#Companhia reconfortante
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amethvysts · 7 months ago
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bom dia livzinha!!! nesse começo de semana, confesso que tudo que eu queria era estar chamando o matías de neném (porque na minha cabeça é isso que ele é) enquanto faço um carinho no cabelo dele. desde ontem tô fantasiando esse ‘cenário’. imagina estar em uma chácara/casa de praia com o bonde (elenco) todo e depois de passar quase o dia todo de molho na piscina ficar de preguicinha com ele. só conseguia pensar nele morrendo de sono deitando em cima de mim na espreguiçadeira 💭💭💭
como pode essa ser a coisa que eu mais quero no mundo nesse momento… inclusive, li essa ask no meio da aula e devo dizer que você foi DESUMANA, anon. quanta covardia!!
seria a primeira vez que vocês alugaram a casa de praia em grupo, e mesmo com os conflitos iniciais — porque, aparentemente, todos são muito frescos pra lavar a louça do almoço —, vocês tão vivendo os dias mais tranquilos e divertidos da vida de vocês.
além de vocês dividirem um quarto, todo dia você e o matí acordam cedo pra sentar na rede da varanda. olhando pro nascer do sol, ele fica deitado de um lado da rede, tomando mate, enquanto você tá deitada do outro lado, descendo uma xícara gigante de café. as suas pernas descansam em cima do colo do seu namorado, com uma das mãos dele massageando os seus pés e te relaxando ainda mais. deitadinhos ali, vocês conseguem aproveitar o barulho distante do mar, folgados na leseira do momento. vocês dois sabem que não tem motivo pra despertar tão cedo, mas passar o comecinho da manhã na companhia um do outro parece ser mais do que suficiente. é um dos raros momentos em que vocês podem ficar sozinhos durante a viagem, se entregando pra preguiça de toda manhã. mas assim que vocês dois terminam as bebidas, cada um desmaia pra um lado da rede – até você, que tá cafeinada –, muito relaxados pra deixar de curtir um soninho, fresquinho pela brisa da praia. vocês só acordam quando o resto do grupo começa a bagunçar a cozinha.
e o pós-praia sempre é o melhor. depois de se cansarem correndo igual a duas crianças na areia e passarem horas dentro do mar, vocês voltam pra casa derrotados. tanto que, enquanto os outros curtem o after nadando na piscina, você decide se estirar na espreguiçadeira. o corpo mole e quentinho de tanto pegar sol te enche de preguiça, mesmo que muito satisfeita pelas atividades do dia. o sol se pondo no horizonte e o mormaço lento te entorpece, fazendo com que você se estique como um gato em cima da cadeira, os pés até caindo pra fora. quietinha, você fecha os olhos, pronta pra se entregar a mais um cochilo; os ouvidos mutando a gritaria e confusão da piscina.
"espaço pra mais um?" a voz de matías se sobressai, mesmo que venha como um murmúrio. ele nem espera que você chegue pro lado, dando o espaço necessário pra que ele se junte a você no seu descanso. o corpo dele cai como uma luva em cima do teu, quentinho como um cobertor. é reconfortante sentir o peso dele em cima de você, e quase em uníssono, os dois deixam um suspiro satisfeito escapar. você sorri quando ele começa a distribuir beijinhos preguiçosos entre o seu pescoço e ombro, o nariz trilhando um caminho de cheiros pela extensão. os braços fazem morada em volta do corpo do argentino, dengosa, tendo a consciência que, se pudesse, viveria nesse momento pra sempre.
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aguillar · 2 months ago
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ㅤ ㅤ━╋ POINT OF VIEW : despertar dos poderes.
feeling so faithless , lost under the surface .
⚠ TRIGGER WARNINGS: ideações suicidas, ansiedade, afogamento.
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⚲ Após o retorno dos caídos, Acampamento Meio-Sangue.
Era uma piada cruel do Universo que o tivessem deixado para trás. Desde a partida da equipe de resgate enviada ao submundo, sua vida parecia desandar, e não havia uma manhã sequer em que não acordasse com a sensação de algo pesado sobre seu peito, a garganta apertada, a respiração arrancada de seus lábios entreabertos como se um grito tivesse sido interrompido. A criatividade de seus pesadelos não tinha fim, fruto de uma mente particularmente talentosa na autopunição, e por vezes se flagrava sentindo falta da insônia. Todas as noites procurava pela cafeína como antídoto ao tormento, mas Morfeu não demonstrava piedade por quem nada tinha a ofertar. Por mais familiar que fosse, a companhia da ansiedade cotidiana o atormentava de maneiras que não se sentia preparado para contornar. Estava acostumado a temer pela própria vida, acostumado às ameaças tradicionais impostas a cada semideus a quem considerava amigo ou família, mas o domínio de Hades tinha sido território novo, e seu repertório de inteligência emocional não tinha as ferramentas necessárias para o manter funcional em meio ao turbilhão de emoções que tentava e falhava ao processar. Mesmo com o retorno dos caídos, seu corpo parecia preso em modo de sobrevivência, e a presença dos rostos familiares de Katrina e de Melis pouco havia feito para o arrancar do estupor que o fazia reagir mais do que o fazia pensar. O alívio de as receber com abraços havia se esvaído tão rápido quanto chegara, deixando em seu lugar apenas o medo do que viria a seguir.
As meditações matinais traziam poucos resultados, e não importava quantas vezes contasse até cinco ao inalar e exalar: não havia oxigênio suficiente no mundo para acalmar a sensação de que algo parecia prestes a dar errado, e não havia nada que Santiago pudesse fazer para ajudar. A exaustão tornava seus ombros pesados, o sono perturbado não oferecendo descanso algum, e tampouco tinha apetite para fazer mais do que mordiscar uma fruta ou bebericar um ou outro gole d'água. Viver parecia a tarefa mais exaustiva que já havia enfrentado, e por vezes quase considerava simplesmente parar.
Os nomes de cada uma das pessoas a quem queria bem há muito já haviam virado o mantra que repetia como uma âncora. Com Kat e Mel de volta, precisava se manter são por elas e por tantos outros, e se recusava a se tornar o peso que os faria afundar. Fingia todos os dias, não pelo próprio bem, mas pelo benefício de quem o cercava. Sorria como se as deixas fossem indicadas por um script, fazia piadas e arrancava risadas, e olhos menos atentos sequer notariam que era não mais que uma sombra da pulsão de vida que dele costumava transbordar. Parecia bem o suficiente para enganar e aquilo lhe bastava, pois assim não tinha mais um motivo para se culpar. Não queria que ninguém se preocupasse, e temia que pedir por ajuda fosse só o que lhe faltava para o fazer desmoronar.
