#som de chuva forte
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Som de chuva para Dormir e relaxar, 1 hora de chuva forte durma instanta...
#youtube#somdechuvadormir chuvaforte trovão Som de chuva para Dormir e relaxar 1 hora de chuva forte durma instantaneamente em 22 minutos 🙋🏾♂️
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Envolver-se em um sono Tranquilo em Apenas 5 minutos com Som de Chuva fo...
#youtube#Envolver-se em um sono Tranquilo em Apenas 5 minutos com Som de Chuva forte na cabine • Envolver-se em um... AMO A CHUVA 💚 Ajuste o
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rain, flowers and colors | ln4
{ lista principal }
pov: lando te mostra cores em um dia chuvoso de londres.
- avisos: narração em terceira pessoa, relação saudável, rotina de casal, um pouco de sentimental.
- wc: 1.457
Imagens tiradas do Pinterest, todo direito reservado ao seus autores. História ficcional apenas para diversão, não representa a realidade e os personagens utilizados possuem suas próprias vidas e relacionamentos, seja respeitoso. 😊
O estrondo vindo do lado de fora fez a garota acordar em um susto, sentando-se na cama com a mão no peito e os olhos bem abertos. O relâmpago iluminou o quarto através da cortina meio aberta, e o barulho do trovão ecoou pelo ambiente, perdendo a força segundos depois e dando lugar ao som da chuva que batia intensamente na janela.
“Puta que pariu” ela sussurrou e fechou os olhos, respirando fundo para acalmar a respiração.
Londres era chuvosa; todos sabiam e estavam acostumados. Mas a última semana estava ultrapassando os limites do costume, pois deixará de ser uma chuva chata e se transformara em tempestades todos os santos dias. E ela, que sempre odiou tempestades, relâmpagos e trov��es, não poderia estar mais infeliz com a situação.
Abrindo os olhos, agora acostumados com a penumbra do quarto, procurou pelo namorado em seu lado da cama. Estava vazio e frio, denunciando sua ausência há algum tempo. Ela esfregou os olhos e pegou o celular, sem nenhuma mensagem ou recado. Onde Lando havia ido naquela chuva?
Com uma espreguiçada que esticou todos os seus músculos, jogou as cobertas para o lado e deixou a cama quente para ser abraçada pelo gelado ar do apartamento. Na poltrona ao lado da cama havia um moletom de Norris, ela o vestiu por cima do pijama e calçou as pantufas, saindo do ambiente escuro e acolhedor para encontrar a claridade monótona do dia banhando o pequeno apartamento que dividia com o piloto.
Ela parou em frente à grande janela da sala, aonde o vidro ia do teto ao chão e oferecia uma visão da cidade. Londres estava nublada, cinza, triste, como se a cidade estivesse mergulhada em uma melancolia sem fim. A forte chuva tornava quase impossível enxergar os arranha-céus e carros que nunca paravam nas ruas lá embaixo. A garota gemeu de frustração. Sentia falta do sol, do brilho, da vida que Londres entregava aos seus habitantes e turistas.
Como se tivesse ouvido suas preces por um pouco de calor, o seu sol particular entrou no apartamento. Ela se virou em direção à porta e encontrou Lando, encharcado dos pés à cabeça. Ele usava um short de corrida preto, que antes era solto, mas agora grudava-se ao seu corpo por conta da água, e um corta-vento da mesma cor. O capuz estava sobre a cabeça, mas pouco ajudou a bloquear a chuva. Quando ele o tirou, a água escorria de seus cachos como uma torneira aberta.
A garota cruzou os braços e sorriu para o namorado que tirava os tênis molhados ao lado da porta.
“Sem chuveiro em casa e escolheu tomar banho na rua, Norris?” ela brincou, e ele ergueu o dedo do meio para ela, um sorriso de canto surgindo em seus lábios.
“Saí para correr. Era só uma garoa e do nada” enfatizou, encarando-a com os olhos bem abertos. “Do nada mesmo, começou a cair uma tempestade. Odeio essa cidade, juro.”
“Nem parece que mora aqui a vida toda. Nunca se sai de casa sem um guarda-chuva, tolinho.”
Ele bufou e soltou algumas sacolas no balcão, então balançou o cabelo, se livrando do excesso de água, enquanto abria o casaco.
“Lando Norris! Pelo amor de Deus, você tá molhando tudo!” ela resmungou e apontou para o local onde ele estava parado. Uma pequena poça se formava no chão de madeira clara.
“Não me diga o óbvio, amor. Estou encharcado aqui.” Ele apontou para si mesmo.
“Sim, mas tá piorando tudo ficar se chacoalhando como um cachorro.”
Lando parou o movimento de se livrar do casaco. Usava uma camiseta branca por baixo, que estava igualmente encharcada, marcando seu abdômen e peito bem definidos. A garota engoliu em seco ao ver a camiseta grudada no corpo, agradecendo mentalmente aos céus de Londres pela chuva repentina e visão maravilhosa.
“Do que você me chamou?” Lando levantou uma sobrancelha e voltou a retirar a peça lentamente.
“De cachorro?” ela perguntou, confusa, e se remexeu no lugar quando ele soltou o casaco e começou a caminhar lentamente em sua direção. “Sim, ótimo, molhe todo o resto do apartamento!”
Lando sorriu como uma criança levada.
“É só água, amor...”
“Sim, mas isso estraga o chão, você sabe.” Ela divagou sobre o piso, sem se dar conta da proximidade. “Daí depois infiltra, vamos ter que trocar e vai ser um saco. Nossa casa vai ficar cheia de pó e estranhos e... LANDO!”
Em um movimento rápido, o piloto a puxou para si, envolvendo-a em um abraço apertado. Ela gritou e tentou o empurrar, mas Lando apertou o agarre e esfregou o cabelo molhado contra o pescoço dela, fazendo com que ela se encolhesse e soltasse uma risada, se contorcendo em seus braços.
“Você tá gelado! Me solta!” tentava, sem sucesso, se livrar do abraço do piloto.
Ele apenas riu e distribuiu beijos na pele quente dela, que se arrepiou instantaneamente com o toque. Ela sentia o moletom absorver a água do corpo de Lando, enquanto suas pernas desnudas ficavam igualmente encharcadas.
“Juro, eu vou te matar!” ela ria e o empurrava em vão.
“Mas pelo menos agora estamos todos molhados. Eu, o chão e você.” Ele riu e se afastou dela, mas sem soltá-la. A garota deu um tapa em seu braço.
“Você é ridículo, te odeio.” Ela revirou os olhos, mas estava sorrindo.
Lando sorriu de volta e se aproximou, beijando seus lábios delicadamente. Estavam gelados, mas com o gosto típico dele de menta. Ele sempre tinha aquele gosto e certamente era o preferido dela.
“Você vai me odiar menos e me desculpar pelo chão quando eu disser que também saí para comprar café pra você?” ele resmungou entre os beijos.
“Hm, não sei, continue falando.” Ela enlaçou os braços ao redor do pescoço dele e sorriu contra seus lábios. Lando riu e apoiou sua testa na dela, encarando-a sob os cílios úmidos.
“Cappuccino com canela e uma colher de açúcar, do jeito que você gosta em dias chuvosos.” Ele sorriu, e ela sentiu seu coração se aquecer. “Ah!” O piloto se afastou e correu até o casaco caído, quase caindo quando sua meia molhada deslizou pelo chão.
A garota se aproximou, agora sem se importar com o chão.
“Também achei essa sobrevivente no caminho.” Lando se virou, mostrando uma pequena flor rosa na palma da mão. Estava um pouco amassada, mas sua cor ainda era viva. “Esses dias você reclamou que não via mais cor nessa cidade, que até as flores tinham morrido por causa da chuva e sua coleção havia parado por isso.” Ele deu de ombros. “Pensei que você ia gostar dessa fofa aqui.”
Ela encarou a flor, e sua habilidade de falar pareceu desaparecer. Amava flores e tinha o hábito de colecioná-las, ou suas pétalas, entre as páginas de um caderno, chamando-o de “caderno das flores”. O objeto existia desde seus 16 anos e sempre anotava algo sobre o dia em que as encontrava ou ganhava. Eram diversas as pétalas que vieram de flores que Lando lhe havia dado.
Erguendo os olhos para ele, ela o observou. Pequenas gotas escorriam pela pele bronzeada, e o cabelo molhado o deixava com um ar muito mais jovial. Os olhos verdes transmitiam vida, calor e a encaravam com expectativa. Ele sorria de leve, com uma pequena covinha em sua bochecha direita. Prontamente, toda a frustração que sentira ao observar a cidade sumiu do peito dela, dando lugar a uma torrente de ternura e afeto que fez seu coração se derreter dentro do peito. Era tão, tão sortuda por tê-lo. Ele era, definitivamente, seu Sol naquela cidade nublada. Não havia cinza, não havia frio, nem tristeza quando Lando estava por perto; ele era calor e alegria, e era dela.
“Porra.” Ela sussurrou e se jogou contra ele, abraçando-o com força e escondendo o rosto na curva do seu pescoço.
Lando, mesmo confuso, retribuiu o abraço.
“Te amo.” Ela sussurrou. “Muito. Nunca mude.”
“Não vou.” Ele riu e se afastou o suficiente para ver seu rosto. “Você gostou?”
“Eu amei.” Ela sorriu e deu um selinho nele, afastando-se para pegar a flor da mão dele.
“Ótimo. Suponho que estou perdoado também.” Ele ergueu um sobrancelha e tombou a cabeça para o lado, sorrindo de forma meiga pra ela.
A garota limitou-se a revirar os olhos e dispensá-lo com a mão, o sorriso nunca abandonava seus lábios.
“Vai tomar um banho. Eu vou esquentar nosso café.”
Lando a deu um beijo rápido e foi em direção ao banheiro. Ela o observou e quando o viu entrar no banheiro, correu até a estante de livros para pegar seu caderno das flores.
Em uma página em branco, colocou a pequena flor rosa e anotou: “Do dia que Lando me mostrou cores que não posso ver com mais ninguém.”
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𝐲𝐨𝐮 𝐬𝐚𝐯𝐞𝐝 𝐦𝐲 𝐥𝐢𝐟𝐞, 𝔭𝔬𝔳.
, you saved my life with blood and through sacrifice
(...) love is a DANGEROUS game to play.
quando: há onze anos atrás.
trigger warning: menção a assassinato.
extra: música sugerida para a leitura.
disclaimer: essa é a part 1 da história...
a chuva caía forte naquela noite, katrina via-se apegada em prestar mais atenção nela do que lhe era comum; mas havia algo bom nas pingueiras que caíam por sua cabeça: elas disfarçavam os olhos marejados. o corpo tremia de frio, o vento apagava o fogo do túnel sempre que tentavam acender,. a voz do sátiro ao seu lado parecia distante, não conseguia entender nada, não enquanto scorpion estava ao seu lado. seu amigo, companheiro de ruas, seu primeiro beijo, primeiro amor. ela sabia que a verdade doía, mas que também o colocava em perigo, ele a questionava sobre o que o sátiro dizia, sem conseguir percebê-lo como tal. tinha que ir embora, katrina precisava deixá-lo para que sua vida melhorasse. mas como?
a voz do sátiro tornou-se mais alta, havia duas noites que ela ignorava-o, desviava os caminhos, o espancava até que ele a encontrou embaixo daquele viaduto com um ultimato. ، você pode por favor, calar a merda da boca?! direcionou a voz a quem estava ali para ajudá-la, tentando organizar os pensamentos. as mãso entreleçaram com a de scorpion, os olhos fixos nele. ، preciso ir. a voz falhou mas sustentou bem a persona que era, embora ele a conhecesse melhor do que qualquer um. ، e preciso ir agora, mas preciso que você me perdoe. haviam feito uma promessa um ao outro: sairiam das ruas juntos. contudo, antes que pudesse abraçá-lo, estavam cercados. seis homens os cercavam, no centro, o brilho de uma arma chamando atenção. katrina havia feito coisas erradas, mexido com as pessoas erradas e agora estava pagando o preço.
três noites antes haviam feito um assalto em nome do gatuno dourado, nome rídiculo para alguém que tinha o poder na cidade; um traficante, dono de metade dos negócios podres que circulavam dinheiro, mas ao contrário do que haviam combinado, eles não haviam o entregado a mercadoria e agora, ele a queria. ، vocês vão morrer. o pantera negra disse, cansado de correr atrás deles. ، precisamos ir agora! o sátiro disse, contudo, ela não sabia o que fazer, o corpo tornou-se mole, gelatinoso. ، eu os seguro, vá e sobreviva katrina. eu amo você, volte pra mim quando puder. o mundo passou a girar em câmera lenta a partir dali, o sátiro a puxava pelo braço, a obrigando a correr; scorpion gritou e correu na direção dos homens enquanto estes avançavam em sua direção igualmente, carregando barras de ferro.
não teve tempo para um abraço, tampouco um último beijo; porque no instante em que afastou-se, o som do tiro cortou-lhe os ouvidos. scorpion estava morto e o grito que lhe cortou a garganta, a deixou sem voz por uma semana.
scorpion foi o primeiro e único amor de katrina, na noite em que chegou ao acapamento e foi reclamada por éris, ela prometeu que vingaria a morte dele, assim como, fecharia seu coração que agora batia como uma pedra de aço.
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temas: angustiante, término de relacionamento e traição.
sinopse: você percebe seu noivo cada dia mais distante e possivelmente seja o momento de tomar uma decisão.
artista: carlos sainz
Você estava com olhar fixo na parede cinza na sua frente, segurava uma taça na mão e estava com as pernas encolhidas no sofá macio. Quebrou o foco da parede quando escutou de longe o som da senha da porta de entrada sendo digitada, suspirou baixo e aguardou o noivo caminhar até o cômodo.
-Ainda está acordada? - questionou surpreso quando entrou no ambiente iluminado apenas por um abajur que ficava ao lado da televisão, você afirmou a pergunta com um movimento da cabeça.
-Fiquei esperando para a gente comemorar a assinatura do seu contrato juntos - justificou terminando de tomar o último gole de vinho que ainda estava na taça.
