#se fosse feito um filme sim e um filme não seria legal
Explore tagged Tumblr posts
Text
Como pessoa demiaroace eu preciso dizer: saudades de pares românticos em filmes da Disney.
#wish movie#disney#wish#wish disney#aromantic#asexual#demiaroace#representação aroace nao precisa obliterar romance de todos os filmes de princesa#se fosse feito um filme sim e um filme não seria legal#mas não#simplesmente fingem que pessoas tem aversão de conexão romântica ou que isso não existe#por isso rola umas bizarrices tipo shiparem a mirabel com o proprio tio#isso não rolaria se a mirabel tivesse um interesse romântico
2 notes
·
View notes
Text
Depois de assistir o live action de A Pequena Sereia por fim senti que consigo escrever sobre o Brasil, mas não tenho certeza disso! :)
Nunca senti ter conhecimento suficiente para escrever sobre meu próprio lugar, é como se fosse uma multidão de culturas em uma só cultura, e eu nunca nem soube qual é a minha, e talvez nunca chegue a ter uma em específico. Hahahahah Mas nada melhor que falar as coisas se 'trem'. :)
De fato quando vejo filmes sobre mulheres Brasileiras são tudo esteriotipadas, e nunca indentifiquei com aquilo, os rapazes não ficam para trás, e nem todos gostam de bola nos pés, e nem todo mundo curte maresia apesar do amor brasileiro por sombra fresca, sol e água gelada com erva mate (tereré). :)
Por diversasvezes já pensei em escrever algo realmente sobre o BR, quando ia expandir o meu bruxinho alemão para a Amazônia disseram-me que eu não deveria fazer, pois estaria ferindo a cultura de lá, mas sempre fui apaixonada naquela floresta mesmo nunca tendo colocado os pés por lá. Até pensei em fazer uma princesa brasileira no meio do filme, mas não daria para fazer só uma, precisa ser várias: — tivemos uma austríaca que adorava coletar pedras e muito contribuiu para o museu de história natural brasileiro, e tivemos aquelas que inspiraram o nome da floresta que surgiram afungentando os moços com arco e flecha, e ainda tiveram aquelas que faziam até mapas com suas tranças para fugir da escravização, tem as fãs de maresia, e as que nunca nem beiraram ao mar, as que gostam de inventar e fizeram até escorredor de arroz, as que as estrelas amam observar e levaram a ciência daqui para algum outro lugar, e aquelas que gostam de cantar, gritar feito Rita Lee, pular, e outras que só gostam do seu cantinho, escrever asneiras na internet ou rabiscar o papel feito Clarice Lispector, e nem precisa nascer brasileiro para tornar-se brasileiro. ;)
Escrever um príncipe brasileiro também me seria complexo, tem os caras que gostam sim de fazer gol, mas tem os malucos da aviação com constelação, arco e flecha na floresta decídua, os que falam "E aí guria?", os que sambam , aqueles que andam de short gigante no meio da praia e pés na areia a beirar o mar, os que curtem o milharal, houve aquele que falava 16 idiomas, e tem as preciosidades raras que some para escrever feito Carlos Drummond Andrade e expressar-se no silêncio estilo Portinari.
Tem os que falam "Onde tu vais?", "Ocê tá legal?", "Que trem é esse rapaz?", "Café e pão de queijo...", "E aí galera?", "Bom dia! Está tudo conforme planejado.", tem o povo pontual, e os que só andam atrasados, mas "não se sabe onde está, porquê tudo está misturado." Hahahah
Complicado escrever sobre essa Ilha continental também chamada de Dimensão 22, e fica fofinha para observar o Cruzeiro do Sul, e que deve ter bem mais de 22 culturas para formar uma em várias. Hahahaha
1 note
·
View note
Text
.... que abram as cortinas e que apareçam os atores porque nesse post falaremos sobre .... Teatro. Isso mesmo Teatro aquele lugar onde tem varias luzes e toca aquela campainha quando está pra começar
Antes de começarmos, o assunto foi proposto pela Simone. Grata Simone, sua proposta foi, obviamente, aceita e vamos tentar te dizer do melhor ângulo possível tudo o que pudermos a respeito de como os jovens veem o teatro. E aguardem que nessa quarta-feira haverá um post vinculado a este. Ele vai estar recheado de dicas para peças e lugares para se informar a respeito delas. Sigamos com o post.
A entrevista que vai ser mostrada a seguir foi com uma amiga: Thifani. Obrigada por disponibilizar o seu tempo para essa entrevista. Na minha opinião, foi uma entrevista muito interessante ela não deixou a desejar na questão resposta em relação as perguntas que eu fazia. Vou por a entrevista e ai vocês me dizem o que acharam.
Sabrina:Gosta de ir ao teatro? Se sim, qual foi a última peça que assistiu?
Thifanii: Pra falar a verdade só fui uma vez, a peça era O Mágico de Oz. Fui com a escola e gostei bastante!
S: Nossa, deve ter sido legal então. O que mais gostou na peça? Se lembra de algum ponto marcante?
T: Foi sim! O que eu mais gostei foi dos efeitos especiais, sons e luzes. O ponto mais marcante foi quando a Dorothy chegou em Oz.
S: Tem muito tempo que você viu o Mágico de Oz?
T: Tem sim, eu estava na sexta série, hoje estou no segundo ano.
S: Você me disse que soube dessa peça pela escola, certo? Porque a escola divulgou a peça para vocês? Era pra algum trabalho?
T: Certo, não não era. Era só pra descontrair mesmo.
S: Você disse que ficou fascinada com os efeitos especiais. Como eles eram exatamente? Você consegue explicar um pouco?
T: Vinha de todos os lados, haviam muitas luzes e barulhos. Tipo cinema! Quando ia mudar de cenário eles colocavam luzes de acordo com a cor do cenário.
S: Nossa. E era uma peça que estava sendo bem divulgada na época?
T: Não, era meio que independente. Eu nunca tinha escutado a respeito dela.
S: E na sua opinião, você acha que deveria ter sido melhor divulgada essa peça? Acha que teria feito a diferença pra ela ser mais conhecida?
T: Acho sim. Por conta do modo que foi feito em questão de efeitos e tudo. Acho que se tivesse tido uma melhor divulgação seria muito bem conhecida.
S: Você tem vontade de ir de novo ao teatro? Porque nunca mais foi? Acha que as peças são caras ou por falta de oportunidade?
T: Eu morro de vontade de ir sim!! Tem vários motivos pra eu não ter ido mais vezes. Primeiro: Eu não posso sair sozinha pois sou menor de idade. Segundo: Não tenho tempo mesmo, muito corrida a minha vida, estudo o dia inteiro.
S: Existem grupos de teatro que são contratos para irem as casas das pessoas e fazerem peças a um preço bastante acessível. Você contrataria um grupo desses?
T: Aiin acho que não. Porque não teria a mesma emoção do que em um teatro com vários efeitos especiais.
S: Se você fosse fazer uma peça. Que te dessem a oportunidade de dar um tema, qualquer um, qual seria esse tema?
T: Vidas de uma adolescente em crise (acho que já ouvi isso em algum lugar, deve ser um nome de um filme). Mas eu acho que seria legal mostrar um pouco da vida dos adolescentes, porque todos acham que nós não fazemos nada. Bom, do ponto de vista da Thifani ela só não vai ao teatro por falta de oportunidade. Mas e vocês? Vão ao teatro? Eu vou ser sincera: Eu fui só até o ano retrasado. Assim como a Thifani, eu também tenho falta de tempo, mas poderia ir sim a um teatro. Mas tem a questão do comodismo, não consigo um acesso fácil da relação das peças que estão tendo, como eu tenho com cinema. Fora o fato de que as vezes quero muito ver uma peça, mas o preço é meio alto e ai uma coisa leva a outra e: Adeus Teatro! Também há uma falta de incentivo da mídia, as peças que divulgam na TV não são peças que, particularmente, me atraíram. Minto, havia uma que eram atores junto com bonecos, era uma peça que eu queria ter visto, mas nunca lembrava do nome dela, não sabia onde poderia estar em cartaz, quando ia passar. E ai, já viram né: não fui. Agora imaginem: essa peça foi bastante divulgada e eu não lembrava o nome e nem de pesquisar. Se isso acontece com uma peça dessas o que podemos dizer a respeito das independentes? Esquecimento total. Bom, é isso ai gente, esse foi o meu ponto de vista e o da Thifani. Continuem lendo pra saber o da Ana.
Como a Sabrina e a Thifani disse a maioria das peças não tem tanta divulgação, principalmente na internet que atualmente é o meio mais usado em todo o mundo,outro ponto forte que elas disseram é o assunto das peças que na maior parte é um tema mais adulto ou totalmente infantil.
Um coisa que eu gostaria de destacar é uma “nova forma” (na minha opinião) de se fazer teatro chamada improvisação exemplo: OS BARBIXAS que é bastante divertida e agrada tanto as crianças de 5 até as crianças de 80. Eles usam o improviso uma coisa normal do teatro como roteiro da peça!!! Isso porque eu ainda não mencionei as comédias STAND UP que prometem fazer muita gente gostar de ir a um teatro.
Salve, geral! Agradecemos pelos comentários no post anterior, espero que continuem acompanhando o nosso blog.
0 notes
Text
Você já ouviu falar sobre o KANG MINHWAN? Ouvi dizer que é uma pessoa… interessante. Ele estuda lá no Departamento de Cinema, acho que tá no 2º ano do curso de Cinema, vai fazer 22 anos, até faz parte do Shoshin Films. Ainda não sabe? Bom, não sei muito mais sobre. Ele realmente tem um rosto pra fama, até se parece com aquele Jiung, do P1Harmony. Ah! Acho que tenho o twitter dele aqui, é @kyg_minhwan. Às vezes, quando falamos assim, eu penso que queria ser uma formiguinha porque morro de curiosidade para saber como foi a entrevista dos outros. Você consegue imaginar?
Como você já deve saber, na Kyonggi University prezamos conhecer bem e manter uma relação próxima com o nosso corpo estudantil, então por que você não me conta um pouco de como você chegou aqui? Começando por seu interesse pelas artes. Você descobriu esse interesse sozinho, tem familiares no ramo, teve alguma influência? Algum professor, colega…
Meu interesse por filmes começou ainda criança por influência do meu irmão mais velho. Na época nossos pais estavam brigando dia e noite, o que mais para frente resultou em divórcio, mas até que isso acontecesse o refúgio era passar horas na frente da tv com meu irmão. Então, desde pequeno eu desejei estar no meio da cinematografia, até mesmo produzi alguns vídeos caseiros e mal feitos onde eu e meu irmão éramos as estrelas, mas a parte da atuação nunca me atraiu, acho que por culpa da timidez.
E como você acabou aqui hoje? É um desejo próprio? Um sonho, talvez. Ou você quer sair correndo por essa porta agora? [risos] Não se preocupe, você não seria o primeiro artista que sonhava em ser advogado, por mais estranho que isso soe.
Minha mãe não apoiou a ideia de que eu fosse um diretor falido, mesmo eu explicando que não é bem assim que as coisas funcionam, mas meu pai por outro lado achava bem legal que eu me interessasse por algo fora do comum. No divórcio, meu irmão ficou com o meu pai e eu fiquei com a minha mãe, então para evitar brigas eu aceitei fazer o que minha mãe queria: medicina. Ela só entendeu que isso não era pra mim quando no fim do primeiro semestre eu tinha excedido o limite de faltas e minhas notas eram de dar dó. Conversamos, eu, ela e meu pai, e entramos no acordo que eu deveria fazer o que eu gostava de verdade. E foi assim que eu entrei na Kyonggi.
Certo, certo. E você já teve algum treinamento profissional, ou a Kyonggi será sua primeira experiência? Somos um ótimo lugar pra começar, você sabe, vários dos nossos alunos chegam até nós apenas com seus talentos brutos. Você diria que é natural no que faz, ou do tipo que precisa de muito esforço, ou uma mão forte para te guiar? Como você descreveria sua personalidade, no geral?
Não sei se sou do tipo que crê em talento natural, mas sim que com esforço a gente é capaz de fazer o que quisermos. Acredito que ter feito os vídeos caseiros com meu irmão, escrever, editar, equalizar som, criar os efeitos sonoros com base no que eu via na internet e coisa e tal, pode ter sido sim uma maneira de crescimento que eu precisei me esforçar e estudar muito pra aprender. Mesmo assim, não acho que eu seja excelente ainda. Falta muito para que eu seja no mínimo muito bom no que eu faço e é por isso que escolhi a Kyonggi. Conheço pessoas que deixaram a instituição com um conhecimento absurdo pelas experiências vividas na instituição não só no curso que escolheram fazer, mas também com as aulas e eventos proporcionados também.
Tudo okay então, candidato. Essa fase é mais uma conversa do que um teste em si, só para te conhecer melhor, perceber onde você se encaixa na nossa instituição. Temos espaço para todos, de qualquer forma! Nós vamos nos encontrar novamente, fechado? Te vejo nos palcos!
0 notes
Note
olá, eu não consigo me lembrar se eu mandei esse pedido aqui pra você ou se eu mandei pra outro tumblr, e então antes de qualquer coisa eu já quero me desculpar! (também vi que você perdeu todas as suas ask, então pode ser que você perdeu esse pedido que eu não tenho certeza se eu mandei kakaka) o pedido é assim; harry e s/n são amigos coloridos, mas harry sente ciúmes de ver s/n sair com um outro cara, e ele faz um drama sobre isso, s/n acha graça do ciúmes sem fundamento dele, aí ele admite que não transa com outras pessoas há meses, e que está confortável com isso pq ele ama ela, e só quer ficar com ela. obrigada e estou ansiosa! ❤️
Muito obrigada pelo seu pedido! Espero que goste e venha sempre aqui ☺️
Colourful friendship
Mila Kunis e Justin Timberlake definitivamente revolucionaram meu pensamento quanto amizade colorida. Aquele filme tem tudo, a amizade sendo construída, a paixão e o carinho dentre melhores amigos.
Eu era totalmente grata pela minha amizade com Harry, que começou logo após a temporada de férias dele onde ajudou Anne com seu gatinho Dusty, que tinha comido uma gota de chocolate enquanto ela e Harry preparavam cookies. Eu era a veterinária de plantão mais próxima do rancho de Anne e logo quando fui acionada, corri pro meu paciente felino.
Felizmente, Dusty está bem e de quebra, conheci os Twist/Styles.
Isso foi há 3 anos.
Harry é um popstar, produtor, ator, compositor e namorador, devo dizer. Nossa amizade ultrapassou os limites e já havíamos ficado, nada muito sério, apenas beijos no meio do escuro na balada ou na minha casa.
Ele tinha seus contratos ainda, os quais eu não entendia e também não fazia muita questão, por ser algo muito particular. Harry tinha a vida dele e eu a minha.
Era primavera na famosa Londres, a London Eye estava sendo iluminada por maravilhosos raios solares, nada muito quente, era agradável e confortável.
Eu ia ao mercado após passar na clínica, onde eu era a chefe geral atualmente e queria ver se meus pacientes estavam precisando de algo ou até mesmo minha equipe.
Ainda distraída com a London eye, trombei com um corpo maior que o meu que me fez ir para trás.
“Outch!” Eu tinha conseguido a proeza de pisar no meu próprio pé.
“Perdão! Eu estava distraído no celul... S/A?” Ouvi aquela voz mais grave e levantei meu rosto e soltei um “Chris!” dei um gritinho e o homem de cabelos castanhos e olhos azuis me olhou animado abrindo os braços.
Tínhamos feito faculdade juntos, mas ele é área de jornalismo. Sempre nos encontrávamos no pub e conversávamos, nunca rolou nada até porque ele era comprometido na época.
“Como você está?” Comecei a conversa.
“Conto se topar um café!” Ele deu seu belo sorriso alinhado e apontou para o lado esquerdo, mais precisamente para cafeteria do outro lado da rua, que eu mal tinha reparado na existência até agora.
Chris robava e sempre roubou a minha atenção. Que mal teria um cafezinho?
🌈🌈🌈🌈
Harry e eu mal nos falávamos, ele estava produzindo seu quarto álbum solo, sua animação através do Facetime me contagiava.
Ele estava com uma camiseta branca com seus cabelos rebeldes emaranhado numa bandana escura. Não sei como ele ia de um cara de trinta e poucos anos pra um cara de 20 só por conta de um acessório.
“Chamando S/N...” Ouvi Harry me chamando e acenando atráves da câmera. “Será que travou?”
“Não, Harry! Desculpe, me dispersei aqui.” Sorri sem graça enquanto limpava o balcão da cozinha da minha casa, Chris viria jantar hoje e eu estava ansiosa.
“Hm.” Harry murmurou, dava pra ver que ele estava em outra rede social enquanto falava comigo devido a luz brilhante na tela, ficava alternando pela sua pele facial.
“O quê foi? O que está fazendo?” Perguntei jogando um pouco de álcool para desinfetar o mármore.
“Quem é esse @chrisrob.e que comentou a sua foto?”
Meu Instagram era fechado, a mídia e os fãs de Harry sabiam da nossa amizade mas eu não trocaria por nada o anonimato.
“Ah, então... Ele é um amigo de faculdade!” Continuei limpando nervosa, eu estava desconfortável por falar para Harry, mas não tínhamos nada, não é? Ele tinha as atrizes, modelos e cantoras que ele queria e eu queria o jornalista, tudo muito justo. “Nos esbarramos há algumas semanas, tomamos café juntos e conversamos.”
Vi a imagem ficar um pouco embaçada devido a movimentação de Harry e logo ele se sentou numa poltrona num local mais iluminado, provavelmente sua atual sala no estúdio da gravadora.
“Só isso? Ele comentou ‘minha incrível vet’ e um emoji de gatinho com coração nos olhos, S/N.” Harry franziu suas sombrancelhas, meio que esperando minha resposta.
“Só isso, Hazz.” Dei risada e lavei o pano, tirando as luvas de borracha, peguei meu celular e me sentei na cadeira da mesinha da cozinha. “Com ciúmes?”
Harry abriu a boca algumas vezes e não saiu nada. Eu gargalhei e balancei a cabeça negativamente.
“Ele é legal com você?” A voz dele saiu baixa, mas não sabia se era por ele estar sem palavras ou era a ligação.
“Demais! Na faculdade, a gente conversava, mas ele estava noivo... logo, não tivemos nada e tal, mas agora os dois estão na pista!” Pisquei rindo e Harry continuou sério.
“Ele é melhor do que eu?” Harry mandou na lata e foi a minha vez de estranhar o assunto.
“O quê? Em que sentido?”
“Am...amizade...” Harry mordeu o canto da boca e apoiou o rosto em uma das mãos, eu sabia que ele estava nervoso e chacoalhando a perna.
Eu o conhecia. Sabia onde aquilo ia parar.
“Harry, ninguém nunca ficará no meio da nossa amizade. Acredite em mim, tá certo? Chris é gente boa, educado e bonito!” Eu sorri e Harry revirou os olhos “Assim como a Liz é pra você....”
Suspirei, Liz era a nova namorada de Harry de acordo com o The sun, que contracenava com ele numa série que iria estreiar nos streamings. Harry nunca a mencionou pra mim, então achei melhor não mexer nesse assunto, até esse momento.
“Hã...” Ele hesitou “Entendi. Eu vou pra Londres esse fim de semana, sozinho...“ Enfatizou “Queria te encontrar, pode ser?”
“Claro! Te vejo no sábado então!” Me ajeitei para desligar e Harry gritou “Espere!”
“O que foi?” Perguntei um pouquinho assustada.
“Se cuida... por favor...” Harry pediu e eu concordei dando um sorriso.
“Sempre!”.
🌈🌈🌈🌈
“Oi amorzinho!” Abracei Harry, estávamos na casa da sua mãe, que tinha ido fazer compras para nosso jantar.
Ele me apertou contra seu corpo e eu fechei os olhos, era bom tê-lo por perto.
“Tudo bem?” Perguntei já me acomodando junto a ele num sofá de dois lugares. “Como foi a viagem?”
“Normal.” Harry respondeu curto, sacou o smartphone do bolso de seu moletom e o desbloqueou.
Estranhei a reação dele, sempre ficávamos disputando quem falava e ria mais... tentei achar alguma ponta piada, de que ele estaria fazendo uma pegadinha, mas nada. Talvez ele só não estivesse afim de conversar também...
“Otimo.” Respondi e repeti sua ação, Chris havia me mandado uma mensagem com a foto de seu cachorrinho Dodger.
Eu e Chris tínhamos ficado, ainda não fomos pros finalmente por ele ser mais retraído e tímido, mas pra mim estava ótimo pois já estávamos num bom relacionamento.
Dei um sorrisinho e ouvi Harry bufando.
“Dá pra largar o celular e me dar atenção?”
Não era Harry ali, era uma criança de 5 anos.
Bloqueei o celular, deixando na mesinha de cor mogno ao lado do sofá e respirei fundo o olhando.
“Harry, para com isso.”
“Com isso o quê, S/N? ‘Tô só pedindo um pouco da sua atenção, já que estou sempre há um oceano de distância!” Ele fez uma careta e admito que era de arrepiar a espinha quando Harry estava com raiva. Suas pupilas dilatavam como um gato prestesta a atacar e seu rosto angelical tinha uma expressão obscura.
“Eu já entendi seu ciumes desde aquela ligação na quarta-feira. Qual é? Você pode ficar com meio mundo e eu tenho que me guardar pra você?” Levantei a voz e Harry se retraiu “Somos amigos e confidentes que se pegaram uma ou duas vezes e só. Você levantou a bandeira da amizade colorida” Coloquei entre aspas as últimas palavras “Você tem o mundo aos seus pés e eu finalmente tenho alguém que goste de mim.. Por ser a intercambista brasileira com clínica veterinária na parte afastada em Londres, ganhando aproximadamente o valor da sua camisa de grife.”
“Mas eu também gosto de você por ser a intercambista da clínica...” Seu olhar desviou para suas pantufas azul escuro. “Do que adianta ter o mundo aos meus pés e não ter você?” Ele murmurou, me olhando num tanto quanto chateado.
Engoli em seco. Ele estava falando sério.
“Porque não me disse isso antes? Você sempre me contou sobre as loucuras com as mulheres em Los Angeles e Nova York... apesar que nos últimos tempos, você evitou comentar isso comigo.” Cruzei os braços tentando entender tudo aquilo.
“Porque não tive nada nos últimos tempos. Eu terminei com a Liz há algum tempo pois só conseguia pensar em você!”
Harry se aproximou de mim, puxando meu braço suavemente e beijou as costas das minhas mãos.
“Como é?” Ri ainda em choque “Aderiu a castidade?” Brinquei já nervosa.
“Não, lovie...” Ele mexia nos meus dedos como se fosse a coisa mais divertida do mundo. “Eu não consigo ir pra cama mais com uma mulher, porque toda vez que eu beijo uma, vem você no pensamento e eu travo... Isso j�� tem alguns meses.”
As bochechas de Harry tomaram uma coloração avermelhada e ok, eu estava apaixonada por esse Harry na minha frente.
“Ah...” Eu o puxei para um abraço, sentindo o cheirinho agradável vindo do seu cabelo “Eu teria sido sua desde o início se tivesse me dito, Hazzy... “
As mãos largas de Harry espalmaram nas minhas costas e ele me puxou para seu colo, de frente pra ele.
Eu adorava Harry por sua simplicidade, humilde e sensatez, eu seria louca se não gostasse nem um pouco dele além da amizade, mas quando ele levantou o argumento de amizade colorida, eu sabia que eu talvez não seria suficiente pra ele.
“Acho que vai ter que dispensar o emoji de gato...” ele comentou acariciando minha cabeça.
“Harry?”
“Sim.” Ele sussurrou.
“Faz um tempo pra mim também.” me ajeitei, colocando as pernas dobradas ao redor da cintura de Harry enquanto ele me olhava com um sorrisinho sacana.
“Sério?” Concordei um pouco envergonhada “O emoji de gato não subiu?”
