Marry (mun). multi-muse. semi-active and FRIENDLY rp. read about and RULES before interacting. History and more UNDERCON. INDEPENDENT Roleplay, PT/BR only. tracking #ultimusutopia I believe that it's aerodynamically impossible for a bumble bee to fly, that there's a CAT IN A BOX somewhere who's alive and dead at the same time ( although if they don't ever open the box to feed it it'll eventually just be two different kinds of DEAD.
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O tempo passava de forma diferente ali dentro o mesmo valia para cada peça viva ali dentro, a definição de tempo nos olhos dela não era o mesmo para outras exposições ali dentro – por mais que se sentisse solitária havia se acostumado com aquilo, era uma presença que desejava que não podia ter, possuir, roubar ou até mesmo criar apenas para si, Hope era a melhor presença que sabia bem daquilo, os rabiscos infantis espalhados pela sala apenas mostrava o quão solitária ela se sentia e ainda sim - era uma rosa a espera de seu criador. Ao mesmo tempo que aquilo podia ser um remédio ela sabia melhor do que ninguém o veneno que aquela solidão iria lhe causar, ainda sim os olhos dela ainda esperavam com a mesma esperança de antes.
Um sorriso solitário Uma única 『 R O S A 』 O brilho inocente Tão diferente da inveja 『 A M A R E L A 』— ❝Agradeço de coração Senhor Yahiko, por querer guardar um presente tão infantil como esse. Me sinto de certa forma eternizada em seus pensamentos dessa maneira. ❞ Hope dizia com uma expressão suave esboçada em seu rosto, ela então afirmava com a cabeça dando alguns passos ao redor dele enquanto dizia. — ❝Uma vez havia uma garota aqui, ela também era uma das pinturas. Era uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis, ela era bastante animada…o tempo que ela esteve aqui ela nunca gostou muito de interagir diretamente comigo, talvez por eu ser uma “adulta” aos olhos dela ela não gostava de mim. ❞ Hope exibia então uma expressão parecendo nas palavras que desejaria dizer e como expressa-la. — ❝ Talvez aquela garota fosse alguém realmente querida de Guartena, toda Galeria realmente amava ela, mas…a solidão de uma criança é diferente da solidão de um adulto. ❞ Hope então olhava na direção de Yahiko enquanto colocava os braços atrás das costas. — ❝Ela não esta mais aqui, nem mesmo o que ela desejava prender aqui dentro. Se você pudesse Yahiko, ter algo que deseja, mas não poder ter perto de si…você a prenderia em uma caixa de vidro ou a observaria fora da caixa longe de você? ❞
O homem alto apreciava aquelas expressões de felicidade e conforto com certa curiosidade. Como uma criatura que sempre lidava com sensações ligada ao pesadelo, emoções rotuladas como boas não faziam parte do seu dia a dia, com isso achava intrigante quando seres a sua frente as apresentavam. Não era algo que gostava, mas em relação a garota, preferia dessa forma. Peças fardadas a aguardar seu criador… que trágico. - “A solidão não é algo completamente ruim, até por que não acho que seja qualquer humano que enxergara esse mundo como um país das maravilhas.” - afinal tudo ali era disforme. - “As bonecas são um ótimo exemplo disso.” - completou rapidamente. Porém sempre iriam existir criaturas como aquele pintor que enxergava beleza no bizarro. - “Seria uma honra, mas tenho certeza de que, apesar das aparências, a personalidade de vocês será bem diferente. Duvido que ela me faça uma companhia tão boa quanto a sua está sendo.” - até porque para que ele a encontre no mundo, as circunstâncias seriam bem desfavoráveis para a figura feminina.
Yahiko acompanhou os movimentos alheios com os olhos, vendo-a colher os rabiscos que pouco haviam chamado sua atenção. Não pela forma como eram traçados, ele não julgava essas coisas, mas sim pela falta de importância até então. - “Me recordo e acho que seria muito interessante te ver conhecendo o outro lado.” - esboçou um sorriso simpático. Segurou os desenhos entregue, sorrindo, realmente pareciam ser feitas por uma criança e isso de certa forma era gracioso. - “Aprecio a atitude, porém em um mundo assim, você só traria uma imagem daquilo que você pensa que ele é… Não acho tão seguro e não muito correto também.” - apenas uma observação. - “Irei guardar! Mas, senhorita Hope, pode ter certeza de que seria bem difícil me esquecer de você.” - sorriu de forma tranquila, só com lábios. - “Não está horrível… Está do seu jeito e isso já basta para ter uma beleza única! Fico agradecido e guardarei junto a minhas coisas.” - Fez um pequeno afago nos cabelos alheios. - “Bom! Acredito que sim, obras são uma mistura de memória, sensações e principalmente enigmas.”
