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forapsdb · 5 years
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Sob o comando da Dupla BolsoDoria Número de indústrias fechadas em São Paulo é o maior em uma década
Maior polo industrial do País, Estado de São Paulo viu 2.325 fábricas fecharem as portas entre janeiro e maio
O Estado de São Paulo, maior polo industrial do País, registrou o fechamento de 2.325 indústrias de transformação e extrativas nos primeiros cinco meses do ano. O número é o mais alto para o período na última década e 12% maior que o do ano passado, segundo a Junta Comercial.
O dado indica que a fraca recuperação da economia brasileira após a recessão de 2014 a 2016 continua levando ao encolhimento do setor produtivo, deixando um rastro de fábricas desativadas e desempregados.
Entre 2014 e 2018, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro acumulou queda de 4,2%, enquanto o da indústria de transformação em todo o País caiu 14,4%. “Significa que a produção caiu bastante e obviamente teve impacto nas empresas, com fechamento de fábricas e demissões”, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.
Em paralelo, foram abertas de janeiro a maio 4.491 indústrias em São Paulo. Tradicionalmente há mais abertura do que baixa de fábricas, mas isso nem sempre é um indicador positivo. Para Mendonça de Barros, independentemente dos números de novas indústrias, a queda do PIB industrial mostra que houve encolhimento da produção e, provavelmente, foram fechadas empresas grandes e médias e abertas unidades de menor porte.
O presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Jaú, Caetano Bianco Neto, afirma que, nos últimos anos, várias empresas consideradas de grande porte para a atividade, com 300 a 400 funcionários, encerraram atividades. “Quando fecha uma grande, muitas vezes surgem outras três ou quatro micro e pequenas fabricantes, algumas inclusive abertas por ex-funcionários, mas com pouca mão de obra”, diz Bianco Neto.
O polo calçadista de Jaú, referência nacional na produção de calçados femininos, já empregou 12 mil trabalhadores em meados dos anos 2000. Hoje tem 5 mil funcionários, diz Bianco Neto. Recentemente, ele e dirigentes da indústria de calçados das vizinhas Franca e Birigui entregaram ao governador João Doria (PSDB) um plano de recuperação do setor.
Máquinas Paradas
Número de indústrias* que fecharam as portas de janeiro a maio em São Paulo
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No grupo das que fecharam as portas, há indústrias nacionais e multinacionais. Algumas transferiram filiais para outras unidades da mesma companhia para cortar custos e outras acabaram com a produção, deixando um contingente de desempregados, parte deles sem receber salários e indenizações.
A indústria de autopeças Indebrás, na zona oeste de São Paulo, deixou de operar em abril e colocou na rua 150 funcionários. Com salários atrasados e sem verbas rescisórias, eles ficaram acampados em frente à fábrica por 48 dias. Após acordo na Justiça do Trabalho, a empresa propôs fazer o pagamento em 18 parcelas mensais.
“O receio é que a empresa pague as primeiras parcelas e depois suspenda o pagamento, como já ocorreu em acordos anteriores fechados por outras empresas”, diz o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, Érlon Souza.
Conjuntura difícil
A situação da indústria paulista se repete em todo o País. Além do encerramento das atividades de empresas de pequeno porte, grandes grupos fecharam unidades consideradas menos produtivas e concentraram a produção em outras mais modernas, quase sempre sem levar a mão de obra.
A fabricante de pneus Pirelli anunciou em maio o fechamento da unidade de Gravataí (RS) e a demissão dos 900 funcionários. A produção de pneus de motos será unificada à de pneus para carros em Campinas (SP) onde serão geradas 300 vagas ao longo de três anos. A empresa alega necessidade de reestruturação “tendo em vista o cenário conjuntural difícil do País”.
Entre as empresas que fecharam fábricas este ano estão PepsiCo/Quaker (RS), PepsiCo/Mabel (MS), Kimberly-Clark (RS), Nestlé (RS), Malwee (SC), Britânia (BA) e Paquetá (BA). No ABC paulista, a autopeça Dura informou em janeiro que fecharia a fábrica em maio e demitiria 250 funcionários. Após greve e negociações envolvendo a prefeitura de Rio Grande da Serra e o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a medida foi adiada.