Naquele raiar do dia, havia acordado como se na intenção de assistir o nascer do sol. Com a ausência de Apolo, sequer tinha a presença reconfortante da estrela tingindo o azul-marinho de laranja para o motivar. Não sabia se era segunda ou terça-feira, ou qual o número que encontraria se olhasse um calendário. A realidade parecia estar se dissolvendo pelas beiradas, tornando difícil acompanhar o passar do tempo, como se estivesse suspenso em um estado de perpétua espera pelo inevitável fim. As mãos tremiam sempre que tentava empunhar uma espada, a brisa suave que tocava a pele de cada campista se tornava vendaval em sua presença, e mesmo a tentativa de oferenda no nome do pai e do tio pouco fez para o apaziguar.
Só havia uma estratégia que ainda não havia testado e, mesmo com o outono engolindo as temperaturas amenas do mês anterior, decidiu que naquela manhã iria nadar. Na mochila trazia uma toalha e uma muda de roupa seca, e a lançou sobre o ombro antes de dar as costas ao Chalé 36, o caminho até o lago ainda deserto graças ao adiantar da hora. Para quem o conhecia bem, o descuido com o próprio bem-estar ficava evidente em detalhes simples, como a falta de agasalho frente ao sopro dos ventos do Norte. Mesmo com a previsão do tempo marcando 10ºC, Santiago sequer parecia perceber que fazia frio.
Tampouco notava que a cada passo seu, a grama sob seus pés parecia crepitar, as gotas de orvalho do sereno transformadas em gelo sob seus pés descalços. Cada respiração sua se transformava em vapor, mas estava absorto demais em sua própria agonia para o notar. Por sorte ou azar, não havia um par de olhos sequer a observá-lo, uma viva alma que o pudesse oferecer um alerta. Imerso no furacão de suas próprias emoções, cada sinal lhe passou despercebido.
Invés de deixar os pertences sobre a grama e entrar na água passo a passo, os trouxe consigo até o píer, de onde planejava pular. A mochila foi deixada sobre as tábuas de madeira surradas, o vento o vindo cumprimentar e fazendo seus cabelos ricochetearem contra o rosto conforme parava diante do espelho d'água. Se tivesse esperado um ou dois segundos, teria notado que não era só o ar que tinha despertado com sua presença. Um mísero olhar mais atento teria sido suficiente para o fazer parar.
Não o fez. Invés disso, saltou de cabeça antes que pudesse mudar de ideia.
O lago o envolveu em seu abraço como um velho amigo, oferecendo um acalento que em nada correspondia às águas geladas que esperava encontrar. Confortado pelo silêncio absoluto, se permitiu afundar até que os pés haviam tocado o solo arenoso, e então o usou para se impulsionar. Ao seu redor, o inverno parecia tomar forma, ignorando a soberania da estação presente como se convocado por uma força divina–a sua força divina, fruto da herança que corria em suas veias. Quando por fim notou que fazia frio, percebeu que este vinha de dentro para fora, e que era a sua causa.
Ao tentar nadar de volta à superfície, descobriu que o espelho d'água até então imperturbado havia se transformado em seu rastro, o aprisionando sob uma camada de gelo grossa o suficiente para se tornar opaca. Já não podia ver o céu, e não importava em qual direção nadasse, não havia uma brecha sequer que o permitisse emergir. Quanto mais o pânico o atingia, mais espesso o gelo parecia se tornar. Não sabia como o desfazer e, atingido pela realidade de que estava prestes a morrer afogado, o golpeou com ambos os punhos. Desarmado como estava, eram ínfimas as chances de o quebrar. A barreira gelada parecia se enrijecer mais a cada segundo, sua mera presença e falta de controle sendo suficiente para a reforçar.
Quando tinha quinze anos, sonhava com aquele dia, e havia certa ironia em perceber que o custo do poder que tanto havia desejado seria sua vida. Como se sua despedida daquele mundo fosse motivo para comemoração, a realização foi suficiente para o fazer gargalhar–a primeira risada genuína dada em dias, silenciada pela água e expressada como bolhas de oxigênio.
Seus pulmões pareciam prestes a se romper, e tampouco lhe passava despercebido que o semideus conhecido por controlar o ar morreria quando este o faltasse. Quando deixou escapar seu último resfôlego, sentiu a vibração de passos apressados correndo sobre o gelo que havia conjurado para se encarcerar.
Pouco podia ver através das pálpebras cada vez mais pesadas pesadas, mas sentiu como se a água despertasse frente à nova companhia, e escutou um e outro golpe contra o gelo até que este cedeu sob a fúria. Um par de mãos apareceu em meio à abertura para o agarrar, tateando às cegas até que todo o torso de seu salva-vidas estivesse submergido, e Santiago reconheceu com gratidão o rosto familiar. Joe o agarrou pelos braços, o puxando consigo para fora do lago, quase o arremessando sobre a superfície congelada tamanha a força necessária para o resgatar. O tridente que era assinatura do filho de Poseidon estava caído ao seu lado, e no meio segundo entre a consciência e o sonho, cada gota de água que havia engolido pareceu ser chamada à sua garganta, o fazendo vomitar.
Com o seu corpo ainda atirado sobre o de Joseph, não sabia se ele estava prestes a oferecer um abraço ou um sermão, e perdeu a consciência antes de ter a oportunidade de descobrir.
↳ para @silencehq. personagens citados: @d4rkwater.
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stcnecoldd · 3 months ago
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‎‎‎‎   U N D E R W O R L D・ D A Y 2
No tenebroso labirinto do Submundo, onde o tempo se arrastava em uma eternidade desprovida de luz, um frio premonitório subitamente percorreu a espinha de Aurora, enviando arrepios por todo seu corpo. A sensação súbita foi o primeiro indício de que algo se aproximava. Sem hesitar, sua mão instintivamente alcançou a adaga presa à cintura, a arma que, desde seu doloroso pouso, permanecia firme em sua forma e não havia retornado ao estado de pingente. Estando em um território tão desconhecido quanto ameaçador, sabia que baixar a guarda, mesmo por um instante, seria arriscar-se demais. Seus olhos, atentos e vigilantes, varreram o ambiente em busca de qualquer sinal de movimento. Avistou apenas o grupo de campistas a alguns metros de distância, mantendo-os sempre dentro de seu campo de visão.
