#Cidade Nanquim
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Eloar Guazelli, Cidade Nanquim/Nanquin City, series, 1990.2024 link:
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Uma Mitologia Fragmentada
Tuas cruzes são ornamentos Toda a cerimônia é por si só performance Teu milagre aluga açougue pela cidade Tua doutrina está em domínio público
Dentes amarelados, pula flúor Escorre o esmalte e borda Abaixo dos teus lábios um vestido de noiva Convidando aos entendidos a [sufocarem-se entre amor e álibis]
Rejeitar estatística e fidelidade A morte é a própria crendice Se referendando a cabeças de quimeras Como se fossem a vaidade de bulas
Tragar para o microcosmos Microcontos com testemunhas Fazer fazendas, duvidar o óbvio Andar as invenções de pavões
Um símbolo prioriza o agente neutro Netuno esparrama o consumo Beba e mastigue, arrote tal redenção Aqui se cria tão só a prepotência
Atemporal observador assistindo em êxtase A roda de mercadores moldando meus olhos de barro A trombeta do anjo-extermínio se propaga: Traições ao pé do ouvido dos narradores
Rostos simulados, leis de nanquim Descrever o heroísmo tardio das hipnoses Antes que transforme o rabo da besta E ninguém mais consiga adestra-lo
Há contextos que geram outras vozes O infortúnio de diabos gozando De um terceiro sexo-espetáculo Perfilando a química do homem aos pés de Gaia
#inutilidadeaflorada#poema#poesia#pierrot ruivo#carteldapoesia#poem#conhecencia#espalhepoesias#projetoverboador#quandoelasorriu#carteldepoesia#buscandonovosares#mentesexpostas#lardepoetas#poesiabrasileira#projetoalmaflorida#projetoflorejo#projetovelhopoema#poecitas#poetizador#projetomardeescritos#projetoversografando#projetocartel#projetonaflordapele#projetosonhantes#novospoetas
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Minha cabeça está uma bagunça. todas as vezes em que eu me sentia perdida a minha mente criava um cenário muito claro: eu era uma criança de uns 8 aninhos sentada sozinha procurando alguém que conhecesse mas sem tentar parecer desesperada, talvez eu lembre tanto dessa cena e eu a sinto tão vividamente porque ela de fato ocorreu, quando eu era pequena e me perdi da minha mãe e dos amigos dela que haviam me levado ao único parquinho da cidade. Mas dessa vez eu não me sinto exatamente assim. Parece uma mistura de sentimentos, os dias tem sido alternados entre os mais leves, felizes e dignos de uma novela das 7h e o completo caos, desespero e choro. receio um pouco que esse texto não faça sentido, porque eu penso mais rápido do que consigo escrever e cá entre nós nunca fui boa escritora. A real motivação de escrever vem do fato de o meu nanquim ter acabado, todas as duas canetas e esta quente demais pra ir a papelaria. Mas seguindo o que o meu analista disse durante anos, eu preciso escrever, desenhar, pintar... Qualquer coisa que eu possa, depois de escrito ler e entender melhor como me sinto, honestamente prefiro os desenhos, mas essa alternativa é mais viável. Tudo que aconteceu ontem me deixou de uma maneira que eu jamais pensei que ficaria dada as pessoas envolvidas. Dói, mas eu me sinto segura e surpreendentemente segura. Quando aconteceu, eu senti medo, foi medo, caos e choro sentada no meio fio da banca, onde paramos pra fumar todas as quartas e sextas assim que o professor faz a chamada. A banca sempre foi um lugar feliz onde, ao longo desse ano tive boa risadas, dialogo e discussões, não queria que essa briga fizesse manchasse todas as memorias construídas lá. Pensando em tudo que ele fez e o que ele queria fazer, isso diz só sobre ele não sobre mim. Eu posso ser muitas coisas mas um monstro não é uma delas. Todas as vezes que penso nisso eu vejo o quanto me livrei, mas ainda me sinto tão mal, porque fui ferida em vários aspectos, das poucas coisas que eu prezo o direito a contar coisas pessoais quando me sentir pronta é a principal. Não que eu quisesse esconder nós dois, mas eu queria viver o momento, porque tudo foi tão natural e espontâneo, é um dos poucos momentos da minha vida em que eu não estava procurando ninguém e ele chegou e tudo ficou mais bonito, quando ele foi pra casa tudo ficou vazio e a única coisa que se passava na minha mente era o Arnaldo Antunes cantando a casa e sua, porque quando ele voltou pra casa, parece que a varanda com a vista tão bonita deixou de ser um lar e virou, só uma varanda... Tudo que eu queria era deixar as coisas fluírem, apesar de isso ir contra toda a minha natureza caótica e absurdamente ansiosa, pela primeira vez, quis e continuo querendo viver o momento. Então me sinto um pouco mal por ter que ter contado de maneira forçada, queria contar por ser uma noticia feliz não por obrigação mas vejo agora que nunca conseguiria contar como uma notícia feliz, porque não me viam como uma amiga, mas sim com um objeto. Me ver como um objeto é o que mais me dói, sendo uma mulher, em raras ocasiões fui, de verdade ouvida. E ontem foi uma extrapolação de tudo que já vivi, nenhuma cena de machismo que vivi chegou perto disso, eu fui tratada como um objeto ou com um ser humano sem qualquer tipo de direito ou autonomia sobre as minhas próprias escolhas eu por tanto tempo não pude falar, sobre tudo que eu gosto, sobre arte, musicas, livros... eu vejo que por tanto tempo mantive alguém que me tratou como um objeto e é horrível e tão traumático é uma realidade bem ruim de não poder nem sequer escolher com quem quer ficar e ser tratada como um animal doméstico, eu acho que sobre essa parte e essa sensação eu não tenho conseguido superar e isso fica em looping no fundo da minha cabeça.
