#thomas de leu
Explore tagged Tumblr posts
antihhero · 14 hours ago
Note
🐾, 💐, 🎫, 📖 + nalini
🐾 do you have any pets ? if so , what kind and what is their name ?
Nalini tem uma gata de pelagem branca com cinza chamada Ariel, que adotou aos vinte e quatro anos quando se mudou para um apartamento no Brooklyn, pela primeira vez sozinha. Ela ficou na casa de seus pais quando se mudou para Bend, mas Nalini sempre teve planos de trazê-la consigo. Além disso, os quatro cachorros de Thomas que também são um pouco seus.
💐 what is your favorite kind of flower ?
O jasmim é a sua flor preferida desde criança. Uma das vizinhas da casa de seus pais tem um jardim com diversos tipos de flores e, desde pequena, Nalini era encantada pelo perfume e pela beleza do jasmim. Não é uma planta comum em locais frios, então a sua vizinha era a única que tinha uma flor tão bonita quanto aquela.
🎫 what was the last concert you went to ?
O último show em que Nalini esteve foi um da SZA, no ano anterior. Tinha ingressos comprados para o Coachella daquele ano, mas acabou vendendo o seu porque tinha comprado para ir com Carter e alguns amigos dele. Os shows eram na metade de abril e eles terminaram no início daquele mês.
📖 do you like to read ? if so , whats your favorite book ?
Não é uma daquelas pessoas que está sempre carregando um livro, mas gosta bastante de ler e incentiva seus alunos a começarem o hábito da leitura desde cedo, logo que aprendem a ler. O seu livro preferido da vida é O Jardim Secreto, que leu diversas vezes ao longo de sua vida (sendo a primeira quando era criança). Além disso, é apaixonada pelos livros da saga Harry Potter e o terceiro é o seu favorito.
11 notes · View notes
odarlingerrado · 9 months ago
Text
Tumblr media
Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você JAMES THOMAS DARLING. Você veio de NOVA YORK, ESTADOS UNIDOS e costumava ser NADADOR PROFISSIONAL por lá antes de ser enviado para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava JOGANDO VÍDEO GAME tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser DISCIPLINADO, mas você não deixa de ser um baita de um ARROGANTE… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de O DARLING PERDIDO na história PETER PAN… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
Tumblr media
RESUMO : James Darling (Sim, este é seu sobrenome de verdade, uma grande ironia, veja só) era, até pouco tempo atrás, um nadador profissional, natural do Queens, Nova York. Antes de se tornar um Perdido, ele estava focado em treinar para os Jogos Olímpicos. Agora... bom, agora ele está perdidinho da silva em um mundo que ele não entende muito bem, tendo que aceitar que pode acabar se tornando um personagem de conto de fadas caso alguém não conserte logo a situação. Ele está feliz com isso? Não mesmo. Mas ele não vê outra escolha a não ser lidar com a situação.
*Bio completa + curiosidades bacaninhas logo abaixo :)
O ANTES
Se você, caro leitor, se interessa bastante por esportes ou pelo menos gosta de acompanhar as olimpíadas de 4 em 4 anos, então é quase certo que já tenha ouvido o nome James Darling pelo menos uma vez. Membro da equipe de natação dos Estados Unidos, você talvez se lembre. Um rapaz ainda novato, eu diria, pois participou de apenas uma Olimpíada até agora, mas que já está sendo chamado de o próximo Michael Phelps. Tudo bem, isso não é bem verdade. Só ele mesmo pensa assim. A verdade, no entanto, é que ele estava começando mesmo a se destacar, e a olimpíada na França seria sua grande chance de fazer seu nome! 
É, você leu certo. Seria, se ele não tivesse se metido na maior confusão de sua vida e ido parar em um um outro mundo, que ele não achava ser real nem em seus sonhos mais loucos. Mas vamos falar sobre isso já já. Primeiro, talvez você precise de um pouco mais de informações sobre ele, até porque ele é um nadador e não um grande jogador de futebol americano.
James nasceu e foi criado no Queens, Nova York. Sendo filho único, sempre recebeu muita atenção de seus pais, o que era bom, porque ele sempre foi um garoto cheio de energia para gastar e precisava de muita supervisão, ou acabaria quebrando a casa inteira (e ele mesmo no processo). Ele também sempre foi bem mimado, afinal, era só ele, mas isso não vem ao caso agora. Sendo tão ativo, era natural que ele se interessasse por algum esporte enquanto crescia e, depois de tentar vários, a natação o conquistou.
Percebendo bem rápido que era disso que gostava, ele passou a se dedicar 100% aos seus treinos. James sempre se sentiu muito bem perto da água, o próprio Percy Jackson, se me permite dizer. Nadar sempre foi sua paixão, e algo no qual ele era muito, muito bom. Começou sua carreira participando de campeonatos escolares, depois campeonatos regionais, estaduais, passando para nacionais e internacionais, até conseguir uma vaga na equipe olímpica dos Estados Unidos. 
Não foi bem o maior destaque em sua primeira competição oficial por seu país, mas não fez feio também. Voltou para casa com duas medalhas de bronze e uma de prata, e agora sonha com a de ouro. James treinou como ninguém para as Olimpíadas que estão chegando. Estava completamente focado nisso, quando o livro apareceu em sua vida. E aí, nossa, tudo mudou.
É aqui que a diversão começa.
O AGORA
James ainda está tentando entender como diabos foi parar naquele lugar de malucos. Sim, malucos. Personagens de contos de fada sendo reais? Qual é, que loucura era aquela? Ele nunca se sentiu tão perdido quanto quando se viu preso naquele lugar, só de roupão, touquinha e sunga (porque veja bem, ele estava treinando, ok?).  Se lembrava de alguns contos por ter assistido um ou outro filme quando criança e por memes na internet, mas seu conhecimento sobre o assunto sempre foi bem limitado, o que certamente já começou a dificultar sua vida. 
Não está muito feliz em estar preso nesse lugar novo, afinal, ele tem uma droga de Olimpíada para participar em pouquíssimos meses e ele deveria estar treinando, não estudando sobre reinos fictícios. Mas já que não tem muito o que ele possa fazer… decidiu não nadar contra a maré. Ou não muito, pelo menos.
CURIOSIDADES:
Nasceu em 27 de Novembro. Possui 1,89m de altura. (O cara é alto). E é bissexual.
Sim, seu sobrenome real é Darling, exatamente como o de seus supostos "novos irmãos”. É uma grande coincidência, ou ironia do destino. Talvez esse seja o motivo de ele ter sido escolhido para esse conto, quem sabe. Ele não tem todas as respostas.
James sempre foi mais inclinado para a Pixar, portanto ele é muito mais familiarizado com filmes como Toy Story, Monstros S.A, Carros, Procurando Nemo, Carros e os Incríveis. Infelizmente, para ele, nenhum desses reinos se encontra presente ali. Que saco, né?
Das princesas ele sabe só o básico e é muito provável que ele se refira a elas como “aquela do vestido azul” ou “aquela do vestido amarelo” e provavelmente vai fazer confusão com todo mundo.
Ele tem uma rotina bem rígida de treinamentos, que consiste em 3 horas dentro da piscina de manhã e mais três à tarde, com uma hora e meia de academia a noite. Em suas pausas, ele costuma cochilar, e jogar videogame com seus amigos para espairecer. Ele vai tentar manter essa rotina de alguma forma, ou adaptar para fazer pelo menos metade disso, ou vai entrar em colapso.
Gosta muito de estar dentro de uma piscina.
Não gostou muito de sua descrição na história, afinal, ele não se vê como o irmão “estraga prazeres”. Ele achou isso um absurdo total (mas… bom, ele pode ser sim um pouco rabugento, especialmente no começo.)
Mesmo assim, ele ficou feliz e um tanto quanto aliviado por ter tido a sorte de fazer parte de um conto mais “normal” (afinal, os irmãos Darling vieram do mundo real, certo? Apenas de outro país, outra época…pelo menos é do que ele se lembra do filme que assistiu anos atrás.), e de ter um papel relativamente importante. No fim das contas, ele podia estar em uma situação bem pior. Ele podia ser a hiena número 4….
O rapaz tende a ser um pouquinho surtado (não agressivo, só de dar uns chiliques aqui e ali quando tá muito nervoso).
O que ele mais sente falta é da musica e dos jogos do mundo real.
12 notes · View notes
novosdefensores · 1 year ago
Note
MEUS AMORES A WANDA ESTÁ NAMORANDO COM O LOKI???????
Lorraine: Isso é ridículo. Loki está preso e Wanda já está em um relacionamento. Não entendi isso.
Tumblr media
Thomas: Nah calma, não diz mais nada. Onde foi que você leu essa pérola? Me diz o nome do site de fofocas que eu vou mandar um e-mail bem legal pra eles.
