#é um facto muito interessante sobre mim
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Lore drop mas eu já vos disse que andei na faculdade com o Chico da Tina?
#eu repito muito#é um facto muito interessante sobre mim#sim ele é licenciado em filosofia pela nova#e sim ele sempre foi assim#mas era bom aluno#porque filosofia é uma cena não um curso
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«nunca tive muito respeito pelos fotógrafos»
A entrevista que se segue nunca se realizou desta forma. No entanto, as afirmações nela expressas são autênticas e autorizadas, na redacção presente, por Robert Frank. Trata-se de uma colagem de conversas surgidas durante a sua estadia em Berlim, na ocasião da entrega do Prémio Erich Salomon da «Deutsche Gesellschaft für Photographie» (Sociedade Alemã de Fotografia, SAF), publicadas pela primeira vez na revista «Fitikritik».
Pergunta: Foi condecorado com o Prémio Erich Salomon da SAF. Porque aceitou este prémio?
Resposta: Well, sou uma pessoa cordial... Acha que devia ter recusado o prémio?
P.: De qualquer maneira, foi quase reduzido [a] repórter fotográfico. E a SAF no fundo não fez mais nada do que condecorar-se a si própria, aproveita-se do semi-deus historicamente garantido para dar brilho novo à sua imagem empoeirada.
R.: Bom, não me denominaria bem de semi-deus; e aquela da poeira... Talvez ajude.
P.: Não acha algo mesquinho o facto de o prémio não ter dotação?
R.: Tento não pensar nisso. Mas de qualquer maneira, pagaram a viagem. Estava interessado em Berlim... Não teria ido a Paris para receber um prémio. Desta maneira o prémio tem certamente o seu valor.
P.: Qual a relação que hoje tem com a sua antiga ocupação?
R.: Ora, são fotos antigas... creio que, se voltasse a dedicar-me à fotografia, talvez já não o fizesse da mesma maneira, teria de ter traços mais duros... Creio que é cada vez mais difícil fotografar pessoas. Em primeiro lugar, todas as pessoas sabem quando se lhes tira uma fotografia; vêem alguém a passar com uma máquina; as pessoas estão muito mais desconfiadas. Não creio que ainda seja capaz de fazer aquilo, só se for numa base como o faz Diane Arbus, That you really get involved. É aceitável, quando se fica realmente involved... Quando fotografava, andava por aí com a máquina e não havia nem uma palavra entre mim e aqueles que retratava. Creio que hoje já não seria capaz de fazer aquilo. Também é difícil quando se viaja por um país ou quando se anda por uma cidade durante alguns anos a fotografar as pessoas na rua. De qualquer modo, tira-se, rouba-se qualquer coisa. Creio que foi uma decisão intuitiva não continuar aquilo, foi, de certa forma, por razões de cansaço ou de moral... creio que pretendia ser mais honesto comigo próprio... Não quero dizer que a alternativa seja desonesta... Por vezes pode ser muito benéfico fazer um desvio.
P.: Porque resolveu fazer filmes, mais tarde?
R.: Well, acaba por ser um desafio maior. Teria sido mais fácil continuar na mesma e repousar sobre o que alcancei. Mas estava interessado em ter, talvez, mais contactos com as pessoas que vejo diante da lente. Interessa-me também cada vez mais quando algo não é perfeito. Teria sido bastante fácil aperfeiçoar a minha fotografia e continuar assim. Fazer filmes é complicado e difícil, é uma coisa completamente distinta da fotografia; exige mais do que olhar pelo visor. Era isso que me interessava, quanto mais difícil, mais interessante se torna para mim. Não queria continuar com a chamada «street photography». Queria mostrar, nas minhas imagens, mais aquilo que se sente do que aquilo que se vê, e para esses efeitos, a Polaroid revelou-se um instrumento útil, que me dava logo o negativo, com o qual podia fazer o que me apetecia: destruí-lo ou escrever por cima. / Tento também fazer outro filme, mas isso torna-se cada vez mais difícil; quanto mais velho se fica, menos energia se tem para realizar uma coisa dessas. Você pode ver isso nos fotógrafos. A maior parte deles tem o melhor rendimento entre os 25 e os 40 anos.
P.: Quais os fotógrafos hoje activos que considera significativos para si?
R.: Quando fico impressionado com o trabalho... gosto de alguns trabalhos de Duane Michals, os primeiros dois ou três anos; lembro-me de algumas sequências, quando ele escrevia umas historiazinhas por baixo das fotos. Ou o Larry Fink ou o Mark Cohen... os primeiros trabalhos de Mapplethorpe, retratos... há vários, mas neste momento não me lembro deles...
P.: Está interessado na fotografia a cores?
R.: De uma forma geral, não muito... Não vi muitas fotografias a cores que realmente me interessassem, que tivessem algo de especial. Não me lembro de nenhum fotógrafo que me tivesse impressionado extraordinariamente. Eggleston... Callahan... dirty, dirty... não, aquilo é adormecido, adormecido, adormecido. Vi uma exposição do Callahan em Nova lorque, aquilo é meramente decorativo. Se há alguma coisa que eu detesto, é a fotografia sentimental e a fotografia decorativa. Quando se tem uma concepção, como o Eggleston, com a cor e com as coisas que retrata, acaba por ser uma grande ajuda. Se um fotógrafo, hoje em dia, tem uma concepção, é um grande suporte, é como uma muleta quando se tem apenas uma perna. Com a muleta pode-se realmente conseguir alguma coisa, não se tem apenas uma perna, mas três. E com três pernas já se consegue avançar. / Agora gosto de ver fotografias manipuladas, para mim têm um valor mais elevado. Não posso explicar porquê... Vejo tantas fotografias, é como uma television image, gray and white and black… quando manipulado, tem mais interesse para mim.
P.: Refere-se aos artistas que recorrem à fotografia?
R.: Diria simplesmente, que um fotógrafo devia ter talvez um pouco de interesse pela arte, e não devia considerar a fotografia tal como o faz aquela maquinazinha. Para tal, não é preciso ser artista, pode-se ser apenas um fotógrafo, que exija um bocado mais da imagem do que aquela máquina... Deviam ser os fotógrafos a fazer aquilo, mas talvez os artistas sejam um pouco mais inteligentes do que os fotógrafos. Mas, como você não é photographer, podemos falar abertamente sobre a estupidez dos fotógrafos, sem ferir ninguém. Nunca tive muito respeito pelos fotógrafos, só por alguns. E eu próprio também não pretendo ser intocável. Provoca-me uma grande satisfação poder reconhecer a má qualidade das minhas fotografias.
Entrevista com Robert Frank por Joachim Schmid. Publicada no catálogo da exposição de Robert Frank que inaugurava em Coimbra (a 5 de novembro de 1988, no Edifício das Caldeiras como galeria de fotografia do CEF), com o nome “Homenagem a Robert Frank” e com ela os 9.ºs Encontros de Fotografia de Coimbra (através de Albano da Silva Pereira).
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John Green - O Antropoceno, uma Crítica
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24 de Dezembro de 2024
Finalmente, um livro de não-ficção que consegui acabar este ano - palmas para mim!
Apesar de já saber da existência do John Green há bem mais de uma década - vlogbrothers, depois pelo Tumblr, depois os filmes e o drama no tumblr - este foi o primeiro livro dele que li.
Acho que estar habituada a ver os vídeos dele, e este livro ser uma colectânea de críticas, fez com que parecesse algo bem familiar, apesar de ser uma novidade para mim.
Inspirada pelo seu emprego na Booklist de escrever críticas de 175 palavras, tentei fazer o mesmo, falhei redondamente e admiti derrota.
Este livro de não-ficção foi escrito em 2021, em plena pandemia COVID-19, possivelmente durante um dos confinamentos. No distante ano de 2024 - quase 2025 - esses meses parecem um pesadelo que muitos rapidamente varreram debaixo do tapete. Mas ler os pensamentos e preocupações do John Green fizeram-me relembrar tudo vivamente. Adorei o formato de críticas, e apesar de todos começarem com estórias pessoais ele conseguia sempre uni-las a experiências universais, e em cada crítica havia algo diferente para considerar e apreciar. É um livro sobre nós, sobre humanos. O que fazemos a nós mesmos, e à Terra. Do nosso mais mesquinho e violento, ao mais amável e artístico. Do individual para nós como comunidade. E o facto deste tipo de experiência poder começar com uma estória sobre a canção do Liverpool FC é muito engraçado para mim. Nunca sabia o que esperar de capítulo a capítulo, e era sempre bem interessante como é que cada crítica se ia desenrolar. O capítulo sobre o Cometa Halley fez com que a minha perspectiva sobre tempo mudasse completamente, e o capítulo sobre “Três lavradores a caminho de um baile”1 fez-me cair um poço sem fundo de pensamentos existenciais antes de ter que ir ajudar com a Ceia de Natal, que não foi o melhor timing. O John menciona a certo ponto que talvez existam imensas citações no livro - e existem, mas eu agradeço - muito escritores e livros que adicionei à minha lista! Também é um dos livros em que mais sublinhei passagens! No geral, um livro que gostei bastante e vejo-me a reler de vez em quando, principalmente alguns capítulos preferidos. 1- não encontrei a tradução oficial portuguesa desta título, esta tradução foi feita por mim
Citações Preferidas
Li o livro em inglês e tenho a versão portuguesa disponível, portanto estas traduções são minhas.
Estas citações são do John Green, e não citações de citações
“Às vezes pode parecer que apreciar a beleza que nos rodeia é um desrespeito às atrocidades que também nos rodeiam. Mas principalmente, acho que eu simplesmente tenho medo que se mostrar a minha barriga ao mundo, vou ser devorado. E então, uso a armadura de cepticismo, e escondo-me atrás da grande muralha da ironia, e só espreito beleza virado de costas para ela, através do espelho de Claude”. em “Pores-do-Sol”
“Não consegues ver o futuro que vem aí - não os horrores certamente, mas também não consegues ver as maravilhas que estão a caminho, os momentos de pura alegria ensopados de luz que nos esperam”. em “A proeza de Jerzy Dudek a 25 de Maio de 2005”
“Através de Arte, paradoxos de consciência resolvem-se para mim. Eu vejo o que nunca vou ver. Eu sei o que nunca vou saber. E eu sobrevivo o que eu não vou sobreviver.” em “O Nascer do Sol Orbital”
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Projeto Bridge AI apresenta recomendações sobre inteligência artificial em outubro
O Bridge AI está a analisar casos de saúde, finanças, turismo, por exemplo, "para poder depois perceber como é que estes casos podem trazer ou não riscos e como antecipar estes riscos".
As conclusões preliminares do projeto Bridge AI vão ser apresentadas em outubro e a sua coordenadora, Helena Moniz, professora da Universidade de Lisboa e INESC-ID ficaria "muito feliz" se pelo menos três das recomendações se "concretizassem mesmo".
O Bridge AI nasceu da vontade de três jovens gestores de ciência: António e Nuno André, da Unbabel, e Joana Lamego, da Fundação Champalimaud, num projeto liderado por Helena Moniz, com a ambição de colocar Portugal na vanguarda da implementação do regulamento europeu de inteligência artificial (AI Act).
"São conclusões preliminares, vão ser apresentadas ao público em geral [em 19 de outubro], temos vários nomes já convidados nacionais e internacionais, com perspetivas muito diversas, também multidisciplinares, porque queremos a discussão dessas ideias e enriquecer com os contributos da comunidade as nossas ideias para não estar fechado sobre o próprio projeto e ter esse enriquecimento, esse "feedback da própria comunidade e da sociedade civil também", diz, em entrevista à Lusa, Helena Moniz.
Este projeto surgiu do facto dos três jovens gestores de ciência não quererem sair do país: "Queriam trabalhar para um bem maior e nasceu da energia deles, fui contagiada por essa energia e submetemos a proposta para a primeira "call" da Fundação para a Ciência e Tecnologia em antecipar a legislação em inteligência artificial [IA]", aponta.
Aliás, "fomos o único projeto que vingou nesta proposta. Chamámos outros que não vingaram, juntámos as várias vozes e temos um grupo de especialistas muito diverso, muito eclético e muito multidisciplinar a olhar para como implementar o "european AI Act" através da ética, da literacia e do direito, mas sempre os três em conjunto".
Este é um projeto "bastante pioneiro, isso foi reconhecido na nossa reunião com o "european AI Office" [gabinete europeu para a IA]. Acharam muito interessante o facto de haver um projeto piloto num Estado-membro, Portugal neste caso, que possa fazer essas recomendações, que traga alertas, que dê sugestões e muito com base em casos reais, em casos de estudo reais da indústria", prossegue Helena Moniz.
Nesse sentido, o Bridge AI está a analisar casos de saúde, finanças, turismo, por exemplo, "para poder depois perceber como é que estes casos podem trazer ou não riscos e como antecipar estes riscos".
Na conferência Bridge AI de outubro, que terá lugar na Fundação Champalimaud, "vamos fazer várias recomendações", refere a coordenadora.
"Eu ficaria muito feliz se pelo menos três delas se concretizassem mesmo, fossem reais", afirma Helena Moniz quando questionada sobre a sua expectativa.
Se tivesse "impacto na vida do cidadão em Trás-os-Montes, nos Açores, em Sagres ou Guarda, para mim traria uma enorme felicidade" ou se fosse dito que "criámos e ajudámos a criar módulos de inteligência artificial que podem efetivamente ser aplicados nas escolas ou no passaporte de competências digitais da Câmara de Lisboa, com quem também já falámos, ou que a AMA [Agência para a Modernização Administrativa] veja sentido nas atualizações do guia como nos pediu".