Não muito tempo depois, suas narinas foram invadidas por um cheiro pungente, semelhante ao enxofre, que trouxe uma expressão de confusão ao seu rosto por sua estranha familiaridade. Havia se acostumado ao odor incômodo depois de perceber que encontrara uma companhia silenciosa e compreensiva enquanto vagava pelo território da floresta em busca de contemplação e fuga. Já fazia tanto tempo desde a última vez que o encontrara. Na verdade, desde o momento em que todo o acampamento se uniu para caçar o cão infernal que fora responsabilizado pela morte de um semideus. Embora fosse inevitável sentir certa apreensão, Aurora sempre teve uma convicção profunda de que aquela culpa não pertencia à criatura que a visitava sempre que ela precisava, quase como se houvesse uma ligação inexplicável que os conectasse no silêncio. Os olhos da criatura podiam arder como brasas, mas nunca pareciam ameaçadores para ela. Apesar de sua aparência aterradora, sempre foi mais um aliado do que uma ameaça, um guardião silencioso que ela muitas vezes acariciava e alimentava em segredo. Talvez ele já tivesse percebido, antes mesmo que ela própria se desse conta, que havia encontrado uma nova companhia para preencher seus momentos de solidão, por fim decidindo manter-se afastado.
De repente, no meio daquele vazio interminável, um som rasgou a taciturnidade: um rosnado gutural que fez Aurora colocar-se de pé com um salto, tomada por uma mistura de exaltação e alerta. Seus olhos se arregalaram enquanto tentava identificar a origem do som, até que uma sombra se destacou entre as rochas, movendo-se com a agilidade de uma criatura habituada à escuridão. As batidas do seu coração se aceleraram, não por medo, mas por uma esperança crescente. Da penumbra, então, emergiu um imponente cão infernal, com olhos vermelhos que brilhavam intensamente na escuridão. Aquele não era um monstro qualquer, e ela o reconheceu de imediato. Era o mesmo cão infernal que, nas horas de tranquilidade no acampamento, costumava patrulhar as bordas do campo ao seu lado. Aquele a quem havia carinhosamente apelidado de Blizzard.
Parando diante dela, o animal cravou o olhar intenso no seu, possibilitando um instante de conexão em meio ao caos que enfrentava. Não sabia se era o motivo da visita, mas sentia a esperança de retornar ao acampamento crescer dentro de si, iluminando seu semblante com um sorriso contido. Como era bom reencontrar o velho amigo! Sua presença, apesar de imponente, era estranhamente reconfortante. Foi então que Aurora percebeu algo preso nas mandíbulas do animal. Apertando os olhos para enxergar melhor, identificou uma mochila velha e surrada, mas ainda intacta. Com movimentos majestosos, o cão depositou a mochila aos seus pés, mantendo os olhos brilhantes fixos em sua figura, como se soubesse exatamente o que estava fazendo e firmando uma promessa de lealdade. Aquilo era tão inacreditável que um riso baixo, de pura admiração, escapou de seus lábios. Tremendo de alívio e surpresa, ela se ajoelhou para recolher a oferenda com imenso cuidado, como se estivesse recebendo um presente precioso. E era.
Sem perder tempo após cumprir sua missão, o cão infernal trotou de volta para o lugar de onde havia surgido, lançando apenas um último olhar rápido em sua direção antes de ser engolido novamente pelas sombras, desaparecendo de sua visão como uma névoa que se dissipa no ar. O coração de Aurora ainda batia acelerado com a emoção de revê-lo, mas ela sabia que não havia tempo a perder. Com a ansiedade crescendo, apressou-se em abrir o zíper da mochila, usando o queixo e a mão saudável para realizar o movimento preciso. Ao abrir, encontrou alguns mantimentos industrializados. Um sorriso impressionado curvou seus lábios enquanto balançava a cabeça em descrença. Era óbvio que o cão a havia encontrado com ajuda! Dirigindo o olhar para o ponto onde o avistara pela última vez, sussurrou com a esperança de que pudesse ouvi-la. ── Obrigada. ── A palavra simples carregava uma genuína e profunda gratidão. Embora ainda fosse um mistério a identidade de quem enviara a criatura até ela, sabendo que o cão não agiria daquela forma por instinto próprio, depositava sua confiança nele. Com isso em mente, voltou-se para os demais campistas, erguendo os mantimentos no ar com um discreto sorriso ainda nos lábios. ── Parece que agora temos o que comer. ── Anunciou, esperando que aquele pequeno gesto fosse suficiente para levantar um pouco os ânimos exauridos de todos, que ansiavam pela liberdade daquele lugar sombrio.
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higormarques · 3 months ago
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Saudade Acompanhada
O som da torneira gotejando ecoa pelo banheiro, uma batida ritmada que enche o silêncio com a precisão de um metrônomo, enquanto me olho no espelho com o rosto ainda molhado. Não é apenas a água que cobre minha pele, mas também as lágrimas que se misturaram com ela. Lágrimas que não pude evitar, mas que agora, diante do reflexo, preciso esconder novamente. Não quero que ninguém saiba, não posso permitir que percebam a saudade que me acompanha, que me dilacera por dentro.
A saudade é uma presença constante, uma sombra que me segue aonde quer que eu vá. Já tentei me livrar dela, afastá-la, mas, de alguma forma, ela sempre encontra um caminho de volta. Dizem que a saudade é a certeza de que algo foi real, mas, às vezes, me pergunto se essa realidade vale o peso que ela carrega.
Fecho os olhos por um momento, tentando recompor-me, tentando encontrar alguma força para enfrentar mais um dia sem que ninguém perceba a batalha interna que travo. É curioso como podemos parecer inteiros por fora enquanto estamos despedaçados por dentro. A força que finjo ter é, na verdade, uma máscara cuidadosamente construída para ocultar a vulnerabilidade que não posso permitir que vejam.
Olho novamente para o espelho, e o reflexo me encara com um olhar que parece revelar mais do que eu gostaria. Me vejo, mas também vejo as lembranças que me assombram, aquelas que não me deixam dormir à noite. O riso, o toque, as palavras que foram ditas em momentos que agora pertencem apenas ao passado. É essa dor que torna a saudade insuportável, que a transforma em uma presença tão real quanto o ar que respiro.