Tumblr media
8 notes · View notes
juventudepsiquica · 2 years ago
Text
Queda livre
Tumblr media
Recentemente, completou 50 anos desde que O Arco-Íris da Gravidade, de Thomas Pyncon, foi lançado. Muitos já escreveram sobre o livro, um dos mais importantes do século passado — inclusive Eu, assim que o li.
Após todo esse tempo, resta uma grande leitura a se fazer do livro: a de que vivemos nos tempos descritos por Pynchon em seu romance, que ainda que seja uma aventura com a II Guerra Mundial como pano de fundo, é essencialmente contemporânea.
Um texto da Wired é basicamente sobre isso:
Para chegar ao fundo dessa grande questão, Pynchon deve ter lido muito: sobre química sintética, profecia calvinista, cabala e reforma do alfabeto turco. Mas, acima de tudo, parece que ele leu sobre foguetes . Há um ponto na parábola de um foguete chamado Brennschluss (“burnout”, em alemão). Ele marca o momento em que o míssil esgota seu combustível e continua sua trajetória auxiliado apenas pelo impulso e pela força da gravidade. Como ele enquadra em seu romance seminal O Arco-Íris da Gravidade, a Segunda Guerra Mundial - com seus mísseis, campos de extermínio e bombas atômicas que selaram o pacto suicida da humanidade com a tecnologia - foi o Brennschluss da civilização, e estamos em queda livre desde então.
Guerras comerciais, complexos tecnológicos que não encontram problemas em negociar com nazistas, discussões sobre livre arbítrio, bruxaria, etc, Pynchon explodiu a cultura em pedaços e montou seu romance baseado nos cacos que repousam em tal Zona (após ele, apenas Neuromancer parece ter avançado em tal discussão, o que devo escrever em um texto futuro).
Antes de Don DeLillo e George Romero mostrarem supermercados e shoppings como templos do anseio espiritual, décadas antes de Fukuyama proclamar “o fim da história”, Pynchon viu que a nova ordem mundial era a incorporação: um arranjo tecnológico do capital global que desafiaria a nacionalidade e a moralidade . Cinquenta anos depois, essa consolidação do poder parece total. Os impérios individuais rivalizam com os PIBs de muitos países. Industriais privados efetivamente realizaram a fantasia do enlouquecido Capitão Blicero de Pynchon, que chama sua plataforma de lançamento de foguetes/masmorra sexual de “Pequeno Estado”
Vivemos todos em tal Era agora, que transformou um romance complexo, caótico, depravado e vulgar em um espelho da realidade cotidiana.
[Wired]
3 notes · View notes
higormarques · 28 days ago
Text
PREFÁCIO
O sino tocou anunciando o intervalo e os corredores da escola Thomas Beckett ganharam vida. Estudantes passavam apressados, buscando um espaço no pátio, enquanto o aroma de pão recém-assado escapava da cantina. Para Henry, aquele final de verão parecia como qualquer outro, mas ele não fazia ideia de que algo extraordinário estava prestes a acontecer.
Encostado no muro de tijolos do lado externo da escola, Henry lia O Morro dos Ventos Uivantes. Era um hábito dele: mergulhar em histórias durante o intervalo, enquanto a algazarra dos outros estudantes se tornava um pano de fundo confortável.
— Ei, Henry! — chamou Samantha, uma das poucas amigas que ele tolerava.
Ele ergueu o olhar, ajustando os óculos de armação fina. Samantha se aproximava com outra garota, Claire, e um rapaz que Henry nunca tinha visto antes. O estranho carregava um livro de capa desgastada em uma das mãos e parecia deslocado, como se estivesse fora de sintonia com o ritmo caótico da escola.
— Esse é Louis. Ele acabou de se mudar de Leeds. — disse Samantha com um sorriso amplo.
Louis levantou o olhar sem jeito e deu um aceno discreto.
— Henry. — respondeu, sem entusiasmo, mas não de forma rude. Apenas com a naturalidade de quem não sabia bem o que dizer.
Samantha continuou, gesticulando para o livro que Henry segurava.
— Henry ama livros. Aliás, eu acho que ele nunca leu outra coisa além disso no intervalo.
— E não vejo razão para mudar, Sam. — retrucou Henry, com um sorriso enviesado. — Você gosta de literatura? — perguntou, olhando para Louis.
Louis levantou o exemplar que segurava.
— O Grande Gatsby. Minha terceira vez lendo. É estranho, mas eu nunca me canso.
Henry arqueou uma sobrancelha, impressionado.
— É um dos meus favoritos. Acho que você vai gostar daqui.
Naquele instante, enquanto o burburinho ao redor deles parecia diminuir, Henry notou algo diferente. Louis não apenas respondia, ele parecia genuinamente interessado em conversar. Em poucos minutos, Samantha e Claire foram puxadas para longe pela turma de teatro, deixando Henry e Louis a sós.
— Então... Como é Leeds? — perguntou Henry, tentando preencher o silêncio.
Louis deu de ombros.
— Lotada, barulhenta... E solitária, às vezes. Acho que aqui vai ser diferente.
— Tem certeza disso? — Henry pergunta convidando Louis para olhar a gritaria da torcida na quadra de basquete próxima.
— Existe poesia no caos. — Louis observa a partida e volta o olhar para Henry com sorriso peculiar. 
— Você me parece daqueles que vivem entre a normalidade e a loucura. — Henry retribuiu o deboche brincando.
— “O teu sangue-frio não consegue ficar febril; corre-te nas veias água gelada, mas nas minhas está o sangue a ferver, e ver tanta frieza à minha frente deixa-me desvairada". — Louis manteve o sorriso ao citar Catherine Earnshaw, a personagem mimada do livro que Henry não se cansava de ler.
Henry sentiu um calor estranho no peito, algo que ele não soube nomear.
— Tem cara de quem vai cursar Literatura quando se cansar de direito por imposição dos pais. — Henry fita-o com um sorriso de meia boca.
— Enganou-se. Literatura já está na minha certidão de nascimento. — Louis responde mantendo o sorriso. 
Os dias seguintes transformaram o acaso em hábito. Louis e Henry passaram a se encontrar no intervalo, ora discutindo livros, ora falando sobre a escola ou sonhos distantes. A amizade deles crescia com uma facilidade que assustava e confortava ao mesmo tempo.
Foi durante a segunda semana que Grace, a mãe de Henry, os observou pela janela. Louis deixava Henry em casa depois da escola, pois era a primeira parada antes da sua e eles trocavam algumas palavras no portão antes que Henry entrasse. Grace, que arrumava a sala de estar, parou por um momento e olhou. Ela não sabia exatamente o porquê, mas algo na interação dos dois parecia diferente, íntimo de uma forma que ela não via com os outros amigos do filho.
Grace sempre desconfiou que Henry guardava algo sobre si mesmo. Não era exatamente uma certeza, mas uma intuição maternal. Ela temia que ele sofresse, que o mundo fosse cruel demais para sua sensibilidade. Mas acima de tudo, ela temia os próprios pais, conservadores e impiedosos com qualquer desvio do que consideravam “normal”.
Naquela noite, enquanto Henry lavava a louça, Grace resolveu testar o terreno.
— Então, aquele é Louis? — perguntou casualmente, entregando um prato para ele secar.
— Sim. Ele é novo na escola. Gosta de livros. É legal. — respondeu Henry, tentando parecer indiferente.
Grace sorriu.
— Sabe, acho que você deveria convidá-lo para jantar aqui um dia desses. Parece um bom rapaz e seria bom conhecê-lo melhor.
Henry parou por um instante, surpreso.
— É sério?
— Claro. Eu gosto de saber quem são os seus amigos.
Ele concordou, mas por dentro sentiu algo como alívio. Ele não sabia o motivo exato, mas a aceitação de Grace parecia importante.
_
O jantar aconteceu em um sábado. Louis chegou com um exemplar de Orgulho e Preconceito para Henry, e Grace preparou uma torta de carne com batatas que fez sucesso. Durante a refeição, as conversas fluíram com naturalidade. Louis falou sobre Leeds, sobre seu interesse em escrever um livro um dia e Grace o ouviu com atenção.
— Por falar em Leeds, como seus pais lidam com a sua vinda para Norwich? — Grace perguntou.
— Na verdade eu vim por uma necessidade mesmo. Minha irmã está recém separada e com meu sobrinho Jacob, de três anos, a vida se tornou difícil, já que meu ex cunhado foi embora para a Espanha. Eu mesmo me ofereci para vir passar uma temporada com ela. Minha mãe ficou receosa, mas diante do caos da vida da minha irmã, ela e meu pai acabaram se convencendo que seria uma boa ideia. E eu também não estava muito feliz em Leeds.
