#tudo de bom para você e seus amigos e familiares
Explore tagged Tumblr posts
pinkblazeplace · 2 years ago
Text
Acabei de assistir a série "Mundo da Violeta" e MEU DEUS que perfeição sério, não tenho palavra para descrever o quanto eu gosto dessa série, ela é muito importante para mim por que eu conheço faz ANOS eu devia ter uns 7 ou 8 anos quando assisti pela primeira vez e me apaixonei pela série e como fiquei triste quando vi que não tinha um final por que a criadora tinha parado com a animação mas agora tantos anos depois ela terminou a série e tenho orgulho de dizer eu estive aqui desde o começo, sério, desejo tudo de bom para a Violeta ❤️.
Agora fiquem com essas imagens LINDAS do fim da série👇.
Tumblr media Tumblr media
1 note · View note
dollechan · 1 month ago
Text
amor de verão com… nishimura riki! ୭ gênero. fluff w. br!au, niki x reader, non-idol au tbm an. tive essa ideia enquanto lia persuasão perto de uma piscina 👍 aproveitem
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
vocês dois são turistas na cidade litorânea, a diferença é que você foi com os amigos e ele foi com a família.
você e seu grupo chegam cedo em uma parte mais afastada da faixa de areia, na parte mais familiar daquela praia, é tudo mais calmo por ali então achou o lugar perfeito para colocar um mpb e curtir com seus amigos. algumas famílias vão chegando ao decorrer da manhã, inclusive a família dele. não tinha parado para perceber na família, que você julgava ser, japonesa ali até que sua amiga praticamente aponta na direção de duas garotas que brincavam na água e que sua amiga achou "fofinhas".
niki tinha ido passar o ano novo e as férias em outro país, a vida de coreógrafo e dançarino profissional em tóquio poderia esperar um pouco. veio para o brasil com as irmãs e os pais e aproveitou para ficar com alguns parentes que moram aqui à anos.
se encontraram pela primeira vez naquele dia em um quiosque que ficava próximo a área que estavam, você estava com mais duas amigas bebendo uma caipirinha e ele tinha chegado para pedir uma água de coco. ele te vê primeiro, a pele bronzeada com um pouco de areia nos ombros, o cabelo molhado da água salgada e o sorriso leve que enfeitava seu rosto; ele se apaixonou sem nem saber seu nome. você percebe o olhar dele, mas ignora de primeiro, só quando ele se distrai com o atendente que observa melhor a pele branquinha, meio avermelhada do sol, o físico marcado pela regata branca molhada, o rosto bonito e o português quebrado te fizeram soltar um "ele é fofo" no meio da conversa com suas amigas.
elas te encorajam a tentar ajudar o menino que estava passando um tempo difícil tentando pedir a água de coco. com a coragem do álcool consumido anteriormente você chega perto dele.
pergunta se ele precisa de ajuda em inglês, ele acena com a cabeça, soltando um suspiro e apontando para a plaquinha que dizia "água de coco geladinha R$ 7,00". – meu português não é muito bom. – ele fala carregado de sotaque, realmente muito fofo. você termina de fazer o pedido pra ele e o atendente solta um "seu namorado não é daqui, né?" e você sabe que ele entendeu por causa das suas bochechas, se antes não estavam tão vermelhinhas agora estão. nega o relacionamento para o moço e ele pede desculpas pelo mal entendido.
– obrigada, senhorita… – ele espera que você complete com o seu nome. – ___________.
ele volta para a praia com um sorriso imenso e quando as irmãs perguntam o porquê ele só solta um "conheci uma garota muito bonita" e da ênfase no muito.
se esbarraram pelo resto do dia, mas só foram realmente se "reencontrar" a noite. ele estava no mesmo restaurante que seus amigos tinha decidido ir, dessa vez percebeu na família numerosa dele. lança olhares discretos para ele, mas niki faz justamente o contrário, te encara mais do que come e a misora — a irmã mais nova dele — que teve que intervir nisso praticamente gritando com ele japonês para "aquietar o facho e comer" (não foi exatamente isso que ela falou e você não entendeu nada, mas foi basicamente isso). quando estava prestes a sair do restaurante ele — meio que — corre até você, com um pouco de coragem pede seu número.
– hey, _________, sou aquele cara, de mais cedo. tava pensando aqui, é… se você poderia, não é, se você gostaria de me dar seu número. quem sabe a gente não pode se conhecer mais, é que eu te achei muito lin… – ele fala meio atrapalhado, mas você interrompe ele entregando um papel com seu número escrito, que você meticulosamente já tinha preparado.
– eu ainda não seu nome, senhor asiático misterioso que precisou da minha ajuda. – Ele ri da sua descrição. – niki, pode me chamar de niki! – ele da uma piscadela e antes que pudesse fazer qualquer outra coisa o japonês escuta konon — a sua irmã mais velha — e misora gritarem o nome dele. – acho que tenho que ir, te vejo por aí senhorita.
você volta para o seu grupo de amigos praticamente voando, talvez isso seja o início de um amor de verão.
Tumblr media
mensagens que vocês trocaram enquanto estavam se conhecendo ೀ⠀
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
ওㅤoriginal @/dollechan
63 notes · View notes
xcallmevia · 4 months ago
Text
Reencontros.
Tumblr media
Oi, essa é a primeira vez que eu escrevo na vida, então perdoe-me se estiver muito ruim.
Avisos: Este imagine aborda temas de relacionamentos complexos, conteúdo sexual, separação e superação emocional que podem ser sensíveis para alguns leitores.
Tumblr media
Amar Enzo sempre foi fácil. Ele era um homem maduro, e você tinha a sensação de que ele teria todas as respostas para qualquer dúvida que você pudesse ter. Era carinhoso, mas não do tipo meloso – ele sabia respeitar os seus limites.
Sua vida se moldou ao redor dele desde o momento em que o conheceu, e foi assim durante os cinco anos que passaram juntos. Mas, no fim, foram as visões diferentes sobre o futuro que os separaram.
Você sabia que, ao ir àquela festa de aniversário de um amigo em comum, havia uma chance de encontrá-lo. Era uma sensação agridoce; o fim do relacionamento não foi conturbado, mas, desde então, vocês não tiveram mais contato. Às vezes, você ouvia algo sobre ele através de fofocas de amigos, mas, mesmo assim, estava nervosa. Não sabia como reagiria ao vê-lo.
Você apagou a luz do corredor enquanto tentava se equilibrar entre a bagunça de seu pequeno apartamento. Sua casa estava cheia de pilhas de caixas para doação e das coisas que ainda precisava colocar na mala para sua viagem. Daqui a quatro dias, você partiria para os EUA; sua empresa lhe ofereceu uma oportunidade de trabalho lá, em um contrato de um ano.
Desde o término, você se desapegou de Montevidéu – a cidade parecia assombrada pelas memórias de Enzo em todos os lugares. Então, aceitar a proposta foi uma decisão mais do que óbvia.
Vestiu um vestido longo e um agasalho, não era uma festa muito grande, estava mais para uma reuniãozinha então não se preocupou em se arrumar muito. Era um dia frio, chovia um pouco e o clima não estava muito propício para festejar, mas prometeu ao seu amigo aniversariante que ficaria pelo menos até as 22:00.
Chegando no lugar, logo subiu de elevador e bateu na porta marrom escura onde seu amigo morava, você o comprimentou enquanto ele a puxava para dentro do apartamento, e então, lá estava Enzo, ele conversava com outras pessoas enquanto gesticulava com as mãos, algo que você costumava rir dele. Seu cabelo estava mais curto e ele parecia mais bronzeado, tinha a mesma aura de sempre.
Decidiu se entregar um pouco à noite. Conversou por um bom tempo com algumas pessoas, tomou alguns drinks e, em algumas ocasiões, percebeu Enzo a observando. No entanto, você não se sentia preparada para iniciar uma conversa com ele.
Depois de um tempo na festa, foi para o lugar que pensou ser o mais reservado, apoiando os cotovelos na ilha da cozinha, tentou recarregar sua bateria social. Foi então que sentiu uma mão em seu ombro.
— Você está bem? — perguntou uma voz familiar.
Você a reconheceu imediatamente.
— S... Sim — respondeu, incrédula, enquanto o perfume familiar tomava conta do ambiente.
— Não sabia se devia vir falar com você, mas decidi arriscar — disse Enzo, sentando-se no banquinho ao seu lado. — Você parece ótima.
Você endireitou a postura, ajeitando o cabelo atrás da orelha.
— Você também parece bem — respondeu, evitando olhar diretamente nos olhos dele.
Enzo a olhou por alguns segundos, sorrindo, e o silêncio começou a ficar constrangedor até que ele finalmente falou:
— Não quero parecer sentimental, mas nós...
— Enzo, não me leve a mal, mas não quero falar sobre nós — você o interrompeu. — Estamos em uma festa. Fale sobre sua vida, pergunte sobre o meu trabalho, qualquer coisa, mas, por favor, não sobre nós.
Você sabia que ele entenderia. Era muito mais difícil para você do que ele podia imaginar.
— Tudo bem, então... como anda o seu trabalho?
Você sabia que não conseguiria continuar aquela conversa. Não era justo ele perguntar isso; ele deveria saber de tudo – sobre sua mudança, sua falta de vontade de sair de casa, tudo o que aconteceu nos últimos meses. Uma vontade súbita de chorar tomou conta de você.
— Desculpa, eu... não consigo — murmurou, fechando os olhos, tentando disfarçar as lágrimas que ameaçavam cair.
— Tudo bem, desculpe, pensei que estivesse tudo bem.
— Preciso tomar um ar.
Você se levantou e caminhou até a varanda, se culpando por ainda não ter superado tudo isso. O tempo passou, o parabéns foi cantado e, aos poucos, as pessoas começaram a ir embora. Você ficou mais calada, algo que seus amigos notaram, mas conseguiu dar alguma desculpa sobre o motivo. Em um momento, Enzo mencionou algo sobre sair para fumar e saiu pela porta.
— Já são quase 1h da manhã. Eu prometi ficar só até as 22h... preciso ir embora — você disse ao grupo com quem conversava.
— Não vai conseguir pegar um táxi a essa hora, e um Uber deve estar bem caro. Está frio e tarde, fica aqui e dorme no sofá — disse seu amigo aniversariante, colocando o braço em volta dos seus ombros.
Você realmente não queria ficar; queria a sua casa. Fiel ao apelido de teimosa, decidiu ir embora mesmo assim. Despediu-se, pegou o elevador e, ao chegar na entrada do prédio, fechou o casaco ao sentir uma brisa fria atravessar seu corpo. Ficou esperando algum sinal de um táxi.
— Você não vai chegar em casa hoje se continuar esperando um carro.
Você se virou e viu o homem com quem conversara na cozinha mais cedo.
— Só quero a minha casa — você respondeu.
— Eu posso te dar uma carona. Prometo que não precisamos trocar nenhuma palavra. Só me deixe fazer isso — disse Enzo, jogando o cigarro no chão e apagando-o com o pé.
Você hesitou, olhando para o chão enquanto colocava as mãos nos bolsos, sentindo outro vento congelante te atingir em cheio.
— Tudo bem — você disse.
Enzo ligou para os amigos que haviam ficado na festa, avisando que iria embora, enquanto caminhava ao seu lado em direção ao estacionamento. Ele abriu a porta da frente do carro para você. O veículo, visivelmente novo, era a cara dele. Sentou-se no banco do motorista e ligou o carro.
— Me desculpe por mais cedo. Você me pegou de surpresa — você disse, olhando pela janela ao seu lado. — Você foi gentil comigo; não merecia isso.
— Tudo bem, eu te entendo.
Claro que ele te entendia.
— Vou me mudar, sair do país — você respondeu, observando a luz vermelha do semáforo enquanto o carro parava.
Enzo olhou para você com uma expressão surpresa.
— Pensei que gostasse de Montevidéu. Você sempre dizia que sim.
— Eu sei, mas aqui ficou diferente depois que passei a viver sozinha. A empresa me fez uma proposta para trabalhar na sede nos EUA; o salário é bom, e eu preciso dar um rumo à minha vida.
Rumo à vida. Esse era o motivo do início do fim. Enzo queria casar, ter filhos, enquanto você desejava trabalhar mais; eram diferenças gritantes que fizeram o relacionamento de vocês estagnar.
— Você é incrível — ele disse, enquanto o sinal abriu e continuou o caminho. — Eu passei um tempo na Espanha; quis desaparecer um pouco.
— Por isso o bronzeado? — você riu, olhando para ele.
— Sim! — ele gargalhou.
A rota continuou, e então Enzo parou em frente ao seu prédio. Você estava mais tranquila após a conversa descontraída.
— Olha, obrigado, Enzo. Você me salvou completamente.
— Acho que você ainda estaria lá esperando uma providência divina — ele riu, tirando as mãos do volante.
Você o olhou e, surpreendendo a si mesma, disse:
— Você quer entrar? — Não sabia de onde tinha tirado a coragem. — Você vai chegar muito tarde em casa a chuva está ficando mais forte, dirigir assim é um perigo; pode ficar e dormir no sofá.
Enzo titubeou. Sabia que era um perigo. Pensou por um instante.
— Certo, você tem razão — disse ele, procurando um espaço na calçada onde o carro pudesse passar a noite.
Vocês subiram até o seu apartamento e, ao chegar à porta, algo veio à sua mente: a bagunça. Você se virou para ele e disse:
— Desculpa a bagunça. Aqui está um caos... Estou tentando organizar tudo para a viagem. O apartamento vai ficar desocupado por um ano, então estou me desfazendo de algumas coisas.
Enzo riu, respondendo que não se importava com a sua “bela bagunça.”
Você abriu a porta, e as memórias guardadas com tanto carinho do local vieram à tona. Todos os carinhos, todas as refeições que haviam preparado juntos. Apesar do baque, você conseguiu se esquivar dos pensamentos que ameaçavam ressurgir.
— Quer beber algo? Ou está com fome? — Você correu até a cozinha americana do apartamento, abrindo o armário quase vazio, onde só encontrou macarrão instantâneo e pratos.
— Só tenho chá, água e macarrão instantâneo — disse, olhando para ele enquanto ainda segurava as portas do armário.
Enzo riu.
— Obrigado, mas comi tanto na festa que sinto que vou explodir.
— Quer usar o banheiro, então? — você perguntou, caminhando até a porta. — Ainda tenho algumas roupas suas por aqui, se quiser se trocar.
O constrangimento entre vocês era visível, quase engraçado. Conheciam-se tão bem, cada detalhe e particularidade, mas, mesmo assim, tudo parecia diferente agora.
— Tudo bem, S/N, fica tranquila. Só me empresta um short.
Você pegou a peça de roupa, e ele se trocou. Sentou-se ao seu lado no sofá, não muito perto, o que deixava tudo estranhamente incômodo.
Enquanto você preparava chá para os dois, Enzo passava pelos canais da TV, mas logo começaram a conversar, ignorando o que passava na tela. A conversa se estendeu por muito tempo, e vocês falaram sobre os últimos meses, sobre a viagem dele à Espanha. Ficou claro que Enzo não havia se interessado por ninguém desde você, assim como você desde ele. Era como se, no fundo, estivessem esperando um ao outro.
Aos poucos, vocês foram se aproximando no sofá, até que o joelho dele roçou o seu, e um calafrio percorreu sua espinha.
Então, Enzo te beijou. Era um beijo lento, carregado de sentimentos não ditos. Ali, entre os lábios de vocês, pareciam sair palavras silenciosas. Desculpas pelas dores passadas, agradecimentos pelos momentos compartilhados, e até mesmo despedidas escondidas.
Você sentiu os braços dele ao redor de seus ombros, e por um momento, todo o peso das lembranças se dissolveu. Mas, conforme o beijo terminava, a realidade voltava devagar, como um lembrete de que aquele instante, por mais intenso, talvez fosse um último ato de carinho entre duas pessoas que seguiram caminhos diferentes.
Ele encostou a testa na sua, suspirando, e você sentiu a mesma mistura de paz e tristeza.
— Talvez a gente precisasse disso, não é? — ele sussurrou, olhando nos seus olhos.
Você assentiu, ainda sem saber ao certo como se sentir. Então em uma súbita ação você volta a beijá-lo, cada vez mais se tornando algo frenético. Enzo levanta e a pega no colo te levando em direção ao quarto que antes testemunhara suas noites de amor.
Seus olhos não abrem até você sentir o colchão, Enzo em cima de você não perde tempo e tira a própria blusa enquanto você tira as duas alças do próprio vestido libertando seus seios.
— Você é linda — Diz o homem enquanto te apreciava.
Enzo puxa o resto do vestido pela sua perna a deixando apenas de calcinha e sem hesitação também se livrou dela. Logo você dá atenção ao resto da roupa do seu ex-namorado, Desabotoando o short e abaixando sua roupa íntima.
Ambos estavam completamente pelados e você sentia pressa em senti-lo. Enzo era o mesmo, você pensou, ele tinha o tamanho ideal, sabia a velocidade que você gostava e as suas manias durante o ato mas ainda sim, você se sentia como uma virgem, vulnerável e sensível.
Ele percebeu, e então desceu a boca até a sua intimidade, sem cortar o contato visual.
Enzo te destruiu, de uma maneira boa, ele sabia trabalhar a língua nas dobrinhas, ele sabia que você gostava quando ele passava a barba rala na sua intimidade, e naquele instante tudo que se podia ouvir era o som da chuva e os seus gemidos.
Ao perceber que você estava quase no ápice, o homem interrompeu oque estava fazendo e deitou ao seu lado com o rosto melado.
Agora era a sua vez, fazendo um caminho de beijos, você chegou ao lugar que almejava e não perdeu tempo, passou a linguinha algumas vezes e depois pos o membro inteiro na boca. Enzo falou algo indecifrável, resultado de seu delírio. Você fez o trabalho todo, brincou com as mãos e apertou a base do órgão.
Enzo sentiu que não aguentaria mais e te puxou para ele, enquanto você se posicionada virada de costas, ainda deitada na cama. Era a posição de vocês, de ladinho.
O homem posicionou a cabeça no seu ombro que estava em cima, e introduziu seu membro na sua intimidade, ele levantou sua perta e ficou a segurando, enquanto você agarrava o lençol.
Você se perdeu no vai e vem de corpos, Enzo gemia no seu ouvido e isso te deixava excitada mais que tudo. Depois de um tempo, você quis olhar para ele, então se soltou do homem e subiu em seu colo, com as mãos do lado da cabeça do maior. Não falavam muito durante o ato, aquele olhar trocado enquanto você cavalgava nele era suficiente. Você deu sua vida em cima dele e então o homem gozou. Percebeu que ele estava a muito tempo sem ter algo íntimo pela quantidade de líquido que jorrou dentro de ti.
Tentando se desculpar por não ter conseguido se segurar ele a posicionou, fazendo sua parte íntima encostar na coxa do homem, e então te movimentou, pra frente e pra trás, com a fricção na sua parte mais sensível não demorou pra você desabar nele.
Você e Enzo se deitaram um ao lado do outro na cama, e, depois de muito tempo sem nenhuma palavra, o homem disse:
— Isso vai ser difícil de esquecer. Acho que você se mostra cada vez mais como uma parte insuperável de mim.
Você achava o mesmo dele, e essa troca após tanto tempo foi um ponto decisivo para você. Enzo era o amor da sua vida, uma parte de quem você costumava ser, mas agora precisava ser alguém por si só. Era difícil tê-lo ali, ao mesmo tempo que ele trazia lembranças tão queridas.
— Eu te amo para sempre, Enzo — você disse, olhando para ele.
Você não se lembra muito do que aconteceu dali em diante, só sabe que acordou no dia seguinte com a cama ao seu lado vazia. Enzo havia partido um pouco depois que o sol bateu na janela. Ele não era um covarde, é claro; e foi melhor assim. Se ele tivesse ficado, seus olhos teriam pedido para que você ficasse em Montevidéu.
E aquela cidade não era mais a sua.
Ao se levantar da cama, você avistou um papel que Enzo deixara para você preso aos imãs na geladeira. Com a letra dele, a mensagem dizia:
"Foi difícil partir, mas eu sabia que era o melhor. Espero que você encontre seu caminho e a felicidade que merece. Saiba que eu estou aqui, mesmo de longe. Eu te amo. Enzo."
Você partiu, alguns dias depois. A cidade de Montevidéu, e seus fantasmas, já não fazia parte de quem você era agora e Embora as memórias de Enzo ainda estivessem com você, agora eram mais como lembranças queridas do que como correntes que a prendiam ao passado.
(Ficou muito longo gente, mas eu amo histórias desse tipo, com drama e sofrimento e com o final não tão feliz. Pfv eu queria um feedback pq eu ainda estou iniciando. Obrigado por lerem. beijocas <3)
98 notes · View notes
luvyoonsvt · 3 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
soothe me till dawn
hong joshua x leitora
era certo que qualquer tempo que joshua passasse ao seu lado o deixaria tranquilo e feliz. mesmo que sua cabeça estivesse repleta de preocupações, um pouco de carinho e uma distração extra eram o ideal para acalmar sua mente estressada.
gênero: fluff + smut
pt-br
conteúdo: smut, leitora fem, joshua é um namorado adorável que precisa de ajuda pra desestressar.
avisos: conteúdo para maiores de 18 anos após o corte. menores, por favor, não interajam. smut (breast/nipple play, dedilhado, oral fem. rec., handjob, sexo desprotegido, menção a penetração mas muito menos descritivo que todo o resto, eu acho, meio que cuidados posteriores e, mais uma vez, sintam-se livres pra avisar caso eu tenha me esquecido de algo); palavrões e etc; uso de apelidos carinhosos (meu amor, meu bem, bebê, princesa, shua)
contagem: ± 2200 palavras
notas: olaaa! mais uma vez apareço com algo que surgiu de um pedido e, dessa vez, com o debut do joshua aqui. de novo, desculpa o atraso na ask. enfim, acho que não divaguei muito? ou será que sim? não consigo escrever sem me empolgar e vou indo até conseguir chegar a uma conclusão. não sei se ficou realmente legal, mas espero que possam gostar desse também <3 boa leitura e desculpem os possíveis erros!
Tumblr media
suas amizades e seus familiares suspeitavam que você mentia sobre seu relacionamento. era difícil pra eles acreditarem que tudo fluía tão tranquilamente. como você nunca aparecia com uma lista de frustrações? parecia bom demais para ser verdade.
você mesma já temeu ficar presa em uma relação que causasse alguma mágoa. porém o destino, universo ou sabe-se lá o quê, fez questão de pôr joshua hong em sua vida.
o homem que era a personificação de gentileza e cuidado. atencioso o bastante para que mal desse tempo de você sentir saudade. carinhoso e compreensivo a ponto de se tornar a pessoa para qual você corria quando tudo parecia cinza e triste, sendo aquele conforto e alegria que extinguiam tudo de ruim ao redor.
joshua passou por um não muito curto processo de se abrir para você, e fazer com que você o permitisse se aproximar também. vagarosamente saindo de um colega de trabalho, a um amigo precioso, até chamá-la para o primeiro encontro e te fazer se sentir no seu próprio conto de fadas desde então.
dentre as qualidades de shua, você quase ficava tonta com o quão dedicado a vocês ele era, mesmo que a rotina estivesse sugando toda a disposição dele — coisa que você poderia ver de perto, já que ainda estavam na mesma empresa, mesmo que em setores diferentes. às vezes ele até tentava esconder o cansaço ou incômodo, porém joshua aprendeu que você descobre as coisas com muita facilidade quando se trata dele.
você jamais cobraria muito dele quando sabia o quão exausto seu namorado estava. contudo, às vezes, dar um jeito de estar com joshua era a solução para que ele pudesse se permitir relaxar e descansar. você era a pessoa que o confortava na mesma medida que ele fazia por ti, que também o assegurava que tá tudo bem cometer pequenos erros, lembrando-o que se cobrar em excesso não era o caminho certo, como ele te ensinou.
e, após uma semana de trabalho, mais uma vez foi preciso que vocês tivessem esse tempo para estar um com o outro.
depois do jantar, era comum que assistissem a algum filme curtinho, episódio de uma nova série que você descobriu, ou até uma partida de basquete quando um time que joshua acompanhava estivesse jogando. naquela noite, o período que passaram enrolados um ao outro no sofá foi com um comédia romântica que o catálogo de streaming sugeriu.
entre as risadas ocasionais e comentários sobre a trama, shua virava pra você por alguns segundos, até que o você o olhasse de volta, somente pra sussurrar um elogio e selar os lábios nos seus. mesmo depois de um bom tempo, joshua conseguia a mesma reação adorável de você, o que motivava ele a nunca parar de fazer coisas como aquela.
só que um beijo do seu namorado levava a mais outro e, consequentemente, à mão boba de joshua partindo de um roçar bem levinho dos dedos na coxa, subindo até estar tocando cada centímetro de pele debaixo da sua blusa. para que, na maior cara de pau possível, ele se afastasse com aquele sorriso fofo e falasse que "essa parte do filme é boa, você tem que ver". joshua tinha muitos pontos fortes, e te provocar até não poder mais era um deles.
contudo, ele se acalmava à medida que o sono chegava. te chamando com os olhinhos cansados pra ir deitar, diminuindo o espaço entre vocês o quanto podia enquanto se ajeitavam.
joshua gostava de te pôr nos braços dele, conversar e rir até que apagassem. mas duvidou que conseguisse sequer descansar enquanto sua mente estivesse tão sobrecarregada.
ter você com ele significava ser capaz de se sentir seguro durante os momentos de vulnerabilidade, por mais bobas que fossem as motivações pra isso. joshua tinha plena certeza que você o escutaria atentamente.
após ouvi-lo narrar, cabisbaixo, sobre como a organização do próximo evento da empresa estava causando problemas, você soube que aquela vozinha no fundo da cabeça dele queria se sobrepor à tentativa de joshua de permanecer tranquilo em meio à situação possivelmente caótica.
— shua, você tem uma ótima equipe. sentar com eles e conversar também vai te ajudar a encontrar uma solução — ele virou o rosto pra te olhar, dando aquele sorriso contido que o deixava parecendo um pãozinho.
joshua estava deitado agarrado em você há bons minutos, tendo encontrado aquela posição perfeita em que podia ouvir seu coração, abraçar sua cintura e receber o melhor cafuné do mundo.
— você se preocupou por eu estar me adiantando, mas acabou sendo bom ver isso agora. agora tenho tempo de arranjar outro lugar.
joshua sabia que era algo fora de seu controle, até mesmo dos responsáveis pelo local. porém ter que realocar e modificar muito do que foi planejado estava começando a deixá-lo preocupado, felizmente adiantar uma tarefa ou outra o fez dar atenção a isso antes que chegassem perto demais da data decidida.
— não queria que se sobrecarregasse antes do tempo, amor.
— a ideia é que eu resolva as piores partes antes pra me estressar menos depois, bebê.
— eu sei, mas você vai deixar isso pra segunda-feira. nada de olhar nem mesmo os endereços que eu te mandei, ok?
— mas é tão difícil não pensar nisso — ah, ali estava.
quando joshua finalmente permitia que sua mente se desvinculasse de todas as questões profissionais, o primeiro sinal era aquele tom de voz meio dengoso.
— não é tão difícil assim — você não perdia tempo em ir no mesmo caminho que ele, focando apenas no olhar que prendia toda a sua atenção.
ele se ajeitou, saindo da posição que estava e tomando cuidado pra não te machucar nem colocar todo peso do corpo em cima de ti, para dar beijinhos no seu pescoço.
— você já parece bem mais distraído, shua.
— eu to bem focado, na verdade — o sorriso dele foi sentido contra a pele antes que você o visse.
era difícil pra você manter a mente focada, totalmente influenciada pelos toques do seu namorado para se preocupar com qualquer outra coisa senão ajudá-lo a tirar a camisa de você.
até a sensação da brisa gelada foi insignificante quando os lábios de joshua tomaram os seus, a língua já na sua boca e as mãos extinguindo qualquer resquício de frio por onde deslizava, desde o quadril até aos seios. e, apesar de se deliciar com o quão sensível você fica a cada aperto, shua amava te ouvir enquanto segurava os mamilos entre os dentes antes de os chupar e lamber bem lentinho, como se tivessem todo o tempo do mundo. era o único motivo plausível para que ele abandonasse o beijo.
tudo era bastante equilibrado. pois, enquanto seus movimentos vagarosos faziam aqueles suspiros gostosinhos saírem da sua boca, joshua não perdia um segundo pra chegar a sua calcinha, encontrando-a tão encharcada quanto imaginou que estaria.
— tão linda, um pouquinho de atenção e fica toda fodida.
— cala a boca — ele riu com como você o empurrou de volta pros seus peitos, mas entendeu o recado bem rápido, a boca agora mais ávida voltando a sugar a pele macia.
você ofegou quando joshua parou de brincar por cima do tecido fino e quase inútil contra a sua intimidade gotejando, finalmente o afastando pra te sentir como queria. ele gemeu junto com você, nunca se habituando a como seu corpo respondia, mesmo que te tivesse assim sempre.
— eu preciso tanto de você gozando na minha boca, amor — embora você fosse a que estivesse gemendo com a sensação dos dedos dele pressionando contra seu clitóris, joshua era quem parecia mais necessitado.
— você precisa? por favor, acho que eu vou chorar se não ganhar isso agora.
— você vai chorar de qualquer forma, bebê.
e ele estava tão certo. o primeiro toque do músculo quente fez suas coxas tremerem nos ombros de joshua. os dedos que antes apenas separavam suas dobras pra que ele pudesse sugar o nervinho com vontade, circulavam a entrada antes de serem, um a um, enterrados ali. contudo, foi preciso choramingar e chamar por shua com os olhinhos suplicantes para que o segundo dedo te enchesse. ele te deu o que você queria, como sempre, incapaz de resistir aos seus pedidos.
porém ele parecia muito mais interessado em sentir seu gosto, te empurrando cada vez mais ao ápice. quanto mais joshua sentia que você estava perto, mais intenso ele se tornava, lambendo e chupando mesmo depois que você já estivesse gozando na boca dele, com as costas arqueadas e as mãos entrelaçadas nos fios macios de shua.
não querendo te sobrecarregar quando ainda não tinham terminado, joshua beijou de suas coxas até voltar à sua boca. oposto a como seu namorado devorou você antes, o selar foi quase um acalento suave. o que denunciava a luxúria da coisa era o seu próprio gosto invadindo seu paladar e o membro rígido de joshua, pressionado contra sua buceta através do tecido da calça dele.
