#Aromas de nostalgia
Explore tagged Tumblr posts
misspepperheart · 8 months ago
Text
Hoy olí por última vez tu aroma.
0 notes
livistud · 7 months ago
Text
Cariño, tiene 6 letras y mi amor por ti tendría todo el abecedario pues cada que pienso en ti me haces sentir y pensar en millones de cosas que me gustaría decirte.
Me he dado cuenta que tenía mucho que no te escribía, así que hoy, mi amor, te escribo a ti porque además de ello me he dado cuenta que tu ausencia en las noches me hace sentir nostalgia, tristeza y soledad y si te soy sincera, no me gusta; por ello hago esto.
Porque lo has dicho, somos personas que sienten mucho y de cierto modo creo eso llega a ser romántico pero también trágico porque mi corazón desde un inicio ha sido tuyo porque sin tocarme ya me hacías sentir de todo; porque me has hecho sentir querida en un punto donde me he sentido tan incomprendida que un "solo quiero escucharte" tuyo, lo es todo en mi día.
Lo sabes pero me gusta decírtelo, te amo.
Y amaría que supieras que este amor será solo tuyo, que es un amor que llevo incrustado en el pecho con una nota que lleva tu nombre. Pues no hay parte de mi que no hayas tocado ya y que sea tuya ahora, pues me has tocado el alma y la piel también.
No te imaginas lo fascinante que ha sido tenerte, cuando nuestras manos se impacientan por llenarnos de caricias y mi entretenimiento es escuchar el cambio de tus respiraciones.
Quisiera que notarás que cada centímetro de mi piel lleva tu inicial y que recorrer tu pecho a besos será mi pasatiempo favorito ahora; pero más allá de desearte, te escojo, todos los días como tú lo haces conmigo.
No es difícil amarte, quererte, no es difícil escogerte y me haces enloquecer y alborotarme en tantos sentidos, que ahora pensar en otro futuro con alguien no es viable; porque ahora veo a cualquier lado buscándote y aunque me es difícil encontrarte, siempre estas a medias.
En los atardeceres que veo, las risas de los niños pequeños, el suave pelaje de un gato, el aroma a fresco, estas en mí, en las cosas que me rodean y en las cosas que he conocido de ti.
Así que si Dios me lo permite buscaré descifrarte por el resto de mis días.
l i v i s t u d
150 notes · View notes
projetovelhopoema · 6 months ago
Text
A nostalgia é uma visitante frequente na minha rotina, essa senhora de passos leves sempre está disposta a me conduzir por corredores de memórias desbotadas pelo tempo. Caminho por essas alamedas invisíveis repletas de ecos de risos distantes e aromas de momentos nunca esquecidos. A minha vida parece um filme antigo com cenas que se desenrolam em silêncio, banhadas por uma luz dourada e suave. Cada lembrança é um toque de delicadeza e dor, uma mistura inebriante de saudade e melancolia. Me lembro de dias de sol, quando a infância era um campo vasto de descobertas e as noites eram pontilhadas por estrelas, cúmplices das minhas aventuras infantis. Havia uma inocência naqueles tempos, um frescor que hoje parece impossível de recapturar. No entanto, junto com a nostalgia, vem o arrependimento, um visitante mais severo e implacável. Ele carrega consigo o peso das escolhas não feitas, das palavras sufocadas, dos caminhos que por medo ou indecisão, nunca me permiti trilhar. O arrependimento é uma sombra que se estende sobre o passado, lançando uma penumbra sobre outrora. Há uma dor forte em revisitar esses momentos, pois alguns deles me dilaceraram por dentro e também em perceber que a vida, com toda a sua beleza efêmera, é também um mosaico de falhas e omissões. Me vejo diante de caminhos antigos, onde quem eu fui escolheu sempre o caminho mais seguro, mais previsível. E hoje, as possibilidades não exploradas se erguem como fantasmas, sussurrando: "E se..." ao vento. E é essa mesma dor que me torna mais humano, mais consciente da complexidade da vida e do destino. A nostalgia me ensina a valorizar os instantes de felicidade genuína, por mais rápidos que tenham sido. O arrependimento, por sua vez, me incita a ser mais corajoso, a abraçar o presente com uma certa urgência. Entre esses dois a minha alma balança, ora aquecida pelo sol do passado, ora resfriada pelo vento do que não foi. E assim continuo a minha jornada, carregando comigo a riqueza das lembranças e o peso dos arrependimentos, ambos essenciais para esse enorme livro que é a minha vida.
— Diego em Relicário dos poetas.
72 notes · View notes
dariann-garcia · 8 months ago
Text
El aroma del café sabe a tu ausencia, a la nostalgia de tu partida.
57 notes · View notes
harrrystyles-writing · 1 month ago
Text
Yes Sir! Capítulo 30
Tumblr media
Personagens: Professor! Harry x Estudante!Aurora. (Aurora tem 24 anos e Harry tem 35)
Aviso: O capítulo será todo dedicado a nossa querida Aurora porque ela merece, afinal é o aniversário da nossa protagonista 💗
NotaAutora: Perdão pela demora e Aproveitem o capítulo e não se esqueçam de comentar💗
Tumblr media
AURORA
Acordei com o som insistente do interfone, como se o próprio aparelho estivesse determinado a me lembrar que, mesmo no meu aniversário, eu não teria sossego. Passei a mão no rosto, tentando afastar o sono e o humor de quem só queria hibernar na cama pelo menos até o meio-dia. Levantei, arrastando os pés até o interfone, já pensando em quem teria coragem de interromper meu dia tão cedo.
— Senhorita Aurora, há um entregador aqui — disse o porteiro, sua voz calma, rotineira. — Parece uma entrega especial de uma padaria.
— Eu não pedi nada.
— Ele disse que o pedido já foi pago! Quer que eu o mande subir?
— Ok! Pode deixar. — murmurei, ainda perplexa.
Quando abri a porta e recebi a embalagem nas mãos, meu coração acelerou, era padaria de Boston, Sweet Sunrise Bakery.
Minha padaria favorita.
A embalagem tinha aquele tom pálido de creme com bordas douradas, que sempre pareciam um detalhe caprichado demais para um café da manhã. Mas foi só abrir a tampa para encontrar os itens cuidadosamente dispostos: o croissant de chocolate com amêndoas, pãozinhos frescos e a pequena garrafa de café aromático que eu costumava pedir quando eu ia lá.
Era tudo o que eu gostava.
Sem pensar, peguei o celular e digitei uma mensagem para Gabriel.
"Você me mandou um café da manhã da Sweet Sunrise? Muito obrigado!"
A resposta veio rápida.
"Não fui eu, mas fico feliz! Feliz aniversário! Aproveite."
Senti um frio estranho na barriga, se não era Gabriel, quem era?
"Vocês mandaram café da manhã para mim? "
Mandei para Georgia e a resposta veio logo em seguida.
"Não! Você recebeu algo especial é?"
"Nada de mais, bjs"
Isso era realmente estranho, vasculhei a embalagem a procura de alguma pista, então um bilhete dobrado me aguardava, a caligrafia era pequena e cuidadosa, com as mãos trêmulas, desdobrei o papel.
"Espero que ainda se lembre da promessa. Feliz aniversário, docinho."
"Docinho."
Docinho?!
Apenas uma pessoa no mundo me chamava assim.
Por um instante, quase pude ouvir a voz dele, sussurrando.
Mas não… ele jamais faria isso.
Ele não podia…
Não! Não!
Como ele ousava?
Parte de mim queria jogar tudo fora, fazer a raiva valer alguma coisa, mas a outra parte de mim queria olhar para cada pedaço daquela surpresa, o café, o croissant, os pãezinhos e saborear-los  agradecida, eu não sabia dizer se estava mais confusa, irritada ou  pior ainda  esperançosa.
Porque, no fundo, uma parte de mim talvez, só talvez quisesse que ele cumprisse aquela promessa, mas promessas são só palavras vazias.
Eu fiquei ali, encarando o bilhete e sentindo o estômago apertar de angústia e saudade, tentando decidir se deveria ignorar aquilo ou me deixar sentir, mesmo que por um segundo, fechei os olhos, respirando fundo, o aroma do café trouxe uma pontada cruel de nostalgia, mesmo relutante, dei uma mordida pequena quase automática no croissant, mas o sabor trazia mais do que eu estava disposta a sentir, lembrei de todas as manhãs em que Harry sorria para mim, assim que eu acordava dizendo que passou na minha padaria favorita perto da casa dele, então aquele cheirinho delicioso de croissant surgia, enquanto o me olhava daquele jeito, como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo, ele sempre sabia como me deixar feliz, de algum jeito ele também sabia como me fazer sentir segura.
Uma lágrima escapou antes que eu pudesse conter. Passei a mão rapidamente pelo rosto, tentando afastar esse momento de fraqueza. Eu não podia me deixar levar, não agora. Olhei para a comida à minha frente, respirei fundo, e antes que mudasse de ideia, joguei tudo no lixo.
Eu precisava focar em mim, no meu aniversário, eu tinha que dar um jeito no meu apartamento, ele estava infestado com coisas de bebês, caixas, sacolas, pilhas de roupas espalhadas. Meu peito se apertou ao olhar para aquilo tudo, era difícil admitir que me peguei sorrindo algumas vezes ao pegar aquelas roupinhas tão pequenas e me imaginar cuidando de uma vida que, querendo ou não, estava crescendo dentro de mim. Fui pegando as coisas aos poucos, empilhando tudo nos braços levando até o quarto de hóspedes, jogando as roupas de bebê, o berço, cada pedacinho de esperança que minha mãe havia trazido, eu não queria aceitar que a cada dia esse bebê era mais real, não queria sentir a felicidade de ser mãe.
O som do interfone me trouxe de volta.
— Senhorita Aurora, chegaram alguns presentes para a senhorita. São... são muitos — O porteiro, tinha um tom quase divertido na voz. — Onde quer que eu os deixe?
Presentes?
— Pode mandar subir, deixe na porta, por favor.
Quando abri, uma fileira de caixas, pacotes e balões esperava por mim, envolto em papel colorido, com fitas e laços, em cima de cada caixa, havia um bilhete pequeno.
É sério que ele iria insistir nisso?
Peguei o primeiro bilhete que vi. 
"Você merece todas as coisas boas que esse mundo tem a oferecer."
Por que ele tava fazendo isso comigo?
Ele sabia o quanto eu nunca me achei boa o bastante para qualquer coisa.
Meu olhar se fixou no próximo bilhete.
"Você merece tudo o que pensa que não merece, Aurora."
