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#Céu marinho-cinzas
murasakinocatt · 4 months
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O "céu marinho-cinzas"
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caracterizado pelo sua aparência mista de azul e cinza...de um lado um céu cinzento e claro com nuvens tão escurecidas, e do outro lado um céu azulado com nuvens azuis e brancas...simplesmente um céu puro.
Durante uma tarde vi este céu enquanto surgiam as estrelas, as pessoas pela rua e o sol ia partindo...trazendo aquela tarde.
Céu marinho-cinzas é assim que eu o chamo, pois quando o vi...era como se aquele céu fosse uma arte da mãe natureza, e ela queria trazer uma mensagem...
O lado cinzas era como se fosse as ruínas, um lado triste e vazio...como se fossem essas sensações sentidas por um indivíduo, que estaria sentado em algum local pouco movimentado.
Mas o lado marinho...era como se fosse o mar, como se o indivíduo do lado em "cinzas"...sentado e observando o nada, nota-se o vasto mar azulado de uma praia...e então a natureza fosse capaz de sossega-lo.
Interpretei que simplesmente às vezes só precisamos estar próximos da nossa verdadeira casa, da verdadeira coisa que acalma nosso espírito.
Viemos da terra, do mesmo modo que um dia voltaremos para ela...portanto a terra, a natureza em si, tem a capacidade de nós fazer se sentir realmente vivos.
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Eu começo a escrever. Traçando meus dedos sobre o teclado como se contornasse um desenho. Linhas firmes e robustas se chocam ardentemente contra delicados fios cor de petróleo, ácidos e mortais. Sou convidada aos poucos, como quando testamos com os nossos pés a água do chuveiro, prontos para perder a parte de nós que acreditamos ser capazes de lidar mais facilmente com a ausência. Depois de conferir se a chama das gotas não é agressiva o suficiente, damos um novo passo a caminho da suposta cura pelos nossos anseios; lavando da pele o encardido da culpa, as manchas dos arrependimentos, das frases nunca ditas em voz alta.
Tenho pensado, traçado devaneios com a mesma frequência que uma lunática faria. Ondas conectadas pelo Deus mais cruel de todos; o tempo. Quanto mais entalho a arte de trilhos, mais afiadas as consoantes vão se tornando, e a construção das orações vai criando um conflito entre as minhas ideias inicias e o que meu subconsciente deseja afugentar. Vou percebendo, no trajeto sinuoso, o lírico das minhas palavras e sua verdadeira febre. Sou tão refém da minha própria arte quanto qualquer outro opífice; sempre sujeito a exposição de uma forma ou de outra, seja pelos nossos dedos pressionados contra uma linha de aço, pela agilidade mórbida de dígitos sobre um teclado, a ponta de um pincel ou a língua dos poetas... Somos sujeitos ao cárcere libertador das nossas ideias.
Eu me contento, então, a deixar-me guiar pela imprevisibilidade dos sonhos. Uma mera ferramenta para algo enclausurado, pedaços de mim que deixei cair em uma viela qualquer... Acreditando que com o passar do tempo se juntaria ao asfalto.
Gostaria de estar em Doolin agora. Caminhando lentamente em uma manhã fria, pequenas plantas no solo lacrimejando sempre que minhas botas buscassem a passagem menos escorregadia. Calçadas brilhando pela chuva recente, nuvens cinzas porém amigáveis pairando no céu, o cabelo preso no alto da cabeça e um cachecol azul-marinho... Não há pressa nos passos, não habita ali a urgência da fuga, um início de dia comum que tem cheiro de terra molhada e o sabor de um café recém tomado ainda resplandece na ponta da língua, no adocicado dos lábios. A utopia se estende até um confuso sentimento de nostalgia avançar até o peito.
Sempre que esses pequenos murmúrios surgem à cabeça, me imagino mais velha. Cerca de onze anos a frente. Eu não tenho mais o mesmo rosto temperado pelo sopro juvenil, meus olhos não carregam exatamente o mesmo brilho — nunca imaginei ter um futuro, mas sempre que observo essa versão de mim com mais atenção, com as específicas sensações que fazem o mundo em que vivemos não parecer tão desastroso assim... Há algo na maneira como seus lábios se curvam, leves e delicadas luas contornando cada bochecha, que me faz questionar se o futuro é tão inimaginável e distante quanto penso; me faz questionar se o desejo pelo fim não é, em algumas circunstâncias, a violenta ambição pelo recomeço.
Carrego muitas certezas que meu orgulho não consegue alcançar. Destemperos que me seguram pela garganta madrugadas a fio e questiono frequentememte se as pessoas me amariam se soubessem exatamente o que se passa pela minha cabeça. Demonizar-se não é exatamente incomum para criadores, há algo na maneira como nos enxergamos que alimenta as fornalhas necessárias para que possamos expressar o pior de nós; e é, geralmente, da amargura pessoal que surgem as melhores ideias. Das mãos mais trêmulas e dos corações mais impuros que brotam os frutos mais tentadores — e venenosos.
Minha mentre trabalha para um futuro incerto e a ausência de esperança dentro de mim impede o patrono dessa pequena conversa a encessarrá-la como se deve. É como se a água estivesse quase acabando e eu, agora, estivesse com sabão nos fios e espuma acumulando na pele. Manchada por uma corrente de anseios sem início, sem fim. Como quando tentamos dormir e nossa cabeça nos guia por uma mesclagem entre memórias e cenários inventados; nossa cabeça se perde tão insanamente nesses pequenos ensaios de cinema, que cria-se uma ausência de certezas. Adormecemos sem saber quanto do que víamos era real ou simplesmente desejos dolorosos com finais felizes.
Pouco do que sinto foi verbalizado. Mas existe, realmente, uma forma de o fazer sem sentir-se em carne viva? Não acredito que exista uma chance para fazê-lo sem um pouco do estranho desejo masoquista e a autopiedade que tanto constrange e fere.
Eu volto a pisar em pequenas relvas molhadas de chuva e uma brisa balança fios dispersos do meu cabelo de um lado para o outro; as primeiras gotas de tempestade beijam meus lábios com gosto de café e açúcar. Não há pressa. Não há urgência nos passos que se seguem para uma porta supostamente banal, onde um ruído conhecido estala contra a madeira da varanda, uma frequência com ondas conectadas pelo tempo. Eu me sento ali e escuto com a paciência que nunca acreditei ter, os ventos do norte anunciam que o temporal irá demorar mais do que o esperado para ter fim. Mas meus pés estão sobre um banquinho e eu estou sentada naquela varanda, Uma cadência convidativa distribui tons e notas que eu conheço como a palma da minha mão.
Há música no fundo.
Ha arte.
Desta liberdade encarcerada, os escritores não são as únicas vitimas fatais.
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atenaviturino · 1 month
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Figuras mais conhecidas da mitologia grega:
A mitologia grega é rica e complexa, repleta de inúmeras figuras que desempenham papéis variados. Aqui estão algumas das principais categorias e algumas das figuras mais conhecidas dentro delas:
Deuses e Deusas do Olimpo
Zeus - Deus do céu e rei dos deuses.
Hera - Rainha dos deuses e deusa do casamento.
Poseidon - Deus dos mares.
Deméter - Deusa da agricultura e da fertilidade.
Ares - Deus da guerra.
Atena - Deusa da sabedoria e da guerra estratégica.
Apolo - Deus da luz, da música e da profecia.
Ártemis - Deusa da caça e da natureza.
Afrodite - Deusa do amor e da beleza.
Hefesto - Deus do fogo e da metalurgia.
Hermes - Mensageiro dos deuses e deus do comércio.
Hades - Deus do submundo (embora não seja considerado um dos doze principais do Olimpo).
Primórdios e Titanos
Gaia - Deusa da Terra.
Urano - Deus do céu.
Cronos - Líder dos Titãs e deus do tempo.
Reia - Deusa da maternidade e esposa de Cronos.
Rhea - Deusa mãe.
Heróis
Hércules - Famoso por seus 12 trabalhos.
Aquiles - Guerreiro grego famoso pela sua participação na Guerra de Tróia.
Perseu - Matador da Medusa.
Teseu - Herói de Atenas, conhecido por derrotar o Minotauro.
Ulisses (Odisseu) - Herói da Odisseia.
Criaturas Mitológicas
Minotauro - Monstro com corpo de homem e cabeça de touro.
Cérbero - Cão de três cabeças que guarda o submundo.
Quimera - Criatura com partes de leão, cabra e serpente.
Fênix - Ave que ressuscita das cinzas.
Sereias - Seres que atraíam os marinheiros com seus cantos.
Outros Personagens
Orfeu - Músico e poeta que desceu ao Hades para resgatar sua esposa, Eurídice.
Eros - Deus do amor e do desejo.
Tântalo - Rei punido pelos deuses, condenado a ter fome e sede eternamente.
Prometeu - Titã que desafiou os deuses ao dar fogo aos humanos.
Espíritos e Personificações
Nike - Deusa da vitória.
Thanatos - Personificação da morte.
Hypnos - Deus do sono.
Moiras - Deusas do destino (Cloto, Láquesis e Átropos).
Monstros e Antagonistas
Medusa - Górgona que podia transformar em pedra quem olhasse para ela.
Escila - Monstro marinho com múltiplas cabeças.
Caribdis - Monstro que engolia e cuspia água, criando um redemoinho.
Essa é apenas uma visão geral, pois a mitologia grega é vasta e cheia de outros personagens e histórias fascinantes. Se você estiver interessado em alguma figura específica ou em alguma história, sinta-se à vontade para perguntar!
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verouvircidade · 1 year
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O subjetivo da cidade, aonde fica e, principalmente, essa coisa de trazer o som pra forma que você tem da cidade. Eu visualizei uma figura, uma criatura, homem, mulher, menina, menino, que anda com essa fruta no meio da cabeça. 'A fruta, da feira come' é o nome da ideia [...]. São esses retalhos, essa forma de costura, essa forma de levar, né? A gente é uma terra que leva muito, então, as carregações, que é um tema que a gente sempre fala, as antenas, as pequenas coisas, subir, descer. [...] Essas palavras também acho que fazem parte muito do convívio, o que fica no meio, no meio, sempre no meio, da ideia daqui, né, o trânsito. Então escrevi: Amarelo, preto, marrom, branco, azul, marinho, celeste, cinza, céu, céu, amarrar, levar, azul, rosa, vermelho, cortar, verde, rio, facção, fabrico, vende-se, moedas, contrário, cartão, cheque, curva, despedida, passo, fósforo, moeda, centro, costureiro, moto-taxista, carroça d'água, caminhão, poeira, barulho, zuada, som, linha, janela, corre, porta, prateleira, cross, vestido, fileira, costura, pano, mãos, linhas, dedos, vela, corte, pano, fita, elástico, fósforo, sol quente, antena, poeira, lua, capacete, ida, varal, moto, volta, vida, colorida, poste, pessoa, casa, antena. A fruta da feira, come e a gente come a feira de diversas formas e a fruta da feira nos come também. Transcrição parcial de áudio, gravado no dia 11 de fev. de 2023.
