#vivência Lésbica
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Queria contar apenas contos e histórias mas ora ou outra me cortam as questões materiais do dia a dia e vou compartilha-las aqui também. Coisas da vivência lésbica, LGBT, queer.. enfim. Estou desacostumadas a conviver com homens, no dia a dia mesmo, no âmbito da casa, da divisão dos espaços e tarefas. Sem cair em generalizações, mas o convívio homem e mulher que venho acompanhado (com estranhamento) nos últimos tempos (vale frisar que são mais ou menos três casais que venho acompanhando por motivos pessoais, nada proposital), em maior ou menor medida, é permeado pelo discurso de exaustão masculina e pela alienação da verdadeira divisão de tarefas. Observo frequentemente a frase "mas eu faço tudo que você fala" ou "eu também faço as coisas necessárias e você não reconhece" como se o realizar exigisse o mesmo esforço ou esforço equivalente ao ato de pensar e planejar o que precisa ser feito. Pensaremos e planejaremos o que precisa ser feito, dividiremos as tarefas entre aquelas que nós (mulheres) faremos e aquelas que os companheiros farão, faremos as nossas, conferiremos as deles e ainda seremos ingratas por não reconhecer o que foi feito por eles. Não estou dizendo que essa dinâmica não existe entre duas mulheres (ou dois homens mas minha vivência é lésbica então..) mas esse comportamento entre homens e mulheres foi comumente seguindo pela ideia "é sempre assim", "ele é assim mesmo, mas tudo bem", o que não existe a priori entre o relacionamento entre duas mulheres (pelo menos naqueles que eu vivenciei). A premissa inicial é que pensaremos e planejaremos o que precisa ser feito, cada uma escolhe suas tarefas e assim as coisas serão feitas. A préideia do comportamento masculino (totalmente apoiada em fatos verídicos pelo que pude acompanhar até agora) me parece intoxicar possíveis variações e facilitar a contínua frustração da divisão de tarefas, justificando o injustificável e dando as mulheres mais uma tarefa, a de criar narrativas e ferramentas para compreender a posição e sentimentos masculinos, driblando calmamente a exaustão para continuarem casadas.
#lesbian#girls who like girls#contos#lgbtqia#lgbtq community#pride#lésbica#lésbico#amor#lovers#love life#women#lgbtq#sapatao#sapatão#feminism#feminismo#machismo
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Exposição "Garotas, garotas" de Leíner Hoki na Galeria de Arte BDMG Cultural
A Galeria de Arte BDMG Cultural, em Belo Horizonte, recebe a partir do dia 1º de novembro de 2024 a exposição Garotas, garotas, da artista visual, escritora e pesquisadora Leíner Hoki. A mostra apresenta uma série de dezessete pinturas a óleo e sete desenhos em nanquim que exploram a amizade, o companheirismo e as vivências de mulheres lésbicas de diferentes gerações, raças e classes sociais. Um…
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Introdução ao todos e nenhum
Gostaria de começar meu primeiro post aqui dizendo o motivo que me fez começar a escrever sobre a minha vivência como lésbica e gênero fluído: um livro.
Um livro que eu nem terminei de ler e nem sei se vou realmente gostar dele no final. Mas o que importa, é que esse livro chamado "Todos, Nenhum: Simplesmente Humano" trata sobre a vivência de um jovem gênero fluido (igual eu), punk (igual eu), que ainda não se assumiu pros seus pais como uma pessoa gênero fluído (igual eu). Então é claro, muita coisa nesse livro parece ser sobre mim. E sobre muitas outras pessoas também.
A sacada do título desse livro é tão genial, que me dá vontade de dizer que meu gênero é esse. Pra quem não entende o que é gênero fluído, é isso, somos todos e nenhum. Todos (ou alguns) gêneros e nenhum ao mesmo tempo. Pq somos simplesmente humanos.
Eu gostei muito da forma como Riley (protagonista), ou melhor, Alix, no seu blog descreve seu gênero. Não é um botão que liga e desliga, é uma bússola. E é exatamente assim que eu me sinto. Alguns dias, essa bússola aponta pro F de feminino, outros dias no M de masculino. Mas toda bússola tem seus pontos colaterais, os que ficam entre os pontos cardiais principais e é por isso que muitas vezes eu me sinto numa mistura de gêneros. Eu posso cravar que me sinto feminina um dia, mas no outro posso me sentir feminina e masculino ao mesmo tempo, em outro posso me sentir feminina e neutro e em outro me sinto uma bagunça de sensações, como se todos os gêneros se encaixassem, ou como se simplesmente nenhum gênero servisse pra mim.
Bom, assim como Riley decidiu compartilhar sua vivência por um blog escondide pelo pseudônimo Alix, eu também vou me esconder. Amo meu nome social, é um que escolhi pra mim com muito carinho enquanto me olhava para o espelho e via qual nome neutro combinava mais comigo, mas quero que minhas confissões do dia a dia sejam anônimas, por motivos óbvios de: vou falar mal de gente babaca e não me assumi pros meus pais. Então, vocês aqui do tumblr serão os únicos a terem o privilégio de me conhecer pelo pseudônimo Matt.
E porque o do sobrenome Roditis? Bem, não sei se vcs conhecem a banda "Destroy Boys". É uma banda punk atual, ê vocalista "Alexia Roditis" (que está na minha foto de perfil) é uma pessoa não-binária que escreveu a música "boyfeel" sobre como se sente em relação ao seu gênero. "Talvez eu seja um viado ao invés de uma sapatão. Ou talvez eu seja os dois ao mesmo tempo." Gosto muito dessa banda, apesar de ser pouco conhecida, então eu quis prestar essa homenagem. Alexia Rodits, progenitore de todas as pessoas não binárias do mundo, incluindo eu, Matt Roditis.
E não se preocupem com pronomes, na Internet eu uso todos ao msm tempo. Só na vida real que caso eu estiver me sentindo com um gênero muito específico, eu peço pros meus amigos me chamaram com um pronome específico. Mas aqui, tanto faz.
Eu espero que com esse blog eu consiga desabafar sobre assuntos que ninguém entenderia, quero que chegue em mais pessoas trans, gênero fluído, não binárias, e queer num geral. Mas se não chegar em ninguém, ainda assim, estarei tirando um sufoco do meu peito que vive alojado aqui dentro desde que eu nasci e aumenta cada vez mais desde que eu me descobri.
Mas principalmente, se houver alguém aí lendo que se identificou com o que está escrito nesse blog e até agora não sabia um nome para esse sentimento, essa identidade. Parabéns! Você é gênero fluído. E não tem nada de errado com isso. Na verdade, é muito legal. Apesar de tudo, eu gosto de ser assim. E não precisa se apressar pra se aceitar ou se assumir, eu mesmo demorei pra me entender e desde que me descobri (3 anos atrás) não me assumi pros meus pais. Só pra amigos e pra minha avó (essa história merece um post só dela).
Então, se você caiu de paraquedas, seja bem vindo/a/e. Espero que meu blog possa tocar e ajudar algumas pessoas assim como o blog de Alix no livro.
#gênero fluído#gender fluid#queer#lgbtqia#genderfluidproblems#descoberta#destroy boys#Spotify#alexia roditis
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[Entrevista] Experiência transgênero em Portugal
Entrevista entre o blog e @lily-on-the-fence.
Introdução
É muito difícil ouvir de experiências transgênero não brasileiras na internet, e muitas pessoas trans* de outros países podem se sentir sozinhas quanto a isso. Fazemos aqui uma entrevista com uma pessoa da cidade de Braga, em Portugal, que reconta sua experiência no país.
Entrevista
Gostaria de se introduzir?