Há uma ironia cruel na saudade acompanhada. Enquanto ela me dilacera, ela também me faz companhia, uma presença dolorosa, mas estranhamente reconfortante. É como se, ao sentir essa dor, eu ainda estivesse de alguma forma conectado ao que perdi. E é essa conexão que me impede de deixá-la ir. A saudade se torna uma ponte entre o que era e o que é, um lembrete constante do que um dia foi felicidade.
Penso em todas as vezes que tive que sorrir enquanto meu coração gritava em silêncio. A habilidade de esconder o que realmente sinto tornou-se uma segunda natureza, um mecanismo de defesa que me mantém funcionando. Afinal, a vida continua, mesmo quando parece que tudo parou. As pessoas ao meu redor têm suas próprias preocupações, suas próprias dores e eu não quero ser um peso a mais para elas. A força que demonstro é para eles, mas também para mim, na tentativa de me convencer de que ainda posso seguir em frente.
[h.m]
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inutilidadeaflorada · 5 months ago
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Eu Não Sei o Que Fazer Com as Minhas Mãos Quando Você Se Aproxima
Velhas lenhas não queimam mais Jogue por cima a terra feita de minha carne Espero que a fome de meus antecedentes Sirva brevidades a este infortúnio
O querer precarizou o verbo Mesmo ao ser verbalizado O azar vaga pela pele Situando novas pragas
Os barris de pólvora lambem a manhã A lava seca a miséria atribulada ao indivíduo Posterga tragédias, esvazia autos com mãos Me estimula um réquiem entre o êxtase
Teu beijo antiquário me leva A uma viela de vendas impróprias Para penhorar deuses e narcóticos Hei de mistura-los ao gosto azedo
Tais companhias vestem cinzas Hipnotizados por seus egos Fazem da carne uma pátria Fazem do prazer uma trincheira
É tão inesperado assim o roteiro? Creio que há um tempo para limar Cores ofuscadas por nuvens nubladas A tapeçaria poderá saltar cotações
Declina o fogo, que possa cair com um brio redentor Recontáveis vezes que vereditos de mãos trêmulas Fizeram reconhecer almas atraídas pelo fascínio Pertencer aos braços reconfortantes de um amor
Todos estes ramos colecionáveis Há quem os veja coroa de espinhos Há os que posam desinibidos Para um fim abafado de pretextos
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versos-relatados · 8 months ago
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Eu conheci um garoto! 
Conheci um jovem nobre rapaz, pai. Um verdadeiro cavalheiro, cuja justiça e elegância são notáveis. Ele é alto, com uma voz que se assemelha a um locutor, e nossas conversas são cativantes. Coincidentemente, é irmão daquela amiga em que gostava, lembra? Ele é imensamente sábio e com grande formosura. 
Inicialmente, senti uma timidez ao seu lado, mas aos poucos, ao nos aproximarmos, essa barreira se desfez. Entretanto, confesso que estou me aproximando demais, e uma inquietação cresce em mim. Será que estou, gradualmente, me apaixonando? Estou me perdendo naqueles olhos castanhos. É justo questionar, pois não desejo repetir a dor do passado, recorda como fiquei? E agora, sem tua segurança, o medo de me entregar a um relacionamento se instala, medo de me machucar. 
Meu temor impulsiona uma busca por respostas rápidas, sem a necessidade de formular as perguntas. Anseio que ele confidencie seus sentimentos, mas e eu? 
Tento resistir, juro, contudo, a resistência parece frágil. Estou me encantando aos poucos, temendo a ausência de reciprocidade. Em alguns dias, ele parece corresponder, enquanto em outros, paira a dúvida.
Compartilhamos inúmeras afinidades, passando horas discutindo sobre hobbies, viagens, exercícios, música e filmes. Meses se passaram, e sinto-me verdadeiramente próxima dele, considerando-o profundamente. O que esperar? Será que esses sentimentos são mútuos?
Desfruto de sua companhia, aprecio seu jeito fofo e carinhoso, reminiscente do carinho que sempre recebi de ti. Seu sorriso e risadas encantam, e atração se mistura com a segurança que ele proporciona. Seus abraços são reconfortantes, e pensar no nosso primeiro beijo torna-se um capítulo de magia e beleza. Pai, será ele?
22.08.2022
Beatriz Luz
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idollete · 8 months ago
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nossa pensei aqui agora em uma coisa e automaticamente entrei em depressao 💭💭 imagina a leitora faz parte do cast e durante as gravações termina um relacionamento, um dia ela tá na área de lazer do hotel bem xoxinha capenga triste sentada ouvindo uma música brasileira tristinha no fone só olhando pro céu refletindo, quando um deles chega e pergunta se ela tá bem, ela responde que terminou e tá meio melancólica por isso, e apesar dele internamente ficar feliz pq tava a fim dela e agora ela tá solteira, pergunta se ela quer conversar, ela responde que não mas que gostaria de uma companhia. aí ele se senta ao lado dela e ficam ouvindo música juntos, uma coisa bem reconfortante mesmo sabe?
pensei mt no kuku e enzo pra esse cenário e, apesar dele ser um boca de sacola, pensei no matias. acho que ele por ter um ponto fraco por ela tentaria dar o suporte que ela precisa no momento
as girls de vez em quando são românticas também!
kuku e enzo COM CERTEZA ficariam ouvindo música contigo, te abraçando pelo ombro e só existindo ali pelo tempo que você precisar (vejo o fernando aqui também)
o matías eu já imagino mais contido, não vai usar do toque, nem das palavras, mas só a presença dele já te diz o suficiente, vocês perdem a noção do tempo juntos
outro que faria isso é o fran, ele te coloca com a cabeça deitadinha no ombro dele e te faz cafuné
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vaporizou · 1 year ago
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Creio que cheguei em uma de minhas últimas tentativas, uma das tentativas mais triste e dolorosa até agora. A tentativa em voltar a ser eu mesmo, um eu que não aparecia há muito tempo, um eu que eu sequer gostava, mas que sempre me manteve seguro, apesar de tudo. Voltar a ser algo que fui obrigado a ser em outro momento só me faz pensar se eu realmente deixei de ser algum dia, se de fato avancei em algo em todo esse tempo ou tudo foi apenas ilusão. A sensação de que estou regredindo em vez de progredir é maçante. Só não tanto quanto a de que talvez eu nunca tenha tido de fato um progresso. Me olhei no espelho ontem e o olhar cinzento e sem vida me trouxe lembranças que imaginava já ter enterrado. A sensação de encostar na parede fria e abraçar a si não é reconfortante, até porque meus abraços a mim mesmo nunca foram. Engolir em seco a sensação de solidão forçada me amargou a boca durante toda a noite. Bom... é impossível morrer por algo que eu sequer posso oferecer companhia. A que tipo de dependência me deixei chegar? Não sei. Tento me agarrar ao que Tati já disse uma vez, de que pra andar pra frente eu tenha que antes andar pra trás, quem sabe deixei algo lá? Bom, se sim... Espero encontrar.
