#sexto mês
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navegadorsolitario · 7 months ago
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Era Uma Vez… Uma pessoa comum, de um lugar sem graça nenhuma! HÁ, sim, estou falando de você ROBERT WALKER JONES. Você veio de LONDRES, INGLATERRA e costumava ser PROFESSOR DE CIÊNCIAS DO SEXTO ANO por lá antes de ser enviado para o Mundo das Histórias. Se eu fosse você, teria vergonha de contar isso por aí, porque enquanto você estava APLICANDO PROVAS, tem gente aqui que estava salvando princesas das garras malignas de uma bruxa má! Tem gente aqui que estava montando em dragões. Tá vendo só? Você pode até ser PACIENTE, mas você não deixa de ser um baita de um RANCOROSO… Se, infelizmente, você tiver que ficar por aqui para estragar tudo, e acabar assumindo mesmo o papel de NAVEGADOR SOLITÁRIO na história PEQUENA SEREIA… Bom, eu desejo boa sorte. Porque você VAI precisar!
Idade: 28 anos.
Sexualidade: Bissexual.
Ocupação: Professor de Biologia.
Conto: Pequena Sereia (O Navegador Solitário).
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Robert nasceu e cresceu em Londres e desde pequeno desenvolveu uma paixão pela ciência e pela natureza. Sempre foi uma pessoa curiosa e que gostava do ar livre, e isso se mostrou até mesmo em sua fase mais rebelde da adolescência, quando escapava com o carro de seu pai e levava suas crushes para passeios românticos em campos para ver as estrelas, ou até mesmo para o topo das montanhas para ter uma visão privilegiada da cidade.
Com o tempo, Robert passou a se focar nos estudos, deixando a sua vida social em segundo plano. Na faculdade de Biologia, decidiu que era esse o caminho que queria seguir; queria se tornar um biólogo, ajudar os animais e a natureza, além de desejar compartilhar mais do seu conhecimento para o público geral.
Mesmo sendo conhecido por ser um pouco estudioso e focado demais, Robert ainda tinha amigos fiéis que o puxavam para pelo menos um dia de bebedeira por mês. Nem tudo era estudo, afinal de contas! Até mesmo quando conseguiu um emprego de professor de ciências para o ensino fundamental, seus amigos acharam que seria uma boa desculpa para celebrar. Rob geralmente gostava de uma boa festa, e isso não mudaria por muito tempo.
Robert ficou nesse emprego por dois anos. Gostava de trabalhar em uma escola, aprendendo a ser paciente com as crianças de onze anos e também acabando satisfeito por poder passar adiante tudo que sabia, fosse na sala de aula ou em passeios escolares. Seus alunos sempre o respeitaram, apesar de Robert ter que lidar com alguns pestinhas que adoravam badernar na sala de aula. Apesar do salário não ser lá dessas coisas, no fim ainda valia à pena.
Em um dia fora com os amigos, Robert acabou bebendo um pouco demais. Ele não se lembra de muita coisa sobre como voltou pra casa, mas se recorda bem de como ele quase tropeçou em um embrulho na sua porta. Robert pegou a caixa, abriu e notou um livro um tanto peculiar lá dentro. Não o abriu de imediato, mas deixou em sua mochila para levar para o trabalho no dia seguinte, pensando ser algum livro que comprou online.
Quando acordou no dia seguinte com uma ressaca terrível e um pouco atrasado, Robert teve que correr contra o tempo para chegar ao colégio à tempo. Era um dia de prova, então distribuiu os papéis e aproveitou o silêncio da sua classe para se sentar, beber seu café e... bem, dar uma lida naquele livro tão peculiar! O Book of The Lost lhe chamou a atenção, apesar de nunca ter ouvido falar. Quando o abriu, no entanto, Robert simplesmente foi sugado pra dentro do livro, bem na frente de seus alunos! Pra onde ele foi, nem Robert tem certeza; para o biólogo, um mundo com magos, sereias e outros seres mágicos que desafiam as leis da natureza só pode ser um sonho muito esquisito.
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CONTO DA PEQUENA SEREIA.
CONEXÕES.
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vinnysimmer · 10 months ago
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My Mystery Stories #2
Capítulo 8: A Reconstituição
Luke e Fernando passaram a noite quase toda revendo o caso e encaixando tudo que acabaram de descobrir - as cartas de ameaças endereçadas a Judith acompanhada de fotos de um carro antigo com algo semelhante a um corpo embrulhado em panos brancos dentro do porta-malas e de um rapaz com feição séria e cínica - as cartas estavam escritas com uma letra aparentemente feminina baseado na intuição de Fernando, e a foto do rapaz foi reconhecida rapidamente por Luke como Jacques Villareal - aos poucos, os detetives não se lembravam mais da discussão que tiveram, e trabalhavam novamente em equipe.
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"Jacques Villareal era um mafioso rico que vivia em Windenburg e de vez em quando viajava para realizar seus negócios sujos em outros países, foi em uma dessas viagens que conheceu Judith no início da carreira e se envolveu intimamente com ela. Ele a ajudou a matar a própria ídolo, o e pai de sua filha mais velha e ocultaram o corpo de ambos - a primeira, fizeram parecer suicídio - dali pra frente eles prometeram não se verem mais ou se envolverem, mas então durante as gravações da sitcom 'A Feiticeira Vermelha' em Windenburg, eles se reencontraram de novo e se relacionaram, na época, Jacques era casado com a dona de casa Elettra Villareal, e cegos pela paixonite, ele e Judith decidiram envenená-la e também ocultar o cadáver dela em um carro e incendiarem daí surgiu o sumiço da senhora Villareal e ninguém nunca a encontrou.
Não demorou para que o amor de Judith e Jacques gerasse frutos e ambos tiveram mais um filho. Conforme a fama de Judith foi crescendo, ela começou a desprezar Jacques e sua nova criança e então seguiu sua vida como se nada tivesse acontecido entre eles. Enquanto que Jacques continuou cuidando dos assuntos da máfia e com três jovens pra cuidar sozinho. Jacques teria de tudo para matar a Judith, mas aí é que está, ele também já está morto, foi envenenado pelo mesmo veneno que matou Judith e o mesmo assassino de Jacques decidiu avisar a Judith que ela seria a próxima mandando a foto do carro antigo e uma foto da reportagem sobre a morte dele." Comentava os detetives Luke e Fernando.
Na parte da manhã, totalizando o sexto dia de investigação - o assunto mais comentado nas redes sociais e nos jornais, era o casamento de Luca e Hector que seria realizado e comemorado por o todo mês de Setembro e todos já consideravam o evento do ano, enquanto que a morte de Judith se limitava apenas ao comentário de que o caso ainda não havia sido solucionado e que toda a herança dela será dividida somente entre Damien e Estella, onde alguns comentaram que não seria surpresa se acontecesse outro homicídio na família Ward.
Mas aquilo não era nada comparado as diversas mensagens que Luke recebera durante a madrugada - a maioria tinha vindo do pai de Luca, Enrico, pedindo que o detetive mantivesse o nome do filho e da família Maglioni-Gatti longe da mídia sobre o caso de homicídio, e outras vindas do próprio Luca que Luke se permitiu ler enquanto Fernando não olhava, mas seu rosto ruborizado o entregou. Logo eles chegaram aos Pináculos e - com seus parceiros da delegacia - começaram a reconstituição.
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"Baseado nas fotos e cartas e no que a família e vizinhos notaram, Judith andava aflita e ansiosa por conta das ameaças que vinha recebendo e não contava pra ninguém, o que a fazia ficar sempre atenta e desconfiada a tudo. No dia antes de sua morte, com certeza ela estava tentando amarrar as pontas soltas como disse e sendo mais gentil com os vizinhos. Aquela tarde, ela estava mais aflita do que o normal porque estava perto do tour das celebridades começar e seu medo aumentava quando vinha algum desconhecido se aproximar demais e sempre se livrava de qualquer presente que deixavam na frente da casa ou no correios." Falava Fernando.
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"No dia em que foi assassinada, Judith estava cansada de acordar sempre aflita, com medo de algo ruim acontecer, então decidiu relaxar mais aquele dia. Naquela manhã, ela tomou seu café cedo e estava tomando sol na piscina - porque ela gostava de receber o sol saudável da manhã, de acordo com seu marido - quando Braydon se aproximou para avisar que já estava saindo. Nesse momento ela decidiu ser sincera com ele e confessou que sabia da traição dele, porém não houve briga, foi tudo calmo e tranquilo, ela também confessou que tinha se encontrado com um ex-amante do passado e não o censurou ou o impediu de continuar o romance - ambos concordaram que não daria mais certo, mas manteriam o casamento para ninguém desconfiar de nada - e então Braydon saiu mais tranquilo junto dos filhos para a escola e seguiu para seu trabalho voluntário.
Uma hora depois, Zayne chegou à mansão Ward e tirou algumas fotos com Judith e as postou - percebi que a primeira curtida foi de um seguidor recente chamado 'MalWolf' - Zayne e Judith conversaram sobre o que ele havia conseguido saber sobre Luca e ele confessa que Luca pretende convidá-la como Sim de Honra para o casamento e que se ela aceitasse seria ótimo para a imagem dela, mas ela retrucou dizendo que não precisava se agarrar nos Maglioni-Gatti pra ser reconhecida de novo, até que Zayne recebeu a mensagem de Braydon, se despediu de Judith e saiu, deixando a porta aberta sem perceber. Às 8h, Judith começou a se sentir observada e eram as Roberts começando a gravar, então ela sai e entra.
Minutos depois, ela sai para pegar a correspondência e vê a carta de ameaça endereçada a ela, é por isso que ela não viu o Luca quando ele a cumprimentou da janela ou simplesmente fingiu. A aflição dela aumentou quando leu a carta junto a foto de Jacques Villareal, de alguma forma ela talvez o conhecia e aquilo a perturbou, então decidiu colá-la no diário junto das outras coisas e colocar outra nota ao lado 'O maior erro de toda a minha vida'.
Ela vai tomar um banho e nota que Thorne a está observando, então decide fechar as cortinas e após isso ela faz outra anotação no diário, mais tarde ela vê Octavia passando e a fuzila com ódio no olhar, então novamente ela faz outra anotação, e após escrever sobre o corpo no jardim relembra seus crimes que lhe renderam sua fama que tem hoje. Ela faz mais anotações sobre seu passado e o que fez como um desabafo e uma forma de se livrar do pensamento. Às 10h, ela continua aflita e então liga para Diana, a filha mais velha, porém ela não atende e deixa um recado 'Quando puder, me ligue, eu preciso falar uma coisa importante pra você, sobre seu pai, e desde já eu peço que me perdoe!', porém Diana pareceu não ouvir e não retornou. Judith então continuou a escrever sobre o maior erro de sua vida com a intenção de a ansiedade passar." Continuou Luke.
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"Mais uma vez, o Tour das Celebridades estava chegando aos Pináculos, e dessa vez Judith decidiu que não seria tomada pela aflição e se manteve longe da entrada da mansão até o fim do tour. Nesse momento, Chelsea estava numa chamada de vídeo e notou o suposto assassino de Judith se aproximar da mansão com algo nas mãos, porque é normal alguns turistas trazerem presentes para as celebridades e deixarem no correio ou na frente da casa então com certeza era a pessoa que deixou as flores envenenadas que Luca encomendou com o número que Luna deu, e é aí que não sabemos se elas já vieram envenenadas ou não, porém Chelsea nem ninguém viu quando se essa pessoa rodeou a mansão e conseguiu entrar - pela área da piscina, talvez, Judith pode ter esquecido de trancar a porta - e então o assassino(a) entrou e se manteve escondido lá dentro sem que Judith percebesse.
Às 16h, Luca e Hector foram até mansão Ward convidá-la, e ela já estava sentindo alguém dentro de casa, pois de acordo com Luca e Hector, ela não parava de olhar ao redor desconfiada, ela discutiu com Hector e eles saíram, e Luca deixou as flores para agradar Judith e fazê-la repensar, mas não sabia que estavam envenenadas. Por volta das 16:30, a Judith deve ter visto as flores e as cheirou, porque foram trazidas por alguém que ela não desconfiava que faria qualquer mal a ela até que leu a carta, com certeza deve ter pensado que foi o Luca e então começou a passar mal, porque o veneno que coletado delas mata bem lentamente e dolorosamente, e seja lá quem entrou deve ter visto ela morrer e saiu pela porta da frente bem a tempo de pegar o tour de volta para o centro da cidade." Disse Fernando.
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"Normalmente, o assassino deve ter ficado mais tempo na cidade. Se for realmente quem achamos que é, deve ter ficado no melhor hotel de Del Sol, somente para ver as notícias e ter certeza que seu trabalho deu certo. Então às 18h todo o mundo já estava sabendo da morte da Judith Ward, e com certeza ele estava acompanhando de lá. Eu verifiquei as entradas e saídas dos hóspedes do hotel procurando pelo sobrenome do suspeito, e lá estava, ele tinha feito o cheking-in no mesmo dia e saiu às 14h no Tour das Celebridades, voltou às 17h e não saiu mais do quarto, apenas pediu um jantar para o quarto 113, de acordo com um dos funcionários, digno de uma comemoração, e fez o check-out no dia seguinte bem cedo e pegou um táxi para o aeroporto, de volta a cidade natal, Windenburg. Achando que sairia impune de dois homicídios." Finalizou Luke.
Créditos: A todos os criadores de Sims e CCs usados nesta história!
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acnproject · 2 months ago
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Um mês especial!
Todos os meses, temos um homenageado e sempre é uma niversariante e esse mes o nosso homenageado é...
🎶O mestre assassino da Anbu Aquele que copia os 1000 Jutsus Pela vila eu morri O sexto Hokage Lendário Shinobi Kakashi Hatake 🎵
Além do nosso Rokudaime, esse mês o ACNProject completa seu primeiro ano! Parabéns ao Kakashi e a nós!!
Agradecemos já a toda a staff, aos que nos seguem, nossos parceiros! Sem vocês, nada disso seria possivel!
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fmik · 4 months ago
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Gasdlyan e Yan
São dois ocs meus do Universo V.
Depois de uma certa distância entre Gradient e Gasdlyan, acabou que ele conheceu um patrulheiro chamado Yan. O patrulheiro era de um outro universo alternativo, também sendo o universo que sua mãe controlava. Tinha um evento nesse universo, também podendo ser uma maldição eterna do "reset". O universo de Luna (mãe de Gasdlyan) tinha que ser obrigado a resetar a cada 6 meses, se não ele entraria em colapso. Isso aconteceu porque Luna usou um amuleto para impedir a guerra entre humanos em monstros, gerando um erro terrível.
Nesse contexto, ele foi criado longe de qualquer interação e ainda era proibido de andar por certas partes do universo. Isso não era problema, afinal era obediente à mãe. Mas, um dia andava com os pensamentos perdidos no seu melhor amigo, nem notando que ultrapassou a linha permitida que a mãe havia falado. Assim, ele conheceu Yan.