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umramodejoaquim · 4 years
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a-one, two, I want to hold you
— está tarde. — ele disse. ela riu. estavam no quintal, haviam dançado há momentos, ela ainda achava aquilo vexatório, mas isso não impediu seu coração de dar batidas mais próximas. ele não sabia como ela iria reagir, todo dia ao lado de ayira era uma grande surpresa. assim como as luzes da cidade que a cada dia pareciam mais ofuscantes, ela parecia cada dia mais acolhedora.
— quer dormir aqui? — ela o encarou com a sobrancelha esquerda arqueada. sabia que estava dizendo as palavras que ele queria ouvir. ele sorriu. ela se odiou por ter acompanhado, a mão dele encontrou a dela, que sustentava o rosto, e espalhou toques delicados. mais uma vez na noite, ela se repudiou por ter fechado os olhos com os toques dele. ayira se levantou abruptamente, o tecido do vestido florido balançou perfeitamente, e shawn compreendeu o porquê de pagarem tão caro em roupas de marca, dolce & gabanna desenhava impecavelmente o corpo esguio e plano dela. — vamos subir. — entrou na casa sem grandes preocupações, tinha certeza que ele iria entrar atrás dela. mas se virou para confirmar, havia algo crescendo dentro dela, que não era silencioso e clamava por certezas acompanhadas. estava a um passo dele. ficou imóvel, ele não sentiu nada de diferente. sorriu de lado, estava desconfortável em sua própria morada.
— vamos? — tocou levemente os dedos finos, logo os apertando contra seus similares. subiram a escada em silêncio. ainda estavam no canadá. a escada continha curvas assim como o relacionamento deles, mas assim como a escada da casa texana, o relacionamento deles se planificaria.
ayira se sentou na cama assim que entraram no quarto. subida e descida, era assim que seu peito estava, ofegante. shawn foi ao closet, ela sorriu. o esperou voltar, já devidamente vestido, e então ela encarou o corpo coberto pelo pijama cinza. ele não tinha o costume de dormir com pijamas propriamente ditos quando estavam na casa dele, mas na residência grandiosa, ele sempre se adequava ao padrão de vestimenta da dona. ayira estava fazendo algumas pequenas alterações no seu guarda roupa, também, como o uso de vestidos. não que ela não os usasse, mas não em uma quarta-feira à noite. em um dia 20 normal, ela estaria deitada lendo algo. silêncio seria seu companheiro mais odiado, mas constante.
negava até para si, mas desejava que a voz de shawn se tornasse o seu novo normal. que o comum fossem roupas masculinas no seu closet, e a escova dele ao lado da dela.
— já está cansada? — ela negou com a cabeça. — podemos ver um filme?
— escolha enquanto tomo banho. — saiu do quarto, já sentindo os olhos pesarem. estava com sono, mas não dormiria independentemente da presença dele. seu corpo clamava pelo descanso mas sua mente pela produção.
deixou a água esvair algumas vergonhas, mas quando se olhou no espelho, as vestiu novamente. o trabalho de desconstrução apesar de constante era insignificante, para cada pedra que caia, dois muros eram erguidos.
— o que escolheu? — se sentou na cama. o rosto bronzeado levemente rosado pelo excesso de calor no banho. seu cabelo estava impecável em um coque. ela vestia uma camisola azul marinho.
— ayira. — o encarou. — obrigada por ter me chamado para dormir aqui.
— obrigada por ter aceitado. — se encararam. ayira se aproximou e tocou o lábio dele com delicadeza, sentiu o toque dele em seu corpo e o coração acelerar. beijaram-se como se fosse a primeira vez, não havia lugar para a urgência, apenas para o desfrute. sempre podia ser a última vez, e as mãos de ambos já marcavam os corpos com desejo, desejo de se terem, para sempre.
em poucos instantes o controle da televisão encontrou o chão, e com o barulho shawn se afastou, ambos riram quando perceberam. os toques voltaram a ser recíprocos, mãos ávidas e um calor comum. ayira o empurrou levemente, sempre o afastava para se despir, gostava do brilho o olhar dele e da maneira como ela a segurava depois, como se fosse tão frágil quanto um cristal.
ayira deslizou o tecido para longe de si, o jogando delicadamente no chão. gostava de repetir o rito, assim como na itália. o corpo esguio dela já estava semi nu. o ar condicionado mantinha a temperatura, mas ambos estavam sentindo calor. ayira desabotoou, com uma calma irritante, o pijama de shawn. ele tomou os lábios dela com fúria, a avidez e agilidade no toque dele faziam com que ela se derretesse. não teve consciência da ordem das ações dele, apenas percebeu quando ele deslizou a última peça azul marinho do corpo dela, ele sorriu ao deslumbrar o corpo saudita iluminado idealmente pela luz do quarto. os beijos dele de espalharam por toda a extensão do corpo magro, ela sorria entre alguns poucos gemidos que soltava pelos lugares que a saliva ficava. ayira era mais calma do que ele em todos os aspectos sentimentais, mais comedida, mais individualista, mais intimista. ela voltou a observá-lo por seus olhos grandes quando seus lábios se distanciaram do corpo dela. ele se desvincilhou do restante das roupas de maneira ágil, se aproximando novamente dela para sentir o sabor dos lábios da sua amante anos mais velha.
ayira sempre sorria quando faziam comentários sobre a diferença de idade de ambos. shawn, que já era inseguro sobre o relacionamento deles, apenas potencializava seu medo quanto ouvia tons infelizes e sarcásticos. ela não dava dimensão a problemas fúteis, ao menos demonstrava dar poder a opinião alheia, mas internamente se questionava nos frutos que poderiam ser colhidos, mesmo se considerando uma árvore seca. 
mas ali, na nudez de sentimentos e carnal não havia lugar para questionamentos. apenas o silêncio de certezas se materializava, ambos compartilhavam de certezas quietas e permanentes. ambos desejavam a mesma coisa, e demonstravam seu apreço por um futuro comum nas atitudes.
shawn fechou os olhos quando a distância foi cessada. em um ritmo constante permaneceram, enquanto seus corações atingiam frequências altas e o silêncio perdia espaço para o delicioso som da presença do casal. ayira sempre mantinha os olhos abertos, exceto quando o prazer latente a forçava a ter atitudes irracionais e de grande porte, coisa que evitava raciocinar sobre. ela adorava aquele momento, a intimidade que compartilhavam, a nudez, as palavras trocadas, as observações presentes e todas as ações que os individualizassem. 
tempo depois, quando ambos já haviam suprido a necessidade carnal, se ajeitaram na cama. agora o silêncio que era responsável por permear o quarto. enquanto shawn se esparramara na cama pretendendo dormir, ayira se posicionou sentada, e assim que sentiu a temperatura normalizar se levantou. seus passos eram firmes, mas medidos para que não transparecessem a vergonha que sentia por exibir seu corpo. aproveitou que já estava no banheiro e tomou o segundo banho da noite, assim que saiu enrolou seu corpo no robe preto. suas bochechas não estavam rosas pelo calor, mas ela se olhou por um período mais longo que o usual no espelho. sorriu para si mesma e soltou o cabelo, impecavelmente curto e bem cortado, com as pequenas ondas no final da extensão. 
assim que saiu do banheiro observou shawn na cama, diferentemente do que imaginava, ele não estava dormindo. a televisão exibia o símbolo da netflix mas ele estava deitado com o rosto iluminado pelo celular. havia a esperado.
— achei que estivesse dormindo. 
— decidi te esperar.
— não estou com sono. — ele franziu as sobrancelhas. ayira sabia que ele não aguentaria ficar muito tempo acordado, especialmente pós sexo. — estou com um pouco de dor de cabeça. — se justificou. não era mentira, a cabeça latejava desde a manhã, e o almoço estressante com o diretor de operações apenas agravou.
— por que não me avisou? nós não...
— não é nada demais. apenas uma dor de cabeça. não se preocupe. — ele a encarou. ela não expressou nada facialmente, queria que ele dormisse para poder ir ficar sozinha. gostava de observar a noite quando estava com dor de cabeça, tinha pego esse costume após o divórcio. as noites eram menos solitárias quando se deixava embalar pela luz do céu.
— vou pegar um remédio para você. — shawn foi até o banheiro antes que ela pudesse protelar, mas ela não o faria, adorava o zelo que ele tinha por ela. tomou o remédio assim que ele entregou a ela. shawn havia demorado um pouco mais do que ela, uma vez que ele sempre se perdia entre os diversos frascos alaranjados de medicamentos, e para piorar, ele não conhecia a maioria dos medicamentos.
— obrigada. pode dormir. — disse assim que ele se sentou na cama. — você está com sono, eu sei.
— você está?
— você sabe a resposta.
— posso te pedir uma coisa? fique aqui até eu dormir, por favor. — meneou com a cabeca, enquanto um sorriso ja desenhava seus lábios. shawn fazia com que ela se sorrisse pelas coisas mais simples.
assim como pediu, ela ficou com ele até que ele dormisse, o que não demorou muito. ele a abraçou para dormir, tinha esse hábito, sempre a enrolava com um braço, como se ela pudesse fugir. o relógio marcava quatro e dezesseis quando ela levantou. havia cochilado. caminhou até a varanda do quarto e deslizou a porta de vidro. antes de ir até a varanda se lembrou de pegar o notebook, não havia nada de urgente, mas iria adiantar algumas coisas para que pudesse voltar mais cedo para o jantar, iria receber a irmã do seu noivo, odiava esse termo, mas admirava a aliança na mão direita. era fina e se lembrava de quando ele a entregou, ficou realmente supresa. conceituar o relacionamento deles foi um dos melhores momentos que já haviam compartilhados.
— sabia. — ele disse. ela se virou. negou com a cabeça. — a dor de cabeça passou? — se sentou ao lado dela.
— melhorou. — sorriu. ele se sentou ao lado dela, que fechou o notebook. — não consegue dormir quando saiu da cama?!