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Ouvir as palavras dele fez o coração de Hope se aquecer, ela sabia que havia sido criada a imagem de uma pessoa que Guartena deve ter apreciado e gostado profundamente, dentro dela a sensação de ser substituível e esquecido para quem ela mais esperava fazia seu coração doer de uma forma que não conseguia explicar a rosa que segurava era a única prova da existência dela ali dentro, de seu coração e alma. — ❝ Obrigada Senhor Yahiko, não sabe o quanto essas palavras significam para mim. Sabe, eu acostumei a viver sozinha aqui dentro, digo não ter humanos junto a mais a galeria em um geral é bem viva, mas todos nós esperamos dentro de nós a volta de Guartena, nosso criador. Ao mesmo tempo que ele nos proporcionou essa vida e liberdade dentro dessa Galeria, teremos sempre essa benção e maldição conosco…vamos sempre esperá-lo voltar, mesmo que isso não aconteça. ❞ Hope guardava a rosa novamente soltando um suspiro e voltando a olhar diretamente nos olhos de Yahiko, ela esboçava em seu olhar expressão agora completa calma. — ❝Talvez um dia o Senhor Yahiko encontre a mulher parecida comigo em suas viagens ou passagem pela sua vida, mas ouvir falar que eu fui criada para um propósito mesmo que encontre essa pessoa você não vai encontrar a “Hope” sem ser eu. ❞ Ao final das palavras ela exibia um sorriso doce e confiante. — ❝Então não se esqueça da pintura a sua frente. ❞ Hope então juntava as mãos de forma animada. — ❝Se possível um dia como havia comentado adoraria olhar o mundo a fora, nem que for por alguns minutos ou horas, adoraria conhecer mais sobre você e as pessoas lá fora. ❞ Ela então exibia um semblante pensativo começando a juntar alguns dos rabiscos espalhados pelo chão e colocá-los ao lado do grande quadro coberto em meio a sala, um dos rabiscos ela então se aproximava dando a ele claramente era comparável a um rabisco de criança, mas todos tinham o mesmo padrão a cor de cabelos e olhos e um claro sorriso desenhado na face da pessoa. — ❝Eu sempre tento desenhar Guartena, talvez como um desejo de trazê-lo de alguma forma para cá, mas para não esquecer o rosto dele também o tempo aqui as vezes você acaba perdendo noção depois de uns dias. ❞ Hope confessava um pouco sem graça. — ❝É por isso que quero que fique com você, eu acho que foi um dos meus melhores rabiscos!❞ Ela então juntava as mãos sem graça. — ❝Sei que é horrível e nada se compara a suas criações, mas quero que fique. Para não se esquecer de mim quando for e pelo menos na mente de alguém eu permanecer viva também. ❞ Hope soltava uma risada sutil segurando o vestido branco abrindo o sorriso. — ❝Definitivamente não vou esquecer o Senhor Yahiko é por isso que nós pinturas somos cridas nãos? Para aquela memória nunca ser esquecida e eternizada para sempre. ❞
Yahiko assentiu enquanto fechava os olhos por breve momento. Um artista e uma pintura, por mais que ela não seja uma obra sua, havia uma semelhança que o fazia compreendê-la e qualquer outra criatura dentro daquele mundo. A semelhança não estava nas características de seu estilo, mas sim a qual compartilhavam de um mesmo universo da imaginação dentro do que era considerado bizarro por muitos humanos. - “Talvez! Não sei afirmar ao certo.” - admitiu. - “Eu gosto de fazer algo para que cada pessoa que observe sinta uma sensação própria. Alguns podem sentir desconforto, outros uma curiosidade genuína. Eu gosto quanto a sensação é diversa.” - suspirou um pouco antes de prosseguir. - “Mas eu não giro tanto na questão primitiva, eu busco mais o medo humano que acho mais divertido e complexo. Os animais giram apenas dentro de um ciclo de presa e caçador.” - concluiu dando de ombros.
Deu mais um conforto para sua ouvinte. - “Está tudo bem. O medo é natural e inevitável. Para te deixar mais tranquila, meus quadros procuram explorar o medo dentro de pesadelos. Entra em um ponto mais específico.” - sabia o quão complicado era conseguir explicar. - “Isso é verdade, eu sou estranho.” - afirmou entre risos. - “Quem é de nós seria normal, não é mesmo?” - não usou de forma ofensiva. - “Aproveitar? Já está sendo uma bela excursão. Tudo aqui tem sua beleza particular, é muito bom pode ter sido uma dessas pessoas que consegue entrar e explorar esse local.” - estava sendo bem sincero, suas feições entregavam o fascínio.
Olhou para a sua rosa novamente, ele realmente era única e estava orgulhoso disso. - “Todos nós temos um pouco de exclusividade. Por exemplo você, senhorita Hope.” - alisou uma das mechas de cabelo da garota. - “Nenhuma outra pintura vai ser igual a você, pode existir uma semelhança física, mas você tem o seu próprio motivo para ter sido criada.”
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Hope sem duvidas não tinha conhecimento vasto como trabalhava a mente de um pintor, mas conviver em meio de uma galeria representava o mundo e a alma de quem o criou – seja ele belo ou horrendo aos olhos de muitos, isso ela devia compreender. — ❝ O Senhor Yahiko deve fazer um trabalho único então, digo…! O medo é algo mais primitivo do ser humano não? Todos sentem medo, até animais, acho que a idéia de estar exposto a algo que deixa as pessoas vulneráveis não trás conforto. Corações são frágeis como uma rosa, mesmo que tenha seu esplendor ao máximo ainda são frágeis a coisas assim. ❞ Ela suavemente retirava rosa do bolso do seu vestido segurando nas mãos como se fosse o maior tesouro que possuía, o brilho sutil das pelas claras sempre lembravam a cor do cabelo dela. — ❝ As vezes as pessoas também não desejam encarar uma parte feia de si mesma, até mesmo eu tenho esses medos. ❞
⌈ S O L I T Á R I O ⌋ A ultima boneca Esquecida para sempre No coração de um P I N T O R
Os sentimentos de angustia desapareciam com o toque da mão do homem sobre a cabeça de Hope, se tivesse um irmão mais velho provavelmente aquela sensação de insegurança e incerteza seriam pintados por todo aquele sentimento que estava sentindo – conforto. — ❝Senhor Yahiko é realmente estranho. ❞ Hope dizia abrindo um sorriso genuíno aos lábios, ela não esperava que as pessoas compreende-se a existência dela ou das outras obras ali dentro da galeria, talvez no fundo o que mais compartilhávamos de medo era de sermos completamente esquecidos. — ❝Espero que então o Senhor aproveite das experiências da Galeria até o final, é difícil falar por todos, mas todos nós temos uma parte importante de Guartena dentro de nós, por isso conseguimos criar vida. Algo criado sem nenhum sentimento não pode criar vida aqui. É por isso que as vezes pessoas acidentalmente são puxadas para cá e conseguem perambular entre nós. ❞ Hope tocava com o dedo indicador de modo sutil a própria rosa enquanto olhava na direção dele e logo depois na direção da marionete. — ❝ Eu realmente acho incrível o que consegue fazer, mesmo que você seja algo parecido com nós ou um humano completo, o Senhor Yahiko é único. Assim como sua Rosa, ninguém mais vai ter uma igual ao Senhor, seu coração sua alma, sua vida são únicas. ❞
O artista não se importava de ser observado, ou pouco ligava para espaço pessoal enquanto criava. Não era qualquer pintor, ele era uma estrela. Sua existência girava em torno de um palco, ele era o maestro e a marionete, hipnotizando e entretendo seu público, até que os alvos o alimentassem com seus medos e traumas. - “Eu nasci para criar, apesar que nem todos podem apreciar e elogiar minha arte. Ela é… diferente, eu compreendo isso. Não são todos que tem bons olhos para o medo e desconforto.” - desconforto: era isso que seus desenhos traziam. Um embrulhar no estômago, uma noite mal dormida. A pergunta veio no momento certo, fazendo Yahiko sorrir enquanto observava a boneca se movimentar. - “Eu me expresso através do medo.” - não tinha filtro em sua voz. - “Eu gosto muito desse gênero e acho poética a forma versátil a qual ele pode ter.” - ainda não era o momento para se revelar com uma personificação do pesadelo.