— shua, deixa eu- — ele sabia o que aquilo significava, mas, naquele momento, tudo que joshua queria era dar prazer a você.
— que tal você me deixar te encher com os meus dedos que nem você pediu, hein?
— mas eu também quero cuidar de você — seu dedo deslizou pelo cós a calça antes de pressionar a palma da mão por cima do tecido, sem tirar os olhos dos dele.
mais tarde shua provavelmente brincaria sobre como você fez aquela carinha pedindo por pica, porém agora ele precisava tirar aquela ideia da sua cabeça. joshua não te diria, mas um dos métodos dele para te distrair era tirar a camisa bem devagarzinho, só para que seu olhar ficasse preso a ele. e, te vendo quase salivando debaixo dele, lambendo os lábios enquanto se desfazia da peça, sentiu que havia dado certo.
— me ajuda a tirar a calça, meu bem? — você acenou ansiosa, conseguindo um sorrisinho de shua.
assim que chutou a roupa pra longe de si, ele colocou o corpo ao seu novamente. joshua guiou uma de suas mãos até que você sentisse o peso familiar do pau dele contra ela, vazando à medida que deslizava da base à ponta. seu namorado não continha qualquer som, gemendo no seu pescoço enquanto empurrava o quadril em direção ao seu toque.
embora a mente de joshua quase ficasse vazia com o quão bem você o fazia se sentir. ele fez como prometeu, esfregando os dedos no clitóris inchado antes de colocá-los em você.
um após o outro, até que três estivessem entrando e saindo, alcançando repetidas vezes o mesmo lugar que joshua sabia que te levaria ao segundo orgasmo. te abrindo do jeitinho que você tanto gostava e gemendo contra a sua boca, seu namorado não estava tão diferente de você. o pau pulsava, pingando na sua mão. a fricção perfeita deixava a visão de joshua turva, pedindo pra que você chegasse lá junto com ele, os dedos acelerando até que seus olhos revirassem e os corpos finalmente cedessem aos múltiplos estímulos.
apesar de grudentos, joshua sorria deitado em você, levantando o olhar apenas pra ver a mesma feição extasiada que a dele.
— tá bem?
— ah, sim, claro. gozei na sua boca, nos seus dedos, to ótima — ele riu, dando beijinho no seu colo exposto.
— que bom, amo quando você tá ótima assim.
— e você não pensa que eu não sei que você me distraiu sendo todo exibido, tá? — joshua te encarou com aquele olhar de "ops, fui pego".
— se eu te levar pra tomar banho comigo, você me perdoa?
você estava de pé assim que ele completou a frase, olhando-o da beirada da cama com a mão estendida para que fossem juntos.
o banho foi uma desculpa mais do que suficiente, já que seu namorado não era ótimo só em ensaboar suas costas como em te colocar contra a parede e te segurar firme enquanto você somente se perdesse no quão fundo o pau dele conseguia chegar naquela posição.
como bônus, foi joshua quem limpou toda a bagunça que fizeram, te ajudando também a se vestir. ele te levou para se sentar na ponta da cama, secando seu cabelo com todo o cuidado que só o seu joshua poderia ter contigo.
— prefiro garantir que você não corra risco nenhum de ficar doente, meu amor — ele disse, averiguando cada mecha antes de beijar o topo da sua cabeça e deixar o secador em seu devido lugar. — prontinha pra dormir, vamos?
— já disse que eu te amo? — se você não dissesse, joshua descobriria pelos seus olhinhos apaixonados, não tinha a menor dúvida.
— eu acho que te amo um pouquinho mais.
— shua, não é hora de começar a competir sobre isso — ele não respondeu de primeira, mais focado em se acomodar contra os travesseiros e te puxar pra deitar sobre ele dessa vez.
— eu sei, mas ganharia de qualquer forma.
ainda que entendesse o quão recíprocos seus sentimentos eram, brincar sobre isso abria inúmeras brechas para joshua demonstrar mais ainda a extensão do amor que ele tinha pra dar a você.
— vai dormir, joshua hong — seu namorado riu da pequena frustração que causou em ti, sentindo aquele calorzinho familiar no peito enquanto te abraçava.
se você questionasse joshua sobre o que quer que o estava perturbando mais cedo, ele nem se lembraria. sua mente tão leve, quase esvoaçante — cujos únicos pensamentos eram sobre você —, apagou lentamente no sono tranquilo que era capaz de ter somente ao seu lado.
59 notes · View notes
bibescribe · 3 months ago
Text
o cravo e a rosa
esteban kukuriczka x reader
n/a: inspirado no hc do cowboy!esteban da @amethvysts ✨️ fluff
Tumblr media
“olha mas se não é o favo de mel mais doce da cidade” você ouviu de uma voz jovial e agora familiar enquanto entrava na casa, desde antes de se aposentar seu pai falava em se mudar para a cidade onde nasceu e cresceu, um interior no meio do nada onde as únicas lojas eram as de comerciantes locais e a maior diversão era ir na praça, você nunca levou muito a sério, nunca pensou que sua mãe ia aceitar largar a agitação da cidade, mas ela não apenas aceitou como foi quem teve a ideia de alugar a casa onde vocês viviam pra uma família, eliminando praticamente todas as chances de voltar, é claro que morando em uma república você não passava mais tanto tempo em casa, mas era bom ter um lugarzinho pra pousar de vez em quando, sem responsabilidades, só o seu quarto de adolescência e a comida da sua mãe.
"vai fazer bem pra você, docinho, quer coisa melhor que um cantinho calmo no interior pra descansar a mente depois de uma semana de provas?"
quando pensava em “cantinho calmo no interior” pensava em uma casa de campo, que apesar de distante tinha a cidade grande ao alcance da mão, mas roseiras, a cidade de seu pai, ficava a gloriosas 13 horas da capital, era o interior do interior, apesar de tudo, fazia tempo que não via seus pais tão felizes, as rugas praticamente desaparecendo dos rostos, sua mãe conhecia todas as vizinhas e entrou em um projeto de ensinar pintura pra criancinhas, seu pai não passava uma tarde sem receber um amigo antigo em casa, e foi em uma dessas visitas que conheceu esteban, filho de um amigo já falecido do seu pai, uns bons 12 anos mais velho que você, uma versão alta e loira do chico bento.
o senhor kukuriczka viveu uma boa vida do interior, nasceu, cresceu e casou (muito cedo) na cidade, sua vida pacata foi interrompida por um infarto que deixou a fazenda nas mãos do seu filho esteban, o mais velho mas ainda recém saído da adolescência e agora responsável por cuidar da mãe e dos irmãos, seu pai sempre mencionou o sobrenome kukuriczka aqui e ali, fazendo comentários sobre o filho do antigo amigo, sabia que esteban tinha cursado agronomia na universidade rural da região, tudo pra garantir o crescimento da fazenda da família, a responsabilidade pesou na personalidade do loiro, e não seria exagero dizer que ele tinha alma de velho, em relação a quase tudo, QUASE, porque quando te via o mais velho se transformava em um menino da sexta série, cheio de piadinhas e apelidinhos
- MEU FAVO DE MEL, VENHA CÁ, EU E ESTEBAN ESTAMOS FALANDO DE VOCÊ
o apelido te deixava com vontade de morrer, seu pai tê-lo adotado tão facilmente após ouvi-lo também era irritante, não era ofensivo, até achava bonitinho, mas o volume da voz do mais velho não deixava dúvidas que o favo de mel em questão era você, fosse na sua casa ou fosse na festa da igreja da cidade, enquanto esteban kukuriczka estivesse no recinto, você era o favo de mel, foi andando até os dois homens, seu pai com um leve ar de riso, o mais velho gostava muito de esteban, o suficiente pra fingir que não sabia que o loiro tinha um interesse genuíno por você.
- posso saber por que eu sou assunto entre vocês? - o loiro se prontificou a responder
- seu pai tava falando da sua faculdade de veterinária, só pra você saber que quando precisar de estágio pode ir lá na fazenda que eu vou te receber de braços abertos. - esteban deu um sorrisinho, você sentiu que deveria ficar brava pela audácia daquele caipira, mas tinha algo tão menino nele, que você esquecia a diferença de idade, parecia que por dentro você e ele tinham a mesma idade, por isso não teve coração pra rechaçar o mais velho de um jeito mais ríspido.
- ah claro, vou ver e te aviso - o meme passou despercebido pelo loiro, que muito provavelmente achou que você de fato ia verificar a possibilidade na sua faculdade
mais a tarde, seu pai tinha compromissos (tomar café na casa de outro amigo de infância) em uma parte mais distante da cidade, sua mãe queria presentear uma antiga professora dele com umas frutas do pomarzinho dela e esse trabalho ficou a seu encargo, seu pai te deixou no portão de dona sofia, uma das primeiras pessoas que conheceu na cidade nova, maternal e severa ao mesmo tempo, quanto mais tempo passava com a mais velha, mais entendia porque tantos ex-alunos mantinham contato com a mulher mesmo após tantos anos, a senhora ficava encantada ao te receber, te apresentava ao marido como futura médica e achava suas histórias de faculdade encantadoras.
- ‘ocê consegue trabalhar em qualquer lugar né fia, em todo canto tem um bichinho precisando de tratamento, uns meses atrás mesmo, o cavalo preferido do kukuriczka menino caiu doente, o veterinário tinha que dormir lá mesmo porque não daria pra voltar pra cidade no fim do dia.
- é ele comentou sobre uma veterinária ser útil na fazenda dele.- você comentou distraidamente, nem percebendo que suas palavras fariam as engrenagens da cabecinha da velha senhora girarem.
- que maravilha, filha, olha como essa cidadde tá sendo boa pra sua família, ‘ocê já conseguiu emprego e mexendo uns pauzinhos leva até um marido de brinde. - você se sobressaltou.
- marido não dona sofi, muito menos aqui. - na hora se arrependeu de suas palavras, claro que preferia sua cidade grande, mas era insensível jogar isso na cara de uma senhorinha que viu a cidade crescer, aquele era o mundo dela.
- eu entendo filha, os jovens gostam de badalação, de ter coisa pra fazer. - dona sofi se resignou em seu silêncio e você na sua vergonha, não querendo aumentar o constrangimento, se levantou e disse que sua mãe pediu que não ficasse zanzando a noite pela cidade
- mas ‘ocê veio de carro, minha linda, não é melhor ligar pro seu pai? - a senhora perguntou preocupada.
- não tem problema, eu caminho rapidinho, quando eu chegar em casa ainda vai estar claro. - a senhora te acompanhou até o portão e acenou enquanto você caminhava de volta a casa.
o que sua mente falhou em recordar, era que 18h da tarde no campo era diferente de 18h da tarde na cidade, não tardou muito para que a estrada onde você caminhava ficasse escura, só com as precárias luzes dos postes, em certo ponto, precisou usar a lanterna do seu telefone para iluminar o caminho, quando viu uma gota de água caindo na sua tela você percebeu em pânico que a escuridão não era apenas a noite, eram nuvens carregadíssimas de água, não tardou pra que o céu começasse a cair, encharcada e com frio, continuou andando quase que às cegas, até que foi iluminada por dois faróis, a caminhonete rapidamente emparelhou e te ultrapassou, bloqueando sua passagem, seu coração foi na boca até que a janela se abriu.
- mas ‘ocê veio andando até aqui, favinho de mel?
era esteban, seu choque foi interrompido pela porta do carona abrindo, seus instintos foram mais fortes e te obrigaram a entrar no carro, após fechar a porta, o loiro acelerou e seguiu.
- não tava chovendo quando eu saí, a chuva me cegou e eu saí andando sem rumo
- olha melzinho. - o mais velho segue olhando pra frente - talvez na sua cidade grande seja comum dar um chá de sumiço nas pessoas, tem gente em todo canto, alguém vai te ver, mas aqui é diferente, você parou pra contar quantas pessoas passaram no seu caminho enquanto você vinha? - as palavras de esteban fizeram um estalo na sua mente, repassando seu trajeto, você viu no máximo 3 pessoas, contando com o mais velho, a tranquilidade do interior não era a toa, aquelas bandas eram praticamente vazias
- você passou do caminho da sua casa e agora não dá mais pra voltar. - ele continuou - a não ser que a gente queira ficar preso na lama, eu vou pedir pra dona clara, que trabalha lá na fazenda, preparar um quarto pra você.
- não não, esteban eu tenho que voltar pra casa, você não tem um jeito de me ajudar a ir ainda hoje?
- ter eu tenho, mas você acha que eu vou atolar minha caminhonete nesse lamaçal? em outras circunstâncias eu te levaria, meu mel, mas tentar agora é inútil, antes ficar preso na minha casa com água e comida do que ficar preso na chuva dentro de um carro, mesmo que a companhia seja boa. - disse a última parte mais baixo, mas ainda se fez ouvido.
a possibilidade de dormir na casa de esteban formou um nevoeiro na sua mente, não queria ser mal educada, mas também não queria render assunto com o mais velho, sabia que se começasse a dar corda a seus sentimentos eles te prenderiam naquela cidade, e essa era a última coisa que você queria, chegaram na porteira da fazenda, esteban saiu para abri-la e voltou rapidamente, fazendo o mesmo processo para fechá-la, a casa da fazenda era imponente e bonita, não parecia muito moderna, mas aparentava ser forte o suficiente pra sobreviver um furacão, uma casa que com certeza foi um lar feliz e cheio de crianças.
entraram na casa, com esteban segurando sua jaqueta acima da sua cabeça pra evitar que você se molhasse mais, quando pisaram para dentro uma senhora de meia idade apareceu.
- meu deus seu esteban eu comecei a ficar agoniada com o senhor lá fora e essa chuva. - a senhora pegou a jaqueta das mãos de esteban enquanto o mais velho tirava as botas enlameadas.
-fui pego desprevenido também, mas trouxe uma convidada, você pode arrumar um banho quente pra ela? o banho frio ela claramente já tomou. - você não teve tempo de ironizar a brincadeira do loiro, a senhora já te pegava pelas mãos entoando “oh meu deus tadinha” como se você fosse um cachorrinho que caiu da mudança, você começou a se questionar se ela achava que você era uma moradora de rua que esteban tinha encontrado no meio do caminho, chegando ao segundo andar, a mais velha te conduziu ao último quarto no fim do corredor, pensou que era um lugar esquisito pra um quarto de hóspedes até que a senhora sanou suas dúvidas
- o chuveiro do patrão é o único que tá sempre quente, se eu for esquentar um do quarto de hóspedes você só vai ficar mais tempo congelando, tadinha meu deus, vai pegar um resfriado forte, haja chá pra essa garganta, pode entrar que eu vou pegar umas toalhas pra ti. - quando se deu por si já estava no quarto de esteban, um quarto de casal mas que claramente abrigava um homem solteiro, bem mobiliado mas estéril.
enquanto tomava o banho estava hiper consciente de estar no quarto do homem mais velho, consciente também que não era a primeira, um homem jovem e com dinheiro não fazia voto de castidade, esteban era o partido da cidade, de repente, pensar no homem dividindo uma cama com uma mulher que só estava interessada no dinheiro dele fez seu sangue esquentar, uma casa gigante merecia uma família unida pelo amor.
enquanto tomava banho ouviu uma batida na porta, era dona clara avisando que a toalha estava pendurada na maçaneta, desligou o chuveiro e foi andando com cuidado até a porta, a abriu rapidamente e resgatou a toalha, dobradas em uma cadeira perto da porta também tinham roupas femininas, resgatou-as também, se questionando de quem eram, já relativamente arrumada, saiu do banheiro e se deparou com dona clara te esperando, a mais velha te conduziu até outro quarto no mesmo corredor.
- você fica aqui, benzinho, talvez a luz caia por causa da chuva mas o quarto do seu esteban é logo no fim do corredor, não precisa entrar em pânico. - você agradeceu e entrou, o quarto cheirava a limpo e as roupas de cama pareciam recém trocadas, se olhou em um espelho maior e viu que pelo visto as roupas que dona clara arrumou para ti pertenciam a uma adolescente, não ficaram escandalosas, mas definitivamente um pouco pequenas demais, pensou em ficar no quarto e fingir que caiu no sono, mas seria mal educado demais, apesar de tudo esteban estava te dando teto e comida pela noite, respirou fundo e desceu até a cozinha, esperando ver só dona clara, mas encontrando esteban, quando o mais velho se virou pra você seus olhos se demoraram um pouco nas suas coxas, a boca se entreabriu, pôde ver o loiro engolindo em seco, mas ele se recompôs rapidamente.
- liguei pros seus pais, avisei que você tá aqui, seu pai ficou assustado por você só ter saído caminhando do nada, você tava na dona sofia né?
- é, ele me levou mas aconteceu uma descompostura e eu achei melhor ir andando. - você se sentou na cadeira ao lado do mais velho.
- a dona sofia te deixando sem graça? - o mais velho questionou.
- na verdade eu causei a descompostura em mim mesma, falei meio mal da cidade, disse que não tinha interesse em ficar aqui. - as palavras ficaram presas na garganta, não queria soar como uma patricinha que desprezava a cidade natal do pai, esteban deu um sorrisinho.
- eu sei que aqui não é o ideal pra uma garota da cidade, não é tão ruim, mas admito que não é uma vida pra todo mundo
uma das mãos quentes do mais velho acariciava suas costas e a outra se repousava no seu joelho, algumas vezes sentia apertos leves aqui e ali, levantou a cabeça e encarou o loiro, se sentiu abraçada, confortada e compreendida, de repente, roseiras não parecia esse inferno na terra, apoiou a cabeça no ombro de esteban e sentiu o seu perfume másculo, não conseguiu se segurar e resvelou os lábios no pescoço do homem, sentindo-o se resetar, o que você não sabia era que apesar do desejo e do carinho que o loiro sentia por você, esteban tinha medo de levar esses sentimentos pra frente, ele te via andando até ele no altar acompanhada pelo seu pai, mas você via a mesma coisa? ele não podia largar a fazenda, era a memória do pai dele, o kukuriczka mais velho seguia vivo naquelas paredes, mas também não queria te prender e te ter infeliz como um pássaro na gaiola.
- esteban, me dá um beijo? - o loiro sorriu, sentia que a cidade inteira conseguia ouvir seu coração batendo, se inclinou e deu um leve selinho nos seus lábios, depois de 3 segundos, pegou nos seus ombros e se afastou.
- boa noite, docinho. - você acompanhava com os olhos o homem alto, percebeu que esteban estava com os punhos cerrados apesar de seu comportamento calmo, o último sinal do mais velho foi a porta de seu quarto batendo com força, encerrando a noite, e te deixando no silêncio na casa que de repente se tornou tão grande.
63 notes · View notes
amethvysts · 7 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media
DEAREST READER — F1 GRID.
#sumário: headcanons sobre os pilotos inspiradas no universo bridgerton, e também nessas fotos aqui. #pilotos: carlos sainz, charles leclerc, george russell, lewis hamilton, max verstappen. #avisos: 7k de palavras então tá longo! algumas tropes são inspiradas em bridgerton (duh), e, muito provavelmente, existem algumas inconsistências históricas. só papo de casamento. não tive criatividade pra criar um título bonitinho pros divos, então é tudo na base do nome. não tá revisado.
💭 nota da autora poderia ter escrito um drabble pra cada um? SIM! but i didn't want to *laser eyes*. então, fiz uns headcanons que tão bem grandinhos porque simplesmente não consegui parar de digitar. tem uns que eu tinha desenvolvido muito mais, mas ficou simplesmente gigantesco, então cortei pela metade. gostei bastante de escrever esses, então espero que vocês gostem também! todos os créditos para a parte do russell e do sir lewis vão para a musa @imninahchan ♡ espero que gostem!
Tumblr media Tumblr media
1 – O FAMILIAR CONDE VERSTAPPEN.
♡ㆍA família Verstappen havia se mudado para a propriedade ao lado há pouco mais de dez anos. E desde então, é impossível pensar em uma vida onde Max Verstappen não faça parte. 
♡ㆍVocê, a mais jovem entre seus irmãos, e ele, o herdeiro ao título do pai, tornaram-se amigos rapidamente. Pela idade similar e o interesse mútuo em cavalos rápidos de corrida, a ligação havia sido instantânea, mesmo que reclamasse da competitividade do garoto sempre que assistiam a uma corrida juntos. 
♡ㆍCom o passar dos anos, estabeleceram que eram melhores amigos. Não que não fosse óbvio aos olhos alheios, mas foi como firmar um contrato verbal. Um arranjo para a vida.
"Você é a garota mais legal que já conheci," ele declarou, na tenra idade de onze anos. Estavam escondidos embaixo da mesa do escritório do seu pai, dividindo uma travessa de doces que haviam surrupiado da cozinha. Mesmo tão jovem, já era uma pessoa difícil de jogar elogios por aí, e talvez por isso, seus elogios fossem tão ruins. Mas você o conhecia bem o suficiente para saber que o que dizia era sincero.
"Que bom," responde, distraída enquanto retira o recheio de cereja do bombom. "Porque você é o garoto mais legal que já conheci". 
♡ㆍA propriedade dos seus pais rapidamente se torna o refúgio de Max, uma maneira de fugir das expectativas e implicância do pai e viver como um jovem comum. Descobre a felicidade de fazer nada com você, após passar a manhã se esforçando para completar as lições de seus tutores. Leem livros e discutem sobre os enredos e seus personagens favoritos, conversam sobre os eventos da alta sociedade e também sobre suas expectativas para a corrida de cavalos daquele fim de semana.
♡ㆍPassam os momentos mais relaxantes juntos, mesmo com as discussões que surgem quando escolhem equipes opostas para torcer. Longe dos teatros da corte, podem ser genuínos um com o outro. Você não precisa fingir ser alguém que não é quando está com ele. Não precisa monitorar a altura das suas gargalhadas, a quantidade de biscoitos que come, ou a maneira que está sentada. 
♡ㆍE percebe que ele também não se importa em ser aquilo que o pai o obriga a ser durante todos aqueles eventos rigorosos. Em sua companhia, ele deixa o futuro título de lado e pode ser apenas o Max. O seu melhor amigo que já quase se afogou quando caiu no lago de patos da sua propriedade, salvo por você, e que em troca, te salvou de quase cair do seu cavalo quando saíram para passear pelo bosque. 
♡ㆍMas o tempo, às vezes, também pode ser traiçoeiro. Antes, aquele que os tornou inseparáveis também tornou-se motivo de distância. Ao atingir a idade adequada para começar a lidar com os negócios da família, o seu Max foi tirado da sua vida de forma abrupta e dolorosa. 
♡ㆍVocê nunca ignorou a maneira a qual o pai de Max, o Conde Verstappen, tratava o filho como se fosse nada mais do que seu herdeiro, uma pedra preciosa que necessitava ser polida para os seus próprios jogos políticos. Era difícil não perceber o peso da responsabilidade nos ombros de seu amigo, que assim que atingiu a idade considerada apropriada pelo pai, se fechou totalmente. 
♡ㆍAo visitá-lo em sua residência, quando sabia que Conde Verstappen não estava por perto, você era sempre recebida da mesma forma: a preceptora de Max, com aquela cara azeda, tinha o prazer de atendê-la apenas para te dizer que "o herdeiro Verstappen está muito ocupado no momento, senhorita". E mesmo com sua insistência, o máximo que conseguia era apenas deixar uma mensagem que nunca era repassada. 
♡ㆍEntão, com sua estreia, passaram a se encontrar apenas nos eventos da alta sociedade. Por um tempo, sentia tanta raiva do rapaz que mal conseguia encará-lo por muito tempo, e procurava sempre escapar de qualquer possibilidade de interação.
♡ㆍEssa necessidade de evitá-lo fazia com que você se tornasse alheia a atenção, sempre tão dedicada e repleta de anseio, do rapaz. Os olhos azuis te acompanhavam pelo salão, morosos e ardentes, carregados da saudade que só você seria capaz de identificar.
♡ㆍE, apesar de ser um dos homens mais cobiçados do recinto, Max havia ganhado uma reputação que nada lembrava aquele que você conhecia. Dava a impressão de ser um recluso, sempre afastado e desagradável. Passava a noite conversando com os amigos de seu pai, todos relacionados a política, e recusava ser apresentado a qualquer moça, raramente participando das danças. 
♡ㆍNão surpreendia que, mesmo com toda a popularidade que ganhou sendo um Verstappen, ele ainda não tivesse garantido uma esposa, já em sua segunda vez participando ativamente dos eventos da temporada. Claro, sendo um homem, as suas tentativas não seriam contabilizadas. 
♡ㆍVocê, ao contrário de seu velho amigo, teria fazer valer a pena cada dança, conversa e trocas de olhares nos salões que frequentava. Tinha sempre seu cartão de danças preenchido, dando o seu melhor em qualquer coreografia e tornando até os piores pares em uma companhia agradável. Havia se tornado uma das estreantes mais populares, e por isso, o seu valor aumentava cada vez mais. O que te leva a crer que foi justamente por isso que Max Verstappen decidiu se aproximar de você mais uma vez. 
♡ㆍPreenchia um copo de ponche para acalmar os nervos após ter dançado uma fervorosa quadrilha junto de um jovem lorde, e respirou fundo quando notou que os pés doíam depois de tanto esforço (e pisoteadas). Mal havia levantado o braço para bebericar quando percebe a chegada de alguém a mesa que estava. 
♡ㆍ"Ainda tem espaço para uma dança?" Max, é claro. A voz parecia mais madura, mas ainda reconhecível. Não sabia se seu coração havia acelerado por nervosismo de, finalmente, conseguir conversar com ele novamente, ou se por pura raiva. Talvez um pouco dos dois.
"Felizmente não," responde com uma mentira, mais seca do que intendia. Geralmente, ao lado de homens da alta sociedade bonitos e solteiros, você era simpática, tão doce que doía os dentes. Mas esse não era um rapaz qualquer. Era Max, seu antigo melhor amigo, que foi covarde o suficiente para quebrar seu coração sem justificativa.
Sua resposta pareceu desestabilizá-lo por alguns segundos, e você pôde acompanhar o brilho nos olhos azuis desaparecer após sua rejeição. A possibilidade de cutucá-lo com a mesma adaga que te machucou parecia interessante em seus secretos planos de vingança, mas realizá-los, de fato, não surtiu nenhum prazer.
Bebeu um pouco do ponche, e distraída, perdeu o momento em que os olhos do rapaz conseguiram avistar um bloco em branco do seu cartão. Sem mesmo pedir licença, Max segurou o pequeno objeto em sua mão, capturando a pequena caneta e deixando sua assinatura ali. "Podemos dançar a valsa," anuncia, deixando claro que não teria outra opção. E então, te faz uma curta cortesia, se despedindo, "Lady". 
♡ㆍFoi assim que, contra a sua vontade, por uma mudança ridícula do destino, você finalmente teve Max Verstappen de volta em sua vida. Passara anos desejando a presença do rapaz, e quando finalmente conseguiu… tudo estava diferente.
♡ㆍApesar de sua latente desconfiança, que sempre se erguia como uma barreira em sua reaproximação, estar perto de Max era como voltar a sua infância, e por mais que odiasse a afeição que borbulhava em seu peito, não podia evitá-la. Encontrava conforto em saber que o seu Max ainda existia por baixo daquela máscara estoica que usava em todos os bailes, e que surgia sempre quando entravam em uma discussão sobre a corrida da semana, agora ainda mais sarcásticos e maduros. Tudo ainda estava ali, adormecido, parecendo apenas esperar que o causador de tais sentimentos voltasse para revirar tudo novamente. ♡ㆍO cortejo público poderia não ser mais do que uma estratégia, mas quando estavam juntos, dividindo uma conversa ou uma dança, você sentia que talvez estivesse enganada acerca de suas suspeitas.
Tumblr media
16 – O MUSICAL PRÍNCIPE CHARLES.
♡ㆍVocê não morava embaixo de uma pedra. Todos comentavam sobre o príncipe estrangeiro que havia chegado para cortejar a escolhida da rainha naquela temporada, e você, contra sua própria vontade, sabia tudo sobre vossa alteza real. 
♡ㆍEra fato conhecido de que a cor favorita de Príncipe Charles era o vermelho, que faz parte do emblema de sua dinastia. Por isso, todas as debutantes (e solteironas, no geral) aderiram a detalhes vermelhos em seus vestidos para o primeiro baile da temporada. Dizem, também, que vossa alteza é um amante de animais, e você pode jurar que até a mais frígida das moças da sociedade adotou um cachorrinho. 
♡ㆍNão que você estivesse fazendo diferente, já que a noção de ter alguém diferente frequentando os mesmos espaços te despertava mais curiosidade do que deveria. Mas também estava ciente da dura realidade que enfrentava: agora, iniciando a sua terceira temporada consecutiva, não poderia esperar mais do que um lorde com poucas posses como marido. E mesmo assim, esse cenário ainda é muito otimista para sua situação. O mercado casamenteiro é impiedoso. 
♡ㆍPor isso, tentava não criar expectativas como as outras garotas da sociedade. Enquanto elas sonhavam em agarrar a atenção do príncipe para longe de sua prometida, você se contentava com o destino que sabia que não poder fugir. Pelo menos, tinha mais chance em ganhar os olhos dos outros aristocratas e, quem sabe, conseguir laçar um marido logo.
♡ㆍNão que tivesse pressa, mas saber que poderia se tornar um peso a mais para os seus pais era algo que não saia de sua cabeça ultimamente. Ainda mais sabendo que estavam realizando um grande esforço ao patrocinar o primeiro baile da temporada na propriedade da família, fazendo de tudo para que conseguissem se destacar no meio de tanto furor. 
