Canceriana ogra-sentimental, fotógrafa e estudante de Psicologia. Aprendiz de Cromoterapia e aspirante a taróloga. Tenho como rotina a luta contra a ansiedade e a depressão. Em busca do real sentido de viver e amar. Sonhadora. Conselheira, boa de papo e de copo nas horas vagas 🌸🍻
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"Eu tento te esquecer mas tudo que eu escrevo é sobre você. Eu não posso me enganar, fingir que estou bem porque não estou."
Nx Zero
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"Feliz dia das mulheres! Você é uma mulher foda que está conquistando tudo o que quer. Desculpa por todo machismo que já teve que passar. Nós homens somos uns babacas. Que você tenha o respeito que todas as mulheres merecem todos os dias do ano. Desculpa se te magoei de alguma forma. Essa nunca foi minha intenção. Pelo contrário, quero o melhor pra você. De coração, só te desejo coisas boas e pra tudo o que precisar, saiba que eu tô aqui e tô torcendo por você."
- S.
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30 days writing challenge
[Day 1] Descreva um lugar.
Abro os olhos ao acordar e percebo que nada mudou. Olho ao meu redor, paredes encardidas, quase não há luz, objetos sem cor, minhas flores desanimadas no altar. Ambiente sem vida. Coloco os pés no chão e diariamente tenho que me esforçar para conseguir levantar e dar andamento a mais um dia. Minha primeira imagem do dia é esta e não me recordo de ter sido diferente. Todos os dias quebro a cabeça à procura da solução, da mudança. No começo até me animo, faço mil planos, mas no fundo sinto que me acomodei dessa forma. As vezes olho pela janela do meu quarto e entristeço-me por não haver ali a possibilidade de recomeçar a vida do zero. Ainda tenho esperanças de que vou conseguir colocar em prática todas essas mudanças. Sinto que não estou longe de finalmente viver em um ambiente colorido e não só em tons de cinza. Quero poder abrir a janela e só conseguir ouvir os sons dos pássaros e do vento balançando as folhagens das árvores, sem mais cogitar a ideia de encontrar uma maneira de fugir em um outro lugar.
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Segunda-feira, 12 de março de 2018
Sinto enorme gratidão de ter vivido este domingo, a gratidão de ter vivido e sentido profundamente a energia da natureza junto à seres HUMANOS iluminados, emanando muita paz e amor no Festival do Amor junto a Vozes de Gaya. Para mim valeu muito mais do que uma troca de energias e sim um momento de renascimento interior, reflexão, transmutação e abertura ao novo. Venho caminhando procurando a solução para os problemas que venho enfrentando e carregando até então. Foram longos 13 anos, no mínimo, tentando compreender, culpando à Deus, minha família e principalmente a mim mesma por todos os acontecimentos. Nesse período muitas vezes fui criticada, desvalorizada, julgada por ser “macumbeira” ou bruxa; fui chamada de fresca todas as vezes que falava que tinha depressão/ansiedade, que queria sumir, me matar ou que simplesmente não queria sair de casa por não estar me sentindo bem emocionalmente; fui vítima de assédios sexuais e verbais, relacionamentos abusivos, machistas, onde não se era permitido usar maquiagem, roupas curtas, ter amizades masculinas e nem ter atitudes julgadas como tal; fui julgada por acreditar no amor, na mudança e no melhor dos outros e até por ter um impulso natural de querer ajudar o próximo, querer fazer o bem. Por fim, fui impedida de ser quem eu sou e impedida de viver. Hoje ainda continuo sendo criticada, julgada, mas felizmente aprendi a me proteger, a não abandonar a minha vida e os meus sonhos por outrem, a me afastar e a não permitir que esse tipo de pessoa continue fazendo parte da minha vida, além de não ficar calada e expor livremente os meus pensamentos. TODOS NÓS SOMOS LIVRES PARA SER QUEM QUEREMOS SER, seja heterossexual, homossexual, bissexual ou transexual; espírita, macumbeira, católica ou budista; extrovertida ou introvertida; fitness ou fora do padrão “imposto pela sociedade” ... NADA DISSO TEM A CAPACIDADE DE DEFINIR PORRA NENHUMA DE CARÁTER. Além disso, me dói ao perceber que em meio à uma situação de guerra, crise no país e no mundo, onde devíamos apoiar uns aos outros, a felicidade do outro é motivo de incômodo. Vivemos em uma era onde não se pode ter a liberdade de expressar e comemorar sua felicidade, pois sabe que uns vão comemorar e ficar felizes por você, enquanto outros vão invejá-lo por ter alcançado mais um degrau na vida. Por que ao invés de ficar desejando o que outro conquistou por que você mesmo não corre atrás das suas conquistas? A felicidade não depende do outro, mas sim de você mesmo. Tudo o que é plantado é colhido em algum momento de sua vida. Faça o bem sem olhar a quem. Afinal que mal tem? Fica a dica. 🙏🏼🌸❤️
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"Você é muito melhor do que muita, mas muita gente. Na verdade você tem um dos melhores corações que já conheci."