— consigo. mas prefiro quando você está lá. — ayira sorriu e tombou a cabeça no ombro dele.
ela sorriu fraco. ele já estava quase dormindo pelo conforto, mas o vento gelado lembrava o de que ali não era lugar para isso. mas não havia lugar para sentir, e era nos mais improváveis que ayira reafirmava seus sentimentos por ele. raramente verbalizava, e quando o fazia era como indicativo de reciprocidade, mas seu interiro exibia reações óbvias de correspondência ao amor. o silêncio agradável, o conforto da presença e o compartilhamento dos pesares e reticências da vida. haviam se tornado constante uns aos outros, e a movimentação da vida apenas reafirmava tal. o tempo mudou e o tom escuro do céu deu lugar a um azul claro com nuvens aquarteladas, a posição havia sido alterada, ambos estavam deitados no sofá almofadado creme, ela deixava toques pelo antebraço dele, ele repousava em silêncio nos braços dela. agora eram constantes. constantes. seguravam-se enquanto as mudanças da vida embalavam o futuro, mas não havia problema, o silêncio do futuro era fortificado por manhãs como essas.
— te amo. — sussurrou. preenchendo o silêncio com a sua voz firme. ele levantou o queixo para encara-lá. era a terceira vez em dois anos que ela confessava isso. para ele essa era a melhor maneira de cessar o silêncio. mas ele não se pronunciou, sabia que não precisava disso, ela tinha certeza dos sentimentos dele. apenas sentiu uma pressão maior na mão. constante. eram constantes. juntos, em silêncio e compartilhando a vida. constantes.
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poetofthenighty · 4 years
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Le Galet de Francis Ponge : uma poesia da geologia
O cascalho não é uma coisa fácil de definir bem.
Se nos contentarmos com uma simples descrição, pode-se dizer logo que é uma forma ou um estado da pedra entre a rocha e o seixo.
Mas  essa afirmação  implica  uma  noção  da  pedra  que  deve  ser justificada.  Que  não  me ataquem, nessa matéria, por retornar a uma distância maior que o dilúvio.
*
Todas  as  rochas  saíram  por  cissiparidade  de  um  mesmo  antepassado enorme.  Desse  corpo fabuloso só há umacoisa a se dizer, a saber que fora dos limbos ele não soube ficar em pé.
A razão só o atinge amorfo e espalhado entre os saltos pastosos da agonia. Ela acorda para o batismo de um herói do tamanho do mundo, e descobre a masseira terrível de um leito de morte.
Que o leitor aqui não se apresse, que ele antes admire, no lugar de expressões tão pesadas e fúnebres, a grandeza e a glória de uma verdade que, ao menos, pôde torná-las transparentes e não parecer obscura.
Assim,  em  um  planeta  dantes  frio  e  opaco,  brilha  agora  o  sol.  Nenhum satélite  de  chamas ilude mais a seu respeito. Toda a glória e toda a existência, tudo o que faz ver e tudo o que faz viver, a fonte de toda aparência objetiva se retirou. Os heróis que saíram dele, que gravitavam à sua volta, voluntariamente se eclipsaram. Mas para que a verdade de que eles abdicam a glória –em  proveito  de  sua  própria  fonte –conserve  um  público  e objetos,  mortos  ou  a  ponto  de morrer, eles não deixam de continuar a sua ronda em torno dela, seu serviço de espectadores.
Acredita-se que tal sacrifício, a expulsão da vida para além naturezas outrora tão gloriosas e ardentes, não tenha ocorrido sem dramáticas reviravoltas interiores. Essa é a origem do caos cinzento da Terra, nossa humilde e magnífica morada.
Assim, após um período de torções e dobras semelhante às de um corpo que se agita enquanto dorme  debaixo  de  cobertores,  nosso  herói,  vencido  (por sua  consciência)  como  por  uma monstruosa camisa de força, apenas experimentou explosões íntimas, cada vez mais raras, de efeito rompante em um invólucro cada vez mais pesado e frio.
Ele morto, e ela caótica, agora se confundem.
*
Desse corpo que, de uma vez por todas, perdeu, junto com a faculdade de se comover, a de se refundir em uma pessoa inteira, a história, desde a lenta catástrofe do resfriamento, será apenas a de uma perpétua desagregação. Mas é nesse momento que acontecem outras coisas: com a grandeza morta, a vida logo deixa ver que não tem nada em comum com aquela pessoa. E logo com mil e um recursos.
Tal é hoje a aparência do globo. O cadáver em nacos do ser do tamanho do mundo não faz mais  do  que  servir  de  cenário  para  a  vida  de  milhões  de seres  infinitamente  menores  e  mais efêmeros  que  ele.  A  multidão  desses seres  em  alguns  lugares  é  tão  densa  que  dissimula inteiramente  a ossatura  sagrada  que  lhes  serviu  outrora  de  único  suporte.  E  é  apenas uma infinidade  de  seus  cadáveres  que,  conseguindo  desde  então  imitar a consistência  da  pedra, porque se chama tal terra de vegetal, lhes permite há alguns dias reproduzir-se sem nada ficar devendo à rocha.
Aliás,  o  elemento  líquido,  quiçá  de  origem  tão  antiga  quanto  aquele  de que  estou  tratando aqui,  reunindo-se  em  superfícies  mais  ou  menos extensas,  o  recobre,  esfrega-se  nele,  e  em golpes repetidos ativa a sua erosão.
Descreverei  então  algumas  das  formas  que  a  pedra,  atualmente  esparsa e  humilhada  pelo mundo, mostra aos nossos olhos. 
*
Os  fragmentos  maiores,  lajotas  mais  ou  menos  invisíveis  sobre  as vegetações  entrelaçadas que se agarram a eles, tanto por religião quanto por outros motivos, constituem a ossatura do globo.
São verdadeiros templos: não tanto construções erigidas arbitrariamente acima do solo, mas os restos impassíveis do antigo herói, que esteve outrora verdadeiramente no mundo.
Empenhado na imaginação de coisas grandes em meio à sombra e o perfume das florestas que cobrem  esses  blocos  misteriosos  às  vezes,o  homem, apenas  com  a  mente,  supõe  que  haja abaixo uma continuidade.
Nos mesmos locais, numerosos blocos mais pequenos chamam a sua atenção. Espalhados sob  o  bosque  pelo  tempo,  bolas  irregulares  de  miolo  de  pedra,  amassadas  pelos  dedos  desse deus.
Desde  a  explosão  do  enorme  antepassado  e  de  sua  trajetória  nos  seus céus  abatidos  sem recurso, os rochedos se calaram.
Invadidos e fraturados pela germinação, como um homem que já não faz a barba, escavados e  preenchidos  pela  terra  móvel,  nenhum  deles, incapazes  de  qualquer  reação,  agora  canta qualquer palavra.
Suas figuras, seus corpos, se fendem. Nas rugas da experiência, a ingenuidade se aproxima e se instala. Rosas se assentam sobre seus joelhos cinzentos, e apresentam contra eles sua ingênua diatribe. Eles as admitem. Eles, de quem outrora o granizo desastroso iluminou as florestas, e cuja duração é eterna em estupor e resignação.
Eles riem de ver, em torno de si, suscitadas e condenadas tantas gerações de flores, de uma carnação, aliás, digam o que quiserem, apenas um pouco mais viva que a deles, e de um rosa tão pálido e tão sem graça quanto o cinza deles. Eles pensam (como as estátuas, sem se darem ao trabalho de dizê-lo) que esses matizes foram emprestados dos brilhos do céu ao pôr do sol, brilhos que aliás o céu ensaia toda tarde em memória de um incêndio bem mais reluzente, por ocasião   daquele   famoso   cataclismo   em   que,   projetados   violentamente   nos   ares,   eles experimentaram  um  momento  de  magnífica liberdade  que  terminou  dando  nesse  formidável aterramento. Não  longe dali,  o  mar,  dos  joelhos  rochosos  dos  gigantes,  espectadores  dos esforços  espumosos  de  suas  donas  abatidas  em  suas  bordas,  arranca incessantemente  blocos que ele guarda, abraça, balança, embala, remexe, amassa, bajula e pole em seus braços contra seu corpo, ou abandona num canto de sua boca como uma drágea, que depois expele da boca, e  coloca numa  borda  hospitaleira  em  declive  em  meio  a  um  rebanho  já numeroso, ao  seu alcance, almejando pegá-lo novamente ali mesmo, para dele se ocupar com mais afeto, de modo ainda mais apaixonado.
No entanto o vento sopra. Faz voar a areia. E se uma dessas partículas, forma última e ínfima do objeto que nos ocupa, chega a se introduzir realmente em nossos olhos, é assim mesmo que a pedra, pelo modo de ofuscar que lhe é característico, pune e termina nossa contemplação.
A natureza nos fecha assim os olhos quando chega o momento de interrogar, no interior da memória,  se  as  informações  que  uma  longa  contemplação nela  acumulou  já  não  a  teriam provido de alguns princípios.
*
A um espírito pobre de noções, que se nutriu primeiro de tais aparências, a propósito da pedra a natureza aparecerá enfim, à luz de uma tal simplificação, como um relógio cujo princípio é feito de engrenagens que giram em velocidades bastante desiguais, embora acionadas por um único motor.
Os vegetais, os animais, os vapores e os líquidos, ao morrer e renascer, giram de modo mais ou menos rápido. A grande engrenagem de pedra nos parece praticamente imóvel, e, mesmo teoricamente, só podemos conceber uma parte da fase de sua lentíssima desagregação.
Assim sendo, ao contrário da opinião comum que faz dela, aos olhos dos homens, um símbolo da duração e da impassibilidade, o que se pode dizer de fato é que a pedra, por não se reformar na natureza, ela é, na verdade, a única coisa nela que morre constantemente.
De  modo  que  a  vida,  pela  boca  dos  seres  que  recebem  sucessivamente e  por  um  período restrito  de  tempo  seu  depósito,  deixa  acreditar  que ela inveja  a  solidez  indestrutível  desse cenário. Aí está a unidade de ação que lhe parece dramática: ela pensa confusamente que seu suporte  pode  um  dia falhar,  enquanto  ela  própria  se  sente  eternamente  ressuscitável.  Num cenário que renunciou à comoção e deseja apenas cair em ruínas, a vida se inquieta e se agita por só saber ressuscitar.
Claro que a pedra também aparece às vezes agitada. Apenas em seus últimos estágios, quando cascalhos, saibros, areia, poeira, ela já não é capaz de representar o papel de recipiente ou de suporte das coisas animadas. Desamparada do bloco fundamental, ela rola, ela voa, ela cobra seu lugar na superfície, e toda vida então recua para longe das mornas extensões, onde o frenesi do desespero a dispersa e ao mesmo tempo a reúne.