Meu coração batia mais forte, um desejo de rasgar cada pedaço daquele papel.
Eu o odiava por me fazer sentir isso.
Peguei o próximo:
"Sempre levarei você no meu coração, docinho."
E mais outro:
"Seja muito feliz! Eu sempre estarei torcendo por você."
Minhas mãos tremiam.
O último bilhete que consegui ler dizia:
"Obrigado por fazer meu mundo melhor."
Aquele foi o golpe final.
Meus ombros cederam, e as lágrimas desciam incontroláveis, por mais que eu tentasse negar, ele me conhecia melhor do que ninguém, sabia que as palavras quebrariam minhas defesas mesmo com todo o ódio que eu tentava manter. Limpei as lágrimas com pressa, recusando-me a ceder a esse sentimento. Peguei cada caixa, cada balão, empurrei tudo para dentro do quarto de hóspedes junto com as coisas do bebê, tranquei-a,  por um instante, fechei os olhos, desejando que nada daquilo fosse real.
                     ...
O vapor preenchia o banheiro enquanto eu me deixava relaxar na água morna. Fechei os olhos e respirei fundo, como se cada gota pudesse lavar o peso do que eu tinha sentido mais cedo, por um instante eu podia simplesmente... não pensar.
Não havia bilhetes.
Não havia saudades.
Apenas eu, a água quente, e o som suave da água caindo.
Saí do banho sentindo-me um pouco mais leve, como se tivesse deixado as emoções da manhã escorrerem pelo ralo.
Escolhi uma legging afinal minhas calças jeans já não me serviam mais, uma blusa longa e um casaco, agradecia de estar começando o inverno assim era muito mais fácil me esconder nas roupas, pentei o cabelo deixando-o solto, passei um toque de maquiagem sutil para cobrir o inchaço ao redor dos olhos, hoje eu queria estar linda para mim mesma, e talvez um pouco para Gabriel também, afinal ele me chamou para um almoço especial de aniversário.
Quando a campainha tocou, abri a porta, e lá estava ele, com aquele sorriso que me fazia esquecer todo o caos,  Gabriel vestia um moletom azul marinho e calça jeans. Ele me olhou de cima a baixo e vi seu sorriso se alargar.
— Uau, Aurora, você está linda. — Deixou um rápido selinho em meus lábios.
— Obrigada, vamos?
— Claro.
Tranquei a porta atrás de mim, entrelaçando meu braço no dele enquanto caminhávamos para o carro, eu não sabia ao certo o que Gabriel tinha planejado para o nosso almoço, mas o lugar que Gabriel escolheu era aconchegante e charmoso, um pequeno bistrô com luzes suaves e mesas de madeira, decorado com um estilo simples, mas acolhedor. Não era sofisticado, mas tinha um calor especial, Gabriel abriu a porta para mim, me guiando para uma mesa perto da janela, ele puxou a cadeira para mim, o que me fez sorrir de leve, assim que ele ocupou seu lugar à minha frente, notei seu olhar penetrante, enquanto corria os olhos pelo cardápio.
— Confia em mim? —  Ele fechou o menu de repente, me surpreendendo. — Posso escolher para nós dois? Prometo que vai ser bom.
— Tudo bem, eu vou confiar, então.
— Vou fazer valer a confiança, eu prometo.
— Murmurou, antes de  chamar o garçom e fazer o pedido, em voz baixa, sem revelar nada a mim.
Pouco depois, o garçom voltou com dois pratos com aromas deliciosos, meu prato era risoto de cogumelos cremoso, perfumado com ervas frescas, parecia delicioso, Gabriel me ofereceu o primeiro pedaço, ele pegou o garfo, trazendo um pedaço da comida até minha boca, hesitei mas aceitei, nossos olhares se cruzaram enquanto ele me servia,  por um instante, eu me senti estranha mas não de um jeito ruim era como se ele realmente me achasse especial, que me fez esquecer quem eu era ou o que eu costumava pensar sobre o amor.
— E então?
— Gabi… isso é incrível!
— Fico feliz que tenha gostado, eu pensei que você merecia algo especial. — Ele desviou o olhar por um instante, antes de completar. — Não é nada muito elaborado, mas…
— Mas nada, está perfeito.— Não consegui evitar de sorrir.
Entre conversas e risadas, ele continuava a me oferecer pedaços, eu também oferecia a ele, eu nunca tinha percebido como o simples ato de dividir a comida podia ser tão… íntimo.
— Espero que o casal esteja aproveitando o almoço. — O Garçom que nos atendeu apareceu em nossa mesa.
— Estamos, sim! Obrigado. — Pude ver o rosto corado de Gabriel ao responder.
Quando o garçom se afastou, Gabriel voltou a atenção para mim, com aquele sorriso travesso.
— O que foi? — perguntei, sem conseguir evitar o riso.
— Nada — ele disse, ainda sorrindo. — Só acho engraçado que tenhamos mesmo cara de casal.
— Acho que o fato de ficarmos dando comida na boca um do outro pode ter ter dado essa impressão.— falei, rindo.
— Talvez... Ás vezes… não sei, às vezes penso em você como… você sabe, minha namorada.
Meu coração acelerou, o sorriso desaparecendo aos poucos, aquela confissão, por mais sutil que fosse, despertou uma sensação que eu tentava sufocar.
— Gabi, eu… eu realmente gosto do que temos agora. É simples, está bom assim… não está?
Houve um breve silêncio Gabriel baixou o olhar, a mão deslizando levemente sobre o garfo, como se procurasse as palavras certas.
— Claro… claro, desculpa,  não queria te pressionar, só foi um comentário bobo.
— Está tudo bem, de verdade. — Coloquei minha mão sobre a dele, sentindo seu corpo relaxar sob meu toque. — Eu só… preciso de mais um pouco de tempo, entende? Mas quero que você saiba que eu estou curtindo muito estar com você, muito mesmo. — Olhei em seus olhos com toda a sinceridade que podia reunir.
— Aurora, eu espero o tempo que precisar.
Meu almoço de aniversário foi perfeito, embora o medo que se instalou quando ele falou sobre o namoro, mas todo resto estava simplesmente incrível,  Gabriel sabia como me fazer sentir especial, assim que chegamos ao meu prédio, a tranquilidade que eu sentia desmoronou.
— Ah, senhorita Aurora! — o porteiro me chamou assim que entrei no saguão. — Chegou mais alguns presentes para a senhorita. Um total de treze, na verdade.
Senti meu estômago se apertar
— Treze presentes? — Gabriel perguntou, claramente intrigado. — Uau!
— Teve mais pela manhã. — O porteiro comentou e eu quis socá-lo por isso.
— Alguém está realmente se esforçando. —Gabriel forçou uma risada.
— É... parece que alguém resolveu exagerar — Suspirei, tentando parecer indiferente.
Com a ajuda de Gabriel e do porteiro, fomos empilhando os presentes em meus braços. Gabriel pegou alguns também, mas pude sentir a curiosidade crescendo nele a cada segundo.
— Aurora, quem... quem enviou tudo isso? — Ele tentou manter o tom casual, logo que entramos no elevador.
— Eu... — Hesitei, tentando encontrar uma resposta que não levantasse mais suspeitas. — Minha família,  minha mãe gosta de exagerar nessas coisas de aniversário.
Ele riu, embora a expressão em seu rosto continuasse desconfiada, ao chegar à porta do meu apartamento, ele colocou os últimos presentes no chão e olhou para mim, ainda curioso.
— Bem, sua família realmente sabe como fazer você se sentir especial.
— É, eles são assim. — Menti.
O olhar dele passeou pelos presentes em cima da mesa, percebi que ele tentou pegar um dos bilhetes presos aos pacotes.
Antes que ele pudesse pegar puxei mais perto, pegando o bilhete junto.
Eu sabia que, se deixasse ele ver algum dos bilhetes, tudo ficaria mais complicado, precisava de uma desculpa.
— Então... — disse, virando-me para ele. — Eu preciso me arrumar para o jantar com minha família. Sabe como é.
Gabriel sorriu, ligeiramente desapontado, talvez por sentir que eu estava tentando encerrar o encontro de maneira bruta, mas eu não podia lidar com isso com ele aqui.
— Claro, claro... Não quero atrapalhar. — Ele deu um sorriso um pouco tímido. — A gente se vê depois.
Assenti, sentindo um aperto no peito ao vê-lo assim.
— Com certeza, vou deixar a chave reserva com você, quando chegar, eu quero encontrar uma comemoração digna, hein? — brinquei, tentando aliviar o clima e espantar a tensão do momento assim que dei a chave a ele.
— Pode deixar,  vou fazer com que seja o aniversário mais inesquecível de todos.— Ele se inclinou deixando um beijo em meus lábios.
Logo que Gabriel saiu, suspirei, exausta me virei para a pilha de presentes, reuni os pacotes, caminhei até o quarto de hóspedes, nem se quer me dando o trabalho de ler esses bilhetes idiotas desta vez. Fui colocando cada presente novo naquela pilha, um por um, ignorando-os, quando finalmente empurrei a última caixa para dentro, fechei a porta e travei,
então percebi o bilhete que eu tinha tirado da vista de Gabriel, ainda estava  entre meus dedos, com um suspiro, passei o polegar sobre o papel, sentindo o papel meio amassado antes de abri-lo.
"1 presente para cada ano que você iluminou o mundo, você continua sendo importante para mim."
Fechei os olhos, tentando controlar a onda de raiva que subia no peito, mas era impossível.
— Importante?  Tão importante que ele nem se quer sabe quantos anos estou fazendo! São 24 anos! Porra! Eu estou fazendo 24 anos, seu idiota! — Gritei jogando o pequeno papel longe.
                       ...
Me olhava no espelho dando uma última conferida no meu look de aniversário, escolhi um vestido vermelho de manga longa, justo o suficiente para parecer elegante, mas discreto o bastante para disfarçar a barriga. Adicionei uma meia-calça preta para o frio, botas marrons escuras e um casaco de lã que caia até a altura dos joelhos, brincos dourados  e o batom vermelho era a última camada de confiança que coloquei para encarar o jantar.
Georgia surgiu à porta, observando-me com seu sorriso de canto cheio de ironia.
— Você tá pronta, aniversariante? — perguntou, mas seu olhos logo foram para celular ao meu lado. — Quem tá te mandando mensagem? A Lily?
— Não, é... um cara que eu tô saindo. — Dou de ombros, tentando parecer casual. — Lembra do cara da loja de móveis? Então, ele meio que era da minha sala, uma longa história.
— O cara da loja? Olha só! Finalmente você tá saindo com alguém! — Ela sorriu parecia genuinamente feliz. — Quero saber todos os detalhes.
