#task 001 ⠀ ⠀ ╱ ⠀ ⠀ o interrogatório.
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⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 : O INTERROGATÓRIO ››
rundown. ⸻ 12 de julho de 2024, 16h. Delegacia de Des Moines. ⸻
Não era surpresa que Valentin tivesse chegado à delegacia acompanhado do pai. sendo este um juiz de tamanha importância na cidade, era de se esperar que acompanhasse de perto o caso, especialmente por envolver seu único filho. Valentin é quem estava visivelmente desconfortável com o som dos passos do pai se misturando ao seus. Sabia que seria assim, mas tentou evitar. Evitá-lo. ignorou ligações, emails e mensagens por quanto tempo conseguiu, mas só podia ir até certo ponto.
Tinha passado por um interrogatório previamente, um vindo do Sr. de Lioncourt que queria todas as respostas antes que o filho pudesse dá-las à polícia. Como sempre, ele queria estar um passo a frente. Queria ter o controle da situação. Não era difícil para o homem dizer não a quem quer que fosse. A exceção era ele, seu pai. A pessoa que quis agradar durante toda vida.
Com a naturalidade de quem já percorreu aqueles corredores diversas vezes anteriormente, Valentin nem mesmo tirou os óculos escuros do rosto depois de passar pelo enxame de jornalistas na porta da delegacia. Seus passos era firmes, sua expressão era limpa. Livre de emoções. Ele sabia que teria de passar por isso, já sabia o que esperar e já tinha planejado todas as possibilidades. Inclusive, sabia que os policiais sabiam que ele estaria fazendo isso. Valentin era de dentro, sabia como o sistema funcionava e sabia quais eram suas brechas. Eles estariam preparados para tudo. E Valentin também.
Apesar da insistência do pai, recusou a companhia de um advogado. Tinha o direito de advogar em causa própria e preferia assim. Era bom no que fazia, tinha se tornado especialista em casos difíceis. Que caso seria mais difícil do que o seu próprio? Havia receio na ideia, mas também uma pontada de animação pela possibilidade. Se desse tudo certo ou tudo errado, a culpa seria exclusivamente sua.
Entrou na sala de interrogatório com o delegado e a oficial Gabrielle Allard, introduzida por ele. Só ali que tirou os óculos e guardou-o no bolso do terno. Apesar de ocupar um lugar a mesa, apenas a policial acompanhou-o no gesto. O delegado apoiou as mãos na mesa e suspirou de cabeça baixa. Parecia frustrado. Os olhos de Valentin moveram-se para a mulher e ela parecia determinada, firme, preparada. Isso o fez sorrir por dentro.
Dada a parte formal que precedia o procedimento, o interrogatório teve seu início:
"Onde você estava na data da morte de Victor?"
❛ 2 de julho foi uma terça-feira. Estava no escritório, trabalhando. ❜ Os dedos entrelaçados sobre a mesa. As costas aprumadas. Os olhos voltados para o delegado.
"Você o conhecia? Como era a relação de vocês?"
Valentin balançou a cabeça positivamente para a primeira pergunta. ❛ Não tínhamos qualquer relação. Nos víamos constantemente porque morávamos sob o mesmo teto e isso implicava em compartilhar tarefas ocasionalmente, ou ter conversas casuais em áreas comuns, mas não tínhamos muita proximidade. Era uma relação cordial que não se estendeu depois da faculdade. ❜ Deu de ombros ao final da fala. Simples e direto. Talvez direto demais. A policial Allard anotou algo em bloco de notas. O delegado franziu o cenho.
Compreensível. Não imaginava que muitos chegariam ali dizendo tão pouco sobre sua relação com o presidente da Kappa Phi na época em que eram estudantes. Reconhecia o quanto Victor era brilhante, mas era Valentin quem tinha limites, quem tinha dificuldades em lidar com pessoas expansivas como ele era. E quem sempre ficava pensando no que seu pai acharia. De todo jeito, optou por não explicar essa parte. Ninguém poderia puni-lo por não ser amigo de Victor.
"Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurado por ele?"
Daquela vez balançou a cabeça em negativa para a primeira pergunta. ❛ Era visível que ele ficou mexido pelo acidente de Fiona. As mudanças em seu comportamento foram quase drásticas… Mas não, não sabia que ele estava conduzindo uma investigação por conta própria. ❜ Completou verbalmente. ❛ E, não, nunca fui procurado por ele. ❜
A mulher voltou a rabiscar algo em seu caderno. O Delegado assentiu vagarosamente e deu um gole curto no café que havia trazido para a sala. Ele suspirou de novo, impaciente.
Valentin permanecia com a expressão limpa e os olhos fixos em cada movimento das duas pessoas à sua frente. Aquela pequena pausa o fez ter tempo para uma autoavaliação: estava nervoso. Batimentos cardíacos um pouco elevados, uma sensação de frio na barriga. Por sorte, tinha muito controle sobre as próprias emoções e podia passar por cima de tudo isso.
"Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente?"
Foi a vez de Valentin suspirar. Pela primeira vez mostrando uma rachadura em sua expressão impassível. Sabia que voltariam a isso, mas estava cansado de retomar o acidente de Fiona. Era cruel pensar daquela maneira, mas era inevitável não pensar que as coisas podiam ser mais fáceis de deixar para trás se ela tivesse morrido. ❛ Fraternidades têm competição. Nós, membros da Kappa Phi, tínhamos nossos 'rivais' e eles tiveram problemas com um dos trotes deles, se não me engano. Nós demos uma festa para comemorar aquele fracasso. ❜ Valentin riu brevemente por entre as palavras. Era engraçado o quanto aquilo era superficial agora. Ridículo. Mas na época foi um evento que exigiu comemoração. A pergunta seguinte o fez pensar por um segundo ou dois. Imaginava que a maioria deveria dizer que sim, tinha sido apenas um acidente. Resposta fácil. Valetin tinha dito isso em 2015, inclusive. ❛ Não. ❜ Respondeu finalmente. ❛ Ouviram brigas naquele dia. Pode ter sido uma reação que foi longe demais… Mas também pode só ter sido um acidente. Muita gente estava altamente alcoolizada naquele dia. ❜
"Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente?"
❛ De novo: ouviram brigas Falaram muito sobre isso nos dias depois do acidente, especularam o que podia ter acontecido. ❜ Valentin fez uma pausa para umedecer os lábios com a ponta da língua. ❛ Se Victor decidiu iniciar uma investigação, deve ter descoberto alguma coisa que desse embasamento para isso. Ou… Ele mesmo pode ter visto alguma coisa aquele dia. ❜ Era uma possibilidade, mas precisava ser levantada.
"Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido?"
❛ Eu vi a Fiona um pouco antes do acidente. Esbarrei nela sem querer enquanto procurava minha namorada. ❜ Contou, puxando aquela memória de um lugar que ele não gostava de visistar. ❛ Mas eu estava muito bêbado. Não lembro de detalhes… ❜ Crispou os lábios em um evidente lamento. ❛ Não lembro o que falei para ela, não lembro se ela parecia bem ou não. Não lembro se Victor estava perto e talvez presenciou isso e criou alguma suspeita. Mas eu só esbarrei nela enquanto passava. ❜
"Você foi procurado por Victor nos últimos anos?"
Novamente, Valentin balançou a cabeça em negativa. ❛ Como eu disse, não tínhamos nenhuma proximidade. ❜
Outros suspiro do delegado. Por fim, ele assentiu. Deu-se então o encerramento da sessão com o agradecimento por sua colaboração e as instruções que ele já conhecia. Valentin apertou a mão dos dois policiais e deixou a sala. Seu pai não demorou a encontrá-lo, ansioso aos olhos do filho que o conhecia bem demais, mas composto. Ele perguntou sobre o acontecimento em um sussurro urgente, mas Valentin não respondeu.
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⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ 𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟏 : O INTERROGATÓRIO ››
rundown. ⸻ 12 de julho de 2024, 8h. Delegacia de Des Moines. ⸻
O desgosto de Madeleine com a situação teve início logo no horário em que seu interrogatório foi marcado. Quem em sã consciência acharia que ela estaria acordada e sendo funcional às 8h da manhã? A única resposta que tinha para essa pergunta é que deveria ser proposital. Se a intenção era desestabilizá-la, tinha dado certo. A noite anterior foi um verdadeiro inferno para a mulher que esteve uma pilha de nervos.