- S.
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S.: Você sabe que eu nunca quis te magoar né? Você é uma pessoa que cara, mora no meu coração de verdade. Nunca quis te fazer nenhum mal, de nenhuma maneira. Sinto muito se já te fiz alguma coisa.
Me: Eu sei amor. Nunca duvidei disso. E olha que sou uma pessoa muito desconfiada, que pra conseguir a confiança é muito difícil. Você não precisa se preocupar e nem se desculpar por isso, muito menos se culpar por alguma coisa. Eu gosto muito de você e não gosto de te ver mal.
S.: Preciso sim. Preciso me desculpar com você. Eu te devo muito. Você me ensinou muita coisa.
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Segunda-feira, 05 de fevereiro de 2018
O que fazer com a saudade acumulada? Com todos os abraços e beijos que guardo comigo para quando finalmente nos reencontrarmos? Sábado tinha tudo pra gente ter acabado com toda essa fúria chamada saudade, mas sabe como é tentar se encontrar em bloquinho de carnaval, ainda mais da cidade grande. Tentativas e tentativas falhas. O sábado acabou, cada um foi para um lado e no caminho de volta pra casa, a depressão resolveu dar as caras. Uma brechinha e ela sempre aparece pra tentar acabar com todas as partes boas e felizes da vida. Em meio a crise, meu celular tocou e era o S. detalhe que ele nunca me liga. Resolvi não atender e simplesmente deixar tocando até a linha cair ou ele desistir. Me encontrava em um momento de raiva, tristeza, querendo desistir de tudo, de nós por achar que os desencontros foram mera desculpa... Enfim. Lá estava eu colocando fogo mais uma vez. Ou melhor dizendo, a depressão me manipulando. Depois desse breve momento de drama, resolvi dar as caras e mandar mensagem fazendo a ‘Alice’ perguntando se ele por acaso tinha me ligado. O S. então resolveu retornar e eu atendi. Perguntou se eu tava bem, se tinha chegado bem e ficamos “discutindo” à respeito dos desencontros. Ao desligar, permaneci em crise e então resolvi dormir pra acabar logo com a dor e clarear a mente à respeito desse nosso relacionamento: se eu estava sendo justa comigo e com ele nos sentimentos, se eu era tratada de fato como uma ‘opção’ ou se era só uma neura minha...
No dia seguinte, ainda com pensamentos negativos me rodeando, o S. me ligou pela manhã e mais uma vez aguardei a ligação cair. No dia anterior, ele tinha me mandado uma mensagem perguntando se eu estava brava pelo fato de não termos conseguido nos achar no bloco. E eu não respondi. Aproveitei essa falta de resposta pra responder um pouco depois que a ligação dele caiu. O S. perguntou se eu estava ocupada, se podia me ligar porque ele precisava conversar, mas não era à respeito de eu estar brava ou não. Então ele me ligou, com uma voz abatida, me dizendo que precisava conversar porque estava tendo crise de ansiedade e a única pessoa que podia ajudar era eu. Na hora apaguei tudo o que tinha acontecido, todas as neuroses que havia criado pra acolhê-lo. Me dói, mas me dóí tanto ver uma pessoa que gosto passar pelo mesmo e eu não conseguir fazer muita coisa pra ajudar.