— Eu vou, depois, mas, ó, não vai contando pro papai, tá? Você sabe como ele é.
— Seu segredo está seguro comigo. — Ela balançou a cabeça, concordando.
Minha mãe apareceu à porta, chamando nossa atenção com um sorriso acolhedor.
— Meninas, está na hora. Vamos?
Georgia e eu trocamos um último olhar antes de segui-la.
O restaurante escolhido pelo meu pai era um dos mais renomados da cidade, até meio óbvio, localizado no topo de um prédio com uma vista de tirar o fôlego.
Nós nos acomodamos em uma mesa reservada para a noite, com vista direta para as ruas movimentadas lá embaixo. O garçom apareceu rapidamente, deixando um cardápio luxuoso em nossas mãos. Georgia, ao meu lado, admirava o ambiente, enquanto meu pai, já analisava o cardápio com olhar meticuloso.
Escolhemos pratos dignos de um restaurante Michelin. Para começar, vieiras grelhadas com emulsão de limão siciliano e lâminas de trufas. O aroma era delicado, o sabor  impecável, mas o silêncio em nossa mesa era constrangedor.
— Estive conversando com o reitor sobre o seu progresso na faculdade. — Meu pai lançou um olhar para mim. — Ele me disse que suas notas estão subindo novamente, já estava na hora.
Não era um elogio, exatamente, mas também não era uma crítica, então decido aceitar.
— Obrigada.
Por um momento, acho que vi um resquício de orgulho nos olhos dele, mas foi rapidamente substituído por sua expressão usual, rígida.
— Isso é ótimo, Aurora, estou feliz por você estar conseguindo conciliar tudo. —  Minha mãe tinha um sorriso caloroso .
— Tenho tido ajuda para estudar… isso tem feito muita diferença.
— O reitor mencionou algo curioso, parece que há rumores sobre um professor da sua universidade envolvido com uma aluna.— Suspirou recostando-se na cadeira com uma expressão pensativa. — Por acaso você está ciente dos boatos?
Por um instante, senti minha espinha congelar.
— Um professor com uma aluna? — Minha mãe, ergueu as sobrancelhas, horrorizada. — Que absurdo! Não consigo imaginar um comportamento mais inadequado.
— Ah, pai, boatos assim surgem o tempo todo... é provável que alguém tenha exagerado só para causar um pouco de drama, sabe como é. — Ri, tentando parecer despreocupada. — As pessoas adoram uma fofoca. — Acrescentei, torcendo para que ele se contentasse com a resposta.
O garçom acabou aparecendo no momento certo,  interrompendo a conversa ao anunciar o próximo prato: um filé de wagyu, perfeitamente selado e acompanhado de purê de batatas trufado e vegetais assados em manteiga de ervas.
— Que tal falarmos de outro assunto? — Georgia sugeriu
— Isso! — Concordei.
— Já contou ao pai da criança, sobre sua gravidez? Ou vai preferir que eu interfira?
A comida pareceu ficar ainda mais difícil de engolir.
Meu pai estava realmente determinado a estragar meu jantar.
— Vou contar, pai, eu só preciso de mais tempo. — Tentei manter o controle, mas o peso de suas palavras me deixa desconfortável.
Ele respirou fundo, cruzando os braços sobre a mesa, sem desviar o olhar.
— É bom mesmo que conte logo, porque se acha que vou deixar o sujeito que engravidou a minha filha sair ileso, está muito enganada ou você resolve isso logo ou eu vou ir até onde for necessário para encontrar esse rapaz, se precisar, vou atrás dele até no inferno.
Um silêncio tenso pairou sobre a mesa, enquanto tentava conter a lágrimas.
— Lion, é o aniversário dela, hoje não é o momento para isso, por favor. — Minha mãe colocou a mão encima da dele suplicando.
— Tudo bem. —  Cedeu mesmo com o olhar rígido. — Falamos disto depois.
O jantar terminou com direito a um pequeno bolo de chocolate e um parabéns dos funcionários do restaurante e alguns presentes caros demais para apenas uma universitária, depois eles me levam de volta ao apartamento, ao chegarmos à porta, minha mãe segurou minhas mãos.
— Querida, desculpe pelo seu pai, você sabe como ele é.
— Tudo bem. — Menti.
— Nós precisamos voltar ainda hoje, mas prometemos voltar em breve, afinal, logo teremos nosso primeiro netinho. — Sua mão acariciou minha barriga.
  — Cuida de você, tá? E qualquer coisa, me liga. — Georgia me abraçou.
—  Cuide-se, Aurora. — Meu pai me deu um abraço breve.
Fiquei parada ali, vendo-os ir embora, suspirando aliviada por finalmente ter acabado, entrei no prédio, acenei para o porteiro com um sorriso leve. No elevador, tentei espantar o peso do dia, pelo menos nas próximas horas, teria uma chance de me divertir e me sentir uma universitária comum, como nos velhos tempos. Assim que girei a chave e entrei no apartamento, fui recebida por uma explosão de cores e energia, balões em tons pastel e prateado estavam espalhados pelo chão e presos nas paredes, uma faixa de “Feliz Aniversário” enfeitava a entrada da sala, enquanto serpentinas coloridas desciam do teto, e um arranjo de flores vibrantes ocupava a mesa de centro. As luzes estavam baixas, com algumas lâmpadas decorativas criando um brilho aconchegante e acolhedor.Rostos familiares me esperavam, Gabriel estava no balcão da cozinha, rindo de algo que Josh dizia, enquanto Lily veio correndo ao meu encontro.
— Parabéns! Amiga. —Ela me deu um abraço apertado. — Gostou? — Perguntou, com um brilho no olhar.
— Sim! Ficou tudo tão incrível, eu amei.
— Então, vamos aproveitar.  — Me puxou para o meio da sala.
A música começou a tocar mais alto, preenchendo o ambiente com uma batida animada, um cheiro delicioso de pizza se misturava ao perfume doce das flores, no balcão da cozinha estava o tradicional “drink especial” da Lily, com um toque de frutas frescas e guarda-chuvinhas coloridos. Minha casa parecia outra, cheia de vida e energia, era como se cada detalhe tivesse sido pensado para me fazer sentir especial e eu mal conseguia parar de sorrir.
Eu não esperava tanta gente, mas havia algo nessa bagunça animada que me fazia sentir viva. Meu aniversário estava acontecendo ali, naquele momento, eu não queria pensar em nada que pudesse me puxar para baixo. Passei um bom tempo aproveitando a festa. Dancei com meus amigos, ri com eles, comemos e jogamos, eu realmente estava aproveitando e por algumas horas esqueci de todas as coisas que me atormentavam.
— Ei, Aurora. —  Senti uma mão pousar suavemente na minha cintura.
Me virei e dei de cara com Gabriel, que estava ainda mais bonito do que eu me lembrava. Talvez fosse o efeito dos hormônios, ou talvez fosse só o fato de eu estar realmente afim dele naquele momento, mas, com aquele sorriso suave e encantador, ele conseguiu desarmar qualquer resistência minha.
— Posso roubar a aniversariante por um tempo? — ele perguntou, antes que eu pudesse protestar, já segurando minha mão com delicadeza.
— Claro eu sou toda sua.
Meu coração acelerou enquanto ele me guiava pela sala, nos afastando do resto da festa até entramos no meu quarto
— Estava te esperando a noite toda, sabia? 
— E o que você faria se eu dissesse que eu também estava esperando por isso? —  Respondi, me aproximando um pouco mais.
Ele riu, senti minha respiração falhar quando ele segurou meu rosto com as mãos, deslizando os dedos em minha pele.
— Aurora... — ele sussurrou, o olhar intenso, como se estivesse gravando cada detalhe de mim. — Tenho algo pra você.
Ele se afastou, tirando uma caixinha de veludo do bolso, ele abriu-a lentamente, revelando um colar delicado com um pingente de coração prateado, eu mal conseguia acreditar na perfeição do presente, ele era tão atencioso.
— É lindo.
— Agora você vai carregar um pedacinho de mim, onde quer que vá.
Enquanto ele se inclinava para colocar o colar, senti a respiração prender quando seus dedos roçaram a pele do meu pescoço, seu toque  deixou um rastro de calor que parecia irradiar por todo o meu corpo.
—  Gabriel… nem sei como agradecer. —  Sussurrei, a voz um pouco trêmula, sentindo o metal frio sob os dedos.
— Você sabe o quanto eu gosto de você, não sabe? Isso aqui é real para mim.
Essas palavras me acertaram em cheio, tudo o que pude fazer foi assentir, sentindo o coração disparado, eu queria responder, mas eu não sabia o que dizer então me inclinei  sentindo aqueles lábios macios mais uma vez, aos poucos, o beijo ficou mais intenso, eu mal conseguia respirar, mas também não queria parar,   Gabriel foi me guiando entre o beijo ate me deitar na cama, senti o colchão macio nas costas enquanto ele se posicionava sobre mim.
Eu estava me perdendo completamente nele, as mãos dele desceu para minha cintura tentando  explorar meu corpo, senti um frio na barriga, uma mistura de medo e ansiedade, sem saber o que fazer, tomei a mão dele e a direcionei delicadamente para o meu seio direito.
— Aqui. —  murmurei, enquanto acariciava sua palma, guiando-a apalpar ainda mais firme, tentando esconder a insegurança que sentia.
A cada movimento, eu sentia um arrepio diferente,  uma parte de mim ainda estava tensa, com receio de que ele descobrisse, mas  sensações que ele me proporcionava me deixava sem fôlego fazendo esquecer rapidamente qualquer coisa, eu podia sentir ele entre minha pernas, duro, se movendo contra mim e agora eu desejava que o momento nunca terminasse.
Os lábios dele deslizaram pelo meu pescoço, um suspiro escapou de meus lábios antes que eu pudesse me conter, eu mal conseguia processar a intensidade do que estava sentindo, eu precisava de mais.
Eu queria ele.
Eu precisava dele.
Mas então, a porta entreabriu com um ruído leve e ouvimos uma risada suave.
— Nossa… Me desculpem , volto depois. — Era Lily, cobrindo os olhos com um sorriso brincalhão que mal conseguia disfarçar.
— Isso!  — Falei frustada, mas Gabriel riu, saindo de cima de mim.
— Tudo bem, acho melhor voltarmos para a festa.— Ele afastou uma mecha do meu cabelo, me encarando por mais um segundo, antes de me ajudar a levantar.
Eu e Gabriel trocamos um olhar, entre sorrisos e respirações ofegantes, a essa altura Lily já tinha nos deixados nós a sós de novo.