Observou atentamente as ações da menina perante sua pequena e precoce criação. Piscou algumas vezes, achando cômica aquela admiração. - “Imaginei que realmente fosse diferente, afinal o Guertena e eu somos pintores com propostas completamente diferentes. E acredito que em pensamentos também.” - suspirou enquanto pensava sobre, fechando os olhos sutilmente. - “Medo? Imagine, Hope. Eu entendo o medo e suas inúmeras formas.” - se aproximou dela tranquilamente, como um irmão mais velho que conforta o menor quando está assustado. - “Nenhum de vocês me assusta ou me faz querer correr, pelo contrário, eu quero entendê-los.” - não estava mentindo, esse era seu propósito. Não pode deixar de dar um gargalhada. - “Eu sou bizarro, eu sei, não levo isso como uma ofensa.” - deu de ombros. - “Eu não acho nenhum de vocês aberrações ou algo do tipo. Na verdade, você e eu não somos tão diferentes assim.”
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Pensa em um começo de ano que deu merda?
Mas tô aqui agora 100%, finalmente tirei meus siso e mês que vem vou tirar os outros dois restantes, só agora tô conseguindo respirar dessa correria da vida.
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Hope se sentava sobre o chão abraçando as pernas enquanto esperava a obra de Yahiko, os olhos curiosos acompanhavam o movimento de suas mãos a distancia de ambos que ela ainda mantinha era para que este pudesse se sentir a vontade para poder criar sem alguém observá-lo a todo momento, ela se sentia sem graça de se sentir observada quando fazia os rabiscos falhos dela talvez não fosse o mesmo com o homem em sua frente, mas a própria sensação que sentia fazia Hope se sentir automaticamente consciente de suas próprias ações. — ❝Eu admiro muito quem consegue criar coisas assim, seja pintura até a uma boneca. É admirável a criatividade e poder de querer se expressar os humanos a maioria das vezes a diferentes formas que cada um deles possuem de se expressas, por palavras, gestos, por objetos ou algo metafórico. E você Senhor Yahiko, tem algum modo que goste mais que as pessoas se expressem com você? Pintores normalmente tem forma única de expressar em seus trabalhos, creio que não deva ser muito diferente com você. ❞Ao menos Hope pensava que era daquela forma, ela não tinha muitos exemplos em sua vida por não ter conhecido muitas pessoas, mas era o que Guartena deixou ali que a fazia se sentir e pensar daquela forma.
Os olhos de Hope genuinamente expressavam um brilho ao ver a criação do homem, como uma criança seu corpo se aproximava de forma cuidadosa e com o dedo indicador ela tentava fazer um leve carinho na marionete. — ❝ �� uma sensação diferente ver criar forma desse jeito na minha frente, o Senhor Yahiko é mesmo muito habilidoso. ❞ A expressão de curiosidade de Hope mostrava até certa inocência em suas palavras. — ❝Parece estar acostumado com esse tipo de bem… nós, coisas como nós por ai. Você raramente parece surpreso e mais instigado cada vez que eu lhe apresento as coisas desse lado, você não tem medo? Disso, de suas criações se voltarem contra você, talvez do que as pessoas achem. ❞ Hope então repousava a mão sobre o rosto enquanto murmurava para si com a expressão pensativa. — ❝Senhor Yahiko é uma pessoa bem peculiar mesmo. ❞ Logo após as palavras as mãos se levantavam de forma defensiva as balançando de forma negativa. — ❝N-não digo isso de uma forma negativa! É admirável até, conhecer alguém assim. Não imaginava que fora daqui ia existir alguém tão aberto a ter experiências como está aqui e parecer tão natural ao seu redor. ❞
Um sorriso de canto surgiu na face daquele pintor, seria um desastre manter um passeio com sua companhia em estado melancólico. Não o fez apenas por benefício próprio, mesmo sendo uma criatura fria e egoísta, mas sim pelo fato da garota ser intrigante e lhe chamar a atenção. Yahiko admirava a diferença nas pequenas coisas, como o fato da mesma ser uma pintura viva. - “Não precisava pensar dessa forma, cada um tem o seu desejo que pode parecer impossível, mas está tudo bem.” - não era o tipo que sorria com facilidade, logo apenas suavizando suas expressões para acalmá-la. - “Cada um tem sua vontade de continuar, você não precisava esconder em uma espécie de máscara.” - deu de ombros.
Endireitou a postura ao passo que atravessava a porta, piscando algumas vezes enquanto a vista se adaptava com a má iluminação. O local não era nada impressionante, entretanto trazia uma certa paz criativa. Era um espaço para ficar sozinho e imerso dentro da própria mente e imaginação. Cada detalhe, cada ponto manchado naquela imagem, se fixava na atenção do maior, suspirando enquanto sentia a força energética que o cercava. - “Me parece um bom lugar.” - admitiu em voz serena.
Não tinha motivos para prolongar aquela conversa ou ficar parado apenas observando a menina e suas explicações, por mais curioso que o artista fosse. Agachou de forma educada, apoiando apenas o joelho esquerdo no chão, agarrando todo tipo de material que lhe fosse necessário. Caminhou até um canto da sala e sentou no chão. - “Assim me sinto mais à vontade.” - justificou antes que sua ouvinte pudesse dizer qualquer coisa. A veste complexa o incomodava quando encostava as costas na parede, mas ignorou, totalmente focado na arte que faria.
