#volta ao algarve
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This is how I am spending my Valentine's Day 😅❤️👍
#road cycling#cycling#sports#jumbo visma#team jumbo visma#wout van aert#sepp kuss#team visma lease a bike#tiesj benoot#jan tratnik#milan vader#volta ao algarve
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Stefan Küng of Switzerland and Groupama-FDJ during the Volta ao Algarve em Bicicleta 2023, Stage 3 a 203.1km stage from Faro to Tavira on February 17, 2023 in Taviria, Portugal. (Photos by Tim de Waele/Getty Images)
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So, I never noticed how good is the Volta ao Algarve compared to the Volta a Portugal in terms of like...everything except mountains.
#Me randomly watching Volta ao Algarve: Oh look that's Remco!#carol livestreams stuff#cycling edition#cycling#deja vu to last Giro that i basically live streamed. And lost the end because i went traveling at the end#volta ao algarve
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Martinez > Remco
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Pessoal não docente faz greve a 4 de outubro e poderá encerrar escolas
Os trabalhadores não docentes vão realizar uma greve nacional nas escolas a 4 de outubro para exigir melhores condições de trabalho, uma paralisação que "ainda poderá ser travada pelo ministro da Educação", anunciou o sindicato.
"Hoje inicia-se um novo ano letivo com um problema crónico nas escolas de falta de pessoal não docente. E por isso estes trabalhadores vão realizar a 4 de outubro uma luta nacional pela criação de carreiras especiais, que permitira acabar a falta de pessoal nas escolas, os baixos salários e precariedade", anunciou o sindicalista Artur Sequeira.
Vários sindicalistas da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) concentraram-se hoje em frente ao Liceu Passos Manuel, onde realizaram uma conferência de imprensa para anunciar esta nova luta nacional dos trabalhadores não docentes.
Artur Sequeira lembrou que a grande maioria dos assistentes operacionais (AO) e dos assistentes técnicos (AT) ganham "pouco mais do que o salário mínimo".
Estes trabalhadores vivem em situações de precariedade e por isso têm exigido a criação de uma carreira especial, uma ambição que, segundo Artur Sequeira, foi recusada pela nova equipa do ministro da Educação, Ciência e Inovação (MECI).
"Estivemos reunidos a 3 de julho no ministério e foi-nos dito que não está no programa do Governo a criação de uma carreira especial para os trabalhadores das escolas, mas para nós essa é uma linha vermelha", contou Artur Sequeira.
O sindicalista diz que a greve é o resultado de plenários que têm sido feitos em muitas escolas, nos quais os trabalhadores têm mostrado "forte adesão a esta forma de luta".
No entanto, Artur Sequeira acredita que "o ministro está a tempo de parar esta luta".
Além da criação das carreiras especiais, com a transição dos atuais AO para uma Carreira de Assistentes de Ação Educativa e os AT para uma Carreira de Assistente Administrativo de Administração Escolar, os trabalhadores pedem uma política de aposentação que tenha em conta o desgaste das suas profissões.
A criação de uma nova portaria de rácios de trabalhadores que aumente os funcionários nas escolas é outra das exigências dos sindicatos, que alertam para os efeitos desta carência: direitos dos trabalhadores e qualidade das escolas postos em causa.
O arranque do ano letivo está a ser celebrado pelo Governo, num evento numa escola secundária em Viseu.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, está acompanhado pelos seus secretários de estado, mas também pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luis Montenegro.
Cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos começam, entre hoje e a próxima segunda-feira, as aulas de mais um ano letivo em que "milhares de alunos" voltam a não ter todos os professores.
Tal como tem acontecido nos últimos anos, o regresso às aulas volta a ser marcado pela falta de professores, em especial na área metropolitana de Lisboa e no Algarve.
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Uma cúpula perto do Céu
Agostinho Costa Mar-10-03-2024
A tarde já ia a meio. Tínhamos acabado de almoçar no Largo da Graça. Descíamos agora a Rua Voz do Operário. Um raiozinho de Sol surgiu por pouco mais de uns segundos, pois o Céu continuava fechado, a chuva a querer cair a todo o momento. E eis que chegámos… Entre a Calçada de São Vicente, à direita, e o Campo de Santa Clara, que se estendia à esquerda, com a feira da ladra já a terminar, à nossa frente o grandioso monumento, São Vicente de Fora. De fora, porque fora construído já para lá das muralhas da velha urbe.
Que monumental fachada! Com um corpo central Encimado por duas torres sineiras; uma ornamentação exuberante, com pilastras, cornijas e frontões, que prazer na sua contemplação! Mosteiro, igreja, panteão. Nele estavam sepultados os Bragança da última dinastia da nossa história. Nele se encontravam reflectidos períodos distintos da história de Portugal. Dom Afonso Henriques, quando fora construído em 1147; Filipe II de Espanha, que governou Portugal, o Filipe I, que lhe deu outra dimensão. E outras não menos importantes alterações, sobretudo a partir da independência com Dom João IV, que quis acabar com os testemunhos espanhóis. Ah, e o dia 1 de Novembro de 1755, que tragédia se abateu sobre ele…!
Que sensação me absorvia ao palmilhar os espaços do mosteiro. No claustro, com belas arcadas de mármore, aberto a um jardim, que seria pujante na sua vegetação, mas agora totalmente encharcado pela chuva que caía abundante. E que sensação!, na capela de Fernando Martins, o nosso Santo de Lisboa, António; o de Pádua para os italianos. Aqui viveu, aqui estudou, Cónego de Santo Agostinho, antes de se dirigir a Coimbra. Após, se dirigiu a Itália, ao mundo… Neste espaço museológico, na bonita capela a ele dedicada, algumas relíquias suas, o hábito de franciscano, o seu cajado… Mas ele não eé o padroeiro de Lisboa.