— Depois a gente continua. —  Ele sussurrou com um sorriso malicioso. — Mas você pode ir na frente eu vou precisar de mais alguns minutos.
— Tudo bem. — Eu ri, olhando para o enorme problema que estava entre suas pernas.
Ainda sentia o gosto do beijo e o calor do toque dele, quando passei pela porta ajeitando minha roupa. Voltei para a sala, onde a música ainda pulsava e a animação se espalhava pelo apartamento.
— Desculpa mesmo atrapalhar vocês, mas o vizinho do 206 apareceu e tava meio irritado, ele reclamou do barulho.
— Talvez a gente deva dar uma desacelerada. — Não queria que a festa fosse interrompida, mas também não queria causar mais problemas. — Eu vou lá pedir desculpas.
— Não demora.
O corredor agora parecia mais silencioso, eu estava prestes a bater na porta do senhor Hippie quando meu corpo congelou, como se um imã me prendesse ali, imóvel, por um segundo, quase acreditei que fosse um sonho ou pior, um pesadelo.
Ele estava ali, de pé, como uma miragem de algo que eu não sabia se queria ou odiava.
Não deveria, não poderia ser ele... não hoje, não no dia que eu passei tanto tempo tentando esquecer.
Eu respirei fundo, tentando encontrar alguma força para me mover, mas tudo o que saiu foi uma voz fraca e trêmula.
— Você... O  que você está fazendo aqui? Eu disse para nunca mais aparecer.
Ele desviou o olhar, como se fosse incapaz de me encarar. Mas então, seus olhos encontraram os meus, profundos e inabaláveis, senti que o chão estava sumindo sob meus pés.
— Eu não vim aqui pra me desculpar, Aurora, eu não vim pra pedir perdão ou pra dizer que sinto sua falta. Você já sabe disso.
Ela sabia exatamente o que estava fazendo comigo. Eu queria odiá-lo por estar ali, por fazer meu coração bater mais rápido.
— Então por que veio? Porquê enviou aqueles presentes? E aliás, você me enviou vinte e três presentes, Harry, mas eu completei vinte e quatro anos. Você nem sequer se deu ao trabalho de lembrar quantos anos eu tenho e  ainda diz que sou importante para você?
Ele sorriu, sua mão foi até o bolso e de lá tirou uma pequena caixinha.
— Este era o último presente, eu ia deixar na sua porta e ir embora, mas, por algum motivo, você apareceu.
Olhei para a caixinha nas mãos dele, uma onda de emoções esmagou o pouco de controle que eu ainda tinha.
— Por que não mandou junto com os outros? Por que precisa transformar isso num espetáculo?
— Porque... Esse é especial.
As palavras dele me atingiram com força, meu peito se apertou, a dor era quase insuportável.
— Eu... eu não entendo você, Harry. — Minha garganta apertada de dor. —  O que espera que eu faça com tudo isso?
— Aurora, eu só queria que você fosse feliz hoje. Que, por um dia, você se sentisse especial, porque você é. Mesmo que a gente... Mesmo que tudo tenha sido tão complicado. Eu só queria fazer isso por você.
—  E eu deveria ser grata por isso? — A cada palavra, sentia o gosto amargo da exaustão. — Por você entrar e sair da minha vida quando quer, por me deixar aos pedaços e depois voltar com esses gestos vazios? Eu não aguento mais isso, Harry. — Ele tentou dar outro passo, mas levantei a mão, parando-o. — Por que você continua fazendo isso?  Eu já deixei claro que não quero você na minha vida. Por que insiste em cumprir essa promessa idiota, uma promessa que eu nunca te pedi para fazer? Eu não quero isso! Eu não quero mais nada com você. — Ele ficou em silêncio, me observando.  — Por que você não consegue me deixar ir? — Continuei, a voz quase um sussurro. — Era só fingir que nada aconteceu. Por que tem que complicar tudo? Por que não pode simplesmente me deixar em paz?
— Aurora, eu realmente não esperava te encontrar aqui. Eu... eu só vim pra deixar o presente e ir embora. Não era minha intenção trazer mais dor pra você. — Sua se tornou um sussurro. — Tudo o que eu fiz foi porque queria te ver sorrir, mesmo que de longe. Eu sei que você tem motivos pra me odiar, sei que tudo o que fiz até agora só te magoou, eu sei o que isso custou pra você  e pra mim também, mas eu nunca quis te ver assim, nunca quis que você sofresse. Hoje, eu só queria sentir que fiz algo bom por você, Aurora. Mesmo que você nunca me perdoe, só hoje... será que a gente pode esquecer tudo? Só por um instante? Porque, mesmo que você me odeie amanhã, eu não quero que seu aniversário termine assim, com tanta mágoa entre nós.
De repente, ele deu um passo à frente, antes que eu pudesse reagir, seus braços me envolveram, puxando-me para o seu peito, no instante em que Harry me puxou para aquele abraço, senti meu mundo parar. O calor do corpo dele contra o meu era como uma âncora, me mantendo firme quando tudo dentro de mim parecia estar prestes a desmoronar. Ele estava tão perto que eu conseguia sentir seu coração batendo rápido, cada pulsação ressoando dentro de mim, sua mão subiu até minha nuca, os dedos deslizando com uma ternura que doía, que me lembrava do quanto eu queria, desesperadamente, ficar ali.
Como eu poderia admitir que toda vez que toda vez que ele me abraçava tudo que eu queria era que ele nunca mais me soltasse.
Fechei os olhos, odiando a mim mesma por querer tanto aquele toque, por ainda amar alguém que tantas vezes me feriu, que tantas vezes me fez duvidar de mim mesma, mas eu não queria que ele me soltasse, eu me afundei naquele abraço, na familiaridade do seu perfume, na respiração que eu conhecia tão bem,  eu queria que aquele momento durasse para sempre.
Sua mão subiu, deslizando até segurar meu rosto, eu não sabia ao certo se ele estava me segurando ou se era eu que precisava dele para não me desfazer ali mesmo, senti a testa dele se encostar na minha, os olhos fechados, as respirações em sincronia, eu sabia que, por mais que tentasse, não conseguiria desviar daquele momento. Minha garganta apertou, as palavras começaram a se formar antes que eu pudesse contê-las, cada sílaba carregando um pouco da verdade que estava sufocada dentro de mim.
— Harry... eu queria... eu queria te contar... Eu... Eu estou...
Como eu poderia dizer?
Como encontrar coragem para confessar algo que poderia mudar tudo entre nós?
Antes que eu me decidisse, senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, se misturando ao toque dele.
Uma parte de mim queria que ele entendesse, que ele percebesse o que eu carregava dentro de mim,  que eu ainda tinha uma parte dele comigo, uma parte que, por mais que eu tentasse, não conseguia renunciar, mas eu tinha medo.
— Eu estou grata! Por isso… por tudo, Harry. — Era o máximo que eu consegui dizer.
Ele ergueu a mão, com um carinho quase insuportável, limpou minha lágrima com o polegar.
— Não era para você chorar, Aurora. —  Sua voz estava suave, ele me segurou ainda mais firme. — Eu só queria que você tivesse um dia inesquecível, como eu prometi que faria.
Suas palavras me atravessaram, por um momento, senti uma felicidade estranha e dolorosa.
Ele ainda se importava, de alguma forma, ele ainda se importava.
— Mas eu estou feliz. —  murmurei, sem saber se dizia aquilo para ele ou para mim mesma. — Hoje, aqui... Com você, eu estou feliz.
E era verdade.
Naquele abraço, naquele instante, eu conseguia acreditar nisso.
Ele ficou em silêncio por um tempo, eu senti o rosto dele se inclinar até nossos narizes se tocarem, eu sabia que aquele momento estava prestes a terminar, a dor disso era quase insuportável.
Harry inspirou fundo e me afastou um pouco, apenas o suficiente para olhar nos meus olhos.
— Eu preciso ir…
Eu queria pedir para ele ficar, queria dizer que poderíamos fazer dar certo, que talvez fosse possível, mas sabia que as palavras não viriam.  Ele se afastou devagar, ainda segurando minha mão, como se também não quisesse deixar aquele instante se dissipar. Por um segundo, nossos dedos ficaram entrelaçados, ele me olhou uma última vez, seus olhos me segurando por mais um momento, então, ele soltou minha mão deixando a pequena caixa, se virou e foi  embora.
Fiquei ali, sozinha, vendo-o desaparecer no corredor, com o vazio que me rasgava por dentro, um presente frio na minha mão e minha alma em pedaços
Obrigado por ler até aqui 💗 O feedback através de um comentário é muito apreciado!
Esta ansiosa (o) para o próximo?
22 notes · View notes
alasdepaloma · 2 days ago
Text
Para mí la Navidad es un regalo que guarda nostalgia. No hay tal fecha que resguarde una felicidad absoluta, puedo decir que no hay un ápice de ésta en ningún ciclo que está por cerrar… Siempre hay una pérdida a la qué llorar, a la qué extrañar, a la qué echar de menos. La Navidad es un obsequio de memorias; memorias de gente que ya no está, de un amor que terminó, de un amor que está lejos, de un beso que se desintegró, de una mirada que se marchitó, de un espasmo enamorado que se clavó en el vientre e hizo esclavo al corazón pero, no dió para más. No pudo ser más. La Navidad me recuerda que la vida es un camino de instantes, de sonrisas que serán también lágrimas, de abrazos que entibiarán por un momento el alma y que, ese calorcito será el que recordaremos con nostalgia y gratitud en épocas así.
De tal forma que, no es una chimenea la que dará el fuego que se requiere para otorgar el calor que menguará el frío de la soledad de aquellos que, en el cierre de un ciclo, no tienen un hogar, no tienen una familia, ha fallecido papá o mamá, el amor es un sueño, el amado… el aliento fortuito de un tiempo que fue gentil, amable, bondadoso con el alma de un solitario que iba herido… y que no sabía qué hacer con sus heridas hasta que aquello representó el bálsamo para menguar el dolor por un instante.
La Navidad…
No cambia nada la Navidad.
No cambia la realidad si es que ésta es cruda, si es que ésta es dura… si es que no hay un techo donde dormir.
La Navidad no es buena con todos…
Sin embargo, es buena para aquellos que —aún cuando la experiencia de vida lleve al infortunio pendiendo de ésta—, saben agradecer, arropando en la memoria destellos de los buenos momentos, porque debe haber uno, un sólo segundo donde el alma pudo sentirse infinita en un mundo que se sabe mortal.