Suas mãos eram rápidas, ouvindo cada observação que Hope lhe apontava. Os traços eram precisos e buscava trazer o máximo de textura para que os detalhes ficassem claros no momento que conseguisse dar vida a pintura. O processo foi silencioso e longo, demorando em torno de uma hora e meia, até que suspirou e anunciou seu término. - “Acho que isso é o bastante.” - virou o desenho para a garota. O papel mostrava uma marionete de madeira que aos poucos, conforme Yahiko controlava seus desenhos e vontades, abris os olhos e piscava. A boneca de madeira de mexeu e parte do seu tronco caiu por fora da folha, se apoiando nos braços que faziam som de madeira maciça. As mãos pequenas sendo puxadas por um fio de tinta preta que ligava ela ao papel de origem, como se a mantivesse presa. A boneca abriu a boca para se pronunciar, mas apenas tintas saíram dela, escorrendo e se espalhando pelo chão. - “Não queria que ela falasse, isso foi proposital.” - explicou.
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Feliz ano novo povo, muita prosperidade e grana paz para todo mundo. Vejo se no começo do ano já faço umas startes por ai. Aproveitem o ano novo e comam muito.
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Para Hope tudo naquele lugar parecia normal, quadros falantes, bonecas que andam sozinha, quadros que se movem por vontade própria – a galeria toda parecia uma vontade viva que continuava a se mover a espera por algo, visitantes e seu próprio criador. Ainda sim a própria existência dela sabia que em outros olhos, tudo aquilo não passaria de um pesadelo ou até mesmo um conto de fadas mal contado. — ❝Isso -❞ Os olhos brilharam com a fala do homem, por um segundo sentiu o coração bater mais forte com a ideia que se passava de poder encontrar seu criador novamente, bastava alguns segundos até conseguir se recompor novamente. — ❝Agradeço a atenção Senhor Yahiko, sei que pode parecer algo impossível ou um desejo frívolo da minha parte. Está tudo bem, eu tenho certeza que um dia vou encontra-lo. ❞ Hope não desejava ter esperanças falsas, aquilo por parte dela era apenas uma maneira de não se machucar mais. — ❝ Mas venha, vou lhe mostrar. ❞ O ranger da porta quando Hope a abria fazia eco por toda sala, não havia muita iluminação no local, mas o suficiente para ver o que havia na sala – um quadro enorme ao centro da sala encoberto de um lençol branco com algumas manchas de tinta por ele, em volta várias pilhas de papel rabiscado com um formato de um rosto quase similar ao outro, a clara falta de habilidade quase que deixava como rabiscos de criança, pinceis, telas e tintas se acomodavam junto em pequeno canto da sala. — ❝Eu costumo passar bastante tempo aqui, é onde normalmente ficam os equipamentos para se desenhar. ❞ Hope olhava um pouco sem graça no chão vendo os rabiscos espalhados pelo chão. — ❝De vez em quando eu tento matar o tédio. ❞ Os passos então levava até a pequena pilha de quadros que segurava uma tela em branco em ambas as mãos enquanto olhava na direção de Yahiko. — ❝ Creio que com isso você possa tentar criar algo, como pode ver ao redor nós membros dessa Galeria não conseguimos dar vida a algo. ❞ Hope se lembrava do tanto de rabiscos espalhados era uma forma falha de tentar não esquecer o rosto de seu criador e também - de alguma forma poder tê-lo consigo, ela voltava se aproximar e estendia a tela na direção dele enquanto abria um sorriso. — ❝ Não precisa ser nada muito complexo, mas quanto mais detalhes tiver melhor vai ser a representação. Como por exemplo…” Hope fazia uma expressão pensativa e então abria um sorriso rindo. — ❝ Se você desenhar um copo de água e derrubar a pintura ele pode se quebrar e espalhar água do copo no lugar, claro se isso for feito com detalhes o suficiente. Se for pouca provavelmente só a água pode sair do copo, como se ele fosse de plástico então não quebraria - como algo infantil. ”
Acabou por exibir um sorriso cheio de dentes, podendo compreender exatamente o que sua companhia queria transmitir com tais palavras. - “Compreendo.” - aquele próprio homem se incomodava com rotinas e padrões, até mesmo em suas obras, por isso o pesadelo era algo íntimo, cada um tem o seu, mesmo que existia semelhança, mas ele é algo único de cada indivíduo. Isso ajudava a não ter uma rotina em si, porque mesmo que desenhasse o medo, nunca era a mesma coisa. - “A vida não teria graça se não existisse caminhos alternativos. É ótimo poder sair da rotina e ver as coisas por outro ângulo.”
Yahiko, apesar de sua classe, carregava uma curiosidade infantil sobre aquele lugar. Claro que não tinha a inocência de uma criança, mas no sentido espontâneo e sempre desejar mais e mais. Parecia que o fato de estar ali e receber as melhores explicações, não eram o suficiente para aquela mente diabólica e inquieta. - “Confesso que ainda é um pouco confuso para mim entender a lógica desse lugar, se é que ele tem uma.” - admitiu de forma descontraída. - “É estranho essa porta está sempre na galeria, mas não é sempre que pode ser acessada e não é todo mundo que consegue.” - o pintor tinha o maior desejo de entender o porquê e como ele havia conseguido sem nenhum esforço aparente.
Acompanhou a garota até que observou a mesma em sua pequena crise emocional, o que era intrigante para uma pintura viva. - “Desculpe senhorita Hope, não era minha intenção que se sentisse assim.” - consolou, colocando sua mão direita sobre o ombro alheio. - “Lembre-se que eu também sou um criador, talvez possa te ajudar com isso e até te ajudar a acessar o mundo humano.” - não tinha certeza se isso era possível, mas acreditava que poderia reanimá-la de alguma forma.
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Um sorriso sutil surgia nos lábios pálidos de Hope, as palavras mesmo que ditas não com o intuito de anima-la fazia seu coração se sentir acolhido, a rosa que segurava nas mãos – seu coração, sua alma se sentiam quentes das palavras proferidas de Yahiko. Mesmo ela já tinha dias que havia passado se perguntando a razão da existência dela, mesmo que fosse uma memoria que seu criador quisesse ter para sempre – ela queria ser única aos olhos de Guartena, a esperança dele. — ❝É estranho dizer, mas normalmente tudo aqui consegue se moldar ao seu desejo se possuir um forte suficiente para tal. Como citou, sim eu sou o tipo de pessoa que não gosto muito de rotinas, até mesmo fazer o mesmo caminho para andar todos os dias parece que iriam me sufocar alguma hora. ❞ Hope confessava sem graça, não havia mudanças grande dentro daquele lugar e muito menos uma presença nova com frequência – conversar com alguém, ouvir o barulho das respiração dos passos era algo que Hope havia se acostumado a não ter ao seu lado.