Pois, o padroeiro é São Vicente. Todo o monumento lhe é dedicado, e é bem antiga a lenda que o celebra. Diácono em Valência, lá pelo século IV, habitada pelos romanos, nunca quis abdicar da sua fé, a cristã. Por tal foi martirizado e os cristãos perseguidos. Muitos deles quiseram salvar os seus restos mortais. Fizeram uma viagem até ao Algarve. Aí foi construída uma capela, onde as suas relíquias foram escondidas. dom Afonso Henriques, conhecendo a história/lenda do santo, conseguiu, numa segunda tentativa, trazer o espólio do santo para Lisboa, onde lhe foi construído o belo monumento. Na viagem, as relíquias do santo foram acompanhadas por dois corvos, um à proa, outro à popa. E assim São Vicente se tornou o padroeiro de Lisboa e os corvos passaram a fazer parte do seu brasão de armas.
Entrámos na igreja. Monumental, grandiosa! com o seu tecto abobadado a grande altura, ornamentado com pinturas e frescos. As paredes, com os seus painéis de azulejo, representando cenas bíblicas e da vida de São Vicente. O seu chão, com belos mosaicos, que apetecia pisar com a maior suavidade. Sentia-se ali o sagrado, o espírito supremo…
Passávamos pela sacristia, pelo panteão dos patriarcas. A Carolina ia-nos dizendo que só existiam três no mundo, o de Jerusalém, o das Índias, o de Lisboa. Fora uma graça que o papa atribuíra a Dom João V pelas muitas benesses que lhe havia concedido. à nossa volta os túmulos dos patriarcas de Lisboa. Apreciámos um mais, fui passando a mão pelo seu túmulo, o de Dom José Policarpo, patriarca dos mais recentes.
Na sacristia encontrámos uma valiosa coleção de arte sacra, incluindo pinturas, esculturas e objetos litúrgicos. Com os seus móveis bem trabalhados, todas as gavetas fechadas, guardando as vestes de todos os dignitários da igreja que por ali haviam passado. Nesta sacristia era fácil apreender o mesmo ambiente, de ancestralidade, de religiosidade, de supremo, como em todo o conjunto monumental. Ah, a lembrança que me ocorre…
Que terrível dia me veio ao espírito. «a terra começou a tremer debaixo dos pés do rapaz, numa trepidação assustadora, e um novo ruído arrepiante se ouviu, como se alguma coisa descomunal estalasse. As pessoas gritaram, desesperadas, como se os gritos delas fossem suficientes para pôr termo ao acontecimento, mas pouco depois os gritos deixaram de se ouvir, pois o barulho da terra a tremer era tão intenso que nada mais era audível. Fora então que olhara para trás, para a Igreja de São Vicente de Fora, e o seu coração enchera-se de pânico ao ver o tecto do edifício abater, caindo para dentro da igreja, para cima da sua mãe. Um grito nascera-lhe nos pulmões e tentou correr, mas a terra não o deixava, não havia equilíbrio, e tropeçou e caiu. Voltou a ouvir os gritos, de pavor, e vinham de todos os lados da praça, das ruas, das janelas, e também da porta da igreja, onde os fiéis estavam apinhados, uns contra os outros, como se não fossem muitos, mas apenas uma massa de gente espalmada. Depois, as portas da igreja saltaram das enormes dobradiças e tombaram sobre os infelizes que ali estavam». É assim que Domingos Amaral no seu livro Quando Lisboa Tremeu, narra o acontecimento do dia 1 de Novembro de 1755. Só ali, dentro da igreja, quantas pessoas não terão morrido!
Avançávamos para o panteão dos Bragança. Ainda no exterior a capela dos meninos de Palhavã. Eram filhos ilegítimos de Dom João V, o filho de madre Paula… a famosa freirinha de Odivelas!
O Panteão dos Bragança, reis, rainhas, príncipes e infantes da IV dinastia ali estavam sepultados. Fora resultado da iniciativa Do rei D. Fernando II, que em 1855 o criou para que nele todos permanecessem, espalhados por vários locais. A dinastia iniciou-se com D. João IV e terminou com Dom Manuel II, que apenas governou dois anos, iniciada que foi a República em 1910.
A sala é um espaço de grandes dimensões, antigo refeitório. Os túmulos encontram-se encostados às paredes, sendo os dos reis encimados por coroas e o das rainhas por diademas. o túmulo de Dom João VI, que está em destaque, possui Na parte superior uma estátua do rei em tamanho natural, vestido com as suas vestes reais. A estátua está ladeada por duas figuras alegóricas que representam a Fé e a Justiça. Apresenta na parte frontal um rombo. Há dúvidas sobre a origem deste rombo, mas acredita-se que este terá sido feito quando se pretendeu investigar melhor a causa da morte do rei. Verdade?, descobriu-se grande quantidade de arsénio no seu organismo, o que provavelmente indica que terá sido envenenado… Só Dom Pedro IV, no Brasil, o coração no Porto, e Dona Maria I, na Basílica da Estrela, ali não estão.