Olá! O meu nome é Lily, tenho 25 anos e sou uma mulher transgenero portuguesa. Comecei a minha transição social á 2 anos e comecei a transição médica este ano.
Acreditas que a cultura portuguesa tenha tido alguma influencia na sua transição? Foi positiva ou negativa?
Acho que a cultura portuguesa tem uma atitude no geral de cada um se meter na sua vida. As pessoas podem nao gostar ou aceitar, mas no geral fora da familia imediata as pessoas não se metem umas com as outras.
Nesse aspeto, apesar de ser um bocado consevadora, é uma cultura bastante segura para nós a meu ver.
Você informou para a página que você se identifica como lésbica. Como moradora de Portugal, como é a recepção geral quando você se fala disso? Acredita que é diferente de se você fosse trans e heterossexual?
Na minha experiência, a minha sexualidade não tem muita relevância na minha vida diária. Sou solteira, mas para alem disso nenhum dos meus amigos ou familia me trataram de forma diferente for ser homosexual. Realço que tenho a sorte de ter familia e amigos que no geral nao são nada homofobicos ou transfobicos.
Aliás, eu era das poucas pessoas heterossexuais no meu grupo de amigos antes de sair da casca.
Qual interação achas que sua transgeneridade teve com sua identidade lésbica?
Eu sempre tive uma afinidade com o termo "lésbica." Dizia ainda antes da minha transição que se fosse rapariga seria lésbica ou tentava encontrar justificações para me chamar lésbica. Quando me aprecebi que era uma mulher, aprecebi-me que, nesse caso, podia mesmo ser lésbica!
Foi um momento muito feliz para mim :) Ser lesbica continua a ser uma fonte muito grande de euforia para mim, mesmo quando estou sozinha.
Em termos de vivência como pessoa transgênero, você viver em uma cidade menor em Portugal fez diferença?
Fez bastante diferença. Primeiro tenho de viajar até ao porto para ter acompanhamento médico, visto que o hospital de Braga nao oferece os serviços necessarios. Tambem terei de viajar se alguma vez quiser fazer cirurgias ou afim.
Segundo, de um ponto de vista social, nao vejo que exista uma grande comunidade LGBT em Braga, que se pode tornar um bocado solitário. Existem pessoas LGBT, claro, mas nao parecem haver muitos sitios ou associações em que nos podemos juntar e conhecer.
Qual é sua experiencia com empregabilidade como pessoa transgênero em Portugal?
Para ja não tenho experiência propria, ainda nao trabalhei desde que comecei a transição médica, mas terei de o fazer em breve. Tenho um amigo transgenero e pelo que entendo ser transgenero nao afetou negativamente a sua vida profissional, mas não sei se é uma experiência universal.
Você informou para a página que faz tratamento hormonal com a SNS (Sistema Nacional de Saúde). Como você avaliaria o serviço até agora?
Diria que tem sido satisfatório, com algumas coisas a melhorar. No geral o SNS tem listas de espera muito grandes, que tambem afetam pacientes transgenero.
Não senti nenhuma discriminação de nenhum dos medicos que vi ate hoje, no entanto alguns dos procedimentos envolvidos podem ser considerados transfobicos. Por exemplo, antes de obter hormonas tive de completar um teste de despiste para transtornos de personalidade.
Não sei até que ponto o resultado do teste afetou o meu percurso, parece-me improvável que negassem hormonas a uma pessoa devido a um transtorno de personalidade, mas só o facto de isto ser parte do processo é problemático. Parece que nos estão a chamar de "malucos."
Para alem disso, suspeito que os guias usados por endocrinologistas estao desatualizados. O meu prescreveu-me 50mg de ciproterona diariamente, enquanto que estudos mais recentes propõem uma dose maxima segura de 12.5mg por dia.
Para alem disto, desvalorizou a opção de tomar estrogenio por baixo da língua em vez de o engolir, embora relatos de mulheres trans e estudos recentes concordam que engolir o comprimido leva a quantidades reduzidas de estrogenio no sistema, para alem de causar esforço ao fígado.
Qual foi sua maior dificuldade durante a transição?
A espera definitivamente. Acho que exagerei um pouco quando disse que esperei 2 anos desde falar com a medica de família até ser vista no hospital S. Joao, mas foi á volta de ano e meio de certeza.
Sem o primeiro erro na referencia da minha médica de familia, teria ainda sido um ano de espera no minimo. Até á primeira consulta podes ter que esperar ums bons 4-6 meses. Depois entre cada consulta podes ter mais de um mês de espera, dependendo da disponibilidade dos serviços. Infelizmente, isto não é sinal de discriminação, é geral ao SNS neste momento.
Tem algo que gostaria de dizer para as pessoas trans* do seu país?
Gostaria de dizer que estamos aqui e que, em termos de apoios legais/de saúde, não estamos assim tao mal.
Eu sei que pode ser assustador viver num país tão tradicional e católico, e muitos de vocês podem vir a sofrer devido as vossas familias ou comunidades mais proximas. Existem sistemas e instituicoes que vos podem ajudar por isso nao tenham medo de pedir ajuda.
Also, venham pra Braga, preciso de mais gente trans na minha vida :P
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Agradecemos as respostas de Lily quanto ao cenário no seu país, assim como pela colaboração para criar o guia básico de acesso a transição hormonal pela SNS em Portugal.
Esperamos que essa entrevista possa ajudar pessoas trans* portuguesas em suas jornadas (além de considerarem ir para Braga ver a Lily).
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Gay
A identidade gay geralmente é utilizada por pessoas que sentem atração exclusiva pelo mesmo gênero ou por pessoas cujas identidades são similares o suficiente a tal gênero, e é usada especialmente por homens, já que pessoas não-binárias podem se dizer medisso e mulheres podem se dizer lésbicas. Mesmo assim, existem não-homens que preferem usar gay a usar esses ou outros termos.
Em relação ao que significa ter uma identidade “similar o suficiente”, é uma questão subjetiva, mas aqui estão alguns exemplos:
Uma pessoa agênero se considera alinhada com o gênero homem por conta de sua vivência, e portanto quando se diz gay ela se refere a sentir atração por homens e por pessoas não-binárias alinhadas com o gênero homem.
Um homem geralmente sente atração por homens, mas ocasionalmente sente atração por homens não-bináries também. Ele ainda se considera gay por considerar que homens não-bináries possuem identidades que ao menos possuem algo em comum com ser homem.
Ume maverique sente atração apenas por pessoas não-binárias, independentemente de não terem gênero, terem vários gêneros, terem identidades próximas a um gênero binário, serem aporagênero ou afins. Tal maverique prefere o termo gay a outros termos que poderia usar porque considera mais fácil se dizer de uma orientação mais conhecida, e considera que qualquer pessoa não-binária tenha uma experiência de gênero similar o suficiente para que o termo gay seja aplicável.
No entanto, também existem usos coloquiais de gay como pessoa que sente atração pelo mesmo gênero, ainda que de forma que não precise ser exclusiva (como em equárique) ou como sinônimo de LGBTQIAPN+. Ou mesmo de usar gay para significar não-duárique ou mesmo não-hétero.
Existem tensões dentro da comunidade em relação a isso. Algumas consideram que o uso de gay como termo geral ou para qualquer pessoa equárica centraliza a identidade de homens atraídos somente por homens acima de mulheres lésbicas e de pessoas trans, multi, a-espectrais, intersexo e/ou não-binárias, outras consideram que o uso histórico de gay como guarda-chuva para a comunidade (ou para uma parte maior da comunidade) faz com que deixar o termo apenas para homens mono-orientados seja “ceder terreno” desnecessariamente a homens gays que querem higienizar o termo.