— Por ser muito lotada e barulhenta? — Henry perguntou referindo-se ao primeiro contato com Louis.
— Também. — Louis sorriu.
— Apesar de unir o útil ao agradável, foi um gesto nobre da sua parte. Eu sei bem como é uma separação e não ter família por perto. Você e sua irmã devem ter uma relação muito afetuosa. — supôs Grace.
— É… na medida do possível sim. — Louis tentou se esquivar. 
— Ah… irmãos sempre têm suas questões. — Grace sorriu tentando contemporizar.
— Esta é uma questão que eu nunca vou saber. — disse Henry.
— Você não gosta de ser filho único? — perguntou Louis.
— Não conheço outra realidade, então, não sei até que ponto isso é bom ou ruim. 
— O lado bom eu sei: você sempre foi muito mimado de atenção. Na medida certa, claro. — disse Grace sorrindo.
— É… isso eu não posso negar. 
— Mas, sabe, Louis… ainda que Henry não tivesse que dividir suas coisas com alguém ou vivesse ‘em paz’ sem ter que competir atenção com nenhum irmão, ele tem uma qualidade nata: generosidade. — Grace observou.
— Isso é muito bom. Acho que, por eu ser o caçula, minha irmã agiu um pouco diferente comigo. Ainda bem que isso mudou um pouco depois do nascimento de Jacob. Hoje o mimado da família é ele. Principalmente por mim. — disse Louis apoiando os talheres sobre o prato. — Muito obrigado senhora Grace! Essa torta estava maravilhosa. 
— Querido, coma mais! — Grace sorriu orgulhosa, afinal, para conquistá-la basta elogiar sua torta de carne. 
— Não, não! Muito obrigado! Estou satisfeito. 
— Ele está guardando espaço para a sobremesa mãe. — disse Henry quase gargalhando, deixando Louis envergonhado.
— Meu Deus, claro! Precisamos fechar este jantar com chave de ouro. — Grace se empolgou.
— Mãe, mãe… se acalme. Não precisa fazer suspense. Quando o convidei para o jantar deixei escapar que a banoffee é sua especialidade. E, por acaso, o doce que Louis mais ama na vida. Palavras dele. — Henry arrancou risadas dos dois.
_
Após o jantar, enquanto Henry e Louis subiam para o quarto, Grace ficou parada por um momento na cozinha, contemplativa. Ela sabia que havia algo mais na amizade entre os dois, mas decidiu não pressionar. “Ele vai me contar quando estiver pronto”, pensou.
No quarto, enquanto Henry tentava organizar a cama meio bagunçada, Louis mapeia o lugar com muito interesse. Henry esticou o lençol quando Louis avistou um álbum de fotos e logo tratou de folhear.
— Ah não, Louis! Esse álbum não! — Henry exclamou sem graça.
— Você era um bebê fofo e engraçado. — brincou Louis, rindo de uma foto em que Henry usava um chapéu de marinheiro.
Henry revirou os olhos, rindo também.
— Não era minha escolha, para sua informação.
Depois de rir de mais algumas fotos de Henry e ser vencido pelo anfitrião que -  corado de vergonha - pegou o álbum e guardou debaixo do travesseiro, Louis continuou explorando o lugar e avistou a estante de livros. Fixou o olhar em uma obra específica: O Diário de Anne Frank.
Louis levantou repentinamente e foi até o exemplar. Ao tocá-lo, uma nostalgia repentina revestiu seu olhar com uma camada de brilho que ele tentou disfarçar.
— Foi o primeiro livro que comprei na vida. — ele disse com um sorriso meio triste.
— Isso é bom ou ruim? Não consegui desvendar seu olhar. — disse Henry curioso.
— Foi minha avó quem me deu de presente de aniversário. — Louis permitiu que uma lágrima sutil se revelasse.
— Agora estou mais confuso ainda. Você disse que comprou…
— Desde a infância, eu sempre gostei de ler e, em todo aniversário, minha avó paterna me presenteava com livros. Quando tinha treze anos ela foi diagnosticada com um câncer e, com os meses, foi perdendo a visão. No meu aniversário de catorze anos ela já não enxergava mais nada. Neste dia, ela estava deitada na cama e pediu que eu me ajoelhasse ao seu lado, pois tinha um presente para mim. Pediu que eu abrisse a terceira gaveta da mesa de cabeceira e tirasse da sua carteira uma quantia em dinheiro para comprar um livro. Mas ela disse com a voz trêmula “estou lhe dando um presente, mas quero ganhar dois”.
— Quais? — Henry já estava apreensivo.
— Eu ri carinhosamente, pois ela era astuta e minha melhor amiga. Fiz a mesma pergunta que você e ela respondeu “encontre um livro que fale de esperança e, mesmo que haja desilusão, gostaria que lesse cada capítulo em voz alta, ao meu lado”.
Louis olhou para o teto e deixou as lágrimas seguirem seu curso.
— Você deve estar se perguntando se eu atendi ao pedido dela. A resposta é “sim” e “não”. Neste dia fui até uma livraria e comprei O Diário de Anne Frank. Todos os dias, quando voltava da escola eu lia um capítulo deitado ao lado dela na cama. 
— E por que o “não”? — Henry perguntou. 
— Infelizmente, não consegui terminar de ler por completo. Dezessete dias depois, às duas da tarde, mais ou menos, eu li em voz alta “Quem é feliz nunca acha que a felicidade é algo valioso. Mas quando você não tem felicidade, você a deseja com toda a sua alma." 
Louis, com o livro na mão e a voz embargada continuou:
— Olhei para o lado e ela havia descansado… eternamente. 
Henry deixou ser levado pelo impulso e abraçou Louis com uma força absurda. Os dois choraram por alguns instantes sem expressar uma palavra sequer. A conexão daquele abraço revelou a sensibilidade que ambos compartilhavam.
Passado aquele momento de emoção, eles se recompõem e continuam a descoberta sobre parte de suas vidas. Henry não estava apenas ouvindo um amigo. Ele estava observando cada detalhe: o movimento das mãos, o brilho nos olhos, o jeito como Louis franzia o cenho quando falava de algo que o emocionava.
E foi aí que tudo começou.
CAPÍTULO UM: A PRIMEIRA CARTA
Passadas três semanas do início das aulas, Jones, o professor de história entrou na sala animado. Ele era o mais amado pelas turmas. Excêntrico, com seus cabelos cacheados meio bagunçados, Jones transformava as aulas em verdadeiros momentos de descontração. Frequentemente juntava-se ao rígido professor de teatro, o grande senhor Frederich que, apesar da seriedade e jeito julgador, no fundo amava quando Jones excitava a turma a desenvolver seus instintos criativos. 
Jones colocou a pasta sob a mesa e gritou erguendo as mãos agindo como um obstetra que segura um troféu:
— Nasceu! —  fez uma pausa dramática. — Nasceu o príncipe!
— Meu pai chegou em casa falando a mesma coisa quando meu irmão veio ao mundo. — Samantha brincou.
— Não, Sam! Nasceu William Arthur Philip Louis! O Príncipe de Gales!
— Sim, professor! Minha mãe também chama meu irmão de príncipe. E, por acaso do destino, o senhor sabe que ele se chama Philip. E o sobrenome: egocêntrico. 
— Ora, ora, ora, minha querida Sam! Você parece adivinhar que hoje vamos falar de absolutismo! Aliás, alguém aqui poderia me citar um rei extremamente egocêntrico?
Neste momento, em que todos se mantêm calados, ouve-se duas batidas na porta. Louis abre devagar e pede licença perguntando se poderia entrar.
— Pode, meu caro. Mas só se citar um dos reis mais egocêntricos da história. 
— Luís XIV. — Louis responde, sem titubear. 
— Bravo! — Jones se empolga batendo palmas. — Qual o seu nome, rapaz?
— Louis Walker.
— E qual era o lema de Luis XIV já que vocês podem ser da mesma família?
— “O Estado sou eu”. — Louis responde.
— Bravo! Bravíssimo! — Jones estende-lhe a mão o convidando a sentar. — Mas, por favor, sente-se longe de Sam. Ela odeia egocentrismo.
Henry ficou de cabeça baixa, após a entrada de Louis. Ele tinha mania de rabiscar a própria assinatura quando estava ansioso ou nervoso. Louis sentou ao lado oposto da sala, mas deu olhada para Henry que lhe retribuiu com um sorriso.
— Professor, não entendi a euforia pelo nascimento do príncipe se já faz quase três anos. — pergunta Samantha intrigada.
— Ok, minha querida Sam. Isso explica meu retorno tardio ao ano letivo. Estive em Londres nas férias. E foi magnífico retornar à minha terra natal.
— Professor, o senhor vai à Londres todos os anos. Qual a novidade desta vez? — Sam insiste.