Bati no braço dele com um pouco mais de força e Harry chiou rindo e eu acompanhei.
“Acho que eu estava esperando você, de alguma forma. Eu sempre achei que só me via como amiga barra peguete... Eu ainda estou um pouco chocada.” Comentei enquanto brincava com os botões de sua camisa.
“Eu também estou um pouco assustado por ter tomado coragem, eu estou tranquilo quanto há castidade temporaria” Harry comentou e eu ri, balançando a cabeça “Mas aparentemente deu tudo certo.” Ele beijou a pontinha do meu nariz.
Coloquei as mãos ao lado de sua cabeça no encosto do sofá e roubei um selinho dele.
“Estamos apenas seguindo o roteiro da história?...” acariciei seu rosto, com o coração disparado e corpo todo quente em excitação.
“Rumo ao final feliz, lovie.”
#one direction#harry styles#niall horan#louis tomlinson#liam payne#fanfic#imagine harry styles#imagines harry styles fluff
53 notes
·
View notes
Text
Pedido: Ju você é a rainha dos hot, então nada mais justo do que pedir um hot KKK. Queria um do Zayn que eles fazem uma aposta (os dois) e no fim da aposta acabam na cama.
Lisongeada pelo elogio, viu?! DKSKSKS. Adoro escrever imagines no estilo que você pediu, então espero que tenha te agradado xu, assim como as outras leitoras ;)
Boa leitura 💘
_____________________________________
O silêncio e concentração na sala da coordenadora geral de uma das maiores empresas de investimentos do mundo era completo, apesar do barulho em sua cabeça estar ensurdecedor.
O nervosismo que corria em suas veias era fruto de uma aposta estúpida que fizera com o diretor de compras, seu arqui-inimigo quando o assunto era trabalho.
A história começou há duas semanas, quando o chefe pediu ajuda aos funcionários para que conseguissem fechar negócio com um dos empresários mais renomados do país, dando o prazo de um mês para que lhe entregassem o contrato preenchido. Além do prestígio no local de trabalho, o primeiro que conseguisse a assinatura ganharia um aumento, e isso foi suficiente para que Zayn e S/N concordassem em apostar quem seria o queridinho ou queridinha do chefe.
- Adivinha o que eu tenho em mãos? - Zayn apareceu na porta do escritório da moça, segurando um papel e uma caneta. Ao se encostar no batente da porta, o moreno trajado socialmente, mostrou o sorriso lindo mas assustador para S/N assim que ela pôs seus olhos nele.
- Não! Não pode ser! - falou sem acreditar no que via e levantou correndo de sua cadeira, indo até o rapaz que a encarava despreocupado.
- Pode sim, meu bem. Eu consegui a assinatura do Madson e parece que meu salário duplicará!
- O quê? Mas você disse que ele te rejeitou três vezes só essa semana!
- E rejeitou. - confirmou dando um riso quase atrevido. - Então eu apelei para o meu lado descolado e ele aceitou almoçar comigo, sem compromisso nenhum. Nos divertimos, conversamos sobre assuntos pessoais e quando ele disse que eu era um cara legal, finalmente o convenci a assinar o contrato. - Zayn entregou o papel à mulher, que o pegou frustada, vendo a assinatura que ela quase conseguiu.
- Inacreditável.. - disse mais para si mesma do que para ele, em um tom baixo e desanimador.
- Pronta para ser minha por uma noite? - a pergunta soou intimidadora e Malik fez questão de chegar mais perto da colega de trabalho, que o encarava zangada.
- E eu tenho escolha?
- Nenhuma. - riu enquanto a moça permaneceu séria. - Mas para não pegar tão pesado, você não precisa ir até a minha casa. Eu vou até a sua e você pode me tratar como rei lá mesmo.
- Nem morta! Não vou ser sua empregada na minha própria casa!
- Você perdeu, meu amor. Não tem direito de reclamar, se lembra? - o sorriso debochado nos lábios do moreno fez o sangue de S/N ferver e ela o deu às costas imediatamente quando sentiu a sensação, voltando para sua mesa com uma raiva que a desestabilizou o resto do dia.
[...]
A carne recheada, como Zayn havia pedido, já estava no forno, e o mousse de chocolate na geladeira, assim como o vinho preferido dele. O rapaz sabia que a garota era uma cozinheira de mão cheia e não desperdiçaria esse talento justamente hoje, já que havia ganhado a aposta.
S/N o esperava em sua casa, com tudo pronto conforme o e-mail que Malik mandou ao fim do expediente, com o título “Servindo Zayn por uma noite”.
Por mais que ela estivesse chateada por ter perdido o aumento que tanto sonhara, e ainda por cima ter sido derrotada pelo homem que enchia seu saco na empresa, S/N não se importou tanto em passar algumas horas acompanhada do rapaz mais bonito que ela já conheceu, até porque fora do escritório, ele era um cara legal.
- Boa noite, senhor Malik. Hoje serei inteiramente sua. - ela disse assim que abriu a porta e viu o sorriso satisfeito de Zayn aparecer logo que escutou a anfitriã.
- Você não tem ideia do quão animado eu estava para te ouvir falando isso! Está seguindo a risca o e-mail. Muito bem!
- Não acredito que me submeti a esse tipo de coisa. - reclamou enquanto fechava a porta.
- Para, vai ser divertido! - a animação do moreno fez a moça revirar os olhos e suspirar fundo, desejando que essa humilhação acabasse logo.
Depois de uma garrafa e meia de vinho, S/N mordeu a língua quando duvidou que o encontro seria divertido. Seu maxilar já doía de tanto rir e ela adorou descobrir que os gostos do rapaz se resumia aos dela.
- Você gosta mesmo de filmes de heróis?
- E você ainda tem dúvida? Eu tenho a coleção inteira dos quadrinhos da Marvel!
- Que demais! - comentou sorridente. - Eu ficava horas na biblioteca do colégio lendo as histórias quando era menor. Pirei quando os filmes lançaram.
- Eu também. Assisti todos no cinema, super empolgando, parecendo um garotinho. - S/N riu de leve após Zayn parar de falar, levando alguns fios do cabelo para o outro lado. Aquele simples feito, sem nenhum intenção maldosa por trás, fez com que ele desse uma atenção diferente a mulher desde o início da noite. - Você está linda para uma serviçal, sabia?
- Cala a boca, Zayn. - jogou uma almofada em seu rosto enquanto ria.
- O que foi? Estou te elogiando, caramba.
- E tirando sarro de mim, idiota.
- Não posso ser cem por cento legal, minha querida. Tenho que esfregar na sua cara que ganhei a aposta.
- E acho que ela já está na hora de acabar, não é? - questionou retoricamente. - Fiz o cardápio que você pediu, te servi, massageie suas costas, deixei você se vangloriar a noite toda e ainda por cima tudo isso aconteceu dentro da minha casa. Tem mais alguma coisa na sua lista que eu tenha que cumprir?
- Tem. - respondeu tomando o último gole de vinho em sua taça, deixando-a no suporte de copos que havia no braço do sofá. - Terminar essa aposta no seu quarto.. - conclui em um som baixinho ao se aproximar dela devagar. - Se você quiser, é claro. - a mulher mordeu o lábio de baixo quando escutou aquela voz sedutora e reparou nos olhos penetrantes de Zayn, bem próximo à ela.
Não era novidade que os dois colegas de trabalho sentiam atração um pelo outro. Os olhares quando se encontravam nos corredores da empresa diziam coisas que nem mesmo palavras seriam capazes de expressa-las tão bem. Era nítido o quanto queriam ter um momento a sós, e saber que havia uma grande possibilidade disso acontecer agora era quase um alívio.
- Me acompanhe, senhor Malik.. - S/N deu sorriso de canto de boca e se levantou do assento, indo em direção ao seu quarto. Zayn a seguiu calmo, se segurando para não agarrar a mulher ali mesmo, no corredor, tirando aquele vestido azul tão caseiro mas extremamente sexy.
Ao adentrarem ao quarto, S/N nem se quer fechou a porta ou acendeu alguma das luzes que existiam no lugar. Ela deixou que só a iluminação da rua preenchesse o cômodo, para que o clima não fosse perdido.
Sem desperdiçar os segundos que corriam no relógio, a mulher empurrou o moreno para deitar-se em sua cama, e o encarava com um olhar dominador, bastante apreciado por ele. - O senhor se importaria se eu assumisse o controle? - perguntou com as mãos apoiadas nas coxas do rapaz, inclinando seu corpo para perto dele. Aquela atitude proporcionou uma série de sensação para Zayn, que conseguiu sentir o perfume forte e gostoso dela quando ficou tão próxima dele. Com certeza a consequência de tal a ação despertou nele um desejo absurdo, contudo, a única coisa que ele fez naquele momento foi assentir a pergunta da moça, com um sorriso safado no rosto.
S/N deitou-se por cima do homem e juntou seus lábios nos dele de maneira delicada. O encaixe foi perfeito e sem margem de erro, sendo o bastante para aumentar a vontade vinda de ambos.
As mãos de Zayn foram até a cintura de S/N, apertando-a devagar e pressionando-a para baixo, na intenção da garota sentir o efeito que causava nele.
- Precisa de ajuda aí embaixo? - sussurrou em seu ouvido e levou a mão direita até o botão da calça jeans que Zayn vestia, desabotoando-a sem dificuldade.
- Ainda não.. Quero te ver sem roupa primeiro.. - as palavras ditas de modo baixo causaram um calor no corpo de S/N, que levou seus lábios novamente aos dele, agora com mais ferocidade.
Malik apertou as nádegas da mulher, fazendo com que um gemido leve saísse ao sentir as mãos dele tocando seu corpo, mesmo que coberto pela roupa. No entanto, a peça foi retirada rapidamente quando Zayn alcançou a barra do vestido que ia até a coxa dela, e o arrancou de seu corpo.
Com um sorriso nos lábios, ele aproveitou para retirar a calcinha e o sutiã de S/N, deixando-a completamente nua.
- Você é mais linda do que eu imaginava.. - falou apreciando cada curva do corpo da garota, quando a deitou na cama.
- Você já me imaginou assim?
- Toda noite.. - após sua fala um tanto quanto sedutora, ele a beijou novamente, abraçando o corpo desnudo dela, sendo incapaz de permanecer com as roupas devido ao fogo que sentia em seu interior. Sendo assim, S/N o ajudou a retirar a camiseta e a calça, e na rapidez das ações, a cueca de Zayn acabou indo parar no chão, facilitando os movimentos que viriam a seguir.
A vontade que sentiam era impossível de ser controlada. O álcool com certeza auxiliou para que o clima esquentasse, mas quando os corpos finalmente entraram em contato, o que estava quente começou a fever e aumentou a fome que tinham um pelo outro.
- Faz alguma coisa comigo, Malik. Eu imploro..
- E você quer que eu comece por onde, babe?
- Por onde você quiser. - suspirou. - Afinal, hoje eu sou inteiramente sua, não sou?- a voz falha de S/N fez o tesão de Zayn triplicar e percebeu que seu membro tinha a capacidade de ficar mais duro do que já estava. Como ela tinha esse poder sobre ele seria difícil de descobrir, mas o moreno estava adorando.
Descartando qualquer perda de tempo, Zayn desceu até a intimidade totalmente molhada da garota e penetrou sua língua com calma, motivo pelo qual fez S/N arfar baixo. Ele tentou dar o melhor de si em cada um movimento executado e parece que estava dando certo, já que os gemidos que saiam da boca da moça aumentavam a intensidade à medida que o rapaz chupava pontos estratégicos que a faziam contrair o corpo.
- Zayn, por favor.. Não para tão cedo com isso.. - a cena dela de olhos fechados, corpo mole e boca entre aberta fez o membro dele latejar, e como ela, Zayn também não aguentou ser torturado pela garota, mesmo que não tivesse feito nada com ele.
- Você está me deixando louco, S/N.. - Malik voltou ao rosto dela devagar e distribuiu beijos pelo pescoço de S/N até chegar em seus lábios, os selando calmamente. - Nunca pensei que você ficaria tão vulnerável nessa situação..
- E eu não fico.. É a primeira vez que isso acontece. - Zayn mordeu de leve o lábio inferior dela e o puxou vagarosamente, tentando arrancar mais alguns suspiros de S/N. - Me fode logo. - a ordem saiu no volume mínimo e ela levou as mãos ao membro dele, o aproximando de sua intimidade, roçando-os lentamente.
Embora os gemidos dos dois saíssem baixos, a profundidade em que liberavam o som do prazer era alta, fazendo com que os corpos ficassem cada vez mais colados. Com um beijo iniciado por ela, puxando a nuca de Zayn, ele a penetrou no momento em que as línguas se encontram. Eles gemeram juntos, em alto e bom som e se agarraram como se precisassem daquela troca de calor.
Malik aprofundava as estocadas assim como a velocidade dos movimentos, deixando S/N maluca. As unhas dela arranhavam as costas do moreno a cada penetrada mais profunda e os gemidos que saiam de sua boca apenas aumentava o prazer de Zayn.
Nem nos sonhos mais loucos dele, o rapaz teria imaginado que seria tão bom te-la naquele estado, totalmente rendida a ele, sendo de longe o melhor sexo de sua vida.
Para S/N, a situação era idêntica, já que nunca passou pela cabeça que o seu inimigo dentro empresa seria o seu melhor amigo na cama, superando toda e qualquer expectativa.
E assim, depois de longos minutos, a mulher finalmente chegou ao seu máximo, sentindo o líquido descer e relaxar o seu corpo definitivamente. Zayn, por sua vez, teve a mesma sensação quando caiu ao lado dela, com a respiração fora de ritmo e um sorriso enorme nos lábios.
- Deveríamos apostar mais vezes. - concluiu com dificuldade pelo cansaço e ela soltou um riso, concordando com a cabeça em seguida.
- E pode deixar que a próxima, quem vai ganhar sou eu.
Escrito por: @imagines-1directioner
74 notes
·
View notes
Text
Então, eu terminei de assistir a série que todos estavam falando. Sexlife e percebi que apesar de não está casada mais e não ter 2 filhos e nem um ex gostoso e tesudo. Tenho os mesmos questionamentos da protagonista. E sim eu tenho problemas com a minha figura paterna e materna.
Minha mãe é muito religiosa, já disse diversas vezes que eu ia por inferno porque dei o c*. Que eu não poderia viver no pecado. Fez uma super pressão para eu e meu namorado nos casarmos e tudo bem que na época ele tinha 38/39. Esse seria o próximo passo para ele. Mas não para mim. Aqui nesse blog, eu sou 100% sincera sobre tudo na minha vida. Então sim, eu não estava preparada para casar. Eu só queria alguém para ser meu Porto Seguro, que estivesse comigo mesmo quando eu estivesse feia, desarrumada, que me amasse de qualquer jeito e tbm queria sair da casa da minha mãe. Pq eu simplesmente não aguentava.
Eu uni o útil ao agradável. Agora vejo que as coisas poderiam ser diferentes. Mas tbm serviram de aprendizado. Eu preciso me amar, e não outra pessoa. Claro, eu gosto de me sentir desejada, de agradar o outro. Mas minha vida não deve depender disso. Eu sinto que estou sempre procurando algo sexual, para me sentir linda, desejada, e ao mesmo tempo eu sinto como se realmente fosse para o inferno por isso.
É contraditório. Mas essa sou eu. Eu estou começando a me amar como sou. Estou 10kgs acima do meu peso. Mas estou satisfeita com meu peso, posso melhorar. Mas sem neura. Entendo que na vida temos fases e eu lido com cada uma delas. Daqui um ano serei uma pessoa totalmente diferente e provavelmente com desejos/vontades diferentes e tudo bem com isso. Sabe?
Eu me apego muito nas pessoas, faço tudo para agradá-las para ter aprovação e elas sempre comigo. Assim que lido com q minha mãe. Daí vem a questão da dependência emocional. Agora a relação com os caras e sexo. Tem a ver tbm com isso. Mas por eu depender da aprovação da minha mae e nunca conseguir atender as expectativas dela. Não me acho suficiente, seja na beleza, corpo, inteligência. Sempre acho que tem pessoas melhores, mulheres melhores.
Estou melhorando isso. Estou tentando focar em mim e não ficar dependendo de misérias de atenção de outros caras. Pq eu não posso mudar a minha vida/planos por algo que na hora nem me preenche direito. Aí entra meu outro problema, eu nunca gozei com nenhum cara.
E olha que já sai com vários, adoro me sentir desejada, de ver eles loucos por mim. Sempre digo que foram maravilhosos e no final quando vão embora eu me toco e gozo sozinha. Aí entra meu outro problema: que tbm tem a ver com a visão de que essa questão carnal é algo horrível, pecado, que vou para o inferno, que minha mae abomina. É proibido. Isso me remete a minha mãe sempre falando que meu pai não prestava e traiu ela.
Eu não acho que traição seja legal. Mas eu acho que como você diz para uma pessoa que tem vontade de outras coisas sendo que para ela é tudo pecado e inferno? Sabe? Se esconder atrás de crença, para você não ter que encarar que você não lidou com seu trauma, não se sente bem tendo relações sexuais e nem nada disso?
Então eu parei para pensar, estou conversando com um cara de outro estado, que tem 10 anos em experiência em bdsm. E as coisas estão tão quentes, ele realmente me deixa molhada só com a voz, é tão gostosa de ouvir sabe? Rouca e grave… super excitante. Ele tem me pedido/ordenado coisas bem peculiares e estou me sentindo muito bem em cumpri-las.
Eu pensei, já que eu não gozo no sexo normal, pq não fazer algo mais pesado? Tipo, eu tenho que sentir algo certo? Para mim não é ok eu não gozar com outra pessoa. Se algum dia eu casar de novo, eae? Vai ser a mesma mentira? Mesma coisinha de sempre? Chega uma hora que cansamos de mentir, para nós mesmo e para os outros. Então sim, eu acredito que meu casamento ia acabar de uma forma ou de outra. Era inevitável, assim como o fim dos tempos.
Então assim, o que quero dizer, eu quero experimentar de tudo e saber do que gosto, de como eu gozo, de como eu gosto que me chupem, me fodam, etc. E se eu chegar a conclusão de que sou assexuada? Ou bi? Ou lésbica? Provavelmente vou ser deserdada. Mas meu pai já está morto mesmo. E minha mae sempre vai ser pirada da cabeça e aquelas evangélicas que não aceitam os próprios filhos. Então foda-se? certo?
Eu só quero sentir algo, sabe? Eu gosto de me tocar só, de viver minha liberdade sexual. E quero explorar isso. Mas aí chega a parte difícil: eu fiz um voto de castidade, de no mínimo um ano. É tão complicado sabe? Pq eu me sinto super mal de querer transar com outras pessoas, sinto que estou cometendo literalmente um pecado.
Mas ao mesmo tempo eu sinto vontade. Claro que eu sei que Deus não quer me ver triste, e as vezes(maioria delas) eu foco minha atenção em só uma coisa. Por exemplo, estava deixando de fazer certas coisas para encontrar caras. Me preparando horrores para sair. E depois que fiz o meu voto, isso não acontece mais.
Eu saio sozinha para o shopping, tomo chá e leio livros, assisto filme no cinema sozinha, vou para a academia praticamente todos os dias. Cuido da minha saúde/alimentação. Terminei de conseguir um trabalho. Então tipo, eu foco toda esse energia sexual em mim. Isso é muito bom. Pois como eu me “proibi” de ficar com outros caras, nem marco nada ou então amarelo na hora.
Mas ao mesmo tempo eu quero muito sentir algo com alguém, seja aquela excitação sabe? Quando você toma algumas cervejas e começa a ficar alegre e excitada? E tudo parece possível? E gostoso? Aquele high que da? E depois que eu fodo e tudo tão vazio sabe? Tipo eu me pergunto, que merda do fazendo? Eu nem gozei? Eu só quero sentir algo!
Então assim, antes é tão bom e no final bate um vazio/arrependimento. Não sei explicar direito. Mas é desse jeito que me sinto. Um dos motivos para eu fazer esse voto. Pq estou cansada de sentir esse vazio.
Eu sempre tive meu pai como meu herói. Sempre quis morar com ele, fazer tudo que agradava ele. E odiava que falassem mal dele, não aceitava, e olha que minha mãe fala sempre e eu só concordo. Pq só ela é perfeita e tem os melhores conselhos. E quando meu pai morreu, eu senti que minha saudade virou uma idolatria e escape dos meus outros problemas.
Sim, eu sou mimada. Quando as coisas não saem do jeito que eu quero, fico brava e irritada, emburrada. Etc… e eu não tenho experiência em praticamente nada da minha vida. Mas eu tenho qualidades, sabe?
Tipo, eu perdi minha virgindade com um cara que nem queria saber de mim, eu literalmente mendiguei atenção de todos ao meu redor. Pq eu sentia que nunca era suficiente para ninguém. A verdade é que meu pai foi um pai de merda. Ela não queria ter responsabilidades, não fez faculdade, largou a primeira filha e só foi querer saber de mim quando já está velho e com um pé na cova.
E minha mãe se esconde atrás da religião para não assumir seus erros e medos. Ela foi abusada. Mas nunca falou disso com um terapeuta. Ela passa o dia orando e culpando a todos pelos seus problemas. A saída dela é sempre diminuir a todos que estão a sua volta. E eu me incluo nisso. Pq não consigo morar ou conviver muito tempo com ela.
Eu fico tão feliz de ter um trabalho agora. P.S: começo só dia 12. Mas já estou tão ansiosa. Só para calar a boca da minha mãe e futuramente sumir nessa face da terra. Eu quero fazer minhas escolhas sem ter que explicar nada para ninguém, sem ter que esconder, sem ter que me sentir suja ou um lixo.
Por exemplo, para a minha mãe, sexo fora do casamento vai ser sempre pecado. Mas ter que ficar satisfazendo teu parceiro pq vc é obrigada tudo bem.
A verdade é que eu quero ter todas as experiências possíveis. Quando estiver casada e com filhos (talvez) eu vou olhar para trás e falar, quando tinha meus 20 e poucos eu fiz isso. E não ficar me perguntando e se? E se eu tivesse feito um menage? E se eu tivesse testado bdsm? Talvez agora conseguiria gozar com alguém? Pq não é questão somente de tesao. É confiança. Eu não me sinto confortável em dizer, olha, não gozei, não gostei.
Aí entra esse cara com quem eu estou falando. Fui super sincera com ele. E ele me disse que vai me ajudar a explorar e descobrir o que eu gosto ou não. E eu sinto mais confiança nele do que no meu ex-marido.
Eu quero um homem que me faça gozar. E não para eu ficar nas mãos dele. Eu consigo gozar sozinha. Mas para eu compartilhar isso e sentir algo. Eu quero um homem que goste de cozinha, pq eu não gosto é muito menos de coisas de casa. Quero um homem que seja bruto e carinhoso. Quero um homem que seja fiel, que não grite comigo, que goste da minha família doida. Que goste de passeios ao ar livre e ao mesmo tempo de uma cidade grande na correria. Eu quero essa dualidade pq eu sou assim. Mas além disso, quero alguém que me transborde e complemente. É pedir muito?
Eu quero sentir que eu estou no topo do mundo, quero me sentir uma rainha e ao mesmo tempo essa menina maluquinha. Eu quero ir a clubes de sexo e achar fenomenal ou completamente estranho e não querer nunca mais voltar. Eu quero pegar um cara de outro país. Quero pegar um negão. Quero fazer um menage com dois caras. Quero ser tratada como uma putinha. Quero ser adorada, e ter a atenção de vários caras só para mim, que eles tenham a missão de me fazer gozar. Eu quero todas essas experiências e ao mesmo tempo eu quero ser realizada profissionalmente. Viajar por diversos países. Morar em cidades remotas. Ir para cidades grandes. Está em constante mudança. Pq a verdade é que eu sou fogo de palha. Eu me interesso e depois enjoou. Então que seja eterno enquanto dure.