A palavra gay existe na língua inglesa desde o século XII, e seu significado principal era descrever alguém cheie de alegria, sem preocupações e/ou que chama bastante a atenção. Porém, a palavra começou a ter conotações sexuais no século XVII, sendo utilizada para descrever pessoas consideradas “decadentes” ou “promíscuas”, como mulheres que eram trabalhadoras sexuais ou homens que flertavam com muita gente. “Casa gay” era uma forma de descrever um bordel.
No final do século XIX, o termo gey cat (“gate gey”), que veio de uma variante escocesa de gay, era usado para descrever homens viajantes novos na estrada que estavam acompanhados de homens mais velhos. O termo sugeria que o homem mais novo cumpria um papel submisso num suposto relacionamento sexual entre tais homens.
Acredita-se que foi na primeira metade do século XX que o termo gay passou a ser usado coloquialmente para significar homossexual com mais frequência. E que, na anglosfera, foi nos anos 60 e 70 que pessoas começaram a se chamar de gays, ressignificando um termo que era usado como pejorativo, que é o que muitas pessoas brasileiras fazem quando usam termos como bicha ou viado para descrever suas identidades.
O termo homossexual, que antes era bastante usado para falar de pessoas que sentem atração (geralmente exclusiva) pelo mesmo gênero, caiu em desuso por ser considerado patologizante. Atualmente, vários guias de estilo anglófonos falam para evitar a palavra, especialmente fora de contextos médicos, dizendo que seu uso é mais frequente no contexto de ódio contra pessoas gays ou equáricas.
No Brasil, o termo gay foi mais popularizado dos anos 90 para frente. Antes disso, grupos e publicações importantes muitas vezes preferiam usar bicha ou guei, para não utilizar um termo que veio da língua inglesa.
A primeira bandeira gay foi desenhada por Gilbert Baker em 1978. Ela era composta por 8 faixas horizontais do mesmo tamanho, e tinham as seguintes cores com os seguintes significados:
Rosa: Sexo;
Vermelha: Vida;
Laranja: Recuperação;
Amarela: Luz do Sol;
Verde: Natureza;
Turquesa: Magia/Arte;
Índigo: Serenidade;
Violeta: Espírito.
A ideia era que o arco-íris fosse um símbolo positivo e de esperança, ao contrário do símbolo gay mais popular da época – o triângulo rosa – já que este veio de como pessoas percebidas como homens gays eram marcadas em campos de concentração nazistas.
Por conta de ter sido difícil de conseguir material para a faixa rosa suficiente na época – o símbolo se popularizou após Harvey Milk, um político abertamente gay, ter sido assassinado – a bandeira diminuiu para 7 faixas.
Algum tempo depois, houve a ideia de pendurar a bandeira na vertical em postes da Market Street em São Francisco, mas os postes fariam com que a faixa do meio ficasse difícil de ver pelos postes ficarem em sua frente. A solução foi reduzir a bandeira a 6 cores, e assim a bandeira passou a ter o design da bandeira de orgulho mais conhecida hoje em dia.
Na época que a bandeira foi feita, gay não era necessariamente um termo específico a definições mais restritas. Pessoas que hoje em dia seriam vistas como cisdissidentes e/ou multi, ou mesmo que já se identificavam como lésbicas, também participavam de grupos que só se diziam gays, como a Gay Liberation Front (Frente de Libertação Gay). Ainda assim, o termo gay foi ficando cada vez mais associado com homens que sentem atração apenas por homens, criando a necessidade então da inclusão de outras identidades separadamente, formando assim siglas como LGBTQIAPN+.
Isso significa que a bandeira arco-íris acabou sendo muito usada para representar a comunidade LGBTQIAPN+ como um todo, e não apenas pessoas que se diziam ou que se encaixavam em descrições comuns de gay. Nos últimos anos, pessoas gays, principalmente homens e pessoas não-binárias que usam o termo por gostarem de homens, fizeram uma série de outras bandeiras para representar especificamente a identidade gay, para não terem que usar apenas símbolos associados com a comunidade inteira.
Em 25 de agosto de 2016, o Tumblr Ask Pride Color Schemes (APCS) respondeu a um pedido por “uma bandeira para homens gays que nem a bandeira lésbica [de 7 faixas], mas azul e roxa” dizendo que já havia uma bandeira butch com essas cores, e sugerindo ao invés disso uma bandeira verde e azul referenciando tal bandeira lésbica. Não houveram significados associados com cada faixa.
Em 8 de junho de 2017, uma outra proposta de bandeira gay foi postada no deviantArt Pride-Flags. Ela também era baseada em uma bandeira lésbica, ainda que uma menos popular. Ela trocou as faixas rosa da bandeira lésbica correspondente por verdes e os símbolos de Vênus (representando atração entre mulheres) por símbolos de Marte (representando amor entre homens).
Por volta de 2018, Valentin Belyaev postou sua versão de uma bandeira para homens gays num grupo de VKontakte. A bandeira tinha 7 faixas horizontais do mesmo tamanho, sendo as três primeiras em tons claros de azul, a do meio branca e as três últimas em tons mais escuros de azul. As várias faixas simbolizam a diversidade da comunidade gay, e seu formato é uma referência à bandeira lésbica de 7 faixas.
Em 25 de junho de 2018, o Tumblr gaymanflag postou uma proposta diferente de bandeira gay, mais separada de bandeiras lésbicas mais conhecidas. Ela é formada por faixas com es seguintes cores e significados:
Azul: Conexão com masculinidade em relação a gênero e atração por homens;
Verde: Natureza, pelo amor de homens gays ser natural e pela referência à bandeira arco-íris, assim como uma referência ao cravo verde que Oscar Wilde popularizou como símbolo de homens gays;
Amarela: Luz do Sol, outra referência à bandeira arco-íris, assim como uma referência ao Sol ser uma figura masculina em certas culturas. Também representa homens gays não-bináries;
Cinza: A questão de homens gays navegarem uma área cinza da sociedade, onde há uma aceitação condicional de homens gays. Também demonstra inclusão explícita de homens gays a-espectrais.
Em 01 de junho de 2019, Lox postou em seu Tumblr wierdautumn uma outra proposta para uma bandeira de homens gays, formada apenas por faixas horizontais com es seguintes cores e significados:
Vermelha: Amor;
Laranja: Romance;
Laranja clara: Caubóis;
Amarela: Alegria;
Azul: Masculinidade.
Em 10 de julho de 2019, o Tumblr gayflagblog fez sua primeira postagem, ajustando as cores da bandeira citada de 2016 e atribuindo significados a elas:
Turquesa escura: Comunidade;
Turquesa: Recuperação;
Turquesa clara: Alegria;
Branca: Homens inconformistas de gênero, não-bináries e/ou trans;
Azul: Amor puro;
Índigo: Fortitude;
Azul escura: Diversidade.
Várias variações foram feiras desta bandeira, incluindo variações que usam seis ou cinco faixas ao invés de sete, e versões que colocam símbolos de Marte num canto ou no centro da bandeira. Mesmo assim, as versões mais populares tendem a ser a de sete faixas e a de cinco faixas.
Parte da razão pela qual esta bandeira foi “refeita” é que ela havia ganhado popularidade em círculos transmedicalistas e antitrans. Uma pessoa transmedicalista pegou a bandeira postada em Ask Pride Color Schemes e espalhou por aí como uma bandeira para homens gays, o que fez com que conseguisse tal reputação ainda que suas origens reais não tenham nada a ver com grupos reacionários.
Em 13 de julho de 2019, foi postada uma outra proposta de bandeira para homens gays, desta vez no Tumblr rainforest-gay-man-flag. Ela é composta pelas seguintes faixas horizontais:
Azul, que representa atração/amor por homens;
Turquesa, que representa inconformidade de gênero;
Verde, que representa vida e felicidade;
Verde clara, que representa individualidade e resiliência;
Amarela, que representa história e comunidade.