A intenção era não apelar para álcool ou comprimidos, mas ela só resistiu até ��s 21h08. Depois disso, ela saiu para comprar uma garrafa de seu vinho favorito.
Madeleine não se atrasou para o compromisso. Mas estava de ressaca e com bem menos horas de sono do que deveria. Vários comprimidos para dor de cabeça no estômago e algumas xícaras de café. Já sentia a gastrite protestando contra suas escolhas. Mas o que fez a respeito foi aceitar o café oferecido pelo oficial Zabini, que a conduziu para a sala de interrogatório.
Havia silêncio entre os dois enquanto caminhavam, a não ser pelo som do scapin nobuck da modelo contra o piso. Ao entrar na sala, aproveitou as paredes espelhadas para conferir a aparência. Apesar da maquiagem perfeita, do batom vermelho não ter borrado apesar de marcar a borda do copo que tinha em mãos, Manon via as olheiras fundas, as pálpebras pesadas. Mas ignorou isso ao correr os dedos pelos cabelos curtos, tirando-os do rosto.
Só então sentou-se no lugar indicado pelo policial. Zabini conferiu suas informações e só depois disso o delegado juntou-se aos dois na sala e ela engoliu seco. O coração pareceu afundar para o estômago. Era real, estava acontecendo de novo. Não era sua primeira vez naquela posição.
"Onde você estava na data da morte de Victor?"
❛ Trabalhando. ❜ A intenção não era ser ríspida, mas acabou saindo assim e ela logo prendeu os lábios em uma linha fina, arrependida. Era o nervosismo, estava voltando. Manon não queria estar ali, não queria estar passando por isso. ❛ Atrasei um artigo que deveria ter sido entregue no dia anterior e cheguei mais cedo ao escritório para terminar. ❜
"Você o conhecia? Como era a relação de vocês?"
❛ Claro que o conhecia. ❜ Respondeu, baixando os olhos para as próprias mãos que estavam sobre o tampo da mesa. A unhas tinham o mesmo tom de carmim do batom em seus lábios. ❛ Ele era a figura mais conhecida daquela fraternidade, era o presidente! Todo mundo conhecia Victor. Tão bonito, tão cheio de vida... ❜ Manon suspirou pesadamente. Era difícil pensar no quanto Victor tinha mudado desde que se conheceram. E que agora estava morto.
"Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurada por ele?"
Balançou a cabeça em negativa, fazendo os cabelos agitarem com a intensidade do movimento. ❛ Não, eu não sabia. ❜ Confirmou verbalmente depois do delegado pedir que o fizesse. ❛ Ele não me procurou nenhuma vez. ❜
Seu coração estava batendo muito forte. Manon perguntou-se se eles podiam ouvir. Parecia que podiam. Parecia que o silêncio entre uma pergunta e outra era unicamente para ouvir o coração ansioso em seu peito. Ela engoliu seco de novo e disfarçou o movimento dando mais um gole em seu café. Foi difícil de engolir daquela vez.
"Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente?"
❛ Demos uma festa para comemorar alguma coisa, não lembro o que era. ❜ Não era mentira, não lembrava mesmo o motivo da comemoração. Mas achava que não deveria ser importante, alguém deveria ter lembrado. A pergunta seguinte fez a mulher franzir o cenho. Que tipo de pergunta era aquela? É claro que tinha sido um acidente. Não podia ter sido outra coisa. Podia? ❛ Não sei o que aconteceu com a Fiona, não estava perto de onde a acharam. ❜ Estava se drogando no banheiro, mas não achou que era uma boa ideia expor aquela parte tão facilmente. ❛ Mas acho que sim, ela deve ter bebido demais e caído. Ela bebeu aquele dia, não bebeu? ❜ Não lembrava dos detalhes do caso de Fiona porque não se importou com isso na época e não se importava agora, sendo bastante honesta. Mas ninguém respondeu sua pergunta. Na verdade, apenas recebeu uma outra pergunta no lugar:
"Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente?"
Não respondeu de imediato. Pensou a respeito, analisou o que sabia, o que tinha ouvido de amigos. Não participou ativamente de nenhuma discussão, porque, de novo, não se importava. No fim, deu de ombros. ❛ Não faço ideia. Não faço a menor ideia do que estava se passando a cabeça do Victor. ❜
O delegado a olhou pelo o que pareceu tempo demais. O olhar cortante a analisando friamente. Ela, por sua vez, manteve a expressão dura, impassiva enquanto o olhava de volta. Não queria que ele percebesse que estava deixando-a nervosa.
"Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvida?"
Manon riu. Uma risada nervosa, claramente tensa. E viu os dois homens na sala semicerrarem os olhos para sua reação. ❛ Não sei. Nunca dei motivo algum para ele achar que tinha algo contra Fiona. Eu não tinha. ❜ Podia ter uma pontinha de inveja do quanto todo mundo parecia gostar dela, mas não tinha nada contra a pobre coitada. ❛ Nós, as garotas, estávamos sempre juntas, por um motivo ou outro... Viver com aqueles caras não era a tarefa mais fácil mundo. Isso nos unia no ódio de vez em quando. Não tinha nada demais. ❜
"Você foi procurada por Victor nos últimos anos?"
❛ Não. ❜ Respondeu com firmeza. Não queria deixar espaço para dúvidas quanto aquilo. Sempre teve facilidade em cortar laços, porque não os queria para começo de conversa. Fez isso com muita gente daquela época, não seria estranho para ninguém.
Mas a maneira como ela deixou a sala com urgência depois de ser liberada talvez deixasse alguma desconfiança para a imaginação.
Precisava sair daquele lugar. Precisava de um cigarro.
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task 001 — a noite do incêndio.
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Protocolos eram seguidos o tempo todo quando grandes acontecimentos surgiam. Para Freyja, não passava de uma mera formalidade, e ser colaborativa para com o império fazia com que seu dever como lady de sua casa fosse valorizado. Por outro lado, era a hora perfeita de se inocentar. Sabia que os khajols corriam mais riscos de sofrerem acusações por algo que ela garantia não terem o mínimo interesse, e fortalecer a sua verdade parecia ser uma boa ideia. Quando finalmente fora chamada para o interrogatório, não se deixou intimidar, embora um frio na barriga a consumiu ao ver os responsáveis pelo ato. Nenhum parecia estar muito intimidado por ela, o que era completamente plausível. Tomou o seu lugar diante de seu entrevistador, fazendo as cortesias de sempre que havia aprendido pela etiqueta, embora parecesse estar sendo pouco valorizada. Após o silêncio curto, as perguntas de verdade começaram.
Onde você estava no momento em que o incêndio começou?
Deu de ombros, sem saber ao certo o que responder. O incêndio havia acontecido em uma noite e so soubera do ocorrido no outro dia, pela manhã, após o cansaço a vencer pelos estudos rigorosos da noite. "Na biblioteca, ou no jantar. Era uma semana em que precisava muito aprimorar os estudos e não me lembro de muito além das runas, feitiços e novas possibilidades de contato com os deuses." Foi sincera, embora soubesse que a resposta era vaga e não dava certeza de algo.
Você notou algo incomum ou fora do lugar antes do incêndio, seja no comportamento de outras pessoas ou no castelo de Wülfhere?
Sentiu uma vontade agonizante de rir, como se fosse mesmo se importar com Wülfhere. Seu contato com o castelo era o mínimo, assim como o que tinha com changelings. Precisou engolir em seco e desviou o olhar para a mesa para se concentrar e não dizer uma catástrofe. "Não. Não tenho contato nenhum com changelings." Foi o mais modesto que conseguiu soltar.
Você notou algum dos dragões agindo estranho no dia do incêndio?
"Deuses, não." Respondeu um pouco mais alerta, a ideia de estar tão próxima de dragões a apavorando. "Nunca cheguei perto de um e raramente os vejo nos céus... O que parece estar prestes a mudar." Os changelings vinham chegando aos poucos, ocupando um espaço que não era deles e tampouco das feras. Não eram bem-vindos, mas se via forçada a fingir costume em respeito às decisões do império.