Hoje à tarde fui surpreendida com mais uma ligação dele, mas graças a Deus ele estava um pouco melhor do que ontem. Ligou pra saber como tinha sido o bloco do domingo, se eu tava bem e pra agradecer pelo apoio. Se receber mensagem dele já me deixava boba o dia inteiro, imagina agora que ele está pegando o costume de me ligar?!
Quando você começa a reparar tudo o que a depressão causa, tudo passa a fazer mais sentido. Você passa a pensar muito antes de tomar qualquer atitude. A depressão tenta te afundar, te induzir a desistir de tudo que te faz feliz. Paro, olho pra todos esses anos e vejo o quanto de coisa poderia ter sido evitada se eu tivesse a consciência que tenho hoje, sobre o quanto ela é capaz de manipular.
Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que ela tenta acabar com os meus sentimentos pelo S. Desde o começo eu digo e continuo afirmando que ele foi uma das melhores coisas que me aconteceram do meio do ano passado pra cá. Há uma distância sim entre nós pela questão faculdade e a cidade natal dele, mas se nada mudou entre a gente como o carinho, a consideração, a amizade nesses quase seis meses que a gente se conhece, é porque vale a pena sim lutar, persistir e deixar que o tempo nos conduza ao melhor. Eu gosto muito dele e tenho a plena certeza de que é mais do que recíproco.
P.s.: depois do que aconteceu com o M. e após ignorar muitas jogadas de tarot, é aí que eu não desisto de ficar com o S. mesmo, porque à respeito dele só cai carta maravilhosa GRAÇAS A DEUS!
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Terça-feira, 30 de janeiro de 2018
À partir de hoje, após me dizer que final de semana estaria de volta à cidade grande, conto os dias para reencontrá-lo. Tenho uma leve necessidade de dizer pessoalmente que estava com saudade, de poder te abraçar apertado e te beijar. Faz dois meses que a gente não se vê, mas fico feliz em saber que nada mudou entre a gente. O carinho, a amizade, as indiretas ‘diretas’ rs, as brincadeiras… permaneceram independente dessa pequena distância. Continuo sendo aquela boba que solta um sorriso toda vez que ouço sua voz através dos áudios nas mensagens, que se derrete quando recebe um elogio seu, que agradece a Deus todas às noites por ter colocado esse anjo na minha vida que é você. Não sei como as coisas desenrolarão esse ano, mas tudo o que eu mais quero é curtir cada minuto ao seu lado, não me importando com o amanhã. Sei que independente do que acontecer, nossa amizade vai falar muito mais alto e é isso que eu prezo. Tenho uma sorte enorme de ter tropeçado com você na vida, em um app de relacionamentos que ninguém costuma levar muito a sério e olha só, precisamente, cinco meses que a gente começou a conversar. Agradeço a Deus também por não permitir que eu desistisse, que eu acreditasse que essa história não tinha mais chance alguma, que era passado. Que venha final de semana e toda a energia boa do carnaval nos contagiar nos bloquinhos da cidade! 🎉
P.s.: Gosto tanto de você, caipira! ❤️
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Quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
A depressão é como uma caixinha de surpresas. Você pode fazer terapia, medicar-se, “curar-se”, mas um leve deslize pode fazer com que ela venha a tona novamente. Digo que a depressão é como se fosse um câncer. Inesperadamente ela pode voltar, talvez por motivos diferentes, mas está sempre presente esperando pela primeira oportunidade. Render-me ao antidepressivo foi a melhor decisão que tomei semestre passado, mas de dezembro pra cá não tem sido tão belo assim. As férias da faculdade chegaram e meu mundo desabou novamente. Com elas vieram a solidão, o cansaço e a angústia. Minha psicóloga ao perceber que eu estava rendendo-me mais uma vez, pediu para que eu falasse com minha psiquiatra pra aumentar a dose. Os primeiros 15 dias foram horríveis, potencializou tudo novamente, mas como quando dei início ao remédio fiquei muito mal, achei que após esse período os sintomas íam desaparecer, mas eu estava errada. Dias de cansaço, falta de apetite que causou a perda de 3/4kg, desânimo, coração acelerado quase me levaram a desistir. Pra mim, ao olhar no espelho, tava tudo normal fisicamente, mas a real não era essa. E então, mais uma vez minha psicóloga pediu para que eu falasse com a psiquiatra, mas para diminuir e trocar o remédio. E agora sigo nessa transição.