Se, no fundo, "conseguíssemos trazer estas pequenas amostras, mostraríamos que um projeto piloto é capaz de concretizar", reforça a responsável.
Helena Moniz adianta que tem havido conversas com várias entidades públicas, da AMA, passando pela Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), o Centro Nacional de Cibersegurança, bem como com o gabinete europeu para a IA.
Além disso, "tivemos também com as secretarias de Estado da Ciência e da Modernização e Digitalização, de todos recebemos pedidos concretos e tivemos em conta estes pedidos. Levámos estes pedidos para as reuniões de cada grupo para que houvesse resposta a esses pedidos", prossegue.
Portanto, "as nossas recomendações vão no sentido das conversas todas que tivemos no parlamento e com todos os organismos e tentar criar recomendações que sejam fazíveis, concretas, com desafio enorme de adaptar a indústria, a sociedade civil e a administração".
E estas recomendações não podem acabar aqui, têm de ter continuidade.
"Não se consegue fazer uma medida pontual, ela tem que ter uma estratégia a médio prazo. E esta estratégia passa pelo Estado português perceber como investir nestas áreas e que medidas tomar, estamos a perder muito talento nas áreas de inteligência artificial", remata.
Constituído em 2023 e coordenado pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores - Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID), o projeto Bridge AI envolve dezenas de parceiros, entre os quais a Fundação Champalimaud e a Unbabel, o Alan Turing Institute e membros do AI Advisory Board das Nações Unidas e das Nações Unidas.
O projeto tem cinco grupos de trabalho: instrumentos de avaliação de risco; ética da IA nos processos de regulamentação; implementação do IA Act; formação avançada e literacia em IA; e iniciativas fora da UE.
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Soundtrack para uma quarentena #03: Diabo na Cruz – Roque Popular
Os Diabo na Cruz já não existem. É uma realidade que, com muita dor, temos que aceitar. Esta banda, que andava desde os tempos da FlorCaveira a fazer rondas em Portugal, ficará apenas em memória. Mas são eles próprios que dizem, no seu grandioso “Roque Popular”, as cartas do futuro / dêem morte ou glória / pró bicho da era moderna / são só mais uma história. E nos guarde o Santo no seu altar, que história esta!
Já referi a FlorCaveira, e é difícil não o fazer de novo. De lá saíram muitos nomes sobre os quais (com sorte) ainda escreverei nestas reviews. E outros tantos que pegaram na tradição musical portuguesa e lhe deram novas roupagens: veja-se B Fachada e Samuel Úria, por exemplo. Mas os Diabo fizeram-no com uma energia explosiva, não apenas de quem veste um fantoche com um traje minhoto, mas de quem é genuinamente apaixonado por todas estas culturas e ideias que povoam este país tão bizarro neste canto da Europa mãe.
Em 1987, Júlio Pereira lançava o seu “Miradouro”, um álbum que é uma homenagem a todos estes instrumentos, sons, letras e cantares de Portugal. E em 2011, Tiago Pereira começava o projeto d’”A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”, e iniciava o processo de registo e arquivo dessas mesmas tradições. É esse espírito que Jorge Cruz vai beber, e transformar, para o trazer para a era moderna, em algo que pode ser descrito como “punk com cavaquinhos e guitarras braguesas”. É uma péssima descrição para explicar o som, mas que consegue, de certa forma, captar a ideia.
O facto é que as sonoridades desta banda são bastante únicas no panorama nacional. Há mais bandas a “usar” a tradição musical portuguesa, há mais bandas a falar desta cultura tão nossa. Mas este amor ao folclórico (no seu bom e melhor sentido) revela-se aqui como ferramenta para carregar melodias agressivamente catchy, como bem são as do pimba. Qualquer pessoa que tenha ido a uma qualquer festa de aldeia algures num Agosto bem tuga ouvirá o início de um “Chegaram os Santos” e sentirá o pé a puxar ao bailarico. E ficará a cantarolar a melodia durante dias.
Mas as músicas neste álbum vão saltitando os ritmos e passadas, entre um baile rápido (“Baile na Eira”), ora uma lenta e arrastada (“Luzia”), ora uma explosiva (“Chegaram os Santos”). E, ainda assim, o mais interessante é mesmo as mudanças abruptas e quase caóticas durante as próprias músicas, que conseguem com isso atingir roupagens quase de rock progressivo (que se constatará a 100% no álbum final). Veja-se o caso de uma habitual favorita deste álbum, “Sete Preces”, que começa com tambores marcados e uma guitarra elétrica a lembrar uma braguesa, e vai percorrendo estrofes ritmadas com letras ridiculamente cantáveis (embora por vezes se aproxime de trava-línguas), até chegar ao refrão, que explode num hino pop-rock, que nem por isso tem uma letra menos cantável.
As letras são, de facto, uma das partes mais hipnotizantes do álbum. Subtis, rebuscadas na dose certa, chegando por vezes ao onírico, mas sempre percetíveis. E ainda assim, será difícil ler uma letra aleatória e não conseguir ser óbvia a música de onde vem, já que cada uma tem uma identidade própria. Apenas a título de exemplo, linhas chegaram os livres / minuciosos como ourives / diz que vêem mundos claros / têm paixões e modos raros / ai a mim não me preocupa / quem viu céus incendiados / viu oceanos de secura (na “Chegaram os Santos”) conseguem transmitir imagens de uma clareza extraordinária, enquanto simultaneamente transmitem um estado de espírito específico. E depois, o humor, quando na última música (“Memorial dos Impotentes”) se ouve um ó Leonor de Távora / que tal a guilhotina? / diziam que a si não lhe assentava / por ser bela a menina . E por fim, a unir qualquer ponta solta, o clássico ái-ó-ái larilolela, ou uma só palavra repetida em tom crescente.
Os Diabo falavam-nos de um Portugal único. Desaparecido, nem por isso, mas certamente cada vez mais esquecido. Fazem-nos falta. Lá teremos nós que volver às Feiras Novas para ouvir os cantares ao desafio. Ou então, pôr a tocar o Júlio Pereira, a ver se matamos um pouco dessa saudade que nem sabíamos ter.
JK, 19/03/2020
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Da próxima vez que se quiser queixar no trabalho, faça isto.
Olhei para o meu relógio. Marcava 3.20 da tarde. Estive ao telefone cerca de uma hora, quase todo o tempo a ouvir o Frank, um gestor sénior da Jambo, uma empresa de tecnologia. O Frank queixava-se do seu chefe, o Brandon. Jambo é uma empresa que conheço bem – Tenho algumas relações desde o tempo em que trabalhei com o CEO – mas eles não são, atualmente, um cliente. Por outras palavras, eu não estava a pedir queixas ou pedir feedback.
“Ele é tão desorganizado”, reclamava o Frank, “Ele entra a dançar numa reunião – atrasado, vê só, e partilha a sua ideia mais recente, que por norma é algo que sai fora do planeado.
Ignora por completo a nossa ordem de trabalhos. E depois quase que faz uma gestão ao pormenor de tudo o que fazemos, reorganiza o nosso trabalho – embora estejamos sempre atentos ao que ele ignora. E isso não é o pior. O pior é que ele é completamente desinformado. Ele pensa que é o maior. Na reunião de ontem…”
Esta não foi a única queixa que ouvi da Jambo. No início dessa semana eu já havia falado com muitos outros, assim como alguns membros da direção. E eles não se queixavam apenas do Brandon – também se queixavam uns dos outros.
Falei diretamente com o Brandon, que tal como o Frank dizia, se tinha como líder muito forte. No entanto, também ele tinha uma mão cheia de queixas do Frank e de outros colaboradores.
Também se queixou da direção.
Somei todo o tempo que passei, nessa semana, a ouvir queixas do pessoal da Jambo: três horas e quarenta e cinco minutos. E esse foi o tempo que eles perderam a queixarem-se a mim.
Isto, infelizmente, é frequente. O meu amigo, o legendário executivo, Marshall Goldsmith, entrevistou mais de 200 dos seus clientes, e as suas descobertas iam de encontro ao que ele já havia lido, no entanto achou difícil acreditar: “a maioria dos empregados passam dez ou mais horas, mensais, a queixar-se – ou ouvir as queixas dos outros – dos seus superiores ou chefias. Mais interessante ainda, quase um terço passava 20 horas ou mais, mensalmente, a fazer o mesmo.”
E isto não incluía o tempo em que se queixavam dos colegas ou dos colaboradores. Pode até ser difícil de acreditar, mas se prestar atenção ao seu dia vai perceber que é verdade.
Imagina a produtividade que se ganhava ao reduzir estas horas de queixas.
Porque é que nos queixamos dos outros?
Porque nos faz sentir bem, não envolve riscos e é fácil.
Aqui vai o que acontece: Alguém nos aborrece. Estamos insatisfeitos com o seu comportamento. Talvez até fiquemos zangados, frustrados, ameaçados. Estes sentimentos criam uma energia no nosso corpo, que origina, literalmente, o desconforto (por isso é que lhe chamamos sentimentos, porque na verdade os sentimos fisicamente).
Quando nos queixamos de alguém, os sentimentos de desconforto dissipam-se, pois, as queixas libertam a energia reprimida. Por isso é que dizemos coisas do tipo “Estou-me a libertar” ou “estou a fumegar” (Mas tal como vamos ver a seguir, esta dissipação não deixa apenas libertar a energia, espalha-se, o que na realidade a faz crescer).
Para além disso, quando nos queixamos, as pessoas parece que concordam connosco – e quase sempre nos queixamos às pessoas que achamos que concordam connosco – estamos à procura do conforto, apoio, camaradagem, justificação, que contrapõe os maus sentimentos aos bons, às ideias frescas. Queixar altera o equilíbrio da energia positiva/ negativa, e pelo menos por um instante, sentimos-nos melhor. É de facto um processo fiável. Pode-se tornar uma dependência.
E esse é o problema (para além do tempo que se perde): Tal como outras dependências, estamos a alimentar a espinha de um ciclo destrutivo e sem fim. A libertação da pressão – o sentimento bom – é efémero. Na verdade, quanto mais nos queixamos, mais facilmente aumentará a frustração com o tempo.
E aqui está a razão: quando libertamos a energia reprimida, ao queixar, estamos a libertar os dois lados. Quase nunca nos queixamos à pessoa que está a catalisar as nossas queixas, queixamos-nos aos nossos amigos e família. Não temos conversas diretas para resolver um problema, estamos à procura de aliados. Não estamos a identificar ações que poderiam ajudar, estamos, em bom rigor a fumegar.
Porque é que queixar é má política?
Queixar cria uma série de efeitos secundários disfuncionais (outra vez, para além do tempo que se desperdiça): Cria frações, previne ou atrasa – porque substitui – o envolvimento produtivo, reforça e aumenta a insatisfação, depende dos outros, quebra a confiança, e faz com que o queixinhas seja o mau da fita. Tornamos-nos o cancro daquilo que nos estamos a queixar; há uma influência negativa que se infiltra na cultura.
Pior do que isso, as queixas amplificam a destruição e desagrado da frustração inicial daquilo que nos estamos a queixar inicialmente.
Pense nisto: alguém grita numa reunião. Na próxima reunião (onde ninguém está a gritar) e queixa-se da pessoa que gritou anteriormente. Agora as outras pessoas, que não estiveram na primeira reunião, sentem o impacto dos gritos e ficam aborrecidos com isso. Encorajado pelo apoio dos outros, a sua libertação momentânea transforma-se em indignação e torna-se mais intensa, e volta a viver os sentimos de desconforto iniciais.
Por outras palavras, enquanto que a energia se dissipa, também se expande. O tempo que passa a pensar no assunto leva horas, por vezes dias e semanas. E aumentou o número de pessoas que também estão a pensar no assunto.
No entanto, a nossa queixa, não traz melhorias.
Na realidade, talvez seja esse o maior problema: O ato de queixar é um movimento violento para a inércia. Substitui a necessidade de agir. Se em vez de nos queixarmos, permitirmos sentir a energia sem a dissipar imediatamente – o que exige aquilo que chamamos de coragem emocional – então podemos dar um bom uso a essa energia. Podemos canalizá-la de forma a que não se perca.
Por outras palavras, permita que esse sentimento de desconforto – aquele que o leva a queixar-se – o leva a agir produtivamente.
O que devemos fazer quando nos apetece queixar?
Vá em frente e queixe-se, mas faça-o diretamente e calmamente, à pessoa que é a razão das queixas.
Fale com a pessoa que gritou na reunião. Se essa pessoa não ouvir, fale com o chefe. Se não gostar da ideia então quando isso voltar a acontecer, diga “Calma. Vamos-nos respeitar nesta conversa.” Se perdeu a oportunidade no momento, então encontre-se depois e diga, “Por favor, temos de nos respeitar mais durante as nossas conversas.”
Isto, também exige coragem emocional. É algo mais assustador e mais arriscado. Mas é por isso que é benéfico desenvolver a coragem emocional – pois, apesar de assustador, é bem capaz de ser mais produtivo. Em primeiro lugar, tem o potencial de resolver o problema. E em vez de ser a influência negativa, torna-se o líder.
Se quer ser o herói nesta batalha, deixe que a sua vontade de queixar seja o gatilho que o leva a agir no momento (ou se não for no momento, algum tempo depois):
1. Repare no pico de adrenalina ou aquele sentimento de consegues acreditar que aquilo aconteceu (e.g. alguém a gritar numa reunião).
2. Respire e viva os sentimentos acerca da situação de tal forma que não o deixem arrasado ou em baixo. Repare que consegue ficar imobilizado mesmo em situações difíceis (e.g. ficar sem reações).