Veja tambem Pressão de construtoras e pedido da Caixa adiam anúncio de saque do FGTS
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forapsdb · 7 years
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Áudio mostra que gestão Doria favoreceu Ambev em licitação do carnaval
A secretaria adjunta de Cultura de São Paulo, Josephine Bourgois, é casada com Denis Mizne, diretor da Fundação Lemann. A Fundação, que desenvolve projetos em educação, foi fundada em 2002, pelo empresário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev.
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Acima o Juiz Da Lava-Jato Sergio Moro com o Deputado Estadual Capez(PSDB/SP) com processos na merenda escolar e citado em delações da Odebrecht e o Prefeito de São Paulo João Dória(PSDB/SP)
Da Redação*
Gravação obtida pela rádio CBN indica que a Ambev foi favorecida pela gestão do prefeito João Doria na licitação para realizar o carnaval paulistano através da Dream Factory, agência contratada pela Ambev. Quem conduziu o processo da licitação, sob orientação do vice-prefeito Bruno Covas, foi o secretário de Cultura André Sturm.
Há um detalhe, no entanto, que escapou à reportagem. A secretária adjunta de Cultura de São Paulo, Josephine Bourgois (foto), é casada com Denis Mizne, diretor da Fundação Lemann. A Fundação, que desenvolve projetos em educação, foi fundada em 2002, pelo empresário Jorge Paulo Lemann, dono da Ambev, entre outras empresas e considerado um dos homens mais ricos do mundo.
De acordo com matéria da CBN, que foi ao ar nesta segunda-feira (12), o edital, publicado ainda na gestão Haddad, estabeleceu que sairia vencedora a proposta com maior gasto em itens de interesse público, como segurança, limpeza, banheiros químicos e ambulâncias.
Em dezembro, a proposta da Dream Factory, agência contratada pela Ambev, foi escolhida porque as outras três concorrentes foram impugnadas. Mas uma delas, a SRCOM, parceira da Heineken, recorreu.
Em janeiro, a Comissão Avaliadora da Secretaria de Cultura decidiu recolocar a proposta da SRCOM na disputa, com o aval do secretário de Negócios Jurídicos da prefeitura, Anderson Pomini.
O valor da proposta da Dream Factory foi de R$ 15 milhões. A da SRCOM, de R$ 8,5 milhões. Após um pente-fino, a comissão avaliadora viu que na proposta da Dream Factory apenas R$ 2,6 milhões eram itens de interesse público. Na da SRCOM, esses itens somavam o dobro, R$  5,1 milhões.
A comissão avaliadora, órgão legalmente responsável pela escolha, decidiu que proposta da Heineken era a melhor, mas a gestão Doria passou por cima da decisão.
A reportagem da CBN obteve um áudio de uma reunião entre funcionários da Secretaria de Cultura, entre eles a chefe de gabinete do secretário, Giovanna de Moura Rocha Lima, e dois diretores da Dream Factory.
Nela, os representantes da empresa e a chefe de gabinete narram outra reunião na prefeitura em que o vice-prefeito Bruno Covas orienta os integrantes da Ambev e da Dream Factory a alterar os itens da planilha da proposta para justificar os 15 milhões e, assim, vencer a concorrente. Participaram desta reunião o secretário de Governo, Julio Semeghini, e o da Cultura, André Sturm.
O encontro aconteceu em 17 de fevereiro, véspera do pré-carnaval. Doria estava em Dubai, em viagem oficial. O áudio mostra que empresa e gestão ainda discutiam os valores da proposta 20 dias depois da escolha ter sido homologada.
Os integrantes da Dream Factory também reclamam que, àquela altura, não poderiam inflar os valores como, segundo eles, Sturm estava pedindo.
