unmerylilthots - Tumblr blog

[unmerylilthots]

            . ·✧  THE BELL’S SIBLINGS  ― AESTHETIC !

                                       ❝  𝚏𝚎𝚕𝚒𝚣 𝚊𝚗𝚒𝚟𝚎𝚛𝚜á𝚛𝚒𝚘, 𝚑𝚊𝚕! ❞                                                      @𝒔𝒎𝒄𝒓𝒕𝒃𝒐𝒚

[unmerylilthots]

breedingwall‌:

Brianna parou em frente à enfermaria, encarou os míseros centímetros faltantes para enfim ter acesso a mais lágrimas de dragão, e levar Eartha até uma curandeira; quando a fadinha fez o pedido, sem pensar muito pulou na amiga e abraçando-a com força — Se é assim… Pode contar comigo! Como sempre! — sussurrou com o rosto escondido no pescoço de Effie. Não entendia muito bem como as poções de humor funcionavam em seus usuários, mas se sua amiga não se sentia bem tomando-as não a obrigaria, se ela queria sentir, que sentisse! Que sentisse tudo, que vivesse a melhor das vidas! Ela estaria ao lado da outra apoiando-a: — Sabe que adoro esse perfume seu, não?! — brincou se distanciando e passando as mãos nos braços da Bell — Mas vou ficar de olho! Não posso te perder, mocinha! — falou batendo com o indicador no nariz da outra, um pouco receosa da decisão tomada pela fada. — Acho que essa regra é bem plausível! Mas eu e o Sersak! ECA! Como você pensou nisso?!— riu da desconfiança da Bell, se sentindo um pouco zonza precisava mesmo pegar mais remédios. Deu uma pausa encarando os ladrilhos do chão, enquanto tomava um pouco de ar: — Bem… Eu meio que preciso entrar aqui… — ergueu as mangas da camisa e mostrou as manchas nos braços — A curandeira acha que deve ser envenenamento por alguma erva… — deu de ombros — Não concordo… Eu não sou TÃO atrapalhada! E ninguém aqui me envenenaria! Começou quando as aulas voltaram… Sim! Eu escondi… Achei que podia dar um jeito, ou sei lá! Pelo jeito ela está dando um jeito em mim! — suspirou esperando a reação da loira.

Para ser sincera, Effy não esperava que o seu argumento para com a ruiva funcionasse de verdade e quando a garota lhe abraçou e entendeu o seu pedido, Eartha pode reagir com légitima surpresa, afinal, não estava acostumada com as pessoas serem razoaveis ainda mais com pedidos como aquele. --- --- Obrigada, Bree! --- --- Agradeceu, apertando a ruiva em seu peito com força. Ela riu com a capacidade da amiga de poder mudar de assunto e maneou a cabeça em sinal positivo quando ela mencionou seu perfume, de modo que quando ela trouxe a regra de volta ao assunto a loira já estava bem mais humorada. --- --- Você é linda, ele tinha acabado de terminar comigo, o que mais eu pensaria? --- --- Apesar da pergunta, as bochechas da fada se enrubesceram e ela esperava que o assunto terminasse por ali, afinal, algo bem mais importante tinha surgido. --- --- Envenenada? --- --- Era só o que lhe faltava. Brianna envenenada. --- --- Como assim?! --- --- Perguntou a Bell, sentindo o pânico lentamente fazer efeito em seu sistema. --- --- Mas o que você está sentindo? Como isso aconteceu? O que você está tomando?

[unmerylilthots]

gcrotaverde‌:

Em outras ocasiões, Melena não teria hesitado em aceitar a proposta de sua amiga, porém as circunstâncias não eram nada boas para si para concordar com algo tão grande. Se estivássemos falando do furto de um teste ou coisa assim, seria simples de se resolver, caso fossem flagradas. Mas uma festa clandestina com todos aquelas guardiões pela escola? Isso seria alguma coisa que seria impossível de se esconder.  ❛ —— Eartha, ‘cê tá doida? Nem sonhando!  ❜ A feiticeira disse com a voz cansada, quase detestando a si mesma por ser a responsável por cortar a onda da outra.  ❛ —— Olha o tanto de guardiões por aí! Os linguarudos da escola iam acabar entregando a gente num piscar de olhos. E você acha que vai sobrar pra quem? Não quero passar o resto da vida de castigo, não. ❜

A fada suspirou decepcionada que o seu plano havia sido tão rapidamente descartado  pela amiga. Normalmente a esverdeada era bem mais propensa a topar e inclusive organizar festanças clandestinas, parecia injusto que justo agora ela havia decidido tomar juízo, mas tirando os sentimentos egoístas, ela ficava orgulhosa da amiga. Triste, mas orgulhosa. --- --- Parece que os castigos andam finalmente dando efeito. --- --- Provocou ela, com um sorriso travesso nos lábios. --- --- Tudo bem...Não vou mais insistir. --- --- Finalizou a Bell, voltando a se entreter com seu jantar. --- --- Mas teria sido uma festa incrível. --- --- Sonhou acordada com um biquinho entristecido antes de finalmente dar o assunto por encerrado. --- --- Tirando a detenção e Adarem de lado, como você está? 

[unmerylilthots]

daringdcrling‌:

A curiosidade atiçou-se no momento em que Eartha mencionou algo importante que ela, teoricamente, não deveria saber. Balançou a cabeça em concordância, afirmando que não contaria a ninguém, mas o que ouviu a seguir não estava nem perto do que esperava. Ela e Aspen, irmãos? Como ele sequer havia pensado nisso? “Espera… Quê?” Deu um risinho nervoso, como se esperasse que Effy a dissesse que foi somente uma piada. Contudo, quanto mais pensava sobre, mais tudo fazia sentido. A maneira como Aspen parecia evitá-la, como o clima entre os dois ficou estranho na festa da cabana, como ele fugiu no Natal após descobrir que ela não tinha poderes… porque os poderes não eram a questão, e sim que ela havia o contado sobre como herdara a falta de habilidades mágicas dos pais. Porque seus pais eram Wendy e Edward Darling. 