3. Tente perceber a parte que realmente importa na queixa (e.g. não está correto gritar e desrespeitar os outros numa reunião)
4. Decida o que pode fazer para estabelecer uma fronteira, peça a alguém para mudar o comportamento ou para tentar resolver a situação (e.g. “Por favor vamos respeitar-nos durante as conversas).
5. Dê continuidade à sua ideia (e.g. diga: “Por favor temos de nos respeitar nas conversas.)
Não é tão difícil como queixar-se. Será mais produtivo e valioso.
Mas espere, pode protestar, a razão principal pela qual me estou a queixar é porque me sinto indefeso nesta situação. Eu não posso dizer à pessoa para ser mais respeitador pois ele é o meu chefe.
Se calhar até está certo. É verdade que a maioria das pessoas se queixam porque se sentem indefesas.
Também é verdade que a maioria das pessoas tem, nestas situações, mais poder do que aquele que elas acreditam que têm, mesmo com o patrão. E se calhar até valeria a pena correr o risco e dizer alguma coisa. Poderia dizer “Eu percebo que está muito zangado e sinto que isso me está a deitar abaixo. Será que podemos ir em frente de uma forma mais suave?”
É um risco, pois a pessoa pode explodir ainda mais.
Ou poderá ter outro respeito por si, e numa só frase, mudar a direção da liderança e da organização. E pode transformar aquilo que foram semanas de queixas em momentos de compromisso produtivos.
Mais do que uma vez, vi pessoas a ter mais respeito dos outros depois de terem tido a coragem de serem diretos – verdadeiros, cuidadosos e humanos. E na maioria das vezes as pessoas são surpreendidas pelas respostas da pessoa ofendida, que na maioria das vezes estava mais aberta ao feedback do que se pensaria. Nem sempre, mas às vezes.
Deixe que as queixas e os sentimentos que levam às queixas sejam o cartão vermelho que deve ser: alguma coisa errada deve estar a acontecer e provavelmente sente-se incapaz de fazer alguma coisa sobre isso.
Isso foi o que aconteceu na Jambo, quando o Frank passou de uma situação de queixa para uma atitude ativa, ao dizer ao Brandon o impacto que ele estava a ter. De primeiro, o Brandon estava muito defensivo, mas rapidamente se questionou e apercebeu-se da forma cega como ele estava a atuar com a sua equipa.
Nem sempre vai funcionar assim, mas ficará surpreendido quantas vezes isso vai acontecer.
Texto adaptado do artigo da autoria de Peter Bregman, publicado a 17 de maio de 2018 no website da Harvard Business Review (https://hbr.org/2018/05/the-next-time-you-want-to-complain-at-work-do-this-instead).
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hey sou a anon dos filmes! qualquer coisa meio romântica, ou histórica, ou suspense ou ação também :) confio no teu gosto. tentei ver 1986 e três mulheres e sinceramente não gostei, não sei bem por que
eu consigo imaginar porquê ksdjfskfjes eu também não gostei muito, não me pegou sinceramente.
histórico posso já recomendar a série da Isabel da TVE, eu acho que o site tem disponível online. O El Ministerio del Tiempo vale a pena, tem muito carisma do que o nosso, as personagens são mais interessantes e a Aura Garrido faz uma amélia bem mais interessante.
Se gostas da onda de Outlander (eu deixei de ver na primeira temporada) Poldark é bom, mas da segunda season pra frente prepara-te que vais querer arrancar a cabeça do Aiden Turner lmao
Eu nunca acabei de ver (mais por preguiça que outra coisa) Last Kingdom mas se gostas de Vikings, gostas dessa de certeza. Mm mood, mas é passeado na Bretanha. também tenho Knightfall na mira, não faço ideia se é bom ou mau, mas é sobre o reino de Navarra… its got my attention…
Há sempre Black Sails que é só bom. Gostas de Piratas, gostarias de ver uma cena de piratas muita gay e por um momento cagar na história como ela foi? Black Sails é a resposta
Uma serie que estou para ver há imenso tempo e que só me falaram bem (e quem me recomendou confio 100% no gosto) é Sharp Objects. Tem a Amy Adams, se isso for indicador de qualidade (pra mim é lmao)
Btw, na onda de thrillers/policial, a ÚNICA série de investigação criminal que aconselho sempre (embora toda a gente referencie True Detective como tipo, de topo, mas eu nunca vi) é The Killing. É MUITO bom, tem 4 temporadas e eu acho sinceramente que a qualidade tem a ver com o facto de ser originalmente dinamarquesa (é com a Mireille Enos e o Joel Kinnaman que têm a melhor e mais carismática dinâmica que já vi neste tipo de séries. A química deles é fantástica). Mais ou menos na mesma onda, Mind Hunters é muita bom. É do Fincher, se isso te diz alguma coisa, mas é baseado nos gajos que fundaram basicamente a criminologia nos EUA e é meio tarado mas nada com aquele fetishismo típico destas merdas de serial killers. É preciso estômago mas não no sentido de grafismo (não é nada grafico, mas os gajos descrevem a taradice ao detalhe). Ah e também estava a curtir um molhe de Dirk Gently, Hollistic Detective mas isso é tipo comédia super bizarra.
Eu não tenho visto muitas séries nem filmes confesso mas uhhh, assim de cabeça, por exemplo se gostas de drama The Affair é inesperadamente muita bom. AH, foda-se, esta não sei sinceramente onde consegues arranjar (eu eventualmente saquei não me lembro de onde) ms há uma série francesa chamada Les Révenants que é tão bom crl mas MANTÉM-TE AFASTADO DA VERSÃO AMERICANA (the returned) é merda pura. É sobre uma cidade onde, do nada, o pessoal que morreu regressa. Tipo aparece, simplesmente. E a banda sonora é de Mogwai fds
Dps há as séries do momento. Se gostas de comédia, One Day at a Time para mim é o ideal a tar a dar de fundo enquanto faço as lides da casa. Brooklyn 99 e Good Place é sempre bom. Eu adorei Umbrella Academy como já tenho vindo a falar (se quiseres ir na mesma onda e ver qqer coia parecida, Heroes mas só a primeira temporada. O resto foi um navio que se afundou lentamente e fomos todos com ele. Epa ainda ando pra ganhar forças pra ver The Americans que me parece muita bom (sobre espiões da URSS nos EUA) só ainda não peguei por causa do número absurdo de temporadas (sao prai so 4 mas pronto lmao).
Se gostas de ficção Científica, pode ser q gostes do Carbono Alterado, eu não gostei particularmente. Mas para essa secção, direcciono-te o @tuxedosaiyan
e claro………….Galavant…….. se queres rir, por amor de deus, vê galavant
De filmes… Os meus preferidos são: Children of Men (Alfonso Cuarón), The Fountain (Darren Aronofsky, aliás tudo o q ele faz–SIM MESMO O MOTHER!–particularmente o que referi, o Pi e o Requiem for a Dream, mas atenção que este último é muita pesado), Wings of Desire (Wim Wenders), Arrival (Dennis Villeneuve), os dois Blade Runners (do Ridley Scott e Dennis Villeneuve), ETERNAMENTE O VAN HELSING (do grande Stephen Sommers), The Square (é um sueco sobre arte contemporânea e é DE CAGAR A RIR), Atomic Blonde, todos os filmes do Tom Moore: Song of the Sea e Secret of Kells particularmente, sao de animação, Finding Forrester (Gus van Sant), o A Royal Affair é muita bom e é histórico (Mads Mikklesen e Alicia Vikander na sua língua original), Never Let Me Go é o ÚNICO filme sobre clonagem que é genuinamente bom pra mim (lembras-te do The Island do Michael Bay? Aquela merda de explosões e clones? Mesmo conceito, mas bem executado, com o andre garfield e a keira knightley e mais uns q nao me lembro).
500 Days of Summer pra mim vai ser sempre eterno, e o Eternal Sunshine of the Spotless Mind, se gostas de romance esses são bons mas não são propriamente happy-ending romance, são mais cautinary tale (MUITO mal interpretados pelos fanboys desse mundo fora mas tipo, confia em mim. O Eternal Sunshine é do Michel Gondry e o gajo é estupidamente bom. Foi ele que realizou quase todos os video clips dos White Stripes, vai vê-los primeiro pra decidires se vês ou não). Vê tbm o Paris Je T’aime, é uma compilação de várias curtas tipo acho q 12 histórias de amor em Paris e é TÃO BOM. O New York I Love You é o mesmo princípio mas a meu ver não é tão bom, mas vale a pena ser visto tbm
Vê uma curta chamada 2081 crl juro-te que vão ser os melhores 25 minutos da tua vida.
Animação, Tom Moore como já disse, tudo o que é do Henry Sellick (CORALINE! CORALINE! CORALINE!), o Isle of Dogs, os Incríveis, Fantastic Mr Fox uhhhh Paprika e Perfect Blue do Satoshi Kon (o perfect blue é TÃO BOM)
Portugueses… Pah, tudo o que é Marco Martins. O Alice está sempre no topo pra mim. O São Jorge é mais duro e mais lento, mas é tão bom. Florbela do Vicente Alves do Ó é uma beca bizarro (ao estilo do vicente) mas é bom. Vê um filme chamado Dot Com que é de comédia e é de cagar a rir crl. O Amália é meio esquisito mas tbm é bom.
Os do Steve McQueen são todos bons… O meu preferido é o Fome mas é pq é sobre o Bobby Sands (irish troubles, basicamente).
Assassination of Jessie James by the coward Robert Ford acho que é um gema perdida no tempo.
O Perfume do Tykwer é uma obra de arte crl.
Os do Tarrence Mallick sao dificeis de ver pq são lentos como o crl e aborrecidos sinceramente mas eu gosto. O New World é uma versão BEM sugar coated da Pocahontas mas é uma experiencia visual. O Tree of Life… bem, manda um ácido antes lmao mas eu gostei muito
Há um filme super giro que também caiu um bocado no esquecimento chamado Everything is Illuminated que é sobre um puto americano que vai buscar uma herança ou conhecer familia ou q é à Ucrânia entao é a aventura do Elijah Wood a coleccionar merdas em sacos de plástico com um squatting slav, é muita bom
Vê o meu letterboxd, dá uma olhadela se quiseres. Claro q tudo o q tá ai, nem tudo gostei, mas tipo se quiseres saber de algum em particular, pergunta-me!
Edit: o Satoshi Kon é animação fds enganei-me!
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Chá de hoje: Águas de Bacalhau
A minha psicóloga incentivou-me a escrever, alias a escrever sobre tudo porque como supostamente tenho sempre alguma coisa para dizer vai la de escrever.
Não discordo, falta-me é a motivação.
Mas acredito sem dúvida que a escrita ajuda a libertar a mente de ��monstros” como a ansiedade, medos, perdas, sonhos...
sim sonhos podem ser dolorosos, so pelo simples facto de não os conseguirmos realizar. right?
Porquê Águas de bacalhau? pois bem porque a minha vida é literalmente a expressão águas de bacalhau. Que para quem não sabe significa nem sim nem sopas. Esperas interminaveis sem que possamos intrevir mais, Seja no que for.
Estou absolotamente farta de esperar. De esperar que os erros dos outros que influenciam na totalidade a minha vida, sejam corregidos.
Estou farta de esperar por respostas que me cheiram que são um não não enviado.
Farta de esperar se estou bem.
Acho que simplifica certo? Estou farta de fazer de tudo para melhorar a minha vida e em vez de andar para frente encontro-me me em águas de bacalhau.
Ou outra metáfora igualmente interessante. Estou atrás da rebentação á espera de apanhar a onda que nunca mais aparece.
Estou farta de ter que tratar de tudo e no final de contas todo o setress todo o processo (que diz ser a melhor parte) não sentir absolutamente recompensa nenhuma.
2018 foi o pior ano desde 2007. Perdi o meu melhor amigo. e sim embora fosse de 4 patas Não há “embora” era sem dúvida o meu melhor amigo. Nunca me cobrou nada se não amor. Nunca me procurou para me tratar mal, sempre me esperou, sempre fomos felizes e comunicavamos em silêncio incluisive. Ele sabia quando estava triste eu sabia quando ele não estava bem. Quando um dia ele morre. (demorei muito até consegui escrever estas palavras) Vai fazer 6 meses dia 20 de fevereiro mas é como se tivesse sido ontem. ( razao pela qual fui procura ajuda porque quando ele morreu eu ia morrendo também).
Ainda choro. Sempre que falo no meu canto para ninguem, ou penso só sim porque nao costumo falar disto em voz alta sozinha.. sou maluca mas não tanto. mas so o simples facto de pensar em tudo faz me chorar.
O facto de ele já não estar aqui para me apoiar, porque fazia uma diferenca tão grande.
O facto de ter sido eu a encontrá-lo
O facto de ter sido da maneira como foi. Simplesmente morreu porque tinha calor.
Parece eu que não tratava o meu animal, que não lhe dava abrigo, ou água. Não havia mãe mais galinha que eu! mas e claro que isso não deixou de me culpar de tudo e achar que por minha causa, de alguma maneira eu tive culpa na sua morte e por ele já não estar aqui para mim e eu para ele.
eu não tenho amigos onde vivo. Aqui é dificil confiar nas pessoas em em apenas 5 anos a minha inocência que achava que era simplesmente naturalidade foi esfaciada por várias pessoas a quem chamei amigos.
Dessa forma não quero ninguém por medo de me magoar, e por outro lado tenho uma necessidade enorme de querer partilhar o que uqer que seja da minha insignificanete vida com alguém.
O meu namorado pouco ou nada quer saber. prefiro nem dizer nada.
O goz era parte da familia e com a sua partida a nossa família partiu.