Ainda descemos a ver a cisterna. estava quase cheia tal era a chuva que caía. Devido à mesma, não foi possível subir à cúpula. Não deixei, contudo, de lembrar aquela subida há uns anos. Fora espectacular! Nos finais do Verão, em plena tarde, Céu, sol, rio, tudo numa confusão de azul e doirado! e nas margens, toda a cidade… Mais ao longe, já se confundindo com o horizonte, a ponte sobre o Tejo. Momento muito belo, bem apreciado pelo meu espírito. Esta cúpula altaneira era visível de muitos pontos da cidade. Mas, a partir dela, aquilo que os nossos olhos abrangiam…! Será que se poderia dizer?, era o esplendor do mundo que se desvelava?!
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Andaluzia: a terra sagrada dos ciganos
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Bom dia na paz do senhor 🙏
Para definir o comportamento resiliente, é preciso considerar dois fatores: crise e superação. Diante de uma situação crítica ou adversa, pessoas podem manifestar diversos tipos de comportamento. A pessoa resiliente é aquela que compreende o problema que está diante dela e mobiliza recursos para superá-lo.
Isso não significa que o indivíduo resiliente seja invulnerável ou blindado.
Não se trata de sempre sair ileso de uma situação crítica, mas de desenvolver a capacidade de lidar com a crise eficientemente e sair dela fortalecido.
A resiliência é a capacidade de sofrer as ações de um contexto específico, mas manter-se íntegro.
A resistência não está na capacidade de lutar contra as forças, mas em flexibilizar e se adaptar ao ambiente.
A resiliência dos ciganos da Andaluzia.
A Nação Cigana.
A Andaluzia (em castelhano: Andalucía) é uma comunidade autônoma de Espanha, localizada na parte meridional do país. É limitada, a oeste, por Portugal (regiões do Alentejo e Algarve); a norte pela Estremadura e Castela-Mancha, a este pela Múrcia; e a sul por Gibraltar, pelo oceano Atlântico e mar Mediterrâneo, numa costa com cerca de 910 quilômetros. A sua capital é a cidade de Sevilha, onde tem a sua sede, a Junta da Andaluzia, enquanto que o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia tem a sua sede na cidade de Granada.
O seu nome provém de Al-Andalus, nome que os muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. É a segunda maior comunidade autônoma espanhola e a mais populosa. Tornou-se comunidade autônoma em 1982. Segundo o seu estatuto autonómico, possui a condição de "nacionalidade histórica".
A chegada dos ciganos em meados do século XV, que também contribuíram para a cultura da Andaluzia moderna.
A Andaluzia foi fortemente reassentada por castelhanos, leoneses e outros povos das regiões central e norte da Espanha e é hoje a região mais fervorosa da Espanha.
Juan de Dios Ramirez, presidente da Associação de Ciganos em Espanha e o primeiro deputado cigano no Parlamento Europeu (nascido, justamente, na Andaluzia), declarou ao diário El País que “o modelo é a Andaluzia. De um ponto de vista cultural, não de justiça social. A Andaluzia pode ser um modelo de coexistência social para os ciganos do mundo inteiro. Esta comunidade, onde é difícil dizer se são os andaluzes que se gitanizaram com os ciganos, ou se foram os ciganos que se andaluzaram”.
Porém discordo em parte, a Andaluzia é o que é graças em parte a inteligência em saber lhe dar com o dinheiro, e os ciganos, junto com os judeus são mestres em dominar esse " fluxo", dinheiro é fluxo, é giro, é fazer girar e lucrar, a cada volta aumenta-se a riqueza, o segredo é que volte para as mesmas mãos que o controlam, controlam o fluxo, fluxo de diamantes, ouro, minérios, serviços e etc.
Se o Estado padece em saber quem controla e como controla o dinheiro e se corrompe com o mesmo o dinheiro se perde na burocracia e de nada adianta tributar na quantidade e esquecer da qualidade, distribuir pobreza e manter a riqueza nas mãos de poucos, essa é a maior estupidez em saber lhe dar com o dinheiro, lembrando que o dinheiro do Estado é do povo, da cobrança de impostos, taxas e múltiplas formas, muitas delas bitributáveis ou em forma de renúncias fiscais privilegiando cartéis econômicos privados ou estatais em detrimento de toda uma população.
Nesse sentido o ciganos e judeus como povo, como nação são mais justos e fraternos, além de muito mais inteligentes.
Um dos aspectos culturais dessa inteligência destaca-se pela música e dança:
O Flamenco resultaria de uma fusão entre pessoas que partilhavam, ou tinham em comum, modos de vida semelhantes, uma forma semelhante de procurar a vida que facilitava a convivência a tal ponto que se tornava difícil distinguir uns dos outros.
Sabe-se que após a expulsão de dois judeus e a rendição do último reduto árabe - fato que coincide, mais ou menos, com a chegada das primitivas tribos de ciganos à Península - foram criados em Espanha no século XVI século por alguns agrupamentos sociais imprecisos, constituídos por indivíduos de diferentes origens e mentalidades: mouros e judeus, ciganos e semi-terrestres, dispersos e errantes perseguidos pela inquisição ou fugitivos do exílio ou da clandestinidade.
O que queria a Santa Inquisição que não quis Hitler na segunda guerra mundial? Muito além das ideologias, o que está por traz de Guerras Santas ou Políticas é a pilhagem, roubo, desvio do dinheiro, da riqueza alheia em pró inquisição, ditadura da espoliação, expatriação da riqueza para Igreja ou para o Estado.