Começaram com uma desconfiança por parte de Yan, que odiava monstros no geral, mas aos poucos pareciam que iam para uma amizade. Hipocritamente, quem se apaixonou primeiro foi o patrulheiro. Porém, apenas no final do quinto mês Gasdlyan começou a sentir pequenas faíscas para uma possível paixão.
O problema é que o sexto mês havia chegado, deixando angústia, tentativas fracassadas de impedir o evento e culpa em Gasdlyan.
Ele não conseguiu impedir o evento, vendo o amigo confessar seu amor nos últimos momentos de "vida", logo resetando totalmente a sua memória.
Obs: Gasdlyan não faz parte do universo de Luna, então não é afetado pelo evento. Assim como Luna só não é afetada por conta do amuleto.
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re--escrevendo · 2 years ago
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Aimer - Amor
Me disseram, certa vez, que o amor é algo inacabável.
E, quando o meu primeiro final chegou, achei que o amor chegaria ao fim junto com ele. No entanto, a ideia do amor que não acaba se fez presente; havia a dor do fim, a angústia de querer resolver o que não estava certo, o aperto da saudade, a mágoa da decepção. E, entre todas essas coisas, o amor. Ele mudou de lugar no coração, sacolejou, desintensificou, mas nunca deixou de existir. Uma ironia cósmica, afinal de contas. Mas, feliz ou infelizmente, é a verdade.
O primeiro mês depois de um fim é sempre o pior; porque a dor que sufoca é uma névoa que não te deixa enxergar as coisas ao seu redor, ou o que te fez permanecer por tanto tempo mesmo quando sabia que deveria ter ido embora ao primeiro sinal de que não seria mais tão bom.
O segundo mês é aquele em você se questiona o que fez de errado, e começa a relembrar cada palavra de amargura que ouviu e retribuiu, quando jurou que algo assim jamais pudesse acontecer entre você e aquele(a) a quem você confiou cada pedaço do seu coração.
No terceiro mês, você está pronta para mudar o cabelo, fazer um novo corte e pintar de outra cor; afinal de contas, está preparada para tentar seguir em frente como uma nova pessoa. Alguém que se despeça da pessoa que aceitou ser e que se amou pouco demais, a ponto de fazê-la aceitar o que jamais deveria ter suportado.
No quarto mês, você se sente mais forte, mas não consegue ouvir as músicas; elas ainda são um ponto fraco. Então, enquanto está na cadeira do bar em uma conversa contagiante, a música que sai da caixa de som faz os seus olhos molharem. Você se envergonha de si mesma, mas sabe que faz parte do processo.
No quinto, sexto, sétimo e oitavo mês, conhece novas pessoas, sai com amigos que não conversava há anos e descobre que muitas pessoas estão ali para te abraçar e te dar a mão, sem que precise carregar o fardo da dor sozinha. E isso te faz infinitamente mais forte.
Quando para de contar, a dor não está mais presente, e você só guarda no coração o que foi maravilhoso de viver, sem acreditar que realmente conseguiu enfrentar o que jurava não ser forte o suficiente para conseguir.
E o amor da lembrança, é claro, continua bem ali. O amor do banco da praça, da sorveteria de pisos vermelhos, da sala de cinema invadida, das juras numa estação de metrô. Sem nenhum tipo de dor.
Seu coração não se esquece do que passou para te prevenir de jamais voltar para o que te machucou, mas não te deixa mais sofrer. Ele te aquece e você agradece pelas coisas boas e pelo aprendizado.
O amor fica diferente, porque junto com ele uma série de dor inesperada apareceu, mas está para sempre bem guardado no canto mais inalcançável do seu coração – ou extremamente alcançável, se tocado por alguém que faça-o aquecer novamente. Mesmo assim, ele está. Apenas está.
O amor é mutável, mas completamente inacabável.
Att,
Reescrevendo - Ester R. Vilela
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dreenwood · 1 year ago
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Boa Noite 🤠Como é bom contemplar a beleza de mais um Final de Mês a, cada mês que vivemos é um presente especial, por isso aproveite cada um deles.Deixe as preocupações de lado e, respire fundo e viva o hoje, deixe os problemas de amanhã feliz junho sexto mês 🤠
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um-garoto-chamado-yuri · 11 months ago
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2020 faz quase 4 anos
O ano tá quase acabando, todo mundo começa a falar de coisas nostálgicas, coisas assim. E agora estou pensando tipo: 2020 faz quase 4 anos.
E pior que lembro de um punhado de coisas.
2020 foi o primeiro ano em que realmente vivi como trans, em janeiro percebi que meu nome era Yuri e costurei uma touca vermelha que minha vó havia feito para esconder meu cabelo (ela tinha uma abertura pra passar rabo de cavalo). Apesar de ter me descoberto em setembro/outubro de 2019, sequer tinha escolhido meu nome.
Naquela época eu acordava e logo de cara escutava Bang! do AJR (era recém-lançada em 2020, saudades) enquanto fazia meu lanche. Tinha entrado no sexto ano, e parti dali teria que sair da escola ás 12:50 (de início achei um cu, mas depois meio que tanto faz). Foi só, literalmente, um mês de aulas, depois tudo fechou.
Daí em diante meio que você consegue saber, né? COVID-19, EAD, uma loucura nos jornais. Eu mesmo comecei a ficar enjoado daquilo no meio de 2020, mas era um tempo bom: fazer calls com amigos ou conversar pelo Discord depois das aulas (ás vezes era até no meio dela, mas OK), ouvir música no Spotify enquanto fazia as lições de casa, rir de pessoas com microfone ligado, coisas assim.
O ruim daquela época é que minha autoestima era FUDIDA, eu tinha muita espinha aos 11 anos, era só me olhar no espelho logo depois de acordar que me deparava com alguma na testa, na bochecha e até mesmo no nariz. (Jesus Kid! Como aquilo me afetava, tinha vergonha até de abrir a câmera).
Mesmo assim, eu tinha meus vícios: assistia Goularte, Saiko, Ycro durante as minhas tardes, gostava de jogar Among Us (ah, quanto tempo não ouço esse nome...) e lembro que fazia playlists para ouvir nos momentos de tédio:
Playlist do Yuri de 2020 (pelo que eu me lembre)
Bang!- AJR
Bad Idea!- Girl In Red
Netflix Trip- AJR
Buttercup- Jack Stauber
Sweet Dreams- Eurythmics
Deviltown- Cavetown
Lemon Boy- Cavetown
Hot Girl Bummer- Blackbear
4u- Blackbear (a versão acústica dessa música é perfeita)
Impressionante como toda aquela loucura de 2020 já vai fazer QUATRO ANOS, fico imaginando como seriam as coisas se a pandemia não tivesse rolado...
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nossasenhoraaparecida · 1 year ago
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🙏✝️Nossa Senhora do Rosário - Memória | Sábado - 07/10/2023✝️🙏
🙏✝️Evangelho (Lc 1,26-38)✝️🙏
Naquele tempo, 26 o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
27 a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria.
28 O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29 Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação.
30 O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus.
31 Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus.
32 Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi.
33 Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34 Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?”
35 O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus.
36 Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada est��ril,
37 porque para Deus nada é impossível”.
38 Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
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taisregina · 1 year ago
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Ressurreição de Tendência com Influência da Rede Social
Com trends no TikTok o que outrora era considerado brega hoje estabelece desejos e comportamentos
Por: Taís Regina e Anielly Ferreira
Falar de moda e obsessão pela juventude é uma relação tão antiga quanto recente. Com as redes sociais e todas as incertezas em cima da inteligência artificial, se apegar a roupa ou tendência é uma forma evidente de se apegar às fases tenras da vida. Em 2023, testemunhamos um fenômeno interessante no mundo fashion: a volta das tendências das décadas passadas. Em especial, a década de 2000 tem ganhado destaque com os jovens, trazendo consigo uma onda de nostalgia e autenticidade para as passarelas e para o street style. No entanto, além de fatores culturais e cíclicos, é inegável que as redes sociais, como o TikTok, desempenharam um papel fundamental na ressurreição dessas tendências.
Raíssa Zogbi, gerente de conteúdo da revista de moda Z Magazine e Jornalista de Moda pela FAAP, traz explicações para esse fenômeno: “a moda é cíclica e naturalmente busca referências de épocas passadas para retomar significados. Além disso, a moda também funciona como um espelho da sociedade, revelando aquilo que estamos vivenciando em determinado contexto. Os anos dois mil foram um período em que a internet estava se potencializando, trazendo as tendências de forma ainda mais veloz e consequentemente concedendo às redes sociais esse papel importante, permitindo que você possa explorar seu próprio estilo. A estética Y2K representa muito disso, já que é uma estética que traz cores diferentes, conjuntos de materiais diferentes e a liberdade em um teor mais revolucionário.”
Segundo estatística global de mídias sociais divulgadas pelo site Date Report , em janeiro de 2023, o TikTok é o sexto aplicativo mais utilizado do mundo, somente seus anúncios podem atingir 1, 092 bilhão de adultos com mais de 18 anos a cada mês e o número de usuários já passa de um milhão. É imprescindível que não haja
uma alteração no dia a dia da sociedade. A psicóloga Ana Carolina Silva dos Santos diz que as redes estimulam os usuários a verem um mundo de possibilidades que não é de alcance de 90% das pessoas que estão ali conectadas.
As redes sociais desempenham um papel fundamental na disseminação de tendências de moda. Com a facilidade de compartilhamento de imagens e informações, as plataformas digitais têm o poder de viralizar estilos e influenciar as escolhas de moda dos consumidores. O TikTok se tornou uma plataforma-chave para a disseminação de tendências, ou trends, como é reconhecida pelos seus usuários, incluindo a #fashiontiktok. Com sua interface dinâmica e formato de vídeos curtos, o aplicativo permite que os usuários criem conteúdo de forma rápida e compartilhem suas idéias com uma audiência global.
Segundo um estudo realizado pela empresa de software Qustodio, o TikTok continua sendo o aplicativo de rede social mais utilizado por crianças e adolescentes, mantendo essa posição pelo segundo ano consecutivo. Os dados revelam a influência significativa do TikTok, especialmente entre o público mais jovem, com idades entre 4 e 18 anos. Desde junho de 2020, o aplicativo de vídeos curtos chinês tem liderado, deixando o YouTube para trás e mantendo-se na primeira posição. Segundo Vitória Parizotto, comissária de bordo de 22 anos e consumidora assídua de redes sociais, o aplicativo tem grande influência em si como consumidora: “Não costumo perceber a influência, mas sinto que afeta desde meu vocabulário até padrões de moda e desejos de consumo. Assim me vejo comprando itens que nunca desejei após vê-los repetidas vezes nas redes sociais, mesmo que não seja algo que me agrade muito.”
O TikTok se tornou um verdadeiro celeiro para a moda, onde usuários de todas as idades e gêneros encontram inspiração e espaço para reinventar e trazer de volta tendências icônicas da década de 2000. É a década que mais tem tido visualizações em vídeos do aplicativo. Segundo a plataforma Google Trends SEO, a palavra Y2K teve um aumento significativo de 120% nas pesquisas no ano de 2022 a 2023. Roupas, sapatos e acessórios que outrora foram considerados bregas e de mau gosto, hoje são considerados itens de desejo pelos consumidores.
E isso é visto nas passarelas do mundo todo. Miuccia Prada, com sua linha mais jovem, Miu Miu, traz de volta a barriga de fora e as saias baixas com pregas, uma grande influência dos uniformes colegiais dos anos 2000. Outro elemento da virada do milênio que retorna são as borboletas. O exemplo está na marca Blumarine, que ainda trouxe de volta jeans com jeans, glitter nos tecidos, óculos com lentes coloridas e saias tão curtas que mais parecem cintos.
Se todas essas vestimentas eram ditas como cafona, por que há um desejo súbito nelas? A psicóloga Ana Carolina Silva dos Santos acredita que as redes sociais conseguem juntar diferentes gerações em um mesmo ambiente, o que faz que um choque de realidades, de épocas de vida se encontra e gera tendências. “Ao reconhecer no outro algo que lhe é familiar ou agradável, isso pode contribuir para que antigas e novas tendências surjam, já que o sentimento de pertencimento gerado é forte e pode fazer com que as pessoas queiram resgatar algo que perderam em determinado momento da vida.” ressalta.
Após uma pandemia global, que muitos consideraram o início do fim do mundo, se tem um momento carregado de nostalgia e apego. Olhar para os anos 2000 é confortável e pode proporcionar um fio de esperança após longos dias de caos, como é explicado pela jornalista Raíssa Zogbi: “podemos dizer, então, que esta tendência tem um apelo forte justamente porque passamos por um período de pandemia que nos manteve em casa no momento dos neutros, do minimalismo e do conforto. Agora que estamos de volta para a rua, buscamos algo que nos traga esse dinamismo e esse aspecto de uma vida corrida, mas ao mesmo tempo livre. As redes sociais, principalmente o Tiktok, possuem esse poder de viralização e contribuem para que essas tendências se disseminem de forma ainda mais rápida”
A problemática por trás da tendência
Sim, a tendência Y2K tem trago algumas nuances ruins em torno de si. “Heroin chic” é a principal delas. Corpos magérrimos, atitude negativa e olheiras profundas marcaram a moda dos anos 2000. Ganhando fama no início do século por conta de modelos como Kate Moss e Jodie King, it girls da época, essa estética volta a ser tendência nos dias atuais com a ajuda das redes sociais. A palavra heroin faz referência à droga heroína, já que o visual da tendência é comparado ao visual dos viciados na droga, por conta da magreza extrema e olhos fundos. De acordo com o The New York Times, o ano de 2020 foi à primeira vez, depois de duas décadas, em que as vendas do cigarro cresceram, assim como o uso de vape e cigarro eletrônico que também se tornou habitual no cotidiano dos jovens. Com a capacidade de compartilhamento de imagens e influência de celebridades e influenciadores digitais, a estética magra e doentia é glamourizada e idealizada, especialmente entre os jovens.
É importante ressaltar que a magreza sempre foi aplaudida e continua sendo valorizada, o que explica o Heroin Chic ter retomado sua popularidade hoje em dia, principalmente após uma pandemia que teve um impacto gigantesco na saúde mental e no comportamento dos mais jovens. “Quando se procura a trend Y2K no Tik Tok, ou até mesmo quando os determinados conteúdos aparecem na sua for you do aplicativo, sempre são de mulheres utilizando o estilo de forma que valorize sua magreza. Quando pessoas não tão magras ganham visibilidade na tendência, usando calças de cintura baixa, que é um clássico Y2K, por exemplo, os comentários do público dizem coisas absurdas sobre como é errado e brega, sendo que se uma pessoa muito magra utiliza a mesma roupa o público aplaude e considera o puro estilo”, comenta a consumidora de redes sociais Vitória Parizotto.