Ele supera as coisas com facilidade. Agora eu e o goz eramos muito unidos. Só nos tinhamos 1 ao outro e estava muito bem com essa vida e historia.
Ha quem diga que a minha vida estava simplesmente e SÓ virada para ele e por isso é que me deixei afectar desta forma. que nao tinha vida para alem do trabalho e do meu cão.
EU SEI! pelas razões que ja expliquei em cima não tenho amigos portanto a minha concentração estava no meu animal. Isso é algum crime? é algum problema?
é isso que não percebo.
Sinto que vivo com um colega de casa. somos um casal mas sinceramente sinto como um colega de casa, estamos na mesma divisão mas não falamos está cada 1 na sua.
Se calhar é normal porque vivemos juntos e já esgotamos todos os assuntos que havia para falar e como as nossas vidas neste momento são tão paradas que não temos mesmo nada para falar. E ele não tem paciência para as minhas história detalhadas acontecidas no passado. Quer ele lá saber.
Quando chegamos a casa depois de virmos da Republica Checa a primeira coisa que sonhei foi com o goz. Sonhei que o tinham levado para um local porque ele na verdade não tinha morrido queriam era leva-lo e eu por algum motivo descobri onde ele estava e estava com o meu namorado a tentar leva-lo la para prova-lo que era verdade. e quando o encontrei vi aquilo que vi quando o encontrei no dia 20 de agosto, mas ao contrario do que aconteceu nesse disse quando o chamei ele levantou-se e veio ter comigo. “ vez eu disse-te que ele não tinha morrido”. Isto para mim ( e não interpreto sonhos) cheira-me vá não é negação porque eu sei que ele não está cá e sei que ele não estava vivo não tive duvidas disso, acho que não aceitei o que aconteceu ainda. E não aceitei.
Por isso é que ainda choro. e tenho desenhos na cabeça que gostava de desenhar referentes a esta dor mas que não os consigo reproduzir.
Deixo-o em palavras. É mais fácil parece-me.
Estou segura que também ninguém vai ler o que escrevo como nunca ninguém leu portanto e assim sendo é quase como um diário privado i guees.
Depois disto claro que não podia acabar aqui, pedi uma autopsia, porque não conseguia perceber como é que um animal saudavel com apenas 2 anos morre assim. Foi inconclusivo mas só se pode deduzir que tenha sido do calor. O meu cão tinha um problema de ansiedade (tem a quem sair) quando ficava sozinho. Tinha a sua casota feita a medida com sombra 95% do tempo e água a disposição. Quantos dias não esteve mais tempo sozinho que este. Mas este pelos vistos foi fatal e pior que ouvir “ o corpo dele já estava em decomposição e não conseguimos apurar com certeza a razão da sua morte, mas ele tinha sangue nas narinas portanto parece-me que tenha sofucado e portanto tenha sido um golpe de calor” para quem não sabe ( como eu não sabia) um golpe de calor é quando um animal ( como não soa) está esposto a uma quantidade muito grande de calor e os orgãos basicamente fritam e começam a explodir por dentro e pelo que se pensa poderá ter havido pequenas explusões nos pulmões e provocaram a hemorragia nos pulmões e por consequência não conseguir respirar. Ouvir ir isto foi simplesmente mais 2 ou 3 facadas. e decidi perguntar. Ele sofreu? E a resposta foi: Sim, sofreu. E choro. porque não estive lá para ele, porque não sabia o que se passava e porque sofreu. Meu deus se eu pudesse trocar com ele daria tudo neste MUNDO para trocar com ele pelo que ele deve ter passado. E isso explica eu te-lo encontrado como uma pedra. Isso é algo que ainda hoje me custa.
Vemos nos filmes as pessoas agarradas a pessoas que acabaram de morreu e não compreendemos, agora compreendo. seja como for. E ele estava tão rigo, duro como uma pedra, olhos abertos. E isto só me faz pensar o quão NÃO serena foi a sua partida. custa-me tanto pensar nisso. custa-me escrever tão cruamente sobre isto mas num ato de desespero espero que me ajuda de alguma forma. A aliviar não acredito porque o meu sentimento de culpa é gigante.
E fiquei ali, com ele agarrada a ele, a tentar com toda a minha força relaxa-lo e fechar-lhe os olhos sem sucesso. Não quero que imaginem o que é verem ou passarem por isso. mas não consigo náo ser explicativa porque foi assim que aconteceu. foi assim que o fiz, um vizinha ouviu-me gritar porque quando vi o que tinha acontecido não me recordo so sei que subi as escadas da parte de tras do meu jardim e ali fiquei por uns segundos. ela entrou e friamente mas acho que era necessario, tentou acalmar-me sem sucesso, e tapou-o com uma toalha, “ já foi querida não podes fazer nada” Não gostei daquelas palavras, ela ainda ficou ali mas eu não queria saber, só queria agarrá-lo. Ela não compreendeu e achou de alguma maneira incomodo porque eu percebi isso. entretanto ela foi-se embora e eu fiquei com ele durante 1 hora e meia pelo menos. Pedi-lhe desculpas, fiz-lhe festas, dei-lhe beijinhos, perguntei-lhe porquê, perguntei-lhe se ele me amava... e enquanto isto liguei a minha mãe. Não sabia a quem ligar, e disse lhe que o goz tinha morrido e chorei. Só chorei naquele momento estava no chão agarrada ao meu cão agora morto com o telefone no cão na orelha a chorar e a minha mãe dizia “ oh filha, tem calma... oh filha lamento muito, oh filha... e o ____ quando chega?... “ por ai. E nesse tempo tive um colapso em que deixei de conseguir respirar. Nunca me aconteceu antes portanto não posso comparar com nada que me tenha acontecido mas sim, não conseguia respirar, como se o ar não quisesse vir, como se não houvesse ar de todo. E tossia, engasgava.me e nem conseguia vomitar. Mas naquele momento sinceramente nem queria muito saber. Só queria ir com ele.
Parece egoista eu sei mas quando se perde aquilo que mais se ama ( que me perdoe a minha familia e namorado ) e ele era o amor da minha vida, não tenho filhos mas na minha prespectiva ele era o meu filho.
Ha dias que parece que o sinto na cama. Ha dias que vou a casa do meu vizinho para ver o irmão dele porque são tão parecidos. ( sim sou este grau de derpimente)...
e não contente com isto passei a dormir com o brinquedo preferido dele “ a lula” e nem uma semana depois adormeci sobre a lula nas costelas do lado direito e.... PIMBAS desenvolvi uma neoralgia inter-costal, que neste momento já esta a ser considerada como dor neuropatica. Para quem não sabe ( eu pouco sei também) a dor neuropatica é uma dor nervosa, proveninente de muitas coisas no meu causa um trauma num nervo que basicamente como não consegue recuperar a sua origem começa a dar informações errada ao cerbero como dor, pontadas, agulhas, hipersensibilidade..
Mas sabem que mais, que seja, é o preço a pagar pelo que aconteceu. Por um lado vejo dessa forma “ ha não digas isso náo tiveste culpa e isso foi so uma coincidência” wtv. aceito e vivo com isso para me lembrar sempre que ele sofreu e eu não o consegui proteger. e vivo com isto desde principios de setembro. Não vou entrar em detalhes de tratamento e assim porque se não saía uma bibila daqui.
Não contente com isso as coisas no trabalho não estavam bem, a minha equipa era “fantastica” composta por 3 cobras 3 pessoas fantasticas uma pessoa que não era má nem boa, era impmar e por fim outra que dependia do vento. portanto....
quando isto tudo aconteceu houve apoio mas passado uns dias deixou de haver compreensão. eu fiquei muito afectada com o que aconteceu MAS pelos vistos existe um tempo de luto escrito algures num livro mágico que eu desconheco que ao final de x dias tás pronta para outra!?
Não foi por parte de todos, não jogo todos na fogueira, DE TODO mas jogo parte. E 2 deles aproveitaram-se disso para me magoar mais e deitando-me fogo por cima. Conseguiram? Sim na altura Agora tenho só pena.
Não contente com isso ainda tive que ouvir por partes superiores que “se calhar nem tens problema nenhum não queres é vir trabalhar”
1 Não tenho que me justificar, existem médicos para avaliarem as situações dos doentes.
2 Mania da perseguição não tem cura chama-se simplesmente ESTUPIDEZ E INGRATIDÃO.
3 Agora chora, perdeste tudo o que tinhas e ficas com 2 que são as maiores cobras que já conheci nestes meus 29 anos de existência. Mas ao lado da outra BUG FUKING SNAKE que és tu, porque não certo?
ÉS sem dúvida uma cobra. tems camadas de camadas de interesse á tua volta de que fazem agir da maneira que acha ser certa de acordo com as tuas necessidades. TENHO NOJO DE TI. Tenho nojo de alguma vez ter confiado em ti e ter contado coisas da minha vida que mais tarde foram usadas contra mim.
QUE MERDA DE PESSOA QUE ÉS. eu acredito no KARMA e acredito e prefiro acreditar que a maldade é paga mais tarde ou mais cedo de uma maneira ou de outra seja como for ela chega. Em forma de lição e não em forma de maldade. Não acredito que a maldade seja paga com maldade mas sim em lições.
Eu devo ter feito muita merda noutra vida porque sinceramente nesta não me lembro de ter feito tal para sofrer isto tudo, mas pego nisso e levo comigo para construir o meu caracter e aprender.
Com isto tudo sim porque ainda NÃO ACABAOU, o meu médico e nas urgências queriam porque queriam fazer um TAC. E lol pra quê?? eu sabia que nada a ver tinha com os pulmões. ERA UMA DOR LOCALIZADA, NÃO TINHA DIFICULDADE EM RESPIRAR E SABIA QUE NÃO ERA MUSCULAR PORQUE JÁ FRATUREI outros músculos para SABER!?
mass la fui, fazer o TAC
Quisto no Pulmão direito.
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Parte 4/12 Continuação do post anterior, se não viste, recua e lê. O texto completo já foi publicado em juditeresende.com, já podes ler completamente lá! … Sempre considerei e proclamei em viva voz para quem quisesse ouvir, que pessoas interessantes nunca estariam ali. E que se fossem minimamente interessantes que teriam algum problema muito grave a nível emocional, traumático, etc. Para mim, o ‘velhinho’ conhecermo-nos na vida real, apresentados pelos amigos dos amigos, ou o amigo dos colega de estudos / trabalho, eram a única fórmula que poderia funcionar. E isso era facto para mim. Eu que nem dava cavaco a alguém que se metesse comigo num qualquer lugar de diversão, que não estivesse anteriormente referenciado por alguém da minha confiança, lá ia conversar sobre conexões, com desconhecidos…? E há pouco mais de um ano, após dar voltas à minha cabeça e ter estas duas questões a assombrar na mente e no coração… lá estava eu, a abrir a minha primeira conta numa dessas apps. Essa primeira conta esteve aberta muito pouco tempo. Assustei-me com o que encontrei. Fechei-a. E depois de ouvir histórias que tinham corrido bem, de outras pessoas, abri uma nova passadas algumas semanas, com mais assertividade no estar assumidamente ali, e no que ali demonstrava de mim. Aqui começa a história de transformação, de muitas boas experiências, e de outras não tão boas que vivi, a partir das supostas conexões ali geradas. Reforço o ‘supostas’, porque foi o que encontrei: os malucos que reneguei lá atrás. Noutras faces, noutras geografias. Os mesmo problemas. E isso é o que te vou contar, a seguir… O que o uso de apps de encontros e a análise das mesmas, entra numa história, sobre histórias de transformação? Hoje vou partilhar contigo porque apaguei a minha conta, faz algumas semanas, e, a minha opinião, sobre, caso andes à procura de relações reais, porque acho que NÃO deves prosseguir nestas apps. Não por ser uma autoridade sobre o assunto. Não para te condicionar. Mas para me acompanhares no caminho que fiz de transformação, e o que percebi nele… Continua… https://www.instagram.com/p/Ce5nLALjA18/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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A Encenação d'ELES". Eles", sempre "eles".
Eles", sempre "eles". A puxar os cordelinhos lá atrás para que doenças contagiantes, invasões e estaladões na boca não sejam apenas doenças contagiantes, invasões e estaladões na boca. E, "eus", quase sempre os mesmos "eus", os do "eu vejo bem melhor que todo este gado lanígero, a mim não me enganam". E nós, que ingénua e às vezes estupidamente aceitamos a ordem da natural das cousas tal como elas são ,não desconfiando nada de guiões pré cozinhados e muitas vezes sendo de facto enganados, sempre embasbacados com a vida.
Esta nossa vida seria muito menos divertida sem teorias de encenação do mundo. Obrigado a todos os que as escrevem ou obrigado sobretudo a "eles",aqueles três ou quatro iluminados que já decidiram e escreveram isto tudo. Poupam-nos a insegurança de concluir que a existência é aleatória.
Quanto à opinião sobre o fait divers dos estaladões em si que ninguém solicitou a ninguém : agredir alguém sem ser por legítima defesa é e deve ser considerado um crime. A quantidade de pessoas que se diz pacífica e defende a violência física e invasora como resolução de uma questão não física também é interessante : o clássico "eu sou pela paz e aceito tudo MAS se me pisam os calos,o caso muda de figura". "Eu nunca bati nos meus filhos MAS às vezes uma palmada corretiva ou outra só lhes faz é bem". "Eu não sou ciumenta MAS a gaja estava a meter-se com o meu homem, tinha de fazer qualquer coisa." Será uma piada um acto de agressão verbal justificador de um contra-ataque através de agressão física? Ou poderá uma má piada ser combatida apenas com uma contra-piada ainda melhor ou com a não existência de gargalhadas e uma aura de vergonha alheia geral?Não sofrerão mais os comediantes preguiçosos e desinspirados com não - palmas do que com palmadas?