É muito possível que, de fato, a própria etnia cigana não se enraíze na Espanha através destas fusões e que entre eles tenha sido dada por extensão ou nome de ciganos aos alegados cruzamentos destes com aquelas famílias de fugitivos indigentes do Santo Ofício e de dois tribunos civis um e outro devem unir-se — por motivos, por vezes contraditórios — na desgraça comum, e a mesma sociedade que o expulsou da sua idade, tem incentivado as crianças à vadiagem e a uma luta violenta pela vida.
Logicamente, esses grupos heterogêneos de foras-da-lei, anos em que se juntaram a outras vertentes sociais, acabarão por fundir num mesmo cadinho suas antigas formas de cultura, trocando atavismos de suas respectivas histórias sociais.
De toda esta longa tradição resultaria uma voz muito pessoal e profunda, a alma da Andaluzia que se pronuncia no seu canto mais genuíno e começa a gestar-se na mais profunda das suas dimensões: o canto flamenco.
A política espanhola das últimas décadas apostou na integração desta minoria, criando planos específicos e destinando subvenções para favorecer o acesso à habitação, ao emprego e à educação.
Avançou-se um pouco, tiraram-se lições. Mas já se começa a ouvir vozes que pedem um quadro comum para todos os cidadãos: ciganos e não ciganos, no entanto é um terreno que sempre trouxe pouca sustentação e sustento, fragilizada por um "Carnaval" onde o pêndulo sagrado e profano se mesclam e a " convivência" não traduz a situação precária que vive esse povo, essa nação, já que turismo, exotismo, alegria passageira, mesclada com dinheiro, faz com que essa " convivência" seja interpretada como uma injeção de negação ou prática negacionista ao preconceito enraizado por boa parte da população da Espanha fadada ao aspectos capitalistas,imediatistas,
materialistas, egoístas ou do egocentrismo, do cinismo e da hipocrisia, ideossincratico daqueles que se dizem cristãos mas não praticam seus valores como: a solidariedade as comunidades ciganas ou gitanas no mundo.
São os mouros e descendentes árabes que permaneceram clandestinos na Espanha depois da expulsão dos árabes.
Blas Infante, chamado de "o pai da Andaluzia", formula a hipótese de que este povo teria se misturado aos grupos de gitanos e outros marginalizados sociais para passar desapercebidos.
É uma hipotése que deve continuar sendo investigada, mas se vem daí o cante, por que ele não teria surgido em outras regiões onde os mouros foram até mais numerosos, como Valencia, Aragão ou Castilha?
Parece que em Granada eles também formaram um grande núcleo, mas no resto da região da Andaluzia não, portanto, ainda pairam dúvidas sobre se teriam os mouros participado da criação do Flamenco.
Outra influência muito comentada no Flamenco é a dos Judeus. Já gozou de grande repercussão com base no artigo publicado em 1930 pelo escritor israelita Máximo José Khan, pseudônimo de Medina Azara.
Neste artigo, ele relaciona as origens do cante com os marranos ou judeus convertidos ao cristianismo.
Apesar desta teoria já ter sido francamente questionada, não se pode negar a semelhança que há entre alguns cantes hebreus com o cante jondo( Flamenco).
"À semelhança dos ciganos, os judeus não criaram o cante flamenco, mas colaboraram em sua conservação junto com os andaluzes e os murcianos e há pelo menos dois cantes cuja procedência judia será dificilmente negada, as antigas saetas (pura liturgia sinagogal) e a petenera. Mairena e Molina perceberam ecos do cante sinagogal em algumas seguiriyas e também nas saetas, aparentadas com o Kol Nidrei (jondo hebreu), é cantado especialmente pelos sefaraditas, os judeus de origem espanhola, e que nos leva a pensar que o Nidrei imita o jondo e não o contrário.
A política levada a cabo pelo governo francês face aos ciganos chegados da Europa de Leste começou a reforçar o sentimento coletivo do povo cigano.
Mas as diferenças nacionais pesam, e muito.
Na Espanha, os ciganos têm orgulho em sê-lo e, segundo alguns contam, há cada vez menos “ciganos invisíveis” que tentem esconder as suas origens para evitar a discriminação.
Mas a realidade do povo cigano na Espanha e no mundo é complexa e diversificada.
Afirmar que se alcançou a integração total não seria correto. Tão pouco o seria, dizer que toda a comunidade vive em exclusão. Quiçá, o termo mais próximo da realidade é “convivência forçada” pelo discurso vazio político da inclusão, diversidade e reparação, reparação essa nunca para o povo cigano que sofreu e sofre há séculos pela " escravidão" dos seus meios de sobrevivência.
A história dos ciganos é rica e antiga. Os ciganos têm suas origens na região do noroeste da Índia, onde viviam no período medieval.
Acredita-se que tenham deixado a Índia por volta dos séculos IX e X, possivelmente devido a pressões políticas, conflitos internos ou perseguição religiosa.
Chegaram em 1425 e fixaram-se em várias regiões, especialmente em Andaluzia que foi onde houve uma maior sintonia com a população autóctona que lá se encontrava. As origens do cante aparecem extremamente relacionadas às regiões da Andaluzia onde as gitanerias foram importantes. As gitanerias eram um núcleo urbano com importante presença cigana, mas também se usa o termo para expressar a qualidade que faz referência aos ciganos na forma de interpretar o flamenco.