Você teve algum sonho ou pressentimento estranho antes de saber do incêndio?
Negou com a cabeça algumas vezes, o ápice da anormalidade daquela semana sendo o cansaço pelos estudos e a ansiedade em prestar alguns testes não-oficiais. Quando estava no preparo para ser cobrada, parecia ainda pior. Havia perdido muitos fios de cabelos na escova de cerdas mascias pelo estresse e aquilo, sim, havia sido seu pressentimento de que ficaria insana a qualquer momento.
Você acha que o incêndio foi realmente um acidente, ou acredita que pode ter sido provocado por alguém? Quem se beneficiaria disso?
"Claro que pode ter sido um acidente. Aquele lugar não tem dragões que cospem fogo por todos os lados?" Retrucou, mais incomodada com a ideia de tê-los por perto agora do que qualquer outra coisa. Se havia sido um incêndio, somando peças óbvias do ocorrido, o mais correto parecia afirmar que os mesmos haviam sido os operários do incêndio. "Uthdon é o único lugar que pode se beneficiar com a destruição de qualquer um. Atacar o exército parece ser uma boa estratégia para enfraquecer o império." Outra coisa que era óbvia, uma inimizade de anos que parecia oscilar entre esfriar e esquentar.
Na sua opinião, quem estaria mais interessado no desaparecimento do Cálice dos Sonhos e na interrupção do acesso ao Sonhār?
Franziu os lábios, tendo um pouco mais de noção sobre o que era o Cálice e o que ele representava quando o sumiço foi declarado. "Não me importo." Admitiu. Na verdade, estava começando a se importar, mas estava cedo para que percebesse. "Se alguém quisesse enfraquecer o exército, tirar o contato com aquele outro lugar parece ser uma boa maneira de piorar as coisas. Se houver um suspeito, essa pode ser a possibilidade." Por um instante, seu seon surgiu ao seu lado tão pequeno quanto um ovo, brilhando em azul para alertá-la de que poderia acabar falando demais. Aquele contato entre eles era pessoal e particular, e Freyja sabia que sabia demais pelos anos em que passara apenas observando e instigando os outros. Assim, esperou por qualquer outra pergunta, e quando foi dispensada sem receber tanta atenção extra, passou pela porta que já estava cheia de outros alunos esperando a própria vez para responder as perguntas que, na opinião dela, não levaria a conclusão alguma.
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TASK 001 - WÜLFHERE: a noite do incêndio.
ㅤㅤㅤSaija mantinha as pernas cruzadas e a postura impecavelmente ereta enquanto esperava ser chamada para a sala de interrogatório. Reconhecia, obviamente, a gravidade do incêndio e o simbolismo do roubo do cálice para o reino, mas simplesmente não via sentido em ter sido convocada. Toda sua família, além de pelo menos dez empregados, poderiam confirmar seu paradeiro no momento do incidente. E quanto ao motivo? Qual razão plausível ela teria para destruir a academia militar? Sim, havia a constante tensão entre changelings e khajols, no entanto, para Saija, era totalmente irrelevante. Cada um tinha sua função no intrincado sistema que sustentava o reino, e ela estava muito ocupada para se importar com uma rivalidade que, em sua visão, não a afetava diretamente.
ㅤㅤㅤCom um suspiro inquieto, Saija descruzou as pernas e as trocou de posição, a impaciência crescendo dentro dela. Que demora!, pensou, os dedos tamborilando levemente no braço da cadeira. Sua distração foi interrompida por uma voz masculina. “Senhorita…” Seu rosto virou na direção da voz. “Saija,” respondeu de imediato, erguendo-se com elegância calculada. Não carregava mais o sobrenome da mãe, e muito menos gostava de ouvir o nome do falecido marido associado a ela. “A senhorita pode me acompanhar?” Com um breve aceno de concordância, seguiu o homem até a porta que ele apontara. Assim que cruzou o limiar, seus olhos percorreram o ambiente e um leve franzir de nariz escapou. Não esperava luxo em um lugar como aquele, mas também não imaginava sentir-se tão nitidamente como uma suspeita. A contragosto, ela se acomodou na cadeira em frente ao interrogador. Seus olhos imediatamente se fixaram no rosto dele — arredondado, quase comum, mas com uma expressão que parecia medir cada centímetro dela. Saija, por sua vez, manteve o queixo erguido e o olhar firme, determinada a não deixar transparecer qualquer traço de desconforto.
Onde você estava no momento em que o incêndio começou?
ㅤㅤㅤAo ouvir a primeira pergunta, ela sentiu a agitação de Týr no fundo de sua mente e precisou se conter para não dar uma resposta sarcástica. Aparentemente, o deus estava tão indignado quanto ela por ela ser tratada daquela forma. “Eu não sei o horário que o incêndio começou, mas passei toda a noite na casa da minha mãe, jantando e fazendo meus afazeres diários. Pelo menos quinze pessoas podem confirmar.”
Você notou algo incomum ou fora do lugar antes do incêndio, seja no comportamento de outras pessoas ou no castelo de Wülfhere?
ㅤㅤㅤSaija franziu a testa, lutando para encontrar algum sentido na pergunta que acabara de ouvir. O interrogatório em si era compreensível, dadas as circunstâncias, mas ela esperava algo minimamente condizente. Respirando fundo, escolheu suas palavras com cuidado. “Perdão, senhor, mas temo não saber como responder a essa pergunta. Estudo na academia dirigida por minha mãe, Hexwood, que, como o senhor deve saber, fica consideravelmente distante da academia militar.” Sua voz soou clara e controlada. O interrogador estreitou os olhos, lançando-lhe um olhar torto, provavelmente esperando alguma hesitação ou contradição. Mas Saija se manteve impassível, a postura tão ereta quanto sua determinação. Não era o tipo de mulher que se deixava intimidar por olhares zangados ou tentativas de pressão.
Você notou algum dos dragões agindo estranho no dia do incêndio?
ㅤㅤㅤTýr parecia inquieto, sua presença em sua mente pulsando com uma energia nervosa, enquanto Saija, por outro lado, lutava contra a vontade de rir. Aquela pergunta era para ser levada a sério? “Bom, não sei,” começou, um sorriso irônico brincando em seus lábios, “mas posso garantir que o que mantenho no meu jardim estava perfeitamente calmo.” Ela soltou um riso abafado e revirou os olhos, já imaginando a reprovação que sua mãe expressaria ao ouvir sobre sua resposta. Endireitando-se um pouco, completou com um tom mais direto: “Eu não tenho a menor ideia. Nunca tive qualquer contato com dragões.” Sua voz soava firme, mas o sarcasmo sutil era inegável, uma marca de sua personalidade que parecia se manifestar ainda mais quando estava sob pressão.
Você teve algum sonho ou pressentimento estranho antes de saber do incêndio?
ㅤㅤㅤ“Bom,” respondeu, um pouco pensativa “acho que nada que pudesse ter referência com o incêndio.” Havia tido alguns sonhos diferentes na semana em questão, mas nenhum deles parecia minimamente ligado ao incêndio e sim a situação que ela vivenciava com deuses em sua cabeça. Ela viu o cenho do interrogador se franzir levemente, no entanto, ele não perguntou mais nada sobre.
Você acha que o incêndio foi realmente um acidente, ou acredita que pode ter sido provocado por alguém? Quem se beneficiaria disso?
ㅤㅤㅤ“Isso se enquadra na categoria de perguntas que eu acredito não caber a mim responder,” disse de forma sincera, por mais que houvesse achado a pergunta absurda. “Mas se tratando de uma academia militar, acredito que as mesmas pessoas que possam ter provocado são as beneficiadas com o incêndio, então…” Ela ergueu os ombros, como se o final de sua fala fosse algo que eles pudessem deduzir por si próprios.
Na sua opinião, quem estaria mais interessado no desaparecimento do Cálice dos Sonhos e na interrupção do acesso ao Sonhār?
