#senão alguém devia
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no-wings-no-angel · 2 months ago
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no globo da morte (com CINCO!!! (5!!!) motos) botaram master of puppets pra tocar, me fazendo pensar com meus botões que, numa au de circo de ordem deviam por os gaudérios como motociclistas do globo da morte. faz MUITO sentido.
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cesar-soares · 2 months ago
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A melancolia dá-me para escrever como estes dias de tempestade trazem ao de cima, felicidade em mim.
Há uma satisfação qualquer no caos que faz de mim quem sou.
Não é que me traga algum tipo de prazer, mas traz. Deixa de haver nas pessoas aquele senso de exuberância e limitam-se a ser. Fogem da chuva forte como quem foge de um assassino num thriller. Mais vibrantes, mais sóbrias, mas todas fogem.
Antigamente era igual, mas era diferente.
Ah o antigamente...
Passava a tempestade e saltavam os meninos nas poças. Pelo caos pêlo senão de ser só criança e sem preocupações. Não havia sequer a consciência de perceber se era profunda ou não, saltava-se e pronto.
Às vezes molhava-se os pés, noutras até à cintura. A imprevisibilidade era parte da arte, do encantado mundo em que se parecia viver. Só que depois vinha o sol, o sol que nos fazia cobrir a vista com a mão, como quem cobre para ver mais além, mas o alem era tão perto. Era tudo o que nos mantinha despertos.
Inconscientes viamos ao futuro uma liberdade que não há, ignorávamos uma arbitrariedade que nos escapa por entre os dedos como a água.
Era tão bom não saber, às vezes penso que gostava de o voltar a ser sabendo o que sei hoje, mas para quê sobrecarregar o poeta em formação com maus dores de alma, sabendo que não lhe traria mais calma?
Ponho essa ideia em descanso, como passei boa parte dos últimos séculos.
Não acredito que a vida possa ser só uma, como pode só uma trazer tanto cansaço.
As emoções cansam-me, as emoções cansam-se.
A saudade, a tristeza, a incompreensão e a alegria entram na vida da mesma forma que quatro pessoas entram num bar.
Vêm ao incerto beber um copo, relaxar.
Vislumbram-se umas às outras e eventualmente apaixonam-se, provavelmente juntam-se. Como pernas de um banco que se procuram estabelecer, que pedem ao acaso mais um copo por favor.
A minha alegria bebe. Esperançosa que sinta algo que já não sente faz tempo, inconsciente que não pode beber, mas já não quer saber.
A tristeza pede algo mas pede fraco. Sente que tem na mão todas as certezas do mundo e não se quer deixar corromper.
Sente que tem de ser o adulto na alma onde mais ninguém quer.
Ao lado está a saudade que olha para o copo e se lembra de outros bares, de outras pessoas. A maior parte já foi, lembra-se especialmente das que deixou entrar a alegria e que incharam a tristeza.
Na sua consciência toca uma lista de músicas que alguém associou a essas mesmas pessoas. Cresce em si uma vontade de acender um cigarro após o outro apesar de o cheio já ser insuportável, apesar do gosto ser dispensável. Bate em si mesma, com um afago da melancolia e da forma imatura como não lidava com certas emoções, fumava-as.
Havia uma falsa sensação de liberdade que durava três minutos de cada vez, que eram também a falsa sensação de controlar algo, de procrastinar um pouco mais do que devia e alimentar a incompreensão.
Não só do porquê de estarem naquele bar já que não podem beber, porque é que as paredes são daquela cor e porque é que a iluminação é tão medíocre.
Sente emergir em si a racionalidade e afoga-ae em clarividência. Outra alma toma controlo, outra calma fecha os olhos por instantes e pede a conta.
Aos seus ombros carrega os três amigos, os que enteatam, mas traz todos os que já lá estavam dentro.
À saida ignora a rua onde está que o medo que todos os outros sentem e ele esconde, não teme nada em concreto, senão as emoções que transbordam.
Passam todos numa velha casa assombrada.
Ouvem-se gritos vindos de dentro, rangem os portões de ferro da mansão que é o passado ou talvez o futuro incerto.
Caminha, dá passos firmes, pára, olha à volta e surgem novos ruídos.
O medo vem de gabardina vestida, apresenta-se como dúvida e pergunta se temos horas..
Se temos dado pelo tempo passar.
São quase três e meia..
Sorri e solta um alívio de suspiro:
- Que bom, ainda vou a tempo do comboio das quatro e tal.
Pergunta se queremos ir, pergunta uma parte de mim, já não sei bem qual.
- Vai para onde esse comboio?
A dúvida com escuridão nos olhos impassível, aguardou mais uns instantes e matou o suspense.
Sorriu um meio sorriso e anuiu.
Virou costas e prosseguiu.
Disse de forma seca:
- Para onde vou, sei lá eu. Sabem vocês para onde vão?
Não caminham só rumo ao próximo sentimento que uma pobre alma há de exonerar?
- Quem é ela?
- São vocês, sou eu. Aquela mansão assombrada e o bar.
A consciência e a inconsistência, tudo junto e nada em particular. É um mundo novo cheio de tralhas velhas um relógio que corre vagarosamente para as quatro e tal.
Embarcamos em tudo ou ficamos nesta alma descampada?
Éramos tantos, sou só um.
O comboio está à espera, não aparenta haver maquinista no local.
Peso os sonhos e o que é real, como posso eu entrar em consciência, tenho medo afinal...
Sinto o batimento cardíaco, estou vivo.
Qiwm sou todo eu, se não embarcar?
Haverá outro comboio, talvez quando o dia clarear.
Sento-me no banco de madeira húmido e escrevo.
Todo eu por completo ou quem restou de mim.
Escapa-me o controlo pelos olhos, sobra em mim sobretudo cansaço.
E este texto, por mim, por nós, assinado.
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onlychains · 7 months ago
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O INCRIADO
Rio de Janeiro , 1935
Distantes estão os caminhos que vão para o Tempo — outro luar eu vi passar na altura Nas plagas verdes as mesmas lamentações escuto como vindas da eterna espera O vento ríspido agita sombras de araucárias em corpos nus unidos se amando E no meu ser todas as agitações se anulam como as vozes dos campos moribundos.
Oh, de que serve ao amante o amor que não germinará na terra infecunda De que serve ao poeta desabrochar sobre o pântano e cantar prisioneiro? Nada há a fazer pois que estão brotando crianças trágicas como cactos Da semente má que a carne enlouquecida deixou nas matas silenciosas.
Nem plácidas visões restam aos olhos — só o passado surge se a dor surge E o passado é como o último morto que é preciso esquecer para ter vida Todas as meias-noites soam e o leito está deserto do corpo estendido Nas ruas noturnas a alma passeia, desolada e só em busca de Deus.
Eu sou como o velho barco que guarda no seu bojo o eterno ruído do mar batendo No entanto como está longe o mar e como é dura a terra sob mim... Felizes são os pássaros que chegam mais cedo que eu à suprema fraqueza E que, voando, caem, pequenos e abençoados, nos parques onde a primavera é eterna.
Na memória cruel vinte anos seguem a vinte anos na única paisagem humana Longe do homem os desertos continuam impassíveis diante da morte Os trigais caminham para o lavrador e o suor para a terra E dos velhos frutos caídos surgem árvores estranhamente calmas.
Ai, muito andei e em vão... rios enganosos conduziram meu corpo a todas as idades Na terra primeira ninguém conhecia o Senhor das bem-aventuranças... Quando meu corpo precisou repousar eu repousei, quando minha boca ficou sedenta eu bebi Quando meu ser pediu a carne eu dei-lhe a carne mas eu me senti mendigo.
Longe está o espaço onde existem os grandes voos e onde a música vibra solta A cidade deserta é o espaço onde o poeta sonha os grandes voos solitários Mas quando o desespero vem e o poeta se sente morto para a noite As entranhas das mulheres afogam o poeta e o entregam dormindo à madrugada.
Terrível é a dor que lança o poeta prisioneiro à suprema miséria Terrível é o sono atormentado do homem que suou sacrilegamente a carne Mas boa é a companheira errante que traz o esquecimento de um minuto Boa é a esquecida que dá o lábio morto ao beijo desesperado.
Onde os cantos longínquos do oceano?... Sobre a espessura verde eu me debruço e busco o infinito Ao léu das ondas há cabeleiras abertas como flores — são jovens que o eterno amor surpreendeu Nos bosques procuro a seiva úmida mas os troncos estão morrendo No chão vejo magros corpos enlaçados de onde a poesia fugiu como o perfume da flor morta.
Muito forte sou para odiar nada senão a vida Muito fraco sou para amar nada mais do que a vida A gratuidade está no meu coração e a nostalgia dos dias me aniquila Porque eu nada serei como ódio e como amor se eu nada conto e nada valho.
Eu sou o Incriado de Deus, o que não teve a sua alma e semelhança Eu sou o que surgiu da terra e a quem não coube outra dor senão a terra Eu sou a carne louca que freme ante a adolescência impúbere e explode sobre a imagem criada Eu sou o demônio do bem e o destinado do mal mas eu nada sou.
De nada vale ao homem a pura compreensão de todas as coisas Se ele tem algemas que o impedem de levantar os braços para o alto De nada valem ao homem os bons sentimentos se ele descansa nos sentimentos maus No teu puríssimo regaço eu nunca estarei, Senhora...
Choram as árvores na espantosa noite, curvadas sobre mim, me olhando... Eu caminhando... Sobre o meu corpo as árvores passando... Quem morreu se estou vivo, por que choram as árvores? Dentro de mim tudo está imóvel, mas eu estou vivo, eu sei que estou vivo porque sofro.
