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Um SonicBlast Tropical – 4 estações em 3 dias | Reportagem
O meu gosto por este estilo musical começou em 2013 quando fui ao meu primeiro Milhões de Festa e levei aquela chapada de Orange Goblin e Eyehategod. Foi aquele click para um estilo que até então conhecia mas que não tinha descoberto o gosto. No ano seguinte volto ao mesmo local para levar nova chapada: desta feita por Earthless e High On Fire. O bichinho estava mais que instalado e não havia volta a dar. Uns anos mais tarde apanho com Graveyard. Ficamos por aqui ou ainda falamos de Electric Wizard no ano passado? Enfim Milhões, a falta que fazes este ano. Sendo de Barcelos, também não tinha outra hipótese a não ser levar com uma bela carga de Black Bombaim, Kilimanjaro, Solar Corona e afins regularmente. Não me importo e não me queixo.
Infelizmente, este ano foi a minha primeira vez no SonicBlast. Digo infelizmente porque já o devia ter feito mais cedo. O ano passado acabei por não conseguir comprar um passe antes de esgotarem e custou engolir o facto de ter perdido a hipótese de ver Earthless, Samsara Blues Experiment e Kadavar.
Mas aprendi a lição. E este ano, quando comecei a ver os meus nomes preferidos das edições dos últimos 6 anos do Milhões (e mais alguns que fui descobrindo com o crescer deste amor por este estilo), ser anunciados para a edição deste festival, não deixei passar a oportunidade. Comprei imediatamente o passe geral.
Fui a 8 festivais este Verão, mas acreditem – este era o que eu mais ansiava. E cumpriu.
Dia 1
Fala-se muito em festivais de Verão, mas não se previa Verão para esta edição do SonicBlast. E foi assim que vimos chegar a Moledo o Outono/Inverno em pleno mês de Agosto.
Ainda não tinha chovido, mas as previsões apontavam para tal. Já o vento… Esse não dava tréguas. Um par de horas antes do primeiro concerto, já saíam as notícias que os concertos no tão conhecido Pool Stage haviam sido transferidos para o recinto principal devido ao temporal que se instalava. Uma desilusão para quem já tem por hábito visitar Moledo nesta altura do ano. Mas a segurança é mais importante e a organização tomou a única decisão possível.
A abrir a edição deste ano tivemos os “nossos” Jesus The Snake. A banda de stoner rock natural de Vizela continuou a evidenciar o seu recente crescimento. E não é para menos, eles são mesmo bons no que fazem. Seguiram-se os High Fighter com um registo mais pesado do que havíamos visto anteriormente. O conjunto liderado por Mona Miluski trouxe-nos um heavy stoner com uma pitada de blues antes de uma pausa que não estava prevista.
Após o concerto da banda alemã é anunciado através das colunas do palco que os concertos de Maidavale e Minami Deutsch seriam atrasados sem qualquer previsão de continuação. O speaker adicionou que se deviam a problemas com os voos destas bandas. O mau tempo não estava a dar tréguas e o aeroporto do Porto havia sido afetado.
Após cerca de 1 hora e meia, os concertos retomaram com as recém-chegadas Maidavale já no palco sem qualquer tipo de aviso para o público (Então SonicBlast? Podiam perfeitamente ter usado as redes sociais e as colunas do palco para anunciar o recomeço dos concertos). Pediram desculpa pelo atraso e trouxeram consigo o seu rock psicadélico/experimental que foi acompanhado pela primeira molha do dia. A chuva chegou. Os chuviscos esporádicos, mas fortes, iam acompanhando o concerto. Após um alinhamento reduzido devido ao atraso, estava na altura dos japoneses Minami Deutsch subirem ao palco. Intitulam-se como uma “japanese krautrock band” e eles também tocaram por (muito) menos tempo do que seria previsível. Deu a entender que a organização estava a tentar dissipar o atraso de hora e meia com a redução do alinhamento das bandas e com a redução do tempo entre as mesmas. Mas nem por isso se pode dizer que soube a pouco. Os japoneses queriam compensar a espera e fizeram valer o pouco tempo que estiveram em palco.
Seguiram-se os blues de Devil and The Almighty Blues – com um concerto irrepreensível, o regresso da chuva forte a acompanhar o heavy rock/metal de LUCIFER e o doom metal de Monolord. Só os fortes aguentaram estas chuvadas. O público precaveu-se bem e o uso dos impermeáveis foi notável. Quem não se precaveu, abrigou-se nos dois sítios possíveis: tenda de merch e a tenda dos técnicos de som/luz.