Para mí la Navidad lleva nombre, aroma, rostro, temperatura, canción… Y es en todos estos que me refugio hoy, entre estas paredes frías, en el latido frágil y lento de los últimos días del año. Para mí la Navidad es él, aquel que me hizo conocer la magia en momentos donde había perdido la fe. Es él, aquel que con carne cubriendo sus huesos, pudo ser capaz de hacerme sentir a Dios en mi corazón, con todo ese amor que me otorgaba. Es él, el ser humano al que amo y hoy no está aquí, hoy no puedo mirarlo, hoy no puedo besarlo… hoy no puedo abrazarlo y decirle que la Navidad es dura, pero con su recuerdo vuelve a ser dulce, tan dulce como su nombre en mi boca al pronunciarlo.
Hay un hogar que aún palpita en el centro de mi corazón y ningún material podrá llenar… Porque pareciera que la Navidad para todos es eso, llenar los vacíos con banalidad; se ha perdido el significado real y es triste.
Creo que los que se encuentran solos hoy, saben que lo más importante de estas fechas es el recuerdo de quienes se fueron y la paz que se le puede obsequiar al ser.
Tumblr media
—PalomaZerimar.
16 notes · View notes
100jewels-between-teeth · 2 months ago
Text
Tumblr media
18+ Oneshot
Word count: 3562
AO3 ¤ Ko-Fi ¤ Masterlist
~
Summary: With the end of the war, life returns to normal. The choices that some have made begin to weigh on the mind, and some are there to set what needs to be set straight. For the sake of love
Characters: Illario Dellamorte, f!Rook de Riva, Lucanis Dellamorte, Viago de Riva
Cw: graphic depictions of a kind of violence, read at your own discretion
An: What can I say but, fuck Illario Dellamorte. Enjoy! Make sure to follow or look at my other works, big things on the way!
Of course, after everything, places like the cafe did not feel the same anymore. The aroma that hung in the air of roasted beans and spices that once carried feelings of nostalgia and comfort now filled the man’s heart with dread and regret. The sound of the water, the chiming bells of incoming gondolas and merchant calls, all of it was tainted now. An undeserved peace and comfort that brought him nothing but shame for what he had almost caused, and what had been so graciously given back to him. 
Maybe that was the cruelty of it all. That Illario had to continue existing in a world that he had tried to bring down. He couldn't even hide. 
Truly, Illario did not want to be here. 
This was the first time he had come back to Cafe Pietra since his coup. Really, other than the battle in Minrathous, this was the first time Illario had shown himself outside at all. Of course, there was that looming paranoia of the other Crows. Just because Lucanis had ‘forgiven’ his transgressions, did not mean the rest of the Crows followed suit. Even now, sitting at the usual table he and his cousin would frequent, he could hear the whispers, the veiled insults. Glares that wished their looks could, indeed, kill. 
Ilarrio did know, however, he was not in such a place to reject invitations. So when he had gotten the missive from his cousin’s new paramour, who was still reeling from the heights of their world saving antics, he was not about to say no. Disregarding his cousin’s love was not exactly a way to get back into his good graces.
Besides, he never really disliked Rook. Maybe this could be the start of some sort of redemption arc for himself. 
As Rook made her own entrance into the cafe, Illario could not help but pity her. A Fifth Talon to one of the greatest heros Thedas had seen, it couldn't be anything but overwhelming to the woman. Coming from a life where discretion and secrecy were your greatest allies, now to having every person know your name. Illario felt that envy bloom again in his chest, that anger of being denied what he felt deserved. But he could dwell on that later.
For now he could play the role of the atoner. 
The woman knew how to stand out. That wild curly hair framing eyes that looked like burning embers. A warm smile that he knew was masking the months of hardship and pain she had endured. To his surprise, the patrons of the cafe seemed to not pay much mind. Yes, there were a few who gave gasps, others with respectful nods. But he could assume that people were so used to her wearing the Crow uniform that the shimmering dark purple saree she now doned was enough of a disguise for her. To see the woman dressed so casual, even if the garbage was anything but, must have been some kind of relief to her. Illario was not too sure - he had always loved the attention, personally. 
Illario made sure to stand as Avantika approached, bowing his head to the woman. “Things must be finally calming for you after everything.” 
Illario was not sure exactly how to break the ice. He knew that, with Rook, he was treading a very thin line. Even Though she herself was the one that pushed for Lucanis to forgive, rather than imprison him, she still loathed him. Siding with the Evanuris, betraying his own cousin, being the reason for his possession. It was unforgivable, that much he knew. But whether it was Lucanis pushing her to be more understanding, or her own volition, his comment elicited a warm smile. 
“I would not go that far, but I can finally leave without being stopped every ten steps with an invitation to some kind of banquet or delegation.” Avantika rolled her eyes, her smile still gracing her features as she took her seat across from Illario. 
For a moment, he felt like he could pretend that nothing happened. That they were just two colleagues, dare he say friends, meeting for a much needed coffee to chat about the world. Honestly, some kind of normalcy would do them both good. Illario was smart enough to know, however, that would never be the case for either of them now, for complete opposite reasons. 
“I already took the liberty of ordering our coffee. I hope it was alright to order you from what you had last time.” Illario could then see Avantika tense slightly. 
To most untrained eyes they would have missed it. To a Crow, however, even the slightest movement could be noticed. She did her best to cover it with another smile, leaning back in her chair into a more relaxed position. 
“Thanks. Honestly, after everything, the amount of caffeine in our systems has lessened immensely.” So it was going to be Rook to bring Lucanis into this. 
That relieved Illario in a way, it meant he wouldn't have to navigate the minefield of the topic of his cousin. Better for her to do so. Of course the comment made Illario break into a smirk. 
“So you are a miracle worker then. Not only have you saved the world, you have saved my cousin’s coffee addiction.” He could not help but joke, deciding to take a more relaxed position himself. “Now if you can get him to maybe sweeten his tastes a little-” 
“Trust me, I can't work that miracle.” Avantika jumped in on the beat, a deep laugh resonating that reassured Illario. “Besides, if he enjoyed the sweeter things, I'd have to worry about sugar keeping him up too. I can only fight so many battles.” 
For a moment, Rook looked out into the canal beside them, giving Illario a slight moment of reprieve to finally relax himself. This whole wait, he was not sure what side of Rook he would see, how tense this meeting would be. But she, shockingly, was exuding nothing but warmth. Maybe Lucanis had talked to her, maybe she was more forgiving and lenient than he thought. It reassured him, knowing it was something he could work with. 
If he had Rook’s trust and good graces, there would be no better person to vouch for him to be trusted by the others. She could get him back in, keep him safe in a way. It wasn’t manipulation, more so taking advantage of a good situation. 
As their coffees were placed before the pair, Illario decided to take the chance and broach the elephant in the room. 
“Rook, Ava, I want to thank you. For… this. I know what I did to everyone was unforgivable. For Lucanis to forgive… for you to be the one to push it. I am in your debt. Please know that I do sorely regret what I've done. My reputation, the family, Lucanis…” Illario cleared his throat, feeling it tighten as his emotions started to show through the mask of charm. “I want to make amends.” 
Rook’s eyes tore away from the water, burning amber staring into Illario. Her face was unmoving, an emotionless stare just looking at him. No, into him. Like she was able to analyse his very mind and soul. It was unnerving, Illario doing his best to not show his nervousness. But as if sensing the tension, Avantika broke it with another warm smile as she grabbed her cup delicately by the handle, raising it towards Illario in a toast. 
“To making amends.” 
Reflecting her own smile, he raised his own cup to her, the porcelain chiming together. “To making amends.” 
They both retreated to their cups, Illario thankful that the coffee can finally relax them more. Setting the cup down, the corner of his lips turned to a frown. 
“Honestly, I don't see what my cousin loves so much about this cafe. Maybe it is just me. They always seem to burn the coffee. Too bitter for my tastes.” Picking up the small silver pitcher, he added more cream to the brew, the taste slightly better as he took another sip. 
Avantika could only chuckle as she sipped her own. “Trust me, I know. I’ve had to get used to it. When I told Lucanis about how I would take my coffee before, he had to sit down. Said it was a crime. I’ll give it to him though, he converted me.” 
Rook smiled at the memory, taking another sip with a sigh.
“How is he? We… have not spoken much since Minrathous.” Illario felt that small wave of shame overcome him again. 
He did miss Lucanis, ironically, for putting the man in a prison for a year. With Lucanis being back, those brief moments with him before Illario’s plan was shown, had been nothing short of amazing. He had truly missed the Crow. 
Avantika thought for a moment, lips pursed as she traced her finger across the rim of her cup. 
“It is an adjustment, being back. After coming from the Ossuary straight into a war, there hasn't been a whole lot of time to… settle.” Her face regained that warm smile, eyes back to Illario. “But, he is good. Very much in that ‘I don't want you away from my sight.’ phase, which I can't blame him. I’m in that phase, too.” 
Illario joined her chuckle, his own face reflecting her smile. “Honestly seeing my cousin like this, actually happy and having someone to love in his life, he deserves it… you deserve it. Overbearing adoration at all.” 
His emotions swelled up, the last words getting choked up in his throat once more. 
“Thank you, Illario. It means so much to hear you say that.” Avantika beamed as she sat herself up a little, taking a sip of her coffee. “Truly though, he has taught me a lot. Not just about myself, but the world, family, coffee.” Avantika giggled as she motioned to his cup. “It still amazes me just how complex the flavours can be. The things you can do with just a cup of coffee. What did he say about Andoral’s Breath? Bitter and sweet… like a kiss goodbye…” 
Her voice drifted off wistfully, as if getting lost in a memory. 
Her head tilted as her eyes found him again. “Would you say that is how yours tastes?” 
“I wouldn't know Rook I–” Illario cleared his throat again, trying to rid the tickle in the back of his throat. “I did not order that...” 
Illario cleared his throat again, feeling as if he had a small itch that seemed to dry the passage. But looking down at the cup in his hand, swirling the contents around in the cup, its scent wafted into his nose, a fear beginning to bloom in his gut.
“Like I said, coffee like that is so hard to replicate the taste of. How it lingers on the palette, the scent, even its thickness.”Avantika’s warm smile remained, yet it did not reach her eyes this time. Eyes that were now cold, a wildfire behind that carried every drop of anger she had hidden. “I couldn't tell you how many times I tried to replicate it, make it near exact. But I think what I have now would make Viago, even Lucanis proud! Andoral’s Breath…” 
As if it were clockwork that slight itch in his throat morphed into what he could feel was a near blister, his body beginning to tingle as he could feel his cardiovascular system start to get heavy, inflamed, pained. A pressure building behind his eyes as he gripped his chair to shoot upwards in panic. 