Quando se fala de corpo, vídeos sobre a tendência Y2K nas redes sociais incentivam transtornos alimentares para ganhos de views. Na maquiagem, o estilo euphoria - série estadunidense que retrata uso de drogas em jovens - é viral. Vale ressaltar que mesmo sendo uma plataforma de alcance global, ainda existem muitos corpos e cores sendo discriminados e comportamentos não saudáveis sendo glamourizados. “Creio que as redes sociais estimulam as pessoas a ser algo que elas não são por completo ou as induzem a um padrão de comportamento e consumo que não condiz com sua realidade. Isso causa muito sofrimento em alguns grupos a meu ver, como mulheres, pessoas negras, pessoas com deficiência, crianças e adolescentes”, afirma a psicóloga Ana Carolina.
No final das contas, sempre haverá o risco do padrão de beleza se tornar rapidamente uma tendência diferente nas redes sociais. Por mais absurdo que seja a próxima trend do momento, é esperado que movimentos de neutralidade e pluralidade corporal, etnia e gêneros sejam cultivados. É hora de promover uma moda inclusiva, valorizando a diversidade e a saúde, conscientizando sobre os perigos de padrões de beleza irrealistas.
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radioshiga · 1 month ago
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Inflação nos EUA desacelera pelo sexto mês consecutivo
Washington, EUA, 11 de outubro de 2024 – Agência de Notícias Kyodo – Os dados do governo americano revelam que o índice de preços ao consumidor (IPC) nos Estados Unidos subiu 2,4% em setembro em comparação ao ano anterior, marcando o sexto mês consecutivo de desaceleração no ritmo de crescimento dos preços. O Departamento do Trabalho informou nesta quinta-feira (10) que o aumento no índice geral…
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marianeaparecidareis · 1 month ago
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EVANGELHO
Segunda Feira 07 de Outubro de 2024
℣. O Senhor esteja convosco.
℟. Ele está no meio de nós.
℣. Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo ✠ segundo Lucas
℟. Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”
29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”.
34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”.
38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.
- Palavra da Salvação.
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- Comentário do Dia
💎 Ave, cheia de graça!
É importante termos em mente que este trecho de São Lucas é único; trata-se, com efeito, do único passo de toda a Sagrada Escritura em que um anjo se dirige elogiosa e humildemente a um ser humano.
A Igreja, celebrando hoje a memória de Nossa Senhora do Rosário, nos propõe uma página de São Lucas que ilumina a récita piedosa e tradicional do santo Terço. O Evangelho deste dia traz justamente o episódio da saudação angélica, que imortalizou uma das mais singelas e conhecidas orações católicas: a "Ave-Maria". É importante termos em mente, antes de tudo, que este trecho de São Lucas é único; trata-se, com efeito, do único passo de toda a Sagrada Escritura em que um anjo se dirige elogiosa e humildemente a um ser humano. À exceção desta, todas as demais narrativas bíblicas apresentam um anjo a chamar a atenção do homem, a adverti-lo, mas nunca a elogiá-lo. O Evangelista Lucas, no entanto, nos mostra aqui o Arcanjo São Gabriel a chamar a Virgem Maria de "cheia de graça" (κεχαριτωμένη). Ele enfim encontrara alguém entre os homens que amasse a Deus mais do que ele próprio era capaz de amar. Daí a surpresa, a como que admiração que Gabriel deixa transparecer neste seu encontro com uma criatura cujo amor a faz transbordar de graça.
Repetir estas palavras do anjo — "Ave, cheia de graça!" — é também uma arma espiritual, como São Pio de Pietrelcina chamava ao Rosário. Mas uma arma para quê? contra quem, afinal? "Não é contra homens de carne e de sangue", responde São Paulo, "mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal espalhadas nos ares" (Ef 6, 12). O Rosário, nesse sentido, faz frente a Lúcifer e seus demônios: joga-lhes em rosto a grandeza da Virgem Santíssima; fere-lhes o orgulho ao mostrar como Nossa Senhora pôde, pela humildade e pelo amor, tornar-se Rainha do Céu e da terra. Devido a este imenso amor que a Virgem Imaculada tem por Deus, Gabriel lhe diz: "O Senhor é contigo." Maria está com Deus, ela o vê face a face, o ama para sempre, goza de sua companhia. E como isso deve enfurecer a Satanás, que por soberba rejeitara a Deus e se fechara em si mesmo! Como as palavras de Gabriel devem fazer roer de inveja estes pobres demônios, que nunca viram nem nunca verão o rosto do Senhor!
Esta verdade do amor de Deus no coração de Maria é uma das mais eficazes armas contra as investidas do Diabo, contra os ataques daqueles que não podem aceitar que não é o orgulho, mas apenas a humildade que nos faz reinar com Deus. Rezemos, pois, o Rosário todos os dias e peçamos à Virgem Santíssima — que roga por nós e nos deseja ver junto de si na glória celeste —, o seu doce auxílio agora e sobretudo na hora de nossa morte.
Deus Abençoe Você !
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lecapalmeira · 1 month ago
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Associação Salvador junta escolas portuguesas para debater o tema da Acessibilidade
Dia Nacional das Acessibilidades celebra-se a 20 de outubro e a Associação Salvador estará a celebrá-lo junto das escolas portuguesas, em todo o país, ao longo do mês de outubro. #scessibilidades #associaçãosalvador #escolas #ensino
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ocombatenterondonia · 1 month ago
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Preços dos ovos comerciais caem pelo sexto mês consecutivo
O mercado de ovos comerciais no Brasil enfrenta um cenário desafiador, com os preços caindo pelo sexto mês seguido nas principais regiões produtoras, como Bastos (SP) e Santa Maria de Jetibá (ES). Até o dia 26 de setembro, os valores médios registrados alcançaram o menor patamar nominal desde janeiro de 2022, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa…
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arteriaemchamas · 2 months ago
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CAPÍTULO 17: RESGATE EM TUOLUO, ESTABILIDADE NA MEDITAÇÃO; PURIFICAÇÃO DAS IMPUREZAS, CLAREZA NO CAMINHO
Continuando a história, Tang Sanzang e seus três discípulos deixaram o Pequeno Paraíso Ocidental e seguiram em frente, alegres. Após um mês de viagem, já era primavera, e as flores estavam em plena floração. Ao passarem por algumas áreas de floresta, notaram que tudo estava verde e exuberante, mas uma tempestade repentina trouxe o entardecer. Tang Sanzang puxou as rédeas do cavalo e disse: "Discípulos, o dia está acabando. Por qual caminho devemos seguir para encontrar abrigo?" Sun Wukong riu e respondeu: "Não se preocupe, mestre. Mesmo que não encontremos um lugar para passar a noite, nós três temos nossas habilidades. Podemos pedir a Zhu Bajie para cortar grama, Sha Wujing para derrubar alguns pinheiros, e eu, o velho Sun, posso construir uma cabana de palha. Podemos ficar bem acomodados na estrada, sem pressa." Zhu Bajie interveio: "Irmão, este não é o lugar ideal para acampar. A montanha está cheia de tigres, leopardos, lobos e insetos venenosos. Além disso, há espíritos malignos e demônios por toda parte. Durante o dia já é difícil atravessá-la, como poderíamos passar a noite aqui?"
Sun Wukong retrucou: "Zhu Bajie, você não aprende mesmo. Não é por me gabar, mas enquanto eu tiver este bastão em minhas mãos, mesmo que o céu caia, eu o sustentarei."
Enquanto os discípulos conversavam, de repente avistaram uma vila ao longe. Sun Wukong exclamou: "Ótimo, encontramos um lugar para passar a noite!" Tang Sanzang perguntou: "Onde está?" Sun Wukong apontou: "Ali, entre as árvores. Não é uma casa? Vamos até lá pedir abrigo por uma noite e continuar nossa jornada ao amanhecer." Tang Sanzang, contente, acelerou o cavalo até a entrada da vila, onde desmontou. Ao chegar, viu que o portão estava bem fechado. Tang Sanzang bateu na porta e disse: "Abra a porta, abra a porta." De dentro, saiu um velho homem, apoiado em um cajado, vestindo roupas simples e usando um chapéu preto. Ele abriu a porta e perguntou: "Quem está aí fazendo tanto barulho?" Tang Sanzang juntou as mãos em saudação e disse humildemente: "Caro senhor, sou um monge vindo do Leste, a caminho do Oeste para buscar escrituras. Chegamos a este lugar ao anoitecer e viemos pedir abrigo em sua casa por uma noite. Agradeceríamos muito se pudesse nos acomodar."
O velho respondeu: "Monge, se você está indo para o Oeste, saiba que o caminho é difícil. Este lugar é chamado de Pequeno Paraíso Ocidental, mas para chegar ao Grande Paraíso Ocidental, a jornada é muito longa. E nem se fala nas dificuldades que você enfrentará ao longo do caminho; só este lugar já é difícil de atravessar." Tang Sanzang, preocupado, perguntou: "Por que é tão difícil?" O velho explicou: "A cerca de trinta quilômetros a oeste desta vila, há um desfiladeiro chamado Desfiladeiro dos Caquis Ralos, e a montanha é conhecida como Montanha das Sete Excelências." Tang Sanzang perguntou: "Por que é chamada de Montanha das Sete Excelências?" O velho respondeu: "A montanha se estende por oitocentos quilômetros, e está repleta de caquizeiros. Dizem que os caquizeiros têm sete excelências: primeiro, prolongam a vida; segundo, proporcionam sombra; terceiro, não abrigam ninhos de pássaros; quarto, não são infestados por insetos; quinto, suas folhas de outono são encantadoras; sexto, produzem frutas excelentes; sétimo, seus galhos e folhas são densos e grandes. Por isso, é chamada de Montanha das Sete Excelências. Esta vila é ampla e pouco povoada, e a montanha é tão remota que poucas pessoas passam por aqui. Todos os anos, os caquis maduros caem no chão, enchendo todo o desfiladeiro com suas frutas apodrecidas, que se misturam com a chuva, orvalho, neve e o calor do verão, formando um caminho imundo e malcheiroso. Os aldeões daqui chamam esse lugar de 'Desfiladeiro dos Excrementos'. Quando o vento oeste sopra, o fedor é tão forte que nem mesmo um esgoto aberto pode ser tão ruim. No entanto, agora que é primavera, e o vento sudeste está soprando, você ainda não sente o cheiro."
Tang Sanzang ficou em silêncio, incomodado com as informações. Sun Wukong, impaciente, gritou: "Você, velho, é muito inconveniente! Viemos de longe em busca de abrigo, e você nos assusta com todas essas histórias. Se sua casa é pequena e não tem espaço para nós, podemos simplesmente passar a noite debaixo de uma árvore. Por que falar tanto?" O velho, ao ver o rosto feio de Sun Wukong, hesitou, mas, tomando coragem, gritou de volta: "Você, criatura horrenda, com rosto achatado, testa encovada, nariz achatado, bochechas fundas, olhos peludos e doentes, ousa desafiar um velho como eu?" Sun Wukong riu e disse: "Velho, você tem olhos, mas não vê. Não reconhece este 'macaco doente'? Dizem que a verdadeira beleza está escondida dentro de uma pedra. Se você julga as pessoas pela aparência, está completamente enganado. Embora eu seja feio, tenho algumas habilidades." O velho perguntou: "De onde você é? Qual é o seu nome? Que habilidades você tem?"
Sun Wukong riu e recitou:
"Minha origem é da Grande Ilha do Leste,
Onde desde criança cresci na Montanha das Flores e Frutas.
Fui discípulo do Patriarca Subhuti,
E aprendi todas as artes marciais e habilidades:
Posso agitar os mares e subjugar dragões,
Carregar montanhas e correr mais rápido que o sol;
Sou o primeiro a capturar monstros e demônios,
Capaz de mover estrelas e alterar constelações, temido por deuses e fantasmas.
Roubei o céu e virei a terra, meu nome é grande,
Sou o macaco mágico de infinitas transformações."
Ao ouvir isso, o velho mudou de atitude, passando da raiva para a alegria. Curvando-se respeitosamente, ele disse: "Por favor, entre e descanse em minha humilde casa." Então, os quatro discípulos conduziram o cavalo e carregaram suas bagagens para dentro. O velho os guiou por um caminho cercado de espinheiros, até chegarem a um muro de tijolos coberto de arbustos, que cercava uma casa de três quartos com telhado de cerâmica. O velho os acomodou em cadeiras e lhes ofereceu chá, enquanto pedia para que preparassem o jantar. Pouco tempo depois, a mesa foi posta com vários pratos simples: macarrão, tofu, brotos de taro, rabanetes, mostarda picante, nabo, arroz perfumado e uma sopa de abóbora com vinagre. Os discípulos comeram até se satisfazerem.
Após a refeição, Zhu Bajie puxou Sun Wukong de lado e cochichou: "Irmão, no começo, esse velho não queria nos deixar ficar, mas agora nos ofereceu um banquete. Por quê?" Sun Wukong respondeu: "Isso não é nada. Amanhã, ainda pedirei a ele dez frutas e dez legumes para nos enviar." Zhu Bajie replicou: "Você não tem vergonha? Só porque disse algumas palavras pomposas, conseguiu uma refeição. Amanhã, quando formos embora, por que ele nos daria mais alguma coisa?" Sun Wukong respondeu: "Não se preocupe, eu tenho um plano para isso."
Logo, a noite caiu, e o velho pediu para acender as lâmpadas. Sun Wukong se curvou e perguntou: "Qual é o seu nome, senhor?" O velho respondeu: "Meu sobrenome é Li." Sun Wukong então comentou: "Pelo jeito, esta vila deve ser chamada de Vila Li, certo?" O velho balançou a cabeça e respondeu: "Não, este lugar é chamado de Vila Tuoluo. Há mais de quinhentas famílias vivendo aqui, de muitos sobrenomes diferentes, mas eu sou o único da família Li." Sun Wukong então perguntou: "Sr. Li, o que o motivou a nos oferecer um banquete tão generoso?" O velho se levantou e respondeu: "Eu ouvi você dizer que tem habilidades para capturar demônios, e acontece que há um demônio aqui que tem nos atormentado. Se você puder nos ajudar a capturá-lo, certamente lhe daremos uma grande recompensa." Sun Wukong imediatamente se curvou e disse: "Muito obrigado por sua confiança."
Zhu Bajie, ao lado, murmurou: "Olha só para ele, sempre arrumando encrenca. Basta ouvir falar de capturar demônios, e ele já age como se fosse da família do demônio, se curvando e agradecendo antecipadamente." Sun Wukong respondeu: "Irmão, você não entende. Ao me curvar, eu já estou fechando o acordo. Assim, ele não vai pedir ajuda a mais ninguém." Tang Sanzang, ao ouvir isso, interveio: "Wukong, você sempre quer fazer tudo por conta própria. E se esse demônio tiver grandes poderes e você não conseguir capturá-lo? Isso não faria de nós, monges, mentirosos?" Sun Wukong riu e disse: "Não se preocupe, mestre, deixe-me fazer mais algumas perguntas primeiro."