Faço notar, por fim, como princípio deveras importante, que todas as formas da pedra, que representam, todas, algum estado da sua evolução, existem simultaneamente no mundo. Aqui não  há  gerações  ou  raças desaparecidas. Os  Templos,  os  Semideuses,  as  Maravilhas,  os Mamutes,  os  Heróis,  os Avós  estão  todo  dia  ao  lado  dos  netos.  Cada  homem  pode  tocar  em carne e osso todos os possíveis desse mundo em seu jardim. Não há concepção: tudo existe; ou melhor, como no paraíso, toda concepção existe.
*
Se eu quiser examinar agora mais atentamente um dos tipos particulares da pedra, a perfeição de sua forma, e o fato que eu possa agarrá-lo e girá-lo na minha mão, me levam a escolher o cascalho. 
Além do mais, o cascalho é exatamente a pedra na época em que começa para ela a idade da pessoa, do indivíduo, isto é, da palavra. Comparado  ao banco  rochoso  de  onde  deriva  diretamente,  ele  é  a  pedra  já fragmentada  e polida em um grande número de indivíduos quase semelhantes.
Comparado ao pequeno saibro, pode-se dizer que, em função do lugar onde se encontra, pois que o homem também não tem o costume de fazer dele uso prático, é a pedra ainda selvagem, ou ao menos não doméstica.
Ainda alguns dias sem significação em qualquer ordem prática do mundo, aproveitemo-nos de suas virtudes.
*
Carregado um belo dia por uma das inumeráveis carroças do fluxo marinho, que desde então, ao  que  parece,  apenas  descarregam  para  os  ouvidos  o seu  vão  carregamento,  cada  cascalho repousa no amontoado das formas de seu antigo estado, e das formas de seu futuro.
Não muito longe dos locais em que uma camada de terra vegetal recobre ainda seus enormes avós, no sopé do banco rochoso em que se opera o ato de amor de seus parentes mais próximos, ele se assenta no solo, formado pelos próprios grãos deles, onde o vagalhão escavador procura por ele e o perde.
Mas  esses  locais  em  que  o  mar  ordinariamente  o  relega  são  os mais impróprios  a  toda homologação.  Suas  populações  jazem  ali,  e apenas  a extensão  o  sabe.  Cada  qual  se  acredita perdido por não ter um número, e por ver que apenas forças cegas o levam em consideração.
E, na verdade, onde  quer  que tais rebanhos repousem, cobrem praticamente todo o chão,  e suas costas formam uma plateia incômoda tanto para o pouso do pé como o do espírito.
Nenhum  pássaro.  De  quando  em  quando  um  broto  de verde  surge  entre eles.  Lagartos percorrem os percorrem, contornando-os sem cerimônia. Gafanhotos saltando medem mais a si mesmos do que os medem. Homens às vezes distraídos lançam ao longe um deles.
Mas esses objetos do último bocado, perdidos sem ordem em meio a uma solidão violada por ervas  secas,  os  sargaços,  as  rolhas  velhas  e  todo tipo de  destroços  de  provisões  humanas, –imperturbáveis  em  meio  aos  mais fortes  turbilhões  da  atmosfera, –assistem  mudos ao espetáculo  daquelas forças  que  correm  às  cegas  até  perderem  o  fôlego  por  causa  da  caça de todo fora de qualquer razão.
No  entanto,  apegados  a  lugar  nenhum,  eles  permanecem  em  seu  lugar qualquer  sobre  a superfície. O vento mais forte que arranca uma árvore ou demole um edifício não pode deslocar um  cascalho.  Mas,  como  ele  faz  voar a  poeira  em  volta,  é  assim  que  os  furões  dos  furacões desenterram às vezes alguns desses marcos do acaso de seus lugares quaisquer há séculos sob a camada opaca e temporal da areia.
Mas,  contrariamente,  a  água,  que  torna  escorregadio  e  comunica  sua qualidade  de  fluido  a tudo que ela pode envolver inteiramente, consegue seduzir essas formas e arrastá-las, às vezes.
Pois o cascalho se lembra que ele nasceu dos esforços desse monstro amorfo sobre o monstro igualmente amorfo da pedra. E como sua pessoa ainda só pode receber acabamento em repetidas vezes pela aplicação do líquido, ela permanece dócil a ele, por definição, para todo o sempre.
Opaco em seu chão como o dia é opaco em relação à noite, no mesmo instante em que a onda o retoma logo o faz reluzir. E embora ela não aja em profundidade, mal chegando a penetrar o aglomerado finíssimo e fechado, a mais tênue embora mais ativa aderência do líquido provoca uma modificação sensível em sua superfície. Parece  que  ela  a  pole  novamente,  e  assim cura ela mesma as feridas de seus precedentes amores. Aí, por um momento, o exterior do cascalho se parece com seu interior: em todo o seu corpo, o olho da juventude.
Entretanto sua forma suporta os dois meios, perfeitamente. Mantém-se imperturbável durante a  desordem  dos  mares.  Acaba  saindo  dela  menor, mas  inteiro,  ou,  se  quiserem,  igualmente grande, já que suas proporções não dependem de modo algum do seu volume.
Quando sai do líquido, logo seca. É por isso que, apesar dos monstruosos esforços aos quais foi  submetido,  a  marca  líquida  não  pode  permanecer em  sua  superfície:  ele  a  dissipa  sem  o mínimo esforço.   
Enfim,  a  cada dia  menor,  mas  sempre  seguro  de  sua  forma,  cego,  sólido  e  seco  em sua profundidade, seu caráter não é o de se deixar confundir, mas antes de se deixar reduzir pelas águas. Também quando, vencido, ele enfim se torna areia, a água não o penetra como faz com a poeira. Guardando então todos os traços, salvo justamente os do líquido, que se limita a poder apagar nele os que foram feitos por outros, ele deixa passar através de si todo o mar, sem poder de modo algum fazer lama com ele.
*
E mais não direi, pois essa ideia de um desaparecimento de sinais me leva a refletir sobre os defeitos de um estilo que se apoia demasiadamente nas palavras.
Bem feliz apenas de haver estreado com a escolha do cascalho: pois um douto espirituoso irá apenas  sorrir,  mas  sem  dúvida  ficará  comovido  quando  meus  críticos  disserem  adrede: “Havendo empreendido escrever uma descrição da pedra, ele se emperrou.
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simplesepositorio · 5 years
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Cinco da tarde, meu casaco cinza escuro cobrindo você mais do que seu corpo precisava. E nessa imagem catártica, no coração de Liverpool, vejo o céu cinzar e cair, fazendo seus cachos cor de vinho brilharem como bronze real. Qual é? Corre pra cá, vem pra mim, vamos dominar a Europa, Gales, Irlanda, Inglaterra e Escócia, tudo será nosso, chamaremos isso de nosso Reino Unido. Seu vestido azul marinho em contraste com seus olhos vicejantes, você dança do seu jeitinho, e rodopia e pinta com o teu sorriso nessas ruas vazias e escuras de Liverpool.
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youngiejin · 6 years
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May the gods bless us all || AU || SungJin
Encarou o céu mais uma vez, nuvens negras cobriam o que era para ser uma imensidão azul, pingos grossos ricocheteavam nas janelas e YoungJin se sentia infeliz. A noite mal dormida o deixara num terrível mau humor naquela manhã, simplesmente passara a madrugada se revirando no colchão, a mente absorta em memórias que não queria ter, e quando o sono vinha, era acompanhado de pesadelos, imagens desfiguradas de acontecimentos passados de sua vida, coisas que se pudesse ter evitado teria feito. Nem mesmo o tempo chuvoso ajudava a melhorar seu temperamento, o que era raro, afinal, desde a infância, tinha esse amor inexplicável pela chuva, costumava fugir de seu quarto e sentir os pingos em sua face, o cheiro da terra molhada, amava o barulho dos trovões, obviamente esses gostos diferentes foram explicados quando estava maior e foi mandado a Nova Iorque, mas antes disso era apenas algo comum para si. Se remexeu desconfortável no banco do carona, as mãos tremendo sobre o colo e os olhos fixos na estrada a frente deles, já estavam ali o que pareciam horas e o silêncio estava o matando, encarou Argos, o motorista que tinha olhos espalhados por todo o corpo, naquele dia ele usava um suéter vermelho e calças jeans, poderia se passar por um rapaz normal se não fossem as orbes espalhadas por todo o lado, uma delas, na bochecha dele, piscou curiosamente para YoungJin -Estou nervoso -murmurou, recebendo um olhar de compreensão, fazia um ano desde que não deixava o acampamento, trezentos e sessenta e cinco dias que evitara qualquer contato com o mundo exterior, não que pudesse sair frequentemente, mas passou a ir menos, apenas. Encarou o anel em seu dedo por alguns segundos pensando se precisaria usá-lo naquela pequena missão, rezava para que não. Suspirou, cansado, estava prestes a ligar o rádio quando a velocidade do veículo diminuiu, e avistou os portões de ferro, os muros altos de concreto com a cerca elétrica em cima -Tem certeza que é aqui? -o rapaz loiro ao seu lado concordou -Isso parece mais uma prisão do que um colégio -fez uma careta, odiava escolas -Obrigado por me trazer -sorriu antes de saltar do carro, caminhando lentamente rente ao muro, se virou apenas para observar a van branca se afastar e logo tornou a encarar a parede cinza, umedeceu os lábios, repassando os planos em sua mente, se tudo desse certo, Maxwell estaria lhe esperando no lugar marcado e poderiam ir embora logo. Entre, pegue o garoto discretamente, não chame a atenção de monstros, volte pro acampamento, se isole em seu chalé, durma muito. Se concentrou e dando impulso com os pés ele pulou, logo levantando no ar, observou o momento em que passou da altura do muro, subindo mais um pouco para ter uma visão do território, franziu a testa, a escola era enorme, três prédios antigos, uma quadra externa, uma igreja, os jardins bem cuidados, algumas estátuas de santos, completamente o oposto daquilo que as cercas altas faziam parecer, mas Jin já ouvira muitos relatos de colégios católicos para saber que normalmente não eram o paraíso que aparentavam. Guiou os ventos, indo em direção ao prédio principal, este que ficava no meio dos outros dois, pousando no terraço, entre duas caixas d'água enormes, os pelos de sua nuca arrepiaram e foi tomado por uma sensação esquisita, sabia que algo não sairia bem. Passos vieram de trás de si e, alerta, se virou apenas para encontrar Max, este que trotava alegremente em sua direção, segurando a alça da mochila sobre os ombros. Ele tinha a pele cor de café e um cabelo estilo black power que era de dar inveja, seus olhos eram âmbar, e ele se passaria por um aluno de ensino médio qualquer com o uniforme da escola, a única diferença era que ele andava mancando, sua falsa deficiência para disfarçar as pernas peludas e os cascos por baixo das roupas. "Deuses, eu não aguentava mais esperar, estava ficando nervoso" ele abriu o zíper da bolsa, tirando dali um conjunto de roupas azul marinho como as dele "Roubei da lavanderia, acho que serve em você, se troque logo, vamos" e entregando as vestimentas, virou de costas apenas para que YoungJin pudesse se vestir, disfarçando-se de aluno, finalizou o nó de sua gravata e colocou as roupas que usava antes na mochila -Vamos logo -murmurou e então seguiram em direção a uma porta lateral, descendo alguns lances de escada antes de aparecerem num amplo corredor, este era bem iluminado, tinha várias portas e alguns armários, o cheiro de comida impregnava o ar -Qual sala que é? -questionou enquanto faziam a curva para descer mais alguns degraus, quando foram barrados por uma figura em vestes negras. O rapaz encarou a freira, ela tinha o rosto enrugado e expressões cansadas, Jin chutou que havia sido uma mulher muito bonita um dia "Sr. Paltrow, onde o senhor pensa que vai, por que está fora da sala de aula?"ela se dirigiu ao sátiro "E quem é esse?" o rapaz negro abriu a boca como se procurasse algo para responder, o coreano deu um passo a frente e se concentrou antes de estalar os dedos, o som ecoou pelo andar e logo a voz do Lee se fazia presente -Ora, irmã, sou eu, Lee YoungJin, aluno do segundo ano - ela piscou, lhe encarando confusa -Estamos fora de sala porque me deu uma forte dor de barriga e o Max se ofereceu para me guiar até a enfermaria -disse com clareza e a mulher pareceu hesitar antes de responder "Sim sim, senhor Lee, entendi, mas não quero ver vocês perambulando pela escola nos horários inapropriados, outra vez, entenderam?" E dizendo isso ela se afastou, o hábito esvoaçando a medida que andava, os meninos esperaram ela desaparecer de vista apenas para seguir pelos corredores, parando no segundo andar, em frente a uma porta de uma sala de aula qualquer, dessa a voz irritante de uma mulher ecoava, Jin deu alguns passos para trás, Max bateu na madeira "Com licença, Irmã Agatha, poderia dar uma palavrinha com Choi SungHo por alguns minutos, é sobre o dever de matemática, prometo não demorar" a velha o encarou, passando o olhar pela sala e então de volta ao garoto afro no batente antes de assentir, hesitante.