“I wouldn't do that if I were you.” Her tone was quiet and sharp, but Avantika did not flinch. 
No weapon drawn, no magic crackling between her fingers. Rook remained still, the smile not leaving. 
“If I were you,” Avantika took a long sip of her coffee. “I would do my best to relax, take in the scenery and listen to me. Your heart is already pumping alarmingly fast. Veins beginning the slow process of coagulation, or rupturing, I can't remember. Causing your heart to race, raising your body temperature by panicking will only speed the process. Sitting here, talking to me, I'd say you have a few minutes. If you decide to act rash and panic…. You won't make it to the door.” 
He cursed himself. Of course he should have expected this - especially from a de Riva. To so blindly trust the one who had fooled his own coup, his fight or flight urge screamed in his brain, a brain he could only assume was swelling more and more. 
Was this woman fool enough to kill a Dellamorte in the open? He could only assume yes. 
“I would be wise and listen to what I have to say. That is what is going to keep you alive, so don't be stupid.” 
As if nothing were happening, she waved over the batista, another cup of coffee procured as Avantika sat back again, relaxed as ever. Illario could jot be sitting straighter, as still as a corpse, trying his best to breathe through the viscous liquid erupting from the boils and blisters in his throat. 
“I'm sure Viago did not talk about me much before. If he did I'm sure it was nothing but complaints and whinging. ‘Idiot’ he would call me.” Avantika snickered to herself, her tone and posture so casual it was almost as if Illario’s body was not melting on itself literally. 
He could almost feel his blood thickening and coagulating beneath his skin, trying so hard to keep his breathing controlled. 
“Well, if he has mentioned it or not, obviously we aren't really related.” Avantika gestured to her pointed ears poking from her wild hair. “Funny thing about that, I don't think he has ever really mentioned how we met.” 
Her finger twirled around the top of her cup, the contents swirling magically beneath as she stared at the canal once more. 
Illario wanted nothing more than to run, but for the sake of life preservation, he prayed to the Maker that somehow, someway, listening to her ramblings would save him.
Rook's brow arched as she stared at Illario. 
“I was Dalish, you see. Small clan, close to… Ayesleigh. Would travel in that little in between bit you see on the map between us and Rivain. Either way, I don't mean to offend but I assume you're not particularly well versed in Dalish customs?” 
He was stunned for a moment, the pain though his body almost causing distraction, but he did manage a shake in the head. 
*No, I thought not.” Avantika took a long sip, sighing at the warmth of her coffee before continuing. “The Dalish have a funny custom, you see, when it comes to mages. Unlike most, we don't shun magic, but that comes with a little caveat. The clan depends on how many mages you find amongst them. Some… tones! Others, well they like to be safe.” Another long, drawn out pause as Avantika watched a gondola pass by. Illario could feel a vessel pop in his nose, the red essence of life slowly dragging down his face, seemingly unnoticed by the woman.
“I was born into one of those paranoid clans. To my luck, my magic came early. Now, they don't exactly Want a child to potentially get possessed, nearly impossible to stop that. Also, the potential of attracting humans, no we don't want that either.” Avantika shook her head, that wild hair falling in front of her eyes.
“So… of course this is a tradition you don't exactly tell the children. Maker forbid you instil fear into their little hearts. So, around my fifth year of living, they gave me a pack, some extra clothes, and asked me to go forage.” For the first time, Illario could hear Avantika's voice get caught in her throat, eyes becoming misty. 
“I never saw them again… and let me tell you… a five year old elf does not fare well in the wilds on her own. I didn't know where I was, where I was going. I could barely keep myself alive. I was terrified, terrified that the family I knew just gave up on me. Left me behind due to something I couldn't control. That's when Viago found me, nearly starved and shaking. Funny enough, he had been travelling to one of his contracts when his horse became lame. Said if I could help him with some of the plant life around the woods, he would put me out of my misery. I helped him make new poisons, and he brought me here.” 
Illario heard that catch in her throat again as she gave a sad smile. Without even looking at the man before her, she whipped out a handkerchief, dabbing his nose. 
Illario could see now his skin began to discolour, bruises botching the skin exposed. Yet as his eyes begged silently for anyone around them to notice, nobody seemed to care. So Rook went on. 
“Viago gave me a family I never had. Embraced who I was, even if I was an Idiot. So… imagine how I felt when I found out Lucanis, a man who had no control over what he was born into, was shunned by his own.” For the first time in this entire meeting, Avantika’s expression fully matched, her voice once lighthearted now laced with venom as her eyes stared what he could only describe as death incarnate into his soul. 
“A man who trusted you, thought of you as a brother. Family, and you tossed him aside. Sold him out and, because of you, had him endure those tortures of the Ossuary. Because of you, he has to live with knowing a man he loved, saw him as nothing but an obstacle. But guess what? In a way I got to do exactly what Viago did for me. I found him, and I gave him a family.” 
That look of disgust morphed once more, just the mention of Lucanis softening Avantika’s features. 
“Just like Viago I did not shun him for what he was, what he couldn't control. With time, I let him know he did not need to heal alone. That he didn't have to face a world that abandoned him alone. The funniest part, too.” Rook let out a near breathless laugh. “Solas, he trapped me in that prison in the Fade. It was like all of what I had experienced as a child came back. Alone, terrified, afraid. Ripped apart from the world. And in all of that shit… Lucanis pulled me back.” 
Illario could see a single tear run down Avantika’s cheek, her smile still remaining as she watched a bloodied tear run down Illario’s now purplish face. 
“I saved him… and he saved me. We both showed each other a world that we don't have to endure alone. I will never be able to pay back that debt. The only way I can, is to give him the love and security he had ripped away by you.
“So, with that. I'll end my ramble. Sorry, thanks for listening so well. But I do have one more thing to say, before I go. I don't want there to be any misunderstanding between us.” Her tone was kind as she leaned across the table, that dame tone becoming low and threatening. A voice Illario would hear in his nightmares to come. 
“If you ever think about hurting Lucanis, betraying Lucanis, or any of the other Crows, I will kill you. It will jot be quick. It will be slow… painful… and you will be alone. You will be alone and as your broken voice screams out for help as you choke on your own blood and bile, you will realise as you die the love you tossed away. That which saved me and Lucanis, will never be given to you. Do I make myself clear?” 
Illario could barely move any of his body, the pain excruciating as if he was melting from the inside. But he did not, trying to manage a gurgled yes as blood and black viscous liquid sputtered past his lips. 
Then, he was gifted one of Avantika's trademarked smiles, the woman reaching out to pat his cheek. 
“I'm really glad we could come to this understanding, Illario. I don't want there to be any misunderstanding between us.” Reaching to the jewellery circling her neck, she seemed to unclipped one of the baubles, tipping it into her coffee and passing him the cup before standing. 
“I hope we can see each other soon. I'm sorry I can't stay longer, like I mentioned, that can't stay away phase. I'll see you soon! You don't mind footing the bill?” 
Illario willed whatever energy he had to endure the pain and drink from the cup. The bitter liquid running down his blistered throat. For a moment he felt that death was breathing down his neck, but soon he felt his very veins become cold, as if thinning and repairing the damages. He could feel his throat open as he gasped for that sacred air. 
Blinking away what blood was left in his eyes, he noticed Rook already gone, leaving him to collect his sanity at the table alone. 
26 notes · View notes
danielac1world · 10 months ago
Text
Febrero, te vas lento, saludaste rápido, me miraste a los ojos, y dijiste muchas veces la palabra adiós.
Te imagino amarillo y triste, sobre una escalera interminable de flores anaranjadas; no sé por qué viniste, ni sabré por qué te fuiste, tal vez demasiado pronto, demasiado triste... nadie sabe, quizás, que tienes los ojos del color de la luna, las manos gastadas de acumular semillas, los bolsillos llenos de jazmines y aromas del recuerdo, el cabello rizado, anudado entre los silencios que nunca dijiste, y los labios finos como para entrever las miles de luces, que dejaste escapar entre las ventanas solitarias.
No sé que decirte, más de una vez el tiempo se me va volando, es un pájaro escurridizo, tiene plumas del color del tiempo, y tonos marrones anunciando al otoño; pero a ti no te gusta el otoño, tienes nostalgia del frío que arrasa con todo, y quieres que tus manos sean enormes para atrapar todo lo que puedas, las mariposas que sobrevuelan el espacio finito, los colores vivos, las últimas flores que se aferran con esperanza a los tallos marchitos... todas las hojas del mundo que brillan como luces de neón, en un color verde vivo; las risas de los que fuimos niños... te aferras a las infancias, a los juegos que quedan, a los pasos que faltan; entre esas manos imaginariamente grandes, hay espacio para dos o tres de tus lágrimas, por el último instante de un verano que quisimos mágico, y que terminó en el sabor de una gota de lluvia con brillantina, y el color de quién lo quiso todo...
Febrero, tu también tienes alma de niño, corres y corres por los pequeños jardines de las ciudades sin balcones, quien te viera diría que el calor está huyendo de si, pero tú no escapas, tú te cuelas por las rendijas de las persianas a media tarde, espías los sueños de los nadie´s, y susurras poesías en la piel de los amantes que no se quieren, y pretenden amarse. A veces no sé que pasa contigo, pero me gusta imaginar que sonríes en algún abismo, que armas ramos de flores para reposar entre las nubes, con el aroma de las cosas que nunca acaban. Es un ciclo infinito, Febrero... ni el primer mes, ni el último, ni la soledad completa, ni la compañía perpetua, y así con las manos imaginariamente gigantes, me atrapas también a mí, en el juego de despedirte con el vivaz deseo de un abrazo, que no obtuve en tu primer y último día del adiós, febrero.
-danielac1world ~Grismarino ~
51 notes · View notes
aineemedrano · 4 months ago
Text
pequeños escritos que reviven tu recuerdo ,donde el aroma a nostalgia se hace presente en cada uno de ellos y, que el roce de tu cuerpo junto al mío ,me persigue por esas noches frías añorando tu regreso ,que sin importar que siempre estarás plasmado en cada pequeño escrito
ainée med
18 notes · View notes
softaikiria · 5 months ago
Text
Oh, vida mía probablemente estés confundida, le he escrito a cada persona por la cual mis emociones han volado un instante. No soy de hierro, vida, he venido a sentir y cada sensación rompe en mí como una luz al final del túnel. Siento mucho todo y vibra en mí en cada parte de mi ser ¿es eso malo? Me he podido llegar a morir por quien he visto tan solo una vez. Disculpa si he puesto en ti, vida mía, una carga incesante de inciertos para el mañana. Rompe en mí el llanto nocturno que hará mis ojos desaparecer luego de tantas penas y en la mañana la agonía podría haber cesado, pero en mí la nostalgia aún no ha culminado. Oh, vida mía, lamento tanto sentir todo con tanta pasión, supongo que Dios me ha hecho maldita al tener un corazón tan vulnerable a la luz del sol, al sonido de la lluvia, a los labios de cientos de personas, a los abrazos de la gente, al aroma de las lavandas, al jazmín en primavera. Oh, vida, lamento que tu mente esté torturada por tanta devoción a las emociones, por tanto sufrir y tanto amar, por tanto reír y tanto enmudecer ¿quién soy yo para privarte, vida, de sentir tanto todo? Grita y ríe, el mañana no sabremos que será y hoy, soy esta emoción.