♡ㆍE então, na noite que daria o pontapé para o início da nova temporada, todos são surpreendidos com a reviravolta: o príncipe não estaria presente naquela noite. Os membros da alta sociedade, tão arrumados e reunidos no salão de bailes do casarão de seus pais, são pegos de surpresa com a notícia. As mulheres escondem o suspiro de surpresa com seus leques, enquanto os homens conversam entre si, acordando que, certamente, teriam menos competição pelo resto da festividade. 
♡ㆍA notícia, no entanto, chega para você como um soco no estômago. Não tão decepcionada pela ausência, mas pelo grande ato de babaquice real. O grande baile que seus pais haviam planejado foi minado pela notícia de última hora, que fez com que os presentes se sentissem desanimados. A atração principal havia cancelado, e o que seria da noite?
♡ㆍTalvez pela abrupta mudança de planos e a confusão generalizada causada por ela, onde todos os convidados pareciam meio perdidos – o que apenas mostrava a rigidez desses eventos, onde todo tipo de interação é previamente ensaiada –, você conseguiu escapar da multidão de vestidos e paletós que cobria o salão para a sala de música, cômodo vizinho.
♡ㆍDecerto, não esperava nada ao entrar na sala e encostar-se contra a porta, soltando uma respiração aliviada. Mas ouvir a melodia das teclas de marfim do piano te alcançou desprevenida. Alguém daquele salão teve a mesma ideia que você, e ainda não sabia se isso era bom ou ruim. Pelo menos, não tocava como um ogro. 
♡ㆍA sala era pouco iluminada, apenas com alguns candelabros acesos, mas que faziam pouco para clarear o espaço amplo. Era capaz de observar uma figura elegante sentada à frente de seu piano – todas as moças devem ter, pelo menos, algum tipo de talento, foi o que sua mãe disse ao te ensinar as escalas do instrumento, quando ainda tinha nove anos. O cavalheiro parecia ter cabelos castanhos, iluminados pelas velas amarelas em seu entorno. O nariz pontiagudo e a covinha em sua bochecha eram sombreados, mas os olhos estavam escondidos pelos cílios grossos. Até o momento em que levantou a cabeça para te encarar. Sem perceber, você acabou prendendo a respiração mais uma vez.
♡ㆍSentiu o coração dar um solavanco contra o peito. Pensou ser porque estava na companhia de um completo estranho, em uma sala, sozinhos. E então, adicionou isso ao fato de estar diante do completo estranho mais bonito que já viu em toda sua vida. Aí, o coração errou uma batida. 
♡ㆍ"É um bom piano, não?" é a pergunta que sai dos lábios do estranho, uma maneira de quebrar a atmosfera que pesava a sua volta. Os olhos dele pareciam esverdeados à distância. Talvez castanho, também? Impossível de dizer de onde estava parada. 
♡ㆍA pergunta ecoa em sua mente por alguns segundos. Ele também não fazia ideia de quem você era, se não, já estaria se levantando e pedindo desculpas por tocar em algo que te pertencia. Mas essa ideia não te incomodava tanto, pelo menos não quando o escutou dedilhar um trecho de uma de suas sonatas favoritas. O toque a fazia soar mais suave do que realmente era. 
♡ㆍ"Sim," concorda e, antes que pudesse perceber o que fazia, já dava passos na direção do seu instrumento. Ou melhor, para o estranho que o tocava.
♡ㆍ"A senhorita se interessa pelo piano? Toca?" a voz dele era suave, como se não quisesse atrapalhar o som que os próprios dedos produziam. As mãos se moviam com destreza sob as teclas, e a agilidade dos movimentos a encantavam. No entanto, os olhos do rapaz não saiam de seu rosto, que estava queimando embaixo de tão devota atenção. Você consegue apenas assentir, o que ele responde com um sorriso animado. E então, outra pergunta, "Me acompanha?"
♡ㆍEnquanto toca, chega um pouco para o lado, te dando espaço suficiente para sentar-se a frente da região grave. Retirando sua mão esquerda, o som fica incompleto até você, de fato, ajudá-lo a completar a melodia. Uma maneira um tanto inortodoxa de conhecer alguém, mas completamente divertida.
♡ㆍDurante alguns minutos, permanecem dividindo as teclas e misturando os sons. Quando a canção que ele iniciou termina, você traz uma nova para que ele te acompanhe. É um desafio acertar as composições com apenas algumas notas inacabadas, mas é um joguinho que deixa os dois entretidos por um bom tempo. E, depois de algumas vezes, percebe que têm um gosto extremamente parecido. Seguem sempre o caminho das melodias mais delicadas, um tanto etéreas. 
♡ㆍDão risada quando as canções intercaladas passam a ficar mais complexas, e suas bochechas queimam quando suas mãos se tocam ao alcançar a região central das teclas. Consegue sentir o calor da mão do rapaz na sua, mesmo que esteja coberta por sua luva. Em um momento, chegam até a quase entrelaçar os braços, trocando as escalas. Isso é o que mais rende risos, porque a posição apenas torna tudo mais difícil. Mesmo que em silêncio, parecem trocar ideias bem ali, nas teclas de seu sagrado piano.
♡ㆍFoi um daqueles momentos em que o coração guarda com carinho, mas que você entende ter que acabar. A última canção se encerra naturalmente ao compartilharem a nota final. Você levanta os olhos, animada, e percebe que, enquanto estava encarando as teclas de marfim, o olhar do rapaz já estava em seu rosto há tempos. Isso faz um calor subir de seu peito até as bochechas.
♡ㆍ"Preciso me retirar, milady," ele se desculpa, mesmo que não faça nenhum movimento para se levantar do banco que dividem. Com os olhos dele sob os seus, você pensa: azuis com castanho. Combinação estranha… e mais encantadora que já vi. No entanto, responde com um murmúrio positivo, algo entre 'tudo bem' e 'eu entendo'. 
♡ㆍE apenas após escutar sua aceitação, mesmo que nem um pouco animada, o rapaz se prepara para partir. As duas mãos abotoam seu paletó, e você observa uma pequena insígnia no anel que leva no dedo indicador. Cavalo rampante. 
♡ㆍAlgo em seu peito incomoda ao vê-lo andar pela sala, para longe de você. Sem conseguir se segurar por muito tempo, decide dar um fim ao mistério que os rondou durante o tempo que compartilharam. Depressa, se introduz, revelando que era a filha dos donos da propriedade em que estavam, a filha do Conde.
♡ㆍSeu coração reage com mais um solavanco mal-comportado ao vê-lo sorrir, esperto. "Oh, eu sei," ele responde, como se você não tivesse que se preocupar com isso. "E eu sou o Charles". Céus.
Tumblr media
44 – O SURPREENDENTE DUQUE HAMILTON.
♡ㆍTodos da alta sociedade conheciam Duque Hamilton. Não apenas por sua elegância natural, que faz com que pareça Adônis reencarnado em qualquer roupa que vista, e nem só por sua riqueza e propriedades, mas, principalmente, por seu estilo de vida hedonista. 
♡ㆍDesde quando estreou na sociedade, no ano passado, percebeu que as aparições do duque eram raríssimas. Poucas foram as vezes que chegou a vê-lo nos salões de baile que frequentava, e menores ainda foram as oportunidades que teve para sequer interagir com ele – surpreendeu-se apenas por imaginar que ele sabia de sua existência. 
♡ㆍMas, quando conversavam, sempre mantendo a distância de desconhecidos, mas a educação daqueles que querem se conhecer, você imaginou que todas aquelas histórias mirabolantes sobre o duque e seus pernoites eram apenas rumores sórdidos. Certamente, seria impossível que um homem tão cortês causasse tanto estrago. Mal conseguia imaginá-lo em uma das festas ensandecidas que as más línguas descreviam.
♡ㆍNo entanto, sua opinião mudou radicalmente logo no final da temporada passada, durante uma belíssima ópera patrocinada pela Rainha. Ao se ausentar para ir ao banheiro, foi surpreendida pela visão do Duque Hamilton com uma das cantoras, que interpretava um dos papéis menores no espetáculo.
♡ㆍCom os olhos esbugalhados e o sentimento de desespero que crescia por flagrar um casal em um momento íntimo, acabou se escondendo atrás de uma das grandes pilastras. Uma decisão a qual se arrependeu amargamente.
♡ㆍAinda era capaz de escutar tudo, e sentia o nojo se espalhar por suas entranhas ao escutar o som molhado dos beijos que compartilhavam, bem no meio do hall do teatro. Com as portas principais fechadas, ninguém podia vê-los e estavam distantes o suficiente para que o som do espetáculo fosse abafado. 
♡ㆍAté que escutou a voz melódica do duque dizer uma sequência de palavras sedutoras, sem dúvidas as mais apetitosas que já ouviu um homem falar em sua vida. Caíram como explosivos em seus ouvidos inocentes, e despertaram muito mais do que sua curiosidade. Sentiu seu peito arfar, como se tudo o que Duque Hamilton estivesse falando fosse direcionado para você.
♡ㆍDeixou-se devanear por alguns segundos, se perdendo na própria imaginação ao escutar o barulho que o casal fazia, apenas alguns passos atrás da pilastra, até serem interrompidos. Sua acompanhante para a ópera, a sua dama de companhia, abriu as portas que separavam o hall da plateia e o barulho acabou por sobressaltar tanto você quanto o duque. 
♡ㆍ"Como a senhorita demorou!" ela anuncia ao te encontrar, escondida como um ratinho (e sentindo-se tão suja quanto) atrás da pilastra. Ao fundo, conseguia escutar o barulho apressado dos passos do casal, provavelmente procurando um local mais reservado para que pudessem continuar suas atividades. 
♡ㆍDesde esse dia, não duvidou dos rumores que passavam por seus ouvidos, e também não conseguiu mais parar de prestar atenção em tudo o que o duque fazia. Alguns argumentariam que estava apaixonada por ele, como todas as jovens mulheres da sociedade, mas você gostava de acreditar que seu interesse era um resultado puro de sua própria curiosidade. 
♡ㆍMas em momento nenhum ousou sonhar que seria, um dia, quem sabe, cortejada pelo belo duque. Essa era uma ilusão que não queria alimentar de forma alguma. Mesmo assim, você não conseguia parar de pensar nele.
♡ㆍE isso se seguiu até o início da nova temporada. No começo, foi difícil para de procurar pelo duque em todos os lugares que ia. Sentia-se frustrada por ele não estar presente para vê-la tão arrumada, tão linda. Decepcionava-se ao ter que gastar mais um belo vestido para conhecer outros pretendentes que não eram ele. E seguiu dessa forma pelos primeiros bailes, até, finalmente, conseguir direcionar sua atenção para outro homem.
♡ㆍLorde Burton era um visconde de posses pequenas, mas valiosas. Era simpático o suficiente para manter uma conversa interessante e tinha boa aparência. Te elogiava constantemente, ao ponto de se tornar um tanto inconveniente, e parecia gostar realmente de você. Um pouco demais. 
♡ㆍNo início, falhou em se atentar na emboscada que havia caído. Era uma boa combinação, o suficiente para que você não fosse considerada mais uma na fila das solteironas da sociedade, e também para te tirar daquele fascínio pelo duque, um homem que você sabia estar fora de cogitação. 
♡ㆍMas esqueceu de pensar que Lorde Burton, por mais benquisto que fosse, jamais manteve um cortejo por tempo o suficiente, apesar de seu histórico dizer que já havia tentado muitos. A essa ponto, deveria imaginar que o homem estava tão desesperado para se casar a ponto de se agarrar a você como sua última esperança. 
♡ㆍO que foi, outrora, ameno, agora estava se tornando uma amolação. Não conseguia escapar de seus braços durante os bailes e tinha que suportar suas intermináveis conversas sobre o seu casamento – que não havia sido acordado por sua parte. Lorde Burton era extremamente carente por sua atenção, e sua paciência era curta. 
♡ㆍEm um dos eventos realizados na casa de uma das amigas da Rainha, um baile luxuoso e muito bem frequentado, você se sentia sufocada ao lado de seu… galanteador. Mesmo após três taças de champanhe e o uso de seu leque, sentiu que não conseguiria passar mais um minuto sequer ao lado de Burton. 
♡ㆍFazendo charme, tocou o braço do homem para alertá-lo que não estava se sentindo nada bem, e que precisava se retirar do salão para recuperar-se por alguns instantes. Enquanto Lorde Burton ainda pensava em se oferecer para te acompanhar, você imediatamente o calou, alegando que passava por problemas femininos – a desculpa perfeita para manter qualquer homem afastado. 
♡ㆍAssim que recebeu um olhar de preocupação, mas compreensivo, do seu par, não esperou nem um segundo para sair do salão. Apenas não correu porque ainda precisava manter a pose debilitada. 
♡ㆍAproveitou os momentos que tinha antes de, inevitavelmente, Lorde Burton vir ao seu encontro, para passear pelos corredores próximos. Não fazia a menor ideia de por onde ir, já que a residência era imensa. Decidiu que seria melhor manter a exploração aos ambientes próximos à festa, assim, poderia caminhar de volta sem muito esforço.
♡ㆍEntrou em um extenso corredor, repleto de retratos e pinturas paisagísticas. Foi o que te distraiu o suficiente para que não visse que uma nova pessoa havia entrado no mesmo lugar que você, e estava tão aéreo quanto. Sem perceberem, acabam por se esbarrar bem no meio do corredor, enquanto hipnotizados por um dos quadros pendurados na parede.
♡ㆍ"Me desculpe," você nem havia encarado o rosto da pessoa a qual falava e já pedia desculpas. Quando seus olhos finalmente se encontraram, suas bochechas queimam ao completar, "Duque Hamilton". E oferece uma curta cortesia com a cabeça, a que ele retribui rapidamente.
"Senhorita," te dá um sorriso encantador, e você sente o coração disparar dentro de seu peito. Parecia até uma garotinha, admirada por tudo o que esse homem fazia. "Acredito que esteja tão perdida quanto eu". 
"Um pouco," admite, ainda um tanto desnorteada. Estão mais próximos do que deveriam, devido ao esbarrão. Sente a saia de seu vestido roçar contra os joelhos do duque. "Não quis me afastar muito do salão".
"Decisão sábia," oferece uma risada, então, em um tom confessional, diz, "Estava à procura do toalete, mas acabei aqui". 
♡ㆍÉ um momento simples, mas que te deslumbra. Enquanto ri, aproveita para apreciar a maneira com que os olhos do duque se fecham ao sorrir, e como ele parece tão à vontade criando uma conversa fiada – depois de tantos anos na sociedade, deve ser um mestre. 
♡ㆍNo entanto, antes que pudesse responder a sua revelação, vocês são pegos de surpresa com a chegada de um novo integrante à conversa: Lorde Burton. Como era de se esperar, após ter demorado tanto para retornar à festa, o seu pretendente havia iniciado a sua busca – mais cedo do que o imaginado, contudo. 
♡ㆍVocê deixa escapar um suspiro de consternação, alto o suficiente para que o duque te encare com um olhar confuso. Ele imediatamente nota como o seu corpo pareceu tensionar com a chegada do cavalheiro. E parece não gostar da maneira com que Lorde Burton o ignora, dirigindo-se diretamente a você, como quem procura tirar satisfação. 
♡ㆍ"Aí está você!" exclama, em um tom falsamente bem-humorado. Um sorriso contido, mas sabichão, aparece nos lábios do lorde, fazendo seu estômago revirar de irritação. Era melhor que tivesse se perdido naquele casarão. Então, com um olhar de soslaio para Duque Hamilton, completa: "Pensei que estivesse lidando com problemas femininos, mas vejo que já está bem melhor, não?"
♡ㆍEstava claro que falava aquilo em voz alta para te constranger na frente do duque, uma maneira de te dar o troco por fazê-lo esperar, sozinho, no salão. Você se retrai e olha para baixo, evitando contato visual com ambos.
"Já es-," antes que pudesse completar a sua frase, complacente, é interrompida pela voz do duque. Ele ajeita a própria postura, e parece crescer diante de seus olhos. Os olhos castanhos se estreitam enquanto encaram Lorde Burton, intensos. 
"A senhorita sente-se muito bem, meu lorde. Apenas precisava de um momento longe do tumulto," é como se roubasse todas as desculpas da sua mente. "E não é necessário se preocupar, todos os problemas femininos já foram resolvidos". Ou talvez não todas. 
♡ㆍSeus olhos se alargam ao escutar a réplica do duque, e é preciso morder o próprio lábio para não deixar que uma risada incrédula te escape. Curiosa, sua atenção cai imediatamente sob Lorde Burton, que parece mais atribulado que o normal, chocado tal insolência. Ao voltar seu olhar para Hamilton, percebe que ele encara o lorde como se perguntasse, silencioso, 'o que vai fazer?'.
♡ㆍFoi respondido em apenas um segundo. Lorde Burton olha para os dois, e ainda nervoso, bate o pé em retirada do corredor. Seu rosto parecia vermelho como um tomate, e bufava.
♡ㆍAssim que o homem se distancia o suficiente, você e o duque se encaram e, sem se comunicar, desatam de rir ali mesmo. Sente a sua barriga doer e lágrimas escorrerem por seus olhos, que seca com os dedos assim que se acalma.
♡ㆍ"Obrigada," agradece ao duque, mesmo que, no fundo, soubesse que havia arranjado um grande problema para resolver. Em troca, ele faz uma pequena cortesia com a cabeça, ainda rindo. Passam alguns segundos em quietos, o silêncio sendo interrompido apenas pelas respirações pesadas após a crise de risos. 
"Não é preciso me agradecer," responde, mas logo se contradiz, ao sugerir, "Ou talvez… a senhorita queira me agradecer me concedendo uma dança?"
Tumblr media
55 – O ENCANTADOR MARQUÊS SAINZ.
♡ㆍSer de uma família do campo, de renda modesta, nunca pareceu um impedimento para qualquer coisa em sua vida. Você foi criada e educada sem a ajuda de criados, fazendo as tarefas para ajudar seus pais, e em conjunto com seus irmãos. Aprendeu a ler e foi bem-educada na arte da conversação com a ajuda de sua mãe, mas também aprendeu a lidar com os animais da fazenda com seu pai. 
♡ㆍNunca aspirou casar-se com ninguém fora de seu círculo, e já sabia que teria que se contentar com algum rapaz de boa aparência, tolerável e com escassas terras em seu nome. Uma garota do campo como você raramente teria grandes chances em subir socialmente.
♡ㆍNo entanto, sua madrinha, que morava na cidade e pareceu nunca ligar muito para sua existência, tinha outros planos. Lady Federline havia acabado de perder o marido e também perdia as esperanças de conseguir um casamento próspero para as duas filhas solteironas, que embarcavam em sua quarta temporada na sociedade. Pediu para que seus pais concedessem a sua guarda para que, finalmente, obtivesse sucesso no mercado casamenteiro. 
♡ㆍ"É meu dever como madrinha," foi o que a mulher disse, mesmo que tivesse muitas outras obrigações que jamais cumpriu. Mal se lembra da última vez em que a viu, mas decidiu aceitar o ato de boa vontade – não que tivesse muita escolha, já que seus pais ficaram deslumbrados pela oportunidade de sua filha se casar com um homem de boa fortuna, que pudesse melhorar o estilo de vida da família. No fundo, você sabia que era apenas mais uma tentativa da mulher não se afundar ainda mais perante àquela sociedade tão crítica. Com dois fracassos em uma mão, talvez um casamento bem-sucedido pudesse salvar um pouco de sua reputação. 
♡ㆍEm sua chegada na cidade, rapidamente fora escoltada para a modista, que se tornou um de seus lugares favoritos. Não pelas roupas, que apesar de lindas e glamourosas, não enchiam seus olhos. Foi ali, enquanto tirava suas medidas e ajustava alguns vestidos disponíveis, em que pôde saber mais das histórias da alta sociedade. Fofocar era um hábito que não morreria tão cedo em você.
♡ㆍDescobriu que sua teoria estava mais certa do que gostaria. Uma das filhas de sua madrinha havia se envolvido com um rico político, já casado, e trouxe escândalo para o nome da família. Enquanto a outra era tão antipática que poucos conseguiam manter uma conversa por mais que alguns minutos. Você já era considerada um achado diante de seus pares. 
♡ㆍE como era de se esperar, a sua popularidade também trouxe a inveja das filhas de sua madrinha, já cientes dos destinos muito diferentes que teriam. Mesmo com a preferência óbvia de Lady Federline, isso não as impedia de te tratar como nada mais do que uma intrusa dentro da residência da família. Não chegavam nem a vê-la como uma igual, e constantemente te rebaixavam a uma posição inferior. 
♡ㆍPor mais que fosse fácil de sempre vencer uma discussão, visto se importavam com pouco além da própria mesquinhez e com a fortuna herdada de seu pai, você não poderia se indispor completamente com as duas. E por saber disso, iniciaram uma campanha de pequenas sabotagens para te prejudicar. 
♡ㆍTinha imaginado que as irmãs do mal tentariam te envergonhar logo na cerimônia de apresentação à rainha, mas o que te aguardava era definitivamente muito pior. A rivalidade, unilateral, chegou em seu ápice pouco tempo depois, no primeiro grande baile da temporada. 
♡ㆍSua diversão, alimentada pelas consecutivas danças e conversas que tinha com os lordes e grupos de moças que pareciam interessados o suficiente em conhecer a garota do campo, teve um fim sórdido no meio do salão. E, para piorar, foi no momento mais feliz de sua noite.
♡ㆍDisputada por boa parte dos solteiros naquela noite, você foi surpreendida quando, enquanto tentava se livrar de um rapaz um tanto inoportuno, sua conversa foi interrompida pelo ilustre Marquês Sainz. Um tipo que você jamais imaginou sequer te notar, devido ao grande prestígio e popularidade que havia acumulado na alta sociedade. O conhecia apenas por nome e reputação, já que sua madrinha e as más-línguas na modista haviam sussurrado sobre o espanhol. Ele havia viajado para a cidade para resolver os negócios do pai, e acabou por se mudar para uma residência não muito distante do centro, e tornou-se um dos solteiros mais cobiçados pelas moças.
♡ㆍAo saber de sua existência, pensava que o marquês havia conquistado tal fama por sua fortuna, mas, estando cara a cara com o homem, entendeu que era muito mais que isso. Era tão bonito que te fazia sentir o peito queimar. E aquele sotaque! Fazia a sua interrupção ainda mais bem-vinda.
♡ㆍ"A senhorita já tem um par para a próxima dança," ele anuncia para o cavalheiro que lhe importunava. Não foi uma mentira bem contada, porque Sainz imediatamente te encarou como se pedisse a sua permissão para tal, mas fez com que o rapaz que tentava chamar sua atenção se afastasse. Você apenas assentiu, com um sorriso grato nos lábios. 
♡ㆍAo iniciarem a dança, com sua mão enluvada sobre a dele, você sente que não conseguiria manter-se séria embaixo do peso dos olhos do marquês. Pareceu não notar seu óbvio encantamento – talvez já estivesse muito acostumado com as pessoas se derretendo sob seu olhar –, e apenas disse, "Peço desculpas pela interrupção, senhorita. Mas não acho que uma mulher bonita como você deveria suportar as chatices do Lorde Calder". É o suficiente para render uma risada, e a partir daí, a conversa se desenrola durante o resto da música. 
♡ㆍDistraída demais conversando com o marquês – que logo mostra que, por baixo de toda a pompa, é extremamente gentil e um tanto adorável –, mal percebe que uma das irmãs aproveitou a oportunidade de te ter vulnerável na pista de dança para pisar na barra de seu vestido com o salto. E, envolvida em sua dança, você se move para frente e o tecido, frágil, fica para trás. O barulho de sua saia rasgando parece ecoar três vezes mais, interrompendo sua conversa e trazendo a atenção de todos do salão para você. O ofego surpreso das pessoas ainda ressoa na sua mente. 
♡ㆍDe imediato, seus olhos se enchem de lágrimas. Não por sentir-se triste, mas humilhada. Estava com metade das pernas expostas para a nata da sociedade e envergonhando-se na frente do marquês, até então a pessoa que mais gostou de conhecer durante sua estadia na cidade. Mal conseguiu encará-lo, mantendo a cabeça baixa e tirando suas mãos das dele, agarrando a barra do vestido antes de correr para fora do salão. 
♡ㆍSentiu-se cega e surda por alguns segundos, com a cabeça girando e as lágrimas pesando. O mundo parecia ruir à sua volta e seus pulmões doíam de tanto segurar o choro. Permaneceu de cabeça baixa até se distanciar o suficiente da festa, terminando sua corrida da vergonha na entrada do jardim. Apenas ali, se deixou chorar.
♡ㆍEra terrível sentir-se tão imponente e a mercê. Estava distante de tudo o que conhecia, por uma decisão de terceiros e ainda havia sido humilhada na frente dos maiores predadores da cadeia alimentar. Um pesadelo total.
♡ㆍEnquanto sentia o lábio inferior tremer, não querendo deixar os soluços rasgarem sua garganta, foi surpreendida por aquele mesmo sotaque que te fez rir há alguns minutos, "Ei," o tom é suave, quase como se quisesse te confortar. No entanto, o marquês mantém a distância, mesmo que seus olhos castanhos mostrem límpida preocupação. Suas mãos estão estendidas, como se quisessem te tocar. Pareceu não saber o que falar agora que tinha a sua atenção, vendo o seu rostinho tão infeliz. "Quer… Precisa que eu chame a sua carruagem, senhorita?"
♡ㆍA expressão que tinha em seu rosto era fascinante. Ao mesmo tempo que parecia amargo por te ver daquela maneira, também procurava te encorajar a aceitar sua sugestão. O marquês Sainz não parecia ter muita experiência em lidar com mulheres com vestidos rasgados, mas certamente fazia um esforço para tentar te consolar naquele momento. Não suportava vê-la assim. 
♡ㆍTe ofereceu um sorriso caloroso ao te ver acenar com a cabeça, aceitando o alento. Então, estendeu a sua mão para que segurar a barra do vestido para você e, em seguida, o braço para que segurasse para acompanhá-lo até a entrada da residência.
♡ㆍ"Uma pena o vestido ter sido arruinado dessa forma," ele comenta enquanto caminham. Você não podia evitar, em meio de suas fungadas, de exprimir um murmúrio positivo, concordando. Sainz te encarou de rabo de olho, percebendo que continuava tão abalada quanto antes. "Você não deveria se preocupar. Minhas irmãs viram o que a senhorita Federline fez. Ela será sortuda se conseguir sair do salão com o vestido intacto até o final da noite", e suas palavras foram seguidas de uma piscadela. Isso a fez rir, e ele sorriu, satisfeito com a realização. 
♡ㆍConversaram sobre algumas peculiaridades da festa até chegarem em seu destino, e ele pareceu querer te distrair mais do que tudo. Procurava dizer alguns gracejos para te manter sorrindo, ou te incitando a dizer coisas piores. Ao chegarem ao local em que os cocheiros estavam reunidos, a mão do homem pareceu segurar a barra de seu vestido com ainda mais força, e se manteve um pouco à sua frente, te escondendo dos olhares curiosos e furtivos daqueles homens.
♡ㆍTe surpreendeu ao chamar a carruagem de sua família ao invés da Federline. Uma ação um tanto chocante, se não imprópria, mas, parada ali com seu vestido rasgado, não se importava com polidez – de qualquer forma, tudo no marquês te dizia que ainda se veriam muitas vezes… ou você queria acreditar que sim. 
♡ㆍTão tarde da noite, a chegada à residência Federline foi mais rápida do que ambos esperavam, e tiveram que interromper mais uma conversa. Não era possível expressar em palavras o quão grata se sentia pelo ato de gentileza de Sainz, e a tristeza de ter que deixá-lo seguir sua viagem sem você. 
♡ㆍDe qualquer forma, ficou com a lembrança do sorriso e do som da risada do marquês, que repetia a cada momento como uma forma de suportar os dias seguintes, sem nenhum evento em que pudesse revê-lo. No antro de seu ser, já estava convencida de que o homem havia se arrependido, e nem mesmo falaria com você caso se esbarrassem nas ruas da cidade, ou mesmo em outro baile, na frente de todos. 
♡ㆍTalvez por estar tão cega por seu pessimismo que se surpreendeu ao receber uma encomenda endereçada a você. Ao abrir, se deparou com um vestido da mesma cor daquele que usou no baile, no entanto, mais leve e ainda mais bonito e rico. Preso à caixa, um bilhete que dizia: "Espero que chegue aos pés do arruinado. Por que não usá-lo em um passeio no parque? Talvez na próxima quarta-feira, digamos que às três. Cordialmente, Mr. Sainz". 
Tumblr media
63 – O MESQUINHO CONDE RUSSELL.
♡ㆍVocê nunca imaginou que a vida de casada seria tão detestável. Tinha o exemplo de seus pais que, mesmo tendo se casado por uma estratégia de negócios, haviam achado o amor em sua união e permanecido juntos e felizes durante todos esses anos.
♡ㆍEssas são palavras que você jamais se atreveria a dizer sobre a sua própria união com o jovem Conde George Russell. Nutriam um desprezo tão grande um pelo outro que, por vezes, imaginava que a palavra ódio seria incapaz de descrever sua relação. 
♡ㆍDesde que suas famílias acertaram sua união – por sua parte, para benefício financeiro para os negócios de seu pai, e para a parte de George, para assegurar sua herança –, vocês dois haviam se jurado de morte, recusando até mesmo a passarem tempo junto durante o noivado. Seria torturada diariamente, então por que se submeter a tal flagelo antes de ser estritamente necessário? 
♡ㆍA aversão do rapaz não te afeta mais, porque não é como se seu marido alimentasse afetos por toda a sociedade. Muito pelo contrário, o seu jeito um tanto mesquinho o faz criar apatias latentes, quase sempre unilaterais. Diz não gostar de Lorde Brooke porque vive a se gabar por seus resultados no críquete, mas mal sabe segurar o taco corretamente. Evita engajar em conversas com Lady Evans porque não sabe pronunciar seus 'r' e, quando eram solteiros, parecia se jogar nos braços de George em qualquer oportunidade.
♡ㆍNão que duvidasse da popularidade de seu marido, pois a testemunhou de perto. Todas as mulheres solteiras da região sonhavam em conquistar o rapaz por rumores de sua recheada herança, então, a família Russell esteve alerta para evitar possíveis oportunistas. 