O velho, curioso, perguntou: "O que mais você quer saber?" Sun Wukong respondeu: "Este lugar parece ser uma região próspera, com muitas pessoas morando aqui. Não é um lugar remoto. Que tipo de demônio ousaria perturbar uma comunidade tão grande?" O velho então explicou: "Para ser honesto, este lugar sempre foi pacífico. No entanto, há três anos, durante o mês de junho, de repente, um vento forte surgiu. Naquele momento, todos estavam ocupados: alguns estavam no campo colhendo trigo, outros plantando arroz nas plantações, e todos ficaram preocupados, achando que era uma mudança repentina no tempo. Mas, quando o vento passou, apareceu um demônio. Ele começou a devorar o gado que as pessoas criavam, como vacas e cavalos, e até porcos e ovelhas. Ele engolia galinhas e gansos inteiros, e até pessoas que ele encontrava, homens e mulheres, eram devoradas vivas. Desde então, ele vem retornando anualmente para causar destruição. Se você, mestre, tiver habilidades para capturar esse demônio e limpar nossa terra, nós certamente o recompensaremos generosamente e não seremos ingratos."
Sun Wukong comentou: "Esse demônio parece difícil de capturar." Zhu Bajie rapidamente concordou: "Sim, é difícil, muito difícil. Somos apenas monges viajantes, que pediram abrigo por uma noite e continuarão sua jornada amanhã. Por que deveríamos nos preocupar em capturar demônios?" O velho, percebendo a hesitação, provocou: "Então vocês são apenas monges charlatões, que vêm aqui com grandes promessas, dizendo que podem mover estrelas e capturar demônios, mas quando o problema real surge, vocês fogem e dizem que é difícil?"
Sun Wukong respondeu: "Velho, capturar demônios não é tão difícil, mas o problema é que as pessoas daqui não estão unidas, o que torna a tarefa mais complicada." O velho, surpreso, perguntou: "Como assim, as pessoas não estão unidas?" Sun Wukong explicou: "Esse demônio tem causado problemas por três anos e já matou muitos seres vivos. Se cada família contribuísse com uma tael de prata, com 500 famílias, vocês teriam 500 taéis. Com esse dinheiro, poderiam contratar um oficial ou alguém com poderes para capturar o demônio. Por que vocês suportaram três anos de sofrimento sem fazer nada?"
O velho respondeu: "Quanto a gastar dinheiro, não é uma questão de avareza. Qual família aqui não gastaria três ou cinco taéis para resolver o problema? Há dois anos, encontramos um monge do sul da montanha e o convidamos para capturar o demônio, mas ele não teve sucesso." Sun Wukong perguntou: "Como ele tentou capturar o demônio?" O velho respondeu:
"O monge vestiu seu manto
E começou a recitar sutras.
Ele queimou incenso no altar
E balançou o sino em suas mãos.
Mas ao invocar os mantras,
Ele perturbou o demônio.
Um vento forte começou a soprar,
E o demônio veio para a aldeia.
O monge lutou bravamente,
Mas foi em vão,
Pois o demônio o derrotou,
E o monge fugiu para as montanhas.
Quando o encontramos,
Seu crânio estava rachado,
Como uma melancia esmagada."
Sun Wukong riu: "Parece que ele sofreu muito." O velho continuou: "Ele perdeu a vida, mas nós fomos os que sofreram mais: tivemos que comprar um caixão para enterrá-lo, e ainda demos algum dinheiro ao seu discípulo. O discípulo, no entanto, ficou insatisfeito e até hoje tenta processar-nos, causando ainda mais problemas."
Sun Wukong perguntou: "Depois disso, vocês pediram a ajuda de mais alguém?" O velho respondeu: "No ano passado, convidamos um taoísta." Sun Wukong perguntou: "E como foi que o taoísta tentou capturá-lo?" O velho explicou:
"O taoísta usava uma coroa dourada,
E vestia uma túnica ritual.
Ele batia em seu talismã,
E usava água encantada.
Ele invocou espíritos e deuses,
Para capturar o demônio.
Mas um vento feroz começou a soprar,
E uma névoa negra cobriu o céu.
Ele lutou bravamente contra o demônio,
Mas ao anoitecer,
O demônio se escondeu nas nuvens.
Com o céu claro, fomos procurar o taoísta,
Mas o encontramos afogado no riacho,
Encharcado como um rato molhado."
Sun Wukong riu novamente: "Parece que ele também teve dificuldades." O velho suspirou: "Ele também perdeu a vida, e mais uma vez, nós tivemos que arcar com os custos e a tristeza."
Sun Wukong respondeu: "Não se preocupe, não se preocupe. Eu mesmo vou capturá-lo para você." O velho respondeu: "Se você realmente conseguir capturá-lo, vou chamar alguns dos anciãos da vila para redigirem um documento. Se você for bem-sucedido, pagaremos a quantia que pedir, sem falta. Mas se algo der errado, não poderá nos culpar, e cada um deve aceitar o destino." Sun Wukong riu e disse: "Parece que você já foi enganado antes. Nós não somos esse tipo de pessoas. Vá chamar os anciãos."
O velho, cheio de alegria, imediatamente ordenou a seus servos que chamassem alguns vizinhos e parentes, como seus primos e cunhados, totalizando oito ou nove anciãos. Todos vieram se encontrar com Tang Sanzang e ouviram sobre a captura do demônio. Todos ficaram satisfeitos com a notícia. Um dos anciãos perguntou: "Quem vai capturar o demônio?" Sun Wukong, juntando as mãos, respondeu: "Eu, o pequeno monge." Os anciãos ficaram alarmados e disseram: "Isso não vai dar certo. O demônio é muito poderoso e enorme. Você é pequeno e frágil; ele poderia te devorar em um instante." Sun Wukong riu e respondeu: "Senhores, vocês subestimam as pessoas. Eu sou pequeno, mas sou forte. Meu corpo é cheio de vitalidade, como se eu tivesse bebido água que afia facas."
Os anciãos, ouvindo isso, não tiveram escolha a não ser aceitar e disseram: "Monge, se você capturar o demônio, como gostaria de ser recompensado?" Sun Wukong respondeu: "Por que falar de recompensas? Como dizem, 'falar de ouro ofusca os olhos, falar de prata é tolice, e falar de dinheiro tem um cheiro ruim.' Somos monges que acumulam virtudes; não precisamos de dinheiro." Os anciãos disseram: "Se é assim, vocês são monges devotos e virtuosos. Mas não seria justo não recompensá-lo de alguma forma. Todos nós vivemos de nossas terras. Se você derrotar o demônio e purificar a área, cada família lhe dará dois acres de boas terras, totalizando mil acres. Vocês podem construir um templo lá e praticar a meditação. Isso seria melhor do que vagar pelo mundo." Sun Wukong riu e disse: "Isso não funcionaria. Se aceitarmos as terras, teremos que cuidar dos cavalos, pagar impostos e trabalhar o dia todo. Isso mataria qualquer um." Os anciãos perguntaram: "Se não quer terras nem dinheiro, como podemos agradecê-lo?" Sun Wukong respondeu: "Somos monges. Um chá e uma refeição já são suficientes como agradecimento." Os anciãos ficaram satisfeitos e disseram: "Isso é fácil de fazer. Mas como pretende capturá-lo?" Sun Wukong respondeu: "Quando ele aparecer, eu o capturarei." Os anciãos disseram: "Mas o demônio é enorme, tocando o céu e a terra; ele vem com o vento e vai com a neblina. Como você pode se aproximar dele?" Sun Wukong riu e disse: "Se estamos falando de demônios que controlam o vento e a neblina, eu os trato como netos. Se estamos falando de tamanho, eu tenho as habilidades para derrotá-lo."
Enquanto conversavam, ouviram o som do vento forte se aproximando. Os oito ou nove anciãos, assustados, disseram: "Este monge tem uma língua amaldiçoada; ele falou do demônio, e o demônio está vindo." O velho Li abriu a porta dos fundos e chamou seus parentes e Tang Sanzang para entrar: "Venham, venham, o demônio está vindo." Isso assustou tanto Zhu Bajie quanto Sha Wujing, que também quiseram entrar. Sun Wukong segurou os dois e disse: "Vocês estão sendo irracionais. Como monges, não deveríamos distinguir entre o que é interno e externo? Fiquem aqui e venham comigo ao pátio para ver que tipo de demônio é esse." Zhu Bajie respondeu: "Irmão, eles já sabem o que estão fazendo. O vento forte significa que o demônio está chegando. Eles estão se escondendo, e nós não temos nenhuma ligação com eles. Não somos parentes, nem amigos. Por que deveríamos nos importar?" Mas Sun Wukong, com sua força, os puxou para o pátio, onde ficaram parados.
O vento ficou ainda mais forte, um vento terrível:
Derrubando árvores e assustando lobos e tigres,
Agitando rios e mares, assustando deuses e fantasmas,
Virando pedras nas montanhas,
Movendo os quatro continentes,
Fazendo com que as pessoas se escondessem em suas casas,
E cobrindo o céu com nuvens escuras.
Zhu Bajie, tremendo de medo, deitou-se no chão, cavando a terra com o focinho e enterrando a cabeça, como se estivesse pregado ao chão. Sha Wujing cobriu o rosto, mal conseguindo abrir os olhos.
Sun Wukong, ouvindo o vento, reconheceu o demônio. De repente, o vento diminuiu, e ele viu duas luzes ao longe. Ele baixou a cabeça e disse: "Irmãos, o vento passou. Levantem-se e vejam." Zhu Bajie, tirando o focinho da terra, sacudiu a poeira e olhou para o céu. Vendo as duas luzes, ele riu e disse: "Isso é engraçado, é engraçado. Parece que esse demônio tem bons modos; deveríamos fazer amizade com ele." Sha Wujing perguntou: "Nesta noite escura, sem ter visto o rosto dele, como você sabe que ele é bom?" Zhu Bajie respondeu: "Como dizem, 'à noite, ande com uma vela; se não tiver uma, pare.' Veja, ele está usando dois lanternas para iluminar o caminho. Ele deve ser um bom sujeito." Sha Wujing disse: "Você está enganado. Essas não são lanternas; são os olhos brilhantes do demônio." Zhu Bajie, assustado, encolheu-se ainda mais e disse: "Oh não, se os olhos são tão grandes, imagine o tamanho da boca!" Sun Wukong disse: "Não se preocupe, irmãos. Vocês dois protejam o mestre. Eu vou até lá para ver que tipo de demônio é esse." Zhu Bajie respondeu: "Irmão, só não entregue a gente."
Sun Wukong, o bom macaco, deu um salto para o céu, brandindo seu bastão de ferro, e gritou em alta voz: "Espere aí, espere aí, estou aqui!" O demônio, ao vê-lo, parou e começou a girar sua longa lança freneticamente. Sun Wukong, segurando seu bastão em posição de ataque, perguntou: "Quem é você, demônio? De onde vem?" O demônio não respondeu, apenas continuou girando sua lança. Sun Wukong perguntou novamente, mas não obteve resposta, apenas mais giros da lança. Sun Wukong riu silenciosamente e pensou: "Parece que você é surdo e mudo. Não corra, veja meu bastão!" O demônio não mostrou medo e continuou girando sua lança para se defender. No meio do céu, os dois lutaram, subindo e descendo, indo e vindo, até que chegou a hora das três da manhã, sem que houvesse um vencedor. Zhu Bajie e Sha Wujing, que estavam observando do pátio da casa de Li, puderam ver tudo claramente. Acontece que o demônio estava apenas se defendendo, sem atacar de fato. Sun Wukong, por sua vez, não tirava o bastão de cima da cabeça do demônio. Zhu Bajie riu e disse: "Sha Wujing, fique aqui de guarda. Vou ajudar o irmão macaco, para que ele não leve todo o crédito e ganhe sozinho o primeiro copo de vinho."
O trapalhão Zhu Bajie então saltou para as nuvens e correu até lá para atacar. O demônio usou sua lança para bloquear o ataque, e as duas lanças se moveram como serpentes voadoras e relâmpagos. Zhu Bajie elogiou: "Esse demônio tem uma boa técnica com a lança! Não é uma lança comum; deve ser uma lança de seda enrolada. E também não é uma lança comum de cavaleiro; deve ser o que chamam de lança de cabo flexível." Sun Wukong respondeu: "Zhu Bajie, pare de falar bobagens. Onde já se viu uma lança de cabo flexível?" Zhu Bajie respondeu: "Veja como ele usa a ponta da lança para bloquear nossos ataques, mas não vemos o cabo; ele deve ter guardado o cabo em algum lugar." Sun Wukong disse: "Pode até ser uma lança de cabo flexível; mas esse demônio ainda não aprendeu a falar, o que significa que ele ainda não se tornou totalmente humano. Sua energia yin ainda é forte. Quando o dia clarear e a energia yang ficar mais forte, ele certamente tentará fugir. Quando isso acontecer, devemos persegui-lo e não deixá-lo escapar." Zhu Bajie concordou: "Isso mesmo, isso mesmo."
Eles continuaram lutando por mais algum tempo, até que o céu começou a clarear no leste. O demônio, temendo a luz do dia, parou de lutar e tentou fugir. Sun Wukong e Zhu Bajie imediatamente começaram a persegui-lo. De repente, um odor fétido os atingiu, vindo da ravina conhecida como "Caminho dos Caquis de Sétima Maravilha". Zhu Bajie disse: "De onde vem esse cheiro horrível? Parece que alguém está limpando uma latrina!" Sun Wukong, tapando o nariz, gritou: "Rápido, persigam o demônio, rápido!" O demônio atravessou a montanha e revelou sua verdadeira forma: uma grande serpente vermelha com escamas. Veja como ela era:
Seus olhos brilhavam como estrelas ao amanhecer,
Seu nariz soltava névoa matinal.
Seus dentes eram como espadas de aço,
Suas garras curvas como ganchos de ouro.
Ela tinha um chifre de carne na cabeça,
Parecia uma coleção de mil pedaços de ágata.
Seu corpo estava coberto de escamas vermelhas,
Parecendo ser feito de milhares de pedaços de carmim.
Quando enrolada no chão, parecia um cobertor de seda;
Quando voava, era confundida com um arco-íris.
Em seu descanso, seu odor fétido subia aos céus;
Em movimento, nuvens vermelhas a envolviam.
Tão grande que bloqueava a visão ao redor;
Tão longa que ocupava toda a montanha.
Zhu Bajie exclamou: "Então é uma cobra tão grande assim! Se quisesse comer humanos, poderia devorar quinhentos de uma vez e ainda não estaria satisfeita." Sun Wukong disse: "A tal lança de cabo flexível são na verdade duas línguas de cobra. Vamos persegui-la até que ela se canse e então a atacaremos por trás." Zhu Bajie saltou à frente e atacou com seu ancinho. A serpente, no entanto, mergulhou em sua caverna, deixando cerca de dois metros de sua cauda do lado de fora. Zhu Bajie largou seu ancinho e agarrou a cauda, gritando: "Peguei, peguei!" Ele puxou com todas as suas forças, mas a serpente não se moveu nem um milímetro. Sun Wukong riu e disse: "Zhu Bajie, deixe-a ir. Tenho um plano; não puxe a cobra pela cauda assim." Zhu Bajie, obedecendo, soltou a cauda, e a serpente rapidamente desapareceu na caverna. Zhu Bajie reclamou: "Se eu não tivesse soltado, metade dela já seria nossa. Agora que ela escapou, como vamos tirá-la de lá? Não vamos conseguir pegá-la!" Sun Wukong respondeu: "Essa criatura é grande e poderosa, mas sua caverna é estreita. Ela certamente não consegue virar lá dentro e só pode sair em linha reta. Deve haver uma saída em algum lugar. Vá para o outro lado e bloqueie a saída, enquanto eu fico aqui na entrada e a atacamos dos dois lados."