O motivo por eu ter contado isso serve pra mostrar como a depressão é capaz de te manipular e você nem se dá conta. Pelo que compartilho nos demais posts, já deu pra perceber que o S. tem sido um anjo na minha vida e continua sendo. Quando ele voltou pra sua cidade em dezembro pra passar as férias, não nos vimos mais, mas continuamos nos falando diariamente. Um tempo depois essas conversas deram uma esfriada, alguns dias ficávamos sem nos falar e eu achei que alguma coisa estava errada. Eu tinha me acostumado com tal rotina, mesmo tendo plena consciência de que ninguém é obrigado a mandar mensagem 24h por dia.
No começo do ano tive que mandar meu celular para assistência devido um problema no foco da câmera fotógrafo sem câmera, mesmo que no celular, falta ter um infarte. Avisei o S. e fiquei “incomunicável” por um pouco mais do que duas semanas. Falei à ele que qualquer coisa poderia me ligar ou mandar sms pois tinha conseguido um celular reserva, porém era antigo arcaico. Então nesse período não nos procuramos. Trocamos poucas mensagens em um dia que ele me chamou pra perguntar do meu celular, disse que estava com saudade dos meus gifs achei fofo, mas não estendemos muito mais que isso. Tá aí uma oportunidade para a depressão dar as caras novamente, não é mesmo? Foram dias e dias em que fiquei definitivamente LOUCA, OBCECADA, INSEGURA, lendo tarot todo dia, criando todo tipo de neurose possível à respeito do S. e nosso relacionamento. Lá estava ela me manipulando para que eu me rendesse, acabasse com minhas “expectativas” e me fizesse pensar que mais uma vez eu ía cair do cavalo. Graças a Deus, aos Orixás, a minha força de vontade, semana passada, mais uma vez consegui me reerguer e não colocar tudo a perder.
O celular finalmente chegou da assistência ontem AMÉM e uma das primeiras coisas que fiz foi mandar mensagem para o S., passar por cima de todos os pensamentos ruins que a depressão estava causando. Afinal se eu deixasse pra lá tudo o que a gente passou até aqui, nunca iria saber não é mesmo?
Uma das primeiras frases que ouvi foi “Tava com saudade de você!” seguido de “Deveria ter me ligado, mandado mensagem falando que tava mal. Você sabe que eu daria um jeito de falar com você. Pode me ligar quando for assim. Na verdade, fiquei chateado porque não ligou. Você nunca atrapalha. Você sabe disso. Sabe também que eu gosto e considero você pra caramba.”. Preciso dizer mais alguma coisa?
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Quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
2018 começou cheio de expectativas e tenho certeza que muita coisa boa ainda está por vir, mas minha cabeça permanece parecendo uma rave daquelas bem psicodélicas de tantas informações ao mesmo tempo. Muitas delas são criadas por mim sem ter um porquê. Totalmente neurótica. Quando é que essa insegurança, essa ansiedade vai embora?
Cada dia que passa tenho mais certeza de que o F. é meu carma. Um dia, quando ainda namorávamos, soltei do nada que ele era meu carma. Mal sabia o significado dessa palavra na época. Pelo fato de eu estar estudando mais o mundo espiritual, por ter lido algumas matérias, além de ler um resumo sobre minhas vidas passadas e realizar uma leitura de tarot, parei para refletir sobre toda essa nossa relação, os acontecimentos, essa ligação que não quer ser cortada. E fora isso, andei tendo alguns sonhos frequentes, estranhos com ele. O último que me recordo, acordei chorando. O pouco que lembro deste é que eu chorava provavelmente pelo nosso término ou discussão. Tenho a sensação de que há algo para ser resolvido entre nós já tem um tempo, mas ainda não descobri exatamente o quê. Eu, particularmente, não tenho o que conversar e resolver com ele além de agradecer pelos momentos felizes e me desculpar pelos ruins, e segue cada um seu baile. Gosto dele, tenho um enorme carinho, mas não é mais amor, não iria mudar muita coisa se voltássemos. Não quero passar por tudo novamente e tenho certeza de que ele também não. A pergunta é: E ele? Como ele se sente em relação a mim, a nós?