Transcrição da gravação:
DIRETOR DA DREAM FACTORY 1 – A Ambev é a única que pode fazer o que o secretário (André Sturm) quer. Que é aumentar o valor. É a única…
CHEFE DE GABINETE – Isso, aumentar o valor, exatamente
DIRETOR 1 – E a Ambev vai querer envolver o prefeito nessa reunião. Eu acho que vai dar uma m… do c…
CHEFE DE GABINETE – Não tem problema. Mas o prefeito já voltou de Dubai?
DIRETOR 1 – Não sei, a gente vai envolver o prefeito ou o Bruno (Covas). Acho que não vai ser boa essa reunião.
CHEFE DE GABINETE – Mas o Bruno inclusive estava nessa reunião em que eles conversaram…
DIRETOR 1 – Ele lembra, o Bruno lembra.
DIRETOR DA DREAM FACTORY 2 – Ele deu a saída e saiu.
CHEFE DE GABINETE – Ah, ele não ficou?
DIRETOR 2 – Ele deu a solução para o André (Sturm), largou no colo do André…
CHEFE DE GABINETE – Aí ficou o (Julio) Semeghini, o secretário do governo?
DIRETOR 1  –  (inaudível) A Ambev…
DIRETOR 2 – (Tinha) a oferta de R$ 15 milhões (da Dream Factory) , a de R$ 8 milhões (da SRCOM), está dito no edital que você pode mexer nos escopos.
CHEFE DE GABINETE – Aí mexe nos escopos?
DIRETOR 2 – Aí ele (Bruno Covas) levantou e foi embora. Aí o André falou “Se eu perguntar oficialmente, vocês responderem oficialmente, eu resolvo.”
Outro lado
André Sturm nega que houve direcionamento e que ele tenha pedido para inflar os valores da planilha. O secretário afirma que a proposta da Ambev era a única que cobria todos os gastos do Carnaval.
“O que nós fizemos foi, de acordo com o edital de chamamento, tem um item que garante essa possibilidade de trocar dentro dos itens apresentados os quantitativos, que foi o que nós propusemos. Isso permitiu que a prefeitura, que em 2016 gastou R$ 10 milhões no Carnaval, esse ano gastar zero. Então, não houve um favorecimento de maneira nenhuma. Houve, sim, um investimento muito maior em serviços para a cidade que permitiu um carnaval de rua com muito mais conforto para os foliões.”
Anderson Pomini diz que todo o processo ocorreu dentro da lei e respeitou as regras do edital. Ele afirmou, no entanto, que a gestão vai modificar os decretos municipais que regulamentam parcerias.
“O chamamento é disciplinado por decretos municipais, e não pela lei que regulamenta as licitações (lei federal 8.666/90) (…) Há a necessidade de um decreto específico sobre o Carnaval. Já existe um estudo justamente para que problemas como esse sejam evitados para o próximo Carnaval.”
Em nota, a Ambev informou que o edital previa a redistribuição dos valores da proposta entre os itens. A empresa sustenta que não houve oferecimento de novo valor durante a concorrência.
A Dream Factory informou que a realocação dos recursos obedeceu ao edital, ocorreu sob orientação da comissão de avaliação e que foi perfeitamente lícita.
Questionada sobre o conflito de interesse pelo fato da secretária adjunta ser casada com diretor da Fundação Lemann e a Ambev vencer a licitação para o carnaval, a secretaria informou que “a secretária-adjunta de Cultura não participou em nenhum momento do processo de seleção do chamamento público para o Carnaval de Rua 2017, nem mesmo da comissão de seleção”.
*Com informações da CBN
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forapsdb · 7 years
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Réu do mensalão tucano se beneficiam de prescrições e mostra que a justiça não pune tucano
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Quase uma década depois da denúncia sobre o mensalão tucano ser apresentada pela Procuradoria-Geral da República, mais um réu no caso –o quarto, dos 12 iniciais– não deve ser julgado.
Ex-diretor de uma estatal mineira, Lauro Wilson de Lima Filho fez 70 anos em maio e pediu à Justiça para ser beneficiado pela prescrição. Acusado pelo crime de peculato (quando o funcionário público desvia recursos), seu processo estava na fase que antecedia o julgamento. A Justiça ainda não se manifestou sobre o pedido.
