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Missão madrinha
Casamento à vista. Tempos modernos onde os noivos escolhem seus padrinhos e Continue reading Missão madrinha
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#com que roupa eu vou? sapatos#dicas#etiqueta social.#madrinha#missão madrinha de casamento#trajes#vestido festa
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Noiva - 12 dicas para o seu casamento (Parte 2)
Noiva – 12 dicas para o seu casamento (Parte 2)
Sei que a ansiedade vem chegando e você quer deixar tudo pronto o quanto antes. Mas esse é um evento onde a calma e organização são a chave para o sucesso. Então agora que já conheceu algumas dicas para casamento iniciais, chegou o momento de nos aprofundarmos ainda mais. E ver o que mais há em nossa lista de cuidados e dicas para o grande dia. Confira a seguir as próximas 4 dicas para casamento…
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𓂃 ഒ ָ࣪ ⌜ dev patel headcannons ⌝ ⸙. ↷
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ↳ sfw + nsfw.
[✰] literalmente o maior malewife patético do mundo. Se apaixona por ti à primeira vista, daqueles que até pensa pronto, vou casar com essa mulher e vem chegando devagarzinho, porque é tímido e tem medo de mulher bonita;
[✰] no primeiro beijo, na cabecinha dele vocês já tão namorando. Manda mensagem no outro dia dizendo bom dia meu anjo😊 dormiu bem?, pergunta o que você tá fazendo de bom e marca um encontro o mais rápido possível. E é tão bom estar ao lado dele, pois da pra sentir pela energia dele o quão romântico e nerdzinho ele é. Tudo tá bom pra ele, se preocupa se você está gostando, e o melhor: não muda nadica de nada quando estão, finalmente, namorando;
[✰] como o relacionamento de vocês é uma mistura de culturas, ele se mostra muito empenhado em desbravar o brasil e o seu estado. Se perguntar, não há nada no brasil que o desagrade (mas é porque ele é do tipo que gosta de agradar todos, principalmente pra sua família gostar dele). Vai estar de bermudinha e regata velha no sofá da casa da sua mãe, naquele calor do verão brasileiro, tomando cafezinho quente, comendo um pão de sal e assistindo caminho das índias na televisão;
[✰] e por falar em caminho das índias, dá o segundo capítulo da novela e tá a sua mãe, a mãe dele, ele e o pai dele tudo na sala assistindo. A sua sogra dizendo que a juliana paes parece muito uma prima que ela tem, e chocada em saber que ninguém ali do elenco tem ligação com o sul asiático. O dev assistindo as cenas da maia dançando e deitando a cabeça no seu ombro, discretamente, com um sorrisinho, pra perguntar bem que você podia dançar assim pra mim também, hein?;
[✰] embora super fascinado com o brasil, ele demora um pouquinho a abrir as portas das raízes dele pra você. Um pouco envergonhado, quiçá receoso, até que finalmente deixa a mãe dele te ensinar um prato típico, ou aquelas histórias que ela costumava contar pra ele quando pequeno, antes de dormir pra não se esquecer das raízes, sobre a cultura e a religião;
[✰] uma viagem de casal, estar no taj mahal cantando aquela música do jorge ben jor (tetê teterê terê), e você olha pra cara dele e ele ????
[✰] é por sua causa que ele começa a gostar mais de filmes de romance, seja bollywood ou não, especialmente aqueles vintage. Você até nota que ele meio que tá “aprendendo” com os protagonistas pra fazer igual contigo, falar igual contigo;
[✰] a personificação de um romântico incurável e mommy's boy. A mãe dele vira a sua mãe, ela é uma parte muito importante na vida dele, então você se dar bem com ela é crucial.
[✰] o tipo que manda bom dia e boa noite, um dorme bem, ou sonha comigo, quando não pode te ver. Que você fala algo sobre si, e ele nunca esquece. Que gosta de te contar sobre o dia dele, sobre as coisas que gosta, com os olhinhos até brilhando;
[✰] o homem que carrega a sua bolsa e o seu sapato, sem nem dizer um a;
[✰] te mostra os roteiros que está escrevendo. Diz, com as bochechas queimando, que se inspirou em algum traço seu pra escrever aquela personagem na trama;
[✰] o casamento de você dura uma semana. É um dia de festas no brasil, com os seus dois lados da família, uma festinha mais intimista em Londres, e o restante festejando com os parentes mais distantes da árvore genealógica dele. Lua de mel em alguma cidade histórica, depois uma passadinha numa praia pra fazer fotinhas caseiras de casal;
[✰] o maior marido pau-mandado. Sem discussões nesse tópico👩⚖️;
[✰] na cama, se você for esperta, vai saber muito bem como domá-lo. Ele, naturalmente, já é mais retraído, mas pode ser mais saidinho quando bebe uma gota de álcool ou quando você está muito tímida. Porém, é só pegar nos cabelinhos pretos dele e dizer um comando simples, que ele quebra;
[✰] do tipo que te fode com respeito, até te pede desculpas se te sujar demais de porra;
[✰] sexo com ele pode começar e terminar com os lábios dele entre as suas pernas que já tá bom. Muito overstimulation — mas como algo que vem naturalmente, porque ele ama tanto o seu sabor, que não sabe quando parar. Você pode estar tremendo, suada, sem voz e com uma lagrimazinha escorrendo no canto do olho, que ele vai continuar imerso no seu aroma, no gosto, na sensação gostosa que os seus gemidos abafados trazem pros ouvidos;
[✰] grande mamador de peitos;
[✰] a concha menor na conchinha. No entanto, porque não suporta a ideia de te ver xoxinha, é o maior abraço de urso quando você está mais manhosinha;
[✰] na verdade, com ele é uma competição pra ver quem é mais manhoso;
[✰] não é alguém de muitos fetiches. O grande fetiche dele é você, como vocês vão transar não importa. O importante pra ele é estar com você, dentro de você, podendo te dizer que te ama enquanto olha nos seus olhos;
[✰] bodyworship. sexo matinal lento. food play — porque ele é preguicinha, pode estar comendo algo que, se sentir tesão, não vai querer nem levantar da cadeira pra começar a te dedar;
[✰] o tipo de homem que se você pede pra ele te dar um tapinha, ele quase chora e diz mas você é minha princesa...
[✰] aqueles que não faz nada sem te consultar primeiro. Comprar essa roupa? Comprar essa verdura pro almoço? Cortar o cabelo? Pendurar esse quadro na parede? Sair da cama e ir trabalhar hoje? Hmm, vou ver o que a minha mulher acha...
[✰] se depender dele, vocês vão ter um time de futebol. As crianças correndo tudo numa casinha á brasileira com quintal, todo mundo poliglota;
[✰] dev pai de menino;
[✰] ciumentozinho, mas não sabe agir que nem macho alfa, então só fica com um bicão e mal humor;
[✰] músicas pra ouvir pensando nele — coleção (cassiano), planos (BK'), intimidade (liniker e os caramelows), madagascar (emicida), elephant gun (beirut), mania de você (rita lee), a história mais velha do mundo (o terno), samurai (djavan).
Bônus de momentos aleatórios com ele
chegar em casa depois do trabalho, e ele tá lavando a louça, abrindo um sorriso largo quando te vê | é o pai que vai ter toda a paciência do mundo pra sentar e ajudar os filhos a fazer dever de casa | época de provas na escola e as paredes da sua casa estão cheias de post it colados com tópicos que ele anotou pros filhos não esquecerem da matéria | acordar de manhã e encontrar um presentinho que ele comprou pra você, com uma cartinha e a dedicação dizendo benquisto amor da minha vida | ele está em todo lugar que pode pra te dar suporte, tirando foto das suas conquistas e acenando dentre a multidão pra você notar ele ali.
#novamente um hc q zero pessoas pediram mas eu fiz respeitando as vozes da minha cabeça#imninahchan#dev patel#dev patel x reader#dev patel headcannon#headcannon#dev patel fanfic#monkey man
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Imagine Harry Styles
Eu sei que não apareço aqui há quase um ano. Mas senti falta de vocês.
Originalmente, esse imagine foi postado no meu instagram com um membro do BTS e adaptei pra trazer pra cá. Espero que gostem ^^
Contagem de palavras: +8k
Encaro o relógio na tela do meu celular pela quarta vez, suspirando e lutando contra as malditas lágrimas que insistem em se formar nos meus olhos.
Ouço o barulho da porta se abrindo, e logo o som de passos desajeitados preenchem todo o lugar.
Eu permaneço no sofá, sequer me mexo.
— Querida? — Fecho os olhos ao ouvir a voz do meu marido.
Eu me viro, encarando o homem com o terno amarrotado e a gravata torta. Harry me oferece um sorriso bêbado enquanto tenta empurrar os sapatos para fora dos pés, quase caindo no processo. Eu suspiro e me aproximo dele.
Apoio seu corpo alto e pesado no meu. Seu braço longo fica sobre os meus ombros e nós caminhamos em direção à suíte.
— Me desculpa. — Ele fala baixo, as palavras emboladas como se a língua fosse maior que o normal. — Eu precisei ir para um jantar da empresa e perdi o seu aniversário. — Harry lamenta.
Um sorriso bobo se forma em meus lábios.
Bom, pelo menos ele havia se lembrado.
— Não tem problema. — Eu digo, terminando de desatar o nó de sua gravata. — Por quê bebeu tanto? — Bufo, fingindo estar brava.
Eu sabia como Styles era fraco para bebida. Uma taça de vinho era o suficiente para deixá-lo com as bochechas vermelhas e o sorriso solto. Mas o cheiro forte de álcool deixava claro que ele havia bebido muito mais do que uma taça de vinho.
— Vou recompensar você. — Ele diz, depois que eu retiro seu paletó. Harry ergue as mãos grandes, segurando minhas duas bochechas. Seus olhos estão quase fechados, as bochechas muito vermelhas. — Feliz aniversário, querida.
— Obrigado, H.
O meu coração bate forte.
E, para a minha surpresa, Harry puxa o meu rosto em direção ao seu.
Seus lábios cheios e macios tocam os meus, me fazendo arregalar os olhos antes de fechar.
O primeiro e último beijo que trocamos fora a dois anos, no dia em que dissemos sim em frente ao juiz de paz.
Nosso casamento não passava de um contrato, benéfico para nós dois. Harry precisava do dinheiro da minha família, eu precisava de liberdade.
Depois de uma longa e sincera conversa durante o jantar de noivado, decidimos seguir em frente.
Começamos com uma amizade. Harry era educado, gentil e sensível. Sempre me tratando com muito respeito.
O grande problema foi quando meu coração começou a confundir as coisas. E eu acabei irremediavelmente apaixonada pelo meu marido.
Me contentei com a amizade de Styles. Fazendo o meu melhor para esconder os sentimentos que cada vez mais se tornavam mais fortes.
A cada sorriso que ele me dirigia, cada mínimo elogio educado. Meu coração batia como louco. O frio na barriga me atingia e eu conseguia ficar ainda mais boba por ele.
Solto um suspiro quando a língua quente toca meu lábio inferior.
Harry me puxa para mais perto, seus dedos se perdem no meu cabelo.
Nosso primeiro beijo foi apenas um selar. E foram incontáveis as vezes que eu me perguntei como seria beijá-lo de verdade.
Mesmo que o sabor alcoólico fosse forte, ainda era bom. Mesmo que o beijo demonstrasse desejo, ainda era delicado.
Seus lábios eram quentes e macios, sua língua afoita e curiosa, explorando cada partezinha da minha boca.
Meu coração batia tão forte que eu podia senti-lo retumbando em meus ouvidos. Minha pele inteira estava arrepiada.
O beijo foi quebrado com dezenas de selinhos e eu sorri como uma boba.
Harry sorriu de volta, passando o polegar em minha bochecha.
E então disse as palavras que acabaram completamente com a minha ilusão e o fio de esperança ao qual me agarrei.
— Minha Helena…
O meu sorriso se fechou, e quase pude ouvir o som do meu coração virando um amontoado de estilhaços.
Harry caiu para trás na cama, em um sono profundo.
Segurei o soluço que tentou escapar, mas as lágrimas já haviam começado a escorrer de forma vergonhosa.
Humilhada, ergui suas pernas até que estivessem sobre o colchão.Puxei sua coberta, estendendo sobre o corpo adormecido.
Olhei para ele uma última vez antes de sair do quarto, atravessando para a porta ao outro lado, que inicialmente seria um quarto de hóspedes, mas há dois anos, é o meu.
Deitei na minha cama, abraçando com força um dos meus travesseiros e deixei meu choro dolorido escapar, tentando aliviar a dor em meu peito.
Harry não havia me beijado.
Em sua ilusão de bêbado era a ela quem estava beijando.
Helena, sua primeira esposa. Aquela que há três anos foi arrancada dos seus braços por um câncer agressivo.
Sequer consegui dormir.
Quando o celular despertou, tomei um banho rápido e usei maquiagem para esconder as olheiras e o nariz avermelhado pelo choro.
Desci para a cozinha, começando a minha rotina.
Fazer o café da manhã para Harry era algo que me deixava feliz. Ele nunca poupava elogios, mesmo que o sabor da comida não fosse tão gostoso assim.
Mas hoje, me limitei ao café preto e uma sopa de algas para ajudar com a provável ressaca dele.
Servi o meu próprio café, fechando meus olhos ao beber o primeiro gole da bebida quente.
Ouvi os passos desajeitados na escadaria, assim como os resmungos que o homem soltava.
— Bom dia. — Murmurou.