Se alguém não devia sofrer eu não devia, mas sofro e é tudo o mesmo Eu tenho o desvelo e a bênção, mas sofro como um desesperado e nada posso Sofro a pureza impossível, sofro o amor pequenino dos olhos e das mãos Sofro porque a náusea dos seios gastos está amargurando a minha boca.
Não quero a esposa que eu violaria nem o filho que ergueria a mão sobre o meu rosto Nada quero porque eu deixo traços de lágrimas por onde passo Quisera apenas que todos me desprezassem pela minha fraqueza Mas, pelo amor de Deus, não me deixeis nunca sozinho!
Às vezes por um segundo a alma acorda para um grande êxtase sereno Num sopro de suspensão a beleza passa e beija a fronte do homem parado E então o poeta surge e do seu peito se ouve uma voz maravilhosa, Que palpita no ar fremente e envolve todos os gritos num só grito.
Mas depois, quando o poeta foge e o homem volta como de um sonho E sente sobre a sua boca um riso que ele desconhece A cólera penetra em seu coração e ele renega a poesia Que veio trazer de volta o princípio de todo o caminho percorrido.
Todos os momentos estão passando e todos os momentos estão sendo vividos A essência das rosas invade o peito do homem e ele se apazigua no perfume Mas se um pinheiro uiva no vento o coração do homem cerra-se de inquietude No entanto ele dormirá ao lado dos pinheiros uivando e das rosas recendendo.
Eu sou o Incriado de Deus, o que não pode fugir à carne e à memória Eu sou como velho barco longe do mar, cheio de lamentações no vazio do bojo No meu ser todas as agitações se anulam — nada permanece para a vida Só eu permaneço parado dentro do tempo passando, passando, passando...
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xolilith · 2 years ago
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Mana, você me dizendo sobre quando ele estavam aqui e trombar com ele do nada, eu só me lembro da menina que ficou no mesmo elevador que o Johnny e o Doyoung no hotel que eles estavam hospedados. A mina tava toda preparadinha pro show deles e o Johnny querendo rir KKKKK Com certeza ela tava a cara do neobong.
E assim Jess, por mais que 99% dos homens deixem a toalha molhada em cima da cama ou a tampa da privada aberta, eu acho que o Jaehyun não é desse tipo porque ele tem cara daquelas pessoas que é bem criteriosa em questão de higiene, sabe? Uma pessoa bem cheirosinha, bem limpinha que nem um neném 😖 Não digo que ele não seria capaz de fazer isso, talvez ele possa chegar a fazer uma vez perdida.
Acho que o probleminha irritante dele seria exatamente a questão da desorganização. Ele pode ter cara de homem que gosta de hiegene, andar limpinho e cheirosinho, mas ele seria desorganizado. Tipo, ele "arrumando" a cama? O tadinho só joga a coberta por cima e ponto final.
Sem contar que ele seria bem bruto e você tira suas próprias conclusões com aquele videozinho dele botando as embalagens da comidinha na mesa e ela tremendo (dou belas gargalhadas disso). Ele usaria a força mais do que necessária.
Me imagino num cenário desses, onde ele bota muita força numa coisa e eu brigo com ele, digo que ele era pra ter cuidado porque senão acabaria quebrando e ele com um biquinho, tipo assim ou assim.
Com certeza quando ele arrumar uma namorada, ela arrumaria ele. Tipo: isso não, Jaehyun! Você tem que fazer isso!
Jaehyun, por favor, deixa eu ser a sua namoradinha que arrumaria você? 😫💍
Respondendo sua pergunta, eu penso que me daria SUPER bem com o Mark. Por mais que eu também ache que me daria bem com o Jaehyun, mas o Lee é literalmente a minha cara metade. Eu dou risada com tudo, até com o vento. Qualquer coisa que eu ache engraçado, eu tô metendo a risada. E a minha risada é igualzinha a do Mark: escandalosa, alta e engraçada — às vezes eu dou aquela risada de fumante.
Eu me daria bem com o Johnny também, simplesmente pela questão do cara ser engraçado e fazer o coitado do Mark rir com tudo que tudo que ele faz. Eu seria uma ótima companheira deles 😊 Sem contar que a gente AMA café, só pela manhã eu tomo umas três xícaras.
Super ficaria 24/7 rindo daquela história do café que ele conta que faz o Mark se esguelar de tanto rir kkkk Eu também me vejo rindo das piadinhas que o Jaehyun faz que ninguém ri só pra nao deixar o coitado na bad 🥴
eu vi essa história do elevador kkkkkkkk tadinha, a menina devia tá parecendo um marca texto verde. nctzen só se fode na vida mesmo.... pior que se eu visse eles rindo, eu riria junto
ele deve ser tão cheiroso arghhh 😖 ele parece ter sempre um cheiro fresco. sabe quando a gente sai do chuveiro e o cheiro de limpeza e sabonete ainda fica????? quando eu penso no cheiro dele eu penso em algo cítrico, mas forte, sabe? Mmmmh dar uma fungada naquele pescoço grosso dele........
eu não sei sobre ele ser desorganizado, nos vlog que tem dele no próprio quarto, é bem arrumadinho, tudo no lugar. e ainda por cima eu acho que ele é daqueles que gosta de acender umas velas cheirosinha kkkkkk talvez ele seja do tipo que não saiba fritar um ovo kkkk
esse video é engraçado porque ele realmente não tem noção da força que tem 😏 kkkkkk eu acho fofo, mas imagina só, vc tá dormindo de boa e acorda com a porta batendo porque o jaehyun não sabe fechar com cuidado, ou abrir
e, eiiii!!!!! eu sou a namoradinha do jae, já!!! step back kkkkkk
Uhhh esses dias eu vi alguém dizendo que o tipo ideal do mark é uma menina risonha e que faça ele rir. vc tem altas chances amg. somos duas em engasgar de rir com aquela história, se eu não conhecesse o johnny, eu diria que é verdade até. a certeza com que ele conta essa história.
O jaehyun é um comediante incompreendido. todo mundo olha meio ????? quando ele faz uma piada (até eu) mas confesso que riria pra dar apoio ao meu bebê. mas o que eu acho mais engraçado é como ele ri quando pensa na piada, antes de dizer.
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draconnasti · 2 years ago
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PRA QUE EU DEVERIA ESTUDAR HISTÓRIA DA ARTE?
Primeiro, pra evitar fazer esse tipo de pergunta. Segundo, para não falar aberrações como "eu preciso de médico pra viver, mas não preciso de arte."
Olá, meus lindos aventureiros? Como estão?
PRA QUE ESTUDAR HISTÓRIA DA ARTE, SE EU NÃO QUERO TRABALHAR NUM MUSEU E NEM DAR AULA?!
Não é de hoje que rola esse tipo de pergunta, principalmente quando pais descobrem que seus filhos vão ganhar mais essa matéria na escola (que muitas vezes se resume a aprender a fazer artesanato ou aula de desenho dado por alguém que só sabe reproduzir fórmula).
O curioso é que História da Arte (que devia se chamar História das Artes Visuais, pois ela abrange muito mais o aspecto visual da arte que as demais) é uma disciplina que é demonizada e santificada ao mesmo tempo. Ninguém sabe pra quê estudar, mas todo mundo acha lindo ouvir alguém falar da Mona Lisa de Da Vinci, do David de Michellangelo, de como o Romantismo gerou escritores voltados a temas nacionais... Mas falar de quadrinhos e videogame é perda de tempo... Vai entender.
Essas coisas são ditas quase sempre pelas mesmas pessoas que acham que não precisam de arte para viver.
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Sem arte, as coisas seriam pior que isso.
O QUE É ARTE?
Não sei. Sério.
Eu, que tenho uma especialização em artes visuais. Eu que trabalho com ilustração há mais de 10 anos. Que tenho livros a respeito de arte... não sei o que é arte.
O Mestre e o Doutor em arte também não sabem. Podem tentar explicar, porém não vão chegar a uma resposta satisfatória.
A verdade é que ninguém conseguiu tecer um conceito 100% preciso do que é arte. Por hora, definimos como um elemento cultural que foca em reproduzir tudo aquilo que é considerado belo ou estético (o que não é inteiramente verdade, se você parar para pensar a respeito, mas também não é totalmente mentira).
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A Wikipedia define como "atividade humana ligada às manifestações de ordem estética ou comunicativa, realizada por meio de uma grande variedade de linguagens, tais como: arquitetura, desenho, escultura, pintura, escrita, música, dança, teatro e cinema, em suas variadas combinações."; porém o próprio artigo (que está muito bem referenciado, diga-se de passagem) deixa claro que o conceito ainda não é preciso.
O Dicionário Michaelis nos trás diversos conceitos, dentre eles "Atividade que supõe a criação de obras de caráter estético, centradas na produção de um ideal de beleza e harmonia ou na expressão da subjetividade humana."
Gombrich, um dos, senão O MAIOR estudioso de História da Arte conhecido até então, tenta dar uma definição à arte, mas termina gerando mais questionamentos que respostas. Ele mesmo admite isso em seu livro A História da Arte.
E nenhum deles está 100% correto.
Porém, como seres humanos, não gostamos de dúvidas, então seguimos tentando encontrar uma resposta e terminamos por nos conformar com conceitos simples e imprecisos. E mesmo sabendo disso, precisamos continuar estudando História da Arte, pois tudo o que fazemos até hoje é reflexo do que veio antes.
HISTÓRIA DA ARTE NA CULTURA POP
A estética dos quadrinhos de Frank Miller bebem da fonte dos filmes noir, e outros fazem uso do chiaroscuro, uma técnica de claro e escuro desenvolvida por artistas renascentistas do século XV. Talvez ele tenha estudado a técnica, ou apenas gostou de ver como Caravaggio usava a técnica e resolveu adaptá-la ao seu trabalho. Mas ela não veio "do nada".