“Irmãos, tipo… eu sendo filha de Peter Pan?” Ela não conteve a risada diante da ideia; tanto porque imaginar-se como filha de Peter parecia um conceito de outro mundo, quanto porque Aspen pensara aquilo por sabe lá Merlin quanto tempo. “Desculpa, eu não devia rir, mas isso é bizarro! E quando foi que ele descobriu que não éramos parentes?” Antes de nos beijarmos, eu espero, completou em sua mente. Demorou um pouco para controlar a risada, porém, quando conseguiu, foi pega de surpresa pela pergunta de Eartha. Sentimentos. Ali estava um tema com o qual não lidava bem. Em essência, a resposta era simples: sim, tinha vários sentimentos por Aspen Bell, e ainda não havia compreendido totalmente alguns deles. No entanto, se mesmo para si própria tinha dificuldades em admitir aquilo, mais difícil ainda seria admitir para Eartha. Ela não tinha o estômago para falar sobre, não no momento. “Sentimentos é uma palavra bem forte, não acha?” Deu a volta na pergunta, embora soubesse que não adiantaria. Não estava sendo exatamente discreta. “Eu não sei. Eu gosto de estar perto dele, e quando ele me ignorou por um tempo fiquei chateada, porque achei que significava que ele me detestava. Quero conhecer mais dele, e quero que ele conheça mais de mim, e também quero descobrir o que acontecerá depois disso, mas não sei dizer o que sinto ainda. Faz sentido?”

Não condenaria Jane por rir, o Narrador sabia que ela havia feito o mesmo. Era absurdo que o gêmeo tivesse sido tão cego por tanto tempo. Não era o passa tempo da fada ficar imaginando o que se passava na cabeça do irmão, mas naquele caso, ela genuinamente gostaria de saber de onde a ideia havia surgido. --- --- Exatamente! --- --- Confirmou a Bell, rindo junto ao não conseguir se controlar diante de situação tão insana. --- --- Eu não sei bem, eu acho que quando ele soube que você não tinha poderes e a coisa toda ficou bastante confusa depois disso. --- --- Ela tentava lembrar a ordem com o que Aspen havia contado a história, mas a bem da verdade é que havia ficado tão chocada com os pensamentos do gêmeo que muitos detalhes se perderam no caminho. Quanto a Eartha, ela percebeu que havia perguntado cedo demais algo que não era tão simples, não seria mesmo que Aspen não fosse seu irmão. Assumir ter sentimentos por alguém exigia coragem e não é sempre que as pessoas possuem esse tipo de bravura logo no começo da relação. --- --- Ele nunca poderia te detestar, Jane.. Ele ainda é humano. --- --- Defendeu a amiga, lhe estendendo a mão. --- --- Claro que faz. Você não precisa ter todas as respostas agora. Na verdade eu acho que nós duas podiamos usar algum tempo de qualidade juntas no lado esse fim de semana, o que acha? Só eu e você.

[unmerylilthots]

evilprrnce‌:

Franziu o cenho diante da resposta, visivelmente desconfiado — ainda mais ao perceber o leve estremecimento de Eartha quando ele mencionou o bolo. Entretanto, como a loira negava, Sersak não poderia acusá-la. Não que precisasse mais disso. Já estava incomodado o suficiente apenas em saber que ela tinha beijado Neevan; descobrir que tinha o enfeitiçado para falar tornaria a relação ainda mais conturbada.   ‘  Estava tão desesperada assim por beijar alguém que colocou sua vida em risco?  ’  acusou,  incisivo, negando uma vez com a cabeça. Ele não imaginava que a Bell pudesse ser tão imprudente, mesmo depois de tentar tirar a própria vida no ano anterior. Era como se não tivesse apego nenhum pela própria existência, e Sersak era incapaz de compreender um comportamento tão destrutivo. Nem nos piores dias tal ideia havia passado por sua mente. Uma parte dele devia estar feliz com a notícia de que a maldição não existia, liberando-o do fardo que ele vinha carregando desde que tivera a conversa com Grimhilde. Contudo, parecia haver algo que estavam deixando passar. Suspirou pesadamente, aliviado por ela estar viva mesmo depois de sua pequena aventura. Quase cogitava voltar a questionar a Rainha Má; exigir respostas; pedir o porquê de ela ter lhe enganado ou o motivo de Effie ainda estar viva. Por outro lado, tinha esperanças de conseguir respostas por conta própria.   ‘ Mas se é assim, fico satisfeito que esteja… bem  ’    em verdade, Eartha nunca pareceu menos que saudável, fisicamente falando, tanto que tinha condições de bater de frente com ele desde que tinha lhe passado as instruções que, acreditou, a manteriam viva.  ‘  Não diga uma besteira dessas  ’  retorquiu, percebendo que as coisas estavam saindo do controle, e que ele poderia lançar palavras que não tinha a intenção de soltar. O garoto era seu amigo e ele ainda se importava com ela. Desejar a morte por conta de um beijo nunca tinha lhe passado pela cabeça, e se a fada pensava isso dele, era porque não o conhecia. Apesar de tudo, ainda estava sob o efeito do brownie, e ao ouvir a pergunta, a resposta veio novamente, como uma torrente:  ‘  Me fez de idiota quando acreditei que estava apaixonada por mim  ’  desviou, então, o olhar, amassando a barba do rosto e caminhando para longe.  Ao ouvir a voz se quebrando na fala alheia, ele soube que ela estava chorando novamente. Era como se suas discussões sempre acabassem daquela forma, com ele partindo o coração da loira, e o Van Schlecht jurou a si mesmo que não haveria outro momento como aquele. Ele não tinha o direito de continuar fazendo a Bell sofrer, tampouco ela merecia alguém como ele em sua vida. ‘   Eartha… ’  deixou que arrancasse o prato de sua mão, engolindo em seco e abrindo a boca para impedir que ela saísse daquela forma.   ‘ Obrigado pelo doce  ’  foi tudo o que disse, por fim, contendo-se para não gritar assim que ela deixou o quarto. Ao avistar a cesta que um dia servira de suporte para os frutos que julgava envenenados, entretanto, Andries a lançou do outro lado do quarto com toda a raiva reunida dentro de si. 

