção total dele com o pano enterrado dentro dela; percebendo que eu estou sem calcinha."
consegue sentir a respiração antes calma dele, totalmente irregular. escuta barulhos de panos e de um zíper. uma agitação brusca que antes não havia. ele geme rouco do nada, te assustando e te deixando ainda mais excitada. você estava gostando disso, e ele mais ainda.
seus peitinhos estavam doloridos, excitados e necessitados de atenção. levou o polegar até um deles, massageado lentamente o bico com certa delicadeza, fazendo isso no outro. mas sem querer acaba gemendo, porém, depois de tudo isso não está mais nem aí. poderia gritar o nome do seu vizinho muito mais velho agora mesmo.
"e você toda burra nem iria reparar nele ali, querendo fazer o que bem entendesse..." a voz dele se faz presente, tomando a história na rumo que ele queria. você relaxada, deitando totalmente no colchão, puxa a calcinha de lado, sentindo um fio de lubrificação grudar nos lábios de tão molhada. pousa um dedo do seu clitóris inchadinho, e sem nem mesmo mexer, escuta os barulhinhos molhados. morde o lábio e de delícia com o próprio toque.
"ele chega perto de você, com muita vontade de te puxar da cama pelos pés, e só socar o pau dentro de ti." você manha, choramingando, imaginando a cena. escuta um barulho molhado vindo do outro lado, o barulho do cinto como se alguém estivesse batente a mão nele várias vezes. vai e volta. vai e volta.
ele estava se tocando também.
"mas ele sabe que tem que ir com calma. você é uma menina boa, intocável e sensível. ao invés de se tocar com raiva, você rebola nos seus ursinhos de pel��cia e no travesseiro, devagar e toda linda. sempre coloca esse dedinho dentro da boca, como se soubesse chupar um pau, tsc. você precisa de alguém pra te ensinar, não precisa, minha linda?! hm?! porra!!"
ele acelera os movimentos, assim como você e geme mais alto, xingando. te deixando doida de tesão e morrendo de vontade de gozar.
"sim, sim, preciso." soluça, chorando. as lágrimas descem pelos seus olhos e molham as bochechas vermelhas.
"sem nem perceber você cederia para ele. deixaria ele colocar o pau nessa sua boca pequena, te deixar cheia de porra na cara, nessa carinha linda de princesa. certeza que você deixaria ele te comer do jeito que quisesse. adoraria tirar sangue de você. dessa buceta virgem e apertada sua."
as pernas tremem mais. pode sentir, está quase lá.
"me diz, amor, como você iria chamar ele enquanto estivesse sendo fodida igual uma putinha?"
você não pensa. não consegue. então solta algo que não imaginaria dizer logo para a pessoa que mais odiava.
"papai... chamaria ele de papai." envergonhada, cobre o rosto no travesseiro.
"isso, isso. papai. o papai que vai comer essa bucetinha e deixar ela toda vermelhinha de tanto levar pau. vai ficar tão sensível, neném. eu vou amar acabar com você, porra."
ele estava acabado igual você. precisa gozar, mas tudo estava tão bom que não queria acabar. "papai vai te chupar, acalmar essa buceta necessitada de carinho. quero tanto sentir seu gostinho, princesa!"
"papai, por favor... eu posso..."
tenta, mas não vai. a frase não vem porque só de pensar em chegar la te dá um nó na barriga.
não consegue terminar, mas ele já sabe o que você quer.
"gozar? minha menina quer gozar?"
"s-sim! por favor!" chora, desesperada. já não ligando pelo barulho ou vechame que está passando.
"goza, mas goza imaginando eu socando o pau forte em você. e você chorando desesperada, porque não sabe quem tá fazendo isso com você, mas tá adorando. porque você é uma putinha e burra. que adora o sujo, o incomum, feito eu! fomos feitos um para o outro."
acelerou os movimentos, perdendo o fôlego por alguns segundos, faltava muito pouco.
"você foi feita para mim. toda minha."
e você chega lá. treme toda, chora tanto que quase seca. não consegue nem mesmo encostar em nenhuma parte do corpo de tão sensível. fica lá, sem saber o que fazer.
então se dá conta. ele gozou? ele gemeu ou algo assim? porque não ouviu nada. você era a única que escutava gemendo e chorando, maluca com tudo isso. olha para o celular, mas assim que seus orbes olham para a tela. a ligação é desligada.
você sorri e coloca o telefone de lado, se cobrindo, feliz e abençoada por ele ter te ligado mais uma vez. mais uma vez realizando suas fantasias doentias e podres.
porque a verdade é que o homem mascarado e até mesmo o vizinho delegado era uma farsa. a pessoa que te ligava quase sempre na verdade estava no cômodo ao lado do seu, te vendo por um pequeno buraco da parede, te fazendo gemer e gozar gostoso como sempre fez.
Doyoung não podia ser nenhum personagem, mas era o padrasto safado que amava a enteada fofa e muito mais nova.
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Vinho I
Vou comprar cigarro
E não vou voltar mais.
Vou pra todos os lugares
Experimentar todas as bebidas
Escrever mais ou menos
Um milhão de poemas (pra ela)
Subir no pão de açúcar
E mijar lá de cima.
Quero estourar a minha pica,
Pra que ela saia voando
Feito uma rolha.
E acerte bem no meio da vidraça
De uma vitrine de roupa chique.
E que seja um escândalo quando virem
Metida até a metada
A minha pica dura.
Quero espatifar por todo mundo
Os poemas de amor que escrevi
Pra ela (e que eles cheguem até ela!)
Quero usar emojis nos poemas
E escrever "errado" de propósito.
Quero dizer pra todo mundo
Que amo o cheiro dela
Aquele que achei escondido
Outro dia num sonho!
E que escondi pra usar como
Perfume pra ser meu diabo castanho.
Quero um revólver
Pra dar alguns tiros
E por etiqueta no pé.
Fugir da polícia como nos filmes
Ser o bandido de uma mulher!
E ai ser capturado e confessar:
É delegado, eu matei o amor.
Eu libertei a todos
Toda a juventude desse torpor
Pra depois não ser preso
Por ser amigo de um político
Agradecer o apelo
E fugir sem sentido.
É que eu fui embora,
Esse não sou eu.
Eu tô lá ainda com ela.
E ela tá lá ainda com eu!
Tem mais não.
Iury Aleson.
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𝐈 𝐒𝐓𝐎𝐏𝐏𝐄𝐃 𝐂𝐏𝐑, 𝐀𝐅𝐓𝐄𝐑 𝐀𝐋𝐋 𝐈𝐓'𝐒 𝐍𝐎 𝐔𝐒𝐄 ; 𝐓𝐇𝐄 𝐒𝐏𝐈𝐑𝐈𝐓 𝐖𝐀𝐒 𝐆𝐎𝐍𝐄, 𝐖𝐄 𝐖𝐎𝐔𝐋𝐃 𝐍𝐄𝐕𝐄𝐑 𝐂𝐎𝐌𝐄 𝐓𝐎
(paul mescal, vinte e nove, ele/dele) era uma vez… uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você SPENCER DURAND. Você veio de NOVA YORK, EUA e costumava ser ADVOGADO por lá antes de ser enviado para o mundo das histórias. se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava fazendo trabalho voluntário, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. tá vendo só? você pode até ser generoso, mas você não deixa de ser um baita de um combativo… se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de HERDEIRO na história TARZAN… bom, eu desejo boa sorte. porque você VAI precisar!