20 notes · View notes
nxru7o · 1 month ago
Text
Siempre t
En esta extraña época del año, no puedo evitar hundirme en la nostalgia, todo me sabe a ti, a tus besos y al café de tu mirada. Nunca he sido fan de los días soleados, mucho menos del calor, pero fue en un día como estos, en el que entraste a mi vida.
Alborotaste todo, e hiciste de mi pecho tu hogar, aunque no te quedaste a vivir. Recuerdo bien el tenerte conmigo, el tomar tu mano y sentir que caminaba sobre las nubes, el primer beso que me diste, mi transporte al paraíso. Ignoraba que debería haberte abrazado más fuerte ese último día, que no tendría que haberte dejado ir, pero bien dicen, que de la ignorancia nace la sabiduría y del dolor, la fortaleza.
Calculo, que por estas fechas nos conocimos, 7 años hoy, amor. Hay veces en las que me siento como un loco, como si le escribiera a un fantasma. Tal vez lo sea, un desquiciado, uno que te ama cada día más que el anterior, incluso si no “estás”, siempre te he llevado conmigo, enganchada al alma, a la vida que a veces se pone cuesta arriba, mas siempre, te tengo aquí dentro. Si, siete años atrás fue mi punto de inflexión, me cambiaste la vida y no es que sea malagradecido, pero me sigue sabiendo a poco, el tiempo que estuvimos juntos. Lo recuerdo bien, quizás demasiado bien, tu aroma, la energía que desprendías, el tacto de nuestras manos entrelazadas, todo y más. Hay momentos en los que pienso en como sería olvidarlo, o que me importe menos, como tantas otras cosas que se marcharon al olvido.
Quizás sería más sencillo todo, quizás ambos seríamos libres, aunque a decir verdad, siento que tú ya eres más libre que yo, lo cual me alegra, a fin de cuentas, mi amor por ti siempre ha sido más grande que cualquier otra cosa. Sin embargo, hay unas pocas ocasiones, donde todo comienza a desbordar y es ahí, cuando me siento débil, cuando el dolor supera mis límites y la fría presencia de tu ausencia me carcome los huesos. Pero ni así, logro desprenderme de ti, no hay olvido, pues “no se olvida a quien se amó”, mucho menos en este caso, pues yo te sigo amando tanto, tanto que me siento tonto, que me quiero arrancar el corazón y dártelo en bandeja, a ver si lo guardas o lo tiras a morir por ahí, pero ni así te sacaría de mi.
Pienso demasiado, lo sabes, pero siento muchísimo más, a veces cuando escribo, incluso ahora, es como escribir con sangre que se escapa de mis venas, casi agónico si exagero, pero no es para tanto. Si, miento. Creo que la idea de dejar de escribir, a veces no suena tan mal, ni tampoco la de dejar de esperarte, ni la de soñarte, mucho menos la de pensarte tanto, hasta la de amarte demasiado, es solo que no tengo como explicárselo a mi corazón. Ahí pienso, que quizás tú podrías ayudarle a entender.
Nos recuerdo tanto, como aquella promesa que te hice esa madrugada, esa última vez que habíamos hablado; “Estaré aquí para ti, siempre que lo necesites”. Y aunque nunca necesites de mi, la promesa seguirá en pie, siempre. Incluso si mi cuerpo es el que ya no se mantiene en pie. Incluso si te dejo de escribir estas cosas que algunos llaman poesía, o si te dejo de pensar tanto, aunque deje de extrañarte tanto que arde, aunque ya no vuelva a escuchar tus audios cantándome, incluso si ya no vuelvo a buscar las fotos que tomé de ti, incluso si ya no vuelvo a tenerte nariz con nariz.
Ojalá pudiese arrancarte de mi ser, mi amor.
10/11/2017 2024
Nxruto
16 notes · View notes
bokuto-kotaro · 4 months ago
Text
>>Headcanons Twisted Wonderland alpha x Male Yū omega<<
Tumblr media Tumblr media
• Yū un omega varon llega a la academia Night Raven College, un mundo desconocido para él, donde los alfas son conocidos en su poder y dominancia.
• Yū es un omega fuerte, valiente y no se deja intimidar, lo que con el tiempo, en su estancia en Night Raven lo convirtio en un omega que naturalmente llamaba la atencion de varias personas.
• Entonces, hablemos del aroma, al cambiar de mundo Yū no entendia nada de porque olia así, pero su aroma era de fresas joya blanca, frambuesas y almendra. Como dato, en este mundo de maravillas, el pais de las arenas ardientes es el unico lugar donde crecen las fresas joya blanca.
• A Kalim Yū le recuerda a hogar, Kalim reconoce el aroma de las fresas joya blanca al instante, y lo asocia a su hogar, a su pais, el pais de las arenas ardientes. Para él, el aroma no es solo un aroma atrayente, sino que un aroma lleno de nostalgia, que le trae recuerdos de felices de su infancia haciendo que se sienta cercano a Yū por alguna razón.
• Con Jamil es algo parecido, una nostalgia secreta, para Jamil Yū lo hace sentir y recordar cosas que incluso jamas a vivido, su aroma despierta una profunda nostalgia en él, recordandole hasta los más pequeños, tranquilos y secretos rincones del pais de las arenas ardientes, aunque, claro con su personalidad, no lo demuestra facil, Jamil, esta enamorado de Yū, su aroma, que le brinda familiaridad y confort.
• Yū, para Kalim es su hogar, su tierra natal, vamos incluso llega a estar emocionado por que Yū este con una conexión especial con su hogar, tanto que, empieza a regalarte cosas de su tierra natal, tratando de hacerte sentir como si estubieras en su hogar y regalandote postres gourmet con las tan deliciosas fresas joya blanca.
• Para Kalim eres algo precioso que hay que cuidar, especialmente por tu aroma tan especial, y unico. A menudo Kalim se te ofrece a hacer compañia y dar paseos antes de que lleges a tu dormitorio siempre dandote un recorrido reconfortado en alegria y seguridad
• Jamil, hace que Yū se sienta especial, y ralmente lo logra, Yū se siente la persona más especial del mundo cuando esta con Jamil porque él al descubrir el aroma tan especial que lo hacia sentir tan nostálgico, su alfa le pidio que cuidara bien aquel aroma, su estomago se revolvia cada vez que estaba con Yū. Ya sea preparando comida que complementen tu fragancia o protegiendote de otros como el alfa que es.
• Tambien Jamil aprovecha la conexion que tienes con su tierra para ser intimo contigo, para Jamil su unico deseo es volverse uno con Yū y que Yū sepa todo de él, para sentirse la persona más vulnerable solo con Yū. Primero empezo contandole pequeñas leyendas e historias del pais de las arenas ardientes, que solo en su tierra podian conocer. Sus conversaciones se volvian conexiones y vinculos entre los dos, desarrollados más profundamentes en la comprension mutua y afecto silencioso que se tenian.
Tumblr media
14 notes · View notes
letra-vagabunda · 9 months ago
Text
Intenté buscar la ayuda que a gritos me ordenaban pedir cada vez que su desesperación no alcanzaba a perforar el hormigón de mi tristeza, pero no encontré más que una oscura habitación vacía con aroma a soledad, telarañas de nostalgia y recuerdos empolvando las afiladas cuchillas de un pasado lleno de excesos y malas decisiones.
29 notes · View notes
projetovelhopoema · 6 months ago
Text
Capa de Super-herói.
Eu estou com meu coração sangrando e para esse tipo de dor, infelizmente, não se consegue passar merthiolate como nos tempos de criança, a qual a gente mais temia o remédio do que o próprio machucado em si. Hoje a nostalgia tomou conta de mim, levando-me à beira do abismo. A casa está vazia, as luzes apagadas, ninguém precisa saber que alguém está em casa, visto que pareço que não me encontro mais dentro de mim. Silêncio, com uma mente barulhenta e volto ao passado. Mais precisamente no domingo, você acordava às seis da manhã para orar, eu te via e ficava quietinha. Depois se levantava e aquele aroma de café recém passado se espalhava por toda a casa. Sentávamos a mesa ao som dos bem-te-vi, com a janela do pequeno quintal aberta para apreciar suas samambaias, era uma paz, uma tranquilidade. Você adorava sentar em sua cadeira de balanço e me ouvir dedilhar naquele violão... Até hoje, não sei o que você viu em mim. Eu criança, mesmo brincando de super heroína não pude te salvar. Me perdoe, tudo o que me deram tardiamente seu, foi um bilhete com uma caligrafia apressada a chamar por mim e tudo escureceu. Se calhar, por isso tento vestir uma capa e tentar salvar a todos, mas como salvar quem não quer ser salvo? Ou pior, como salvar a si mesmo? Chegou a hora, de aposentar a capa de super-herói. Os finais felizes só acontecem nos filmes.
— Jessy em Relicário dos poetas.
37 notes · View notes
headless-angel-writes · 29 days ago
Text
Tumblr media
Summary:
Simon Snow está comenzando a encontrar su lugar en la familia Salisbury, aunque todavía le cuesta aceptar su rol. Durante una visita a su abuela, Lady Ruth, recibe un regalo inesperado
Los personajes pertenecen a Rainbow Rowell
Carry On Countdown 2024 Algo Viejo
Words: 1673
Ao3: https://archiveofourown.org/works/60851893
Fanfiction: https://www.fanfiction.net/s/14415445/1/Algo-Viejo
@carryon-countdown
Simon 
Mientras voy en el metro, acalorado a pesar de ser noviembre, mis pensamientos vuelan a cómo ha cambiado mi vida
Las comidas en casa de Lady Ruth, mi abuela, aunque aún me cueste llamarla así, ya son una costumbre. Cada domingo, Baz y yo vamos a su casa para almorzar con ella y Jamie. Un par de horas después tomamos el té juntos y ella no nos deja irnos sin darnos una buena ración de comida para la semana. 