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pedras amassando as raizes dos pés
tuas mãos sendo intrusas
forçando uma caneta nanquim
desenhando um rosto
sempre um rosto
um dia de sol
fotografias de sombras
os pensamentos gastos
buscando sempre a morte
um pai que tenta entender o suicida
mensagens de áudios longos
um amigo que desaparece buscando um emprego
mudanças de lugares fugindo dos mosquitos
a análise de árvores sem movimento
a brutalidade odiosa do rosto de quem não te ama mais
uma cidade artificial e desencantada
não mais escolhida.
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Cidade Fóssil I - 2020 - Nanquim e caneta sobre papel A3
Fossil City I - 2020 - Indian ink and pen on A3 paper
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A Neblina Cheirava a Queimada
A neblina cheirava a queimada. Não havia nada pegando fogo. A neblina era apenas neblina. Mas ainda assim, o cheiro de queimado cobria a cidade, junto com a neblina. E continuava, mesmo depois de a neblina se dissipar durante o dia, e depois quando ela voltou durante a noite. Talvez fosse poluição. Talvez fosse queimada de cana. Talvez fosse incineração de lixo hospitalar. Ninguém sabia, ninguém se importou.
Até se passar um ano, o cheiro de queimado se tornar parte da cidade e ser ignorado, e alguém perceber que as datas comemorativas estavam sendo deixadas de lado. Se sabia que era o dia certo, mas o tratava como um dia comum. E isso não foi percebido por alguém da cidade. Um morador de uma cidade vizinha, que trabalhava ali, perguntou ao chefe porque havia desconto de uma falta em seu salário. O chefe mostrou o dia em que o ponto não foi assinado.
- Mas… mas foi feriado nacional… - disse o funcionário, olhando confuso para as assinaturas de seus colegas no livro.
Aquele era um funcionário honesto, sempre pontual, sempre disposto a ajudar. Ele não teria motivos para mentir. E o chefe conferiu que, de fato, o funcionário dissera a verdade. O funcionário foi ressarcido de sua falta. O chefe comentou sobre o ocorrido com amigos em um bar. E nenhum deles se lembrava de nenhum feriado nacional ou regional.
O que desapareceu em seguida foram fatos históricos de conhecimento comum. Ninguém se lembrava mais de acontecimentos relevantes com menos de um ano. Era preciso anotar tudo, e jornais antigos se tornaram preciosidades. Até a tinta das páginas também desaparecer, deixando apenas os papéis em branco para trás. Historiadores, por profissão ou por passatempo, eram vistos encarando o vazio, tentando puxar alguma informação, qualquer informação, do fundo de sua memória, enquanto lágrimas silenciosas escorriam pelo seus rostos.
Monumentos se tornaram blocos quadrados e uniformes. Placas de datação ou com informações históricas eram apenas retângulos lisos presos em lugares aleatórios. Bibliotecas não tinham nada além de grossos livros recheados com nada. Placas de ruas perderam seus nomes, e a prefeitura precisou numerá-las para que pelo menos as contas pudessem ser entregues, porque o correio não funcionava mais como deveria. Era desorientador para quem olhava de fora. Mas para quem estava na cidade, a rotina continuava, e não havia nada de errado.
Mas o dia em que a neblina cheirava a queimada nunca saiu da memória de ninguém, assim como a neblina nunca deixou de voltar, sempre cheirando a queimada.
#cidade#queimados#neblina#esquecimento#apatia#conto#Conto ilustrado#literatura#chá escrito e biscoitos desenhados#ilustração#nanquim#ariadneix#mifsart#estranho#misterioso
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Monumento dos Açorianos Porto Alegre.RS #açorianos #portoalegre #nanquim #aquarela #watercolorpainting #watercolor #nanking #nankin #indianink #ink #cidade #inktober #park #cartaopostal #art #arte #drawanyway #drawandpaint #draw #desenho #debujo #desenhosexpressos #giovaniurio #calafiaartstore https://www.instagram.com/p/CUXRzVrgr6D/?utm_medium=tumblr
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Esse desenho tive a honra de faze-lo na escola @escolasvisuart aonde estudei desenho, é uma escola incrível. ⠀⠀ ⠀⠀ #Desenho feito a mão,⠀⠀ Materiais: #lapisdecor⠀⠀ #aquarela #nanquim⠀⠀ #marcadores ⠀⠀ ⠀⠀ conheça mais do meu trabalho em www.artelineilustracao.com.br ⠀⠀ ⠀⠀ #ilustração⠀⠀ #art #cidade #proporção #perspectiva ⠀⠀ #drawing #draw #fantasyart #castelo #arte #pintura⠀#fantasy #fantasia #arcoeflexa #fanart #camiseta #diversidade⠀⠀ #alinequeiroz #artelineilustracao #arteline_ilustracao https://www.instagram.com/p/CNIUUXdLYdf/?igshid=1bzhmu0zkkniu
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Insônia
A insônia é dual:
repulsa, atrai,
faz bem, faz mal.
Relaxa, agita,
esclarece, confunde,
limita, inspira.
A insônia é sorrateira:
nos confunde
nos observa,
nos espreita.
Nos pega desprevenidos
e no limiar do sono
sussura nos ouvidos.
Traz desejos insanos,
saudades odiosas,
críticas desenfreadas.