Os pulmões esvaziaram o ar de uma só vez, em choque. Ele havia terminado com ela, mesmo com a menina tentando mostrar que o queria em sua vida, mesmo depois dela o atacar em uma rompante de raiva, depois de se declarar e dizer o quanto apaixonada ela estava, ele ainda não queria continuar com ela e então ela tinha sido beijada por outra pessoa e de repente era estava desesperada por contato físico? --- --- Eu não- Quer saber? Esquece, tá legal? Você não quer ou não consegue entender e se prefere acreditar nisso, ótimo. --- --- Não estava tudo bem, não estava nada bem, o fato do moreno pensar que ela se jogaria nos braços de qualquer um apenas para beijar, ignorando tudo o que ela havia dito e feito, aquilo magoava como ferro quente em sua carne. Mas acontece que ao mesmo tempo que ela estava magoada ela também estava com raiva e por enquanto ela podia sustentar aquela bravata, a atitude blasé, gritar os seus "ótimos" e sair de cena. Raiva é bom. Era a unica coisa que a estava impedindo de desabar bem ali. --- --- Foi você quem disse! --- --- acusou a fada, fazendo um gesto amplo em direção ao bruxo. Foi então que percebeu: Estava tudo errado. Não era isso que tinha imaginado que fosse acontecer quando ela planejou enfeitiçar o bolinho e levar até ele. Queria os beijos entre as conversas novamente, queria aquela noite após a festa na casa do lago, queria a lama em suas roupas e o toque dele em sua pele. Ela percebeu, tardiamente, que não conseguiria o que queria quando foi até o quarto dele munida do volinho e esperança. Sua esperança havia desaparecido. Eles realmente tinham terminado. --- --- Eu estou apaixonada por você, God damn it.  --- --- esbravejou ela e então respirou fundo, tentando se conter. E quando recomeçou ela estava mais calma. Não, não mais calma. Derrotada. --- --- Eu realmente tentei, Sersak. Mas agora eu vejo que a gente nunca teve uma chance. Não quando você se convence que ficar do seu lado é esse caminho sem volta para a destruição. Eu estava me apaixonando por você e realmente dói perceber que a pessoa que a gente gosta não gosta de si mesmo. --- --- Ela suspirou antes de ir. Estava a meio caminho da porta quando ouviu seu nome e então gerou em calcanhares, esperançosa de que ele fosse dizer algo que a impedisse de desistir para sempre. Mas então ele só agradeceu pelo doce e o coração da Bell afundou no peito. --- --- Por nada. --- --- Ela limpou a lagrima de decepção no canto do olho antes de respirar fundo e puxar a porta atrás de si. --- --- Estava enfeitiçado, by the way. --- --- Disse com tanto desdém que estava claro que ela queria machucá-lo, mais ou pelo menos tanto quanto ela estaca machucada agora. Ela não sequer teve tempo de conferir a reação dele pois o estrondo da porta se fechado ruidosamente a tirou esse pequeno prazer. Mesquinha, vingativa, egoísta e infantil, se um dia o bruxo chegou a cogitar que ela não tinha defeitos agora ele podia enumera-los a seu gosto, ela era uma fada e não uma santa e no momento ela não sentia como uma.

[unmerylilthots]

warghh‌:

Mantinha o tom mais ou menos ameno pelo bem das aparências, sendo bastante estranha a dinâmica entre as duas, com Yeren se esforçando para não rebater com deboche cada comentário que deixava a boca da loira, como fazia com as pessoas que desgostava. Qualquer um diria que não tinham uma amizade real, mas eram praticamente da mesma família para que a fada dos animais se desse ao luxo de ignorar a outra.   “ Alguns de nós nascem com sorte ”  frisou, sorrindo sem dentes, como se quisesse passar um recado. Percebia que ela se mantinha afastada de Akosk, que estava alheio à hostilidade de Yeren para com a Bell. Ou melhor, não alheio, mas ignorando por completo. A fera sempre foi mais mole que ela, e não dedicava-se a picuinhas, atacando somente aqueles que considerava uma ameaça real para sua dona. A morena meramente seguiu caminho, sem dar resposta. Ora, se ela tinha se oferecido era porque queria.  “ O que poderia ser tão engraçado? ”  virou a cabeça para encarar Effie, dessa vez sem sorrir, ao identificar que desfazia de suas atividades.  “ E eu adoro ” admitiu, sem vergonha alguma.   “ Isso não me impede de tentar conhecer outros lugares e outras espécies. Gosto de manter a mente aberta ”  duvidava que Eartha fosse compreender o que ela estava falando, dado seu pouco contato com a natureza. “ Pouco mais de dois anos agora. E você? ”   perguntou ansiosa, esperando que a outra ainda tivesse muito tempo na escola, para encontrar um pouco de paz no Recanto das Fadas antes de sua volta.  “ Tinker ainda está em plena forma. Devia aproveitar que pode se preparar um pouco mais para ser uma fada da garoa ”

A fada concordou com a cabeça, era verdade, alguns nasciam com sorte e era bom que a Ferale se considerasse assim, uma pessoa sortuda. Nesse sentido, a Bell invejava um pouco a fada dos animais. Ela parecia caber perfeitamente no papel que tinha sido lhe confiado, também, não parecia miserável por nenhum motivo e o fato da menina ser tão confiante na própria pele tinha sido motivo de inveja mais de uma vez, a Bell sabia que era sortuda, mas não se sentia assim a maior parte do tempo. --- --- Você tem razão, eu não quis dizer que não podia... só foi surpreendente perceber isso. --- --- E no final a constatação colocava os holofotes em apenas uma verdade: não era próxima de Ren como deveriam, e isso só fazia com que pequenas coisas apenas as afastassem ainda mais. --- --- Eu estou para trás em algumas matérias, então... Um pouco mais, infelizmente. --- --- Comentou, ainda que não considerasse um infortúnio viver em aether ela não gostava de reconhecer que havia repetido um ano e perdido outro, a colocando em uma desvantagem horrenda diante da morena. Não que fosse uma criatura competitiva, mas também não daria de bandeja algo mais para ser julgada e diminuída. Talvez a Ferale nem fosse dada a essas pequenas maldades, mas na cabeça da fada, que se cobrava mais do que todos a cobravam, era assim que os outros a enxergavam. --- --- Ela não vai se aposentar tão cedo, você sabe como é. --- --- Disse em concordância, já que as mães de Yeren eram igualmente ativas. --- --- E sim, acho que vou fazer isso. Vai sentir falta daqui, quando for? 