♡ㆍComo seus pais, Lady e Lorde Russell puseram o coração à frente da razão, dando a oportunidade que o filho escolhesse uma mulher a qual pudesse se apaixonar e viver uma vida feliz. E George pareceu levar tal preocupação a sério até demais; passadas três temporadas, o rapaz ainda não havia escolhido uma esposa e parecia colocar defeitos até na mais perfeita e doce das debutantes.
♡ㆍA demora trouxe uma nova consternação à tona: o herdeiro Russell assumiria seu título sem uma esposa? Tal possibilidade não agradava o lorde nem um pouco, que logo estabeleceu que o filho apenas teria acesso a sua herança e a sua posição caso se casasse… e com a lady que eles escolhessem.
♡ㆍSe a união foi um castigo para George, você não faz ideia. Mas sabe que certamente pode ser considerado um para você. Afinal, como ser feliz em uma residência em que mal encontra outras pessoas? E que sempre quando esbarra em seu marido, ele faz de tudo para te evitar? De todos os empregados, apenas as suas damas de companhia tinham coragem de conversar com você, e rapidamente tornaram-se suas únicas confidentes. 
♡ㆍQuando estava perto de George, mal conseguia passar cinco minutos sem discutir sobre alguma coisa completamente irrelevante. Mas já era um avanço, porque nos primeiros meses do casamento, não eram capazes nem de dividir a mesma mesa no café da manhã – o que terminou em uma acalorada troca de comida… que acabaram esfregando um na cara do outro. 
♡ㆍEnvergonhada, pediu desculpas apenas aos empregados que acabaram limpando a bagunça que deixaram na mesa da sala de jantar, enquanto ainda estava coberta de suco de laranja. Pelo menos, saiu tranquila por saber que tinha deixado seu marido muito pior após esfregar uma bandeja de ovos poche em seu precioso cabelo. 
♡ㆍAgora, pelo menos, conseguiam brigar com menos impulsividade – também ajudava que, durante as refeições, permaneciam quietos. Terminavam as discussões com um "humpf" ou deixando o outro falando sozinho, saindo batendo o pé por não suportar dividir o mesmo ambiente. 
♡ㆍRaramente tinham momentos em que se sentiam em paz com a presença do outro, mas estes geralmente aconteciam quando faziam visitações em conjunto às casas do condado. No início, sabiam que era necessário manter as aparências e fingir que estava tudo sempre florido no relacionamento de vocês. Por isso, mantinham sorrisos e disfarçavam a vontade de se esganar. Pensavam no bem-estar e na segurança da administração.
♡ㆍMas era difícil não deixar se encantar pelo charme natural que George emanava sempre que conversava com algum dos habitantes. Por mais irritante e mesquinho que fosse a portas fechadas, ele sabia exatamente o que fazer para conquistar as pessoas ao seu redor. Doía admitir, mas sempre o achava mais atraente quando se fazia de bom moço, tão educado e simpático com todos que o buscavam.
♡ㆍTornava-se ainda mais complicado quando o via interagir com alguma criança do vilarejo. Elas sempre eram privilegiadas por George, e pareciam nutrir uma admiração pelo conde que você jamais pensou existir. 
♡ㆍConforme o tempo passou e as visitas se tornaram mais frequentes, você passou a perceber que tudo aquilo não era apenas charme, ou uma máscara que seu marido colocava para encantar os súditos. Era ele. Apenas ele. E a verdadeira fachada era aquela que ele apresentava para a sociedade. Uma reviravolta surpreendente… mas extremamente agradável. 
♡ㆍ"Eles parecem gostar de você," George te disse, um dia. Era a primeira vez em que falava diretamente com você há dias, depois de mais uma briga. O peso de seus olhos azuis pesava contra sua face enquanto ele parecia te analisar, tentar discernir se você era boa o suficiente para receber aquela atenção. Um acesso de ciúmes, foi o que você pensou. "Isso é bom". 
♡ㆍFoi a primeira vez em que mostrou algum tipo de reação positiva a algo que você fazia. Seu peito se encheu de um novo senso de vaidade, sentiu-se feliz por receber um elogio do rapaz, geralmente tão crítico. Mas, tão rápido quanto se instalou, também foi embora. Você não precisava da aprovação de George para nada, tentou se convencer. Mas era tão bom…
"Eles gostam de você, também," observa, porque não sabia o que responder. 
"Eu tento," responde, e por mais que suas palavras tenham soado um tanto ríspidas, você se surpreende ao notar um certo tom de humildade nelas, algo parecido com uma vulnerabilidade que era nova entre vocês. 
♡ㆍSe encararam, um tanto desconfiados. Essa situação era nova e vocês não tinham ideia de como navegar por ela. Deveriam continuar conversando? Fingir que isso não havia acontecido e levantar um motivo para uma nova intriga? As perguntas rondaram sua mente até o momento em que George assente levemente para você, mas os orbes azuis brilhavam com reconhecimento. Você não pode evitar e retribui o gesto.
♡ㆍ"Deveríamos jantar juntos," ele diz, de repente. "Uma das senhoras foi gentil o suficiente em fazer um guisado. Acredito que não o comeria inteiro". E com isso, te fez uma curta cortesia com a cabeça e voltou a andar pelo vilarejo, te deixando para trás, atônita.
97 notes · View notes
creads · 10 months ago
Text
⭐️ blow off some steam. fem!reader x matias recalt
🪐 minha masterlist
Tumblr media
» cw: smut! por favor só interaja se for +18; leitora!professora e matias!aluno [😮]; oral f recieving.
» wn: oieeerrrr…. boa noiteee……. tava pensando no nariz do matias e saiu isso aqui, espero que gostem ⭐️💋 ah, e eu não sei nada sobre o processo até se tornar professor universitário, então se tiver alguma coisa errada por favor finjam kkkkkk
—————————————————————————
Quando você aceitou o convite das suas amigas para visitar um barzinho novo da cidade, não esperava que ficariam a maior parte do tempo separadas: uma delas tentava salvar o relacionamento pelo telefone e a outra estava beijando um desconhecido há 20 minutos.
Apesar de ter ficado sem companhias a maior parte do tempo, o motivo que elas usaram para te convencer ainda era muito relevante: você tinha que relaxar, se distrair. Ter o estresse grande de ser uma professora, ainda tão nova, não é fácil. Apesar de dar aula para apenas uma turma, conciliar isso com os estudos da sua pós-graduação exige muito de você. Além do mais, o resto dos professores são bem mais velhos, então de vez em quando é bom ver gente da sua faixa etária fora da sala.
Saiu para a área externa do bar, dentro dele estava tão cheio que parecia mais uma balada, precisava ficar sozinha e fumar um cigarro. Enquanto inalava a fumaça, olhava para o céu que tinha poucas estrelas, e pensava na semana que estava por vir: tenho que montar os slides pra aula de quarta, tenho que responder uns e-mails, tenho que -
— Tem isqueiro? — Seus pensamentos foram interrompidos ao ouvir a voz masculina, e quando se virou, se deparou com um rosto familiar.
— Aham. — Disse, enquanto levantava as mãos para acender o cigarro na boca do menino.
— E aí, prof? Que bom te ver por aqui. — Matias disse e tragou a fumaça. Ele é um dos seus alunos, prestava atenção nas aulas e tirava boas notas, apesar da carinha e jeitinho de quem não quer saber de nada.
— Tudo bem, Matias? — Cumprimentou, educada.
— Melhor agora, fumando com a minha professora favorita. — Ele respondeu. A verdade era que Matias não gostava muito de estudar, já era a segunda vez que ele trocava de curso. O atual também não fazia os olhos dele brilharem, mas você sim. Era fácil se distrair nas aulas dos outros professores, quase idosos, mas na sua isso nunca tinha acontecido. Além de gostar da sua didática, achava muito difícil não prestar atenção na professora novinha e bonita. Até mesmo em casa, pegava para ler as anotações da aula, ele não aceitava ir mal na prova da única professora gostosa que ele já teve na vida.
Você sorriu com o comentário, mas não disse nada, só levou o cigarro até a boca mais uma vez.
— Tá aqui sozinha? — Matias perguntou, preenchendo o silêncio confortável.
— Não, eu vim com umas amigas. E você?
— Também vim com uns amigos. E o namorado? — Matias foi tão discreto quanto um elefante pintado de rosa, o único objetivo dele ela fazer essa última pergunta, não poderia ligar menos para as suas amigas e até mesmo para os dele.
— Acho que se ele existisse, estaria aqui hoje. — Respondeu, bem humorada. Diferentemente dos seus colegas de profissão, você não se achava superior por ser docente, e muito menos via necessidade em tratar seus alunos mal, além do mais, Matias era simpático, e muito bonito, fazia bem para os olhos.
Matias solta um “ah” e logo traga o cigarro mais uma vez. Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, você se toca que talvez não seja uma boa ideia conversar com seu aluno em um bar, ainda mais depois da pergunta dele.
— Mas de qualquer forma, eu já tava de saída. Foi bom te ver, Matias, até quarta. — Você se despediu e apagou o cigarro, deu um sorrisinho e se virou para ir.
— Peraí, você vai como? Tá tarde já — Ele foi atrás de você e colocou a mão no seu braço.
— De uber. Eu moro aqui perto, é só pra não ter que andar sozinha mesmo.
— Eu vou com você, eu te levo até a sua casa.
Isso poderia pegar mal? Sim. É uma boa ideia deixar seu aluno mais bonito te deixar na porta de casa? Com certeza não. Mas, pensando bem, você economizaria com o uber, e isso parece um argumento perfeitamente plausível.
— Tá bem.
Você realmente mora perto do bar, então a caminhada foi bem curta, mas muito agradável. Descobriu que Matias também é engraçado e charmoso. Apesar dele ser um ou dois anos mais novo que você, Matias exala uma confiança que o faz parecer muito mais velho, experiente… Tá, talvez seja pelo fato de você mesma não ter vivido muito: passou direto do ensino médio no vestibular e desde então leva uma vida acadêmica perfeita, não é atoa que você é tão brilhante mesmo sendo tão jovem. Em contraponto, a vida romântica ficou um pouco de lado, mas não é como se fizesse tanta falta assim… Ok, talvez faça, seria bom para relaxar, mas você não tem tempo pra isso, tem que terminar seu trabalho da pós, tem que montar uma prova, tem que -
— Onde você falou que é mesmo? — De novo, Matias interrompe seus pensamentos a mil.
— Ah, é esse prédio aqui.
— Chegamos então.
— Sim, muito obrigada, Matias. — Você diz, e vê na carinha dele que ele está pensando em alguma coisa para falar, só pra ficar mais um pouco com você. Se abraçam rapidamente e você procura a chave na sua bolsa.
— Vem cá, você tava prestando atenção no que eu tava falando? — Ele pergunta, com um sorriso se formando nos lábios.
— Eu juro que estava, mas em um momento eu comecei a pensar em umas coisas do trabalho… Que vergonha, desculpa. Eu juro que não foi por mal, é que eu tô com tanta coisa pra fazer… Que as vezes eu penso nisso mesmo sem querer. — Você responde, rindo de nervoso, que falta de educação.
— Não, que isso. Eu imagino, você é muito boa no que faz, óbvio que se esforça muito. — Ele é compreensivo, até ri junto com você, acha bonitinho.
— Obrigada, mas ai, é tanta coisa, sabe? — Você desabafa, se sente à vontade com ele.
— Mas você tem que relaxar de vez em quando, né? — Ele diz enquanto te encara, te olha de cima pra baixo. Chega até mais pertinho.
Você finalmente acha as chaves na sua bolsa, e quando levanta a cabeça, vê que o menino está com um olhar diferente, fixado na sua boca. Intimidada, só diz “pois é” e concorda com a cabeça. Seu estado piora quando Matias coloca a mão na sua cintura e põe seu cabelo atrás da orelha, aproveita que essa mão está pertinha do seu pescoço e deixa ela por lá mesmo.
— Matias…
— Posso te dar um beijo?
— Não posso…
— Mas você quer?
— Você é meu aluno, Matias.
— Hoje eu posso ser só um cara que você conheceu no bar, que tal? — Ele te olha de uma forma que você nunca tinha visto em ninguém antes, uma mistura de ternura com desejo, parece que ele quer te comer inteirinha e fazer carinho em você durante. Não são só os olhos dele te distraem, também o nariz grande, que te faz pensar em coisas muito sujas, o sorrisinho que ele dá enquanto morde os lábios também não ajuda. Puta merda.
Você pondera, mas é muito difícil tomar uma decisão responsável com um homem tão lindo tão perto do seu rosto, e o fato de ele também parecer estar louco para te beijar não ajuda.
— Deixa eu te ajudar a relaxar, vai. — Ele diz enquanto faz carinho na sua cintura, apertando levemente a carne ali. A mão no pescoço continua ali, mas o polegar faz carinho no seu rosto. Ele vê seu rostinho indeciso e distribui selinhos demorados no seu pescoço, só para ajudar você a tomar coragem de dizer sim, que cavalheiro…
— Mati… — Você diz, manhosa, toda derretida pela atenção que o moreno está dando para o seu pescoço. Tudo é demais, o perfume misturado com o cheiro de cigarro se torna intoxicante, o jeito que ele te toca: tão lento, carinhoso, mas cheio de desejo. Só consegue colocar as mãos na nuca do garoto e puxá-lo para um beijo.
O beijo que vocês compartilham ainda em frente à porta do prédio é lento e molhado, ele explora sua boca com a língua de uma forma maravilhosa. Matias te segura pela cintura, e quase inconsciente, te puxa e cola no corpo dele, você consegue sentir a ereção se formando na calça dele, isso causa um pane na sua cabeça e faz com que as chaves na sua mão caiam no chão. O barulho assusta os dois, mas é a deixa perfeita para finalmente abrir o portão, andam até o elevador que já estava no térreo e quando as portas se fecham, Matias te prensa contra a parede do lugar apertado. Ele retoma o beijo, com mais urgência, as mãos que antes estavam no seu pescoço param no seu cabelo, puxam ele pela base; a boca dele deixa a sua, mas antes de você conseguir protestar, o garoto começa a beijar seu pescoço. Ele chupa a região de leve, provavelmente será suficiente pra deixar marcas, mas você não consegue se preocupar com isso no momento.
O barulho das portas se abrindo te faz quebrar o beijo, e sair apressada do elevador, puxando Matias pela mão. Abre a porta em tempo recorde, desesperada para ter ele te tocando de novo. Quando já estão dentro do apartamento, vai sedenta para beijá-lo de novo, mas Matias te impede de selar sua boca na dele ao puxar seu cabelo e curva seu pescoço para trás. A ação arranca um gemido de você, e ele aproveita para beijar a área exposta novamente.
— Não precisa ter pressa, bebita. Onde é seu quarto? — Ele diz entre os selinhos que distribui pelo seu pescoço.
Você geme em desaprovação, mas recupera a lucidez e leva o garoto para o cômodo. Quando chegam lá, Matias te guia até a cama e te deita cuidadosamente, fica em cima de você, mas é atrevido, não retoma o beijo. Ele retira sua blusa, e as mãos dele apertam seus peitos e a boca do garoto beija sua clavícula, lentamente descendo até seus mamilos, chupando e mordendo seu biquinho tão necessitado. Você desce suas mãos pelo abdômen dele e quando alcança a ereção, apalpa, praticamente masturbando o garoto por cima das calças.
Mas como já foi mencionado, Matias é um cavalheiro, segura seus pulsos e os coloca acima da sua cabeça, imobilizando suas mãozinhas atrevidas.
— Não, não, bebita. Você é quem precisa relaxar, isso aqui é sobre seu prazer. Vai ter tempo pra isso depois. — Matias diz enquanto distribui beijos molhados pela sua barriga exposta, até chegar na sua virilha. Tira sua calça enquanto mantém o contato visual, viciado na sua carinha de desesperada por ele.
Por mais que você tenha pressa, Matias não, nem um pouco. O moreno arrasta os dedos por cima da sua calcinha, já encharcada, desce com o rostinho para perto da sua intimidade, tão necessitada. Não se dá o trabalho nem de arredar a calcinha para o lado, dá uma lambida extensa por cima dela e faz questão de arrastar o nariz junto com a língua, se sente vaidoso, gosta de ver você se desmoronando por ele. Ele finalmente tira sua calcinha, puxando a alcinha com os dentes, e distribui beijinhos molhados e estalados pelo seu monte de vênus, descendo até seus lábios. Não tira os olhos de você em nenhum momento, a intensidade do olhar só aumenta o seu desejo por ele.
Ele cospe na sua buceta e te provoca, pressiona o dedo na sua entradinha tão necessitada. Você não consegue segurar e solta um gemido, ele solta uma risadinha e afasta o dedo. Morde a parte interna da sua coxa e dá uns tapinhas na sua intimidade, tão molhada que você consegue até ouvir.
— Você tá tão desesperadinha, que bonitinha. Mas fica tranquila, gostosa. Hoje eu só paro quando você pedir.
138 notes · View notes
xexyromero · 11 months ago
Note
absolutamente apaixonada nos seus headcanonssss, dou muita risada com alguns e fico "meu deus seria assim mesmo"
faz unzinho dos meninos conhecendo os pais da leitora?? 🥺 fico imaginando muito como seria a dinâmica deles c a família brasileira
wn: ain muito obrigada mesmo <3 fico super feliz!!! e espero que você goste :)
meninos do cast x conhecendo seus pais
fem!reader headcanon
tw: nenhum!!
enzo:
como é acostumado, pelo trabalho de ator, a lidar com conversas sérias e gente importante, ele surpreendentemente não fica nem um pouco nervoso e vai bem tranquilo conhecer seus pais.
é de uma simpatia que só dele - conquista sua mãe quase que de imediato só por ser extremamente educado.
vai se oferecer pra lavar a louça, não aceitar não como resposta, pedir receita do bolinho da tarde e dizer que é o melhor cafézinho que já tomou na vida.
aprendeu algumas palavras-chave em português pra impressionar.
tem uma conversa séria sobre as intenções do relacionamento com seu pai, só eles dois, no escritório da família. terminam com um sorriso no rosto e apertando as mãos.
agustín:
vai ficar mega nervoso! super apreensivo! antes do "grande encontro" como ele tem chamado.
apesar de ser bem seguro de si, sabe que é a primeira impressão que fica e tem medo de não ser "aprovado" por seus pais.
no entanto, relaxa assim que chega. você e seus pais são bem parecidos, então ele já sabe como lidar.
tenta conversar em português com as frases que aprendeu no duolingo. falha miseravelmente, mas só a tentativa arrancou um senhor sorriso da sua mãe.
depois que se solta suas gargalhadas se soltam junto. tem uma tarde maravilhosa e é convidado pro próximo almoço familiar só por ser "um querido".
fran:
apesar de tenso, é fran quem te acalma antes de vocês se encontrarem com seus pais. ele sabe o quanto é importante pra você que saia tudo perfeito.
fica calado e atento no primeiro momento, apenas escutando e vendo a forma como vocês se relacionam. quando se sente a vontade, vai se soltando - conversando um pouquinho, escolhendo as palavras.
é tão quietinho, fofinho e tímido que ganha todas as mulheres no recinto. que, inclusive, viram melhores amigas dele (e todas soltam aquele "aí sim!" quando ele começa a se soltar de verdade e demonstrar a personalidade feliz e açucarada).
vai cumprimentar primeiro seu bichinho de estimação de infância, se tiver um.
se dá super bem com seus priminhos/irmãos mais novos.
matí:
fica muito tranquilo e de boas antes de conhecer seus pais. o que te desespera completamente.
apesar do jeito bocudo e marrento, se mostra agradável, educado e muito bom moço na frente da sua família. até ajudar sua avó a levantar e se locomover ele ajuda. um anjo!
inclusive olha pra você com a cara mais lisa do mundo "não te avisei que não precisava se preocupar?".
depois que conquista todo mundo com a falsa educação vai aos poucos mostrando sua verdadeira forma - que, apesar de encrenqueira, diverte muito a todos. seu pai principalmente.
vira xodó da sua mãe e formam uma dupla contra você.
kuku:
o encontro acontece na casa dele: chama seus pais para um jantar feito por ele mesmo. algum prato argentino típico com um delicioso vinho.
conquista pelo estômago (que nem fez com você) e pelo fato de que é um absoluto gentleman.
apesar da pose educada, tem um riso frouxo e uma conversa tranquila. puxa assunto sobre o brasil, sobre como tem vontade de visitar o país, comenta alguma coisa que sabe sobre o estado que você mora y sobre o time de futebol que seu pai torce.
(ele esteve aprendendo conversação em português com um amigo em segredo e surpreende todo mundo - o jantar é todinho em português, tá?)
vai pedir pra ver fotos suas quando era bebê.
pipe:
você quase desmarcou tudo tamanho o nervosismo de pipe. é como se o coitadinho estivesse a beira de um ataque de nervos.
todo mundo percebe que ele está super nervoso e acabam sendo mais agradáveis pra não assustar mais.
é um típico caso de genro favorito da sogra - pelo jeitinho tímido e gentil, conquista pela falta de jeito e pela carinha de desespero.
leva um vinho que sem querer derruba e espatifa no chão. limpa tudinho desesperado, recusando ajuda da sua mãe, corta o dedo sem querer e só não vai parar no hospital porque sua priminha/irmã mais nova cola um adesivo da hello kitty em cima.
apesar do desastre, consegue conversar bastante sobre futebol com seu pai e tios. o segundo encontro é melhor - ele não quebra vinho nenhum e consegue conversar com mais calma.
129 notes · View notes
Text
casos ilícitos
Matias Recalt X f!Reader
Cap. 19
Tumblr media
E minhas palavras atiram para matar quando estou brava. Eu me arrependo bastante disso.
Avisos: linguagem imprópria, menções a hospital e lesões.
Palavras: 8,1 k
Primeiro capítulo do anoooo, aproveitem 🥳🎉
————
Os fatos das últimas horas ainda rodavam como um disco arranhado pela sua mente, se repetindo sem parar, e te causando dúvidas junto com um aperto profundo no peito. 
Não houve um único dia após o término entre você e o garoto de cabelos castanhos que tenha sido cem por cento perfeito ou nulos de dor. Claro que tinham dias melhores que outros, às vezes com sorte, até mesmo semanas melhores que outras. Mas nunca era algo duradouro. Sempre que uma centelha de felicidade parecia te preencher em um momento bom, no instante seguinte isso se extinguia. Fosse durante o dia, ou no cair da noite, quando estava sozinha, ou nos braços de seu novo namorado.
Você poderia por uma máscara e tentar mentir o melhor que fosse para seu parceiro, amigos e até familiares de que tudo estava bem, e que você estava feliz com esse recomeço, mas no fundo, não poderia mais mentir para si mesma. 
E você tentou. Por muito tempo. 
Pensando que não importava que durante o sexo os seus olhos sempre estivessem fechados e sua mente vagando para outra pessoa, ou que sempre que passava pelo parque no caminho de volta para casa, e visse garotos em cima de um skate, um nome sempre vinha a sua cabeça. Ou quando foi no mercado na semana passada, e havia comprado todos os ingredientes para preparar a refeição preferida de uma pessoa, que nem ao menos estaria lá para apreciar.
Ele sempre estava presente na sua vida, mesmo sem estar necessariamente lá. Se é que isso fazia sentido. 
Mas como você sempre fazia nos últimos tempos, você somente engolia o que sentia, reprimindo tudo, e tentava ainda mais duro para fazer as coisas fluírem e funcionarem no seu relacionamento. Você fez sua família e amigos se darem bem com Santi (se bem que a maior parte disso se devia a ele, e sua personalidade amigável), começou a sair mais, e marcou programas com as pessoas de que você mais gostava no seu círculo social. Fosse compras com as garotas, jantares com namorado e passeios ao ar livre com a família, mas sempre com o peso nos ombros da culpa da mentira, e só esperando até o sentimento de vazio te alcançar novamente. 
E é claro, que bem no dia que seus pensamentos estavam mais inquietos do que o normal, com nervos à flor da pele, e quase arrancando os cabelos de nervosismo, ele decide aparecer e fazer tudo ficar mil vezes pior. 
Seus instintos estavam alerta desde a sala de cinema escura, se sentindo observada e vigiada, mas como não encontrou nada vagando os olhos brevemente pelas pessoas, você apenas ignorou achando que estava ficando maluca. E agora você sabia exatamente o motivo disso. 
Apesar de tudo, falar com os garotos foi a parte fácil. Distribuir abraços, sorrisos verdadeiros e calorosos foi realmente bom para sua alma, e quando não viu Matías com eles, sentindo um nó em seu estômago, pensando que ele poderia estar em outro lugar, com outro alguém, fazendo outras coisas, que te traziam um gosto amargo na boca, finalmente o avista mais a frente conversando com sua irmã. 
E como se já não bastasse os olhares embaraçosos quando ficaram frente a frente, enquanto todos tentavam ignorar o grande elefante na sala, tudo ficou ainda mais intenso quando ele te pediu para conversarem a sós, o que a contragosto, você aceitou. 
Imagine a sua surpresa quando Matías te perguntou se você amava Santi. Foi tudo tão estranho, confuso e desesperador, pois para você o amor parecia algo estrangeiro e de outro mundo se direcionado a outra pessoa que não fosse Matías. Você estava confusa e com raiva. Raiva que justamente a primeira vez que ele ousasse tocar no assunto “amor”, é justamente para te perguntar a respeito de seus sentimentos por outra pessoa. 
Você não tinha que se justificar para ele. Ele não podia te perguntar a respeito de amor, se ele nem ao menos chegou a te falar as tais palavras ao menos uma vez. Nem mesmo depois de sua confissão no casamento, que parecia ter sido feita há um milhão de anos atrás.
É claro que durante a briga do término no apartamento dele, o mesmo tentou te dizer as três palavras que você uma vez tanto sonhara em ouvir, só que de maneira diferente. Te falando como o seu lugar era ao lado dele, e como você era importante para o mesmo. Mas naquela época, nada do que saía da boca dele você poderia considerar sincero ou real.
Mas e agora? 
Você se odeia por saber bem claramente o desfecho que a conversa desta noite poderia ter tomado no estado em que você estava. Se ele tivesse dito o que você queria escutar, se declarado com honestidade, então provavelmente você teria deixado tudo de lado por ele. 
Mas ele não disse. E ele nunca iria dizer. 
Então você mentiu, e disse que amava outra pessoa. Mas junto com a mentira, também veio o conhecimento e a realização de algo maior. Pois foi nesse momento que você soube que tinha ido longe demais. Santi era um cara incrível, e não um troféu para você exibir, e usar para se sentir desejada, e depois descartar quando tiver outro brinquedo. Tudo isso era injusto com ele. 
Matías poderia ir se foder, mas Santí merecia ao menos a verdade. E depois desta noite, você sabia exatamente o que isso significava, e o que precisava fazer. 
— — — —-
Depois que saem do cinema e se dirigem ao jantar tedioso, o qual você passou mais tempo dispersa e brincando com a comida do seu prato, enquanto esperava que um raio caísse em sua cabeça só para você poder sair dali, finalmente todos terminam suas refeições e se encaminham para casa. Santi passaria a noite com você como de costume, e assim ambos os casais começaram o trajeto de retorno ao apartamento. Foi tudo bem tranquilo, com todos se recusando a tocar no assunto “ex”,e somente falando de vários assuntos irrelevantes. Seu cunhado e namorado divagando sobre o jogo que aconteceria na próxima semana e sua irmã tentando te introduzir no meio quando começaram a falar sobre o filme que acabaram de assistir. 
Um olhar cortante seu é o suficiente para que ela pare de tentar.
Assim que chegam em casa, você solta um suspiro cansado, sabendo que agora iria ser a hora chata, e que teria de ter coragem para enfrentar isso. Wagner entra com o carro no estacionamento, e assim que todos se soltam dos cintos, e saem do veículo com segurança, você aborda o rapaz: 
- Santi, podemos conversar? - Você pede, e pela cara dos mais velhos a sua frente, a sua tentativa de parecer tranquila sobre o motivo, foi totalmente falha.
-Claro - Ele concordou prontamente te seguindo.
Seu cunhado e irmã entram no prédio, deixando apenas os dois do lado de fora, os dando privacidade e espaço. Ambos vão para a calçada, em silêncio e cautelosos, sendo saudados com a briza suave da noite nos seus rostos.
-Eu… - Você começa, olhando para os próprios pés com vergonha, e tentando encontrar as palavras certas para transmitir o que você queria dizer. 
Mas você não sabia bem o que queria dizer. Você nunca tinha chegado nessa parte. Terminar com Matias foi rápido pois ele havia pisado na bola, mas com Santi era diferente, pois ele não tinha sido nada senão perfeito. Como você poderia encontrar as frases certas para partir o coração de alguém com o mínimo de dano possível? A resposta era simples: Não tinha como. 
-Você vai terminar comigo, não é? - Ele te corta, te aliviando o fardo das palavras pesadas e duras. Quando o seu olhar finalmente encontra o dele, você nota que a feição dele ostenta um olhar manso e resignado no rosto, como se já suspeitasse disso o tempo todo.  
Ele não parece bravo, confuso e muito menos irritado. Totalmente o contrário do que o seu coração medroso esperava. Mais uma vez te mostrando o quão perfeito ele sempre é, e foi.
-Sim, eu sinto muito Santi.- Você confirma, engolindo em seco - Não acho que esteja funcionando mais entre a gente, mas quero que saiba que o problema não é você, sou eu. - Tenta explicar ao garoto de olhos gentis, e sentindo lágrimas começarem a surgir conforme as palavras iam fluindo, e seu corpo começando a tremer. 
-Calma, tá tudo bem. -Ele diz, e antes que perceba, os braços dele estão à sua volta te abraçando, e te consolando uma última vez. 
A presença dele te envolve, em uma espiral de aconchego, calor e um cheiro gostoso que você reconhece como sendo do perfume dele. Estando assim, tão próximos, você até consegue entender como se deixou ficar confusa romanticamente por tanto tempo. Ele era tudo o que você um dia idealizou, mas infelizmente, ele chegou tarde demais, e você já tinha deixado esse barco para trás há muito tempo. 