Fins e começos
de sonhos e planos.
No quarto escuro
qual nanquim,
ao silêncio mortal
da cidade adormecida,
sonho que o dia chegue
e assim acabe
essa espera sem fim.
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Inktober 13/21 - Esse é o mundo onde irá ocorrer nossa futura HQ. É um local vasto e repleto de cidades de todos os tipos: steampunks, futuristas, medievais, vikings, do século XXI, etc. É como se fosse um enorme parque de diversões. O que você achou do nosso mundo? Você tem um mundo favorito? Poste uma foto dele nos comentários. #world #fantasy #steampunk #XXI #21century #mountain #draw #art #arte #desenho #montanha #seculo21 #hq #quadrinhos #nanquim #inktober #inktober2017 #teeming #repleto #city #cidades #cities #cidade #future #spaceship #sea #mar #naveespacial #comic #illustration #ilustração
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Rosilene Fontes exibe instalações e obras inéditas no Centro Cultural Correios em São Paulo | 23fev-01abril2022
Surdez e capacitismo são temas da individual da artista, que exibe instalação sonora em que o público testa sua acuidade auditiva no centro da cidade. De 23/02 a 02/04/2022. Entrada gratuita
O Centro Cultural Correios São Paulo abre dia 23 de fevereiro, quarta-feira, a exposição individual “Diagnóstico da Cigarra” da artista visual Rosilene Fontes. Cerca de 20 obras em exibição resgatam a experiência da perda da audição por parte da artista. São trabalhos em que Rosilene mistura relatos de outras pessoas surdas a seu próprio processo de diagnóstico, convidando o público a engajar-se na tomada de consciência de suas capacidades sensoriais e suas aspirações pessoais.
[📷 Rosilene Fontes. Sem título (Autorretrato x cigarra). 2021. Lápis de cor e grafite sobre papel, díptico.100 x 240 x 3 cm]
“A experiência do público, permeada pelas narrativas abertas nos trabalhos, amplia o alcance de um assunto que passa invisível e que se evidenciou de forma intensa no biênio pandêmico, quando a comunicação passou a ser velada por máscaras e a maioria das pessoas foi obrigada a conviver com seus silêncios internos”, declara a artista.
[📷 Rosilene Fontes. Sem título. 2021. Lápis de cor, grafite, caneta nanquim colorida sobre papel quadriculado colado em cartão museológico, apoiado sobre madeira balsa com escrita em caneta nanquim. Políptico com oito obras. 29 x 185 x 2 cm]
O curioso diagnóstico da cigarra que intitula a exposição faz menção ao momento quando, ainda criança, Rosilene se deu conta da dificuldade em ouvir o som desse inseto, dependendo do lado que repousasse sua cabeça ao travesseiro. A deficiência passou inaudita até que, aos 21 anos de idade, recebeu o diagnóstico de irreversível perda auditiva no ouvido esquerdo, e, no direito, depois dos 30. “Diagnóstico da Cigarra”, não à toa, é também o título da instalação sonora que emite o canto da cigarra por dois minutos a cada hora, começando com 50 decibéis, o máximo tolerável para o ouvido humano, e até ser audível apenas para quem não tem deficiência auditiva.
[📷 Rosilene Fontes. Sem título. 2012/2021. Impressão jato de tinta sobre papel vegetal e lupa. 26 x 18 x 2 cm (relatos de pessoas surdas, narrativas ficcionais e dados estatísticos sobre surdez)]
A participação ativa do público também se faz necessária para a plena apreensão dos relatos de pessoas surdas exibidos nas paredes do espaço expositivo, uma vez que, em letra miúda, só podem ser lidos com o auxílio de uma lupa. Assim como nas urnas, uma transparente e outra translúcida, em que Rosilene convida o visitante a depositar, escrito à mão num papel, o que cada um quer e o que não quer ouvir, numa espécie de jogo sinestésico.
[📷 Rosilene Fontes. Sem título. 2021. Instalação: insetos, pedras, conchas, casulos, areia, páginas de livro, desenhos, fotografias e documentos pessoais]
Coletora de insetos, casulos, conchas e pedras, Rosilene organiza numa vitrine esses elementos simbólicos, recombinando-os com imagens de livros, desenhos, documentos e fotografias de seu acervo pessoal. A essa entrega, somam-se instalações de parede em que ela desenha insetos, ora entendidos como seres dotados de força e produtividade, sobre seus próprios exames audiométricos. Os exames, por sua vez, são instalados sobre barras de madeira, onde Rosilene inscreve expressões/xingamentos capacitistas como “bobinha” e “desligada”, os mesmos que ouvira em sua infância. “Este glossário usado para derrubar, aqui sustenta a leveza”, sustenta.
Rosilene Fontes cresceu em Minas Gerais, vive e trabalha em São Paulo. Graduada em arquitetura e urbanismo. Seus trabalhos são desenhos, colagens, fotografia e pintura que criam narrativas baseadas em memórias da infância, sejam elas pessoais ou não. Seu processo de criação é desenvolvido através de pesquisas, catalogação de imagens de revistas, livros, fotografias e objetos, incorporados de semelhanças, repetições, coincidências, sincronias de tempo e espaço. Um mecanismo de identificação potencial universal de imágens e histórias que se apresentam como possibilidade de diálogo com o público, através de narrativas não lineares e abertas.