— ❝É bem raro, mas pode ter alguns incidentes que ambos os mundos podem se conectar por assim dizer. Imagine como uma porta, mas não tem bem o formato de uma…bem, o que quero dizer que é como se fosse um portal a Galeria inteira consegue te jogar aqui dentro se estiver no lugar certo e na hora certa. ❞ Hope então olhava na direção do homem com curiosidade, no caso dele – Yahiko havia entrado naquele mundo por livre espontânea vontade. Hope terminava o caminho das escadas e então abria a porta dando o vislumbre da imagem de uma sala vermelha com um uma única porta ao meio e a esquerda e na direita escadaria que davam para baixo, ela dava alguns passos a frente dando espaço a ele enquanto dizia parando de andar. — ❝Depende do que você deseja criar, mas não pode ser algo “vazio”, infelizmente peças, criaturas ou como desejar colocar não podemos criar algo. Nós podemos modificar o que existe, mas não dar vida a algo. ❞ Talvez não só ela, mas como aquela garota e talvez outras peças queriam seu criador de volta. Hope dava alguns passos até ficar em frente a porta e então olhava na direção de Yahiko abrindo um sorriso. — ❝Eu posso, mas…como disse, para entrar e sair precisa de critérios para voltar a esse mundo. Não é como se eu tivesse fome, sono, ou qualquer outra necessidade que um humano teria, mas… ❞ Hope segurava o vestido branco manchado por tinta, com a expressão parecendo pensativa. — ❝ Eu nunca consegui achar o que desejava. ❞
Os olhos rosados acompanhavam a figura feminina enquanto a ouvia falar, por um breve momento, esqueceu das distrações ao redor. As palavras lhe fizeram refletir, ao mesmo tem que a entendia, outro lado sentia-se confuso. Yahiko, assim como Hope, também não era humano, ambos habitavam carcaças vazias alimentadas por uma essência que os fazia viver. Talvez por atuar por tanto tempo dentro da sociedade e em meio as pessoas, lhe fez sentisse como um, ainda que sua natureza não o deixasse esquecer da origem. Entretanto, o isolamento e prisão da sua ouvinte é o que a mantivesse com um sentimento de distância e aquela sensação de falta. - “Compreendo.” - acenou em consolo. - “Mas não acho que você deveria rebaixar a imitação como algo inferior, afinal, as melhores imitações fazem o real perder o valor.” - isso acontecia infinitamente no mundo a fora. Objetos, artes, eletrônicos, pessoas, tudo podia ser substituído por algo que a imitasse, portanto que o acesso fosse vantajoso. - “E outra coisa, você não é a imitação de uma pessoa, você é uma pintura de uma pessoa, isso te dar um valor único e atemporal, como a Monalisa.”
Observou a boneca ser colocada no chão e ergueu uma das sobrancelhas quando a mesma riu, uma risada bizarra e digna de admiração. Com a mão direita, acenou a ela como se dissesse ‘tchau’. - “Um atalho? Ótimo ideia.” - sorriu educadamente. - “Acredito que para ter criado, você já estava cansada de repetir o mesmo caminho, não é mesmo?” - a pergunta não era ofensiva, mas curiosa. Olhou a própria rosa mais uma vez. Era compreensiva a estranheza com aquela cor, as pétalas eram tão escuras que mal refletiam na luz que tocava, um completo breu em forma de flor. - “Faz sentido, se não estivesse acostumado, até ficaria surpreso também. Aliás, senhorita Hope, com que frequência humanos acessam esse mundo?” - queria saber se era um evento repentino ou raro. Não sabia a quanto tempo a garota existia ou quanto tempo desbravava aquela dimensão, mas ela poderia responder sua pergunta com clareza.
A última resposta lhe pegou desprevenido, fora as inúmeras possibilidades que poderiam acontecer. O artista era uma mente inquieta e maléfica, com ideias que estavam trancadas e acabara de ganhar a chave. Porém, cauteloso como sempre foi, não agiu por instinto, afinal, era uma informação muito abrangente, teria que polir melhor a informação para conseguir colher exatamente o que desejava. - "Está me dizendo que posso fazer coisas e elas criarem vida? Ao serem feitas, elas têm vontade própria, assim como você, ou estarem condicionadas ao propósito de criação? Claro que são muitas perguntas, você não precisa saber ou me responder.” - não queria pressioná-la. - “Você não pode sair? Nem temporariamente como o conto de Persefone?” - a pergunta foi automática, sem saber se a mesma conhecia tal referência.
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Hello~
Próxima semana, segunda mais especificadamente já respondo quem eu tô devendo aqui. Essa semana eu ia responder, mas foi full corrido por uns bagulhos de vida, mas agora tá tranquilo.
Até próxima semana.
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Volto aqui com reblog todo ruim de novo, desgosto. Tem algum meio de fazer voltar a editar os reblog ou vou ter que conviver com esse layout feio do tumblr?
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psycoland:
Tais palavras invadiram seus ouvidos de forma enigmática, traçando um labirinto de pensamentos para aquela mente problemática. Ela tinha um ponto interessante, mas como não era humano, a frase lhe fez pensar por outro ângulo. As vezes esquecia que na forma humana, deveria agir e pensar como um. De fato, aquela carcaça era fraca, como quase tudo vivo nesse mundo físico. - “A senhorita tem um ponto formidável.” - admitiu com um sorriso contente. - “Apesar de parecerem fortes e resistentes, humanos são realmente objetos fáceis de serem esmagados.” - nenhuma empatia estava presente em suas palavras. Ergueu a sobrancelha esquerda em sinal de dúvida, tal pronunciação alheia lhe chamou atenção que dificilmente passaria despercebido por tal criatura. - “Apenas humanos?” - questionou. Claro que a guia se referia a qualquer coisa que refletia a imagem humana, aquele mundo não lia a verdadeira natureza e sim a aparência em si. - “Fascinante, é como se quisessem expor a fraqueza daqueles que entram de forma romantizada.” - segurou a sua rosa com cuidado entre os dedos. - “Uma rosa. Uma flor bela que chama a atenção, com várias cores, espinhos espalhados por todo caule que cortam os desatentos, com pétalas sensíveis que com um leve puxão podem ser arrancadas… poético.” - concluiu, humanos realmente podiam ser comparados com tal planta. - “Isso te faz uma humana, senhorita Hope?” - não queria ofendê-la.