Não tenho resposta, mas o que sei é que " eles" conseguiram pôr toda a gente a falar de um filme péssimo esquecido. Um blockbuster sobre mulheres que não têm medo de levar chapadões. Carecas de saber que não precisam dos maridos para ir a uma verdadeira guerra, essa já inevitável, e dá - los . Gonçalo Fontes
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Olá Maria! Estás boa? Estou agora no 12° e estou a considerar ir para medicina na nova também. Podes me dizer o que tens achado até agora, não só do curso como também da faculdade, e se vale a pena escolher a nova e não outra? Beijinhos e tudo de bom pra ti ❤️❤️
Olá! ❤️ Estou bem, obrigada por perguntares! 😊 (Esta resposta vai ser enorme, btw :0, desculpa de antemão)
Estou a adorar a faculdade, a FCM da Nova é uma faculdade excelente e fiquei mesmo contente por fazer a escolha que fiz, e não estou a dizer isto só por dizer, óbvio que se não gostasse da universidade eu dir-te-ia.
Tudo o que vou referir agora sobre a universidade é apenas e só a minha experiência. Por favor não leves isto como eu a dizer que tens que ir para a Nova, ou que qualquer outra universidade médica que não seja a Nova é uma má universidade! Pelo contrário, penso que todas as universidades têm algo de diferente para oferecer e em geral a educação médica universitária em Portugal é boa. Cada aluno vai viver a vida universitária de uma maneira diferente! Esta é apenas a minha forma de ver a universidade.
1. Experiência com a candidatura
Então, a minha decisão foi entre Santa Maria e a Nova porque queria ficar em Lisboa. A minha escolha inicial desde o inícío do secundário era Santa Maria pela simples e única razão que não sabia que havia mais uma universidade de Medicina em Lisboa. Até tinha o panfleto do curso na parede do meu quarto que me deram no 9ºano. Até que uma aluna da Nova me contactou no meu gap year a perguntar se tinha considerado a Nova. E foi aí que começei a fazer mais investigação dessa uni.
Os pontos que me fizeram pessoalmente inclinar-me para a Nova foram:
a enorme variedade de hospitais associados e muitos relativamente perto do edifício principal da universidade, em vez de estar quase sempre no Santa Maria.
(estou no 3º semestre do curso e até agora tive aulas no Hospital de São José, no IPO e mais outro que já não me lembro o nome :s, o que acho muito positivo para sentir o ambiente de vários sítios.)
o melhor rácio tutor/aluno nos anos clínicos em Portugal - 1 para 3 alunos.
os rankings das faculdades (as médias de final de curso, da prova final de seriação, alunos com melhores notas) onde me apercebi que a Nova dava-se muito bem.
a proximidade com o CEDOC, já que queria ter contacto com investigação
é literalmente ao lado do edifício principal e temos imensos professores que trabalham lá e até nos deixam visitar e fazer projetos lá (caso tenhas tempo…).
2. Pontos Inesperados
Agora que estou imersa no mundo dos estudantes de medicina sei de relatos quer de colegas que vivem em residências com contacto com estudantes de Santa Maria, quer por colegas de turma que fizeram o primeiro ano em Santa Maria e acabaram por pedir transferência para a Nova, quer por troca de mensagens de colegas do secundário que foram para Santa Maria, que imensas pessoas se dão mal com a faculdade, que acham o estudo em Santa Maria muito caótico e desorganizado, o que me surpreendeu bastante. Não queria esconder isto porém, volto a realçar: é apenas o que algumas pessoas viveram e aposto que há pessoas que adoram estudar lá.
Algo que não estava à espera é o quão amigável o ambiente é na Nova. Todos os alunos que conheci, do meu ano e de anos superiores, são tão tão amigáveis e prestáveis, asério que não estou a ser paga pela universidade para dizer isto hhhh, mas o ambiente entre alunos e até com os professores e funcionários tem sido um dos aspetos mais positivos da universidade. Os alunos estão sempre a partilhar ficheiros, testes antigos, manuais, dicas sobre professores, escrever sebentas… nunca conheci um grupo de alunos assim!
Até agora só conheci uma professora de aulas práticas que era mesmo horrível para a turma e para mim inclusive. De resto, todos os outros professores que tive até agora foram de bons a incríveis. Uma escola é uma escola, e tal como em todas as escolas, há sempre professores distraídos, que dão notas injustas, etc. Até agora não encontrei nada de me querer fazer mudar de universidade, de todo, e os professores convidados são muito compreensivos de forma geral, bem como provenientes de áreas diversas - investigadores, bioquímicos, neurocirurgiões, cardiologistas, anestesistas, presidentes de associações, etc. etc. (o que talvez seja habitual para uma faculdade de medicina :3)
A Nova tem questionários de avaliação de professores e dos métodos de ensino em cada cadeira, onde os regentes tomam em consideração os comentários dos alunos para reformular o plano de estudos. Os regentes tomam mesmo a sério as propostas dos alunos e é muito frequente haver alterações de ano para ano sobre a ordem das aulas teóricas, o método de avaliação, se há testes intercalares ou não, o número de testes, o tipo de perguntas, etc. o que me surpreendeu pela positiva.. Neste ano, há imensa coisa diferente do ano passado. O regente tenta melhorar a cadeira com base naquilo que os alunos dizem. Mesmo que eu não ache tudo perfeito na facul, e não é, saber que há essa proatividade por parte de quem está à frente das cadeiras é mesmo positivo.
Outra coisa que me espantou foi a relação próxima da faculdade com o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses. É literalmente ao lado do edifício principal. A faculdade tem um privilégio ao ter um grande acesso a cadáveres, o que pelo menos os professores dizem que não é assim tão frequente noutras universidades médicas, infelizmente, incluindo Santa Maria.
O último ponto que me surpreendeu é a quantidade de eventos que a Associação de Estudantes e outras Associações organizam, a que eu raramente vou xD porque não tenho tempo. Só fui a uma palestra sobre mutilação feminina porque uma amiga me convenceu.. Mas parece que todas as semanas está uma banquinha com comida para um convívio de um evento qualquer… Já para não falar do iMed, do Tedx, e do Hospital da Bonecada. Fico feliz por haver a opção de frequentar essas palestras e eventos giros!
3. Plano de Estudos
Quanto ao planos de estudo, fala-se primeiro do que é normal no corpo - anatomia, histologia e biologia celular normais. E só depois começamos a falar de fisiopatologia, farmacologia, anatomia patológica no 2º ano. Muito matéria do 2º ano é recapitulada do 1º ano. O que achei perfeito para conseguir organizar o meu raciocínio. A partir do 3º ano começam os anos clínicos, tal como é habitual.
Temos 4 cadeiras por semestre, sempre.
As aulas teóricas são dadas num anfiteatro por professores convidados para o ano inteiro, que podem ser professores de práticas ou não, e depois dividimo-nos em turmas para as aulas práticas, em salas mais pequenas tipo sala de aula. Nas aulas práticas normalmente fazemos revisões da matéria, somos avaliados, fazemos apresentações, tiramos dúvidas. As aulas teóricas são opcionais e é à escolha do aluno se valem a pena ou não.
A minha turma é grandinha e tem 15 alunos. Nas aulas do 1º ano para além dos professores tínhamos monitores, mas no 2º ano não estamos a ter. Os monitores são ainda alunos da faculdade que obtiveram bons resultados à cadeira que aceitaram oferecer explicações para suplementar as aulas com os professores de verdade.
Outras coisas a destacar.
No 1º ano achei a cadeira de Introdução à Medicina com aulas sobre o Sistema Nacional de Saúde e o estágio no hospital algo muito interessante, porque era algo que eu não fazia mínima ideia. Elucidou-me muito e deu-me noção do que era o trabalho no hospital logo no 1º semestre do 1º ano. Deu-me a certeza que era aquilo que eu queria fazer. O estágio é de 2 horas por semana num hospital assigned a grupos de 1-4 alunos. O único objetivo é perceberes o funcionamento do Sistema Nacional de Saúde e seguires os técnicos que aí trabalham.
Os técnicos tentavam-nos explicar coisas mais teóricas sobre o que faziam mas nós, 1º ano, óbvio que não fazíamos a mínima ideia do que eles estavam a falar. Esse foi o único ponto negativo. Que não era bem ponto negativo porque não éramos avaliados nisso. De resto, adorei, os técnicos que segui eram espetaculares.
Também recebemos logo no 1º semestre do 1º ano o certificado BLS (Basic Life Support) na cadeira com o mesmo nome, que é válido até 5 anos, e vamos fazer a segunda parte mais avançada dessa cadeira mais para a frente. Portanto, o certificado está incluído no curso e não temos que pagar a mais por ele.
Algo negativo sobre o plano de estudos foi a maneira como se começa o curso. Achei que Anatomia do corpo humano INTEIRO - ossos, músculos, órgãos, vasculatura e inervação - num único semestre foi IMENSO. Imenso, imenso.
Ainda por cima para alunos do 1º ano logo no 1º semestre que ainda se estão a adaptar à universidade. A cadeira dividida em 2 semestres era muito mais benéfico, e as minhas amigas em cursos com Anatomia ficam sempre chocadas como é que eu dei Anatomia só num semestre.
A avaliação final é numa oral em que literalmente estudei manuais e manuais inteiros para depois ser avaliada APENAS na bexiga e na aorta - duas coisinhas pequenas que não refletem o meu conhecimento. 15 minutos de avaliação final na cadeira com mais créditos do semestre. Mesmo muito mau.
Depois por outro lado, achei que a intensidade com que os professores de Anatomia nos abordavam nas práticas era completamente desnecessário. A ponto de haver professores que deixavam alunos a chorar, de tão duros que eram, o que é completamente desnecessário. Essa cadeira deixou muito a desejar do meu ponto de vista.
Só para comparação, os professores logo no 2º semestre e mesmo no 2º ano são muito mais chill (tipo muito mais mesmo) em cadeiras igualmente importantes, como Fisiologia, Neurociências, Anatomia Patológica etc. E na minha mente eu pergunto-me sempre porque é que eles embirram tanto com os alunos naquela cadeira específica? Não faz sentido.. Enfim. Mesmo assim,a grande parte dos alunos passou à cadeira, o que sei que não acontece noutras faculdades.
(Eu estou-me a queixar desta cadeira mas sei que de facto noutras faculdades de medicina esse tipo de comportamento dos professores para com os alunos é algo generalizado e se calhar muito pior, por isso acho que temos sorte de qualquer das formas aqui na Nova pela familiaridade com que a maior parte dos professores nos tratam.)
Podes também realizar uma melhoria de nota de uma cadeira uma vez no curso inteiro. Por exemplo, estou a pensar fazer melhoria de nota (ou seja, repetir o exame final oral) de Anatomia no 3º ou 4º ano, ainda não tenho a certeza. Porém, só pode ser feita uma única vez.
Outra coisa que para mim vale a pena a salientar são as opcionais, que não sei se também se faz noutras faculdades. Está incluído no plano de estudos do 2º semestre de todos os anos uma cadeira de 3 créditos que podes escolher dentro de uma lista aquilo que tens mais interesse estudar. No 1º ano decidi-me por Biologia do Desenvolvimento Embrionário, que achei interessantíssimo e adorei estudar. E também se provou muito benéfico porque é frequente menções de embriologia em imensas noutras aulas. Este ano estou interessada em Linguagem Gestual mas se não conseguir vaga, Anatomia Regional talvez (onde se faz estudo com dissecação).
4. Amigos, Praxe Académica e Festas
Muitas pessoas perguntam-me: não participei na praxe, mas vi o que faziam e amigos contavam-me. O máximo é fazerem-te gritar na rua, estares de joelhos na calçada, teres que gritar asneiras ou coisas estúpidas, despejarem-te água fria. Não participei porque não acho graça à tradição, é a minha opinião. Não senti falta nenhuma durante o 1º ano, e mesmo agora não sinto pena de não ter participado. 99% das vezes esqueço-me que há praxe sequer, só quando vejo trajados lembro-me. xD
Consegui fazer amigos perfeitamente! Pensava que ia ser forever alone, mas na realidade fiz imensas amizades.
A maior parte das pessoas que eu conheço foram só umas vezes e não continuaram, especialmente porque na FCM a praxe prolonga-se durante muito tempo. A maior parte das festas ou jantares, se não todos, é aberta a alunos de praxe e de não praxe, por isso não é por aí - mas também não sei muito disso, é só do pouco que falo com outras pessoas.
Senti zero discriminação quanto a não ter feito praxe. Sei disso acontecer noutras faculdades. Aqui, pela minha experiência, ninguém quer saber se fazes parte da praxe ou não, é mesmo indiferente. Se gostares vais, se não gostares não vais. :)
Quanto a festas e álcool - quero mencionar que há de facto uma cultura na FCM de beber álcool, piadas sobre isso, etc. tal como em todas as outras universidades, principalmente nos caloiros. Mais uma vez, é fazeres aquilo que gostares mais. Há quem goste, há quem não goste. Não importa, cada um sabe de si. É mesmo chill e as pessoas respeitam.
Eu faço nenhuma das duas coisas, e senti zero discriminação quanto a isso. Prefiro almoçar, jantar, beber café, estudar com amigos.
5. Localização
Algo que também não pensei quando me candidatei foi a localização. Isto é algo que muitos dos meus colegas não se importam ou até não gostam, mas para mim é perfeita. Encontra-se numa zona bastante antiga e turística, com imensos restaurantes, cafés, lojas, a Baixa, o Rio, o Parque Eduardo VII.