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀𝑟𝑒𝑠𝑢𝑚𝑜.
spencer é o filho de sucesso de uma família pobre britânica. o mais novo de três irmãos, ele sempre foi muito inteligente e dedicado. não era o melhor com números, mas era o tipo de criança que facilmente venceria um adulto na esperteza. graças a isso, foi quase que adotado por um de seus tios, que tinha se dado bem na vida quando foi a sua vez, e apadrinhou os sonhos do menino. o incentivou a estudar e quando chegou a vez dele de ir para a faculdade, a escolha parecia óbvia.
ele sempre teve um coração muito puro, sendo um grande “cachorreiro” e eventualmente se apaixonou por outros animais também. ele era o tipo de criança que chegava em casa da escola com filhotes de gatinhos dentro da mochila. seus pais nunca podaram esses sentimentos em spencer e quando chegou a sua vez de ser um adulto que podia fazer algo, ele se tornou um ativista da causa animal.
como advogado, ganhou notoriedade por defender essa causa e logo o título de advogada animalista fez todo sentido. se mudou para nova york após uma oportunidade de emprego surgir e agora ele trabalha em conjunto com delegados que defendem os mesmos ideais e passa os seus dias ajudando em resgates de animais e sendo casa de passagem.
no momento em que foi transportado, spencer estava no hospital se recuperando de um tiro de raspão que havia levado de um dono que não aceitou ter seus cães levados pela polícia. graças a isso, spencer está com um zunido no ouvido. mesmo com o constante som, ele resolveu ajudar a ler contos para as crianças internadas. durante a visita de sua irmã, ela levou para ele um livro que havia aparecido na porta de sua casa. ele não fazia ideia do que era, mas quando percebeu que eram contos infantis, viu como um sinal. antes que pudesse levar o livro para a leitura em conjunto, resolveu que iria checar os contos presentes no livro. junto de sua irmã, ainda no seu quarto, spencer começou a ler o conto do tarzan e quando percebeu que tinha algo de errado, já era tarde demais
˛ ⠀ ⠀ * ⠀ ⠀𝑡𝑟𝑖𝑣𝑖𝑎.
ele é abertamente bissexual em ambos os mundos.
ele é, obviamente, contra o desmatamento. o fato de que foi teletransportado para um mundo onde é um herdeiro que quer destruir uma floresta está deixando ele completamente maluco.
se formou em direito em oxford e tem uma pós em direito ambiental.
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⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 : O INTERROGATÓRIO ››
rundown. ⸻ 12 de julho de 2024, 16h. Delegacia de Des Moines. ⸻
Não era surpresa que Valentin tivesse chegado à delegacia acompanhado do pai. sendo este um juiz de tamanha importância na cidade, era de se esperar que acompanhasse de perto o caso, especialmente por envolver seu único filho. Valentin é quem estava visivelmente desconfortável com o som dos passos do pai se misturando ao seus. Sabia que seria assim, mas tentou evitar. Evitá-lo. ignorou ligações, emails e mensagens por quanto tempo conseguiu, mas só podia ir até certo ponto.
Tinha passado por um interrogatório previamente, um vindo do Sr. de Lioncourt que queria todas as respostas antes que o filho pudesse dá-las à polícia. Como sempre, ele queria estar um passo a frente. Queria ter o controle da situação. Não era difícil para o homem dizer não a quem quer que fosse. A exceção era ele, seu pai. A pessoa que quis agradar durante toda vida.
Com a naturalidade de quem já percorreu aqueles corredores diversas vezes anteriormente, Valentin nem mesmo tirou os óculos escuros do rosto depois de passar pelo enxame de jornalistas na porta da delegacia. Seus passos era firmes, sua expressão era limpa. Livre de emoções. Ele sabia que teria de passar por isso, já sabia o que esperar e já tinha planejado todas as possibilidades. Inclusive, sabia que os policiais sabiam que ele estaria fazendo isso. Valentin era de dentro, sabia como o sistema funcionava e sabia quais eram suas brechas. Eles estariam preparados para tudo. E Valentin também.
Apesar da insistência do pai, recusou a companhia de um advogado. Tinha o direito de advogar em causa própria e preferia assim. Era bom no que fazia, tinha se tornado especialista em casos difíceis. Que caso seria mais difícil do que o seu próprio? Havia receio na ideia, mas também uma pontada de animação pela possibilidade. Se desse tudo certo ou tudo errado, a culpa seria exclusivamente sua.
Entrou na sala de interrogatório com o delegado e a oficial Gabrielle Allard, introduzida por ele. Só ali que tirou os óculos e guardou-o no bolso do terno. Apesar de ocupar um lugar a mesa, apenas a policial acompanhou-o no gesto. O delegado apoiou as mãos na mesa e suspirou de cabeça baixa. Parecia frustrado. Os olhos de Valentin moveram-se para a mulher e ela parecia determinada, firme, preparada. Isso o fez sorrir por dentro.
Dada a parte formal que precedia o procedimento, o interrogatório teve seu início:
"Onde você estava na data da morte de Victor?"
❛ 2 de julho foi uma terça-feira. Estava no escritório, trabalhando. ❜ Os dedos entrelaçados sobre a mesa. As costas aprumadas. Os olhos voltados para o delegado.
"Você o conhecia? Como era a relação de vocês?"
Valentin balançou a cabeça positivamente para a primeira pergunta. ❛ Não tínhamos qualquer relação. Nos víamos constantemente porque morávamos sob o mesmo teto e isso implicava em compartilhar tarefas ocasionalmente, ou ter conversas casuais em áreas comuns, mas não tínhamos muita proximidade. Era uma relação cordial que não se estendeu depois da faculdade. ❜ Deu de ombros ao final da fala. Simples e direto. Talvez direto demais. A policial Allard anotou algo em bloco de notas. O delegado franziu o cenho.
Compreensível. Não imaginava que muitos chegariam ali dizendo tão pouco sobre sua relação com o presidente da Kappa Phi na época em que eram estudantes. Reconhecia o quanto Victor era brilhante, mas era Valentin quem tinha limites, quem tinha dificuldades em lidar com pessoas expansivas como ele era. E quem sempre ficava pensando no que seu pai acharia. De todo jeito, optou por não explicar essa parte. Ninguém poderia puni-lo por não ser amigo de Victor.
"Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurado por ele?"
Daquela vez balançou a cabeça em negativa para a primeira pergunta. ❛ Era visível que ele ficou mexido pelo acidente de Fiona. As mudanças em seu comportamento foram quase drásticas… Mas não, não sabia que ele estava conduzindo uma investigação por conta própria. ❜ Completou verbalmente. ❛ E, não, nunca fui procurado por ele. ❜
A mulher voltou a rabiscar algo em seu caderno. O Delegado assentiu vagarosamente e deu um gole curto no café que havia trazido para a sala. Ele suspirou de novo, impaciente.
Valentin permanecia com a expressão limpa e os olhos fixos em cada movimento das duas pessoas à sua frente. Aquela pequena pausa o fez ter tempo para uma autoavaliação: estava nervoso. Batimentos cardíacos um pouco elevados, uma sensação de frio na barriga. Por sorte, tinha muito controle sobre as próprias emoções e podia passar por cima de tudo isso.
"Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente?"
