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Eu tinha um sonho que não sabia ser um sonho. Acho que nem era um sonho, era uma vontade, ou melhor, um desespero. Ansiava pelo dia em que teria um espaço para chamar de meu. Pela primeira vez, teria algo só meu. Meu sofá, minha mesa, cadeira, cama, guarda-roupa, escrivaninha… Teria conquistado cada detalhezinho. Nesse espaço, ninguém tiraria minha paz e meu sossego. O lugar seria meu santuário.
Ansiava pelo dia em que poderia sair a qualquer hora do dia ou da noite. Poderia escolher onde pisar, viajar de um dia para o outro, fazer algo novo, conhecer pessoas novas ou ficar em qualquer lugar com um amigo(a), até a hora que bem entendesse.
Eu ansiava pela liberdade, mas a liberdade como sinônimo de livre-arbítrio, autonomia. Acho que nem era autonomia, era existência, ou melhor, vida. Ansiava pelo dia em que não teria que fazer grandes esforços para viver e seria algo mais do que sobreviver.
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Isso não é sobre religião, mas pode ser
O medo é o oposto da fé, por isso a fé pode ser tão poderosa. Ela dá força e sentido.
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Eu gosto das pessoas que conhecem e aceitam suas sombras, como um ato de acolhimento de si, por inteiro. Aceitar sua sombra não quer dizer que você deixa de repensar seus erros e ou deixa de tentar ser uma pessoa "melhor", mas entender a causa e usar o lado sombrio para algo saudável e positivo.
#sombra#relacionamento#Jung#psicologia#autoconhecimento#amor#acolhimento#serquemé#dores#tagifau#sentimentos#marcas#traumas
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Chegou final de ano, é época de passar em família. O belíssimo discurso de amor, prosperidade, união, empatia. Comemorar o nascimento de uma representatividade cristã com aquele tio que discrimina as minorias, que desrespeita a existência de mulheres, grupo lgbtqiap+, negros e outras religiões. O tio que furtou sua família e deixou uma dívida gigantesca no empreendimento dos irmãos. O tio abusador que humilhava e xingava a esposa em todos os outros dias, menos no natal, claro. O primo que te abusou sexualmente por anos, quando você nem tinha o conhecimento sobre, já que sua família nunca te deu educação sexual. A família tradicional brasileira nunca decepciona. Feliz natal e um próspero ano novo!
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As pessoas passam por desafios "impossíveis" constantemente. Vem a sensação de surpresa com alívio, mas, com o tempo, aquele desafio fica pequeno e até esquecemos deles. Incrível como algo que você sentiu tanto uma hora vai se dissipar.
Relações difíceis, julgamento alheio, obstáculos, desfechos diferentes do esperado, conflitos no trabalho. Todos eles se dissipam. As situações perdem ou transformam sua importância. O mundo continua a girar e no fim nada importa.
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Relacionamento, seja ele qual for, não existe padrão ou regra pronta. São os envolvidos que as fazem de acordo com a realidade de cada e o que for melhor para ambos naquele momento, nas melhores das vezes. Como fazer? Através do diálogo.
tagifau
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Hoje nos esbarramos Na verdade, quase literalmente Alguem “lá em cima” só poderia estar me sacaneando Depois que Ele colocou você em minha vida, do nada E tirou com a mesma facilidade
Te olhei Disfarçando o susto, mas não a tristeza Você me olhou com o mesmo olhar de sempre, fingindo não se importar Mas insistiu em me abra��ar e brincar comigo: “parece que voce cresceu” Um abraço desajeitado, uma pontada no peito Queria sumir, correr, gritar. Como você ainda me incomoda... “tô a mesma bosta” - eu respondi
Você riu, e assim, você seguiu, mais uma vez.
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Conversation
Homens em relação a eles: Na época de fartura, eu comia qualquer uma que conseguisse na balada.
Homens em relação a mulheres: No período de 1 ano você ficou com 5 pessoas! Isso é absurdo! Como posso me relacionar com alguem que faz isso?
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Entrei no carro com a Helen e a visão De sua meia-calça até o joelho passou a martelar meu cérebro Lamentei muito que eu nunca fosse possuir nada bom, Nada como ela, Que nada bom jamais me pertencesse. Não porque eu estivesse sempre pobre de dinheiro Mas porque eu era pobre ao me expressar cara a cara Talvez eu amarelasse como o sol Mas também era tão ardente e sincero quanto o sol Em algum lugar lá dentro de mim Mas isso ninguém jamais descobriria Com certeza eu acabaria eternamente me lamentando sobre uma Xícara de café em algum parque onde os velhos jogam Xadrez ou algum tipo de jogo idiota. Merda! merda! E então Helen trocou a marcha e nós rodamos pelas preciosas colinas e não havia nada que eu pudesse dizer pra ela Sobre sua beleza ou o quão valentão eu era Ou que só sentar e ficar olhando pra ela durante um mês Jamais tocá-la novamente Seria o meu único desejo Mas como qualquer canalha eu estava provavelmente mentindo pra mim mesmo Provavelmente eu queria tudo tudo. Mas agora aos 45 Depois de viver com uma dúzia de mulheres e não ter amado nenhuma Agora eu estava louco, acabado. conforme ela Me levava pelas colinas tudo gritava dentro de mim, e enquanto seguíamos eu continuava falando (pra mim mesmo, é claro) Vai passar, babaca, Tudo passa, É tudo uma piada Rindo da sua cara...