ㅤㅤㅤ“Essa é mais uma das perguntas que eu não me vejo suficientemente qualificada para responder,” disse no tom mais respeitoso que pôde. “O Império certamente possui inimigos, e certamente não cabe a mim nomeá-los quando existem pessoas muito mais qualificadas do que eu para fazê-lo.” Ela suspirou, visivelmente descontente de ainda estar ali. “Não quero ser desrespeitosa, mas eu já posso ir? Não gosto de espaços fechados assim,” argumentou. A verdade é que Týr parecia cada vez mais próximo de assumir o controle de suas ações, mas ela não queria ter que explicar mais aquilo ao desconhecido. Quando o mesmo assentiu, Saija se levantou e saiu da sala o mais rápido que pôde.
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Task 001 - Interrogatório
Uma task para @aldanrae, que possui uma breve menção a @lastisfet
Miray sempre detestou ser encurralada quando escapava ou aprontava alguma coisa que não deveria, mas tornava a situação muito pior quando estava prestes a ser questionada referente a coisas que realmente não havia feito. Ficava levemente apreensiva mesmo que não possuísse qualquer culpa, mas sabia também que não poderia agir com humor e diversão para mascarar isso, ao menos não ali com os investigadores. Por isso seguiu pelos corredores até a sala indicada no mais completo silêncio, vez ou outra alternando seu olhar entre o caminho e o próprio seon, Seda, que flutuava com mais leveza do que os passos da Khajol.
Ao adentrar a sala do interrogatório acabou tossindo um pouco, a garganta se sentindo incomodada por algum resquício de poeira que parecia haver nos cantos daquele local, optou contudo por guardar suas observações para si mesma e permanecer apenas na cordialidade. Se sentou na cadeira como lhe foi instruído, os olhos verdes correndo rapidamente com certa curiosidade para ver o que tinha sob a mesa, ainda que isso logo fosse afastado pelo investigador. Miray se remexeu desconfortavelmente na cadeira, agora cruzando as pernas e colocando uma mão sob a outra em cima da mesa, esperando pelas perguntas.
Onde você estava no momento em que o incêndio começou?
❝No meu quarto em um sono profundo depois de uma longa leitura…❞ Começou com simplicidade e ao perceber a curiosidade nos olhos do interrogador, não hesitou em continuar já que não considerava sua leitura nada fora do normal. ❝Era o "Vozes do Superno: interpretando a mensagem dos deuses a seu favor." Um livro sobre profecias e presságios, uma das disciplinas do meu nível e foi uma recomendação da professora Iseret… Nada fora do normal, apenas acredito que o hábito de ler antes de dormir ajuda a fixar melhor o conhecimento.❞ Um hábito que a khajol buscava manter ao menos duas ou três vezes na semana, tentou analisar o homem que a investigava, mas não obteve muito sucesso visto que ele seguiu impassível.
Você notou algo incomum ou fora do lugar antes do incêndio, seja no comportamento de outras pessoas?
❝Não, tudo parecia normal.❞ Uma resposta simples e sincera, ainda que sentia que pouco satisfatória para quem a interrogava, mas não via motivos para exagerar ou forçar algo que era irreal, não quando era uma situação tão séria.
Você teve algum sonho ou pressentimento estranho antes de saber do incêndio?
Miray teve de parar um pouco e forçar a memória para se recordar com exatidão, ela possuía um caderno em que anotava os próprios sonhos, ao menos aqueles que ela achava que pudessem ser relevantes. ❝Não diria que exatamente estranho, considerando meus sonhos… Mas sonhei com algo… Estava a beira de um riacho, havia algo na água da qual eu não soube distinguir já que havia um tipo de nevoeiro ou fumaça em torno de tudo, um corvo surgiu voando sob o riacho e pareceu tirar de lá algumas peças de roupa masculina… E então eu acordei.❞ Conforme contava o sonho, os olhos pareciam desfocar da sala, como se a cada palavra repassasse a cena em sua própria mente tentando se ater aos detalhes. O olhar apenas se focou novamente no interrogador ao fim do sonho, um pequeno sorriso comedido no rosto da Colmain. ❝Sonhos são difíceis de se decifrar, mas caso esteja se perguntando, até onde meu conhecimento vai… Enquanto não houver uma mulher no riacho lavando as roupas, não há a morte.❞ A voz saia bem mais tranquila agora, mencionar qualquer coisa que referenciasse Morrigan lhe deixava mais calma, se sentia mais tranquila e isso transcrevia de certo modo no reluzir de Seda. ❝E não, esses sonhos não são diários, ainda que não sejam incomuns e com sutis diferenças.❞ Estava longe de se considerar alguém com sonhos proféticos, mas por vezes se sentia um tanto inclinada com presságios sobre a morte, como a vez que após um de seus sonhos estava certa de que o pássaro de estimação morreria e levou cerca de dois dias para que ele aparecesse morto. Mas sempre poderia ser apenas uma coincidência, ela nunca desconsiderava a hipótese.
Você acha que o incêndio foi realmente um acidente, ou acredita que pode ter sido provocado por alguém? Quem se beneficiaria disso?
❝Considerando que o cálice desapareceu é bem difícil de acreditar que foi um incêndio acidental, se me permite a opinião, imagino até que o incêndio possa ter sido uma distração de quem estava prestes a ser pego ou até mesmo um tipo de aviso.❞ O soava cruel e bem mais perigoso na visão de Miray, lhe rendendo uma breve careta em desgosto com a ideia. Seria melhor pensar e esperar que quem quer tivesse feito aquilo fosse estúpido e facilmente pego, mas algo em seu âmago lhe dizia que não seria bem assim. ❝Quanto a quem se beneficiaria com isso? Bem, acho que é uma resposta óbvia. No entanto, posso afirmar quem não se beneficiaria com isso… Nós.❞ Quando pronunciou o nós apontou mais para si mesma, como se indicasse os khajols, já que imaginava que pela intriga entre os povos seria uma acusação comum dos changelings. ❝Mesmo que a convivência com eles não seja fácil ou das mais agradáveis para nós, eles ainda são necessários ao seu modo, logo apenas um tolo faria algo do tipo… Um tolo ou um inimigo em comum dos dois.❞
Na sua opinião, quem estaria mais interessado no desaparecimento do Cálice dos Sonhos e na interrupção do acesso ao Sonhār?
❝Acredito que minha resposta anterior já seja demasiadamente satisfatória para essa questão também, não concorda?❞ Já cansada das perguntas não podia evitar o levo tom de sarcasmo, por mais que desejasse ajudar, não sentia que possuía muito utilidade naquele momento já que não sabia de nada realmente relevante. Os dedos ansiosos batiam levemente contra a mesa enquanto o investigador parecia terminar algumas anotações e observações, o silêncio instalado na sala a fazendo ficar apreensiva outra vez. Quando finalmente foi liberada, deixou um suspiro de alívio lhe escapar, sentia-se agora finalmente livre para seguir com a própria vida, ainda que em seu coração houvesse uma sensação incômoda de algo ainda pior estava por vir.
#cae:task#𝑰'𝒎 𝒓𝒆𝒂𝒅𝒚 𝒕𝒐 𝒈𝒐 𝒇𝒖𝒍𝒍-𝒐𝒏-'07-𝑩𝒓𝒊𝒕𝒏𝒆𝒚 ✦ * ✰ ˚ ⌜ Task⌟#nem acredito que consegui escrever só duas páginas do docs#uma vitória pra mim#a qualidade está questionável#mas pelo menos eu fiz
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task #001: os interrogatórios.
12 de julho de 2024
Era cedo quando Hana entrou na delegacia, os olhos castanhos varrendo o local em busca de um rosto conhecido e, ao não encontrar nenhum colega da Kappha Phi, supôs que seria a primeira infeliz a dar depoimento no dia. Ela suspirou, lançando um olhar para o advogado ao seu lado, que se encontrava lá por insistência de Jin, seu marido. Apenas uma precaução, ele dissera, pois temia que os policiais ou o nervosismo levassem Hana a dizer algo que a comprometesse. Não que ele acreditasse que ela tinha alguma culpa no acidente de Fiona, tampouco que estivesse envolvida no assassinato do presidente da fraternidade. Oh, não, nada disso. O medo de Jin residia na possibilidade de ela abrir a boca para contar o quão alterada estava naquela noite há nove anos atrás, ao ponto nem sequer ter certeza o do que havia visto e o que não passara de alucinação. Essa informação não só a colocaria como suspeita do crime, como causaria uma mancha na imagem da família perfeita que se esforçaram tanto para manter.