É que a arte da conquista seja maravilhosa enquanto eu tenho minha vida vou colecionando paus e corações. Eu nasci para ser grandiosa, nada vai me segurar. Nem caras com paus pequenos e inseguranças e nem caras com paus enormes e se achando o último biscoito do pacote. A verdade é que, eu sou esplêndida e não se trata de me dá o valor ou não, com quantas caras eu fiquei ou vou ficar, se sou natural ou tenho cirurgias, se sou uma vadia ou não. Eu tenho que me bastar, pq nunca vou ser suficiente para ninguém. Então eu sou por mim mesma. Eu se eu quero, eu tenho.
3 notes
·
View notes
Text
I will return to old Brazil
Estou a três semanas em Nova York em uma viagem de laser e independência, tenho saudades de casa. Falta apenas dois dias e em breve estou de volta ao Brasil para reencontrar minha família e amigos. Estava aproveitando para organizar parte das coisas, como algumas roupas e documentos quando senti a falta do meu passaporte.
“Onde foi parar, meu Deus?! Meu cartão de credito estava na capa. Eu já revirei esse apartamento de ponta cabeça e não encontro em parte alguma. Não é possível que eu perdi! Essas merdas só acontecem comigo. Eu só tenho dois dias de estadia nesse airbnb, como vou resolver o problema da perda de passaporte em dois dias sem meu cartão de credito!? Eu não tenho nenhum centavo a mais."
[esbravejando, entrando em surto]
"Ok, calma, sou esperta! Preciso arranjar grana pra pelo menos mais um ou dois dias, tenho o bastante para as refeições diárias. Bom, eu não queria vivenciar algo único e inspirador? Esta ai a chance de ter uma história trágica pra contar e rir disso depois."
[pensei em voz alta]
"Eu posso me virar como artista de rua, começando amanhã mesmo. Pego meu ukulele e umas folhas de papel em branco e faço ilustrações de pedestres, espero colher frutos disso. O ultimo lugar que me lembro de ter visto o passaporte em minhas mãos, foi ontem quando eu estava no MoMA. Agora preciso voltar lá e torcer para que eu encontre no "achados e perdidos" do lugar."
[No dia seguinte]
Hoje acordei cedo e já estou a caminho do Central Park, espero encontrar um espaço no Bethesda Terrace pra tocar, tem um eco e visual tão bonito. A primeira vez que fui vi um jovens tocando violoncelo de forma tão bela, me fez transbordar de emoção.
Toquei algumas musicas, notei que tive um retorno bem positivo olhando para a capa do Ukulele, estava curiosa para contar quanto de dinheiro eu tinha feito com aquelas 5 musicas tocadas. É bem incrível a satisfação de tocar ali, as pessoas parecem querer ouvir-me tocar. Pensei em encerrar com Naive - The Kooks e assim eu fiz.
- I'm not saying it was your fault Although you could have done more Oh, you're so naïve, yet so.. {music}
Logo formou uma roda de pessoas cantando junto, fiquei arrepiada, não imaginava que The kooks ainda tinha um publico. Uma garotinha deixou 16 Dólares na capa do instrumento, isso me fez flutuar.
Faltando menos de 1 minuto pra musica acabar, vi um rapaz maravilhosamente atraente fisicamente, a pelo menos 5 metros de distancia, "eu conheço você?" Pensei enquanto errei uma nota da canção.
Ao encerrar a ultima canção agradeci e forcei o olhar para que meus olhos alcançassem o rapaz novamente, mas ele já não estava ali. No instante que agradeci, a mesma garotinha começou a puxar um couro dizendo "mais uma, mais uma". Eu já não tinha repertório e não conseguia pensar em nada. O céu estava com uma textura atraente e o clima tinha uma paleta de cor que me remeteu a canção Postcards From Italy - Beirut e sem pensar muito se fazia ou não sentido para o momento, eu comecei a tocar e cantar.
Enquanto eu tocava, fechei meus olhos para sentir o ápice instrumental da canção que se aproximava. E quando eu abri meus olhos o mesmo garoto que avistei de longe minutos atrás estava parado na minha frente acompanhando meu show. Quem era? Timothée Chalamet.
Meu corpo todo ficou gelado com o susto, porem eu não queria deixar nada evidente. Se eu demonstrasse minha ansiedade, aquele espaço viraria uma tarde de autógrafos e eu não quero tomar seu tempo. Será que ele me deu dinheiro? A capa do instrumento tinha recebido mais notas de papel, mas por estar de olhos fechados eu não pude ver. Ele deu um sorriso e assentiu com a cabeça, se virou pra ir embora. Me mantive em silencio. Segundo depois me apressei agradecendo a todos a minha volta e guardando meu instrumento e pegando minha bolsa. Sai correndo atrás dele.
- Hey! Timo!
Ele virou no mesmo segundo, confuso, tentando encontrar quem o chamou. Ele deve ter reparado em mim apertando o passo para me aproximar dele o mais breve possível.
- Oi! Nossa é um prazer, eu nem acredito que é você mesmo. Te deixei ir embora para não apresentar alarde ao redor mas precisava falar com você e te agradecer por me ouvir tocar e muitas outras coisas. Desculpe, eu to falando demais, tudo bem?
Falei tão rápido que quase não respirei. Ele riu.
- Oi, Beirut hã? Combina bastante com o clima de hoje. Foi legal! Eu estou bem e você? Alias, seu nome?
- Você curte Beirut? Caramba. Meu nome é (xxxx) mas não tem importância agora.
- Tem sim, com certeza. É de Nova York?
- Não, venho do brasil. Estou de viagem..
As palavras iam sumindo da minha cabeça com o passar dos minutos, eu estava um tanto hipnotizada.
- Legal! Quero muito conhecer o Brasil qualquer dia. Você quer uma foto?
- Cara, eu quero uma foto sim. Nunca pensei que esse momento seria aqui e agora.
Tiramos a foto, ele agradeceu por eu ter ido até ele e por eu ter tocado com tanta emoção. Ele disse por fim que estava "muito harmonioso". E com muita dor no coração eu o deixei ir.
"Caramba, eu conheci Timothée chalamet dois dias antes de voltar pro Brasil! Eu devo confessar que o destino arrasou, só falta trazer meu passaporte de volta." [Pensei em voz alta] Chegando no MoMA recebi a terrível noticia de que meu passaporte não estava lá, era minha única esperança descendo pelo ralo. Eu queria chorar de desespero mas também estava plenamente feliz por ter conhecido o Timothée e ter tirado uma foto que guardarei pro resto da minha vida. Queria ter sido mais calma e sã das ideias, eu acho que levei a impressão de ser louca. Espero que ele não tenha notado meu desespero, ansiedade e completo fascínio. Bom, voltando ao que preciso ter foco.. “Será que consigo algum trabalho de freelancer em algum studio de designe? Bom, pode ser uma cafeteria.” O dia passou tão rápido, o relógio já esta quase marcando 16h da tarde. Acho que vou tomar um café e comer alguma coisa, aproveito e já peço um emprego, se isso não for passar vergonha demais. Pensei em andar por West Village e encontra algum café maneiro por ali. Dito e feito, achei um café visivelmente atraente e tinha um cheiro delicioso saindo pela porta, porem estava vazio. Acho que é a oportunidade perfeita pra uma apresentação, vou comer algo antes. Pedi um café Latte e um Lobster, um dos meus doces favoritos. Aquela massa folhada crocante, recheada com creme de baunilha, caramelo e flor de sal me fazem revirar os olhos. Comi com tanto desejo que comecei a lembrar de como meu dia foi surpreendente. Pensei fazer uma ilustração do Timothée, um desenho de como o conheci, o ambiente estava delicioso para desenhar em plena paz e assim o fiz. Notei que alguém entrou pela porta da cafeteria, ouvi o som da porta abrir. Era ele, ele estava novamente no mesmo ambiente que eu. A coincidência era tanta que eu mal podia acreditar, mantive minha calma. Ele se sentou do outro lado da sala, fingi que não vi.
Na radio local começou a tocar First date - Blink, obviamente comecei a cantar e tentar finalizar meu desenho o mais rápido possível, quem sabe ele pudesse ver antes de ir. “Lets go! Don't wait! this night's almost over Honest, let's make this night last forever’ {Music} De repente alguém chegou na minha mesa e colocou um copo de Vanilla Malt e um lanche com um cheiro ótimo. Quando olhei pra cima ele completou a harmonia. - Forever and ever, let's make this last forever. Oi de novo! “Ta brincando que isso esta realmente acontecendo? E se não estiver? Bom, vou agir como se estivesse sonhando, posso me sair melhor nessa comunicação” - Não acredito.. Isso é loucura, o que faz aqui na minha mesa?! - Prefere que eu saia? - Está louco, claro que não, senta ai! - Então, o que está fazendo? Espera, isso... sou eu?! Caralho! [ Ele apontou para o desenho] - hãnn sim, olha.. essa coincidência eu nunca vou viver de novo. Agora na minha cabeça eu passo por um dilema cruel. - Qual seria? Licença [Ele pegou o desenho maravilhado e tirou uma foto] - Devo finaliza-lo e dar pra você, ou devo pedir um autografo e emoldurar? - Hmm olha.. meu autografo não é nada, ia estragar o desenho, mas é tão irado, eu amaria que fosse meu, mas tirei uma foto, vale a moldura! - Combinado, Sr. Chalamet. Contei do meu drama com o passaporte e o quão eu estava aflita. A cara dele de "puta merda, eu lamento, você terá dor de cabeça" não ajudou. Mas ele me ofereceu ajuda real com essa burocracia. “Significa que vou vê-lo além do dia de hoje?!” - Ok, você esta tensa. Vamos quebrar o gelo descontraindo com uma técnica teatral. Eu digo uma palavra, você pensa rápido e diz a primeira que aparecer na sua cabeça. -Okay...Eu posso começar? [O que ta acontecendo aqui? Ri de nervoso] -Sim, claro! - Prata - Ouro - Desejo - Fogo - Amigo - você - Call me by your name - and a call you by mine. Oh shit! [Riu levando a mão na boca] - Isso é bem legal hahaha permita-me perguntar. O que vai fazer agora? Estou realmente surpresa em te ver "vivendo normalmente" - É as vezes eu consigo essa proeza. Mas enfim, não tenho planos. - Quer ir no cinema de rua ver que classico está passando hoje? - Meu Deus, sim! Eu topo, obrigada pela sugestão. Saimos da cafeteria e eu não pedi um emprego, não me arrependo, meu dia ta sendo do caralho. Fomos até o cinema da East village e Cantando na chuva estava em cartaz, isso era perfeito! Irei assistir um dos meus filmes favoritos com o Timothée, já é a 4º vez que me belisco e noto que não é sonho. Esse dia não pode acabar. Pegamos os ingressos e entramos sem que ele fosse parado ou reconhecido, eu estava aliviada. E sentada ao lado dele em uma sala de cinema, só conseguia pensar em como eu queria poder pegar na mão dele, beija-lo de modo tão clássico quanto o filme que estamos vendo. Ele fez um story, estou louca pra abrir meu celular e ver, ver sabendo que eu estou ao lado dele e mais ninguém além de mim e ele sabe, que foda!
Ao acabar o filme saímos, mais uma coincidência ou não, estava chovendo. Eu tinha meu instrumento e minhas folhas de desenho na bolsa, mas queria literalmente cantar na chuva, só que sem um guarda chuva. Larguei tudo na escada e o chamei pra esse banho breve de chuva. ÉPICO. Dancei e cantei na chuva com Timothée Chalamet e ele parece absurdamente feliz com isso.
Finalizamos com “Come on with the rain I have a smile on my face I walk down the lane With a happy refrain Just Singin', singin' in the rain”
- Você ta afim de um Bagel, algo assim? - Eu topo! Tompkins? - Com certeza, e tem melhor? Eu respondo, de jeito nenhum. - Isso é tão fofo, vamos!
E assim seguimos, com fome, rindo e molhados. Acho que ele aprecia momentos como esse, é possível ver em seus olhos extremo prazer e alivio, isso é lindo. A fome era tanta que comemos 3 bagels com bacon, ovos e queijo. Estavamos molhados então pedimos pra viagem e comemos lá fora. Durante as mordidas finais voltamos a falar do meu passaporte. - Onde foi a ultima vez que você viu ele mesmo e quando se deu conta que tinha sumido? - A ultima vez foi no MoMA, antes de ontem. Mas ja voltei lá e eles não encontraram.. Me dei conta ontem de noite quando estava começando a deixar parte das malas prontas pra "voltar pro Brasil amanhã". - Ja olhou nos bolsos das roupas que usou quando foi ao MoMa? - Olhei 10 vezes aquela jaqueta e não achei. - Porque acha que está na jaqueta? Eu sempre ando com os bolsos da calça cheios. - Meu Deus isso é tão óbvio! Eu levei a roupa pra lavanderia do prédio, se estiver eu lhe devo a minha vida. - Para com isso. Posso ir com você e filmar você encontrando seu passaporte? [Ele riu] - Isso se eu encontrar, vai sei um mix de alivio, gratidão e raiva. [ri junto] - Vamos.
Sim, meu passaporte e cartão de crédito sempre estiveram "comigo", estavam no bolso interno da calça como ele havia dito. Eu estava quase explodindo de alivio! Estava pronta pra corromper a boa impressão causada durante o dia, mas eu estava tão emocionada e feliz que pulei no colo dele agarrando seu pescoço e beijando suas bochechas. Ele ficou em silencio ao me encarar confuso enquanto segurava minhas coxas ao redor de sua cintura. Eu senti sua respiração no meu pescoço, não queria sair dali, mas precisava.
- Me desculpa, sério, eu só estou feliz. Muito obrigada. - Não se preocupe, esta tudo bem. Fico feliz que tenha encontrado. Ainda quer aquele autografo? - É claro! [ Ele assinou meu desenho e tirou outra foto dele, porem dessa vez, comigo segurando a arte.]
- Canta uma ultima musica antes que eu vá. - Meu Deus que difícil, eu não sei.. hãn.. canta comigo? - Se eu souber.. Então comecei a cantar Ain't No Mountain High Enough do Marvin Gaye, ele pareceu surpreso. “Just call my name I'll be there in a hurry You don't have to worry'Cause, baby, there Ain't no mountain high enough Ain't no valley low enough Ain't no river wide enough To keep me from getting to you, baby” Nós rimos e finalizamos. Eu estava quase chorando. Que vergonha, não sou criança. - Então é isso, serei eternamente grato pelo dia de hoje. Obrigado e boa sorte garota, foi um prazer. Ele se virou e abriu a porta, acenou com a mão. E eu recitei.. “Now, when twilight dims the sky above Recalling thrills of our love There's one thing I'm certain of I will return to old Brazil” Ele sorriu e voltou até mim, beijando minha testa. - Até um dia, em qualquer lugar do mundo. - Até, Timolito. Ele saiu e eu chorei. {Essa é uma fanfic. Tudo que escrevo é sobre meus sentimentos e desejos. TEXTO POR: L.M )
4 notes
·
View notes
Text
Uma reflexão sobre Saint Seiya Parte 2: o anime piorou a história do mangá?ele tem tantos erros como alguns apontam? Vamos refletir ponto a ponto as mudanças e tentar entendê -las e entender como funciona as adaptações em anime
Uma vez eu fiquei bastante surpreso quando estava nuuma locadora e então alguém dos meus tempos de escola que era bem popular ficou empolgado ao entrar na loja e jogar o jogo Saint Seiya The Sanctuary do PS2.Eu nunca poderia imaginar que alguém como ele gostava da série e cultivava com carinho nas memórias.Por outro lado tinha a internet e seus criadores de conteúdo com medo de rever a série e perceber que ela na verdade era ruím e outros afirmando que ela era ruím de fato e apenas era boa nas suas lembranças.Na parte 1 eu expliquei porque de obra importante agora e Saint Seiya é visto como algo medíocre que se mantem pela nostalgia e mostrando que nem criadores de conteúdo da franquia ou mesmo o próprio parecia entender a série.Nessa parte 2 ficou faltando algo muito importante.Existem pessoas que acreditam que o fato de Saint Seiya ser mal visto e não atrair um público novo é graças a má adaptação do anime pela Toei,são aqueles que entraram em contato com o mangá e o acham superior pelas mudanças na história provocadas pelo anime que supostamente destruíam o material original e os fillers.Como já expliquei anteriormente o problema na verdade não é a obra em sí e sim a imaturidade e a falta de conhecimento do público geral de como a obra Saint Seiya funciona e como ele possui características narrativas e de construção de história e personagens das décadas de 70 e 80 e logo mesmo um anime 100% fiel ao mangá jamais mudaria a percepção que o público tem pela obra por ela ser sim uma obra datada,e sim,de fato outras obras atuais são mais complexas e mais profundas nesse sentido porque tudo evolui.Se fosse Hokuto no Ken que viesse no lugar do Saint Seiya iria dar na mesma,sem dúvida o fato do Kenshiro ser extremamente forte,enfrentar membros de gangue e ter lutas que duram rapidamente peal característica de sua arte marcial sem dúvidas seria um fator que o faria ser menosprezado hoje em dia porque existe essa comparação sem sentido com que é feito hoje onde direção evoluiu,animação,a forma de produzir roteiros e novos conceitos trazidos por novos autores através dos tempos.É muito difícil convencer alguém a assistir um anime antigo como Galaxy Express 999 que é episódico e não tem um grandioso plot revelado aso poucos,e que ele tem de ser apreciado por outras maneiras e até determinados animes atuais como Kimetsu no Yaiba e Jujutsu Kaisen tem seu sucesso questionado por parecerem mais simples que os considerado medalhões entre os otakus.
Antes precisamos entender pelo ponto de vista dos produtores quais são as intenções por trás de cada mudança ou como o anime é feito pra poder entender melhor,entender a essência de cada coisa é a melhor forma.Primeiro anime de TV focados pro público infanto-juvenil são produzidas em horários próprios na TV aberta onde esse público está disponível e vivem sustentadas pelsos seus patrocinadores e pela própria TV com intuito de vender produtos da mesma,logo se a série se manter no ar,mais eles podem tornar a obra relevante e vender mais.É a lógica simples disso e por isso as séries só param se a audiência baixar,se não vender produtos ou se o autor encerrar a obra.Por isso que chega um momento que eles se aproximam do material original e pra isso eles precisam criar histórias originais pra ganhar tempo os chamados fillers no ocidente.Parar significa fazer toda uma mão de obra parar,desde funcionários como o tio ou tia da limpeza e as produtoras de produtos com a marca da série.E por conta do peso da produção sem parar estúdios de anime contratam pequenos estúdios que tem como função auxiliar na animação.Por isso cada um possui diretores,animadores e character designs diferentes e por isso que cada episódio tem um traço diferente e não é apenas a Toei a Pierrot também fez em Yu Yu Hakusho.Hoje com a evolução tecnológica e melhor facilidade os estúdios tentam manter o character design mais consistente como vemos na saga de Hades.O próprio Shingo Araki tinha seu estúdio e foi contratado pela Toei pra ser o character design oficial da obra e sua principal função era tornar a obra mais atraente.Shingo foi character design do anime Rosa de Versalhes.Pra produção do anime a editora e autor que compartilham os direitos da obra precisam entrar em comum acordo.O autor não participa diretamente(existem exceções) estando ocupado com a produção do mangá e a empresa do anime tem total liberdade pra fazer mudanças na obra se ela achar necessário pra torna-la mais vendável.E isso ocorreu com Saint Seiya pois na época o mangá já era datado,com cara de anos 80 que mantinha aquele design próximo aos conceitos de Tezuka que todo autor usava na década de 70 mas que mudou no meio dos anos 80 já não sendo compatível,por isso Shingo Araki fez muitas mudanças sem emular o traço do Kurumada e mudando as armaduras V1 que eram bem feia no mangá pra vender.A Toei costuma fazer muito isso,inclusive contratar autores famosos pra desenvolver um mangá pra eles transformarem em anime como o caso da Naoko Takeuchi e Sailor Moon ou Go Nagai com Mazinger Z,ambas as versões são totalmente diferentes igual Saint Seiya.Eu sei que muita gente se decepciona com adaptações em anime eu mesmo tive gosto amargo com adaptação de Promised Neverland(que prometia uma alternativa ao arco final apressado e no fim ficou mais apressado e pior e cortando um arco muito elogiado) e Saintia Shô(que além de mudanças pra pior simplesmente jogou uma das protagonistas da história de qualquer jeito e nem a explorou direito) que são bem inferiores ao material original,mas sendo Saint Seiya um sucesso principalmente no exterior o anime modificou as coisa pra pior mesmo?vamos analisar e refletir cada ponto que encontrei em material de Saint Seiya de criadores e conteúdo e opinião de muitas pessoas por aí.Só lembrando mais uma vez que no Japão não existe o conceito de canone e Filler,isso é uma invenção dos ocidentais que acham que as obras japonesas podem se classificar pelos seus padrões.Lá temos a obra original e seus derivados que podem ser adaptações pra outra mídia como anime,filme,ou um Gaiden,uma história alternativa como um passado ,presente ou futuro alternativo onde o autor ou outros autores podem explorar a vontade com liberdade sem alterar a cronologia original.Por isso que o mangá é uma coisa e o anime é outra.não existe essa de um vale menos que outro,todos valem mas são pontos de vistas distintos de uma mesma coisa.E fillers inclusive.se fica melhor ou não é algo que pode ser discutido e analisado.O que vale pra um não necessariamente vale para o outro.E algo que eu vou dizer e pode chocar muitos é que a Saga de Hades pode até mesmo se encaixar como um material independente do mangá e até mesmo do anime ao invés de uma continuação,visto que eles passam a serem mais fiéis ao mangá ignorando as mudanças feitas no anime como a cena onde mostra Camus treinando Hyoga,algo que não ocorre na série clássica.Shin Hokuto no Ken funciona igual pois nele temos um flashback de um arco nunca adaptado em anime.Também ode ser algo que já comentei na matéria sobre universos compartilhados no Japão onde eu li um artigo onde os japoneses parecem não se preocupar com coesão ao compor suas obras pra dar liberdade criativa total,por isso que hoje vemos por exemplo um super Sentai como Gokaiger estabelecer todas as séries no mesmo universo e Zenkaiger já muda esse conceito estabelecer como mundos paralelos.Então vamos começar.Lembrando que vou usar os termos originais em respeito ao autor ao invés dos termos nacionais então não estranhem se eu usar termos e nomes originais e peço desculpas se ficar difícil entender o que são pra quem não conhece,mas eu prefiro dessa forma.
‘1-O conceito de evolução das Saint Cloths
No mangá existe um conceito interessante das armaduras: quanto mais alta a patente mais proteção a armadura tem.As de bronze tem menos proteção e as divinas tem a maior proteção de todas.Essa lógica ocorre quando as próprias Bronze Cloths,as armaduras de bronze evoluem ficando com mais proteção.No anime esse conceito não existe,as armaduras são classificadas por suas patentes e não pela proteção.Por isso que as armaduras V2 causam estranheza por parecerem oferecer menos proteção que as V1 por conta das mudanças feitas pelo Shingo Araki e as V2 ele preferiu manter como no mangá talvez por achar que elas já estavam boas pra se vender comercialmente.mas de forma alguma essa mudança é algo tão relevante mas não deixa de ser um detalhe interessante de se observar.no mangá é legal e no anime também visto que as V1 são infinitamente mais bonitas que no mangá.E podemos agradecer por não termos a primeira evolução da armadura de Pégaso que mais parece a armadura do Megaman ou do BT’X que é u mangá de Kurumada com armaduras tecnológicas que ele criou em 1996.
2-A mudança do papel do Hyoga na Guerra Galactica
Esse ponto de fato é melhor no mangá.Lá Hyoga é enviado pelo Santuário pra se infiltrar no torneio.No anime não tem nada disso e ainda criam uma rivalidade meio sem sentido entre ele e o Seiya que não serviu pra nada na verdade.