Sábado passado rolou uma comemoração de aniversário de um amigo nosso em uma balada. Já imaginava que íamos nos encontrar. Cheguei um pouco depois que eles pois estava em uma outra festa antes. Ao entrar já encontrei a galera, inclusive ele, cumprimentei o aniversariante e logo os demais convidados, mas o F. tinha saído da roda. Ok. Resolvi ir ao banheiro e quem encontro em uma fila, mais uma menina? Pois bem, já sabia que eles ficavam de vez em quando. Fingi que não vi, mexi no celular e fui seguindo a fila. Ao olhar de canto, percebi que ele me viu, talvez em dúvida, mas mesmo assim não falou comigo. Ele entrou no banheiro masculino e um tempo depois entrei no feminino. Ao sair não nos encontramos mais. Resolvi então pegar uma cerveja e ficar próximo ao grupo. Enquanto dançava e curtia com uns amigos que tinha levado comigo, senti alguém me cutucando: “E aí San, tudo bem?”. Cumprimentou à mim e meus amigos, sozinho, um pouco bêbado provavelmente, e voltou para a roda. Decidi então descer para a outra pista e acabei ficando um tempo por lá. Por conta do forno que estava, eu e meus amigos resolvemos voltar para a pista de cima. Estou eu dançando e quando olho próximo ao bar, vejo ele observando em minha direção. Ok. Um pouco depois, quando vou socializar com o grupo, avisto ele passando mal. O F. JAMAIS passa mal. Fica bêbado, muito bêbado, mas segura a barra. Só precisei socorrer ele de fato uma vez em três anos. Enfim, todos resolveram sair da balada e fazer o after em um restaurante 24h. Na luz, pude perceber que aquele não era o normal dele. Algo o incomodava. Conheço a peça e tenho certeza absoluta que eu era o incomodo. Eu, diferente da última vez que estávamos na mesma festa, ao qual me senti desconfortável, estava muito bem. Passei a brincar comigo mesma dizendo que ele passou mal porque ficou abalado com a minha presença, mas sinceramente falando, parando pra refletir o quanto qualquer comida/bebida que fosse, mesmo que pouca, me deixaria mal, enjoada se eu ficasse nervosa, preocupada, ansiosa... A primeira coisa que me ataca é o estômago, mas bom, cada um é cada um.
Ultimamente, por conta das minhas neuroses, da minha apaixonite pelo S., minha situação com o F. atormentando minha cabeça, várias vezes me peguei consultando as cartas. Toda vez caia as mesmas cartas e transmitia as mesmas informações. Podia insistir, achar que estavam erradas que de qualquer forma elas iriam dizer a mesma coisa: que eu preciso encerrar um ciclo amoroso pra dar início a outro, preciso abandonar as coisas que me deixam mal e abraçar àquelas que me fazem bem, ser confiante e ficar tranquila porque o S. têm sentimentos muito bons em relação à mim, e que sim, podemos tornar essa relação mais séria futuramente. Na verdade, acho que nós dois precisamos encerrar nossos ciclos amorosos, ainda mais porque faz seis meses que ele terminou com a ex ela já tá namorando outro, inclusive. E não quero que ele cometa a mesma burrice que eu e ela de mal terminar um relacionamento e já pular pra outro achando que tá tudo bem, tá tudo resolvido. Não, não é bem assim, ainda mais quando o relacionamento foi longo. Preciso de mais um pouco de tempo pra encerrar essa história, de mais uns seis meses talvez não. Bom, não sei. Só o tempo irá tirar essa minha dúvida. Além do mais, faz apenas três meses que a gente começou a ficar e ainda veio as férias pra nos separar. Então, vai precisar realmente de mais um tempo pra ver se é isso mesmo ou não que seja.
Ah, detalhe, a carta de Oxóssi, que é a Enamorados em Marselha, aparece a todo momento. Ou seja, vou estar encurralada e vou precisar fazer escolhas a qualquer momento, o que me dá a entender de acordo com todas as tiragens que é entre o F. e o S. Ou será que eu estou errada?
E assim sigo, ansiosa, neurótica, sem ter noção de como dar o primeiro passo pra mudar essa história. Será que o F. vai me procurar? Será que ele ainda tem o que falar pra mim? Quanto tempo mais isso vai levar?