Zhu Bajie correu montanha abaixo e, de fato, encontrou outra saída. Ele rapidamente se posicionou ali. Mal havia se estabilizado quando Sun Wukong, do outro lado, enfiou seu bastão na caverna e começou a cutucar a serpente. Sentindo a dor, a criatura correu para a saída onde Zhu Bajie estava. Pegando Zhu Bajie desprevenido, a cauda da serpente o atingiu, derrubando-o no chão. Ele ficou caído, sem conseguir se levantar, de tanta dor. Sun Wukong, ao perceber que a caverna estava vazia, pegou seu bastão e correu para ajudar, gritando para que perseguissem o demônio. Zhu Bajie, ouvindo os gritos, se levantou, envergonhado, e começou a bater com seu ancinho em todas as direções. Sun Wukong riu e disse: "O demônio já fugiu. Por que você ainda está atacando o nada?" Zhu Bajie respondeu: "Eu estava só tentando assustar a cobra, irmão!" Sun Wukong disse: "Pare de brincadeiras, vamos persegui-lo rapidamente."
Sun Wukong e Zhu Bajie continuaram a perseguição, atravessando o desfiladeiro, até encontrarem o monstro enrolado como uma bola, com a cabeça erguida e a boca escancarada, prestes a devorar Zhu Bajie. Zhu Bajie, apavorado, recuou rapidamente. Sun Wukong, ao invés de recuar, avançou para a frente e foi engolido pelo monstro. Zhu Bajie começou a socar o peito e bater os pés, gritando: "Irmão, você está perdido!" Mas lá dentro, Sun Wukong, usando seu bastão de ferro, disse: "Zhu Bajie, não se preocupe, vou fazer com que ele construa uma ponte para você." O monstro então arqueou as costas, fazendo seu corpo parecer um arco-íris que atravessava o céu. Zhu Bajie comentou: "Embora pareça uma ponte, ninguém ousaria atravessá-la." Sun Wukong continuou: "Vou fazer com que ele se transforme em um barco para você ver." Com isso, ele pressionou ainda mais o bastão contra as entranhas do monstro, fazendo-o baixar o ventre e erguer a cabeça, assumindo a forma de um grande barco. Zhu Bajie disse: "Embora pareça um barco, não tem mastro, então não pode navegar com o vento." Sun Wukong replicou: "Saia do caminho e veja como faço com que ele use o vento." Dentro do monstro, Sun Wukong usou toda sua força para empurrar o bastão para fora das costas da criatura, estendendo-o por cinco ou sete metros, como se fosse um mastro de navio. A criatura, em agonia, começou a correr desesperadamente, indo direto para o caminho de volta, descendo a montanha, percorrendo cerca de vinte quilômetros antes de cair no chão, onde finalmente morreu. Zhu Bajie, seguindo logo atrás, chegou e começou a atacar o monstro com seu ancinho. Sun Wukong, tendo perfurado o corpo do monstro com um grande buraco, saiu e disse: "Zhu Bajie, ele já está morto, por que continuar batendo nele?" Zhu Bajie respondeu: "Irmão, você não sabe que eu, o velho Zhu, adoro bater em cobras mortas?" Assim, eles guardaram suas armas, pegaram a cauda do monstro e começaram a arrastá-lo de volta.
Enquanto isso, no vilarejo de Tuoluo, o velho Li e os outros estavam conversando com Tang Sanzang: "Seus dois discípulos não voltaram durante a noite, eles certamente foram derrotados." Tang Sanzang respondeu: "Não se preocupem, vamos sair para verificar." Em pouco tempo, eles viram Sun Wukong e Zhu Bajie arrastando a grande serpente enquanto gritavam alegremente. Todos no vilarejo ficaram muito felizes. Os idosos, jovens, homens e mulheres se ajoelharam e disseram: "Senhores, foi esse monstro que nos causou tanto sofrimento. Agora, graças ao seu poder, o monstro foi derrotado, e nós podemos finalmente viver em paz."
Todos no vilarejo estavam profundamente gratos, oferecendo convites e recompensas. Os discípulos foram persuadidos a ficar por cinco ou sete dias, e só depois de muita insistência foram liberados para continuar sua jornada. Além disso, como eles não queriam aceitar dinheiro ou bens, os aldeões prepararam provisões e frutas secas, decoraram mulas e cavalos com bandeiras coloridas e até acompanharam a partida em uma grande procissão. Havia cerca de quinhentas famílias no vilarejo, e cerca de setecentas a oitocentas pessoas os acompanharam.
A viagem seguiu alegremente até que chegaram à entrada do "Caminho dos Caquis de Sétima Maravilha" na montanha de Qijue. Tang Sanzang, sentindo o fedor nauseante e vendo o caminho obstruído, perguntou: "Wukong, como vamos atravessar isso?" Sun Wukong, tapando o nariz, respondeu: "Isso vai ser difícil." Ao ouvir que até Sun Wukong considerava difícil, Tang Sanzang começou a chorar. O velho Li e os outros se aproximaram e disseram: "Senhor, não se desespere. Nós concordamos em nos reunir aqui e, como seu discípulo nos ajudou a derrotar o monstro e trazer paz ao vilarejo, estamos dispostos a abrir um novo caminho para que vocês possam passar." Sun Wukong riu e respondeu: "Velho, você fala sem pensar. Você disse que essa trilha na montanha tem oitocentos quilômetros de comprimento, e nenhum de vocês é um guerreiro lendário como o Grande Yu, então como vão abrir um novo caminho? Se meu mestre quer passar, nós teremos que fazer o trabalho; vocês não são capazes." Tang Sanzang desceu do cavalo e perguntou: "Wukong, como vamos fazer isso?" Sun Wukong sorriu e respondeu: "Abrir um caminho agora seria difícil, e criar um novo caminho seria ainda mais difícil. Teremos que passar pelo caminho antigo, mas temo que ninguém vai nos fornecer comida." O velho Li disse: "Monge, como pode dizer isso? Não importa quanto tempo demore, nós cuidaremos de vocês; como pode dizer que ninguém fornecerá comida?" Sun Wukong respondeu: "Se é assim, preparem dois cestos de arroz seco e façam alguns bolos cozidos. Deixe o monge de boca larga comer até ficar satisfeito, então ele se transformará em um grande porco e abrirá o caminho antigo, e meu mestre poderá passar montado em seu cavalo, enquanto nós o ajudamos."
Zhu Bajie, ouvindo isso, protestou: "Irmão, todos vocês querem uma passagem limpa, mas por que eu tenho que ser o único a lidar com a sujeira?" Tang Sanzang disse: "Wuneng, se você realmente tem a habilidade de abrir esse caminho e nos guiar pela montanha, essa será sua grande contribuição." Zhu Bajie riu e disse: "Mestre, e todos vocês aqui presentes, não brinquem comigo. Eu, o velho Zhu, tenho trinta e seis transformações diferentes. Se me pedirem para me transformar em algo leve, bonito e voador, não posso fazer isso. Mas se for para me transformar em uma montanha, uma árvore, uma rocha, um monte de terra, um elefante teimoso, um porco selvagem, um búfalo de água, ou um camelo, isso eu posso fazer perfeitamente. Mas quanto maior o meu corpo, maior meu apetite. Preciso estar bem alimentado para poder trabalhar." Todos disseram: "Temos comida, temos comida. Todos nós trouxemos provisões, frutas e bolos cozidos para abrir caminho na montanha e escoltá-los. Vamos tirar tudo e deixar você comer o quanto quiser. Quando estiver transformado e pronto para agir, mandaremos alguém de volta para preparar mais comida e trazê-la." Zhu Bajie, muito feliz, tirou sua túnica preta, largou seu ancinho de nove dentes e disse a todos: "Não riam, assistam o velho Zhu fazer esse trabalho fedorento."
O bom Zhu Bajie recitou um encantamento, agitou o corpo e realmente se transformou em um enorme porco. Ele era verdadeiramente impressionante:
Com o focinho longo e pelos curtos, meio gordo e robusto,
Desde jovem, nas montanhas, comia ervas medicinais.
Seu rosto negro e olhos grandes, como o sol e a lua,
Cabeça arredondada e orelhas grandes como folhas de bananeira.
Ossos fortes e duradouros, semelhantes à imortalidade,
Pele espessa e resistente, comparável ao ferro.
Seu nariz chiava e soltava grunhidos abafados,
Sua garganta emitia sons roucos e ruidosos.
As quatro patas brancas eram imensas como montanhas,
E suas cerdas afiadas cobriam seu corpo comprido.
Nunca antes se viu porco tão grande na Terra,
Hoje, todos testemunham a força do velho Zhu.
Tang Sanzang e os outros o elogiaram,
Admirando a poderosa magia do comandante celestial.
Sun Wukong, vendo que Zhu Bajie havia se transformado tão grandemente, imediatamente ordenou que as pessoas que os acompanhavam empilhassem as provisões em um lugar e instruíssem Zhu Bajie a comer. O teimoso Zhu Bajie, sem distinguir entre comida crua ou cozida, devorou tudo de uma vez e começou a abrir caminho com seu focinho. Sun Wukong ordenou que Sha Monk tirasse os sapatos e segurasse bem as bagagens, enquanto Tang Sanzang se sentava firmemente na sela do cavalo. Ele também tirou os sapatos e instruiu os outros a voltarem: "Se tiverem bondade, tragam comida rapidamente para alimentar meu irmão." Dos setecentos a oitocentos acompanhantes, metade deles com mulas e cavalos, alguns voltaram rapidamente para o vilarejo para preparar a comida; outros trezentos seguiram a pé, observando de longe enquanto eles avançavam pela montanha. Do vilarejo até a montanha, a distância era de mais de trinta quilômetros. Quando voltaram com a comida, já haviam percorrido cerca de cem quilômetros, e o grupo de monges já estava longe. Não querendo abandoná-los, aceleraram com suas mulas e cavalos, atravessando o desfiladeiro durante a noite, e só os alcançaram no dia seguinte, chamando: "Sábios que buscam as escrituras, diminuam o passo! Trazemos comida para vocês!" Tang Sanzang, ao ouvir isso, agradeceu imensamente, dizendo: "Vocês são realmente pessoas de grande fé." Ele então pediu a Zhu Bajie que parasse e comesse mais para ganhar força. O teimoso Zhu Bajie, que já estava faminto após dois dias de trabalho, devorou a grande quantidade de comida que eles trouxeram, sem se importar se era arroz ou macarrão, e depois de se fartar, continuou a abrir o caminho.
Tang Sanzang, Sun Wukong e Sha Monk agradeceram aos aldeões e se despediram deles. Como diz o ditado:
Os moradores de Tuoluo retornaram para casa, enquanto Zhu Bajie abriu o caminho através do desfiladeiro,
Tang Sanzang, com coração sincero, foi protegido pelas divindades, enquanto a magia de Sun Wukong fez os demônios fugirem,
Mil anos de caquis escassos foram purificados, e o desfiladeiro das Sete Maravilhas foi finalmente aberto,
Os desejos mundanos foram cortados, e sem obstáculos, eles continuaram sua jornada ao sagrado Monte Leiyin.
Agora, o caminho está livre, mas ainda não se sabe quantos desafios ainda aguardam, nem que outros monstros eles encontrarão em sua jornada. Mas isso é uma história para a próxima vez.
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srtarmina · 2 months ago
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❀°• Proibida pra Mimᴶᴼᴱᴸ •°❀
AVISO: esse capítulo é um pouco diferente dos outros. Ele é uma mini fic compactada e conta com 7k de palavras, superior a minha média por capítulos - e também o porque demorei tanto pra postar. A personagem dispõe de personalidade, conhecimentos específicos e backstory (mesmo que não muito longa), o que pode ser difícil de encaixa-la inteiramente como uma S/N. 
“Por que não faz uma fic especifica pro Joel?” Resposta rápida: não tenho tempo. Minhas aulas da faculdade voltam segunda feira e será impossível de conciliar os dois. A minha criação de imagines provavelmente decairá também.
Sᴜᴍᴍᴀʀʏ: Jᴏᴇʟ ᴛᴇᴍ ᴜᴍ ᴄʀᴜsʜ ɴᴀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ ᴍᴀɪs ɪᴍᴘʀᴏᴠᴀ́ᴠᴇʟ ᴅᴏ ᴄᴏʟᴇ́ɢɪᴏ.
"Sᴇ ɴᴀ̃ᴏ ᴇᴜ, ϙᴜᴇᴍ ᴠᴀɪ ғᴀᴢᴇʀ ᴠᴏᴄᴇ̂ ғᴇʟɪᴢ?"
Tᴀɢs: ғʟᴜғғ, sʟᴏᴡʙᴜʀɴ ᴅᴀ ᴍᴀɴᴇɪʀᴀ ᴍᴀɪs ʀᴀᴘɪᴅᴀ ᴘᴏssɪᴠᴇʟ KKKKKK, sᴛʀᴀɴɢᴇʀs ᴛᴏ ғʀɪᴇɴᴅs ᴛᴏ ʟᴏᴠᴇʀs, ᴛᴇ ᴀᴍᴏ ᴘɪʀɪɢᴜᴇᴛᴇs ɢʟᴏʙᴏ 2010, ᴀssᴇ́ᴅɪᴏ, ᴀɢʀᴇssᴀ̃ᴏ, ᴀ́ʟᴄᴏᴏʟ, ᴏ ɪᴍᴀɢɪɴᴇ ᴅᴏ ᴛᴀᴍᴀɴʜᴏ ᴅᴇ ᴜᴍᴀ ғᴀɴғɪᴄ ᴍᴇ́ᴅɪᴀ, ᴜsᴏ ᴅᴇ S/N ɴᴏ ɴɪᴄᴋ ᴅᴏ ᴍsɴ, ᴅᴇʙᴀᴛᴇs sᴏʙʀᴇ ɢᴇ̂ɴᴇʀᴏ ᴇ sᴇxᴜᴀʟɪᴅᴀᴅᴇ, ᴅᴇʙᴀᴛᴇ sᴏʙʀᴇ ɪᴅᴇᴏʟᴏɢɪᴀ, ᴀᴘᴇʟɪᴅᴏ ᴅᴇᴘʀᴇᴄɪᴀᴛɪᴠᴏ ᴜsᴀᴅᴏ ᴄᴏɴᴛʀᴀ ᴀ ᴘᴇʀsᴏɴᴀɢᴇᴍ, ᴘɪᴀᴅᴀs sᴇxɪsᴛᴀs, ʙᴇɪᴊᴏ
Wᴏʀᴅ Cᴏᴜɴᴛ: 7ᴋ
(ᴅɪᴠɪᴅᴇʀ ʙʏ ᴀɴɪᴛᴀʟᴇɴɪᴀ)
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Nunca conheci os pais de Lucão, mesmo tendo estudado com ele desde o sexto ano. Tinha duas teorias sobre eles: poderiam ser as pessoas mais legais do mundo com o filho, ou não eram capazes de colocar limites na relação. Quase todo mês tinha uma festa em sua casa, com o quintal cheio de alunos dos mais diferentes colégios de Imperatriz. Poderia indagar como ele conhecia tanta gente mas, de certa maneira, eu também conhecia. 