Em 14 de setembro de 2019, Damion, emostiims no Tumblr, postou uma bandeira para homens gays feita por Eira, eiradescent no Tumblr, e falou que ela tinha sido elaborada meses antes da postagem. Ela também é composta por faixas horizontais, e estas são suas cores, acompanhadas de seus significados:
Laranja: Inconformidade de gênero e extravagância;
Amarela: Amor e sexualidade;
Verde: Diversidade e comunidade;
Azul: Inclusão de homens cis, trans e não-bináries;
Azul escura: Masculinidade.
Ainda que a bandeira com as faixas verdes e azuis e uma faixa branca no centro seja mais popular atualmente, há diversas críticas a esta e a outras bandeiras, como:
A ausência de cores que não remetam à masculinidade típica. Várias bandeiras para homens gays usam vários tons de azul ou talvez de verde mas contém uma faixa ou nada de cores como rosa e roxa;
A inspiração óbvia em bandeiras lésbicas, ignorando a diferença entre as comunidades gay e lésbica, e até mesmo usando a bandeira lésbica de sete faixas como inspiração, que foi denunciada como problemática por várias razões;
A repetição de faixas de cores parecidas ou a grande quantidade de faixas, o que dificulta a produção de produtos físicos por artesanes independentes;
A quantidade de bandeiras feitas para homens gays por pessoas que não são homens gays;
Como está lá em cima, a bandeira gay com as faixas verdes e azuis possui associações transmedicalistas.
Por conta disso, ainda estão sendo criadas dezenas de bandeiras para
homens gays.
Uma delas é uma variação de tal bandeira popular que usa a cor roxa ao invés da azul, com o objetivo da cor rosa, historicamente associada com homens gays, ser incorporada no design. Tal bandeira foi postada em 14 de agosto de 2020 por Ian Blázquez, IanBlazquez no Twitter.
Além disso, muitas pessoas estão propondo termos específicos para homens gays e pessoas não-binárias que se consideram em tal comunidade, assim como existe o termo lésbica. Algumas das propostas (considerando traduções diretas e o final de palavra o) são vinciano (às vezes também um termo alternativo para uma pessoa aquileana), veldiano, turiano, casiano, magniano e zânie
Também há o termo flôrique/flórique (considerando o final de palavra e), que é para qualquer não-mulher que sente atração por não-mulheres. Pode ser tanto um termo juvélico quanto uma orientação para não-mulheres que priorizam ou que só sentem atração por não-mulheres.
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Perspectiva de vida. 13 anos.
Casa destruída, criança sequestrada, morta e desovada na rua.
Culpado? PM.
Resultado? Acidente.
80 tiros.
Culpado? PM.
Resultado? Acidente.
Guarda-chuva "confundindo" com um fuzil.
Pai de família metralhado e morto.
Culpado? PM.
Resultado? Acidente.
Deputada lésbica e preta assassinada.
Culpado? PM, Exército, direita.
Resultado? Acidente.
Vocês são a escória da sociedade, o vírus da desgraça.
Matam nossas crianças e adolescentes, estupram nossas mulheres, nos colocam a margem da sociedade a troco de nada.
A PM é assassina, e sempre será. Porcos de abate treinados pra perpetuar e operar assassinato em massa.
Meu corpo é política, minha existência é política, a vivência dos meus é política. E nós queimaremos todos vocês.
Nos tiram as oportunidades, as crianças, o oxigênio.. a vida e ganham medalhas de honra no final.
Vocês virarão pó.
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Cantora e compositora de Niterói (RJ) mistura MPB e o pop em canções tropicais Os afetos e as vivências de uma mulher lésbica são refletidas em “Afeto”, EP de estreia da cantora e compositora Sofia Oliver, de Niterói (RJ). O trabalho conta com as faixas “Bagunçar”, “Aquarela” e “Camisa”, lançadas anteriormente como singles e que evocam o processo emocional que a artista passou durante a produção das músicas. O disco é um lançamento independente e já se encontra disponível nas principais plataformas de música. Ouça o EP “Afeto”: onerpm.link/sofia_afeto “É meu primeiro EP, meu primeiro projeto, que traz músicas 100% escritas por mim. Além disso, traz três faixas com sonoridades distintas, mas que conversam entre si e que exploram elementos de diferentes estilos nos arranjos. Este é um grande passo na minha carreira que vem para apresentar a Sofia ao mundo: uma Sofia que sabe o que quer, que tem orgulho de quem é e que agora veio pra ficar. É o início de um novo ciclo na minha carreira e já tenho planos para o futuro.”, antecipa. O projeto de lançamento já existia há alguns anos, sendo um sonho de Sofia Oliver que somente pôde ser realizado em 2023. “Inicialmente não estava claro para mim que o nome do EP seria ‘Afeto’, mas à medida que avançávamos na produção das músicas, a palavra afeto me vinha à mente frequentemente. Além disso, desde que eu comecei a compor, eu tomei consciência de que minhas composições são a minha forma de impactar o mundo e que, na minha vida, eu buscaria sempre tentar afetar as pessoas através do afeto. Inclusive, isso é uma ideia que eu carrego como lema de vida e não apenas na minha trajetória como artista.”, detalha Sofia. Durante o processo de criação do EP, Sofia perdeu a sua sogra, uma das maiores apoiadoras de sua carreira na música. Naturalmente, o compacto trouxe um importante simbolismo para a artista e a sua namorada. “Esse projeto tem um peso simbólico para mim porque ele nasceu quase como um respiro num momento de dor para mim e minha namorada. Pessoalmente, colocar esse EP no mundo é também uma forma de seguir em frente acreditando no meu sonho não só por mim, mas por ela, que sempre esteve ali acreditando em mim.”, desabafa a cantora. Conheça Sofia Oliver A criação artística sempre esteve na vida de Sofia Oliver. Desde os oito anos de idade já compunha, chegando a ser premiada com a sua primeira canção. Aos 14 anos, ganhou um violão usado e desde então utiliza a música como uma forma de se comunicar com o mundo. No ano seguinte, após anos tocando nas igrejas do bairro, começou a se apresentar em shows de talentos e eventos com a banda que formou no Ensino Médio. Aos 18 anos, foi a vez de colocar a cara no mundo e iniciar a vida profissional na música: participou de concursos de composição, começou a compor sob encomenda e apresentar-se em bares e eventos particulares ao lado do grupo musical “Nós em sete”. Em 2019, lançou o primeiro single autoral, “Mundo pra dois” e, em 2021, ganhou destaque no TikTok após participar de um concurso de composição na plataforma, no qual foi um dos três ganhadores e assinou a composição da música “Piscadinha”, da cantora Erikka, em conjunto com Ruxell, Erikka, Pablo Bispo e Sergio Santos. Entre as principais influências de Sofia Oliver estão nomes da MPB e do pop brasileiro, como Melim, Anavitória, Carol Biazin, Vitão, Vitor Kley e Ana Gabriela. Embora em seu cotidiano também ouça músicas do sertanejo, rap, funk e rock. “Gosto de experimentar música de diferentes formas e na minha vivência acabo ouvindo os mais variados estilos, o que eu acredito que acaba influenciando minhas criações e a minha identidade artística. Eu tenho buscado explorar novas sonoridades e brincar mais com elementos de diferentes gêneros musicais. Isso está presente na minha música ‘Camisa’, que em breve vai ganhar clipe, e eu espero poder trazer nas próximas produções também.”, finaliza Sofia. O EP “Afeto” traz produção musical de Ricardo Rodrigues e Zé Henrique, com gravação, mixagem e masterização por Ricardo, no Estúdio Bazuca.