Em games como a franquia Assassin's Creed, existe todo um trabalho de reprodução arquitetônico do cenário para passar a sensação de que o jogador DE FATO está caminhando naquela época. A História, a cultura e o momento são nossas referências.
Os Dwemer, os "anões" da franquia Elder Scrolls são visivelmente baseados em culturas da Antiga Mesopotâmia, com uma arquitetura decorada com Art Decó. Compreendem agora?
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A essa altura da história da humanidade, dificilmente haverá algo a ser criado... Mas nada impede, claro. E releituras sempre serão bem vindas.
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Aquela releitura de respeito, mas eu continuo odiando as irmãs Windrunner/Correventos
Lembrando que releitura e cópia são duas coisas diferentes, ok?
E pra quem estiver interessado em dar uma olhada em cursos de História da Arte, mas não tem dinheiro para investir (ou não tem certeza de que quer seguir por esse caminho), tem esses links aqui para dar uma base:
CURSOS UNESP HISTÓRIA DA ARTE I CURSOS UNESP HISTÓRIA DA ARTE II
Fiquem bem e nos vemos na próxima!
Draconnasti
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desopilar1234 · 3 months ago
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Manipuladores emocionais
Vocês em algum momento da vida, ou conheceram alguém, ou viveram situações nas quais , ou ocuparam esses lugares ou foram os protagonistas da cena.
Por que preciso tanto que o outro cuide de mim? ou por que me fizeram acreditar isso?
Cena na qual vivenciaram relacionamentos, sejam amorosos ou de amizade ou familiar, ou de outra ordem, em que se apegaram profundamente à pessoas, que ocupavam papéis fundamentais em sua vida, por que representavam para vocês, o " cuidado".
Palavra que denota dois sentidos o cuidar , no sentido assistencialista, no qual lhe garante " proteção" e a segurança de ser querido.
O outro sentido CUIDADO, sentido de alerta , fica esperto, observando os próximos passos, no qual exige um senso crítico e observador preciso e em vigilia, plausivelmente isso me parece mais saúdavel de se "apegar". Por que esse, ao contrário do primeiro, esse nos liberta da dependência do outro, da falsa sensação de segurança, que acredito que o outro represente em minha vida.Notamos esse " sintoma" por que sim, é um sintoma, estar preso à alguem pela projeção, que nada mais é, do que, você ocupa o lugar do meu "cuidador" ou melhor de quem supostamente devia ter cuidado de mim, e por algum motivo não "cuidou", seja por ausência física(por morte ou por abandono) seja por ausência psiquica( aquele individuo que foi designado, como pai ou mãe, ou irmão(a).. não desempenhou o seu papel, e eu fiquei com este vazio em mim, portanto, sou uma criança ferida, ou melhor uma criança ferida em corpo de adulto, e isso não é vergonha meus amigos, só conseguimos descobrir em terapia, lugar no qual colocamos os pingos nos "ís" e devolvemos seus respectivos lugares a seus pares, e quando não vivenciamos o luto, de enterramos definitavemente não só os mortos fisicamente, mas o sentimentos que precisam ser velados, os traumas, as histórias felizes e tristes, elas não se apagam, por que representam parte de nossa vida, mas elas precisam de.pontos finais, senão ,mais uma vez se transforma em sintoma.
E dessa forma, vamos repetir erros, magoar pessoas que não tem nada haver com nossos capitulos não elaborados, e jamais colocar pontos finais, nos capítulos da vida.
Já pararam para pensar, se vocês nào estão se diminuindo demais, e achanfo que não são capazes de seguir adiante sozinhos? por que eu preciso tanto do outro para solicitar que cuide de mim? será mesmo que não sou capaz sozinho, ate que ponto eu preciso realmente viver em depêndencia desse ego auxiliar? será medo, ou comodidade? não caímos no erro de romantizar essa situação , ela é sintoma, e como todo sintoma, é preciso se tratar a causa , ou seja cortar o mal pela raíz, caso contrário, só se mudaram os atores.
( hellen rose- neuropsicóloga e arteterapeuta)
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saalsodre · 9 months ago
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BAYRON
                                               BAYRON
Meu nome é Bayron, creio que quiseram me registrar como Byron, como o poeta Lord Byron, mas algo saiu errado, eu não estranharia, meu pai devia estar bêbado como sempre, vivia para isso.  Tinha sido mineiro, no interior, quando a mina que trabalhava fechou foi para Liverpool, pensando em encontrar uma vida melhor, mas tudo que conseguiu foi ser estivador no porto.
Minha mãe, limpava a casa de gente rica, para ajudar, tinham se mudado nada mais ao se casar, ela acostumada a um pai bruto e bebedor, quando ficou gravida do primeiro filho, foi uma das primeiras vezes que ele lhe deu uma surra.   Claro perdeu a criança, ao invés de abandona-lo pensou que ele precisava dela, quando eu nasci, foi toda uma surpresa, pois ela manteve em segredo o mais tempo possível.
Nunca saberei se ele me odiou desde o princípio, pois deixava de ser o número um da casa, sempre estava falando isso na frente dos amigos, que ele era o primeiro da casa, sem ele nada funcionava.   Era uma grossa mentira, dávamos graças a deus quando ele não estava, quando nasceu minha irmã, foi a mesma coisa.
Reclamava de tudo, nada mais ao colocar os pés dentro de casa, se não estava bêbado, logo saia para fazer isso.
Vivíamos numa dessas casas estreitas dos bairros populares, graças a minha mãe, que tinha que apertar o cinturão como ela dizia para comermos.
Quando chegou a hora de ir à escola, ele não queria, dizia que me ensinasse a escrever meu nome, era o quanto bastava para sobreviver.    Mas ela que só sabia fazer isso, bateu o pé, levou uma surra de fazer gosto, comigo e minha irmã olhando, ele só não lhe pegava na cara, pois senão ela não podia trabalhar.  Mas fui a escola, sem querer descobri meu paraíso, passava o dia inteiro na escola, era católica, como ela queria.  Pelo menos lá comia duas vezes ao dia, uma boca menos para alimentar, dizia ela, minha irmã, foi para um jardim de infância, na mesma escola, no final do dia quando vinha nos buscar, estávamos juntos na porta.
Com isso ela podia trabalhar em mais casas, aconselhada por uma das freiras da escola, que foi com ela, abriu uma conta no banco, sem que ele soubesse nada.  Ali depositava o dinheiro que ganhava, para alguma emergência.  Os anos foram passando, o grande problema, bem como sonho dela, era que fossemos a universidade, mas isso só com bolsa de estudos.
Eu que era gordinho, um dia comecei a crescer, a freira dizia que era pela comida da escola, até podia ser, fui crescendo, fazia todos os esportes do colégio, mas um dos padres, tinha sido campeão de boxe, nos ensinava a lutar, o que de certa maneira me fez ter músculos.
Um final de semana que ele chegou em casa bêbado, a primeira pessoa que encontrou foi minha irmã, sem motivo nenhum começou a pega-la, minha mãe não estava tinha ido comprar comida.    A sacudia por um braço só, com o outro lhe pegava, eu a tirei das mãos dele, lhe dei um soco no estomago, ele caiu sentado, me olhando com os olhos arregalados.
Acabou seu reinado nessa casa, a partir de hoje, mando eu, se não gosta, a porta da rua é ali.
Nisso chegou minha mãe, para nossa surpresa, ficou do lado dele.
Mas quando ele chegava, me via, ficava quieto, um dia me pegou na rua, com dois amigos dele, lhes dei uma surra nos três, claro tinha uma vantagem, estavam bêbados, mal se aguentavam em pé.   Nunca mais encheu o saco.
Mas bastava eu não estar o pau comia, descarregava em minha mãe, o que não podia fazer comigo, nem com minha irmã.
Um dia cheguei, ele estava sentado numa cadeira, com a cabeça apoiada na mesa, bêbado demais, minha mãe jogada no chão, com o braço quebrado, além de uma costela, eu não tive dúvida, chamei a policia tinha escutado alguém na escola falar disso, quando o pai chegava bêbado, chamava a polícia.
Levaram minha mãe para o hospital, ele repetia sem parar ao policial, que não a pegava na cara, para poder trabalhar, afinal as mulheres eram para isso.   Passou dois dias na cadeia, abaixando a bebedeira.
Voltou para casa furioso, mas o enfrentei, a partir de hoje, qualquer merda que faças, chamo a polícia, quero ver quem vai vencer essa batalha.   Eu poderia ter virado um marginal, como acontecia com a maioria dos rapazes da minha idade, com pai como o meu.
Traficante de drogas, abusadores etc., mas ninguém se metia comigo, pois sabia que eu era o campeão da escola de boxe.   Os que aproximavam era para me chamar para lutar com alguém para ganhar dinheiro, tirava o corpo fora e claro.
Uma das últimas vezes que chamei a polícia, normalmente era sempre o mesmo, lhe tocava o bairro, pois o conhecia bem.  Quando colocaram meu pai no carro de patrulha, com minha mãe o defendendo.   Ele me disse na cara, escape daqui quando possa, pois isso nunca acaba bem.
Fui até a delegacia, pedi se podia me orientar, acabaria a escola dentro de nada, mas não tinha nenhum futuro, apesar das boas notas, só existia uma bolsa de estudos, os dois melhores alunos a disputavam entre si.
Ele me sugeriu me informar da escola de polícia, tens sorte não ter cara de garoto, já tinha um pequeno bigode que cultivava bem, barba que me tinha saído cedo.