É mesmo lindo, e não tinha pensado nisso quando entrei, mas depois percebi que amo a zona e todo o movimento da cidade.
Os pontos negativos são de facto o edifício encontrar-se numa colina, por isso todos os dias tenho de subir escadas :’) e estarmos isolados. Este ano abriu a licenciatura de ciências da nutrição, mas sem serem esses 20 alunos é só estudantes de medicina no edifício principal e biblioteca.
Concluindo:
é completamente up to you que universidade escolhes. Não tem que ser a Nova. Não te vou dizer dizer para escolheres uma universidade específica porque obviamente a tua escolha é a tua escolha.
Aconselho-te a ires aos open days se puderes, explorares bem os sites de todas as universidades, ires ao google maps e veres o que está à volta da universidade e se gostas da localização ou não, tudo isso. Enfim, coisas que já sabes.
Boa sorte com o 12º e com todo o processo! ❤️
Espero ter ajudado, caso tenhas mais alguma dúvida sobre a minha faculdade em específico ou sobre o curso, é só dizer. Vou responder atrasada, tal como respondi a esta bem atrasada, tenho estado muito ocupada, desculpa, mas respondo sempre!
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Os métodos serão discutidos desde os piores até aos mais eficazes.
1⃣ As aulas expositivas possuí diversas razões para ser um dos métodos menos eficazes. Claro essas aulas são de grande relevância pois com elas é ganho o conhecimento base e sem elas será complicado aprender algo novo. Devemos procurar manter o máximo da atenção e acompanhar a explicação. As razões anteriormente mencionadas são: o facto de os alunos se tornarem ouvintes passivos, ou seja, não questiona e não interage apenas assimila o conteúdo e a duração. Devido a longa duração das aulas muitos dos alunos acabam por perder o foco e que acabam por ser prejudicados. Eu falo por experiência própria, na minha faculdade chego a ter aulas com 3 horas de duração e noto que perco muita da matéria e mais tarde tenho dificuldade em acompanhar.
2⃣ A leitura é benéfica para o nosso cérebro e deve ser algo que faz parte da nossa rotina, nem que seja apenas umas páginas de um livro. Com a leitura temos a oportunidade de obter mais conhecimentos, aumentar a cultura geral e por último estarmos atualizados sobre o mundo. Para os estudantes é crucial recorrer a leitura no estudo. Apesar de não ser o mais utilizado é aquele que retém mais a nossa concentração, isto é, se for em formato papel pois em formato digital é conhecido por as vezes ser distrativo.
3⃣ Os meios audiovisuais são conhecidos por trazer enumeras vantagens. Uma das vantagens é que o espectador é atraído e consegue assim obter e dominar a sua atenção. Deste modo está comprovado que aumenta a retenção dos conteúdos e aumenta a velocidade da aprendizagem conseguindo assim motivar os estudantes. O único ponto negativo do seu uso (na minha opinião) é o facto de após um tempo se tornar maçante.
4⃣ As demonstrações em aula são eficazes. Uma das razões é que os alunos podem interagir e desta maneira fazer questões sobre o processo e lentamente observar os passos desse mesmo processo. Sendo assim o aluno tem a oportunidade de repetir o processo por si mesmo e compreender os conhecimentos subjacentes.
5⃣ Existem estudantes que preferem estudar sozinhos em vez de em grupo, mas a verdade é que estudar em grupo oferece diversas vantagens. Primeiramente se você é uma pessoa que precisa de motivação este método será ótimo para si pois o facto de estar rodeado de pessoas que o acompanhem evitará que acabe por desistir do estudo, para além disso poderá descobrir novas rotinas de estudo. Uma outra razão é que os outros estudantes podem partilhar consigo novas informações e documentos e incrementar o seu conhecimento em determinado assunto. Claro que para se estudar em grupo dê resultado tem de existir uma certa disciplina e foco por parte de cada um.
6⃣ A prática é um método essencial para determinados cursos e profissões. Uma das razões para isso é o facto de a prático tornar a aprendizagem mais inovadora e divertida e através disso o aluno adquire novas competências relativas ao pensamento científico/crítico. Por último está provado que os aluno se sentem mais motivados neste método pois foge á rotina de estudo tornando a matéria mais apelativa e interessante.
7⃣ Para mim ensinar outra pessoa é de longe o método mais eficaz para mim e o que mais uso em matérias mais complexas. Está provado por diversas pessoas que ensinar ajuda a encontrar falhas/erros na nossa própria compreensão e conhecimento.
Mas cada um de nós tem o seu método preferido, o que não resulta para uns pode resultar para outros.
Espero que tenham gostado. 💛
— Lana's Studies
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ZHANG YIXING FAN FICTION - 6982 miles
Eu estava meia perdida. Não sei se era sono que tinha, ou se era o facto de estar pela primeira vez ao lado de um homem tão bonito e com uma atitude tão engraçada: lá estava ele, brincando com um gatinho e lhe chamando de pequena ovelha preta. Não sei realmente o que um gato tinha idêntico a uma ovelha, mas isso foi realmente cómico. Ficámos ali conversando durante um belo tempo, embora a minha timidez não o deixasse conhecer muito sobre mim, apenas conversou comigo sobre a China, sobre a minha nova cidade e quais os sítios mais bonitos para visitar; falou-me de salas de jogos, de lojas com roupas bem bonitas, apesar dele nem saber o meu estilo, e de restaurantes com a comida mais deliciosa. Algo que me deu certa fome, porque não tinha comido o suficiente no momento que devia.
“Bem, acho que está na hora de lhe apresentar o resto da casa, junto da sua mãe e da Hope.”
“Ah claro, se elas não estiverem ocupadas.”
“De certo que estão a fazer alguma receita com a minha mãe.” Sorriu e se levantou, pousando o gatinho na relva “Vá Ying Yang, Yixing não pode levar você para dentro. A mamã tem alergia.”
Eu calcei os saltos, levantei-me, pronta para caminhar de novo naqueles sapatos que me deixavam com uma dor horrível nos calcanhares. Eu realmente não tinha nascido para ser uma princesa, nem para trabalhar numa empresa. Yixing tinha um andar super elegante, todo ele era elegante, muito mais alto que eu, me senti uma duende no meio daquelas flores; aquele lugar era realmente lindo e eu estava muito ansiosa para conhecer o meu novo lar, embora ele já o tinha visto, não me descreveu totalmente a casa, apenas disse que era linda e bastante acolhedora. E que eu tinha imensa sorte por haver uma lojinha bem engraçada, com um monte de acessórios e comida tradicional chinesa a cinco minutos da porta da minha casa. Eu só pensava em ir lá para finalmente comprar alguns acessórios interessantes para decorar o meu quarto.
Quando entrei novamente em casa dos Zhang, Yixing levou-me pelo outro caminho, por outro corredor, mais simples mas com muitas peças antigas, muitos dragões e muitas referencias ao símbolo Ying Yang, o que me fez lembrar do gatinho do jardim.
Ao entrar na cozinha, senti um leve cheirinho a canela, bem Yixing estava certo: a minha mãe, Hope e a senhora Zhang estavam a cozinhar bolachinhas, rindo bastante. Hope estava entretida no telemóvel mas também notava-se que estava atenta. Mas assim que me viu entrar ali com Yixing, saltou da cadeira e veio em minha direção sorrindo; revirei os olhos, sabendo exatamente o que estava se passando naquela mente.
“Você…” disse sorrindo, olhando discretamente para o Yixing, que se encontrava falando com a mãe.
“Vá, o que quer que lhe diga.” Sussurrei.
“Esteve todo este tempo com ele?”
“Estivemos no jardim a conversar, sabe nós temos uma loji…”
“Meu Deus!” interrompeu-me, deixando-me ainda mais irritada. “E eu aqui a conhecer a casa, enquanto você esteve com ele o tempo todo. Não sei se viu mas mandei-lhe mensagens o tempo todo.”
“Ah me desculpe, eu nem me lembrei do telemóvel..”
“Ai, quem lembraria com esse…homem.”
“Você realmente é muito doida. Ele é apenas um ser humano. Você tem que encontrar um namorado de vez.”
Ambas nos calámos quando ele se aproximou.
“Destiny, parece que a minha mãe já apresentou a casa para a sua irmã e sua mãe. Me desculpe se eu ocupei o seu tempo com as minhas conversas idiotas.”
“Yixing! Porque você próprio não apresenta enquanto nós ficamos aqui fazendo as bolachinhas?” sugeriu a senhora Zhang.
Hope olhou para mim com os seus olhos enormes e a boca meia aberta, eu ri interiormente da figura que ela estava a fazer.
“Okay mãe, embora não tenha muito jeito para esse tipo de coisas.” Sorriu, mexendo levemente no seu cabelo.
“Não há problema.”
“Destiny” chamou a minha mãe “Depois das bolachinhas estarem prontas, vamos embora para a nossa nova casa esta bem?”
“Já?” questionou a senhora Zhang surpreendida “Pensei que íamos ter convidados para o jantar.”
“Nós não queremos aborrecer e para além disso, já estamos muito gratos por tudo, e para alem disso, precisamos de conhecer a nova casa.”
“Não aborrece. Ficamos muito contentes por vos ter cá, embora apenas nos tenhamos conhecido hoje, eu gosto de ter visitas, esta casa é demasiado grande para apenas três pessoas. Meu filho nunca mais casa..né Yixing?”
“Mãe, por favor, não menciona esse tema agora.”
“Porque não? Tá com vergonha perante duas raparigas que provavelmente já namoram e são mais novas que você?”
“Eu sou solteira.” Disse Hope.
“E você? Aposto que não. Deve ser complicado deixar os rapazes lindos de Los Angeles..”
“Na verdade, não deixei nenhum rapaz lá, nem lindo, nem feio.” Disse, e todos deram uma boa gargalhada, incluindo Yixing.
“Mas você é realmente muito bonita, aposto que eles vão ter saudades de ver uma rapariga como você lá na rua.”
“Eu também vou ter saudades de andar lá pela rua..” respondi, sentindo ainda uma leve tristeza no coração.
“Destiny, vamos ver a casa.” Comentou Yixing, tocando levemente no meu ombro, notando que não me senti confortável ao ouvir falar de novo de Los Angeles, fazendo-me sentir ainda mais saudades de casa. “Peço desculpa se a minha mãe disse aquilo e a fez sentir assim.” Disse, após termos começado a subir umas escadas pretas e vermelhas.
“Não faz mal. Eu compreendi o que ela quis dizer, eu é que tenho de lhe pedir desculpa se fui um pouco rude.”
“Não. Todos nós compreendemos as famílias que chegam aqui sem saber o que fazer, embora o meu pai tenha poder suficiente para vos garantir um bom trabalho, ás vezes o que mais precisamos é de um lugar que nos faça sentir bem.”
“É. Eu tenho muito receio disso, que não me sinta bem aqui, sabe, mas pronto. Desculpe eu estar constantemente a falar disso. Acabei de sair de lá e ainda mal conheço a cidade. E também estou um pouco cansada.”
“Você quer descansar?” disse fazendo uma expressão muito querida “Eu posso mentir, digo que lhe apresentei a casa mas a deixo descansar.”
“Eu descanso em casa. Obrigada.”
“Olha que não, quando chegar a casa você deve ter coisas para fazer né? Para ver, para conhecer, e não pode esquecer de ir á tal lojinha!”
“A lojinha” sorri “Sim, quero mesmo conhecer essa tal lojinha mas talvez vá amanhã, ou depois. Se não tiver que ir com o meu pai a nenhum lado.”
“Vê, você não vai descansar muito. Venha comigo”
Ele começou a acelerar o passo pelas escadas, mas eu não o podia imitar, se eu mal andava com os saltos, já me imaginaram a correr?! Eu estava tao focada nos seus passos que mal me apercebi em qual quarto entrei, ou em realmente conhecer e observar todo aquele lindo local.
“É aqui que descanso a maior parte do tempo.” Disse abrindo uma porta preta com um pequeno autocolante de dragão dourado na porta. Era um quarto com um ecrã enorme, que ocupava toda a parede, não havia chão, apenas um sofá enorme, almofadas de diversos feitios, e prateleiras com jarrinhas com água, sumo, e alguns cestos com flores. Era muito simples mas parecia tao comoda para descansar.
“Muitas vezes durmo aqui a noite toda. Adormeço vendo filmes, e depois toda a gente desiste de me acordar, porque realmente não vale a pena.” Ele retirou os seus sapatos azuis escuros, e caminhou sobre o sofá que cobria todo o chão com suas meias amarelas. “Retire esses saltos. Eu coloco um filme para você.”
“Posso?”
“Que pergunta é essa?”
“É que aqui eu sou só uma convidada, não será invadir a sua casa?”
“Invadir? Você está cansada, essa viagem deve tê-la esgotada. Dormiu bem? AH, que pergunta a minha, ninguém dorme bem num avião.”
“Eu dormir, dormi mas penso que é só cansaço mesmo.” Decidi retirar meus saltos, colocando-os ao lado dos seus sapatos e caminhei sobre o colchão, parecia que estava andando pelo céu. Ele sentou-se com suas pernas cruzadas, com o telemóvel começou a controlar a televisão. Eu sentei-me ao seu lado, havia almofadas á volta de mim, o que me deixava ainda mais confortável.
“O que quer assistir? Quer assistir a uma serie chinesa sobre medicina? É muito engraçada, embora me deixe triste ás vezes.”
“Triste?”
“Todos os atores namoram lá, e há sempre momentos de beijos e é um pouco constrangedor.”
“Quando isso me acontece, eu passo para a frente as cenas. Também não gosto. Ás vezes mais vale ver filmes de animação.”