Participam também os músicos Heitor Lima (gravação de bateria), Zé Henrique (gravação de baixo) e Ricardo Rodrigues (gravação de violão, guitarra, teclados e bateria eletrônica). As fotos de divulgação foram feitas por Alex Bezerra, com assistência de fotografia por Jay Jay. O design gráfico da capa traz assinatura da Alice Guedes, enquanto a maquiagem é uma criação da Carol Oliveira. Já o clipe de “Camisa” é uma produção da Mídia Hype, com direção, roteiro e edição de Teca Gomes e a assistência de câmera de TK. Acompanhe Sofia Oliver Instagram: https://www.instagram.com/sofiaoliveroficial/ TikTok: https://www.tiktok.com/@sofiaoliveroficial YouTube: https://www.youtube.com/@sofiaoliver Facebook: https://www.facebook.com/sofiaoliveroficial/
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Cura gay mata, quando não a alma, o corpo e a alma:
- Não há cura para algo que não é considerado uma patologia.
- Desde 1990, a homossexualidade foi retirada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).
- No Brasil, métodos de reversão de orientação sexual são proibidos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) desde 1999.
- A psicologia não permite que façam uso dessas práticas que comprovadamente têm promovido muito mais sofrimento, dor e exclusão.
-Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) extinguiu uma ação popular que buscava, desde 2017, regularizar práticas de conversão sexual.
- Parlamentares franceses aprovaram recentemente uma lei que criminaliza qualquer tentativa de "terapias de reorientação" sexuais, que buscam impor a heterossexualidade normativa a lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Com a nova legislação, semelhante à adotada no Canadá no ano passado, psicólogos e outros profissionais de saúde adeptos da chamada "cura gay" poderão ser penalizados com até 3 anos de prisão e multa de 45 mil euros, o equivalente a R$ 266 mil.
- O sofrimento da população LGBTQIA+ não decorre de suas orientações e identidades de gênero, afetivas e sexuais, mas, na maioria das vezes, das condições sociais, históricas e políticas de opressão.
- A cultura dominante heteronormativa atribui um sentido pejorativo às vivências e expressões dessas pessoas, prejudicando sua qualidade de vida, trazendo baixa autoestima e sensação de inadequação.
- O CFP revisou mais de 80 estudos relacionados ao tema e concluiu que esses métodos, além de não apresentarem eficácia, causam prejuízos como depressão, ansiedade e podem evoluir, inclusive, para tentativas de suicídio.
- A pessoa não deixa de ser quem ela é. É um processo de sofrimento incalculável, uma tortura.
- A terapia para pessoas LGBTQIA+ devem ser sobre autocompreensão e autoaceitação, para se chegar à autoestima.
#lgbtpride #orgulholgbtqia #direitoslgbt #oamorvence #nenhumdireitoamenos #curagaynão #curagaymata #curagaynãoexiste
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olá! eu acompanho seu tumblr por um tempo já e já vi várias respostas e conselhos seus que segui. mas, por uma falta de conexões com outras mulheres lésbicas, venho aqui te perguntar se você poderia me ajudar numa questão… um conselho, opinião, algo assim. eu percebi e já me entendo como lésbica, sei que o que sinto por mulheres é muito mais real do que o que sinto por homens. mas, por exemplo, ao ver uma série com um homem atraente, eu me sinto atraída pela ideia dele, vem toda uma fantasia de amor perfeito, dele me amar e me entregar a vida perfeita que eu sempre quis, a vida que eu sempre vi nos livros que li, nos filmes que assisti, nas novelas… eu sei que é provavelmente heterossexualidade compulsória me fazendo querer ter o amor de homens, a aprovação deles. mas não sei explicar esse sentimento intenso pra ninguém que não seja lésbica porque ninguém consegue me entender bem. eu fico triste porque sei que não quero me envolver com homens na vida real e me sinto forçada a isso. ao mesmo tempo que sinto uma atração enorme pela ideia de viver um conto de fadas com um, deste homem me amar. parece um paradoxo e talvez nem você me entenda. mas é como se viesse uma euforia enorme com a ideia de um homem me amar da forma como eu sempre sonhei ser amada, mas quando comparo com minha atração por mulheres, vejo que por elas eu sinto uma atração completa. com homem, eu quero viver essa idealização, fantasia. me sinto meio louca e sozinha nisso, não sei como me entender e minhas amigas bissexuais não conseguem bem. você acha que isso faz algum sentido? já entendi que atração sexual eu não sinto por homens, mesmo sabendo que eu poderia viver feliz com um, mas não por ser atraída por ele como me sinto por mulheres, mas por amar ele como pessoa e me sentir feliz por ter o amor dele. sei que isso não é o ideal, que com mulher eu experimentaria tudo por completo, pois sinto todos os desejos possíveis. acho que te mando essa ask mais para tirar do peito todo esse peso e para me sentir menos solitária. porque essa solidão está pesando tanto que tem dias que nem sei bem o que fazer. eu queria ser uma lésbica mais normal, que sempre soube que não se atrai por homens, que nunca quis o amor deles. mas eu sou assim. eu estou tão feliz em poder me afirmar como lésbica e saber que posso viver com mulheres e amar mulheres e apenas mulheres. mas me vêm esses pensamentos confusos. Enfim, perdão despejar assim em você. não planejei bem a ask e talvez esteja meio confusa. já cheguei a ver os videos daquela gringa que fala sobre e vários outros, mas me deu uma vontade de colocar isso pra fora e pensei no seu tumblr quando tava no turbilhão de emoções. é esquisito falar isso, mas de certo modo, você é o mais perto de uma conexão lésbica que possuo na vida real. e quero mudar isso, quero conhecer outras, mas no momento é isso. agradeço a paciência por ter lido isso tudo. espero não ter sido irritante.
Oi! Tu já tentou comparar essa “atração” que tu sente por esses personagens fictícios com personagens femininos? Porque isso também me ajudou a me entender como lésbica, mesmo quando o assunto era personagens, eu ainda assim me sentia muito mais à vontade pensando em personagens femininas e o sentimento foi sempre mais real, não tinha nenhum desconforto.
A explicação pelo que tu ta sentindo pode muito bem ser explicada pelo fato de que tu cresceu com pessoas te influenciando (até mesmo forçando) a gostar de homens.
Tu não sabe quantas lésbicas demoraram pra descobrir sua sexualidade. Tu definitivamente não ta sozinha!
Tem algumas influencers lésbicas brasileiras que acho que tu gostaria de acompanhar, tem a isa kayath (ela tem insta e tik tok, como também é dona do podcast Tesoureiras, que eu recomendo ouvir), a lu assaf e também a deerfoundyou. Todas falam um pouco sobre suas vivências como mulheres lésbicas.
Sempre que quiser estarem aberta em responder mais asks teus!
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LGBT +60: Corpos que Resistem. - Websérie documental - Dicas gays - YouTube #2
GBT +60: Corpos que Resistem. - Websérie documental Por Projeto Colabora.
Link direto da playlist: https://youtube.com/playlist...
Romance, emoção, histórias chocantes, vidas, corpos e espíritos marcados. Essa playlist deveria ser obrigatória, ainda mais o vídeo sobre vivência LGBT na ditadura. Cada palavra e memória dessas pessoas são verdadeiros tesouros para gente.
O movimento LGBT atual me parece muitas vezes excessivamente capitalizado e inocente. Há uma falta de foco e prioridades além de um certo ar de achar que estamos mais "de boas" do que realmente estamos. Muitos Gays, Lésbicas e Bis agem como se a vida estivesse ganha para nós e como se nossos poucos direitos conquistados não fossem reversíveis (e ainda são MESMO). Ainda sofremos homofobia física, psicológica, profissional, religiosa, parental, familiar, social, etc. Todo mundo diz, sofre, mas parece que muitos não entendem o real peso disso.