3-os órfãos da fundação Graad serem filhos de Mitsumasa Kido
Esse é um ponto que eu aprovei com louvor a mudança.No mangá é exagerado e forçado e mais um velho como Mitsumasa Kido sair pelo mundo engravidando quase 100 mulheres pra formar novos Saints,ele inclusive parou duas vezes na mesma mulher pra conceber Seiya e Seika e Shun e Ikki,é bizarro.No anime ele só recolheu órfãos e isso não alterou sua missão e fez mais sentido.Além disso ele realça o fator amizade entre os Bronze Saints que passam até a se considerar como irmãos.
4-A animosidade de Shaina com Marin
No anime a Shaina age com certa violência contra Marin mas a explicação é bem simples: fica claro que Shaina pra encobrir seu amor pelo Seiya tenta agir com violência contra ele e todos ao redor dele,é simplesmente isso.
5-O Meste Arles
Esse causou tremenda confusão mais pela dublagem ruím da gota Mágica que pelo roteiro em sí.Porém percebendo isso os roteiristas criaram uma história na revista Cosmo Especial detalhando mais as diferenças dos Mestres do Santuário e se você assistir o episódio zero do anime consegue entender perfeitamente.No anime existem 2 Mestres do Santuário.O Shion de edumentária dourada e Arles seu irmão mais novo de edumentária vermelha.Na série Saga mata Arles e toma seu lugar se passando por Arles.Depois ele mata Shion após Seiya deixar o Santuário e conta a todos que ele morreu de doença assumindo seu lugar como novo Grande Mestre.Durante a saga das 12 casas o nome de Arles não é mais mencionado e temos dúvida sobre quem Marin encontrou no Star Hill,mas parece ter sido realmente Shion já que a história não mudou,apenas a forma como Saga agiu.Apesar da confusão eu achei que ficou bom porque sendo Saga disfarçado como Arles seria mais fácil ele pegar Shion desprevenido e mata-lo mais facilmente.Mas por que Arles foi criado?de acordo com produtores eles queriam uma figura mais vilanesca que não existia no mangá,é uma forma de chamar mais atenção do público e isso funciona bem(lembrando que no mangá ainda não tinha sido revelado que o Mestre era Saga).Esse fator gerou uma polêmica porque no mangá o Grande Mestre possui uma figura de Papa sendo a encanação da bondade,algo que Saga usa a seu favor pra provar que está certo o tempo todo,tanto que ele quer punir Saori e os demais por terem usado as armaduras pra luta pessoal,e isso dá mais credibilidade e profundidade ao disfarce dele.Porém devo lembrar que a figura de Arles é equivalente a muitos ditadores de nossa história que não escondia seu ar autoritário e com o exército e a policia obedecendo suas ordens inconstitucionais,e tendo cientistas dando credibilidade as suas ideologias nefastas causavam as maiores atrocidades sem disfarçar suas intenções.E mesmo que você ache que o mangá seria mais profundo e o anime mais genérico,lembre-se que Saint Seiya é uma obra carregada de forte maníqueismo não importa a razão dos vilões.Naquela época era ainda comum criar vilões perversos porque sim, é uma característica de época,basta assistir qualquer obra da década de 70 ou 80,tanto Dragon Ball,Hokuto,todos são muio maniqueísta,o bem contra o mal.Então não é algo ruím ou errado é apenas uma mudança de perspectiva que acharam necessário e que não afeta a história. Se bem que tewm algo irônico nessa história,aparentemente o mestre Arles parece ser algo menos profundo mas se você pensar bem,o Mestre Arles também mostra uma coisa bem interessante,que é quando você está no poder,e diz lutar em nome da justiça ou de alguém superior divino(no caso Athena que todos achavam estar no Santuário) vira uma justificativa pra qualquer ato autoritário ou perverso que você comete.Muitos usam isso e fingem lutar por uma causa justa cometendo as maiores atrocidades.Olha o quão reflexivo isso pode ser. Você pode achar a versão do mangá melhor,não tem problema algum,mas se o objetivo era fazer o público detestar o Arles ou mostrar como é temido então o objetivo foi concluído com sucesso,só lembrando que no mangá Saga mata Shion e toma seu lugar simplificando mais a história.
6-Os Saints sem constelação
Esses causam muita polêmica por serem vilões criados pro anime e que se equivalem aos Saints reais em poder e dão trabalho aos personagens,além de não ter uma base que sustenta sua história,porém o Hypermito é algo exclusivo de material fora do anime então muita gente não sabe muitos conceitos da série.Eu não vejo problema nisso até porque na própria história original os bronze Saints conseguem rivalizar em poder com os Silver e Golden Saints e temos também alguns Silver Saints tão poderosos quanto Golden Saints,então ter guerreiros que po algum motivo não foram dignos de estar entre os 88 oficiais não é um problema.E pensando em tudo que disse acima sobre produção do anime o que os roteiristas poderiam ter feito?não dava pra parar a série e eles precisavam criar adversários novos e que dariam trabalho ou não teria sentido ou emoção alguma a história.Um que foi bem importante foi o Crystal Saint,ele ficou bem popular sendo mestre do Hyoga.Lembrando que na época ainda não existia a revelação que Camus de Aquário era mestre dele.Eu acho que os produtores criaram este personagem porque o Hyoga era o único personagem que não tinha alguém próximo ao seu redor,o Seiya tinha a Marin,o Shiriyu o Mestre Ancião,o Shun tinha Ikki que é seu irmão e o Hyoga não tinha ninguém e o Crystal promoveu momentos muito bacanas da série.Uma outra coisa que causou polêmica foi o Santuário ter atacado países causando atrito entre eles disfarçando seus homens.No mesmo episódio o espirito de Mitsumasa Kido explica a Saori que os Saints teriam interferido em inúmeras guerras.E se você quer dominar o mundo o melhor jeito é fazer os seus adversários exterminarem uns aos outros criando conflitos facilitando seu plano.Isso é uma tática inteligente.Dentre os personagens exclusivos do anime quatro não tem defesa: o Silver Saint Arachne de Tarantula e os de Aço.O Tarantula não é constelação,uma mancada terrível dos roteiristas,tanto que eles deram desculpas bizarras em livros oficiais de que ele se fazia passar por um Silver Saint,isso é bem tosco.Os de Aço não precia nem explicar,eles simplesmente somem da trama sem aparecer em momento algum,igual aqueles espíritos artificiais da saga dos Bounts em Bleach que ficaram no arco Arrancar e somem no meio dele nunca mais aparecendo.Pra não dizer que apenas o anime comete esse erro o próprio Akira toriyama esqueceu a Lunch em Dragon Ball.
7-Shun dependente demais do Ikki
Isso de fato é algo que o anime e os filmes de Saint Seiya reforçaram com mais momentos onde Ikki salva Shun e de fato isso acaba sendo meio ruím.Mas o Shun continua sendo poderoso mas que não gosta de lutar,ele tem a Tempestade Nebulosa e tudo mais.
8-Saori descobre que é Athena mais tarde
Esse sem dúvida foi a melhor mudança.No mangá Saori já sabe que é Athena desde o inicio da história e do nada ela simplesmente pede pros Saints lutarem ao seu lado.Obvio que não iriam topar.Depois ela é sequestrada e rapidamente mudam de idéia.No anime existiu mais espaço pra Saori e os outros se aproximarem mais e formar laços,e graças muitas vezes aos fillers,quem diria,tem uma cena muito legal num filler onde ela joga sus jóias no mar mostrando que sua riqueza é menos valiosa que eles.Então quando ela descobre que é Athena junto com todos acaba causando mais impacto e sendo bem mais marcante no anime.não sabemos contudo como ela conversa com o espirito do seu avô,será a energia de Athena se manifestando inconscientemente?podemos pensar nisso
9- a armadura de Sagitário que muda de forma do nada
Essa realmente é um furo do roteiro do anime.No mangá é dito que o Mitsumasa Kido pra não levantar suspeitas do Santuário customizou a armadura de Ouro pra parecer falsa,inclusive o próprio Santuário tem dúvidas disso.é uma desculpa esfarrapada pro Kurumada mudar o design da armadura que era bem feia mas existe explicação que não tem no anime.A gente pode até dizer que aconteceu o mesmo mas como não é dito fica sendo um furo de roteiro.
10-Marin apanhando de um cadete
Esse é bem complicado.enquanto luta contra Aldebaran Marin acaba tendo problemas com um random do Santuário.Curiosamente no inicio da série Geki usa sua própria força física e causa muitos problemas proi Seiya na Guerra Galática.Então ter um cara assim que causa problemas até pra um Silver Saint não é tão absurdo assim.
11-Shura é o mais fiel a Athena
Sim, existe critica a isso apenas porque não se sabe se Excalibur é uma técnica que pode ser passada.Sinceramente a mudança foi pra dar um ar mais nobre e mistico tal qual a lenda da Excalibur original e essa técnica é um dom passado de Athena pra Shura e Shura pra quem bem entender.Só isso.
12-A armadura de Fênix não evolui sozinha
no mangá a armadura de Fênix é a única que revive se for morta tal qual sua lenda e evolui sozinha sem ajuda externa como o sangue de um Golden Saint.Curiosamente na saga de Hades eles mantiveram essa característica com Ikki surgindo no Inferno com armadura nova sem receber qualquer sangue de Athena pra isso virando uma Divina apenas quando recebe o sangue de Athena que vaza do Jarro em que foi trancada.No anime eles quiseram dar talvez algo mais significativo fazendo a armadura de Fênix evoluir junto com as outra recebendo também o sangue de um dourado,não acho que foi por mal então não vejo isso como algo absurdo e incoerente.
13-A saga de Asgard
Sim amigos,a saga considerada o melhor filler feito pra um anime possui reclamações e nesse caso está diretamente relacionada com a saga de Poseidon e isso porque supostamente Asgard teria quebrado o grau de evolução dos bronze Saints pois em Poseidon os Marinas eram derrotados facilmente pelo fator dos Bronze Saints estarem mais fortes,dominando completamente o Sétimo Sentido e com suas armaduras mostrando o brilho dourado,o real poder do sangue dos Golden Saints.Mas e se os Guerreiros Deuses forem mais fortes que os guerreiros dourados?não mudaria em nada o sentido do arco do Poseidon e seria um pretexto pra acentuar mais a evolução dos nosso heróis.E esse fator é reforçado pelo fato dos guerreiros serem comparados aso dourados,tudo bem que no fundo foi o Bado que derrotou o Aldebaran e não o Shidou mas a maioria dos Guerreiros Deuses eram junto fortes e os Bronze Saints não manifestaram o brilho dourado das armaduras aqui então não tem porque reclamar disso.Na verdade esse tipo de coisa que o Kurumada fez queimou bastante o filme dos Marinas porque eles acabaram virando eras escadas pros Bronze Saints brilharem mais e sem backgrounds e sem carisma,fica difícil.Uma coisa parecida aconteceu em Bleach,os Fullbringers não eram páreo para os Shinigami mesmo com o power up do Ginjou dos poderes do Ichigo,afinal Orihime e Chad nunca demonstraram terem tanto poder quantos os Shinigami.A diferença é que em Bleach os inimigos tem seu passado e motivações muito bem desenvolvidos dando mais peso a história e em Saint Seiya poucos Marinas tem algo mais.Não é errado o que o autor fez mas depois das emoções dos arcos anteriores com a extrema superação e dificuldade fica parecendo que esses vilões são qualquer coisa.
14- O flashback do Orfeu
Existe um flashback do Orfeu que parece bagunçar a lina cronológica da série onde ele toca sua arpa pra outros Golden Saints porém alguns deles não deveriam estar ali como o Saga e o Aiolia deveria ser uma criança já que Orfeu tinha 19 anos na cena.Acredito que foi ero de continuidade
15-Radamantys enfrenta Seiya ao invés do Valentine no portal pro reino de Hades
Essa sem dúvida é bem estranha.Eu acredito que queriam criar uma rivalidade maior entre Seiya e Radamantys pra terem substituído o Valentine.É a única explicação plausível.
Ainda existem certos pormenores aqui e ali mas não vi importância em mencionar por serem mudanças insignificantes.Então nessa conclusão podemos perceber que apesar de alguma falhas o anime é uma boa adaptação do mangá,quando analisamos e refletimos percebemos que os erros não são tantos como todo mundo acredita,e o anime tem momentos sensacionais que apenas o anime deu a emoção necessária como o belo episódio onde Seiya pula do precipício com Saori que tem uma música de efundo bela,uma fotografia sensacionais,a trilha sonora maravilhosa de Seiji Yokoyama que deixa tudo absurdamente épico,a luta do Camus contra Hyoga e as lutas todas contra os últimos dourados ficaram excelentes,as trilhas das armaduras ficando douradas são de arrepiar só de lembrar.O traço sensacional de Shingo Araki que deu mais personalidade pra obra.Tem suas coisa bizarras como aquela cena onde os personagens completam o pensamento um do outro nas Doze Casas como se eles tivessem realmente conversando entre sí entre outras coisas mas não supera suas qualidades.Foi o anime o maior responsável pelo sucesso da série,e as mudanças funcionaram,e hoje temos duas obras com pontos de vistas distintos sobre uma mesma coisa e poucos animes tem isso como Dragon Ball que é mais fiel possível.Se um dia a Toei fizer um remake igual fizeram com Sailor Moon de forma alguma vai apagar a obra original e também não vai convencer o público novo de que a obra é boa a não ser como eu disse que ele entenda a essência da obra,como era a narrativa das obras dos anos 80 e aceitar isso
Saint Seiya é uma obra incrível que não merece esse desprezo todo que ela leva.Merce ser apreciada por sus qualidades e pelo que ela é.
4 notes
·
View notes
Photo
Kristen Stewart é capa da InStyle edição de Novembro.
Ela se uniu a entrevista virtual com a sua diretora de Happiest Season, Clea DuVall. Kristen discute a representação queer, a liberdade artística e como ela encontrou seu próprio caminho adiante. Confira abaixo a entrevista completa:
CLEA DUVALL: Sinto que estou saindo com um membro da família que não vejo há muito tempo. Eu fico tipo, "Olhe para o seu cabelo. Você parece tão saudável."
KRISTEN STEWART: Eu adoro que estejamos fazendo assim também. Esta é minha terceira ligação com o Zoom.
CD: Eu estaria aplicando zoom em você o tempo todo, mas presumo que todo mundo odeia o zoom neste momento.
KS: Eu gosto. Isso é legal porque a história não será como, "Fomos a um café local no bairro dela e pedimos uma bebida. Há uma tensão. Ela quer estar aqui?" [risos]
CD: Foi algo que eu disse? [risos] Você completou 30 anos na quarentena. Qual foi a sensação de ter um grande aniversário nessa época?
KS: Eu acordei naquele dia [9 de abril] e disse, "Você precisa colocar sua bunda em marcha." Eu bebia muito no início [da pandemia], então parei de beber e fumar. Estou envergonhada porque parece muito clichê, mas, tanto faz, é verdade.
CD: Como você tem passado seu tempo em quarentena?
KS: Há muito tempo escrevo Chronology [uma adaptação do livro The Chronology of Water, de Lidia Yuknavitch, que Stewart também dirige]. Isso é feito. E tenho três outros projetos nos quais venho pensando há algum tempo, mas nunca toquei. Pela primeira vez, todos eles deram um grande salto à frente.
CD: Como é um dia típico para você agora?
KS: Eu levo meus cachorros para passear e faço caminhadas com as pessoas. Eu me sinto péssima em relação ao estado do mundo, então estou doando dinheiro - mas não estou marchando, e estou me sentindo estranha com isso. Sou uma otimista frustrada. Estou sempre pensando: "Não pode ser tão ruim assim."
CD: Fizemos Happiest Season antes da pandemia. Mary [Holland] e eu escrevemos esta história porque eu queria algo que representasse uma experiência que eu não tinha visto, que fosse algo próximo à minha. [O filme é sobre uma mulher chamada Harper, interpretada por Mackenzie Davis, que ainda não se revelou para a sua família, mas traz sua namorada, Abby, interpretada por Stewart, para casa no Natal.] O que você achou quando leu o roteiro?
KS: Trata-se de coisas muito pungentes que, para mim, são extremamente comoventes e desencadeantes - embora agora a palavra "desencadear" me desencadeie mais do que qualquer coisa no mundo inteiro. [risos] Mas o filme é tão engraçado e fofo, e eu amei o casal. Ambos são pessoas pelas quais eu realmente me sentia protetora de maneiras diferentes, porque estive em ambos os lados dessa dinâmica em que alguém está tendo dificuldade em reconhecer quem é e a outra pessoa se aceita mais. Eu [pessoalmente] entrei nos aspectos mais complexos de mim um pouco mais tarde. Nunca senti uma vergonha imensa, mas também não me sinto longe dessa história, então devo tê-la em um sentido latente.
CD: Sim.
KS: Não quero aumentar minha própria dor, porque sei que a dor dos outros foi muito grande. Viver neste mundo, ser uma pessoa queer, existem coisas que doem constantemente. Enfim, eu li o roteiro e não pude acreditar que um estúdio estava fazendo isso.
CD: Foram suas próprias experiências que o atraíram?
KS: Sim. A primeira vez que namorei uma garota, imediatamente me perguntaram se eu era lésbica. E é como, "Deus, eu tenho 21 anos." Eu senti que talvez houvesse coisas que magoaram as pessoas com quem estive. Não porque tivesse vergonha de ser abertamente gay, mas porque não gostava de me entregar ao público, de certa forma. Parecia um roubo. Este foi um período em que eu era meio cautelosa. Mesmo em meus relacionamentos anteriores, que eram heterossexuais, fazíamos tudo o que podíamos para não sermos fotografados fazendo coisas - coisas que se tornariam não nossas. Então eu acho que a pressão adicional de representar um grupo de pessoas, de representar queerness, não foi algo que eu entendi na época. Só agora posso ver. Retrospectivamente, posso dizer que tenho experiência com essa história. Mas naquela época eu diria: "Não, estou bem. Meus pais estão bem com isso. Está tudo bem." Isso é treta. Está difícil. Foi estranho. É assim para todos.
CD: E, aos 21 anos, você tinha pessoas escrevendo artigos sobre você, perseguindo você e tentando descobrir o que você é quando ainda não tinha descoberto totalmente. Posso imaginar que isso faria com que você erguesse todas as paredes que pudesse.
KS: Sim. E isso afeta a família e outras pessoas. Então, eles têm sua própria experiência que trazem para a mesa.
CD: Alguma coisa se destaca como algo que você realmente gostou ao fazer o filme? Além de trabalhar comigo, obviamente. [risos]
KS: Eu não poderia ter tido uma parceira melhor nisso do que Mackenzie. Esse casal precisava ser duas pessoas de quem você realmente gostasse e considerasse uma aspiração. Então, tínhamos que ter certeza disso - embora seja um filme sobre alguém que está se acostumando a ser quem é. Tínhamos a responsabilidade de não ser mesquinhos. É como, "Não, nós sabemos o que estamos fazendo, e está tudo bem. E agora, por favor, todos os outros se sentem confortáveis com isso."
CD: Sendo uma pessoa queer, interpretando um personagem gay, você sente que há quase uma expectativa de você ser um porta-voz da comunidade?
KS: Fiz mais quando era mais jovem, quando estava sendo perseguido por me rotular. Não tive nenhuma reticência em mostrar quem eu era. Eu saía todos os dias sabendo que seria fotografada enquanto estivesse sendo carinhosa com minha namorada, mas não queria falar sobre isso. Senti uma pressão enorme, mas não foi colocada sobre mim pela comunidade [LGBTQ+]. As pessoas estavam vendo aquelas fotos e lendo esses artigos e dizendo: "Oh, bem, eu preciso ser mostrado." Eu era criança e me sentia pessoalmente afrontada. Agora eu gosto disso. Adoro a ideia de que qualquer coisa que faço com facilidade passa para alguém que está lutando. Essa merda é demais! Quando vejo uma criança se sentindo claramente de uma maneira que não sentiria quando eu cresci, isso me faz pular.
CD: Este é um ano de eleições. Você é politicamente ativa? Você falou anteriormente sobre fazer doações e a relação complicada de como se engajar. As pessoas realmente precisam votar.
KS: As pessoas precisam votar.
CD: Quanto você lê as notícias?
KS: Eu leio as notícias todos os dias, mas não me fixo nisso. Tenho alguns amigos que não param e é só sobre isso que falam. Não estou dizendo que não quero enfrentar essas coisas. Mas em termos de quão envolvida estou, nunca fui a cara de nada. Eu nem tenho um Instagram público. Eu realmente gosto de apoiar as pessoas que já estão fazendo isso há anos.
CD: Foi uma escolha consciente para você ficar longe das mídias sociais?
KS: Não é natural para mim. Nunca foi uma pergunta. Nunca pensei: "Devo fazer isso?" É literalmente como, "Não, meu Deus." [risos]
CD: Como alguém que se tornou uma estrela tão jovem, você sente que cresceu em si mesma?
KS: No momento, estamos tendo uma conversa muito legal, porque não estou pensando no fato de estar falando para um milhão de pessoas. Mas quando eu era mais jovem, simplesmente não conseguia parar de pensar nisso. Eu estava tão atolada em tudo que não conseguia nem apresentar uma versão honesta de mim mesmo. Isso me frustrou porque eu continuei me intrometendo. Agora que estou mais velha, não tenho tanto medo de f****.
CD: Eu posso imaginar a pressão de carregar uma grande franquia como [Crepúsculo] quando você é tão jovem deve ter sido extremamente intensa.
KS: Eu era uma criança. Eu definitivamente nunca pensei, "OK, eu tenho essa franquia nas minhas costas." No mínimo, essa é a perspectiva de um estranho, que só posso compartilhar com você agora. Então, eu não tinha ideia.
CD: E como atriz?
KS: Eu sou uma bela artista confessional. Eu definitivamente gosto de meu trabalho sendo o mais pessoal possível. Nas primeiras vezes em que interpretei personagens queer, não era [abertamente] queer ainda. Sou atraída por histórias e pessoas por um motivo e acho que, por padrão, represento o que defendo. Eu acho que é importante assumirmos papéis diferentes e no lugar de outras pessoas para realmente nos expandirmos, embora nunca ocupando espaço para pessoas que deveriam contar suas próprias histórias.
CD: Você já está se preparando para interpretar a Princesa Diana [no filme Spencer]?
KS: Não começamos a filmar até meados de janeiro. O sotaque é intimidante como o inferno porque as pessoas conhecem essa voz, e ela é tão, tão distinta e particular. Estou trabalhando nisso agora e já tenho meu treinador de dialeto. Em termos de pesquisa, fiz duas biografias e meia e estou terminando todo o material antes de realmente fazer o filme. É uma das histórias mais tristes que já existiram, e não quero apenas interpretar Diana - quero conhecê-la implicitamente. Há muito tempo que não estou tão empolgado em fazer um papel.
CD: Vou girar um pouco porque esta é uma revista de moda, e você sabe que sou um cabideiro. Você sente falta de se arrumar para o trabalho e fazer o tapete vermelho?
KS: Foi muito divertido filmar essa capa, na verdade. Eu não via minha equipe há muito tempo, e era uma fotógrafa [Olivia Malone] que eu realmente gosto. Isso me lembrou o quanto eu amo isso. Acho que é fácil confundir certas coisas às quais tenho aversão, que é como, "Oh, ela não adora tirar fotos o tempo todo." É como, "Sim, não constantemente." Mas adoro fazer arte com meus amigos. Isso definitivamente me alimenta de uma maneira diferente. É divertido. Mas em termos de se vestir bem e sair, a pressão disso pode ser simplesmente idiota. Eu fico nervosa antes de sair, não porque estou com medo, mas porque é tipo, "Oh Deus, o que mais pode ser uma coisa?"
CD: Se preparar para os tapetes vermelhos parece tão difícil - há sempre um relógio correndo e muitas pessoas ao redor. Você tem alguma peça chave para essas ocasiões agora no seu armário?