Volte amanhã, vou me informar.  Ele foi a escola, se informou a meu respeito, boas notas, bom comportamento, campeão de boxe, mas nem por isso o que mais brigava na escola.  Bom filho segundo a freira, o problema dele o senhor deve saber, esse pai alcoólatra, que descarrega na mulher e na filha, pois com ele não pode.
Quando voltei no dia seguinte, me contou que tinha ido à escola, me indicou para o curso. Falei com minha mãe, ela ficou apavorada, soltou sabes o quanto teu pai odeia a polícia, não vai gostar nada.
Realmente não gostou, mas teve que engolir, pois lhe disse na cara, que dentro em breve, eu o podia mandar para a cadeia, cada vez que passasse da raia.
Os primeiros meses passei interno na escola, posso dizer que me parecia que estava no paraíso, pois fazia as aulas, me saia bem em todas, inclusive tiro, lutava boxe, fazia exercícios, meu corpo se desenvolveu mais ainda.
Mas claro tudo que é bom dura pouco, um dia o policial foi me buscar, ele tinha agredido minha mãe outra vez, se sentia o galo do terreiro, o pior minha irmã tinha se atrevido a defende-la, levou uma surra também.
Estavam as duas no hospital, ele tinha escapado quando chegou a polícia.  Passei a fazer uma coisa, era longe, mas me levantava de madrugada, para chegar à escola a tempo, voltava de noite, vinha dormindo no ônibus de cansado.   Ele levou um bom tempo para aparecer.
Minha irmã, coitada agora se abria comigo, tampouco tinha boas perspectiva de vida, um dia falou conosco, minha mãe, meu irmão, vou ser freira, é a única maneira de escapar desse inferno, pelo menos poderei seguir meus estudos de alguma maneira.
Foi embora uma semana depois, antes que ele voltasse para casa.
Quando perguntou por ela, lhe disse que a tinha matado na surra que lhe tinha dado, pois tinha escolhido o caminho da morte, pois para mim era isso, eu também poderia ter escolhido ser padre, mas tinha um grande pecado, nunca poderia o perdoar, tampouco deixar de pegar quando ele passava dos limites.
Aprendi truques na escola, quando ele chegava bêbado, cantando de galo, o reduzia, chamava a polícia, me identificava, o mandava ficar de molho, o ódio dele por mim, claro aumentou.
Passou a vir a casa quando sabia que eu não estava.   Seguia aprontando, eu nunca entendi isso, pois minha mãe no fundo o defendia, levei anos para conseguir compreender, que ela tinha sido educada assim, a ser submissa.
Quando acabei a academia, fui trabalhar, no cu do mundo, tive que me mudar, ela agora ficava à mercê dele, mas claro as paredes entre as casas eram finas, se escutava tudo, eu pedi as vizinhas quando os gritos fossem muito alto, chamassem a polícia, algumas vezes ele escapava, mas quando estava bêbado demais, ia dormir na delegacia, ficou até conhecido por lá.
Passei três anos nesse lugar, vinha sempre que podia a casa, tinha um companheiro que sua mãe vivia perto, tinha o mesmo problema.    Infelizmente, ele com isso, tinha um ódio imenso a todos os bêbados, eu tinha que o controlar, quando íamos apartar uma briga de bêbados, queria descer logo o porrete.
Na escola, eu tinha conhecido um tipo, Sam Smith, era o homem mais bonito que tinha visto em minha vida, nunca permiti que se aproximasse, tinha medo pela atração que sentia por ele,
Ele por sorte, foi trabalhar em outra cidade, o que me permitiu de certa maneira o tirar da minha cabeça.
Eu tinha formado a minha cabeça num sentido, não queria romances com ninguém, tampouco me casar, para levar a vida como os demais, via na própria policia isso.   O homem que foi meu primeiro instrutor nas ruas, falava muito nisso, estava no seu segundo divórcio, dizia que casamento e polícia eram duas coisas que não se casavam.
Eu vivia num quarto alugado, apesar de ter uma entrada diferente, nunca levava ninguém para lá, fosse homem ou mulher, eu tinha que ir para a casa da pessoa.   Mas até nisso, eu era complicado, eu era o famoso da foda de algumas horas, nem de uma noite, pois ia dormir no meu quarto.   Tinha colocado na cabeça, que se passasse do tempo regulamentar de uma foda, significaria romance, tampouco me envolvia com nenhum companheiro, isso era tabu.
Fui sendo promovido, cada vez mais me aproximando da cidade.
Agora conversava com minha mãe, para ela ir para uma casa de mulheres maltratadas, existiam muitas pela cidade, cheguei a levar a uma, justo na zona que trabalhava.
Ela gostou como as mulheres viviam, eu lhe disse que podia ajuda-la.   Mas ela se resistia, seu argumento, quem ia cuidar dele.
Eu agora era inspetor, ia bem, tinha um excelente companheiro, ia sempre que possível a casa, um dia uma vizinha me avisou que ela estava no hospital.
Desta vez a coisa tinha sido feia, ele tinha dado um murro na cara dela, com isso ela perdeu a visão do lado esquerdo.  Além de ter hematomas no corpo inteiro, outra vez costelas quebradas, quando ela o começou a defender, dizendo que estava nervoso, pois tinha perdido o emprego, levei uma assistente social para falar com ela.
Finalmente aceitou ir para uma casa de mulheres, consegui com um juiz que conhecia, uma ordem para ele não se aproximar dela.
Mas nunca soube como ele descobria aonde ela estava, ia aprontava o maior escândalo, um dia um policial, descobriu que era meu pai, me chamou, lhe disse que se estava fazendo isso bêbado, que o devia levar preso, alteração de ordem.
Fez no mesmo lugar umas três vezes, a mudei de casa, para o outro lado da cidade, inclusive melhor da que estava antes.
Meses depois a mesma coisa, ele agora era famoso por isso, alteração de ordem, como nunca podia pagar as multas a cumpria na prisão, um juiz me chamou, para falar do meu pai, porque eu nunca fazia nada para defende-lo.
O senhor me desculpe, mas o pai do senhor é alcoólatra, pega sua mãe, ou o senhor?
Meu pai tinha contado uma outra versão, eu disse ao juiz, que falasse com os vizinhos, como ele sempre tinha se comportado, minha mãe, perdeu a visão no olho esquerdo por culpa dele.
Nessa época meu companheiro pediu transferência para uma delegacia em Londres, pois sua mulher era de lá, não suportava Liverpool.
Comecei a ter como companheiros jovens recém saídos da academia, devia treina-los, odiava isso, pois alguns, saiam como eu dizia, com síndrome de heróis.  Se esqueciam de todas as regras que tinham aprendido na academia.
Nessas alturas, já tinha trocado minha mãe quatro vezes de residência, acabei descobrindo que era ela que dizia aonde estava, o chamava porque se preocupava por ele.
Um dia fui chamado, por um inspector, quando cheguei, ele tinha lhe dado um tiro no outro olho, a tinha matado, estava ali, bêbado como uma gambá, se valorizando, tinha liquidado essa família de merda que tinha lhe tocado.
Quando me viu, ria as gargalhadas, dizendo que pena que eu não estava ali, pois teria me acertado outro tiro.
O inspetor me perguntou o que deveria fazer, sorri triste para ele, só respondi, o teu trabalho, é um assassinato.
Fui falar com minha irmã, ela me sorriu triste, tinha que acabar assim, por isso resolvi ser freira, os homens são sempre assim, ela tinha se formado em enfermaria, iria em breve para uma missão na Africa, sei que lá as coisas não são melhores, mas irei cuidar de crianças abandonadas, ver o que posso fazer por ela.   Ficamos de nos escrever.
Estava de uma certa maneira arrasado com o que tinha acontecido, meu superior me perguntou se queria ir a um psicólogo da polícia, agradeci, mas sabia que se ia, todos saberiam, viravas uma pessoa com problemas.
Comecei a ir a um, que eu mesmo pagava, minhas despesas eram mínimas, acostumado a simplicidade com que sempre tinha vivido, sem família para sustentar, mulher ou filhos, podia pagar.   Fui me abrindo com ele, contando tudo que tinha guardado dentro de mim, desde criança.
Meu novo auxiliar, era um rapaz impetuoso, era difícil controlar o mesmo.
Fomos chamados para um enfrentamento de gangs de drogas, eu estava nesse momento no cemitério, enterrando minha mãe, ele veio me chamar, que pediam a ajuda de todo mundo, falei com o padre que fazia a cerimônia, pedi desculpas, fui com ele.
Chegamos no meio do maior tiroteio, os filhos da puta, tinham reféns, estavam de tal maneira atrincheirados, que era quase impossível chegar perto, eu procurava uma maneira de chegar até eles, para tentar liberar as duas mulheres que estavam ali.
O muito idiota, metido a macho, apesar de lhe avisar, temos que esperar mais reforços, estava falando com quem levava a situação, quando ele resolveu avançar, no que ia gritar para ficar, o filho da puta levou um tiro no meio dos olhos, caindo para trás.
Maldição, comentei com o supervisor que levava tudo, eu agora estava sozinho nesse lateral, pedi reforços, pois tentaria sair por aonde eu estava.
Não deu outra, embora chegassem dois policiais para me ajudar, acabei levando um tiro no ombro direito, que me jogou longe, com isso bati a cabeça num carro que estava atrás de mim, não vi mais nada.
Fiquei sabendo depois que tinham me operado, tinham me induzido ao coma, por causa da contusão na cabeça, esta estava inflamada.