- Allan M.
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uma-menteinquieta · 5 months ago
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Eu realmente não sei em qual momento decidi ficar sozinha. E nem em que momento preferi me isolar.
E não é como se, as vezss e somente as vezes, não sentisse falta de todas aquelas coisas bobas e clichês, como uma mensagem de bom dia ou boa noite, associar uma música a alguém, sorrir ao lembrar de alguém ou ao sentir o celular vibrar.
Entretanto, é tão reconfortante estar só.
Uma vez eu cai e também levantei. Droga, na verdade, foram muitas vezes, tantas que se tornaram incontáveis e toda vez que eu tenho que levantar, sinto como se uma parte de mim morresse. E toda vez que uma parte minha morre, eu sinto que não sobra mais nada para partilhar com alguém.
E eu não desejo mais um romance ou um amor, tudo o que desejo é sempre ter um maço de cigarros no bolso e contemplar o dia, o sol e as nuvens, e também a noite, a lua e as estrelas na minha própria companhia.
Pois, eu me conheço melhor do que qualquer pessoa e no fim das contas, sou a minha única e verdadeira fonte de contentamento, mesmo que momentâneo.
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alekseii · 4 months ago
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𝐑𝐄𝐋𝐀𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒𝐇𝐈𝐏 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐑𝐎𝐋
um pequeno registro de relações que o aleksei tem, para facilitar a administração do quantitativo de plots e também porque é super legal de escrever.
atualizado em: 15 de julho de 2024.
𝐀𝐌𝐈𝐙𝐀𝐃𝐄𝐒
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@tachlys foi uma das primeiras pessoas de quem aleksei se aproximou no acampamento. junto com aidan, formam um trio inseparável desde os quinze ou dezesseis anos. achyls ainda chegou primeiro que aidan, e foi uma das poucas pessoas que acabou por de fato conhecer a história de vida do ivashkov. atualmente andam um tanto quanto estranhados, parece que o russo não está gostando nada de ser lentamente trocado por certas pessoas de cabelo claro.
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@aidankeef como se no trio cada um parecesse assumir uma função, aidan parece saber um pouco mais do emocional de aleksei. aquilo que ele não conta exatamente para achyls, porque sabe que a conversa não irá se expandir muito. o filho de ares não julga, e melhor ainda, aproveita para consumir com ele a maior quantidade de alucinógenos possíveis. e brigar de murro de vez em quando, um detalhe essencial para esse masoquista.]
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@deathpoiscn são almas similares, acabaram se dando bem sem perceber. parece que um ou dois copos de bebida teve algo envolvido, mas a verdade é que se ajudam sempre que precisam. e, claro, estão prontos para se envolverem em confusão juntos quando calhar.
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@magicwithaxes logo que natalia chegou ao acampamento, mesmo que contra a vontade de aleksei, ela foi rapidamente ocupando seu espaço no coração do moreno. o fato de compartilharem origens fez com que fosse sempre reconfortante correr para ela para discutir algo em russo, ou simplesmente cuspir os xingamentos mais sujos do peito para aliviar alguma raiva profunda. agora vêm sendo inevitável de não se referir a ela como esposa, logo que constataram que seus pais provavelmente tentariam forçar uma união entre os dois jovens caso ainda estivessem na rússia (e seu pai estivesse vivo). o ivashkov faria de tudo para protegê-la.
𝐈𝐍𝐈𝐌𝐈𝐙𝐀𝐃𝐄𝐒
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@izzynichs notável que izzy e aleksei sempre tiveram um certo grau de estranhamento. não seria exatamente uma inimizade, afinal, em que inimizade as pessoas ainda insistem em conversar? parece que o russo sempre se enche de uma vontade súbita de perturbar a caçadora, e normalmente atende o desejo.
𝐀𝐋𝐆𝐔𝐌𝐀 𝐎𝐔𝐓𝐑𝐀 𝐂𝐎𝐈𝐒𝐀
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@eroscandy parece que esses dois estavam de fato inclinados a se encontrarem. porque foram duas ou três vezes se encontrando acidentalmente pelos bosques até a fatídica noite em que se envolveram. dali em diante pareceu até um certo grau de vício, os dois parecem se procurar constantemente.
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@zeusraynar raynar foi uma das testemunhas de uma época que aleksei não se orgulha muito, quando ainda estava sob a asa do pai. anos o evitando em vão, para então o encontro inevitável dos dois. cartas sobre a mesa, e parece que de inimigos foram direto para uma área-cinza difícil de categorizar.
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@dmontanna foi um pequeno caso de algum tempo atrás, que foi completamente o oposto de como aleksei pensava que se sairia. acontece que o rapaz foi um completo idiota, porque nunca mais tentou contato ou respondeu as mensagens dele. e mesmo com os eventos, bem, eles moram no mesmo lugar.
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@zmarylou ele e mary começaram, na verdade, com ele ligando errado para ela em um momento em que estava bêbado. as outras vezes não foram tão acidentais, e parece que ele começou a gostar um tanto quanto de mais de sua companhia enquanto alterado. nos últimos acontecimentos, entretanto, no lugar dela cuidar dele, ele esteve lá para auxiliar com seus machucados, da melhor forma que podia.