Chegava então a altura dos três artistas mais esperados pela maioria do público quando se previa que a chuva teria acabado. Earthless regressaram a Moledo um ano após a sua última visita e com eles trouxeram o seu rock instrumental psicadélico que já todos em Moledo conhecem. É sempre bom ver o conjunto americano ao vivo mas as atuações são (quase) sempre iguais. Sabem sempre ao mesmo. Graveyard - o concerto do dia. Os suecos nunca fazem por menos e a sua mix de heavy rock com blues deixa qualquer um a chorar e a pedir por mais no final. Os pezinhos de dança e os sing-along em músicas como ‘Uncomfortably Numb’ e ‘The Siren’ eram inevitáveis. Solar Corona para encerrar o dia (e a noite). A banda natural de Barcelos não deixa ninguém indiferente com o seu rock stoner/psicadélico e mostraram o porquê de merecerem o Main Stage no seu regresso a Moledo.
Fotos do primeiro Dia: clicar aqui
Dia 2
Ainda não era hoje que o Verão ia chegar a Moledo. As previsões já apontavam para uma probabilidade de chuva reduzida apesar do céu completamente nublado. E o vento que não teimava passar. Novamente, a organização do festival anuncia que os concertos no Pool Stage seriam novamente transferidos para o recinto principal – o palco instalado na piscina tinha sofrido graves danos no dia anterior que ainda não haviam sido resolvidos.
Iniciou-se o dia com 2 bandas portuguesas O Bom, o Mau e o Azevedo e Mr. Mojo. Como já é habitual, a banda portuense apresentou-se no palco vestida a rigor. Já a banda bracarense apresentou-nos com rigor o seu fuzzy punk rock. Uns rapazes com muito potencial, não esqueçam o nome. Os concertos seguiram com 2 bandas americanas: Petyr e Zig Zags. Primeiro tivemos direito a rock psicadélico, seguindo-se um rock/metal alternativo. E foi com estes últimos que vimos os primeiros mosh e circle pits do dia. A banda cativou a plateia e estes retribuíram.
Abrindo oficialmente os concertos do Main Stage, os espanhóis Viaje a 800 trouxeram-nos um rock do país vizinho e os finlandeses KALEIDOBOLT apresentaram o seu rock psicadélico/progressivo. Duas boas atuações mas que em nada equiparáveis com o que viria em seguida.
Belzebong – um aquecimento perfeito para Orange Goblin. Foi uma hora de constante headbang a ritmo moderado ao som do seu stoned doom. É impossível não ser envolvido e levado com a sonoridade desta banda. O intenso e poderoso som que saía das colunas do palco conquistou-me e, na minha opinião pessoal, foi um dos melhores concertos do festival.
22h10 – era a vez de Stoned Jesus, ou não? A verdade é que não foi. Orange Goblin apareceram em palco para surpresa do público. Uma alteração no alinhamento das bandas que não foi comunicada revelou uma troca no horário dos concertos das duas bandas. Mais uma falha enorme da organização do SonicBlast. Era um esforço mínimo comunicar esta alteração através do speaker do palco e através das redes sociais. Um motivo de várias críticas por parte da audiência – com a sua razão pois houve quem perdesse o concerto por falta de informação.
Mas voltando ao que interessa. Orange Goblin voltou a apresentar-se em Portugal para mostrar o seu tão amado stoner rock. Apresentaram alguns temas do álbum ‘The Wolf Bites Back’ (lançado em 2018 após uma “grande” paragem) que apresenta uma sonoridade mais madura da banda. Temas esses muito bem recebidos pela plateia. Os mosh-pits e os crowdsurfings eram constantes. Mas foi com temas mais antigos, como ‘Red Tide Rising’ e ‘The Filthy And The Few’, que a maioria do público vibrou. Nem de uma wall-of-death nos safamos. Enfim, obrigado por voltarem e façam-no sempre que quiserem.
Agora sim, Stoned Jesus. Todos sabemos que eles são mais do que isso, mas para quem os conhece, sabe perfeitamente qual o tema preferido dos fãs. O seu pesado rock progressivo e psicadélico culmina no tema ‘I’m The Mountain’. Se Belzebong foi um bom aquecimento para Orange Goblin, estes ucranianos foram o fecho perfeito.