“Até aí tem namoricos, Destiny!” riu-se “Mas vá, eu vou colocar aqui o inicio da serie, assim você sempre se acostuma ás series chinesas, que costumam ser bastante boas.”
O primeiro episodio tinha começado e Yixing agarrou em varias almofadas e deitou-se de barriga para baixo com aquele fato apertado, e sua cabeça apoiada em varias almofadas. Olhei para ele com vontade de fazer o mesmo mas mantive-me sentada com as pernas de lado.
“Descanse.”
“Eu estou a descansar.”
“Não, não está. Eu estou.” Suspirou, olhou para mim e caminhou em joelhos, pegando em algumas almofadas, juntando-as tal como fez para ele. “Aqui tem, agora por favor descanse. Pode adormecer se quiser, eu não lhe vou fazer mal. Eu sei que é estranho se deitar aqui mas como seu futuro professor de mandarim, tenho que obrigar meus alunos a descansar não é?” fez um sorrisinho, de novo e se deitou de novo.
“Eu não me preocupo, só não quero fazer-lhe parecer que me estou a aproveitar da sua bondade.”
“Não está. Eu é que lhe ofereci este espaço. Não foi você que se virou e disse, Yixing quero ir dormir, acha que pode me dar uma cama. Por tanto, você não está a fazer isso.”
“Obrigada.” Disse, deitando-me de barriga para baixo, tendo cuidado com o vestido, e coloquei minha cabecinha sobre as almofadas. Aquilo soube mesmo bem.
“É raro eu ter visitas de pessoas da minha idade, por isso sinto-me um pouco sozinho ás vezes aqui.”
“Não tem amigos?”
“Claro que sim, mas a vida deles é tão ocupada quanto a minha, e depois acabamos sempre por cancelar os planos, mas com o tempo você irá entender.”
“A vida aqui é assim tao ocupada?”
“Para você não vai ser, não quero que você pense nisso. É só que trabalhar, estudar, ir com o pai constantemente a reuniões, tudo isso é um pouco exaustivo, sabe. Meu quarto mal é usado, só mesmo para estudar e dormir, e comer.”
“Pois, compreendo. A vida de estudante é assim mesmo, nós só estudamos, dormimos e comemos.”
“Mas também tem que se divertir, e agora que você tem uma cidade nova a ser descoberta, não pode perder essa oportunidade.”
“É verdade.”
Olhei de novo para o ecrã, a serie mostrava uma clinica chinesa: o típico ambiente hospitalar, pessoas morrendo, outras sobrevivendo, e sim, muitos casais, uns se separando, outros se apaixonando. Se Hope estivesse ali, já estaria chorando agarrada ás almofadas. E embora a serie fosse interessante, Yixing estava focado na televisão e o sono começou levemente a chegar ao meu corpo, deixando-me cair a minha cabeça nas almofadas, adormecendo lentamente.
#Zhang Yixing#Zhang Yixing scenario#EXO FAN FICS#Fan fiction#PT FAN FICTION#EXO#Yixing Fan Fiction#ZHANG YIXING FIC
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Escola Sabatina, 13-16.04.21
Terça-feira, 13 de Abril
Pacto Com Noé
“Mas contigo estabelecerei o meu pacto; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres de teus filhos contigo.” Génesis 6:18
Neste verso, temos o fundamento da aliança bíblica que Deus fez com a humanidade: Deus e o homem entraram em acordo. Muito simples!
No entanto, existem mais elementos do que o que inicialmente salta aos olhos. Em primeiro lugar, existe o elemento da obediência humana. Deus disse a Noé que ele e a sua família entrariam na arca. Eles tinham que desempenhar a sua parte e, se não a fizessem, a aliança seria quebrada. Neste caso, eles seriam os maiores perdedores, pois, no fim, eram os beneficiários da aliança. Afinal, se Noé dissesse “não” a Deus e não fosse fiel ao pacto ou se dissesse “sim”, mas mudasse de ideias, quais teriam sido os resultados para ele e a sua família?
4. Deus disse “meu pacto”. O que revela isto sobre a natureza fundamental da aliança? Que diferença haveria no nosso conceito de aliança se o Senhor a chamasse de “nosso pacto”?
Por mais singular que seja esta situação específica, vemos aqui a dinâmica fundamental entre Deus e o ser humano na aliança. Ao estabelecer a Sua aliança com Noé, Deus mostrou novamente a Sua graça. Ele demonstrou que estava disposto a salvar o ser humano dos resultados dos seus pecados. Em suma, esta aliança não deve ser entendida como uma espécie de união de iguais na qual cada “participante” depende do outro. Deus “beneficia-Se” da aliança, mas num sentido radicalmente diferente da maneira em que o ser humano é favorecido. O benefício do Senhor seria o facto de que os amados de Deus receberiam a vida eterna – o que seria uma grande satisfação para Ele (Isaías 53:11). Mas isto não significa que Ele Se beneficia da mesma forma que nos favorecemos como parte recebedora da mesma aliança.
Considere a seguinte analogia: um homem cai de um barco no mar no meio duma tempestade. Alguém no convés diz que vai atirar uma boia salva-vidas amarrada numa corda para o trazer para dentro do barco outra vez. O homem que está na água, no entanto, tem que concordar com a sua parte do “acordo”, ou seja, agarrar-se ao que lhe é providenciado. Disto se trata, em muitos aspectos, a aliança entre Deus e a humanidade.
Esta analogia esclarece o conceito de graça na aliança? Qual deve ser a base do seu relacionamento com Deus?
Quarta-feira, 14 de Abril
O Sinal Do Arco-íris
“E disse Deus: Este é o sinal do concerto que ponho entre mim e vós e entre toda alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto na nuvem; este será por sinal do concerto entre mim e a terra.” Génesis 9:12, 13
Poucos fenómenos naturais são mais belos que o arco-íris. Quem não se lembra da primeira vez em que admirou aquelas incríveis faixas de luz que atravessam o céu como uma espécie de portal místico para o Céu? Mesmo para os adultos, a visão daquelas cores exorbitantes é de tirar o fôlego. Não é de admirar que até hoje o arco-íris seja usado como símbolo para muitas coisas: organizações políticas, cultos, bandas de rock, agências de viagens, etc. Evidentemente, essas belas faixas de cores ainda tocam o nosso coração e a nossa mente. Esta foi mesmo a intenção de Deus.
5. De acordo com Deus, porque é que o arco-íris seria um símbolo? Génesis 9:12-17
O Senhor disse que usaria o arco-íris como sinal do concerto (Génesis 9:15). É muito interessante que Ele tenha usado a palavra “concerto” aqui, pois, neste caso, o concerto difere de como é usado noutras partes. Diferente da aliança com Abraão ou da aliança do Sinai, não há nenhuma obrigação específica da parte dos que se beneficiariam do concerto. As palavras de Deus neste verso são para todas as pessoas, para “toda alma vivente” para “gerações eternas.” (Génesis 9:12). As palavras de Deus foram universais, abrangentes, independentemente de alguém escolher obedecer ou não ao Senhor. Nesse sentido, o conceito de aliança não é usado como em outras partes da Bíblia ao falar sobre o relacionamento entre Deus e o ser humano.
6. Em que sentido é que esta aliança revela também a graça de Deus? Quem iniciou esta aliança? Quem é o Benfeitor supremo?
Embora a aliança, expressa aqui, não venha com obrigações da nossa parte, o nosso conhecimento do que o arco-íris simboliza influencia-nos a obedecer ao Senhor? Em suma, existem obrigações implícitas de nossa parte quando olhamos para o céu e vemos o arco-íris? Pense no contexto em que o arco-íris foi dado e nas lições que aprendemos deste relato.
Quinta-feira, 15 de Abril
“Ficou Apenas Noé”
“Assim, foi desfeita toda substância que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca.” Génesis 7:23
Neste texto, encontra-se a primeira menção do conceito de remanescente nas Escrituras. A palavra traduzida como “ficou” vem de outra palavra cujas formas do radical são usadas muitas vezes no Antigo Testamento para transmitir a ideia de remanescente.
“Pelo que Deus me enviou diante da vossa face, para conservar vossa sucessão na terra e para guardar-vos em vida por um grande livramento.” (Génesis 45:7). “E será que aquele que ficar em Sião e que permanecer em Jerusalém será chamado santo: todo aquele que estiver inscrito entre os vivos em Jerusalém.” (Isaías 4:3). “Porque há de acontecer, naquele dia, que o Senhor tornará a estender a mão para adquirir outra vez os resíduos do seu povo” (Isaías 11:11).
Em todos estes casos, as palavras em itálico estão ligadas às palavras semelhantes “ficou somente Noé”, encontradas em Génesis 7:23.
7. Leia Génesis 7:23 e os outros exemplos. Como entende o conceito de remanescente? Quais foram as condições que levaram à existência de um remanescente? Como se encaixa a aliança na ideia de um remanescente?
Na época do dilúvio, o Criador do mundo tornou-Se o Juiz do mundo. O juízo mundial que se aproximava levantou a seguinte questão: toda a vida na Terra, até a vida humana, deveria ser destruída? Se não, quem seriam os sobreviventes, os remanescentes?
Neste caso, o remanescente foi Noé e a sua família. No entanto, a salvação de Noé estava ligada à aliança de Deus com ele (Génesis 6:18) – uma aliança que se originou e foi executada por um Deus de misericórdia e graça. Eles sobreviveram apenas por causa do que Deus tinha feito por eles, por mais importante que tenha sido a sua cooperação. Quaisquer que fossem as obrigações da aliança de Noé, e não importando quão fielmente ele as executasse, a sua única esperança estava na misericórdia de Deus.
Com base na nossa compreensão dos eventos finais, que incluem um tempo em que Deus terá um remanescente (Apocalipse 12:17), como é que a história de Noé nos prepara para fazer parte do remanescente? As nossas decisões diárias impactam a posição em que estaremos naquele dia?
Sexta-feira, 16 de Abril
Estudo Adicional
Leia de Ellen G. White: “O dilúvio”, p. 54-64 e “Depois do dilúvio”, p. 65-69 em Patriarcas e Profetas.
“O arco-íris, um fenómeno físico natural, era um símbolo apropriado da promessa de Deus de nunca mais destruir a Terra com uma inundação. Uma vez que as condições climáticas da Terra seriam diferentes depois do dilúvio, e que, na maioria dos lugares do mundo, a chuva tomaria o lugar do antigo orvalho que molhava o solo, era necessário algo para aquietar os temores humanos cada vez que a chuva começasse a cair. A mente espiritual pode ver, nos fenómenos naturais, revelações que Deus faz de Si mesmo (ver Romanos 1:20). Assim, o arco-íris é uma prova, para o crente, de que a chuva trará bênçãos, e não destruição universal.” Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 255
Perguntas para consideração:
1. “Naqueles dias o mundo fervilhava, o povo multiplicava-se, o mundo bradava como um touro selvagem, e o grande deus foi despertado pelo alarido do povo. Enlil ouviu aquele alarido e disse aos deuses no concílio: ‘O alvoroço da humanidade é intolerável e não se pode mais dormir por causa de babel’. Então os deuses concordaram em exterminar a humanidade” (“The Story of the Flood” em The Epic of Gilgamesh, trad. N. K. Sanders. Londres: The Penguin Group, 1972, p. 108). Compare esta razão dada para o dilúvio com aquela apresentada na Bíblia. 2. Além de advertir a sua geração sobre o iminente juízo de Deus, Noé buscou ajudá-la a sentir a necessidade de salvação. Porque é que esta verdade é impopular? (João 3:19; 7:47, 48; 12:42, 43; Tiago 4:4).
Resumo: As alianças de Deus com Noé foram as primeiras a ser discutidas na Bíblia. Elas demonstram o Seu interesse pela família humana e o Seu desejo de ter um relacionamento connosco. Deus reafirmou a Sua aliança com Noé, e o compromisso dele com Deus protegeu-o da apostasia e salvou a sua família.
“Este símbolo nas nuvens deve confirmar a crença de todos, e estabelecer sua confiança em Deus pois é um sinal de divina misericórdia e bondade para com o homem; que embora Deus tivesse sido provocado a destruir a Terra pelo dilúvio, ainda assim Sua misericórdia circunda a Terra. Deus disse que quando olhasse para o arco nas nuvens Se lembraria. Não precisa fazer-nos compreender que Ele jamais Se esquece, mas fala ao homem em sua própria linguagem, para que o homem possa melhor compreendê-Lo.” Ellen G. White, História da Redenção, p. 71
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O confinamento visto a partir de casa - testemunho de alunos
A professora Orlanda Valente solicitou aos seus alunos do 8.º ano, turma G, da Escola EBI/JI do Couço, que refletissem sobre a sua vida nesta fase de novo confinamento escrevendo algumas palavras.
Eis o resultado:
Ensino a distância Eram 7 horas da manhã quando ouvi o meu despertador a tocar, levantei-me ainda com um pouco de sono e fui desligar o despertador. Tomei o pequeno-almoço, lavei os dentes, dei um beijo à minha mãe e aos meus irmãos e vim para as aulas, aliás sentei-me na secretária e liguei o computador.