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theatrangel · 5 months ago
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★ . na fogueira com @drizclla dizendo ❛ you sound like you’re having fun already . ❜
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"E estou! Quando anunciaram a festa eu não imaginei que pudessem ser quatro! E que fossem ser tão divertidas." Àquele ponto da noite Christine tinha virado mestra em reconhecer portas. Tinha aproveitado de tudo um pouco, e agora descansava mais uma vez perto do calor reconfortante da fogueira junto da companhia que tanto lhe agradava. "Seria ainda melhor se pudessemos lembrar de tudo no fim da noite." Girou o palito com o marshmallow distraidamente entre seus dedos. Ainda estava inconformada com a situação, mas assim como os outros, tinha sido obrigada a aceitar. Porém, como o fogo crepitava a sua frente, os sentimentos de revolta e confusão ainda queimavam em seu peito. "Mas acredito que mesmo esquecendo de tudo meu coração ainda lembrará de como foi ser perseguida por um urso. Ou conversar com duas estrelas do mar, que muito tentaram me explicar o conceito de não-monogamia. Achei muito intrigante, mas interessante."
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thcluckyonc · 9 months ago
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HANDE ERÇEL? não! é apenas KIRAZ ÇELIK, ela é filha de NIKE do chalé 17 e tem VINTE E CINCO. a tv hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL II por estar no acampamento há QUATRO ANOS, sabia? e se lá estiver certo, KIRA é bastante ENCANTADORA mas também dizem que ela é MIMADA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
A convicção impressa no olhar da mulher que assegurou ser amparada por Zeus, pouco antes de se jogar do prédio de vinte andares. O desespero nas feições masculinas ao se entregar ao mar revolto, clamando o nome do deus dos mares. E a aparente loucura da jovem que se atirou ao vulcão adormecido em sua ânsia por encontrar-se com Hefesto. Inúmeros são os relatos a respeito de humanos que, frente um contato íntimo com os deuses, perderam a sanidade. E com Emre não foi distinto.
É incerto dizer se o sucumbir do homem se deu pela ausência da deusa vitória ou pela falta das regalias que estar frequentemente no lado vencedor lhe proporcionava. Fato é que quando o triunfo deixou de ser uma constante em sua vida, Emre buscou nos entorpecentes mundanos o regozijo antes encontrado em Nike. As dívidas nas casas de apostas somaram-se àquelas devidas a traficantes, formando um estilo de vida insustentável - especialmente ao considerar-se a pequena garotinha recém deixada sob seus cuidados. E decerto aquele teria sido o fim de Kiraz, fadada a adoecer em meio às ruelas escuras de Istambul, esquecida por aqueles que deveriam protegê-la, não tivesse um detalhe atraído a atenção de uma figura importante da região.
Vural conhecia o suficiente a respeito dos deuses do Olimpo para compreender que a correlação direta entre as vitórias de Emre e a presença da garotinha em seu colo não se tratava de um mero acaso. E o Bakirci sabia que se manejasse a situação corretamente, ao final, seria ele o grande sortudo. Livrar-se do homem foi o menor de seus empecilhos - inconstante e quimicamente dependente, o Çelik jamais havia sido uma figura paterna para a garotinha. Algumas desculpas e muitos presentes depois, Kiraz sequer parecia se recordar que um dia não estivera sob os cuidados de Vural e seus homens.
A presença da menina nas casas de apostas tornou-se recorrente com o passar dos anos, até que o ecoar do rolar dos dados mesclado ao som das cartas que eram distribuídas pelo salão saturado de pessoas reféns de suas próprias ambições, criassem uma sinfonia caótica que lhe era quase reconfortante. Afinal, não era como se Kiraz conhecesse outra realidade que não aquela iluminada pelas luzes coloridas dos cassinos de Istambul. Considerada o amuleto da sorte de Bakirci, ela era constantemente vista em companhia do homem e, ao final de uma noite bem sucedida, suas habilidades eram recompensadas com o conceder de todo e qualquer desejo que pudesse alcançar-lhe a mente - desde um pônei, a um castelo para, então, seus favoritos: pedras preciosas. E o que mais pode-se almejar quando se tem tudo?
Mais de uma década passou-se antes que Kiraz se desse conta de que os bens materiais que se acumulavam em seu entorno em nada supriam os anseios de sua alma - sentimentos esses despertados por um sorriso atraente demarcado por um maxilar anguloso. E quando o relacionamento com o rapaz foi proibido por Vural, a Çelik encontrou a motivação necessária para escapar na calada da noite. Com uma passagem apenas de ida para os Estados Unido, foi apenas uma questão de tempo até que a semideusa fosse levada ao acampamento meio sangue.
PODERES: Absorção de sorte: através da proximidade, Kiraz é capaz de drenar, lentamente, a sorte daqueles em seu entorno, aumentando a sua própria e a de quem estiver em contato direto com a s
HABILIDADES: Fator de cura acima do normal e agilidade sobre-humana.
ARMA: Possui uma besta encrustada de diamantes.
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resquicios-de-um-poeta · 8 months ago
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Capítulo 12: O Humano Triste Fica Mais Triste
Os dias passavam como sombras lentas na vida do humano. O vazio deixado por Sam e Loki parecia se estender por toda a casa, pesando sobre ele como uma nuvem carregada de saudade. Cada canto lembrava-o das brincadeiras animadas, dos ronronares reconfortantes e da alegria que uma vez preenchera aqueles espaços.
O ateliê onde costumava pintar tornou-se um santuário de emoções profundas. As telas, agora refletindo mais melancolia do que cores vivas, eram testemunhas silenciosas da jornada emocional do rapaz triste. Cada pincelada parecia carregar o peso de suas tristezas, e as tintas, em tons suaves e sombrios, narravam a história de perdas que palavras não podiam expressar.
Nega, Obscuro e Buck, embora ainda presentes, sentiam a mudança no clima emocional. Suas tentativas de trazer alegria e distração eram como pequenas luzes em uma noite escura, lutando para dissipar as sombras que agora envolviam o coração do humano.
As noites eram as mais difíceis. O humano, antes acostumado com o ronronar reconfortante de Sam e as brincadeiras animadas de Loki, agora enfrentava o silêncio que parecia ensurdecedor. A solidão, antes mitigada pela presença vibrante dos gatos, tornou-se uma companhia persistente.
Obscuro, o sábio, aproximava-se do rapaz triste com olhos cheios de compaixão. "Cada lágrima que você derrama é uma saudade que se transforma em amor eterno. Eles podem ter partido, mas o que compartilharam com você permanecerá para sempre."
Nega, embora ainda se mantivesse reservada, buscava a companhia do rapaz de maneira sutil. Seus olhares profundos pareciam transmitir uma compreensão mútua da tristeza que ambos compartilhavam.