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Sábado, 30 de dezembro de 2017
2017 com certeza foi um dos meus melhores anos. Ano de realizações pessoais, profissionais; amizades novas, diversão, sorrisos, choros, risadas, beijos, abraços, viagens, festas, loucuras, paixões... Foi o ano de um novo capítulo da minha história. Ano de altos e baixos, porém todos estes momentos serviram de aprendizado. Muitas vezes eu pensei em desistir, largar tudo, mas a minha força de vontade, meu objetivo em Terra me fizeram lutar, além do apoio de pessoas muito queridas. Hoje, apesar das oscilações de vez em quando, eu finalmente me considero uma pessoa feliz, realizada. Claro que tenho muito o que evoluir ainda, mas a sensação de não estar mais presa em um “quarto” escuro é tão boa. Agora eu vejo cada vez mais luz na minha caminhada.
Resiliência, foi a palavra mais marcante desse ano na minha vida. Olhar pra trás, ver tudo o que eu resisti até aqui e perceber que sou uma guerreira, que sou muito mais do que imaginava ser. E apesar de tudo, conseguir falar abertamente sobre e ajudar outras pessoas que passam pelo mesmo. É muito gratificante. Depressão, ansiedade e suicídio DEVEM ser falados sim. Muito, aliás. Não é frescura, não é algo passageiro. São DOENÇAS e o não tratamento pode fazer com que os sintomas virem uma bola de neve cada vez mais, até o momento que não há mais resistência para suportar a dor.
Não preciso dizer que a Psicologia também foi uma das melhores coisas que me aconteceu. Levou tempo para a realização deste sonho, mas finalmente consegui e me encontrei. O tempo passou tão rápido que quando paro pra olhar o calendário, não acredito que conclui 1/5 anos. Psicologia não é nada fácil, porém muito gratificante, onde todo esforço é válido.
Gratidão. Gratidão por Deus estar ao meu lado todo esse tempo me dando forças. Gratidão por estar muito bem acompanhada e protegida pelos orixás, deuses, bruxos, magos... o que for. Gratidão pela minha maravilhosa psicóloga, pois sem ela eu não teria descoberto muitas atitudes minhas inconscientes, além de estar ali me apoiando, dando sermão quando necessário. Gratidão pela minha psiquiatra. Gratidão pelos amigos, velhos e novos, que sempre estão comigo, tanto em momentos bons como ruins. Gratidão pelos meus pais e meu avô que hoje me entendem melhor e dão todo o suporte/apoio que preciso.
E que venha 2018 que tem tudo para ser um bom ano também, cheio de histórias pra contar, repleto de realizações. Ano da justiça, da colheita, regido por Xangô.
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"Procuro um amor que seja bom pra mim. Vou procurar, eu vou até o fim. E eu vou tratá-la bem pra que ela não tenha medo quando começar a conhecer os meus segredos."
Frejat
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"Minha alma sabe que viver é se entregar, sabendo que ninguém pode julgar se teve que olhar pra trás ou não."
Vanguart
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Sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Querido diário, Logo o ano de 2017 vai acabar e eu tenho tantas coisas para comentar sobre. Foram tantas turbulências, porém carrego comigo uma enorme gratidão por este ano repleto de aprendizagem, cura, amor, amizades etc. Os momentos ruins serviram de aprendizado, mas não foram o suficiente pra impedir a busca da minha felicidade. Deixo-me aberta para o novo ciclo que virá, mas para que isso aconteça preciso deixar o passado pra trás. Sou aquele tipo de pessoa que adora dar um pulinho no passado, mas em muitas das vezes acabo trazendo para mim muito mais além da nostalgia. Acabo trazendo de volta as mágoas, os sentimentos ruins. E estou aqui para deixar exatamente todo o passado pra trás para que eu possa enfim me libertar e começar este novo ciclo com o pé direito.