Hana foi afastada de seus pensamentos por um policial que a abordou para conduzi-la em direção a sala onde aconteceria o interrogatório. Ao adentrar no cômodo, deparou-se com o delegado sentado a esperar por si, então ela sentou na cadeira oposta a ele, enquanto o advogado tomou o assento ao seu lado.
" — Bom dia, senhora Lee. " Desprat a cumprimentou, alternando o olhar para o colega de trabalho dele que a conduzira até a sala e que agora tirava um bloquinho de notas do bolso de trás. Antes de voltar a falar, o delegado já direcionava sua atenção para Hana outra vez. " — Antes de começarmos as perguntas, gostaria de um copo de café, chá..? Posso mandar alguém buscar para a senhora. " ele ofereceu, com um sorriso, indicando com um gesto o policial que entrara por último na sala. Uma gentileza ensaiada, Hana reconhecia muito bem, a intenção, no entanto, fugia do seu conhecimento. Talvez uma maneira de fazer com ela se sentisse à vontade? Bom, não havia surtido efeito, pois ela se mexeu inquieta no assento antes de respondê-lo.
" — Não, obrigada. Eu tomei café antes de vir. " negou, educadamente, devolvendo o sorriso que lhe fora oferecido. Uma mentira, não havia ingerido nada desde ontem, o nervosismo embrulhava seu estômago ao ponto de perder o apetite. Algo lhe dizia que não seria a única mentira que contaria naquela manhã. " — Certo. Vamos começar, então. " o delegado declarou, o sorriso dele esmaecendo, o tom de voz e a feição adquirindo certa seriedade. Antes de continuar, ele consultou rapidamente os papéis em suas mãos.
" Onde você estava na data da morte de Victor? "
" — Hum... Viajei de Paris para Des Moines, isso de manhã. Não me recordo o horário ao certo, desculpe. Passei a tarde no meu apartamento, no centro da cidade, e à noite compareci a uma confraternização da empresa com Jin, meu marido. Depois, voltei com ele para o apartamento e voltamos para Paris no dia seguinte. " Hana respondeu, de forma calma e direta, sem dar muitos detalhes. A bem a verdade, não se recordava muito do que havia feito naquela tarde, provavelmente fora mais um dia entediante como tantos em sua vida. Ela só esperava que isso não abrisse brechas para suspeitas por parte da polícia. Para a sua sorte, a resposta parecia ter sido o suficiente para Baptiste mover para a próxima pergunta.
" Você o conhecia? Como era a relação de vocês? "
" — Seria impossível estar na Kappha Phi e não conhecer Victor. Então, sim, eu o conhecia. Sobre a nossa relação... Erámos só colegas, eu acho? " ponderou ela, revisitando memórias antigas que os envolviam, não conseguindo encontrar nenhum momento que evidenciava que um dia foram mais do que dois conhecidos que se davam bem. Agora, depois do desfecho trágico de Victor, e movida por alguma curiosidade mórbida, Hana desejou ter sido mais próxima dele. " — Eu não o conhecia tão bem quanto outros membros da fraternidade, mas vivíamos sob o mesmo teto, a convivência era tranquila e conversamos algumas vezes em ocasiões diferentes. " concluiu, com crispar de lábios e um leve erguer de ombros.
" Você sabia que Victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a Kappa Phi na data do acidente de Fiona? Alguma vez foi procurado por ele? "
" — Não, não sabia que eu estava sendo investigada por Victor. " respondeu com um riso soprado, como se a ideia fosse absurda. Tratava-se, no entanto, de uma meia-verdade. A informação da investigação feita por Victor havia sido compartilhada na coletiva de imprensa do caso, então o advogado de Hana a alertara para possibilidade do nome dela estar no meio da lista de suspeitos do falecido. Ela só poderia se indagar qual informação Victor tinha sobre si para incluí-la naquilo, talvez ele pudesse preencher lacunas vazias em sua memória a respeito do fatídico dia. Novamente, desejou ter sido mais próxima dele enquanto ele ainda estava vivo. " — E, não, Victor nunca me procurou. Também duvido que ele os meios para me contatar, não nos falamos desde a época da faculdade e, nesse meio tempo, troquei de número e mudei de e-mail. "
" — Você sabe o que aconteceu no dia do acidente de Fiona? Acha que foi apenas um acidente? "
Com o olhar baixo, observando um ponto qualquer na mesa a sua frente, Hana ainda divagava sobre as informações que Victor podia ter quando o delegado proferiu a mesma pergunta que ouvira nove anos atrás. Os olhos castanhos ergueram-se imediatamente, encarando Baptiste e, logo em seguida, focaram no advogado que se pôs a falar pela primeira vez. " — Minha cliente foi chamada para dar depoimento a respeito do caso Victor Dagoty, não do acidente de Fiona. De qualquer forma, a sra. Lee, na época conhecida como srta. Kwon, já compartilhou o que sabia sobre o ocorrido há nove anos atrás. " o homem declarou, impassível, virando para Hana no mesmo instante para tranquilizá-la: " — Não precisa responder isso. " por mais que fosse uma sugestão, Hana teve a impressão que se tratava de uma ordem. Ao seu ver, seria suspeito evitar a pergunta ao invés de repetir a mesma mentira contada no passado. Então, com um suspiro seguido por um sorriso fraco, ela encarou o delegado outra vez. " — Está tudo bem, eu vou responder. Não sei ao certo o que aconteceu com Fiona, assim como o maioria eu exagerei um pouco na bebida. Em algum momento dei falta do meu celular, subi no segundo andar em direção ao meu quarto e ouvi o barulho que parecia um tiro. Eu entrei no cômodo, tranquei a porta e esperei até ter certeza de que era seguro para sair. Depois me disseram que encontraram Fiona... imóvel. " suspirando, deixou cair os ombros. Quantas vezes teria que contar a mentira até que ela se tornasse verdade? Exausta, Hana se permitiu ser totalmente sincera ao responder a segunda pergunta: " — Não sei o que pensar, se foi um acidente ou não. Gosto de pensar que ninguém da fraternidade faria mal a ela, e que se fosse, de fato um crime, o responsável seria um dos desconhecidos que compareceram a festa naquela noite, mas... Talvez eu estivesse errada, você disse que o Victor estava investigando membros da Kappha Phi. "
" Acha que Victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente? "
" — Como eu disse, nunca acreditei que um membro da Kappha Phi seria responsável pelo acontecido com Fiona. Isto é, até hoje. Não sei o que Victor descobriu, ou pensou ter descoberto, para suspeitar dos meus colegas. Talvez ele tivesse certo, talvez não... Não tenho como saber. " deu de ombros, sentindo o olhar de repreensão do advogado sobre si. Era a segunda vez que Hana hesitava e não descartava logo de cara a possibilidade de Victor estar certo, embora tivesse sido instruída a não dar nenhum pouco de credibilidade para a investigação dele. Segundo o advogado, quanto mais a mulher contribuísse para a fama de Victor de paranoico e obcecado, melhor. Porém, ela decidiu que lidaria com a consequências disso depois.
" Qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido? "
" — Também queria saber, para ser sincera. " disse ela, pensativa, com um suspiro e um arquear de sobrancelhas enquanto as costas encontravam o encosto da cadeira. Hana realmente queria saber, não estava mentindo a respeito disso. Victor podia ser a chave para preencher as lacunas da sua memória e diferençar o que era real ou não. Bom, agora não tinha como saber. A não ser, é claro, que o responsável por aquela carta tivesse a par das investigações do ex-presidente da Kappha Phi, mas Hana estava incerta se encontraria respostas com essa pessoa. Quem quer que fosse o remetente, não parecia estar disposto a nada além de vingança.