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Quarto de bebê pequeno simples e barato – Veja 5 ideias legais
Conheça as ideias de quarto de bebê pequeno simples e barato, com inspirações em uma decoração mais neutra, outras cheias de cores e móveis essenciais que não podem faltar no espaço do pequeno.
Afinal, a chegada de um bebê é sinônimo de muita alegria para muitas famílias, onde a partir da descoberta, o primeiro passo é saber como montar um lindo quarto de bebê.
Porém, sabemos que as crianças crescem rapidamente, e a ideia será economizar no investimento do quarto da criança, sem perder o encanto dos espaços simples e bonitos.
Pensando nisso, separamos 5 ideias legais para a montagem de um quarto de bebê pequeno simples e barato. Confira!
1- Quarto de bebê pequeno simples e barato – Inspiração clean
Quando pensamos em quarto de bebê pequeno, simples e barato, não podemos esquecer do estilo, afinal, precisa ser determinado para uma bonita e funcional decoração.
As inspirações clean ou neutras de quarto de bebê simples são as mais acessíveis, pois você pode criar um ambiente incrível com apenas três tipos de móveis: o berço, a cômoda e a poltrona de amamentação.
Esses três itens são indispensáveis na hora de montar um quarto de bebê simples e barato. E depois, será preciso pensar nos artigos de decoração infantil.
Veja também decoração com fita isolante: Ideias para inspirar.
Decoração quarto de bebê simples e clean
O quarto de bebê simples pode ter vários objetos para decorar, como por exemplo, tapetes, mantas, quadrinhos na parede e brinquedos decorativos.
A ideia do quarto clean para bebê é apostar em cores neutras como o branco, cinza e o marrom. Para dar uma corzinha, você pode apostar em tons pastéis, nada muito exagerado.
Uma dica é investir em almofadas, mantas, tapetes e brinquedos mais coloridos, deixando que os móveis clean façam o contraste com as cores do quarto de bebê simples.
Veja que na inspiração abaixo as cores dos quadros da parede deram um destaque entre as paredes neutras e claras.
Uma dica ao usar móveis brancos e pequenos detalhes coloridos, é apostar nos pisos vinílicos, que dão um toque diferenciado, permitindo que o ambiente não fique claro demais.
2- Quarto de bebê pequeno simples e barato – Para menina
O quarto de bebê feminino pequeno e simples é reconhecido pela delicadeza dos detalhes, com cores em tonalidades rosa, lilás e também no vermelho.
É possível criar um espaço incrível, desde que você estabeleça a paleta de cores do quarto de menina, antes de investir no ambiente.
Para um quarto de bebê pequeno e barato, as cores da parede contam muito, afinal, a metragem será reduzida e a escolha do revestimento terá um impacto final.
Por isso, escolha cores mais claras para a parede do quarto de bebê menina simples, invista em tons pastéis e cortinas neutras, sendo este também um item indispensável no quarto de bebê.
Objetos decorativos para quarto de bebê feminino simples e barato
As ideias de decoração para quarto de bebê feminino vão desde abajur, nichos e prateleiras nas paredes para colocar objetos decorativos.
Algumas ideias mais simples de decoração com bonecas, pelúcias e almofadas podem favorecer o ambiente aconchegante e bonito.
3- Quarto de bebê pequeno simples e barato – Para menino
Para uma decoração simples e barata de quarto de bebê masculino, as cores como azul, verde e cinza são sempre as preferidas, mas saiba que outros tons como o laranja e amarelo também podem proporcionar um resultado de um ambiente incrível.
Há muitas formas de montar um quarto masculino de bebê cheio de personalidade, usando a combinação de cores quentes e frias; apostando em temas fofíssimos.
Como decorar um quarto simples de bebê menino?
Um jeito divertido de transformar um quarto simples de bebê menino e ainda gastando pouco dinheiro, é investindo em temas, como de animais e elementos naturais.
As ideias para quarto simples de bebê temático como safari, raposa e nuvem de amor ficam incríveis, ainda mais se você combinar com móveis e cor de parede mais clean, objetos decorativos e temáticos, além da mistura de sua paleta de cores.
Aposte também nos papéis de parede, sendo materiais mais acessíveis e com um resultado decorativo super bonito.
4- Quarto de bebê pequeno simples e barato – Móveis de madeira
Para um quarto pequeno e simples de bebê, os móveis de madeira também são uma excelente escolha para um espaço mais autêntico. Além disso, usando móveis de madeira ao invés dos coloridos, você cria um ambiente neutro que pode ser usado para quarto de bebê menino e também de menina.
Como decorar o quarto do bebê de forma simples e bonita?
Os móveis de madeira para quarto de bebê são bem versáteis, podem combinar com a maioria de ideias para decoração infantil, como os temas safari, uma das tendências para montar o quarto do seu pequeno.
Os diferenciais para um quarto pequeno e simples estão na decoração. Além disso, você pode apostar nas cores diferenciadas dos enxovais, objetos decorativos, papel de parede e o piso vinílico que garante um ambiente mais confortável e bonito.
5- Quarto de bebê pequeno simples e barato – Decoração minimalista
O estilo minimalista é moderno e também muito elegante, podendo ser usado em toda a casa, inclusive, em um quarto de bebê pequeno simples e barato.
Você pode começar a planejar o espaço apostando nos móveis essenciais como o berço, cômoda, poltrona para amamentar e o enxoval da criança. Os móveis montessorianos se tornaram tendências para usar em quartos de criança, inclusive, para o quarto minimalista de bebê.
Depois escolha a sua cartela de cores, apostando em tonalidades mais neutras como o branco e cinza. Faça as combinações com tons vibrantes como laranja, amarelo, azul marinho e lilás.
Uma ideia moderna e muito bonita, são os quartos de bebê preto e branco. Isso mesmo, essa é uma perfeita combinação e tem dado um resultado incrível.
Detalhes para montar um quarto minimalista para bebê
Para montar um quarto minimalista para bebê, aposte nos detalhes, invista em tons escuros no trocador, almofadas, tapetes e outros objetos decorativos como os brinquedos.
Escolha entre as tendências de decorações para quarto de bebê, como por exemplo, as bandeirinhas de tecido para quarto de bebê, cestos de tecido ou crochê, papel de parede estampado e elementos naturais como folhas, céu e animais.
Viu só quanta ideia legal para criar um quarto de bebê pequeno simples e barato? Agora, escolha o seu preferido e arrase na sua decoração.
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theolympusrp · 4 years
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IC:
Nome terreno: Ariel Sharon. Nome mitológico: Moshe Faceclaim: Yovel Biton (@yovelbiton_ ) - Modelo. Nascimento: 22 de 09 de 1989. Naturalidade: Tel Aviv, Israel.
Ser: Semideus, filho de Poseidon. Nível: 3 Dormitório: Poseidon - 02
Twitter: @moshe_olp Ocupação: Médico plantonista. 
Qualidades: Educado, organizado e extremamente gentil. Defeitos: Sarcástico, exigente e sério. Plots de interesse: Angst, fluff, smut, romance, general e crack.
Biografia:
Judeu nascido na grande metrópole de Israel, criado em uma família tradicional, foi acolhido por seus avós já que sua mãe não quis saber das tradições e seu caso sem casamento, fora tido como uma grande ofensa para a família. A mãe de Ariel mora no Canadá, mas ele nasceu e foi criado em Israel, tendo pouco contato com sua mãe. Ele fora uma criança doce, muito gentil e temente aos ensinamentos das leis de Deus, por isso, quando manifestou vontade de ser médico, fora prontamente atendido por seus avós. 