Vocês ficam assim por alguns minutos, com os corpos ainda grudados um no outro, enquanto ele esfrega suavemente carícias nas suas costas, e sussurra palavras doces no seu ouvido. Você não consegue deixar de notar a ironia da situação e se sentir ainda mais patética e ridícula com isso. Foi você quem terminou com ele, e é ele quem está vindo te acalmar e te escutar chorando como uma criança. 
Quando a noção de autopreservação e vergonha voltam a você, fazendo sua onde de frenesi e histeria passar, Santi tenta ter uma conversa de verdade, tomando cuidado com o seu bem estar, sendo atencioso e paciente como sempre.
-Tá tudo bem. - Ele te garante mais uma vez - Pra ser sincero, eu meio que sabia que isso iria acontecer alguma hora, eu vejo o jeito que você olha pra ele toda vez que o encontra, ou quando alguém menciona o nome dele. - Santi diz, e não é preciso que ele cite nomes, pois os dois sabem de quem estão falando. 
-Isso não tem nada haver com ele - Você retruca na defensiva - Eu só acho que tenho que ficar sozinha e cuidar dos meus próprios sentimentos antes. - Justifica com a voz ainda trêmula - Não posso mais te arrastar pra essa bagunça. - Termina, deixando ainda mais óbvio o quão arrependida está por toda esta situação. 
Ele segura a sua mão firmemente, fazendo carinho com os dedos e te transmitindo tranquilidade com o gesto simples:
-Fico feliz que queira um tempo pra você, pois você merece. Mas se você quer realmente resolver os seus sentimentos, talvez deva começar com o fato de ainda sentir coisas pelo seu ex- Ele aponta duramente, mas ainda sendo gentil.
E mesmo te enfurecendo o quão sincero ele está sendo, o que mais te deixa brava, é que o que ele diz realmente faz sentido. Mas você ainda não está pronta para admitir isso para ninguém, muito menos para si mesma.
-Talvez, vou pensar sobre isso. - O responde, deixando claro que é o mais perto de uma concordância que ambos vão chegar esta noite. 
Ele te solta, te deixando por si mesma agora que está mais composta, e você tenta não se deixar afetar pelo modo como já sente falta do calor amigo do mesmo. Ambos se encaram sem saberem muito bem como prosseguirem com a conversa. Você ainda está pensando em como acabar com esse embaraço quando ele solta uma tosse falsa, e continua a falar: 
- Acha que podemos ser amigos? Mesmo se vocês dois voltarem juntos? - Ele questiona, inseguro. - Eu entendo se você quiser distância e quiser ser apenas colegas de trabalho, não vou ficar chateado. - Ele te assegura, colocando suas emoções em primeiro lugar, e parecendo nervoso com sua resposta.
Você solta uma risada anasalada e baixa com a timidez repentina dele. Era óbvio que você iria querer a presença dele na sua vida, mesmo que de outra forma. Ele era um dos poucos caras que você conheceu que realmente valiam a pena e tinham decência dentro de si mesmos. Não precisava nem pensar muito para responder: 
-Claro que sim - Você o afirma com um sorriso  - Eu ainda gosto muito de você, só que agora é diferente, é mais como amigo, não no sentido de… você sabe…desse jeito…- As palavras certas não vem a sua mente.
-No sentido sexual? romântico? - Ele oferece descaradamente, para fazer graça.
-É…acho que podemos dizer isso - O diz, e sente as bochechas corarem com o sorriso maroto do mesmo - Mas acho que podemos ser bons amigos - Termina, recebendo um aceno satisfeito dele.
E então se lembra da segunda implicação do mesmo, e fica mais séria: 
-Mas não vou voltar com o Matías, como eu disse, o que eu preciso é pensar e ficar um tempo sozinha. - Repete suas afirmações - E de qualquer modo, eu e ele não iriamos funcionar mais juntos. - Diz com convicção. 
Santi solta um suspiro profundo com isso:
-Não acredito que vou dizer isso, mas… mesmo concordando que ele foi um idiota, eu sei que ele ainda gosta de você, eu consigo ver isso. - O garoto afirma, se aproximando - Só usa esse tempo pra pensar bem no que vai te fazer mais feliz e corra atrás disso - Ele diz, e aperta gentilmente o seu ombro, te aconselhando.
E antes que você possa rebater alguma coisa, ele já está te abraçando, e se despedindo com um beijo singelo no seu rosto. Somente quando a silhueta dele desaparece no horizonte, é quando você se permite ir para dentro e pensar no que acabou de acontecer.  
— — — 
Na volta até casa, desde que entra no elevador, ou quando passa pela porta do seu apartamento silencioso, as palavras de Santi ainda pesam em sua mente, assim como a culpa. Você machucou e magoou um garoto bom e inocente em toda esta história, tudo por conta de uma solidão e necessidade de preencher um vazio deixado por outra pessoa. O que te conforta, é que pelo menos agora Santi está livre disso tudo, e pode encontrar alguém melhor e emocionalmente disponível.
Seus ombros estão baixos em desânimo e cabeça curvada em uma expressão sem emoção. Ele disse que estava tudo bem, mas ainda assim era difícil não sentir um pouco de remorso e culpa. 
Em meio a neblina de confusão, você consegue escutar um som do vapor saindo de uma chaleira. E assim que se aproxima da cozinha para averiguar, é recebida com o cheiro de ervas doces que preenchem os seus sentidos e te acalmam quase que instantaneamente. 
Só tinha uma pessoa que poderia estar tomando chá a esta hora:
-Quer tomar um chá? - Sua irmã oferece, já pegando uma xícara no armário mesmo antes de ouvir a sua resposta. 
-Claro - Você responde, se juntando a ela na bancada da cozinha e aceitando a xícara com o líquido quente. 
Só estão as duas aqui. De frente uma para outra, enquanto ela te oferece alguns biscoitos que tinha assado mais cedo, os quais você não tinha notado até agora. Pelo silêncio, seu cunhado provavelmente já tinha ido se deitar por conta do dia longo. O que era bom, pois era uma pessoa a menos para encarar depois de tudo. 
-Noite difícil?- Sua versão mais velha te pergunta, te acordando de seus pensamentos.
-É- Você concorda, soprando a beirada do recipiente esperando que fique mais morno antes de levar aos lábios. - Acabei de terminar com o Santi.- Solta de uma vez. 
Você não sabia muito bem o motivo de estar contando isso já que era algo recente, e o qual você nem teve tempo de digerir muito bem. Mas outra parte sua queria arrancar o band-aid de uma vez. Quanto mais cedo você falasse, mais rápido deixaria de ser novidade e logo passaria toda a comoção. 
-Sinto muito - Ela diz, trazendo uma mão ao seu ombro em consolo - Mas foi o melhor. - Constata por fim, e volta a atenção a sua bebida. 
-Porque você diz isso?- Você questiona, confusa com a rapidez com que ela parece ter aceitado a novidade. 
-Ele não era o cara certo pra voce. Eu  sabia disso, ele sabia disso e mesmo você não querendo admitir, você também sempre soube disso - Ela responde, sem papas na língua e com a sobrancelha arqueada. 
Vocês ficam em silêncio por um tempo depois disso, com o espaço sendo preenchido apenas pelo som dos biscoitos sendo comidos e o barulho do chá abastecendo suas xícaras que ficaram vazias muito rápido. O que você menos queria agora, era dar abertura para ela começar a falar de seu ex (Matias), assim que você a informa de seu término com Santi (que agora também era seu ex). Mas querer não é poder, e assim que o terceiro biscoito encontra sua boca, ela começa a falar novamente: 
-Hoje no cinema, o Matías me falou que te ama, sabia?- Ela pergunta ironicamente, olhando no fundo dos seus olhos. 
O QUE? COMO ASSIM? 
Seu coração começa a bater mais rápido, e suas bochechas a corar violentamente com a confissão dela. Ele disse que te ama. Ele disse, de verdade. Suas mão estão suando e tremendo em ansiedade. A sua mente te leva de volta para o cinema, a imagem dos dois conversando e você tenta visualizar como foi na hora. Ele disse com essas mesmas palavras? Como surgiu o assunto? Ele estava nervoso? E o mais importante de tudo, porque drogas ele não disse isso na sua cara? 
Ele deveria ter dito algo, e ter feito alguma coisa. Mas quando seus devaneios ficam mais selvagens, em um cenário que ele se declara em sua frente, e te puxa para um beijo na frente de todos, você decide que é hora de parar. Sua mente pode te levar para lugares perigosos algumas vezes. E isso nunca acaba bem.
- Isso não muda nada. - Você responde voltando a si, engolindo em seco, e mentindo na cara dura. 
-Na verdade muda tudo. - Ela retruca prontamente - Acha que eu não vi como você ficou olhando pro Matias no cinema quando estava com os meninos?- Ela pergunta.  
Isso te pega de surpresa também. Você não sabia que estava sendo tão óbvia sobre isso. Mas não é porque você estava com saudades. Claro que não. Deve ter sido só porque fazia tempo que você não o via e ficou chocado em revê-lo ali. Só isso. Nada demais. Totalmente sem significância. 
-Você tá vendo demais! - Você afirma, fugindo do assunto. 
-Bom, já está tarde e eu não vou ficar aqui discutindo com você - Ela diz, começando a se levantar e a guardar as coisas.- Só saiba que, independente do que aconteceu hoje, eu só espero que você não se arrependa das suas decisões lá na frente. -Ela diz, e solta um bocejo, mostrando pela primeira vez o quão exausta ela está - Boa noite pirralha - Ela diz, depositando um beijo em sua testa, e depois saindo da cozinha te deixando sozinha perdida em pensamentos conflitantes. 
— — —
As duas conclusões que você havia chegado depois de alguns dias pensando era: você estava melhor sozinha para cuidar melhor de si mesma e de seus sentimentos. E a segunda, é que mesmo após a conversa que teve com Santi e sua irmã, nada delas poderiam impactar na sua decisão final. Eles não sabiam como era. Santi era muito puro, e sua irmã sempre teve um relacionamento perfeito. Como ela poderia te entender? Se sempre teve um príncipe encantado esperando por ela na porta?
Você estava na área de piscina do condomínio, sentada confortavelmente em uma espreguiçadeira, com as pernas esticadas e com um copo de refrigerante ao lado para refrescar do dia infernalmente quente. Um livro está apoiado no seu colo, enquanto você observa algumas das crianças dando um mergulho ou brincando perto dos pais que estão aproveitando o churrasco, e o almoço caseiro preparado por todos. 
Um suspiro frustrado sai de seus lábios com a situação. Você não está de biquini, somente trajando algumas roupas leves, pois não queria nadar, só aproveitar o ar fresco e ler um pouco. Mas era óbvio que a ideia de ler o seu romance havia ido para o ralo conforme a agitação infantil, ou os outros inquilinos conversando atrapalhavam a sua leitura. Mas não poderia culpa-los, pois foi você quem teve essa ideia idiota para começar, e esqueceu que hoje era o dia marcado para a confraternização dos moradores. O que estavam comemorando? Nada! Era só uma desculpa para comerem bem, usarem a piscina o dia todo e beberem enquanto conversam sem parar. 
Você está prestes a guardar o livro e se dirigir para dentro quando Wagner te aborda: 
-Tá indo onde? - Ele questiona. 
Um outro suspiro quase escapa de você quando pensa no quão irritantemente bem ele e sua irmã se encaixam aqui. Eles passam alguns dias na sua casa e de repente se tornam os vizinhos favoritos dos outros inquilinos. Isso fica ainda mais aparente agora, quando sua irmã está conversando animadamente com as outras mães na beira da piscina, seja sobre a comida ou sobre as crianças, e o modo como Wagner se deu bem com os outros pais aproveitando o churrasco com uma lata de cerveja gelada na mão. 
Eles são o casal perfeito do subúrbio e nem percebem isso. Só está faltando realmente um filho/a para terem a imagem perfeita de uma família tradicional. Mas até que um ser pequeno e inocente entre na vida deles, você é quem recebe essa carga por ser o mais jovem dos três ali. Sendo tratada na maioria das vezes como a filha adolescente dos dois. O que às vezes é legal, só que às vezes ele extrapolam somente com a superproteção, e te sufocam. 
-Tava pensando em entrar e terminar o livro - Diz, erguendo o pequeno objeto em suas mãos - Tá muito barulhento aqui- Esclarece, apontando com a cabeça para a multidão de pessoas. 
-Fica mais um pouco - Ele pede - Daqui a pouco vão trazer sorvetes para  as crianças e eu quero aproveitar. -Ele diz a última parte sussurrando e arrancando uma risada sua. 
Você concede a essa vontade dele (não por conta dos sorvetes, é claro) ficando por mais alguns minutos, e ele se senta na espreguiçadeira ao seu lado para te fazer companhia. 
-Não fica brava, mas eu ouvi você conversando com sua irmã uns dias atrás - Ele comenta.- Sinto muito pelo término, o rapaz era gente fina. 
-Obrigado - Você responde - Mas tá tudo bem, foi o melhor a se fazer. -Conclui. 
-Não fica brava - Ele repete-  com sua irmã, mas… ela meio que me contou o que aconteceu, no cinema - Ele diz, o que traduzindo, significa que sua irmã contou absolutamente tudo a ele. 
-Claro que contou - Você diz sarcasticamente. -Eu sei que vocês querem me ajudar, dando todos esses conselhos e tals, mas eu não preciso disso. - Fala séria para Wagner - Ele me magoou, e eu não estou pronta para perdoá-lo ainda, ao menos é o que eu acho - Termina, sussurrando a última parte acanhada. 
-Ainda tem raiva dele? - Questiona curioso.  
-Um pouco - Você admite - Tenho raiva do que ele fez, raiva do que ele NÃO fez, e raiva de não ter ele por perto. Mas não posso deixar que esse erro dele passe em branco - Um grunhido feio escapa de sua boca - Eu quero ser como meus pais, ou como vocês dois - Aponta para sua irmã do outro lado da piscina - Quero ter um relacionamento perfeito com um cara que me dê valor. - Termina, relaxando os ombros. 
-Eu sei que você pensa isso mas… eu e sua irmã não temos o relacionamento perfeito - Ele diz, arrancando um olhar curioso seu - Nenhum casal tem, na verdade, sempre vai ter brigas e desentendimentos, só tem que saber driblar isso - Ele finaliza.
-Vocês brigarem sobre quem paga a conta do restaurante não é necessariamente uma briga séria Wagner! - Diz revirando os olhos com o comentário dele. - Vocês saem juntos desde a faculdade, você foi o primeiro namorado sério dela e um príncipe encantado desde o começo - Começa a listar os fatos - Literalmente, vocês são o casal mais afinado que eu conheço. 
Ele parece pensar bem em suas palavras, decidindo se deve ir em frente ou não com a discussão. E depois de pensar por alguns instantes, ele prossegue: 
-Eu não fui necessariamente o cara mais legal de todos, muito menos a sua irmã - Ele começa - Eu sei que não parece assim, mas é a verdade. 
-Como assim? Vocês não eram bons um para o outro? O que aconteceu? - Questiona, de repente muito interessada no que ele tem a dizer. 
-Antes da gente namorar, muita coisa aconteceu. -Ele diz - Sua irmã partiu meu coração várias vezes, ela não só ficou com vários outros caras, como inclusive, ficou com meu colega de quarto na época. - Ele admite, tirando sarro da situação. 
-O que? Mas como? - Pergunta, perplexa. 
-Pois é - Ele diz - A gente tinha saído uma vez, e eu já tinha ficado louco por ela - Ele parece pensar, como se estivesse se lembrando do momento - No nosso primeiro encontro eu sabia que ela era a pessoa certa, mas ela não pensou assim - Ele faz uma careta com essa lembrança - E disse que tinha que ser casual, pois a gente era novo e ia conhecer muita gente ainda - Ele ergue a mão com a aliança de casamento - Obviamente, não foi casual pra mim, e depois disso, nos desentendemos bastante. 
-Como vocês se acertaram? - Questiona, ainda mais imersa na história. 
-O relacionamento casual não foi o bastante pra mim, então terminamos tudo - Ele conta, e você fica ainda mais chocada, pois nunca soube que eles já tinham terminado ou ao menos dado um tempo. Em sua cabeça eles sempre estiveram juntos e pronto. - Ela ficou com outros caras, eu com outras mulheres, mas eventualmente acabamos voltando um para o outro. - Ele te olha e suspira - Mas isso foi só depois de meses, e com muita conversa e comunicação. Foi assim que eu entendi que ela tinha medo de compromisso - Ele argumenta - Mas nesse meio tempo, nos machucamos bastante, não tem como apagar isso, o que nos resta é perdoar e seguir em frente. 
-Eu…não sei, estou confusa agora - Admite, encolhendo as pernas e as abraçando conforme se encolhe na espreguiçadeira. 
-Acha que sua irmã me ama? - Wagner questiona.
-Claro que sim! - Você responde na mesma hora. 
-Exato! - Ele comemora- Ela cometeu um erro, mas nem por causa disso eu desisti dela. Eu a amo, vou a amar até o dia em que morrer, e mesmo tendo sido um inferno o tempo separados, eu passaria por tudo isso de novo se fosse pra ter ela no final. - Ele diz, e te dá um olhar que transmite sinceridade e verdade em suas palavras. 
-Eu entendo que o perdão é importante. Mas em relação a voltar com ele, eu ainda tenho medo de acabar me machucando e me decepcionando no final - Confessa e olha para os próprios pés em desânimo. 
-O seu problema com o Matias é porque você diz que ele não respeitou o compromisso do relacionamento de vocês dois, mas…vocês não estavam juntos oficialmente. -Ele aponta.
-Eu sei. - Você responde em um sussurro mal humorado.
-E ele te ver com outro homem também não ajudou. -Wagner continua, enquanto recapitula os acontecimentos - Não estou dizendo que ele fez as coisas certas, pois Deus sabe que vocês dois tem um problema enorme de comunicação, mas se não estão juntos, então não tem necessariamente que ser exclusivo. - Ele continua - Por isso que juntei as escovas com sua irmã o mais rápido que pude - Ele conclui, orgulhoso. 
-A minha parte racional sabe disso. Mas a outra não.- Retruca - E o pior de tudo, de todas as pessoas, porque com ela?- Fala raivosa, se lembrando do rosto de Malena.  
-Porque era o mais fácil- Ele responde - E talvez no fundo ele soubesse que era o que iria te machucar mais. - Wagner reflete, mais profundamente. 
-Então ele conseguiu o que queria. - Diz emburrada. 
-Mas você nunca fez isso, certo? Disse ou fez algo apenas para deixá-lo magoado. - Ele questiona, já imaginando a sua resposta.
A primeira coisa que vem à sua mente do que você fez (talvez mais egoisticamente do que propriamente para magoar Matías), foi o relacionamento com o Santi. Totalmente baseado na necessidade de preencher a sua solidão e se sentir desejada novamente, e o fato dele ser quem ele é, só ajudou em tudo. Mas não poderia mentir que adorava quando Matías ficava com ciúmes explícitos e o sentimento de poder que te trazia ao aumentar o seu ego. A segunda coisa que vem a sua mente, que com certeza você fez, apenas para vê-lo magoado e ferido, foi quando disse que amava Santi. Quando admitiu que seus sentimentos agora pertenciam a outro, mesmo quando não os faziam. 
Essa mentira não iria fazer bem a ninguém, e você sabia disso mesmo quando a falou apenas para desfrutar de alguns segundos amargos de vingança e retorno. Você quis ver ele se sentindo um bosta. Você quis que ele se sentisse miserável quando te visse com outro. Que se sentisse traído e trocado, assim como você se sentiu. E pela primeira vez, você conseguia admitir isso, mesmo que só para você mesma.
-Talvez. - Diz vagamente, olhando para as crianças começando a se agitar.
Só então que você nota as moças começando a distribuir picolés e casquinhas de diversos sabores de sorvetes para os pequeninos ansiosos.
-Vocês são jovens, tem muito o que aprender ainda. - Wagner diz por fim, e se levanta, indo atrás de seu próprio doce antes que os mais novos acabem com tudo, e voltando minutos depois com uma casquinha do seu sabor favorito.  
— — 
Meia hora depois, mesmo contra os maiores esforços de Wagner, você acaba entrando em casa e se trancando no quarto. Não é como se os últimos dias tivessem sido muitos bons para colaborarem com a sua bateria social, então ele entendeu e te deixou ir, prometendo te trazer a sobremesa depois (o que você suspeitava ser ainda mais sorvete).
Mas o que você só queria mesmo, era assistir alguma coisa idiota, até acabar pegando no sono e capotar pelo resto do dia (já que sua leitura já havia sido jogada pelo ralo).
Pouco tempo depois, quando os seus olhos já estão pesados, tendo perdido o interesse pela tela do notebook no seu colo, que passava um filme há muito tempo esquecido, o seu telefone toca, e te acorda da sua quase bem sucedida soneca. 
A sua mão viaja preguiçosamente pela mesa de cabeceira, apalpando todos os objetos, até encontrar finalmente o telefone vibrando e tocando alto:
-Alô - Você responde, com a voz ainda grogue de sono e sem se dar ao trabalho de ver quem era no visor do aparelho.
-Oi - Saúda a voz exasperada - Graças a Deus você atendeu, preciso falar com você - Continua a voz, soando aflita e nervosa.
Você desencosta o celular do rosto, e lê finalmente o nome na tela. Por um instante você pensou que pudesse ser Santi, com alguma emergência do trabalho ou algo do tipo. Ou até mesmo alguém de sua faculdade. Mas definitivamente não esperava que fosse ele. 
-Fran? - Você pergunta - É bom você ter um bom motivo pra estar me ligando, eu estava quase caindo no sono. - O repreende, ainda frustrada pelo descanso perdido. 
-É o Matías, ele… - Fran começa a explicar.
-Eu não quero saber! - Você o interrompe rudemente, antes que ele possa dizer mais alguma coisa - Nada do que diz respeito a ele me interessa. - Fala, levando a mão até o rosto, e limpando o queixo ao notar que tinha babado um pouco. 
Maldito Matías que sempre arrumava um jeito de te irritar!!! E agora estava atrapalhando o seu sono também.  
-Mas… - Fran tenta recomeçar, sendo mais uma vez interrompido pela sua voz impaciente.
-Mas nada Fran! - Diz brava - Ele pode cair duro agora, e ir se foder sozinho na casa do caralho que eu não me importo. Eu quero distância e voltar ao meu descanso merecido, pode ser? - Pergunta agressivamente, mas sem se importar com as consequências.Você tinha que admitir, a sua pessoa com sono ou com fome não eram as melhores versões de si mesma para enfrentar.
-Ele está no hospital, em estado grave. - Fran fala com a voz afetada - Mas beleza, bom descanso - Ele fala, e com isso desliga bem na sua cara.
O seu mundo cai com isso, conforme as palavras dele se repetem na sua mente sem parar, com você torcendo para que seja só uma pegadinha do seu subconsciente e que tenha ouvido errado. Foi tudo tão repentinamente que você mal tem tempo de processar o que está acontecendo antes que se encontre saindo da cama em um pulo, agora muito desperta, e retornando a ligação no mesmo instante, com esperança de que ele atenda no primeiro toque. 
Por sorte ele atende e já começa a te jorrar palavras duras, que você sabe muito bem que são merecidas:
-Quer saber? Deixa quieto, eu nem sei porque te liguei, eu só entrei em desespero e você tá certa, você não tem nada haver com isso. Vou desligar. - Ele responde, agora mal humorado com o seu descaso anterior, e puto com o seu comportamento.
-Espera! - Você diz desesperada, com a voz começando a ficar embargada - Eu não quis dizer isso, eu sinto muito Fran - Diz verdadeiramente arrependida, e engolindo o nó em sua garganta, enquanto pula pelo quarto a procura de seus sapatos e sua bolsa - Mas como assim hospital? O que houve? Ele tá bem? - Começa a metralhar perguntas nele obsessivamente. 
Sua cabeça só conseguia se perguntar em que merda Matías havia se metido agora para ir parar no hospital. Ainda mais em estado grave. Ele tinha caído de skate? Sofrido um acidente de carro? Entrado em alguma briga com alguém por pouca coisa? Há quanto tempo havia sido isso? Ele ia morrer? Eram um monte de perguntas sem respostas. 
De repente o motivo de você estar brava com ele parecia tão insignificante que você nem se lembrava mais disso enquanto começava a se apavorar. E algo em sua voz deve ter mostrado o quão arrependida e preocupada estava, pois Fran decide dar uma trégua e deixar suas transgressões de lado, e começa a contar do ocorrido:
-Foi no jogo de Rugby, teve um acidente e ele se machucou feio. - A voz dele começa a falhar, e lágrimas começam a brotar de seus olhos, já sentindo o pânico começando a te dominar - Foi horrível, o osso ficou pra fora da perna dele, tinha muito sangue, e pra piorar ele ainda bateu a cabeça. - Fran termina, dando os detalhes dos acontecimentos.
-Meu Deus! - Exclama trazendo a mão ao peito, já sentindo ele doer fortemente conforme imagina a cena. 
Você sempre odiou que ele jogasse Rugby por esse motivo. Era um esporte divertido e em equipe, mas tinha vezes que era muito violento, e implacável. O pensamento dele no gramado, com a perna machucada, com dor e sofrendo te fazem querer gritar e desabar em choro. Suas pernas neste ponto já viraram gelatina, a forçando a se escorar na cama para se manter de pé, e seu estômago começa a embrulhar com o sentimento se apossando de você. 
Medo. 
Muito medo.
Medo de perdê-lo e não poder dizer a ele como você realmente se sentia em relação ao mesmo. 
Mas você tem que ser forte agora, por ele e pelos rapazes. Ir ver de fato o que houve e como ele se encontra agora. E você não vai encontrar essas respostas no seu apartamento.
-Me fala em qual hospital vocês estão, eu quero ver ele - Pede, terminando de calçar os sapatos, e encerrando a ligação após a confirmação de Fran do endereço.
— — 
Você não teve tempo de avisar sua irmã ou Wagner do que havia acontecido, e também não queria incomodá-los quando você mesma não tinha ainda muitas informações do ocorrido, e preocupá-los também. Então, só foi rapidamente até a sala, pegou as chaves de Wagner no molho de chaves, e seguiu até a garagem onde pegou o carro dele. 
Tecnicamente não seria considerado furto, já que o carro estava na vaga de garagem do condomínio que VOCÊ paga, e se fosse, esperava que Wagner entendesse a situação e te perdoasse por isso. Afinal, não é como se você estivesse se importando muito com isso agora de qualquer maneira.
Já no volante, as suas lágrimas borram sua visão do trânsito, as quais você limpa rapidamente com a mão, e amaldiçoa cada sinal vermelho que encontra no trajeto. Mas antes que possa ter um ataque, e acabar piorando as coisas, você finalmente chega ao hospital, e entra pelas portas quase correndo e não se importando em parecer maluca com o seu desespero, e falta de controle emocional. Após rapidamente pedir informações na recepção e ser levada à sala de espera, você avista os garotos mais ao canto. 
Todos eles. Cada um deles.
Fran é o primeiro que te avista, provavelmente já esperando a sua chegada, e você não espera um segundo antes de se jogar nos braços dele em um abraço bem apertado. Ele fica surpreso de primeiro instante, mas não se afasta e nem se esquiva, rapidamente retribuindo o gesto, e te abraçando de volta. 
-Você veio - Ele sussurrou ao seu ouvido, com o rosto ainda enterrado no seu pescoço. 
-É claro que sim - Você diz de volta, se afastando um pouco para poder olhar bem nos olhos dele -Fran, eu sinto muito pelo o que eu disse antes no telefone. Eu não sabia, eu… é óbvio que eu não queria que isso acontecesse, é que…- Ele te interrompe.
-Eu sei. Pelo menos você está aqui agora.- Ele te acalma, e te solta para cumprimentar os outros meninos. 
Todos estão com os rostos abatidos, preocupados e extremamente tensos com o que pode acontecer. Você os abraça e os consola, tentando convencer a si mesma e a eles de que tudo ficaria bem, enquanto tenta entender melhor o que houve. Eles te relatam sobre o jogo, o acidente e como vieram desesperados para cá. Eles não estão aqui há muito tempo, assim que chegaram Fran já te ligou e você veio correndo. Ou seja, eles têm quase tantas informações quanto você. Somente sabem que Matias teve que fazer uma cirurgia de emergência, e que vai precisar ficar internado, por conta do estado dele que no momento é grave. 
-E a família dele? Você conseguiu contato? - Questiona, pensando em como eles estão agora, ou se já sabem dessa fatalidade. 
Você nunca conheceu a família de Matías pessoalmente. Só sabia um pouco por conta de histórias e algumas fotos que o rapaz mantinha guardadas no apartamento. Fotografias dele, e do irmão mais novo, em um jogo de futebol em um dia quente, outra dele junto da mãe em um evento da escola, e algumas com o falecido pai em festas de família. Nada muito profundo. O mais perto que chegou de ter contato com eles, foi quando atendeu  o telefone dele uma vez, e se deparou com a mãe dele do outro lado da linha. 
Matías não tinha ficado chateado com isso na época, ele somente pegou o telefone depois, e explicou que a companhia feminina era apenas uma amiga que estava de passagem. Vocês nunca conversaram sobre isso depois do ocorrido. Ele estava claramente desconfortável com a situação, e você não quis se mostrar muito apegada ou grudenta. 
Se ele quisesse que você conhecesse a família dele, ele teria feito acontecer. Será que Malena conhecia eles? Provavelmente. Mas não valia a pena se machucar pensando no quão mais longe ela foi do que você, quando o rapaz em questão estava todo ferido.
-Eu liguei pra mãe dele e contei para ela, então o irmão mais novo também já deve estar sabendo. - Diz Enzo, passando as mãos nervosamente pelo cabelo. 
-Eles tão vindo pra cá? - Pergunta, se sentando ao lado dele na sala de espera. 
-Vão pegar o próximo avião, mas não sei que horas vão pousar, provavelmente amanhã pela tarde, é um voo longo. - Enzo responde, vendo a hora e checando o telefone para ver se tem alguma atualização. 