-Desculpa meu amor, o lando me convidou para jantar junto com ele e uns amigos - explicou caminhando para perto de você e sentando ao seu lado no sofá.
Você concordou com a cabeça e deixou a taça em cima da mesa de centro, por segundos passou os olhos pela vista do gramado e árvores que escondiam a casa toda de vidro, percebeu estrelas no céu e apreciou o som distante de trovões, sinalizando que a chuva começaria em minutos.
-Me conta como foi a sensação - pediu virando o olhar para ele novamente e quebrando o silêncio.
-Não sei como explicar, acho que na hora senti um pouco de indecisão e depois alívio - respondeu com o sotaque forte, já que era espanhol - Para a mídia eu sempre tentei parecer tranquilo com a situação, mas no fundo eu senti medo de não receber nenhuma proposta.
-No final você recebeu três propostas diferentes - acrescentou sorrindo fraco para ele e ambos concordaram com a cabeça.
-Sim, eu acho que quando me avisaram das propostas, senti algo revivendo dentro de mim, acho que foi quando percebi que ainda existem pessoas que acreditam no meu potencial.
-Equipe nova, vida nova e muitos mais - falou baixo e ele riu um pouco.
-Estratégias e posições mudam, mas nada muito gritante, já que vou correr nos mesmos países, com as mesmas pessoas e essas coisas - você riu baixo e afirmou com a cabeça.
O silêncio retornou e ambos ficaram apenas encarando a mesa de vidro que ficava no centro da sala.
-Carlos - chamou pelo nome e ele virou olhar aguardando que continuasse - Quando vamos voltar a trabalhar com a sinceridade?
-Como assim? - questionou confuso.
-Como foi o jantar com o lando? - perguntou ignorando a dele.
-Foi ótimo, fomos no seu restaurante favorito. - respondeu ainda confuso - O que você quis dizer com sinceridade?
-Carlos, primeiro acho que você esqueceu não vivemos na era das cavernas, segundo que meu restaurante favorito nem fica em Mônaco.
O homem virou o corpo completamente na sua direção, cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas surpreso com sua frase anterior.
-O que está insinuando?
-Não estou insinuando nada, estou apenas comentando fatos - falou com a voz tranquila e o corpo relaxado no sofá.
Tinha se preparado para essa conversa a semana inteira, os sinais estavam evidentes a muitos meses mas preferiu preparar o terrenos com provas antes de colocar a decisão na mesa.
-Lando ligou por vídeo chamada para a gente e avisou que iria passar a semana na Inglaterra com a família - acrescentou fechando com chave de ouro as provas implícitas que tinha apresentado.
Carlos suspirou alto e manteve o silêncio, não havia com o que retrucar, ele virou o olhar para a taça em cima da mesa e manteve por segundos.
-Você deve ter bebido muito, melhor a gente conversar amanhã - ele respondeu tentando pegar na sua mão.
-Não faça isso, não me trate como louca que vai ser pior - rebateu ainda calma - Não precisamos mais adiar essa situação.
-S/n - ele chamou com um tom de frustração e deixando sotaque em espanhol soar mais forte.
-Só me conta quando, quem e por quê - pediu suspirando.
Precisava dessa explicação, não queria acreditar que tinha sido uma falha própria, que talvez tenha deixado a desejar em alguns aspectos e não reparou de forma consciente.
-Isso vai doer em mim tanto quanto em você, vamos evitar esse sofrimento - ele falou fechando os olhos e juntando as mãos.
-Pode falar, eu já chorei o suficiente com tudo, estou preparada para escutar - justificou, surpreendendo carlos.
-Ano passado, eu tinha realmente saído para jantar com o lando e acabei encontrando uma conhecida dos meus primeiros anos de formula um - contou brevemente e baixou a cabeça com vergonha.
-Hum - concordou com a cabeça e continuo encarando ele - Eu fiquei por muito tempo me culpando, revivendo momentos nossos juntos e tentando encontrar alguma atitude horrível minha que tenha dado motivo para você.
-Não é culpa sua, por favor nem cogite pensar desse forma - ele falou pegando sua mão e olhando fundo nos seus olhos.
-Eu sei, ao contrário de você, eu consigo ter consideração pelos últimos três anos - começou a sentir lacrimejar e arder por estar segundo o choro.
-S/n, eu tenho consideração por nosso relacionamento, são anos formados por memórias inesquecíveis - justificou firme nas próprias palavras.
-Por que me pediu em casamento? Se meses depois estaria me traindo - começou a sentir as lágrimas caírem.
-O pedido foi sincero, eu amo você, por favor não duvida disso - disse quase implorando com o olhar.
-Não existe amor e traição na mesma frase, se você procurou uma pessoa fora, é porque não sentia mais nada por mim.
-S/n, por favor - ele falou baixo rezando para a conversa acabar - Eu já me culpei demais com a situação, ou você acha que fazia tudo com a consciência tranquila?
-Para retornar para casa e agir normalmente como fez agora pouco, você não me parece que sente tanta culpa assim - jogou na cara a situação anterior - Sabe Carlos, não tem mais amor nisso aqui, você só continuou comigo pelo conforto de ter alguém ao seu lado para a mídia sair da sua cola e ter fotos minhas no paddock.
-Acabou? - ele perguntou aumentando levemente o tom de voz - Por que é muito fácil jogar toda a culpa em apenas uma pessoa, sendo que a relação é entre dois.
-Sim, pode falar tudo, chega de ficar escondendo o que sente em relação a mim - provocou.
-Aquela vez que você e o charles..
-Sério isso? De novo essa mesma história que já foi desmentida por mim, por ele e você concordou que era algo da sua cabeça - respondeu com indignação - Isso parece ser uma situação que condiz com o meu caráter?
Carlos se manteve em silêncio e cruzou os braços novamente, agora apertando a região com força fazendo o peitoral e os músculos saltarem.
-Eu nunca tentei ficar com o Charles, ele nunca deu em cima de mim e nem se quisesse eu ficaria, ao contrário de vocês dois, eu sou fiel - finalizou.
Você finalmente levantou do sofá e caminhou até o corredor que levava a porta dos quartos, escutou Carlos caminhando logo atrás apressado.
-O que vai fazer? - ele perguntou.
-Vou pegar minhas coisas e ir embora - respondeu parando em frente a porta da suíte onde dormiam.
-Não, você não pode ir embora assim - ele retrucou segurando a maçaneta da porta com força e não permitindo que você abrisse.
-Carlos, abre a porta - falou tentando manter a calma.
-Não - ele respondeu firme.
-Para com isso, você sabe muito bem que é o fim - falou frustrada.
-Precisamos conversar com calma, você precisa me perdoar, eu fui um idiota - ele falava implorando.
-CARLOS, ABRE A PORRA DESSA PORTA, EU NÃO PERMITO QUE VOCÊ ATRASE MINHA VIDA AINDA MAIS. - gritou com o homem bem mais alto.
Pela primeira vez em todos esse anos presenciou o noivo chorando. Os olhos dele começaram a lacrimejar e as lágrimas caiam sem parar, ele ficou de joelhos no chão e abraçou suas pernas com força.
-Por favor, não sai da minha vida, você é o motivo para eu não ter desistido de tudo, de ainda acreditar em mim mesmo - falava ainda abraçado.
-Você quer saber como eu tive certeza de tudo? - perguntou para o homem que levantou a cabeça concordando e ficando em pé de novo.
Pegou o celular que estava no bolso de trás, abriu no aplicativo de mensagens e virou a tela para o noivo.
-Sua mãe me perguntando como você estava, já que não conversavam a meses - ele fechou os olhos e mexeu a cabeça em negação - Você teve a capacidade de usar a própria mãe para esconder a mentira, comentando que todas as ligações que receba de manhã cedo era dela.
-Eu não conheço mais você, parece outra pessoa - falou para ele e abriu a porta do quarto rapidamente.
Carlos ficou no corredor paralisado por segundos, suspirou alto e caminhou para dentro do quarto, sentou na cama e ficou observando você guardando as roupas dentro de uma mala.
-Carlos, eu chorei sem parar todas as madrugadas nos últimos três meses, acordava assustada e ficava no banheiro até a ansiedade cessar, mas nem isso mais você percebeu, vazio do outro lado da cama - comentou enquanto dobrava as roupas para caber todas.
-Desculpa, não sei mais o que dizer para você me perdoar - respondeu baixo.
Você finalizou de guardar tudo e fechou o zíper, soltou uma respiração leve e sentou na cama para pensar no que falar antes de ir embora para sempre.
O homem percebeu seu movimento e rastejou pela cama até deitar a cabeça no seu colo, você riu fraco e fez um carinho fraco no couro cabeludo dele.
-Eu espero que um dia encontre alguém muito especial, que lute por essa pessoa e nunca nem cogite procurar algo fora de casa - falava enquanto acariciava ele - Que leve essa experiência como uma certeza de que a sinceridade deve estar acima de tudo em uma relação. Nesse momento eu estou com raiva de você, mas ainda assim desejo que seja feliz um dia.
Carlos abraçou sua cintura, ficou chorando contra a região e molhou toda a sua camiseta. Ele ergueu a cabeça e ficou encarando você com aqueles olhos grandes, os fios de cabelo caindo no rosto e o peito fazendo movimentos rápidos.
Ele sentou na cama novamente, levou as mãos para os dois lados do seu rosto e aproximou o rosto de ambos. Tocaram os lábios fraco, roçaram levemente e depois iniciaram um beijo devagar, sem necessidade de pressa e apenas aproveitando o último contato.
Você o beijou, fechou os olhos sentindo ainda os lábios dele no seu, respirou fundo e abriu os olhos encarando o homem que estava parado apenas observando seus movimentos.
-Peço para buscarem o resto das coisas até o final da semana - respondeu, levantou da cama, pegou a mala e antes de seguir para porta, deixou um beijo na testa dele.
-S/n - ele sussurrou quase inaudível com o sotaque em espanhol marcante, enquanto apenas observava você seguir embora sem olhar para trás.
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The Story Of Us V
— Isso é amor? Kun Qian Segundo Ato: Getaway Car
nada bom começa num carro de fuga.
notas: oficialmente acabamos o penúltimo capítulo de the story of us. ai, tô nervosa! o final deste ato vai dar o que falar... hahahah.
A chuva cai sem perdão agora, justo porque você esqueceu o guarda-chuva uma vez no ano. Reclamar não é uma opção, a noite foi tão divertida pelo reencontro de alguns colegas de turma da faculdade, uma chuvinha torrencial que encharca suas roupas é pequena demais para te fazer ficar estressada.
Mas não dá para conter os xingamentos quando absolutamente todos os táxis ignoram seus sinais. Já era de se imaginar, né, todos os ocupados.
E se eu der uma voltinha no quarteirão?
A rua cheia de bares e restaurantes não facilitaria sua busca, mas talvez algumas ruas adiante consiga. Além do mais, já está toda molhada mesmo.
Apesar de ser um bairro diferente do seu, atravessar pelas esquinas não é tão difícil. O problema é que, mesmo olhando para todos os lados, não há um carro amarelo sequer, e para piorar, o movimento de pessoas também é menor.
Apressa os passos, virando à esquerda e quase comemora ao ver um táxi parado. Assim, de bobeira. Corre os poucos metros que os separam e entra com tudo no banco de trás, assustando o motorista é claro.
— Boa noite, moço. — sacode os cabelos. — Caramba, tá muito difícil achar carro hoje.
— Dona, o táxi tá ocupado. — o senhorzinho avisa, com pena nos olhos. Você vasculha o carro e não vê ninguém. Como se a entendesse, ele continua. — Tô esperando o rapaz que agendou com a cooperativa, mas confesso que ele tá um tantinho atrasado.
Uma luz de esperança surge no seu corpo tenso.
— Qual a tolerância de atraso?
— Ele tem mais 2 minutos.
Isso!
— Tem problema eu esperar aqui, então? Não, né?
O senhor balança a cabeça negativamente, e você suspira já cantando vitória. Em poucos minutos estaria em casa.
Quando um elevador sobe rápido demais, também cai facilmente.
A porta do táxi abre de repente, e um homem alto e forte entra, fugindo dos pingos grossos que ainda não deram trégua. O motorista te olha pelo espelho retrovisor com dó, mas também engole seco. Como iria explicar? Você revira os olhos e bufa, finalmente sendo notada pelo outro.
— Boa noite, senhor. Nós vamos para o… Quem é você? — ele pergunta ao reparar sua presença e passar os olhos pela sua figura.
— Eu já vou sair, me perdoa, eu…
O rosto é familiar. Familiar demais. Mas é impossível. Ele ainda está na…
Não consegue terminar de raciocinar porque o estranho sorri para você, também te reconhece, agora que realmente se veem. E esse sorriso é impossível ser de outro alguém.
Suas mãos tremem um pouco, e o coração bate mais rápido. Definitivamente ele está diferente, porém alguns traços são exatamente os mesmos. Delicados, perfeitinhos.
— Jaemin? — sai como uma pergunta trêmula. — Que coincidência!
— Nossa! Sim! Eu… nem sei o que te dizer. Quanto tempo! — ele ri de verdade, preenchendo o ambiente apertado com o som que não ouvia há anos.
— Pois é! — você o segue, envergonhada. — Não sabia que você tinha voltado pra cá, achei que estivesse na Alemanha ainda.
— Ninguém sabe, é recente. — confessa num sussurro. Parecia lhe contar um segredo, e você nota pela expressão brincalhona que o carisma ainda é uma de suas qualidades. — Cheguei tem pouco tempo, tô num projeto novo. Mas e você?
É então que se dá conta da situação em que está. Completamente tomada pela chuva e ainda por cima roubando o transporte alheio.
— Tô bem, melhor do que eu mereço. — desconversa, querendo adiantar o pedido de desculpas. — Olha, foi mal por isso. — gesticula para o carro. — Eu já tô indo, vou deixar você ir pra casa. Foi um prazer te ver de novo!
Cedendo à vontade de fugir, segura firme na bolsa e abre a porta; Jaemin, todavia, impede que saia do carro antes mesmo que coloque as pernas para fora.