Estávamos sempre nas mesmas festas, ou melhor, em todas as festas da cidade. Ele jogava sinuca e conversava com os meninos, enquanto eu ficava na pista de dança. Jogava o cabelo, mordia o dedo e rebolava até o chão, no ritmo do Bonde do Tigrão. A música dizia "Vai descendo com o dedinho na boquinha. Agora sobe com a mão na cinturinha. Levante o pé de uma rodadinha" e eu segui tudo à risca, com um sorriso no rosto. 
Meu Orkut estaria cheio de depoimentos na manhã seguinte, falando sobre como me viram dançando na festa e como gostariam de me adicionar no MSN – a qual era extremamente privado. Não gosto de ficar aceitando "qualquer um" já que as chances de ser um homem bizarro de 40 anos são grandes, tenho medo da internet. 
Duelo 2 começou a tocar e eu segurei na mão de uma amiga, dando alguns pulinhos. Interpretei o papel da Mc Katia (fiel) e ela, da Mc Nem (amante); cantávamos nossas partes e atuamos como nossas personagens, dando gargalhadas dessas mesmas. A felicidade durou pouco, quando percebi que um garoto parecia estar tirando foto debaixo da minha mini saia. 
Segurei seu pulso com a minha mão e, talvez por estar convencido de que eu não faria nada demais, ficaria sem graça com o acontecimento ou até mesmo poderia estar em choque por ter sido pego, apenas ficou parado. Usei sua atitude e a mão agarrada em seu pulso para mantê-lo no lugar, principalmente quando girei meu corpo e aceitei minha mão inteira com tudo em seu rosto. 
Ele caiu alguns passos para trás e deixou com que o celular atingisse a grama do chão. Peguei o celular do chão e apaguei as últimas fotos – na época, ninguém sabia que dava para recuperar essas fotos. Joguei o celular em cima dele. 
– Você se veste fácil assim porque quer – ele disse, como uma cuspida de veneno. Dei um passo para frente, ficando cara a cara com ele. Percebi em sua linguagem corporal um certo afastamento, o soco havia doído e mesmo tentando manter a pose de machão, estava nervoso.
– Fácil é eu te dar outro soco – fingi que ia armar a defesa para atacá-lo novamente e ele deu um passo para trás. 
Os garotos à volta fecharam a boca de surpresa e desviaram o olhar, sempre muito orgulhosos para traírem alguém do próprio gênero, mesmo que isso significasse continuar uma agressão incessante as mulheres. Na verdade, até algumas garotas poderiam dizer que ela estava "pedindo" ou que se não quisesse poderia usar roupas maiores e dançar menos. Um comentário mais pútrido que o outro.
– MINHA ROUPA NÃO É UM CONVITE. NÃO É O JEITO QUE EU ME VISTO QUE DETERMINA MEU VALOR OU QUE EU NÃO MEREÇO RESPEITO. – gritei, rodando lentamente para encarar todos os presentes. Até quem estava jogando sinuca parou para ver o que estava acontecendo. – ISSO SERVE DE AVISO PRA QUALQUER OUTRO CARA QUE TENTE MEXER COMIGO OU COM QUALQUER OUTRA MENINA NA FESTA. 
Era um comentário feminista basico, ams algumas pessoas em 2006 ainda precisavam ouvi-lo. Balancei a cabeça e fui para a área de bebida, procurar alguma coisa forte para acabar comigo. 
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Joel.
Ela estava lá, como em todas as festas, mas foi no momento que ela deu um soco no rapaz que tudo mudou para mim. Nunca tinha prestado muita atenção nela, mesmo que estudássemos no mesmo colégio, mas agora não conseguia desviar meu olhar.
– Uma puta de uma barraqueira, né? – Eduardo comentou.
Revirei os olhos. Por que Fabrício não havia aparecido na festa? Havia saído com Luiza novamente? Poderia ter avisado, pelo menos. Quando nós três saímos juntos é mais fácil de aguentar os comentários de Eduardo diluídos com os pensamentos de Fabrício, fazendo com que eu normalmente fique no canto sem precisar falar muito. Era uma merda estar com ele, sozinho. 
– Ainda tá  puto que ela não quis ficar com você? – comentei.
– Cala a boca – ele disse, virando o copo na boca. 
Um sorriso sarcástico apareceu no canto da minha boca, era isso mesmo. Assim, em menos de 30 segundos depois de sua fala, quando virei para encará-lo, ele estava beijando uma outra garota aleatória. Fazia parte de sua identidade de "macho-man" não gostar quando demonstravam uma fraqueza sua, como a incapacidade de ficar com qualquer mulher que queria. Por isso, precisava se mostrar machão logo em seguida. 
Ele participava de um ciclo machista sem fim a qual sempre tive pena, mas não iria ficar ao seu lado enquanto devorava o rosto de alguém que eu nem conhecia. Me aproximei da área de bebidas e ela estava lá, misturando limão, cachaça, água e açúcar para fazer uma caipirinha da pior qualidade – mas festa jovem era assim mesmo. Fiquei frente a frente com ela, do outro lado da mesa. 
– Meio merda o que ele tentou fazer – comentei, ainda incerto do que estava fazendo. 
– Não é novidade, são todos uns moleques – ela disse e eu não tive muito o que acrescentar. Ela pareceu não se importar com o silêncio e me esticou o copo – aceita? 
Não ia beber – quase nunca bebia – mas aceitei. Não sei porque aceitei. Já tinha 17 anos e todos meus amigos bebiam, alguma hora iria começar também… mas talvez porque tinha sido ela a me oferecer. Bebi um pouco do canudo e percebi o quão forte estava, me esforçando o máximo para não fazer nenhuma careta na sua frente. Ela sorriu um pouco. 
Quando abri a boca para falar algo, sua amiga apareceu e a puxou para longe, perto da mesa de sinuca para que pudessem jogar como par contra Lucão e outro cara que eu desconhecia. Voltei em passos miúdos para perto de Eduardo, não querendo ficar sozinho mas sabendo que odiaria estar perto dele. Estava abraçado com a menina e dançavam no ritmo da música. 
– Você foi dar em cima dela? – perguntou, com aquela risada asquerosa. Não respondi. Ele me zoaria de qualquer maneira. – Até parece que você iria conseguir ficar com ela – abaixou um pouco a cabeça para sussurrar pra mim: – acho que ela curte uns caras mais experientes, não um virjão. 
Revirei os olhos novamente. Como se ele soubesse onde ficava um clitóris – ele nem sabia pronunciar a palavra direito, na verdade. 
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A festa aconteceu pouco antes da volta às aulas. Desde o primeiro dia, apareci com o uniforme um número menor, de modo que a blusa ficasse entre o umbigo e a linha da calça de cintura baixa, como uma baby tee. Professora Beth quase espumava quando me via passar perto dela, mas eu seguia com um sorriso no rosto. 
No intervalo entre aulas, fui à videoteca procurar por Joel. Ele estava sentado em uma das cadeiras mais ao fundo, mexendo em um dos computadores. Ele não me parecia muito estranho. Já tínhamos conversado antes? Ele estava no 3A, sim, mas… sei lá, tinha algo a mais. 
– Joel – chamei. 
Ele pausou rapidamente o que estava assistindo, como se eu o tivesse pego no meio de um crime. Quando olhei para tela, era apenas um vídeo qualquer do Youtube. Voltei a encará-lo e ele já estava me encarando. 
– O Douglas disse que você sabe baixar música no celular. Será que você pode fazer isso pra mim? – perguntei, enrolando os fones no celular e estendendo para ele. 
Ele segurou o celular e balançou a cabeça em afirmativo. Devolvi com um sorriso. Queria ter músicas no celular, mas mal sabia como lidar com os arquivos. Se me perguntassem o que era 4shared, eu jamais iria saber que era um site para troca de arquivos e muito menos como conseguiria passar os arquivos pro celular.
– Você tem uma lista de músicas pra eu baixar? – respondi com um "sim!" empolgante e procurei nos dois bolsos, retirando um papel com algumas músicas. Estendi para ele e ele abriu as dobraduras. – Não posso prometer que consigo baixar todas, mas eu vou tentar. 
– Obrigada! – Abri um sorriso de orelha a orelha. Aquilo era demais! – Cê cobra quanto? 
Ele balançou a cabeça em negativo e disse: – Não precisa, isso é fácil de fazer.
– Douglas disse que você cobrou dele – tombei a cabeça, sabendo que ele não estava sendo justo. 
Se havia cobrado de outra pessoa, por que não de mim? Ele queria algo? Franzi o cenho. Porém, a recompensa maliciosa a qual eu estava esperando surgir na conversa não apareceu. Ao invés disso, ele abriu um sorriso simpático e disse: 
– Douglas é rico.
Soltei uma risada, ele era rico mesmo e não faria falta alguma um pouco de dinheiro no seu bolso, principalmente depois de Joel gastar tempo e habilidade. Porém, para mim, ele apenas ficou parado com um sorriso no rosto. Ele até que era um nerd bonitinho, não? Poderia arrumar ele pra alguma amiga minha. 
Peguei uma caneta e uma folha sulfite de cima da bancada. Escrevi meu user e rasguei aquela parte do papel. Entreguei em sua mão e o vi encarar o escrito por alguns segundos. 
– Me adiciona no MSN, ai você vai me falando – sorri. – Obrigada.
Não sei porque dei meu MSN para ele. Acho que isso significava que éramos amigos. Quer dizer, com certeza éramos amigos agora. Ele estava baixando musica no meu celular, isso era a mais pura prova de amizade. 
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Joel.
No segundo intervalo do dia, estávamos no pátio, sentados na arquibancada. Eu e Fabricio ficamos como dupla no truco, enquanto Eduardo e Douglas eram nossos rivais. Nos sentamos de acordo e eu distribuí as cartas. Era um jogo rápido antes de voltarmos pra sala, jogando conversa fora. 
– Vai sair com a menina da festa de novo? – Douglas perguntou para Eduardo, no momento em que jogou sua carta. 
– Menina da Festa? – Fabricio indagou. 
– Ele tava se pegando com uma menina na festa – respondi. – Qual era o nome dela mesmo?
Encaramos Eduardo, esperando por uma resposta. Ele deu de ombro e desviou o olhar, um "não pergunte para mim" em gestos. Cerrei o cenho. Como aquilo era possível? 
– Você nem sabe o nome dela? – perguntei, mesmo que já soubesse a resposta. 
– Fiz – Eduardo respondeu e recolheu as cartas para si. 
Botei a primeira carta no monte e comecei a rodada.
– Não acredito – Fabricio riu.
– Eu gosto de variedade – deu de ombros novamente e eu revirei os olhos. O problema não era ele beijar várias, mas tratá-las como sub-humanos que nem mereciam o direito de terem nome no seu imaginário. 
– Não perguntar o nome é falta de educação – Douglas disse e eu arquei a sobrancelha. Alguém entende.
– Você só beija uma pessoa, não sabe mais das etiquetas – respondeu em referência a ter recentemente assumido o namoro com Luiza. 
Fabrício desviou o olhar. 
– E ela nem beijava tão bem, não preciso do nome. 
– Fiz – respondi e puxei as cartas para perto de mim. 
– Joel que tava tentando flertar com a boca de pelo – Eduardo disse, envolvendo um assunto que eu não queria trazer para a conversa. 
– Não chama ela assim – respondi, o tom da voz já um pouco mais agressivo que o normal. 
– Por que? Ta apaixonado? – riu com aquela risada pútrida. 
– Bem que eu vi vocês conversando mais cedo, né – Fabricio disse. 
– Ela só pediu pra eu baixar umas músicas pra ela – balancei a cabeça. Não era nada demais e queria que eles esquecessem esse assunto. 
– E você não pediu uma sentada em troca? – Eduardo me deu um tapão nas costas, que me fez arquear as costas.
– Ai Joel, não para Joel – Douglas fingiu um gemido, imitando como ela faria, apenas para me irritar. 
– Mano, cê é bv demais, papo reto – Fabricio riu. – Truco.
– Seis – respondi. 
Douglas fez a rodada e nós ganhamos. 
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Quando finalmente abri o computador, a solicitação de amizade dele estava lá. Aceitei. Seu ícone demonstrava disponível – o que significava que queria conversar, com quem quer que fosse, caso contrário colocaria ocupado ou ausente, como eram as normas sociais do aplicativo. Mandei aquele wink do cara gordo para tremer a tela dele e chamar atenção para o meu perfil. Sempre ria quando ele aparecia na tela. 
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Oi. Tá livre pra tc?
_Joel: To
_Joel: Terminei de baixar as musicas no seu cel
_Joel: Tem mais alguma que vc queira? 
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: O que vc costuma ouvir?
_Joel: N sei se vc vai curtir  
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Tenta
_Joel: Olha meu subnick
Procurei com os olhos o seu subnick e joguei no google a frase. Estava em inglês e eu não fazia ideia do que significava. "I Still Haven't Found What I'm Looking For" era uma música do U2. Coloquei no youtube e a música começou a sair nas caixas de som de trás do computador. 
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Curti
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Normalmente gosto mais de músicas animadas
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Tipo pagode
_Joel: Pagode? 
_Joel: Acho que n tava esperando por isso 
_Joel: N conheço quase nenhuma
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Vou te mostrar uns pagodes 
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Vc me mostra outros que vc gosta 
_Joel: Fechado 
No dia seguinte, nos encontramos na casa de Joel com uma pilha de CDs para colocar no mini system de sua sala. Seus pais não estavam em casa e pudemos ficar horas apenas ouvindo as músicas, conversando sobre coisas aleatórias do dia a dia, quando um forró apareceu, não exitei em levantar rapidamente do sofá. Estendi a mão pra ele. 
– Não – ele disse. 
– Ai Joel, para de graça. 
– Não sei dançar – ele balançou a cabeça mas segurou minha mão e levantou a cabeça
– Eu te ensino – sorri e ele sorriu de volta. – Tá, segura na minha mão aqui – demos as mãos – e coloca a mão na minha cintura – guiei sua mão até a minha cintura e depois coloquei a minha em seu ombro. 
Eu não sabia dançar só funk, gostava de todos os tipos de dança. Ensinei passos básicos, "dois pra lá, dois pra cá", "pra frente e pra trás", "abertura" e algumas demonstrações de giro, mesmo que Joel acabasse confundindo esquerda e direita, às vezes. 