Foi a vez de Valentin suspirar. Pela primeira vez mostrando uma rachadura em sua expressão impassível. Sabia que voltariam a isso, mas estava cansado de retomar o acidente de Fiona. Era cruel pensar daquela maneira, mas era inevitável não pensar que as coisas podiam ser mais fáceis de deixar para trás se ela tivesse morrido. ❛ Fraternidades têm competição. Nós, membros da Kappa Phi, tínhamos nossos 'rivais' e eles tiveram problemas com um dos trotes deles, se não me engano. Nós demos uma festa para comemorar aquele fracasso. ❜ Valentin riu brevemente por entre as palavras. Era engraçado o quanto aquilo era superficial agora. Ridículo. Mas na época foi um evento que exigiu comemoração. A pergunta seguinte o fez pensar por um segundo ou dois. Imaginava que a maioria deveria dizer que sim, tinha sido apenas um acidente. Resposta fácil. Valetin tinha dito isso em 2015, inclusive. ❛ Não. ❜ Respondeu finalmente. ❛ Ouviram brigas naquele dia. Pode ter sido uma reação que foi longe demais… Mas também pode só ter sido um acidente. Muita gente estava altamente alcoolizada naquele dia. ❜
"Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente?"
❛ De novo: ouviram brigas Falaram muito sobre isso nos dias depois do acidente, especularam o que podia ter acontecido. ❜ Valentin fez uma pausa para umedecer os lábios com a ponta da língua. ❛ Se Victor decidiu iniciar uma investigação, deve ter descoberto alguma coisa que desse embasamento para isso. Ou… Ele mesmo pode ter visto alguma coisa aquele dia. ❜ Era uma possibilidade, mas precisava ser levantada.
"Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido?"
❛ Eu vi a Fiona um pouco antes do acidente. Esbarrei nela sem querer enquanto procurava minha namorada. ❜ Contou, puxando aquela memória de um lugar que ele não gostava de visistar. ❛ Mas eu estava muito bêbado. Não lembro de detalhes… ❜ Crispou os lábios em um evidente lamento. ❛ Não lembro o que falei para ela, não lembro se ela parecia bem ou não. Não lembro se Victor estava perto e talvez presenciou isso e criou alguma suspeita. Mas eu só esbarrei nela enquanto passava. ❜
"Você foi procurado por Victor nos últimos anos?"
Novamente, Valentin balançou a cabeça em negativa. ❛ Como eu disse, não tínhamos nenhuma proximidade. ❜
Outros suspiro do delegado. Por fim, ele assentiu. Deu-se então o encerramento da sessão com o agradecimento por sua colaboração e as instruções que ele já conhecia. Valentin apertou a mão dos dois policiais e deixou a sala. Seu pai não demorou a encontrá-lo, ansioso aos olhos do filho que o conhecia bem demais, mas composto. Ele perguntou sobre o acontecimento em um sussurro urgente, mas Valentin não respondeu.
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PERSONAGENS FIXOS
Laerte Farlan; nascido em 12 de julho de 1926, sempre foi conhecido por ser o beberrão de Blairson Willis. De manhã, o estoico carpinteiro na fábrica e à noite, o primeiro a virar todas no Queenie's. Ex-veterano da segunda guerra, só chegou a servir dois anos mas o que quer que tenha visto na Alemanha o transformou em quem é hoje. Não que ele fosse muito diferente antes do estresse pós-traumático. Cuida de sua sobrinha de 18 anos, Robin, desde que a menina tem 12 e por ela, tem tentado ser um pouco menos pior do que é. Tudo o que menos precisa é de mais um membro de sua família o deixando, por mais que a relação de ambos não seja a melhor no exato momento. Desaparecido desde 27 de agosto de 1978.
Robin Farlan; nascida em 31 de outubro de 1959, acabou recebendo um pouco da infame reputação de seu tio durante os anos. Nunca foi flor que se cheire - se irritava fácil, fumava de vez em sempre e quando saía, podia passar dias sem dar notícias e aparecer em casa quando bem quisesse. Órfã desde os 12 anos, a perca de seus pais a traumatizou muito e a mudança da grande metrópole de Portland para a pacata (e chata) cidade de Blairson Willis nunca foi algo que realmente conseguiu se acostumar. Não tem muitos amigos e nunca tentou ser uma pessoa amigável. Trabalhava em uma pequena loja de filmes vhs. Desaparecida desde 29 de agosto de 1978.
Rogan Callahan; nascido em 27 de março de 1931, o atual patriarca da família Callahan é um visionário, um verdadeiro homem de negócios. Quem diria que abrir as portas daquele pequeno finzinho de mundo para outras pessoas, colocar uma fachada de bom homem e patrão, respeitador das diferenças e humilde magnata iria realmente trazer tantas novas pessoas para a cidade. Desde que a fábrica de carpintaria lhe foi passada pelo falecido pai, Rogan teve apenas um único objetivo: expandir seus horizontes e aumentar a influência de sua pequena cidadezinha (de merda) para um nível muito maior do que qualquer um poderia prever. Quem sabe, um dia, ele mesmo não poderia tomar essa possibilidade e concorrer a um cargo na política, não é mesmo?
Presley Callahan; nascida em 12 de janeiro de 1952, a primogênita de Rogan Callahan e ovelha negra da família. Em algum momento de sua infância, a ficha lhe caiu de que seus pais não a amavam. Seja por motivos pessoais ou por simplesmente não ser um homem, Presley notou desde cedo que não era bem-vinda em sua casa e sendo sincera? Ela já havia parado de tentar há muito tempo. Era uma alma rebelde, com sonhos muito maiores do que Blairson Willis poderia captar, com planos de sair daquela cidadezinha sem futuro e buscar algo muito além. Pobre coitada. Acho que ninguém a avisou que quem é de Blairson Willis NÃO deixa Blairson Willis, jamais. Desaparecida (ou morta) desde 13 de setembro de 1974.
Jackson Brooks; nascido em 27 de novembro de 1920, o atual chefe de polícia de Blairson Willis é definitivamente uma figura controversa na cidade. Mudou-se para lá em meados de 1950, após servir durante a segunda guerra, procurando um novo começo de vida com sua mais nova esposa, Charity. O que encontrou, porém, foram políticas no mínimo brutais para uma das únicas famílias pretas residentes na cidade. Dizem as más línguas que apenas virou o delegado pois a cidade estava em busca de melhorar sua reputação após o fim da segregação racial, porém, seja qual for o motivo, Jackson sempre levou seu trabalho a sério - as vezes, a sério demais. Quando deseja, é um homem brutal. No fim, a lei e a ordem sempre prevalecem na perfeita sociedade americana, não?
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task #001: os interrogatórios.
12 de julho de 2024
Era cedo quando Hana entrou na delegacia, os olhos castanhos varrendo o local em busca de um rosto conhecido e, ao não encontrar nenhum colega da Kappha Phi, supôs que seria a primeira infeliz a dar depoimento no dia. Ela suspirou, lançando um olhar para o advogado ao seu lado, que se encontrava lá por insistência de Jin, seu marido. Apenas uma precaução, ele dissera, pois temia que os policiais ou o nervosismo levassem Hana a dizer algo que a comprometesse. Não que ele acreditasse que ela tinha alguma culpa no acidente de Fiona, tampouco que estivesse envolvida no assassinato do presidente da fraternidade. Oh, não, nada disso. O medo de Jin residia na possibilidade de ela abrir a boca para contar o quão alterada estava naquela noite há nove anos atrás, ao ponto nem sequer ter certeza o do que havia visto e o que não passara de alucinação. Essa informação não só a colocaria como suspeita do crime, como causaria uma mancha na imagem da família perfeita que se esforçaram tanto para manter.