[unmerylilthots]

yourhghness‌:

Uma conversa séria era a última coisa de que precisava depois da viagem exaustiva, ainda mais com Eartha, que sabia ser impertinente quando queria. Ver que a garota estava sentada confortavelmente na parte de trás do vestiário só fazia com que o príncipe ficasse ainda mais desconfiado ao passo que se aproximava, nem um pouco disposto a sentar também. Isso só passaria a mensagem de que estava com tempo sobrando. Deu de ombros ao ouvir a pergunta, sorrindo de canto para confirmar. Tinha descoberto, com o passar do tempo, que mulheres ficavam facilmente exaltadas ao serem resumidas a futilidades, e ele não queria a fada sendo racional e sensata. “ Lembro vagamente ” comentou, mentindo e desviando os olhos, já que ainda não tinham falado sobre esse assunto, e ele não esperava que ela fosse trazer à tona. Tinha sido esse o motivo para que Njord tivesse se afastado dela, afinal, incapaz de dar suporte a algo como uma doença mental. Logo depois de a loira retornar para Aether, tinha prometido que não se aproximaria dela novamente, mas lá estavam. Comprimiu os lábios ao ouvir o relato, sem saber o que responder, ou sabendo e não dizendo.  “ Por que está me contando isso? ” disse rispidamente, já imaginando onde ela queria chegar, por conta do que agora sabia a seu respeito. No fundo, ele também recriminava Eartha por isso: a Bell estava para desperdiçar a própria vida no passado, mesmo tendo a chance de vivê-la plenamente; a mesma alternativa não era dada a ele. Um resmungo escapou de seus lábios ao ouvir que ela não o queria morto, e o Westergaard se virou de costas, passando a mão no cabelo enquanto suspirava. Então era isso, ela sabia. Tinha juntado os pedaços do quebra-cabeça.  “ Quer me ajudar mesmo que eu não tenha feito nada por você? Mesmo que eu tenha propositalmente virado as costas quando você tentou se matar? Você nem é tão altruísta assim, Eartha, me poupe ” disse, um tanto irado, sem nem mesmo saber se acreditava naquelas palavras ou se as dizia com a intenção de afastar a mais nova.  “ Como acabou de dizer, nós dois fazemos mal um pro outro, e não vejo de que forma poderia me ajudar agora. Está acabando. Não há nada a ser feito. Já aceitei ” completou, a voz se quebrando ao final.

Não sabia exatamente porque havia escolhido abordar o assunto com aquela história, dividir fatos e sentimentos que não havia compartilhado com mais ninguém, não é como se Njord não fosse julgá-la, ela sabia que ele o fazia, mas uma parte dela esperava que ele se sentisse mais confortável em falar sobre sua maldição se soubesse que ela havia estado do outro lado. Aparentemente, seu ponto não havia ficado muito claro já que ele precisou perguntar e no final das contas, nem ela mesmo sabia dizer o porquê. --- --- Eu não sou altruísta. Mas isso não quer dizer que eu queira que você morra. --- --- Contra balançou ela, já que uma coisa não era excludente da outra. --- --- Eu sei que você não gosta de fadas e não gosta mim mas tenha um pouco de fé, está bem? --- --- Ela mencionou, quase irritada com a ideia dele ter desistido. --- --- Tia Peri conseguiu drenar boa parte do gelo, podemos fazer isso por um tempo até encontrarmos algo mais permanente. Eu... andei pesquisando. --- -- Murmurou ela, puxando no bolso do casaco de veludo negro um pergaminho amarrado em barbantes e lhe entregando. --- --- Não é especificamente sobre seu caso, já que eu não sei nada sobre ele, mas maldições normalmente são charadas. Se alguém o amaldiçoou precisamos saber como foi e exatamente o que disseram, e encontrar a resposta. Mas, se foi uma coisa de nascença, então geralmente é uma metáfora. --- --- Explicou ela, esperando que ele entendesse seu ponto e talvez até lhe desse mais informações. --- --- Sabe, talvez você tenha razão, talvez eu não consiga te ajudar, mas você não precisa passar por isso sozinho. Eu sei que você não espalhou isso por ai, e que o grande Njord Westergaard não pede ajuda, mas chame do que quiser, acaso, destino... Agora eu sei o que houve e não vou deixar que desista.

[unmerylilthots]

pidpipcr‌:

                               Haviam muitas coisas que poderiam ser ditas sobre Brion, manipulador, conquistador barato, um aproveitador, mas não podia-se dizer que ele desrespeitava as mulheres com que se envolvia. Não que ele estivesse envolvido com a loira, mas ao ouvir o comentário sobre como ela era boa de cama, o rapaz limitou-se a sorrir antes de respondê-la. ‘ não posso confirmar ou desmentir sua afirmação, mas se quiser pode prová-la verdadeira em algum momento. ’ sugeriu, o sorriso sem intenção ainda em seus lábios, pra sumir em seguida quando a loira começou a patinar. Ele já tinha visto sua performance no show de talentos da escola, mas agora ao vivo e tão perto, podia afirmar com toda a certeza que ela era ótima. Acompanhou os primeiros movimentos dela com certo receio, Effy era tão graciosa que Brion ficou com medo que sua presença pudesse atrapalhá-la, porém, seguiu o ritmo que ela ditou, mesmo que com certa confusão, ele não era treinado para isto. ‘ acredito que sim, apenas me dê o sinal quando chegar o momento certo. ’  uma coisa não que não se podia negar era que Brion tinha força e coragem, Effy parecia leve, então não haveria grande problemas em tentar. ‘ pronta ? ’ perguntou.

Eu estava falando sobre ser professora. --- --- Corrigiu ela, com um sorrisinho sapeca no rosto, deixando que ele lhe guiasse pela cintura a medida que deslizavam no gelo. Adorava a sensação gélida no rosto, a forma como tudo fluía, era como voar, porém sem sair do chão. Era bom saber que o moreno compartilhava parte de sua paixão pela patinação como ela, ainda que ele fosse exatamente um cara artístico, apesar da flauta mágica que ele ostentava. Quando ele topou levantá-la, ela sorriu e assim que ele perguntou ela confirmou. --- --- Pronta. --- --- E apoiou-se no ombro alheio, deixando que ele a tirasse do chão, fazendo com que os corpos ficassem bem juntos. Ela aproveitou para levantar o pé direito, rindo com a sensação de deslizar pelos braços do moreno. Era um movimento simples, mas era a primeira vez deles patinando juntos e ele não era estava acostumada com arremessos, e por ser forte, era capaz de atirá-la do outro lado da pista de dança e um acidente acontecer. No entanto, não foi nada perigoso, foi emocionante e intenso, mas não perigoso. Uma sensação que ela não imaginaria sentir ao lado de Brion. Quando voltou ao chão, ela parou de patinar no entanto, encarando os olhos castanhos. --- --- Obrigada. --- --- Disse ela, com sinceridade. Ela pensou que seria uma boa ideia beijá-lo, mas exitou, como por puro reflexo e então se afastou, olhando para a mesa ainda posta. --- --- O que você preparou ali, huh?

[unmerylilthots]

Eartha acompanhava tudo com muita atenção, como se ela lhe narrasse uma história que se encontrava em livros e contos. A verdade é que, apesar de Effy não ser uma criatura dada a fofocas, ela estava estranhamente animada com o desfecho daquela em particular, puxando o suco pelo canudinho de forma ruídosa a medida que ouvia a amiga contar todos os detalhes. --- --- Então ele fez um escândalo quando ela sai com outros caras mas tudo bem se ela dormir com eles porque ele já dormiu com outras também? --- --- Ela tentou concluir. --- --- Que nojo! Porque eles continuam casados?