— Não, tá maior chuva. — ele passa os olhos pelo seu rosto, parece pensar em algo. — Teria problema a gente alterar a rota? — pergunta ao motorista.
— Não, problema nenhum, senhor. — teria sim, só que não deixaria uma moça na rua essa hora da noite. Para tudo tem um jeitinho.
— Então tá resolvido. Te levo em casa e depois vou pra minha, não aceito não como resposta.
A cada palavra que ele diz, sua mente te leva de volta aos seus quinze, dezesseis anos. Você assente devagar, ainda um pouco estatelada, e então ouve o ronco leve do motor. Vê-lo pelo instagram muito raramente é completamente diferente de agora. Incomparável.
Foi uma grata surpresa, porque, além de ser o seu primeiro amor, Jaemin também te ajudou demais com a proposta de dividirem o táxi. Outra coisa sobre ele que não mudou foi a facilidade para conversar, ouviu-o tagarelar sobre assuntos aleatórios, rindo das expressões exageradas que fazia ao enfatizar uma ideia. Parecia que os anos sem se ver não eram nada para ele.
Chegando no seu endereço, você se despediu com um abraço fajuto e entregou o dinheiro da corrida para o motorista sem que o menino visse.
— Obrigada, Nana. Foi muito legal te ver! Até…
Jaemin sorri grande ao ouvir o apelido antigo. Há tempos ninguém o chamava assim.
— Eu te mando uma mensagem pra gente botar a conversa em dia direito. — espera alguma aprovação sua, que vem em forma de um sorriso tímido. — Boa noite.
Ele te observa sair do carro e disparar até o lobby, onde é recebida pelo porteiro preocupado e sua bronca paternal.
O motorista limpa a garganta.
— Podemos ir?
— Uhm, sim, sim. Claro.
Aquilo definitivamente foi um sonho. Mas Jaemin?
Grogue e irritada pelo despertador, se senta na cama e repassa os eventos da noite anterior.
Amigos, faculdade, chuva… Jaemin. Que loucura.
Começa a cumprir a rotina no modo automático, pensando em como ele está diferente, e se você também tinha deixado a mesma impressão. E se ele também acha que te ver de novo foi muito esquisito. Esquisito bom.
Já com a bolsa toda pronta, a campainha irritante te assusta.
— Bom dia, chatinho.
— Já fui mais amado, hein? — Kun deixa um selinho nos seus lábios depois que você fecha a porta. — Bom dia, linda.
Você sorri empática, sentindo a mesma ardência na barriga de sempre. Desde que dormiram juntos, Kun se aproximou mais: mãos dadas no carro, selinhos de cumprimento, expectativas… Tudo que você não estava procurando quando deu em cima dele. A cada dia que deixa ele pensar que tinham algo além de casual, a culpa dentro de você cresce.
Não têm absolutamente nada rolando, mas por alguma razão você não consegue deixar claro. E, como se fosse óbvio, não acha que dê para terminar algo que não existe.
No carro, por fim, tem tempo para checar o celular. Algumas notificações aparecem na tela: Yang, mãe, os amigos de ontem e Jaemin. Ignora todas as outras mensagens e, vencida pela curiosidade, abre o instagram e espera o aplicativo carregar com muita agonia.
Jaemin: não te perdoei por ter pago a corrida sem eu ver
Jaemin: agora eu tô te devendo uma
Jaemin: amanhã cê tá livre na hora do almoço?
A sua expressão chocada chama atenção de Kun. Preocupado, repousa a mão na sua coxa por um instante e deixa dois apertos ali.
— Tá tudo bem?
— Hã?
— Sua cara… aconteceu alguma coisa?
— Não, é… um amigo que não vejo há anos me mandou mensagem.
Silêncio.
Kun repara suas respostas curtas, sua distância, repara quando tenta evitá-lo no trabalho… Ele só não quer admitir para si mesmo que sabe o que isso significa. Na verdade, já reconhece, mas não vai permitir que sua chance se perca assim.
— Hoje eu vou ter umas reuniões, mas amanhã a gente pode almoçar? — ele pergunta, já no elevador.
— Amanhã eu tenho um compromisso. Acho que não vai dar. Outro dia? — sorri e avança pelo corredor quando as portas abrem.
O dia será longo, e Kun não tem tempo para pensar nisso agora. Entre os encontros com representantes, gerentes, líderes de equipe, ele te espia pela janela. Força um sorriso aqui e ali, encontra as soluções para as pendências dos contratos, mas o pensamento não desfoca de você, principalmente quando te ver sorrir para o celular várias e várias vezes.
Amigo? Compromisso?
Não gosta nada disso. No entanto, sabe que não tem o direito de ter ciúmes e muito menos de questionar algo.
No dia seguinte, a mesma coisa se repete. A única diferença é que o beijo que ele tenta te dar vai para a bochecha, você desvia. Conversam sobre qualquer coisa no carro, mas Kun percebe que está se forçando a criar assuntos, não é natural.
Os sorrisos ao usar o celular escondido são maiores, as risadinhas causam nele pequenas pontadas de desânimo. Talvez se ele tentar conversar…
Kun se levanta para ir em direção à sua mesa, porém bem quando abre a porta da própria sala, você pega suas coisas e deixa o escritório. Horário do almoço, é claro. Não contém um suspiro frustrado, voltando para a posição anterior.
Num dos restaurantes executivos perto do prédio, você encontra Jaemin Na já te esperando numa das mesas do recinto agitado. Ele acena para que o veja, então caminha até ele, animada.
— Você gosta de peixe, né? — faz a pergunta que estava ensaiando nos minutos passados, não conseguia lembrar disso.
— O quê? — finge estar magoada pela falta de memória do homem. — Gosto sim, claro. — relaxa a expressão rígida e ri, fazendo com que ele relaxasse.
— Pô, que bom! Porque eu pedi isso pra gente dividir.
— Hmmm, gostei. — belisca um dos pães como aperitivo. — Bom, me conta tudo, né. Cê disse que queria colocar conversa em dia.
Jaemin começa a, novamente, tagarelar sobre como veio parar aqui. Ele abriu uma empresa de consultoria na Alemanha que começou a fazer sucesso, mas ele sempre teve interesse nas áreas de publicidade e propaganda. Acabou que, há um ano atrás, conheceu um cara que estava no país estudando exatamente sobre isso.
O encontro foi engraçado, se conheceram em uma festa da amiga da amiga de Jaemin, que estudava na mesma turma do tal amigo. Foram apresentados e clicaram na hora, foram os chatos que conversaram a noite toda sobre carreira. Honestamente, achou que não ia dar em nada, só que dali floresceu uma amizade. E, aos poucos, a ideia de abrir uma agência de publicidade juntos surgiu. Jaemin entraria para administrar, e ele com a mão de obra.
Quando o cara precisou voltar ao próprio país, eles já tinham todo um esquema pronto. Por que não tentar? Alguns investidores toparam o compromisso, e eles agora estão trabalhando juntos para erguer um nome.
— Você precisa conhecer ele, mas a agenda tá complicada. — Jaemin checa o celular. — Ah, não, calma. Sexta a gente se deu folga, bora num pub ou jantar? Acho que vocês vão se dar bem.
Às sextas, você normalmente passa um tempo com Kun. Hesita um instante, então resolve aceitar o convite. Não faria mal.
— Eu tô livre sim. — beberica o pouco que falta do suco. — Mas tem certeza?
— Quê? Claro! Vai ser legal, vai.
— Tá bom, então. Tudo bem.
Terminam de almoçar entre algumas piadas e as expectativas para a próxima saída. Depois, Jaemin te acompanhou até a editora a pé, disse que seria bom conhecer a área melhor, ainda estava perdido. Despediram-se com um abraço mais digno hoje, a vergonha foi deixada um pouco de lado. Ainda é estranho interagir com ele, mas é tão engraçado.
Kun: qual filme você escolheu pra amanhã?
Seu aparelho vibra sobre a mesa no meio do expediente.
A reação definitivamente não foi a que ele esperava. Você o olha através do vidro, culpada.
você: esqueci de te avisar, mas vou encontrar um amigo amanhã. me desculpa?
Ele toma o lábio inferior nos dentes, força um sorriso e balança a cabeça. Você se sente aliviada e murmura um obrigada de longe.
Ainda valeria a pena tentar esclarecer as coisas ou será que deve deixar tudo como está? Não aprecia a ideia de perder você, especialmente sua amizade. Afinal de contas, são amigos antes de tudo. Talvez só não insistir mais na ideia de vocês dois juntos fosse o suficiente.
Por isso, resolve abrir outra mensagem, uma que ainda não tinha respondido porque tinha esperança. Ainda tem, na verdade. Possivelmente isso seja uma oportunidade de espairecer.
Kun: te pego às oito, pode ser?
Rachel: perfeito
Enquanto você se arruma, pensa na pasta rosa bebê que está dentro da caixa que está na prateleira mais alta da sua estante, te encarando de cima. Lembra pouco dos detalhes do primeiro namoro, e se sente feliz por ter guardado aquilo. Algum dia, não hoje, tomaria coragem para abrir. No momento só quer se divertir com um velho amigo.
Jaemin: já chegamos aqui
Jaemin: mandei um carro te buscar, deve estar chegando aí
Você penteia o cabelo mais rápido e põe o perfume antes de sair apressada, toda atrapalhada. Ao trancar a porta, dá de cara com Kun e uma mulher, chegando de algum lugar.
A situação é um pouco constrangedora, o clima pesa e Kun sente o pescoço esquentar. A menina apenas olha de um para o outro, confusa. Seu sorriso, entretanto, não se desfaz em nenhum centímetro.
— Boa noite. — ela cumprimenta para quebrar o gelo do silêncio tenso que havia se instaurado.
— Boa noite! — Kun e você dizem juntos, ele se sente um idiota por não saber como agir agora.
— Essa aqui é a Rachel, e essa é a minha vizinha e companheira lá na editora.
Rachel? A ex dele? Kun foi noivo dela por alguns meses, segundo a história que ele havia lhe contado. Terminaram mal, se reconciliaram, brigaram de novo e, pelo visto, estão se falando de novo. Bom pra ele, então, apesar da situação ser delicada.
— Oi, Rachel, prazer, viu? — deveria complementar com um o Kun fala muito de você? ou seria mais estranho ainda?
Você olha para o vizinho, e nota seu semblante assustado, ansioso. Decide, portanto, ir embora logo.
— Eu tenho que ir, gente. Boa sexta!
Não espera ouvir a resposta e aperta os passos para aproveitar que o elevador está parado no andar. Respira fundo para aliviar a tensão e tenta não deixar que os pensamentos sobre Kun com a ex te atormentem, ele sabe se cuidar bem.
É normal ficar nervosa para ver o seu primeiro ex-namorado? Com certeza é. Né?
O pub está cheio, a música é agradável e não muito alta. Caminhar entre os grupos é mais fácil do que parece, mas achar Jaemin entre os rostos demora um pouco. Reconhece-o pelo sorriso outra vez, ele mexe no celular numa das mesas mais reservadas e está sozinho.
— Ahh, finalmente! — Jaemin levanta para te abraçar rapidamente, puxando uma das cadeiras para que se sentasse.
— Cadê seu amigo? — pergunta e olha para os lados, ansiosa para conhecê-lo.
— Foi no banheiro rapidinho, deve estar voltando já. — ele bloqueia o celular e guarda na bolsa. — Quer alguma coisa pra beber?
— Pode ser uma cerveja.
Jaemin sinaliza para alguém no bar, e você acompanha a direção com o olhar. Aproveita, então, para reparar tudo com mais calma. Estranho nunca ter ido ali, é aconchegante e o ambiente é super leve. As pessoas falam alto, assistem o jogo que passa na TV e comemoram ou desaprovam o desenrolar da partida como se fossem amigos de longa data.
Um homem traz sua bebida, você o vê atravessar o balcão e vir até a mesa onde estão. Assim que ele deposita a caneca enorme na sua frente, você dá uma golada. Estava precisando.
— Vai com calma, hein. — Jaemin provoca, a risada te deixa sem graça.
Antes de rebater, o ranger da cadeira vazia interrompe a conversa. O olhar do menino que voltou do banheiro encontra o seu, e perceptivelmente vocês congelam.
Quais são as chances?
Demorou poucos segundos para que se reconhecessem, é claro. Óbvio. O ar para na sua garganta fechada, se tentasse disfarçar com a cerveja não funcionaria. Quando se trata dele, é difícil o seu mundo não parar.
Não esperava rever Jaemin tão cedo, mas ele, nada teria te preparado, nem se fosse avisada com antecedência. Pois ele é… ele.
A ferida no seu coração lateja um breve segundo enquanto analisa os traços tão surpresos quanto os seus. Os cabelos lisos agora caindo sobre as bochechas, um quê de maturidade na expressão outrora mais jovial, os lábios cheinhos que não sabem como proferir um cumprimento… continua lindo.
— Eu, é… você… — ele é o primeiro a falar.
Jaemin analisa a cena com as sobrancelhas unidas, claramente existe algo aí.
— Vocês se conhecem? — o outro questiona, mesmo sabendo a resposta.
Você desenha círculos na superfície de madeira com as unhas, olhando de um para o outro.
— Sim.
— Não. — mente sem nem saber o motivo. — Quer dizer, sim. — se corrige antes que ele pudesse te interpretar mal.
— Que coincidência, né. — Jaemin está desconfiado, mas também muito perdido. — Vocês vão ficar se olhando como se fossem fantasmas a noite toda ou vão me contar como se conhecem?
Você solta uma risada super forçada, ele ainda não diz nada. Não sabia que te ver de novo causaria uma comoção dessas nele, o interior está completamente bagunçado.
O que resta saber é se é bom ou ruim.
Para você, um reencontro assim só pode significar uma coisa.
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WITCH HUNT - ウイッチ・ハント - CAÇA AS BRUXAS - PARTE IV
WITCH HUNT - ウイッチ・ハント - CAÇA AS BRUXAS - PARTE IV
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⚠️ ESSA OBRA EM HIPÓTESE ALGUMA É DE MINHA AUTORIA. TRADUÇÃO REALIZADA DE FÃ PARA FÃS. NÃO REPUBLIQUE OU POSTE EM OUTRAS PLATAFORMAS SEM AUTORIZAÇÃO. SE CASO POSSÍVEL, DÊ SUPORTE AOS AUTORES E ARTISTAS COMPRANDO AS OBRAS ORIGINAIS. ⚠️
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WITCH HUNT
ウイッチ・ハント
CAÇA AS BRUXAS
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Ⅳ
"Eu estou bem."