— Bom dia, Harry. — Continuei de costas, querendo ao máximo evitar de olhar para ele. Mesmo com a maquiagem, sabia que ainda era possível ver os rastros do choro e da noite mal dormida. Além disso, Styles parecia ter o dom de me ler como se fosse um livro. Era observador e conseguia enxergar tranquilamente tudo que quisesse.
— Fiz ou falei alguma besteira ontem? — Pude ouvir quando ele pegou uma xícara, pronto para servir seu café.
Como uma idiota, me virei, segurando seu braço.
Harry precisava se hidratar, comer alguma coisa antes de beber café ou acabaria passando mal.
Seus olhos ficaram levemente arregalados, já que eu pouco interferia em qualquer coisa que ele fizesse. Assim como ele comigo.
— Tome a sopa de algas primeiro. — Sugiro, soltando o seu braço e voltando a encarar a janela.
— Tem certeza de que nada aconteceu ontem? — Ele questiona, passando por trás do meu corpo para se servir da sopa no fogão ao meu lado.
— Uhum.
— Hm, isso está uma delícia. — Ele fala, mesmo acabado da ressaca, com animação.
Não digo nada. Bebo mais um gole do meu café e jogo o restante na pia, deixando a xícara por ali para lavar depois.
Ouço quando Harry solta um longo suspiro. Encostado na mesa, ele toma a sopa com calma, me olhando por cima da tigela.
— Está com muita dor? — Não consigo segurar em perguntar, preocupada com ele.
— Um pouco. — Faz uma careta.
— Tem remédio para dor de cabeça no armário do banheiro. — Tento sorrir.
A conversa me faz sentir ainda pior. Mas, pelo menos, ele não se lembra de ontem.
Decido sair da cozinha, mas antes que eu faça isso, sua mão grande segura o meu pulso, me mantendo no cômodo.
— Eu fiz algo que magoou você, não foi? — Seus olhos castanhos me encaravam cheios de culpa, mesmo que sequer soubesse o motivo. — Pode me dizer. — Incentiva.
— Não é nada, Harry. — Garanto, forçando um sorriso.
O inglês não parece acreditar nas minhas palavras, mas não sobram alternativas além de soltar o meu braço e me deixar sair da cozinha.
Pelo resto da manhã, me mantenho dentro do meu quarto. Deito na cama novamente e finalmente o cansaço me vence.
Acabo caindo em um sono pesado, tão cansada que sequer sonho.
Acordo com uma mão grande balançando de leve o meu ombro.
— S\N. — A voz de Harry soa baixinha. Abro meus olhos, resmungando por ser acordada. Ele me dá um sorriso de lado. — Venha almoçar.
Arregalo os olhos.
Harry cozinhou?
Olho para o relógio do meu celular, sem conseguir entender como uma soneca acabou durando quase 5 horas.
— Você não deveria estar no escritório? — Pergunto ainda um pouco perdida.
— Decidi tirar folga hoje. — Ele sorri mais uma vez, se levantando.
Coloco a mão sobre a boca, tentando segurar a risada.
Como Harry estava abaixado ao lado da cama, não consegui prestar atenção em sua roupa. Mas agora, é quase impossível não rir ao ver o homem de quase 1,80 usando meu avental de cozinha. Decorado com coraçõezinhos e adornado por um babado embaixo.
— Não ria. — Ele coloca a mão sobre o peito, como se estivesse mortalmente ofendido. O que, obviamente, me faz rir alto. — Vem. — Estende a mão, praticamente me arrastando para fora da cama.
Suas mãos vão para os meus ombros, me empurrando para fora do quarto.
Ainda estou sonolenta, mas meu estômago revira de fome e minha boca saliva assim que chegamos no andar de baixo e o cheiro da comida perfuma o lugar inteiro.
— Você fez tudo isso? — Falo surpresa com a quantidade de pratos disposta na mesa.
— Duvidando dos meus dotes culinários, senhora Styles? — Ele pergunta erguendo uma sobrancelha, puxando uma cadeira e me fazendo sentar.
Senhora Styles.
Não é a primeira vez que ele me chama assim, sempre com a entonação de brincadeira.
— Estou faminta. — Mudo de assunto.
Harry senta à minha frente, sem tirar o avental. Olho para todos aqueles pratos, tentando decidir o que comer primeiro.
Na verdade, eu estava apenas provocando ele. Sabia muito bem do talento de Harry na cozinha.
Porém, com a rotina cansativa no escritório, eu acabei ficando com a responsabilidade da comida e da arrumação da casa.
Não era algo que me incomodava, mais de uma vez o inglês ofereceu contratar alguém para me ajudar.
Mas eu gostava de manter as coisas do meu jeito.
— Estou pensando em voltar para a faculdade. — Falo de repente. Harry ergue os olhos, a boca tão cheia de comida que suas bochechas ficam infladas.
— Sério? — Pergunta colocando a mão na frente da boca.
— Acha uma ideia ruim? — Pergunto.
Eu precisei trancar a faculdade de design por conta do casamento. Mais uma das exigências do meu pai.
— De forma alguma. — Ele nega com a cabeça. — Eu acho ótimo, S/N. — Sorri. — Está gostando da comida?
— Está tudo uma delícia. — Falo com sinceridade. — Por quê decidiu cozinhar tanto?
— Queria me desculpar com você… — Meu corpo trava. — Ontem acabei me esquecendo do seu aniversário. — Harry suspira. — Me desculpe por isso, S/N.
— Está tudo bem. — Eu afirmo, mesmo que não seja 100% verdade.
Nos dias em que se seguiram, eu me concentrei em voltar para a faculdade. Consegui destravar minha matrícula e voltei às aulas.
A primeira semana passou voando e por dias inteiros quase não vi o meu marido.
O que era bom.
Esse era o primeiro passo para esquecer esse amor unilateral.
Eu precisava me dedicar a esquecê-lo, e enfiar a cabeça nos livros, correr atrás de prazos de trabalhos e provas seria o ideal para tirá-lo da minha cabeça e do meu coração.
Preciso me convencer de que a amizade que temos é tudo que Harry pode me oferecer.
Mesmo que eu me lembre de seus lábios contra os meus cada vez que feche os olhos.
Harry
Solto um suspiro baixo, sentindo meus olhos arderem depois de revisar mais de cinquenta relatórios. Encaro a foto de Helena sobre a minha mesa, sentindo o mesmo sentimento de melancolia de sempre.
Era difícil saber que voltaria para casa agora e não seria recebido por seu sorriso ou suas piadas ruins.
Por mais que morar com S/N não fosse necessariamente ruim, ela não era Helena.
A minha Helena.
— Já vai? — Brad pergunta quando eu saio da minha sala.
Além de amigo de longa data, ele é meu secretário.
Está comigo há anos e é um dos poucos em quem confio plenamente.
— Sim. — Resmungo. — Você pode ir também.
— Pensou sobre o que conversamos? — Ele diz quando entramos no elevador.
— Eu não preciso de terapia, Brad. — Reclamo, revirando os olhos. Há dias ele vem falando nesse mesmo assunto.
— É óbvio que precisa, Harry. Você precisa superar.
— Isso não vai acontecer nunca. — Bufo. — Helena é a minha esposa!
— Era. — Brad segura o meu braço, me fazendo olhar para o seu rosto calmo. — Me desculpe, irmão. Mas, pessoas morrem o tempo inteiro.
— Não diga isso. — Eu viro o rosto, evitando encará-lo.
— É a verdade. E você está perdendo uma oportunidade incrível, sabe disso, não sabe?
A tal oportunidade incrível é o fato de eu ser casado com S/N.
Desde que confessei a ele que tive um sonho estranho onde beijava a minha esposa, o mais novo insiste que eu estou me apaixonando por ela.
O que não é verdade.
Eu estava bêbado, S/N cuidou de mim e o sonho se misturou com a realidade.
Apenas isso.
Me despeço do mais novo, entrando no meu carro.
Dirijo com calma pelas ruas de Seul, soltando alguns suspiros.
Eu não queria dar o braço a torcer e recorrer à terapia para conseguir viver a minha vida. Mas, Brad estava certo em alguns pontos.
Eu não aproveitava mais nada. Tudo de bom que me aconteceu nos últimos anos, cada conquista. Simplesmente não consegui me sentir feliz por isso.
Me sentia, de certa forma, culpado por seguir vivendo quando Helena não estava mais aqui.
E por mais que eu soubesse que essa não era a vida que ela queria para mim, perder o amor da minha vida matou algo no meu coração.
Quando Helena se foi, ela levou uma grande parte do homem que um dia eu fui.
Estaciono na garagem espaçosa.
Assim que coloco os pés em casa, me livro da gravata irritante.
— S\N? — Chamo baixinho ao ver a garota na sala, sem querer assustá-la.
Mas, ela sequer se mexeu.
Me aproximei com cautela.
S\N estava com os braços sobre a mesinha de centro, o rosto apoiado em um deles e os olhos fechados em um sono profundo. Seus livros e cadernos estavam espalhados por todo o lado e ela parecia realmente cansada.
Quase não a vi desde que voltou a vida acadêmica. Os nossos horários não batiam, e para falar a verdade, eu não me esforçava para encontrá-la.
Mesmo que não quisesse admitir, desde aquele maldito sonho, eu venho me perguntando como seria beijá-la de verdade.
Me pego admirando seus traços.
Mesmo adormecida naquela posição desconfortável, com os lábios levemente entreabertos, e olheiras fundas, ela é bonita.
Nunca neguei a beleza de S\N. Precisaria ser cego para tal ato.
— S\N? — Chamo baixo. Ela franze as sobrancelhas, mas segue dormindo.
Deve realmente estar exausta.
Com cuidado, pego seu corpo no colo.
A garota deita a cabeça em meu ombro, respira pesado e abre um sorriso quase mínimo. Carrego minha esposa até seu quarto, a coloco de forma confortável na cama e pego uma das cobertas dobradas no armário para cobrí-la.
A olho mais um momento antes de sair, fechando a porta atrás de mim.
Deixo seus livros e cadernos exatamente onde estão, temendo guardá-los em algum lugar errado e estragando sua linha de raciocínio durante os estudos.
Vou para a cozinha, sentindo meu estômago reclamar.
Grudado no microondas há um bilhete, um post-it igual aos que estavam grudados nos livros de S\N.
“Seu jantar está pronto! Aqueça por dois minutos e depois descanse! Está trabalhando demais ;)”
Eu sorrio, guardando o papelzinho em meu bolso e apertando os botões de tempo do eletrodoméstico.
Mesmo com a rotina cansativa de estudos, S\N ainda se preocupava com a minha alimentação.
O que me deixa ainda mais culpado.
Ela merece mais do que um casamento por conveniência.
É uma mulher incrível e uma ótima amiga.
Merece alguém que a ame e cuide dela.
Eu não sou esse homem. E saber que ela estará presa a mim pelos próximos três anos de contrato me deixa cada vez mais culpado.
Depois de comer a comida deliciosa, tomo um banho e vou para meu quarto.
Desejando sonhar com minha Helena antes de dormir.
Fazia muito tempo que ela já não povoava mais os meus pensamentos.
Acordo ao ouvir barulho vindo da cozinha.
Saio da cama, desço as escadas e sinto meu corpo travar ao ver S\N. Ela está de costas, colocando água no filtro de café. Veste apenas uma camisa grande como pijama, seus cabelos presos em um coque desajeitado.
Eu já a vi assim antes.
Mas nunca teve tanto efeito em mim.
Ela parece notar minha presença, vira o rosto e me oferece um sorriso.
— Bom dia, H.
Eu respiro fundo, sem conseguir entender o que está acontecendo comigo.
Minha pele inteira está arrepiada, um calor insuportável me deixa inquieto.
Em passos largos atravesso a cozinha, sem conseguir mais segurar essa vontade.
Seguro sua cintura com as minhas mãos. S\N arregala os olhos, mas não me afasta.
Encaro seus lábios avermelhados, sentindo a minha própria boca formigar.
Curvo o pescoço, fecho os olhos e solto um suspiro quando sinto o contato de seus lábios nos meus.
S\N solta um gemido baixo, suas mãos tocam o meu peito e eu aprofundo ainda mais o contato.
Passo um dos braços por baixo do seu corpo, erguendo-a e colocando-a sobre a bancada.
Desço minha boca, marcando sua pele cheirosa.
Ela geme baixinho, joga a cabeça para trás.
Enlouquecido.
É assim que eu me sinto.
Completamente entorpecido por essa mulher.
Infiltro as mãos por baixo da camisa enorme, apertando suas coxas entre os meus dedos.
Meu corpo inteiro pede por ela, implora por ela.
— H… — Ela geme, e me enlouquece ainda mais.
— Eu quero tanto você. — Sussurro aquela verdade. S\N sorri para mim, com os lábios inchados pelos nossos beijos.
— Eu sou sua. — Ela sussurra.
Sua mão acaricia meu pau por cima da calça de moletom, me fazendo gemer.
Porra, eu preciso dessa mulher. Agora.
Puxo minha camiseta para fora, e como se estivesse tão ansiosa por esse momento como eu, S\N empurra minha calça para baixo, junto da cueca.
Eu suspiro, hipnotizado quando ela puxa a barra da própria camiseta para fora.
Enrolo o braço em sua cintura, puxado-a mais para a beirada da bancada. Ataco sua boca gostosa, arrasto a calcinha fina para o lado e encaixo meu pau em sua entrada quente e úmida.
Ela solta um gemido alto contra meus lábios quando embalo o corpo para a frente.
A sensação é indescritível.
Eu gemo, aperto sua pele em minhas mãos e começo a me mover cada vez mais rápido.
S\N geme o meu nome, joga a cabeça para trás e segura meus ombros.