“ ––– Tá vendo aquele alto, de cabelo loiro e um bigode tão fora de moda que entrega de bandeja que ele não tem nenhum amigo? Se tivesse, alguém teria dito pra ele tirar aquele esquilo da cara porque o coitado está apenas passando vergonha.” Sussurrou a fada, apontando discretamente para o guarda próximo a entrada. Agora que sua varinha mágica não tinha utilidade, Ara haveria de encontrar outras formas de passar o tempo livre ––– e já que o um dos guardas da Ralien provavelmente pensava que todos realmente iam dormir as 9h, não era incomum que comentasse com o seu colega sobre sua vida pessoal ––– que pelo sono sua amiga Aurora, toda noite era uma novela diferente! “ ––– Então, ele tem uma esposa. Pelo visto ela se chama Sally, e ontem ele tava falando que não gostava quando ela se encontrava com o Bill, que segundo ela é um amigo de infância. Na semana passada ele deu a louca aqui porque ela disse que ia sair com a Louisa mas na verdade tinha saído com o Bill! Depois falou algo sobre vingança e sobre ele já ter dividido a cama com sua irmã mais nova e com sua melhor amiga mais de uma vez e que se ela dormir com o Bill e com o Mark ele não tem que reclamar.”

[unmerylilthots]

gcrotaverde‌:

O bom senso de Melena parecia ter surgido em sua mente após um longo período de férias, mas é claro que a bruxa tinha que dar espaço para a sua curiosidade. Não era comum que justo Eartha insistisse tanto em atitudes ilícitas!  Por isso, dando espaço para o seu pequeno demônio interior, a esverdeada proferiu um longo suspiro, antes de apoiar os cotovelos sobre a mesa do refeitório, procurando se inclinar na direção da fada para falar mais baixo ❛ —— O que você está planejando? Tem cinco segundos para me convencer ou eu caio fora dessa mesa. ❜ Sabia que as possibilidade de que a loira levasse a culpa era quase nulas, mas tudo aquilo poderia valer a pena à depender do que estivesse em jogo. 

Não era como se o plano da fada fosse do tipo infalível, mas ela não era nenhuma santa e aquela não era a primeira festa clandestina que ela planejava organizar. Era a primeira desde a sua volta, e consequentemente desde o incidente, e talvez a falta de remédios fossem o principal motivo, mas ela precisava muito de uma festa onde ela pudesse dançar até os pézinhos doerem. --- --- Me diga quando teremos a oportunidade de ter acesso as salas restritas novamente?! Podemos organizar uma festa, alguns alunos podem encantar o lugar para torná-lo a prova de som, e transformar algumas bebidas em álcool, você sabe! O bom truque água em vinho. Não diga que não está animada, eu te conheço Melena Upland. E ai o que me diz?

[unmerylilthots]

bornoftheocean‌:

Apesar de herdeira do trono de um reino cuja maioria da população possuía poderes ligados ao controle de elementos da natureza, Rey nunca teve a possibilidade de ensinar de fato alguém, portanto a sugestão da fada fez com que surgisse uma enorme animação. – Eu adoraria! Talvez a gente consiga se ajudar! Quais são seus poderes exatamente? Eu ando estudando sobre como começar a controlar água da chuva e essas coisas. – ainda que não fosse muito estudiosa, preferindo estar sempre do lado de fora do castelo do que dentro, Rey conseguia ser bem focada em relação a seus poderes. Tudo que envolvia magia era novidade em Atlantis, a herdeira era apenas a segunda de sua família a despertar com poderes. – Com certeza! E o jeito desse uniforme é tudo apertado. Lá em Atlantis a gente usa roupas mais folgadas e, bem, mais curtas. –  uma das coisas que mais sentia falta era poder se vestir da forma como gostaria. Ainda quando estava fora do período letivo tentava se encaixar no que os demais aprendizes de Aether usavam. Sentia falta dos tecidos leves roçando em sua perna com o vento que vinha do oceano. – De qualquer coisa. Eu não sei. Não mexeram com você?

Que coincidência! Eu sou uma fada do clima, faço garoar em flores, vegetações, para umificar o clima e alimentar as plantas. Então eu consigo controlar gotículas de água e transformá-las em garoa, mas nunca tentei fazer o contrário. Pegar algo em estado líquido e transformar em gotículas de água. --- --- Explicou ela, percebendo então que ela e a morena eram apenas dois lados da mesma moeda. Quem diria que um encontrão e chá em sua blusa poderia terminar daquele jeito? --- --- Sempre quis conhecer. Quem sabe algum dia tenha uma excursão para o seu reino, algum dia!? --- --- Ela pensou, e ainda que se considerasse uma pessoa séria, ela adoraria um modelito atlantis em seu guarda roupa, imaginava o quão bárbaro seria poder usá-lo em algum evento do colégio. --- --- Eu ainda não voltei para o dormitório, passei a noite na enfermaria. --- --- Explicou ela, sem querer falar muito sobre aquilo. --- --- Mas espero que não tenham mexido em nada, não que eu tenha qualquer coisa de valor, mas arrumar dá o maior trabalho. Que absurdo isso. --- --- Murmurou a fada. --- --- Onde é sua próxima aula?

[unmerylilthots]

evilprrnce‌:

A sensação de que estava fazendo algo errado lhe atingiu assim que as palavras deixaram seus lábios, tanto que o bruxo deu um passo para trás, recuando e levando uma das mãos às cordas vocais.   ‘ Eartha… O que tinha nesse bolo?  ’  franziu o cenho, pela primeira vez encarando-a com desconfiança. Para quem tinha sido criado em meio a alimentos enfeitiçados, ele deveria ser mais esperto. Contudo, não queria ser injusto com a fada. Ela não seria capaz de algo como aquilo, seria? Pessoas como Grimhilde seriam capazes de coisas como aquilo, apenas.   ‘ Espera, você beijou o Neevan?  ’  perguntou com certa ferocidade, sendo sugado pela informação. Os olhos eram acusadores, por mais que ele não tivesse direito algum de exigir alguma fidelidade da parte da Bell.  Tinham terminado o relacionamento e ela estava seguindo em frente, é claro. Sersak só não esperava que as coisas fossem caminhar tão rapidamente, o que era bastante hipócrita, se fosse pensar — ele não estava contando que tinha beijado outras garotas depois da excursão também, bem como flertado abertamente com Lilian, porque achou que isso tornaria as coisas mais fáceis depois da briga com a loira. Além do mais, agora o bruxo estava chateado com Neevan também; quando o incentivara a investir na ex-namorada de seu amigo naquela festa clandestina, ele não pensara, nem em um milhão de anos, que o conselho poderia se voltar contra ele um dia. Agora, sequer tinha moral para ficar irado com o herdeiro da Maldônia. Porém, tampouco tinha nervos para mostrar-se compreensivo, e naquele momento, seria Eartha a ser atingida por sua falta de compreensão.  ‘ Dá pra ver que vocês dois estão bem vivos  ’  disse, sem muita paciência.  ‘ Bom, ela não foi a única a me fazer de idiota  ’  afinal, ele tinha acreditado quando Effie tinha dito que estava apaixonada por ele, na floresta. E mesmo que a informação de que a maldição era falsa fosse verdadeira, agora, mais do que nunca, isso não mudava nada. Pelo fiapo de esperança na voz na mais nova, ele quase pensou que ela estivesse feliz com a revelação de que ele a queria. No entanto, aquilo podia ser só a vaidade de Eartha vindo à tona; a necessidade de ser adorada e amada por todas as pessoas que passavam em sua vida. Não era assim que ele via ela no passado? Antes de se conhecerem? Pois julgara corretamente, agora via.    ‘ Não me afastei de você porque estava amaldiçoada, já sabe disso. Me afastei porque está sujeita a riscos perto de mim, e se não pode compreender isso, só posso entender que não me leva a sério  ’

Novamente, Sersak estava fazendo todas as perguntas erradas. Não devia importar o que tinha no bolo, se ela tivesse pensado melhor antes de fazer aquela loucura teria se lembrado que comidas com poções era um legado de família do bruxo, mas não, diante de tanta confusão, Eartha apenas seguiu as ideias da amiga e acabou entregando um bolo enfeitiçado para o ex amante. --- --- Nada... --- --- Se defendeu ela, piscando algumas vezes, os olhos cinzentos e redondos, junto com os traçados finos do seu rosto deveria conferir certa inocência para agora que a ajudaria a mentir melhor naquele caso. Acontece que o corpo dela a traía e ela estremecia demais para alguém que não sabia do que o moreno estava falando. --- --- Esse não é o ponto. O ponto é que a maldição deveria ter me matado, certo? E isso não aconteceu. --- --- Reforçou ela, tentando trazer o fato mais importante de volta ao foco. O beijo com Neevan não devia importar, nada deveria importar já que o motivo pelo qual eles estavam separados não existia mais. De alguma forma, na cabeça da loira, ela imaginava que ele ficaria feliz em saber disso. Não havia mais perigo, as coisas podiam voltar a ser como eram antes mas então... A postura de Sersak era agressiva, ele estava irado e quando ele acusou os dois de estarem vivos aquilo a deixou bastante confusa. --- --- Você preferia que não estivéssemos? --- --- Ela arqueou as sobrancelhas, já que ela não podia imaginar que o bruxo estava dizendo aquilo que ela achava que ele estava. --- --- E como exatamente eu fiz você de idiota? --- --- Agora a loira também estava irritada, não gostava de tom usado pelo outro, não gostava do fato de algo que deveria fazê-los voltar a ficar juntos agora era um problema. Mesmo quando ela quase começou a chorar de emoção pelas palavras dele, o fato de que ele estava apaixonado por ela, nada disso o fazia ceder, agora ela estava verdadeiramente magoada porque havia finalmente entendido algo que Sersak estava dizendo há tempos. Não era a maldição. Podia ser qualquer coisa, qualquer coisa que os separasse ele não iria lutar para tê-la consigo. Uma doença, uma maldição, um problema. Eartha queria ficar, ele não queria. No final, era simples assim. --- --- Eu entendo. --- --- Ela limpou a lágrima quente e insistente que escorria pela bochecha. --- --- Eu só precisava ter certeza. Me desculpa ter trazido o assunto a tona de novo. --- --- Ela não podia mais ficar ali, era muito humilhação passar por aquilo pela segunda vez, por isso ela praticamente arrancou o prato da mão alheia, puxando consigo seus pertences e saindo dali como se o quarto estivesse em chamas. 

[unmerylilthots]

breedingwall‌:

— Effie… Eu acho que eu te dei uns dois ataques do coração… — encarou a fadinha preocupada — Sim… Ele se machucou… Por que você tende a sair com caras que são burros feito portas! — brincou sorrindo tentando quebrar o clima tenso — Hey! Primeiro: você tem sim o direito de ficar magoada! Somos melhores amigas e não se fica com o ex-namorado que a amiga gosta… — Brianna tombou o rosto e apoiou a mão no ombro de Eartha — Segundo: eu só não te contei, porque você resolveu me evitar pelo visto, sua bobona! — soltou um sorriso, esfregando a mão no braço da outra. O olhar compreensivo tornou, se tornou um olhar de preocupação — Você fez o que?! Por que?! Effie!!!!!! Pensei que já tínhamos passado dessa fase de negação das poções de humor! — resmungou — Você não está enlouquecendo! Só está doente! Como eu estou! Só isso! — soltara seu segredo, mas não se importava — Vem! Vamos para enfermaria! Você vai voltar com suas poções de humor nem que eu passe a madrugada fazendo uma para você! Aonde já se viu! Simplesmente parar de tomar o remédio! — falou virando um frasquinho de mercúrio vermelho que trazia no bolso da saia e puxando a outra pela mão em direção ao Castelo e à enfermaria — Já que é para falar sobre ex, e pegação! Já aviso eu me pego com o Njord! Por isso você pode me odiar, desde que volte a tomar sua poções de humor! — declarou. A esse ponto já estavam entrando na enfermaria.