Ocuparam vasto território espanhol, principalmente a Andaluzia, por onde entraram e também por onde partiram. Essa foi a região da Espanha onde se deu a maior influência da cultura árabe que por ali deixou um imenso legado, e, por isso mesmo, acredita-se que muitas das manifestações culturais desta região seja de origem árabe, entre elas, o Flamenco.
Por outro lado, a chamada música andalusi foi levada pelos mouros expulsos da Espanha ao norte da África e lá desenvolvem seqüelas musicais.
Em 1922, o compositor espanhol Manuel de Falla comenta:
"... o que não deixa sombra de dúvida é que a música que ainda se conhece em Marrocos, Argel e Tunez com o nome de música andaluza dos mouros de Granada, não apenas guarda um caráter peculiar que a distingue de outras de origem árabe, como também em suas formas rítmicas de dança reconhecemos facilmente a origem de muitas de nossas danças andaluzas: sevilhanas, zapateados, seguidillas etc."
O musicólogo Lothean Siemens explica que o cantar a lo flamenco não é só do flamenco, mas um fenômeno muito antigo, muito espanhol.
Muitos acreditam que ele seja de origem árabe, ao passo que os árabes acreditam ser de origem andaluza. Eles fazem diferença entre a música árabe pura, que é oriental, e a andalusí, que é do norte da África Ocidental.
Tanto o Flamenco como a música árabe pertencem a um amplo espectro de correntes musicais que integram o chamado orientalismo musical e a semelhança entre ambas é inegável, contudo o que mais chama a atenção é que em ambas o melisma — várias notas numa mesma sílaba — é um signo comum e característico.
Seja como for há muito a ser aprendido com a cultura cigana:
O respeito à família.
A fraternidade e integração entre seus membros.
A palavra é o contrato nas negociações.
Mas nada supera a resiliência, resiliência demonstrada pela batida firme, forte do Flamenco, das histórias de guerras, perseguições, violência, agressões, preconceitos, racismo, morte em câmeras de gaz, genocídio, criminalização e marginalização, de uma eterna tentativa de limpeza étnica de um povo, de uma nação, a nação cigana!
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Entrada 5 - Artefacto – cruel vídeo
Neste momento, a minha ideia será a criação de uma videoarte que utilizará metáforas visuais e sonoras, como forma a evocar o resultado e impacto da presença e ausência do homem no território algarvio. A participação e interação do público (1 pessoa) com a obra é essencial. Sem a presença e contato humano, a obra não será ativada, impossibilitando o seu desenvolvimento e a total fruição da mesma. A interação entre público e obra ocorre em 2 momentos distintos e sucessivos: através do movimento e através do contato. Movimento - no início, antes da chegada do público, o ecrã exibirá um vídeo (vídeo 1), quando a presença do público é detetada pelo artefacto, será acionado aleatoriamente um de 4 vídeos (vídeo 2, 3 ou 4). Contato - nesta altura o vídeo será visível, mas o som não estará audível (ou estará a um nível mínimo). O som só será audível através da interação do público com uma coluna de som de ressonância. Ou seja, o corpo do visitante será o elemento condutor que possibilitará a audição do som do vídeo e a fruição completa do artefacto. A partir do momento que artefacto não detete a presença de público, o processo volta ao início e ao vídeo 1.
Caso tecnicamente seja possível, será utilizado como vídeo 1, um vídeo em streaming de uma webcam ao longo da costa algarvia (exemplo https://surftotal.com/camaras-report/alentejo-algarve/faro-webcam-hd). Os vídeos 2,3 e 4 (do tipo found footage) foram registados entre junho e setembro de 2023 (provavelmente serão ainda realizadas algumas recolhas de imagens entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024). Existem algumas questões relevantes relacionadas com o processo criativo, nomeadamente a minha consciência do não domínio de algumas áreas e tecnologias que considero fundamentais neste processo, e qual o caminho a seguir para ser possível ter os elementos dessas áreas refletidos na minha obra de arte digital (artefacto). Considero que no contexto em que nos encontramos – académico -, a solução poderá ser através de colaborações ou parcerias, com colegas que detenham conhecimento nas áreas ou tecnologias que considero importante serem utilizadas, aos quais serão dados os respetivos créditos. Apesar de não dominar estas áreas, deverei estar a par e documentar todos os procedimentos técnicos e soluções utilizadas no meu artefacto no DDB. Marcos, relativamente a esta questão, afirma em 2017, que o ciclo de criação se abre, naturalmente, à colaboração em rede, entre grupos de interesse, conjugando diferentes conhecimentos e disciplinas, face às especificidades tecnológicas, expositivas, entre outras, exigidas no desenvolvimento do artefacto.
Referências Bibliográficas
Marcos, A. F. (2017). Artefacto computacional: elemento central na prática artística em arte e cultura digital. Revista Lusófona de Estudos Culturais, vol. 3(2), 129 – 147. https://doi.org/10.21814/rlec.182
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super wout 🦸♂️
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A view of the peloton during the Volta ao Algarve em Bicicleta 2023, Stage 4 a 177.9km stage from Albufeira to Alto do Malhão on February 18, 2023 in Alto do Malhão - Loule, Portugal. (Photos by Tim de Waele/Getty Images)
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I almost forgot how it is when there's a cycling competition without the Katrina hurricane interrupting
So, I never noticed how good is the Volta ao Algarve compared to the Volta a Portugal in terms of like...everything except mountains.