Eris disse para si mesma enquanto caminhava rapidamente pela passagem subterrânea, onde as luzes fluorescentes brancas piscavam.
Durante o dia, esta passagem subterrânea em obras estava cheia de operários, mas agora que o sol se pôs, estava completamente deserta. Era a rota de fuga perfeita para sair da estação.
"Estou realmente bem..." – ela disse novamente para si mesma como uma forma de dissipar quaisquer dúvidas.
Estar em fuga já era algo de costume para ela.
Abrigos, casas de pessoas ricas excêntricas, beirais de vielas... todos esses lugares não passavam apenas de lares temporários.
Ela sempre esteve sozinha. Às vezes, havia quem sentisse pena dela, mas assim que descobriam sobre o seu "poder", afastavam-se dela. Na verdade, não era incomum que essas mesmas pessoas se tornassem seus perseguidores.
Então, uma lembrança veio em sua mente...
~ “ ‘Eu estou do seu lado.’ “ ~
Mesmo que ele tenha falado esse tipo de coisa, ela não podia confiar nele também. Se ele descobrisse sobre o seu "poder"...
“Ah!”
Um pequeno som de estalo foi ouvido. Uma pequena sombra caiu no chão escuro. Era o bichinho de pelúcia que estava pendurado em sua bolsa. Eris olhou para o gatinho com um olhar impiedoso, cujos olhos redondos refletiam o brilho das luzes fluorescentes e falou em um tom desdenhoso:
“Hunf! Uma coisa tão barata como essa…”
De jeito nenhum ganharia dinheiro vendendo um item tão sem valor. Uma coisa tão barata assim...
“Hunf!”
Eris bufou novamente e se agachou, pegando o gatinho de pelúcia sujo entre seus dedos ― Em um instante, ela sentiu um forte estrondo, e vários fios de seus cabelos dourado foram espalhados ao vento.
“....Eh?” – Eris balbuciou em surpresa. Um estranho alerta de perigo piscando em sua mente.
A parede que estava atrás dela foi atingida por algo e saltando faíscas azuladas, em um instante, tudo ao redor ficou escuro. Só então ela percebeu que era uma bala que havia roçado sua cabeça e tinha atingido o quadro de distribuição elétrica na parede. Da escuridão, uma luz vermelha como sangue gotejava, e, instintivamente, quando Eris se inclinou para trás, a segunda bala passou raspando pela ponta de seu nariz.
“E-Ei!?” – ela gritou em confirmação ao perigo real.
Atiraram em mim!? Quem!? Por quê!?
Em meio ao terror, Eris se virou rapidamente, um pequeno ponto vermelho surgiu em suas costas. A terceira bala, como se guiada pela luz sinistra, voou em direção a ela, na expectativa de corroer seu coração, quando uma voz conhecida gritou por ela,
“Cuidado, Eris-san!”
Alguém surgiu de repente e empurrou Eris de lado. No meio da escuridão, do terror e do eco dos tiros, os dois rolaram juntos para as sombras atrás de uma coluna.
"Ai! Ai..." – Eris gemeu em agonia.
"Por favor, acalme-se! Está tudo bem!"
Alguém segurando Eris sussurrou em voz baixa.
"Está tudo bem, acalme-se..."
"Pa-padre...?" – Eris perguntou surpresa.
No escuro, não era possível para Eris ver o rosto da outra pessoa. No entanto, aquela voz definitivamente pertencia àquele padre alto.
"C-c-como chegou aqui...?" – um misto de confusão e dor estavam presentes na voz dela.
"Conversarmos mais tarde... Corra!" – o padre a apressou.
Uma chuva de balas caiu das profundezas da escuridão. O tiroteio assustadoramente poderoso, transformou os pilares de concreto em verdadeiros ninhos de abelha em um instante. Os dois correram para o próximo local de refúgio, mas...
“Ugh!”
De repente, o padre tropeçou como se fosse um bastão sem equilíbrio jogado ao chão. Ainda assim, por pura sorte, conseguiu se esconder atrás de um pilar. A habilidade do atirador, que conseguia disparar com precisão entre os obstáculos densamente agrupados em uma escuridão dessas, era digna de admiração.
"P-padre! Padre!"
Eris agarrou-se desesperadamente, mas não houve resposta. Tudo que conseguia ouvir era apenas uma respiração irregular e ofegante. O cheiro de sangue, preenchendo suas narinas de forma desesperadora. E das profundezas da escuridão, o som de passos se aproximando com uma regularidade quase mecânica...
Em um piscar de olhos, as luzes de emergência acenderam.
Embora tarde, a fonte de energia reserva parecia ter começado a funcionar. Na luz amarelada e tênue, o cano de uma enorme arma, apontada para os dois, e o rosto do homem que o segurava, surgiram vagamente.
"N-não é possível! Por que você está..."
Enquanto segurava a coxa onde havia sido baleado, Abel falou fracamente o nome do algoz.
"Por que você... Tres-kun?!"
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Créditos da tradução:
Lutie (◕‿◕✿) ,
#trinity blood#rage against the moons#novel#witch hunt#tres iqus#gunslinger#abel nightroad#krusnik#crusnik#methuselah#caça as bruxas#eris wasmayer
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Ꮺ⠀⠀⠀TASK #02⠀⠀⠀:⠀⠀⠀missões⠀⠀⠀!
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⸻⠀⠀⠀but i've seen this episode and still love the show.
evangeline estava sentada em sua cama, com as pernas cruzadas em posição de borboleta e o caderno em suas mãos. as instruções eram simples, precisava apenas focar tudo que tinha naquele momento e o único lugar que considerava calmo o suficiente era seu próprio chalé. para a jovem, a tarefa era árdua, pelo simples fato de não saber identificar os sentimentos daquela missão. podia ser considerada extrovertida, despreocupada, quase nunca demonstrava o que de fato sentia. e se nem ela mesma sabia reconhecer seus sentimentos, como poderia transferi-los para um papel? e o pior, como fazer aquilo sem abrir feridas que deveriam ficar fechadas, soterradas o mais fundo possível? o local estava tão silencioso que o barulho da brisa atravessando entre as frestas da janela podia ser ouvido, se prestasse atenção o suficiente. encarou a página em branco, brincando com a caneta dentro os dedos, incerta de como iniciar. divagou até a missão que considerava mais importante, aquela que mais guardava medos. respirou fundo, aproximando a ponta da caneta do papel. com cautela, escreveu tudo que sentia enquanto as cenas vinham em sua cabeça: pânico, angustia, incerteza.
** a leitura a seguir menciona temas como sangue, dilaceração de pele e músculo, morte, cabeça perfurada, desmembramento. caso seja sensível à qualquer um dos tópicos, a leitura é desencorajada e, até mesmo, não indicada.
fort bragg, califórnia. junho, 2017.
tirou os fios de cabelo da frente do rosto ao fazer um rabo de cavalo no cabelo. era uma tarefa simples, ponderou. precisavam apenas explorar as ruínas e trazer o que achassem relevante ser estudado, nada mais. fort bragg era uma cidade pequena, sem muitos registros, mas haviam informado que precisavam de novas avaliações e eva se ofereceu, sem pensar muito. ela tinha uma profecia que a mandava para o oeste, afinal, e seu pai era o deus do vento oeste. o que podia dar de errado?
o clima na cidade pequena era agradável e, apesar de ser um mês seco, estava chovendo naquele dia, sem a presença do sol. o vento transpassava a vestimenta e lhe agarrava a pele, mas evangeline mantinha-se focada em seu objetivo. com a lanterna em mãos, estava em uma pequena ruína, perto da praia, onde poucos se aventuravam a explorar. era necessário quarenta minutos de subida íngreme, passar por um descampado e descer uma escada velha - tudo tranquilo até então para uma dupla de semideuses.
assim que entrou nas ruínas, um arrepio percorreu toda a espinha, a fazendo estremecer. o silêncio era ensurdecedor, apenas com os passos deles ecoando no local. segurou a pulseira do pulso esquerdo com força. era apenas um balançar. com passos firmes, avançou na frente, enquanto o outro semideus ficou na retaguarda. não sabia explicar, mas seu sentido de semideus dizia que havia algo de errado. estava em alerta por conta daquilo. podia ser pela atmosfera que estava pesada, como se o ar no local fosse denso e difícil de respirar, com a poeira subindo conforme avançava. o som das gotículas de chuva batendo no mármore trazia um aspecto ainda mais assustador. cada passo era uma dose da sorte que gastavam, pois sequer sabia o que tinha embaixo daquilo.
evangeline, por ser mais rápida, ia na frente com a lança aposta e logo atrás, seguindo-a, vinha kimberly, uma filha de hebe, alguns anos mais velha. quando estavam no centro das ruínas, um barulho na extremidade a nordeste delas chamou a atenção, fazendo com que eva pusesse a ponta da lança mais a frente. ouviu-se um sibilar que fez a filha de zéfiro congelar. viu-se a silhueta de uma cauda de cobra, porém o corpo... era humano. uma lâmia. era grande, ágil e os olhos pareciam que iriam devorá-las. sem pensar muito, kimberly partiu para cima do monstro, usando seu poder de teletransporte e velocidade acima do normal para desferir alguns golpes na criatura, que parecia estar sofrendo. enquanto isso, eva permaneceu estática.
ao que parecia, o combate não duraria mais muito tempo, já que kimberly, com maestria, parecia ter tudo sobre controle. talvez a criatura não estivesse pronta para alguém tão novo e tão experiente. a lâmia não fazia mais esforço para se defender dos golpes ágeis da semideusa. uma dor aguda sua perna fez evangeline gritar e cair de joelhos. algo havia perfurado sua perna, fundo, passando pelo músculo e chego no osso. havia outra lâmia, mas essa, mais velha e com uma expressão de ainda mais ódio nos olhos.
a dor era tamanha, que mal conseguia mais embainhar a lança para se defender. kimberly, do outro lado, não tinha como a ajudar sem antes finalizar seu combate. sentia o sangue escorrendo para fora de seu corpo e nada podia fazer. o ataque a pegou de surpresa, mas ainda fazia força para levantar, a dor excruciante tomando conta do seu ser. sabia que precisava levantar, e assim o fizera, após soltar um berro de dor, atraindo a atenção da segunda lâmia.
a criatura tentou novamente acertar eva, dessa vez com a ponta da cauda, que desviou, se abaixando. a dor era tamanha, que agia por instinto de sobrevivência. virou a lança, batendo no peito da lâmia com a base da lança, a jogando em um canto das ruínas, rugindo de dor. a perna ainda sangrava, formando agora uma pequena poça no chão. se continuasse perdendo sangue daquele jeito, logo não conseguiria andar e quem dirá batalhar. sabia que precisava continuar, ao menos até que kimberly finalizasse com a lâmia maior.
enquanto a semideusa analisava as possibilidades, a lâmia se levantou e avançou em sua direção, mas eva fora mais rápida. virou a ponta da lança contra ela, e em um movimento rápido, cravou a lâmina no meio da cabeça da criatura. tudo fora rápido demais. a força do impacto contra o crânio da lâmia arremessou evangeline para longe, a obrigando a fazer força com a perna machucada para impedir que caísse sentada. a lâmia soltou um urro, uma mistura de dor agonizante por conta do metal com raiva pelo ferimento. sua arma presa no meio da cabeça da criatura a queimava. demorou mais um tempo enquanto a criatura se contorcia, lentamente ficando mais fraca, até cair no chão.
evangeline precisava ignorar a dor em sua perna. respirou fundo, ainda vendo kimberly lutando com a primeira lâmia, que parecia aguentar os golpes desferidos contra, usando todos os truques que podia com a sua cauda. ao voltar sua atenção para o ferimento, rasou a manga da camisa e usou para fazer um torniquete improvisado em sua perna. ainda não havia terminando a missão e estavam longe de encontrar o objeto. estava terminando o nó quando som medonho do metal rasgando a carne atravessou seus ouvidos.
aterrorizada pela crueldade presente nos olhos de kimberly, evangeline não deu um passo sequer enquanto ela finalizava o desmembramento, apenas observava e uma sensação de alívio a invadiu. brevemente, pois um estrondo chamou sua atenção. a colega de missão havia pisado em alguma coisa, que ativou algumas armadilhas ocultas. os pilares, antes de beleza intocada, davam espaço em seu meio para um sistema de gatilhos armados com flechas. ela não queria saber do que eram, por isso, tentou correr ao máximo para onde haviam entrado, arrastando a perna feria junto.
de costas, pode ouvir um guincho de dor vindo atrás de si. kimberly havia sido atingida pelas flechas. a vontade de virar contrastava com o instinto de manter-se a salvo. ao chegar na ponta, virou-se, apenas para flagrar a imagem de kimberly e seus olhos arregalados de dor. quis gritar, mas a dor excruciante em sua perna a mantinha presa, tamanho esforço que a adrenalina havia feito para tirá-la do raio de ataque, agora cobrava o preço de não poder salvar a companheira, que estava morrendo diante de seus olhos. com o suspiro final, seu corpo despencou lentamente, atingindo o chão com um estrondo.
a visão alterou conforme a sua vontade. agora via ela deitada no lugar de kimberly, depois de ter ido enfrentar a primeira criatura, assim, teria salvo a companheira. nunca desejara que ela morresse, ainda mais por algo que deveria ser fácil. era como se estivesse assistindo um episódio mais triste da temporada ser gravado em tempo real.
era atingida pela flecha no mesmo lugar onde havia sido ferida pela lâmia, caindo de joelhos. kimberly lutou para tentar chegar até ela, mas a salva de flechas não a permitiu. o cheiro metálico do sangue permeava o ar, trazendo um ar melancólico na despedida delas. por mais que estivesse ferida, não sentia dor alguma.
quando a folha de louro terminou de queimar, evangeline estava com os olhos inchados e o rosto molhado, tomado pelas lágrimas que escorriam livremente. por mais que tivesse desejado que fosse diferente, sabia que nada mudaria o que já havia acontecido. era tomada por uma culpa cada vez que revisitava as memórias. juntou as cinzas que restaram, colocando-as sobre o pergaminho que havia escrito e enrolou tudo, colocando a conta agora em seu colar.