KS: Normalmente, sou uma pessoa realmente baseada em uniformes. Por algumas semanas, eu me vestia todas as manhãs como se tivesse um lugar para ir. Isso me faz sentir melhor. Houve um período em que eu só queria usar merdas que combinassem. Tenho um terno com estampa de leopardo que é muito divertido de usar em casa. Então, usamos ternos e conjuntos. E então essas coisas sedosas e com roupão. Meu pai costumava usar um robe pela casa, e era muito flutuante. Eu sou pequena, então, se eu usar um manto fofo, parece tão ruim. O motivo pelo qual não gostava de vestes é que me sentia boba e mesquinha e não gosto de me sentir boba e mesquinha.
CD: Eu sei isso sobre você.
KS: Basicamente, tenho evitado usar jeans e camisetas. Dentro dos limites da minha própria casa, é claro.
CD: Você é uma cara da Chanel, então presumo que você tenha muitas peças da Chanel no seu armário.
KS: Sim, de fato. Eu tenho todas as minhas merdas Chanel juntas. Às vezes eu simplesmente passo por ele. Minha pequena jaqueta preta está lá. Tenho algumas bolsas que são realmente clássicas. Mas tenho tantas coisas que uma pessoa mais ousada e mais descolada usaria. Talvez se eu tiver filhos, eles dirão: "Por que você não está usando essa coisa incrível?" Talvez alguém entre e use meu guarda-roupa.
CD: Então, nós fizemos um filme de Natal, como você sabe. Você tem alguma ideia do que está fazendo nas férias deste ano?
KS: Normalmente vou para casa e saio com minha família. Na manhã de Natal, eu vou comer comida tailandesa porque moro bem perto de Thai Town, e é o único lugar que está aberto, e é incrível. A comida tailandesa de manhã cedo é muito divertida antes de tudo começar. Você fica tipo, "Hoje vai ser um show de merda. Vai ser muito chato." Amo minha família e amo o Natal, mas obviamente é muito. Então, eu criei essa pequena tradição para mim. Este ano, acho que não vou conseguir estar em casa. Eu estarei na Europa preparando Spencer.
CD: Já que o título do nosso filme é Happiest Season, quem ou o que te faz mais feliz agora?
KS: Eu realmente acordo feliz. Eu me sinto tão abençoada. Amo meus amigos e minha família. Eu sou uma filha da puta feliz.
#kristen stewart#kstew#news#top news#noticias#novidades#atriz#entrevista#instyle#november#tradução#chanel#zoom#zoomlife
12 notes
·
View notes
Text
Accidentally In Love
Era uma noite de junho como outra qualquer, estava deitada na cama na minha total insignificância como sempre fiz!
Havia acabado de sair de um relacionamento... Okay... Talvez a palavra “acabado” não seja a palavra mais correta a ser utilizada neste caso.
Redefinindo...
Havia terminado um relacionamento fazia uns 06 meses. Já havia passado por todos os processos que um término trás consigo: Descrença, Raiva, Carência, Aceitação e por último, mas não menos importante Motivação!
Sentia que já estava na hora de seguir em frente, afinal ele já havia seguido em frente... Duas vezes... Mas essa não e a questão aqui!
Decidi baixar o tão famigerado “Tinder”, já havia utilizado ele alguns meses antes, mas quando você não esta pronto para algo não adianta fazer... Nem mesmo forçado!
Selecionei as melhores fotos, respondi todas as perguntas iniciais como: Idade, Profissão, Localização, até chegar à tão esperada “Descrição” que basicamente é um espaço onde você escreve coisas sobre você em apenas 500 caracteres. Mas ai fica meu questionamento:
“Quem consegue se descrever em apenas 500 caracteres?”
Foi quando me lembrei de um TikTok que havia feito semanas atrás... Sim, 05 meses em casa, isolamento social, obviamente me tornei uma usuária muito frequente do TikTok hahaha.
Lembrei de um texto que havia interpretado semanas atrás, um texto que me definia totalmente. Então inteligente como sou fui copiar e colar o texto.
Para a minha tristeza o texto completo tinha em torno de 1000 caracteres, ou seja, o dobro do que eu podia, mas brasileira como sou não desisti e fiz até um joguinho para atrair os garotos. Postei metade do texto e quem ficasse curioso para saber do resto teria que me chamar e perguntar sobre o texto!
E assim foi, terminei de completar meu perfil e fui deslizar aqueles carinhas!
Lado direto, lado esquerdo, lado direito, lado esquerdo, lado direito novamente, lado esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo, esquerdo... Caralho só tinha gente estranha, sem assunto, sem um salzinho! Estava ficando frustrada como das últimas vezes que usei o app e já estava cogitando a ideia de excluir quando de repente vi um anúncio do “Tinder Gold”.
Defina “Tinder Gold”: Um pacote que você paga mensalmente, semestralmente ou anualmente e você tem acesso a certas “regalias” no app como, por exemplo, ver quem foram todas as pessoas que te curtiram e ter um leque de possibilidades de escolher um daqueles carinhas e dar um match imediato sem ter que arrastar ele para a direita e ficar rezando para um dia na sua vida darem match!
Estava sem nada pra fazer, em meio a uma pandemia, o pacote nem era tão caro assim e algo me dizia... “Vai, assina, faz”. Não pensei duas vezes e fiz!
Inicialmente curti a ideia, afinal quem não gosta de mais de 1.000 carinhas te curtindo e você poder escolher quem você mantinha ou não sem eles saberem!
Curti uns, dei uns matches, fomos conversando e cara... Que porre! Tudo o mesmo tipo, todo mundo querem partir para os finalmente com menos de cinco minutos de conversa. Revoltei-me!!!! Desliguei a internet e fui dormir definitivamente aquilo não era para mim!
Três dias depois, voltei para o app, pois já que estava pagando aquela merda por um mês então eu iria usar, mesmo que não desse em nada. Entrei novamente na parte do “Gold” e comecei a analisar os perfis... Até que um me chamo a atenção!
Era um carinha até que bonitinho, alto, um sorriso que chamava a atenção, um ar de mistério, mas ao mesmo tempo passava uma paz no olhar e uma simpatia tremenda mesmo por foto!
Fui dar uma olhada na descrição e me surpreendi ao perceber que a única definição sobre ele era sua altura e uma cidadezinha da Austrália.
“Bacana”, pensei comigo, “Me desdobrei para deixar uma descrição sobre mim até que curiosa e os caras não escrevem absolutamente nada sobre si mesmos”.
Esperei por uns minutos para ver se ele me chamaria para conversar, afinal tínhamos acabado de dar match, porém não rolou assim tão rápido. Cansada de esperar fui dar um “Olá” e ver se ele iria responder.
Não demorou nem cinco minutos e do nada recebo não uma mensagem, nem duas, mas sim três notificações de que ele havia respondido! Um numero até considerável para um simples “Olá”.
Quando abri a mensagem senti algo que não havia sentido com nenhum outro garoto dali, porque pela primeira vez alguém havia perguntado sobre o poema da minha descrição.
“Oi, tudo bem.
?
Qual o final do poema??” (emogi de pensativo)
Não pensei nem duas vezes e já lhe mandei o final do poema e junto o link do TikTok que havia gravado e de onde tinha tirado o tal poema e assim emendamos em uma conversa surreal!
O papo encaixava, tudo era engraçado e divertido. Com menos de meia hora de conversa já passei meu whatsapp para conversarmos melhor. Não tinha malicia, não tinha preconceito, não tinha nada de ofensivo, não tinha nada além de respeito, curiosidade e muita gargalhada na nossa conversa.
Falamos sobre nossas famílias, trocamos fotos de parentes, conversamos sobre o que curtíamos e não curtíamos, conversamos sobre tudo!
Passamos a noite toda conversando freneticamente e o dia seguinte também!
Ele era brasileiro, mas morava na Austrália há dois anos e meio, veio para o Brasil em Fev/2020 para passar féria e visitar a família. Foi quando explodiu o COVID, as fronteiras fecharam e ele ficou aqui na casa da mãe!
Por conta do fuso horário ele ainda estava meio morceguinho haha dormindo de dia e acordado pela noite, o que dificultava um pouco as nossas conversas já que eu estava trabalhando em revezamento, então eu trabalhava um dia todo, depois passava a noite conversando com ele já que no dia seguinte estava de folga e depois dormia o dia todo, conversava outra noite e cochilava para trabalhar horas à frente! Mas não me importava nem um pouco, porque o papo era tão gostoso, corria tão bem, tão agradável. Mas não podia viver assim para sempre. Graças a Deus ele foi voltando aos pouco ao horário brasileiro o que facilitou bastante!
Era como se já nos conhecêssemos a tempos e assim seguimos freneticamente até o dia em que marcamos de sair.
Isso aconteceu meses depois, digo uns 04 meses depois por conta da pandemia. Estávamos preocupados em marcar algo e concordamos em esperar as coisas amenizarem um pouco e quando o comercio voltou a funcionar decidimos marcar um almoço no “OutBack”... Austrália, Outback hahaha a tática foi boa!
Já havíamos tentado marcar alguns encontros outras vezes e sempre um ou outro não conseguiam ir de ultima hora.
Para ser sincera eu sempre podia, mas ele sempre vinha com a historia de que tinha tido contato com um amigo que tinha testado positivo e bla bla bla então eu meio que relevava!
Quando marcamos de sair eu fiquei pensando em tudo sabe... e rezava para ele ser feio pessoalmente, não ser tão legal e compreensível assim, ou que não beijasse bem para que eu realmente não começasse a sentir nada por ele além de uma pequena atração e amizade...
Mas para a minha infelicidade ele era tudo de bom e do melhor. Lembro-me como se fosse hoje, ele havia chego antes e pegou nossa mesa e eu cheguei depois, atrasadinha, mesmo morando a 10 minutos de distancia do restaurante. Quando passei em frente olhei para dentro do restaurante por uma janela que tem e vi ele ali, sentado me esperando... Fiquei uns cinco minutos observando ele e merda... Ele era gato mesmo o cabelo estando um pouco maior do que os das fotos, aqueles cachinhos caindo na testa dele eram muito fofos e atraentes!
Entrei e para a minha surpresa ele me recebeu com um belo sorriso e um beijo na bochecha, sentamos, pedimos nossas comidas e começamos a conversar!
Papo vai, papo vem, muito gostoso e divertido. Terminados de comer e então pensei:
“É agora, será que ele vai me beijar?”
Meu coração batia forte, minhas mãos suavam até que lembrei que tinha acabado de comer batata frita e alface, e se eu estivesse com uma alface no dente?
Então pedi licença e fui ao banheiro escovar os dentes. Quando voltei, me sentei ao lado dele e quando ele falou a primeira frase senti um cheiro de “Halls” vindo da boca dele.
Era agora haha ele iria me beijar! Ficamos conversando, eu sorria, olhava nos olhos dele, ele sorria, olhava de volta, eu olhava para a boca dele até que ele falou:
“Vamos dar uma volta no Shopping?”
Cai com a cara no chão, será que eu teria que partir para o beijo? Enfim, andamos pelo Shopping e não tinha lugar para sentar e continuar conversando, foi quando ele me convidou para ficar no carro dele... Sim, fui louca em aceitar? Obviamente, visto que era a primeira vez que estava vendo ele pessoalmente. E se ele fosse um psicopata? Mas eu sentia que não era, e fui...
Entramos no carro, ficamos conversando ali mesmo no estacionamento, com os vidros abertos até que virei para guardar minha mascara na bolsa que estava no meu lado e quando virei de volta ele lascou um beijo em mim!
Foi tão bom, tão intenso, tão tranquilo e ao mesmo tempo tão cheio de prazer.
E foi a melhor e a pior sensação do mundo, porque ali eu vi a minha ruina, ali eu vi que eu estaria no fundo do poço dali um tempo...
Ele morava em outro pais, eu estava começando a faculdade... Tinha colocado na minha cabeça que seria só um encontro e após o que fizemos logo em seguida... Que não vou contar em detalhes o que rolou porque vou preservar este momento único apenas para mim, mas deixo na imaginação de vocês... Pensava de verdade que não receberia mais nenhuma mensagem.
Cheguei em casa com o sorriso de orelha a orelha, não tinha como conter minha alegria mas ao mesmo tempo um aperto no peito por sentir que tinha acabado, tinha chego ao final!
Foi quando olhei no celular e la estavam algumas notificações dele, para a minha surpresa saímos mais algumas vezes e ainda nos falamos freneticamente até hoje...
E o que mais temia esta começando a acontecer... Estou me apaixonando por este garoto.
Agora pergunto a vocês... O que eu faço? Esse não é um filme da Disney onde eles vivem felizes para sempre e fim!
Isso é vida real, com pessoa reais e um coração que no final estará partido...
E acreditem não será o dele o coração partido!
Porque a vida faz isso com a gente?
Foda né...
Ass: Uma Garota Complicada!
4 notes
·
View notes
Text
Eles e eles.
Eu sempre fui muito intensa e exagerada. Eu sempre gostei de chorar, sim: gostei de chorar. Não exatamente por gostar de chorar ou por gostar de estar triste, mas eu gostava de sentir tudo intensamente. Parece que as lágrimas validavam o que eu estava sentindo. Eu nunca estava só feliz, triste, ansiosa. Eu sempre estava muito feliz, muito triste, muito ansiosa! E, obviamente, eu sempre uso palavras para reafirmar a minha intensidade: muito, demais, nunca, sempre, entre tantas outras, seguidas de muitos pontos de exclamação. Desde muito nova eu sempre dei muita atenção aos meus sentimentos. Eu gostava de conversar sobre isso com minhas amigas, de estar apaixonada, de me declarar (e, consequentemente, quebrar a cara). Gostava de sentir que estava vivendo tudo. E, claro, isso incluía principalmente os garotos. Por isso, vim contar sobre eles e eles - os sentimentos e os garotos.
B.
Em 2008, quando eu tinha 10 anos, entrei numa escola nova. A maioria da turma já se conhecia e estudava junto desde (quase) sempre. Eu fiz grandes amizades nesta turma e descobri o primeiro amor. Ele era moreno, tinha os olhos castanhos claro, como o mel mesmo. Ele gostava de fazer penteados com (muito) gel: moicanos, topetes... Eu achava tão lindo. Hoje dou boas risadas disso. Ele era engraçado, gostava de jogar futebol e era bem inteligente. Eu amava ficar olhando pra ele na sala de aula. Lembro que a gente conversava por MSN quase todos os dias. Num certo dia ele me mandou uma mensagem dizendo algo relacionado aos olhos dele. Tinha sido exatamente o mesmo comentário eu tinha feito para uma amiga um dia antes. Ela tinha contado para ele! Por quê??! Nunca soube. Mas, realmente, os olhos dele eram lindos. Não lembro de muitos detalhes, mas sei que ele continuou conversando comigo todos os dias, sabendo que eu era apaixonada por ele. Um dia, ele até me pediu em namoro!!! Sim!!! Claro que eu aceitei, mas a gente não se falava direito na escola, pessoalmente. Era muito vergonhoso. Foi quase que um namoro virtual. Mas também lembro que fomos nos distanciando... Um dia minha mãe leu meu diário (eu sempre gostei muito de escrever) e viu que eu estava “namorando”. Nós duas nunca conversamos sobre isso, mas no ano seguinte, em 2009, eu mudei de turno na escola e não estudava mais na mesma turma dele. Eu não lembro do momento ou da conversa, em que nós terminamos o nosso “namoro”, nem lembro se isso aconteceu. Mas, no final das contas, nunca tinha sido um namoro de verdade. Foi muito doído não estudar mais com ele. A gente trocou algumas mensagens nesse novo ano, mas não como antes, até que paramos de nos falar de vez. Lembro que depois eu mandei um email para ele, mas sem resposta. Eu era muito apaixonada por ele! Foi bem dolorido! Mas, felizmente ou infelizmente, essa história não acaba por aqui.
D.
Em 2010, eu comecei a gostar de um menino da Igreja. Ele era bem alto, tocava violão e usava all star com roupa social. Eu achava tão lindo! A família dele era amiga da minha mãe. Esse fato me levou a fazer tantos planos! Eu já sonhava com o nosso casamento, nossos filhos, os almoços em família! Ele parecia ser o menino perfeito. E era! Em algum momento eu decidi escrever cartas pra ele que eu ia entregar quando chegasse o nosso “finalmente”. Nunca chegou. Eram muitas cartas de amor, declarações, relatos! Eu colocava as datas, as situações e o motivo de cada uma delas. (Não lembro de quando me desfiz dessas cartas.) Até que um dia uma amiga, também da Igreja, me contou que estava gostando dele e que ele correspondia. Me contou que eles conversavam e estavam se dando bem... Meu chão caiu de novo! Ela não sabia que eu gostava dele, nunca ficou sabendo. Eles até ficaram juntos por um tempo, mas acabou que não deu certo. E eu também superei. Hoje ele tem um namoro lindo com outra menina. Admiro muito a relação deles dois. A gente se cumprimenta quando se encontra. Ele nunca ficou sabendo de nada disso, certamente nunca ficará. Cuidarei bem para que isso nunca aconteça.
J.
Então, quando eu tinha 12 anos eu comecei a participar de um grupo da Igreja. Lá tinha um menino muito divertido, alegre, amigo de todo mundo. Eu me apaixonei por ele facilmente. Ele usava óculos e tinha o cabelo cacheado, mas com um corte bem baixinho. Lembro que eu pedi pra ele deixar o cabelo crescer. E ele deixou. Ficou horrível, hoje eu reconheço, mas na época eu achava lindo! A gente ficou muito amigo muito rápido. Nós somos muito parecidos: em pouco tempo estávamos coordenando o grupo e isso nos aproximou muito mais. E eu cada vez mais apaixonada. Um dia, eu inventei de escrever um texto me declarando e mostrei pra uma amiga. Ela falou que eu precisava mandar pra ele. Ele estava viajando naquele final de semana. Eu dei minha senha pra ela e ela enviou meu texto pra ele da minha conta. Não tive coragem de fazer isso por mim. Ele demorou pra responder. Quando respondeu, disse que algumas pessoas já tinham falado que eu gostava dele, mas ele “não acreditava”, falou que não gostava de mim da mesma forma, mas que “se fosse pra ser, ia ser”. Eu não fiquei arrasada e sem chão como das outras vezes. Fiquei aliviada por fugir do “e se eu tivesse falado”. Eu fiquei com vergonha, pensando como seria pra mim ter que encontrar com ele pessoalmente de novo. A gente se via pelo menos 2 vezes por semana e conversava quase que todos os dias. No começo foi horrível, eu senti muita vergonha. Mas ele foi ótimo. Mesmo. Ele nunca deixou de ser meu amigo por isso, nem de validar meus sentimentos (não que eles precisassem ser validados). Ele também nunca fingiu que isso nunca aconteceu. Era uma coisa grande pra mim. Importante. Com o tempo os sentimentos foram se transformando em amizade mesmo. A nossa amizade voltou a ficar confortável. Hoje eu sei que, se tivesse “dado certo” naquela época, teria dado errado em todo o resto. Bem provavelmente não estaríamos juntos, muito menos seríamos amigos.
B. (de novo)
Assim, chegamos a tão conhecida 8ª série: Eu não lembro exatamente o motivo, talvez por causa de alguma rede social, mas voltei a pensar nele de novo. Eu estudava de manhã, e ele de tarde. Lembro que uma amiga da minha turma estava namorando um amigo dele. Eles eram da mesma turma também. Ela e eu ficávamos juntas planejando encontrinhos de casais e coisas do tipo. Um dia, eu escrevi uma carta pra ele. A carta tinha algumas páginas. Eu me declarei como nunca tinha feito antes. À mão. Então pedi pra minha amiga entregar pro namorado dela para que chegasse nele. E chegou. E foi horrível. A carta era linda. Lembro que coloquei versos de música no meio da carta. Lembro que aprendi tocar a música “Palpite” pra ficar lembrando dele. É uma das únicas músicas que até hoje sei tocar no violão sem precisar olhar a cifra. E ele nunca falou nada sobre a carta. Mais uma vez. Sem sucesso. Eu lembro que comecei a falar que ele era negligente e que eu odiava isso nele. Mas na verdade eu não odiava nada nele. Na confraternização do final do ano nossas turmas se juntaram. Ele fingiu que eu não estava lá. Mais uma vez foi horrível. Hoje eu não sei por que eu alimentei tanto tempo esse sentimento. Mas, essa história ainda não acaba aqui.
F.
Nessa mesma época, eu fiz um outro amigo na Igreja. Eu gostava muito de conversar com ele, e ele comigo. Eu lamentava meu coração partido pelo B. e ele lamentava seu amor não correspondido por uma amiga minha. Nós começamos a ficar muito próximos. Ele era um menino muito legal, muito carinhoso. Passamos a virada de 2012 para 2013 conversando e falando sobre superar essas histórias, sobre ser feliz. Ali, acho que já tinham sentimentos dele por mim. Nós um dia fomos ao cinema com um grupo de amigos. Ficamos muito juntos, andamos de mãos dadas na chuva. Na hora do filme, ele colocou a mão no meu joelho. Eu quase surtei! Eu não sabia exatamente o que eu estava sentido. Aquilo foi muito estranho. Eu não sabia se eu gostava dele ou não, eu sabia que eu gostava de estar com ele e que aquilo me fazia bem. Um dia, ainda em janeiro, ele me mandou um texto no Facebook se declarando. Lembro que achei tão lindo! Eu fiquei sem chão! Não lembro exatamente o que ele falava, mas lembro que ele citou a Dama e o Vagabundo. Eu amo esse filme. Eu respondi e correspondi. Nos encontramos na Igreja. Um sábado. Nós ficamos! Nos beijamos! Foi o primeiro beijo da minha vida! Dizem que os primeiros beijos são ruins e com pessoas ruins. Eu tive sorte nisso. Foi incrível e ele também era incrível. Eu cheguei em casa e queria contar pro mundo inteiro que eu tinha beijado e que tinha sido incrível! Depois disso nós conversamos. Eu não queria continuar ficando com ele, não achava certo. Então ele disse que queria namorar comigo. Namorar?! Eu quis. Aceitei. Ele foi na minha casa e ouviu uma longa conversa de recomendações da minha mãe. Pronto, estávamos namorando. Eu gostava muito da sensação de estar com ele. Eu gostava que ele me mimava e fazia de tudo por mim. Mas, com o passar dos dias, comecei a pensar que talvez eu não gostasse tanto dele assim. Eu gostava da sensação de estar com ele e de viver coisas novas com ele, mas não sabia se era necessariamente dele. Um dia pedi pra ele ir na minha casa. Eu estava estudando. Ele chegou. Ele tinha vindo de bicicleta. Ele morava um pouco longe de mim. Eu queria conversar sobre essas coisas todas que eu tinha pensado o dia inteiro, mas não consegui. Não tive coragem. Ele disse que eu estava estranha. Eu falei que estava tudo bem. Era uma quinta-feira. No sábado, nos vimos na Igreja. Ele disse novamente que eu estava estranha e eu não sabia o que fazer ou deixar de fazer. Eu não conseguia encarar isso tudo olhando pra ele. Quando eu cheguei em casa, conversamos por mensagem. Nós terminamos. Eu falei que não conseguia corresponder a tudo o que ele dizia sentir por mim. E sentia. Eu sabia que sentia. E era exatamente por isso. Eu sabia que ele me amava de verdade. E eu amava estar com ele. Não achei justo continuar assim. Eu sabia que quanto mais tempo passasse, pior seria. Nós terminamos. Ele ficou abalado, muito mal. Eu me senti péssima por ter deixado ele assim. Nós ficamos alguns dias sem nos falar. Ele ficou alguns dias sem ir pra Igreja. Quando nos vimos, foi muito estranho. Nós namoramos. Foram três meses muito bem aproveitados. Mas tinha acabado. Nós voltamos a conversar aos poucos. Ele dizia querer ser meu amigo apesar de todas as coisas. Com o tempo, nós já estávamos envolvidos de novo. Declarações, ligações, mensagens. Nós não nos desgrudamos durante muitos meses. Mas não voltamos a namorar. Eu não quis. Eu não podia. Em julho, nós viajamos pro Rio de Janeiro com um grupo da Igreja para a Jornada Mundial da Juventude de 2013. No sábado, nós fomos pra vigília que ia acontecer na Praia de Copacabana. Depois da vigília, todo mundo dormiu lá na calçada em frente à praia. Nossos sacos de dormir ficaram bem pertinho. Nós dormimos a noite inteira de mãos dadas. Nós nos aproximamos muito depois dessa viagem. Mas era estranho. Era como se cada vez mais eu não entendesse o que era que eu sentia por ele. E sabia que ele era louco por mim. Não lembro exatamente quando, nem o porquê, mas fui me afastando. Ele sentiu minha distância. Eu decidi que não queria brincar com os sentimentos dele, e nem queria que ele alimentasse esperanças que eu poderia não realizar. Eu também não quis dar o braço a torcer. Não quis tentar namorar de novo. Dar mais uma chance para o “nós”. Nós passamos o ano novo de 2013 para 2014 conversando, de novo. Eu falei pra ele que não queria me envolver com ninguém, nem com ele. Continuamos amigos, mas dessa vez só amigos. Coloquei um fim. Hoje eu vejo que também não teria dado certo. Na verdade, hoje eu vejo que eu não quis que desse certo. Talvez por causa de outro alguém (vou falar disso logo mais). Alguma coisa me fez agir como eu agi. Sei que não foi consciente. Eu acredito que tudo acontece por um motivo. Fico feliz que as coisas tenham acontecido assim e terminado assim. Guardo essa história com muito carinho. Fico feliz que com ele tenha sido meu primeiro beijo, que ele tenha sido meu primeiro namorado. Deu certo enquanto teve que dar certo. Mas acabou.