— Perspicácia é um dom. Você é muito boa nisso, Sam! — disse Jones. — Enfim, estão preparados? — Jones faz suspense.
— Sim! — grita a sala inteira.
— Eu vou ser pai!!! 
Os alunos ficam alvoroçados. Surgem as palmas, alguns gritam, outros batem com as mãos sobre a mesa. Por alguns segundos, houve uma euforia da sala comemorando a felicidade de Jones, que se curvou repetidas vezes diante da turma como se estivesse diante de uma plateia no fim de um espetáculo.
Passada a barulheira, Sam não se conteve em fazer seu comentário.
— A professora Rosie conseguiu esconder muito bem! Nenhum sinal sequer.
— Foi um pedido meu. — Jones se gabou. — No entanto, nem precisaria pedir. Ela é sempre mais reservada que eu.
George levantou da cadeira e foi até Jones. 
— Parabéns professor! — George foi até Jones apertar sua mão.
— Obrigado George. 
— Professor, isso é cena! — exclamou Sam gargalhando.
— Eu sei, minha cara perspicaz Sam. — Jones respondeu, em seguida, direcionando seu olhar para George. — Meu caro, Rosie ensinou você e a turma do seu fundão como é a reprodução humana na teoria, mas eu testei as fantasias de todos nós na prática, tá?
Todos gargalharam. George, também gargalhando, antes de voltar para sua cadeira depois de levar um empurrão carinhoso de Jones, para ao lado de Sam e diz em seu ouvido:
— Quero testar minhas fantasias com você! — e volta ao fundão.
— Cala a boca, George! — diz Sam gargalhando, sem maldade. 
Claire observa a cena e fica triste. Ela é a patricinha tímida da turma. Claire, muitas vezes é a sombra de Sam. Não por imposição ou maldade. Claire é naturalmente recatada e nutre uma paixão quase platônica por George, mas Sam nem sonha. A amizade entre elas é verdadeira, mas Claire sempre se colocou na posição oposta a Sam: fragilidade extrema e futilidades, por vezes, aceitáveis. Samantha, por sua vez, aproveita-se dessa amizade porque para ela, Claire aceita tudo e está sempre feliz, ou seja, o jeito despachado de Sam nunca incomodou Claire. Na verdade, Claire sempre desejou ser como Sam, mas, ao mesmo tempo, não se importa em ser como é, desde que a sua amiga esteja ali para lhe representar. 
— Festividades encerradas, vamos ao que interessa! — Jones começa sua aula. — Voltando ao absolutismo, minha intenção é falar sobre liberdade.
— Qu��?! — Sam indaga sem entender.
— Se acalmem, eu explico. Para chegarmos à liberdade, certamente, passamos por um período de prisão não é mesmo? — Jones pergunta retoricamente. — Pois bem, nosso foco, na verdade é a Revolução Francesa, mas para entendermos sua essência precisamos voltar um pouco antes. Anotem! — Jones se vira para o quadro.
Depois da aula encorpada de Jones, antes que o sino tocasse, Sam pergunta para o professor:
— Então, em resumo, Luis XVI era capacho da Maria Antonieta?
— Na prática é quase isso. Na verdade Luis XVI era bem intencionado, mas extremamente indeciso. 
— As mulheres sempre no comando, desde antes. E os homens sempre encenando à nossa frente. — Sam sorriu.
— Por falar em encenar, vocês já estão cientes do projeto de teatro deste ano. Passarinhos me contaram que alguns ensaios já andam acontecendo.
— Ensaios não professor! Teste de elenco. — disse George sorrindo tentando provocar Sam.
— Na verdade, o professor Frederich disse que a Maria Antonieta já está definida. — Sam se levanta rapidamente curvando-se para a sala e, principalmente para George.
— Realmente, Sam. Ninguém faria uma Maria Antonieta tão bem, senão você. — Jones observa. — Bom, eu já conversei com Fred e terei uma reunião com ele e vocês, nossos futuros atores, daqui a pouco.
_
No intervalo, Louis vai até Henry que está sentado observando o grupo de teatro. 
— Como foi seu domingo? — perguntou Louis sentando ao lado de Henry.
— Monótono como todos. 
— Passei de bicicleta em frente a sua casa e vi que metade da cortina da sua janela estava fechada. Pensei em tocar a campainha, mas algo me dizia que não tinha ninguém em casa.
— Só estava eu. Eu deixo metade da cortina fechada para interromper a luz. — Henry sorriu como quem quer dizer algo secreto.
— É um hábito seu?
— Sim. Metade da janela fica fechada quando estou escrevendo. 
— Ah, sim. Lembro que sua escrivaninha fica na janela.
— É… eu uso a parte que está escura para escrever. A parte sem cortina eu uso para me inspirar. Aquela casa da frente que tem um jardim me traz uma sensação gostosa.
— São as margaridas?
— Sim! Como adivinhou? — Henry sorri surpreso.
— Desde que fui à frente da sua casa, a primeira vez, não pude deixar de notar que, mesmo uma casa abandonada, pudesse manter margaridas tão bem cuidadas.
— Na verdade ela não está abandonada. Pelo menos, não por completo. A senhora Parker faleceu há quase um ano e seu marido foi para Londres morar com um dos filhos. Alguns vizinhos dizem que ele tentou se matar duas vezes depois da morte dela. E, por isso, um dos filhos resolveu levá-lo de lá. Mas o senhor Parker vem religiosamente todos os meses cuidar do jardim. 
— Então você sente a mesma coisa que eu, quando olhei para elas pela primeira vez…
— Paz.
— Sim, exatamente! Mas há algo mais? — perguntou Louis.
— Um sentimento inexplicável de infinitude. Como se existissem coisas que têm data para começar, mas não encontram fim.
— Como o amor?
Henry levantou a cabeça e olhou fundo nos olhos de Louis. O sino tocou. 
_
Sam chegou eufórica, antes de retornar para a última aula.
— Ei! Jones conseguiu nos liberar da aula de sexta para treinar a peça. Vamos nos reunir na casa de Claire. E, claro, vamos aproveitar que os pais dela vão viajar para fazer uma festinha. 
— Unir o útil ao agradável é uma das melhores qualidades da Sam. —  disse Henry, tentando se esquivar da pergunta retórica de Louis.
— Mas ele liberou o grupo do teatro ou todos? — Louis questionou preocupado.
— Todos! — Sam estava empolgada. — Louis, você é o autor e Henry, o diretor!
— Sam! Você enlouqueceu?! — Henry riu de desespero.
— Ambos me parecem desesperados demais para quem lê um livro por dia, ou melhor, para quem relê o mesmo livro por meses. — Sam interveio.
— Posso falar? — Claire levantou o dedo, apoiando sua LV sobre a mesa.
— Deve! Afinal, você nunca fala nada, amiga. — disse Sam.
— O único problema é que não vou estar completamente sozinha em casa. Eric vai ficar.
— Meu Deus! — exclamou Sam. — Aquele pirralho vai infernizar nossa vida, mesmo?
— Nem tão pirralho assim, não é Sam? Eric já tem quinze anos. — disse Claire.
— Ok, mas temos dezessete! Isso, em 1700, já era vida adulta! — reclamou Sam cheirando as axilas. — Vocês acham realmente que eu serei uma boa Maria Antonieta?
Henry e Louis riram copiosamente, enquanto Sam se recompunha do que ela considerava como preparação artística. 
— Estão rindo de quê?! Ela fedia! — disse Sam inventando certa atuação.
— Então George deve cheirar o sovaco assim e deixar de usar desodorante? — perguntou Henry, ainda em gargalhadas.
— Não. Ele não precisa. Fede naturalmente. — Sam respondeu emburrada.
— Credo, Sam! Você parece tão entrosada com ele nos ensaios! — disse Claire indignada.
— Tudo em nome da arte, Barbie! Tudo em nome da ARTE! — Sam reitera.
Henry e Louis continuam gargalhando e Sam se mantém séria, ao questionar se podem contar com a presença dos dois na sexta-feira.
 — Olha, por mim tudo bem. — diz Henry olhando para Louis.
— Por mim tudo bem também, mas e o roteiro? Quem fez? — perguntou Louis com medo.
— Bom, aí você tocou em um ponto maravilhoso. Vocês farão o roteiro! — Sam levantou-se animada.
— Sam! Você é maluca?! Como assim ‘nós’? — Henry mudou a feição.
— Claro, meu caro! Os ensaios são baseados em nosso livro de história. A trama quem vai criar são vocês! Nossos belíssimos roteiristas que amam livros! Já joguei o nome de vocês para o Fred e Jones. — Sam fez cara angelical já sabendo do caos.
Louis e Henry se entreolharam preocupados, mas com um sorriso satisfatório. Seria um desafio para ambos, que acabaram aceitando ao serem vencidos pelo olhar pidão de Samantha. 