A família Sharon é dona da maior empresa produtora de azeite de oliva dentro do país e exporta para fora. Ricos e tradicionais, quiseram que o jovem Ariel fosse um grande sábio, e respeitassem suas origens. O próprio avô do rapaz havia sofrido maus bocados durante a segunda guerra, mesmo sendo muito jovem, e por isso lhe ensinou a ser compreensivo, mas nunca lhe deixarem envergonhar por suas origens. O rapaz se formou em medicina e logo fez uma especialização, tornou-se cardiologista. Em seus momentos dentro do hospital, diversas coisas de repente começaram a acontecer. Parecia que a água se movia ao chegar próximo de si, assim como algumas enfermidades eram curadas. Dos pacientes que Ariel teve, nenhum faleceu. Todos foram curados e tiveram suas vidas salvas, por mais grave que o caso fosse. No ponto de vista médico, aquilo era impossível.
Ariel sofreu com a inveja de alguns colegas, era constantemente destratado. O rapaz começou a sentir-se completamente inseguro, já que em sua mente biomédica, nada fazia sentido. Os avós, preocupados com a saúde mental e o estado do rapaz que parecia se entristecer com o tratamento dos colegas dentro do hospital, foi então que resolveram contar a verdade de sua mãe. A mulher se relacionou com um homem não judeu, um estrangeiro. Ele não era humano, mas os avós não sabiam dizer o que ele era. E aqueles fatos foram deixando sua mente cada vez mais confusa. Ele saiu de casa transtornado e ao andar pela praia, Poseidon lhe apareceu e contou a história com calma. Ariel nasceu de uma relação cheia de carinho, nasceu dentro das águas do mar de Israel, por isso Poseidon lhe chamar de Moshe, quem em hebraico significa filho das águas. 
Após um processo complexo de aceitação e término de suas atividades no hospital, o rapaz se organizou para mudar-se e finalmente ir ao lugar onde mantinham semideuses em segurança. Ariel chegou à Olympus perdido, não conhecia ninguém. Era aluno novo, mas não era tão jovem para ser um novato, ainda mais um aluno. E o mais importante, Poseidon poderia ser um ser místico, mas para Ariel, não era um deus, Deus só existia um.
Habilidades:
1. Cura da água: Quando em contato com o mar, o semideus poderá amplificar sua capacidade de cura, fazendo com que regenere-se mais rápido. O manuseio mais simples da água lhe permite curar ferimentos leves, médios e graves. Podendo ajudar ainda mais rápido do processo de cicatrização e fechamento de feridas. Por utilizar sua energia ao manipular a água, o uso exacerbado da habilidade, dependendo da gravidade do ferimento, demanda mais energia e lhe deixa extremamente cansado. 
2. Conjurador das marés: O semideus é capaz de comandar os mares e rios, pode controlar as correntezas, o que irá lhe ajudar com o movimento dentro da água, o deixando com o dobro ou a metade da velocidade máxima que possui, transformando qualquer tormenta marítima na mais calma e pacífica água do oceano e vice versa. Consegue controlar qualquer fonte d'água podendo fazer uso da mesma quando sentir necessidade. A habilidade precisa de certa concentração, seu uso exagerado pode gerar uma fadiga nos membros superiores.  
3. Supremacia Aquática: Habilidade de se comunicar mentalmente e controlar qualquer animal ou criatura aquática mágica ou criaturas com descendência direta de Poseidon. A habilidade é amplificada no mar, podendo focar em qualquer criatura marinha e chama-la que estejam a até 500 metros de distância. A habilidade é mental e exige uma grande concentração, por conta disso, quanto maior o animal, mais concentração se demanda do semideus para que consiga controlar, podendo gerar uma grande enxaqueca. 
4. Manipulação da água: O usuário é capaz de manipular plenamente a água, podendo gerá-la a partir do nada e controlar seu fluxo, usando-a como base para diversas formas de utilização, como formar grandes ondas, voar e até mesmo criar construtos. Se torna um poder plural, que manipula a água em todas as suas formas, seja ela sólida, líquida ou gasosa, assim podendo controlar sua temperatura também. A habilidade fica mais forte, durante noites de lua cheia e em eclipses ela atinge seu auge. Utilizar a habilidade de modo exacerbado pode lhe causar uma grande fadiga em suas mãos, se houver insistência em utilizar quando estiver cansado, pode haver um sangramento intenso em seu nariz. 
5. Teleporte: Os filhos de Poseidon podem se teletransportar apenas entrando em contato com qualquer tipo de água, aparecendo no lugar que quiser. É necessário que o corpo da prole seja completamente submerso e que a mesma fique um minuto nesse estado para que o teletransporte seja eficaz. Só pode se teletransportar para alguma fonte de água natural. 
6. Metamorfose Animal: Os filhos de Poseidon podem se transformar em animais por até três dias completos, ganhando as características do mesmo ou evocá-los nos locais. Alguns animais maiores demandam muita energia proveniente do semideus, então ao voltar sua forma humana, ele fica desacordado por até seis horas. 
7.  Intangibilidade Aquática: É a Capacidade de tornar todo o seu corpo em água, fazendo o mesmo não receber dano enquanto estiver usando o poder. Caso entre em um corpo hídrico, poderá se misturar com o mesmo. Ele pode transformar-se nos três estados físicos da água:
- Sólido: torna seu corpo extremamente pesado e rígido, porém seus movimentos se tornam lentos;
- Líquido: torna-se invulnerável e maleável, podendo teletransporta-se para qualquer lugar. Seu corpo não é tão forte neste estado;
- Gasoso: também é invulnerável assim como também pode se teletransportar e além disto, pode queimar (à 100° C) e voar graças à falta de massa. A desvantagem deste estado é a instabilidade e grande facilidade de perder suas moléculas.
8. Nevoeiro: A partir de gotículas de água no ar, é capaz de criar um nevoeiro intenso e pesado, em que apenas ela enxergue por entre ele. É um ótimo mecanismo de proteção. É capaz de combinar a toxicidade de algumas criaturas marinhas com as gotículas de água presentes no ar ao seu redor, após isso, pode multiplicar tal elemento e criar um nevoeiro extremamente tóxico, podendo desde enfraquecer, até mesmo matar alguém pelo ar. Para combinar os elementos tóxicos com a névoa é necessário parte de energia de Moshe, sendo possível deixá-lo ativo apenas por 10 minutos, após o período o próprio semideus pode começar a sentir os efeitos do nevoeiro tóxico. 
9. Controle Climático: Utilizando o vapor d'água e o elevando até o céu, consegue mudar o clima, fazendo uma nuvem cinza se formar no local, e transformar o dia ensolarado em chuvoso, criando terríveis tempestades onde estiver. O efeito atinge uma área de até 100 metros, tendo a prole como centro, e pode ser feito apenas 3 vezes por vez e pode gerar uma exaustão se usado mais vezes que o recomendado. 
10. Fúria de Poseidon: O semideus é capaz de gerar terremotos, erupções vulcânicas e até maremotos. Capaz de criar tremores na terra ao bater o pé, tremendo tudo em um raio de 500 metros tendo ele como centro. As ondas se tornam muito maiores que o normal, pode causar estragos naturais. O evento só pode ser feito apenas uma vez por episódio, demanda muita energia e pode fazer o semideus desmaiar de tanta exaustão. 
11.  Cetus:  A prole pode invocar um Cetus de 20 metros para ajudar em qualquer batalha. destruindo tudo o que ele vê pela frente. Para controlar o monstro marinho, é necessário muita força mental, por ser grande e com sede de sangue, o semideus pode fazer esse controle por até quatro horas e mandá-lo embora, caso insista, o risco de perder o controle e fazer com que Cetus ataque tudo com seu instinto animal e atacar, inclusive, a ele mesmo.
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lamarkfit · 4 years
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Já repararam que a escolha das roupas reflete na imagem que passamos? Até as cores que usamos podem refletir o humor. As cores têm muita influência em nossas vidas, quer ver? Pensa em um céu azul e limpo pela manhã, já dá até vontade de sair e curtir o dia.. Agora pensa naquele céu cinza e nublado, a vontade já é de ficar em casa vendo filme, certo? Mas você conhece o significado das cores? O azul é uma das três cores com pigmentos primários que são o amarelo, vermelho e o azul. A cor azul transmite confiança, fidelidade, respeito, civilidade, estabilidade, status social, dignidade, bondade, serenidade. O Azul marinho remete aos oceanos profundos e céus vastos, transmite profundidade, tradição, confiabilidade e seriedade.. 📱 www.lamarkfit.com.br 📱 Para atendimento personalizado 14 99690-5870 📦 Enviamos para todo o Brasil . . #lamark #useLMK #modafitness #consultoriademoda #comovalorizarocorpo #short #shortsaia #legging #poliamida #dryfit #fitness #saudavel #fitgirl #moda #academia #modafeminina #gym #treino #musculacao #fit #roupafitness #lookfitness #modacasual #roupadeacademia #roupaacademia #academia #lifestyle #crossfit #workout #dieta
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chrysanaoficial · 5 years
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seaside-w · 7 years
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Capítulo Dezesseis
Heather saiu para caminhar às 5 da manhã na beira do mar, quando ainda parecia noite. Perdera o sono pela quinta vez naquela semana. Como estava cansada de ficar virando na cama, decidiu ir caminhar na praia e observar o sol nascer.
Conforme andava, via que estava ficando longe de casa devido à mudança do ambiente. As casas agora eram maiores e parecia apenas um bom lugar para se passar uma temporada, mas não para morar. Ela se lembrou vagamente de Matt contando que a maioria daquelas casas pertenciam à empresários famosos em toda a Baía de Plenty, ou eram casas destinadas à locação.
Parou em frente a uma em especial, onde ela e Matt presenciaram, sem intenção de tê-lo feito, uma discussão entre marido e mulher. Houve troca de insultos, ameaças de pedido de divórcio e lágrimas de ódio. Heather pegou uma concha na praia e arremessou em direção a casa, de modo que o casal se assustou e parou a discussão.
Agora, parada em frente a tal casa, a jovem se pergunta o que aconteceu com o casal. Estão juntos ainda? Ou o pedido de divórcio foi feito? Não soube dizer quanto tempo ficara ali, pensando e imaginando, mas notou, repentinamente, o céu clarear. Olhou em volta, procurando a pedra que ela e Matt haviam usado como poltrona para assistir o nascer do sol.
Ela gostava de assistir tanto o nascente do sol quanto quando ele se põe. Considerava-os um belo lembrete de que tudo passa, temos novas chances de tentar outra vez. Não cometer os mesmos erros e comemorar cada pequena vitória.
Tentou subir na pedra, que ficava numa ponta da praia onde a areia avançava um pouco adentro do mar e então terminava seu caminho naquelas pedras, mas não obteve sucesso. Bufou e tentou mais uma vez, mas sentiu a mão ceder e os pés começarem a escorregar, quando duas mãos fortes a seguraram pela cintura, a assustando.