Falta de sentença não é exceção no mensalão tucano. A única relativa ao episódio, fez um ano e meio nesta sexta-feira (16). É a condenação de Eduardo Azeredo, ex-presidente do PSDB, a 20 anos e dez meses de prisão por peculato e lavagem de dinheiro.
Segundo a PGR, ele liderava um esquema que desviou R$ 3,5 milhões (R$ 14 milhões em valores atualizados) de empresas públicas para irrigar sua fracassada campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais, em 1998.
Azeredo recorre em liberdade e seu julgamento em segunda instância ainda não tem data marcada. Desde março, a ação contra ele aguarda para ser pautada pelo desembargador Adilson Lamounier.
Antes de Lauro Wilson, as ações contra Walfrido dos Mares Guia, ex-vice-governador de Minas, e Cláudio Mourão, coordenador financeiro da campanha de Azeredo, também prescreveram por causa da idade. Um terceiro réu, Fernando Moreira Soares, morreu em 2015.
As prescrições aconteceram porque, aos 70, o prazo para que eles fossem julgados caiu pela metade, de 16 para oito anos –tempo maior que o ocorrido entre o fato (1998) e a denúncia (2007).
Atualmente, seis processos penais correm na Justiça de Minas Gerais sobre o caso. Um deles envolve os publicitários Marcos Valério, Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, condenados no mensalão petista e considerados os operadores dos dois esquemas.
O processo foi aceito pelo Supremo Tribunal Federal em 2009, mas desceu para a Justiça de Minas em 2014, após Azeredo e Clésio Andrade (PMDB) renunciarem respectivamente aos cargos de deputado federal e senador. No Estado, a ação foi dividida.
Hoje, o processo de Clésio –que era sócio de Valério e candidato a vice-governador– é o mais atrasado de todos. Ele sequer foi ouvido porque entrou com recurso em que questionava a legitimidade de uma juíza para julgá-lo.
Outra ação, contra José Afonso Bicalho, que dirigia o extinto Bemge (banco estatal de Minas) em 98, passou a tramitar na segunda instância em 2015.
Em 2018, ele completa 70 anos. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas, o processo está na fase de instrução.
As outras ações, como a de Lauro Wilson, estão na fase das alegações finais, última vez que as partes se manifestam no processo. Wilson era um dos diretores da antiga Comig (atual Codemig, companhia de desenvolvimento do Estado) e liberou pagamentos de publicidade a um evento que foram usados, segundo a Procuradoria, na campanha do então governador.
Já Valério havia conseguido suspensão de tramitação da ação no ano passado, porque tentava negociar delação com o Ministério Público, que concluiu que o publicitário não tinha o que oferecer.Na Folha
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forapsdb · 9 years
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Premiado Delator de Aécio: em Brasília, dela��ão; em Curitiba, dispensado
Tem um buraco mal explicado na Lava Jato. Trata-se de Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará – o que revelou que Aécio, à espera de R$ 300 mil, era “chato para cobrar”
Tem um buraco mal explicado na operação Lava Jato. Trata-se de Carlos Alexandre de Souza Rocha, apelidado de Ceará, amigo do doleiro Alberto Youssef há 20 anos. Foi preso em Balneário Camboriú (SC) na primeira fase da Operação Lava Jato, em 17 de março de 2014, acusado de ser doleiro pelas conversas telefônicas grampeadas legalmente.
No mês seguinte, em 22 de abril de 2014, o Ministério Público Federal do Paraná apresentou denúncia contra Ceará por apenas um crime: operar, sem a devida autorização, instituição financeira de câmbio, com pena prevista de um a quatro anos de reclusão. Não houve denúncia por formação de quadrilha ou organização criminosa, nem por lavagem de dinheiro.
O MPF-PR pediu ainda na denúncia o pagamento mínimo de multa de R$ 5 milhões por danos causados ao sistema financeiro e econômico. No dia seguinte, a denúncia foi aceita pelo juiz Sérgio Moro. Em seu despacho, o magistrado soltou Ceará da prisão preventiva, colocando-o em liberdade com medidas restritivas, tais como retenção do passaporte, proibição de contato com Alberto Youssef, ter de avisar ao juízo em caso de mudança de endereço etc.