B. (de novo!)
Ainda em 2013. Eu estava no Ensino Médio. Era a primeira turma de Ensino Médio da escola. Como éramos poucos alunos, só tinha turma pela manhã. Então o B. voltou a cruzar meu caminho. No começo não dei muita conversa pra ele. Além de estar de certa forma envolvida com o F., ele tinha me machucado muito. Apesar disso, voltamos a conversar. Ele teve dificuldades em algumas matérias e eu ajudei por muitas vezes. Trocamos nossos números de whatsapp. Eu não quis alimentar sentimentos por ele, mas, de alguma forma, aquilo ainda estava ali. Ele frequentou minha casa para fazer trabalho. Eu estive muito próxima dele por vários motivos e em várias situações. Mas não queria mais alimentar nada daquilo. Eu sabia como ele era. Ele percebeu que eu não gostava mais dele. Pelo menos demonstrava não gostar. Ele se declarou para uma amiga minha. Minha melhor amiga. E ele sabia disso. Ela não quis nada com ele, por consideração a mim, mas eu incentivei ela a tentar alguma coisa com ele, se ela quisesse. Que eu não me importava. Mas no fundo eu me importava sim. Mas segui firme. Ele dizia que eu era dramática e começou a brincar com as situações que a gente já tinha vivido. Ele dizia que sempre me quis, e eu nunca quis ele. Dizia que eu não dava chance. Que eu tratava ele com indiferença. Eu comecei a sentir certa ironia da parte dele. Mas, independente de qualquer coisa, continuei ignorando. As aulas terminaram, estávamos de férias. Ele me mandou mensagem me chamando para ir ao cinema. Meu coração parou. De novo. Eu nunca quis tanto uma coisa na minha vida! Eu queria muito sair com ele! Ficar com ele! Namorar com ele! Casar com ele! Viver tudo aquilo era um sonho! Mas, por incrível que pareça, eu pensei muito bem em tudo que eu já tinha vivido e tudo o que eu já tinha superado. Será mesmo que eu queria alimentar esperanças numa coisa que eu sabia que não ia dar em nada? Eu fiquei de ver sobre o cinema e confirmar depois. Não vi. Não confirmei. Não fui. Fiquei com muito medo de me arrepender dessa decisão. Acabou que depois ele nem queria muito ir. Hoje agradeço por não ter ido. Depois disso, eu decidi que não queria mais gostar dele. De jeito nenhum. Por nada nesse mundo. Não quis nada com ele. Mas também não quis tentar fazer dar certo com outro (aqui que entra a referência do F. lá de cima). Ainda era um pouco estranho conversar com ele pessoalmente. Nós estudamos juntos até 2015. Eu não sentia nada. Nem queria sentir. Mas eu passei muitos anos da minha vida gostando dele. Foi o primeiro amor da minha vida. Amor mesmo. Mas acabou. Foi aqui que eu descobri que amor é decisão. Deixar de amar também pode ser. Não gosto de guardar sentimentos ruins das situações vividas. Sempre tento pensar nas boas lembranças. Hoje não é mais tão estranho conversar com ele. É bom conseguirmos conversar normalmente. É uma página virada. Várias páginas viradas, na verdade. Fim.
V.
Como eu falei, na virada do ano de 2013 para 2014, eu falei que não queria gostar de ninguém, me envolver com ninguém. E eu falei sério. Muito sério. Eu estava decidida. Eu queria gostar de mim. Me valorizar. Me amar. Queria ser feliz comigo. Eu comecei 2014 muito bem. De verdade. Eu estava feliz pelas decisões que eu tinha tomado. Por estar bem comigo mesma. No dia 24 de janeiro de 2014, eu recebi uma mensagem no facebook. “Oi”. Meu coração disparou. Mesmo. Eu não sabia explicar o motivo. Foi como se eu tivesse esperando por aquela mensagem minha vida inteira. Eu quis contar pra todo mundo que ele tinha me mandado mensagem. Mas ele? Quem é ele? Como assim?
Só que essa história vai ficar para a próxima...
2 notes
·
View notes
Text
Gabe’s Audition
Gabriel escolhera a sala de seu apartamento para gravar a audição solicitada pelo programa. Arrumou um jeito de posicionar o celular na altura adequada sobre a mesa, fazendo um teste rápido para ver se estava tudo ok com o som e a iluminação. Esperava conseguir gravar de primeira, já que não pretendia mexer com edições nem nada do tipo. Apertou o play e sentou-se rapidamente na beirada do sofá, a lista de perguntas aberta na tela do laptop posto na mesa ao lado do celular.
1. Diga seu nome completo, idade e aniversário.
“Olá! Meu nome é Gabriel Kyle Sanders, tenho 34 anos... e provavelmente estarei com 35 na época do programa. Meu aniversário é no dia treze de março.”
2. Qual sua profissão? É o que sempre quis fazer? Está satisfeito na sua atual posição?
“Sou formado em Gastronomia e me especializei como confeiteiro. Hoje tenho uma loja de bolos com foco na produção gourmet. Hã... digamos que eu não esperava trabalhar com isso, mas acabei tendo meu interesse desperto para a área e hoje não me veria fazendo outra coisa.”
3. Sua família é grande ou pequena? Como é o relacionamento com eles?
“Bem pequena, hã... eu tenho uma irmã mais velha, Charlotte, que é praticamente a minha única família de nascença. Bem, eu tenho alguns tios e primos que moram longe, mas o contato é mínimo ou nenhum. E eu tenho uma filha, Mavis, que é minha razão de viver. Meus pais são falecidos, e... é isso, família pequena.”
4. Como você interage com pessoas que nunca conheceu antes, tanto online quanto pessoalmente?
“Nunca tive problemas em lidar com estranhos, sempre tive facilidade para me comunicar em qualquer situação. Minha família era do circo, então... ser tímido nunca foi uma opção.”
5. O que as pessoas assumem sobre você que não é verdade?
“Hã... que eu consegui as coisas de maneira fácil, que a vida que eu tenho é perfeita.”
6. Qual seu pecado capital (raiva, ganância, orgulho, luxúria, gula, preguiça e inveja)?
“Já foi a ganância... há uns bons anos atrás. Hoje em dia não me identifico com nenhum em específico. Gula, talvez?! Porque eu passei a comer mais depois que comecei a trabalhar com culinária.”
7. Quais as 3 músicas que você mais ouviu recentemente? E os 3 últimos filmes que assistiu?
”Hm... a versão nova que o In This Moment fez de We Will Rock You, a versão do Nightwish de The Phantom Of The Opera, e uma música aleatória da Barbie que minha filha não para de cantar e colocar no celular. E filmes... eu vi Seven esses dias, um clássico que eu adoro... o Hellboy novo, e algum Lilo & Stitch pela milésima vez.
8. Qual foi seu primeiro amor? Como e por que ele acabou?
“Hm, eu devia ter uns nove, dez anos. Coisa de criança mesmo, era uma garotinha da escola chamada Melissa. Ela também foi meu primeiro beijo, se é que dá pra considerar, só um selinho. E acabou porque, na semana seguinte, eu me mudei com a minha família pra outro estado. Tinha tudo pra dar certo, eu espero que ela se inscreva no programa e a gente se reencontre.”
9. Qual seu maior defeito em um relacionamento? Isso já foi a causa do fim de um namoro antes?
“Hã... eu pessoalmente sou um pouco ciumento, por ser muito inseguro comigo mesmo. Isso já causou brigas que eventualmente culminaram no fim do relacionamento, misturadas a outras coisas, é claro. E também o fato de eu estar sempre priorizando minha filha, o que definitivamente não é um defeito pra mim, mas muitas mulheres com as quais me relaciono se incomodam bastante com isso.”
10. Você diz “eu te amo” com facilidade? Ou é algo difícil de admitir?
“Depende de quem e sob quais circunstâncias. Para o caso de relacionamentos amorosos, eu posso até me apaixonar fácil, mas costuma demorar um pouco para que eu fale diretamente que amo a pessoa.”
11. É mais provável que lute com punhos ou palavras?
“Palavras. Nunca fui do tipo agressivo, apesar de já ter me envolvido em algumas brigas, mas é preciso terem me feito algo realmente sério pra que eu reaja com agressão física.”
12. Se pudesse escolher um poder, qual seria? E por que?
“Eu escolheria viajar no tempo. Porque, assim como a maioria das pessoas, queria poder voltar atrás e fazer algumas coisas de forma diferente.”
13. O que te atrai fisicamente em um parceiro?
“Assim, ruivas são um bônus extremo... mas não tenho um tipo específico, já saí com mulheres de aparências variadas. De forma geral, eu adoro uma mulher bem arrumada, estilosa...alternativa até, tipo góticas, eu sempre amei góticas. Estou descrevendo a Simone Simons? Talvez. Mas sério, acho que acima de tudo ela tem que estar bem consigo mesma, ser confiante com a própria aparência sem neuras, porque me incomodo bastante com mulheres obcecadas com isso.”
14. O que te atrai emocionalmente em um parceiro?
“Pessoas honestas, empáticas, sinceras, são tudo pra mim. O tipo paciente também me agrada, é quase um requisito obrigatório pra se ter... considerando a situação de eu ter uma filha e tudo mais. Sim, preciso de uma mulher paciente e carinhosa.”
15. Qual sua ideia de felicidade?
“Qualquer cenário onde minha filha esteja bem, saudável, feliz e perto de mim. Que minha loja vá adiante e tudo dê certo e eu encontre alguém pra participar disso tudo e me completar.”
16. O que jamais perdoaria?
“Além do clichê de traição?! Qualquer coisa que pudesse afetar a Mavis negativamente. É, é quase sempre tudo sobre ela, basicamente. E eu odeio mentiras no geral. Nós, como adultos, omitimos muita coisa, mas mentir... é algo que eu venho tentando tirar da minha vida.”
17. Se soubesse que iria morrer amanhã, o que faria hoje?
“Eu buscaria minha irmã e passaria o dia todo com ela e com a Mavis.”
18. Prefere aventura ou segurança?
“Eu adoro me aventurar e isso sempre esteve presente na minha vida... de diversas formas. Mas, hoje em dia, como não posso fazer tudo só pensando em mim, me tornei uma pessoa que preza muito mais pela segurança. Mas não dispenso uma coisinha inofensiva aqui e ali.”
19. O que em você costuma irritar os outros?
“Eu nunca revelo meus truques de mágica. Que, hm, eu faço casualmente.”
20. Qual característica nos outros costuma te irritar?
“Gente que não se abre, não conversa sobre o que está incomodando. Nada me irrita mais, em termos de relacionamento, do que estar com uma pessoa de cara fechada sem eu saber o que está acontecendo. Ah, e quando tiram conclusões precipitadas também.”
21. Descreva o que seria seu ambiente favorito. Urbano, rural? Selvagem, controlado? Como é o clima?
“Hm, eu adoro a vibe montanhas e floresta, animais, paz, cachoeira, céu azul, brisa leve... se nada der certo, eu pretendo fugir pra uma casinha assim no meio do nada. Uma chácara já seria legal, pra começar.”
22. Se você fosse apresentador de algum programa de TV, sobre o que ele seria? Escolha alguma celebridade para apresentar com você.
“Posso incluir a Simone aqui de novo?! Ok, então seria algo sobre música, clipes, shows...”
23. Tem tatuagens? Se sim, quais? Se não, você faria?
“Sim, mas poucas... eu tenho uma âncora em estilo oldschool com o nome dos meus pais na panturrilha direita, o pézinho e o nome da Mavis na parte de trás do braço esquerdo e um lobo clichê no antebraço direito. Por enquanto só isso.”
24. Como você reage em situações de emergência? Entra em pânico, congela, ou toma o controle?
“Desde muito novo eu tive que aprender a me virar sozinho, então surtar ou congelar nunca foram opções pra mim. Tento sempre manter a calma e o foco para resolver a situação que for.”
25. Por último, diga porquê alguém poderia se interessar em vê-lo na TV.
“Bem... eu achei a proposta do programa bem interessante, ainda que tenha aceitado participar mais por brincadeira por sugestão de amigos, porque é o que eu estou buscando pra minha vida no momento. Quero me casar e sossegar, não tenho mais idade nem tempo pra ficar rodando atrás disso. E... bem, pais solteiros costumam ser um tipo interessante pra vocês terem no programa, sabe, sempre causa um drama extra. Trust me. Quero participar da experiência da maneira mais honesta possível e ver o que acontece.”
4 notes
·
View notes
Text
A realidade virtual de Yuri
FADE IN:
INT. SALA DE ESTAR - DIA
SANDRA MEDEIROS, 37 anos, e CARLOS MEDEIROS, 37 anos, sentados num sofá, olham para a ENTREVISTADORA, JULIANA SANTOS, 26 anos.
JULIANA (Olhando para a câmera) Bom dia! Hoje vamos contar a história da Sandra e do Carlos, que estão criando seu filho de um jeito muito diferente.
Legenda: Sandra Medeiros e Carlos Medeiros, pais de Yuri.
JULIANA(CONT'D) (Olhando para o casal) Vocês poderiam contar pro pessoal de casa o que estão fazendo?
SANDRA Bom, nós temos um filho, o YURI, que já tem 13 anos, e como todos os pais estamos criando ele da maneira que a gente acha melhor pra ele.
JULIANA
E como é essa maneira?
SANDRA Em outra realidade.
JULIANA Vocês podem explicar pros telespectadores, por favor?
CARLOS O Yuri usa um aparelho de realidade virtual nos olhos. Ele está crescendo em um mundo que nós criamos, totalmente pra ele.
JULIANA E ele nunca viu a vida fora dessa realidade virtual?
CARLOS Não.
JULIANA Como é esse mundo em que o Yuri vive?
SANDRA Bom, Foi o Carlos que criou. (Olha para Carlos) Ele sempre gostou de trabalhar com 3D.
Carlos saca o celular e mexe nele enquanto Sandra fala. Ele mostra a tela para a câmera.
CARLOS É assim, ó. A gente tem acesso ao que ele vê 24 horas por dia.
INT. QUARTO DE YURI - REALIDADE VIRTUAL - DIA
O ambiente parece um quarto de uma criança criado em um Nintendo 64. Os objetos são feitos com poucos polígonos, cada um de uma só cor. As superfícies são lisas e sem texturas.
CARLOS(V.O.) A gente pode ver o que ele tá vendo.
JULIANA(V.O.) E é aí que o Yuri vive?
CARLOS(V.O.) Isso. Tem a casa inteira modelada.
JULIANA(V.O.) Só a casa?
CARLOS(V.O.) Sim. Ele não sai daqui.
JULIANA(V.O.) Ele nunca saiu de casa?
CARLOS(V.O.) Nunca.
SANDRA(V.O.) Juliana, a gente realmente acredita que o Yuri vai ser mais feliz assim. JULIANA(V.O.) Bom, quero voltar nesse assunto, mas como vocês criaram esse ambiente?
CARLOS(V.O.) Eu gosto de fazer essas coisas. Quando a gente teve a ideia eu tava reproduzindo o clipe do Money for Nothing, do Dire Straits, como um exercício mesmo. A gente usou os 'assets' daquela casa que eu já tinha feito para o clipe como base pra recriar a nossa.
INT. SALA DE ESTAR - DIA
Sandra Medeiros e Carlos Medeiros, sentados num sofá, olham para a entrevistadora, Juliana.
SANDRA Tem o AR também.
CARLOS Ah é! O ambiente é todo em VR, que é realidade virtual, mas quando o Yuri tinha uns 2 anos, acho que era 2016, ficou fácil fazer AR, que é realidade aumentada. Aí eu implementei no headset dele também.
JULIANA O que essa realidade aumentada faz?
CARLOS Com ela o Yuri pode interagir um pouco com o ambiente. Por exemplo, se ele mexer a cadeira do quarto dele, a câmera reconhece isso e a cadeira mexe no mundo dele também.
SANDRA (Olhando para Carlos) E reconhece a gente também.
CARLOS É, o principal é que reconhece seres humanos. Quando o Yuri vê uma pessoa, seja eu ou a Sandra, o sistema reconhece que é uma pessoa e recria esse humano na realidade do Yuri.
SANDRA Mas não como um ser humano, né? A gente queria que o que ele visse fosse bem diferente do que a gente vê, então tem esses ursos que são os humanos do mundo dele.
JULIANA Ursos?
CARLOS Eu me baseei naquele personagem do Toy Story 3 que é um urso de pelúcia rosa. Só que alto. Do tamanho de um ser humano. Quando eu ou a Sandra entramos no quarto dele ele vê um ser daqueles.
JULIANA Vocês criaram o filho de vocês pra achar que seres humanos são ursos de pelúcia rosas?
CARLOS Só que altos.
JULIANA Olha, eu acho que esse é o momento de perguntar sobre a ética do que vocês estão fazendo. Vocês sabem que a emissora vai ter que contar sobre isso pra polícia, né?
SANDRA Estamos totalmente cientes que o que fizemos é ilegal. Estamos cientes que vamos ser presos e que o Yuri vai ser tirado de nós. (Olhos enchem de lágrimas) Mas nós acreditamos que isso é o melhor pra ele. Vai valer a pena.
CARLOS Foi um sacrifício, da nossa parte.
SANDRA Foi sim.
JULIANA Desculpa, mas pra mim o que vocês fizeram parece uma crueldade imensa. Por que vocês acham que isso foi bom pra ele?
CARLOS Juliana, imagina que demais que vai ser pra ele quando a gente tirar esse aparelho!
JULIANA Por que isso seria legal?
SANDRA Você já teve 13 anos, né? Não acha que teria sido empolgante nessa idade?
JULIANA Sinceramente? Não.
CARLOS Pensa bem, Juliana. Pré-adolescente acha que é especial. Eu na idade dele queria ser picado por uma aranha e virar um super-herói. Queria ser um roqueiro famoso.
SANDRA Eu queria ser atriz, mesmo nunca tendo feito teatro na vida. Eu só fantasiava achando que alguém ia me parar na rua, do nada, e me chamar pra fazer parte de um filme de Hollywood. Depois quando cresci eu achava que ia descobrir a cura pro câncer ou algo do tipo.
CARLOS Você, por exemplo. Qual era seu sonho?
JULIANA Eu queria trabalhar na tevê.
Carlos e Sandra olham para Juliana por um instante, sem saber o que falar.
SANDRA Bom, mas pra maioria das pessoas esse sonho nunca se realiza.
CARLOS Lá pra idade do Yuri a gente percebe que nada... extraordinário vai acontecer. Não vai virar um astronauta e explorar o espaço. A gente percebe que a nossa vida vai ser banal.
SANDRA E pro Yuri isso não vai acontecer! Imagina que demais, com 13 anos você descobrir que tem todo um universo novo pra explorar.
CARLOS Tipo Matrix. Você acorda em um mundo que é o real, e você estava vivendo numa realidade de computador.
JULIANA Igual Matrix mesmo. Seria assustador.
SANDRA Assustador no filme, porque as máquinas são do mau. Mas no caso do Yuri vai ser fascinante!
JULIANA O que vocês sentiriam se amanhã acordassem na realidade dele, com ursinhos rosas, e aprendessem que aquele é o mundo real? Seria divertido?
CARLOS Não, mas é muito diferente. Ele tem 13 anos. Nessa idade descobrir um universo novo vai empolgante!
SANDRA E acordar no universo dele seria regredir. No caso dele será um progresso.
JULIANA Como assim?
CARLOS Nosso universo é mais complexo que o dele. A gente sabe o que são ursos e o que é cor-de-rosa. Ele nunca viu nada parecido com um ser humano, e só viu uma paleta de 16 cores na vida. Vai ser muito legal descobrir a vida real.
SANDRA E aos 13 anos. Quando as crianças estão descobrindo que a vida é menos colorida do que elas pensavam, o Yuri vai ter a experiência oposta!
JULIANA Eu vou tentar ser neutra durante a entrevista, mas eu preciso dizer que ainda acho que o que vocês estão fazendo é crueldade.
CARLOS Sinto muito. Espero que seus filhos tenham uma vida bem normal, então. Bem banal. Já que você acha que isso é bom.
JULIANA Eu também espero. Enfim...
Juliana olha para a câmera.
JULIANA(CONT'D) O casal Medeiros entrou em contato com a nossa emissora justamente porque decidiram que era hora de tirar o óculos do Yuri. E queriam fazer isso na tevê.
Juliana volta a olhar pro casal.
JULIANA(CONT'D) Por que a decisão de televisionar esse momento?
Sandra olha para o chão.
CARLOS Bom, eu não queria... (Risos) Foi a Sandra quem acabou me convencendo. Mas eu sei que é a coisa certa.
SANDRA A gente seria preso de qualquer jeito. Seria impossível pra gente, sozinhos, integrar o Yuri na sociedade. É melhor fazer de um jeito que deixe a gente contar a nossa versão da história.
CARLOS E quem sabe a gente possa inspirar mais alguém a fazer isso.
JULIANA Como vocês imaginam que vai ser a reação dele?
SANDRA Acho que será de admiração. De encantamento com o mundo.
CARLOS Eu imagino ele, assim, olhando de um lado pro outro. (Olha de um lado pro outro imitando o Yuri empolgado)
JULIANA Como foi possível criar o Yuri por 13 anos sem nunca ter tirado o aparelho?
CARLOS A Sandra é médica. Toda semana a gente seda o Yuri e enquanto ele dorme a gente desparafusa o headset. Ela dá uma olhada no Yuri, principalmente nos olhos. Eu checo se tá tudo bem com o aparelho. A gente tem dois, pra caso um quebre ou pra usar enquanto o outro carrega.
JULIANA Fica parafusado o aparelho?
CARLOS Sim. Mas a Sandra é médica, ela sabe o que faz.
SANDRA É indolor. O aparelho em si não está parafusado. O Yuri tem um pino de cada lado do crânio e o aparelho fica fixado nesses pinos, e é possível prender ou soltar girando uma tarraxinha. Só tem que apertar um botão num controle remoto nosso e girar a tarraxa ao mesmo tempo. É bem fácil. Mas ele não sabe, claro.
JULIANA Como ninguém nunca denunciou pra polícia o que vocês fazem?