Subo uma das mãos, apertado um dos seus seios.
Ela geme mais, aperta as pernas em volta da minha cintura e eu tenho certeza de que estou perto de gozar.
Sua boceta quente me aperta, e eu meto com ainda mais força.
O barulho do choque dos nossos corpos preenche a cozinha.
Minha pele se arrepia, a sensação do orgasmo próximo me enlouquece e eu grudo sua boca na minha mais uma vez.
Perto. Muito perto.
Me sento na cama.
Assustado.
Respirando de forma desregulada.
Totalmente suado.
Olho ao redor do meu quarto vazio, tentando entender o que está acontecendo.
Ergo a coberta, encarando a minha cueca completamente suja e o meu pau ainda endurecido como pedra.
Não. Não. Não. Não.
Isso não pode estar acontecendo.
Eu tive a porra de um sonho erótico com S\N?
Ainda assustado e me sentindo um completo maníaco, saio da cama.
Entro embaixo do chuveiro gelado, fechando meus olhos com forço e fazendo o meu melhor para esquecer esse maldito sonho.
Já estou atrasado para chegar no escritório quando finalmente a água fria consegue acabar com a minha ereção.
Me visto com um terno e desço as escadas. Decido pegar uma fruta para comer no caminho e meu corpo trava na porta da cozinha.
S\N está na frente da bancada, fazendo café. Vestida exatamente como o meu sonho.
— Bom dia, H. — Sorri.
Meu coração dá um salto.
E a minha calça fica mais apertada de repente.
Eu me viro, praticamente fugindo daquela casa.
— Bom dia, H. — Brad fala assim que eu saio do elevador. — Bom dia. — Falo rápido, passando pela sua mesa como um foguete e entrando na minha sala.
Me sinto um adolescente na puberdade, não um homem de 30 anos de idade.
Sento na minha mesa, esfrego as mãos no rosto e tento afastar aqueles pensamentos de mim.
Duas batidas na porta me fazem suspirar e eu mando que Brad entre.
— Tudo bem? — Ele pergunta com uma sobrancelha erguida. Eu assinto com a cabeça, sem encará-lo, até ouvir a risadinha que o mais novo soltou. — Sonhou com ela de novo, não foi? — Debocha.
— Brad…
— Qual é, H. Não tem nada de errado em desejar a sua esposa. — Ele senta na cadeira do outro lado da mesa, cruzando as pernas.
— Eu não desejo ela! — Minto. — Helena é a minha esposa. A única mulher que eu vou desejar nessa vida.
— Você é um cabeça dura. — Ele suspira. — Já pensou sobre a terapia?
— De novo isso?
— Sim, de novo. Eu estou preocupado com você, Harry.
— Está tudo bem comigo. — Argumento.
— Não, não está. — Ele nega com a cabeça. — Por favor, pelo menos tente. Se não gostar da experiência, não vou mais insistir.
— Me dá a sua palavra?
— Sabe que sim.
— Marque a maldita sessão. — Resmungo.
Brad abre um sorriso grande e sai da minha sala.
Durante o resto do dia me pego perdido em pensamentos, sem conseguir me concentrar em mais nada.
Minha mente fica passando e repassando as cenas em meu sonhos.
Eu me sinto um lixo.
S\N nunca me deu entrada alguma. Ter esse tipo de sonho com ela é algo nojento. E eu me sinto sujo.
Além de me sentir a porra de um traidor, desejando outra mulher que não a minha Helena.
Passo a fugir ainda mais de S\N.
Saindo mais cedo e voltando ainda mais tarde.
Sem encontrá-la por alguns dias.
Nosso contato é basicamente algumas mensagens e nada mais.
O que em nada acalma a porra da confusão que se forma em mim.
Além de seguir tendo sonhos cada vez mais sujos com ela, eu me pego sentindo sua falta.
Sentindo falta dos nossos cafés da manhã tranquilos, dos jantares divertidos e principalmente da companhia dela.
Dois meses depois…
— Como está hoje, Harry? — Kwan, meu terapeuta, pergunta.
Eu acabei gostando da experiência depois da primeira sessão. Ter alguém, que não me julgava, para desabafar era bom.
Por quase várias horas contei a ele toda a minha história. Como minha infância foi solitária e meus pais trabalhavam demais para prestar atenção em mim e no meu irmão mais velho. Como a adolescência foi ainda pior e eu não passava de um garoto confuso e carente de atenção. Como eu conheci, me apaixonei e perdi Helena.
E então, como S\N entrou na minha vida.
Nos primeiros dias, me senti receoso de contar a ele sobre o contrato. Não era exatamente uma coisa legal.
Mas, depois de algumas sessões, me senti mais confortável para dizer.
Para a minha surpresa, essa prática ainda era comum entre as famílias ricas da Coreia. Algo horrível, na minha opinião.
Com certeza, não eram todos que tinham a sorte de encontrar alguém tão incrível e compreensiva quanto a minha esposa.
Contei também sobre os sonhos.
Kwan, dividia a mesma opinião de Brad. Acreditava que eu estava me apaixonando por S\N.
Mas, eu segui negando.
— Estou bem. — Respondo abrindo um sorriso.
— E então, algum avanço essa semana? — Ele pergunta, cruzando as pernas e ajeitando a posição em sua poltrona.
— O mesmo de sempre. — Dou de ombros.
Kwan se refere ao fato de eu continuar fugindo de S\N dentro da nossa casa.
Por mais que agora eu a veja mais do que no inicio da minha fuga idiota, ainda faço o meu melhor para não acabar trombando com a garota pelas manhãs, quando ela está com pijamas curtos. Ou à noite, quando está linda.
Minha fuga não é tão difícil, já que S\N está se dedicando à faculdade, quase não tendo tempo algum.
Nos últimos dois meses, jantamos juntos apenas duas vezes, ambas em restaurantes, com os meus pais.
Fora isso, combinamos quem faria o jantar e deixaria o suficiente para o outro.
— Ainda sente que está traindo Helena? — Kwan pergunta. Ele fez esse mesmo questionamento há algumas semanas, e a resposta foi positiva.
— Não. — O terapeuta sorri.
— Como chegou a esta conclusão?
— Eu fui ao cemitério. Conversei com Helena. — Cocei meu queixo. — Foi uma conversa difícil.
Deixei as flores no pequeno vaso de plantas, juntei as mãos e fechei os olhos. Fiz uma prece breve antes de suspirar e finalmente encarar a foto de Helena na lápide.
Não tive coragem de voltar aqui desde o dia em que minha Helena começou seu descanso.
Na foto ela sorri, radiante. Antes do câncer que a deixou tão debilitada.
— Faz muito tempo, não é? — Sussurro. Eu suspiro, sabendo que não haverá uma resposta, mas, esperando que de alguma forma, ela me ouça de onde esteja. — Desculpe demorar tanto, meu amor. Eu realmente fiquei perdido sem você, sabia? — Fungo. O meu rosto já está banhado por lágrimas, meu peito pesado pela quantidade de coisas não ditas todos esses anos. — Eu sinto tanto a sua falta, minha Helena. — Tombo a cabeça para a frente, tocando sua foto com a minha testa e liberando todo aquele choro dolorido que guardei. — Eu me casei de novo, sabia? — Soluço. — Era para ser só um contrato. Mas… — Engulo meu choro, encarando o teto. — Mas ela é tão incrível. Você teria adorado a S\N. — Sorrio triste. — Ela é inteligente, é gentil, tem o maior coração que eu já vi. Ela não se importa com o meu coração machucado, me dá espaço para me curar… — Seco o meu rosto. — E eu tentei tanto evitar isso… queria tanto evitar me apaixonar por ela… mas eu não consegui, amor. — Choro. — Eu não consegui.
Fecho os meus olhos, meu choro é alto, sacode o meu corpo inteiro.
Ao mesmo tempo, é libertador.
— Eu sei que você não gostaria de me ver triste… foi o que você disse antes de partir, não foi? Que seria o meu anjo. — Seco um pouco meu rosto com a manga da camisa. — Eu nem sei se ela sente algo por mim. — Rio sem muito humor. — Eu tenho agido como um idiota com ela. Quando nos conhecemos, foi você quem me conquistou. Dessa vez, vou tentar ganhar o coração dela. Me ajude, sim? — Fungo. — Me ajude a ser feliz, por favor. — Respiro fundo. — Sempre vou amar você, Helena. Mas, acho que o meu coração pertence à S\N agora.
— Isso é ótimo, Harry. — Kwan fala, enquanto me oferece uma caixa de lenços, que eu aceito. — Então, acha que está apaixonado por S\N?
— Acho que sim. — Admito em voz alta pela primeira vez.
— E qual o seu próximo passo?
— Conquistá-la. — Afirmo.
Caminho em círculos pela sala de estar.
Cheguei antes do horário antes, preparei um jantar gostoso e esperava poder jantar com S\N.
Mas, já eram quase duas da manhã e nada da minha esposa chegar.
Já havia ligado, mandado dezenas de mensagens. Nada. Nem uma resposta.
Será que ela está com alguém?
Quando tivemos a primeira conversa do contrato, eu não me opus que ela tivesse relacionamentos amorosos, desde que discretos.
Fake chat
E agora, estava me remoendo com as minhas próprias palavras.
O som da fechadura chama a minha atenção e eu dou passos largos até a porta.
S\N está com um braço apoiado nos ombros de um cara que eu nunca vi.
— O que aconteceu? — Pergunto preocupado, me aproximado para tirá-la dos braços dele.
— Nós saímos para beber, comemorar o final das provas. Mas, S\N acabou exagerando. — O homem diz, de forma culpada.
— Certo, obrigado por trazê-la. Eu posso cuidar disso agora.
Não quero ser ignorante com o garoto. Mas ainda me sinto incomodado em saber que S\N esteve perto dele estando tão alterada.
O desconhecido faz uma reverência, saindo pelo corredor e eu fecho a porta.
S\N abre os olhos de leve, suas bochechas estão muito vermelhas. Um sorriso preguiçoso se forma em sua boca.
— Oi, H. Você está em casa. — Fala toda embolada, segurando o meu rosto dos dois lados.
— Por quê bebeu tanto? — Reclamo, me abaixando para passar um braço por baixo de seus joelhos, pegando-a no colo.
— Estava comemorando. — Ela passa os braços em meus ombros e começa a balançar os pés enquanto eu a carrego até seu quarto. — Por quê chegou cedo? — Largo seu corpo sobre a cama e ela tomba a cabeça para o lado, me encarando com os olhos pesados.
— Queria jantar com você. — Bufo.
— Jantar comigo? — Ela ergue as sobrancelhas. — Você não janta em casa há uns dois meses. — Ela diz, fazendo um beicinho triste.
Eu quero rir.
Nunca havia visto S\N tão bêbada. E por mais que estivesse bravo pelo perigo que ela correu, precisava admitir que estava uma gracinha.
— Eu sei. — Suspiro e me ajoelho à sua frente, começando a desamarrar o cadarço dos seus tênis. — Você me desculpa?
— Eu sempre desculpo você. — Ela revira os olhos, me deixando levemente confuso. Tiro seus tênis e as meias, colocando no chão ao lado da cama.
— Acha que consegue tomar um banho?
— Não quero tomar banho, quero dormir. — Reclama, parecendo uma criança birrenta.
— Vamos pelo menos tirar a maquiagem, hum? — Ofereço e ela afirma com a cabeça. Pego em sua mesa um pacote de lencinhos umedecidos e me sento ao seu lado na cama.
S\N fecha os olhos quando eu começo a passar o lenço com a maior delicadeza em sua pele.
Meu coração acelera quando passo sobre seus lábios, sentindo minha boca secar por um momento.
Ela abre os olhos lentamente, encara o meu rosto e suspira.
— Haz?
— Sim?
Os olhinhos pequenos pela bebedeira fitam o meu rosto com atenção, ela solta um suspiro longo e um beicinho se forma em sua boca quando lágrimas grossas começam a se formar. Exatamente como uma criança pequena.
Mas S/N não é uma criança.
E eu definitivamente não sei lidar com uma mulher bêbada e chorona.
— Ei, o que aconteceu? — Pergunto, usando meus polegares para afastar as lágrimas quentes que começam a escorrer.
— Você pode — Soluça. — Me devolver?
— Devolver o quê? — Digo ainda mais confuso. Não me lembro de ter pego nada que seja de S/N.
— Ou pelo menos cuidar. — Ela continua, ignorando totalmente a minha confusão. — Eu sei que você não quer, então… — Ela suspira e olha para cima, tentando evitar o choro. — Então, devolve. — Me olha séria.
— Eu não sei do que está falando, S/N. — Falo baixo, afastando mais lágrimas, o que só dá mais espaço para as novas que deslizam em sua pele.
— Do meu coração. — Ela soluça. Eu arregalo os olhos. — Eu não quero mais amar você, Harry. Por favor, me devolve ele. — Ela joga a cabeça para a frente, seus ombros balançam com o choro e eu me desespero.
— S/N… — Eu chamo, mas seu choro se torna mais alto. Mais sentido.
Eu não vejo seu rosto, mas posso ver as lágrimas pingando em seu colo.
O meu coração dói.
Engulo o nó que se formou em minha garganta e ergo seu rosto pelo queixo.
— Você me ama? — Sussurro. Ela balança a cabeça positivamente. — Por quê não me disse antes? — Com dois dedos afasto os fios insistentes do seu cabelo para trás da orelha, depois tento, mais uma vez, afastar as suas lágrimas.