Não tinham ninguém para chamar, minha irmã, estava a caminho da Africa, meu pai na prisão aguardando julgamento.   Tudo que ele falou, depois me contaram, finalmente esse idiota morre.
Eu sentia que via tudo desde longe, mas minha cabeça funcionava, como lembrando de tudo, desde minha infância, a primeira vez que o vi batendo na minha mãe, que ela não fazia nada para se defender, depois como o fazia comigo, com minha irmã, que era muito pequena na época.   Um dia, parecia ver o homem me tinha apaixonado na academia, estava ali, no quarto me visitando, segurava minha mão.   Me dizia, vamos fique bem.
Depois me parecia o ver pelas noites ali, sentado ao meu lado, as vezes dormindo, outras segurando minha mão, como que me confortando.
Nunca mais tinha sabido dele, a não ser que era inspetor como eu, que tinha começado de baixo patrulhando as ruas como todos.
Mas nunca mais o tinha visto pela frente, aliás se o visse, tenho certeza de que me esconderia, nunca o tinha tirado da minha cabeça.
Como sabia que me dopavam para dormir, achei que era imaginação minha.
Quando finalmente me tiraram do coma, o vi aparecer no final do dia, soltou finalmente, o senhor despertou.
Fiquei sem graça, ele me explicou, como eu ele, não tinha ninguém, tinha vivido sua vida num orfanato, por isso tinha entrado para a polícia, isso é muito triste, não termos ninguém para nos fazer companhia.
Agradeci, eu achei que era um sonho meu, que estivesses aqui.
Rindo me disse, quer dizer que sonhavas comigo, nada de escapar como fazias antes, como se tivesse medo do que podia acontecer.
Merda, soltei, o que sabias de mim?
Que fugias de mim o tempo todo, evitavas fazer qualquer exercício comigo, com medo que acontecesse algo entre nós.
Caramba, como ele era direto.
Passamos a nos conhecer, ele contando sua vida, eu a minha.  Soube através dele que meu pai tinha sido julgado e condenado a mais de 20 anos de prisão.
Que o mesmo tinha tentado através de seu advogado, desestimar a causa, porque eu não estava presente.   O juiz que já o conhecia, isso não tem nada a ver com seu filho que está no hospital, mas sim com que o senhor fez com sua esposa.
Disse ao Sam Smith que adoraria estar lá para ver sua cara, finalmente indo pagar pelas coisas que fazia mal.
Ainda fiquei um tempo no hospital, fazendo fisioterapia, pois precisava do meu braço direito para atirar.
Quando voltei a trabalhar, me colocaram por um tempo, atrás de uma mesa, ia fazer exercícios todos os dias, duas vezes por semana, de tiro, para ver como me saia.
Me deram um trabalho, que eu fazia muito bem, analisar relatórios que iam para o Fiscal do distrito, se estavam bem fundamentados ou não.
Foi quando descobri, através de um presente do Sam, uma celular que gravava muito bem as conversas.
Estava analisando um processo, alguma coisa não encaixava, era contra um traficante de drogas, o mesmo de alguma maneira saia com não culpado do caso.
Analisei os relatórios iniciais dos dois policiais, que posteriormente tinham mudado tudo.
De o terem pegado em flagrante, a simplesmente a uma pessoa que estava por ali.
Chamei os dois policiais, mal comecei a conversar, entendi, os dois tinham sido corrompidos, com dinheiro, fui falar com o fiscal, esse ficou furioso, sempre é assim com esse sujeito.
Lhe perguntei se uma conversa gravada valia para o caso.
Depende do juiz.
Propus a ele fazer o seguinte amedrontar os policiais, esse claro correriam ao traficante, quase certeza que viria atrás de mim.
Foi o que aconteceu, eu era um homem de hábitos, comia sempre ao meio-dia, num restaurante perto da delegacia, mas ao qual nunca iam policiais.   Me sentava sempre na mesma mesa, ao final, quase na entrada da cozinha.  Coisas que tinha aprendido com o detetive que me tinha ensinado a trabalhar.
Não deu outra, senti de repente uma pessoa em pé na minha frente, o reconheci de imediato, tinha sido colega meu na escola, seu pai era igual ao meu, trabalhava no cais, mas se deu bem deixando passar as drogas.
O convidei para sentar, depois que levei esse tiro no ombro, tenho dificuldade de ficar olhando para cima, enquanto perguntava pela sua mãe, fingi que recebia uma chamada, mas ao mesmo tempo acionava a gravadora.
O muito idiota, me ofereceu dinheiro, que eu iria deixar de viver com esse salario de merda que ganhavam os polícias, que eu merecia uma vida melhor, como ele.   Por isso convenci os teus companheiros, além de ter como meus empregados, disse o nome de um juiz, bem como de um fiscal.  O deixei falar tudo, ao final, somente lhe disse que ia pensar.  Afinal eu só estava revisando o caso.
Claro, por isso, deves deixar passar, para esse fiscal, ver que não tem nada contra mim.
Fiquei de lhe dar resposta no dia seguinte, almoço sempre aqui, venha e conversamos mais, pois necessito saber quanto vais me oferecer, para saber se vale a pena.
Ele me soltou uma coisa que depois borrei, não só porque fiquei furioso, mas porque sabia da minha vida particular.   Me falou que Sam estava na sua folha, que recebia subornos.
Sai do restaurante aturdido, Sam se vestia bem, bem como vivia num belo apartamento, em comparação com o meu, era todo um luxo.
Já tinha me perguntado como ele podia viver assim, me tinha respondido que vivia ao dia, que tinha passado muita miséria no orfanato para viver como eu vivia.
Tanto é que nos encontrávamos em sua casa, nunca na minha.
Eu seguia igual, ele queria que fossemos viver juntos, mas eu tinha me acostumado, quando estudava um caso, ficar sozinho.  Tampouco gostava de compartir nada disso.
Mal cheguei aonde trabalhava, lhe chamei, marquei num lugar discreto, ele queria que fosse a sua casa, lhe disse que não.
Quando toquei no assunto, ficou branco, me perguntou o que ia fazer.
Fazer, vou seguir em frente, limpei no computador esse pedaço que fala de ti, mas se fosse tu, encontrava uma solução.
Dois dias depois levei uma surpresa, cheguei em casa tinha uma bolsa encostada na porta, com algumas roupas minhas que tinha deixado em sua casa, com um bilhete, iria trabalhar em Glasgow, sentia muito tudo isso, mas não queria me colocar em situação difícil.
Fiquei arrasado, mostrei a gravação para o Fiscal, o jeito foi uma reunião com o juiz, que levaria o caso.  Era considerado uma pessoa dura, que seguia a lei firmemente.
Quando escutou a gravação, me disse, teremos um problema aqui, será como mexer num ninho de vespas, pois ele fala de muita gente.  Isso pode te criar problemas, aonde trabalhas.
Foi quando o fiscal, me ofereceu para trabalhar com ele, era uma saída, mas teria que depor no julgamento.
Quando o homem, tornou a me procurar, mal entrou pela porta, eu já estava com a gravadora pronta.  Se sentou comodamente na minha frente, colocou um envelope que eu deduzi ser dinheiro, tinha preparado meu cometido, tinha dois policiais na cozinha, esperando para entrar, bem como um que se fazia de garçom.
O deixe falar tudo que quisesse, inclusive me dizendo que com esse dinheiro, poderia melhorar, mudar para um apartamento, como os policiais que faziam vista gorda para ele, o muito idiota, falou em um que eu conhecia, que atualmente trabalhava na polícia portuária. Que estava bem de vida, no fundo ele tinha certeza de que eu iria aceitar, principalmente por causa do Sam, eu não podia abrir o envelope, tinha que ser ele, como não me mexia, ele abriu, me dizendo, não me diga que é pouco.
Eu chamei o garçom, que tirou uma algemas, lhe dando ordem de prisão. Ficou furioso, teu amigo vai pagar por isso.   Mas o problema não era meu, além de que, se Sam tivesse sido esperto não teria aceitado, ou se mandado para Glasgow como dizia.
Tentaram me matar duas vezes, mas agora eu estava esperto, nunca fazia o mesmo roteiro para casa, tampouco, ia sempre aos mesmo lugares, se o fazia me sentava perto da porta da cozinha, pronto para escapar.
A última vez, foi por pouco.  Estava lendo uma carta de minha irmã que estava no Congo, em um orfanato no meio do nada.   Eu tinha férias para tirar, pensei, vou para lá, assim passo um tempo fora de toda essa merda.
Foi quando me abaixei, a carta tinha caído no chão, justo nesse momento, um tiro através da janela, quase me atingiu, o sujeito não sabia que estava sendo seguido todos os dias por policiais do fórum.
Conseguiram pegar o pistoleiro, que disse quem o tinha contratado, o julgamento foi um espetáculo, pois o traficante, era um idiota, falou o nome de todos a quem ele pagava, seu advogado tinha tentado trocar de juiz a toda custa, mas o mesmo não conseguiu.
Quando tudo acabou, me disse que se vingaria de mim.
Sua vingança foi na prisão, era a mesma aonde estava meu pai, só que esse como era, era o braço direito de um rival do mesmo, tudo virou uma grande confusão, matou meu pai, ao mesmo tempo que o outro o matava.
Quando me falaram, eu que nunca tinha ido ver meu pai lá, disse, pelo menos o governo gasta menos dinheiro sustentando um alcoólatra.
Em seguida tirei férias, fui passar um tempo com minha irmã, no Congo, sair do inverno da Inglaterra, chegar no verão da Africa, foi uma sensação impressionante.
Era esperado no aeroporto, por um padre, esse ia em direção a missão, me levou com ele, eu fui fazendo como um strip-tease, pois fui tirando a roupa, era muito branco.