" Você foi procurado por Victor nos últimos anos? "
" — O senhor já não fez essa pergunta? " rebateu, com um franzir de cenhos. Não se tratava de um déjà vu, disso tinha certeza, mas por que o delegado estava batendo de novo nessa tecla? Estranho, pensou. " — De qualquer forma, não, Victor não me procurou. Se o fez, não chegou ao meu conhecimento. " Hana declarou com firmeza, fazendo uma nota mental de checar a caixa de entrada do seu antigo e-mail para sanar a curiosidade que o oficial havia despertado em relação a essa questão. Logo em seguida, Dr. Baptiste deu por finalizado o interrogatório, dizendo que poderia entrar em contato no futuro. Hana e o advogado despediram-se do homem e deixaram o local rumo ao seu apartamento, onde provavelmente remoeriam o que havia sido dito.
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🌑 ⋯⠀ ⠀›⠀⠀TASK 001 ― o interrogatório !
capítulo dois : @hqmurderers thinks we did it
personagens citados : fiona, victor e greta ( @thvhighpriestess )
# ────── as paredes cinzentas e o cheiro de papel velho e café amargo compunham o cenário sombrio. o som de passos firmes ecoou pelo corredor. um policial, de uniforme impecável e expressão séria, apareceu segurando uma prancheta. seu olhar percorreu o local até encontrar bonnie e hana ❝ belladonna arsenault ❞ chamou o policial, sua voz cortando o ar pesado da delegacia. as mulheres despediram-se brevemente, bonnie apenas piscou divertida para a antiga amiga.
belladonna entrou na sala de depoimentos com uma calma calculada. ela já conhecia bem esse ambiente austero, onde cada detalhe parecia projetado para intimidar. sentou-se com elegância na cadeira designada, sua postura exalando confiança medida. ela gostava de se preparar para todos os cenários possíveis, aquilo não a assustava. a sala estava iluminada por uma luz fria que contrastava com sua serenidade calculada. não era a primeira vez, nem mesmo a sétima, que precisava depor. a experiência anterior a ensinara a escolher cada palavra com precisão, a manter o controle da narrativa mesmo sob pressão.
o delegado dr. baptiste desprat entrou na sala com uma expressão séria ❝ senhorita belladonna, obrigado por estar aqui hoje conosco. como a senhorita deve saber, precisamos esclarecer alguns pontos importantes sobre a morte de victor dagoty ❞ começou ele, sua voz firme preenchendo o espaço da sala. seus olhos escuros se fixaram nos dela.
❝ claro, doutor, prossiga ❞ ele prosseguiu explicando a necessidade do depoimento, detalhando os objetivos da investigação e a importância de sua contribuição. sua abordagem mostrava um interesse quase genuíno em garantir que belladonna se sentisse confortável o suficiente para compartilhar informações. enquanto baptiste desprat falava, belladonna absorvia cada palavra com atenção, sua mente trabalhando rapidamente para entender o que era esperado dela. ela assentiu com seriedade.
a primeira pergunta foi direta e incisiva: ❝ onde você estava na data da morte de victor? ❞
❝ estava em casa, com meus pais e duas irmãs ❞ respondeu bonnie calmamente ao delegado baptiste desprat. sua voz era firme, refletindo a certeza nas palavras que escolhera com cuidado. ela detalhou o ambiente familiar onde estivera naquela noite específica, enquanto o ele tomava notas meticulosas. a sala permanecia silenciosa, apenas o som dos relatos preenchia o espaço tenso. bonnie encontrou o olhar do homem, buscando transmitir confiança em sua declaração.
❝ você o conhecia? como era a relação de vocês? ❞ perguntou o delegado, mantendo sua postura profissional enquanto aguardava a resposta de bonnie.
ela respondeu com sinceridade e calma ❝ todo mundo conhecia o victor, doutor ❞ bonnie observou atentamente a reação dele ❝ ele era melhor amigo do meu irmão, sabe? nós ficamos algumas vezes, mas foi algo casual ❞
o delegado assentiu, fazendo anotações enquanto absorvia as informações fornecidas por bonnie. seu rosto revelava uma expressão pensativa, ponderando as conexões e contextos que aquelas revelações podiam trazer para a investigação ❝ era uma relação próxima, então? voc��s mantinham contato regularmente? ❞ perguntou ele, mostrando um interesse em entender melhor a dinâmica entre bonnie e victor.
bonnie assentiu, sua mente voltando aos momentos compartilhados com victor. ela gostava do homem quando eram jovens, mas aquela obsessão pela morte de fiona a tirava do sério. nos últimos anos, ela o via apenas como um perdedor que havia parado no tempo ❝ não exatamente. depois que meus pais se aposentaram e mudaram de vez para des moines, eu sempre venho visitá-los. falei com victor algumas vezes, mas percebi que viramos completos estranhos ❞
❝ você sabia que victor estava investigando a vida das pessoas que integravam a kappa phi na data do acidente de fiona? alguma vez foi procurado por ele? ❞ questionou, suas palavras carregadas de uma seriedade que a mulher achava sem graça.
ela escolheu suas palavras com cuidado, consciente das implicações de suas declarações. ❝ eu não sabia da investigação, mas as poucas vezes que a gente se encontrou, ele falava bastante sobre a fiona ❞ bonnie manteve sua expressão controlada, tentando transmitir convicção em sua resposta ❝ ele nunca me perguntou nada, só disse que sempre a visitava…. é bem estranho, não acha? ❞
ele assentiu, os pensamentos trabalhando enquanto avaliava as conexões emergentes ❝ de fato, é algo que estamos investigando de perto. há algo mais que possa nos ajudar a entender melhor essa relação? ❞
ela respirou fundo, sentindo o peso das palavras que estava prestes a dizer ❝ eu não sei, nunca perguntei. eu prefiro não me intrometer no assunto alheio, mas… posso ser honesta? sempre achei absurdo um cara que tinha tudo para ser bem sucedido desistir de tudo por uma pessoa acamada, uma pessoa que nem era namorada ou da família dele. e quando eu digo que ele tinha tudo, era tudo mesmo, beleza, simpatia, amigos, inteligência…. ele poderia ser qualquer coisa, sabe? mas escolheu se prender a fiona ❞ disse bonnie, sua voz carregada de reflexão e uma ponta de incredulidade diante da situação de victor. ela achava ofensivo que ele havia se tornado alguém tão patético por tão pouco, mas seu olhar continha uma tristeza calculada.
ele meneou a cabeça, suas feições cada vez mais pensativas conforme absorvia as palavras de bonnie ❝ a senhorita sabe o que aconteceu no dia do acidente de fiona? ❞
❝ eu sei que houve um acidente ❞ sua resposta foi cuidadosa, refletindo sua disposição de colaborar ❝ era uma festa, doutor. eu tinha acabado de fazer vinte e um anos e estava completamente bêbada ❞ explicou bonnie, ecoando suas palavras da época do incidente ❝ lembro de estar jogando beer pong e começarem a gritar, alguns diziam que alguém havia atirado, só depois alguém achou a fiona e ficamos sabendo do acidente ❞
❝ então a senhorita acha que foi apenas um acidente? ❞
bonnie respirou fundo antes de responder, com firmeza: ❝ doutor, eu sou dona da maior empresa de cibersegurança do país. meu trabalho é literalmente analisar dados. nunca houve o menor indício de que não tenha sido um acidente ❞
❝ acha que victor tinha motivos para desconfiar que alguém tinha causado o acidente? ❞ perguntou o homem, buscando entender mais sobre a perspectiva de bonnie em relação a victor e suas suspeitas.
❝ se desconfiava, não compartilhou essa desconfiança comigo ❞ sua feição, ao falar sobre o homem, continuava mostrando um certo pesar ❝ ele mudou muito depois do acidente, doutor, era até um pouco assustador de ver como um rapaz tão brilhante e querido virou uma pessoa tão diferente ❞
❝ qual motivo ele tinha para achar que você estava envolvido? ❞
❝ eu não faço ideia. é até uma surpresa que ele tenha me envolvido nisso, porque eu e fiona não tínhamos nenhum tipo de relação, nem amizade nem inimizade ❞ respondeu bonnie, sua expressão revelando confusão diante da situação.