— Porque eu sei que você não me ama, Harry. — Lamenta. O meu coração aperta no peito e eu abro a boca para falar, mas uma das mãos pequenas me pega de surpresa, esmagando os meus lábios. — Você não sabe quantas vezes eu já quis ser a sua S/N. — Eu pisco algumas vezes. As duas palavras me atingem como socos. — Helena foi tão sortuda em ser sua. — Ela sussurra.
Com cuidado, eu seguro a mão que está sobre a minha boca, tirando-a. S/N baixa a cabeça mais uma vez, mas eu não permito.
Me aproximo mais na cama, me sentindo o ser mais desprezível que existe.
Esse tempo todo, enquanto eu fugia dos meus próprios sentimentos. Não pensei nos dela. Não pensei que poderia estar machucando o seu coração.
Seguro uma das suas bochechas, fazendo com que ela me olhe.
Nossos olhos se encontram e o meu coração acelera em uma velocidade preocupante.
Ela está bêbada.
Está sensível.
E eu sou um idiota por pensar em beijá-la nessa situação.
Como um ímã, eu me aproximo, fecho os olhos e toco meu nariz com o seu. Espero que ela me empurre, me xingue. Mas isso não acontece.
S/N ergue o queixo, deixando um selar leve e salgado pelas lágrimas. E então se afasta, colocando os dedos na minha boca mais uma vez.
— S/N. — Ela diz, e eu ergo uma sobrancelha. — Não me chame pelo nome dela mais uma vez, Harry.
Eu engasgo.
S/N abre um sorriso triste e puxa as pernas para cima da cama, se deita de costas para mim.
— Pode sair do meu quarto, por favor? — Murmura baixinho.
— Nós precisamos conversar. — É tudo que eu consigo dizer.
— Não agora.
Eu respeito a decisão dela.
Além de estar atordoado demais para lidar com os meus próprios sentimentos.
A minha boca arde pelo contato mínimo, meu coração segue batendo forte e eu sinto meu corpo pesado.
Ignoro todo o jantar que preparei e vou diretamente para o meu quarto, me deitando na cama e encarando o teto branco.
S/N me ajuda a chegar até a cama. Minha visão está turva por toda a bebida.
Eu inalo o cheiro do cabelo dela e fecho os olhos.
É gostoso.
Ela me ajuda com a gravata e com o paletó.
Suas bochechas estão vermelhas pelo esforço, e provavelmente pela irritação. Mas, mesmo assim, me trata com carinho.
Ela é uma gracinha.
— Feliz aniversário, querida. — Eu digo, olhando para os olhos tão bonitos da minha esposa.
— Obrigado, H. — S/N sorri.
Eu gosto do sorriso dela. Gosto muito.
Puxo sua nuca, fazendo algo que apenas a bebida me dá coragem o suficiente de fazer. E beijo ela.
S/N parece surpresa, mas retribui.
Seu gosto é doce, o beijo é calmo e delicioso. E eu me perco nessa sensação.
Nos separamos com sorrisos.
Meu coração acelera, o álcool corre ainda mais solto, faz ainda mais efeito.
As borboletas que eu pensei que nunca mais apareceriam, voam pela minha barriga.
A sensação de estar apaixonado.
Que eu achei que nunca mais sentiria.
Uma pontinha de culpa me atinge. Eu não deveria fazer isso. Eu sou casado. Eu amo a…
— Minha Helena.
O sorriso de S/N se fecha. Mas antes que eu possa dizer qualquer coisa, o sono me atinge e eu caio na cama.
Sonhando com ela.
Com a minha S/N.
Abro meus olhos, sentindo meu corpo inteiro suado e meu coração batendo em uma velocidade descomunal.
Não foi um sonho.
Meu beijo com S\N foi real. E eu fiz a maior das besteiras, chamando-a pelo nome de outra mulher.
Olha para o relógio na mesa de cabeceira, quase nove da manhã.
Será que ela já levantou?
Saio do quarto, notando que a porta do quarto de S\N está entreaberta. Bato, mas não obtenho resposta. Empurro a porta de leve, ouvindo o barulho de seu chuveiro.
Decido fazer o café da manhã.
Precisamos urgentemente conversar, colocar todas as cartas na mesa pela primeira vez esses dois anos de casamento. Mas eu sei que, se ela lembrar o que aconteceu na noite passada, não vai querer dizer nada. Além disso, ela precisa se alimentar e hidratar depois de beber tanto.
Assim como ela fez comigo, preparo uma sopa de algas. Faço também um chá, um café e deixo sobre a mesa um comprimido caso ela esteja com dor de cabeça.
Poucos minutos depois, quando eu já estou terminando a minha xícara de café, S\N aparece na porta da cozinha. Veste um conjunto confortável de moletom lilás e seus cabelos estão úmidos.
— Bom dia. — Eu digo. Ela me olha por menos do que um segundo antes de baixar a cabeça e murmurar uma resposta para o meu cumprimento. — Fiz sopa de algas e chá pra você. — Aviso, já servindo a sopa na tigela. Largo a comida acompanhada de uma colher sobre a mesa.
— Obrigado. — Ela diz baixo.
— Está com dor?
— Só um pouquinho. — Diz, tomando a primeira colher da sopa. Em nenhum momento ela me olha. Seus olhos permanecem baixos, assim como o seu tom de voz. E isso me dá a certeza de que ela lembra sobre tudo na noite passada.
— Precisamos conversar, não acha?
— Não podemos esquecer? — Ela resmunga. — Eu estava bêbada e…
— Você disse que me ama. — Corto sua desculpa, já sentindo meu coração acelerar com a ansiedade. — É verdade?
— Harry… — Ela suspira.
Eu acabo dando ouvidos à minha mente ansiosa. Largo minha xícara de café na pia e caminho até a mesa. Seguro o rosto de S\N, que finalmente me olha. Seus olhos estão arregalados e ela engole em seco.
— É verdade? — Pergunto de novo.
— Harry, por favor. — Lágrimas se juntam nos cantinhos dos seus olhos.
— Me diga. — Eu peço. — Você me ama, S\N?
Ela suspira, passa a pontinha da língua pelos lábios e assente.
Um sorriso involuntário se forma em meus lábios e eu curvo o pescoço, tocando sua boca com a minha.
Ouço seu suspiro surpreso e espero mais um pouco, deixando apenas selinhos leves antes de aprofundar o beijo.
Empurro a língua com calma, sendo recebido de forma tímida. S\N coloca as mãos em meus ombros, mas não me empurra. Seus lábios macios e quentes acariciam os meus com delicadeza.
Passo um dos braços em sua cintura, fazendo com que ela se erga do banco e sente sobre a mesa. Aperto meu corpo contra o seu, e o beijo já não é mais tão calmo e delicado assim.
É mais afoito, mas desesperado. Minhas mãos passeiam por suas costas até chegar em sua nuca.
Separo nossos lábios quando a necessidade de respirar se torna mais forte.
Com a respiração desregulada, abro meus olhos para vê-la.
S\N está tão abalada quanto eu, seus lábios inchados e os olhos cheios de incertezas.
— Me desculpa. — Começo a dizer. — Eu não queria ter machucando você, S\N. — Me mantenho perto dela, ainda abraçando seu corpo e segurando sua nuca. — Eu deveria ter sido mais cauteloso com os seus sentimentos.
— Eu não estou entendendo. — Ela murmura baixinho.
— Eu lembro do nosso beijo no seu aniversário. — Ela arregala os olhos de leve. — Eu achei que tinha sido um sonho. — Suspiro. — Você não falou nada e eu me convenci que não havia acontecido de verdade. Mas só ontem eu percebi que foi verdade e que eu fui um idiota. — Ela me olha com atenção. — Eu não chamei você pelo nome de Helena. Enchi a cara aquela noite por me sentir culpado por não conseguir parar de pensar em você. — Admito.
— O quê?
— Eu me sentia culpado por começar a me apaixonar por você. — Suspiro. — Por isso eu praticamente fugi nessas últimas semanas. Eu queria me convencer de que não estava me apaixonando, mesmo que Brad e o meu terapeuta digam o contrário.
— Terapeuta? — Ergue uma sobrancelha.
— Temos muita coisa para conversar ainda. — Eu rio. — Mas o importante agora é: não vou devolver. — S\N franze as sobrancelhas. — O seu coração é meu, não vou devolver.
As bochechas de S\N ficam vermelhas, ela abaixa a cabeça, escondendo o rosto em meu peito. Não consigo evitar a risada, fazendo um carinho leve em seus cabelos.
— Eu estava bêbada, não pode usar minhas palavras contra mim. — Ela reclama, erguendo o rosto para me olhar, fazendo um beicinho com os lábios. Eu deixo um beijo ali, fazendo-a sorrir. — Está mesmo apaixonado por mim?
— Totalmente. — Admito, apertando ela mais contra mim.
— Acho que ainda estou sonhando. — Ela suspira, passando os braços em minha cintura, me abraçando de volta. Eu curvo o pescoço, mordendo sua bochecha de leve. — Ai!
— Viu? Tá bem acordada, Senhora Styles. — Ela fica ainda mais vermelha, me fazendo rir. — Agora, tome o seu café da manhã. — Beijo sua bochecha.
S\N
— O que acha de irmos embora? — Harry sussurra em meu ouvido. Seu braço está apoiado em minha cintura e já deve ser pelo menos a quinta vez que ele sugere de ir embora desde que chegamos à festa de aniversário de um dos maiores investidores da empresa.
— Querido, chegamos há uma hora. — Relembro.
— Eu sei. — Resmunga, ficando de frente agora, e segurando minha cintura com as duas mãos. — É pedir demais uma noite tranquila ao lado da minha esposa? Sem precisar ficar dando sorrisos falsos para um monte de gente chata?
Harry é um bebê de 1,80. Aprendi isso no decorrer das últimas semanas, desde que o nosso casamento passou a ser verdadeiro.
Bom, em algumas partes.
Decidimos ir com calma, mesmo com o casamento, achamos melhor nos conhecermos e passar por todas as etapas que um casal normal passa.
— Por favor. — Ele pede, fazendo um biquinho enorme com os lábios. Eu rio, deixo um selinho em seus lábios e me rendo, assentindo.
Ele sorri, satisfeito e praticamente me arrasta até onde o aniversariante está, para nos despedirmos.
Assim que chegamos em casa, seus braços rodeiam a minha cintura, seu corpo se encaixa ao meu por trás e ele distribui beijos leves em meu pescoço.
— Cheirosa. — Elogia baixinho em meu ouvido, me arrepiando inteira.
Mesmo com o avanço do nosso relacionamento, Harry e eu nunca passamos dos beijos. Sempre que a coisa esquentava um pouco mais, ele dava para trás.
Eu não o pressionava, mesmo que precisasse tomar uma série de banhos frios e me satisfazer sozinha. Sabia que era um passo muito grande e queria que ele estivesse pronto para ser totalmente meu.
— O que acha de assistirmos um filme, hum? — Sugiro.
— Pode ser. — Ele concorda.
— Vou tomar um banho então. — Me viro, deixando um selinho demorado em seus lábios antes de subir para o corredor de quartos.
Ainda dormíamos separados, mesmo que de vez em quando, acabassemos adormecendo abraçados no sofá da sala.
Tirei a maquiagem e desfiz o penteado simples que havia feito para o evento.
Tentei tirar o vestido, mas não conseguia alcançar direito o zíper. Chamei por Harry, mas ele não respondeu.
Bati na porta do seu quarto, entrando em seguida. Um hábito que nós dois havíamos adquirido com a intimidade crescente.
Porém, me arrependi no segundo em que o meu marido saiu da porta do banheiro, vestido apenas uma toalha enrolada na cintura e com gotas de água do banho recente escorrendo pelo peito largo.
— Desculpa! — Falei virando de costas. Ouvi ele dar uma risadinha.
— Aconteceu alguma coisa?
— Não alcanço o zíper do vestido. — Tento manter minha voz firme, ignorando o calor que começava a sentir. — Você pode me ajudar?
— Claro.
Senti uma das mãos de Harry tocar minhas costas por cima do vestido, e logo o tecido ficou frouxo. Segurei em meu peito, para que ele não caísse completamente e me deixasse praticamente nua, já que estava sem sutiã. Murmurei um “obrigado” apressado e já iria sair do quarto, porém suas duas mãos seguraram minha cintura.
Harry afastou meu cabelo, apoiando todo em um dos ombros e deixou um beijo molhado em minha nuca. Um suspiro escapa dos meus lábios e eu tenho certeza de que ele nota minha pele inteira arrepiar.
— Eu já disse o quanto está linda hoje, querida? — Murmura, com a voz rouca. Fecho os meus olhos, sentindo minha boceta pulsar dentro da calcinha já encharcada.
— Algumas vezes. — Relembro.
— Acho que deveria dizer de novo. — Harry me vira. Ainda segurando o vestido, ergo os olhos até os seus. — Você está realmente linda, S/N. — Sussurra, me puxando para beijar os meus lábios.
Me entrego ao beijo, soltando suspiros baixos. Escuto quando Harry empurra a porta para que ela feche e em seguida começa a caminhar com passos cuidadosos enquanto empurra meu corpo em direção da cama.
Harry separa os nossos lábios, me encarando com os olhos cheios de um desejo velado. Seu peito sobe e desce rápido, e suas mãos encontram as minhas, em um pedido silencioso de permissão. Em resposta, liberto o vestido, que acumula em minha cintura.
Harry respira fundo, seus olhos passeiam pelos meus ombros e colo. Mais uma vez ele me olha.
— Você pode fazer o que quiser. — Sussurro. Ele morde o lábio inferior e assente.