Hana foi afastada de seus pensamentos por um policial que a abordou para conduzi-la em direção a sala onde aconteceria o interrogatório. Ao adentrar no cômodo, deparou-se com o delegado sentado a esperar por si, então ela sentou na cadeira oposta a ele, enquanto o advogado tomou o assento ao seu lado.
" — Bom dia, senhora Lee. " Desprat a cumprimentou, alternando o olhar para o colega de trabalho dele que a conduzira até a sala e que agora tirava um bloquinho de notas do bolso de trás. Antes de voltar a falar, o delegado já direcionava sua atenção para Hana outra vez. " — Antes de começarmos as perguntas, gostaria de um copo de café, chá..? Posso mandar alguém buscar para a senhora. " ele ofereceu, com um sorriso, indicando com um gesto o policial que entrara por último na sala. Uma gentileza ensaiada, Hana reconhecia muito bem, a intenção, no entanto, fugia do seu conhecimento. Talvez uma maneira de fazer com ela se sentisse à vontade? Bom, não havia surtido efeito, pois ela se mexeu inquieta no assento antes de respondê-lo.
" — Não, obrigada. Eu tomei café antes de vir. " negou, educadamente, devolvendo o sorriso que lhe fora oferecido. Uma mentira, não havia ingerido nada desde ontem, o nervosismo embrulhava seu estômago ao ponto de perder o apetite. Algo lhe dizia que não seria a única mentira que contaria naquela manhã. " — Certo. Vamos começar, então. " o delegado declarou, o sorriso dele esmaecendo, o tom de voz e a feição adquirindo certa seriedade. Antes de continuar, ele consultou rapidamente os papéis em suas mãos.
" Onde você estava na data da morte de Victor? "
" — Hum... Viajei de Paris para Des Moines, isso de manhã. Não me recordo o horário ao certo, desculpe. Passei a tarde no meu apartamento, no centro da cidade, e à noite compareci a uma confraternização da empresa com Jin, meu marido. Depois, voltei com ele para o apartamento e voltamos para Paris no dia seguinte. " Hana respondeu, de forma calma e direta, sem dar muitos detalhes. A bem a verdade, não se recordava muito do que havia feito naquela tarde, provavelmente fora mais um dia entediante como tantos em sua vida. Ela só esperava que isso não abrisse brechas para suspeitas por parte da polícia. Para a sua sorte, a resposta parecia ter sido o suficiente para Baptiste mover para a próxima pergunta.
" Você o conhecia? Como era a relação de vocês? "
" — Seria impossível estar na Kappha Phi e não conhecer Victor. Então, sim, eu o conhecia. Sobre a nossa relação... Erámos só colegas, eu acho? " ponderou ela, revisitando memórias antigas que os envolviam, não conseguindo encontrar nenhum momento que evidenciava que um dia foram mais do que dois conhecidos que se davam bem. Agora, depois do desfecho trágico de Victor, e movida por alguma curiosidade mórbida, Hana desejou ter sido mais próxima dele. " — Eu não o conhecia tão bem quanto outros membros da fraternidade, mas vivíamos sob o mesmo teto, a convivência era tranquila e conversamos algumas vezes em ocasiões diferentes. " concluiu, com crispar de lábios e um leve erguer de ombros.
" Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurado por ele? "
" — Não, não sabia que eu estava sendo investigada por Victor. " respondeu com um riso soprado, como se a ideia fosse absurda. Tratava-se, no entanto, de uma meia-verdade. A informação da investigação feita por Victor havia sido compartilhada na coletiva de imprensa do caso, então o advogado de Hana a alertara para possibilidade do nome dela estar no meio da lista de suspeitos do falecido. Ela só poderia se indagar qual informação Victor tinha sobre si para incluí-la naquilo, talvez ele pudesse preencher lacunas vazias em sua memória a respeito do fatídico dia. Novamente, desejou ter sido mais próxima dele enquanto ele ainda estava vivo. " — E, não, Victor nunca me procurou. Também duvido que ele os meios para me contatar, não nos falamos desde a época da faculdade e, nesse meio tempo, troquei de número e mudei de e-mail. "
" — Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente? "
Com o olhar baixo, observando um ponto qualquer na mesa a sua frente, Hana ainda divagava sobre as informações que Victor podia ter quando o delegado proferiu a mesma pergunta que ouvira nove anos atrás. Os olhos castanhos ergueram-se imediatamente, encarando Baptiste e, logo em seguida, focaram no advogado que se pôs a falar pela primeira vez. " — Minha cliente foi chamada para dar depoimento a respeito do caso Victor Dagoty, não do acidente de Fiona. De qualquer forma, a sra. Lee, na época conhecida como srta. Kwon, já compartilhou o que sabia sobre o ocorrido há nove anos atrás. " o homem declarou, impassível, virando para Hana no mesmo instante para tranquilizá-la: " — Não precisa responder isso. " por mais que fosse uma sugestão, Hana teve a impressão que se tratava de uma ordem. Ao seu ver, seria suspeito evitar a pergunta ao invés de repetir a mesma mentira contada no passado. Então, com um suspiro seguido por um sorriso fraco, ela encarou o delegado outra vez. " — Está tudo bem, eu vou responder. Não sei ao certo o que aconteceu com Fiona, assim como o maioria eu exagerei um pouco na bebida. Em algum momento dei falta do meu celular, subi no segundo andar em direção ao meu quarto e ouvi o barulho que parecia um tiro. Eu entrei no cômodo, tranquei a porta e esperei até ter certeza de que era seguro para sair. Depois me disseram que encontraram Fiona... imóvel. " suspirando, deixou cair os ombros. Quantas vezes teria que contar a mentira até que ela se tornasse verdade? Exausta, Hana se permitiu ser totalmente sincera ao responder a segunda pergunta: " — Não sei o que pensar, se foi um acidente ou não. Gosto de pensar que ninguém da fraternidade faria mal a ela, e que se fosse, de fato um crime, o responsável seria um dos desconhecidos que compareceram a festa naquela noite, mas... Talvez eu estivesse errada, você disse que o Victor estava investigando membros da Kappha Phi. "
" Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente? "
" — Como eu disse, nunca acreditei que um membro da Kappha Phi seria responsável pelo acontecido com Fiona. Isto é, até hoje. Não sei o que Victor descobriu, ou pensou ter descoberto, para suspeitar dos meus colegas. Talvez ele tivesse certo, talvez não... Não tenho como saber. " deu de ombros, sentindo o olhar de repreensão do advogado sobre si. Era a segunda vez que Hana hesitava e não descartava logo de cara a possibilidade de Victor estar certo, embora tivesse sido instruída a não dar nenhum pouco de credibilidade para a investigação dele. Segundo o advogado, quanto mais a mulher contribuísse para a fama de Victor de paranoico e obcecado, melhor. Porém, ela decidiu que lidaria com a consequências disso depois.
" Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido? "
" — Também queria saber, para ser sincera. " disse ela, pensativa, com um suspiro e um arquear de sobrancelhas enquanto as costas encontravam o encosto da cadeira. Hana realmente queria saber, não estava mentindo a respeito disso. Victor podia ser a chave para preencher as lacunas da sua memória e diferençar o que era real ou não. Bom, agora não tinha como saber. A não ser, é claro, que o responsável por aquela carta tivesse a par das investigações do ex-presidente da Kappha Phi, mas Hana estava incerta se encontraria respostas com essa pessoa. Quem quer que fosse o remetente, não parecia estar disposto a nada além de vingança.