O que aconteceu entre eu e o M. tem sido uma barreira para novos sentimentos. Foram mais experiências boas do que ruins, admito. Tudo o que a gente viveu junto serviu como um aprendizado. Com ele aprendi muitas coisas das quais sou eternamente grata. O M. me mostrou que nem todos os homens são fechados, não demonstram sentimentos, não compartilham suas angústias com a parceira ou acabam por tornar um relacionamento abusivo, sem liberdade. Ele me mostrou que existe sim homens intensos, com a capacidade de demonstrar sentimentos, carinho, gentileza, de fazer com que a parceira se sinta realmente uma princesa. Além disso, abriu minha cabeça para falar de sexo. Algo tão natural, instintivo, normal, mas que eu não conseguia falar sobre e nem ouvir. Me fez aceitar também que não havia nada de mais em se relacionar com um bissexual. E com isso, passei a me colocar mais no lugar do outro. Se eu podia ser bissexual por que o outro também não poderia? Estes foram os aprendizados marcantes deste relacionamento. Apesar da parte ruim dessa história, M. eu te perdoo e levo comigo todas as coisas boas que me proporcionou. Só desejo coisas boas pra sua vida e muita muita luz! Que se encontre na vida e que seja muito feliz porque seu coração é puro, repleto de amor. Gratidão por ter entrado na minha vida e me transformado em uma outra San.
À respeito do F., eu sempre vou desejar à ele muita luz, muitas coisas boas, que ele consiga encontrar a paz no coração. É uma pessoa incrível e de um coração grandioso. Que todas essas energias pesadas que emanam nele seja tomado pela luz. Nesses quase três anos que namoramos também levei muitos aprendizados. Primeiro que ele chegou na minha vida pra libertar a San divertida, louca, farrenta que estava presa desde muito tempo por conta de um namoro anterior. Me ensinou que as coisas não acontecem na hora que eu quero, mas sim na hora certa. Me ensinou a dar um pouco mais de liberdade e também receber. Mostrou-me o real valor da união de uma família ao qual me sentia fazer parte dela também. O F. tentava me animar, fazer palhaçada todas as vezes em que eu me sentia triste. Muitas vezes me peguei sorrindo, rindo de longe ao ver ele fazendo alguma zoeira com os amigos. Me ensinou a ter mais prazer em viajar, respirar novos ares. Carrego comigo a nossa música do Natiruts “Você Me Encantou Demais” que vai ser impossível não lembrar, escutar. E as coisas ruins? Eu nem lembro mais, pois eu o perdoei e quero tanto seu bem. Pode ter sido um relacionamento muito mais conturbado do que feliz, admito, mas deixou muitas marcas boas. Tinha que acontecer. Ainda vamos nos encontrar nos aniversários e rolês dos amigos e sempre vou transmitir toda minha energia positiva para que o mal não o cerque. Gratidão por continuar em minha vida, mas visto como uma amizade que sei que posso contar quando precisar.
Perdoo meu pai também pelas brigas e falhas. Eu o amo muito e não vou deixar também que obsessores tomem posse dele. Continuarei mandando muita luz para acalmar seu coração, influenciá-lo a ver a vida de uma forma mais positiva. É difícil pra mim ter que encontrá-lo, pois a maioria das vezes volto muito carregada, mas tenho fé de que as coisas vão melhorar para ele, para nós. É questão de paciência, fé e muito apoio.
Perdoo minha mãe por ela não ter sido tão carinhosa e cuidadosa comigo todos esses anos. Hoje entendo que faz parte dela e isso não quer dizer que não me ame. Ela tem seus motivos por haver barreiras na demonstração de sentimentos, pela frieza, mas eu sei que ela está se esforçando todos os dias para quebrar essas barreiras, se tornar uma pessoa melhor, estar mais próxima a mim e ser feliz.
Creio que não há outros motivos que não permitam que eu dê início à um novo ciclo. Eu perdoo todos que me fizeram mal, que quiseram me derrubar. Peço perdão também à todos que de alguma forma machuquei. À partir de hoje eu aceito as mudanças, este novo ciclo que virá, aceito a felicidade que me espera. Quero renovar tudo o que for necessário, pois sei que Deus têm planos muito bons pra mim e eu devo muito à ele, aos orixás que andam ao meu lado sempre me protegendo do mal, me dando forças todas as vezes que eu quis desistir. Eu nada seria sem tê-los ao meu lado e pode ter certeza que retribuirei tudo em breve. Gratidão e que venha 2018!
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Me: Vou ficar bem. Eu sempre fico bem.
S.: Que bom amor. Vai dar tudo certo! Você é um mulherão da porra. Já te falei isso, mas é pra você não esquecer.