Suas mãos tocam os meus ombros, até que eu chegue ao colchão e me deite. Então, puxa o vestido pelas minhas pernas, jogando-o no chão.
Meu coração bate acelerado. Depois de longos anos amando aquele homem em silêncio, estou apenas de calcinha na sua cama.
Seus dedos gelados começam a subir pelas minhas pernas, como se ele usasse o tato para mapear meu corpo. Vai engatinhando lentamente pela cama, até estar em cima de mim.
Harry me beija, lento e sensual. Sua língua passeia, acaricia a minha e me arranca suspiros longos.
Depois, seus lábios começam a descer. Passam pelo meu maxilar, pescoço e colo, até chegar em meus seios.
— Você é tão linda. — Sussurra. Segurando minha cintura com as mãos e beijando a minha pele. A boca quente suga um dos meus mamilos e eu gemo baixo.
Meu corpo está sensível, e toda a vontade que eu tenho dele se torna ainda mais desesperada.
Harry dá atenção aos meus dois seios com as mãos e a boca antes de voltar a explorar o restante do meu corpo. Seus lábios deixam marcas invisíveis por toda a parte.
Ele beija minha barriga e desce ainda mais. Com os olhos nos meus, puxa com delicadeza a calcinha azul clarinho para fora do meu corpo.
Ouço quando ele murmura um palavrão antes de voltar a beijar minha pele.
Seus lábios passeiam pelas minhas coxas, descendo até a minha intimidade.
Harry me saboreia com calma. Ele lambe e chupa com delicadeza. Ele faz pressão em meu clítóris, depois desce até a minha entrada e eu tenho certeza de que estou pronta para explodir.
Aperto o lençol entre os dedos, chamo o nome dele e me perco nas milhões de sensações.
Harry espera até que o meu corpo pare de tremer para subir seus beijos. Sua boca ataca a minha com vontade. O meu gosto em sua língua me faz revirar os olhos. Seguro seus ombros, tentando manter meu controle.
Mas de nada serve quando ele separa o beijo. Seus olhos estão presos aos meus quando Harry leva a mão até o nó de sua toalha, arrancando-a do próprio corpo de uma vez e jogando para o chão.
Aperto os lábios e sinto minha boceta escorrer ao ter a visão de seu pau pela primeira vez.
Nenhum de nós parece estar disposto a esperar.
Ele se ajeita entre as minhas pernas, lubrificando o próprio membro em mim enquanto se esfrega entre meus lábios inferiores.
Ele se encaixa, encarando os meus olhos.
— Você tem certeza? — Sussurro. Mesmo que eu queira, e muito, quero a certeza de Harry.
Como resposta, o meu marido ergue uma mão, entrelaçando os nossos dedos antes de me preencher.
— Porra… — Ele geme, respirando fora do ritmo.
Ele fica parado dentro de mim por um momento. Os nossos olhos se encontram e de automático, nós dois sorrimos.
Finalmente.
Um do outro.
Harry se move. Saindo e entrando em um ritmo lento e gostoso. Suas mão aperta a minha e ele volta a me beijar.
Meu coração bate forte, o meu corpo inteiro treme e não consigo segurar o impulso de me empurrar mais contra ele.
O ritmo calmo dá lugar á um muito mais necessitado.
Harry solta a minha mão, as duas vão para as minhas coxas, dando sustentação para estocadas mais profundas.
Eu gemo alto, Harry suspira.
Meus seios balançam com os movimentos, sendo capturados pela sua boca em seguida.
O orgasmo começa a se formar em longas ondas de arrepios. O frenesi também parece estar atingindo Harry. Ele aumenta o ritmo, aperta mais o meu corpo contra o seu e cola sua testa na minha. Gemidos grossos fogem dos seus lábios e eu aperto minhas pernas em volta da sua cintura.
Gozo revirando os meus olhos e chamando alto pelo nome dele. Harry abraça o meu corpo, entrando fundo uma última vez e escondendo o rosto em meu pescoço. Posso sentir as contrações de seu membro a medida que seu gozo escorre entre as minhas pernas.
Alguns segundos depois, ele ergue o rosto, sorri cansando e beija os meus lábios antes de sair de mim e deitar ao meu lado.
Encaro o teto, tentando controlar minha respiração e meu coração acelerado.
Harry me puxa, me fazendo deitar em seu braço. Me viro, ficando de frente para ele e acariciando de leve seu peito suado com a ponta dos dedos.
— Eu te amo. — Deixo um beijo em seu peito antes de deitar.
— Eu também te amo. — Ergo o rosto no mesmo segundo. Harry ainda não havia dito aquelas palavras, mesmo que deixasse claro os seus sentimentos por mim com ações. — Eu te amo, minha S\N.
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ㆍㆍㆍ 𝐋𝐄𝐓 𝐌𝐄 𝐈𝐍𝐓𝐑𝐎𝐃𝐔𝐂𝐄 𝐘𝐎𝐔 𝐓𝐎 𝐋𝐀𝐃𝐘 𝐒𝐈𝐆𝐑𝐈𝐃 𝐁𝐑𝐈𝐀𝐑𝐒𝐓𝐇𝐎𝐑𝐍.
Magic is the script written in the language of the extraordinary.
Os passos firmes demonstram que a khajol é uma pessoa inteligente e leal, porém arrogante e egoísta. Foi acolhida por Rá para ser sua âncora no mundo mortal, a ambição guiando a magia que corre no sangue e transforma-se em seus dedos. Aos 27 anos, está no nível diamante, faltando apenas um ano para a sua formatura.
ㆍㆍㆍ 𝐒𝐓𝐀𝐓𝐒:
Orientação: hétero (panicada e curiosa).
Altura: 1,63.
Ocupação: futura imperatriz.
Título: lady, sobrinha de um marquês.
Estética: cabelos soltos, flores coloridas, perfumes raros, seda de cores vibrantes, comidas doces, instrumentos musicais, livros de romance, dias de sol, venenos mortais, maquiagens finas, pérolas, risadas altas, postura confiante.
Personalidade: Sigrid é ambiciosa e expansiva, sua presença sendo facilmente notada nos lugares. Apesar do que diz a etiqueta, é do tipo que não consegue deixar de rir alto ou falar alto quando empolgada, o que também a leva a falar muito. Sempre gostou de histórias de amor, embora ache que isso é para pessoas comuns e ela não é nada comum! Arrogante e ardilosa, acredita que está destinada a se casar com o herdeiro do trono e ser imperatriz. Um tanto medrosa e um muito molenga, busca cuidar de seus oponentes através de venenos, os quais gosta de cultivar e estudar.
Seon: Trevo, um seon tão brilhante quanto o sol. Cuidado ao olhá-lo por muito tempo, risco de prejudicar os olhos!
ㆍㆍㆍ 𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐅𝐈𝐀 𝐂𝐎𝐌𝐏𝐋𝐄𝐓𝐀:
Os gritos do Conde Aruell foram ouvidos por toda a província ao saber da fuga e casamento de sua filha mais jovem com um homem qualquer. Elspeth era decidida e impetuosa e ao se apaixonar, não hesitou em fugir e casar-se escondida, recolhendo-se com seu novo marido em uma grande fazenda próxima as cordilheiras da fronteira. O homem não possuía título ou prestígio, mas era bondoso e caloroso de uma maneira que a jovem lady amava, além de proporcionar à ela uma vida confortável. Viveram momentos felizes de paixão que resultou no nascimento de Sigrid, uma cópia perfeita do pai com os olhos da mãe. A criança, que chegou ao mundo provando a força de seus pulmões e testando o ouvido de seus pais, nada tinha da natureza deles. Enquanto Elspeth e Rickard eram tímidos e introspectivos, simples em sua bolha de amor, era claro para todos ao redor que Sigrid não havia herdado nada da natureza dos pais.
Era gritona e mandona, gostava de fugir para próxima dos montanhas e se esconder em árvores quando contrariada e sempre roubava filhotes de coelhos e pintinhos de suas mães, sendo forçada a devolver no dia seguinte. Os berros da insensatez infantil eram constantes, assim como os pedidos. Quis um pônei, e o pai deu. Quis cem vestidos, e o pai deu. Quis uma coroa de pérolas... e o pai deu. Era a garotinha de Rickard e embora Elspeth tentasse colocar algum limite, Sigrid sempre fugia para cada vez mais longe, recusando-se a voltar a não ser que suas vontades tivessem sido atendidas. Considerava-se a princesa de seu lar, a rainha rural da fazenda estonteante. Quando uma pequena adolescente, a arrogância chegou a níveis alarmantes ao pedir um par de sapatos com pedras preciosas e receber um não como resposta. Sigrid não conseguia entender, porque sabia que seus pais tinham dinheiro, então porque não?! Ela achava que merecia. Tocada pela arrogância, não aceitava não como resposta.
Furiosa, com toda a irritação que uma garota de treze anos conseguia reunir, Sigrid fugiu novamente, dessa vez para mais longe do que jamais fora. Até que se perdeu. Afastou-se demais para distante dos limites da fazenda, exageradamente perto das perigosas fronteiras, que a mãe sempre alertava para nunca se aproximar. E ali estava Sigrid, desafiando a própria sorte, rindo na cara do perigo e... ela não notou quando um homem se aproximou e colocou um saco escuro em sua cabeça. Não viu para onde foi levada e apesar de espernear e gritar, ninguém foi ao seu socorro. Pela primeira vez na vida, seus gritos para nada serviram. Por alguns poucos dias conseguia apenas sentir o aço gelado em seu pescoço, cortes finos pelos braços e pés, a arma que lambia sua pele e provava do seu sangue. Não sabia se queriam dinheiro ou vendê-la para Uthdon. Fome e dor fora o que sentiu nos dois dias de sequestro, os poucos momentos com os olhos livres sendo confrontada por homens imensos e mal encarados com suas espadas e adagadas perfeitamente afiadas.
O silvo de um dragão anunciou sua libertação. No entanto, Sigrid jamais tinha visto um dragão antes. Ou ouvido um. Achou que estava em um pesadelo. Ela não se recorda do que aconteceu exatamente, apenas do caos e da dor, dos gritos e chamas que a abraçaram em um aperto quente e desesperador. Seus captores viraram cinzas e a jovem Sigrid pensou que não iria resistir aos seus ferimentos. Ao retornar para casa, considerou-se arruinada ao ver seus ferimentos. As costas, ombros e parte de um dos braços encontravam-se em carne viva, a visão que a levou a desmaiar várias vezes e não a deixava dormir a noite. Sempre que fechava os olhos, enxergava a espada e o dragão, o sangue e as chamas e era açoitada pela dor e lágrimas. Seu espírito se quebrou pelo medo e em uma tentativa de alegrá-la, sua mãe solicitou a ajuda da própria família. Valeriel, a irmã mais velha e esposa de um marquês ainda sem filhos, estava mais do que disposta a receber Sigrid em sua residência.
Fora uma virada de chave e o início de uma nova vida. Briarsthorn jamais seria a mesma. E jamais retornaria para morar com seus pais.
Valeriel era uma mulher peculiar: poderosa e influente, repleta de confiança e um sorriso felino. Sigrid a adorou desde o primeiro momento: mais importante, era uma khajol poderosa, ansiosa em passar seu conhecimento para alguém e a sobrinha seria a aprendiz perfeita. Havia muito de Valeriel na pequena adolescente. Sigrid nunca tinha ouvido falar muito daquelas coisas, da magia e do poder, porque a mãe sempre parecera receosa em contar, escondendo um mundo de riquezas e possibilidades. Percebeu que poderia ser muito mais do que era. Sigrid queria ser muito mais do que era. Em algum lugar dentro de si, sabia que havia nascido para mais do que a vida na fazenda de escalar em árvores e roubar coelhos. Aprendeu com a tia o segredo das plantas, daquelas que ligavam aos deuses e outras que mandavam ao inferno. Aprendeu sobre a diversidade de divindades, sobre as oferendas a serem feitas aos deuses e homens, a maneira de agradar e conseguir, de manipular e falsear. Enquanto aprendia e encontrava seu lugar na corte, os olhos de Sigrid se voltavam para cada vez mais alto: para a coroa. Para o trono.
Entrar em Hexwood fora a realização de um grande sonho e quando Rá a escolheu, sentiu como se fosse a confirmação de seus pensamentos mais profundos. Seus desejos mais profanos. Tinha nascido para a grandeza, era um fato e havia sido escolhida por um rei dos deuses, por um dos maiores. E estava disposta a pisar em cabeças e fazer de escada qualquer um para alcançar seus objetivos. Jamais havia sido simples e conformada como os pais. Excelente em magia, uma khajol exemplar, o orgulho da tia e a decepção da mãe. Dedicava-se com fervor aos rituais e os cânticos, feliz pelo serviço, sonhando em se tornar imperatriz, uma esposa perfeita e mãe de muitos filhos e filhas. Portanto, sendo o exemplar perfeito das mulheres que moldam o Império, Sigrid odiou quando o soberano decidiu unir as instituições. Uma afronta. Algo tão desprezível que chegava a ser criminoso. Um grande pecado, despejar selvagens brutos dentro das mágicas e abençoadas paredes de Hexwood. O incêndio, dentro da cabeça de Sigrid, era apenas um castigo dos deuses aos hereges infiéis. Eles mereciam, afinal, eles e aquelas bestas horrendas que insistiam em povoar os céus.
Sigrid odiou a escolha do Imperador. Detesta os feericos, tem pavor dos dragões, de suas espadas e evita a presença de qualquer um deles a todo custo. Os dragões são os protagonistas de seus maiores pesadelos e existe o temor de ser queimada novamente por algum deles, a cicatriz parece arder e queimar ainda mais sempre que vê um destes animais. O corpo treme na presença de qualquer coisa afiada e pontiaguda, evocando o trauma do sequestro. Os changelings representam tudo o que Sigrid detesta e ela faz questão de deixar claro seu descontentamento toda vez que avista qualquer um deles.