#i'm exaggerating but Algarve's weather is actually really good for this. if it's not summer#carol livestreams stuff#cycling edition#cycling#volta ao algarve
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Roger Schmidt volta a cortar nomes e são todos da formação
Paulo Bernardo, Martim Neto e Rafael Rodrigues não viajaram para o Algarve, onde o Benfica fará dois jogos, hoje frente a Al Nassr de Cristiano Ronaldo (20.30 h) e amanhã diante do Celta, à mesma hora. Este é um sinal de que os três jogadores formados no clube dificilmente terão lugar nas escolhas de Roger Schmidt para a época 2023/2024. Henrique Araújo já saiu por empréstimo rumo ao Famalicão…
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Aulas começam para 1,3 milhões de alunos mas "milhares" terão falta de professores
Cerca de 1,3 milhões de estudantes do 1.º ao 12.º anos começam, entre esta quinta-feira e a próxima segunda-feira, as aulas de mais um ano letivo em que "milhares de alunos" voltam a não ter todos os professores.
Tal como tem acontecido nos últimos anos, o regresso às aulas volta a ser marcado pela falta de professores em muitas escolas, em especial na área metropolitana de Lisboa, mas também em estabelecimentos de ensino do Alentejo e do Algarve.
O arranque do ano letivo acontece até segunda-feira, mas em 60% das escolas, os portões abrem hoje para receber os alunos e noutras 20% o regresso oficial às aulas acontece na sexta-feira.
"Nos primeiros dois dias, vamos ter 80% das escolas abertas e queria agradecer o esforço que os diretores fizeram para conseguir, tal como tínhamos desafiado, iniciar as aulas logo nos primeiros dias", disse à Lusa o ministro da Educação, Ciência e Inovação.
Apesar desse esforço, repete-se o problema que tem marcado o regresso às aulas nos últimos anos.
No início da semana, os resultados da segunda reserva de recrutamento deixaram 1.091 horários por preencher, a que se somam os horários diariamente disponibilizados através da contratação de escola, o último recurso disponível para o recrutamento de professores.
O cenário, admite Fernando Alexandre, poderá agravar-se nos próximos dias, com a necessidade de substituir professores que apresentam baixa médica.
As disciplinas com maior carência são Informática, com 86 horários por ocupar, Português (65 horários), Matemática (63 horários), Física e Química (53 horários) e História e Geografia (98 horários.
O número de professores, que rondava habitualmente os 150 mil, registou no ano letivo de 2022/2023 a sua primeira diminuição em muitos anos, com menos 0,55% nas escolas em relação ao ano anterior, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Educação (DGEEC).
Para tentar reduzir o número de alunos sem aulas, o Governo apresentou este verão o plano "+ Aulas, + Sucesso", com um conjunto de medidas que vão desde a possibilidade de contratar professores aposentados com uma remuneração extra ou chamar bolseiros de doutoramento para dar aulas.
Além deste plano, o Governo aprovou um apoio de deslocação a professores colocados em escolas onde é difícil contratar, tendo também desenhado um novo concurso extraordinário, que irá colocar ainda durante o 1.º período esses docentes.
Já o número de alunos nas escolas portuguesas volta a aumentar este ano, graças à comunidade imigrantes, sendo esperados mais de 900 mil alunos do ensino básico e outros 400 mil do ensino secundário, segundo os últimos dados disponíveis no site da DGEEC.
Depois de décadas em que o número de alunos vinha diminuindo, o ano letivo de 2021/2022 marca uma viragem nessa tendência graças à chegada de alunos imigrantes, que atualmente já representam quase 14% do total de estudantes, revelou esta semana o ministro da Educação.
O ministro reconhece que este é um "desafio" para as escolas, uma vez que cerca de um terço das crianças e jovens não falam português, mas há já um programa aprovado esta semana em Conselho de Ministros para que os professores consigam integrar estes alunos.
A sessão solene de abertura do ano letivo vai realizar-se na Escola Secundária Alves Martins, em Viseu, e contará com a presença do ministro e dos secretários de estado da área da Educação, mas também com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e o primeiro-ministro, Luis Montenegro.
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Volta a Portugal termina em Loulé
Desde 2018 que a volta a Portugal não vinha ao Algarve.
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Andaluzia: a terra sagrada dos ciganos
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Bom dia na paz do senhor 🙏
Para definir o comportamento resiliente, é preciso considerar dois fatores: crise e superação. Diante de uma situação crítica ou adversa, pessoas podem manifestar diversos tipos de comportamento. A pessoa resiliente é aquela que compreende o problema que está diante dela e mobiliza recursos para superá-lo.
Isso não significa que o indivíduo resiliente seja invulnerável ou blindado.
Não se trata de sempre sair ileso de uma situação crítica, mas de desenvolver a capacidade de lidar com a crise eficientemente e sair dela fortalecido.
A resiliência é a capacidade de sofrer as ações de um contexto específico, mas manter-se íntegro.
A resistência não está na capacidade de lutar contra as forças, mas em flexibilizar e se adaptar ao ambiente.
A resiliência dos ciganos da Andaluzia.
A Nação Cigana.
A Andaluzia (em castelhano: Andalucía) é uma comunidade autônoma de Espanha, localizada na parte meridional do país. É limitada, a oeste, por Portugal (regiões do Alentejo e Algarve); a norte pela Estremadura e Castela-Mancha, a este pela Múrcia; e a sul por Gibraltar, pelo oceano Atlântico e mar Mediterrâneo, numa costa com cerca de 910 quilômetros. A sua capital é a cidade de Sevilha, onde tem a sua sede, a Junta da Andaluzia, enquanto que o Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia tem a sua sede na cidade de Granada.