Essa, então, passou a ser a pauta das conversas de Henry e Louis. Na volta para casa, os dois fizeram um percurso mais longo de bicicleta e, enquanto sorriam tentando imaginar a atuação de Sam e George, faziam planos de como iam escrever esse roteiro.
Ao chegar em frente à casa de Henry, Louis foi o primeiro a observar que as cortinas do andar de baixo estavam fechadas.
— Acho que a senhora Grace não está. 
— Estranho. — Henry corroborou. — Vamos tomar um chá gelado com limão? Você está tão esbaforido quanto eu. Parece o Vicenzo.
— Quem é Vicenzo? — perguntou Louis curioso. 
— O Border Collie da senhora…
Antes que Henry pudesse terminar a frase, ambos ouviram latidos de um cachorro, aparentemente feliz, brincando com a água que era esguichada, enquanto o senhor Parker regava as margaridas. 
Esta cena pode estar, facilmente, em câmera lenta, pois quando Louis olhou para Henry, ele entendeu tudo. Ver Vicenzo rolando na grama trouxe uma paz e sentimento de esperança para ambos. 
— Boa tarde, senhor Parker! — gritou Henry. 
— Olá, meu querido! — o senhor Parker devolveu a gentileza, mas internamente pediu que ninguém interrompesse o seu momento.
— Vamos? — Henry puxou Louis, que ainda estava anestesiado com a cena.
Henry vai direto à geladeira buscar o chá que sua mãe sempre deixava preparado. Louis foi logo se acomodando no sofá que fica em oposição à janela.
— Por quanto tempo ele vai amá-la? — Louis se questiona em voz alta enquanto observa Vicenzo e o senhor Parker. 
— “ Amor é um marco eterno, dominante, que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, cujo valor se ignora, lá na altura; [...] — Henry entrega o copo de chá para Louis, que continua…
— “Amor não teme o tempo, muito embora seu alfange não poupe a mocidade; Amor não se transforma de hora em hora; Antes se afirma para a eternidade; Se isso é falso, e que é falso alguém provou; Eu não sou poeta e ninguém nunca amou.”
— Viva Shakespeare! — Henry ergueu o copo.
— Viva o senhor Parker! — Louis brindou.
Henry cheirou as axilas e apoiou o copo sobre a mesa de centro.
— Eu preciso de um banho, senão a Sam não vai me querer nem como roteirista ou diretor! — convidou Louis pra subir.
— Por falar na peça, como faremos agora? — Louis se jogou na poltrona ao lado da estante de Henry.
— Tenho uma carta na manga. — Henry disse enquanto seguia para o banheiro tirando a roupa e ligando o chuveiro. — Na gaveta da escrivaninha tenho um caderno de rascunho de roteiros — Henry já tinha um tom mais alto, pois estava no banheiro.
Como Henry não especificou a gaveta, Louis foi diretamente na segunda. Não achou nada. Na sequência foi para a terceira gaveta e encontrou um caderno. Uma das folhas estava destacada, sobreexcelente, para fora. Foi inevitável abrir tal caderno e ler:
“Desde que te vi, a primeira vez, senti meu coração descompassado. Não sei explicar como nasceu tudo isso, mas foi um sentimento mais forte que eu.
Você está nas minhas orações quando me deito, mas confesso que, antes de dormir, sinto espasmos e me deixo levar pelo desejo de imaginar você ali, em frente à minha estante, com os cotovelos apoiados, seus cabelos negros, olhos castanhos escuros, corpo delgado e um sorriso peculiar que encanta qualquer mortal. 
Mesmo quando você está inebriado de dor, eu te anseio como um mortal que deseja loucamente te abraçar com segundas e terceiras intenções.
Desde aquele abraço senti uma vontade absurda de proteger você como se eu fosse Michelangelo cuidando da própria escultura. Aquela obra que, se quebrar, destroi a história da humanidade, inclusive a minha. E, por falar em escultura, somente Deus poderia te esculpir de uma forma tão perfeita para se encaixar nos meus sonhos e desejos. Por isso, não sinto tanta culpa. Não sinto culpa em dizer que te amo além.
Naquele nosso primeiro abraço eu senti o real perfume das margaridas. Aliás, que o senhor Parker nunca saiba disso, mas o seu cheiro é muito melhor. Me traz paz e aconchego.
Foi a primeira vez que meus dedos tocaram sua nuca e, mesmo sendo a única e, talvez, a última vez, não consigo esquecer a sensação de ter seu rosto colado ao meu. 
Queria poder sentir isso novamente, mas nem sei mais qual livro vai te trazer para perto de mim. Você já leu tantos! 
Só queria sentir sua respiração ofegante novamente no meu ombro. Isso já seria o bastante.
Qualquer líquido que venha de você, mesmo sendo as lágrimas escorrendo pelo meu pescoço e seguindo o curso de um rio até o meu peito, já me bastaria.
Eu te amo além, Louis Walker!”
— Quando ia na casa dos meus avós eu sempre pegava alguns pedaços das viagens que eles faziam. No penúltimo natal eu ‘roubei’ do meu avô o 1984 do Orwell. Ano passado só se falava dele e eu criei uma curiosidade absurda em ler. Eu tenho esse ‘problema’, às vezes, em entender o modismo quando ele ainda é moda, mas deixar pra curtir quando tudo ou, quase tudo, já passou. — Henry vinha secando a cabeça. — Eu prefiro deixar passar, para depois entender…
Quando Henry chegou ao quarto encontrou as duas gavetas abertas, mas escancarada mesmo estava a carta que ele tinha escrito para Louis. Estirada em cima da cama. 
Seu ímpeto foi tão natural que a própria toalha tomou seu rumo e se aconchegou no braço da poltrona, por conta própria. 
Henry, nu, arrastou a janela de vidro para o lado direito e gritou o nome de Louis. Ele só conseguiu ver metade do pneu traseiro da bicicleta e Vicenzo, por inteiro, correndo atrás do que ele tinha certeza que era uma fuga de brincadeira
Ou não. 
_
ENSAIO SEM REVISÃO [h.m]
0 notes
glup3 · 4 months ago
Text
Tumblr media
Published in Paris at the beginning of the seventeenth century by Ambroise and Jérôme Drouart, Civitas Veri sive Morum (The City of Truth; or, Ethics) presents an allegorical poem by Bartolomeo Del Bene (1515-1595) — a reworking of Aristotle’s Nichomachean Ethics — adorned with a series of wonderful emblem illustrations (most of which we feature below). The excellent Spamula blog sums up Del Bene's poem thus:
It describes a month-long spiritual journey undertaken by his patroness, Marguerite, Duchess of Savoy, who travels through the City of Truth, from its five portals (one for each of the senses) through its various palaces, gardens, etc., to the five temples at its heart, culminating in visits to the Temple of Intelligence (where she meets and converses with Aristotle himself) and the Temple of Wisdom.
As for the engravings, it is not certain whether they were an original addition by the publisher or whether they were copied from Del Bene's manuscript itself. Likewise the identity of the artist behind them is also unknown. Spamula notes the title page to be designed by Dutch artist Thomas de Leu so it is possible he could be behind the images too, though a certain Théodore Galle is also touted as a possibility. Riffing off Aristotle's ideas, the detailed images present "huge imaginary utopias and dystopias", each designed to generate moral allegories in the emblem tradition.
0 notes
asdesventurasdeumborderline · 8 months ago
Text
AGRADECIMENTOS
Assim como a Anitta, quero agradecer a mim mesmo, porque trabalhei muito.
Um agradecimento especial à J.K. Rowling - antes de virar transfóbica - por me incentivar a gostar da leitura e, consequentemente, da escrita.
Aos autores: Ransom Riggs, Ray Bradbury, George Orwell, C. S. Lewis, Vitor Martins - e ao Tolkien não, porque acho Senhor dos Anéis muito chato ("O Hobbit" é okay).
À Lady Gaga, por me ensinar a acreditar em mim e fazer eu perceber que nasci desse jeitinho e que todos podemos ser talentosos, brilhantes, incríveis, maravilhosos, de parar o show, espetaculares, nunca os mesmos, totalmente únicos, completamente originais etc.
A alguns amigos, em especial à Bada, que leu o rascunho da primeira versão dessa obra, intitulado "As Desventuras de Samara Shitty" e até fez uma ilustração.
Tumblr media
À minha mãe e toda minha família materna - com exceção de alguns tios e primos bolsominions.
A todos os borderlines mundo afora, que lutam constantemente para diminuir o grande vazio em suas almas.
E a você, que leu todinha a história de Thomas Carvalho e gostou - quem não gostou que se foda porque não vai ganhar agradecimento algum.