-Já tem uns quarenta minutos desde que chegamos aqui, ninguém vai vir nos avisar da cirurgia? Se deu tudo certo, ou o que tá acontecendo? - Esteban devaneia, começando a ficar irritado e bravo com a falta de notícias.
-Não sei - Fran responde - Eles já deveriam ter falado alguma coisa. Vamos esperar alguém passar e pedir informações. - Ele fala, levando a mão ao ombro do amigo, o pedindo para se acalmar.
Bem nessa hora, como que por milagre, uma enfermeira em trajes neutros brota, e passa ao lado de vocês. E não demora um segundo para decidirem abordá-la: 
-Com licença, estamos aqui pelo paciente…- Esteban começa a falar, relatando os dados de Matías e outras informações para identificação. 
-Ah sim - A enfermeira responde em reconhecimento - Ele está saindo de cirurgia agora. - Ela informa, olhando a prancheta em suas mãos à procura dos resultados dos procedimentos médicos - Conseguimos estabilizar ele com sucesso, e estamos o enviando para o quarto para que repouse e possamos acompanhá-lo pelas próximas horas. - Diz por fim, em uma expressão calma.
O alívio corre pela veia de todos vocês. Você não nota a lufada de ar que solta em uma expiração profunda, devido a respiração que estava prendendo sem nem ao menos notar. 
Ele não está totalmente bem, mas ao menos já está fora de risco, e é isso que importa. 
-A gente pode entrar pra ver ele então? - Simon pergunta, antes que qualquer um de vocês tenha a chance. 
-Eu preciso ver com o médico e ver se ele autoriza a entrada de alguém - Ela diz, franzindo o rosto - Mas acho difícil, algum de vocês são familiares dele? - Ela questiona, arqueando a sobrancelha.
Todos negam com acenos de cabeça desanimados, sabendo que isso dificultaria mais a entrada de vocês.
Ela solta um suspiro baixo com isso - Tudo bem, vou chamar o doutor e ver o que posso fazer. - Ela diz prontamente - Assim, ele também pode explicar melhor como o paciente está, com licença - A enfermeira fala se despedindo, e logo em seguida, voltando à área médica. 
A única coisa que restou para vocês fazerem, é esperar o retorno dela junto do responsável e torcerem para que sejam liberados para entrarem. Neste meio tempo, você tenta imaginar como ele está. Ele deve estar inconsciente, certo? Você esperava que sim. Pelo menos deste jeito, ele não sentiria dor.
Se ele estivesse acordado, ele gostaria de te ver? Ou pediria para que você se retirasse já que você só apareceu quando era quase tarde demais? 
Antes que seus pensamentos possam te levar para mais longe, em um lugar mais sombrio e melancólico , o médico aparece, e vocês se levantam na hora para escutá-lo: 
-Olá - O médico, que se trata de um senhor de meia idade e óculos grossos, diz os saudando - Desculpe a demora, mas peço que o paciente fique em repouso, e as visitas ocorram apenas aos familiares próximos no horário de visita - Ele responde sério, desapontando a todos vocês. 
Você fica extremamente revoltada com isso. Óbvio que isso não era a culpa do doutor, e que para ele, isso já era procedimento padrão, mas ainda assim, o seu cérebro a mil por hora, assustado e inconsequente não se importava com nada disso. 
Você queria vê-lo, estar perto dele, e tocá-lo, pois só assim você entenderia que ele estava realmente bem. Então com um olhar afiado, e língua mais afiada ainda, você o enfrenta, com ousadia e sem pensar nas consequências: 
-Eu sou noiva dele - Você diz sem pensar duas vezes, fazendo os rapazes ao seu lado arregalar os olhos. - E eu quero entrar agora pra ver ele. - Diz autoritária, sem nem piscar ou falhar a voz. 
O doutor fica surpreso com seu afrontamento repentino, e tenta remediar a situação com calma: 
-Senhorita, entenda que é complicado, vocês estão noivos, então ainda não são tecnicamente “família”. - Ele tem a audácia de dizer, e ainda fazer aspas no ar. 
-Isso é ridículo! - Você exclama alto, atraindo a atenção de todos, e decidindo ir mais longe - Eu estou carregando o filho dele em mim - Anuncia, e leva a mão dramaticamente a barriga- Tenha consideração pelo menos pelo meu bebê, o pai dele gostaria que estivéssemos perto dele neste momento. - Diz, e deixa as primeiras lágrimas escorrerem livres por seu rosto.
Os pacientes ao redor começam a olhar para a cena, lançando olhares feios ao médico e sussurrando palavras que com certeza não são nada amigáveis. O doutor rapidamente fica constrangido com a sua histeria, e toma a decisão de concordar com suas exigências:
-Tudo bem. A senhorita pode entrar. - Ele diz, com a mandíbula cerrada, obviamente a contragosto.-  Só  cinco minutos. - A adverte, e sinalizando para que você o siga. 
Quando você começa o acompanhar, quase não nota as piscadinhas discretas que os rapazes te lançam, e o sussurro mudo de Fran em um “muito bem!” com a mão em um joinha para cima.
— — — —
O médico te deixa na frente da sala, te permitindo ter alguns minutos a sós com o seu “noivo”, mas te lembrando que os minutos são contados, quase ganhando um revirar de olhos seu, o que por pouco você consegue controlar. E assim que você passa pela porta do quarto de Matías, é como se o mundo parasse por completo, e o ar começasse a faltar em seu pulmões conforme se depara, e encara a cena avassaladora. 
Parte de você esperava que os meninos tivessem exagerado e não fosse nada demais, talvez apenas um tornozelo torcido e alguns arranhões que precisavam de cuidados maiores. E mesmo tendo escutado os relatos, e a notícia da cirurgia, nada poderia te preparar para isso. Talvez fosse você e o seu otimismo cego os culpados de não quererem enxergar a gravidade da situação, até se encontrarem de frente com os estragos que elas causaram.
Ele estava horrível, e gravemente ferido. 
Matías está, assim como você imaginava, inconsciente em uma cama, com os olhos pesados e fechados em um sono profundo, provocados pelos remédios circulando pelos tubos ligados ao braço dele. A perna direita (a que você supunha que era a que Fran tinha falado do osso para fora) estava engessada e coberta. A parte do corpo visível pelo roupão do hospital, mostra os membros com escoriações, arranhões e marcas causadas pela lesão. Atrás da nuca, você consegue ver um pouco do curativo feito ali. E a memória do Fran te falando que ele bateu a cabeça gravemente, e que não parava de sair sangue te assusta. O rosto dele está em uma expressão calma e serena, enquanto você o examina, com medo de se aproximar demais e ele quebrar.
Ele nunca pareceu tão pequeno e indefeso antes. Tão sozinho e vulnerável, que você não consegue evitar as lágrimas que brotam nos seus olhos quase que instantaneamente. O arrependimento se instaura no seu peito, junto com o instinto e vontade de querer protegê-lo e cuidar dele para sempre.
Você não consegue evitar quando sua mão vá de encontro a testa dele, afastando as madeixas de cabelos longos que estão grudados ali, devido ao suor e até mesmo um pouco de grama que você apostava que era do gramado do campo. Só de imaginar a cena te causava dor e agonia. Seus dedos se moviam lentamente e com cuidado enquanto fazia carinho no rosto do rapaz, como se de alguma forma isso pudesse o confortar e o ajudar a passar por tudo isso. 
Seu toque é tão gentil, e cuidadoso, que por um instante é como se o tempo não tivesse passado e as duas pessoas nesta sala fossem os antigos vocês. As versões um pouco mais novas que tem medo de nomear o sentimento arrebatador que tem desde que se viram, mas que ainda assim sempre voltam e se entregam nos braços um do outro.
-Oi - Você fala, aproximando o seu rosto bem perto do dele, e sussurrando como se estivesse contando um segredo - Eu tô aqui - Você diz, apertando a mão dele e sem obter qualquer tipo de resposta ou estímulo do mesmo - E se quando você acordar, quiser que eu continue ao seu lado, eu vou - Promete, encostando a sua testa na dele, e engolindo um soluço devido ao pranto, querendo transbordar - Eu juro. - Fala por fim.  
Depois disso, você gasta o restante dos poucos minutos que te sobram, falando como ele tinha deixado todo mundo preocupado, e que era pra ele acordar e melhorar logo para poderem ir pra casa. Não muito depois, uma enfermeira entra no quarto, anunciando o final do tempo estipulado, e te convidando educadamente a se retirar do quarto, prometendo que todos podiam vê-lo mais tarde. 
Com um último olhar, você deixa o lugar, esperando que na próxima vez que entrasse ali, ele estivesse acordado, melhor, e positivamente querendo te ter ao lado dele.
————
Demorou mas finalmente saiuuu, espero que tenham gostado. Até o próximo 💖, e feliz 2025 🙏🥳
29 notes · View notes
sunshyni · 6 months ago
Text
be (mine) forever only
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
notinhas da sun: esse texto é muuuito antigo!! Muito mesmo!! Mas eu amo ele 🥰 Talvez vocês estranhem um pouco porque ele tá em primeira pessoa (sem preconceito, hien 🤨 Juro que tá bom). Fun fact: escrevi quando percebi que gostava do meu amigo, isso sempre me arranca uma risada sincera KKKKK
w.c: 1.2k
avisos: me inspirei em “forever only” do Jae e em “be mine” do Junji do OnlyOneOf (um gostoso 🫦).
boa leitura, docinhos!! 🌹
Tumblr media
As pessoas costumam dizer que o amor chega quando menos esperamos, ele aparece inesperadamente, como um penetra inconveniente que faz tanta algazarra no salão do seu coração que você não vê outra escolha a não ser deixá-lo ficar, daí você percebe o quão entusiasmante o enxerido é, e no final das contas o até então “importuno” se torna a parte crucial da sua festa, isso faz o amor entrar numa arte tridimensional, na qual a personificação desse é, sem sombras de dúvida, um doido varrido. De fato, a primeira afirmação não diz respeito aos equívocos do senso comum, e condiz com a realidade, aprendi isso com minha exasperada busca por você, apenas você.
“Eu sinto você tão perto, mas eu nunca tenho você”.
Eu me enganei pensando ter te encontrado em bilhetes acidentalmente enviados, num par de fones de ouvido compartilhados, numa coleção de regatas alheias surradas, numa variedade de tipos de cabelo, fossem eles cacheados, ondulados, lisos ou coloridos, eu tinha essa ideia embaraçosa de que você vivia estupidamente perto de mim, e eu tinha um medo irracional de você se esvair por entre meus dedos sem eu me dar conta, um temor insano de perder algo que eu nunca provei. Constantemente eu sonho com você, assumindo formas familiares, mas que definitivamente não são você, você formou esse cenário edênico na minha cabeça, memorável nos seus tons de azul e laranja, cores vívidas que se fundem nos seus olhos feito aquarela. Mas porque você sempre desaparece feito fumaça quando abro meus olhos vagarosamente? Talvez essa seja a origem do meu medo, afinal.
“Onde você esteve durante toda a minha vida?”.
Jaehyun irrompeu em minha vida como uma corrida desenfreada pela praia, jogando areia em todas as direções, me cegando com seu sorriso estonteante, e fazendo minhas pernas vacilarem diante ao seu cenho franzido de preocupação, que definitivamente não deveria ter um efeito embriagante sobre mim.
Naquele momento, eu não tinha certeza se meus joelhos estavam estáveis por sua causa ou pelo choque que você me fez passar.
— Tá tudo bem? Eu te machuquei? — Você tocou meus cotovelos, e eu me firmei nos seus antebraços, mesmo que o que me fizesse perder o equilíbrio estivesse exclusivamente contido em você. Seus olhos meio perturbados pelo incidente procuravam por qualquer ínfimo arranhão que sua moto poderia ter causado no meu corpo, e eu me beneficiava do seu cuidado, praticamente idolatrando seu rosto, transitando com dedos imaginários a ponte do seu nariz, o arco do lábio superior, e por fim a linha do maxilar. Eu estava tão vidrada fitando-o que não me dei conta quando você se agachou, tocando com gentileza uma parte da minha perna direita que ardia um bocado.
Eu imediatamente reagi exprimindo um “Ai” baixinho, e você elevou o rosto contra o sol escaldante, apertando os olhos para poder me enxergar melhor, não sei se você sentiu meu sobressalto ao ver aqueles olhos que derretiam feito duas velas coloridas toda vez que encontravam os meus, uma delas me fazia lembrar do mar silencioso e solitário que você me fazia encarar todas as madrugadas, enquanto a outra, nas suas nuances alaranjadas me deixa dolorida com memórias não vivenciadas em que você pressiona os lábios contra os meus numa cálida despedida. Você continua com os joelhos no asfalto quente, preso naquela aura somente nossa, “Você também pensa em mim?” Eu quis perguntar, quis mesmo! Mas se você se assustasse e desaparecesse de novo, eu jamais me perdoaria por isso, então eu me limitei em te ajudar a levantar, sentindo correntes elétricas se alastrarem pelo meu corpo cada vez que sua pele entrava ocasionalmente em contato com a minha.
Você insistiu em querer colocar um band-aid no meu “ferimento monstruoso” que media aproximadamente 2 centímetros de largura, “Pra você não mudar de ideia e fazer um boletim de ocorrência.” Você brincou, o que me fez sentir vontade de dizer que se alguma vez você fosse preso, não seria por um “acidente” de trânsito envolvendo uma pessoa aérea como eu, o que poderia facilmente te condenar era o sorriso suave que você com frequência esboçava.
— Trabalha aqui? — Você perguntou ao adentrarmos o restaurante à beira-mar parcialmente vazio naquele horário.
— Sim, eu tava dando um tempo até quase ser atropelada — Ele riu e eu sorri, me sentindo triunfante por ter sido o motivo do seu divertimento.
Novamente, você se ajoelhou na minha frente, limpando com um pano úmido umas migalhas de sangue seco perto do meu arranhão antes de aplicar o curativo.
— Ainda corro o risco de parar na delegacia mais próxima? — Você se colocou de pé, me oferecendo uma mão para me levantar, deixei a cadeira tão rápido que ela deslizou para trás, e caiu, para minha completa vergonha.
— Talvez eu mude de ideia — Sorrindo, você ergueu as sobrancelhas — Tô começando a achar que você é meu ímã para desastres.
Nossas mãos ainda estavam unidas quando você resolveu traçar as linhas da minha palma com um toque demasiado leve, tão tênue que eu sentia cócegas, mas o frenesi que seu toque estimulava no meu corpo inteiro era superior, e portanto mais poderoso que qualquer sistema de autodefesa corporal. Seus olhos, que agora transmitiam imagens de pores do sol incandescentes, e fogueiras inflamadas que davam a impressão de que arderiam para sempre, não deixaram meu rosto em momento algum, disparando alucinados para prever cada expressão minha.
Dei um pulo para trás, quase tropeçando na cadeira no chão com o aviso abrupto do chefe da cozinha dizendo que eu tinha que voltar ao trabalho, sem dar a mínima para o meu coração que batia descompassado dentro do meu peito, e tampouco para minha garganta seca responsável pela gaguejada resposta que eu prontamente emiti.
“Meu coração está tão perdido e sozinho”.
— Vou ficar aqui, te esperando — Eu também, todos os dias, contanto que no final você seja meu para sempre.
Você pediu Coca-Cola com sorvete de baunilha, desenhando e preenchendo círculos aleatórios num guardanapo feito uma criança hiperativa. Eu me certificava de voltar para você sempre que o varal de pedidos acima do balcão principal estava vazio, e nós conversávamos incansavelmente sobre trivialidades, eventualmente meus olhos se detinham nos dois botões fora de suas casas da sua camisa, e no colar provavelmente artesanal que fazia as pontas dos meus dedos arderem de curiosidade para tocá-lo, tanto o pingente escondido do acessório quanto sua pele oculta pelo tecido sóbrio.
— Onde você tava esse tempo todo? — Eu só queria pular para esse instante, em que você faria a mesma pergunta que eu fiz durante tempo incerto, eu só queria pular para o átimo em que sua boca encontra a minha com uma urgência assustadora que faz nossos dentes se baterem de ansiedade, eu só queria que você me abraçasse do mesmo jeito que acontece no meu inconsciente, em que suas palmas quentes acariciam suavemente minhas costas, dizendo, sem a necessidade de palavras, que eu não era o único oceano noturno incompreendido.
Mesmo que você fosse embora no amanhecer do dia seguinte, eu jamais esqueceria do seu rosto parcialmente iluminado pela luz do luar, da melodia que você entoava baixinho feito uma súplica enquanto seus braços me envolviam com força, você segredava inúmeras vezes “Seja minha”, “Seja minha”, “Seja minha” exasperado, como se eu fosse escapar por entre seus dedos e você necessitasse de uma resposta antes da última badalada, quando sabíamos que perderíamos um ao outro novamente.
Tumblr media
@ sunshyni. Todos os direitos reservados.
56 notes · View notes
geniousbh · 10 months ago
Text
Tumblr media
⸻ 𝒍𝒔𝒅𝒍𝒏 𝒄𝒂𝒔𝒕 𝒂𝒔 𝒃𝒐𝒐𝒌 𝒕𝒓𝒐𝒑𝒆𝒔 📖✒️
parte 1: felipe otaño e simón hempe
obs.: oi gatinhas, irei repartir esse prompt em 3 partes porque sinto que ficaram grandes e não quero que fique maçante de ler!!! sintam-se a vontade para comentar comigo e dar ideias! atualmente me sinto confortável para escrever com seis deles (enzo, matí, pipe, simon, kuku e fran), e ainda estou criando coragem pra escrever coisas mais explícitas e bem desenvolvidas
obs.²: provavelmente vão ter alguns errinhos aqui e ali e pfvr não me matem na parte do simón, é tudo ficção que que isso gente é brincadeira, calma lá
tw.: menção à religião/catolicismo (plmdds SEM a intenção de ferir ninguém e nenhum costume ou crença), cnc (é muito ligeiro, porém contextualmente no do hempe), espanhol fajuto. mdni
𝒑𝒊𝒑𝒆: romance de verão + strangers to lovers 
verão de 2023, punta cana, república dominicana. você conversa animadamente com as outras meninas que te ajudam a arrumar as mesas de café da manhã do hotel. apesar de não fazerem parte da equipe da cozinha e sim da equipe de atividades ao ar livre e recreação, o resort onde você tinha arranjado intercâmbio cultural para desenrolar ainda mais seu espanhol (portunhol) estava lotado. 
na noite anterior haviam recebido um grupo enorme de jovens vindos do uruguai, argentina e chile, por isso todos ficaram sobrecarregados. é claro que, para recompensar as tarefas a mais, o gerente havia dito que os intercambistas poderiam participar do lual que aconteceria no outro final de semana, o que era razoável ao seu ver. 
na quarta você ajudava com atividades de trilha, na quinta ficava no espaço kids e na sexta era na praia, ajudando os instrutores de surf. pelo menos, nas duas últimas semanas havia sido assim, mas naquela em específico, as aulas de surf nas quais você apenas auxiliava carregando boias e pranchas pra cima e pra baixo tinham ficado mais interessantes. 
você puxou o ar entredentes em uma expressão dolorosa quando deixou uma das latas de metal com parafina cair no seu mindinho enquanto tentava colocar uma prancha pequena de volta no suporte dentro do armazém, mas o susto foi maior quando uma mão grande pousou na sua cintura te dando apoio. "necesitas ayuda, linda? aquí", você viu braços torneados tomarem o objeto de suas mãos e colocarem facilmente no lugar certo. deu alguns passos para trás e sorriu ao ver o rapaz ali. 
os cabelos num tom castanho claro, totalmente bagunçados, as maçãs do rosto cobertas por sardinhas, os lábios carnudos e os olhos da mesmíssima cor que tinha o mar lá fora. não sabia por quanto tempo havia ficado ali parada, acanhada e com as bochechas ligeiramente coradas o encarando, mas havia sido tempo suficiente para que o rapaz desse um risinho soprado sem jeito e estendesse a mão "felipe... pipe. y tú?" 
seu nome se embolou na sua língua e o sorriso que felipe deu ao repeti-lo com o sotaque argentino fez com que suas pernas fraquejassem um bocado. ele não podia entrar no armazém, você informou, era apenas para funcionários. "ah si, pero me dijeron que sabes cómo llegar a la playita, no?" 
e no caminho até lá, ele te explicava que estava de férias com um grupo de amigos e familiares, e que na verdade não precisava das aulas de surf então haviam dito que ele poderia surfar na prainha onde nenhuma criança ou iniciante o incomodaria. e o otaño não sabia se era protocolo ou não que você o esperasse ali (não era), sentada na areia, enquanto ele arriscava uma onda ou outra, mas por algum motivo seu peito se enchia de um sentimento incomum e muito bom. 
depois da praia tiveram outros momentos, como quando ele ficara até tarde na sacada do quarto, fumando um paiero com a desculpa de que o sono não vinha, mas na verdade era porque ele conseguia ver a área de funcionários onde você estava conversando e comendo com os colegas. ou quando você havia prontamente se voluntariado para substituir um dos instrutores de trilha na segunda, tendo visto o nome do garoto com olhos cor de mar na lista. trocaram olhares silenciosos inúmeras vezes no trajeto até o topo do monte e quando regressaram, felipe te segurou o ombro com delicadeza, te fazendo virar para ele, curvando o rosto e ficando a centímetros de distância só para tirar "uma folhinha" presa no seu cabelo. 
era tudo tão sutil com ele, quieto, mas tão profundo e ambos sabiam exatamente o que estava acontecendo. 
no entanto, foi apenas durante o lual que ele deu o primeiro passo, te chamando para dançar uma música quando o dj subitamente decidiu colocar uma melodia mais lenta. as mãos grandes e um pouco ásperas dele seguravam firme em sua cintura enquanto ele inspirava seu perfume, afundando o rosto na curvatura do seu pescoço. você deixava já que também aproveitava da proximidade para sentir o corpo forte dele contra o seu e com a pontinha dos dedos os músculos nos ombros e nuca do maior. 
quando pipe entrelaçou os dedos nos seus, te encarando com aqueles olhos meigos que transbordavam, a pergunta foi muda, mas você assentiu antes que ele sorrisse de canto e a puxasse para longe dali.
➵ e digo mais! se existisse qualquer dúvida sobre o que vcs estavam sentindo depois do primeiro beijo não restaria nenhuma. e ele vai querer te beijar mais e mais e mais, não só na boca, mas o corpo inteiro. você teria complicações já que o gerente começaria a desconfiar depois de ver um felipe otaño MUITO bagunçado e amassado saindo do banheiro de funcionários enquanto amarra os cordões do shorts e passa a mão pelos cabelos.
𝒔𝒊𝒎𝒐𝒏: paranormal/religioso + monster fucking
seu primeiro ano na casa de formação de freiras não estava sendo fácil. talvez fosse por sua história, ou então por ter duas tatuagens pequenas (uma perto do pulso e outra na parte detrás do braço). de qualquer maneira, as outras irmãs em formação não iam com a sua cara ou com o fato de que você já era bem mais velha que a maioria das garotas ali entre 14 e 18 anos. 
pra piorar, tinham três semanas que você vinha sofrendo alguns tipos de ataque. não físicos, mas espirituais. via sombras e silhuetas com o canto dos olhos, sentia calafrios quando o dia estava ensolarado e ficava febria em algumas partes do corpo bem específicas quando a temperatura caía, além de ter a sensação de que não vinha descansando nada durante o sono. 
quando decidiu conversar com as irmãs superiores, a única instrução que recebera fora a de rezar não somente o pai nosso antes de dormir, mas rezar a ave maria, para que esta lhe acalentasse. e, na primeira noite em que o fez, adiantou. na segunda, apesar de ter demorado a dormir (porque jurava ter ouvido um ranger de passos no chão de madeira de seu dormitório, que não tinha mais ninguém além de você), também conseguiu. e depois de cinco noites bem dormidas, sua guarda baixou, e no sexto dia, sua consciência já cansada da rotina de afazeres não se lembrou de reza alguma antes de se afundar nos lençóis macios. 
o cochilo estava bom, seu corpo num estado de relaxamento intenso, a brisa que soprava da janela era fresca, e a mão que lhe acariciava os fios languidos era um deleite depois de tanto tempo sem qualquer tipo de afeto. seus olhos abriram de forma arregalada, no ímpeto, quando seu cérebro processou a informação, mas o quarto estava um breu só para ver qualquer coisa, além disso... a janela estava fechada, e brisa alguma entrava em realidade. 
ouviu um estalar de língua sarcástico, vindo do mesmo canto onde ouvira o chão de madeira ranger dias atrás, seguido de uma voz rouca e grave "te asusté, pequeña?", sua vontade era de perguntar quem estava ali e se sabia que numa casa de formação eram proibidas figuras masculinas, mas suas cordas vocais não te obedeciam. "sin respuesta, eh? pero cuando estuviste orando todo estos días para que me fuera... ay! me dolió mucho". o chão chiou quando a silhueta caminhou para fora da penumbra até onde fachos de luz do luar iluminavam e bem ali à sua frente estava um dos homens mais lindos que já tinha visto. 
era alto, grande, a pele parecia ter um tom oliva quente e o sorriso que sustentava fez seu coração disparar alguns batimentos, não vestia camisa e usava uma calça de linho preto. quando este se sentou na beira da cama e se prostou sobre si, voltando a enrolar uma mecha de seu cabelo nos dedos compridos, você soltou um resmungo, impedida de falar. apesar de seus olhos ainda atentos e bem abertos, você não sentia medo, mas sim uma curiosidade e inquietação perigosas. 
"sshh... tranquila... aunqué no lo mereces, cuidaré bien de ti", sussurrou em seu ouvido, te fazendo boquiaberta quando a sensação úmida e quente da língua alheia se fez presente em seu lóbulo. a mão grande deslizou de seu cabelo, delineando sua bochecha e rodeando seu pescoço por meros segundos, com a ponta dos dedos cuidadosos, sentindo a textura do pequeno terço que usava. a corrente prateada adornada com algumas pedras e pérolas, e o crucifixo no pingente. 
"que lindo collar tienes... te molesta emprestarme, cariño?", o sorriso que o maior lhe deu, agora bem mais de perto, mostrava seus caninos afiados enquanto tirava a peça de si, colocando nele mesmo. sua mente tentava racionalizar o que acontecia ali, apesar de que no fundo de seu coração você soubesse o que se passava. a madre sempre dizia que era importante elevar os pensamentos e orações para que sempre vibrasse amor e paz, mas você era fraca... o único maior problema que este era que a presença daquele ser em seu quarto não te deixava mal ou com medo, mas te fazia lembrar do pouco que havia vivido antes de adotar uma vida celibatária e de abnegação. 
sua atenção era tomada de volta somente quando os lábios dele a beijavam o ombro desnudo, onde a manga da camisola escorregara. um arfar escapou seus lábios sentindo o peso do corpo grande acima do seu. "desde que el gato te comió la lengua...", o homem segurou seu que rosto com uma só mão fazendo com que você percebesse ainda melhor como era desproporcionalmente maior que você, fazendo com que o encarasse. "te enseñaré que hay mejores cosas para adorar".
➵ e depois disso amgs seria só slap no flap da tcheca mesmo, o adorno de cruz na parede virando de ponta cabeça (não por causa de atividade paranormal e sim porque a cada vez que ele metesse a cabeceira da cama de solteiro bateria contra até o negócio cair), o teu tercinho no pescoço dele agr batendo bem no seu rosto enquanto ele te come de forma animalesca, mas sem deixar de te worshipar muito porque sabe que você tá há tempos sem um chamego e capaz de quando você tivesse pra gozar ficasse "meu deus, eu" e ele te cortasse na lata pra dizer "no hay ningún dios en eso cuarto, mi amor"
79 notes · View notes
kiwiskybe · 7 months ago
Text
sonhos que se tornam realidade, são os melhores - Pipe Otaño
Tumblr media
avisos: primeiramente, só leia se for +18 (aviso óbvio). não passem o endereço de vocês pra NENHUM estranho que vocês conhecem na Internet e fds se já se conhecem há anos ta, a reader é idiota e deu sorte (quem não gostaria de ser sequestrado por felipe otaño? 🫦🫦🫦), sexo desprotegido (NÃO!!!!!!!!), masturbação (pq sim 🫦), glub glub💦💦 (conhecido como sexo oral), pipe manhosinho delicia (amo), mommy kink
Tumblr media
você e felipe se conhecem há anos. se conheceram em uma rede social, no twitter, para ser mais específico. sempre quis conhecê-lo, passou a ser seu sonho depois de algumas longas memórias virtuais com o amigo. seus amigos sempre te falaram o quão esquisito era se apaixonar por alguém que você nunca viu na vida (principalmente quando ela morava em outro país), mas o tesão, meus amigos... o tesão move montanhas. é por isso que agora, você está em um avião, sentada do lado de um casal, indo para a argentina. você não combinou nada com o felipe, mas sabia que ele iria gostar da surpresa de te ver lá com ele.
não que você fosse doida, maluca da cabeça o suficiente para largar tudo e ir vê-lo, mas em todas as chances que tiveram algo deu errado. a questão não era só o tempo, mas quando um podia, o outro não. felipe já veio para o brasil em outras chances, mas foi a trabalho, é complicado se ver assim. por isso, que depois de anos juntando dinheiro, planejando e tudo que deveria ser feito, você decide pegar um avião para o país do garoto. ele já havia te passado o endereço da residência dele, assim como você também.
depois das três horas de voo, você finalmente chegou no país. respirou fundo, se sentindo totalmente maravilhada. fez todos os procedimentos que deveria fazer e pediu um táxi, provavelmente sairia mais alto do que simplesmente telefonar para o pipe, mas e a surpresa? passou o endereço para o motorista e foram até o local. o homem te ajudou com as malas, se apresentou como Simon. ele era bonito, mas nada se compara a beleza do otaño. sorriu educada e se despediu.
o argentino mora em uma casa mediana, normal e comum, porém bonita. parece ser grande o suficiente para só uma pessoa, que é o espaço perfeito de que ele precisa, afinal ele mora só. tocou a campainha da residência e logo ouviu o argentino gritar "já vai!" do outro lado, o que lhe arrancou um sorriso ao ouvir a voz já familiar. não demorou muito para que o argentino viesse abrir a porta, te olhando com os olhos arregalados por surpresa, te puxando pela cintura para um abraço forte e caloroso.