@silencehq @hefestotv
#˛⠀⠀⠀⋆⠀⠀⠀𝒆 . 𝒔 . 𝒉𝒂𝒊𝒕𝒆𝒔﹐⠀⠀⠀Ꮺ⠀⠀⠀development⠀.#˛⠀⠀⠀⋆⠀⠀⠀𝒆 . 𝒔 . 𝒉𝒂𝒊𝒕𝒆𝒔﹐⠀⠀⠀Ꮺ⠀⠀⠀tasks⠀.#swf:task02#swf:missoes
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𝐉𝐎𝐒𝐄𝐏𝐇 𝐁𝐀𝐑𝐊𝐄𝐑 ⸺ 𝖯𝖮𝖵 𝖮𝟦.
𝐏𝐀𝐑𝐓𝐄 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐎 𝐏𝐑𝐎𝐌𝐏𝐓. menção: @misshcrror @silencehq @andrvna
⸻ ・ ⸻
Depois que foi tomado pela escuridão, Joseph despertou com o grito das gaivotas e o cheiro úmido e salgado da maresia em alto mar. Pode ouvir a voz de sua mãe distante, conversando com outra pessoa, um assunto que pouco entendia, afinal, era sempre trabalho. Desnorteado e ainda deitado no chão quente pelo sol, ouviu passos se aproximando e, quando conseguiu se virar para certificar-se quem era, pegou sua avó de joelhos o encarando com um sorriso gracioso nos lábios. — Isso são horas para um cochilo, Joe? Vem, levante, estamos quase chegando. — O chamado fez o semideus levantar, mas o corpo ainda era fraco e teve pouco equilíbrio quando se colocou em pé. Estava zonzo e, para ajudar, confuso com tudo aquilo. Se lembrava perfeitamente do navio e seu cheiro horrível de peixe. Sua mãe comentou que o barco pesqueiro era o único disponível naquele dia e que, infelizmente, teriam que utilizá-lo na pesquisa. Era tudo ou nada já que a previsão indicava fortes chuvas nos próximos dias.
O olhar curioso percorreu toda a embarcação, era do jeitinho que se lembrava, incluindo com seus tios separando e preparando todos os equipamentos para um mergulho seguro. Sua avó já tinha idade, mas entre todos os profissionais ali, possuía mais experiência em mergulho e corais. Tinha que ser ela, eles diziam por mais preocupados que ficassem. Sua mãe se ofereceu para acompanhar, mas o velho Scott a impediu, se fosse para alguém acompanhar a velhota, que fosse ele. E lá estavam os dois, colocando suas roupas de mergulho enquanto Joseph os encarava sem entender. Por qual razão estava ali? Sua mãe pareceu perceber, tanto que se aproximou o puxando para um meio abraço. — Que foi? Normalmente você é sempre o empolgado aqui. Deixe-me adivinhar… Esqueceu de tomar café? Para a sua sorte trouxe alguns lanches, está na cabine. — E o semideus nada disse, apenas permaneceu ali parado, os observando como se estivesse revivendo uma lembrança antiga.
E essa, sinceramente, não tinha um final feliz.
Joseph parecia mais um espectador, mas sempre que lhe pediam algo, estava feito sem ele se quer ter se mexido ou saído do lugar. Todos o tratavam como um garotinho, mas ali estava ele, com 23 anos e mais alto que qualquer um ali presente. Era engraçado, reconfortante, mas ao mesmo tempo se sentia assustado, amedrontado e ansioso. Ele sabia que algo iria acontecer, mas não conseguia interver. Na verdade ele tentou, algo que realmente ocorreu na época quando questionou o perigo dos tubarões. A região era famosa pela quantidade grande de tubarões brancos por ali, tanto que mergulhos só eram liberados para profissionais ou casos bem específicos. Ouviu um dos tios comentar que nenhum deles entraria na gaiola, apesar da abertura em cima, era praticamente impossível um tubarão de quase 5m passar e machucar quem estivesse dentro. Acreditou naquilo, assim como acreditou na época, não tinha porque se preocupar, mas… Por que ele estava com tanto medo assim? O peito de Joseph doía e o aperto no coração crescia. Chegou a ficar sem ar quando a avó e o tio entraram na água, já na gaiola, prontos para concluírem mais um dia de trabalho.
Foi então que algo chamou sua atenção.
Ninguém viu ou percebeu uma nuvem escura se aproximando do barco pelas costas, mas Joseph sentiu o vento frio e até mesmo ouviu o som dos primeiros raios. A previsão estava enganada então? As chuvas chegariam naquele dia e não no seguinte. Ele tentou avisar todo mundo, mas ninguém o escutava. O medo transformou-se em pânico quando o sol sumiu e o dia deu lugar a noite. Viu a expressão surpresa da mãe e os demais colegas quando encararam o céu pela primeira vez. Corram! Ele dizia e repetia, mas ninguém parecia ouvi-lo. O semideus encarou a água agitada, aquela altura não conseguia mais ver sua avó e tio, eles já estavam no fundo. Apenas torceu para que tudo ali terminasse bem, já que na embarcação o caos começou a ser instaurado.
O barco se balançava de um lado para o outro, as ondas se tornaram maiores, ao ponto de invadir o barco e arrastar tudo e todos, menos ele. Ele nunca era atingido, era como se o mar desviasse de Joseph. Sua mãe começou a gritar com os outros companheiros de trabalho, mas não era um grito estético ou carregado de ordens, era mais um tom alto que torcia para ser ouvido em meio a tempestade que caia. Precisavam proteger os equipamentos e, ao mesmo tempo, cuidar dos outros dois que estavam submersos. A ansiedade foi aumentado, podia sentir o corpo inteiro estremecendo enquanto o pânico voltava a sufocar seu peito. O arrepio na nuca sinalizou a chegada do perigo, aquele que sua mente fez questão de guardar bem no fundo do seu subconsciente. A grande e forte corrente que mantinha a ligação entre o barco e a gaiola protetora se rompeu, fazendo pequenos fios de aço rebater na lataria do barco e em quem estivesse na sua frente. Joseph até tentou correr, num impulso idiota, de tentar segurar aquele fio e impedir que sua avó e tio se perdessem no fundo do mar. Só que nada pode fazer, o corpo não respondia a nenhum estímulo.
O que antes jurou ser um raio cortando os céus pelo som estridente, agora via com clareza a Hidra emergindo com a gaiola presa entre os dentes de uma das cabeças, partida ao meio e, para o desespero do filho de Poseidon, vazia. Naquele momento conseguiu levar o palmo direito até o pescoço na buscar pelo colar, sua arma. Para a surpresa de Joseph não tinha nada e, quando olhou para a própria mão, viu os dedos pequenos, assim como seus braços e o restante de seu corpo. A tragédia camuflada ocorreu quando ele tinha apenas sete anos. Ele queria lutar. Ele tentou com todas as duas forças, mas tudo o que conseguiu foi apenas assistir mais uma vez seus únicos familiares morrendo para o gigantesco monstro enquanto sua mãe, que engolindo o desespero, lutou com toda bravura e coragem para tirá-lo dali com vida. Foi então que lembrou-se daquela sussurrando, implorando, para que seu pai o salvasse.
Era desesperador saber que poderia fazer algo, mas naquele corpo, não tinha condições de salvar ninguém. Queria e muito mudar o rumo daquela tragédia, tanto que Joseph chorou e se culpou por ser tão fraco e inútil. A Hidra não se contentava em machucar as pessoas que ele amava, ela ainda queria mais, queria sua mãe e, no final de tudo, ele. Chegou a questionar por qual razão o monstro não o atacou de uma vez, deixando assim sua família em paz. E quando a criatura estava prestes a derrubar ambos do barco, Joseph tropeçou e, quando sua ficha caiu, ali estava ele na beira da fenda empurrando Yasemin.
Não! Não! Não! Sua mente gritou e novamente tentou impedir o corpo de agir por conta própria. Há poucos segundos estava vendo seus familiares morrendo nas garras de um monstro marinho, agora… Agora o monstro era o próprio Joseph. Ele lutou no desespero para evitar que Yasemin caísse, implorou para que a filha de Deimos reagisse, afinal, ela era tão esperta e perfeita em combate. Ela teria um plano, sim. E mesmo com medo, com receio do pior, ele se agarrou a essa esperança até ter seu coração partido igual vidro. Joseph empurrou e soltou Yasemin que, em poucos segundos, foi engolida pela escuridão da fenda. As vozes eufóricas comemoravam a oferenda que, no final, foi melhor que um simples colar. O bem mais sagrado de um semideus deve ser dado a mim. E ele deu. Ele deu o bem mais sagrado e precioso do seu mundo como oferenda. Ele foi incapaz de resistir e lutar contra tudo só para salvá-la. Ele foi fraco. A tristeza veio acompanhada da angústia, o grito desesperado em meio às lágrimas da culpa e do luto fizeram o filho de Poseidon desejar a morte. Cada milímetro do seu corpo doía e Joseph só foi capaz de gritar uma última vez antes de desmaiar.
Acordar desnorteado parecia comum nas últimas 24hs, mas dessa vez não despertou em meio aos traumas antigos, mas sim na enfermaria do acampamento com um filho de Apolo entrando na sala. E aquele feito, por mais inofensivo que fosse, colocou Joseph em alerta máximo. Não soube explicar, mas a cada passo dado pelo filho de Apolo em sua direção, mais o coração de Joseph parecia explodir dentro de seu peito. Teve medo do toque, chegando a recusar ajuda no primeiro momento, mas estava tão fraco que foi obrigado a aceitar os cuidados. Principalmente no antebraço que foi queimado na luta contra Yasemin. Lembrar da semideusa o deixava ansioso e não era de um modo bom.
Não quis falar nada com o filho de Apolo, apenas abriu a boca ao pedir para chamar Quíron. Precisava falar com o centauro antes que as vozes voltassem. Ele sabia que não estava livre delas, afinal, ainda tinha uma ordem a ser cumprida e o filho de Poseidon se recusava a obedecer. Ele não queria o seu pior trauma se tornando realidade. Fora que o abuso sofrido em seu psicológico, junto ao ataque forçado e obrigado de Yasemin, deixou a mente de Joseph em pedaços. Ele sabia, podia sentir, que fraco daquele jeito representava só mais um perigo para o acampamento.
Permaneceu em repouso, as feridas em seu corpo não eram nada comparadas as memórias remexidas e trazidas de volta. Sabia que parte das ilusões de Yasemin causavam exagero no que via, mas Joseph não sabia ao certo se tudo aquilo, no passado com a hidra, foi realmente exagero ou a mais dura realidade. A própria mente lhe pregou uma peça escondendo aquilo e, para piorar, sua mãe nunca contou o que de fato havia acontecido, ela apenas confirmava a história do filho.
Quando o Centauro chegou e passou pela porta, Joseph logo se sentou na maca como podia, ignorando qualquer pedido para que permanecesse deitado, afinal, ele queria que vissem o quão forte ele era. Nada de corpo mole. E a surpresa maior foi ver o Sr. D. entrando logo em seguida, com seu típico jeito de quem sempre esteve ali e louco eram os campistas de achar que tivesse sumido. — Ah, Josiah está acordado, que maravilha! — Era engraçado como a falsa empolgação de Dionísio não condizia com suas feições. Já Quíron, por outro lado, lançava um olhar preocupado e até mesmo cauteloso para Joseph. — Diga-me, rapaz, o que aconteceu? — O olhar cruzou mais uma vez com o de Quíron, desviando apenas quando buscou fitar o chão. — Já tem um tempo que comecei a ouvir essas vozes… No começo não era nada demais, só um incômodo insignificante, era como ter outro campista falando sem parar próximo ao chalé. — Foi sincero, assim como seu olhar. — Só que aí, durante uma noite, algo me fez sair do chalé após o toque de recolher, me puxando até a cachoeira. — Foi então que Dionísio ignorou sua latinha de Coca-Cola light e o interrompeu impaciente. — Vamos, sem enrolação, nos conte de uma vez o que elas diziam. — Ele queria falar, queria dar detalhes mais profundos, mas graças ao medo ainda impregnado em sua mente, era quase impossível. — Eu juro que tentei resistir, eu juro. — Disse eufórico, chegando a cogitar levantar da maca, mas foi impedido por Quíron que apenas sinalizou para que ficasse ali. — Precisamos que nos conte tudo o que aconteceu, Joseph, só assim encontraremos uma forma de ajudar você.
Quíron tinha razão, ele só conseguiria se livrar de tudo aquilo se contasse, mesmo que um detalhe ou outro fosse omitido. — Foi me dado uma ordem, elas querem que eu entregue o bem mais sagrado de um semideus. — Foi enquanto e, sem dizer mais nada, retirou colar de pérolas escondido embaixo do travesseiro. — Eu… Eu roubei esse colar da Andrina. De todos os campistas que conheço, o peso que ele tem para ela é enorme e pareceu agradar a fenda. — Diante da curiosidade de Quíron e, até a de Dionísio, Joseph lhes entregou o colar de pérolas. — Eu pretendo devolver assim que sair daqui. — Completou. — Blá-blá-blá, agora me diga, Petrix estava na cachoeira? Você conversou com ele? — Joseph apenas negou com a cabeça antes de prosseguir. — Nunca o vi, era sempre só as vozes.