SANDRA Ninguém sabe. Se a gente morasse no interior e alguém ouvisse o choro de uma criança vindo da casa levantaria muita suspeita. Mas isso aqui é o Jardins. Tem gente morando em cima da gente, embaixo e nos lados. Ninguém sabe quantas pessoas moram em cada apartamento.
CARLOS Mesmo com as janelas a gente não precisa tomar cuidado. Pusemos aquelas redes pro Yuri não cair e a gente deixa a cortina mais fina fechada, assim entra luz, mas ninguém lá fora vê um menino de headset todos os dias.
JULIANA E nunca aconteceu de ele abrir as cortinas?
CARLOS Um monte de vezes.
SANDRA Ninguém liga. Sério. Ninguém tá nem aí com a vida dos outros por aqui. (Risos).
CARLOS E ele não vê nada lá fora. A janela é um objeto opaco no mundo dele.
JULIANA Vocês lembram o momento em que tiveram a ideia de criar o Yuri assim? Como isso aconteceu?
Carlos e Sandra se olham, sorrindo, se segurando pra não rir.
CARLOS A gente vai ser preso mesmo, amor... (Risos)
Sandra e Carlos olham pra câmera.
SANDRA A gente tava muito, muito loucos!
CARLOS (Risos).
SANDRA Totalmente chapados.
CARLOS (Risos agudos).
SANDRA A gente tava falando sobre a vida. Sobre a experiência humana. Essa ideia foi tipo uma revelação.
CARLOS Eu sabia fazer modelos 3D e jogos, ela era médica... Era perfeito.
SANDRA Parecia a melhor ideia do mundo.
CARLOS E o melhor é que depois que a gente ficou sóbrio continuou parecendo a melhor ideia do mundo.
SANDRA Eu sou atéia, né? Sou uma mulher da ciência. Mas quando penso no que aconteceu é difícil não acreditar que a gente foi escolhido pra isso.
CARLOS (Mostrando o braço) Ó! Até arrepia.
JULIANA O Yuri ainda não tinha nascido, certo?
CARLOS Não. A gente nem queria ter filhos. Resolvemos ter por conta dessa ideia.
JULIANA Vocês já falaram que o Yuri nunca saiu de casa. Me conta um pouco sobre a experiência dele. Como é um dia na vida do filho de vocês.
CARLOS Ele tem um pai e uma mãe que amam ele. Ele vê a gente como aqueles avatares de urso rosa, mas o amor é o mesmo de qualquer criança.
JULIANA Ele sabe da existência de outros seres humanos?
SANDRA Não faz ideia.
JULIANA Vocês nunca assistem tevê, ouvem rádio? Nada.
SANDRA A gente assiste no nosso quarto.
CARLOS A gente toma cuidado pra ele não ver a tela ligada porque o aparelho dele reconheceria seres humanos e ele veria as pessoas na tela da tevê.
SANDRA Ele ouve o som as vezes, de fora do quarto. A gente fala que é mágica. Que a caixa fala com a gente e que um dia vai falar com ele.
CARLOS O que é verdade, porque vamos tirar o headset e ele vai poder ver tevê.
JULIANA Mas conta mais da vida dele. Ele estuda?
SANDRA O Carlos ensina ele. Todos os dias. Só não ensinamos física e esse tipo de coisa porque não faz sentido pra realidade dele. Mas ensinamos matemática e português.
JULIANA História? Geografia?
SANDRA Não faz sentido pra realidade dele.
JULIANA Sandra, e você comentou que vê do trabalho também o que o Yuri está vendo?
Carlos fica sério e olha pra baixo.
SANDRA Todos os dias! No celular eu posso ver tanto o que o Yuri tá vendo como a visão da câmera que pusemos no quarto dele.
JULIANA E o que ele come?
CARLOS Três refeições por dia como qualquer criança, com lanche da tarde as vezes. A Sandra trabalha em horas super confusas mas eu tenho sorte de trabalhar por conta própria de casa, então eu que preparo a comida e sirvo o Yuri.
JULIANA Ele vê a comida?
CARLOS Não. A única coisa que a câmera dele vê e reproduz são seres humanos, a cadeira dele e alguns outros móveis. Fora isso ele só vê o modelo da casa e o que está programado no ambiente, como a cama e a escrivaninha. Coisas como comida ele não vê, só sente.
JULIANA Ele não estranha que algumas coisas ele não vê?
CARLOS Pra ele é normal. Algumas coisas são invisíveis. Tem o lag também. Normalmente existe um atraso pequeno entre ele virar a cabeça e sua visão se ajustar e virar junto. é normal pra ele. Criança não questiona isso.
JULIANA Como ele se diverte?
SANDRA O Carlos brinca com ele o dia inteiro. Eu brinco com ele quando eu volto. (Olha para Carlos) Tem os jogos também.
CARLOS Sim. Eu sempre gostei de fazer jogos eletrônicos. É de onde a paixão pelo 3D começou. Eu criei diversos jogos simples, coisas que você veria no Atari, e o Yuri tem acesso a todos.
SANDRA Fica num canto do quarto virtual dele. Uma caixa vermelha estilosa.
CARLOS É uma reprodução 3D de um 'Famicom'. O Yuri toca nela e entra no modo jogo. Os jogos aparecem direto no headset dele, o menu e tudo. Ele controla com os botões que também estão no aparelho. Vira-e-mexe eu faço um jogo novo e coloco lá (Sorri).
JULIANA Ele passa bastante tempo jogando?
SANDRA Passa. Bastante. Mas isso é normal hoje em dia, pra idade dele, né?
JULIANA Difícil dizer o que é normal ou não hoje em dia.
JULIANA(CONT'D) (Olhando pra câmera) Vamos ver um dia na vida de Yuri, tanto da perspectiva da câmera que os pais dele instalaram no quarto, quanto da perspectiva do Yuri.
INT. QUARTO DO YURI VISTO DA CÂMERA INSTALADA NO TETO - DIA - BRANCO E PRETO
Enquanto toca Money for Nothing vemos um dia na vida do Yuri acelerado.
Seus pais entram com comida no quarto, brincam um pouco e saem do quarto. Ele anda de um lado pro outro brincando, dorme mais, acorda, senta num canto do quarto e joga videogame em seu óculos por horas, que são alguns segundos para nós. Carlos entra com comida novamente, Yuri come, pai retira os pratos, Yuri deita na cama e rola de um lado pro outro. Levanta. O ambiente muda da câmera do quarto para o quarto em realidade virtual. Yuri volta pro videogame e assistimos alguns segundos acelerados de algo parecido com Space Invaders. Yuri desliga o jogo e olha pra porta. Dois ursos rosas entram no quarto e brincam com ele. Eles saem do quarto e vemos o resto da casa em 3D, no mesmo estilo. Eles jantam comida invisível.
INT. SALA DE ESTAR - DIA
Sandra Medeiros e Carlos Medeiros, sentados num sofá, olham para a entrevistadora, Juliana Santos.
JULIANA (Olhando pra câmera) Essa foi uma gravação de sábado passado na vida do Yuri, especial pra esse documentário.
Juliana olha pro casal.
JULIANA(CONT'D) Só pros telespectadores saberem, hoje é sábado também, por isso vocês estão em casa, e o Yuri tá no quarto dele agora, trancado, certo?
CARLOS Sim. A gente falou que ia falar com a caixa mágica, que é a tevê, só que na sala. Assim ele não estranha uma voz nova.
SANDRA É, mas conhecendo o Yuri, tenho certeza que ele está tentando ouvir a gente. (Risos). Mas tudo bem porque não dá pra entender o que a gente fala de lá.
JULIANA Vocês irão alimentá-lo agora, certo?
CARLOS Sim. Café geralmente é no quarto. (Risos) Mordomia!
SANDRA Vai você, amor. Leva o café pra ele, eu fico aqui vendo se tá tudo bem.
CARLOS (Confuso) Hm... Ok.
JULIANA (Olhando pra câmera) Vamos ver agora a visão do Yuri enquanto seu pai leva o café-da-manhã.
INT. QUARTO DE YURI - REALIDADE VIRTUAL - DIA
O ambiente parece um quarto de uma criança criado em um Nintendo 64. Os objetos são feitos com poucos polígonos, cada um de uma só cor. As superfícies são lisas.
Vemos o ponto de vista do Yuri, que olha pro teto.
Alguém bate na porta. A visão de Yuri se move do teto para a porta. Ela se abre lentamente e um urso cor-de-rosa entra no quarto. Seus braços estão na frente do corpo, como se segurassem algo. Sua expressão muda de séria para um sorriso cartunesco.
CARLOS Hora do rango!
Carlos, em forma de urso, anda até a escrivaninha e abaixa os braços. Ouvimos o som de talheres e pratos.
CARLOS Panqueca.
Enquanto ouvimos os passos do Yuri, a nossa visão se move da cama para a escrivaninha. A cadeira azul claro se mexe e Yuri se senta, olhando para a escrivaninha vazia. Ouvimos barulhos de talheres e mastigação.
Yuri olha para cima para o rosto de Carlos, de pé ao seu lado.
CARLOS (Sorrindo. A boca do urso se mexendo dessincronizado do som) Bom apetite, filhão.
INT. SALA DE ESTAR - DIA
Sandra Medeiros, sentada num sofá, olha para a câmera.
SANDRA (Séria) Pessoal, vocês podem desligar a câmera por um momento?
Juliana olha para o cameraman por trás da câmera, séria, depois volta a olhar pra Sandra.
JULIANA Por que, Sandra?
SANDRA Quero falar com você.
Sandra olha para o cameraman e aprova com a cabeça. Ele abaixa a câmera, filmando o chão.
SANDRA Eu sei que ainda tá gravando. Por favor, gente? Olha aí, ele tá voltando. Disfarça.
O cameraman levanta a câmera novamente. Sandra e Juliana disfarçam, fingindo que nada aconteceu. Sandra tenta esconder que está brava com a situação.
Carlos senta-se do lado de Sandra.
CARLOS Ele está comendo.
JULIANA Sandra, você que é médica, como você acha que isso afetará o Yuri psicologicamente? Ele já tem 13 anos e nunca viu outro ser humano. Só viu seus pais, como ursos rosas.
SANDRA Eu não sou psicóloga, mas tenho certeza que ele vai superar. Pode demorar um pouco pra se ajustar, mas vai chegar lá.
JULIANA Você não acha que terá algumas consequências permanentes? Ele já tem 13 anos. Por exemplo, nessa idade ele já está se desenvolvendo sexualmente, e nunca viu outro ser humano além dos pais, como dois ursos rosas.
SANDRA Não quero falar sobre isso.
JULIANA Por que não?
SANDRA Porque não.
JULIANA Mas você não acha que...
CARLOS (Interrompendo) Não. Não é não.
JULIANA Tudo bem.
SANDRA Vou buscar a louça.
Sandra se levanta e vai em direção ao quarto de Yuri.
INT. QUARTO DE YURI - REALIDADE VIRTUAL - DIA
O ambiente parece um quarto de uma criança criado em um Nintendo 64. Os objetos são feitos com poucos polígonos, cada um de uma só cor. As superfícies são lisas.
Vemos o ponto de vista do Yuri, sentado na escrivaninha.
Alguém bate na porta e logo a abre. A visão de Yuri se move da escrivaninha para a porta. Um urso cor-de-rosa entra no quarto.
SANDRA Oi querido.
Sandra, em forma de urso, estende os braços e ouvimos barulho de louça.
SANDRA Vou levar isso de volta. Você vai ter uma surpresa amanhã, filho.
YURI(V.O.) Jogo novo?
SANDRA Não. Melhor!
YURI(V.O.) O que é?
SANDRA Você vai saber amanhã!
Ela sai do quarto e tranca a porta.
INT. SALA DE ESTAR - DIA
Calos Medeiros, sentado num sofá, olha para o chão em silêncio. Barulhos de louça na pia da cozinha. Após alguns segundos Sandra senta-se do lado dele.
SANDRA Pronto.
JULIANA O Yuri pode diferenciar vocês dois pela aparência?
CARLOS Não, todos os seres humanos são iguais pra ele.
JULIANA Então se eu e meu câmera entrássemos no quarto dele ele acharia que são vocês dois?
CARLOS Provavelmente.
JULIANA Posso?
Carlos e Sandra se olham.
SANDRA Eu não vejo por quê não.
Sandra olha seu celular.
CARLOS Nem eu. Apenas não fale nada, por favor.
SANDRA (Olhando para o celular) Ele está jogando agora, então é o momento perfeito.
Sandra entrega a chave do quarto para Juliana.
JULIANA Ok.
Juliana se levanta e a câmera a segue. Ela faz o sinal de silêncio com o dedo na boca. Devagar se aproxima do quarto. Destranca e abre a porta tentando não fazer barulho. Entra no quarto e a câmera a segue.
Yuri está sentado em um canto do quarto, jogando em seu óculos. Juliana se aproxima. Ela olha para a câmera e sorri.
INT. QUARTO DO YURI VISTO DA CÂMERA INSTALADA NO TETO - DIA - BRANCO E PRETO
Juliana admira Yuri jogando, e o cameraman filma os dois. Ficam assim por uns dez segundos.
INT. BANHEIRO DA CASA DOS MEDEIROS - DIA
JULIANA (Sussurrando) Gente, eu tive que pedir pra vir pro banheiro pra falar a vontade, sem eles ouvirem. Que coisa surreal que foi ver o Yuri! Eu sei que parece bobagem, mas quando você vê ele com seus próprios olhos é diferente. É uma criança normal, só sendo criança. (Seus olhos se enchem de lágrima, e a voz treme) E ao mesmo tempo ele tem aquela coisa na cara... (Pausa) Foi muito impactante ver aquilo. (Pausa) Eu tô com muita dó dele. Ele vai perder os pais. E ele não conhece nada do mundo real... (Pausa) Bom, tenho que me recompor agora (risos). De volta ao trabalho.
INT. SALA DE ESTAR - DIA
Sandra Medeiros e Carlos Medeiros estão sentados no sofá. A entrevistadora Juliana e o cameraman se sentam no sofá do lado oposto.
JULIANA Amanhã vamos tirar o óculos do Yuri, como combinado. Há algo mais que vocês queiram discutir hoje?
O casal se olha.
SANDRA Não. Acho que não, né?
CARLOS Acho que não também.
SANDRA Só que a gente ama o Yuri e está fazendo o que acreditamos ser pro bem dele.
CARLOS E a gente sabe que é ilegal mas a gente discorda dessa lei.
JULIANA Que lei?
CARLOS A que fala que é ilegal o que a gente tá fazendo. Não devia ter nada de errado com isso.
JULIANA Ok.
Sandra olha seriamente para Juliana, arqueando as sobrancelhas e tentando sinalizar com os olhos que precisa falar com ela a sós.
JULIANA Então vamos finalizar aqui por hoje. Muito obrigada!
INT. QUARTO DE JULIANA - NOITE
Juliana, sentada na cama de camisola olha para a câmera, que está ao seu lado. A qualidade do vídeo é pior que de costume. Ela mostra o celular, que está vibrando com o nome "Sandra" na tela.
NOIVO DE JULIANA(V.O.) Tá filmando, amor.
JULIANA Gente, é a Sandra me ligando. São duas da manhã. Ela tentou falar comigo na casa dela, mas a gente não conseguiu conversar longe do Carlos.
Juliana atende o telefone.
JULIANA Alô?
SANDRA (Sussurrando) Alô. Juliana?
JULIANA Oi Sandra.
SANDRA Juliana eu preciso falar com você.
JULIANA Eu sei. Que bom que você ligou. Fala.
SANDRA Eu preciso de ajuda.
JULIANA Fala, Sandra.
Sandra fica alguns segundos em silêncio.
SANDRA Eu acho que o Carlos... Eu vi do celular, do trabalho, eu acho que ele tava pegando no Yuri... (Respiração fica forte) Eu tava vendo na visão do Yuri, então é difícil ter certeza, mas eu acho que... Acho que tem alguma coisa estranha.
Juliana olha para a câmera, surpresa.
JULIANA Meu Deus, Sandra!
SANDRA (Com voz de choro) Eu não sei o que fazer.
JULIANA Meu Deus... Sinto muito. Você viu isso acontecer várias vezes?
SANDRA Algumas vezes. Mas sempre na visão do Yuri. É difícil ter certeza. Eu pedi pra pôr a câmera no teto do quarto dele pra isso, mas agora eles brincam na sala. O Carlos aparece como aquele urso rosa. O braços dele não têm nem mão na ponta. É difícil saber o que ele está fazendo.
JULIANA Você fez muito bem de contar.
SANDRA Você acha que a gente consegue pegar ele no flagra?
JULIANA (Surpresa) No flagra?
SANDRA É. Eu fiz tudo isso pra tentar pegar ele no flagra.
JULIANA Tudo isso o que?
SANDRA Isso de tirar o VR na tevê. De se entregar de vez pra justiça. Eu que convenci ele de fazer desse jeito.
JULIANA Uau.
SANDRA Não foi nenhuma ideologia que nem ele acredita, foi pra pegar ele no flagra. Por favor, Juliana, vamos tentar. Se não der certo eu tô indo presa em vão.
JULIANA Mas será que ele faria algo errado agora sabendo que pode sair na tevê?
Silêncio por um momento.
SANDRA Acho que não.
JULIANA Mas a gente pode tentar desmascarar ele de algum outro jeito.
As duas pensam por um tempo.
JULIANA(CONT'D) E se a gente fizer o Yuri falar sobre isso com a câmera gravando?
Sandra não responde por alguns segundos.
INT. SALA DE ESTAR - DIA
A filmagem volta a ser profissional. Sandra Medeiros e Carlos Medeiros estão sentados no sofá. A entrevistadora Juliana e o cameraman se sentam no sofá do lado oposto.
Carlos está feliz e empolgado, Sandra e Juliana estão tensas e preocupadas.
Juliana está segurando o controle remoto que permite soltar o aparelho.
CARLOS E aí, vamos lá?
JULIANA Na verdade eu queria perguntar... Pra vocês dois... Se tudo bem eu entrevistar o Yuri um pouco?
CARLOS Como assim?
JULIANA Só gravar uma entrevista rápida.
SANDRA Eu não vejo por quê não.
Carlos olha para Sandra surpreso.
CARLOS Como assim? Ele nunca viu outra pessoa, de repente vai ver ela?
SANDRA Ele vai achar que é a gente.
CARLOS Ela quer falar com ele!
Sandra olha para o lado, preocupada. Juliana não sabe o que falar.
CARLOS Vamos lá logo, vai. Vamos tirar o headset dele.
JULIANA Bom, eu ou o câmera vamos ter que entrar de qualquer jeito, se for pra gravar.
CARLOS Tá bom, você entra. Só que deixa a gente explicar pra ele o que tá acontecendo.
JULIANA Ok.
SANDRA A gente te apresenta e aí você entra.
JULIANA Tá bom.
CARLOS E não fala nada até a gente explicar pra ele.
INT. QUARTO DE YURI NA REALIDADE VIRTUAL - DIA
O ambiente parece um quarto de uma criança criado em um Nintendo 64. Os objetos são feitos com poucos polígonos, cada um de uma só cor. As superfícies são lisas.
Vemos a visão do Yuri, que está deitado na cama olhando pro teto.
Alguém bate na porta e logo a abre. A visão de Yuri se move do teto para a porta. Dois ursos cor-de-rosa entram no quarto.
CARLOS Oi filhão.
Yuri não responde, apenas os olha.
SANDRA A gente quer te mostrar uma coisa muito legal.
INT. QUARTO DO YURI VISTO DA CÂMERA INSTALADA NO TETO - DIA - BRANCO E PRETO
Yuri está sentado na cama, Carlos e Sandra estão de pé.
Pela porta aberta vemos Juliana e o cameraman esperando do lado de fora do quarto.
Sandra olha para o lado de fora da porta e acena para que Juliana entre. Ela entra pela porta aberta.
INT. QUARTO DE YURI NA REALIDADE VIRTUAL - DIA
Vemos a visão de Yuri, sentado na cama. Os dois ursos o observam quando um terceiro urso rosa entra pela porta de seu quarto.
YURI(V.O.) (Gritando) AAAAAAH!!!
Yuri pula para a parte da cama que encosta na parede, e se encolhe de medo lá. Volta a olhar para os ursos.
YURI(V.O.) (Gritando) Quê isso?
SANDRA Calma, calma, querido. Tá tudo bem.
CARLOS Essa é uma amiga nossa. Do bem. Ela é do bem.
JULIANA (Levantando a pata) Oi Yuri.
Yuri grita novamente.
CARLOS Shhh. Calma filho!
Yuri para de gritar, mas sua respiração está pesada.
SANDRA Lembra que eu falei que você ia ter uma surpresa hoje? Essa é a primeira parte.
A cabeça de Yuri se move olhando para os três ursos.
SANDRA Existem outros seres humanos. Não somos só eu, você e o papai.
Faz-se alguns segundos de silêncio até Yuri falar.
YURI(V.O.) Quantos?
SANDRA Quantos o que?
YURI(V.O.) Quantos seres humanos?
Os ursos se olham.
JULIANA (Falando baixo, para os outros dois) Acho que sete bilhões.
CARLOS Muitos, filho. Lembra das nossas aulas de matemática, né?
YURI(V.O.) Lembro.
CARLOS Então. Tem sete bilhões de pessoas.
A respiração de Yuri fica mais pesada.
YURI(V.O.) (Quase gritando) Aonde?
Carlos e Sandra se olham.
Carlos anda até Yuri, e se agacha ao lado da cama. Sandra o segue.
CARLOS Filho, você sabe que a gente te ama muito, né?
Yuri parece se acalmar.
YURI(V.O.) Sei.
CARLOS E você sabe que tudo o que a gente faz é pro seu bem, né?
YURI(V.O.) Sei.
CARLOS Então. Existe um mundo muito grande fora da nossa casa.
Respiração de Yuri volta a ficar forte.
YURI(V.O.) Como assim?
CARLOS Você vai entender. (Olhando para os outros dois ursos) Vamos tirar o aparelho agora?
O urso Sandra olha para o urso Juliana.
JULIANA Posso entrevistar ele antes?
CARLOS (Sussurrando) Puta que o pariu... (Olha para Juliana) Entrevistar? (Olha pra Sandra) Acho que esse momento deveria ser nosso, né?
SANDRA Eu não vejo problema.
Carlos tenta protestar mas Juliana anda até a cama sem olhá-lo e também se agacha.
CARLOS Só não estraga a surpresa, por favor.
JULIANA Oi Yuri, tudo bem?
Yuri não responde.
JULIANA (CONT'D) Meu nome é Juliana. Posso te fazer algumas perguntas?
SANDRA (Olhando para Carlos) Amor, vamos deixar eles a sós.
CARLOS (Confuso) A sós? Sandra, o que está acontecendo?
JULIANA Você brinca muito com o papai e com a mamãe, né?
Pelo movimento da filmagem vemos que Yuri concordou com a cabeça.
JULIANA (CONT'D) Eu preciso que você seja muito honesto comigo. Alguma vez o papai te tocou em algum lugar estranho, que não deveria?
CARLOS (Gritando) Que porra é essa?
Carlos avança em Juliana e a puxa com violência, a levantando.
Sandra também se levanta e empurra Carlos.
Yuri grita.
Money for Nothing toca enquanto os três ursos brigam.
O urso Carlos joga Juliana no chão.
Carlos volta-se para Sandra, que o soca na cara antes que ele pudesse fazer algo. O urso Carlos toca em sua própria boca e olha para sua pata, para ver se está sangrando.
Yuri continua gritando.
Sandra empurra Carlos, que tropeça em Juliana e cai no chão.
Sandra pula em cima de Carlos e o soca diversas vezes.
Carlos agarra Sandra e a imobiliza no chão.
Juliana se levanta e tenta puxar Carlos de cima de Sandra. Ele não solta.
Sandra grita de dor.
Um quarto urso entra no quarto, o cameraman.
Yuri grita ainda mais assustado, totalmente apavorado.