- pipe! estou fedendo! - você está suada por conta da viagem, algo normal.
- osh, foda-se. - e te abraçou mais ainda.
ele te puxou para entrar e pegou suas malas (que não eram muitas), te ajudando a se arrumar no local. pipe não tinha um quarto para hóspedes.
- eu fico no sofá. ele é confortável e vira cama, olha! - ele puxou a parte lateral do sofá deixando na parte da frente, transformando-o em algo muito parecido com uma cama.
- pipe, não precisa. - você riu. - eu fico aqui.
- eu sou o dono da casa. eu escolho!
você mostra o dedo do meio e começa a ajeitar suas coisas.
- eu preciso tomar um banho. onde fica o banheiro?
- fica ali. - ele apontou em direção a única porta no corredor direito. - eu fico aqui arrumando as coisas. não esperava visisitas, meu quarto tá uma bagunça. - ele riu.
- relaxa, pipe. vou lá. - pegou uma mala que mais parecia uma bolsa e se dirigiu ao banheiro.
foi logo retirando toda a roupa que estava usando. o vestido azul marinho que destaca a coloração da sua pele, caiu no chão como um deslize e depois, as roupas íntimas também cairam no chão branco e gelado do cômodo. você não tardou ao entrar no box médio, ligando o chuveiro aproveitando a água morna que caía na sua pele cansada. o banho foi bom para relaxar e claro, tirar o cheiro de aeroporto e cansaço. foi quando percebeu que não havia pego uma toalha.
- Pipe!! - gritou do banheiro, desligando o chuveiro para que ele pudesse ouvir.- Esqueci minha toalha!
ele respondeu com algo em espanhol, coisa que você não conseguiu compreender direito, então apenas saiu do box esperando a toalha. foi quando ele abriu a porta sem nem bater que você se lembrou que havia se esquecido de trancar. o garoto estava olhando para baixo quando chegou, mas rapidamente levantou o rosto e paralisou. o rosto do mais velho ficou vermelho parecendo um pimentão, pela falta de melanina no rosto, lhe causava a impressão de que o rubor nas bochechas dele eram ainda mais escuras e fortes. os olhos dele desceram diretamente para os seus seios, mas você não conseguiu chamar a atenção do garoto ou tampar o corpo com as mãos, ficou lá paralisada assim como ele. ele, então, limpou a garganta e te entregou a toalha sem ao menos dizer algo e saiu apressado do cômodo. você ficou lá, segurando a toalha macia de cor branca.
[...]
após se sacar e por um roupa mais confortável - um short preto básico (link) e uma camisa mais longa também azul, você saiu do banheiro, indo diretamente para a sala onde encontrou o mais velho sentado no sofá com um travesseiro no colo, com a mesma coloração nas bochechas porém já havia clareado um pouco. você se sentou ao lado dele e arrumou a postura para que pudesse deitar no travesseiro que está no colo do rapaz. o olhava por baixo, admirando a barba rala por fazer, o nariz avantajado e o brilho do olhar dele, mas a respiração passou a ficar mais... ofegante? ansiosa? talvez ambos quando você encontrou a cabeça ali, afundando o objeto contra o colo do rapaz, tal que saiu abruptamente do sofá quase te levantando junto, te arrancando um grunhinho surpreso, mas você permaneceu deitada no sofá.
- vamos ver um filme? - disse apressado -. vem! vamos lá no meu quarto que a tv é melhor!
ele não esperou sua resposta, apenas te puxou pelo pulso e te guiou - puxou - para o cômodo citado. de fato, a televisão era muito melhor do que a da sala. é maior e parece ser daquelas com qualidade de imagem que da pra ver até os poros dos atores. se deitaram na cama de casal dele e se aconchegaram para ver o filme, o melhor que estava passando.
- nem te ofereci, quer comida?
você riu. ele realmente não levava jeito para ser anfitrião, bem do jeito que você lembra que ele comentou no twitter. felizmente, não está com fome e com certeza, ele também (caso contrário, certeza que teria lembrado de te oferecer comida).
- não, pipe. Obrigada, estou bem.
você sorriu e ele também. você se virou para ele, ficando de costas. o garoto parecia estar mais calmo agora. o filme estava passando e vocês assistiram quietos, prestando atenção em todos os detalhes, até que você sentiu e ele te abraçando, segurando sua cintura com certa possessão. quem visse de fora acharia que vocês eram um casal dormindo de continha - a pose que estavam -. sentiu uma respiração mais pesada batendo na lateral-esquerda do seu pescoço, olhando de canto pôde ver os olhos azuis lindos e brilhantes do homem - com h maiusculo - fechados. ele parecia estar dormindo. aproveitou os créditos subindo e decidiu fechar os olhos também.
depois de sabe se lá quanto tempo depois, você acorda com uma coisa que parecia ser uma estocada na sua bunda. você resmunga, se ajeitando mas não se levanta, apenas rebola um pouco para se ajeitar, ainda de olhos fechados. mas não demora muito para as mãos do mais velho passarem pelo seu corpo, segurando sua cintura, ainda deixando estocadas cobertas pelas roupas. se virou, ainda sonolenta e viu o rosto imaculado de Pipe dormindo, com a boca entreaberta. abaixou o olhar e se deparou com a bermuda preta do garoto marcada com algo que era definitivamente o pau dele. o que te acordou de fato foi o gemido fraco e baixo que escapou dos lábios rosadinhos do garoto. sem se prolongar, desceu a mão até o membro duro do argentino o apertando, arrancando um resmungo mais alto. passou a mão por cima da bermuda, fazendo um carinho leve enquanto observava as expressões do de olhos azuis, que aos poucos acordava. por deus, tomare que ele não veja problema em ser acordado assim, mas em sua defesa, você acordou com uma pressão fodida na bunda...
- boa noite, pipe. - ele te encarou confuso, o que te fez sorrir. - sonhou com o quê?
- hm.. nada. - sua mão havia parado de tocá-lo, mas revirou os olhos quando ouviu a sua resposta e desceu a mão para o lugar anterior novamente, tal ação que arrancou um gemido manhoso do garoto. - porra...
- tem certeza que não sonhou com alguma coisa? - riu. - tava gemendo meu nome todo desesperado, me surrando com essa pica. não quer me contar? - passou a deixar selares na pele exposta do pescoço do garoto que passou a gemer mais ainda quando sua mão começou a de fato tocá-lo, pois adentrou a peça de roupa e a cueca, passando a punhetar o pau do garoto da forma que podia. o coitado só sabia gemer e gemer, pedindo por mais.
- vamos reproduzir esse sonho? - você deixou um selar nos lábios dele e se afastou para conseguir a resposta. ele apenas assentiu desperado. - palavras, neném. - seu dedo pressionava a fenda do garoto, causando uma sensação gostosa mas angustiante.
- p-por favor.
você sorriu satisfeita e deixou a pica do garoto, que resmumgou. você se ajoelhou na cama e sem você pedir, ele se sentou encostando as costas na cabiceira. você retirou a blusa que utilizava lentamente, apenas para atiçar ainda mais o garoto que ao tentar te tocar para que retirasse logo aquela peça de roupa, recebeu um tapa na mão.
- eu deixei?
ele engoliu seco e voltou a ficar quietinho.
finalmente aquela peça saiu do corpo, depois retirou o sutiã enquanto pipe olhava tudo hipnotizado. o rosto branco corado, praticamente babava com os seus seios perfeitos, imaginando se você o deixaria mamar neles. voltou a se aproximar dele, para que retirasse as peças de baixo dele que te ajudou, levantando o quadril. ele mesmo retirou a camisa e a jogou em algum lugar. você ainda está de short, então o retirou e retirou a calcinha também. você se sentou no colo dele, apoiando as mãos nos ombros fortes porém nada exagerado do garoto.
- o que eu fiz por você naquele sonho, neném? - arranhava os peitos bonitos do garoto, enquanto rebolava como uma verdadeira putinha no pau abaixo de si, deixava selares, lambidas, mordidas e chupões por toda a área do pescoço do de olhos azuis.
ele gemia sofrego, querendo te foder logo. não sabia se podia te tocar ou não, ou se você deixaria que ele gozasse dentro para te encher com toda a porra dele. só esse pensamento já faz os olhos dele revirarem e fora que também tem o fato de ter aqueles seios lindos tão perto dele.
- mamí... - chamou e você respondeu com "hm?" - me chupa, por favor. - ele não aguentou e colocou as mãos na sua cintura, apertando levemente te ajudando nas investidas no próprio membro.
- vai ser um bom garoto e gemer meu nome quando gozar? - ele assente e como punição, você apenas para de se mexer e logo ele responde "sim, mamí. serei um bom garoto."
é estranho ele ser mais velho mas se comportar assim na cama? talvez, mas isso está te deixando com as pernas bambas e não pode e nem consegue esconder. sua boceta fica enxarcada toda vez que ele geme, que ele implora, que ele te deixa no controle. o puxou para um beijo cheio de desejo, usavam e abusavam das línguas e era você que gemia toda vez que as línguas se esbarravam o que parecia deixar o garoto cada vez mais excitado. você, então, desceu os beijos até a virilha do rapaz deixando beijinhos e antes de abocanhar totalmente o comprimento a sua frente, olhou para o dono dele e sorriu. não demorou para colocá-lo na boca e chupar com maestria, o deixando todo babado. dava uma atenção especial para a cabecinha rosinha e com as mãos, massageava os testículos do rapaz. este que tombou a cabeça para trás gemendo seu nome, pedindo por mais, dizendo "isso" e "assim", te dizendo as maiores obscenidades sobre a sua boca, te elogiando, vez ou outra ele te xingava mas sempre que isso acontecia, um aperto forte em um dos seus testículos era desferido e ele se calava.
- mamí, e-eu não vou aguentar mais...
isso apenas lhe serviu para que você se empenhasse mais e mais, o masturbando e chupando. quando ele segurou seu cabelo apenas para lhe fazer carinho, você quis ronronar mas não, dessa vez, quem irá ronronar será ele. não demorou muito para que ele viesse por inteiro na sua boca, em jatos quentes, gemendo manhoso o seu nome assim como pediu - mandou -. a respiração ofegante, o peito subindo e descendo e alguns fios grudados na testa pelo suor. quando ele te olhou, te viu engolindo a porra inteira dele e ainda lambendo os lábios, só aquilo já foi o suficiente para deixá-lo duro de novo. o que te arrancou um risinho.
você se ajeitou e antes mesmo dele dizer qualquer coisa, se sentou em cima do colo do garoto novamente e segurou o pau completamente babado e quentinho do garoto e o guiou até a sua entrada, arrancando um gemido dos dois, em uníssono. suas mãos foram ao encontro dos fios castanhos e ele levou a boca até a sua, te beijando enquanto você cavalgava nele completamente necessitada. iria se viciar naquela pica, isso se já não estivesse. agarrou aqueles fios, puxando. ambos gemiam durante o beijo e por felipe já ter sido estimulado o bastante, ele estava mais sensível então não iria aguentar muito, principalmente ao ver aqueles seus peitos balançando bem perto dele. ele não aguenta e começa a massagear um deles, enquanto belisca o biquinho do outro. você, já imersa no próprio prazer e ansiosa para gozar, arranha os braços dele para descontar todo o prazer que sentia. não demorou muito para que ambos gozassem. pipe te deixando toda cheia, tanto que vazava um pouquinho e você, deixando o pau do garoto todo meladinho com o seu mel.
- foi assim que você sonhou?
- foi até melhor. - ele te puxou para mais um beijo.
Tumblr media
queria um pipe todo manhoso sei la me gatilhei com isso 🖕🖕🖕🖕🖕 (quero dar pra ele)
38 notes · View notes
ataldaprotagonista · 8 months ago
Text
você, kuku e fer contigiani (ao mesmo tempo hihi)
Tumblr media
Ao mesmo tempo...
Porra, desde que fizeram aquela peça juntos - peça essa que encenavam um triângulo amoroso - não tirava eles da cabeça.
Beijava e era beijada pelos dois... ao mesmo tempo.
E mesmo sendo uma atriz muito profissional, não conseguia deixar de pensar e fantasiar no ato de realmente ser invadida por eles... ao mesmo tempo.
Ambos eram calmos, serenos, mais velhos, bem maiores que você e te respeitavam, ouviam e entendiam como ninguém.
Na última apresentação da temporada, um dos patrocinadores deu de presente, a vocês três, um fim de semana exclusivo com tudo incluso em um chalé no sul argentino. Um motorista buscaria vocês em casa, levaria até o local e pegaria vocês novamente domingo de noite.
Poderiam levar acompanhantes mas não chegou a pensar em ninguém. Não pensou porque suas duas unicas opções já estavam completamente convidadas.
Passou a semana toda ansiosa se perguntando quem eles levariam para lá.
Familiares? Namoradas? Ficantes? Noivas? ESPOSAS?
Montou sua malinha com roupas quentinhas pois averiguou a previsão e faria frio, tomou um banho relaxante, ficou cheirosa e bonita. Deitou na cama, mexeu no celular por um tempo, respondeu alguns fãs e já recebeu uma mensagem de Kuku. 
"pronta?"
"sim e você?"
Largou o celular na cama com os pensamentos a mil sobre essa viagenzinha, mas logo a notificação pipocou com a mensagem de Contigiani.
"estamos aqui em baixo"
Seu coração começou a bater mais rápido quando trancou a porta de casa com uma mala média de rodinhas em mãos, desceu o elevador do seu apartamento no centro de Buenos Aires e um carro preto grande estava parado na frente do portão. Se despediu do porteiro com um aceno e ao descer as escadas para chegar na porta Esteban saiu todo lindinho de dentro do veículo e abriu o portão para você.
Ele vestia calças beges, um tênis da nike e um moletom, sem touca e sem zíper, azul escuro com as mangas levemente erguidas = gostoso.
- Oi, chiquita - disse te abraçando e logo pegou sua mala e bolsa de mão. Enquanto ele depositava as coisas no porta-malas você ja foi entrando no carrão e deu de cara com o moreno esparramado no banco.
Ele vestia os mesmos modelos que Kukurizcka, porém, tudo preto.
Era um carro grande e espaçoso, quase como uma limousine, então tinham três bancos e o último canto era uma bancadinha com potinhos recheados de doces e, pasmem, uma mini geladeira.
- Linda!! - ele te cumprimento puxando para um abraço pela parte de trás do pescoço, maldade a dele pois você ficou toda arrepiadinha - Eai, animada? - Esteban entrou, sentou ao seu lado e fechou a porta.
O motorista logo deu partida.
- Eu tô e vocês? - eles responderam afirmações com belos sorrisos no rosto - Cadê as convidadas de vocês?
Eles se encararam e algo dentro de você acendeu.
- Você vai ser a nossa companhia - respondeu Fernando com um sorrisinho no rosto, que te fez corar.
- É, b-bom... nós pensamos que seria legal esse momento só nós três, né Fer? - disse Esteban.
O moreno assentiu.
- Sim, um fim de semana de amigos - mas o sorrisinho que estampava e não saia do rosto dele, indicava outra coisa.
...
A viagem de quatro horas até o chalé foi tranquila, ouviram música, conversaram, dormiram...  Esteban tinha levado uma cobertinha e vocês dividiram durante o trajeto. Sem perceber acabaram encostados um no outro.
Chegaram e você foi a primeira a explorar cada cômodo daquele lugar, abrir cada porta e explorar cada cantinho. Eles vieram atrás rindo da sua empolgação e carregando as malas. Eram três quartos com cama de casal e então cada um se instalou em um quarto. 
Como ainda estava cedo, faltando poucas horas para o por do sol, vocês foram dar uma volta ao redor, passaram por um lago, animais, tiraram fotinhos mas esfriou tanto que decidiram retornar  à casinha de madeira acolhedora.
- Carajo, linda - disse o moreno pegando na sua mão assim que entraram em casa, você escutou o som da porta grande de madeira batendo atrás de si - Sua mão está congelando. Olha só, Kuku - o mais velho se aproximou e encostou na sua mão.
- É verdade, chiquita. Tienemos que hacer algo, si?
Você revezou olhares entre um e outro.
- A-acho que eu tomo um banho rápido e já me esquento.
- Noo, no necessitas, bebita - por que a voz de Contigiani soava tão malicioso - Venha aca - te arrastou para o sofá da sala - O que acha de uma massagem, huh?
Puta merda, o que eles tão fazendo? 
Tão burrinha que é, não chegou a imaginar o papo que rolou no camarim do moreno depois que eles souberam desse presente que receberam.
"- Porra, Esteban vai ser a nossa chance!
- Hermano, não sei se ela vai ficar afim...
- Como assim "não sei se ela vai ficar afim"? Porra, só falta ela gozar quando a gente amassa ela no palco.
- É que ela é uma ótima atriz, né porra.
- Não disse que ela não era. Só que... aqueles olhares sedentos, nem Fernanda Montenegro - que você citava tanto e fez eles assitirem tudo disponível dela - seria capaz - Kuku riu e se encarou no espelho reflentindo...
- Tudo bem, mas só se ela beijar um de nós primeiro."
Então sim.
Eles te queriam tanto quanto você queria eles.
Mas não foi fácil quando, pra te esquentar, abriram o zíper do seu casaco e o jogaram longe.
- Vai me deixar pelada pra me esquenta, é? - falou divertida, não entendendo a situação. Eles riram e você se sentiu tão pequena entre eles.
- Tranquilla, chiquita - falou Esteban a sua frente enquanto Fer estava parado logo atrás.
- A gente só quer saber se a gente tá certo numa coisinha aí, né Kuku?
- Q-que coisinha? - questionou inebriada pelo perfume deles se misturando ao seu, ao mesmo tempo que sentia Contigiane apoiando a cabeça dele no topo da sua enquanto enlaçava sua cintura.
As mãos bobas dele passearam pelas laterais do seu corpo fazendo com que você se arrepiasse mais ainda, deixando os mamilos durinhos quase que a mostra na blusa de manga cumprida, sem sutiã,  que vestia por baixo do casaco.
- Que você é taradinha na gente - sussurrou no seu ouvido como se fosse nada. Seu corpo todo se enrigeceu, engoliu em seco e respondeu:
- D-do que vocês tão falando?
- Ah, então não é verdade?
- O quê?
- Que você fica molhadinha quando a gente te agarra em cena?
Sim, você ficava.
Porra!
Cadê a lobona femme fattalle brasileira sedenta faminta que devora rapazes e não fica encolhidinha tremendo tipo uma ovelha?
Surpreendendo os dois, e a si mesma, respondeu:
- Fico.
A cara de choque estampada no rosto de Esteban demonstrava a mesma reação de Contigiane logo atrás, eles realmente não esperavam você se abrir tão de pressa. Esticou as mãos e com uma certa dificuldade, pela diferença de altura, puxou o pescoço de Kuku, fazendo com que os rostos se aproximassem.
- Fico molhada, cheia de tesão.... eai? - olhou perigosamente pra trás - Vão fazer o quê?
No instante seguinte Fernando atacou seu pescoço com os lábios mácios e sua boca foi de encontro a do mais velho. Beijava o loirinho e era beijada pelo moreno.
As mãos eram grandes, confusas e ágeis indo e vindo pelo seu corpo arrepiado.
Aos poucos as peças de roupa chegaram ao chão e você estava sentada no sofá peluciado com Fer maltratando seus seios e Kuku se deliciando com lambidas e chupadas lá em baixo.
- Olha que safada, Kuku. Teve coragem pra admitir que é uma putinha doida pra dar pra nós dois - falou dando tapinhas nos peitos e beijos no rosto. Acho que o mais velho nem ouviu, tava batendo uma ouvindo seus gemidos enquanto te devorava. - Fala, linda. Fala o que você é.
E você falou.
- Boa garota.
- Kuku - gemeu alcançando os cabelos dele, estava quase gozando. Ele ergueu a cabeça e você se frustrou um pouco. Poxa, estava quase lá.
- Vai gozar no meu pau - falou ficando de pé e você se assustou ao ver o tamanho e a beleza daquele pau. Ele sentou na poltrona próxima ao sofá e deu dois tapinhas na coxa, você pensou que poderia ter gozado ali mesmo, só com aquela cena.
Queria chupar os dois, ao mesmo tempo, antes de tudo, mas sabia que teria tempo pra isso mais tarde.
Com uma falsa timidez se aproximou dele, sentando de frente, com uma perna de cada lado. Começou indo para frente e pra trás, deixando-o lubrificado com sua própria excitação. Ele jogou a cabeça e braços pra trás e gemeu.
- Ué? - você disse cruzando os braços fingindo confusão.
Ele te encarou com o sorrisinho sacana e perguntou arrastado o que tava acontecendo:
- Qué paso ahora, cariño?
- Nem fiz nada e já tá derretido aí - brincou e ele rindo te puxou pela parte de trás do pescoço para um beijo. Você espalmou as mãos nos ombros dele e percebeu quando a mãozona de Kuku se esgueirou por debaixo encaixando a cabeça do pau na sua entrada.
Você gemeu e escorregou para baixo sentindo tudo. 
Ambos gemeram a medida que você se movia.
Fernando se masturbava do sofá observando a cena, só esperando o momento de te atacar também. Ele dizia mais algumas coisas mas você tava focada naquele pau enorme te invadindo e nos gemidos retraídos que ouvia.
Mais sentadas (as melhores da vida do Kuku) e o mais velho arriscou brincar com seu clitóris. Foi ali que tudo acabou pra você.
- P-posso d-dentro? - as frases desconexas dele deixaram claras as intenções.
E sim, tudo o que você mais queria era sentí-lo dentro.
Depois que respondeu um "sim" trêmulo e ansioso, não demorou muito para gozarem.
Não teve muito tempo para descansar do orgasmo deitada sobre o loiro.
- Ela é minha agora - falou te puxando pra cima e tirando do colo dele.
Tinha o gozo de Esteban dentro, mas com Fernando não tinha tempo ruim.... te deitou desajeitadamente no sofá, colocou a cabecinha dentro, segurou seu pescoço para então meter o comprimento.
Você gemeu, mas tinha que manter seu olhar no dele.
- Se gozou com ele, quero que goze comigo. - deu um tapinha no rosto quando viu você ficando molinha de cansaço e tesão - Hm? Consegue? Perra. Ou quando o Kuku te encheu de porra ficou toda bobinha.
Sentiu cada investida dele dentro de você.
***
Já haviam tomado banho, estavam aquecidos e  jantando juntos numa mesa circular com um bom vinho e luz de velas, Kuku estava mais próximo e tava acabando com todo o queijo ralado.
- Que bonitinha,  aguentou nós dois ao mesmo tempo - falou ele com óculos de grau dando dois tapinhas na sua cabeça depois de engolir uma colherada de macarrão com carne de cordeiro (e cheia de queijo) - Mas quero ver quando vai aguentar um em cada buraco ao mesmo tempo - finalizou te deixando vermelha.
- E eu, quero ver quando vai levar os dois no mesmo buraco, ao mesmo tempo - brincou Fer, te fazendo arregalar os olhos e os dois rirem. 
- Relaxa, nena. - o loiro se aproximou dando um beijinho na sua bochecha.
- Isso, relaxa! - continuou o moreno - Temos o resto do final de semana todo pra fazer isso acontecer.
Tumblr media
olha oq eu achei:
Tumblr media
as mãos, mulheres, as maos
45 notes · View notes
mrerio · 11 days ago
Text
Nosso primeiro Encontro - Parte I
- Oi, pode falar?
- Ei, posso sim....
Seu telefone toca
- Ei Blue, como está? Está tudo bem?
- Estou ótima e você, Mr.?
- Estou bem também... Queria saber se você curte concertos. Ganhei um par de ingressos e queria te chamar, tenho certeza que vai adorar ir.
- Nossa, concerto? Música clássica? Não sei...
- Mais ou menos, vai ter uma orquestra, coisa bem bacana...
- Ain.... Não sei... Que dia vai ser?
- Vai ser sábado, começa às 18:30, temos de estar lá 18:15, se atrasarmos, só podemos entrar no próximo intervalo.
- Hummmm eu nunca fui, não sei se gosto...
- Olha, confia em mim, a gente sai pra jantar depois, você vai adorar...
- Acho que nem tenho roupa pra isso...
- Ah! Não se preocupe, não é evento de black tie... Pode ir tranquila....
- Tá bom, te encontro onde?
- Passo aí e te pego, pode ser? 17:30?
- Vou te mandar meu endereço...
Depois de meses de conversas pelo celular, piadas, histórias e desabafos, a gente ia se ver de verdade. Eu fiquei super empolgado quando peguei os ingressos e seu nome foi o primeiro que passou pela minha cabeça.
O concerto e a saída depois pra jantar não saiam da minha cabeça, imaginava cada minuto e conversávamos durante a semana e foram as conversas mais legais que tivemos.
No sábado, fui ao barbeiro, cortei o cabelo, tirei a barba, mandei lavar o carro, geral, completa no carro, pus o cheirinho de carro que eu mais gosto, comprei umas flores e preparei um presente que eu mesmo faço, coloquei uma roupa bem bacana e o meu melhor perfume.
- Ei moon, cheguei, to aqui na porta - Foi a mensagem que te mandei.
- To indo...
Te espero fora do carro com as flores na mão e uma sacolinha com o presente e você aparece na portaria, linda, vestido preto, uma jaquetinha por cima, salto alto, cabelos soltos e um sorriso que iluminava o rosto, tudo ficou em câmera lenta enquanto você descia a escada. Eu caminho ao seu encontro, nos abraçamos, que abraço gostoso você tem, quente e aconchegante. Te dou um beijinho no rosto.
- Finalmente, moon? Toma é pra você - Te estendo as flores
- Ai, obrigada, não precisava!!
Você repara nas flores e parece bem familiar, eu tinha encontrado umas flores que foram utilizadas por Tolkien em seus livros e uma fita amarrava elas, na fita estava um broche, uma folha de Lorien.
- O broche é magnético tá, assim não estraga suas roupas. E aqui um presentinho!
- O que é? Tem um cheiro bom! - Você abre a sacola e pega uma vela que estava lá dentro.
- Espero que goste, é ótimo para poder relaxar , ler um livro, até durante o banho é uma boa de usar, sou eu mesmo quem faz.
- Nossa Mr. que delícia, obrigada, não precisava!
- É a primeira vez que a gente se encontra, tenho de deixar uma boa impressão.
Abro a porta do carro para você entrar. Dentro do carro você tira a jaquetinha e coloca o broche e fica muito bom. Eu digo que se quiser pode colocar as coisas no banco de trás e vamos para o concerto. No caminho, uma conversa bem descontraída, risadinhas. Eu estava bem nervoso com tudo.
Chegamos no evento e te ofereço o braço para segurar enquanto andamos até chegar na entrada.
- Ah que fofo!
Eu dou um sorriso e vamos para a entrada.
- Relaxa amigo, não precisa ficar tenso - Você percebeu meu nervosismo e sussurra pra mim segurando meu braço.
- Haha, eu vou ficar já já... - Te respondo em um tom alegre.
O evento era um concerto a luz de velas e o tema? Senhor dos Anéis, o cartaz enorme na entrada anunciava o evento.
- Eu nunca iria imaginar que ia ser um concerto sobre o LOTR.
- Achei que as flores e o broche seriam uma dica boa!
Os lugares eram ótimos, víamos a orquestra toda a uma boa distancia do palco e o show foi maravilhoso, eu olhava pra você e seu rosto não escondia horas nenhuma o quanto estava adorando o show. Nas partes mais emocionantes você até apertava meu braço e colocava a cabeça no meu ombro. Aliás, gostei muito você ter segurado no meu braço o tempo todo, desde a saída do carro até depois da saída do evento.
- E aí, quer ir comer algo? Dar um passeio?
- Cláro, o que programou pra gente?
- Tem um restaurante legal que pensei em te levar, depois a gente pode ir pra uma praça, se quiser.
- Vamos então pro restaurante...
Conversamos muito sobre o dia, sobre o show, sobre o que estávamos lendo, coisas que gostávamos de fazer, você tomava um vinho, enquanto eu estava tomando um suco.
No restaurante eu pago a conta e pego um sorvete e vamos dar um passeio por uma praça que você sabia que era legal de conversar.
- O show foi ótimo, obrigada por convidar!
- Sabia que ia gostar, experiência ótima...
Estávamos tomando sorvete no banco da praça, que tinha uma quantidade boa de pessoas, bem iluminada. Foi quando bateu um vento frio e você treme com a queda da temperatura.
- Nossa, deixei a jaqueta no carro.
Eu coloco meu paletó em você.
- Eu estava ansioso por te ver sabe? Tem muito tempo que a gente conversa e quando rolou a oportunidade não pensei duas vezes em te chamar.
- Eu estava com receio.... fiquei com medo de.. seilá... mas foi completamente diferente do que eu achava que ia ser.
- Espero que diferente pra melhor - Sorrio olhando pra você.
- Não, é, nossa, não quis.... Foi pra melhor mesmo...
A gente cai na gargalhada enquanto suas bochechas coravam.
- Relaxa moony, não precisa ficar tensa...
- Tensa eu? - Você sorri - Você que estava mais tenso que corda de piano. Eu nem sei o motivo.
- É que eu fico assim mesmo, sem reação quando tem uma moça bonita perto. Uma amigo meu me chama de "Rajesh" por causa disso.
- Não me diga que você bebeu antes de falar comigo mas não quis beber no restaurante com a desculpa de dirigir?
- Ah não, hahha, eu só tomei um remédio - E a gente cai na gargalhada com toda essa referencia de cultura pop.
A gente vai levando um papo bem bacana, trocamos olhares, toques, tudo bem natural durante um bom tempo.
- Eu amei a noite sabia? Foi tudo bem melhor que eu imaginava - Você fala num tom doce.