Quando chegamos fui cercado por um grupo de crianças, minha irmã já tinha comentado isso, como era alegres, viviam com o mínimo, mas eram alegres.
Ela logo me arrumou coisas para fazer, ajudava o médico com as crianças, eu como tinha sido bom nos esportes, fazia exercícios com os meninos, corríamos em volta da missão, ajudava na hora de dar de comer a tantos, alguns pequenos eu dava comida na boca, coisa que nosso pai nunca tinha feito.  Ao final, estava integrado ali, mas claro a missão não podia me sustentar, mas de pensar em voltar a Liverpool, era uma coisa difícil.
Escutei falar da Africa do Sul, o médico era de lá, me deu um contato, foi o jeito, arrumei um emprego na cidade do Cabo, mas claro tive que ir a Liverpool, pedir as contas, sabia que nunca mais voltaria, nada me prendia ali, nem família, nem um romance, nada.  Tinha o telefone do Sam, pois este tinha me chamado muitas vezes.
O chamei para me despedir, lhe disse que ia embora do país, ele tinha se adaptado a vida de Glasgow, lhe disse que andasse na linha, para não ter que fugir outra vez.
Me perguntou para aonde ia, lhe disse que para o Congo, não ia dizer que estaria na Cidade do Cabo.
Com os anos passando, eu cheguei a conclusão que tinha feito a melhor coisa da minha vida, era sério no trabalho, quando cheguei me olhavam desconfiados, o que faz esse inglês, aqui, depois elogiavam minha maneira de trabalhar, de investigar algum caso, tentaram me subornar, mas tinha aprendido, dizia logo na cara da pessoa, estas sendo gravado falando isso, posso usar contra ti, melhor ires cantar em outra freguesia.
Dava certo, nas férias ia para aonde estava minha irmã, isso ninguém entendia, além de ser minha única família, eu respeitava o que ela fazia.
Anos mais tarde, veio trabalhar em uma missão mais perto, me facilitava, cada vez que tinha uma folga, ia até lá.
De uma certa maneira ela tinha encontrado uma família com as crianças que cuidava, eu nunca iria formar uma, sabia disso.   Vivia da mesma maneira, jamais ter um romance com alguém do trabalho, seguia sendo o homem de uma foda nada mais.
Falavam de mim por isso.  O que se tornou meu melhor amigo, quando tocava no assunto, eu lhe respondia, para quem teve uma família como a minha, é o melhor, lhe contei que tinha mandado meu pai a prisão, contei toda a história, agora para mim, era como uma coisa muito longe, era como contar uma historieta.
Nunca mais voltei a Inglaterra, não tinha interesses lá.
Quando me aposentei, juntava uma parte de lá, outra da Cidade do Cabo, comprei uma casa na praia, aonde inclusive apesar da idade aprendi a surfar.   Com isso era a pessoa que escutava todos os rapazes, com seus problemas, procurava orientar, sem nunca me envolver.
Creio que acabarei morrendo de velho, numa residência de pessoas de idade, ou então sairei um dia ao mar com minha prancha de surf, remarei mar adentro, que ele me leve para aonde queira.
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wordsincanvas · 11 months ago
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Acordada
Decidi acordar, deixar-me embalar pelo sonho e esperança estava a corroer o que sobrou de mim depois de ti. Percebi que, por mais força que tenhamos, nunca será suficiente se do outro lado há alguém incapaz de amar. E não digo amar-me, porque não somos donos absolutos do nosso coração, mas sim de alguém que se despisse para, pelo menos, tentar receber o que dei. Quando não estamos disponíveis para receber amor, também não somos capazes de o dar. Percebi isso tarde demais, quando já me tinha deixado levar por todo o envolvimento que me permitiste.
O livro do Principezinho tem uma frase que diz : "Somos responsáveis por aquilo que cativamos". Agora entendo na perfeição o que este pensamento significa, e realmente o Antoine de Saint-Exupéry escreveu-o com um propósito. Devias ter lido o livro, talvez evitasses destruir-me o coração desta forma tão dolorosa.
Não descarto as minhas culpas, não te posso culpabilizar por ter sido tão verdadeira, de tanto me ter entregue, de querer cuidar de ti, e de me apaixonar. Não! Essa culpa carrego-a eu. Fiz aquilo pelo qual era impelida a fazer, cuidar de ti, dar-te afeto e carinho, estar presente em todos os momentos. E tu foste permitindo, foste deixando que eu desse todos esses passos, que me aproximasse do teu mundo, que despisse o corpo e entregasse a alma. Agora questiono tudo, tudo. Parece que vivi num mundo paralelo em que só eu fui capaz de sentir, e isso é tão estranho, porque falo de sentimentos. Falo de uma relação que nunca existiu, mas ainda assim, foi-me permitido que o tivesse vivido como tal. Se fosses honesto comigo, falado do que ainda sentias pelos fantasmas do passado e não por mim, eu teria sido capaz de me proteger e não me permitir a este sofrimento. No fundo, fui a bóia de salvação para os naufrágios do teu pensamento, a tua companhia quando mais ninguém te queria escutar, o corpo quente para preencher as tuas carências. E se para ti nada significou, nada foi, para mim era tudo. Foi o necessário para alguém como eu, que estava a passar pelo período mais sensível da sua vida, deixar-se baloiçar na envolvência do teu abraço.
Foi pouco tempo, é certo, mas cheguei ao fim sem saber nada de ti. Sem conhecer a tua essência, o teu ser. Tentei perceber a tua cabeça das poucas vezes que me permitiste, e, mesmo assim, cheguei ao fim sem nada saber. Li artigos, procurei em livrarias o conhecimento dos livros, que acabei por não comprar por achar que eram demasiado técnicos, e na verdade eu só queria era saber como lidar com a doença mental de que padeces. Fui sempre compreensiva com os teus momentos de ausência, por imaginar que mais ninguém te poderia ajudar a ultrapassá-los senão tu, contudo, estive sempre presente para que não te sentisses desamparado e só. Fiz o que me foi possível, e isso acaba por me trazer paz.
Estou triste porque nunca tinha sentido necessidade de erguer muros e construir barreiras para lidar com os humanos a este nível. Os sentimentos partilhados sempre foram recíprocos, e mesmo quando não eram, não vinham maquialhados por um falso gostar. Agora receio confiar no próximo, tranquei o coração para que não seja uma vez mais desfeito. Prefiro renunciar ao amor, que ser quebrada novamente. Isto é o mais doloroso para mim. Igrato também. Não é justo para alguém que se aproxime com intenções diferentes das tuas, porque não terá de mim aquilo que fui capaz de te dar. No fundo, ser eu mesma, fiel ao que sinto e sem necessidade de o esconder.
Neste momento não sei bem o que te desejar, apenas espero que mais ninguém volte a cair na tua teia de carências. Usas as pessoas para um fim, ignorando o que sentem, e o pior de tudo é que tens essa consciência, identificas o problema, sabes a razão, e mesmo assim não deixas de o fazer. Espero que em algum momento da tua vida possas ser feliz.
Reescreve, o uma vez mais, as palavras de Saint-Exupéry, "É loucura odiar todas as rosas só porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou... ".
Sei que a seu tempo serei capaz de voltar a ser o que sempre fui.
Por ora, acordada permanecerei.
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archbriel · 3 months ago
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Gabriel ouviu com atenção as palavras de Chrysalia, seu olhar permanecendo sereno, embora algo mais profundo parecesse agitar-se sob a superfície. O riso sem humor dela soou como um eco distante das próprias frustrações que ele carregava, e sua observação sobre o peso de viver para sempre atingiu uma verdade que ele conhecia bem. "Imortalidade não é o mesmo que invulnerabilidade, em todos os sentidos." ele começou, seu tom calmo e grave, como se pesasse cada palavra. "A eternidade nos dá tempo... mas não nos poupa das perdas. Perdi muitos... E cada um levou um pedaço de mim que nunca voltou. Não se trata apenas de corpos ou almas que se vão. Há algo mais profundo que se quebra. E não importa quanto tempo tenhamos, não é algo que o tempo cura." Ele parou por um momento, como se reconsiderasse até onde devia ir com isso. Não era de seu feitio se abrir com facilidade, especialmente com alguém tão perspicaz quanto Chrysalia. No entanto, havia uma honestidade crua nas palavras dela que exigia uma reciprocidade. "O peso... não é algo que se aprende a carregar completamente. A gente só... aprende a se mover mesmo sob ele. Senão, como você disse, enlouquecemos." Ele deixou o pensamento pairar no ar, seus olhos encontrando os de Chrysalia, avaliando se ela entendia o que ele tentava expressar.
Tumblr media
"Se esconder...", Chrysalia murmurou, pensativa. Como uma fada, a rainha da Corte dos Gritos era profissional em se esconder à vista de todos. Incapaz de mentir, mas profissional em contornar a verdade de forma a fazer os outros acreditarem no que ela queria. Ao mesmo tempo, às vezes sentia que era impossível esconder completamente quem ela era e quem ela foi. "Se esconder completamente é de fato impossível. Mesmo os melhores atores esquecem as falas às vezes, não é?", riu fraco, sem humor. Ela era uma atriz excelente. Ergueu as sobrancelhas com curiosidade ao ouvi-lo falar de perdas. Era inevitável, uma parte de si queria se alimentar da dor dele como fizera com tantos outros antes. "Toda a sua família é imortal, porém", retrucou. "Você não precisa se preocupar com a possibilidade de perder um pai." Não era exatamente uma discussão; só queria ver até onde ele podia chegar. "Sim, acredito que sim. E quando se vive para sempre, se não aprendemos a lidar com o peso, enlouquecemos."