Dionísio pareceu insatisfeito. — E elas te pediram mais alguma coisa além disso? — Agora foi Quíron quem retomou sua atenção. — Na luta com Yasemin elas… Bom, elas me pediram para empurrá-la como oferenda. — A voz de Joseph chegou a falhar conforme pronunciava as últimas palavras. Pode sentir o que chamam de doce amargor em sua boca, além do frio presente na boca do estômago. Se não fosse pela presença de ambos ali, já teria vomitado só pela lembrança que teve. — E você desejou empurrar, Jasmin? — Normalmente achava engraçado a maneira como Dionísio trocava os nomes, mas não naquele momento. — Eu desejei matar meu pai, mesmo ciente que jamais conseguiria, mas ainda sim estava disposto a obedecer o pedido com prazer. — A maneira fria como o filho de Poseidon confessou aquilo fez a veia na testa de Dionísio quase explodir. — Aceitei matar Poseidon, mas não empurrar Yasemin.
A preocupação no olhar de Quíron beirava o palpável. — Essas vocês ainda te atormenta? Consegue ouvi-las nesse instante? — Desde que acordou sua cabeça doía. Tudo estava aos pedaços, não conseguia organizar nada, apenas se sentia violado de todas as maneiras possíveis. — Agora? Não… Mas eu sei que elas vão continuar, eu não terminei o que foi ordenado. — Mesmo com todo aquele silêncio, a sensação de ser constantemente observado ainda permanecia ali. Era o que mantinha Joseph em alerta. — Eu não quero isso… Eu não quero mais ouvir ou obedecer. — Naquele instante foi a primeira vez que ouviu o centauro suspirar. Já Dionísio voltou a expor seu descontentamento com a conversa após não conseguir nada sobre Petrus. — Existe um jeito, mas você precisa estar ciente que isso irá mexer mais uma vez com sua mente. — Engoliu seco, mas assentiu. — Irei designar um filho da magia para ajudar nessa missão. Assim que estiver com tudo em mãos, passarei as ordens. Só peço para que cumpra cada etapa, Joseph. O que iremos utilizar não poderá ser feito duas vezes, então trate de descansar. — O semideus sentiu o corpo relaxando a postura contra a maca depois de ouvir o centauro. E mais uma vez apenas assentiu. Quando Quíron estava prestes a sumir pela porta, Joseph o chamou uma última vez. — Quíron. — ao centauro de virou. — A Yas… Ela está bem…? — Tudo o que lembrava era de ter machucado a filha de Deimos, fora as palavras que foram direcionadas a ela durante toda a briga. Era impossível não se sentir culpado e preocupado. — Sim, ela está.
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Oiie, faz dias que estou pensando em como iria te desejar feliz aniversário, se N seria estranho eu simplesmente te mandar msg, ou se eu deveria continuar na minha....
Mas eu também quero que saiba que te desejo tudo de bom nesse mundo, que espero que todos os seus sonhos se realizem e que você seja muito feliz, que você consiga ter todo sucesso do mundo porque você merece, que você seja forte e resiliênte para sempre seguir em frente apesar das dificuldades. Te desejo uma vida cheia de boas memórias, que você veja muitos pôr do sois, tome muitos banhos de chuvas e muitos ventos na cara e muito mais...
Eu espero do fundo do meu coração que todos os seus projetos e sonhos saiam do papel e se realizem, que tudo aquilo que você me contava por horas e horas saia como você planejou, e eu sei que você terá muito sucesso pq é esperto, inteligente e muito muito bom com as palavras kkk.
Também queria registrar que sinto muito sua falta, a Aborinha está bem, ela tá aprendendo a uivar e é muito fofo o som que ela faz... e também acho q ela sente falta do pai chato dela...
Enfim... talvez eu apareça pra te desejar um feliz aniversário... queria muito fazer isso pessoalmente e te abraçar.....
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Never Give Up Your Dreams
Onde, uma funcionária de um karaokê explica para Denji que alcançar seus sonhos depois de lutar e dar seu sangue e suor em prol deles pode vir a ser uma merda, mas que ainda assim está tudo bem e que ele não precisa se preocupar, afinal, viver é sobre isso.
| Denji x F!Reader | - | 3.500 palavras | - | Conteúdo Sugestivo, sob o corte |
Denji caminhava lentamente pelas ruas movimentadas da cidade. Seu corpo seguia em completa letargia, um passo após o outro, e então tudo novamente, sem realmente prestar atenção no trajeto. Já havia repetido aquele trajeto incontáveis vezes, cada desvio e buraco pelas ruas já estavam gravados no fundo de sua memória.
Bastava ir reto, entrar na rua a esquerda então no beco a direita. Subir a rua novamente, e continuar caminhando até sentir o cheiro da barraca de yakisoba na calçada e então virar a direita novamente.
O ritual foi o mesmo de sempre. Cumprimentar o atendente feioso-cara-de-bunda da forma mais mal eduacada possível e em seguida caminhar pelo corredor barulhento.
Denji seguiu ininterrupto e então entrou tranquilamente na última porta vermelha à direita, da mesma forma que fazia todas as vezes. Ao tempo em que seguia em frente, cantarolou dando pulinhos alegres, atitude bastante controversa ao péssimo humor que o assolava em forma grandes nuvens de chuva escuras nos últimos dias.
Ele apenas não conseguia controlar as emoções direito.
No relógio localizado no topo da porta marcavam sete e quinze da noite. Um fato irrelevante para o garoto, afinal, ele não sabia olhar as horas no relógio analógico.
O terceiro passo foi o telefone. Segurando a respiração por um certo motivo desconhecido, pegou o aparelho no gancho da parede com os dedos inquietos e discou a única tecla disponível. Chamou algumas vezes, e, por fim, ela atendeu.
Era como se já o esperasse do outro lado da linha — Denji abre um sorriso imediatamente.
Ele sentiu o suor escorrer pela testa, ansioso. Gostava de pensar que ela realmente sempre o esperava.
— Oi! — Ele fala, meio nervoso e até meio alegre pela primeira vez na semana.
— Já chegou, é? — A voz do outro lado soa cansada. Denji solta uma risada e brinca com o fio do telefone, ansioso.
— Porra, cadê você, hein? Tá atrasada. — o menino questiona fazendo um bico de meio metro.
— Você lá sabe ler as horas no relógio para me acusar disso? — ele consegue visualizar o rosto zombeteiro dela quando escuta as palavras do outro lado da linha e em resposta, Franzen as sobrancelhas.
A voz dela soou divertida. Denji vacila um pouco com o comentário astuto, olhando para o relógio de ponteiros e números romanos no topo da parede da sala. Aquilo foi o suficiente para sua mente entrar em combustão espontânea.
Ele realmente não tinha a mínima ideia do que aqueles pontinhos significavam. O que ela disse não estava errado. Entretanto, em sua defesa, sempre quando ele chegava, ela o estava esperando na sala. A garota havia o deixado mal-acostumado.
O jovem caçador de demônios até tenta falar mais algumas coisas em resposta, mas acaba não tendo nada coerente para dizer. Sendo assim, decide desligar, ainda ostentando em seu rosto uma carranca. Desta forma, Denji vai logo se sentar no sofá fedido de grudento, observando as luzes coloridas girarem no teto. Estava morrendo de fome e mais desgostoso com a vida do que nunca.
Demora um pouco, mas a maçaneta velha da sala chacoalha um pouco e então a porta é aberta. O menino vira a cabeça ao minimo sinal de som quase que imediatamente, levantando o corpo do apoio do sofá para se voltar em direção a entrada da sala.
Um rangido feio, cheio de agonia vem das engrenagens velhas da fechadura da porta de madeira anuncia finalmente a entrada da funcionária. Sua silhueta brilha como a de um anjo em uma visão de sonho, enquanto a luz branca e forte atrás dela ilumina o corredor. Um anjo com um cheiro maravilhoso de fritura.
A jovem carrega uma bandeja com refrigerante e uma porção gigante de batatas fritas oleosas e murchas cheias de queijo. O que apenas faz o favor de tornar aquela visão ainda mais divina e abençoada para Denji.
O jovem garoto engole seco enquanto a observa caminhar em sua direção. Então sua apatia recente dá lugar a uma agonia fulminante. Suas mãos estão suadas e seu coração bate rapidamente.
Ela tem aquele cheiro de perfume de flores misturado com um aroma forte de fritura, o que torna tudo delicioso e sobrecarrega a mente de Denji quando domina a sala. Ele inspira fundo para egoisticamente tentar roubar com seus pulmões todo aquele perfume delicioso que estava sendo desperdiçado se espalhando pelo cômodo assim.
— Aqui seu refrigerante. — ela riu, olhando Denji nos olhos ao mesmo tempo que colocava os lanches sobre a mesa. O garoto perde alguns segundos assistindo à menina desamarrar o avental e o jogar em um canto da sala antes de se sentar e começar a mexer no celular. Quer dizer, aquilo era algo quase íntimo, não era? Se ele se esforçasse, talvez pudesse imaginar que ela estivesse tirando outras coisas também. — o pensamento gerou nele um sorriso abobalhado.
Sempre quando ela retirava o avental ele tinha um leve vislumbre do seu sutiã através na blusa transparente do uniforme e... — ele bateu nas bochechas com ambas as mãos, balançando a cabeça de um lado para o outro logo em seguida para dissipar os pensamentos. Chega de peitos por um tempo, Power já havia o traumatizado o suficiente. Ele não confiava mais em nada que via.
Assim, Denji não permitiu sua mente vagar por muito mais tempo e tratou logo de atacar as batatinhas murchas e encharcadas de óleo que foram recolhidas dos pratos dos últimos clientes.
Notando que a garota o estava atentamente observando em silêncio, ele apontou para ela com uma batatinha, com a boca cheia após um longo gole de refrigerante e "charmosamente" perguntou:
— O que foi?
Ela deu de ombros para a pergunta mesquinha de Denji e tomou sua bebida.
— Você é muito feio comendo, Denji. — a jovem respondeu simplesmente e foi a vez do garoto dar de ombros e retrucar:
— Pelo menos sou um feio de barriga cheia.
As conversas dos dois eram sempre assim, curtas e grossas. Começavam das formas mais variadas e flutuavam sobre os mais diversos tipos de assuntos, com a maioria deles sendo completamente irrelevantes, como por exemplo: por que pombos são animais tão feios e sem alma? Ou se cachorros fossem chefs de cozinha, que tipo de coisas iriam cozinhar.
Denji não tinha o mínimo de tato, mas aquilo a divertia bastante. Discutir com ele nunca levava a lugar algum e os assuntos eram intermináveis e variados.
Como de costume, desde que havia iniciado seu trabalho na divisão pública de caça, ele começou logo a falar sobre os últimos acontecimentos e demorou por um longo tempo, visto como sua vida andava bastante agitada nos últimos tempos. Bem mais que o comum, até para o Denji.
De toda forma, a garota se acomodou no sofá bastante satisfeita em ouvir Denji com suas lamurias ao mesmo tempo que rolava o feed do instagram. Ela etava mais que feliz em poder o escutar reclamando de algo simples, como ter que fazer a limpeza da casa ou dar descarga no vaso, já que a colega de quarto não se importava o suficiente para fazer isso.
Contudo, enquanto ele falava, a garota notou facilmente sua falta de entusiasmo, Denji parecia frustrado. Muitas vezes parando e encarando o nada em silêncio, enquanto mastigava as batatas.
Ela aguardou pacientemente ele contar sobre seu último grande empreendimento no resgate de um gato que estava sendo refém e caiu na risada, incrédula com tudo o que o jovem caçador de demônios havia lhe contado em primeira mão sobre o desfecho da história.
— Então quer dizer que sua amiga estava usando enchimento de sutiã? — A menina limpa as lágrimas dos cantos dos olhos e segura a barriga com força, rindo das mágoas de Denji. Sempre muito solidária enquanto ele despejava toda sua frustração para fora, reclamando do golpe que Power havia passado nele por causa da porra de um gato.
— Não dê risada de mim! — Denji grita com ela, possesso, empurrando de leve o ombro da menina. Ela respira fundo, tentando conter a gargalhada aos poucos e falha algumas vezes antes de ter sucesso. O grande absurdo de toda aquela situação deixava tudo quase inacreditável. Caso não conhecesse Denji como conhecia, nunca iria acreditar em nada parecido com o que ele tinha acabado de relatar.
— Me dá um motivo pra não dar? Cá entre nós, você é bem ridículo.— Ela aponta, jogando uma batatinha na boca dele. Denji faz uma careta e apanha o petisco com a boca, quase abocanhando o dedo dela junto. A jovem repete o processo e se prepara para jogar outra batata frita na boca de Denji, mas dessa vez o engana e a come, atiçando ainda mais a fúria de do menino.
A garota assiste Denji pegar um punhado de batata ainda mais revoltado e mastigar com raiva para não ter que falar com ela novamente. É engraçado. Ela sorri e por fim, volta sua atenção para as redes sociais novamente, ves ou outra olhando de canto para o amigo, ainda se lembra bem de quando o conheceu pela primeira vez.
Seus amigos estavam todos em uma roda em volta de um garoto estranho. Curiosa, ela foi logo verificar o que estava acontecendo. Aparentemente, todos estavam atormentando um menino de rua que, surpreendentemente, fazia qualquer coisa por alguns trocados.
Eles testavam para ver até onde o menino poderia ir e como ela não tinha nada de bom para fazer no momento, decidiu se juntar à brincadeira que perdurou por alguns dias até que o grupo de adolescentes se tornasse desinteressado. Mas foi bom enquanto durou, o menino era bem ridículo e aquilo a divertia bastante.
— Vai se foder.— Denji mostra do dedo do meio para a garota, que, novamente, cai na risada. Agora em resposta à toda bravata dele.
Ela relaxa no sofá ao lado dele e guarda o celular no canto, voltando toda sua atenção para o amigo. Na cabeça dele parece existir apenas ar em um espaço vazio. Ela sorri.
Uma vez sozinha na companhia do estranho garoto, a menina o convidou para aparecer ao fim do dia no karaokê onde ela trabalhava para pegar algumas sobras. Talvez por pena, talvez por tédio, mas independentemente do motivo aquilo se tornou algo recorrente a partir de então.
E mesmo que não se resumisse mais apenas a ela buscando descobrir até onde o garoto faminto iria por algumas sobras de batatas fritas do lixo que sobravam dos pratos dos clientes. Apenas estar na companhia dele já era simplesmente muito bom e leve, as vezes falta um pouco desse tipo de sensação no dia a dia.