Das 8:30 às 10:15, não tivemos aulas síncronas, nem assíncronas. Foi trabalho autónomo de Geografia e Português. Depois, às 10:15, tivemos aula de Francês. A aula foi interessante, fizemos alguns exercícios sobre a nova matéria que iniciámos na semana passada. No fim da aula de Francês, e em modo de corrida virtual, fui para a aula de Educação Física. Terminei a manhã com a aula de Cidadania. Apresentámos os nossos trabalhos sobre o desenvolvimento sustentável e refletimos sobre as rápidas mudanças que vivemos. No geral, tenho conseguido fazer todas as tarefas, entrego dentro do prazo, mas o que queria mesmo era voltar a sentar-me na minha sala de aula! 24/02/2021 Eduarda Godinho, 8ºG (EBI/JI do Couço)
Ensino a distância Para mim, o ensino a distância, trouxe-me mais tranquilidade e concentração. Em casa consigo ter mais atenção e concentração, no realizar das tarefas, enquanto que na escola distraio-me mais e não consigo concentrar-me, disperso-me mais no realizar dos trabalhos. Há mais confusão na escola, enquanto que na minha casa tenho mais sossego. Uma das desvantagens do ensino a distância é o passar muitas horas em frente ao computador, o que torna o trabalho monótono e desmotivador, outra desvantagem é a duração de algumas aulas síncronas, deveriam ser todas iguais, com a mesma duração e não ultrapassar os 45 minutos; não falando dos problemas de internet que surgem, por vezes, e dificultam o nosso acesso às aulas. Apesar de, para mim, o ensino a distância ser mais produtivo, por vezes sinto falta da escola e do ensino presencial, pois em certas disciplinas é mais fácil trabalhar e aprender dentro da sala de aula. Gostava ainda de acrescentar que as regras e as normas deveriam ser iguais para todos cumprirem, pois há sempre exceções: há os que estão sempre presentes e com a câmara ligada e alguns estão presentes, mas sem a câmara ligada, facto com o qual não concordo. 24-02-2021 Martim Canejo N.º 10 8.º G
UM DIA DE ENSINO@DISTÂNCIA
Um dia de aulas a distância é dividido em aulas síncronas, assíncronas e trabalho autónomo. As aulas síncronas são as mais favoráveis, pois é onde aprendemos as matérias. Nas aulas assíncronas, ao fazermos as tarefas, podemos tirar as nossas dúvidas com o professor e no trabalho autónomo, como o próprio nome indica, temos de ser autónomos, isto é, fazermos os trabalhos sem intervenção do professor, o que nos leva a fazer pesquisas, o que é muito bom, aprendemos sempre coisas novas. Eu, tenho conseguido acompanhar a matéria e tenho feito as tarefas pedidas pelos professores, mas gostava mais de estar na sala de aula e partilhar as minhas ideias com os meus colegas de turma. Neste tipo de ensino existem aspetos negativos e positivos. No meu entender, são mais os negativos, pois de positivo só tem não precisarmos de sair, pois gosto muito de estar em casa. Como aspetos negativos posso enumerar alguns: as falhas de rede, o facto de nem todos os alunos terem acesso aos mesmos tipos de recursos, a falta de atenção(distrações), que presencialmente não acontecia tanto, o favorecimento ou desfavorecimento na avaliação das tarefas, pois alguns alunos têm ajudas (do pai, mãe, irmãos, …), enquanto outros têm de se desenrascar sozinhos, o que é injusto. Diria que se trata de “um tempo” em que só o tempo ajudará a avaliar os verdadeiros aspetos positivos e negativos deste ensino. Tomás Galvão N.º 13 8.ºG (EBI/JI do Couço)
O ensino a distância
Este confinamento não foi o nosso primeiro. Em Portugal, em março de 2020 foi feito o primeiro. O que os dois tiveram em comum foi o modo diferente de trabalho. Toda a gente que tivesse condições para o fazer ficou em casa em teletrabalho, incluindo os alunos. Mas, como em tudo, também houve/há um lado mau, que é a aprendizagem. Na escola, quando estamos a ter aulas, podemos interagir com os colegas e os professores de uma maneira mais fácil, podemos falar em pessoa com os nossos amigos e conviver com pessoas da nossa idade. Nas aulas online, porém, é muito mais difícil de o fazer, seja por problemas técnicos ou simplesmente pelo facto de estarmos todos separados. A quarentena teve coisas boas, como parar o bullying físico nas escolas, e coisas más, como aumentar a violência doméstica. Um dia, no ensino a distância, pode tanto ser produtivo e bom academicamente, mas no final do dia nunca será aquilo que temos na escola. Falta a presença dos nossos professores e amigos com quem podemos conversar e contar para tudo. Maria Inês n.º 9, 8.º G
O ensino a distância
O ensino a distância trouxe-me mais tempo livre, mais descontração nas aulas e até podemos comer entre todas as aulas, na escola não é assim. Aprendemos com mais dificuldade, os professores não conseguem explicar tão bem e não compreendemos, algumas vezes, a matéria. A avaliação não é tão justa porque uns têm ajudas e outros não. Eu tenho conseguido acompanhar as aulas e feito as tarefas, mas tenho muitos problemas com a Internet, falha muitas vezes. Às vezes estou em aula e a ligação vai abaixo e não consigo voltar a entrar. Rodrigo Firmino (EBI/JI do Couço)
Ensino a distância
O ensino a distância é uma forma de ensino que permite aos alunos aprender fora da sala de aula pelos meios tecnológicos. Este atualmente é muito usado, devido ao confinamento que nos foi imposto pela pandemia. Confesso que no início foi muito difícil habituar-me à rotina para ter aulas em casa, mas, com o tempo, fui conseguindo. O ensino a distância também tem as suas vantagens: mais acesso à informação, maior autonomia ao fazer os trabalhos e escolha livre de onde ter aulas. sA únicas desvantagens são a falta de convívio entre os colegas e não aprendermos tão bem como quando estamos na escola. Rita Canelas 8.ºG (EBI/JI do Couço)
Um dia de ensino a distância
Acordo às 7.45, ligo logo o computador porque é demasiado lento e leva muito tempo a ficar disponível para trabalhar, depois vou tomar o pequeno-almoço e às 8.30 começam as aulas síncronas. Cumpro o horário estabelecido, estou sempre presente nas aulas síncronas e assíncronas e participo. Não vejo nenhuma vantagem no ensino a distância, nem mesmo ficar em casa mais tempo ou poder acordar mais tarde. Vejo apenas desvantagens, como é a falta de tempo entre aulas síncronas, o tempo reduzido para a realização e envio dos trabalhos. Quero regressar o mais rapidamente possível à escola, sinto falta de estar com os meus amigos! André Bernardino (EBI/JI do Couço)
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Cinco erros que cometemos quando estamos sobrecarregados
Quando está sobrecarregado, pode ter reações que nem sempre ajudam na situação em que se encontra, em alguns casos pode até piorar. Pode até estar alheio a estes padrões, ou então sabe o que são e luta para não fazer nada quando a isso.
A seguir encontra cinco erros comuns que as pessoas tendem a cometer. Há soluções práticas para cada um, que o podem ajudar a sentir que está em cima do acontecimento e, portanto, melhorar o seu trabalho e realizar as tarefas mais importantes e resolver problemas.
1. Pensa que não tem tempo para fazer aquilo que o pode ajudar.
Por vezes, as pessoas têm grandes ideias que os ajudariam a sentir-se melhor e a ter maior controlo, por exemplo, contratar alguém para ajudar em casa, cuidar-se, consultar um terapeuta, tirar umas férias, organizar um jogo com uns amigos. Porém, acabam por desistir pois pensam que não têm tempo ou que esta não é a altura certa e aguardam o momento certo para essas atividades, que normalmente acaba por nunca chegar.
Em vez de pensar no que seria o ideal, escolha a melhor opção que dispõe no momento. Talvez não tenha tempo para saber quem são os melhores terapeutas mesmo que entreviste múltiplos candidatos, mas tem tempo para escolher alguém que preencha alguns dos seus critérios e tentar algumas sessões com ele.
Quando se tem boas ideias, mas não se atua sobre elas, pode gerar um sentimento de incapacidade ou incompetência. Também pode ter conjuntos intermináveis de “deveres” e desperdiçar tempo e energia a ter os mesmos pensamentos vezes sem conta. Ainda por cima, quando não há reação, perde os benefícios que poderia acumular se tentasse as suas próprias ideias. Ao agir tentando ajudar-se, vai praticar encontrando soluções exequíveis, sentir mais autoeficácia e colher os benefícios mais depressa.
2. Não utilizamos muito o subconsciente.
Estar focado não é a única forma de conseguir fazer as coisas. O nosso subconsciente é uma grande ferramenta de resolução de problemas.
Quando faço uma caminhada, a minha mente perde-se. Não pretendo caminhar muito concentrado, pelo contrário, deixo que o meu pensamento vá para onde quiser ir. Quando faço isto, invariavelmente, o meu pensamento vai para o trabalho, mas não de uma forma desagradável. As soluções para os problemas emergem, como que por magia, e as minhas prioridades tornam-se mais claras e sem grande esforço.
Apesar de saber isto, por vezes é-me difícil fazer uma caminhada durante os dias de trabalho (antes de as temperaturas ficarem muito elevadas). O que é interessante é que quando faço uma caminhada antes de trabalhar, a minha ansiedade para com o trabalho que tenho de começar rapidamente, acalma. Porém, isto não me permite ter perceções sobre os meus problemas e prioridades. Mas ambos podem acontecer.
O nosso inconsciente, a nossa mente errante é uma ferramenta de resolução de problemas e pensamento critico, tão ou mais poderosa do que a nossa mente focada. Utilizar a mente errante, vai ajudar-nos a fazer as coisas mais importantes, sem pressão de estar sempre focado e concentrado, o que poderá ser uma expetativa injustificada.
As pessoas que estão assoberbadas muitas vezes tentam bloquear pensamentos relacionados com o trabalho enquanto ouvem música, um podcast, ou outra forma de entretenimento. Mas isso podes-lhe tirar algum potencial de produtividade da mente errante. Procure identificar as atividades que, naturalmente, a sua mente vagueia de forma útil e de maneira que possa resolver problemas. Para mim, isto inclui fazer recados (conduzir), fazer exercício, tomar um duche e relaxar ao sol.
3. A ideia de estar sobrecarregado é vista como uma fraqueza.
Muitas vezes, sentimo-nos sobrecarregados simplesmente porque temos de realizar uma tarefa que não nos é familiar, ou porque a tarefa implica altos riscos e queremos ter um excelente desempenho. Só por si, isto não é um problema. Podemos trabalhar na tarefa, apesar desses sentimentos de esgotamento.
Porém, muitas vezes, somos duros connosco com o facto de estarmos sobrecarregados. Pensamos: “Não me deveria deixar afetar só por isto. Não é assim tão difícil. Eu deveria ser capaz de lidar com a situação sem ficar stressado.” Quando se autocritica, é mais fácil procrastinar, não só porque a tarefa ativa o sentimento de estar sobrecarregado, mas também porque ativa a vergonha ou a ansiedade de se sentir assim.
Algumas pessoas reagem a esta ansiedade e vergonha de outra forma. Podem abordar a tarefa com perfecionismo extra, ou podem ficar mais relutantes a pedir ajuda e conselhos aos outros. É importante que substitua a sua autocrítica com conversa mais benevolente, para a qual já forneci estratégias especificas.
4. Segue as suas abordagens e defesas dominantes.
Quando se está mais stressado, ficamos um pouco mais rígidos. Nestas alturas, temos menos disponibilidade emocional e cognitiva para ponderar as diferentes opções, tornamo-nos menos flexíveis no que diz respeito a adaptação a novas exigências e seguimos as formas tradicionais de lidar com as coisas.
Todos temos valores, mas nem sempre os usamos como vantagem. Por exemplo, a ponderação pode-se transformar em pensar demasiado, autoconfiança pode ser vista como microgestão ou fazer tudo sozinho, manter elevados níveis de desempenho pode ser visto como ser picuinhas ou perfecionista e engenho pode levá-lo a fazer as coisas de um modo, desnecessariamente, complicado ou pouco convencional.
Quando estamos com muito trabalho, devemos tentar ao máximo fazer correspondência entre os nossos valores e a exigência da situação. A tarefa ou o problema precisam de ____? (colocar o valor dominante, tal como ponderação ou autoconfiança). Ou uma abordagem diferente seria adequada à circunstância?
5. Os benefícios do apoio.
Se está sobrecarregado, provavelmente a sua energia emocional está limitada. Isto pode levar a alterações importantes no seu comportamento e na disponibilidade emocional. Estes comportamentos são subtis; normalmente dá um abraço forte aos seus filhos quando eles vêm ter consigo, mas nas alturas de mais trabalho, quase que só os aperta enquanto pensa noutras coisas e regressa ao que estava a fazer.
Está-se a boicotar. Está a perder oportunidades de preencher a parte emocional quando mais precisa, e arrisca a que os seus mais queridos percebam isso e façam de tudo para chamar a sua atenção (por exemplo, uma criança pode pintar na parede, ou o companheiro tentar arranjar uma discussão sobre algo pouco importante).
Identifique meios que ainda gosta para se conectar ao seu apoio, mesmo quando está com a energia emocional limitada. Por exemplo, gosto de desenhar com o meu filho de cinco anos, durante as minhas pausas, ou construir algo com os seus legos. Também gostamos de nos abraçar na cama enquanto estamos a olhar para os nossos ecrãs. Se tentar que estas atividades façam parte da sua rotina, elas acabam por caber no seu dia-a-dia ou na sua semana, por exemplo, se calhar consegue fazer um bolo com o seu filho ao sábado de manhã.
Ao estar consciente dos cinco padrões aqui explanados, consegue ultrapassar fases mais difíceis e desafiantes, mais facilmente, e com os outros por perto. São ideias exequíveis de pôr em prática e não uma simples razão para se autocriticar. Saiba quais são as armadilhas e torne-as mais fáceis de ultrapassar.
Texto adaptado do artigo da autoria de Alice Boyes, na edição da revista da HBR da edição de abril de 2021, e disponível em https://bit.ly/3xNKETS.
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