Participou do grupo Hermes Artes Visuais (2016 a 2018). Participou do Grupo aluga-se (2010 a 2018). Dentre as exposições que participou se destacam a individual Uma História da Infância, na Galeria Dconcept, em 2016 e as coletivas realizadas no Programa de Exposições do MARP-Museu de arte de Ribeirão Preto (2011, 2012, 2014 e 2017), Exposição Aluga-se Ville, na Central Galeria, São Paulo - 2012 e a exposição “The dirty and the bad from São Paulo to Svendborg” (Instituição SAK - Svendborg, Dinamarca - 2011)
📷 Imagens de divulgação aqui: https://www.tumblr.com/tagged/imagens%20rosilene
Serviço: Exposição: “Diagnóstico da Cigarra”, individual da artista Rosilene Fontes Período expositivo: 23/02/2022 a 01/04/2022 Centro Cultural Correios São Paulo Endereço: Praça Pedro Lessa, s/n – Vale do Anhangabaú, Centro, São Paulo ��� SP Horários: de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h Entrada gratuita Acesso para pessoas com deficiência Classificação etária: Livre Como chegar: Metrô - Estação São Bento, saída para o Vale do Anhangabaú. Contato: (11) 2102-3691 / [email protected] Assessoria de imprensa: Décio Hernandez Di Giorgi Adelante Comunicação Cultural 🔗 adelantecomunicacao.tumblr.com/ 📩 [email protected] 📱 (+ 55 11) 98255 3338
#rosilene fontes#diagnóstico#cigarra#surdez#capacitismo#audiometria#instalação#desenho#arte contemporânea#centro cultural dos correios#Press release
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A Caixa d’água do Tomba virou cartão postal de Feira de Santana, nossa “Princesinha do Sertão”. Pelo formato que lembra um disco voador, ganhou um hit do artista feirense Uyatã Rayra , O Cordel da Caixa d’água, que conta a história de um extraterrestre que desligou o GPS e parou em Feira! 😂 Ah! Como não homenagear não é @cidaportoarts ? Feira de Santana mora em nosso ❤️ Qual o cartão postal você mais gosta na sua cidade? Já desenhou ele alguma vez? Cida desenhou com as canetas nanquim Drawing Pen @pilotpenbr . . . #feiradesantana #caixadaguadotomba #cartaopostal #pilotpen #bahia #papelaria #desenhos #princesadosertao #inktober #discovoador #tomba #sketchbook #hahnemühle #dinashop #uskfsa #kraft (em Caixa D'água Do Tomba) https://www.instagram.com/p/CUscIHGFfoJ/?utm_medium=tumblr
#feiradesantana#caixadaguadotomba#cartaopostal#pilotpen#bahia#papelaria#desenhos#princesadosertao#inktober#discovoador#tomba#sketchbook#hahnemühle#dinashop#uskfsa#kraft
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FLORES PARA A MENINA DO ESPIRITO SANTO...
Com café e nanquim da manhã eu faço os traços no papel lembrando da menina do Espirito Santo. Lembro da menina, que poderia ser minha filha, uma irmã, uma esposa amada, uma mãe, uma amiga. Alguém que vi passando na rua ou encontrei em algum lugar, tão criança, ainda com todos os sonhos a realizar.
Uma pessoa que talvez nao vá sorrir tão cedo, que pode ter em sono todos os horrores da violência e humilhação . Que vai acordar na madrugada lembrando os gritos de fanáticos na porta de hospítais. Vai descobrir que nas favelas, nos lugares mais pobres do planeta e mesmo nas grandes cidades há violência contra pessoas indefesas e frageis.
Alguém que um dia saberá quão triste é viver em um país em que muitas pessoas apoiam sua própria infelicidade e morte em nome de uma fé cega . Onde a paternidade irresponsável é recorrente e tolerada por quem acende tochas de caças a bruxas a contestadores do fanatismo.
Lembro das crianças do mundo, milhões delas vitimas de uma barbarie que encontra sua manifestação dentro dos lares e na estrutura social de um Brasil que persegue com o poder do Estado as pessoas pobres durante uma pandemia.
São Marias de todos os países, ricos e pobres, sao mulheres, são seres humanos submetidos em todos os continentes a violência doméstica, imersas na cultura organica onde mortes tornam-se estatistica de um admiravel velho mundo dos dias atuais.
Hoje pela manhã também eu vi flores que nascem em meio ao odio e encontrei pessoas que gostariam de fazer um afago na menina do Espirito Santo, dar um profundo e amoroso abraço e dizer: isso vai passar. O ódio jamais construiu algo de valor. Estamos aqui e até o fim da vida desse planeta nos indignaremos e lutaremos pela vida mesmo sabendo quão é curta e fragil nossa existência.
Para menina do Espirito Santo e as todas as mulheres vitimas da barbarie social eu ofereço as flores da minha consciencia solidária, o meu compromisso de me indignar e lutar por justiça . Estamos juntos até o fim da chama que alimenta nossas utopias de justiça e amor.
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| Todos os filmes dirigidos pelo animador Isao Takahata para o Estúdio Ghibli rankeados do melhor para o pior |
1) O Conto da Princesa Kaguya, 2013.
Lançado no ano de 2013, O Conto da Princesa Kaguya foi o longa de despedida de Isao Takahata do Estúdio Ghibli. Sensível, onírica e majestosa, a história dessa pequena menina que foi encontrada dentro de um cano de bambu por um casal de camponeses e transformada posteriormente em uma princesa é, na verdade, uma releitura animada de um dos contos folclóricos japoneses mais antigos que se têm notícia, o chamado "Conto do Cortador de Bambu".