Buck, persistia em suas brincadeiras. Ele compreendia, de alguma forma intuitiva, que o coração do humano precisava de mais do que apenas momentos efêmeros de distração.
A história que começou com resgates, alegrias e vínculos profundos, agora enfrentava um capítulo de tristeza intensa. Cada novo amanhecer parecia trazer consigo a sombra da perda, mas o humano, apesar de sua melancolia, continuava a se dedicar aos gatos que ainda compartilhavam seu lar, na esperança de encontrar conforto e significado na jornada que ainda estava por vir.
Continua...
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imputar · 9 months ago
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Em uma manhã envolvida em névoa, o ar estava fresco e carregado de uma atmosfera melancólica. As nuvens cinzentas se estendiam pelo céu, filtrando a luz do sol e lançando sombras suaves sobre o terreno da escola de magia. O vento soprava suavemente, fazendo com que as folhas das árvores dançassem em uma sinfonia silenciosa.
A paisagem era plácida. As águas escuras do lago refletiam o céu nublado, criando uma miragem etérea que envolvia toda a área. Salgueiros chorões, com seus galhos pendentes e folhas verdes brilhantes, pontilhavam a margem, adicionando uma aura misteriosa ao ambiente. O som suave da água batendo contra as rochas ecoava no ar, criando uma melodia reconfortante.
A grama verde e macia crescia ao redor do banco, como se convidasse os visitantes a se sentarem e contemplarem a beleza natural ao seu redor. O cheiro fresco da terra molhada pelo orvalho da manhã permeava o ar, enchendo os sentidos com uma sensação de renovação.
Sentada à beira do Lago Negro, sob a sombra acolhedora de um salgueiro chorão, estava Blair. Seus cabelos castanhos caíam em suaves ondulações ao redor do rosto enquanto ela folheava um livro antigo, cujas páginas sussurravam fatos históricos sobre o mundo trouxa.
Enquanto o vento uivava entre as árvores e a água do lago ondulava suavemente, Blair sentiu uma presença próxima. Ergueu os olhos do livro e divisou um jovem de cabelos escuros e olhos curiosos que se aproximava cautelosamente.
A garota observou enquanto ele se aproximava. O rapaz tinha um ar intrigante, como se carregasse consigo segredos do passado e mistérios do futuro. Seus olhos, profundos e intensos, refletiam a luz difusa do dia, revelando um sofrimento oculto.
— Olá. — cumprimentou uma voz suave, que ecoava no silêncio da manhã. — Espero não estar incomodando, apenas estava dando um passeio e percebi você aqui com um livro que comumente não desperta o interesse dos bruxos.
Blair sorriu gentilmente, guardando o livro ao seu lado. — Não está incomodando. É um lugar tranquilo para se estar, não é?
Ele assentiu, sentando-se ao lado dela no banco de pedra. —Sim, é realmente sereno. Me chamo Tobias.
— Blair. — Ela respondeu, estendendo a mão em cumprimento. — É um prazer conhecê-lo, Tobias. Você também se interessa pela história dos trouxas?
— É, podemos dizer que sim.
À medida que a conversa se estendia, Blair começou a perceber o desconforto nos olhares dos outros alunos que passavam pela margem do lago. Ela notou como alguns lançavam olhares de desaprovação na direção de Tobias, enquanto sussurravam entre si, criando uma clima de tensão ao redor deles.
O garoto, por sua vez, parecia resignado com a situação. Ele compartilhou com ela algumas das dificuldades que enfrentou desde que ingressou em Hogwarts, especialmente por ser o primeiro nascido trouxa a ser selecionado para a Sonserina.
Além de sua origem, seu sangue definitivamente o distinguia dos demais.
Os preconceitos e estereótipos em relação aos "sangues-ruins" era algo com que ele tinha que lidar diariamente.
Embora, a jovem empatizasse com o garoto, ela se viu envolta por uma tristeza silenciosa, ciente de que havia um abismo entre seu mundo e o dele. Ela percebeu que, por mais que desejasse, jamais poderia penetrar completamente nas profundezas da dor que ele carregava.
Blair opta por se manter em silêncio ao lado do lado do garoto, apenas apreciando sua companhia por um tempo.
— Espero encontrá-lo por aí.
Ela se levanta e caminha em direção ao castelo.
Tobias sorri.
❝Uma Busca pelos Segredos de Hogwarts. Nayane R. C. Vallejo
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nihstyles · 1 year ago
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Carente de atenção — Harry Styles
Deixe seu ❤️
Me diz o que achou!
E faça seu pedido!
Narrador
Harry estava sentado no sofá, mexendo no celular enquanto esperava Ayla chegar em casa. Eles eram um casal há alguns meses e, embora estivessem muito felizes juntos, Harry estava se sentindo um pouco carente ultimamente. Ele queria a atenção de Ayla e sentia falta dos momentos de carinho e conexão entre eles.
Enquanto ele deslizava pelas redes sociais, um sorriso escapou de seus lábios quando viu uma foto de um casal romântico passeando de mãos dadas em um parque. Isso o fez pensar em todos os momentos especiais que eles compartilharam juntos, desde passeios românticos ou até mesmo deitarem abraçados e compartilharem histórias sobre seus dias. Ele sabia que Ayla também estava ocupada com o trabalho, mas desejava ter mais momentos a sós com ela.
Quando a porta finalmente se abriu, Harry levantou-se rapidamente do sofá para cumprimentar Ayla com um abraço caloroso e um beijo apaixonado, afinal o pequeno afastamento dos dois não mudou o sentimento em nenhum dos lados. Ela parecia cansada, mas seus olhos brilhavam quando ela o olhou.
— Oi, amor — disse Ayla com um sorriso doce. —Sinto muito por ter chegado tarde. O trabalho foi muito intenso hoje.
— Não se preocupe — respondeu Harry. — Eu entendo que você teve um dia agitado. Mas sinto sua falta, Ayla. Eu queria passar mais tempo com você.
Ayla suspirou, sentindo-se culpada. Ela sabia que ultimamente tinha se dedicado bastante ao trabalho e tinha deixado Harry em segundo plano. Ela se aproximou dele e segurou suas mãos.
— Eu sinto muito, Harry. Eu sei que tenho estado um pouco ausente. Mas saiba que eu amo você e sempre tento encontrar um equilíbrio entre o trabalho e o nosso relacionamento.