0 notes
supersatisfyer · 10 months ago
Text
Tumblr media
Pourmontaigne.fr
Thomas de Leu
Tumblr media
Tour de Michel de Montaigne
Dordogne
Wikipedia photo Henry Salome
Tumblr media
Libro III Capitulo V
Sobre unos versos de Virgilio
No sé equivocan en absoluto las mujeres cuando rechazan las normas de vida vigentes en el mundo, porque son los hombres quienes las han instaurado sin su participación.
Traducción y notas Javier Yagüe Bosch
0 notes
fredborges98 · 1 year ago
Text
Um dia fomos semente, mas sementes são opção , escolha, decisão.
Por: Fred Borges
Por que duermas, hijo mío,
el ocaso no arde más:
no hay más brillo que el rocío,
más blancura que mi faz.
Por que duermas, hijo mío,
el camino enmudeció:
nadie gime sino el río;
nada existe sino yo.
Se anegó de niebla el llano.
Se encongió el suspiro azul.
Se ha posado como mano
sobre el mundo la quietud.
Yo no sólo fui meciendo
a mi niño en mi cantar:
a la Tierra iba durmiendo
el vaivén del acunar...La noche - Gabriela Mistral
Tradução Livre: Fred Borges
Por que dormis, meu filho,
o pôr do sol não queima mais:
Não há nada mais brilhante que o orvalho,
mais branco que meu rosto.
Por que dormis, meu filho,
a estrada ficou em silêncio:
ninguém geme senão o rio;
nada existe além de mim.
A planície foi inundada por neblina.
O suspiro azul encolheu.
Foi colocado como uma mão
quietude sobre o mundo.
Eu não estava apenas balançando
para meu filho em meu canto:
Eu estava dormindo na Terra
o ir e vir do berço...A noite de Gabriela Mistral.
Não cale! Esta é sua vez!
Cada vez mais em todos níveis educacionais esta opção exige planejamento.
O planejamento de um futuro a dois.
A base deste planejamento é ética e moral.
Por mais que sejam todos os níveis sociais influenciados por questões sócio culturais, formar uma família, independente de fatores financeiros, traduz invariavelmente a optar por filhos tê-los ou não.
Filhos são milagres da conceituação e da concepção, mas antes de tudo da decisão em trazer ao mundo seres que podem representar tudo menos nossas vans espectativas.
Filhos são realidade nua e crua,são frutos de uma teoria que na prática é diferente, uma retórica que na dialética se baseia no eterno conflito entre tempo cronológico, de matura idade e constante mudança .
Sim, não somos os mesmos depois de sementes, sementes podem ser e são não só fruto de uma pretensa racionalidade, ele é fruto de milhões de combinações e ações onde pais não são meros genitores, mas formadores e catalisadores de destinos.
Estamos comemorando o dia das crianças, em plena guerra diária entre fantasias ideológicas, realidades pragmáticas, guerras, o mundo é cruel, é fel ( (Dt 29.18 -32.32 – S169. 21 – Jr 8.14 – 9.15 – 23.15 – Lm 3.5,19 – Am 6.12),mas também pode ser fiel, amor, bondade,
generosidade e tantas outras virtudes.
Cada família é responsável pelo destino dos seus filhos, a regra é simples: não queira ou deseje ao outro aquilo que não queira e deseje para si mesmo.
Somos pais formadores de destinos.
Me lembro de duas cartas que selaram o destino de frutos- filhos.
"Certo dia, Thomas Edison chegou em casa com um bilhete para sua mãe.
Ele disse, “meu professor me deu este papel para entregar apenas a você.”
Os olhos da mãe lacrimejavam ao ler a carta e resolveu ler em voz alta para seu filho:
“Seu filho é um gênio. Esta escola é muito pequena para ele e não tem professores ao seu nível para treiná-lo. Por favor, ensine-o você mesmo!”
Depois de muitos anos, Thomas Edison veio a se tornar um dos maiores inventores do século.
Após o falecimento de sua mãe, resolveu arrumar a casa quando viu um papel dobrado no canto de uma gaveta. Ele pegou e abriu.
Para sua surpresa era a antiga carta que seu professor havia mandado a sua mãe, porém o conteúdo era outro que sua mãe leu anos atrás.
“Seu filho é confuso e tem problemas mentais. Não vamos deixá-lo vir mais à escola!”
Edison chorou durante horas e então escreveu em seu diário: “Thomas Edison era uma criança confusa, mas graças a uma mãe heroína e dedicada, tornou-se o gênio do século.”
Outra carta selou e sela o destino de outros frutos- filhos.
"Teus filhos não são teus filhos.
São filhos e filhas da vida, anelando por si própria.
Vem através de ti, mas não de ti.
E embora estejam contigo, a ti não pertencem.
Podes dar-lhes amor, mas não teus pensamentos, pois eles têm seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos, mas não suas almas, pois suas almas residem na casa do amanhã, que não podes visitar-se quer em sonhos.
Podes esfor��ar-te por te parecer com eles, mas não procureis fazei-los semelhante a ti, pois a vida não recua, não se retarda no ontem.
Tu és o arco do qual teus filhos, como flechas vivas, são disparados.
Que a tua inclinação na mão do arqueiro seja para alegria.
Khalil Gibran
Parecem histórias de pensamentos antagônicos, mas "em verdade vos digo" são complementares.
Pais abraçam, protegem, são exemplos de caráter, personalidade, psiquê que os frutos- filhos sejam,estejam e lhe dêem e se relacionem com a complexidade vindoura, querem oferecer alternativas, iluminar caminhos, viabilizar conceitos tão abstratos quanto o sucesso, a felicidade, mas são vencidos pelas mudanças no tempo e no espaço, adornados frutos-filhos, o que significou sucesso e felicidade, no presente não o é mais, é de tanta complexidade a filosofia da realidade que esta ou aquela é como tivéssemos leis da física, química e matemática mudando a cada geração, de geração em anos, de anos em meses, meses em dias, dias em horas, horas em minutos, minutos em segundos, fracionando filhos- frutos em partículas menores até chegar a menor partícula do mundo que irá trazer paz ou guerra, amor ou rancor, terror, e nada que acreditemos poderá ser uma verdade absoluta, e nos desesperamos pois acreditamos que só podemos entender àquilo dominamos, controlamos, manipulamos como se filhos- frutos representassem um experimento,mas a vida não é um laboratório onde as condições de tempo, compostos, composições, temperatura, estrutura, estratégias e táticas correspondem ao nosso querer e desejar científico, fruto- filhos são suas próprias escolhas e nós pais podemos protagonizar ou sermos coadjuvantes de histórias pautadas em milhões de combinações da neurociência, das nossas eficiências ou deficiências das nossas Inteligências, da Inteligência Artificial,e assim, de controladores adentramos no simulacro das ilusões das vicissitudes , onde as virtudes podem e devem influenciar positivamente e potencialmente novas lideranças que melhorem nosso porvir, resultante de nossa profícua ou extinção pela imaculada porfia em Gálatas 5 20.
Pais omissos são reprodutores, genitores não são necessariamente pais, quanto mais reprodutores e genitores mais deletamos a educação ao Estado e o Estado é corrupto, caminha aos sabores de sementes, frutos, filhos apodrecidos pela entropia dos trópicos dos conceitos abstratos e tudo mesmo se torna um jogo de dados ditado pela sorte ou azar de quem pari filhos- frutos como se fossem gatos e ratos.
Ser grato, ter consideração, respeito, não esquecer suas origens, amar, ter valores éticos morais compatíveis com a mulher ou homem de sua vida, é o mínimo exigido de quem quer seguir casado, sem necessidade de papel passado, igreja, templo, terreiro,mas cumplicidade, pão de centeio, com teto próprio, lar necessário para seguirem sempre juntos, unidos, em torno das virtudes, dos equívocos, das faltas, das falhas, crescer invariavelmente dói!
Mas dói muito mais olhar para o lado e ver que só resta você para compartilhar o sonho onde 1+ 1 sempre será mais de dois!
Está aí a origem do bem, diferentes compartilhando uma influência construtiva, positiva, baseada no exemplo.
Podem haver separações ou divórcios?
Não importa! Filhos- frutos sempre serão frutos-filhos e qualidade supera quantidade, exemplo supera discurso e demagogia dos opressores sobre os oprimidos, e assim caminha não apenas uma humanidade,mas sobretudo o humanismo de humanistas que acreditam,tem e vem da fé e esperança por dias melhores!
"Eu quero a esperança de óculos
E meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau a piquê e sapê
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros e nada mais!
Casa no campo
Canção de Elis Regina
Tumblr media Tumblr media
0 notes
amor-barato · 1 year ago
Text
Correspondência Completa – ana cristina c.