Configurando-se como a obra Ghibli que melhor se sucedeu no resgate dos elementos místicos da cultura nipônica para a construção de uma animação de qualidade (mesmo tendo 'concorrentes' de peso como A Viagem de Chihiro e Meu Vizinho Totoro), O Conto da Princesa Kaguya merece o primeiro lugar nessa lista por ter acessado tanto em seu campo estético quanto narrativo patamares de excelência inigualáveis.
Abordando primeiramente suas propriedades estéticas, enquanto adaptação de uma lenda antiga, O Conto da Princesa Kaguya se agarrou às suas origens para além do roteiro, incorporando em sua linguagem visual diversas características da pintura de xilogravura japonesa (também chamada de 'moku hanga'), técnica muito utilizada para ilustrar contos antigos e textos folclóricos, como é o caso da história original: pintado frame por frame com texturas e traçados que lembram a tinta nanquim e marcações aquareladas, sendo majoritariamente ambientado em cenários comuns nas representações de xilogravura (como florestas, jardins e palacetes japoneses) e preenchido com cores suaves, cada segundo de sua duração é um mergulho dentro do universo de expressão artística do Japão milenar.
O apreço de Takahata pela verossimilhança entre os elementos folcloristas da história que nos está sendo contada e seus ingredientes estéticos baseados no 'moku hanga' permeia uma atmosfera de plena harmonia durante todo o filme, como se sua linguagem visual e sua história fossem indissociáveis, afastando qualquer possibilidade de intervenção ou mudança posterior, tornando O Conto da Princesa Kaguya o seu projeto mais completo.
Para além disso, tivemos o rigor de Isao para com as precisões mecânicas de movimento e ação atingindo seu nível máximo de maestria. Para exemplificar o salto que tivemos nesse campo, irei comparar duas cenas semelhantes, uma de Kaguya e uma de outro clássico também dirigido por ele: Túmulo dos Vagalumes, lançado em 1988. Falando primeiramente do filme mais antigo, temos em seus minutos finais uma cena em que Seita, o protagonista, abre uma melancia utilizando uma faca. "Esse corte está estranho, ele o fez muito facilmente, como se fosse tofu" foi o comentário do diretor ao assistir seu filme pela primeira vez, sugerindo que a infiltração da faca no fruto não havia sido condizente com a densidade de sua casca, uma vez que a faca deveria resistir na grossa camada verde por alguns segundos e depois deslizar tranquilamente pela camada macia rosa.
Vamos agora para uma cena de O Conto da Princesa Kaguya, em que uma fruta é cortada, sendo mais especificamente a cena em que a princesa e Sutemaru dividem um maracujá: aqui, a lâmina demonstra resistência ao se infiltrar na camada mais dura da fruta e, ao tentar usar as mãos para terminar de abri-la, Sutemaru também encontra uma resistência. Essa precisão que Takahata possui para com as propriedades mecânicas do mundo orgânico, sendo capaz de replicá-las em seus mínimos detalhes é, com certeza, uma de suas maiores qualidades como animador.
Em segundo lugar temos um atributo político e social, uma vez que a obra é a única do estúdio que se propôs a discutir explicitamente e com maturidade a condição feminina dentro de um sistema patriarcal (o que é um grande feito considerando que quase todos os filmes do Ghibli são protagonizados por mulheres). A exploração desse campo aparece de forma ritualística, enfatizando a relação de inadequação e negação da protagonista em relação aos rituais de beleza e o processo de casamento arranjado, exercendo uma crítica não apenas ao machismo de forma generalizada (o que é muito comum em filmes que se debruçam sobre esse tema atualmente), mas reconhecendo muito bem seu recorte, presenteando-nos com uma perspectiva feminina rara e valiosa acerca da sociedade tradicional japonesa e seus valores masculinos.
Por último, temos a exímia capacidade de Takahata de nos inspirar através do seu trabalho de abstração. O Conto da Princesa Kaguya é um ótimo exemplo de um conceito maior utilizado dentro de seus filmes (que explicarei posteriormente na sessão de Only Yesterday) que configura-se como um dos suprassumos da arte da animação: a capacidade de utilizar a realidade como um artifício de expressão individual.
Através da mudança das paisagens, das cores vigentes e da natureza, podemos compreender as emoções de Kaguya com maestria, sendo essas mudanças por vezes (como é o exemplo da cena em que ela escapa entristecida do castelo e sai correndo pela noite, em que as linhas do desenho tornam-se propositalmente mais difusas e simplórias e o matagal da floresta, que ora fora verde e convidativo, se torna um apanhado de linhas negras e grosseiras) até mais precisas e expressivas em sua mensagem do que as próprias palavras e feições de Kaguya, ressaltando a conexão da personagem com a natureza, como se fossem, de fato, uma só.
Em suma, O Conto da Princesa Kaguya é um filme que abraça diversos elementos de difícil manejamento e até aparentemente inconciliáveis, tais como a observância orgânica da realidade, o resgate da tradição e a exploração da subjetividade emocioanal e os mescla de maneira impecável, articulando todo o poder criativo de Takahata em um filme incrível que, sem dúvida, é a sua maior obra-prima.
2) Only Yesterday, 1991.
Talvez a colocação de Only Yesterday na segunda posição seja a parte mais polêmica desse ranking: divisor de opiniões, esse longa sobre a viagem de uma mulher de 27 anos chamada Taeko da cidade em que mora para o interior do Japão enquanto rememora lembranças de seus 10 anos anos de idade é provavelmente o filme mais criticado de Isao Takahata por motivos que apontarei ao final da resenha.