Sua voz entrava nos meus ouvidos e me fazia viajar pra longe, tudo em você era uma sinfonia bem arranjada, sua voz gostosa, sua pele clara com as tatuagens, o vestido adornava sua silhueta, suas unhas pintadas destacavam suas mãos macias e frias e o broche combinava bem com você e destacava seus olhos, sempre que sorria um sol acendia, seu perfume era uma maravilha, parecia um jardim bem cuidado numa manhã.
- Sua companhia fez tudo valer a pena. - Eu retruco
- As flores são lindas e o broche também - Você diz olhando pra ele e passando a mão.
- Você gostou mesmo?
- Sim, muito - E nesse momento um vento muito frio sopra e você me abraça. Eu coloco meus braços por dentro do meu paletó te abraçando forte,
- Humm ta quentinho aqui... gostoso... - Você diz...
A gente se olha por uns segundos, ou minutos, sei lá, um nos braços do outro, o friozinho, nossos perfumes, o clima pedindo um beijo. Sinto seu coração bater forte, o meu também, nossos lábios se tocam. Que delícia de lábios você tem: macios, com um toque incrível e doce. Nossas línguas se entrelaçam, minhas mãos nas suas costas tocavam sua pele macia, meus braços te apertavam contra mim, os seus me apertavam conta você. Que noite perfeita, eu não imaginava que ia rolar isso, não programei, e era simplesmente sensacional.
Eu beijava seu pescoço e sentia seu perfume que me deixava cada vez mais atraído, minha mão na sua cintura te acariciava as curvas, a outra mão na sua nuca arranhava seu pescoço e segurava seus cabelos. Perdi ainda mais a noção do tempo com você aos beijos e abraços. Arrepios e suspiros a cada toque, a cada olhar no fundo do olho. E quando era você quem me beijava o pescoço era uma mistura de sensações incrível, sua mão passeando pelos meus braços pareciam que me dava uns choques, sua perna sobre a minha então...
- Nossa... que delicia - Você se afasta um pouco de mim.
- Você está demais sabia? Melhorou muito mais a minha noite...
Você respira fundo se recompondo, de repente o clima tinha ficado muuuuuito quente, aquele calor gostoso de dois corpos quando se atraem e se tocam, quando a química combina.
- Você planejou bem a noite, né?
- Eu só planejei até o restaurante, na minha cabeça você não ia topar conversar numa praça tomando sorvete? - Respondo te fazendo um carinho no com uma mão.
- Nossa, porque não? - Você diz admirada.
- Sei lá, tomar sorvete numa praça parece meio brega e antiquado. Programa de casalzinho...
- Você não é muito convencional né? - Diz chegando bem perto do meu rosto.
- É verdade, um pouquinho... - Te dou alguns selinhos...
- Nossa esfriou de novo...
- Você quer sair daqui?
- É que tá gostoso com você!
- A gente pode continuar juntinho, se você topar, pode ir lá pra casa... - Eu sito você tremer com essa proposta, não sei se era receio ou vontade mesmo. - Eu prometo que vou me comportar.
Você coloca as duas pernas no meu colo e quando eu coloco uma mão no seu joelho é que percebo o quanto você estava sentindo frio.
- Eu não vim preparada, não esperava isso.
- Vamos pro carro, tá muito frio. - Te pego pela mão e vou te conduzindo - Se o problema é por ser primeira vez, você pode falar com alguém ou sua mandar localização.
A gente vai caminhando e beijando até chegar no carro, onde o clima esquenta mais um pouco, agora estávamos em um lugar mais reservado.
Os beijos estavam bem acalorados, você abriu uns botões da minha camisa e colocou uma das mãos lá dentro, a sensação de esquentar elas com a minha pele era muito excitante. Minha mão sentia a pele da sua perna ainda arrepiada do frio, você abre um pouquinho o vestido na frente, só pra me deixar mais doido com tudo.
- Toca pra sua casa vai...
Sem pestanejar eu ligo o carro enquanto você abotoa a minha camisa, trocamos beijos e abraços em cada sinal vermelho e conversas durante todo o caminho.
- Entra moon, fica a vontade... Quer alguma coisa? Tem vinho, cerveja na geladeira, água....
- Vinho...
Eu busco o vinho, duas taças e colheres, tomamos o vinho e o sorvete sentados no sofá, carícias e beijos bem quentes rolavam ali mesmo na sala.
Você levanta, fica de frente pra mim... A visão era incrível, eu te olhava de cima a baixo, suas pernas, suas coxas grossas me hipnotizavam, o vestido um pouco levantado exaltava bem seu corpo, e o fato de ser gordinha me excitava mais ainda.
- Quer que eu tire seus sapatos? - Te pergunto.
Você coloca um pé na frente, e eu o puxo, fazendo você pisar no sofá, beijo sua canela, abro a fivela do sapato e retiro ele enquanto meus lábios sobem beijando suas pernas. Faço o mesmo na outra perna e quando olho pra cima, você passava as mãos entre seus seios de olhos fechados e suspirando fundo, eu aproveitava para beijar a parte de dentro de suas coxas.
Você puxa minha cabeça pelos cabelos para trás e me empurra para encostar no sofá, puxa o vestido um pouco mais pra cima e senta no meu colo. Minhas mãos seguram sua cintura, te apertando, meus lábios percorrem seus ombros e pescoço, suas mãos abrem a minha camisa, seus quadris se movimentam no meu colo fazendo um vai e vem.
Minha boca procura seu colo e o beija, deslizando ente os seios. Meus ouvidos se deliciam com o seu gemido baixinho. Você puxa a minha cabeça e me beija calorosamente. Enquanto isso, minhas mãos descem da sua cintura, tomando coragem, seguro seu bumbum. Aperto com força, te puxo e empurro no mesmo movimento que você fazia.
Você levanta mais uma vez, eu sento na beirada do sofá, minhas mãos percorrem a lateral do seu corpo e bem de vagar vou abrindo o zíper da frente. Sua altura era perfeita para que eu pudesse abrir seu vestido bem de vagar e te beijar seguindo a abertura.
Ao abrir pude ver seu sutiã rendado preto que usava por baixo, seus maravilhosos seios que ganharam uns bons beijos. O zíper não ia até o final do vestido, mas o suficiente para deixar até sua barriga livre para receber meus lábios que avançaram nela como uma criança nos docinhos de uma festa. Te beijo toda, te adoro inteirinha, minhas mãos entram por baixo do vestido e te acariciam apertam forte.
Eu te sento no sofá, o vestido alto me deixava ver que usava uma calcinha de renda também.
- Alguém já saiu de casa com segundas intenções...
- Nunca se sabe né...
Eu me ajoelho na sua frente beijo suas coxas, chupo e até dou umas mordidinhas, vou subindo, você bebe um pouco mais de vinho e puxa a minha cabeça pelos cabelos até chegar no meio das suas pernas...
Te beijo por cima da calcinha mesmo, dava pra sentir que estava bem excitada, muito molhada e que usava um perfume nela também, que era muito gostoso por sinal. Afasto sua calcinha pro lado e te chupo como quem chupa uma fruta deliciosa, encho a boca com a sua boceta molhada, te beijo, dou lambidas bem fundas.
Minha língua passeia por ela todinha, de baixo pra cima, de cima pra baixo, chupo seu grelo, seu clitóris, sinto seu gostinho maravilhoso na minha boca, minhas mãos te tocam, meus dedos te penetram, seus gemidos ocupam a sala. você tira a minha camisa enquanto eu te chupava e me puxa pra cima de você, me beija sentindo o seu mel na minha boca ainda, e abre a minha calça.
Você me faz levantar e beija o meu corpo todo, eu seguro seus cabelos, te apertando contra mim. Cada beijo seu é um gemido meu também. Você tira a minha calça com a cueca, me masturba com suas mãos macias e me chupa de um jeito incrível, sua boca era quente, seus lábios macios. Eu tiro uma das alças do seu sutiã e acaricio o seio exposto, redondinho, lindo... não via a hora da minha boca pode provar cara um deles.
Você levanta e me empurra pra que eu sentasse no sofá de novo e vem por cima de mim. Afasta a calcinha pro lado e senta em mim.
Que sensação, você estava tão molhada que penetro facilmente você, arrancamos gemidos um do outro. Enquanto você senta em mim, eu me movimento também, aproveito para matar minha vontade e dou uma boa atenção para seu seio exposto, beijando, chupando, lambendo, uma mão no seio que ainda estava no sutiã, o outro braço te abraçando.
Voltamos a nos beijar, você acelera os movimentos em cima de mim, e geme mais, sua voz me deixava maluco, eu te abraço forte e te beijo o pescoço, você geme no meu ouvido, seu corpo começa a tremer e perder o compasso. Sinto você me apertar forte em um abraço, prende a respiração por uns segundos, solta um gemido longo e para de movimentar. Eu continuo movimentando, sentindo você gozar em mim.
- Para, para.. por favor... - Você pede com uma voz rouca.
Atendo o seu pedido, mas continuo ali sentindo o cheiro do seu perfume no seu pescoço, acariciando suas costas nuas, passando meu rosto no seu pescoço com carinho, sentindo sua respiração voltar ao normal.
Ficamos ali, abraçados sentindo a pele um do outro, nos acariciando...
Continua...
10 notes · View notes
tecontos · 10 days ago
Text
Nosso primeiro Encontro - Parte I
By; @mrerio
- Oi, pode falar?
- Ei, posso sim....
Seu telefone toca
- Ei Blue, como está? Está tudo bem?
- Estou ótima e você, Mr.?
- Estou bem também... Queria saber se você curte concertos. Ganhei um par de ingressos e queria te chamar, tenho certeza que vai adorar ir.
- Nossa, concerto? Música clássica? Não sei...
- Mais ou menos, vai ter uma orquestra, coisa bem bacana...
- Ain.... Não sei... Que dia vai ser?
- Vai ser sábado, começa às 18:30, temos de estar lá 18:15, se atrasarmos, só podemos entrar no próximo intervalo.
- Hummmm eu nunca fui, não sei se gosto...
- Olha, confia em mim, a gente sai pra jantar depois, você vai adorar...
- Acho que nem tenho roupa pra isso...
- Ah! Não se preocupe, não é evento de black tie... Pode ir tranquila....
- Tá bom, te encontro onde?
- Passo aí e te pego, pode ser? 17:30?
- Vou te mandar meu endereço...
Depois de meses de conversas pelo celular, piadas, histórias e desabafos, a gente ia se ver de verdade. Eu fiquei super empolgado quando peguei os ingressos e seu nome foi o primeiro que passou pela minha cabeça.
O concerto e a saída depois pra jantar não saiam da minha cabeça, imaginava cada minuto e conversávamos durante a semana e foram as conversas mais legais que tivemos.
No sábado, fui ao barbeiro, cortei o cabelo, tirei a barba, mandei lavar o carro, geral, completa no carro, pus o cheirinho de carro que eu mais gosto, comprei umas flores e preparei um presente que eu mesmo faço, coloquei uma roupa bem bacana e o meu melhor perfume.
- Ei moon, cheguei, to aqui na porta - Foi a mensagem que te mandei.
- To indo...
Te espero fora do carro com as flores na mão e uma sacolinha com o presente e você aparece na portaria, linda, vestido preto, uma jaquetinha por cima, salto alto, cabelos soltos e um sorriso que iluminava o rosto, tudo ficou em câmera lenta enquanto você descia a escada. Eu caminho ao seu encontro, nos abraçamos, que abraço gostoso você tem, quente e aconchegante. Te dou um beijinho no rosto.
- Finalmente, moon? Toma é pra você - Te estendo as flores
- Ai, obrigada, não precisava!!
Você repara nas flores e parece bem familiar, eu tinha encontrado umas flores que foram utilizadas por Tolkien em seus livros e uma fita amarrava elas, na fita estava um broche, uma folha de Lorien.
- O broche é magnético tá, assim não estraga suas roupas. E aqui um presentinho!
- O que é? Tem um cheiro bom! - Você abre a sacola e pega uma vela que estava lá dentro.
- Espero que goste, é ótimo para poder relaxar , ler um livro, até durante o banho é uma boa de usar, sou eu mesmo quem faz.
- Nossa Mr. que delícia, obrigada, não precisava!
- É a primeira vez que a gente se encontra, tenho de deixar uma boa impressão.
Abro a porta do carro para você entrar. Dentro do carro você tira a jaquetinha e coloca o broche e fica muito bom. Eu digo que se quiser pode colocar as coisas no banco de trás e vamos para o concerto. No caminho, uma conversa bem descontraída, risadinhas. Eu estava bem nervoso com tudo.
Chegamos no evento e te ofereço o braço para segurar enquanto andamos até chegar na entrada.
- Ah que fofo!
Eu dou um sorriso e vamos para a entrada.
- Relaxa amigo, não precisa ficar tenso - Você percebeu meu nervosismo e sussurra pra mim segurando meu braço.
- Haha, eu vou ficar já já... - Te respondo em um tom alegre.
O evento era um concerto a luz de velas e o tema? Senhor dos Anéis, o cartaz enorme na entrada anunciava o evento.
- Eu nunca iria imaginar que ia ser um concerto sobre o LOTR.
- Achei que as flores e o broche seriam uma dica boa!
Os lugares eram ótimos, víamos a orquestra toda a uma boa distancia do palco e o show foi maravilhoso, eu olhava pra você e seu rosto não escondia horas nenhuma o quanto estava adorando o show. Nas partes mais emocionantes você até apertava meu braço e colocava a cabeça no meu ombro. Aliás, gostei muito você ter segurado no meu braço o tempo todo, desde a saída do carro até depois da saída do evento.
- E aí, quer ir comer algo? Dar um passeio?
- Cláro, o que programou pra gente?
- Tem um restaurante legal que pensei em te levar, depois a gente pode ir pra uma praça, se quiser.
- Vamos então pro restaurante...
Conversamos muito sobre o dia, sobre o show, sobre o que estávamos lendo, coisas que gostávamos de fazer, você tomava um vinho, enquanto eu estava tomando um suco.
No restaurante eu pago a conta e pego um sorvete e vamos dar um passeio por uma praça que você sabia que era legal de conversar.
- O show foi ótimo, obrigada por convidar!
- Sabia que ia gostar, experiência ótima...
Estávamos tomando sorvete no banco da praça, que tinha uma quantidade boa de pessoas, bem iluminada. Foi quando bateu um vento frio e você treme com a queda da temperatura.
- Nossa, deixei a jaqueta no carro.
Eu coloco meu paletó em você.
- Eu estava ansioso por te ver sabe? Tem muito tempo que a gente conversa e quando rolou a oportunidade não pensei duas vezes em te chamar.
- Eu estava com receio.... fiquei com medo de.. seilá... mas foi completamente diferente do que eu achava que ia ser.
- Espero que diferente pra melhor - Sorrio olhando pra você.
- Não, é, nossa, não quis.... Foi pra melhor mesmo...
A gente cai na gargalhada enquanto suas bochechas coravam.
- Relaxa moony, não precisa ficar tensa...
- Tensa eu? - Você sorri - Você que estava mais tenso que corda de piano. Eu nem sei o motivo.
- É que eu fico assim mesmo, sem reação quando tem uma moça bonita perto. Uma amigo meu me chama de "Rajesh" por causa disso.
- Não me diga que você bebeu antes de falar comigo mas não quis beber no restaurante com a desculpa de dirigir?
- Ah não, hahha, eu só tomei um remédio - E a gente cai na gargalhada com toda essa referencia de cultura pop.
A gente vai levando um papo bem bacana, trocamos olhares, toques, tudo bem natural durante um bom tempo.
- Eu amei a noite sabia? Foi tudo bem melhor que eu imaginava - Você fala num tom doce.
Sua voz entrava nos meus ouvidos e me fazia viajar pra longe, tudo em você era uma sinfonia bem arranjada, sua voz gostosa, sua pele clara com as tatuagens, o vestido adornava sua silhueta, suas unhas pintadas destacavam suas mãos macias e frias e o broche combinava bem com você e destacava seus olhos, sempre que sorria um sol acendia, seu perfume era uma maravilha, parecia um jardim bem cuidado numa manhã.
- Sua companhia fez tudo valer a pena. - Eu retruco
- As flores são lindas e o broche também - Você diz olhando pra ele e passando a mão.
- Você gostou mesmo?
- Sim, muito - E nesse momento um vento muito frio sopra e você me abraça. Eu coloco meus braços por dentro do meu paletó te abraçando forte,
- Humm ta quentinho aqui... gostoso... - Você diz...
A gente se olha por uns segundos, ou minutos, sei lá, um nos braços do outro, o friozinho, nossos perfumes, o clima pedindo um beijo. Sinto seu coração bater forte, o meu também, nossos lábios se tocam. Que delícia de lábios você tem: macios, com um toque incrível e doce. Nossas línguas se entrelaçam, minhas mãos nas suas costas tocavam sua pele macia, meus braços te apertavam contra mim, os seus me apertavam conta você. Que noite perfeita, eu não imaginava que ia rolar isso, não programei, e era simplesmente sensacional.
Eu beijava seu pescoço e sentia seu perfume que me deixava cada vez mais atraído, minha mão na sua cintura te acariciava as curvas, a outra mão na sua nuca arranhava seu pescoço e segurava seus cabelos. Perdi ainda mais a noção do tempo com você aos beijos e abraços. Arrepios e suspiros a cada toque, a cada olhar no fundo do olho. E quando era você quem me beijava o pescoço era uma mistura de sensações incrível, sua mão passeando pelos meus braços pareciam que me dava uns choques, sua perna sobre a minha então...
- Nossa... que delicia - Você se afasta um pouco de mim.
- Você está demais sabia? Melhorou muito mais a minha noite...
Você respira fundo se recompondo, de repente o clima tinha ficado muuuuuito quente, aquele calor gostoso de dois corpos quando se atraem e se tocam, quando a química combina.
- Você planejou bem a noite, né?
- Eu só planejei até o restaurante, na minha cabeça você não ia topar conversar numa praça tomando sorvete? - Respondo te fazendo um carinho no com uma mão.
- Nossa, porque não? - Você diz admirada.
- Sei lá, tomar sorvete numa praça parece meio brega e antiquado. Programa de casalzinho...
- Você não é muito convencional né? - Diz chegando bem perto do meu rosto.
- É verdade, um pouquinho... - Te dou alguns selinhos...
- Nossa esfriou de novo...
- Você quer sair daqui?
- É que tá gostoso com você!
- A gente pode continuar juntinho, se você topar, pode ir lá pra casa... - Eu sito você tremer com essa proposta, não sei se era receio ou vontade mesmo. - Eu prometo que vou me comportar.
Você coloca as duas pernas no meu colo e quando eu coloco uma mão no seu joelho é que percebo o quanto você estava sentindo frio.
- Eu não vim preparada, não esperava isso.
- Vamos pro carro, tá muito frio. - Te pego pela mão e vou te conduzindo - Se o problema é por ser primeira vez, você pode falar com alguém ou sua mandar localização.
A gente vai caminhando e beijando até chegar no carro, onde o clima esquenta mais um pouco, agora estávamos em um lugar mais reservado.
Os beijos estavam bem acalorados, você abriu uns botões da minha camisa e colocou uma das mãos lá dentro, a sensação de esquentar elas com a minha pele era muito excitante. Minha mão sentia a pele da sua perna ainda arrepiada do frio, você abre um pouquinho o vestido na frente, só pra me deixar mais doido com tudo.
- Toca pra sua casa vai...
Sem pestanejar eu ligo o carro enquanto você abotoa a minha camisa, trocamos beijos e abraços em cada sinal vermelho e conversas durante todo o caminho.
- Entra moon, fica a vontade... Quer alguma coisa? Tem vinho, cerveja na geladeira, água....
- Vinho...
Eu busco o vinho, duas taças e colheres, tomamos o vinho e o sorvete sentados no sofá, carícias e beijos bem quentes rolavam ali mesmo na sala.
Você levanta, fica de frente pra mim... A visão era incrível, eu te olhava de cima a baixo, suas pernas, suas coxas grossas me hipnotizavam, o vestido um pouco levantado exaltava bem seu corpo, e o fato de ser gordinha me excitava mais ainda.
- Quer que eu tire seus sapatos? - Te pergunto.
Você coloca um pé na frente, e eu o puxo, fazendo você pisar no sofá, beijo sua canela, abro a fivela do sapato e retiro ele enquanto meus lábios sobem beijando suas pernas. Faço o mesmo na outra perna e quando olho pra cima, você passava as mãos entre seus seios de olhos fechados e suspirando fundo, eu aproveitava para beijar a parte de dentro de suas coxas.
Você puxa minha cabeça pelos cabelos para trás e me empurra para encostar no sofá, puxa o vestido um pouco mais pra cima e senta no meu colo. Minhas mãos seguram sua cintura, te apertando, meus lábios percorrem seus ombros e pescoço, suas mãos abrem a minha camisa, seus quadris se movimentam no meu colo fazendo um vai e vem.
Minha boca procura seu colo e o beija, deslizando ente os seios. Meus ouvidos se deliciam com o seu gemido baixinho. Você puxa a minha cabeça e me beija calorosamente. Enquanto isso, minhas mãos descem da sua cintura, tomando coragem, seguro seu bumbum. Aperto com força, te puxo e empurro no mesmo movimento que você fazia.
Você levanta mais uma vez, eu sento na beirada do sofá, minhas mãos percorrem a lateral do seu corpo e bem de vagar vou abrindo o zíper da frente. Sua altura era perfeita para que eu pudesse abrir seu vestido bem de vagar e te beijar seguindo a abertura.
Ao abrir pude ver seu sutiã rendado preto que usava por baixo, seus maravilhosos seios que ganharam uns bons beijos. O zíper não ia até o final do vestido, mas o suficiente para deixar até sua barriga livre para receber meus lábios que avançaram nela como uma criança nos docinhos de uma festa. Te beijo toda, te adoro inteirinha, minhas mãos entram por baixo do vestido e te acariciam apertam forte.
Eu te sento no sofá, o vestido alto me deixava ver que usava uma calcinha de renda também.
- Alguém já saiu de casa com segundas intenções...
- Nunca se sabe né...
Eu me ajoelho na sua frente beijo suas coxas, chupo e até dou umas mordidinhas, vou subindo, você bebe um pouco mais de vinho e puxa a minha cabeça pelos cabelos até chegar no meio das suas pernas...
Te beijo por cima da calcinha mesmo, dava pra sentir que estava bem excitada, muito molhada e que usava um perfume nela também, que era muito gostoso por sinal. Afasto sua calcinha pro lado e te chupo como quem chupa uma fruta deliciosa, encho a boca com a sua boceta molhada, te beijo, dou lambidas bem fundas.
Minha língua passeia por ela todinha, de baixo pra cima, de cima pra baixo, chupo seu grelo, seu clitóris, sinto seu gostinho maravilhoso na minha boca, minhas mãos te tocam, meus dedos te penetram, seus gemidos ocupam a sala. você tira a minha camisa enquanto eu te chupava e me puxa pra cima de você, me beija sentindo o seu mel na minha boca ainda, e abre a minha calça.
Você me faz levantar e beija o meu corpo todo, eu seguro seus cabelos, te apertando contra mim. Cada beijo seu é um gemido meu também. Você tira a minha calça com a cueca, me masturba com suas mãos macias e me chupa de um jeito incrível, sua boca era quente, seus lábios macios. Eu tiro uma das alças do seu sutiã e acaricio o seio exposto, redondinho, lindo... não via a hora da minha boca pode provar cara um deles.
Você levanta e me empurra pra que eu sentasse no sofá de novo e vem por cima de mim. Afasta a calcinha pro lado e senta em mim.
Que sensação, você estava tão molhada que penetro facilmente você, arrancamos gemidos um do outro. Enquanto você senta em mim, eu me movimento também, aproveito para matar minha vontade e dou uma boa atenção para seu seio exposto, beijando, chupando, lambendo, uma mão no seio que ainda estava no sutiã, o outro braço te abraçando.
Voltamos a nos beijar, você acelera os movimentos em cima de mim, e geme mais, sua voz me deixava maluco, eu te abraço forte e te beijo o pescoço, você geme no meu ouvido, seu corpo começa a tremer e perder o compasso. Sinto você me apertar forte em um abraço, prende a respiração por uns segundos, solta um gemido longo e para de movimentar. Eu continuo movimentando, sentindo você gozar em mim.
- Para, para.. por favor... - Você pede com uma voz rouca.
Atendo o seu pedido, mas continuo ali sentindo o cheiro do seu perfume no seu pescoço, acariciando suas costas nuas, passando meu rosto no seu pescoço com carinho, sentindo sua respiração voltar ao normal.
Ficamos ali, abraçados sentindo a pele um do outro, nos acariciando...
Continua...
Enviado ao Te Contos por mrerio.tumblr.com
8 notes · View notes
tachlys · 6 months ago
Text
Tumblr media Tumblr media Tumblr media
↝ I cannot bear my sorrow, I hate who I was before and fear I won't live to see the day tomorrow, someone tell me if this is hell? p.o.v. achlys
@silencehq trilha sonorahow can i escape this endless labyrinth of suffering?tw: ptsd/tept, flashbacks, luto, perda, morte.
A noite era um inimigo íntimo de Achlys, um tempo que ele preferia evitar, mas que inevitavelmente o alcançava. O vazio do teto acima dele parecia refletir o abismo que sentia por dentro. Mesmo estando sóbrio, ajudando no acampamento, e treinando até a exaustão, a dor persistia. Ela se infiltrava em seus pensamentos, corroendo-o de dentro para fora.
O álcool era uma antiga companheira, uma fuga temporária que ele conhecia bem, mas sabia que nunca seria suficiente para escapar verdadeiramente. O alívio que trazia era fugaz, e quando a embriaguez passava, a dor parecia ainda mais afiada.
Fechando os olhos, ele não encontrava a paz, mas sim o rosto de Penny, uma lembrança que se recusava a desvanecer. Mais de uma década havia se passado, mas os detalhes permaneciam tão vívidos quanto antes. Penny, a filha de Afrodite, era a única que conhecera o verdadeiro Achlys, o garoto que escondia seu maior segredo, aquele que cometera atos impensáveis para salvar sua mãe. E, ao contrário do que ele sempre temeu, ela não o rejeitou. Ao contrário, ela o acolheu.
A lembrança de seus braços ao redor dele, das mãos dela acariciando seu rosto, e daquelas palavras simples, mas devastadoras, "você é bom, Achlys, eu sei que é" o assombravam. Nunca antes alguém o fizera sentir-se digno, e aquela aceitação foi tanto um bálsamo quanto uma maldição. Penny o conheceu, o viu por inteiro, e mesmo assim o aceitou, o que só tornava a perda mais dolorosa.
Ele sentia falta dela, da forma como os cabelos loiros e indomáveis emolduravam o rosto, dos olhos expressivos escondidos atrás dos óculos, da risada que iluminava até os dias mais sombrios, e dos beijos que carregavam uma ternura que ele nunca mais encontrou. Achlys olhava para as próprias mãos, que tremiam ligeiramente. Como podia ele, acabar destruindo tudo e todos que amava?
In a little while i'll be gone, the moment's already passed, yeah, it's gone and I'm not here.
A culpa e a dor eram companhias constantes para Achlys, sombras que se arrastavam com ele em cada passo. Enquanto estava sentado na cama do chalé, o desespero o tomou por completo, o choro silencioso escapando sem permissão. Seu pé batia nervosamente no chão, uma tentativa inútil de manter o controle sobre uma mente que estava à beira do colapso. A visão turva o levava de volta ao passado, para o dia em que o destino, cruel e impiedoso, arrancou Penny de sua vida de forma brutal.
As palavras que ecoavam em sua mente eram uma maldição. "Eu te amo." Penny morreu logo após dizê-las, e ele, em sua própria loucura, professou seu amor para um corpo sem vida. Aquele dia o havia marcado de forma irreparável, e desde então, as palavras que uma vez carregavam tanto significado foram pronunciadas apenas uma vez mais, para outra pessoa. Mas a culpa, como um parasita, não o deixava esquecer que foi sua própria incapacidade de controlar seus poderes que levou à morte de Penny.
Achlys havia tentado explicar a Quíron o que aconteceu, mas como poderia? Como poderia descrever o horror de sentir a vida da mulher ser drenada pelas próprias mãos, mesmo que acidentalmente? Ele havia tirado a vida de alguém que amava, e isso o perseguiria até o dia de sua morte. Cada vez que tentava se convencer de que poderia ser bom, de que poderia ser diferente, a realidade o lembrava de que ele era um ceifador, que trazia morte onde quer que fosse.
A respiração acelerada, o peito ardendo em dor, eram sensações familiares. Mas o que realmente o aterrorizava era o inevitável retorno àquela noite, quando ele segurou o corpo sem vida de Penny e soluçou em desespero. A lembrança era tão vívida que, por um momento, ele quase acreditava que estava vivendo tudo novamente. Foi Aleksei, seu melhor amigo, que o trouxe de volta à realidade naquele dia. Mas Achlys se perguntava se Aleksei o via como o monstro que ele acreditava ser. Anne, sua mãe, sempre dizia que ele era igual ao pai, e ele começava a acreditar nisso. Talvez sua sina fosse realmente a destruição, a morte.
Tentou trabalhar na respiração, contando de um a dez e de dez a zero, mas nada parecia funcionar. O rosto molhado pelas lágrimas era um lembrete da dor que ele carregava. Sentia-se impotente, preso em um ciclo de autossabotagem do qual não conseguia escapar. O peso da maldição de Afrodite, que parecia apenas confirmar o que ele sempre soube no fundo: seu amor era amaldiçoado, e ele estava condenado a trazer destruição para aqueles que se aproximavam.
Em um esforço desesperado para escapar daquela dor, Achlys decidiu fazer alguns push-ups. Precisava sentir algo, qualquer coisa, que não fosse aquela angústia sufocante. Cada movimento era uma tentativa de focar em algo físico, algo que ele pudesse controlar, algo que não o lembrasse do monstro que acreditava ser. Enquanto seus músculos queimavam com o esforço, ele se concentrava na dor física, uma bem-vinda distração do caos que se desenrolava em sua mente. Mas, mesmo enquanto fazia isso, sabia que a dor emocional estava apenas temporariamente adormecida, pronta para ressurgir assim que ele parasse.
16 notes · View notes