Concordou de leve com a cabeça, ao passo que a acompanhava pela galeria. - “Compreendo. Não é muito diferente do mundo lá fora, só é uma forma mais psicodélica.” - deu de ombros, não é como se estivesse odiando aquele passeio. - “Faz sentido vocês ficarem escondido ou serem assustadores, não que seja o seu caso. Mas o que estou tentando dizer é que é uma forma de defesa, se você assustar quem invadir esse lugar, não terá o perigo de ser morto… Não é?” - procurava a confirmação alheia. Colocou ambas as mãos dentro do bolso da sua calça, dando um pequeno sorriso sem graça, ela havia entrado em um assunto que mexia bastante com o pintor. - “Para nós, não existe obras bobas, por mais simples que elas sejam. Por exemplo essa joaninha, com certeza o Guartena tinha algo mais complexo em mente… Ou não, as vezes a própria joaninha tido um significado que só ele poderá nos dizer.” - Yahio tinha propriedade em sua fala, era o universo que manejava a anos. - “Mas você está certa. Cada pintura rasgada, uma escultura quebrada, é como se o criador recebesse uma facada que lhe atingisse a alma.” - suspirou lentamente. - “Não precisa parecer triste, memórias duram mais do que uma vida se você parar para refletir.” - estava tentando animar sua companhia.
Sorriu com sinceridade, queria realmente mostrar seus talentos, mesmo que isso pudesse perturbar a mente da figura feminina. - “Por gentileza, me mostre!” - tirou a mão direita do bolso para fazer um breve gesto para que a garota lhe mostrasse o caminho, tornando a colocá-la novamente no bolso. Sentiu uma certa estranheza ao ver Hope se aproximar daquela boneca, mas nada comentou. Olhou para as paredes mencionadas. - “Certo, andarei longe das paredes. Ficaria bem chateado se algo aqui rasgasse minha roupa.” - comentou entre risos. Acompanhava cada passo dado pela companhia, se atentando aos barulhos que não combinavam com um ambiente que aparentemente estava quieto, achando incrível. Talvez sua próxima obra fosse uma referência a essa vivência… pensaria sobre. Riu ao passo que olhava para a boneca nos braços de sua ouvinte. - “Pode ter certeza que não deixarei, não sou muito fã de crianças.” - mas amava bonecas, pois eram objetos que facilmente poderia causar medo e desconforto aos humanos e isso lhe alimentava. - “Mas me diga, senhorita, o que mais de diferente pode ter nesse mundo?”
Tal pergunta do homem fez Hope ponderar, ela nunca desejou ser humana - mas sua imagem era o reflexo esculpido de um, dos olhos até os últimos fios de seus longos cabelos rosados, para ela como muitos dali só simbolizavam a solidão e a paixão que Guartena teve por toda sua vida, mas era aquilo que significava a vida humana toda a trajetória dele estava pintado e esculpido e gravado em cada parede daquele lugar sinistro aos olhos humanos. — ❝Eu não sei dizer ao certo, mas ter a forma humana não me faz igual a eles e eu nunca me senti igual a eles, mas... ❞ Hope exibia um sorriso sutil aos lábios. — ❝Mesmo que eu desejasse eu apenas seria uma imitação, sabe nós dentro dessa galeria temos as memorias de cada pincelada, expressão, lágrimas, momentos enquanto nosso criador nos fazia. O que provavelmente ele sentiu me pintando foi o nome que ele deu a minha pintura, eu sou só o desejo do que ele verdadeiramente desejava. ❞ As palavras não pareciam incomodar Hope, muito pelo contrario talvez ela tenha pensado no assunto até demais. — ❝ Mas eu desejaria encontra-lo e perguntar o meu proposito aqui dentro, afinal todos nós vamos vagar durante muito tempo aqui. ❞
Hope deixava então a pequena boneca em frente a porta que entrava logo em seguida, ela parava em frente a parede e tudo em sua volta parecia verde. — ❝ Fiz um atalho a algum tempo aqui, vai nos economizar tempo em vez de dar toda a volta. ❞ Ela passava a mão então em frente a porta que logo se abria mostrando escadas que pareciam ir para cima. — ❝Um homem que esteve aqui uma vez com uma garota disse algo parecido, ele dizia que as cores simbolizavam a natureza da pessoa. ❞ Hope logo em seguida mostrava a sua rosa com orgulho enquanto começava a subir. — ❝Por isso me tornei tão curiosa com a sua, mesmo com a ausência de cor, ela é linda com todas as pétalas. ❞
Ao ouvir a pergunta dele Hope olhava para cima pensativa enquanto continuava a subir as escadas. — ❝ Se você desejar. ❞ Hope então parava de andar em meio a escada mostrando uma expressão distante. — ❝ Você pode criar o que desejar aqui dentro, até mesmo algo como eu ou qualquer coisa aqui dentro. Você parece ter esse dom, mas você tem que desejar muito. Por isso Senhor Yahiko, não confie em tudo que vê ou sente. Até mesmo essa galeria consegue envenenar a mais doce e duras das almas. Porque até mesmo um humano normal, consegue se tornar parte dessa galeria para sempre se ele desejar. ❞ Ela iria voltar a andar aparentando terminar de subir as escadas. — ❝ Mas não acho que o Senhor Yahiko queira se tornar parte disso, ninguém nunca quis. Porque nós nunca poderemos sair de verdade daqui, pois fazemos parte desse lugar para sempre. ❞
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psycoland:
Fitou a rosa com curiosidade, mais do que anteriormente, dado que a nova informação lhe chamou bastante atenção. Segurou as expressões para não revelar sua mente sombria e seus pensamentos perversos, mas agora queria saber qual era o gosto de esmagar a flor de outra pessoa. Não faria isso com a garota que o guiava, além de ter gostado da mesma, ela era a chave principal para conseguir sair daquele paraíso. ‘como se alguém estivesse apertando seu coração com as mãos’ ficou com essa frase repetindo inúmeras vezes, se contendo para não esboçar um sorriso. – “Vou guardar essas instruções.” – foi a única coisa que conseguiu responder de forma neutra. Caminhou até o vaso informado, mas não perdeu a atenção a sua ouvinte. Percebeu o sorriso singelo da menor, mas sabia que ela estava perdida nos próprios pensamentos. Nada disse ou agiu, deixou que ela permanecesse em seu momento particular. Observou o objeto com atenção, a água em seu interior não continha nenhuma aura mágica, intrigante.