Essas pessoas viveram e vivem lutas que não imaginamos, mas que podemos ter que passar a lutar a qualquer segundo.
Onde está a política de saúde para pessoas LGBTs? Como cuidamos do envelhecimento gay, lésbico, Bi, trans, etc (e saibam que realmente cada letra tem muitas especificidades)? O que é a volta para o armário forçada que fazem conosco (principalmente em casas de acolhimento ou em família) quando somos idosos? Onde está a sexualidade LGBT de pessoas mais velhas? Para ser um idoso LGBT minimamente válido, temos que ser velhos brancos, barbudos, hipsters e malhados de academia? O que acontece quando ficamos viúvos e quais processos de luto são únicos para nós? Quem cuida do idoso Gay? Como a pobreza e a velhice LGBT se inter-relacionam? Onde estão essas pessoas para falar nos eventos LGBTs? Onde estão todos esses debates no mainstream do movimento LGBT atual? Eu lembro uma parada LGBT que foi televisionada e vi vários Youtubers mega ignorantes falando merda e apresentando o evento, quando podiam ter chamado pelo menos um/uma desses/dessas sábios/sábias para roda de conversas. Ter alí alguém que realmente tem muito o que contar e ensinar faz TODA a diferença.
Uma das milhares de coisas que aprendi com essa série foi que NADA está ganho e que ainda temos realmente muito o que fazer. Além disso, não pude deixar de pensar na ingratidão e arrogância com a qual muito do Mov LGBT atual trata NA PRÁTICA os idosos LGBTs. Eles são nossos sábios Xamãs que detém segredos ímpares da nossa luta social, dos nossos corpos e mesmo da nossa espiritualidade.
Não adianta pagar de místico e queer desconstruído se você não busca e não respeita esses tesouros tão específicos e tão necessários. Somos carentes de encontrar nossos mestres e semelhantes mais velhos. O Sagrado Ancião LGBT+ é algo raro e precioso que devemos cuidar com todo o carinho. Quantas vezes você teve a chance de interagir e conversar de verdade com um vovô ou vovó LGBT+? Como você será enquanto um idoso LGBT+? Quais ensinamentos e mistérios específicos nossos a ancestralidade e o arquétipo do ancião LGBT+ carregam em si mesmos? Como podemos honrar esses verdadeiros heróis que lutaram e morreram para vivermos com um pouco mais de liberdade hoje em dia?
Sirius Cor Leonis.
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Pesquisa revela magnitude da violência contra a populaç��o LGBTQIA+ em relação a heteros
Estudo recém-publicado por pesquisadores da UFMG, em parceria com Ministério da Saúde e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que lésbicas, gays, bissexuais e outras minorias sexuais (LGB+) no Brasil têm mais que o dobro de chances de sofrer violência psicológica, física e sexual em relação às pessoas que se identificaram heterossexuais. A pesquisa, que utilizou base de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019, contou com a participação de 88.531 pessoas com 18 anos ou mais residentes no Brasil. As pessoas LGB+ tiveram 2,52 vezes mais chances de sofrer violência que as heterossexuais. Os homens que se declararam LGB+ tiveram 2,69 vezes mais chances de sofrer violência que os heterossexuais e as mulheres LGB+ tiveram 2,40 vezes mais chances que as heterossexuais, no período de 12 meses anterior à pesquisa. A coordenadora do estudo e professora da Escola de Enfermagem da UFMG, Deborah Carvalho Malta, relata que, devido ao fato de se diferirem do esperado enquanto padrão estabelecido, essa população encara discriminação, vulnerabilidades e invisibilidade, sofrendo o chamado preconceito contra a diversidade sexual. “Uma das consequências desse preconceito é a maior susceptibilidade dessa população à violência. A violência é um problema de Saúde Pública e seu enfrentamento faz parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Pessoas expostas à violência podem apresentar desfechos desfavoráveis em saúde, tanto psicológicos como físicos e sexuais. Dentre as principais consequências de atos violentos, pode-se destacar a depressão, transtorno do estresse pós-traumático, fraturas, traumatismos cranianos, além de contaminação por infecções sexualmente transmissíveis e gravidez não desejada”, enfatizou. Ela destaca, ainda, que essa investigação sobre a orientação sexual de brasileiros adultos foi incluída pela primeira vez na PNS e que levanta múltiplas possibilidades de análises quanto à saúde e os fatores de risco e proteção da população LGB+, dentre elas, a violência. Conforme o estudo, as pessoas LGB+ têm três vezes mais chances de serem vítimas de violência física, 14,7% informaram terem sofrido algum tipo desta violência, entre os heterossexuais, a parcela foi de 3,82%. No que diz respeito à violência sexual, a possibilidade de pessoas LGB+ passarem por esse tipo de violência é quase cinco vezes maior (4,86%) que a de heterossexuais (0,68%). Dentre muitas questões que envolvem essa situação, uma delas é a ocorrência de “estupro corretivo”, em que pessoas não-heterossexuais sofrem abusos em que a intencionalidade do agressor é controlar o comportamento social e/ou sexual da vítima. Já a violência psicológica, mais frequente que os outros dois tipos, atingiu 40,03% dos entrevistados LGB+ e 16,73% da população heterossexual como um todo. Em todos os subtipos de violência, as maiores prevalências ocorreram entre mulheres LGB+: psicológica (40,53%); física (15,84); sexual (5,50%). As menores prevalências foram entre homens heterossexuais: psicológica (15,33%); física (3,71%); sexual (0,34). “Esse achado demonstra que existe um aumento da vivência de violência a partir do acúmulo de vulnerabilidades sociais que as pessoas experienciam. Mulheres lésbicas e bissexuais sofrem com uma dupla discriminação: sexismo e preconceito contra a diversidade sexual”, explica. Informação subnotificada A pesquisa constatou que o percentual de pessoas que se recusaram a responder à pergunta sobre orientação sexual foi de 2,28%, superando o de pessoas que se autoidentificaram LGB+ (1,89%). “Esse fato demonstra que a questão da diversidade sexual é estigmatizante no Brasil. A população LGB+ sofre historicamente com preconceitos e discriminações de cunho religioso, moral e até mesmo de assistência à saúde. Dessa forma, muitas vezes as pessoas tentam esconder sua orientação dissidente e a recusa a responder à questão pode ser uma forma de se proteger”, relata. “A professora Deborah salientou que o estudo sobre a violência tem grande relevância no contexto da população LGB+, uma vez que permite compreender a complexidade da vulnerabilidade a que este grupo está exposto. “Assim, conhecer as características desse agravo favorece a implementação e o fortalecimento de Políticas Públicas que visem o enfrentamento ao preconceito contra a diversidade sexual e seja possível garantir os direitos”, conclui. A equipe da pesquisa é formada também pelas doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG Nádia Machado de Vasconcelos e Isabella Vitral Pinto, a aluna de pós-doutorado em Enfermagem Gisele Nepomuceno de Andrade, Adauto Martins Soares Filho, do Departamento de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis, Ministério da Saúde e Cimar Azeredo Pereira, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Read the full article
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"gosto de cuba libre. bem simples, mas muito gostosinho." falou o nome com sotaque, muito ruim, mas se divertia com isso. às vezes, achava que gostava mais do nome do que da bebida em si. "exatamente!" exclamou, até batendo a mão no balcão. "eu sinto que a vivência bi é uma constante provação. tipo, se a gente não se veste assim ou assado, não é tão bi. se nunca namorou mulher? também não pode ser bi. se tá com mulher, então por que não é lésbica?" revirou os olhos, bufando em seguida. "me sinto muito naquele meme: queria sossego... era bi."