Harry assentiu, mas ainda estava um pouco triste. Ele sabia que Ayla estava se esforçando, mas o desejo de ter um tempo de qualidade com ela não desaparecia. Ele decidiu expressar seus sentimentos abertamente.
— Ayla, eu entendo que você tem suas responsabilidades no trabalho, mas eu sinto falta da nossa conexão. Sinto falta dos momentos em que podemos apenas estar juntos e aproveitar a companhia um do outro. Será que poderíamos reservar um tempo para nós dois?
Ayla olhou para ele com ternura e apertou suas mãos. — Claro, amor. Você é importante para mim e quero estar presente para você. Vamos reservar um tempo especial amanhã à noite. Podemos ter um jantar romântico em casa e passar a noite juntos, só nós dois. O que você acha?
Os olhos de Harry se iluminaram e um sorriso se espalhou por seu rosto. — Isso seria maravilhoso, Ayla. Eu adoraria passar um tempo a sós com você.
No dia seguinte, Harry estava feliz por poder finalmente ter um momento íntimo e romântico com sua namorada.
Os dois prepararam um jantar especial. Eles acenderam velas, colocaram uma música suave e se sentaram à mesa, desfrutando de uma refeição deliciosa enquanto conversavam sobre seus dias. Ayla fez questão de desligar o celular para que pudessem se concentrar um no outro.
Depois do jantar, eles se aconchegaram no sofá, abraçados um ao outro. Harry acariciava os cabelos de Ayla enquanto ela descansava a cabeça em seu peito. O ambiente estava tranquilo e acolhedor, e eles se entregaram a um silêncio reconfortante por um momento.
— Harry — disse Ayla suavemente — eu quero que você saiba o quanto você é importante para mim. Eu entendo que você tem se sentido carente ultimamente, e eu sinto muito por não ter percebido antes. Você é o meu porto seguro, e eu quero estar presente para você.
Harry suspirou, sentindo-se amado e reconfortado pelas palavras de Ayla. Ele olhou para ela com ternura nos olhos.
— Ayla, eu te amo tanto. E eu sei que o trabalho pode ser exigente, mas eu só quero ter momentos em que possamos nos conectar de verdade, sem distrações. Estar aqui com você agora é exatamente o que eu precisava.
Ayla sorriu e se aproximou para dar um beijo suave nos lábios de Harry. Eles se entregaram a um beijo cheio de carinho, transmitindo todo o amor e cuidado que sentiam um pelo outro. Era um beijo que reafirmava o compromisso e a vontade de estarem presentes um para o outro.
Conforme a noite avançava, Harry e Ayla se dedicaram a aproveitar aquele momento especial juntos. Eles se envolveram em conversas profundas, compartilharam risadas e até mesmo dançaram lentamente pela sala, abraçados um ao outro.
Não havia pressa, apenas a vontade de estar verdadeiramente presentes um para o outro. Ayla se certificou de que Harry se sentisse amado e valorizado, demonstrando afeto de várias maneiras. Eles se abraçaram, trocaram carícias e se entregaram a um amor puro e sincero.
Aquela noite especial ajudou a fortalecer ainda mais o vínculo entre Harry e Ayla. Eles perceberam que, mesmo com as demandas do trabalho e da vida cotidiana, era essencial reservar um tempo para se conectarem emocionalmente. Ambos se comprometeram a fazer um esforço consciente para nutrir seu relacionamento e cuidar um do outro.
Nos dias seguintes, Harry e Ayla estabeleceram uma nova rotina. Eles encontraram maneiras de equilibrar o trabalho e o tempo a sós, criando momentos especiais para se reconectarem. Eles planejavam encontros românticos, saídas divertidas e simplesmente ficavam juntos em casa, desfrutando da companhia um do outro.
Com o passar do tempo, Harry percebeu que a atenção e o amor de Ayla estavam sempre presentes em sua vida. Ele nunca mais se sentiu carente ou negligenciado. Seu relacionamento florescia e eles cresciam juntos, compartilhando os altos e baixos da vida com amor, compreensão e uma conexão profunda.
Harry e Ayla aprenderam que a comunicação aberta e honesta era a chave para manter um relacionamento saudável. Eles se tornaram melhores ouvintes, apoiando-se mutuamente e fazendo ajustes quando necessário. A importância de valorizar e cuidar um do outro virou a prioridade do relacionamento dos dois.
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umcosmonauta · 11 months ago
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A nova morada
Aos poucos eu volto ao meu centro, não como era antigamente pois o ontem já não existe mais, e nunca será como o amanhã que nunca chega.
Depois de caminhar nessa estrada, de felicidades, decepções, tristezas, felicidades, um pouco do que a vida tem de melhor no seu cerne a nos entregar. A verdade é que não importa onde iremos procurar, nem onde nem em quem, o nosso lar sempre será no conforto do nosso coração, a companhia da solidão hoje é reconfortante, pois assim como Adabe Faria a Edmon, ela me deu algo de valor inestimável, e que nunca de mim será tirado. Hoje entendo melhor o que é a emoção a flor da pele, o que é não saber o que fazer, o que é chorar, o que é sofrer, o que é ser só, apesar de viver muito tempo com aquele sorriso, hoje eu não o encontro mais, apenas o meu, quando me olho no espelho, quando me vejo pela câmera. Depois de digerir um sabor tão doce, a água tem sido o melhor remédio, depois de ingerir doses cavalares de amor, a solidão é a melhor forma de transpirar aquilo que um dia era nosso, hoje não nos pertence, a casa está aberta...
Um cosmonauta russo e um neurocirurgião conversavam, e o cosmonauta disse ao neuro que era um homem crente na sua fé e em seu Deus "Eu já fui ao espaço muitas vezes, sequer vi um anjo", sábio sereno o cirurgião lhe respondeu "Eu já operei muitas cabeças, sequer vi um pensamento". Num terreno fértil, não será tudo fruto da nossa imaginação afinal ? Até mesmo as pragas. A mudança de colheita é complicada de ser feita, requer esforço, disciplina, novas fontes de energia, mas por que não, porque viver de uma única espiga seca que há tempos não era regada, não era valorizada. O terreno está diferente, a terra está nova, e não importa a tempestade de lembranças, os furacões de saudades, e as chuvas da falta, sempre terá espaço para um novo sol de alegria e compaixão a si, sempre é sobre si e sobre as suas emoções
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