- Calma, sou eu. – aquela voz, ela reconheceria aquela voz em qualquer situação.
- Caramba, Stone! – ela reclamou, subindo na pedra e dando a mão para o rapaz, que aparentemente não precisou da ajuda dela. – Quase me matou de susto.
Matt riu, arteiro como uma criança. Se sentou ao lado da garota, a abraçando pelo ombro, olhando para o horizonte. Heather suspirou e encostou a cabeça no ombro do rapaz, admirando o céu
Contemplaram o céu mudar de cor e o sol anunciar a chegada de um novo dia em silêncio. Mas não ficaram desconfortáveis com isso. A ausência de palavras significava que eles estavam ali, juntos e que nada disso iria mudar.
- Você já tomou café da manhã? – Matt perguntou e Heather negou com um movimento da cabeça. – Então vamos pra minha casa, fiz uma torta de morango e acho que você vai amar.
Heather virou o rosto e olhou no fundo dos olhos do rapaz, beijando-lhe os lábios. Ela sentia algo que lhe faltavam palavras pra explicar, então recorria a contato físico para se expressar.
- Acho que isso foi um sim.- o rapaz brincou, ainda de olhos fechados.
Caminharam pela praia de mãos dadas e sorrisos carregados de alegria. Heather contava sobre um pesadelo que tivera e Matt ouvia com atenção. Então o rapaz se lembrou de uma vez, quando era apenas um garotinho de seis anos e ouvia os funcionários da fábrica da família contar sobre um monstro marinho que habitava um lago perto de Mount Maugnui. Ele perdera noites de sono imaginado o monstro atacando sua cidade, sua escola, seus amigos e sua família. Mas como sempre, a mãe o deixava tranquilo, dizendo que o monstro não existia. E o deixava dormir na cama dos pais.
- Você deixou a luz acesa outra vez? – Heather observou e riu. – Morgana.
O rapaz sorriu e levantou as mãos em sinal de rendição e murmurou:
- Culpado. Não posso deixar ela passar medo.
A resposta do rapaz fez a moça sorrir abobalhada com o carinho do rapaz. Lembrou-se da vez em que se conheceram, quando achou o rapaz nada mais que uma pessoa fechada e fria, chegando a alcançar a grosseria.
Entraram na casa do rapaz e foram recepcionados por uma Morgana elétrica, pulando e resmungando de felicidade. Heather se abaixou e fez carinho na cachorra, que parecia ter crescido desde a última vez que a viu. Morgana deitou a cabeça no colo de Heather, que resolveu se sentar no chão da sala, se segurando para não roubar a cachorrinha do dono.
- Começo a suspeitar que ela gosta mais de você do que de mim. – ele riu, a barba começando a crescer e o cabelo um pouco bagunçado. Matt entregou para ela uma xícara de café e se sentou no chão, fazendo carinho atrás das orelhas de Morgana.
- O que vai fazer hoje? – Heather perguntou.
- Não programei nada. – ele deu de ombros, parando de fazer carinho em Morgana e encostando as costas no sofá. – É feriado e o restaurante não abre. Então, sem planos para hoje. E você?
- Também não programei nada. – ela confessou, encostando no sofá também. – Eu fiz tudo o que tinha pra fazer, em relação as turmas, durante as tardes na biblioteca.
Matthew sorriu e propôs:
- O que acha de não fazermos nada juntos?
- Acho uma brilhante ideia, senhor Stone. – ela respondeu, provocando uma risada no rapaz, que, com a mão direita, tomou o rosto dela e a beijou.
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Matthew observava Heather dormir tranquilamente na cama do rapaz. Estavam deitados de frente um pro outro e o rapaz tinha de se segurar para não rir do bico que a garota fazia enquanto dormia. Era quase oito da manhã e ela havia caído no sono cerca de meia hora atrás.
Passou os olhos lentamente pelo rosto da moça, admirando cada pequeno detalhe, cada marquinha e manchinha na pele avermelhada dela, queimada pelo sol. Gastaria horas e horas ali, naquele quarto, deitado naquela cama, apenas admirando a preciosa mulher que havia na frente dele.
“ Droga” pensou, fechando os olhos lentamente, tentando esconder um sorriso envergonhado. Sabia que estava apaixonado por Heather e não tinha volta. Tomou coragem de admitir para si mesmo o que sentia e se sentia um pouco perdido. Notou que a garota estava acordando e voltou a atenção para o rosto levemente inchado dela, dessa vez sem esconder o sorriso.
- Me observando enquanto eu dormia, Stone? – perguntou, rindo.
- Desculpe, não pude me conter. – o rapaz sussurrou e fez carinho no rosto da jovem.
Heather sorriu com a resposta do rapaz, o rosto enrubescendo de vergonha. Os dois pareciam estar em um universo paralelo, onde não haviam compromissos, nem medo de rejeição. Apenas carinho e desejo. Apenas isso.
- Que horas são? – ela questionou, deitando de costas no colchão. O rapaz ergueu o tronco e checou no criado mudo.
- Oito e dez.
Heather fechou os olhos, suspirou e em seguida, sorriu.
- Ainda bem que é feriado. Caso contrário eu teria que estar saindo.
O rapaz se apoiou nos cotovelos e murmurou algo que Heather não soube decifrar e então a beijou.
Nenhum beijo trocado entre eles havia sido tão intenso quanto aquele. Heather manteve as mãos nos cabelos de Matthew, vez ou outra os puxando, ao passo que o rapaz apertava a cintura dela e aproximava mais os corpos dos dois. Permaneceriam ali para sempre, se dependesse deles.
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- Sente saudades do Havaí?
A pergunta pegou Heather de surpresa. Estavam sentados na varanda do rapaz, admirando o oceano. Estavam esperando a lasanha que haviam preparado para o almoço ficar pronta.
- De algumas coisas. – confessou. Ninguém a havia perguntado aquilo. – Sinto falta de alguns amigos e de alguns lugares. Havia uma parte da ilha de Oahu, a Baía de Hanauma, que eu sempre sinto falta, em especial.
Conforme ia contando, ela conseguia visualizar a paisagem, os moradores e os turistas que visitavam com frequência a ilha e também a fundação ambiental em que os pais trabalhavam. Ela não tinha como mentir, aquele havia sido seu lar por quase a vida toda. Contou ao rapaz sobre os golfinhos que ela havia ajudado a resgatar e, depois de um longo processo de cura, a devolver ao seu ambiente. Narrou também, com a voz embargada, a maneira como as cinzas de entes queridos falecidos eram jogadas ao mar.
Estava se perdendo em lembranças quando lembrou da lasanha.
- Matt! – exclamou, as mãos na cabeça, em desespero. – A lasanha!
O rapaz arregalou os olhos e se levantou num pulo, acompanhado da moça e correram em direção à cozinha. Abriram o forno e suspiraram de alívio ao notarem que a lasanha estava a salvo.
- Ai, achei que íamos ficar sem almoço. – confessou Heather, provocando risadas no rapaz.
- Vamos por a mesa.
Ele esticou a mão em direção à moça, ao qual ela aceitou de bom grado.
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tuxx-y · 4 years
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Lembro da tristeza que me visitava todos os dias, já na manhã, me fazendo companhia por dias, semanas, se estendendo até mesmo por meses. Lembro da mãe da minha melhor amiga dizendo que apesar de eu parecer tão feliz, sentia uma angústia guardada em mim. Escondida. E por muitos anos achei (e aceitei) que eu era assim. E seria assim, pra sempre. Me acostumei e acreditei que de alguma forma eu nasci daquele jeito: quebrada. Porém, todavia, entretanto, no dia que ele entrou pela sala, ele mudou a minha vida. Ele pintou as paredes do meu quarto na cor que eu descobri ser a minha favorita. Cantando. E quando olhei pela janela, com a sua mão entrelaçada na minha, de repente o céu se abriu em um azul marinho, e em um instante, todos os pedaços quebrados se juntaram, e todo o cinza se esvaiu do meu corpo. Eu era uma nova pessoa, e pela primeira vez, me senti amada.
Caroline Campagnani, 2020.
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ciicunha · 4 years
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Nossa última dança..
Fechei meus olhos por alguns minutos, e já adormeci. E como foi bom adormecer tão rápido. No meu sonho, pela quinta vez, para ser exata, sonhei com você. E como em todos os sonhos, você estava sorrindo pra mim, mas, neste sonho, você estava diferente. Ao invés do velho moletom, as calças largas e o boné pra trás, você estava com uma calça num tom azul marinho, uma blusa branca e um cachecol em volta do pescoço. Me assustei, confesso. Mas o brilho dos teus olhos, e o teu sorriso, fizeram meu coração se aquecer. Caminhei até você, parecia uma sala enorme, com alguns moveis rústicos, o piso em cerâmica num tom cinza, e as paredes brancas com alguns detalhes. Até me assusto, ao lembrar com tanta precisão dos detalhes deste sonho. Você estava realmente lindo! E como estava. Ao fundo um música suave tocava, você pegava minha mão, e me conduzia no embalo da canção. Eu encostava minha cabeça em seu peito e lentamente dançávamos. Parecia tão real, quanto ao fato de que eu, estou registrando essa história aqui. Por alguns minutos, o único som que se ouvia era a melodia da canção e as batidas do seu coração, que pareciam dizer, o quanto nervoso você estava. Estar ali com você, naquele momento, foi tão especial que não queria que acabasse, mas na verdade tudo aquilo era apenas nossa despedida, nossa última dança. Sentia que deveria te abraçar com mais força, e nessa hora, senti uma lágrima rolar do meu rosto. Eu sabia que não teria você pra sempre em meus sonhos. E que, de fato aquela era nossa última dança. Você me olhou com carinho, um olhar emocionado, me fitou os olhos por alguns minutos, e num suspiro profundo, antes mesmo de você falar, eu te disse: Adeus! Adeus ao moço da velha bicicleta. Adeus ao moço que por um curto período de tempo, me fez amar e ser amada. Adeus ao moço do velho moletom e do boné pra trás. Ah moço, preciso dizer-te adeus nessa noite. E como eu não poderia simplesmente sair, deixei que, tivéssemos nossa última dança. Eu preciso deixar você ir, preciso deixar você seguir com sua velha bicicleta. Quem sabe um dia, talvez eu te encontre de verdade na minha vida, e, te diga tudo isso que escrevi. Vou pedir aos céus, pra me deixar te visitar, talvez como chuva , ou como a neve no inverno, ou até mesmo como o primeiro dia de verão. Sim, vou pedir com toda força do meu coração. Mas até lá, moço, não vamos mais nos ver. Essa noite, é nossa despedida, então por favor, só me abrace forte e me faça, sentir-me amanda, pela última vez. Dedico a você todo meu amor, a você que me deu colo, a você que me deu lar, a você que me deu amor, a você que fez do seu sorriso minha calmaria, a você eu só posso dizer-te: Obrigada!