" Você foi procurado por Victor nos últimos anos? "
" — O senhor já não fez essa pergunta? " rebateu, com um franzir de cenhos. Não se tratava de um déjà vu, disso tinha certeza, mas por que o delegado estava batendo de novo nessa tecla? Estranho, pensou. " — De qualquer forma, não, Victor não me procurou. Se o fez, não chegou ao meu conhecimento. " Hana declarou com firmeza, fazendo uma nota mental de checar a caixa de entrada do seu antigo e-mail para sanar a curiosidade que o oficial havia despertado em relação a essa questão. Logo em seguida, Dr. Baptiste deu por finalizado o interrogatório, dizendo que poderia entrar em contato no futuro. Hana e o advogado despediram-se do homem e deixaram o local rumo ao seu apartamento, onde provavelmente remoeriam o que havia sido dito.
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O paradoxo de Epicuro, também conhecido como o problema do mal, é um argumento filosófico que questiona a existência de Deus como um ser onipotente, onisciente e benevolente diante do sofrimento humano. O paradoxo se apresenta da seguinte forma:
Se Deus é onipotente, então ele pode acabar com o mal.
Se Deus é onisciente, então ele sabe que o mal existe.
Se Deus é benevolente, então ele tem o desejo de acabar com o mal.
Mas o mal existe.
Logo, Deus não é onipotente, ou não é onisciente, ou não é benevolente.
O paradoxo de Epicuro argumenta que a existência do mal é incompatível com a ideia de um Deus todo-poderoso, todo-sábio e todo-bom, pois se Deus tem o poder, a sabedoria e a vontade de impedir o mal e o sofrimento humano, então por que ele não o faz?
Há muitas tentativas de solucionar esse paradoxo, e muitas delas envolvem argumentos teológicos, filosóficos e até mesmo científicos. No entanto, o paradoxo continua sendo um desafio importante para a teologia e a filosofia da religião.
Há a fé cega e a fé de quem enxerga.Há quem não quer enxergar e àqueles cuja fé se baseia na razão.Há o acreditar lógico, em fatos e evidências e o acreditar na hierarquia do poder, de políticos ou a mídia que manobram e manipulam opiniões para satisfazer suas próprias conveniências.Há a sobra de opiniões embasadas no senso comum e àqueles cuja opinião revela o bom senso,o conhecimento, o estudo, a profundidade da causa, do objeto.O bom pescador de caça subaquática localiza um peixe mesmo com a água turva, sabe diferenciar uma tainha de um candiru, conhecimento vem de todas as formas, não somente dos círculos acadêmicos, vem da experiência, sobrevivência, e o paradoxo de Epicuro é um dos vários paradoxos que existem no mundo. Nas chamadas democracias atuais, paradoxos são diversos,não respondidos plenamente por variadas razões, mas eis que surgem pessoas que além de ver querem enxergar, por exemplo: o Paradoxo do Lobo Solitário.
Observe a seguinte situação de forma esquemática, revelando o enredo midiático e a comparação de países que se auto denominam de democracias:
Seu nome: Kim Cheatle ( Diretora do Serviço Secreto dos EUA).
Motivo de sua demissão: Incompetência.
Seu nome: Rodrigo Morais Fernandes(Delegado da Polícia Federal, nosso Serviço Secreto junto a ABIN) responsável pela investigação da tentativa de assassinato de um candidato a presidência.
Motivo de sua promoção: Suposta competência,dentre outras supostas competências,em ter resolvido o caso e ter concluído que o assassino era um " lobo solitário".
Vítima da tentativa de assassinato: Donald Trump
Vítima da tentativa de assassinato: Jair Messias Bolsonaro
Suposto Terrorista: Thomas Matthew Crooks
Suposto Terrorista: Adélio Bispo dos Santos
Supostos fins dos terroristas: Morte e Prisão
Conclusão de ambos inquéritos: Lobo solitário em ambos casos, sendo que o primeiro, seguindo a tendência, será a mesma, ainda em andamento.
Esse esquema não deixa margem a teorias conspiratórias, logo se baseia em fatos e tendências de atos terroristas mundiais, onde um único " lobo solitário" foi apontado como o responsável pelas tentativas terroristas.
O paradoxo do lobo solitário.
Por: Fred Borges
Disciplinado, observador e metódico, o lobo é um animal muito famoso por suas estratégias. Normalmente, quando uma matilha de lobos inicia uma caçada, isso quer dizer que a caça já foi capturada. Raramente os lobos entram em uma perseguição e não conseguem conquistar seus objetivos.
Um lobo solitário ou terrorista lobo solitário é alguém que prepara e comete atos violentos sozinho, fora de qualquer estrutura de comando e sem assistência material de qualquer grupo.
O contexto das declarações de líderes democráticos é um termômetro das supostas democracias atuais:
"Eu, sinceramente...aquela facada tem uma coisa muito estranha, uma facada que não aparece sangue, que o cara é protegido pelos seguranças do Bolsonaro".Lula da Silva na época da tentativa de assassinato do candidato a presidência Jair Messias Bolsonaro.
"Eu acho que a gente não pode ter dúvida de condenar qualquer manifestação antidemocrática em qualquer lugar do mundo. Seja pela direita, seja pela esquerda. Ninguém tem o direito de atirar numa pessoa porque não concorda com ele"Lula da Silva comentando sobre a tentativa de assassinato de Donald Trump
Segundo os pesquisadores, a vasta maioria dos perpetradores solitários "participava regularmente de uma gama reconhecível e observável de comportamentos e atividades em torno de um grupo de interesse, movimento social ou uma organização da extrema esquerda ou da direita.
O estudo da universidade americana chegou a outra conclusão dramática. Em cerca de dois terços dos casos estudados, familiares, amigos ou conhecidos estavam cientes do envolvimento do agressor em uma ideologia extremista.
"A noção de que os extremistas de esquerda ou de direita operam sozinhos nos permite desfazer o elo entre a violência e o campo ideológico", aponta o jornalista britânico Jason Burke num artigo publicado no diário The Guardian em 30 de março de 2017.
Logo é extremamente conveniente para extrema esquerda ou direita a figura do " lobo solitário".
O paradoxo do lobo solitário , também conhecido como o problema do mal, é um argumento filosófico que questiona a existência do lobo solitário como um ser onipotente, onisciente e benevolente diante do sofrimento de outro ser humano. O paradoxo se apresenta da seguinte forma:
Se o lobo é onipotente e age sozinho, então ele pode acabar com o mal.
Se o lobo solitário é onisciente, então ele sabe que o mal existe, menos nele próprio.
Se o lobo solitário é benevolente, então ele tem o desejo de acabar com o mal como justificativa do continuísmo da esquerda ou da direita.
Mas o mal existe, a extrema esquerda existe, a extrema direita existe e ambas querem se perpetuar no poder por meio do lobo solitário.
Logo, o.lobo solitário não é onipotente, ou não é onisciente, ou não é benevolente e como fato não é e nem nunca será ou agirá sozinho.
O paradoxo do lobo solitário argumenta que a existência do mal é incompatível com a ideia de um solitário terrorista da extrema esquerda ou direita e o todo-poderoso, todo-sábio e todo-bom sabe ou tem consciência que ele não está só, pois se os grupos de extrema esquerda ou direita tem o poder, a sabedoria e a vontade de impedir o mal e o sofrimento humano, então por que ele não o faz?