CHARLES BUKOWSKI, traduzido por Fernando Koproski
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Foi então que a minha ficha caiu: se eu de alguma forma a tivesse de volta, ela não completaria o vazio que a perda dela deixou.
O Teorema de Katherine. (via adverbio)
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Você cheira a leite. Não beija quando vai nem fode quando fica. É o meio termo que ninguém quer, O morno que ninguém suporta. Não se compromete para não perder a pose. Não arrisca diálogos mais profundos porque não sabe nadar. Não se envolve, porque tem medo de não ganhar mais as cinco Estrelinhas heteronormativas do pai. Vende liberdade mas morre de vontade. É fugaz. É raso porque o afeto assusta, Desestabiliza o controle. Prefere dar as cartas e goza da aceitação quando o jogo termina. Só que nem sempre termina quando o jogo acaba. Veste camisa, mas esconde o desejo de arrancar os botões, Dizer que é meu, De evoluir junto e pegar na mão quando o outro declara medo. Prefere dormir na viagem. Só aprendeu a apanhar, A ser cuspido, A amar no inferno. Só respira no planejado. Causa pane com divergências. Não aceita. Pede para calar o bico, Ganhando no grito que ninguém escuta. Só quando o peito dá uma bronca. Continua a vida porque é o que sabe fazer de melhor. Se encantando por corpos cheios de salada para botar no currículo. Nunca se sabe quando se terá uma mesa de bar e amigos. Roda, Beija, beija, beija E se afoga no buraco da cama Com a Joana, Maria, o quem sabe, José ou Mariana? Deixa traços, Marca com abraços, Mas não segura, Não fica. Até convence, Mas ainda cheira a leite.
Guilherme Pintto
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Resolvi meu relacionamento. Jurava que aquilo era passado. Jurava que não tinhamos mais nada e que nem era possível. Haviam passados outros infinitos por mim. Será que maiores até? Mas o seu ainda estava ali.
Recebi a mensagem dizendo que iria embora de vez. Você não estava pedindo permissão, apenas avisando. Eu, depois de meses “resolvidos”, fiquei brava, irritada, chateada e depois triste. Queria ir atras, explicar mil coisas, me desculpar, pedir para ficar e inventar outras mil coisas.
Por que agora? Já não estava resolvido?
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Como tanto sentimento por várias pessoas pode caber em uma pessoa só?
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1 ano atras. Diferente de tudo aquilo que já tinha passado por minha vida, chegou depois de mais uma frustração amorosa e foi ficando. Você, continuava estagnado.
Logo, criamos algo nosso que ninguém sabia o que era. Uma grande amizade? Afinal, era como um reflexo meu, mas você fugia de algo constantemente. Talvez de você mesmo. Confuso, com medo.
As vezes me pego lembrando dos seus comportamentos, como quando disse pensar que “só a gente mesmo para ser assim”, que eu o entendia e não deveria mudar meu jeito, nunca. Aquela vez que encontrou as cordas que meu pai tinha deixado atrás do carro e perguntou se eu usava para prender os outros “caras”. Claro, eu ri, pensando que não tinha "caras" quando ele estava ali. Entretanto, antes q eu pudesse dizer algo, você riu também e disse que nem precisava disso com você, pois sempre voltava.
Depois daquele vez, não voltou. Me surgiram coisas terríveis sobre você; fatos criados por mim e outros reais; você parecia fazer questão de que eu soubesse, gostava de mostrar suas sombras. Me peguei pensando se realmente te conheci, se foi verdadeiro, foi algo só para seu ego ou solidão, até por estar esperando alguém. Perdido.
Passaram-se meses desde o dia em que você me escreveu que não tinha dúvidas sobre não existir “nós”. O dia em que senti necessidade de compartilhar meu anseio e pedi para conversarmos. Realmente queria você na minha vida, independente da forma que fosse. Cheguei a jurar que ia ter para sempre. Em vez disso, foi embora, apático, indiferente; mais uma vez, contraditório. Sem remorso, não tinha "dúvida alguma", assim como você falou com todas as letras. E eu sem entender
Por 6 meses; Por 8 meses; 1 Ano.
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...Há décadas, nossos antepassados perceberam que a culpa do mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for a sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo..." "Os que culpavam a agressividade, formaram a Amizade (...) Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição (...) Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza (...) Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação (...) Os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia...
Veronica Roth. Divergente, 2012.
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“Quem, de três milênios, Não é capaz de se dar conta Vive na ignorância, na sombra, À mercê dos dias, do tempo.”
Johann Wolfgang von Goethe
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Me perguntou aonde doía. Era a minha alma que doía. Eu respirei bem fundo, não pude conter, eu chorei como uma criança recém nascida.
Relatos de uma prematura, 1996 (via apagou)
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