O seu nome provém de Al-Andalus, nome que os muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. É a segunda maior comunidade autônoma espanhola e a mais populosa. Tornou-se comunidade autônoma em 1982. Segundo o seu estatuto autonómico, possui a condição de "nacionalidade histórica".
A chegada dos ciganos em meados do século XV, que também contribuíram para a cultura da Andaluzia moderna.
A Andaluzia foi fortemente reassentada por castelhanos, leoneses e outros povos das regiões central e norte da Espanha e é hoje a região mais fervorosa da Espanha.
Juan de Dios Ramirez, presidente da Associação de Ciganos em Espanha e o primeiro deputado cigano no Parlamento Europeu (nascido, justamente, na Andaluzia), declarou ao diário El País que “o modelo é a Andaluzia. De um ponto de vista cultural, não de justiça social. A Andaluzia pode ser um modelo de coexistência social para os ciganos do mundo inteiro. Esta comunidade, onde é difícil dizer se são os andaluzes que se gitanizaram com os ciganos, ou se foram os ciganos que se andaluzaram”.
Porém discordo em parte, a Andaluzia é o que é graças em parte a inteligência em saber lhe dar com o dinheiro, e os ciganos, junto com os judeus são mestres em dominar esse " fluxo", dinheiro é fluxo, é giro, é fazer girar e lucrar, a cada volta aumenta-se a riqueza, o segredo é que volte para as mesmas mãos que o controlam, controlam o fluxo, fluxo de diamantes, ouro, minérios, serviços e etc.
Se o Estado padece em saber quem controla e como controla o dinheiro e se corrompe com o mesmo o dinheiro se perde na burocracia e de nada adianta tributar na quantidade e esquecer da qualidade, distribuir pobreza e manter a riqueza nas mãos de poucos, essa é a maior estupidez em saber lhe dar com o dinheiro, lembrando que o dinheiro do Estado é do povo, da cobrança de impostos, taxas e múltiplas formas, muitas delas bitributáveis ou em forma de renúncias fiscais privilegiando cartéis econômicos privados ou estatais em detrimento de toda uma população.
Nesse sentido o ciganos e judeus como povo, como nação são mais justos e fraternos, além de muito mais inteligentes.
Um dos aspectos culturais dessa inteligência destaca-se pela música e dança:
O Flamenco resultaria de uma fusão entre pessoas que partilhavam, ou tinham em comum, modos de vida semelhantes, uma forma semelhante de procurar a vida que facilitava a convivência a tal ponto que se tornava difícil distinguir uns dos outros.
Sabe-se que após a expulsão de dois judeus e a rendição do último reduto árabe - fato que coincide, mais ou menos, com a chegada das primitivas tribos de ciganos à Península - foram criados em Espanha no século XVI século por alguns agrupamentos sociais imprecisos, constituídos por indivíduos de diferentes origens e mentalidades: mouros e judeus, ciganos e semi-terrestres, dispersos e errantes perseguidos pela inquisição ou fugitivos do exílio ou da clandestinidade.
O que queria a Santa Inquisição que não quis Hitler na segunda guerra mundial? Muito além das ideologias, o que está por traz de Guerras Santas ou Políticas é a pilhagem, roubo, desvio do dinheiro, da riqueza alheia em pró inquisição, ditadura da espoliação, expatriação da riqueza para Igreja ou para o Estado.
É muito possível que, de fato, a própria etnia cigana não se enraíze na Espanha através destas fusões e que entre eles tenha sido dada por extensão ou nome de ciganos aos alegados cruzamentos destes com aquelas famílias de fugitivos indigentes do Santo Ofício e de dois tribunos civis um e outro devem unir-se — por motivos, por vezes contraditórios — na desgraça comum, e a mesma sociedade que o expulsou da sua idade, tem incentivado as crianças à vadiagem e a uma luta violenta pela vida.
Logicamente, esses grupos heterogêneos de foras-da-lei, anos em que se juntaram a outras vertentes sociais, acabarão por fundir num mesmo cadinho suas antigas formas de cultura, trocando atavismos de suas respectivas histórias sociais.
De toda esta longa tradição resultaria uma voz muito pessoal e profunda, a alma da Andaluzia que se pronuncia no seu canto mais genuíno e começa a gestar-se na mais profunda das suas dimensões: o canto flamenco.
A política espanhola das últimas décadas apostou na integração desta minoria, criando planos específicos e destinando subvenções para favorecer o acesso à habitação, ao emprego e à educação.
Avançou-se um pouco, tiraram-se lições. Mas já se começa a ouvir vozes que pedem um quadro comum para todos os cidadãos: ciganos e não ciganos, no entanto é um terreno que sempre trouxe pouca sustentação e sustento, fragilizada por um "Carnaval" onde o pêndulo sagrado e profano se mesclam e a " convivência" não traduz a situação precária que vive esse povo, essa nação, já que turismo, exotismo, alegria passageira, mesclada com dinheiro, faz com que essa " convivência" seja interpretada como uma injeção de negação ou prática negacionista ao preconceito enraizado por boa parte da população da Espanha fadada ao aspectos capitalistas,imediatistas,
materialistas, egoístas ou do egocentrismo, do cinismo e da hipocrisia, ideossincratico daqueles que se dizem cristãos mas não praticam seus valores como: a solidariedade as comunidades ciganas ou gitanas no mundo.