My dear,
Chove a cântaros. Daqui de dentro penso sem parar nos gatos pingados. Mãos e pés frios sob controle. Notícias imprecisas, fique sabendo. É de propósito? Medo de dar bandeira? Ouça muito Roberto: quase chamei você mas olhei para mim mesmo etc. Já tirei as letras que você pediu. O dia foi laminha. Célia disse: o que importa é a carreira, não a vida. Contradição difícil. A vida parece laminha e a carreira é um narciso em flor. O que escrevi em fevereiro é verdade mas vem junto drama de desocupado. Agora fiquei ocupadíssima, ao sabor dos humores, natureza chique, disposição ambígua (signo de gêmeos).
Depois que desliguei o telefone me arrependi de ter ligado, porque a emoção esfriou com a voz real. Ao pedir a ligação, meu coração queimava. E quando a gente falou era tão assim, você vendo tv e eu perto de bananas, tão sem estilo (como nas cartas). Você não acha que a distância e a correspondência alimentam uma aura (um reflexo verde na lagoa no meio do bosque)?
Penso pouco no Thomas. Passou o frio dos primeiros dias. Depois, desgosto: dele, do pau dele, da política dele, do violão dele. Mas não tenho mexido no assunto. Entrei de férias. Tenho medo que o balanço acabe. O Thomas de hoje é muito mais velho do que eu, não liga mais, estuda, milita e faz amor na sua Martinica de longos peitos e dentes perfilados, tanta perfeição. Atraída pelo português de camiseta que atendeu no Departamento Financeiro. Era jacaré e tinha bigode de pontas. Ralhei com tesão que me deu uma dor puxada.
Só hoje durante a visita de Cris é que me dei conta que batizei a cachorra com o nome dela. Tive discreto repuxo de embaraço quando gritei com Cris que me enlameava o tapete. Cris fugiu mas Cris não percebeu (julgando-se talvez homenageada?). Gil por sua vez leu como sempre nos meus lábios e eclatou de riso típico umidificante.
O mesmo Gil jura que são de Shakespeare os versos “trepar é humano, chupar divino” e desvia o olhar para o centro da mesa, depois de diagnosticar silenciosamente minha paranoia.
1 note · View note
bunkerblogwebradio · 1 year ago
Text
O governo contra o povo
Versão Kamala Harris - Vice presidente dos EUA
Tumblr media
Não é surpresa para os liberais que o que é do interesse do governo pode não ser do interesse das pessoas em geral. Na maioria das vezes, o interesse do governo está diretamente em desacordo com os interesses das pessoas em geral. As incontáveis ​​guerras travadas pelos governos ao longo da história, pelas quais as pessoas comuns acabaram pagando com suas vidas, testemunham esse fato.
As guerras também são travadas contra as populações domésticas que o governo supostamente serve e protege. Sob o disfarce do bem maior ou bem público, que sempre exige algum sacrifício, mas curiosamente se encaixa nos interesses do governo, os indivíduos são os meios, se não forem o problema. Nas palavras de Pierre-Joseph Proudhon, eles são “vigiados, inspecionados, espionados, dirigidos, legislados, regulamentados, arquivados, doutrinados, pregados, controlados, avaliados, pesados, censurados, ordenados” – e tributados para financiar todo o aparato.
Que é o governo contra o povo, e não o governo para, pelo e do povo, fica claro nas políticas públicas na prática, bem como nas declarações de seus líderes. Muito recentemente, a vice-presidente Kamala Harris observou que “quando investimos em energia limpa e veículos elétricos e reduzimos a população, mais crianças podem respirar ar puro e beber água limpa”. Sim, ela disse “reduzir a população”.
A Casa Branca rapidamente postou um discurso atualizado sugerindo que a vice-presidente apenas leu errado. Ela quis dizer poluição, não população.
Certamente, até provavelmente, é possível que a vice-presidente tenha falado/lido errado o prompt. Mas isso também é altamente problemático. Se você leu algo e leu errado, é porque você pula muito rápido o texto e sua mente, portanto, adiciona a combinação mais provável de palavras. Daí o conhecido conceito de “deslize freudiano” ou “ato falho” – em momentos descontrolados, às vezes dizemos o que queremos dizer, ou o que está na memória recente, em vez do que “deveríamos” dizer.
A vice-presidente falou errado, mas o que ela disse é indicativo do que ela tem pensado, quais discussões estão acontecendo ao seu redor, o que está em pauta na Casa Branca ou de alguma outra forma presente em sua mente. Ela poderia ter dito que devemos reduzir a polinização, a perversão, o petróleo ou alguma outra palavra que, à primeira vista, possa parecer algo como poluição. Mas não. Ela disse: “reduzir a população”. Por que “reduzir a população” estava em primeiro lugar?
A razão óbvia é que isso é algo frequentemente discutido na política e provavelmente também na Casa Branca. O neomalthusianismo, a ideia de que todos os problemas do presente se devem a “pessoas demais” e a aparentemente óbvia implicação política de que devemos “reduzir” o número de pessoas que vivem nesta terra, está vivo e passa bem. É uma hidra que já tem cabeças de sobra, simplesmente porque já cortamos tantas (e, quanto à criatura mitológica, duas crescem para substituir cada cabeça cortada).
O fato é, claro, que quaisquer problemas que tenhamos serão resolvidos com muito mais facilidade se houver mais pessoas – mais mentes para descobrir soluções e mais pessoas para se especializar na divisão do trabalho. Esta é uma resposta pouco intuitiva para a questão do que deve ser feito para resolver os problemas, e que requer conhecimento econômico (mínimo) para descobrir. Infelizmente, as pessoas raramente têm esse entendimento básico – e, entre os políticos, é uma qualidade ainda mais rara, simplesmente porque na política existem fortes incentivos para desconsiderar a realidade econômica.
Nas palavras de Thomas Sowell:
“A primeira lição da economia é a escassez: nunca há o suficiente de coisa nenhuma para satisfazer a todos que a desejam. A primeira lição da política é ignorar a primeira lição da economia”.
Isso é verdade, e deixa claro o alto custo de permitir que o governo infrinja a economia livre e a sociedade voluntária. No entanto, este parasita específico não consegue entender o uso que tem para seu hospedeiro. Em vez disso, ele o considera um problema que deve desaparecer.
Per Bylund
0 notes
myeternalmaybe · 2 years ago
Text
Tumblr media
Por algum motivo meu coração gritou mais alto e me mandou vir até aqui dizer novamente todas as coisas que talvez eu nunca canse de falar. No entanto, dessa vez eu não quero lembrar de como éramos no passado ou da falta que sinto da inocência dos meus sentimentos. Eu quero conhecer o novo você. Quero saber as músicas que está ouvindo, os livros que leu ou que planeja ler, quero saber se ainda tem os mesmos pensamentos e ideais, eu quero o agora. Como eu poderia continuar querendo o antigo Thomas se eu mesma não consigo ser como antes? Ainda não sei se estou melhor ou pior, mas se tem uma coisa que eu tenho certeza absoluta é que nada nesse mundo vai ser capaz de mudar o que sinto por você. You fill the spaces inside of my heart, Tommy.
1 note · View note
drmarciosilveira · 2 years ago
Text
Neuroma de Morton: como resolver?
Tumblr media
Neuroma de Morton: como resolver?
Neuroma de Morton é uma alteração compressiva de nervos intermetatarseanos, especialmente entre as III e IV cabeças metatarseanas (contando-se do hálux = dedão para fora, ou de dentro para fora no pé). Pode acometer também entre as II e III cabeças metatarseanas e nas outras não é comum. >>> Outras causas de metatarsalgia >>> O que ocorre basicamente é a compressão dos nervos que dão a sensibilidade nesta região, evoluindo com espessamento do nervo e então iniciam-se as dores, queimação, dormências, que podem se irradiar para os dedos e às vezes sente-se, inclusive, irradiando-se para o tornozelo e perna.
Tumblr media
O neuroma de Morton é muito comum entre as mulheres, quadro é consequência de uma lesão nos nervos do pé. Sapatos apertados e salto alto são os maiores vilões o problema Descoberto por Thomas G. Morton, o neuroma é um nódulo benigno localizado entre o terceiro e o quarto metatarso do pé. É provocado pela compressão dos chamados nervos plantar medial e plantar lateral. Por ser benigno, não gera consequências mais graves ao corpo.
QUAIS SÃO AS CAUSAS  DO NEUROMA DE MORTON?
Salto alto para mulheres: o bico fino é o principal responsável. O uso do salto alto retira a pressão do calcanhar e a transfere para a ponta do pé. O movimento fraciono o nervo contra os ligamentos dos dedos, causando o neuroma de Morton.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO NEUROMA DE MORTON?