Seu novo amigo não tinha a mínima vergonha de mendigar. Contudo, aparentemente as coisas haviam mudado um pouco de uns tempos pra cá, já que ele havia aparecido com os dois olhos, supostamente as duas bolas e alegando um emprego como caçador de demônios após se fundir com seu cachorro motosserra.
Ah sim! Também tinha Pochita, ela definitivamente sentia muita falta dele durante as visistas de Denji. Nunca em sua vida havia antes imaginado que um demônio pudesse ser tão fofo.
— Assim eu fico triste. Sabe que eu amo esse seu jeitinho, né? — Ela brinca e se finge de ofendida, cutucando a bochecha de Denji com a unha colorida de esmalte descascado. O garoto não evita corar, mesmo sabendo que ela está rindo dele. Os sentimentos em seu peito são bastante conflitantes, mas ele sabe bem que gosta muito daquela sensação de formigamento que ser feito de bobo por uma mulher bonita causa nele. Além do mais, ela tinha acabado de dizer que o adorava, isso deveria significar alguma coisa, certo?
Denji pensa em Makima por um segundo. Ela não ficaria mal com isso, não é mesmo? Ele não estava fazendo nada de mais...
Como de costume, eles seguem com a conversa enquanto compartilham o lanche.
Aliás, outro ponto sobre ele o qual a jovem gostava muito era que a vida de Denji vida era tão absurdamente terrível que, quando colocada em comparação, servia de anestesia para a dor dos próprios problemas. Era muito bom poder olhar as coisas de outra perspectiva de vem em quando.
— Enfim… ultimamente as coisas estão bem merda. — Denji termina seu monólogo sem chegar a lugar algum, esticando-se no sofá grudento. Ele gostava de verdade de ter alguém com quem apenas reclamar das coisas sem pensar muito e ainda por cima, fazer isso enquanto come algumas batatinhas. Era o auge. Pochita também adorava tudo aquilo.
Além disso, acima de tudo, ele gostava dela. Ela tinha um corpo gostoso, um cheiro maravilhoso e sorriso bonito... mas muito mais que isso, pois muitas garotas têm um sorriso bonito... ela o olhava como se o entendesse e realmente parecia interessada em sua vida de merda. Perguntando sempre o que ele havia feito no dia, mesmo que soubesse que a resposta iria consistir basicamente em vasculhar lixo, cortar madeira e eliminar demônios. Nenhum ser humano antes havia o considerado interessante o suficiente ou digno de um olhar mais profundo.
Nada que Denji havia experienciado até hoje, nem mesmo a mais doce e saborosa das geleias, conseguia se comparar com aquela sensação calorosa de ser escutado de verdade, aquela que te deixava com vontade de falar por horas e horas e horas a fio, por mais merda que seja aquilo que ele tenha a falar. Era inexplicavelmente bom.
— Então… resumindo tudo… quer dizer que você caiu numa crise existencial sobre o vazio de perseguir um sonho e percebeu que nunca foi o que você imaginou? — Ela, que agora apenas tinha se limitado a responder a tudo que ele dizia como monossílabos até o momento, decidiu se manifestar. Olhando para Denji com olhos grandes e curiosos, enquanto lambia os dedos engordurados.
Ultimamente, as questões e problemas que ele trazia estavam chegando em um nível mais complexo e o fazendo ter de pensar.
Era engraçado o assistir sofrer, enquanto os seus neurônios se esforçaram para concluir um pensamento funcional sobre qualquer coisa minimamente complexa.
— Bem-vindo ao mundo real. Agora deixa eu te contar uma parada, Denji. A culpa foi sua, pequeno gafanhoto. — Ela fala, séria. Agarrando um dos ombros dele.
— Minha? — Denji questiona, confuso.
— É. Você colocou expectativas demais em uma coisa sem pensar direito no que estava fazendo. Basicamente quis chegar sentando na janelinha e tomou no cu. — Zombou.
— Mais você tá uma merda hoje. — Denji deu um tapinha no ombro dela e virou a cara.
— Na verdade, tô uma merda todo dia. E é apenas assim que a vida funciona, saca? Nem tudo vai ser como você planejou, então nunca se limite a apenas uma meta. Agora que você percebeu que um teto quente e comida na mesa não e tudo, trace varias novas metas e tome várias vezes no cu para as alcançar. Uma hora ou outra, vai acabar se sentindo realizado por tudo. Seja pelo o que consegiu, ou pelo caminho que trilhou para chegar até lá. Bom, talvez...
A jovem termina seu monólogo e da de ombros. Desta vez, seu tom de voz é mais suave e Denji presta atenção no que ela tem a dizer em silêncio, apesar do ponto de vista pessimista. Nada do que ela disse faz muito sentido na cabeça dele.
A garota riu baixinho do próprio conselho, defendia o ponto de vista, apesar de não saber exatamente como aplicar aquilo na própria vida. Talvez estivesse vendo muitos vídeos de filosofia existencialista no YouTube.
De toda forma, doi estranhamente bom, entrar naquela rara conversa mais profunda. Quem diria que o assunto surgiria por causa de um gato e um enchimentos de sutiã.
— Uau, eu com certeza estou bem animado agora.— Denji murmura.
A garota fecha cara diante do comentário azedo do amigo, mas ainda assim se sente bem. Estava meio orgulhosa de si mesma pelas palavras e de Denji também, mesmo sem entender bem o porquê.
Talvez ele mesmo não percebesse, mas estava cada vez mais diferente desde a primeira vez em que eles tinham se encontrado, diferente de uma forma boa.
— Consigo ver a milhares de quilômetros de distância. — Ela olha para ele de canto, desacreditada, sem dar muita atenção procurando pelo telefone no bolso da saia do uniforme para dar uma última olhada no Twitter antes e voltar ao trabalho.
— Ei… todas as coisas são mesmo assim? — Denji se inclinou lentamente em direção à garota, falando baixinho e olhando para ela de canto. Perguntando quase como quem não quer nada.
Não queria bem transparecer sua incerteza sobre as coisas e parecer um idiota. Mas, ao mesmo tempo não tinha outra pessoa a quem perguntar, Power com certeza não saberia lhe responder aquilo e ele também ainda estava meio puto com ela por conta das próprias frustrações. Aki não tinha muita cara de manjar dessas coisas e ele estava envergonhado com a ideia de questionar Makima, mesmo gostando muito dela. Quer dizer, ele não queria parecer uma criança que não sabe de nada na frente dela.
— Mais ou menos… — A menina suspirou profundamente e virou-se de frente para ele. — A questão Denji é… bom, não se preocupe muito com isso, sabe? — Ela deu um tapinha de leve na cabeça dele e bagunçou seus cabelos loiros.
— Você é tipo um filhote de cachorro experienciando as coisas pela primeira vez. Todos nós somos na verdade, tá meio que todo mundo vivendo pela primeira vez. Nem tudo vai sair da forma como você sempre sonhou, afinal, você em sabia como sonhar. Muita coisa também vai dar errado na sua vida, tipo muita coisa mesmo. Olha pra mim, eu já tentei fazer muita coisa e me sinto uma merda por isso. Estou quase reprovando no colegio e tudo o que eu tenho é a bosta de um trabalho de meio período que eu achei que iria resolver minha vida, mas tudo o que ele me trouxe foi vontade de falecer. E olha que eu ainda tenho muito o que viver, então isso não é nem o começo. — Ela reclamou. — Faça o que você faz de melhor e só não pense muito sobre isso, tudo bem?
Denji assente, mesmo sem registar bem o significado daquelas palavras agora, ele ainda vai pensar sobre isso de forma profunda mais tarde. Sua voz passa a sensação de que ela compreende os seus sentimentos, sentimentos esses que nem ele mesmo entende, ou achou que fosse capaz de sentir. De toda forma, ele está feliz agora. Olhar nos olhos dela é difícil, então ele se limita a abaixar a cabeça, corado.
— Ah! E outra coisinha. — Ela sorri para ele se divertindo com uma ideia travessa que surgiu de repente em sua mente. — O mais importante de tudo é nunca deixar de tentar perseguir seus sonhos nem de tentar, mesmo se tudo der errado e parecer uma bosta. Afinal, às vezes a vida pode ter pena da gente e decidir dar uma recompensa por ser resiliente.
Dito isso, a jovem se levantou e ficando de frente para o amigo agarrou a mão direita de Denji com a sua palma macia e gordurosa. Segurando as costas das mãos dele com suavidade, trouxe até o seu rosto e então esfregou a bochecha contra a mão calejada do garoto. Sorrindo para ele, parecia até que era inocente, as bochechas tingidas de vermelho.
Denji engoliu seco.
— Denji, você quer tentar novamente, não quer? — Ela perguntou para ele com a voz manhosa, um sorriso sapeca nos lábios.
Denji que apenas a observava com os olhos arregalados enquanto afundava no sofá assente com a cabeça. Ele não sabe ao que ele está se referindo agora, mas independentemente do que for, ele quer. E como quer.
— Quero sim! Quero muito! — O garoto praticamente grita, esbaforido sem saber bem com o que ele estava concordando mesmo. Sua pobre mente estava em branco e ele não conseguia pensar em nada, preso naquele momento igual a um cervo preso no cruzamento, observando o carro enquanto espera pelo momento de ser atropelado.
E, inferno, aquele carro parece que vai bater com tudo para cima dele.
Denji não consegue mais olhar diretamente para o rosto dela. Sem poder recuar, ele engoliu seco e olhou para baixo fugindo do olhar intenso dela, o que não exatamente melhorou sua situação. Afinal, ele deu de cara com aquele monumental e lindo par de peitos balançando perto demais dele. Pareciam até estar o chamando.
Denji ouviu uma risadinha e olhou para cima cautelosamente.
— Que tocar neles? — Ela pergunta baixinho, como se estivesse lendo a mente dele. Suas bochechas estão rosadas.
— O quê? — Denji estava atordoado. Aquilo não parecia lá muito real, ele já havia fantasiado com isso algumas vezes então duvidou da própria sanidade. Não podia ser real, se fosse assim tão simples, ele teria perguntado antes.
A falta de resposta deixou a jovem inquieta. Ela observou Denji alguns momentos, ele alternava entre encarar seu rosto e os seus seios pesados de boca aberta, quase babando. Sem mais hesitar, ela segurou ambas as mãos de Denji e as colocou sobre os seios salientes, pressionando com firmeza, incentivando o amigo a apertar os montes macios com vontade.
Guiando as mãos dele com movimentos circulares enquanto estava de joelhos no sofá, inclinada sobre ele. Muito perto. Denji podia sentir o cheiro doce que ela tinha misturado com cheiro de comida. Era perfeito.
Ele estava no céu, nem sequer sabia descrever a sensação. Já tinha ido dormir mais de uma vez pensando em uma situação similar àquela, mas nunca sequer imaginou que algo assim fosse possível de um dia acontecer com ele. Mas muitas coisas boas andavam acontecendo ultimamente, então por que não ser grato? Além do mais, nada que ele pudesse imaginar havia o preparado para a sensação real da coisa.
Mais uma vez ela riu, agarrando as mãos dele para fora do alcance ao abrir os braços. Sua expressão confusa foi divertida, ele parecia uma criança após alguém ter tomado o seu brinquedo ou doce preferido. Denji teria protestado se não fosse pelo fato dela, logo em seguida ter unido as mãos atrás do pescoço dele, trazendo ele para perto da maciez do seu corpo novamente.
Merda pochita, tá vendo isso, né? — Ele pensou eufórico.
Denji fechou os olhos sentindo-se no céu, com o rosto no meio dos peitos da moça, enquanto ela o guiava a apertá-los. Se não estivesse sentado e encurralado teria caído no chão. Suas bochechas estavam quentes e ele parecia até aflito, atônito demais com a situação.
Boquiaberto e sem reação, apenas sabia estar adorando. Sabia que seu pau não tinha perdido tempo e estava duro, e como se soubesse ela encostou a ponta do joelho ali. Ela era um anjo e, ao mesmo tempo o pior demônio do inferno e uma vagabunda e ele estava completamente apaixonado por ela (para variar). Ela riu baixinho, soltando ele e segurando suas mãos, antes de se sentar na mesinha.
— Esse tipo de coisa não pode ser feito com qualquer pessoa. Sinta-se especial. — Ela murmurou. — Mas eu até entendo você nessa questão de expectativas e tudo mais. — ela falou como se nada houvesse acontecido, cruzando as pernas na mesinha e os braços rentes ao peito. — Quando eu tive meu primeiro beijo a sensação foi a mesma. — afirmou.
— Beijo?…— Denji repetiu em um murmúrio, ainda se raciocinando direito.
— Sim. Eu imaginava que ia ser igual nos filmes e nas fanfics e tava doida pra poder beijar logo. Escolhi o primeiro cara bonitinho da escola e tomei no rabo, foi horroroso, ele deixou a língua dele parada na minha boca. Parecia até uma lesma morta. Irck. — Ela estremeceu com a lembrança.
— Uma lesma? Mais que merda. Sabia que uma vez eu achei umas no meu barraco depois da chuva? Eu tava morto de fome e comi todas elas junto com o pochita. Não foi tão ruim. —
Ela ri dele. — Você é um cara bem nojento.
— Valeu. — Ele riu meio orgulhoso, afinal, pareceu um elogio. Ainda um pouco nervoso, Denji olhou para a garota, fazendo uma careta estranha enquanto batia a ponta dos dedos no sofá. — Aí, me deixa enfiar a cara nos teus peitos mais uma vez? Assim, uma última vez antes de ir para casa.
A garota ficou surpresa com a ousadia, então riu baixinho de Denji dando de ombros.
— Nem. Meu intervalo terminou. — Ela deu um tapinha no ombro dele e vestiu o avental novamente. Denji olhava para ela com a cara de um cachorro que havia acabado de cair da mudança. Era meio triste, deplorável e fofo em simultâneo. — Talvez outro dia, quando eu estiver de bom humor. Se você der sorte, talvez da próxima vez eu até fique sem sutiã para você.
E com isso, saiu da sala deixando um Denji completamente incrédulo para trás, dando pulinhos em cima do sofá enquanto comemorava a estranha vitória com uma dancinha. Ele agradecia a Power mais tarde por, sem querer, ter acabado causado tudo isso.