– “Oh!” – exclamou, vendo a rosa alheia não tendo nenhuma diferença no local de restauração. – “Mas se a senhorita faz parte desse mundo, você não deveria ser mais resistente?” – era um pergunta direcionada e retrógada. Várias questões eram levantadas internamente. – “Ou no final das contas você são apenas telas animadas que facilmente podem ser rasgadas?” – a maldade surgiu em suas palavras, sutil como a presença de uma sombra.
Com um suspiro, colocou as mãos dentro dos bolsos de sua calça e permaneceu caminhando lado a lado de Hope, os olhos observando os detalhes. A galeria era semelhante ao labirinto, corredores não muito largos e com cores vivas. Alguns quadros compunham a paisagem, muitos deles mexiam os olhos quando você não olhava diretamente, outros eram apenas bocas que pareciam mascar alguma coisa. Bonecas roxas e bizarras apareciam em alguns cantos, de forma desconexa. – “Seria uma honra!” – sincero. –“Se tiver uma caneta ou um pincel com um pouco de tinta, posso fazer uma breve demonstração.” – pronunciava distraído, mentalizando o que poderia fazer. A mulher do quadro não lhe chamou tanta atenção como esperava, já estava começando a se acostumar com o padrão visual do espaço. Observou sua companhia pegar a chave e prosseguir pela porta trancada. – “É como se adentrássemos em uma grande caixa de brinquedos… Uma versão aterrorizante, eu diria. Não se preocupe comigo, já estou começando a me acostumar e aqui é bem agradável apesar das peculiaridades. Um belo mundo escondido.”
As palavras dele carregavam uma verdade inegável – a vida dela era tão frágil como a rosa que carregava, a qualquer momento ela podia ser despedaçada, amassada e esquecida, a vida de Hope era tão sutil como um pincelar em uma tela em branco, era irônico pensar que assim como as pétalas que segurava nas mãos seu quadro ainda carregava a essência dela, aquilo que fazia ela ainda existir ainda naquele momento ser ela e mais ninguém. — ❝Se for levar por esse pensamento, todas as criaturas são frágeis, especialmente humanos. Aqui dentro essa fragilidade fica mais exposta, mas só ‘humanos’ podem ter essa rosa consigo aqui dentro. ❞Ao falar aquilo a expressão de Hope parecia perdida nas próprias palavras, ela não era humana, mas ainda tinha aquela rosa – como aquela garota. — ❝Mas como qualquer parte aqui da exposição, se rasgar ou quebrar algo...não temos nosso curador para nos restaurar aqui, viramos apenas memorias e perdemos o que você poderia chamar de vida? ❞ Ao termino das palavras enquanto parava em frente a porta abrindo continuando a guia-lo, era uma sala um pouco maior que anterior, com um corredor reto e outro logo direita, ela se aproximava em um dos quadros expostos de uma joaninha e olhava na direção do homem sorrindo. — ❝Por mais bobo que seja a pintura de alguém, um criador de obras não gosta de destruir ou ver destruído suas obras não? Muitas das exposições aqui são lembranças de Guartena, parece até um pecado fazer isso, mas do nosso ponto de vista... somos nós que seremos apenas memorias. ❞
Um sorriso solitário era exibido nos lábios de Hope, a cor rosa de seus fios de cabelo não combinavam nada com o cenário a sua volta, tudo tão verde – mas independente de onde se olhava ela não parecia se encaixar, talvez isso foi o que seu criador sentia quando olhava para a mulher que poderia ter a verdadeira aparência dela, algo surreal – como todos ali. — ❝ Tem um Atelier que normalmente onde fica alguns quadros, onde eu costumo ficar, posso lhe mostrar o caminho se deseja pintar algo do seu agrado, confesso que estou curiosa. ❞Ela então segurava o vestido branco que estava manchado com tinta e sorria um pouco sem graça, não que tentava pintar algo, mas sempre tinha acidentes de acabar se sujando pelo fato de não prestar muito atenção a própria volta, algumas risadas podiam ser ouvidas do corredor do meio enquanto podia ver uma das bonecas escondidas, Hope se aproximava estendendo a mão gentilmente enquanto segurava a boneca que ria em suas mãos, em meio ao corredor saiam varias mãos como se estivesse tentando pegar algo, ela então apontava para uma placa que dizia. ⌈ Cuidado com as Laterais. ⌋ — ❝Elas vão tentar te agarrar se ir por ali, mas nosso caminho é por ali. ❞ Hope apontava a direita e voltava a guia-lo enquanto segurava a boneca em mãos que olhava a direção de Yahiko com certa animação. — ❝Tem bastante dessas crianças por aqui, são cheia delas quase. Elas não fazem nenhum mal a curto prazo, não deixem se apegar muito a você. ❞
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Hello~
Sei que to sumida aqui, mas tava super ocupada com os bagulhos da vida.
Prometo entre essa e a próxima semana sem falta responder o pessoal.
<3
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華アワセ scan from b’s log
Please do not upload these somewhere else without permission and PM me if you are going to upload it somewhere else!