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Me (imagem): Diga três coisas que ama e odeia em mim.
S.: Não sei três coisas que não gosto em você. Não tem três coisas que eu odeie.
Me: E nem três coisas que gosta, rs.
S.: Ixi, esse eu sei até mais. Eu amo seu sorriso, amo o jeito que você é forte para lidar com a vida, amo o fato de ser tão independente e o jeito que você fica mexendo no cabelo. Pronto. Sua vez!
Me: Eu amo o jeito que você me trata, amo o seu caipirismo (acho muito fofo) e amo seu sorriso. Você é muito fofo que dá vontade de te apertar cutucar e esfregar sua cara no asfalto, rs.
S.: Ah, eu odeio quando você faz barulho com as unhas, odeio quando você ignora meus dramas e odeio que me faça andar. Sua vez!
Me: Odeio quando você faz drama desnecessário, odeio quando demora um século pra me responder (exceto quando está estudando) e tenho agonia quando você fica se estralando, rs.
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Sexta-feira, 25 de novembro de 2017
Querido diário, gostaria de compartilhar que ontem foi meu “último” dia de aula, minha “última” prova do ano. Um ano já passou e agora faltam mais quatro para que eu conclua a faculdade e seja finalmente formada em Psicologia. Passou tão rápido que quando percebi já estava na reta final. Falta exatamente UM MÊS para o Natal e mais uma semana para 2018. Tenho tanto orgulho de mim! Estou tão feliz por esse semestre estar sendo o mais feliz da minha vida: estou no caminho pra vencer a depressão e a ansiedade, conheci uma pessoa maravilhosa que me convenceu a não desistir do amor, consegui chegar até o final do ano na faculdade com sucesso... Tá tudo indo perfeitamente bem. Só me resta conseguir um emprego que não tem sido lá muito fácil. Ficar um ano parada, precisando depender dos outros pra prosseguir na realização de um sonho não tem sido nada fácil, mas como eu disse, eu não vi o tempo passar e talvez seja por isso que essa bad não tem me consumido e espero que não me consuma agora, com as férias. Toda semana saio da terapia mais realizada por estar finalmente me descobrindo e progredindo a cada dia mais.
Ah, sabe o que eu descobri há pouco tempo?! Consegui compreender o porquê de ter namorado com o F. por três anos, mesmo que as coisas não estavam indo bem já no primeiro ano. Resumidamente falando, graças ao Freud e a minha terapeuta OBVIAMENTE, descobri que eu estava transferindo ao F. o meu "trauma” de infância relacionado ao meu pai. Ou seja, por medo de ficar sozinha mais uma vez, eu aguentava os abusos e os xingamentos, fora a questão do F. ficar bem parecido com o meu pai quando bebia. Praticamente estava “namorando” com o meu pai. Quando me dei conta e parei pra refletir, BINGO! Era isso mesmo. Sofri muito com a separação dos meus pais até pouco tempo atrás e minha depressão é devido à isso também. Foi aí que eu passei a, ao lembrar do F., associá-lo à esta reflexão e não mais à briga punk que tivemos, a qual tive vontade de me jogar do 10º andar logo após. Todo esse peso ruim que carregava dentro de mim desde quando terminamos se foi, ficando somente as coisas boas como amizade e carinho, até porque eu estaria sendo injusta.
Outra coisa que gostaria de comentar é que finalmente tive coragem de apagar o M. da minha vida definitivamente. Algo me dizia para apaga-lo das redes sociais de uma vez, mas ainda o mantinha, mesmo sem receber as notificações das atualizações, por conta das coisas boas que ele fez por mim babaquice. E hoje finalmente consegui me desapegar disso também pra seguir em frente, linda e plena com essa minha nova aventura amorosa que só consigo sentir energias positivas. O M. não era pra mim e também não me merecia. Precisa crescer e MUITO ainda, abrindo os olhos pra realidade, que nem tudo é prazer na vida. Há suas responsabilidades e também suas consequências.
Hoje eu finalmente posso dizer que EU NUNCA FUI TÃO FELIZ NA MINHA VIDA e agradeço muito a Deus, meus protetores, mentores, guias por terem me ajudado a enxergar as coisas muito mais além do que a depressão e a ansiedade me permitiam.
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