#* . ⊹ ◞ 𝐬𝐛 : extras ✧ *#chegou a mais querida (só que não 🗣️#bem básico pq sou básica mesmo gente#tô doida pra plotar!!
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oieeee, antes de tudo, eu sei q eu devo estar virando a louca dos pedidos, mas... "mas" nada, tou virando mesmo. Bom, eu queria pedir um em q ela é brasileira e namora com o H, ai, um dia ela chega em casa e encontra ele pesquisando sobre a cultura brasileira e aprendendo um pouco de português p fzr uma surpresa p ela e ela fica toda bobinha 🥺
NotaAutora: Amore, resolvi fazer um CONCEPT com esse pedido, espero que goste 💗
Avisos: Clichês
🌹Masterlist 🌹 ( pedidos abertos)
Harry Concept #25
Depois de um dia cansativo de trabalho, finalmente cheguei em casa, sentindo o peso da rotina nos ombros. Assim que tiro os sapatos na entrada, um alívio imediato, o silêncio da casa era acolhedor, quase reconfortante, mas algo inusitado prendeu minha atenção.
Palavras em português, ditas com um sotaque adoravelmente desajeitado, ecoavam pela sala.
Curiosa, segui o som, meus passos eram quase imperceptíveis não queria ser notada. Quando cheguei à porta da sala, me deparei com uma cena que fez meu coração parar por um segundo.
Harry, meu Harry, estava sentado no sofá, rodeado de papéis e com um caderno repleto de anotações. Na TV, um vídeo do YouTube estava pausado, provavelmente algum tutorial de português. Ele estava tão concentrado que nem percebeu minha presença, e aí que escuto, vindo da boca dele, a frase que faz meu coração derreter: "Casa comigo, S/n?"
Eu me segurei para não rir deu seu sotaque fofo, mas ao mesmo tempo não podia negar que a felicidade me invadiu em saber sobre o pedido.
Quem diria que ele faria algo assim?
Com um sorriso nos lábios, dou alguns passos para dentro da sala, e só então ele percebeu. Os olhos de Harry se arregalaram ele fechou o caderno rápido, como se estivesse escondendo um segredo.
E estava! Ele iria me pediria em casamento! Um pedido em português!
— Você... o que você estava fazendo?— Pergunto, tentando disfarçar o que acabei de ouvir.
— Eu... eu só estava... Eu queria aprender mais sobre a sua cultura, sobre o Brasil... E... aprender português, para poder falar com você na sua língua. — As bochechas dele coram.
Aquele homem, estava ali, sentado no meu sofá, esforçando-se para se conectar comigo de uma forma ainda mais profunda, ele era o namorado perfeito.
Sinto meus olhos marejarem enquanto me aproximo, seguro suas mãos e digo, em português
— Você é incrível, sabia?
— Eu só... quero te fazer feliz. — diz com o sotaque ainda carregado, mal dando para entender.
Abraço-o com força, fechando os olhos, eu não iria contar que eu sabia sobre o que eu ouvi, só iria deixar rolar até ele estar sentindo-se 100% pronto para o grande dia. Tudo ao redor desapareceu e o que resta era a certeza inabalável de que, com ele, encontrei meu lugar no mundo.
Muito obrigado pela leitura! Se você gostou, por favor, considere deixar algum feedback, opinião, sugestão, idea AQUI isso significa muito para mim.💕
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[12:38] - CSC
coups sendo maridinho, não quer guerra com ninguém
meio-dia e trinta e oito
Esse era o horário que marcava no relógio no momento em que Seungcheol estendia a manta sobre a grama fofinha daquele parque.
Vocês dois sempre tinham programas parecidos todos os finais de semana, onde Coups dedicava seu tempo à família.
Como um casal recém casado, fizeram promessas um ao outro na lua de mel, para que o casamento nunca caísse na rotina ou se tornasse um fardo para qualquer um dos dois.
Lista de afazeres de um casal recém casado:
- Sempre dizer "boa noite" um para o outro antes de dormir.
- Todo final de semana, devemos tirar um tempo apenas para a família.
- Sempre responder o "eu te amo" do outro.
E assim seguiam a 5 meses, seguindo, de forma natural, aquela listinha que o próprio Seungcheol havia planejado.
Mas voltando para o período atual.
Você se sentou sobre a manta com a ajuda de Cheol, que já estava sentado sobre a mesma, organizando as diversas comidas que haviam levado naquele dia e que, vendo seu desconforto por estar de vestido, colocou uma outra manta que havia levado consigo sobre seu colo.
"Então, qual assunto você quer falar sobre?" Seungcheol pergunta te entregando uma metade de um sanduíche que vocês haviam preparado em casa.
"Não sei, cheolie. O que você tem em mente?"
"Que tal...sobre o quão linda você está hoje?" Perguntou com um sorriso no rosto, te vendo fechar os olhos e colocar uma das mãos sobre o rosto.
"Cheol..."
"Que foi? Não posso chamar minha esposa, a mulher que eu amo de bonita? Hum?" Perguntou se aproximando ainda mais de você, retirando a mão que cobria seu rosto, fazendo-a olhar para ele. "A mulher mais linda do mundo...eu te amo"
"Eu também te amo"
Sorriu e selou os lábios de Seungcheol. Com ele era sempre assim, desde que eram apenas amigos, você sempre foi regada de elogios e 'eu te amo'. Para Seungcheol, ele era o cara mais sortudo que já pisou na terra.
"Pode terminar de comer seu sanduíche, ainda temos a sobremesa depois disso." Fez um carinho sobre seus fios e se separou do beijo. "Inclusive, você disse que tinha que me contar algo hoje mais cedo. O que é?"
Era agora.
"Então, tem uns dois meses que eu não venho me sentindo muito bem. Eu fui até o médico ver isso e..."
"Você foi ao médico sem mim, amor? E se algo acontecesse?" A preocupação era genuína no olhar de Cheol.
"Mas nada aconteceu, aconteceu?" Viu o homem negar. "Então, eu fiz alguns exames e recebi os resultados ontem. Eles estão aqui," entregou uma caixinha do tamanho de uma caixa de sapatos para ele, que estava com uma cara confusa. "eu só quero que você abra e veja."
Mesmo desconfiado, Seungcheol abriu a caixa e a primeira coisa que viu foi uma carta. Ele olhou para você, que apenas balbuciou um: "pode abrir".
Seungcheol abriu a carta e começou a ler, e a cada parágrafo uma lágrima caía do olho do mesmo.
"Amor, isso é..."
"Termina de abrir a caixa." Você disse rápido, já segurava o choro que estava em sua garganta.
Seungcheol deixou a carta de lado e focou na caixa, retirando o papel que cobria o restante do conteúdo da caixa, dando visão para um par de sapatinhos e roupinha de bebê. Naquele momento, Cheol só sabia chorar. Pegou a roupinha com as mãos trêmulas e aproximou do rosto, sentindo o cheirinho impregnado na peça.
"Parabéns, papai."
"Papai?? Eu vou ser pai, caralho!" Seungcheol era uma mistura de risadas com choro. "Obrigada amor, muito obrigada por realizar meu sonho, obrigada por ser a mulher da minha vida."
......
"Oi papai, tudo bem?
Sou eu, ainda bem pequeninho na barriga da mamãe, mas já posso sentir o imenso amor vindo dessa família maravilhosa. Agora, você tem que aguentar a mamãe, ela escondeu por muito tempo, mas as saídas dela para mercado não foram a toa.
Estou ansioso para conhecer você e a mamãe, e como ela já me disse, meus 12 titios, uau, isso é muito.
Enfim, daqui a pouquinho estarei com vocês para completar a família.
Ah, papai, cuida bem da mamãe.
Assinado, seu bebê."
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Parece que vi uma outsider pela orla da praia! de acordo com as pesquisas, Dolores Alexandra Jones é camareira no Deauville Hotel e tatuadora de 25 anos e os residentes costumam a confundir com maia reficco. tem fama de ser carismática por seu grupo, mas as más línguas dizem que é impulsiva. de qualquer forma, não deixe que descubram que Lola esconde um segredo.
wanted connections . pinterest .
BASIC
nome: Dolores Alexandra Jones
aniversário: 27 de abril
signo: Touro
idade: 25
mapa astral: sol em touro, lua em aries, ascendente em aquário & vênus em aries
gênero: Mulher cis
orientação sexual: Bissexual
ocupação: Camareira no Deauville Hotel e Tatuadora
APARÊNCIA:
cor dos olhos: castanho
cor do cabelo: castanho
altura: 1,60
detalhes: possui piercings nas orelhas e discretas tatuagens espalhadas pelo corpo. também possui diversas cicatrizes espalhadas, especialmente nos joelhos.
BACKSTORY:
Provinda de uma família sem muitos recursos, Melissa Swan cresceu sendo tão maltratada pela vida, que foi impossível não ceder aos encantos de Andrew, um homem tão gentil e amável, propôs casamento seis meses depois que se conheceram. A renda salarial dos dois era relativamente boa. Tudo estava em paz até a noticia da gravidez de Melissa, que desestabilizou todos na casa. E agora, como iam alimentar mais uma boca? Melissa quase enlouqueceu sem puder trabalhar. Nove meses depois, quando viu o rostinho delicado e saudável da filha, sentiu-se completa, como se tudo estivesse perfeito. Contudo, o peso da realidade voltou a cair em seus ombros.
A única coisa que nunca faltou para Dolores foi amor, de resto, ela nunca teve mais que um par de sapato e três mudas de roupa que não fossem usadas. Aprendeu cedo que as pessoas costumam descriminar e maltratar pessoas como ela, mas que jamais deveria abaixar a cabeça para ninguém. Também sempre teve em mente que nada vinha sem esforço e que ela tinha que ser trabalhadora e seguir em frente, mesmo que não estivesse feliz. Essa foi a última lição de moral que ouviu da mãe, antes que a mulher morresse de tétano.
Após a morte da mãe, Lola – como era chamada pelos pais – viu seu mundo desabar. Andrew, desolado, não queria mais trabalhar ou viver. A depressão o atingiu de forma fulminante, sem que a garota de quatorze anos conseguisse impedi-lo de arruinar sua vida. O refúgio do homem era um boteco, onde arranjou dívidas que não podia pagar até entrar numa briga sem motivo e ser assassinado pelo adversário. Agora a garota não tinha em quem se apoiar, seus tios tinham suas próprias famílias e vidas e nenhum tomou a iniciativa de adotá-la até que pudesse se bancar sozinha. Dolores continuou a morar em casa até os poucos suprimentos que tinha ficarem escassos.
Ainda muito jovem, Lola iniciou sua busca por trabalho na ilha, aceitava fazer qualquer coisa, trabalhou na casa das famílias originais, o que só serviu para irrita-la mais ainda com as diferenças que se tornaram ainda mais claras ao seus olhos. Tornando sua vontade de sair daquele lugar cada vez maior, por mais que tivesse seus amigos ao seu lado, ainda sentia uma grande dor, pois cada pedacinho da ilha para onde olhava ainda fazia se lembrar de seus pais.
Já trabalhou com absolutamente tudo, foi garçonete, atendendo do cinema, faxineira do aquário, e qualquer coisa que lhe permitisse ter um pouco de dinheiro pra conseguir conseguir sair de Venetta e fazer uma faculdade em algum lugar distante, uma parte de si sonhava em cursar medicina. O problema era que a personalidade forte, sincera e falante de Lola lhe trazia problemas, então, depois de alguns meses acabava sendo dispensada.
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˗ˏˋ 𝐀𝐔𝐑𝐎𝐑𝐀 𝐃𝐎𝐑𝐍𝐑𝐎𝐒𝐂𝐇𝐄𝐍
𝑠𝑙𝑒𝑒𝑝𝑖𝑛𝑔 ��𝑒𝑎𝑢𝑡𝑦 ! ´ˎ˗
(ℎ𝑎𝑛𝑛��ℎ 𝑑𝑜𝑑𝑑, 28, 𝑒𝑙𝑎/𝑑𝑒𝑙𝑎) Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é 𝐀𝐔𝐑𝐎𝐑𝐀 𝐁𝐑𝐈𝐀𝐑 𝐃𝐎𝐑𝐍𝐑𝐎𝐒𝐂𝐇𝐄𝐍, da história A Bela Adormecida! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a SER ESPOSA TROFÉU… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑜𝑠𝑎 e 𝑠𝑜𝑓𝑖𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎𝑑𝑎, você é 𝑣𝑎𝑖𝑑𝑜𝑠𝑎 e 𝑖𝑛𝑠𝑒𝑔𝑢𝑟𝑎, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: Vendendo Flores na 𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐂𝐔𝐋𝐓𝐔𝐑𝐀 𝐁𝐑𝐈𝐀𝐑.
𝑅𝐸𝑆𝑈𝑀𝑂
aurora personifica a arte da "falsa ingenuidade" com uma maestria que transcende o comum. embora possua uma sagacidade afiada e uma inteligência astuta, ela habilmente assume uma persona de inocência quando julga conveniente. longe de ser uma vilã, sua ambição é conduzida por um desejo ardente de manter o marido ao seu lado e garantir sua posição privilegiada nos contos de fadas intocados por toda aquela bagunça. criada em um ambiente onde era o epicentro do universo, sua vida foi moldada por pais e fadas madrinhas superprotetores devido a maldição que a envolveu. enquanto os rumores sobre sua gravidez pairam no ar, aurora mantém um silêncio eloquente, deixando o mistério alimentar a intriga ao seu redor. com a chegada dos perdidos, sua angústia em perder a popularidade que tão arduamente conquistou se torna palpável. seu desejo é simples: resgatar seu mundo de encantos, lar, e amado esposo, buscando ansiosamente seu conto de fadas intacto e o "felizes para sempre" que tanto almeja. por trás de sua fachada meticulosamente construída, reside uma alma gentil e compassiva, pronta para demonstrar lealdade e sensibilidade às amigas mais próximas.