Extremamente íntimo e sensorial, o aspecto que torna Only Yesterday uma obra-prima é o trabalho meticuloso que Takahata fez com um dos conceitos visuais e expressivos mais impressionantes de toda a sua filmografia, elevando-o ao seu máximo patamar: a capacidade de compreender a realidade como uma experiência pessoal e compartilhada e a transposição gráfica como resultado dessa compreensão.
Gostaria de abordar essa característica em dois níveis distintos, usando primeiramente uma cena específica para explicá-la claramente e logo depois pontuando o seu papel dentro da condução do ritmo do longa como um todo.
Tal cena se encontra na primeira hora do filme, quando entramos em contato com uma lembrança de Taeko acerca de um menino que nutria por ela um grande afeto romântico (que acaba lhe sendo revelado por um grupo de meninas de sua sala). Após a revelação, Taeko encontra seu admirador enquanto volta para casa, conversando com ele brevemente sobre qual tipo de clima gostavam mais. Com a saída do menino de cena, temos uma visão magnífica de Taeko subindo aos céus por meio de uma escada invisível e viajando momentaneamente por uma atmosfera cor-de-rosa e onírica até cair em sua cama. Note: não existe nenhum aspecto fantástico concreto dentro do filme, sua história não lida com elementos de magia, ou seja, a subida aos céus de Taeko configurou-se como um artifício animado para expressar a realidade de sua vida mesclada com seus sentimentos perante o amor.
A impressão de "ida ao paraíso" e o vislumbramento de uma realidade mais bela e agradável são algumas das sensações que sentimos quando estamos anestesiados pela paixão, especialmente quando somos mais novos e o sentimento é, essencialmente, uma novidade. A realidade não existe de forma unitária, distorcendo-se em muitas perspectivas e interpretações, uma vez que é compartilhada por bilhões de pessoas distintas. Após o momento de interação com seu amor, a realidade de Taeko, ainda que factualmente não fosse metamorfoseada em uma ida ao céu, tornou-se uma ida ao céu subjetiva e interna, mas que não deixa de ter valor apenas por existir em um campo de ideias.
Essa capacidade de exibição do mundo interno e emotivo das personagens através da distorção de suas realidades particulares é sem dúvidas o ponto alto não apenas do filme em si, mas da capacidade de Takahata como animador, repetindo-se conforme a narrativa avança das mais variadas e belas formas, permitindo que nós, expectadores, literalmente vislumbrássemos o mundo sob a perspectiva de Taeko, criando um sentimento incrível de intimidade para com ela.
Para além de uma manifestação apenas ocasional, essa perspectiva rege o ritmo do filme por meio das diferenciações gráficas entre as cenas de Taeko adulta e suas memórias de infância. Construídas com cores mais claras e com seus fundos e bordas diluídas progressivamente em branco, as cenas de Taeko pequena chamam a atenção para um dos aspectos mais comuns da lente de uma criança: com o centro da imagem sempre posto em destaque (uma vez que os extremos são diluídos) e a protagonista sempre usando vermelho (cor que fica em evidência por conta da paleta clara), entendemos através das memórias de Taeko a forma como o centro de referência de mundo de uma criança é, quase que sempre, ela mesma e suas percepções da realidade, uma vez que a diluição das bordas favorece o foco nas posições centrais da cena (ocupadas sempre por Taeko) e o vermelho desempenha bem o seu papel.
Esse panorama muda quando observamos a montagem das cenas de Taeko mais velha, uma vez que o mundo ao seu redor não se dilui e se torna mais chamativo e todos os planos das cenas são igualmente ressaltados, ilustrando perfeitamente o processo de adequação e entendimento de si mesmo como parte do mundo, uma das principais características do amadurecimento de um ser humano. Tal amadurecimento também configura a atmosfera sensorial do filme de forma belíssima, uma vez que o entendimento de Taeko como integrante do mundo a levou à sua viagem para o interior, onde ela se deixa e nos deixa encantar por texturas e cores do mundo natural, sendo esse um dos vários pontos altos do longa.
Ainda que magnífico, Only Yesterday é frequentemente acusado de ser "desnecessariamente lento e sem grandes surpresas no roteiro", o que acabaria tornando-o um filme monótono. De fato, um pouco de fôlego é necessário para a sua apreciação, contudo, entendo seu caráter apaziguado e sem muitas reviravoltas como um dos ápices de retratação do gênero "slice of life", em que a beleza e o entretenimento podem, caso se dê uma chance, ser encontrados (e em muita abundância) até nas coisas mais banais da vida de uma mulher japonesa comum.
3) Túmulo dos Vagalumes, 1988.
Uma ótima indicação da qualidade do trabalho de Isao Takahata é o fato de que estamos na metade da lista e eu ainda sou capaz de enquadrar "Túmulo dos Vagalumes" no título de "obra-prima". Lançado no ano de 1988, o filme conta a batalha de dois irmãos, Seita e Setsuko, por sua sobrevivência em meio à Segunda Guerra Mundial no Japão, sendo considerada a obra mais visceral e cruel de todo o Estúdio Ghibli e também um dos melhores retratos cinematográficos (não apenas em animação) já feitos acerca do período da guerra. Pela primeira vez, não escreverei sobre particularidades relacionadas ao trabalho de animação ou sobre a essência estética do filme, abordando somente seus elementos de roteiro, dado o seu caráter mais denso.
Acredito que Túmulo dos Vagalumes seja a obra de Isao Takahata com significâncias e simbolismos mais escancarados e fixos, portanto seria quase impossível abordar todos de forma descente e completa apenas nesse texto. Dessa forma, escolhi apenas dois elementos, um narrativo e um simbólico, para trabalhar por aqui (com o intuito de que apenas eles consigam dimensionar, ainda que minimamente, a magnificência do olhar de Takahata para a Segunda Guerra no Japão).