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Experimente o sono profundo instantaneamente com o Som de Chuva Forte na...
#youtube#Experimente o sono profundo instantaneamente com o Som de Chuva Forte na janela do trem • Experimente o son... AMO A CHUVA 💚 Ajuste
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Cheiro de terra molhada
Domingo. Chove forte hoje aqui.
Fecho meus olhos te imaginando agarradinha comigo na cama
Ouvindo o som da chuva e o sentido o cheiro de terra molhada
Você acariciando os pêlos do meu braço e eu te beijando a nuca e o pescoço
Sentindo teu cheirinho gostoso.
Você roçando seus pezinhos nos pêlos das minhas pernas por baixo do lençol
Acendendo aquele fogo gostoso num domingo preguiçoso pela manhã.
Saudades, miudinha.
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Visitei um conto de Lygia, aquele que aborda o jovem e o saxofone, e isso me fez recordar de nossa primeira discussão acerca de todo aquele enredo, bem como das possíveis mensagens que Lygia quis transmitir de maneira não explícita, utilizando a elipse magistralmente, como é característico de sua escrita. Acompanhado de café preto adoçado, como de costume, e ao som da antiga canção de Gessinger que aborda sinceridade e expectativas em relacionamentos, e suas complexidades. O céu completamente nublado sobre minha cabeça, com previsões de chuva para hoje, embora muito provavelmente o sol apareça em breve por entre as nuvens. Durante o trajeto para o trabalho, minha mente se ocupou com inúmeras reflexões, incluindo a imaginação sobre que tipo de personagem eu seria em um dos contos de Lygia, ponderando se valeria a pena a leitura. Certamente valeria, tratando-se de Lygia. O dia está sendo desafiador, e o que tem me proporcionado conforto é revisitar alguns de seus poemas. Refleti também sobre receber suas correspondências e, ao refletir agora, compreendi o que significaria domesticar a espera; concordo plenamente que é uma experiência terrível. Aguardar sempre é angustiante, mas aguardo.
17 de Julho de 2024, Salvador.
Creio que um personagem como você escrito pela maestral caneta de Lygia seria incrível. Inclusive, gostei muito dessa reflexão... Será que eu seria uma personagem tão misteriosa como a moça do saxofone (?) Dias nublados possuem um enorme charme para mim... Fico lisonjeada que meus poemas lhe proporcionem conforto, andei revisando alguns dos seus e sempre fico admirada com sua escrita. Meu dia foi lento e calmo como eu precisava há semanas, li mais contos de Machado e optei apenas por conversas banais acompanhadas de café bem quente e forte. É uma boa forma de lidar com o cansaço interminável que tem sido companhia frequente. Já é o segundo conto que a personagem tem como nome Cecília, acho lindo. Fiquei pensando se Machado teria alguma fascinação por alguém com esse nome... Sobre domesticar a espera, ainda nisso refleti se é possível domesticar vontades e o quão terrível isso deve ser, deve ir contra a natureza domesticar as vontades do coração. Pensei em escrever um conto sobre isso, penso muito sobre o que escrever... Mas começar de fato não o fiz com nenhuma ideia. Talvez depois me ocorra. Estou distante como no conto da mancha de vinho, estou presa naquele sentimento e naquele conto.
17 de Julho de 2024.
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NOS BOSQUES, perdido, cortei um ramo escuro
e aos lábios, sedento, levantei seu sussurro:
era talvez a voz da chuva chorando,
um sino fendido ou um coração cortado.
...
Yongbok virou lentamente na cama para o lado onde ficaria de frente para seu amor, porém quando o braço descasou sobre o lençol, o sentiu frio e vazio. Abriu os olhos rapidamente, percebendo estar sozinho na cama, inclinou o rosto para a direção da janela de vidro e constando que a escuridão ainda dominava aquele horário da madrugada.
Ergueu o tronco e sentou na ponta da cama. Tirou os cabelos bagunçados dos próprios olhos e foi rumo a porta para procurar a outra pessoa que ali não estava mais.
Caminhou silenciosamente pelo carpete que forrava o chão do apartamento mediano, quando estava prestes a pisar no piso gelado da cozinha, escutou um sussurro baixo que vinha do banheiro. Foi poucos passos para trás e abriu a porta levemente, mesmo que tudo estive escuro ainda se escutava a voz.
Acendeu a lâmpada fraca de dentro do ambiente e quando sua visão se acostumou, percebeu s/n agachada no chão frio do banheiro com o corpo esticado e olhos fixos na pia por onde escutava o som de gotas de água caiando pausadamente.
-O que houve, amor? - o namorado questionou sentando juntamente no piso cor azul celeste.
-Não é estranho que um som tão simples como da torneira, pareça ecoar tão alto quando estamos em completo silêncio? - comentou mais parece si mesma, enquanto não tirava os olhos do móvel do banheiro.
-Realmente, parece até um pouco irritante - respondeu com um sorriso divertido.
-Esse barulho é muito gostoso - sorriu fechando os olhos.
Felix riu fraco e encarou o rosto dela com cuidado. S/n sempre teve dessas reflexões incomuns, contudo todas esses questionamentos veem se repetindo com mais frequência. Ela simplesmente paralisa e fica observando para todos os objetos e locais que ressoam mínimos ruídos.
Quando parou de vagar nos próprios pensamentos, yongbok reparou lágrimas descendo pelo rosto da mulher que continuava com os olhos fechados, colo começou a balançar e a expressão leve foi substituída por uma testa se enrugando.
-Por favor, me diga o que está acontecendo. - ele suplicou e abraçou o corpo dela fortemente.
-Dor, felix! Eu sinto muita dor. - confessou entre os soluços de choro.
...
Algo que de tão longe me parecia
oculto gravemente, coberto pela terra,
um grito ensurdecido por imensos outonos,
pela entreaberta e úmida escuridão das folhas.
...
-Dor? Onde? Posso te levar no médico. - respondeu desesperado e tocando por todo o corpo dela como se fosse encontrar o local.
-Não é físico. - falou com um tom pouco mais baixo e levou a mão em direção a própria cabeça. - Está doendo aqui.
-S/n, o que significa? - questionou, agora ele iniciando um som de choro, pois sabia no fundo o que significava.
-Que voltou, felix! Tudo voltou novamente. - finalizou olhando fixo para o azulejo de flores da parede do banheiro. Deitou a cabeça levemente na banheira que estava ao lado do local onde sentou.
-Por favor, não diz isso - ele chorou alto e rastejou em frente ao corpo da mulher, segurou o rosto da mesma com as duas mãos e fez com que se encarassem. - Não deixa dominar sua cabeça, por favor.
-É uma dor insuportável, parece um bicho rastejando dentro do meu cérebro, cada segundo do dia é uma tortura, e a noite parece uma eternidade. - choravam juntamente.
-Se eu disser que sei o que está sentindo é uma mentira mas se pudesse pegaria toda essa dor para mim. - confessou beijando o rosto dela e abraçando forte o corpo.
Ficaram abraçados por longos minutos até o momento que iniciou-se o som de gotas de chuva da pequena janela que ficava ao canto do banheiro.
S/n soltou o abraço levemente e levantou o corpo, o namorado enxugou as lágrimas e caminhou atrás da namorada para saber para onde se dirigia. Ela caminhou até a porta janela que ficava na sala, abriu e parou no meio da sacada, fechou os olhos e ergueu a cabeça para sentir a chuva.
Felix caminhou até a janela e encostou a cabeça, começou a chorar novamente e em um som bem mais alto, todos poderiam escutar no prédio mas pouco se importava, ele precisava aliviar aquela dor de perda do fundo do peito.
...
Por ali, despertando dos sonhos do bosque,
o ramo e avelã cantou sob minha boca
e seu vagante olor subiu por meu critério.
...
-Por favor, não chore. - ela se aproximou do menino totalmente molhada pela chuva, limpou as lágrimas que desciam sob suas bochechas.
-Tenho medo de perder você, não sei se consigo ser forte como da última vez - confessava chorando ainda mais.
-Não quero se seja forte, quero que continuo sendo do jeitinho que é e nada mais que isso - disse com um tom calmo e acolhedor.
-Você vai ficar se eu continuar desse jeito? - questionou com os olhos brilhando por conta das lágrimas.
-Felix, cada dia mais esperançoso! - sorriu levemente e puxou o rosto do namorado para um beijo.
Seus lábios carregavam uma úmidade da chuva e da saliva, ecoavam sons baixos por estarem puxando uma respiração forte pelas narinas. Calmamente abraçou o corpo do menino pelo pescoço e puxou ele para sentir a chuva que corria do céu. Suas roupas ficavam cada vez mais encharcada, seus corpos se aproximaram e as roupas de pijama pareciam ter colado como uma superbonder.
-Não desiste de mim, por favor - yongbok sussurrou com os olhos fechados e esfregando as bochechas com as dela para sentir seus rostos se tocando, como um cachorro pedindo carinho.
-Vou desistir de mim, não de você - falou sussurrando juntamente com o menino.
-Não enquanto estiver ao meu lado, posso morrer tentando lutar pela nossa vida juntos - abraçou seu corpo com força e mentalizou fortemente um futuro mágico ao lado dela.
...
como se me buscassem de repente as raízes
que abandonei, a terra perdida com minha infância,
e me detive ferido pelo aroma errante.
...
-Bom dia! - escutou uma voz doce e com tom de felicidade ecoar alto pelo quarto.
Yongbok lentamente abriu os olhos e sentiu o sol encontrando com seu rosto, virou o corpo de lado e tampou a própria cabeça com o lençol.
Sentiu um carinho no próprio rosto e coçou a pupilas, sorriu doce para a pessoa sua frente e levou a mão para devolver o carinho no rosto.
-Bom dia, meu amor! - falou com a voz mais grave que o normal por recém ter despertado.
-Podemos passear no parque, papai? - a pequena menina perguntou graciosamente e com esperanças de uma resposta positiva.
-Óbvio! - respondeu sorrindo e a menina começou a pular de felicidade - Cada a mamãe?
-Na sala, fiquei chamando nome dela por um tempão e ela não me respondeu, parece uma estátua. - explicou com um tom magoado mas saiu do quarto do casal para brincar no próprio.
Felix suspirou e levantou da cama, caminhou até o espelho e encarou a si mesmo, deixou uma lágrima cair, pensou em tudo recomeçando como anos atrás. De tempos em tempos, s/n lidava com uma recaída, aquela dor insuportável sempre voltava, porém yongbok prometeu nunca desistir. Não havia um amanhã sem ELAS ao lado.
Ele caminhou até a sala e parou em frente ao cômodo reparando a mulher sentada no sofá e olhando fixamente para a parede com ilustrações de margaridas.
Levou os passos até perto e parou atrás do sofá, deixou mais algumas lágrimas cair e abraçou o pescoço da esposa por trás, que acordou dos próprios devaneios.
-Voltou, felix! - s/n falou baixo sem olhar para o rosto do marido mas fazendo um carinho nas mãos que abraçavam seu pescoço
-Eu sei - sussurrou no ouvido e abraçou com mais força até começar a chorar - Nunca vou desistir de você.
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Fogo e terra (Ele é uma guerra)
"Ele é todo...guerra. Ele é uma guerra. Eu gostaria de pacificá-lo. Gostaria de virá-lo do avesso, de moldá-lo. De entrar em suas entranhas, que certamente tentariam me repelir tal como um organismo vivo tenta expulsar um corpo estranho de seu sistema. Ele é todo...guerra, explosões, armas e gatilhos. Ele é expansivo. Gostaria de fazê-lo sentir alguma outra coisa. Algo além do constante desejo de lutar, de ser forte, de transmitir uma imagem inquebrável e idealizada. Errônea, até. Ele é como o fogo. E eu sou toda terra, e água, e um pouquinho de ar. Ele parece ser só fogo. Que toma conta, se expande, indiscreto. Uma coisa simples e quase terrível. Que pode machucar, que solta fagulhas, sem reservas. Se ele fosse outra coisa, seria um vulcão. Uma lava que escorre e vai levando tudo pelo caminho. Que agarra tudo dentro de seu abraço mortífero e acalentador, transformando tudo ao seu redor em uma espessa camada de algo quase indestrutível, irreconhecível. Se ele fosse água, seria como aquelas ondas gigantes e assustadoras. Uma onda que se forma do nada e em um instante te arrebata, te afoga e te puxa até que você não seja mais do que uma carcaça flutuante, algo completamente diferente do que já foi um dia. Se eu fosse água, seria como uma chuva tenra, doce e fina. Um chuvisco que cai no final do dia, que você nem se preocupa em abrir o guarda chuva e se molhar, tão branda e serena. Ele é todo feito de urgência. Eu sou toda calmaria. Gostaria de decodificá-lo, pegar um machado e quebrar toda a sua armadura de pedra. Não quero vê-lo triste, mas seria um conforto saber que ele é capaz de chorar. Gostaria de torná-lo sensível, de o observar exposto em sua própria vulnerabilidade. Fazer com que ele conheça um lado de si mesmo do qual nem se quer tem consciência. Mas você sabe, fogo em grande escala é realmente difícil de apagar. Não, não se engane. Eu não o amo e nem se quer gosto dele. E mesmo se eu pudesse, provavelmente não mudaria todas essas coisas que o fazem parecer como o fogo. Todas essas coisas que me fazem ter medo de me aproximar demais e acabar me queimando. Apenas admiraria sua capacidade de ter características que eu, que sou feita de terra, sou incapaz de ter. E não as teria, mesmo se pudesse escolher. Ele está em constante movimento e é como o correr solto das palavras ditas em alto e bom som. Eu sou a quietude. Também sou como as palavras, mas palavras escritas em folhas de papel. Em notas soltas, cadernetas escondidas, incertas se algum dia serão lidas.
Se ele fosse uma guerra, eu não conseguiria vencê-lo. Mas se eu fosse uma guerra e ele viesse me lutar, eu me renderia. Vou parar por aqui, porquê, afinal, ele é todo...guerra. E tudo o que eu procuro, é paz. "
~A. S. G
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