A ruiva tinha razão. Ela sentia que estava bem perto do coração lhe saltar pela boca com a imagem do bruxo machucado, uma que a devastava bem mais do que uma possível traição. --- --- Ele não é burro! --- --- E mesmo estando magoada como nunca, ela ainda senti a necessidade de defendê-lo. --- --- Só... as vezes. --- --- Ela por fim admitiu porque ela sentia que era uma burrice eles não estarem juntos, mas não cabia a ela decidir. --- ---- Eu não sabia como confrontar você sobre isso. --- --- Defendeu-se a loira, até porque nos primeiros dias, a única imagem que lhe trazia certa calma era voar nos fios alaranjados da amiga. --- --- Eu não estou em negação... Na maior parte do tempo eu me sinto bem, não é como antes que eu não sinto nada, eu agora sinto tudo ao mesmo tempo. --- --- Explicou para a bruxa, como se ela soubesse o que aquilo significava. --- --- Espera, você está doente?! --- --- Interrompeu o fluxo dos próprios pensamentos e a imagem da menina bebendo algo da frasqueira saltou em sua mente. --- --- É por isso que está tomando remédios? O que está acontecendo? --- --- De repente, a briga por garotos parecia idiota, ela não se importava se Brianna beijasse todos os seus ex namorados, ela não podia estar doente. --- --- Não, Bree... Eu não quero! --- --- Forçou-se a sentar na cama, como uma criança que se recusa a ir para o banho, mas nada adiantou e quando deu por si estava sendo arrastada pelos corredores, mesmo através dos protestos da loira. Effy tinha que reconhecer que para alguém daquele tamanho a bruxinha era mais forte do que ela pensava. --- --- Bree, Para! Me escuta! --- --- Conseguiu antes que elas finalmente entrassem no cômodo. --- --- Eu não quero tomar por enquanto. Só por um tempo... --- --- Ela começou esperando que a amiga a ouvisse antes de finalmente arrastá-la para dentro. --- --- Eu preciso sentir as coisas que eu to sentindo, eu não quero me esconder atrás das poções. Se eu achar que vou perder o controle, eu te aviso, mas por agora eu só... Preciso da minha amiga. Acha que pode fazer isso por mim? --- --- A informação sobre o ex namorado fez a fada vacilar, mas não muito. --- --- Bom, acho que a regra é não ficar com os ex namorados que a gente gosta, os que a gente não gosta está liberado. Eu acho..

[unmerylilthots]

pidpipcr‌:

                                        A pergunta de Eartha sobre como Brion tinha conseguido providenciar toda a decoração em tão pouco tempo fora respondida apenas com um dar de ombros e um sorrisinho, não sabia se era o momento certo para simplesmente assumir que tinha enfeitiçado seus colegas para que eles trabalhassem a tarde toda para montar o lugar ideal para eles. O fato era que ele não esperava que ela fosse ficar tão empolgada em patinar. Acreditava que por ser uma atividade cotidiana da garota, ela não se animaria com isto, mas suspirou aliviado ao perceber que estava enganado. A animação de Eartha claramente demonstrava que tinha sido uma boa escolha, mesmo que totalmente clichê um encontro na pista de patinação. ‘ sim, achei que seria interessante. ’ deu de ombros de modo casual, ele nunca tinha patinado em duplas, o Hockey era um esporte de contato, mas um contato violento, sendo arremessado, caindo e se machucando o tempo todo. Observou enquanto ela vestia os patins e fez o mesmo, indo encontrá-la no centro da pista, foi difícil para o rapaz não patinar com toda sua velocidade e parar diante dela, mas manteve-se atento às explicações. ‘ achei que precisava ter o mínimo para os levantamentos. ’ comentou com um sorrisinho diante de sua correção, mas ficou em silêncio e a ouviu atentamente. Deixou que as mãos fossem direcionadas pela cintura da fada e notou que ela era mais estreita e pequena do que imaginara. ‘ sexo ? ’ completou a frase da outra, ele não possuía pudores, não acha necessário que ela os possuísse em sua presença também. ‘ sou muito bom na outra atividade, veremos se serei bom nesta, depende da professora. ’ sugeriu e então tornou seu semblante sério e esperou. ‘ indique o caminho. ’

Depois de tudo o que andava acontecendo na vida da fada, ela achou que merecia deixar tudo para trás e simplesmente curtir o momento com quem parecia fazer tanta questão de sua presença, como o flautista. Era mais fácil ignorar o bom senso longe das poções de humor que a trazia para um lugar mais seguro e mais ponderado de si mesma, por isso quando ele reafirmou que queria dançar em duplas com ela, a careta de surpresa com empolgação foi facilmente lida na expressão da mais nova. Quando ele finalmente a encontrou na pista, a fadinha estava bem mais disposta a se divertir, o que fazia os olhos cinzentos brilharem em uma empolgação excitante. --- --- Exatamente. --- --- Concordou ela, o sorriso escapando diante do rosto sério e corado da loira. --- --- Bom, modéstia a parte, eu também sou muito boa. --- --- Se era suas habilidades sobre patinar ou na cama, ficava da interpretação alheia para decidir. Ela não precisou de mais nenhum incentivo antes de dar o primeiro impulso, e deslizar no gelo, mesmo que devagar, esperando que o moreno a acompanhasse. Primeiro era como uma dançar no gelo, nada muito complicado visto que os dois tinham intimidade com o patins. Ela fez os movimentos de costas, deixando que ele executasse todos os movimentos de frente, facilitando as coisas até que a ideia surgiu na cabeça da menina. --- --- Acha que consegue me levantar? Só um levantamento simples? --- --- Ela perguntou sem perder o ritmo.

[unmerylilthots]

devlishsmile‌:

“Hmm… os três? Você me conhece tão bem, Eartha!” Juntou as palmas das mãos em comemoração, sabendo bem que sua animação iria apenas irritá-la ainda mais. A resposta não era completamente verdade: diferente de Cruella, nunca havia machucado um animal de propósito, mas era sempre divertido reparar em como as pessoas simplesmente presumiam aquilo sobre ela. Além de ser um bom estudo sobre a hipocrisia alheia, também era uma boa forma de atormentar o Clube de Proteção aos Animais. “Por educação…? Credo, Eartha, achei que você fosse a gêmea boazinha.” Fingiu se ofender, embora não quisesse soar totalmente convincente, porque queria mostrar a Eartha que estava a provocando. Gostaria de saber até onde ela morderia a isca em plena consciência, e, para sua felicidade, não demorou muito a descobrir. Aquela era uma face de Eartha Bell que estava adorando conhecer. “Well, look at that! Kitty got claws!” Soltou uma risada em regozijo. “Só tem uma coisinha, meu amor: você não manda em mim, e muito menos me assusta, então vou continuar fazendo o que eu quiser. Mas foi uma boa tentativa! Se treinar um pouquinho o olhar ameaçador em frente ao espelho, vai ficar mais convincente na próxima.”

Ela revirou os olhos cinzentos. Araminta não tinha um só osso em seu corpo que levasse qualquer coisa a sério. Era tudo uma piada, uma piada suja e de mal gosto aos olhos da fada, mas era preciso reconhecer que não havia nada que ela pudesse dizer que pudesse colocar qualquer sentido na cabeça da garota. --- --- Educação. --- --- Bufou a outra em puro escárnio. Era irônico que a garota usasse tal desculpa sendo que qualquer pessoa civilizada evitaria a atitude da outra. A fadinha já estava estressada com o comportamento alheio e quando ela a esnobou, a chamando de gatinha Eartha quase não se reconheceu. --- --- Eu estava torcendo pra você dizer isso, love. --- --- O sorriso era cruel, era cheio de uma empolgação doentia que ela não lembrava de reproduzir desde que começara com as poções de humor. --- --- Isso vai ser divertido. A gente se vê por ai. --- --- Comentou, deixando a asiática pra trás.