❝ me disseram que ela era uma pessoa que ou você amava ou odiava ❞ comentou, sua expressão revelando curiosidade enquanto ele continuava a sondar a perspectiva de bonnie sobre fiona.
❝ fiona era apenas uma garota popular. querida o suficiente para muitos gostarem dela, mas essa atenção também machucava o ego de outros ❞ era uma resposta vaga, já que o ele não havia perguntado nada.
❝ e o que você sentia em relação a isso? ❞
❝ eu só queria estudar e sair com meus amigos. por mim, ela poderia ser dona do palco sozinha desde que não me atrapalhasse a programar ❞ respondeu bonnie com sinceridade, enfatizando sua preferência por manter uma distância saudável dos dramas em torno de fiona.
❝ desculpe, não entendi o que impedia uma amizade entre vocês ❞ ela conseguia sentir os olhos do delegado cada vez mais interessado naquela história.
bonnie respondeu sem hesitar: ❝ eu já tinha que lidar com uma jovem mística, duas não ia aguentar ❞
❝ jovem mística? ❞ indagou o homem, intrigado com o termo.
❝ sim, essa galera que curte cristais, tarot, incenso, sabe? ❞ explicou bonnie.
❝ e por que isso é algo ruim? ❞
❝ como eu já falei, doutor, eu sou uma mulher lógica. não há nada científico nessas coisas. eu dividia quarto com a greta que sempre ficava falando de energias negativas e coisas do tipo, pra que arranjar mais uma dor de cabeça? ❞
o delegado apenas ergueu uma sobrancelha, fazendo uma última anotação enquanto continuava a investigação ❝ entendi, tenho apenas mais uma pergunta e a senhorita estará liberada. você foi procurada por victor nos últimos anos? ❞
bonnie suspirou levemente, lembrando-se das vezes em que victor tentara estabelecer contato ❝ eu já respondi esta pergunta, não? de qualquer forma, ele me chamou para jantar algumas vezes. eu aceitei duas ou três, mas ele nunca deu a entender que me considerava suspeita de nada. na verdade, eu achei que ele queria algo a mais, mas ele já não fazia meu tipo ❞
o delegado assentiu compreensivamente, levantando-se para indicar o fim do depoimento ❝ obrigado pela sua cooperação, senhorita. estamos fazendo tudo o que podemos para esclarecer essa situação ❞
❝ obrigada, doutor. estou à disposição se precisarem de mais alguma coisa ❞ eles se despediram com um aceno de cabeça mútuo, e bonnie deixou a sala de depoimentos pensando apenas no restaurante que iria com hana. ela estava faminta.
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[plot drop] investigação policial no hamdeok complex
sexta-feira, 03 de maio — 11h
Passada a euforia do Festival da Primavera, o Hamdeok Complex parece voltar à rotina. Treinos intensos, porém, intensificam-se cada vez mais com a iminência dos campeonatos nacionais, decisivos tanto para o ranking interno dos atletas quanto para aqueles que almejam uma convocação para os Jogos Olímpicos de 2024 e é certo dizer que os nervos estão à flor da pele. Mas é claro que não é simplesmente por isso.
Apesar de disfarçar a incerteza e desconfiança dos atletas, o Festival da Primavera foi apenas uma distração - e uma de fato bem vinda. Se você usou seus olhinhos atentos para prestar atenção aos seus arredores e não se deixou ficar completamente maravilhado pelas luzes, decoração e euforia que a celebração proporcionou, você com certeza notou a presença de Kim Beomseok por ali, passeando com sua bengala e muito bem acompanhado de sua esposa, ambos mostrando-se felizes e sorridentes por verem seus atletas divertindo-se antes dos eventos do final daquela maravilhosa - e cheia! - semana.
É às 11 da manhã desta sexta-feira que um novo comunicado, desta vez, na voz de um dos auxiliares do complexo, soa pelos auto-falantes do complexo.
“Atenção atletas. A partir das 14h desta sexta-feira, todos vocês serão intimados a prestarem depoimento à polícia acerca da investigação em aberto. Todos, sem exceção, deverão comparecer ao prédio administrativo no momento em que lhe for requisitado. O não comparecimento injustificado será interpretado como obstrução da investigação.”
Isso, de certo, deixa interrogações sobre suas cabeças, mas mais ainda, um sentimento avassalador de insegurança preenche o complexo mais uma vez - as memórias da investigação invasiva e abrupta da última vez ainda muito viva nas mentes daqueles que passaram por ela.
Às 14h, porém, os primeiros que comparecem e retornam do suposto interrogatório relatam algo diferente da última ocorrência... A abordagem policial não é nada do que esperavam, pois desta vez, nenhum atleta parece ter sua privacidade invadida, tampouco é tratado como possível suspeito. Parece que, durante essa nova fase da investigação, vocês são tratados como vítimas e não como criminosos. Isso definitivamente gira as engrenagens na cabeça daqueles mais perceptivos entre vocês e de certo planta uma sementinha de dúvida: estariam investigando o Seogwipo Complex?
A única forma de saber é perguntando - ou melhor, respondendo ao que lhe é perguntado. Mas não se preocupe, atleta. Seu nome em breve será chamado.
INFORMAÇÕES OOC
Olá, atletas! Sejam todes muito bem vindes ao nosso próximo passo na investigação acerca da invasão e roubo de dados ocorrido no Hamdeok!
Como dito no post, todos os atletas, sem exceção, serão convocados a prestar depoimento e responder perguntas sobre o que sabem que aconteceu na noite da invasão e vandalização da área da recepção do complexo - isso mesmo, aquela noite em que vocês quase congelaram do lado de fora quando os alarmes dispararam e os procedimentos de emergência foram colocados em prática!
Duração: de sexta-feira às 14h até domingo às 18h
Com isso, trazemos para vocês a nossa primeira task de desenvolvimento, mas não se preocupem, pois ela não é obrigatória. Contudo, é importante frisar que, embora a task não seja obrigatória, o comparecimento em ic dos atletas ao interrogatório é mandatório e não negociável. Clique aqui para acessar os detalhes da TASK 001 - O DEPOIMENTO À POLÍCIA.
Clique aqui para acessar o plot drop da invasão ao complexo e refrescar sua memória!
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Task 001 - Dust and shadows
Task 001 - Anya Belikov
Como definiria seu nível de envolvimento com Orel Zherdev? Eram amigos próximos?
Nós éramos amigos há alguns meses, mas nada que possa ser considerado como algo íntimo. Mas, bem... Digamos que eu preferi me afastar de Orel.
Alguma vez percebeu algo suspeito no ex diretor do instituto?
Não, e eu me odeio um pouco por isso. Como nunca notei nada antes? Mas ele sempre foi um Caçador exemplar, nunca dando margens para dúvidas ou suspeitas.
Como ficou sabendo do ocorrido com Orel?
Por Leonid. Estávamos no Instituto. Os irmãos Zherdev haviam saído para uma missão, mas apenas um deles voltou vivo e foi assim que descobri tudo.
Costumam ter problemas com warlocks em Moscou?
Não. Nem com os warlocks, nem com nenhuma das outras raças. Na realidade, nós sempre conseguimos nos entender com os submundanos, ou ao menos a grande parte.
Descobriu algo de relevante nos interrogatórios que fez que tenha ligação com esse caso?
Todas as informações se mostraram relevantes, de uma forma ou de outra. Morrigan está sempre disposta a nos ajudar
Acha que alguém neste instituto está apto para lidera-lo?
Com certeza, não somos incompetentes e fomos muito bem treinados para tudo. Muitos de nós estamos aptos para liderar o Instituto, mas se eu pudesse escolher alguém, seria o Leonid sem sombra de dúvidas.
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True and Sharp || Leo’s POV || Task 001
-Boa noite senhorita Kazakova - dizia o Shadowhunter ao entrar na diretoria do instituto. Ele parava por um instante observando a sala e a entrevistadora antes de tomar o seu lugar. Ele ainda estava com o ferimento no rosto e sua expressão estava extremamente pesada, aquele assunto, bom, não havia como ser diferente. Seu irmão havia traído não só ele, como todo o instituto e a clave, sem falar o que ele havia feito com Violetta, por algum motivo não conseguia parar de pensar naquilo, como ela poderia ter se deixado enganar e como raios ele podia ter feito aquilo com alguém tão doce quanto a shadowhunter? Ele tentava afastar os pensamentos, não era o momento para aquilo... As perguntas começavam
“Como definiria seu nível de envolvimento com Orel Zherdev? Eram amigos próximos?”