Há muitas tentativas de solucionar esse paradoxo, e muitas delas envolvem argumentos políticos , sociais e culturais e até mesmo da psiquiatria. No entanto, o paradoxo continua sendo um desafio importante para a política e a sociologia da patologia do lobo solitário.
Certo que:
Quando o ensino extermina a inteligência e outras inteligências investigativas,acontece o lobo solitário.
Quando o ensino extermina a socialização humanista das reais democracias, acontece o lobo solitário.
Quando o ensino extermina a liberdade ou o livre pensar ou simplesmente pensar e se guia pelas múltiplas respostas onde uma única resposta é a correta, geralmente compactada, homogenizada e compactuada pela mídia tendenciosa de esquerda,sem imparcialidade nenhuma,acontece o lobo solitário.
Quando o ensino vira uma commodity, reprovação significa "trauma psicológico", acontece a suposta patologia psiquiátrica do lobo solitário.
Quando o ensino de qualidade vira um privilégio de poucos, acontece o lobo solitário.
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certas coisas na vida eram como depilar as sobrancelhas, o quão mais rápido fosse melhor era. era sob essa filosofia que vivia marie-céline desde sempre. ela odiava a ideia de ter que ir até a delegacia falar sobre um assunto que em seu conceito havia se encerrado há quase dez anos. ela não sabia nada a respeito da atual vida de victor, pouco se importava com os surtos passados dele, não tinha nada a esconder – fora aquela maldita e esquisita carta – e tudo ocorreria perfeitamente.
quando foi chamada, adentrou na sala de dr. baptiste desprat com um pequeno sorriso simpático que não foi retribuído por ele ou pelo policial que o acompanhava. um pequeno balde de água fria, entretanto ela não esperava se tornar uma grande amiga do delegado. ❝ ––– boa tarde, senhor desprat.❞ cumprimentou o homem que prontamente a respondeu e indicou a cadeira onde marie-céline deveria se sentar. ❝ ––– obrigada por comparecer tão prontamente. sei que a senhora vive em… paris.❞ disse o homem relendo alguns dos papéis a sua frente. marie-céline compreendeu que as coisas talvez não fossem tão simples assim, tendo em vista que a polícia havia feito uma pesquisa mais aprofundada sobre sua vida. desconfortável, ela estalou a língua no céu da boca. ❝ ––– jamais deixaria de contribuir com as investigações, ainda mais tendo recebido um convite tão simpático.❞ retrucou com um pequeno sorriso nos lábios e voz mansa, entretanto seu tom irônico na medida certa demostrava seu descontentamento. ela não era o tipo de pessoa que frequentava delegacias ou possuía o perfil de quem era perseguido por policiais. ela não tinha medo de desprat, uma vida toda de privilégios a impedia de tal coisa.
❝ ––– não tomarei muito seu tempo, são perguntas básicas.❞ o homem a respondeu como quem ignorava uma criança mimada, certamente não tinha tempo para discutir com dondocas. sinalizou para o policial que observava a cena, e logo esse passou a digitar rapidamente. ❝ ––– onde você estava na data da morte de victor?❞ questionou o homem fitando bardot profundamente. ❝ ––– em casa, na minha casa, com meu marido. pode perguntar para ele.❞ ex-marido, era a palavra que ressoava em sua mente. raphael, o homem que ela havia se casado há três anos e mal conversava há pelo menos três meses. ele já havia lhe feito passar pelo pão que o diabo amassou, o mínimo que podia fazer por ela era mentir para a polícia. baptiste pareceu satisfeito o suficiente com a resposta, após uma lufada de ar prosseguiu. ❝ ––– você o conhecia? como era a relação de vocês?❞ a pergunta fez com que marie-céline sentisse vontade de rir. que relação ela possuía com victor? segurou-se para não pedir para que ele não atrelasse a imagem dela a dele. ❝ ––– sim, eu conhecia victor. todos da kappa phi conheciam ele, o victor era presidente da kappa. e nós não tínhamos relação alguma, nunca fomos próximos. apenas andávamos com pessoas em comum, mas posso contar nos dedos de uma mão às vezes que conversei com victor.❞ estava exagerando, certamente não era tão alheia a victor assim, mas não era como se desprat precisasse saber disso. que diferença fazia se nove anos atrás ela conversou com ele cinco ou cinquenta vezes? novamente desprat pareceu satisfeito, marie-céline tinha talento para mentira. ❝ ––– você sabia que victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a kappa phi na data do acidente de fiona? alguma vez foi procurado por ele?❞ a indagação proferida pelo delegado pegou marie-céline de supetão. ela contraiu os lábios e agradeceu a deus por pela invenção do botox, pois sem o mesmo certamente teria feito uma careta.
❝ ––– não, eu nunca soube de nada relacionado a isso. como eu falei, nunca fomos próximos e tinha quase uma década desde que eu tinha visto ele pela última vez.❞ respondeu prontamente enquanto o policial assentia, voltando seu olhar para a papelada a sua frente. ❝ ––– você sabe o que aconteceu no dia do acidente de fiona? acha que foi apenas um acidente?❞ proferiu baptiste com os olhos fixos as iris claras de marie-céline, que assentiu balançando a cabeça suavemente. ❝ ––– sei o que todos sabem, que encontraram ela em cima da mesa de sinuca. ninguém chegou a ver nada, então até onde eu sei foi um acidente, uma fatalidade.❞ a loira podia recordar-se vividamente daquela noite, da festa, do estrondo e o desespero generalizado quando fiona fora encontrada imóvel em cima da mesa de sinuca. memórias desagradáveis que marie-céline fazia questão de esquecer. ❝ ––– acha que victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente?❞ o homem continuou de forma imediata, como se quisesse que aquilo terminasse logo ou pegar a loira em alguma inconsistência. ❝ ––– acho que o victor se sentia responsável pelo que aconteceu, provavelmente por ser o presidente e acreditar que podia ter feito algo para impedir a fiona de se machucar. todo mundo sabe que ele ficou meio… sabe? ele ficou mal. pelo menos era o que diziam… como médica concluo que ele se sentia culpado e precisava transferir essa culpa para outra pessoa.❞ a loira respondeu como quem contava um segredo e movimentou o dedo indicador em círculos ao lado da cabeça, indicando que victor havia ficado "meio maluco". o delegado fitou a loira por alguns segundos com um olhar que ela foi incapaz de decifrar, mas não pareceu necessitar de maiores questionamentos, uma vez que decidiu prosseguir. ❝ ––– qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido?❞ inquiriu o homem antes de lançar uma olhadela ao policial que o auxiliava, como se quisesse ter certeza de que ele estava anotando tudo. ❝ ––– motivo nenhum. eu mal falava com a fiona, que motivo teria para qualquer coisa do tipo? fora que eu sou humanista. como eu já disse, o que as pessoas diziam era que ele estava muito triste, e como médica acredito que ele acabou desenvolvendo uma depressão e ficou paranoico.❞ a verdade era que ela não gostava de fiona e aquilo podia ser razão suficiente para algumas pessoas. marie-céline não estava a fim de se tornar a suspeitar nº 1 por chamar fiona de vaca uma vez ou outra na época da faculdade. ❝ ––– você foi procurado por victor nos últimos anos?❞ baptiste voltou a mirar a loira de maneira inquisitiva e firme, por sua vez, bardot respondeu com um aceno negativo. ❝ ––– nunca.❞ marie-céline respondeu secamente, parecia já desinteressada naquela conversa. o homem novamente assentiu, o que a fez desejar perguntar se aquela era a única reação que ele tinha. ❝ ––– senhora bardot, obrigado por sua pronta cooperação com a investigação. caso se recorde de qualquer coisa peço que me contate imediatamente, toda informação é fundamental.❞
marie-céline levantou-se da cadeira e sentiu uma sensação similar a de quando depilava as sobrancelhas, eram horríveis os puxões da linha, mas valia a pena quando ela tinha paz de espírito para se encarar no espelho durante pelo menos algumas semanas. pois era o que ela acreditava que aconteceria, duvidava que aquela historinha de victor e fiona acabaria tão cedo.