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oceanstriology · 1 year ago
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Venci
Partir-te o coração
Magoar até senão
Ter-te na minha mão
Fazer novamente o teu tempo ser em vão
Exitirá alguém que realmente te complete ?
Ou ser uma gaja burra é só o que te compete
Tu não me entendes
Eu é que sou cego mas tu devias usar lentes
Mundo futuristico e conspiracionista
Até me dói lembrar que fui o teu maior acionista
Mas tu és malandra então faz te a pista
Diz que sou só uma carne na tua lista
Eu confirmo e como otário me afirmo
Essa jogada foi um mimo ❤️.
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db-ltda · 1 year ago
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Fantasias de uma empatia sobrehumana & O cavalo empata foda.
Talvez não nos questionamos muito se somos ou não somos reais, aliás e por certo, é raro e perigoso o momento em que a realidade como um todo é questionada por aquele pensamento assustador:
"Será que tudo não passa de ilusão?"
Somos mergulhados profundamente em um mundo fantasioso que, muitas vezes, não corresponde à realidade.
Quando ouvimos de alguém sentimentos declarados, muitas vezes sentimos um medo profundo de não ser verdade. Uma mão amiga se estende e duvidamos que podemos de fato confiar. 
Sendo a recíproca verdadeira, há momentos em que até quem se declara ou estende a mão, duvida de si e de seus próprios sentimentos e intensões.
Mesmo assim, pautados numa esperança de que algo em tudo isso seja real, a fantasia do amor eterno, do sucesso profissional e do crescimento pessoal vigoram como se fossem a mais pura das realidades.
Dos três amigos que saem a noite, um separou-se recentemente, desiludido com um casamento e um amor que não deu certo, agora fantasia coisas novas:
"Ei amigos, vamos ficar de olho se há algum motel no caminho e anotar o endereço, porque essa noite promete!"
Sim, a noite sempre promete muitas coisas, inclusive que nada de novo ocorrerá, exceto a incrível descoberta de uma nova biqueira, pois só a droga apaziguará sua angústia de mais uma vez tudo estar se repetindo.
Dorme mais uma noite sozinho…
Eufórico e poderoso como pó, forte como raio, ou tranquilo e em paz como a erva que nasce no campo.
Fulana convencida de sua influência digital sobrepõe seu delírio de fama à convivência real.
Dois adolescentes vivem uma fantasia conjunta de um amor a respeito um do outro, mesmo sem nunca conversarem.
Um operário, crê com plena certeza que um dia será um CEO, porque seu empenho no trabalho será reconhecido independente de se ele busca um curso ou formação.
Percebendo-me fantasiar assim como eles e tantos outros, questiono-me o quanto todas essas e outras tantas fantasias não são, justamente, a força motriz para seguirmos todos adiante.
Entretanto, a vida parece estar ensinando-me algo de novo e difícil de engolir…
É preciso frustrar-se e estar disposto a desistir!
Com sorte o amigo divorciado desiste de só enxergar no afeto feminino um sinônimo de potência e de que ele merece atenção e carinho.
Quem sabe desistindo de sua busca torpe por algo que ele fantasia que um dia irá completa-lo ele preste a si mesmo este serviço, tratando-se de forma digna e valorizando a si mesmo.
A meu ver nada há de errado em fantasiar um pouco aqui e acolá, eu mesmo tive minha fantasia de amor quebrantada e ainda sigo com uma expectativa - agora bem menor - de encontrar uma companhia satisfatória. 
O problema em fantasiar reside apenas onde a falta de alteridade nos leva a supor que o outro fantasia com o mesmo, pois ainda que os desejos e pretensões sejam os mesmos, o prazer de suas respectivas realizações tem um efeito único para cada um.
As fantasias vividas em conjunto não raro expõe a humanidade a um determinismo a respeito do que faz bem e satisfaz a todos.
De resto, se alguém sofre por frustrar-se em suas fantasias, desejos e delírios, não há quem tenha culpa senão apenas o seu próprio EU sonhador.
Mas por incrível que pareça, ninguém parece desejar ser um pouco mais real.
Cada vez mais vejo os poemas e recados de amor por aqui, desejarem e fantasiarem com uma empatia e uma correspondência sobre humanas.
Devia existir um pouco mais de juízo a respeito do quanto se pode esperar do mundo e do outro, não porque fantasiar demais tem consequências graves, a única consequência possível é se deparar com a realidade.
Mas sim porque todo mundo que já andou um pouco pela face dessa terra, sabe o quanto é doloroso frustrar-se.
Esses termos psicológicos e modernos como responsabilidade afetiva e etceteras, tem sido cada vez mais o pano de fundo do teatro que é o romantismo moderno.
O cavalo branco do príncipe hoje se chama empato, não porque ele é empático, mas porque ele empata muita foda.
A natureza caminha sempre para o equilíbrio e ao que parece, quanto maior a fantasia de amor maior é a realidade de desprezo, não porque em verdade a realidade é desprezível, mas porque o desejo de que ela seja perfeita impede justamente o amor, que não é senão aquilo que permanece, ainda que nem tudo seja belo, bom e justo.
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mechamedealessandraroiz · 1 year ago
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Eu só não gosto de pontos finais
São tantos sentimentos, intensos, aflorados, cansados, aterrados. São tantos medos, inseguranças, fomes, cobranças. Não sei como me portar, como agir, como falar, ou quando falar. Tenho pavor de me machucar, de me magoar, de me autossabotar, de passar o resto dessa vida em me odiar. Eu sinto, eu penso, eu expresso, eu tento, mas parece que nunca vou chegar lá ou que nunca vou me sentir genuinamente aonde eu deva estar. Eu devia gostar de viver... Pois eu gosto de me expressar, gosto de conhecer gente, gosto de explorar novas culturas, da arte abraçar, gosto de sair descalço, gosto de novos sabores e calores, de sentir a brisa no rosto, de encarar olho a olho, gosto de namorar e amar, gosto de boiolar e beijar, gosto do quente e do acolhimento, gosto de sentir sensações, gosto de ouvir sons mas também do silêncio, gosto do toque e do prazer, da certeza e do pertencer, gosto de dançar e com qualquer melodia me jogar, gosto de estudar e aprender sempre aberta a crescer, gosto de me fantasiar como alguém otimista e escrever textos que sigam essa linha, gosto das possibilidades e do que elas me proporcionam, gosto de açúcar e chocolate, de pimenta, limão, tempero e coentro, gosto de relaxar e um bom banho quente tomar, gosto de poder partilhar e de me sentir a vontade pra qualquer coisa falar, gosto de chorar porque em seguida vem a lição a tomar, gosto de viajar, sol e mares ao luar, gosto de ler e fantasiar, de dramas e romances ruins, gosto da adrenalina e do receio que ela me dá, gosto de pêssego e do seu cheiro, de colecionar aromas, sabores, amores e dores, gosto de bebidas ruins e altamente suspeitas, gosto de laranjas e bananas, de tomar milk shake no frio, de miojo no calor, peixe cru também, e ás vezes massa me convém, gosto de planejar, dos meus sonhos listar, de no bloco de notas anotar, de vários post its colecionar, gosto de dormir pra poder sonhar, gosto de imaginar, mas nem tanto senão eu chego a surtar, gosto de fones de ouvido, pra ouvir tudo bem pertinho, gosto de usar acessórios, e de me sentir altamente magnética, um tanto quanto patética, gosto de verde, flores e ervas, e da paz ambiental que me traz, gosto de fazer novos amigos, e que gostem de memorizar momentos comigo, gosto de conversar sobre qualquer coisa, passar o tempo, apreciar o vento, e criar novos instantes que sejam cativantes ou viciantes, gosto de ser aleatória, de puxar coisas na memória, de escrever sobre o antes e o agora, do passageiro e da demora, do início mas não do fim, de novos ciclos e..
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cesar-soares · 2 months ago
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Fujo ao amor desde que me lembro, fujo sem fazer nada em concreto.
É como se existisse em mim um travão, e ha, é como se pusesse em mim um peso que sei que nunca vou suportar. Sei, mas escolho suportar inconscientemente.
Não os distingo aos  amores, talvez seja esse o meu pecado capital, não os junto em pedaços de alma senão numa nostalgia distante. Em músicas que já não devia ouvir.
Nunca soube como sentir sentimentos, todos me surgiam como palpitações súbitas, nunca soube como os viver achando sempre que não eram reais, mesmo que envolvido neles.
Com o tempo questionei, com o tempo percebi. Escolhi eu alhear-me que me viciei, escolhi tantas vezes a solidão que as presenças são intermitentes.
As minhas sobretudo, que me pesam em tardes quentes ou em noites frias, originando as por que desespero e por vezes espero.
É engraçado para alguém que fala tanto com o papel, ter tantas reticências em falar com pessoas. Não é receio das respostas, mas uma ausência de fé nas expectativas.
O papel até pode soar a monólogo, mas é demais pedir ao mundo que me entenda, é claramente de menos pedir que o faça.
Faço miseravelmente, desconhecendo às vezes o centro das questões, o centro de mim. Forcei-me tantas vezes a ficar ao canto das salas, longe de onde a luz incide, que vivo de forma sôfrega pisando as linhas de áreas que eu próprio delimito, mas às quais já não reconheço realismo.
Estou confortável metade do tempo, por aquilo que pareceram ssgundos que a vida me protegeu, dos outros dois terços perdi o rumo, perdi a calma e a racionalidade. Escrevo freneticamente em busca de chegar a algum lado, dou cada vez mais conta de me ver longe de mim.
Como é isto possível, se na génese sou quem sou?