[unmerylilthots]

              ❛ POISONEDWINGS: a EARSAK moodboard ❜

                                𝓀𝒾𝓈𝓈   𝓂𝑒   b e n e a t h   the   m i l k y   𝕥𝕨𝕚𝕝𝕚𝕘𝕙𝕥                                 l e a d   me   out  on  the  ｍｏｏｎｌｉｔ  f l o o r                                 l i f t   your  𝚘𝚙𝚎𝚗  h a n d,  𝘴𝘵𝘳𝘪𝘬𝘦 𝘶𝘱  the  B A N D                                 make the 𝒇𝒊𝒓𝒆𝒇𝒍𝒊𝒆𝒔 dance silvermoon's 𝘴𝘱𝘢𝘳𝘬𝘭𝘪𝘯𝘨

@evilprrnce

[unmerylilthots]

evilprrnce‌:

Na realidade, seria melhor se não soubesse como Eartha estava. Por um lado – o lado mais egoísta – não queria que estivesse feliz longe dele. Por outro, esperava que estivesse bem e saudável, sem resquícios de maldição alguma ou envenenamento. Era mais provável que já tivesse retornado para seu habitual círculo de amigos, festas e namorados, independentemente do que Brianna tivesse dito sobre ela estar mais radiante quando estava com ele. O bruxo deixou escapar um suspiro, não se sabe se de alívio ou cansaço, quando ela deu uma resposta vaga. Se tudo permanecia igual, significava também que ela continuava magoada. “ Nada que eu queira falar ”  sua vagueza tinha de ser mais específica por conta da impossibilidade de mentir, mas quem olhasse a conversa de ambos de fora, pensaria que não passavam de conhecidos pouco interessados na vida um do outro.   “  Isso é útil em horas como essa ” sorriu, tentando fazer piada da própria situação como a Bell fazia, não passando despercebido que ela tinha ignorado o restante de sua pergunta, como se sua vida não lhe dissesse respeito. Antes que o Van Schlecht pudesse impedir, já que estava de boca cheia, Eartha invadiu seu quarto, obrigando-o a voltar para dentro logo depois de vistoriar o corredor. Não esperava que tivessem uma conversa tão longa que necessitasse de um cômodo privado, mas as coisas eram assim com Effie. Não apenas a aparência do brownie era boa, como seu sabor era incrível, e sem que percebesse o filho da Rainha Má já tinha o engolido por inteiro, sentindo que alguma coisa parecia estranha. Por conta de sua origem, o rapaz era sensível à magia, mas nada disse, esperando para ver o que a outra tinha a dizer.  “ O que houve? Está sentindo algo estranho? Sintomas estranhos? ” deixou escapar toda a sua preocupação enquanto inspecionava a mais nova, contendo-se para não inspecionar seu rosto também. Em seguida, todavia, foi pego de surpresa pela enxurrada de coisas que a loira dizia, um vinco se formando em sua testa à medida que escutava. “ O que quer dizer com não era nada? ”   ele não confiava na mãe, mas ela gostava demais de se gabar para que mentisse sobre aquilo. Queria fazer mais perguntas sobre como ela tinha chegado a essa conclusão – quase esperançoso de que pudesse ser verdade. Entretanto, no lugar de soltar mais perguntas, a boca passou a responder às declarações da ex-amante.  “ Você não percebe? O que eu mais quero é que as coisas voltem a ser como antes ” se viu falando, contradizendo-se, e destruindo todo o esforço empreendido até ali para manter a fada afastada. Ele sabia que não era ele que estava no controle enquanto falava, mas era incapaz de parar. “ Não me importo com Aspen, ou com Grimhilde. Estou apaixonado por você e queria que estivesse segura comigo, queria poder te proteger de minha mãe… Sem maldições sendo lançadas sobre você, Eartha! Eu queria que pudéssemos ficar juntos sem que a culpa me consumisse sempre que olho na sua direção ”

Era ingênuo da sua parte, mas ela realmente esperava que Sersak não perguntasse sobre como ela sabia que a maldição não existia. Ele não podia simplesmente tomar a palavra dela como verdadeira? Ela sabia que não existia, e pronto. Ter que contar que havia beijado outra pessoa não era algo que ela queria compartilhar com o moreno, ainda que não estivessem mais juntos, ela se sentia envergonhada, como se tivesse feito algo de errado. --- --- Ela disse que um contato mais íntimo, como um beijo, faria a maldição acordar, não é? --- --- Confirmou ela, tentando lembrar das palavras exatas repetidas pelo Van Schelecht. Maldições, como aquela, tinham a tendência a dar mais importância nas palavras, como numa charada. É como se diz no ditado,  “o diabo está nos detalhes”. --- --- Logo após a viagem para Neverland, teve aquele desafio idiota e Neevan me beijou. --- --- Ela não precisava de um espelho para saber que as bochechas delicadas estavam em um tom alarmante de rosa e ardiam como se estivessem em chamas. --- --- Ele está vivo e eu estou viva. Então... Isso deve ter sido uma forma dela ter te enganado, não é? Te fazer sofrer. --- --- Era estranho que ela se apegasse tanto na possibilidade daquilo não ser nada, apenas um mal entendido. Ela queria tanto que as coisas voltassem a ser como antes que ela estava disposta a ignorar qualquer outra prova que a trouxesse para realidade. Era egoísta, era imprudente era teimosia, mas ela não se importava. Não se importava nem com o fato de que dizer aquilo tudo para o moreno podia levar a uma decepção ainda maior, mas quando ele disse que estava apaixonado por ela, ela sentiu o sangue deixar seu rosto, e ela ficou imediatamente gelada. --- --- Você está? --- --- Perguntou, como uma criança perdida e ela vacilou entre dar um passo e ficar no mesmo lugar. Ela queria correr até os braços dele mas o fato dele se sentir tão mal toda vez que a via a fez ficar parada no lugar. --- --- Você não entende. Eu não estou segura longe de você. Com maldição ou sem maldição, eu não ligo. Eu quero ficar com você. --- --- Pelo narrador, se ela pudesse fazê-lo entender aquilo. Se ela pudesse forçar aquele pensamento dentro da mente dele ela o faria.