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ainda me lembro das vezes que cruzei com damien léfevre na kappa phi! ele era tão parecido com luka sabbat, mas, atualmente, aos 32 anos, me lembra muito mais regé jean-page. atualmente é desenvolvedor de sistemas.
pontos positivos: divertido, animado, brincalhão, leal, companheiro, atencioso, empático
pontos negativos: irresponsável, preguiçoso, depressivo, desbocado, neurótico, relapso, covarde
sexualidade: bissexual/biromântico
skeleton: xii the hanged man
curso: ciência da computação
BIO
nascido na merda, era assim que damien descrevia seu nascimento. alguns diriam que dinheiro poderia comprar tudo, que se poderia ter o que quisesse, mas dinheiro não comprava um bom lar e uma família que não fosse completamente instável, algo que não combinava com a fachada de uma das famílias mais poderosas de des moines.
TW MENÇÃO DE VÍCIO EM DROGAS, ALCOOLISMO, SEXO E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
em uma manhã de outono, foi quando nasceu o herdeiro dos léfevre e seu pai não poderia estar mais feliz, ter um garoto para poder ensinar tudo o que um dia lhe fora ensinado parecia muito bom. sua mãe estava radiante, a alegria do marido era a sua e claramente estava muito feliz por ser mãe de um garotinho tão saudável. tudo estava perfeito… ou ao menos era o que parecia, logo a família perfeita e rica começou a ter seus problemas, o pai passava cada vez mais tempo trancado em seu escritório, sua mãe fingia não ver a secretária ser a única pessoa que tinha permissão de adentrar o local quando ele estava por lá.
a esposa ocupava-se com o filho, ou pelo menos tentava ignorar os sons que vinham das portas fechadas onde o marido trabalhava e durante meses buscou se ocupar e tentar reviver um casamento que parecia fadado ao fracasso. damien não entendia o que estava acontecendo, tinha apenas quatro anos quando sua mãe começou a tomar remédios para crises de ansiedade e depressão, logo eles se tornaram tão frequentes que ver a mulher sóbria era algo que o garotinho nem mesmo se lembrava. em contrapartida, seu pai afogava-se nas festas do trabalho, embebedando-se e chegando em casa pronto para gritar com a mulher zumbi que tinha ali… damien nunca entendeu porque não se separaram e a babá que tomava conta do garotinho fazia de tudo para poupá-lo daquela visão, mas ela mesma tinha seus problemas… seu vício em compras era frequente e damien observava ela passar horas e horas comprando no shopping, mesmo que não tivesse mais mãos para carregar ou cartões que fossem ser aprovados.
foi nesse ambiente que o garoto cresceu, mas aprendeu a lidar fazendo piada das situações, seu mecanismo de enfrentamento se tornou esse e quando tinha doze anos começou a ficar fora de casa o tempo que pudesse, jogando com os amigos ou sozinho. os games eram sua fuga daquele mundo horrendo e assim, caiu em mais um vício… mas dessa vez, o vício era com ele.
FIM DA MENÇÃO DE TRIGGER
entrou na faculdade depois de muitas brigas, sua vontade era se tornar jogador profissional, mas seu pai dizia que aquilo era coisa de “vagabundo” e o filho dele não era isso. não, o filho dele tinha de ser ótimo como ele era — apenas um bêbado babaca na visão do rapaz — mas para evitar confrontos, acabou aceitando a ideia de entrar na université di l'orangerie. sua passagem pela universidade foi regada a festas, notas baixas e noites viradas jogando video game que acabavam apenas quando alguém conseguia convencê-lo a sair do quarto — geralmente algum amigo muito próximo.
no dia do acidente de fiona, estava jogando novamente, participou da festa um pouco, mas acabou saindo mais cedo para poder descansar do jeito que conhecia e como bebeu um pouco a mais do que gostaria sua memória tinha alguns furos. foi o que passou para a polícia que não ficou muito tempo com ele, seu pai não permitiu que o filho fosse alvo de uma investigação quando estava “fazendo coisas de garotos, quando a mocinha morreu”, palavras ditas pelo sr. léfevre ao delegado.
depois de tudo isso, terminou o curso e parecia ter saído de seu problema com os vídeo games, acreditando também que o pai havia mudado e sua mãe também… ledo engano, tudo voltou a mesma merda que era sempre e cansado de ficar naquela mansão, damien mudou-se para um lugar mais afastado em des moines, passando a exercer sua profissão como autônomo e eventualmente fazendo algumas coisas para a empresa do genitor.
sua vida não poderia estar mais normal, para os seus padrões, continuava jogando sempre que tinha um tempo livre e também quando não tinha. mas a morte de victor veio pairar como uma sombra negra sob sua cabeça, mesmo que não lembrasse direito de quem era victor — sua mente não era das melhores, pois vivia com enxaquecas que associava ao trabalho e falta de óculos, mas nunca ao seu vício, preferiu evitar qualquer coisa em relação a victor porque acreditou que como não estava nem perto da casa dele quando aconteceu, então não precisava se preocupar. de novo, o destino mostrou que estava enganado quando a polícia o intimou e aquela maldita carta de tarot apareceu em sua casa.
aesthetic: jogos de azar; las vegas; dinheiro; cheiro de cigarro e bebida; palavrões; piadas ruins; camisas com estampa havaiana; cabelo bagunçado; serviço de proteção ao menor
inspos: richie tozier (it: a coisa); wade wilson (deadpool); timão (o rei leão)
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Caso Escola Base - Vergonha ou aprendizado para o jornalismo brasileiro?
Em meados dos anos 1960, o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues publicou uma peça de teatro intitulada "O Beijo no Asfalto", sobre um homem que tem sua vida destruída após um jornalista antiético e um delegado de polícia corrupto usarem de um acontecimento de sua vida para criar uma falsa narrativa que venderia muito bem. Três décadas depois, o caso da Escola Base ocorre e levanta a mesma discussão ética sobre o estrago que uma cobertura mal apurada e sensacionalista por parte da imprensa, em conjunto com a má atuação da polícia, pode fazer na vida de pessoas comuns.
Em um âmbito sociológico, a discussão pode se estender de questões simples como a necessidade de apuração mais detalhada para casos criminais complexos a questões mais complexas como qual o real papel da imprensa para a sociedade. Tanto para Arandir, protagonista da tragédia rodrigueana, quanto para Paula Milhim, Maurício Alvarenga, Icushiro e Maria Aparecida Shimada, vítimas do caso, os danos foram irreparáveis, mesmo que no caso real essa narrativa não foi totalmente criada e manipulada pela imprensa. O papel da mídia foi ter feito a má escolha de insuflar o lado da acusação por parte das mães, que levaram um problema simples para as últimas consequências, e o delegado superstar Edélcio Ramos, que agia mais como promotor do que como de fato investigador, apresentando qualquer alteração constatada nos laudos do Instituto Médico Legal como prova definitiva de que as acusações eram reais. Para piorar, os réus eternos, em especial Paula e Maria Aparecida afirmaram ter sido torturadas e assediadas sexualmente pelos investigadores para confessarem tais crimes, práticas de uma polícia dos anos 1990, ainda influenciada pela Ditadura Empresarial-Militar vigente até a década anterior.