Parecia uma piada, de muito mal gosto, como ainda podiam o perguntar aquilo? - Não. - respondia sério e seco - Eramos irmãos, mas não havia irmandade entre nós. pensei que poderia confiar nele, como todos aqui. Recentemente tivemos alguns problemas, deve saber, eu o soquei no rosto a uma semana devido ao que ele fez com Violetta Ivashkov (soube que o irmão dela o socou depois também)
“Alguma vez percebeu algo suspeito no ex diretor do instituto?”
-Só a minha infância inteira? Ele foi sempre cheio de segredos, mas infelizmente carismático. -ele continuava no mesmo tom, tentando se explicar mais, afinal e o único que poderia dar aquelas informações sobre Orel - Tivemos problemas, passamos anos sem contato direto, quando voltamos a nos falar pensei que ele havia mudado... Ele disse que havia mudado e parecia provar
“Como ficou sabendo do ocorrido com Orel?”
Leo passava a mão na testa cansado de pensar naquilo - Fui eu que matei ele, vocês já sabem disso! - respondia um pouco ríspido, mas era claro que não era pessoal com a examinadora
“Costumam ter problemas com warlocks em Moscou?”
-Só mais recentemente... - dizia se inclinando para frente - Quando essas drogas começaram a acontecer é claro. Entre os submundanos, são os mais consensuais
“Descobriu algo de relevante nos interrogatórios que fez que tenha ligação com esse caso?”
-Fui denominado para entrevistar Guilhermo Bartowski, já que não tínhamos contato direto com o vampiro entrevistado, Petya Karamakov. De relevante para esse caso em si, não temos nada dele, talvez tenha mais informação de quem entrevistou Karamakov - seu tom era mais analítico e expunha as informações com precisão, entregando para ela o arquivo com os dados da entrevista que estava no seu celular
Acha que alguém neste instituto está apto para lidera-lo?
-Acho que qualquer um aqui está pronto para liderar melhor do que meu irmão, até um novato que tenha pisado pela primeira vez aqui ontem - o tom se mantinha sério, falava um pouco rápido, era claro a emoção em sua voz, a raiva a determinação - Mas se quiser alguém que irá caçar os erros de Orel um por um para concertar tudo, a qualquer custo, está olhando para esse Shadowhunter - Seu tom em nenhum momento era de convencimento ou de superioridade, apenas expunha o que tinha em mente.
“Como estava o comportamento do seu irmão no dia de sua morte ?”
Leo parava um momento, olhando para a porta pensativo, como se pudesse ver todos que estavam lá fora no resto do instituto. Ele pensava em cada um deles, cada um de seus parceiros, tendo que ser repetida a pergunta para que ele voltasse a si - Me desculpe... isso é... Bom... - Leo pigarreava - Ele estava calmo, normal, agiu perfeitamente, claramente não era a primeira vez que ele havia feito isso e não seria a ultima. Ele parecia um pouco ansioso na verdade... Parecia que tinha se esforçado para me colocar naquela missão em específico com ele, ele provavelmente me queria envolver nos planos dele, me usar para os fins dele.... Sabemos como isso acabou: ouvi o discurso de maluco dele, vi ele cortar uma criança Warlock no meu colo e agir de forma insana antes de eu atravessar o peito dele
“Sob que pretexto seu irmão o convenceu a participar do assassinato de Warlocks?”
-No mesmo pretexto que ele convenceu todos de fazer os trabalhos sujos dele aqui... Para nós, era tudo uma missão, apenas mais uma missão. Poucos questionavam, ele sempre agiu de forma cautelosa, não sabemos quantas missões não eram realmente missões
“Que provas tinham quanto a culpabilidade dos submundanos envolvidos?”
-A palavra do diretor do instituto. Ele apresentou provas que pareciam indubias, as produziu perfeitamente... Uma coisa que eu odiava em Orel, ele era inteligente, era a droga de um filho da puta inteligente.Temos essas provas nos arquivos e todo o codex de missões se quiser ver, verá que nada é mentira
Após toda a entrevista, Leo se levantava esgotado, com dor de cabeça, quase caindo alí mesmo, precisava dormir, precisava descansar,parecia pior do que depois de uma luta longa - Espero que eu tenha sido um auxilio... Se precisar de qualquer coisa a mais, estarei disposto a auxilia-la. Tenha um bom fim de noite, senhorita Kazakova - ele saia da sala, encostando a porta atrás de si
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TASK 001 ˖✶ — GOO DAHYE。 ✰ ⌜TESTIMONY⌟
A vista clareava a e finalmente a liberdade vinha para os que estavam aprisionados por um tempo que parecia anos num lugar fechado e escuro cujo Dahye havia requerido demais da sua boa índole para não reclamar durante o dia inteiro sobre as situações impostas. Dahye não poderia deixar de ficar feliz com o contato ao ar livre mesmo que, houvessem convocado todos para uma espécie de interrogatório – talvez estivesse certa ao supor que a queda de energia não fora acidental porem não pensava que o governo poderia não estar envolvido, e tão assustado quanto os outros. Dahye observadora como era assentiu prontamente para a entrevista, visto que poderia ajudar a solucionar aquele mistério porem em contra partida, pensava que aquela poderia ser uma jogada para continuar analisando o quão resistentes eram os secundários, e o quão expostos a subvida eles poderiam ser. “Olá.” Proferiu ao entrar na sala onde o entrevistador já a aguardava.
Nome: Goo Dahye Idade: Atualmente tenho 20 anos.
Cor: Azul celeste.
Data de nascimento: Dia treze de março, pisciana! Sexualidade: Considero-me um livro aberto pra experiencias então, não me atento muito a isso na verdade, gosto de retribuir o bem que me fazem independente do gênero ou coisa assim. Estado Civil: Atualmente solteira. Cor dos Pais: Eu acho que eram azuis, meu pai era Azul minha mãe supostamente não tenho certeza, mas acho que sim. Possui irmãos? se sim, quais são suas cores? Não, infelizmente filha unica. Qual a reação de seus familiares quanto a cor que você nasceu? Eles me olhavam estranho, diziam que eu fui fruto de uma maldição por que meu pai estava mais interessado em outra mulher do que na que ele era casado na época, ele me disse que casou forçado e que aquela era a mulher que ele amava, mas meus familiares achava uma abominação. Qual a sua opinião sobre a segmentação de opinião sobre as cores primárias e secundárias? Acho que todos devem ser livres e viverem bem independente das cores propostas em suas mãos, afinal de conta no que isso influencia? Você sente diferença por ser uma cor secundária? Existe algum efeito físico ou psicológico? De forma alguma, eu sou perfeitamente normal - na medida do possível. Quanto ao seu relacionamento com as cores primarias: Tenho até amigos que são... Brincadeiras a parte, eu gosto dos que me tratam bem. E quanto as cores secundárias? Novamente repito, eu gosto dos que me tratam bem sendo secundário ou primário, eu não me importo com isso. Com que frequência você se isola dos demais? Nenhuma! Odeio ambientes isolados. O que você pensa sobre norma/regras? Eu acho um absurdo as que temos, mas não sei se eu deveria falar isso, as pessoas deveriam viver com as mesmas condições e fazerem parte da sociedade sendo primaria ou secundaria, é idiota tratar alguem com diferença perante a nossa lei, por que nasceu com uma cor secundaria. Teria nascido com uma das cores primárias se tivesse escolha? Qual? E por quê. Não sei, nunca pensei sobre isso. Talvez sim pelas oportunidades que eles tem, escolas, boa comida basicamente eles tem direito a tudo normalmente enquanto nós somos fruto de esforço e autodidatas, mas nunca pensei na cor ao certo, amarelo talvez? Ou vermelho. Não tenho certeza, gosto da minha cor mas não das situações impostas aos secundários.
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