Dopethrone encerraram o dia com a sua mix de sludge, stoner e doom. Os canadianos apresentaram-se com uma boa e sólida performance mas, na minha opinião, não se conseguiram aproximar do que tínhamos visto nos 3 últimos concertos.
Fotos do segundo Dia: clicar aqui
Dia 3
Como assim Sol no Verão? É verdade. Embora o céu se apresentasse nublado, já conseguíamos ver e sentir os raios de Sol de tempo em tempo. Com isto surge a boa notícia do dia: a organização anuncia que o Pool Stage está de volta! Os concertos ainda por começar e já se previa a enchente em volta da piscina. O palco apresenta-se sem cobertura superior/lateral devido aos danos sofridos nos dias anteriores mas, digo-vos já, fica bem melhor assim.
Here the Captain speaking, the Captain is dead fizeram as honras de abrir este palco com uma sonoridade bem adequada ao ambiente. Seguiu-se o rock dos alemães Maggot Heart, mas foi com Cardiel que a piscina virou um verdadeiro campo de batalha – incentivado pelo vocalista/guitarrista. As calmas águas da piscina viraram temíveis águas para qualquer embarcação. Os remoinhos criados pelos circle pits aquáticos sugavam qualquer um que por perto estivesse. Mas bem, uma imagem vale mais do que mil palavras, não é? Então imaginem várias. Melhor, não imaginem. Vejam as fotos! O fecho da curta passagem por este palco ficou a cabo de Giöbia.
Toundra - a surpresa do festival. Um rock instrumental que nos leva para todo o lado menos para onde estamos presentes fisicamente. O seu estilo progressivo revela-se um pouco lento e calmo demais em alguns temas. Mas fora este facto, irrepreensível. Não é que eu tivesse algum(s), mas tornaram-se nos meus espanhóis preferidos. A sua atuação foi brindada com uma enorme salva de palmas no final do espetáculo. Não é para menos. E também, dado número de cidadãos espanhóis presentes em Moledo, estavam praticamente a jogar em casa.
Sacri Monti e Windhand seguiram-se. Duas bandas americanas em que os primeiros apresentaram o seu hard rock e os segundos, muito aguardados pela plateia, apresentaram o seu doom metal. A banda liderada por Dorthia Cottrell atoou perante uma plateia cheia e recebeu uma das maiores ovações da noite não só no final como também após temas como ‘Orchard’ e ‘Forest Clouds’. Era uma das bandas que mais ansiava ver e não me desiludiram. Uma sonoridade ao vivo muito semelhante às gravações mas, diria eu, com ainda mais power.
A agressividade e as pausas de Eyehategod. A pesada sonoridade sludge doom metal dos americanos atraiu uma grande plateia mas confesso que não sou fã das (enormes) quebras de ritmo que acontecem durante vários temas (enaltecidas ao vivo). Ora estamos a ouvir um riff pesadão acompanhado de um mosh-pit agressivo, ora estamos em silêncio profundo onde só ouvimos o ecoar de uma guitarra. Interessante, mas demasiado repetitivo a meu ver. Fora isso, gosto muito deste som.
OM – apresentaram-se como o grande cabeça de cartaz e trouxeram consigo o seu stoner experimental com influências de doom e psicadélico. Temas como ‘State Of Non-Return’ têm sonoridade interessante mas, na minha opinião (e vale o que vale), presenciamos bandas mais interessantes durante estes três dias. Com isto não quero dizer que foi um mau concerto, de todo. Mas assistimos a melhor.
Infelizmente foi-me impossível assistir ao espetáculo de Domkraft e cada vez que os ouço em casa, no carro, onde for, sinto esse vazio de ter falhado. Se presentearam o público de Moledo com 80% da sua qualidade, estou certo que já foi muito bom. Se presentearam com ainda mais, imagino que tenha sido uma excelente forma de terminar a edição deste ano.