A discussão sobre o caso vai muito além da ética midiática e das instituições e acaba passando por todas as camadas da sociedade. A mobilização social gerada por uma acusação grave relacionada ao cuidado e proteção de crianças atinge o ser humano em seus instintos de cuidado mais primitivos, o que fez com que todos os afetados pelo caso tivessem que se esconder da sociedade para não sofrer com toda represália que potencialmente sofreriam.
No caso, as depredações da escola e de suas casas, o assédio moral eterno e a culpa por algo que não ocorreu nunca poderão ser reparados com as altas indenizações pagas pelos grandes veículos de impressa pela cobertura altamente destrutiva do caso. Mais que vidas destruídas, o legado e reputação da mídia brasileira foram manchados para toda a história. O documentário disponível no Globoplay mais que uma mea-culpa para os comunicadores envolvidos mais fortemente no caso, como Valmir Salaro, é uma importante peça de reflexão e autocrítica para o jornalismo investigativo brasileiro.
Texto reflexivo escrito para a disciplina de Gramática, Interpretação e Redação Jornalística, ministrada pelo Prof. Dr. José Alves Trigo na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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Doc mostra que Dino foi avisado pela PF antes do 8 de janeiro, segundo Kim Kataguiri
Foto: Poder 360.
POR REVISTA OESTE.
O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) expôs, nesta quarta-feira, 29, um documento que mostra que o ministro da Justiça, Flávio Dino, foi avisado pela Polícia Federal (PF) um dia antes sobre o risco dos atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes, que aconteceu em 8 de janeiro. Segundo Kataguiri, o texto comprova que o ministro sabia sobre os ataques.
O ofício é assinado pelo delegado Andrei Augusto Passos de Rodrigues, diretor-geral da PF, e endereçado ao ministro. O texto difere das declarações que Dino proferiu, na terça-feira 29, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Na ocasião, o ministro disse que não foi avisado com antecedência sobre os atos.
Rodrigues alertou ao ministro sobre “ações hostis e danos” contra os prédios dos ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e, possivelmente, de outros órgãos, como o Tribunal Superior Eleitoral.
“Há informações, inclusive, de indivíduos armados fazendo a ‘segurança’ dos manifestantes, bem como inúmeros indivíduos dispostos a enfrentar as Forças de Segurança”, argumentou o diretor-geral da PF. “Eles tentam, como vêm dizendo em redes sociais e aplicativos de mensagens, ‘tomar o poder’ nesta capital federal.”
Por fim, a PF recomendou que o ministro impedisse o trânsito dos veículos citados para “evitar maiores incidentes e atos de vandalismo”, como o que aconteceu em 12 de dezembro, quando manifestantes tentaram invadir a sede da PF.
“Sugerimos que os grupos de pessoas com o propósito de atentar contra o patrimônio público ou privado, bem como à democracia brasileira, também sejam impedidos de circular nesta capital”, concluiu Rodrigues.
Dino comunicou Ibaneis
Cerca de duas horas depois de receber o documento da PF, Dino oficiou ao governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, pedindo somente o bloqueio da circulação de ônibus de turismo “nos perímetros entre a Torre de TV e a Praça dos Três Poderes”. Por esses motivos, Kataguiri disse que pretende denunciar o ministro por crime de responsabilidade ainda hoje.
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Violência, confronto e vida em comunidade
Acordar morando em comunidade é sempre uma surpresa. Para aqueles que, como eu, vivem em zonas periféricas, qualquer movimentação extra já é motivo de precaução.
Não deixando levar, pela tarde de segunda-feira (14) já era possível ouvir o helicóptero da policia rondando o céu da cidade e a movimentação na rua e nas "lojinhas" se encontrava intensa. O bipe dos rádios podia ser ouvido em cada esquina, palavras ditas rapidamente e carregadas de apreensão.
Não havia sinal da policia, a não ser no céu.
Mas aqueles eram os sinais de algo grande estava acontecendo - ou que viria a acontecer logo mais.
Todo mundo sabe que a aparição da Polícia Federal em zonas periféricas é algo raro e sempre trás um alvoroço consigo, afinal, eles não se deslocam até essas zonas por "pouca coisa" como o povo gosta de dizer. A Policia Federal é que podemos chamar de policia de elite, eles são bons e seus trabalhos abrangem grandes coisas. Como tráfico internacional de pessoas e esquema de distribuição de drogas pelos Correios.
Então, vê-los é sempre uma surpresa não muito agradável para os moradores. Sejam eles envolvidos ou não. E foi essa situação que atingiu os moradores do contorno do bairro da Cachoeira, Guarujá - SP.
Não é fácil acordar, colocar os pés para fora de casa e saber que algo terrível está acontecendo. Aquele delegado baleado tinha família, esposa e até mesmo esperava um filho. Era alguém que estava fazendo seu trabalho, zelando pela população e pela segurança das crianças.
Mas quem era a pessoa que o baleou? Não sei.
O que eu sei é que passei mais de quarenta minutos dentro de um ônibus, cercada dos dois lados por carros da Policia Federal, do GOE, da Policia Militar e de ambulâncias. Sirenes ligadas, pessoas curiosas em voltas e tudo o que eu senti foi a sensação de insegurança.
Um ônibus lotado, policiais para todos os lados e os murmúrios eram os mesmo: "E se rolar um tiroteio? Olha toda essa gente por perto".
O delegado baleado encontra-se em estado grave e não se sabe mais detalhes sobre sua situação. A primeira noite pós acontecimento foi tranquila, mas para quem é negro, periférico e pobre, fica a incerteza... Até quando poderemos caminhar com tranquilidade pelas ruas? Quantas mães vão precisa proibir seus filhos de andar de bicicleta a noite?
Sinceramente, espero que não estejamos nos aproximando de um remake de Uma Noite de Crime.
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uma que harry vai pra uma festinha acompanhada ou não (escondida) do namorado baunilha e tals, em certo momento no meio dela a polícia acaba que bate na casa por alguma denúncia coisa assim e o que a h mal esperava era terminar encontrando com o seu sogro delegado/policial delicia de farda que acaba fodendo ela no banco de trás carro de polícia com os giroflex ligados
NOSSA ISSO DAQUI
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Não morreu ninguém, não houve ferimentos e até nem se fizeram prisioneiros, isto é, a polícia não prendeu ninguém e olhem que é de admirar, porque ninguém fez distúrbios e onde não há desordens nem crimes é que ela prende sempre. Eu cá dou-lhe razão: é sempre menos arriscado prender um cidadão pacato, um faz formas qualquer, incapaz de uma violência, do que unhar um capoeira, um brigador, um assassino, capazes de desrespeitar a farda ou o botão e cascar uma cocada ou dar um risco de naifa mesmo em um polícia ou em um delegado. Diabo é ele... Lá por um homem ser da polícia não é razão para andar entregando o guarda-comidas ou o material mastigante à cabeça dos outros.
João Foca. “Ecos da batalha”. Jornal do Brasil, 27 de setembro de 1904.
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