Em primeiro lugar, temos o impacto causado por um dos aspectos visuais (não de arte, mas expositivo) mais marcantes de todo o filme: suas multidões, filas e exibições constantes de figuras humanas afetadas pela guerra em segundo plano narrativo. Seja em cenas como as ambientadas em hospitais ou no banco, em que podemos experimentar os corredores repletos de pessoas desesperadas e diversos homens, mulheres e crianças feridas, ou em cenas como a de passagem pela praia, em que Setsuko vê os pés de um indivíduo morto (e é alertada por Seita para que desvie o olhar), a sensação causada é mesma: um insuportável sentimento de que a história que nos está sendo contada em específico, ou seja, a trajetória daqueles dois irmãos, poderia ter sido escolhida randomicamente em meio à tantas outras pessoas que tiveram suas vidas destruídas pela guerra.
O filme não trata especificamente do indivíduo encontrado na praia, não sabemos nada sobre sua história e nem o que o levou à aquele fatídico final. O filme não trata especificamente das mulheres enfaixadas que tiveram suas peles queimadas pelas bombas inimigas e que agora repousam no hospital, não sabemos nada sobre elas. A pergunta que nos resta então é: por qual motivo ele não se trata sobre cada uma dessas vidas? O sofrimento ao qual Seita e Setsuko são expostos é revelado e reafirmado a cada vez que nos deparamos com outro ser humano sofrendo por conta da guerra. As suas histórias não são únicas e seu sofrimento é muito maior do que seus corpos ou vidas. Poderíamos tê-los visto apenas em segundo plano caso a história contada fosse sobre o homem morto na praia, e lamentaríamos igualmente por suas tragédias. Cada pequena cabeça de cada cena abarrotada neste filme é, sem sombra de dúvidas, uma reprodução silenciosa dos sentimentos de tristeza que o espectador experimenta perante a história principal, encapsulando de maneira ímpar a melancolia interminável de uma guerra.
No entanto, Takahata também escolheu abordar as massas abarrotadas de forma crítica, atribuindo-as uma ideia de cumplicidade para com a miséria de Seita e Setsuko. Durante diversos momentos, os irmãos entram em contato com pessoas adultas que poderiam ter fornecido ajuda: sua tia, os fazendeiros, o policial. Todos esses adultos poderiam ter feito algo por aquelas crianças de alguma maneira, mas nada fizeram, sendo eles, portanto, cúmplices da morte da morte de ambos ao final do filme.
Esse olhar tanto misericordioso quanto repreensor para com a sociedade japonesa abalada pela guerra confere a Túmulo dos Vagalumes uma honestidade e pluralidade inigualáveis. A capacidade de trabalhar o mesmo elemento de forma ambivalente é um atributo que poucos cineastas possuem.
Em segundo, temos o simbolismo criado em volta da figura do vaga-lume. Conforme o filme avança, presenciamos um desaparecimento gradual de todos os seus elementos bonitos e pacíficos: a vida confortável dos irmãos na casa de sua mãe, a disponibilidade de comida, suas disposições para brincadeiras, tudo desfalece e acaba sendo substituído pela morte e pela destruição. A conexão entre tal cenário e os vaga-lumes é criada por meio de uma fala de Setsuko, em que ela questiona seu irmão o motivo pelo qual os vaga-lumes, que são tão lindos, morrem tão cedo. Assim como a luminescência encantadora dos vaga-lumes, o brilho das vidas de Setsuko e Seita inevitavelmente padece, tudo o que é belo é substituído pelo constante estado de morte.
Por fim, gostaria de deixar aqui um comentário que li certa vez na internet que sintetiza em absoluto meus sentimentos acerca de Túmulo dos Vagalumes: "o melhor filme que eu nunca mais vou assistir". Ainda que seja chocante e certamente desagradável em alguns momentos, eu sempre peço aos meus amigos para que o assistam, uma vez que seja, e se deixem afetar por essa memória em nome de todos os Seitas e Setsukos que viveram no Japão entre os anos de 1939 e 1945.
4) Meus Vizinhos, os Yamadas, 1999.
Inspirado nas cômicas tirinhas de jornal criadas por Hisashi Ishi acerca do cotidiano de uma família japonesa suburbana, Meus Vizinhos, os Yamadas foi o primeiro filme do estúdio a ser inteiramente desenhado digitalmente, com o intuito de preservar as características mais simples e caricatas dos desenhos das tirinhas de jornal, tornando-o a produção mais diferenciada e única em termos estéticos entre todas as obras Ghibli.
Este será o primeiro filme que apontarei aspectos que despontaram para mim como explicitamente negativos uma vez que estamos nos aproximando do final da lista e acredito que assim como as boas colocações, as péssimas também merecem uma justificativa. Para além disso, preciso deixar claro que entre a primeira, a segunda e a terceira posição, houveram saltos muito pequenos em relação à qualidade de cada filme. O que quero dizer é que existem muito mais semelhanças entre Only Yesterday e Túmulo dos Vagalumes do que entre Túmulo dos Vagalumes e Meus Vizinhos, os Yamadas, apesar de em ambos os casos os filmes estarem separados por apenas uma posição.