O cameraman pega a cadeira azul de Yuri e bate com ela nas costas de Carlos, que grita de dor.
Bate de novo e a cadeira vôa pelo quarto.
Carlos solta Sandra.
O cameraman e Juliana conseguem tirar Carlos de cima de Sandra. Os três conseguem imobilizar o homem enquanto Yuri continua gritando.
O urso Sandra, exausto, caminha até Yuri.
SANDRA (Bufando) Deixa... Vem cá... Deixa mamãe tirar seu VR...
Ela alcança a câmera (visão do Yuri) e começa a mexer no headset dele.
SANDRA (Cansada) É só apertar aqui, girar aqui...
INT. QUARTO DO YURI VISTO DA CÂMERA INSTALADA NO TETO - DIA - BRANCO E PRETO
Juliana e o cameraman seguram Carlos em um canto do quarto. Em cima da cama, Sandra retira o headset de Yuri.
YURI AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!
Ele reage como se a figura de um ser humano fosse a coisa mais alienígena possível. Se apavora totalmente. Chora alto.
SANDRA Calma! Calma filho!
No desespero, Sandra põe o headset de volta. Yuri para de chorar.
SANDRA O mundo real é assim, querido.
Todos ficam alguns segundos sem falar nada. Ouvimos apenas a respiração pesada de Yuri.
Sandra cobre o rosto com as mãos.
SANDRA(CONT'D) Desculpa...
Carlos começa a chorar.
INT. SALA DA CASA DE JULIANA - DIA
Juliana fala perto da câmera.
JULIANA Olá, pessoal! O que você viu nessa entrevista aconteceu faz seis meses já. Carlos e Sandra estão presos pelo que fizeram com o Yuri, e o Carlos está respondendo às acusações de abuso sexual. Um psicólogo está conversando com o Yuri pra entender se o Carlos realmente abusou dele.
Ela se move pela casa.
JULIANA(CONT'D) E por falar em Yuri, olha quem está aqui.
Juliana abre uma porta e vemos um quarto de criança, com Yuri no meio, usando o headset.
JULIANA(CONT'D) Hoje eu e meu noivo finalmente conseguimos a guarda dele. Eu quis adotar o Yuri desde que o vi pela primeira vez naquela casa.
Juliana entra no quarto e chega perto de Yuri. Senta-se ao seu lado. Yuri parece jogar no headset.
JULIANA(CONT'D) Ele ainda tem medo do mundo real, mesmo depois de seis meses. A gente combinou que ele pode usar o óculos dia-sim-dia-não, e que daqui a um mês a gente vai diminuir pra dois dias na semana, e aí a gente vai vendo o que faz.
Juliana olha para o menino e coloca as duas mãos no aparelho.
JULIANA(CONT'D) Filho, vou tirar um pouco, ok?
YURI Deixa só eu salvar. (Silêncio) Pronto.
Juliana tira o aparelho e pela primeira vez vemos de perto o rosto de Yuri. Ele olha para a câmera com olhos vermelhos. Juliana sorri e o beija na bochecha.
FADE OUT
#Contos#conto#roteiro#original#originais#português#realidade virtual#roteiros#a realidade virtual de yuri
9 notes
·
View notes
Note
▲ five time my muse thought about kissing yours, and the one time they did. (don&woo)
one.
Woojin ajudava Hadon a caminhar, apoiando-o maior parte do peso do rapaz. Quando o convidou para ir a uma festa, não imaginou que isso fosse acontecer. Hadon não parecia ser do tipo que bebia muito e… Bom, ele devia ter esperado isso. Os que não costumam beber são quase sempre aqueles que não têm ideia de quanto precisa até caírem. Ele ouvia Hadon conversando sobre alguma coisa com a sua voz arrastada, provavelmente sobre alguma aula. Da forma como estavam, seus rostos próximos demais, o pensamento de beijá-lo até passou por sua cabeça. Ele não era cego, via como Hadon era bonito. Só precisaria se aproximar um pouquinho mais para beijá-lo. Mas ele não faria isso. Não assim.
two.
Era óbvio quando Hadon gostava de algo. Woojin o via falar sobre essas coisas de biologia que amava e, apesar de não entender metade do que ele dizia, achava muito fofo a forma como seus olhos se iluminavam. Eles estavam sentados lado a lado almoçando, Woojin perguntou como tinha sido a aula da manhã de Hadon e ele começou a falar sobre todas as coisas super interessantes que aprendeu. Se perguntassem alguma coisa sobre o que ele estava falando, Woojin não saberia dizer. Estava prestando atenção, sim, mas não no que o outro falava. Em como sorria quando se animava com algo, como mexia com as mãos para explicar melhor. Era tão fofo que Woojin podia beijá-lo.
three.
Já estava tarde, então Woojin tentava fazer o mínimo de barulho possível enquanto entrava no dormitório. Tinha ido já uma festa com seus amigos, mas acabou voltando para casa um pouco mais cedo. “Um pouco mais cedo” para ele era duas e meia da manhã. Ficou surpreso ao ver a luz acesa quando abriu a porta, imaginou que Hadon já iria estar dormindo. Tirou seus sapatos perto da entrada e ao ir para perto da cama viu uma cena que o fez sorrir. Hadon estava dormindo em sua cama com um livro, um caderno e algumas canetas jogadas por perto. Devia ter caído no sono sem perceber enquanto estudava. Ainda tentando ser silencioso, para não acordá-lo, Woojin pegou os materiais que estavam espalhados na cama e os colocou em cima da escrivaninha. Em seguida puxou o cobertor para que pudesse cobrir Hadon. Do nada lhe veio uma vontade de dar um beijo na testa do seu roommate, porque ele estava tão fofo e cuddly. Nem ele entendeu de onde essa vontade veio. Mas só se virou e se jogou em sua própria cama, só pensando em dormir.
four.
Woojin caminhava até o restaurante que ficava perto do prédio de biologia. Tinha combinado de almoçar lá com Hadon. Iria encontrar com o roommate na entrada do prédio assim que a aula dele acabasse e, quando chegou perto, viu que os alunos estavam saindo, o que significava que chegou na hora certa. Viu Hadon antes que ele o visse, percebendo que conversava com alguém. Imaginou que fosse algum colega de sala e… Por que ele está segurando o braço do Hadon e caminhando tão próximo? E rindo desse jeito? E arrumando o cabelo…? Ah, meu deus, esse cara tá flertando com ele. Pelas reações, seu roommate parecia nem ter ideia. Woojin achou que não faria mal nenhum se divertir um pouquinho com a situação. Foi até onde os dois estavam e, chegando lá, já passou um braço em volta da cintura de Hadon (“por que esse garoto é mais alto que eu? gente mais nova não devia ser mais alta”) enquanto o cumprimentava. Até pensou em dar um beijinho na bochecha, mas desistiu no último instante porque achou que seria demais. “E aí, Donie, vamos almoçar?”, disse. E só então olhou para o rapaz que estava ali também. “Ah, oi. Eu sou o Woojin”. Sorriu ao ver o olhar de confusão no rosto dele. Estava adorando isso, mas porque achava divertido. Claro. Não porque ficou com um ciúmezinho ao ver alguém flertando com Hadon. Não, isso nunca. Jamais.
five.
Se há alguns meses você dissesse para Woojin que ele iria passar uma sexta a feira à noite sem sair de casa, só assistindo filmes com um garoto que ele nem estava tentando pegar, Woojin teria rido. Ele não é do tipo que faz “netflix e no chill”. Sempre tem um chillzinho. Mas aqui estava ele. Quando Hadon comentou sobre esse filme que queria assistir, ele pareceu tão animado com isso que Woojin não conseguiu dizer não. Até que prestou atenção no filme, estava gostando sim, mas se distraía toda vez que ouvia Hadon rindo. Sorria junto, e nem era por causa de qualquer coisa que estivesse acontecendo na tela. Se fosse com qualquer outra pessoa, Woojin já teria feito alguma coisa que tiraria a atenção do filme. Já era prática isso; eles estavam sentados próximos um do outro, só precisava passar os braços em volta dele, puxá-lo para perto, aproximar o rosto do dele com a desculpa de que ia comentar alguma coisa do filme, beijá-lo. Mas com Hadon, não. Não que ele não quisesse, mas apenas… Hadon merecia mais do que alguém tentando pegar ele enquanto estavam assistindo um filme. Merecia um encontro bem legal e… Espera? Encontro? “Você tá ficando romântico, Woojin??!!”, pensou consigo mesmo. Melhor voltar a atenção para o filme.
the one time they kissed.
Tinha um lugar na cidade que Woojin amava. Era um café que ele achou por acaso, porque a entrada era tão escondida que parecia que não era para ser encontrado mesmo. Ficava no último andar de um prédio de três andares apenas, mas que era localizado em um lugar alto da cidade; o terraço do prédio pertencia ao café também, então você podia sentar lá e a vista era maravilhosa. Adorava ir lá na primavera, porque as árvores ali em volta ficavam floridas. E adorava ir lá perto do pôr do sol, para ver o céu mudando de cor com a linda vista da cidade junto. Não costumava levar as pessoas lá. Os amigos que tinha com certeza achariam um tédio ir para algum lugar tomar café e ficar apreciando a vista. A maior parte dos amigos que tinha eram pessoas que iam a festas com ele; nem imaginavam que Woojin gostava de frequentar lugares assim também. Mas Hadon… Nem pensou duas vezes antes de chamar Hadon para ir lá. Tomava seu café americano, sentado ao lado de seu roommate no terraço, conversando sobre tudo e sobre nada. Conforme o pôr do sol se aproximava, Hadon não parava de exclamar como o céu estava bonito. Ele sorria e se animava com isso, já valia a pena ter convidado-o para ir ali só por suas reações. Quando Hadon se virou para ele novamente, Woojin decidiu só agir impulsivamente e se aproximou para beijá-lo. O beijo foi leve, gentil, breve. Woojin se afastou antes que o beijo pudesse virar algo mais. Então sorriu para Hadon.
1 note
·
View note
Photo
❝ 𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄𝐑𝐘 𝐔𝐍𝐒𝐎𝐋𝐕𝐄𝐃 ❞
CHIP&DALE: 𝐀 𝐏𝐎𝐍𝐃𝐘 𝐏𝐎𝐈𝐍𝐓 𝐎𝐅 𝐕𝐈𝐄𝐖
A culpa era um motivador peculiar.
Já fazia um tempo que Candice vinha se corroendo por dentro pela reação que tivera à tal criança vermelha. Todo o terror que se instaurou em Verdare, os avox, as sanções… Cada situação contribuiu para que sentisse tanto medo que, imprudentemente, desejou que o problema desaparecesse. E desapareceu. Sem deixar rastros, como se nunca existido. Por mais terrível que fosse admitir, a notícia recebida fora seguida por algo terrível: alívio.
Desde então, não parou de pensar em que tipo de ser humano conseguia dormir em paz após ter desejado a morte de alguém. Certamente, não ela, que decidiu fazer algo a respeito para atenuar a própria culpa. Entretanto, não havia muito o que fazer por uma figura totalmente anônima. Precisaria descobrir o nome da criança para poder lhe oferecer, no mínimo, um enterro — uma cerimônia simbólica que a ajudaria a pôr uma pedra sobre o assunto. Infelizmente, não sabia como ou por onde começar. Não era como se ela, dentre todas as pessoas, pudesse vocalizar suas dúvidas pelos corredores; por isso, procurou a melhor investigadora de Hyacinthum.
--- Hey… --- Começou a finlandesa, apoiando a mochila no pé da cadeira em que se acomodou para encarar a Bennett por detrás dos livros que ela se escondia.
--- Deixe eu adivinhar... --- O tom contemplativo, arrastado, acompanhou o levantar dos olhos castanhos, que analisaram Candy segundos antes de voltarem-se novamente para a biografia em mãos. --- Quer ajuda para matar aula novamente?
--- O que? --- Candice estava tão concentrada em seu pedido que levou um choque diante da pergunta da outra, ainda que não tivesse motivo para tanto. Em situações normais, esse seria mesmo o favor que pediria. --- Não! Claro que não… --- Negou rapidamente com a cabeça, fazendo com que Poppy voltasse a fita-la cinicamente. --- Eu estava pensando sobre a tal criança vermelha com poderes… Você sabe o quanto isso me deixou chateada e eu queria fazer algo de legal por ela…
Surpresa assomou os traços da neozelandesa, cujo franzir de cenho fez com que Candy torcesse os dedos em ansiedade. Ambas sabiam o quão deslocadas aquelas palavras soavam, mas então, nenhuma delas vinha apresentando o comportamento habitual ultimamente.
--- Eu sei… Mas… --- Isso é bastante inesperado vindo de você, pensou. Contudo, tomada por uma súbita sensibilidade, ou talvez pela expectativa no olhar da Rosberg, guardou as palavras para si. --- Nunca vi seus olhos tão grandes, sério. --- O comentário fora recebido por piscadas rápidas, dissipando a evidência de um tique nervoso que Cedric ainda não havia descoberto.
--- Poppie!
--- Okay! --- cedeu, exasperada. --- Mas o que podemos fazer? Quero dizer, não sabemos nada sobre a criança, Candy.
--- E isso seria de fato um empecilho se você não fosse a investigadora mais competente que eu conheço! --- Um mero vislumbre dos olhos puxados semicerrando fez com que Candy soubesse que a bajulação, sozinha, não iria funcionar. --- Pense bem, vai ser uma aventura. Podemos invadir o quarto de algum herdeiro ao trono que com certeza recebeu uma carta a respeito ou até seu pai! Já invadimos o escritório dele antes… Além do mais, precisamos apenas de um nome, quão difícil isso pode ser? --- Ao notar a resistência no semblante da amiga, debruçou-se sobre a mesa, alcançado os braços alheios e chacoalhando-os empolgadamente. --- Vamos, vai ser diveertidoo! --- Ela alongou as vogais de maneira infantil até arrancar uma risada da mais velha, que levou as mãos aos lábios para abafar o som, embora a ação não tenha surtido muito efeito.
--- Ssssh! Estamos numa biblioteca, ainda há regras que devemos seguir --- A repreensão feita em conjunto a de outros, tornava-se inútil quando também era alvo da censura e continuava a sorrir, mas Poppy dispensou qualquer senso de culpabilidade e se inclinou, aproximando seus rostos. --- Você tem certeza que não quer participar daquele estudo sobre autopreservação, Candy? Seria uma adição importante --- sussurrou. Com mais frequência do que gostaria de admitir, a Rosberg costumava passar por cima dos detalhes, presa na bolha de seus próprios interesses. --- Já pensou no que vai acontecer se formos pegas?
As opções passaram rapidamente pela cabeça de ambas. Detenção, expulsão, retirada de partes dos seus corpos… A situação não estava favorável para nenhum vermelho, nem mesmo aqueles como elas: com títulos, protegidas e abastadas. Fazia dias que o assunto pinicava o fundo dos pensamentos de cada uma a sua maneira, inquietando-as. A Bennett parecia enxergar um quadro mais realista e a longo prazo sobre as possibilidades que as aguardavam, enquanto Candice focava no imediato, no que o medo lhe apresentava. Porém, criaturas peculiares como elas, não reagiam a estímulos negativos conforme padrões ordinários.
A bem da verdade, Poppy já vinha ponderando alguns planos de ação, e dentre eles a invasão do escritório do pai estava no topo. Havia achado as atitudes dos soberanos em poder suspeitas, desproporcionais. Até onde tudo aquilo ia? Qual o era o cerne de todo o rebuliço? Aquelas perguntas vinham atiçando sua curiosidade sobremaneira, e Candy, como sempre, desavisadamente proporcionara a amiga a dose de incentivo que ela precisava ao encará-la, resoluta.
Uma espécie de comunicação silenciosa se estabeleceu entre as vermelhas por alguns segundos, tão discrepantes em tensão quando comparados às risadas de antes. Mas a decisão havia sido tomada.
--- Sim --- a apreensão estava presente tanto na voz quanto na expressão de Candy.
--- Vem comigo. _____________________
Candy logo percebeu que seria muito, muito difícil conseguir o nome da criança vermelha.
Mesmo com os avisos da Bennett, a magnitude do escritório do diretor de Hyacinthum nunca havia sido realmente absorvida pela lady até ter que vasculhar cada canto. Qual a necessidade de tantos livros? E aquele mundaréu de gavetas? Antes pensava ser somente por motivos decorativos, mas cada um dos cubículos encontrava-se ocupado! Não admirava que a própria Poppy fosse uma acumuladora terrível.
--- Você realmente tem a quem puxar! --- comentou em tom choroso, desdobrando as pernas para se levantar e alongar. Com os olhos fixados numa pilha de planilhas, Poppy não podia sequer se dar o luxo de rebater a acusação. Reconhecia seus defeitos e vivia muito bem com eles, de modo que dispensou o comentário com um estalar de língua. Decepcionada com a reação apática, a Rosberg suspirou, apoiando as mãos na cintura ao parar no meio do cômodo. --- Como pode haver tanto papel em uma única sala?
--- É um escritório, foi criado exatamente para isso. Uma alternativa à biblioteca… Acho que pela necessidade que os homens têm de gritar, tenho que pesquisar sobre para ter certeza --- ponderou ao abrir um novo conjunto de documentos. Como sempre, Candy não segurou o riso debochado ante a observação singular, junto com um “você acha?” que era tanto retórico quanto irônico. --- Você está colocando tudo no mesmo lugar?
--- Nah... Pensei em deixar tudo uma zona para deixar clara nossa presença e agilizar nossa expulsão. --- A finlandesa revirou os olhos com o próprio sarcasmo sem tirar os olhos das prateleiras, seus dedos acompanhavam seus movimentos, deslizando pelo móvel, explorando lentamente o mogno. Porta retratos com uma Poppy em miniatura e a Sra. Bennett adornavam vários cantos da sala. Alguns natais, férias em família… Candice se lembrava da amiga naquelas diversas idades, se conheciam há muito tempo, e se viu rindo ao puxar um deles para mostrar a mais velha. --- Olha você sem dente!
--- Tinha mais que você nessa época! Kiddo. --- provocou, momentaneamente distraída dos seus objetivos ao ser lembrada de uma fase tão vergonhosa. Os olhos puxados se assemelhavam a duas linhas horizontais ao encarar a outra com falso desdém, o qual foi recebido com um mostrar de língua da mais nova — uma prova concreta da maturidade que ela havia angariado junto com os dentes brancos e certinhos. Contudo, Candice colocou o porta retrato no lugar, evitando um chilique por parte de Poppy.
Foi nesse momento que notou uma pasta solta entre os livros.
Os olhos azuis, então, estreitaram-se a medida que os dedos finos se apossaram do papel. Arquivo e-36 estava desenhado com a caligrafia elegante do diretor — em um post it amarelo neon, nada menos. Ao julgar pela aparência, aquele não devia se tratar de um documento muito longo, o que explicava como ele havia ido parar ali. Porém, assim que começou a folheá-lo, notou que o arquivo se assemelhava ao de um aluno comum, a não ser por alguns detalhes, como a foto e os nomes rasurados por um bloqueador preto. O mais intrigante sobre o que tinha em mãos, contudo, eram os anos de nascimento e óbito do… Aluno? O cálculo foi rapidamente feito pela finlandesa, quase que por instinto, mas ela não podia acreditar. Não, não podia ser, simplesmente não. Porém, por mais que quisesse, não tinha como desver aqueles números, que coincidiam exatamente com os da criança desaparecida. Exatamente.
--- Poppy… --- Chamou por cima dos ombros, mas foi o tom de assombro em sua voz que fez com que ela prestasse atenção dessa vez.
--- O que foi? --- A pergunta repleta de cautela, apesar de não ser retórica, nunca recebeu uma resposta. Candice simples não conseguia se fazer falar. Estranhando o estupor da amiga, a Bennett abandonou os papéis que analisava e se apressou em direção à ela, não demorando a identificar a fonte da reação tão incomum. --- O que é isso? --- indagou por puro reflexo, enquanto tomava a pasta para si bruscamente. Quando a curiosidade sobrepujava seu senso, delicadeza era a última coisa na qual pensava. Acostumada a tal traço, a Rosberg sequer notou a grosseria, mais preocupada em apontar suas suspeitas.
--- Aqui, aqui! Essas datas…
--- Mas que tipo de filme de ficção científica é esse? --- refletiu, simultaneamente a observação de Candy, ao encarar as rasuras. Entretanto, ao acompanhar o traçar das unhas pink, sua linha de raciocínio foi forçada a se voltar pro que era mostrado. --- Isso foi um dia antes dos avox? --- O cenho franzido, porém, não significava que algum tipo de conclusão estava prestes a ser formada. Impaciente, as mãos da jovem baronesa bateram sobre o arquivo.
--- O ano de nascimento e óbito, Poppy! São os mesmos da criança!
Candice não tinha noção do que estava encarando, ainda não tinha ideia do que tinham em mãos e a extensão da descoberta, mas ela tremia, como se seu corpo soubesse algo que estava se negando a aceitar. Deixou então que Poppy encarasse o papel, embora não houvesse muito o que ler nele graças as rasuras. Confusas, ambas só conseguiam concluir que tudo aquilo era extremamente suspeito. Por isso, enquanto a amiga esmiuçava cada canto da ficha, chegando a inutilmente colocá-la contra a luz na esperança de revelar algo, Candy pegou o post-it e começou a procurar avidamente nos gaveteiros próximos a marcação indicada, os dedos ágeis passando de arquivo em arquivo. --- E-36, E-36, E-36… --- Repetia para si mesma até que os dedos pararam sobre uma pasta gorda, a qual retirou com o mesmo ímpeto de quem tinha encontrado um tesouro, no quinto cubículo que revirava. --- Arquivo E-36. Achei.
Os olhos azuis da finlandesa encararam os de Poppy, que àquela altura já se juntara a busca, com um misto de auto satisfação e ansiedade. O que tinha naquele arquivo? Poderia ele estar relacionado com a criança vermelha com poderes? Eram tantas as perguntas… E elas estavam prestes a encontrar algumas respostas! Porém, um barulho na sala da secretária fez com que perdessem os sorrisinhos presunçosos que ostentavam e assumissem uma feição apavorada. Em tempo recorde, arrumaram o que quer que estivesse fora do lugar — imersas em um pânico compartilhado —, e em menos de dois minutos se encontravam fora da sala do diretor, encarando a funcionária que acabava de entrar.
--- Stacey, oi! --- cumprimentou Poppy em uma animação exagerada e, na opinião de Candy, bastante suspeita. Contudo, apesar da azul não ter se preocupado em ser muito simpática, também não parecia desconfiada das meninas, sequer questionando o fato de estarem dentro de uma sala que acabara de destrancar. --- Estou procurando meu pai, mas ele não está aqui…
--- Tivemos um problema com um engraçadinho oblivion no banheiro, ele deve voltar… Em instantes. --- Tédio era tudo o que podia se ouvir na voz da secretária. --- Quer deixar recado?
--- Não! Não… Eu volto mais tarde. Candy? --- Poppy estava mais que ansiosa para ir embora, mas a Rosberg a seguiu tardiamente, ajeitando o casaco dobrado nos braços de maneira distraída. Tanto que, foi somente na curva do segundo corredor que se permitiu parar e encarar a outra, a adrenalina ainda presente em seu sangue fazendo com que suas palavras fossem rápidas. --- Essa foi por pouco! Você pôs de volta o arquivo?
--- Err… --- Candice esboçou um grunhido que fez com que a neozelandesa a puxasse de supetão, revelando a pontinha acusadora de uma pasta.
--- Candy!
A baronesa então puxou o casaco pesado de casimir vermelho sobre o arquivo que escondia mais uma vez.
--- Me desculpe!
PARA OUVIR : YOUNG BLOOD - BEA MILLER
@mepoppie
#mepoppie.#( 𝐏 𝐎 𝐕. ) ❥ 〰 ❛ — the point of no return ❜#long post!#Sério... um post muito muito muito muito longo
13 notes
·
View notes