Como é que eu sou possível, se ainda ninguém me encontrou?
Molho o rosto só de pensar, dói-me realmente aquilo que defini um dia por alma. Sei que é um refúgio meu de mim, como o miúdo assuataso que em Setembro de vinte e um se insurgiu.
A vida está em suspenso, toda ela. Nao sei ao certo se desde esse dia, se já vem de antes, é fácil perder a noção do tempo, não é é fácil perder o medo.
Levo todos os dias na ansiedade que um divino que não reconheço me leve isto, me leve o medo, como me leva a visão o tempo, como me leva a respiração o cadeirão onde me sento.
Sentei.
Durante horas de tratamentos que tiveram tudo para me salvar ou me levar, que durante o tempo que se seguiu teimosamente me prendeu.
Entendo hoje ainda assim porque é que o amor nunca me escolheu de verdade, o amor que despe a luxúria diga-se. Nunca me escolheu por nunca ter sido inteiro, por nunca me ter encontrado. Como é que é possível amar afinal alguém que é um livro rasgado em várias almas, em vários eus?
Diferentes, ímpares. Particularmente e aparentemente só maia um rascunho de um texto meu.
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pensandodireito · 2 years ago
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Às vezes, nos apaixonamos pela possibilidade, não pelo AMOR
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Quem nunca se desiludiu? Mas e quando a nossa maior ilusão parece ter sido uma criação nossa?
Nem sempre, somos iludidos, às vezes, criamos ilusões, acreditamos nela, torcemos para que se concretizem 'ex nunc' e ainda acabamos esperando muito dos outros, quando na verdade eles não nos devem nada.
Não podemos achar que é maldade, o outro não corresponder às nossas expectativas. Em fato, isso é o natural.
Ninguém responde demandas dos outros. Cada um vive sua vida, ciente ou não de seus projetos, fazendo suas escolhas, tomando decisões boas ou más, com vistas ao que vivera até então.
Logo, esperar que os outros vivam para atender nossas expectativas, além de egoísta é a maior ilusão que podemos criar em nossas vidas.
Não. O outro não precisa fazer nada que ele não queira. Ah... Mas ele deveria... Ah... Mas ele é muito idiota, por não reconhecer... No fim, nós somos os mais estúpidos, por que o outro só está vivendo, com suas dúvidas, certezas, alegrias, tristezas e próprias mazelas. E quem somos nós para esperar algo de alguém?
O Amor, se não se fundar na gratuidade, na espontaneidade e no livre consentimento, é apenas uma decisão de um, logo não se sustenta. Amar e ser amado, é uma decisão complexa que depende de no mínimo dois seres independentes.
Tentei acreditar na minha sombra, até descobrir, na luz, que estava só. Tentei acreditar que tinha inimigos conspiradores e até um monstro no armário a minha espreita, quando na verdade, eu continuava só e à noite que antes havia sido longa e preocupante, não continha nenhum perigo, senão eu mesmo.
Queria poder gritar e culpar um terceiro, mas até aqui, sou o único responsável por minhas escolhas. Até as dúvidas que tive hoje, só dependeram de mim, somente por mim foram criadas, cultivadas, alimentadas e pelas minhas próprias mãos morreram.
Por semanas sofri por não ser correspondidos no amor por um outro, até que descobri que ninguém me prometera nada, ninguém me iludira, ninguém me devia nada... Aliás, apenas eu era credor e devedor de mim mesmo e as promissórias eram todas falsas, eram sonhos, talvez desejos profundos de amor, mas não de ser amado, eram apenas desejo de Amor Próprio, que talvez até o momento, eu mesmo não me dera.
Então, na próxima vez que me apaixonar, vou lembrar que o outro nada me deve, nada precisa me satisfazer. O outro apenas tem um compromisso consigo e se em alguma parte da estrada, nossos compromissos se alinharem, ainda assim somente podemos ser responsáveis pelo Amor, individualmente.
E mais uma vez a maior conclusão não é perdoar o outro, mas se perdoar e reconhecer o nosso auto-engano... Eu me perdôo. Eu me enxergo. E eu me comprometo a perceber meus pés sempre no chão.
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web-series · 2 years ago
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Rainha do Verão
Dalila, João e Estela seguem bebendo e conversando até amanhecer.
[Dalila]- gente, pelo amor da Deusa, tudo que eu contei NÃO pode sair daqui, hein!
[Estela]- fica tranquila, miga, tá tudo certo. Cê sabe que o Bonde das Panteras é parceria pra vida, né.
[João]- e só pra atualizar vocês, minhas queridas panterinhas. Já encontraram o corpo do tal milionário, tá?
[Estela]- sério?! 
[João]- uhum, acabei de ver na página do jornal local do Instagram.
[Dalila]- mas como cê sabe que é o cara?
[João ri]- amiga, foi encontrado um corpo em uma suíte presidencial de um motel. O cara estava usando uma calcinha e foi identificado pela funcionária do estabeleimento. De acordo com informações, o nome dele é Rafael e estava acompanhado por uma mulher não identificada, ou seja, você. É tudo que você contou pra gente.
[Dalila]- puta que pariu, é ele mesmo. E se me viram? Gente, o lugar tem câmera!
[Estela]- aí você finge de desentendida, amiga, você é ótima nisso.
[Dalila]- sou ótima em outras situações, não quando se envolve morte.
[João]- mas relaxa, você não fez nada. Ele só morreu, ué, que culpa você tem?
[Dalila]- ai, sei lá...eu devia pelo menos ter ajudado, chamado alguém, sei lá.
[Estela]- não, porque você não é obrigada, gatinha. E o cara ainda é casado, pensa só a vergonha da esposa e filhos.
[Dalila]- ai...que nada aconteça comigo, senão, adeus ser rainha do verão.
Sara vai até o barraco de Alan.
[Sara]- cê tá sabendo que roubaram o salão da Bianca?
[Alan]- quê?! De onde cê tirou isso?!
[Sara]- para de se fazer que eu te conheço, Alan, o que você andou aprontando, hein?
[Alan]- eu?! Nada, ué! 
[Sara]- nada? O que você sabe sobre esse roubo?
[Alan]- ah, agora só faltava essa mesmo, cê tá me chamando de ladrão, Sara? É isso mesmo?
[Sara]- eu tô sim. Tô, porque sei que você é capaz de qualquer coisa pra pagar essas suas dívidas com sei lá quem!
[Alan]- cala a sua boca, fica na sua e cai fora! Tô falando pro seu bem, senão o baguio vai ficar doido pro seu lado!
[Sara]- eu não tenho medo!
[Alan]- mas é bom ter! Cê não tem moral nenhuma pra vir querer cantar de galo, não, Sara. Ou já se esqueceu de que todo dia cê vem sentar na pistola do namorado da sua melhor amiga? Com uma amiga dessa, quem precisa de inimiga, né não?
Em casa, Cadu fuma, enquanto observa as meninas selecionadas.
[Taty]- já decidiu quem serão as suas novas funcionárias?
[Cadu]- funcionárias não, é uma palavra muito forte. Eu diria parceiras. Mas não, ainda não decidi.
[Taty]- Cadu, se...eu te dissesse um dia que estou infeliz e que quero ir embora, o que você faria?
Cadu solta uma gargalhada.
[Cadu]- eu faria exatamente isso que eu fiz: começaria a rir. Que pergunta imbecil é essa?
[Taty]- de uns tempos pra cá, venho pensado melhor nessa nossa...relação, se é que posso chamar assim.
[Cadu]- pensado em quê? Eu te dou tudo que você precisa, não estou te entendendo. Quem andou enchendo sua cabeça de asneira? Você tá com outro, é isso?
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sorry4everpikachu · 2 years ago
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hoje foi provavelmente a última vez que te vi e conversei com você. descobri que te magoei bastante também ao me afastar, o que é irônico porque eu jurei que você não sentiria minha falta. Eu não tinha forças pra ficar perto de você antes e quando finalmente tive, você é quem não queria mais. Eu precisava muito dessa conversa, te deixar saber como eu me sinto e que estou ciente dos meus erros. Te ouvir. Eu sei todos os seus erros, mas não apontaria porque não parece certo falar mal de você, mesmo que seja verdade.
Fiquei com raiva por suas amigas te dizerem pra não falar comigo, e por você ouvir elas. Isso era só sobre eu e você, mas eu não disse nada. Já não tenho mais esse direito, né? Queria muito que uma única vez você levasse seus sentimentos em consideração ao invés das opiniões alheias. Mas isso também não importa mais, acabou.
Dói demais ter acabado. Não vou nutrir esperanças de uma improvável reaproximação porque sei que só vou me machucar. Essa precisa ter sido a nossa despedida mesmo. Me dói muito, porque eu sempre vou te achar alguém especial e sempre vou ter carinho por você. Você sempre vai ser a minha primeira. Eu só queria que tivesse funcionado, que eu não tivesse te magoado, que você não tivesse me magoado e que a gente estivesse bem. Sonhei muito com você, acordada ou dormindo, você foi o centro dos meus pensamentos por meses. E aí eu simplesmente agora tenho que me acostumar com a ideia de que só vou poder te ter na memória. E agora vou precisar focar em mim, nos meus problemas, nos meus traumas, nas minhas dores. Só assim vou poder me curar e me tornar uma pessoa boa. Me tornar quem eu queria ter sido pra você e quem eu devia ter sido pra mim.
Agora preciso focar só em me curar, porque meu coração tá dilacerado há muito tempo e eu cansei de sofrer. Já entendi que errei, mas não sou uma pessoa ruim, apenas tive atitudes ruins e quero ser melhor! Preciso ficar melhor, porque senão eu vou morrer.
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