– Você não é tão ruim – eu disse, rindo. 
– Eu fui ótimo – respondeu sarcástico, como se minha fala fosse quase insultante. 
Eu ri. Nos sentamos novamente no sofá e continuamos escutando as músicas. Ele tinha vários CDs do U2, The Strokes, The Smiths e alguns rocks mais clássicos, como Led Zeppelin, Van Halen e The Clash. 
As conversas sobre o significado das músicas se estenderam para um debate sobre significado de amor, morte, vida e linguagem, sobre como os componentes musicais podiam indicar coisas específicas; pausas mais demoradas no meio da música, saxofones estridentes e mudanças de oitavos. A história de certos tipos musicais eram incríveis e explicavam muito sobre a sonoridade escolhida em cada música, conversamos o que sabíamos e aprendiamos o que o outro queria ensinar. 
Eu tinha colocado "Siririca (Vai Danada)" da Gaiola das Popozudas quando Joel perguntou:
– Você não acha que esses funks são meio baixos…? – ele parecia um pouco sensibilizado pela letra, mas eu não estava nenhum pouco retraído com a letra. A pergunta parece normal, mas aponta uma estrutura de pensamento composta por uma classe dominante. 
– E qual o problema? – perguntei, com as sobrancelhas juntas. Ele tentou balançar a cabeça como um pedido de "desculpa", como se tivesse dito algo errado. – É que esse discurso tem sido feito desde sempre, por exemplo, quando Madame Bovary lançou, o autor foi rechaçado de crítica pelos "distúrbios morais" – fiz aspas com a mão – 
– Madame Bovary… do romantismo? – perguntou, meio confuso. Havíamos visto rapidamente a obra citada nas aulas de literatura, mas eu havia lido o livro no primeiro colégio. 
– É, o livro chegou a ser proibido pela Igreja Católica simplesmente por demonstrar que a mulher pode também seguir atrás de prazer sexual, coisa que até então era uma atividade "exclusiva" dos homens nessa sociedade europeia que passa suas ideias colonizadas pro ocidente. Foi a primeira obra a tratar a visão da mulher sobre o ato de maneira "obscena" pra burguesia que consumia, igual esses funks "baixos" em que  a mulher diz que sente prazer no que está fazendo. 
Ele tombou a cabeça e me encarou por alguns segundos e eu levei seu olhar como um incentivo para continuar falando. 
– Eu gosto de ver a cultura, seja por música ou por livro, como uma forma de entender a ideologia que está tentando ser passada. Se reprovam, por que reprovam? Quem tem medo de falar sobre sexualidade? Quem se beneficia com a repressão sexual das mulheres? Com o padrão de expressao de sexo e genero?  
– Os homens? – ele respondeu, meio sem confiança da própria resposta. 
– Sim, mas um pouco mais que isso porque mulheres também são capazes de reproduzir esses pensamentos machistas, mesmo que acabem sendo vítimas da mesma violência – desviei o olhar, me lembrando de comentarios pertinentes de amigos meus. – É toda a sociedade colonial patriarcalista que cria um conjunto de discursos, técnicas e percepções que constroem e nomeiam, nomear na qualidade de "criar sentido" – fiz aspas – pro que é sexo e sexualidade. E se há necessidade de disciplinar a maneira que esses corpos devem agir, então não é algo natural, faz parte do mecanismo de dominação. O que você acha que é "ser mulher?"
– Eu não tenho nem ideia agora – ele riu. Foi sincero, estava levando a sério o que eu estava falando. – Quero saber o que você acha que seria. 
Não pensei muito em seu interesse na hora, mas dormiria pensando no que havia falado. Ele estava se importando, queria saber o que eu falava, porque falava. 
– Eu ainda não terminei de ler o livro – admiti, com um sorriso invertido de "foi mal" –, mas a Simone de Beauvoir fala que não se nasce mulher, se torna. Por que? Vagina e pau não constrói gênero, porque gênero não é natural. Gênero é um processo de socialização que se cria baseado no que a sociedade manda se desempenhar. Tipo, o que seria ser homem na época da Maria Antonieta? Eles tinham cabelo grande, andavam de salto e passavam maquiagem. Isso seria visto como "masculinidade" hoje? “A Porra da Buceta é Minha”, outra musica da Gaiola das Popozudas, começa logo falando que um cara ta difamando ela depois de ela ter rejeitado ficar com ele. Quando a mulher não serve simplesmente para ser objeto de satisfação e afastar de si os seus desejos próprios para ser esposa e cuidar dos filhos, ela é vista como mulher plena na sociedade? Além disso, quando se começa a pensar no controle de prazer de uma nação, você na verdade interfere no domínio da mulher poder falar que gosta de transar e obtém essa "sagracidade" no sexo como apenas para concepcao de individuos… mas eu ainda preciso estudar mais antes de falar sobre. 
Dei de ombros. Poderia falar dos estudos de sexo e temperamento de Margaret Mead, sobre como mulheres samoanas adolescentes tinham uma vida sexual ampla antes de decidirem ficar com um mesmo parceiro pelo resto da vida, ainda nos anos 20, mas decidi interromper a linha de raciocinio. 
– Eu gosto bastante desse assunto – completei. Não pediria desculpas por falar de algo que gostava, mesmo que tivesse falado muito. 
– Você me passa os livros que você leu? Eu acho que preciso estudar muito antes de conversar de igual pra você – ele riu e eu balancei a cabeça em afirmativo freneticamente. 
– Acho que você é a primeira pessoa além dos meus pais que não me xinga por esse discurso – revelei. Não sei porque o fiz, as palavras apenas saíram da minha boca. 
– Seus pais concordam, então? – perguntou, mais por curiosidade do que por julgamento. Qualquer outra pessoa diria que eles eram "desnaturados" e por isso teriam criado uma filha tão "puta", como modo de colocar pessoas que não pensam igual ao sistema à margem da sociedade. 
– Algumas partes sim, outras não – tombei o rosto, tentando lembrar das nossas conversas. – Eles gostam que eu pense, esse lance de se desprender do que precisa ser pensado e passar a pensar por mim mesma. 
Ele arqueou os olhos, parecia ser algo novo para ele que país pudessem pensar assim. 
– Só encontro meus pais no horário da janta e eles perguntam como foi a escola – admitiu. 
– Mas você pode falar com seus amigos também. 
– Eles são uns babacas, sei lá – deu de ombros. – Acho que sempre tô fazendo coisas pra tentar agradar eles, aguentando umas merdas que eles falam pra continuar sendo amigo de gente que nem liga pro que eu penso ou pra como eu me sinto.
Senti que era a primeira vez que ele falava isso em voz alta, que admitia para si mesmo que não gostava deles. Esse tipo de percepção doía quando feita verdadeiramente. 
– E você quer continuar assim? – perguntei. – Você é um cara legal, um dos poucos na cidade. Sei lá, eu acho que você merece ficar perto de pessoas que te tratem bem. 
Ele me encarou por algum tempo, antes de mudar de assunto. 
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Joel.
Quase não consegui dormir depois daquela conversa. Era recorrentemente zoado por acreditar que o governo estava nos espionando, na existência de uma ideologia estadunidense disfarçada na cultura que consumimos e os garotos distorciam minhas palavras quando eu falava sobre ETs. Ela entendia, ou pelo menos falava coisas parecidas. Era incrível. 
Pensei muito sobre o que havia dito sobre minha amizade com os meninos, passei quase a evitá-los. Parei de ir no half, preferia ficar com ela na minha casa ouvindo música, ou assistindo um filme, ou fazendo qualquer coisa separada desde que estivéssemos juntos. Não sabia que ela lia tanto – não parecia e, talvez tudo seja obra realmente dessa percepção criada para que, se o adjetivo "inteligente" é bom, pessoas mal faladas nunca tenham a possibilidade de acessá-las. Ela sempre seria vista como "fácil", "puta" e "vazia", mesmo que eu não tenha visto ela sair com nenhum menino desde que ficamos amigos. 
Ela jantou algumas vezes na minha casa, conheceu a minha família e acho que meus pais gostaram dela. Também fui jantar com sua família e nunca imaginei que teria um debate tão legal quanto o cinema como meio e produto da indústria cultural – consegui ver debates que jamais haviam sido discutidos na escola, na minha casa ou no meu grupo de amigos. Sair da minha zona de conforto estava sendo uma experiência como nenhuma outra. 
Porém, em algum momento, eu precisei ver os meninos novamente. 
– Cê sumiu, ein Joel – Fabrício comentou, andando com o skate a minha volta. 
– Ele só anda com a piranha. Eai, já comeu ela? – Eduardo se sentou ao meu lado.
Revirei os olhos. Tive que respirar fundo para não desferir um soco em sua face. 
– Ainda não? Véi, nem sei porque você tá insistindo tanto, é só comer e meter o pé – ele continuou falando. 
Me levantei do lugar em que estávamos sentados. 
– Você é a pessoa mais asquerosa que eu já conheci – admiti e ele cerrou o cenho, sem acreditar que aquelas palavras estavam saindo da minha boca, sempre havia sido tão compassivo… – Você é inseguro e usa essa pose de machão pegador para se colocar numa posição de superioridade quando na verdade é só um filhinho de mamãe desesperado por aprovação que vai ver que é um merda quando tiver 30 anos e perceber que não teve um relacionamento saudável e duradouro na vida porque ninguém te atura. 
Respirei fundo. Poderia xingar sua risada, mas não era algo que ele poderia mudar – já a personalidade, era necessário que mudasse. Saí da pista de skate e deixei os dois se encarando quase boquiabertos. 
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No período da noite, chamei Joel para uma festa organizada por um colega meu de outra escola – era a poucas quadras da minha casa e fomos andando juntos. Quando comecei a ouvir a música, mesmo de longe, já comecei a mexer o corpo e ele riu. 
– Hoje eu vou te ver dançando? – perguntei. 
– Eu? Nossa, só se eu estiver louco de bebida – ele riu e eu arquei a sobrancelha. – Não!
– Eu nem falei nada – respondi com um sorriso, desviando o olhar. 
– Mas pensou! 
Eu sorri. Claro que eu não o embebedaria de propósito, mas seria realmente muito legal vê-lo na pista de dança imitando os passinhos dos outros garotos. Tinham tantos garotos que gostavam de dançar, talvez ele descobrisse um dom que não sabia que tinha! 
Ao adentrarmos a festa, comecei a comprimentar meus conhecidos com beijinhos no rosto e conversar com as meninas que havia combinado de encontrar na festa. 
Segui Joel com o olhar, mesmo longe. Fabrício e Eduardo passaram ao seu lado, mas nenhum deles se cumprimentou. Estranho. O que havia acontecido? Ele não havia me dito nada. Poderiam ter brigado, mas não me envolveria nisso. Ele poderia me contar sobre quando se sentisse à vontade. 
Ele conseguiu conversar com Leonardo, mas por pouco tempo, antes que esse se juntasse aos amigos da nova escola. Me senti mal. Joel parecia um pouco deslocado, não conhecia metade daquelas pessoas. Era pra estar sendo uma festa legal pra ele… 
Puxei uma amiga minha para o lado
– Lembra do menino gatinho que eu tinha falado que era super legal e que daria super certo com você? – perguntei. 
– Sei. 
– O que você acha? – apontei com a cabeça para Joel pegando um pouco de bebida. 
– Bonitinho. 
– Vocês podiam conversar… – eu disse e dei um sorriso. 
Ela sorriu, indicando que era uma possibilidade positiva. 
Me aproximei de Joel, trazendo-a com os braços dados. Dei dois toques em seu ombro, para chamar sua atenção, e ele se virou em nossa direção. A apresentei com nome e interesses em comum, aquele velho "conhece minha amiga?" que nunca falhava nas festas e os deixei conversando. Formariam um casal bonito. 
Voltei para a pista de dança, a qual passei a noite inteira requebrando ao som de Mr. Catra. Quando passei perto de Eduardo, percebi que ele não tirava os olhos de Joel, mesmo a distância, e decidi ouvir a conversa que ele estava tendo. 
– Até que ele tá se dando bem sendo amigo daquela vagabundinha, né? Ela até arranjou umas minas pra ele pegar – ele disse, bebendo um gole da bebida, sem tirar o olhar de Joel. Estava tão 
– Quem você chamou de vagabundinha? – eu disse. 
– Não foi isso, gata – ele tentou reverter sua fala. 
Não era ele que vivia tentando me mandar depoimento no orkut pra ficar comigo? Joguei o resto da bebida barata que estava em minha mão e joguei em seu rosto. Foi um ato sem barulho e poucas pessoas chegaram a presencia-lo. Puxei sua blusa para que abaixasse um pouco a postura, ficando mais perto de mim, encarei-lhe nos olhos. 
– Eu vou fazer com que você nunca mais fique com uma garota em Imperatriz, seu merda – sussurrei. Empurrei-o com força bruta, fazendo com que desse um passo para trás. 
Joel chegou poucos segundos depois, tendo deixado seu posto da festa no segundo em que percebeu que eu estava falando com Eduardo. 
– O que 'tá acontecendo aqui? – perguntou.
– Eu e Eduardo estávamos conversando, não estávamos? – encarei o mais alto, como se desse permissão para que falasse algo. 
Eduardo afirmou com a cabeça, os cachos caiam molhados na sua testa e seu olhar era de profundo ressentimento. Me virei para Joel, agora fingindo que Eduardo nem ao menos estava presente. Ele era um rato pestilento do esgoto e não merecia muito de minha atenção; já havia lidado com homens piores.
– Vou falar tchau pro pessoal e a gente já vai – disse, com um sorriso. 
Não sabia se deveria deixar Joel ali, mas ele já era um homem grandinho que sabia se defender. Rodei a festa falando tchau pros meus amigos e pros conhecidos que estavam junto desses, inclusive a amiga que eu havia introduzido a Joel. Será que eles chegaram a ficar naquela noite? Se bem que Joel não parecia ser do tipo que simplesmente beijava as pessoas que havia acabado de conhecer. 
Ele estava me esperando perto da porta. 
Estava tarde, mas voltamos andando pelas quadras, do mesmo jeito que fomos para a festa. 
– O que achou dela? – perguntei, em relação a amiga que havia lhe apresentado.
– Legal – cerrou o cenho, meio sem entender a pergunta.
– Poxa, so "legal"? Eu tava tentando arranjar ela pra você – admiti.
– Como assim "arranjar"?
– Vocês dois são legais, bonitos… eu achei que poderiam se dar bem – dei de ombros.
– Não viaja – ele riu. 
Continuamos andando, mas sem falar muito mais coisa. Estávamos um pouco afetados ainda com aquela última conversa com Eduardo. Não sabia o que ele poderia ter dito para Joel depois que eu saí, assim como Joel podia não saber o que havia acontecido antes de eu jogar bebida em Eduardo. Acho que não estávamos com coragem de perguntar sobre isso, mas em algum momento tínhamos que falar algo. 
– Você brigou com os meninos porque eles tavam me xingando? – perguntei.