Entre abril e agosto de 2014, em vez dos já rotineiros acordos de delação premiada, a defesa de Ceará negociou com o MPF-PR e conseguiu acordo para suspensão condicional do processo, ou seja, em vez de ir a julgamento, cumpriria medidas alternativas em liberdade. Isso sem ter de delatar nada. O juiz Sérgio Moro homologou o acordo em audiência do dia 4 de setembro de 2014. Em vez dos R$ 5 milhões pedidos inicialmente pelo MPF-PR, o valor ficou reduzido para R$ 100 mil, pagos em cinco parcelas mensais de R$ 20 mil, após cinco meses de carência. O acordo incluiu a liberação de bens apreendidos, sendo dois carros e quatro relógios de luxo da marca Hublot, que chegam a custar US$ 20 mil cada.
Pelo acordo – lembrando que não era de delação –, o processo de Ceará ficou suspenso e, após dois anos, se ele andar na linha, será extinto. Sem delatar ninguém.
Passados nove meses depois de livrar-se da Vara de Curitiba, sem condenação, sem ficar preso, e em silêncio sem delatar ninguém, ainda não se sabe exatamente por quais circunstâncias Ceará prestou 19 depoimentos sigilosos em Brasília entre 29 de junho e 2 de julho de 2015, em acordo de delação premiada na Procuradoria-Geral da República, em homologação pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascky. Revelou que carregava dinheiro vivo a serviço Alberto Youssef para intermediários que repassariam a alguns políticos ilustres, o mais notório é o senador Aécio Neves (PSDB-MG), citado como suposto destinatário de uma propina de R$ 300 mil paga pela empreiteira UTC em 2013.
No anexo 12 da delação, Ceará conta que, por volta de setembro ou outubro de 2013, Youssef o mandou entregar R$ 300 mil no escritório da UTC no Rio de Janeiro para um diretor de nome Miranda, que estava ansioso e desabafou, travando o diálogo:
Miranda: – Rapaz, esse dinheiro estava sendo muito cobrado e tal.
Ceará: – Por quem, doutor?
Miranda: – Aécio Neves.
Ceará: – Vocês dão dinheiro aqui para a oposição?
Miranda: – Ceará, aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo.
Segundo Ceará, Miranda disse que Aécio era "o mais chato para cobrar e que estava em cima dele atrás desse dinheiro".
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O diretor superintendente da UTC no Rio de Janeiro chamava-se Antonio Carlos D’Agosto Miranda, também conhecido como Kaká. No acordo de leniência da Camargo Correa junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) por formação de cartel na construção de Angra 3, Miranda é apontado como “do alto escalão do cartel” e que “exercia papel de destaque nos contatos de cunho político”.
A delação de Ceará foi vazada e publicada pelo jornal Folha de S.Paulo só no fim do ano passado, na semana em que o povo estava distraído com as festas natalinas e de ano novo. Aécio estava de férias em Miami, badalando ao lado de celebridades como o piloto Felipe Massa na casa do deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO) – que aliás está com R$ 622 milhões de seus bens bloqueados pela Justiça em processo por improbidade administrativa. A assessoria do senador chamou de “absurda e irresponsável” a citação sem provas, ao contrário do que faz quando delações atingem petistas.
Como senador, Aécio tem foro privilegiado e só pode ser investigado pela Procuradoria-Geral da República, mas o referido diretor da UTC estaria na alçada do Paraná, junto com Alberto Youssef. Não há notícias de que ele esteja submetido ao método de prisão preventiva até delação para contar o que sabe sobre transações com tucanos sem foro privilegiado.
O buraco mal explicado é porque alguns investigados só saem da cadeia em Curitiba quando delatam qualquer coisa, quase sempre com efeitos políticos que atingem a atual base governista federal, enquanto outros que tinham informações que atingem a oposição tucana foram mandados para casa em silêncio, ganhando benefícios como redução de multas, suspensão e extinção de penas?
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