◜"e o que você quer beber?" sorriu, já que a outra não tinha somente ido embora, já tinha alguma possibilidade mesmo com a sua fala ruim. "eu entendo. as vezes eu sinto que as pessoas não respeitam individualidades. você tem que se vestir de um jeito pra poder o pessoal aceitar sua sexualidade. como eu nunca namorei outras mulheres, o pessoal não confia muito que sou bi e tal."
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Quinta é dia de VÍDEO NOVO ás 19h15 no canal do @taentendida. E 5ª tbm é dia de #tbt, escolhe um vídeo do canal e compartilha c/td mundo, chama pro nosso encontro de hj e p/se inscrever no canal. Estamos chegando a 80k, vamos fazer isso juntxs.
#tatifernandes#youtube#yascampbell#taentendida#lgbtlove#lesbicas#sapatao#sapat?o#lgbtq#lgbt art#Brasil#Tumblr#artists on tumblr#tumblrbrasil#saudemental#visibilidadelesbica#visibilidade lésbica#vivência Lésbica#vida lésbica#casal de mulheres#relacionamento#crush#crush sapatão#signo
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Domingo , 24 de abril de 2022
#1 - Introdução
Caro Leitor,
Este é um texto introdutório que não tem a menor intenção de ser poético ou perfeito. Acho que quero me colocar em seu campo de visão agora que nos conhecemos.
Muito prazer, eu sou o Luí.
Me descrever nunca foi muito fácil e pra ser sincero não é o que pretendo fazer aqui, (não no caso deste texto), já que com o tempo você vai me conhecer. Entretanto esse blog tem um intuito muito claro e talvez você já saiba. Talvez tenha lido outros textos primeiro; quem sabe? Não sei se isso vai alcançar alguém. Aqui eu vou falar sobre mim: Minha vivência.
Diria agora que você revirou os olhos e se perguntou o que de tão interessante tem minha vida, e bem, eu respondo que nada. Minha vida não é interessante e, atualmente, com meus dezoito anos no dia 24 de abril de 2022 de fato só o que faço é trabalhar. Porém existem coisas na minha vida que eu preciso compartilhar e espero que um dia alguém leia, por isso exponho aqui neste ambiente intimista com você, Leitor. Pelo menos é este ambiente que eu quero trazer.
Mas vamos direto ao ponto: tenho boderline, sou lésbica e não binário. Todos esses rótulos podem confundir sua cabeça e uma coisa eu te garanto: não vou te ajudar em absolutamente nada. Claro, posso ajudar alguém a se entender melhor levando em conta ter os mesmos rótulos e nomes que os meus, mas de verdade leitor, não há possibilidade de explicar algo que nem ao menos eu entendo.
De Luí.
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Interseccionalidade no movimento negro: luta da diversidade lgbtqia+
A luta contra o racismo e homofobia se atravessam.
A presença negra nesses espaços é uma realidade bastante conhecida, como já adiantou um dos fundadores do Grupo Gay da Bahia. Agora, até que ponto a quantidade de pretos e pretas se traduz em protagonismo dentro dos movimentos de luta contra a homofobia? Há um ruído, uma constatação de afro-brasileiros sobre a dificuldade de emplacar pautas e debates que equilibrem a luta contra o racismo e discriminação por orientação sexual.
Ana, criadora do ‘Sapatão Amiga’, dá alguns exemplos ao falar sobre como os corpos de negros e negras são vistos por alguns membros da comunidade LGBTQI+.
"Eu não posso falar sobre as vivências dos homens negros GBTQIAP+, mas enquanto sapatão preta, sinto que essa hipersexualização nos corpos lésbicos negros aparece no sentido de retirar a nossa humanidade. Somos vistas como corpos animalizados onde as pessoas brancas querem buscar o prazer mas nunca nos enxergar como seres humanos que querem dar e receber afeto. A intelectual negra Lélia Gonzalez, em seu artigo ‘Racismo e Sexismo na Cultura do Brasil analisou os estereótipos que rondam as mulheres negras, ela identificou dois: a ‘mulata do samba” e ‘a mucama’, o racismo como ferramenta de manutenção do poder da branquitude, construiu esses estereótipos colocando mulheres negras sempre a serviço das vontades da branquitude: seja na parte da hiperssexualização ou de trabalhos domésticos. As lésbicas negras vem num outro ponto dessa narrativa porque dizemos não para relações afetivos-sexuais com homens cisgêneros. A partir disso, começa um enfrentamento para legitimar a nossa existência e desejo."
Angela Davis fala em elo histórico entre luta antirracista e LGBT
Angela Davis, em artigo escrito no jornal Folha de São Paulo, reforçou o elo de ligação entre a luta dos negros e LGBTs. Segundo a escritora, ativista e professora da Universidade da Califórnia, “há um elo direto entre as lutas históricas por direitos civis para pessoas de ascendência africana nos EUA e as lutas contemporâneas por direitos civis para comunidades LGBTs. Isso significa que precisamos erguer a voz contra os esforços dos evangélicos negros que se recusam a reconhecer essas conexões”.
Luiz Mott destaca o pioneirismo do Grupo Gay da Bahia, que segundo ele percebeu desde cedo que a interseccionalidade era o caminho. O antropólogo, todavia, reconhece que, como adiantou Angela Davis, teve algumas falhas na conexão entre a luta contra o racismo e homofobia.
“Nós consideramos sim a importância do diálogo. Embora no início nunca tenhamos, reconheço isso com humildade e honestidade, considerado que a o combate à homofobia era impossível de ser feito sem o debate da luta contra o racismo”, pontua o fundador do Grupo Gay da Bahia.
O racismo torna LGBTs mais vulneráveis ao preconceito e homofobia
O fundador do GGB destaca a criação ainda na década de 1990 do ‘Quimbanda Dudu’, de acordo com ele mais uma ponte em busca da interseccionalidade. “[O ‘Quimbanda Dudu’ foi criado] para fazer o levantamento da presença afro no movimento LGBT. Temos uma lista com quase uma centena de personagens históricos e contemporâneos. Pretendemos construir um diálogo com o movimento negro para erradicar a homofobia entre os negros e erradicar o racismo entre a população LGBT. Esse grupo, o ‘Quimbanda Dudu’, publicou seis boletins que conta toda a nossa história na luta contra a Aids”. Mott ressalta que a interseccionalidade era uma compreensão rara entre movimentos sociais do Brasil. “Nem o Movimento Negro achava que o combate à homofobia era fundamental na luta global contra o racismo”
Mott ressalta que a interseccionalidade era uma compreensão rara entre movimentos sociais do Brasil. “Nem o Movimento Negro achava que o combate à homofobia era fundamental na luta global contra o racismo”. É preciso respeitar a fala de Luiz Mott, importante figura de luta pela liberdade de orientação sexual e fundador há mais de 30 anos do Grupo Gay da Bahia. Ao mesmo tempo que se deve pontuar a insatisfação de muitas pessoas negras com o ambiente vivido dentro dos movimentos LGBTQI+.
“Dizer que todo um movimento é antirracista é uma generalização perigosa, acredito que seja melhor dizer que existem pessoas brancas LGBTQIAP+ que são antirracistas. Para mim foi importante porque pude mensurar as opressões que sempre me atingiram e eu nunca me deu conta, pontua Ana.
“O Geledés, Fala Preta e outros, têm se manifestado favoravelmente ao que é defendido pelo movimento LGBTQI+“, diz Mott. Os ruídos estão presentes e cada vez mais expostos. A ideia de que a luta por diversidade abrange automaticamente todo o tipo de opressão está mais do que ultrapassada. A força das redes sociais e o crescente acesso ao ensino superior de pessoas pretas escancarou um abismo quando o papo é interseccionalidade. Afinal, o que significa ser branco e não hétero? E ser negro e ter uma orientação sexual diferente das hegemônicas?