Fotos do terceiro Dia: clicar aqui
E agora? Agora resta esperar até Agosto do próximo ano. Vemo-nos por lá! Texto / Fotografia: João Machado
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Here's a killer pic of @mika_hakki (@monolordofficial ) at @sonicblast_moledo 2017 a few weeks back. New album RUST is out 9/29. Have you pre ordered yet? 📷 : @ferreira2kx #monolord #sonicblastmoledo #rust #ridingeasyrecords #doommetal #slowandheavy #heavyshit #heavymetal #stonermetal #stonerdoom (at SonicBlast Moledo)
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Heavy Cross Of Flowers at Sonic Blast Moledo 2018 ____________________ Felt really good to photograph a concert again. I’m thinking to invest some money in some new photography equipment, and going back to this.
#heavy cross of flowers#hcf#sonicblastmoledo#sonic blast#sonic#moledo#portugal#portuguese#portuguese festivals#stoner#sludge#doom#photography#tattoo#toshiosaeki#green#weed#band#concert#gig#2018#fest#festival#concertphotography#concertphotographer
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Last weekend I had a chance to see live my favorite band to listen while painting at @sonicblastmoledo. After the show I saw Dorthia Cottrell moving through the crowd and I had a chance to exchange words while making eye contact, but I was only able to say: "I love you - thank you so much". I hope Dorthia and the guys from @windhand see this official thank you in the form of artwork. THANKS FOR THE SHOW!
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Causa Sui, do tempo se faz som, do som se faz luz. Os Causa Sui estiveram no SonicBlast e trouxeram-nos um concerto que levou a maioria da audiência a concentrar-se no palco principal para absorver a onda dourada de sons provocada pelos +info em https://wp.me/p5MaUC-8vp #CausaSui #DanielJesus #DestaqueMDX #ElParaisoRecords #EntrevistaMDX #GarboylLives #IsabelMaria #MúsicaEmDX #SonicBlastMoledo
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Motor Engine #sonicblast_moledo @sonicblast_moledo #sonicblastmoledo #motorengine
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Repost @monolordofficial SonicBlast Moledo, thank you! #monolord #sonicblastmoledo #ridingeasyrecords 📷@gonposse
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#IHopeYouDie #TheAtomicBitchwax & @localfuzz #sonicblast #sonicblastmoledo @badreputation83 @sandrajordao17 #moledo #moledominho #caminha #minho #portugal (em Moledo Do Minho)
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Om @ SonicBlast Moledo 2019 📷 Lais Pereira
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Sonicblast Moledo 2018 dia 11 Ambiente Fotografia - Daniel Jesus Evento - Sonicblast Moledo Promotor - Garboyl Lives +info em https://wp.me/p5MaUC-8pn #Ambiente #DanielJesus #Dia10 #Dia11 #SonicBlastMoledo
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SonicBlast Moledo'18, dia 10 - A vibração dourada do sol de Moledo! O SonicBlast chegou finalmente. Mais um ano volvido para verificarmos que voltou a valer a pena esta volta ao sol, por muito penosa que tenha sido. A aventura de mais de duas dezenas de concertos entre uma piscina e um parque no meio de uma vila minhota regressou. É um bocado uma odisseia, no sentido metafórico da palavra porque é uma vila com alguma dimensão e a tradição dos festivais em cidades mais pequenas é ligeiramente diferente da de Moledo. Já se pode falar em tradição ao cabo de oito edições... A tradição mais enraizada do Sonicblast é a qualidade, consistência e equilíbrio com que tem vindo a apresentar bandas novas e bandas consagradas de excelente qualidade. A parte do acolhimento ou hospitalidade é inata na grande maioria dos locais onde sucedem este tipo de eventos e Moledo não é excepção. A paisagem é de tirar o fôlego. +info em https://wp.me/p5MaUC-8me #ASTRODOME #Atavismo #CausaSui #Conan #DanielJesus #DesertSmoke #ElectricOctopus #GarboylLives #IsabelMaria #Mantar #MúsicaEmDX #Nebula #SamsaraBluesExperiment #SolarCorona #SonicBlastMoledo #Ufomammut
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Sonicblast Moledo 2018 dia 11 Earthless Fotografia - Daniel Jesus Evento - Sonicblast Moledo Promotor - Garboyl Lives +info em https://wp.me/p5MaUC-8oI #DanielJesus #Dia11 #Earthless #SonicBlastMoledo
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Sonicblast Moledo 2018 dia 11 Atomic Bitchwax Fotografia - Daniel Jesus Evento - Sonicblast Moledo Promotor - Garboyl Lives +info em https://wp.me/p5MaUC-8oy #AtomicBitchwax #DanielJesus #Dia11 #SonicBlastMoledo
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