– Briguei com eles porque são uns imbecis – 
– Eu não preciso que qualquer homem me defenda
– Eu não fiz isso pensando em te defender, eu fiz isso porque eles são imbecis… – reforçou seu comentário anterior – mas eu te defenderia, se quisesse. Somos amigos, não somos? 
Afirmei com a cabeça. Éramos amigos e isso era algo que os amigos faziam. Andamos mais um pouco, até que eu chegasse em casa – a dele não era muito longe da minha. Abracei-o, firme. 
– Boa noite, Joel – eu disse, num tom muito mais de "obrigada" do de que despedida. 
Obrigada por que? Por ter me levado em casa? Por ser meu amigo? Por ter me defendido? Por estar comigo, independente de qualquer coisa? Não sabia dizer, mas ele entendeu o que eu havia dito. Deu um sorriso leve e eu o retribui. 
Entrei em casa e tomei um banho. Entrei no Floguinho para ver se haviam postado alguma foto minha na festa e comentei em todas. Entrei no MSN e, instantaneamente, minha amiga me mandou mensagem. 
*®*´¯`*.¸¸.*´¯`*AMIGA*´¯`*.¸¸.*´¯`*: Tem certeza que ele tava querendo ficar cmg na festa? 
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Joel é desse jeito msm 
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Ele é meio na dele, quietão assim mas eu acho que vcs iam combinar super
*®*´¯`*.¸¸.*´¯`*AMIGA*´¯`*.¸¸.*´¯`*: N amg
*®*´¯`*.¸¸.*´¯`*AMIGA*´¯`*.¸¸.*´¯`*: To falando que ele ficou te observando a festa inteira
*®*´¯`*.¸¸.*´¯`*AMIGA*´¯`*.¸¸.*´¯`*: Acho q era com vc q ele queria estar ficando
»»-(¯`·.·´¯)-> ک/N <-(¯`·.·´¯)-««: Claro q n 
Mas, no fundo, acho que estava agradecendo por eles não terem se dado tão bem quanto eu imaginava que dariam. 
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Na semana seguinte, estávamos entrando no ônibus em direção a um evento de livros em São Paulo. A excursão destinada ao ensino médio do IECET fez com que dezenas de alunos se mobilizassem para a Bienal, mesmo que não tivessem o mínimo de interesse no motivo real da viagem. Gostavam dessas viagens escolares apenas pelo prazer de perderem um dia de aula enquanto passavam o tempo inteiro com seus amigos. 
Eu me sentei do lado de uma colega, enquanto Joel estava mais ao fundo, sentado ao lado de Douglas. Me perguntei porque esse não estava sentado com a namorada, mas isso não era realmente um problema meu. Luiza não passava de uma conhecida que estava na mesma sala que eu, jamais perguntaria diretamente sobre sua vida privada; não tínhamos uma inimizade, mas ela de certo me olhava como uma meretriz pelas roupas que usava ou pela minha postura em festas. 
Não ligava. Ela era a "princesinha de imperatriz", sabia que não havia pensado realmente o quanto de lavagem cerebral o apelido era capaz de fazer em seu cérebro. Ela detinha o título ou o título detinha ela? 
Quando descemos do ônibus, fui procurar algumas editoras específicas. Enquanto alguns deles foram para as editoras mais famosas, com as histórias fictícias do momento, segui o caminho reverso.  Joel chegou ao meu lado e me viu segurando um pedaço de papel. 
– Você fez uma lista? – perguntou. 
– Você não? – rebati.
– Tava pensando em decidir o que queria por aqui mesmo. 
Ele sorriu e gesticulou para mostrar o "em volta". Quando abaixou o braço, sua mão roçou levemente na minha. Meu coração disparou por um momento e eu o encarei, assim como ele fez. Não era nada demais, encostar nas pessoas não era nada demais. Já tínhamos até dançando juntos. Não era nada demais. Desviei o olhar e continuei andando. 
Ele me seguiu por toda a feira, enquanto me via comprar alguns livros de autores já consagrados e outros de autoras brasileiras ascendentes, a qual consegui um ou dois autógrafos. Fabrício nos encontrou em algum momento; eu sabia que ele não era tão má pessoa assim, mas andava tanto com Eduardo que não sabia que falas eram suas e quais eram copiadas da mentalidade que ele e o amigo construíram para encher o saco de Joel.
– Joel tá até convencendo você a ler agora? – ele disse, tentando começar uma conversa amigável mas falhando imediatamente. 
– Cala a boca, Fabrício – Joel revirou os olhos.
– Eu nem sabia que você era alfabetizado pra estar aqui – comentei. 
No meio desses comentários inoportunos, Joel pegou um livro de astrofísica e pagou no caixa, para que pudéssemos sair dali rápido. Não sabia que ele tinha interesse nisso. Na verdade, acho que nem ele sabia que tinha, apenas queria sair logo do lugar.
Quando voltamos ao ônibus, Douglas e Luiza se sentaram juntos, – talvez tivessem feito as pazes do que quer que tenha acontecido entre os dois. Minha amiga foi se sentar ao lado de Fernanda, que acompanhava Luiza na ida, e Joel veio se sentar ao meu lado. Já era noite e estavam todos cansados, o que resultou em todos dormindo ou com fones de ouvido em seus MP3 para não incomodarem os outros. 
Tinha conseguido pegar no sono, mas quando Joel se mexeu, acabei acordando. Ele também estava com os olhos meio abertos, indicando que também havia acabado de acordar; nos encaramos pelo que pareceu alguns minutos, mas podiam ter sido segundos ou horas. 
– Eu não consigo parar de pensar em você – ele sussurrou. 
Não sei se disse isso por causa do sono, se achou que estava sonhando ou qualquer outra coisa. Na verdade, eu nem pensei direito – poderia estar sonhando também. Meus movimentos foram quase involuntários, sem questionamentos ínfimos das minhas partes cerebrais com mais ansiedade. Me coloquei um pouco ao lado, ainda apoiando minha cabeça na poltrona, e o beijei suavemente. 
Foi um selinho. Um pouco demorado demais para caracterizar apenas como um encontro de lábios, mas estávamos muito sonolentos para pensar em aumentar o beijo – e aquele com certeza não era o ambiente ideal. 
Demos um sorriso leve e eu encostei minha cabeça em seu ombro, voltamos a dormir. 
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Depois da viagem, não nos falamos mais. Trocávamos alguns olhares no corredor e, quando percebia que ele estava vindo conversar comigo, eu fazia questão de começar a conversar com outra pessoa, ou sair do ambiente. A memória passava em minha mente quando tentava dormir, quando acordava, quando estava estudando e parecia um sonho. Não sabia o que dizer, eu tinha estragado a nossa amizade. 
Então, quando saí da escola depois da educação física, ele estava na porta da minha casa, me esperando. Não achei que ele quisesse tanto conversar comigo ao ponto de me procurar mesmo quando eu demonstrava claramente que precisava ficar longe dele. Seria demais para nós dois. 
– Conversa comigo – ele pediu e se desencostou do muro 
Joel carregava um semblante de tristeza, com as sobrancelhas baixas e, por mais que eu não quisesse ter entendido sua postura, tudo indicava que dizia "o que eu fiz?", como se o problema fosse ele. Acho que, quanto mais você convive com alguém, mais vocês criam essa linguagem que apenas os dois conseguem entender. 
– Desculpa, Joel – disse, mesmo que não soubesse o porquê. 
– Desculpa? – franziu o cenho. – Eu falei sério, eu só consigo pensar em você. Eu quero ficar com você. 
Balancei a cabeça negativamente, tão fraco que quase não conseguia sentir meus movimentos. Joel deu um passo para frente, se aproximando, e eu prendi a respiração. 
– Eu não quero estragar você – eu disse. 
– Como assim "me estragar"?
– Você sabe como eles falam de mim, o que eles vão falar de você…
Franziu o cenho por um minuto. Era isso que eu estava tentando evitar? 
– Eu não ligo. Quem são eles? É você que eu quero! – falou, num tom maior, quase bravo. Dei um passo para trás. 
– Você não gosta de mim, você gosta da liberdade que eu te ensinei a ter – não sei se realmente acreditava nisso ou se apenas o tinha falado para ele se afastar. 
– Por que você não consegue aceitar que eu realmente gosto de você? – deu um passo para frente, um pouco maior do que o passo que eu tinha dado para trás. – Primeiro você tentou me colocar com a sua amiga e agora tá falando que eu não gosto de você. Eu te amo – ele admitiu, mas não parou – e você me ama, porque seu primeiro pensamento foi tentar me proteger das pessoas insuportáveis, ao invés de falar que não sente o mesmo
– Joel… – minha voz saiu num sussurro, não sabia o que dizer. 
Ele deu mais um passo para frente e eu dei outro para trás, ficando contra o muro da entrada da minha casa. Ele estava perto e minhas sobrancelhas se uniram ao centro, com um olhar apiedado. 
– Você é um sol que queima forte e brilhante, com tanta vontade e paixão que dá pra se ver a quilômetros de distância; que eu preciso pra viver e que talvez tente se destruir à medida que queima, como nas fusões nucleares que mantêm o sol energizado. 
Havia aprendido isso lendo o livro de astrofísica? Mas era verdade. Ele me conhecia, nas melhores e nas piores partes. Sabia o que os outros falavam de mim, que eu não tinha o humor mais estável do mundo e que minhas opiniões eram tão fortes que jamais venceria uma discussão. Mesmo assim, me amava – e eu não queria acreditar nisso. 
– Joel… – sussurrei novamente e ele balançou a cabeça em negativo. 
Não aceitaria uma argumentação da minha parte. Não podíamos argumentar sentimentos. Seus olhos estavam nos meus e sua mão estava à altura do meu cabelo, para colocar uma mecha atrás da orelha. Senti o calor emanando de sua mão quase contra minha pele e quis que ele tocasse minha bochecha, um suspiro deixou os meus lábios.
– Pensa nisso, tá? – ele disse, baixo. 
Deu um passo para trás e voltou a andar em direção ao caminho da sua casa. Não. Joguei a mochila no chão e andei com passos rápidos atrás dele. Passei a mão no rosto, como se não acreditasse que iria fazer isso. Mas, afinal, qual era o problema? Eu acreditava que mulheres deveriam seguir o seu próprio prazer, buscar a sua própria felicidade. Achava isso só na teoria? Não. Eu agia conforme queria. 
Acho que, no meu subconsciente, ainda estava corroída com a ideologia de que eu precisava apresentar um papel de feminilidade definida pelo patriarcado para conseguir ter um relacionamento heterossexual sério. Esse tipo de ideologia é tão estruturada e internalizada que nos faz acreditar que, se vamos na contramão de seu movimento ou se somos marginalizadas nessa cultura, não teremos relacionamentos duradouros – tudo muito estruturado para sempre obrigar todos a participarem de seu sistema. 
Eu quero é que eles se fodam. 
– Eu fiquei aliviada por você não ter ficado com a minha amiga – disse e ele parou de andar. 
Dei alguns outros passos para ficar mais perto dele. Joel estava me encarando. Ainda não se sentia confortável para me dar um sorriso, um pouco desacreditado da situação. Me aproximei mais e passei a mão levemente pelo seu antebraço, subindo até a linha de seu ombro e pelo seu pescoço. Meu olhar foi para sua boca e eu sabia que o dele também estava na minha. Passei meu dedão por sua bochecha e por cima dos seus lábios, pareciam macios. 
– Eu também gosto de você – admiti. 
Me aproximei de forma lenta, aproveitando o momento, e novamente selei o beijo. Dessa vez, havia muito mais vontade e força em nossos movimentos, querendo explorar todas as oportunidades que não havíamos feito antes. Sua língua na minha e suas mãos na minha cintura, não conseguia fazer mais nada além de bagunçar todo o seu cabelo. Não sabia que precisava tanto daquele beijo, agora se tratava de uma necessidade. Eu precisava devolvê-lo e ele, a mim. 
Separamos o beijo mas mantivemos nosso corpo colado, com o rosto separado apenas o suficiente para que conseguíssemos trocar algumas palavras.
– Acho que não deveríamos estar beijando assim no meio da rua.
– Eu não ligo – respondi e voltei a beijá-lo.
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Aᴏ3
Wᴀᴛᴛᴘᴀᴅ
𝙲𝚄𝚁𝙸𝙾𝚂𝙸𝙳𝙰𝙳𝙴𝚂
Essa festa do Lucão é referenciada pelo Douglas na primeira temporada, quando ele tá falando com a Luiza. Tô usando até personagem que não aparece aqui, vai vendo. 
O nick do Joel canonicamente é _Joel e o subnick é a música do U2. Eu estou em todos os detalhes KKKKKKKK 
Meu desejo de menina era poder voltar a usar o msn 
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um-garoto-chamado-yuri · 2 years ago
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O dia que uma desconhecida me chamou por pronomes masculinos pela primeira vez!
Essa história é FODA, uma das minhas favoritas e que me traz uma euforia de gênero tão grande, AH!
Era começo de 2020, não fazia nem um mês que estávamos estudando direito e a escola já ia fechar por conta da maldita pandemia, e bem... meu sexto ano já havia começado tão bom! Quase todos haviam se acostumado por me chamar pelos pronomes certos e pelo meu nome recém-atribuído por mim mesmo. Eu e meu amigo assistíamos vídeos do Saiko (amo ele e o Ycaro AAAAAA) durante o intervalo, enfim, era demais!
Metade de março, chego na escola e tem pouquíssimos alunos, pois a escola disse que não ganharíamos falta se faltássemos, mas tive que ir por minha mãe ter implorado, mas obviamente, fui com um potinho cheio de álcool em gel que de acordo com ela: "Deveria ser passado TODA HORA". Estava bem sem graça, afinal, meus parças faltaram. Quando o intervalo começou, me sentei em uma mesa qualquer para comer e assistir algo no Youtube. Pouco tempo depois, fui andar pelo pátio, ficar apreciando a mini plantação de florzinhas que tem na escola. A cantina fica bem na frente do jardinzinho, praticamente não existia fila, então a tia estava só de bobeira, olhando os alunos passando.
Estava um calorzinho, uns 23 graus, no mínimo. Mas eu, como sempre, estava de touca e moletom. Foi então que ouço: "Ei, garoto, não está calor pra estar com essa touca?", eu me virei pra olhar, pois estava desacreditado com alguém se referindo com pronomes masculinos, mas ao mesmo tempo, não sabia quem estava falando, ou se estava realmente falando COMIGO. Nós trocamos olhares, e ela de repente fala: "Garota?... sei lá?". Eu nunca a respondi, não foi por falta de educação, foi por nervosismo, havia sido a primeira vez que um desconhecido usava pronomes masculinos comigo, e olha! Nem precisei falar que era trans! Ela procura pela resposta até hoje, mas nem vou pra cantina, então nunca poderei respondê-la sobre uma pergunta feita há quase três anos.
Enfim, vocês já tiveram um momento parecido como esse? Ou sentiram euforia de gênero? Sei lá.
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