Não se trata apenas de criticar ou fingir que tais debates não eram levantados por Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro e a própria Angela Davis. Eram. E suas ideias ecoam na mente de jovens negros e negras que compreendem a máxima de que não há como viabilizar uma sociedade saudável sem lutar contra TODAS as opressões, inclusive o racismo e a homofobia. “O processo de desumanização é uma das ferramentas do racismo alinhado a LGBTQIAP+Fobia para aniquilar subjetividades que fogem da norma padrão: pessoas brancas- cisgêneras-heterossexuais. Além disso, uma vida ‘fora do armário” ainda não é uma possibilidade para muitas pessoas LGBTQIAP+ e quando estamos falando de corpos negros LGBTQIAP+ , o racismo também é uma ferramenta não apenas de impedir uma vida plena com as nossas sexualidade mas também de aniquilar nossas existências, seja pela morte física ou de nossas subjetividades”, sacramenta Ana Claudino.
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Oi panteões, essa observação eu vou jogar pra vocês. O que vocês acham de personagens lgbts que estão presos no esteriótipos? Tipo, não estou dizendo que é impossível ter uma lésbica que não goste maquiagem e use roupas largas, nem um gay afeminado que ama diva pop e curte chamar a atenção, mas eu falo isso porque eu me incomodo um pouco pela minha própria vivência, sabe. Sou uma mulher panssexual, mas tem algumas coisas que eu gosto muito no meu estilo, como por exemplo manter meu cabelo curto e teve uma fase que eu era muito tomboy, vivi a vida inteira sendo chamada de sapatão só por causa das minhas roupas, minha família já ouviu demais isso tbm, aquele toque sutil do vizinho que falava "vc sabe que as pessoas falam por aí" e eu tenho vários amigos lgbts, percebo entre eles, seja a minha amiga trans ou meus amigos gays que são casados, por mais que eles tenham um pouco daquele "esteriótipo" dentro de si, eles não gostam de ser associado a essas visões que as pessoas héteros tem em cima deles ou até mesmo as lgbts que vivem dentro da bolha de preconceitos deles. Enfim, é só uma reflexão, já que as pessoas gostam de colocar a "realidade" dentro da história de seu personagem, será mesmo que estão? E sobre essa coisa do personagem lgbt não viver apenas por isso, é meio inevitável fugir dessa questão, certo? Quantas vezes eu já entrei em banheiro feminino e um cara entrava logo em seguida dizendo "ah, desculpa, eu vi você entrando e achei que fosse banheiro masculino", isso no trabalho ou na faculdade, então tipo... Ainda teremos essas questões mesmo que sutis e velado em um preconceito que as pessoas evitam admitir que tem. Enfim, espero que tenham entendido o que eu quis dizer. Um beijo e uma ótima semana.
Eu queria dizer que eu realmente gostei muito de ler a sua ask, Anon. Especialmente porque é um assunto que vale bastante a pena ser debatido. Bem, a resposta provavelmente vai ser longa, especialmente porque eu tenho muita coisa mesmo pra falar sobre esse assunto, tanto do ponto de vista como mulher pansexual quanto do ponto de vista como escritora. Então vamos de read more, porque vai ficar gigantesco mesmo.
Não é a primeira vez que o assunto chega aqui através de uma ask. Na verdade, me lembro que a Persephone chegou a responder uma que se tratava dessa mesma questão, partilhando praticamente da mesma opinião que eu tenho. Antes de tudo, quero deixar bastante claro que: não é que não existam pessoas LGBTQIA+ com características que geralmente são aplicadas dentro de um estereótipo, isso é verdade. Porém, contudo, entretanto E todavia, elas ainda tem muito mais do que só essas características. São pessoas vivas com seus próprios anseios, seus próprios objetivos, sua própria forma de sentir e de viver. Ainda que existam gays afeminados, ainda que existam mulheres lésbicas que não seguem o padrão do que é considerado algo "feminino", isso não apaga o fato de que essas pessoas não podem ser resumidas através desses únicos traços. Não tem problema algum você criar um personagem que tenha essas características, você só não pode reduzir esse personagem apenas a isso. É o mesmo caso de criar um personagem transgênero: com qual fim você tá querendo interpretar esse personagem? Se você vai resumir esse personagem apenas a um detalhe da vida dele que não deveria exatamente importar no quesito de que mulheres trans são mulheres e são válidas (o mesmo vale para homens, assim como trans não binários existem e são igualmente válidos), você não deveria fazer esse personagem.
Falando da minha experiência como escritora e também de um papo extenso que tive com outros amigos escritores: é importantíssimo que minorias sejam retratadas dentro de histórias que não se tratem exatamente das opressões que elas sofrem. Não que WOW HISTÓRIAS QUE FALEM SOBRE PRECONCEITOS NÃO DEVEM EXISTIR, eu não quero dizer isso, até porque esses assuntos PRECISAM ser debatidos. Por que eu estou dizendo isso e o que exatamente isso tem a ver com o rp? A criação de um personagem pra interpretação, eu diria que isso não tá tão distante assim de você pegar pra escrever um livro ou um quadrinho, a diferença é que a história que você tá desenvolvendo é interativa com outros personagens que não são da tua autoria. É importante que existam personagens LGBTQIA+ que não tenham um plot voltado apenas ao fato deles serem LGBTQIA+. É importante ver personagens LGBTQIA+ (assim como outras minorias) ocupando espaços que as maiorias ocupam, protagonizando histórias de romance e fantasia, ficção científica, sendo personagens importantes e realmente relevantes dentro da história em que estão sendo introduzidos caso sejam personagens secundários, por aí vai. Quando a gente pega pra interpretar um personagem assim, a gente obviamente não pode ignorar as dificuldades que ele potencialmente pode ter, teve ou vai ter na vida dele dependendo do verse em que ele está sendo inserido, assim como não devemos diminuir ou banalizar. Mas ao mesmo tempo (espero que eu esteja me expressando bem), é importante manter aquele personagem com um fluxo natural, sem reduzir ele a rótulos. Mostrar que aquela pessoa é uma pessoa como qualquer outra, independente da sexualidade, do gênero dela, da condição física ou psicológica dela.
E tem outra... Cada pessoa tem sua própria maneira de viver, seus gostos, sua própria identidade; eu diria inusitadamente (ao mesmo tempo que é uma fala clichê) que as pessoas são muito únicas por isso mesmo, ninguém é igual a ninguém. Eu consegui me identificar com muita coisa que você relatou na ask, porque eu passei por experiências muito parecidas, algumas que você relatou, diria que passei até pelas mesmas.
Ninguém gosta de ser resumido ou até mesmo associado a um estereótipo também, convenhamos. Seja isso fruto de visões de pessoas que não são da comunidade quanto de visões de pessoas de dentro da comunidade, até porque sabemos que rola preconceito dentro dela também! Enfim...
Talvez eu tenha estendido demais até o papo, mas eu me empolguei bastante porque esses são pontos que eu sempre gosto muito de levantar. A conclusão que eu tenho é: não tem problema algum você criar um personagem com traço x ou y que é considerado comum ou pode ser colocado dentro de um estereótipo CONTANTO QUE ELE NÃO OFENDA OU MACHUQUE ALGUÉM e também que não reduza o personagem unicamente a esses traços, assim como não tem problema algum por exemplo você criar um personagem vilão que é de minoria (só é importante você deixar explícito que esse vilão não é vilão só porque é um personagem de minoria, óbvio).
Eu espero ter conseguido me expressar bem também. Enfim, agradeço pela ask, Anon! Uma ótima semana pra ti também e abraços da Lua.
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