- Queimação - Cãibra nos dedos acompanhada de formigamentos - Encurtamento da musculatura (mesmo ao retirar o sapato, continua com o músculo comprimido, tencionando o nervo)
Tratamento do Neuroma de Morton
COMO PREVENIR? - Realizar alongamentos constantes - Não exagerar no salto alto ou em sapatos apertados - Exercícios físicos para o alongamento da musculatura O tratamento deve-se direcionar para corrigir os calçados, usando-se então bicos mais largos, macios e confortáveis, uso de palmilhas para se diminuir a pressão plantar na região do neuroma e se abrir o espaço entre os metatarsos e dedos. Em casos persistentes, infiltrações de cortisona podem ajudar (alguns médicos dizem ser controverso estas infiltrações, mas ajudam especialmente os pacientes que têm as bursites associadas). O tratamento cirúrgico, naqueles pacientes que não obtêm melhora com um bom tratamento como o citado anteriormente, podem se beneficiar muito, especialmente se o cirurgião tem experiência nas patologias dos pés. Por afetar apenas os nervos sensitivos, o paciente não perde os movimentos dos dedos. O que pode acontecer é a alteração da sensibilidade, mas o quadro costuma durar poucos meses. Tratamento para Joanete > Tratamentos em Brasília / DF Muito bom! Você leu todo o conteúdo. Gostou? Divulgue para seus amigos(as) e deixe um comentário ou dúvida aqui × Artigos relacionados Read the full article
0 notes
laparosdivinos · 2 years ago
Text
Queer Magic: LGBT+ Spirituality and Culture From Around the World. - Thomas Prower.
Vamos falar um pouco sobre o Queer Magic (E esse primeiro fim de ciclo de estudos)?
Tumblr media
Finalmente, o décimo da minha primeira seleção de livros para estudos sobre o Sagrado Queer termina. E termina muito bem!
Direto ao ponto, esse é o livro mais didático, direto e de linguagem mais simples de todos os lidos até agora. Não é tão complexo, completo quanto a Enciclopédia, o Contercoulture ou o Visionary Love. Também não tão ligado mais especificamente à bruxaria quanto o Satyr’s Kiss, o Garbed in Green, o Scarlet Wand, o Gay Witchcraft ou o Líber Queer. Também não é tão focado tematicamente quanto o Queering The Tarot.
Mas é isso que o torna tão perfeito para começar esses estudos. Já pelo índice, vê-se que o autor faz um apanhado geral da história, religiosidade, espiritualidade, sociedade (antiga e atual), magia e vivência Queer de vários povos em cada continente, trazendo sempre uma lição a ser tirada deles aliada a uma prática espiritual proposta e relatos de pessoas selecionadas que possuem alguma relação com as culturas retratadas em cada parte.
Esse é sem dúvida o melhor para quem não leu nenhum dos anteriores, mas já viu alguma coisa de bruxaria e deseja começar a se conectar com as egrégoras dessa Grande Tribo LGBT+. Caso você já queira iniciar na bruxaria já nessa ótica Queer, outros posts anteriores podem ser mais úteis para você.
Entretanto, meus queridos irmãos, mesmo para aqueles que leram todos os outros, este livro traz alguns detalhes novos. São algumas deidades, visões diferentes sobre as mesmas mitologias queer, algumas visões atualizadas sobre questões Queer dos dias de hoje, novas práticas e muito mais.
Estou muito feliz por fechar esse mini-cliclo e em breve trago outros livros para indicar. Espero de verdade que eles estejam sendo úteis para alguém. Espero de verdade que todas essas coisinhas meio desajeitadas que eu posto neste perfil estejam sendo úteis de alguma forma para empoderar, emancipar e libertar outres como eu em cada uma de suas singularidades divinas. Em breve posto mais dicas de livros, filmes, artistas, músicas, blogs, animações feitas por e para nossa Grande Tribo. Afinal, isso também contém simbologias, correlações, vivências e Magia Gay/Queer. Espero que isso ajude a incentivar outras pessoas LGBT+ a escreverem sobre suas letras na bruxaria, como tenho tentado fazer com a minha. Essa são minhas únicas missões e vontades aqui. Amo vcs.
Índice do livro:
Tumblr media
Deixo abaixo os destaques que achei mais interessantes do livro:
Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media Tumblr media
Sirius Cor Leonis
1 note · View note
psicoonline · 2 years ago
Photo
Tumblr media
Sucesso e fracasso. O que são? Pergunte a 100 pessoas durante dois dias e tenha 200 ou mais respostas diferentes. Isso se conseguirem definir. Agora a ação gera movimento que gera ação e é diferente de ficar parado esperando (na esperança). Ah, isso é. Tente, falhe, tente novamente, aprenda, ajuste, tente e às vezes consiga. Mas o objetivo é mutável? É isso que você leu: Às vezes acontece e objetivos mudam. O acaso tem influência, as relações, o ambiente, o corpo, a visão e o "estado de espírito". Poder, política, dinheiro ou falta dele. A macro e micro economia. As políticas pessoais e as públicas. O jeito que você acorda e o que decide comer. A fórmula não é tão simples e depende de tantos fatores e às vezes da certo. Noutras não. E, lá vamos nós de novo: o que é dar certo? O percurso ou o final? Diferente da tão pragmática (ou simples) maneira que é vendida como muitos gurus, influencers e motivadores querem que você pense. A vida não obedece regras. Nós até as temos e tentamos. Temos também conhecimento e experiência mas é preciso usá-las. Há uma diferença muito importante: parar e esperar que caia do céu. Esperar que o tempo resolva. Tentar, falhar, aprender, usar o que aprendeu e repetir o ciclo. Quando a frase do Thomas Watson chega até nós ela diz: se quiser ser bem sucedido (em um plano estabelecido e discutido) duplique a sua taxa de fracassos. Eu, diria, se possível triplique. Só não pare ou não deixe que o seu corpo te pare por uma obsessão ou burnout. Descansar, planejar, revisitar metas,objetivos e desejos. Nós não somos imutáveis. Quer falar do que está te afligindo? Gostaria de mudar? Agende as suas sessões de terapia. O cuidado com você é importante. Acesse https://psico.online #sucesso #superheroi #sucessoprofissional #suceasonavida #fracasso #fracassado #mudança #terapia #terapiaonline #psicoonline #psicólogo #psicologia #psico #meudia #psicologa (em Na Correria) https://www.instagram.com/p/CoGBWvdp0P0/?igshid=NGJjMDIxMWI=
1 note · View note
arianedefreitas · 2 years ago
Photo
Tumblr media
📚 𝐑𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐚 📚 "De Volta para Você" é um romance sáfico escrito pela autora britânica Clare Lydon. E é o segundo livro da autora, lançado aqui no Brasil pela Editora Bookmarks. Na história temos Justine Thomas e Maddie Kind que se conheceram na faculdade e viveram durante meses um intenso romance, as duas eram um casal perfeito. E todos achavam, que ia terminar juntas. Porém, Maddie vai embora sem dizer nada e Justine fica arrasada com o término. Dez anos depois, as duas se reencontram no funeral de um amigo, e agora Justine terá que lidar com a sua ex. Já que Maddie voltou para ficar e por estar sempre no mesmo círculo de amigos que Justine, as duas terão que lidar com essa situação. O livro contém somente a narrativa da Justine e ele começa com o funeral do amigo das duas. E aos poucos, a Justine vai narrando como ela aprendeu a lidar com o término do namoro. E como ela está sentindo, agora que Maddie está sempre aparecendo na sua vida. E não só isso, ela também está tendo que lidar com os sentimentos pela Maddie. Justine é uma personagem que adquiriu maturidade com o tempo e atualmente seu foco está em sua empresa. E isso ajuda ela a lidar tanto com a perda de um dos seus amigos como com o retorno de sua ex. Eu gostei demais, de como a autora trouxe essa questão do luto. Ela soube dosar bem, sem deixar o enredo muito pesado. Mesmo a Justine tendo suas dúvidas sobre em dar uma segunda chance para sua ex,ela não se deixou abater e seguiu em frente. A Maddie teve que mostrar para a Justine que mudou e a reconquista-la. No todo, eu adoreiiii essa comédia romântica. No entanto, para mim achar a história perfeita, teria que ter tido o ponto de vista da Maddie. Pois quando a Maddie, revela o seu motivo de ter ido embora, eu achei plausível e até compreendi. Mas na minha humilde opinião, o livro ia ser perfeito se tivesse a narrativa dela. Então é isso, para quem ainda não leu e ama uma história que tenha temas como: amor, morte,bolo e segundas chances. Pode ler "De volta para você" sem medo, vocês vão amar. E aproveitam que o livro está disponível no Kindle Unlimited. (em Vitória. Espirito Santo) https://www.instagram.com/p/CnxVMupP7cb/?igshid=NGJjMDIxMWI=
1 note · View note