+ determinada, confiante, sensível, romântica
— mimada, egocêntrica, controladora, invejosa
𝐵𝐼𝑂
não havia criança, jovem ou idoso que não conhecesse sua história. nesse mundo ou em qualquer outro. a lenda da princesa que dormiria por cem anos, aguardando o beijo do verdadeiro amor enquanto todo o reino dormia para aguardá-la. a princesa para sempre bela, para sempre jovem, sempre adormecida. por isso foi uma grande sacanagem quando aquelas pessoas surgiram depois do seu final felizes. todos sabem o que acontece após o felizes para sempre. os mocinhos vivem. felizes. para. sempre. aurora não sabia exatamente em qual parte de “para sempre” o narrador havia se confundido, ao trazer aqueles forasteiros para sua cidade, arruinando suas histórias, acabando com famílias, casamentos, com a felicidade das pessoas! no entanto, não adiantava espernear (e ela havia tentado muito!) aqueles intrusos chegaram e não pareciam ir embora tão cedo, nem eles nem as histórias arruinadas que eles trouxeram na mala.
ela tinha tudo. o palácio rodeados por rosas e peônias cor de rosa e algodão doce, fadas, um mundo que até o ar tinha cheiro de magia, um príncipe bonito que a amaria para sempre a certeza de um final feliz. ela não era como aquelas histórias tristes onde a mocinha precisava se salvar, quão triste e aterrorizante seria aquilo? resolver os próprios problemas! Não, ela havia passado dessa fase, havia merecido o seu destino, haviam lutado e triunfado contra o mal.
Haviam tantas perguntas girando em sua cabeça. Porque essas pessoas apareceram no seu mundo? Porque essa meia-irmã surgira, do nada, noiva do seu marido? Esse sapato combina com esse vestido?
Podia parecer muito drama. Mas tudo o que ela contava havia desaparecido. seu casamento, seu lindo castelo, seu felizes para sempre. ido para os ares. puff. em um piscar de dedos ela havia passado de uma princesa respeitada e adorada para amante do próprio marido. Não só isso, mas o marido agora era noivo de sua meia-irmã, filha de malevóla, como se já fosse ruim o suficiente apenas perder tudo, ela tinha que perder tudo para pessoa que passou toda a sua vida planejando vê-la morta, e agora, ela teria que assistir bem vivinha tudo o que ela se importava ir para os braços de outra pessoa.
E ela não era tão ingênua assim. uma meio-fada, mística, filha da pior vilã de todos os tempos, Phillip podia ser um príncipe, mas era homem, ainda que jurasse de pés juntos de que não a deixaria, Aurora estava nessa sozinha, agora e pelo o que parecia, o resto de suas vidas. Agora ela tinha um emprego, agora ela teria que aprender a se virar sozinha, como uma solteirona e a beira dos trinta, em nome de merlin!
Haviam princesas, de outros estúdios, acostumadas a esse tipo de aventuras, mas não ela. Ela era uma clássica princesa que esperava que todos resolvessem seus problemas, primeiro seus pais, depois as fadas e então phillip, pensando em retrospecto, aurora não havia decidido uma só coisa em toda sua vida e pior: nem havia cogitado que era algo que deveria fazer. Ela sempre esteve confortável na posição de esposa troféu em que o marido iria resolver tudo para ela, esperançosa, ela iria se deitar, dormir e quando acordasse tudo não passaria de um pesadelo horrível. Sim. era isso. quando acordasse tudo voltaria ao normal.
narrador: quando ela acordou as coisas não voltaram ao normal!
𝐶𝑈𝑅𝐼𝑂𝑆𝐼𝐷𝐴𝐷𝐸𝑆
ⅰ 、 aurora possui um medo quase paralisante de adormecer e jamais despertar. essa ansiedade profunda a assombra e parece ter piorado com a chegada dos perdidos, sem seu príncipe o que ela faria? por isso, luta contra o sono, mesmo diante da mais profunda exaustão. como se estivesse presa em um ciclo interminável de vigília, aurora enfrenta uma forma peculiar de insônia que a transporta para uma experiência frequentemente vista por bebês: está cansada, exausta mesmo, mas se recusa a dormir ficando irritadiça e mal humorada pelas manhãs.
ⅱ 、ela não nega e não confirma nenhum boato sobre sua gravidez, porém, ao perceber que seu conto de fadas, seu casamento ou sua vida podem estar em perigo ela não se refrearia de usar isso para manter as atenções em si, além de manter phillip por perto. (bem plot de novela das seis / grávida de taubaté)
ⅲ 、desde que chegou ao reino dos perdidos, merlin encorajou a todos a ter uma ocupação, e aurora abriu uma floricultura adorável em uma viela perto do centro, a floricultura briar é um sucesso e serve para que ela se mantenha ativa, no entanto, ela parece encarar a ocupação como uma distração e torce para que em breve tudo volte a ser como antes.
ⅳ 、como a maioria das princesa, ela também é bastante engajada em causas sociais, e ela parece determinada a cuidar do seu povo contra a invasão dos perdidos, ela pode ser vista em eventos de caridade, angariando fundos para alguma ong, organizando festas com as outras princesas no comitê de festas dentre outras funções principescas que não mais são suas responsabilidade.
ⅴ 、como está a posição dele em relação aos perdidos: chocada, estarrecida, aborrecida, angustiada… quantos sinônimos para completamente devastada podem existir? a princesa estava em cólicas. como aquilo fora acontecer? justo com ela? de novo! ela havia merecido seu final feliz, ela deveria ser feliz para sempre, e quer saber? ela não estava nada feliz agora! parecia uma quebra de contrato, daqueles revoltantes, será que existia algum tipo de procon para os contos de fadas? embora os perdidos tivessem, de fato surgido, aurora parecia acreditar de que eles estavam prestes a invadir a sua casa, levariam sua mobília, arrancaram com os dentes selvagens tudo o que era dela. e phillip… ainda tinha phillip, com aquela outra mulher. sua irmã… ou melhor dizendo meio-irmã. ela oscilava entre absolutamente furiosa com a traição do marido (ainda que hipotética, mas bastante real para ela) e uma carente reafirmação de que ele a amava e não iria deixá-la. ela queria que as coisas voltassem a ser como antes. queria o seu mundo, sua casa, seu marido, seu conto de fadas, seu felizes para sempre. ‹ reação da aurora em um gif ›
ⅵ 、FLORICULTURA BRIAR — virando a primeira direita, depois da avenida principal, você encontrará uma pitoresca viela encantadora, com fachadas ornamentadas e janelas altas que refletem a luz do sol de maneira sublime, e é ali, no número sete, aninhada entre ruas de tijolos que serpenteiam outras lojas como cafés e livrarias que encontramos a floricultura. ao adentrar este pequeno pedacinho perdido de uma floresta encantada, é impossível não sentir o aroma doce e fresco das flores que decoram cada centímetro do espaço. as paredes são adornadas com trepadeiras exuberantes, onde rosas em tons suaves de rosa e vermelho se entrelaçam com campânulas azuis delicadas, margaridas brancas puras e tulipas vibrantes em uma dança de cores e formas. os arbustos são meticulosamente dispostos, criando uma atmosfera de serenidade e beleza natural. as janelas grandes, características de uma arquitetura haussmanniana, permitem que a luz do sol penetre suavemente, iluminando os buquês frescos e arranjos florais exibidos com elegância. cada detalhe, desde os vasos de terracota até os delicados laços de fita que adornam os buquês, reflete o cuidado e a paixão dedicados a cada flor. no interior da loja, prateleiras de madeira exibem uma variedade de plantas em vasos, desde suculentas charmosas até exóticas orquídeas, oferecendo uma ampla gama de opções para os amantes de plantas e jardineiros em busca de algo especial. com seu ambiente acolhedor e aconchegante, a floricultura briar é mais do que apenas uma loja de flores; é um santuário de beleza natural e tranquilidade, onde os clientes podem encontrar inspiração, levar um buquê para a pessoa amada, ou um presente perfeito seja para um pedido de casamento ou um pedido de desculpas, no entanto, não se esqueçam que as flores têm essa mania inconveniente de serem cruelmente belas, mas possuírem espinhos dolorosos.
ⅶ 、inspo: barbie (barbie, 2023), audrey (descendents), olga (chocolate com pimenta), beth rizzo (grease), veruca salt (charlie and the chocolate factory) miriam maisel (the marvelous mrs. maisel)
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Como eles descobriram que gostam de você?
One piece version
Mihawk
Atirei o sapato contra ele com toda a minha força.
Mal vi o sapato de couro quando ele voou pelos ares, rápido como uma estrela cadente, tão rápido que nem mesmo um Shichibukai conseguiu detectar quando ele se aproximou...
E se chocou contra a cabeça de Mihawk
Ele se virou, ergueu uma das mãos até a nuca e arregalou os olhos.
Eu já estava com o outro pé do sapato na mão.
Os lábios do Yonkou se retesaram, exibindo os dentes.
- Eu o desafio. - Temperamento, ele devia estar de mau humor para deixar que o temperamento transparecesse tanto.
⚔️ Acho que foi assim que nosso querido Mihawk descobriu que gostava de você ✨.
⚔️ Foi assim que misteriosamente vários sapatos começaram a aparecer no seu quarto, Zoro e Perona adoravam ver você em momentos aleatórios tacando um sapato gigante na cabeça do Yonkou, e por mais que tudo ele não conseguia se tocar dos sapatos próximos.
⚔️ Acho que ele ia te "desafiar" com uma certa frequência, e você ia perder a paciência em segundos e mais um sapato ia voar pelos ares.
• ━━━━━━❪❆❫━━━━━━ •
Sanji
O vento rugia em volta de mim e Sanji conforme o navio atravessava/ia mais rápido , o céu noturno estava belo.
Estávamos de sentados no meio do convés, olhando aquele belo céu noturno.
Sanji estava sentando observando o céu e fumando, estava sonolento mas mesmo assim queria ficar ali.
Em poucos segundos, foi tão rápido para a mente cansada e ferrada do loiro raciocinar quando dois braços fortes passaram na cintura dele e o puxaram para seu colo sentindo suas costas serem coladas no peitoral de [Nome].
Sanji demorou uns segundos para poder entender o que rolou, até que você apertou seus braços em volta da cintura dele não deixando ele sair.
- Dorme. -
✨ Ali ele surtou internamente, pensou em várias coisas, te xingou por provocar essas reações nele.
✨ Na minha cabeça ele tentaria agir normal, só que não ia dar certo pois nas minhas paranóias o [Nome] de 4 em 4 segundos ia tá abraçando o Sanji por trás quando ele tá lavando os pratos, beijando a nuca dele... O [Nome] já tava apaixonado no loiro, e o querido capitão deixou escapar que o Sanji gostava dele também.
• ━━━━━━❪❆❫━━━━━━ •
Luffy
🍖 Ele é lerdo, só ia se tocar quando você falasse que também gostava dele e DEPOIS DELE PERGUNTAR OQ SIGNIFICA PRA TRIPULAÇÃO.
• ━━━━━━❪❆❫━━━━━━ •
Ace 🔥
[Nome ] - Quer carne? -
O ace tendo o surto interno dele.
- Aceito. -
O Marco preparando o casamento de vcs no convés superior:
#leitor masculino#male reader#fanfic#imagine#dom reader#one piece#sanji x y/n#vinsmoke sanji#portugas d ace#dracule mihawk#monkey d. luffy
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Entrou pela sala e sentou-se na grande poltrona acolchoada, presente de sua esposa. “Era a maior da loja, meu bem, a maior! ”. Afrouxou o nó da gravata com os dedos e suspirou. Pegou a garrafa de whisky – um legítimo escocês 18 anos – e a tornou no copo de vidro cristalino. Deu o primeiro gole, voltou o copo à mesinha e suspirou novamente. Escutou as agulhas finas do salto-alto caminhando pelo corredor até a sala.
“Que bom que você chegou meu bem! Você não sabe da última! ”
“Hum” - Pôs outra dose no copo.
“A Mimi e o Roberto! Eles se separaram!”
“Querida, me vê um gelo por favor. ”
As agulhas longas do salto foram até a cozinha. De lá ela voltou falando enquanto segurava o container com as duas mãos.
“Eu sabia que não ia dar certo aqueles dois! Você lembra do casamento? Eu falei para Mimi que aquele sujeito não tinha bom gosto! Quem avisa amiga é! ”.
“Eu gostei da festa”.
Na verdade, ele detestava festas de casamento. Não conseguia enxergar o sentido daquilo tudo, não entendia as noivas comparando os vestidos, comparando as decorações, comparando os padres.... Acabara habituando-se ao ritual depois de frequentar os casórios de algumas pessoas do seu meio. A parte que ele achava mais irônica era quando os recém-casados saíam da igreja e entravam em algum carro luxuoso que os esperava fora. Nunca entendeu o que igreja e religião têm a ver com limousines.