São os mouros e descendentes árabes que permaneceram clandestinos na Espanha depois da expulsão dos árabes.
Blas Infante, chamado de "o pai da Andaluzia", formula a hipótese de que este povo teria se misturado aos grupos de gitanos e outros marginalizados sociais para passar desapercebidos.
É uma hipotése que deve continuar sendo investigada, mas se vem daí o cante, por que ele não teria surgido em outras regiões onde os mouros foram até mais numerosos, como Valencia, Aragão ou Castilha?
Parece que em Granada eles também formaram um grande núcleo, mas no resto da região da Andaluzia não, portanto, ainda pairam dúvidas sobre se teriam os mouros participado da criação do Flamenco.
Outra influência muito comentada no Flamenco é a dos Judeus. Já gozou de grande repercussão com base no artigo publicado em 1930 pelo escritor israelita Máximo José Khan, pseudônimo de Medina Azara.
Neste artigo, ele relaciona as origens do cante com os marranos ou judeus convertidos ao cristianismo.
Apesar desta teoria já ter sido francamente questionada, não se pode negar a semelhança que há entre alguns cantes hebreus com o cante jondo( Flamenco).
"À semelhança dos ciganos, os judeus não criaram o cante flamenco, mas colaboraram em sua conservação junto com os andaluzes e os murcianos e há pelo menos dois cantes cuja procedência judia será dificilmente negada, as antigas saetas (pura liturgia sinagogal) e a petenera. Mairena e Molina perceberam ecos do cante sinagogal em algumas seguiriyas e também nas saetas, aparentadas com o Kol Nidrei (jondo hebreu), é cantado especialmente pelos sefaraditas, os judeus de origem espanhola, e que nos leva a pensar que o Nidrei imita o jondo e não o contrário.
A política levada a cabo pelo governo francês face aos ciganos chegados da Europa de Leste começou a reforçar o sentimento coletivo do povo cigano.
Mas as diferenças nacionais pesam, e muito.
Na Espanha, os ciganos têm orgulho em sê-lo e, segundo alguns contam, há cada vez menos “ciganos invisíveis” que tentem esconder as suas origens para evitar a discriminação.
Mas a realidade do povo cigano na Espanha e no mundo é complexa e diversificada.
Afirmar que se alcançou a integração total não seria correto. Tão pouco o seria, dizer que toda a comunidade vive em exclusão. Quiçá, o termo mais próximo da realidade é “convivência forçada” pelo discurso vazio político da inclusão, diversidade e reparação, reparação essa nunca para o povo cigano que sofreu e sofre há séculos pela " escravidão" dos seus meios de sobrevivência.
A história dos ciganos é rica e antiga. Os ciganos têm suas origens na região do noroeste da Índia, onde viviam no período medieval.
Acredita-se que tenham deixado a Índia por volta dos séculos IX e X, possivelmente devido a pressões políticas, conflitos internos ou perseguição religiosa.
Chegaram em 1425 e fixaram-se em várias regiões, especialmente em Andaluzia que foi onde houve uma maior sintonia com a população autóctona que lá se encontrava. As origens do cante aparecem extremamente relacionadas às regiões da Andaluzia onde as gitanerias foram importantes. As gitanerias eram um núcleo urbano com importante presença cigana, mas também se usa o termo para expressar a qualidade que faz referência aos ciganos na forma de interpretar o flamenco.
Ocuparam vasto território espanhol, principalmente a Andaluzia, por onde entraram e também por onde partiram. Essa foi a região da Espanha onde se deu a maior influência da cultura árabe que por ali deixou um imenso legado, e, por isso mesmo, acredita-se que muitas das manifestações culturais desta região seja de origem árabe, entre elas, o Flamenco.
Por outro lado, a chamada música andalusi foi levada pelos mouros expulsos da Espanha ao norte da África e lá desenvolvem seqüelas musicais.
Em 1922, o compositor espanhol Manuel de Falla comenta:
"... o que não deixa sombra de dúvida é que a música que ainda se conhece em Marrocos, Argel e Tunez com o nome de música andaluza dos mouros de Granada, não apenas guarda um caráter peculiar que a distingue de outras de origem árabe, como também em suas formas rítmicas de dança reconhecemos facilmente a origem de muitas de nossas danças andaluzas: sevilhanas, zapateados, seguidillas etc."
O musicólogo Lothean Siemens explica que o cantar a lo flamenco não é só do flamenco, mas um fenômeno muito antigo, muito espanhol.
Muitos acreditam que ele seja de origem árabe, ao passo que os árabes acreditam ser de origem andaluza. Eles fazem diferença entre a música árabe pura, que é oriental, e a andalusí, que é do norte da África Ocidental.
Tanto o Flamenco como a música árabe pertencem a um amplo espectro de correntes musicais que integram o chamado orientalismo musical e a semelhança entre ambas é inegável, contudo o que mais chama a atenção é que em ambas o melisma — várias notas numa mesma sílaba — é um signo comum e característico.
Seja como for há muito a ser aprendido com a cultura cigana:
O respeito à família.
A fraternidade e integração entre seus membros.
A palavra é o contrato nas negociações.
Mas nada supera a resiliência, resiliência demonstrada pela batida firme, forte do Flamenco, das histórias de guerras, perseguições, violência, agressões, preconceitos, racismo, morte em câmeras de gaz, genocídio, criminalização e marginalização, de uma eterna tentativa de limpeza étnica de um povo, de uma nação, a nação cigana!
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