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Spade no Kuni no Alice | Quin Silver Route
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Nil Admirari no Tenbin | Rui Sagisawa Route
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psycoland:
A sensação de afundar era como entrar em qualquer lago onde o fundo era incerto, seguindo sem rumo para baixo, tendo dificuldade de manter os olhos abertos. A curiosidade reinava no momento em que mesmo submerso, tinha a sensação de estar seco, tentando organizar os pensamentos ao passo que sentia uma pressão em seu corpo e sua consciência esvaindo. Em um piscar de olhos, sentiu o frio de uma brisa conhecida, um céu aberto a qual jamais esqueceria. Não estava dentro da galeria, ao sentir a cabeça mais pesada por conta dos chifres presentes em sua forma animalesca, teve a certeza que havia sido movido para sua dimensão de origem: a terra dos pesadelos. Esse fato ocorreria quando dormia no mundo humano, deixado sua carcaça e sendo movido para a terra do sonhar. Consequentemente, o quê restou na terra das pinturas, era apenas um corpo sem vida e podendo ser considerado morto. Com pressa, principalmente para não assustar Hope, tentava retornar a sua forma humana o mais rápido possível, só tendo sucesso quando a viagem nas profundezas finalmente havia se encerrado.
Gradualmente, seus olhos esbranquiçados foram retornando para a cor rodada, piscando algumas vezes para estabilizar a visão com a claridade ambiente. – “Curioso.” – foi a única coisa que conseguiu responder. Se levantou sozinho, dando alguns tapas na vestimenta para ajeitá-la, não podia deixar de classificar sua soneca no chão como algo ‘sem classe’. Os dedos cumpridos ajeitavam os fios médios do cabelo platinado, suspirando antes de fato dar atenção a sua companhia. Fitou a rosa com um brilho intenso, era a flor mais bonita que já tinha visto, uma coloração única, semelhante a uma noite sem estrelas. As palavras chegaram aos seus ouvidos, absorvendo cada instrução, e sempre deixando-o curioso. – “Certo… Presumo que se a flor morrer, eu também. Correto?” – aceitou a flor de bom grado, posicionando-a no bolso localizado no lado esquerdo do peito em seu paletó, achando que a mesma deu um tom melhor em seu visual. Ao contemplar a pequena rosa da colega, notou a diferença de pétalas, e ao compreender como funcionava aquela dimensão, concluiu que ela não estava em melhores dias. – “Oh, tem menos pétalas. É possível recuperá-las? Você está ferida, senhorita Hope?” – o tom de voz era gentil, mas ainda enigmático.
Assentiu conforme o seguia pelos corredores, sendo atendo a qualquer detalhe que sua visão podia captar, tentando não devanear e se perder no dialogo presente. – “Talvez seja porque minha alma seja uma completa ausência de cores.” – comentou com um sorriso sarcástico, afinal, os pesadelos e medos sempre foram ligados as cores escuras e opacas. – “Sim.” – confirmou antes de ouvir todo o discurso. – “Faz sentido. Afinal, apenas nós que produzimos sabendo exatamente o que queremos representar. Mas sendo sincera com a senhorita, os meus quadros são diferentes, eu não os crio com o meu propósito, deixo-os de forma ambígua para que cada pessoa tenha sua própria interpretação e desconforto ao encarrar algo que pode despertar um de seus maiores medos.” – cruzou o braços de forma dramática e pensativa. Era difícil explicar, afinal, misturava sua arte com talento e magia. – “Gostaria de ter a chance de leva-la para minha galeria um dia. Lá não tem esse universo, mas não é como se precisasse. A bizarrice ocorre em horário comercial.” – forçou uma piada, a comédia não era o seu forte.
Hope então afirmava com a cabeça com a pergunta do homem – aquelas eram as regras daquele mundo, ele foi convidado e agora fazia parte temporariamente daquele lugar ainda que com ela ali do lado dele mesmo que desejassem nenhuma das obras tentaria fazer algum mal, aquele lugar ainda sim tinha algum respeito pela presença de Hope assim como tinha daquela garota. — ❝Não aconselho a perder pétalas, não é uma sensação muito prazerosa, parece como se alguém estivesse apertando seu coração com as mãos. ❞ Hope ainda tinha lembranças vividas da sensação de perder as pétalas, não era uma sensação que queria recordar, mas era algo que ela tinha causado a si mesma a uma parte da vida – talvez os humanos chamassem como suicídio o que um dia ela tentou fazer. Um sorriso genuíno esboçava dos lábios de Hope, não muito longe tinha um pequeno vaso azul com água dentro, ela então com o dedo indicador apontava. — ❝Tem vasos como estes espalhados pela Galeria, se caso precisar restabelecer sua rosa, apenas deixar dentro faz com que as pétalas voltem como era. Como magica, e não se preocupe. ❞ Ela colocava a rosa dentro do vaso demostrando que nenhuma das pétalas se restabelecia. — ❝ Senhor Yahiko tem uma força vital muito mais forte que a minha, por isso sua rosa tem bem mais pétalas, pode se dizer que sou um pouco mais frágil. ❞
Hope afirmava com a cabeça enquanto abria a porta adentrando. — ❝ Eu adoraria conhecer mais do seu trabalho se possível, posso não conseguir absorver completamente o que passa, mas ainda é algo que admito estar curiosa para conhecer. Não se preocupe, eu ao menos não vou parecer um quadro andante, pelo menos não como aquela mulher. ❞ Ao final da frase ela apontava para dentro do lugar, um grande quadro de uma mulher de cabelo azuis sorrindo imóvel – seria algo normal se não fosse as mechas de cabelo saindo de dentro do quadro. — ❝Por que você tem que fazer isso toda vez que tem convidados aqui? Vamos, a chave. ❞ Uma risada então era ouvida do quadro, os olhos olhavam na direção de Hope que jogava a chave de dentro do quadro até o chão. Ela pegava a chave soltando um suspiro e então olhava na direção de volta a Yahiko. — ❝Não se preocupe, ela não vai fazer nada com você. Ela como muitos daqui só gostam de usar o tempo para brincar. ❞ Hope se colocava ao lado dele e acenava suavemente em direção a mulher como se estivesse se despedindo, talvez o comportamento dentro daquela galeria seja culpa daquela garota que antes habitava ali, ela não julgava no final ela ainda era uma criança solitária. — ❝ Vamos lá, temos um tour ainda. Quadros falante vai ser o mais básicos. ❞ Hope brincava enquanto saia da sala.
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