—De verdad, no hace falta, señora. Simon y yo nos las arreglamos bien.—Trata de decir Baz
—Es que están demasiado delgados,—comienza a guardar comida en montones de tuppers—Además, es mejor si se alimentan con mi comida casera a sólo cosas de restaurantes y sopas instantáneas.
Aunque Baz y yo hemos intentado negarnos, Lady Ruth se sale con la suya y Jamie sólo nos mira como si él mismo se hubiera rendido en la misma batalla hace años. Creo que estoy engordando un poco. Incluso Baz está ganando peso, los huesos de su cadera ya no son tan afilados. Y se ve mejor que nunca. Yo solo tengo más grasa en la cintura y mi pecho está cada día más grande. (Algo que Baz adora, juro que no puede sacarme las manos de encima.  Solo finjo que me molesta un poco)
Supongo que es un buen cambio, antes solía morirme de hambre cada verano… Y luego, el primer día en Watford, comía hasta enfermarme.
El punto es, Lady Ruth nos quiere. Mucho. Obviamente, me quiere más a mí. Soy su primer nieto. Y que de vez en cuando quiera verme a mi solo no es tan extraño. Aun así, no puedo evitar sentirme nervioso. es como si esta no fuera una comida familiar más.
¿Por qué querrá que nos veamos a solas? Me pregunto si tendrá que ver con que la última vez que vinimos rompí sin querer un par de adornos con mis alas.  Jamie se rió y dijo que una vez él también los rompió cuando era niño, al lanzar una pelota. Lady Ruth solo dijo, más divertida que molesta:
—Supongo que la manzana no cae tan lejos del árbol que es su tío. 
Luego, reparó todo con un simple hechizo. 
Tal vez ya no quiere verme y ella es demasiado elegante como para decirmelo por mensaje de texto. ¿Debería haber traído flores? Baz siempre insiste en no llegar a una casa con las manos vacías.  Mis alas, dobladas como origami bajo el abrigo, tiemblan un poco. Comienzo a mordeme un poco las uñas, un hábito verdaderamente desagradable pero mejor que cuando solía calmar la ansiedad con mi espada. Estoy tan distraído con ello que casi pierdo mi parada.
Una vez que estoy frente a la imponente mansión Salisbury, con su elegancia, sus jardines bien cuidados y humo saliendo de la chimenea, pienso que de verdad debería haber traído flores.
 Ya es demasiado tarde para eso. No es como si pudiera materializarlas mágicamente… Ya no, por lo menos.  En otra época, el solo pensamiento ya habría causado que una tonelada de flores brotarán de mis manos y cayeran en una lluvia colorida sobre el impecable pasto de esta mansión. 
Sacudo cualquier nostalgia por mi magia perdida antes de respirar hondo y tocar la puerta. Lo que sea que Lady Ruth quiera decirme lo enfrentaré como el Salisbury que se supone siempre debí ser. 
Antes de que pueda tocar, la puerta se abre y Lady Ruth está allí. Es como si hubiera estado esperándome viendo por la mirilla. Hoy está usando un suéter bordado de Halloween y un pantalón de yoga. Me alivia saber que no es una comida formal.
—Simon, querido, justo a tiempo —dice con una sonrisa mientras me guía hacia adentro. El aroma de carne cocinándose, algo dulce en el horno y madera quemada llena el aire, y no puedo evitar sentirme un poco más tranquilo.
—Hola, Lady... eh, abuela. —Todavía me cuesta cuando intento llamarla así, pero ella no parece darse cuenta. O finge no darse cuenta.
Ella camina hacia la sala y la sigo en silenció. Aquí adentro está cálido, acogedor, como un abrazo. Me gusta esta sala: aunque es elegante y llena de antigüedades valiosas, se siente como una sala de una casa normal. No como la de Baz, que parecía un museo. Lady Ruth escoge su sillón de siempre; hay una cobija en él y un libro en uno de los brazos. Con un gesto me indica que me siente. 
Antes de hacerlo, me quitó el abrigo y dejo que mis alas se estiren. Me alegro de ser parte de una familia mágica donde no me van a jugar por mis partes extra de dragón. 
—Que bien que está vez no tiraste nada—dice, como si yo fuera un niño que está aprendiendo a controlarse.
Le sonrió, avergonzado. Mis alas tiemblan un poco.
—No puedo prometer que las cosas se quedarán intactas por mucho tiempo.
Escucho una risita y sonrio también. 
—Tienes suerte de ser tan encantador como tu madre y que mis hechizos restauradores sean excelentes, jovencito.
Se queda callada un momento siempre lo hace cuando menciona a mi madre. (Otra palabra que me cuesta decir)
El olor de la casa es distinto, no sé cómo describirlo, pero no se parece a lo que suelo comer aquí. Sé que últimamente, ella ha estado interesada en aprender nuevos platillos de otras partes del mundo. Tal vez son algunas especias nuevas. Mi estómago hace un ruido bastante alto.
—La comida está casi lista, pero aún necesita un poco más en el horno. Mientras tanto, podemos esperar aquí.—dice
Solo le digo que si con la cabeza. Nos quedamos en silencio, uno que debería ser cómodo pero por alguna razón me hace sentir extraño. Tengo las manos en el regazo, sin saber qué hacer con ellas y trato de encogerme todo lo posible. Me cuesta asimilar que este es, en cierta forma, mi hogar también.  Siento que debo decir algo, pero ella se me adelanta 
—Simon —dice, rompiendo el silencio—, hay algo que quiero entregarte.
Lady Ruth toma una pequeña caja de un librero y la extiende hacia mi. Mi corazón se acelera ¿Que es eso? ¿Por qué me lo da a mi?
—¿A mí? —pregunto, intentando mantener mi voz neutra, pero mi tono traiciona mi intriga.
En su sonrisa parecen ocultarse todos los secretos del mundo.
—Ábrela, querido.
 Lo hago. La caja es más ligera de lo que me imaginé, tiene una “R” tallada en la madera y está despostillada en una esquina. Al abrirla, me encuentro con lo que guarda: es un anillo. un anillo de bodas. Una banda de oro simple pero elegante, y con un pequeño escudo. Es el escudo de la familia Salisbury. Tengo el corazón en la garganta.
—Este anillo…
No puedo decirlo en voz alta. Por fortuna, Lady Ruth termina la frase por mi.
—Era el anillo de bodas de tu abuelo, si. El mío lo tengo guardado en mi alhajero.—agrega—Así algunas veces consigo que extraños me inviten una copa en el club ¿Sabes?
Quiero reírme y llorar al mismo tiempo. Por la imagen de mi abuela aprovechándose de hombres distraídos y por saber que sostengo algo tan importante para la historia familiar. 
—Es una pieza hermosa. —y lo digo en serio. 
Siento que si lo saco de su caja, voy a arruinar algo. Así que solo lo contemplo, sintiendo su peso físico y emocional. Ella se sienta a mi lado en el sillón y coloca su mano sobre la mía, alrededor de la caja.
—Cuando Andrew murió…—Comienza, su voz ahora algo triste—no quise que lo enterraran con él, pensé que si lo llevaba conmigo, en el cuello, podría tener una parte de él conmigo. De hecho, quería que me enterraran con ambos anillos entre mis manos. 
Ahora si que tengo lágrimas en los ojos. Y ella también, su mano se cierra con más fuerza sobre la mía.. 
—¿Querías…?—digo
—Pensé que, ya que  te tengo a tí, este anillo se vería mejor en un dedo anular pálido y largo que entre las manos putrefactas de una anciana. Un dedo, ya sabes, como el de Baz.
Mi cara se pone tan roja y caliente que las lágrimas en mis mejillas se evaporan. ¡¿Un anillo en el dedo anular de Baz?! Lo he pensado antes y sé que quiero pasar el resto de mi vida (de todas mis vidas) a su lado, pero la idea de matrimonio suena aterradora.
—No, no puedo tener algo así. Es demasiado para alguien como yo. Además, no creo estar listo para casarme. Y Baz tampoco.
Ella tiene lágrimas en las mejillas pero sus ojos sonríen. 
—Si puedes. Eres parte de esta familia Simon Snow.—ella toma el anillo entre sus dedos y lo coloca sobre su palma.—Y esto es sólo un anillo. Tiene el significado que tú quieras darle. 
—Aun así ¿No sería mejor que lo lleve Jamie?—Trato de argumentar.
—Él también cree que es una buena idea dartelo, fue una decisión conjunta.—Lady Ruth suelta una risa suave, pero sus ojos tienen un brillo de decisión.—Mira, no estoy presionando para que te cases, si es eso lo que temes. Pero, si me preguntas… Tengo muchas ganas de asistir a una boda pronto.
Mis mejillas aún se sienten calientes y estoy seguro que,como dice Baz,, parecen un par de manzanas. 
—Tú y tus ganas de bodas…
—Cuando llegue el momento adecuado, será un buen símbolo para ti.
Finalmente, tomo el anillo de su mano y lo sostengo en mi palma. Supongo que, si nos casamos, Baz y yo ya tenemos cubierta la parte de “algo viejo”
..........................................................................................................................................................................................................................................................
¡Hola!
Y empezamos con el Carry On Countdown de este año. No voy a hacer todos los dias, pero voy a tratar de hacer algunos one shots. En este me parecio que era buena idea usar el “algo viejo” en algo relacionado a bodas <3
Empecé a escribir esto con un bebé amarrado al pecho, tomando su biberón.  jeje.
¡Muchas gracias por leer!
Ciao!
8 notes · View notes
euforicos · 11 months ago
Text
A kilómetros de distancia, pero tu tan presente en mi mente como sí diario estuvieras aquí o yo allá, a ya varios años sin verte pero aún recordando tu cabellera y su aroma, más aún años sin hablar en persona, pero aún recordando tus gestos, tu aura, tu sonrisa, tus muecas al hablar de tu día, imaginando que vas conmigo cuando manejo disfrutando las ciudades y los paisajes, aún imagino que te sientas en la misma mesa que yo probando lo que cocino, comiendo lo que yo pido en los restaurantes por que se te hace más rico, aún espero despertar y tener la fortuna de verte y aún dormido sueño con miles de citas, miles de situaciones romanticas, graciosas y emocionantes que aún no pasan, que no te platico pues aunque soy esceptico la idea de que eso sera real me hacen callarlo y me generan nostalgia como si el deseo no solo fuera eso, como si supiera que pasara y el universo siempre lo ha sabido.
🐺MEC
45 notes · View notes