Em primeiro lugar, vou tecer uma crítica positiva no que se refere à fidelidade que Takahata teve em relação ao formato de tirinha de jornal: para além da arte condizente, a história do filme é contada através de blocos que têm seus fins marcados por citações da filosofia oriental, algo que torna sua experiência o mais próxima possível de uma leitura de tiras, construindo um ritmo harmonioso à medida que passagens mais intensas são mescladas com passagens mais calmas até o encerramento do longa, arquitetando uma narrativa não-linear, divertida e compreensível quando assistida a partir de qualquer ponto (características marcantes do gênero de tirinhas de jornal). Essa adequação torna o filme extremamente original e dinâmico, o que contribui para a sua comicidade.
Ademais, a verossimilhança entre sua arte, ritmo e conteúdo produz o mesmo efeito que mencionei em O Conto da Princesa Kaguya: todas as suas partes se tornam indissociáveis e rejeitam qualquer intervenção, articulando um trabalho que se afirma completo sem precisar de muitos artifícios.
No entanto, ao contrário de "Only Yesterday", Isao Takahata não se sucedeu bem na tarefa de fazer um filme no estilo "slice of life" que conseguisse explorar de forma intrigante ou encantadora os lados mais banais da vida, expondo-nos a detalhes do cotidiano da família Yamada que por vezes eram banais em excesso e não trabalhados em pormenores. Sim, o estilo de "slice of life" se baseia na ideia de buscar beleza até mesmo nos momentos mais simplórios de nosso cotidiano, porém o que senti durante a trama foi, por vezes, uma sensação de que os momentos e elementos abordados eram simplórios demais e não eram carregados com cargas emocionais ou valorativas, o que resultava em uma linha narrativa praticamente nula.
Paradoxalmente, alguns dos melhores momentos são aqueles que trabalham as noções de simplicidade e banalidade sliadas às percepções de mundo de algumas personagens. Um ótimo exemplo é o caso da cena em que filha caçula da família, Nanako, se perde em uma loja e encontra um menino de sua idade, também perdido, afirmando que "sua família está perdida", ao invés de dizer "eu estou perdida", o que revela muito de sua personalidade autocentrada, confiante e carismática por meio de um simples diálogo sem pretensões entre duas crianças Esse fenômeno também se desenrola através de metáforas em cenas coletivas, como é o caso da perseguição da família inteira (montada em um caramujo) atrás do filho mais velho Noboru, que havia dito que não importava de quem fosse a casa em que moravam, já que no final das contas ela ficaria como herança para ele.
Tais passagens metafóricas se encaixam no conceito de Takahata de observância da realidade como uma experiência pessoal e compartilhada que expliquei na sessão de Only Yesterday, haja vista que os sentimentos dos personagens se mesclam e se confundem com a própria realidade, distorcendo-a. A diferença dessa vez é que a realidade pode ser metamorfoseada coletivamente, o que ressalta o caráter de união da família.
Inspirador, Meus Vizinhos, os Yamadas peca e acerta como qualquer filme normal, tendo seu principal acerto e seu principal problema estancados no mesmo eixo: a simplicidade e a modéstia (fenômeno que por si só já vale a sua experiência, uma vez que é extremamente curioso perceber um diretor trabalhar de maneiras tão distintas o mesmo conceito em um único filme).
Por fim, a balança definitivamente pende para o lado do acerto no final das contas, o que torna o filme, acima de tudo, apreciável.
5) PomPoko - A Grande Batalha dos Guaxinins, 1994.
O último colocado é PomPoko - A Grande Batalha dos Guaxinins, lançado no ano de 1994. O longa sobre grupos de guaxinins com poderes de transformação corporal habitantes das florestas japonesas que decidem lutar contra a presença humana em suas terras é merecedor de tal classificação, ainda que eu não o enquadre como um filme totalmente ruim, por um motivo extremamente simples: todos os elementos da atmosfera de sua composição (leia-se: os elementos místicos da cultura nipônica e a discussão da natureza versus progresso do Japão noventista) são absolutamente interessantes, com a exceção, infelizmente, do roteiro, da progressão da história e da personalidade de cada um dos personagens (leia-se: todas as partes essenciais para a construção de um bom filme).
Em primeira instância, temos um roteiro que apenas se recicla em torno de uma mesma ideia durante a maior parte do filme, seguindo uma mesma ordem repetitivamente: os guaxinins percebem a devastação causada pelas ambições humanas, bolam um plano para prejudicá-los de alguma forma usando seus poderes, o plano não é totalmente bem-sucedido e eles precisam pensar em novas estratégias.
Existem, ao meu ver, apenas três pontos terminantemente positivos na produção dos aspectos que eu nomeei como "partes essenciais para a contrução de um filme" logo acima que despontam em PomPoko e que faço questão de mencionar: os momentos em que as capacidades de transformação dos guaxinins são exploradas, uma vez que eles conseguem de certa forma atingir uma veia cômica e até mesmo didática acerca da misticidade dos elementos do folclore japonês (nos quais eles se metamorfoseam esporadicamente e que podem ser muito curiosos para espectadores ocidentais), o desdobramento tímido da hierarquização e organização social dos guaxinins e, por fim, a conclusão melancólica, que, de certa forma, conseguiu quebrar as expectativas iniciais, uma vez que filmes infantis com a temática de progresso versus natureza tendem a ter finais favoráveis à natureza, o que não é o caso aqui.
O mais complicado dentro da experiência de PomPoko é a sensação que permeia todo o filme de que há ali algum potencial, dados todos os aspectos que eu apresentei anteriormente, mas que infelizmente foram adicionados a uma lógica exaustiva e maçante de storybuilding e acabaram por lapidar o único filme de toda a filmografia Ghibli de Isao Takahata que eu não recomendaria em absoluto.
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