Ao moço dos meus sonhos, com amor, te dedico a minha última carta ♥
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omundoplano · 4 years
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A Jornada #6
        Era noite, e a chuva caia na estalagem do macaco marinho. Uma figura coberta por uma capa de pele pesada guiava um cavalo cinza, e tinha amarrado na sua mão direita uma corda. Esta corda se estendia até o braço esquerdo de uma outra figura, desta vez sem capa e totalmente molhada, que se encontrava em cima de um outro cavalo. Este outro cavalo era branco, e tinha um único chifre. Na verdade, o cavalo era um unicórnio¹.
        – Vamos descer aqui. Anda. – Ele disse isso enquanto já descia do cavalo e rapidamente começava o movimento de amarrar o animal no estábulo.
        Sua acompanhante fez o mesmo, e utilizando sua agilidade felina o fez com quase a mesma velocidade, porém com o dobro de estilo e delicadeza. Ela parecia impaciente, e particularmente irritada com a corda em seu pulso.
        – Quanto tempo eu vou ter que ficar usando isso?
        – Até eu ter certeza que você não vai fugir.
        – Eu tô aqui porque eu me voluntariei, ok? Porquê eu fugiria?
        – Eu consigo pensar em um milhão de motivos, mas nenhum deles exige que eu te dê satisfação.
        – Você acha que se eu quiser fugir vai ser essa corda na minha mão que vai impedir? – Ela parecia indignada, e olhou com desprezo para a corda amarrada em seu braço. Provavelmente conseguiria cortar essa corda com as próprias unhas. No meio do golpe, ouviu o bigodudo orc.
– Eu não faria isso se fosse você.
        Tarde demais. Foi como bater no ferro, e na mesma hora a corda apertou em seu pulso e começou a se enroscar ainda mais em seu braço. A garota olhou assustada para o homem, e o unicórnio começou a se movimentar de forma nervosa. Ele olhou para ela, e estalou os dedos. A corda afrouxou naquele momento, desenroscando de seu braço. O laço que prendia seu pulso se desfez, deixando exposta as marcas roxas do apertão. A corda ficou flutuando na sua frente, como se fosse uma naja encantada. Ela sabia que se tivesse olhos, a corda estaria penetrando o fundo de sua alma naquele momento, desvendando as suas mais escondidas verdades.
        – Você não conseguiria cortar essa corda nem que usasse o chifre do seu unicórnio. – Ele falou isso olhando para o bicho, que esquivou o olhar. – Eu vou te soltar, mas só porque agora acho que você percebeu que você não tem como fugir.
        Ele disse isso com calma, enquanto a corda se enrolava como um animal de estimação em seu braço direito. Assim que a frase terminou, um raio iluminou o céu por um segundo, e a garota sentiu um arrepio na espinha, que subiu até sua nuca. Ela não queria fugir, era uma voluntária. Fingiu não perceber que  naquele momento estava plantada a semente de uma leve vontade de escapar, na terra mais seca e desesperançosa que a luz do raio fez questão de pontuar que havia ali.
        – Vambora, lá dentro vai estar mais quente. – O orc começou a andar em direção a porta da estalagem, e a garota seguiu, um pouco receosa. O orc, como que percebendo o desânimo no ar, continuou um pouco mais empático – E vai ter cerveja, a melhor costela de javali da região², e… roupas secas.
        O suave barulho do trovão distante serviu como ponto final para a frase dele. O orc chegou na porta da estalagem, parou e esticou a mão para frente. Gostava de entradas dramáticas. A porta se abriu como se tivesse sido empurrada por uma forte corrente de ar. No momento em que bateu na parede, um raio atingiu o topo da estalagem, fazendo um barulho esurdecedor. A garota olhou incrédula para a cena. Ele deve controlar os raios, pensou. Não pode ser coincidência.³
        O mercenário olhou calmamente para a porta bebendo de sua cerveja (que não tinha derramado uma única gota), enquanto o gnomo rapidamente se recuperando do susto que havia levado, saiu de trás do balcão, em direção ao visitante. Ele se aproximou da silhueta e, de forma cortês, fez uma pequena reverência.
        – Seja bem-vindo a estalagem do Macaco Marinho, Corvo.
        – Clóvis, seu gnomo sacana. Me dá um abraço!
        O orc abraçou o gnomo, cuja relutância demonstrava que este belíssimo ato de afeto seria muitíssimo mais agradável se fosse realizado de roupas secas. O orc então largou o gnomo, e virou para trás, chamando a garota com a mão. Ela deu um passo a frente, cumprimentou o gnomo e o mercenário com a cabeça, e olhou para o Corvo. Sua pele era quase cinza, mal transparecendo o mais comum verde da  pele dos orcs. Seu bigode era longo, com dois anéis de ouro que prendiam as tranças. 
        O bigode havia sido quase que uma obsessão para a menina desde que conhecera Corvo. Já haviam passado por debaixo de uma cachoeira, por duas tempestades e uma ventania de gelar os ossos… e nunca, nenhuma vez, as tranças do bigode se moveram da forma que era de se esperar. Era como se fossem esculpidas de pedra.
        – Essa daqui é a Princesa, a mais nova voluntária dos Filhos da Mãe.
Ela sorriu educadamente, fazendo um pequeno aceno com a mão.
        – Podem me chamar de Kat. – Ela não conseguiu esconder sua ligeira raiva com o apelido.
O mercenário olhou Kat nos olhos e acenou com a cabeça. Em seguida abriu um sorriso sincero, mostrando todos os dentes. O branco de seus dentes não era natural. Especialmente para um mercenário. Ela nunca tinha visto dentes tão brancos, e o efeito só aumentava graças a reluzente e escura pele do homem.
        – Muito prazer, Princesa. Me chamam de Khan.
        Nesse momento, o garoto que estava observando tudo lá de cima ficou particularmente decepcionado. O mercenário nunca havia dito seu nome para ele. Fazia dias que andava com este homem e nem ao menos sabia seu nome. Agora ele estava aí, entregando seu nome como se fosse a coisa mais natural do mundo. Entendeu a dor da princesa, uma vez que ele mesmo só era chamado de Garoto. Mas sentia que havia algo estranho aí.
        Ela era mesmo uma princesa? E que história é essa de voluntária? As perguntas surgiam com velocidade na sua cabeça. Porque ele teve que ser levado a força, enquanto a garota é voluntária? E mais importante ainda, voluntária para que? Ele até agora não tinha entendido muito bem o propósito dessa viagem, apesar de manter sólida a esperança de que seria treinado como todos os bons heróis dos livros que lia.
        Ficou perdido em sua mente, e quando percebeu, a garota estava parada do seu lado. Ele estavabaixado, com o rosto entre as frestas da escada. Passou o tempo todo pensando e olhando para um quadro muito intrigante de uma árvore, e acabou perdendo toda a conversa. Levantou-se rapidamente e tentou ajeitar sua postura. Sorriu para a princesa, que não retribuiu o sorriso. Ficou sem graça.
        – É, eu tava só… - Disse ele, enquanto falhava em pensar em uma boa desculpa para estar ali abaixado bisbilhotando a conversa.
        – Não esquenta. – A resposta foi quase automática – Eu só quero passar.
        Saiu da frente da menina, que apenas acenou com a cabeça e não abriu nenhum sorriso. Ele foi atrás dela.
        – Ei, a gente pode conversar?
        Ela parou e virou para trás, calmamente. “Vou dar uma pausa dramática”, ela pensou em silêncio. Gotas pingavam de sua roupa e dos pelos de seu corpo. Uma pequena poça começou a se formar embaixo dela. O rapaz ficou encarando a cena, esperando uma resposta.
        – Como pode perceber, agora não é a melhor hora.                                                                                                                                              
        – Eu sei, eu sei. Mas é que a nossa situação parece ser a mesma e eu tenho algumas dúvidas.
        – Você também é um voluntário?                                                                                            
        – Ahn… não. Eu diria que sou um… involuntário?
        A garota olhou confusa para o rapaz na sua frente.
        – O quê?
        – Olha, o que eu quero dizer é que… – neste momento seus olhos foram para o chão, onde a poça embaixo da moça já ia tomando um tamanho considerável. – a gente pode conversar depois, sem problema.
        – Obrigada! Até mais! – Aliviada, jogou os braços pra cima, virou as costas e foi trocar de roupa.                              
         Ficou ali parado no corredor, e resolveu voltar para ver o que estava rolando lá embaixo. Ouvia os três conversando, mas não conseguia distinguir o que. Se ao menos pudesse chegar mais perto…. Ou ler o próximo capítulo…. ----------
¹ - Unicórnios são cavalos brancos levemente brilhantes, conhecidos por sua raridade. São seres conhecidos por serem muito puros, terem um único chifre na testa e por serem muito, muito fiéis. Uma grande pesquisa já foi realizada pelo grande mago Sobran, que ficou muito desconfiado quando um unicórnio começou a se aproximar do seu terreno assim que sua filha nasceu. Após anos de pesquisa intensa, Sobran desenvolveu uma magia para se comunicar com os unicórnios. Descobriu que unicórnios não morriam de causas naturais; que eram tão inteligentes quanto os humanos (ou mais); que só não usavam ferramentas porque a falta de polegares opositores, o excesso de magia e a total incapacidade de entender o conceito de “melhorar a natureza”; e por último, que aquele unicórnio em específico era um grande historiador. Suas principais descobertas podem ser encontradas em sua série de livros sobre unicórnios, mas uma das mais interessantes é a história de como os unicórnios foram criados. A seguir, temos uma citação diretamente do unicórnio:  “Olha, a tradição oral de nosso povo diz que o primeiro unicórnio era apenas um cavalo branco tão, mas tão gente fina, que ganhou de presente dos deuses uma lança, cuja ponta afiada era feita do diamante mais precioso dos céus. Como ele não tinha polegares, e segurar com a boca seria muito inconveniente, os Deuses colocaram a lança na testa. Não sei se é verdade, entende? Eu sou mais cético, até onde eu sei pode ter sido apenas uma noite muito louca entre um cavalo legal e uma rinoceronte mais legal ainda.”
² - Essa informação está errada. Todos sabem que a costela de javali da Taverna do Macaco Marinho é a mais gostosa de todo o Mundo Plano. 
³ - Não era coincidência. Coincidências não existem. Era uma sincronicidade.
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