Ele a conheceu na festa da Milena, amiga dela de infância. Ela havia pegue o bouquet e ele havia esgotado o whisky da mesa, quando então os dois se esbarraram - de costas um para o outro. Logo que ele se virou, viu aquele belo par de olhos azuis permeados por cabelos dourados. Ele agachou para apanhar uma das rosas e passou os olhos por aqueles quadris fartos e bem desenhados pela cintura fina. O mundo girou e ele se esforçou para disfarçar a ebriedade. Ela continuava com o bouquet nas mãos, olhar arregalado, tentando em vão não deixar claro o seu óbvio interesse nele, naquele momento. Conheceram-se melhor. Poucos meses depois, logo assumiram o compromisso. Agora ela estava na sala-de-estar, os mesmos quadris, a mesma cintura, e com o espelhinho de maquiagem nas mãos.
“O que!? Você gostou daquela festa?! Você não lembra daquela decoração cafona? E o padre? O padre me dava sono! ”
“Mas o padre não estava na festa, meu bem. ”
Encheu outro copo e dessa vez pôs duas pedrinhas. Girou o gelo com o dedo. Ela continuava pra lá e pra cá, segurando o espelhinho de maquiagem em frente ao rosto, tintilando o seu salto-alto agulha pelo apartamento. Foi ao banheiro e voltou perfumada. O cheiro tomou a sala. Ele ficou com um gosto adstringente na boca, bebeu outro gole.
“O que você acha meu bem? ” - Ela perguntou pondo as mãos na cintura e ressaltando suas curvas.
“Bom. Gostei da cor”
“Comprei hoje na loja do shopping. Uma pechincha! ”
Ele perdera as contas de quantas vezes já escutara isso. “Uma pechincha” – repetiu ele em voz baixa. Lembrou de todas as pechinchas que havia engolido até ali. A decoração extra na igreja no dia do casamento – uma pechincha. Um pôster gigante com a foto de ambos em cada parede do buffet – uma pechincha. Até que não sobraram mais paredes, então arrumaram uma parede extra para pôr mais fotos – uma pechincha. A banda da festa tinha que ser a que ela queria – uma pechincha a mais. E teve uma pechinchina a mais também por que ela não queria a limousine convencional. A versão luxo acabara de ser importada, e somente a filha do governador, que casara 1 mês antes, a havia usado - uma pechincha. Depois veio o apartamento (“precisamos de um maior, tá uma pechincha!”), carro do ano, jóias...
A pechincha diária vinha em doses menores: geralmente um vestido, uma bolsa, ou um sapato. Quando ele fazia cara feia, ela vinha com um sorriso, afagava, chamegava. Ela tinha seus meios. Se ele resistisse, ela encenava um pequeno drama, sempre dizendo que se fosse fulana, esposa de fulano, ela nem precisaria pedir. E que fulana é feia, mas sabe se vestir, e que ela não poderia desperdiçar a sua nobre beleza usando roupas sem graça que nem as da cicrana. O problema é que para ela todas as roupas perdiam a graça rápido demais. No fundo, ele sabia que era tudo culpa dele.
Pôs mais duas pedras de gelo e encheu o copo até a borda. Continuou girando o gelo com o dedo. Olhou o sol se pondo. Ele teve inveja do sol se pondo. Não sabia entender, muito menos explicar. Ela interrompeu o silêncio com sua voz estridente.
“Estou indo encontrar as meninas. O marido da Renata deu um carrão a ela, e olhe que ele ainda está pagando o ap novo! “
“Hum”
“Sempre achei eles dois uns fofos! ”
“Hum”
Ele continuou hipnotizado pelo sol entrando no mar, cheio de energia, cheio de calor, e que agora parecia arrefecer em águas azuis claras. Contemplou o mar também. Teve inveja das pessoas que andavam tranquilamente pelo calçadão, da simplicidade das 3 cores dos semáforos, das crianças que bebiam água de côco lá embaixo, no singelo quiosque do teto de palha.
Girou mais uma vez as pedras de gelo com o dedo. Formou um pequeno redemoinho. Ela fez o seu ensaio fotográfico de sempre em frente a um dos tantos espelhos da sala e então saiu pela porta, ainda de olho no celular. E depois viriam as fotos no espelho do elevador - ele imaginou. O som das passadas do salto-alto e suas agulhas foi ficando cada vez mais distante, até sumir. As pedras de gelo se chocavam. Ele continuou as girando, absorto, absorvido.
Lembrou de quando tinha 9 anos, da bicicleta que ganhou do seu pai. E que seu pai havia pedido para que ele não saísse da frente da casa. Mas ele pedalava a bicicleta até o final da rua, e depois até o outro quarteirão, depois até o outro bairro, e pedalava e pedalava... lembrou do sorriso simples e pueril das meninas da vizinhança de sua infância, tão suburbana, tão em paz. Lembrou ainda das crianças pedindo uma voltinha na bicicleta nova. Teve que se livrar dela quando os pais saíram da casa e se mudaram para um apartamento. A bicicleta foi para um depósito. Ficou encostada, enferrujada.
Ele reclinou um pouco mais sua poltrona. Tentou relaxar. Apenas tentou, vai ver ele é quem enferrujara. As pedras continuavam a girar no copo.
O sol terminou de se pôr e a garrafa – agora seca – jazia largada no carpete. O vento balançava forte a cortina e cada pancada dela contra a janela do vigésimo andar era ritmada e solitária, como uma gota d´água que insiste em cair, como a agulha de um salto a bater no piso concreto.
Já era noite e a lua ia alta
A poltrona da sala descansava ao centro.
Vazia como o copo.
Vazia como o apartamento.
#conto #cronica #cronicascontadas
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Mulheres
Elas sorriem quando querem gritar.
Elas cantam quando querem chorar.
Elas choram quando estão felizes.
E riem quando estão nervosas.
Elas brigam por aquilo que acreditam.
Elas levantam-se para injustiça.
Elas não levam "não" como resposta quando
acreditam que existe melhor solução.
Elas andam sem novos sapatos para
suas crianças poder tê-los.
Elas vão ao medico com uma amiga assustada.
Elas amam incondicionalmente.
Elas choram quando suas crianças adoecem
e se alegram quando suas crianças ganham prémios.
Elas ficam contentes quando ouvem sobre
um aniversario ou um novo casamento.
Seus corações quebram quando seus amigos morrem.
Elas lamentam-se com a perda de um membro da família,
contudo são fortes quando elas pensam que não há mais força.
Elas sabem que um abraço e um beijo podem curar um coração quebrado.
O coração de uma mulher é o que faz o mundo girar!
Mulheres fazem mais do que dar a vida.
Elas trazem alegria e esperança.
Elas dão compaixão e ideais.
Elas dão apoio moral para sua família e amigos.
Mulheres têm muito a dizer e muito a dar.
© Pablo Neruda
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Growing Pains: Bianca and Noan Dan, daughter and father.
Nota de conteúdo sensível: menções a família/casamento quebrado, diagnóstico de doença autoimune na infância, bullying e xenofobia. Depressão e transtorno de cotard, que resulta em um suicídio (não propriamente dito, nem explícito, mas vai acontecer mesmo assim). Contemplações sobre a solidão e melancolia dos dois lados. Processo de luto.
Umas tantas referências ao maior e melhor filme sobre parentalidade e suas desgraças quando o assunto é pais e filhas: Aftersun.
A24, obrigada por me mandar pra terapia todas as vezes. Love u, sweetie.
Subúrbio de Manila, Filipinas. Verão dos 16 anos.
Quando sua avó abre a porta do pequeno prédio de apartamentos, Bianca acha que ela se enganou — como a maioria dos idosos de 70 e tantos anos — e continua plantada na calçada, com as mãos fundas nos bolsos dos shorts e um olhar um tanto desconfiado praquela velha cega, que não consegue entender e nem enxergar que o filho dela, seu pai, jamais moraria em um lugar tão insalubre quanto aquele.
Ela ia saber. Ele ia ter contado pra ela. Eles sempre contavam tudo um pro outro.
Mas se contavam mesmo… Por que sua avó continua segurando a porta pra ela entrar?
Não pode ser.
Mas ela não acha que é hora de questionar, segura o braço da mais velha pra ajudá-la a subir as escadas e não consegue torcer o nariz pro cheiro insuportável que sobe a cada passo lento que elas dão e que só fica pior no corredor que ele morava. Na porta da casa dele, antiga, descuidada e com as dobradiças prestes a se desfazer, como se qualquer pessoa pudesse arrombar e tomar tudo o que seu pai tinha.
Bianca se pergunta se ele tinha alguma coisa pra ser tomada, em primeiro lugar, porque olhando em volta — pros móveis antigos, as paredes manchadas e o mofo tomando conta de todas as roupas e sapatos espalhados —, ela não consegue achar nada que dê pra salvar do lixo. Como se seu pai tivesse se tornado um monte de restos, um monte de nada.
— Por que a senhora me trouxe aqui? — A mais jovem tenta soar firme, mas sabe que seu corpo todo está tremendo e sua voz também, enquanto segura a mão da avó com força, fazendo a mais velha apertar de volta.
— Porque eu amo você, e o seu pai também.
No canto da sala, o único limpo e organizado, Bianca percebe uma caixa de madeira pesada, a tampa parece limpa, como se fosse movida e usada com frequência. Isso a faz se aproximar, e sua avó se joga no sofá como se tivesse acabado de cumprir parte de sua missão.
— E pra ele, você e sua mãe pareciam um filme.
Um filme bom. Um filme perfeito, porque em nenhum outro universo uma mulher poderia ficar tão bonita sob luzes tão medíocres quanto as dos barzinhos de Manila, naquele calor horroroso e que deixava todo mundo feio e parecendo prestes a entrar em combustão. Menos ela, Bianca. Menos a sua mãe.
Porque ela não era qualquer pessoa, ela era a sua mãe.
Brilhando como se tivesse acabado de sair de um desses longas super glamourosos da Hollywood trouxa, exibindo um sorriso tão bonito e me deixando preso nos assuntos mais banais do ser humano depois que tive coragem de chamá-la para conversar e oferecer um drink.
— Eu passei um tempo estudando fora, me especializei em contabilidade, mas voltei porque comecei a me sentir meio sozinha lá fora. — Se eu prestasse um pouco de atenção, ia saber do que ela estava falando, mas o jeito que o vento balançava o cabelo dela me deixava fraco, então só foquei na parte que me tocou na hora. — As pessoas eram meio cruéis, achavam que eu era filipina demais e que meu nariz era feio.
Ela? Feia? Ah, pra casa do caralh-
— Ainda bem que você voltou, né? Imagina desperdiçar seu tempo com gente que não sabe te valorizar como a deusa que você é.
Não conta que eu te contei isso, amor, mas naquela noite, descobri três coisas: os engraçadinhos bonitinhos tinham sim seu lugar e, graças aos céus, sua mãe era o tipo bonita pra caramba mas que gostava dos engraçadinhos bonitinhos como eu.
A terceira foi que casais assim podiam dar certo, se casar e viver um sonho.
Por isso ela não era qualquer pessoa, por isso ela era perfeita.
A primeira carta que ela encontra parece tão íntima que faz suas bochechas ficarem um pouco coradas, envergonhada demais pra olhar na direção da avó, então continua revirando os pertences de seu pai, as fotos do casamento dele e de sua mãe que ela nunca tinha visto antes, até chegar no rosto que ela reconhecia como seu. Desde bebê, até o dia em que ela foi parar no hospital pela primeira vez.
Sua mãe ficou tão brava comigo que achei que ela fosse abrir um buraco na minha cabeça, assim, do nada, com o primeiro bisturi que encontrasse pela frente. Mas eu dei razão pra ela, como dei desde a primeira vez que ouvi você chorar depois que saiu de dentro do útero, e entendi que a conexão entre vocês duas jamais seria tão intensa quanto a minha como seu pai.
Por isso ela era mais responsável. Por isso eu era o idiota.
Mas, querida, se você pudesse ver seus olhinhos brilhando TODAS AS VEZES que via açúcar, ia concordar comigo que eu precisava te dar uma balinha, um pirulito, uma casquinha de sorvete de morango que fosse e quantas vezes você pedisse! Tudo bem que eu devia ter maneirado, que eu não devia ter feito escondido dela, e nem pulado a etapa de zero contato com açúcar antes dos dois anos.
Mas eu também não achei que ia ser tão ruim, e nem que isso ia machucar você a longo prazo. Eu não queria que você ficasse doente, eu não queria ver você chorar porque não podia comer as coisas que você gostava, e eu não queria ser a pessoa que colocou todo esse sofrimento no seu caminho, mas aconteceu. E eu precisei contornar.
— Você não pode tirar o adesivo do braço sempre que tiver vontade, Bianca.
— Mas pinica, coça e incomoda. Não quero viver assim, sabia?
Aos oito anos e com uma mão no peito, você era muito dramática pra eu conseguir fazer isso sem começar a rir, mas sua mãe estava desmaiada no sofá depois de chorar até dormir, preocupada com você, nossa filha pequena e rebelde que achou de bom tom cortar a própria insulina e entrar em coma no meio do parquinho. E eu precisei ser responsável, por mais que me doesse.
— E a culpa não é sua, amor. E se eu pudesse, ia tirar todo esse sofrimento de você e passar pra mim, mas eu não posso. — Falava para a pequena você, segurando seus ombros e assistindo seu beicinho se formando em seu rosto gordinho. — Não posso voltar e tomar decisões melhores pra sua saúde, nem consertar as besteiras que eu fiz sem consultar sua mãe, mas eu posso te prometer que isso só vai piorar e te machucar mais.
Foi horrível sentir aquele peso absurdo no peito, nas costas e na cabeça quando o diagnóstico veio, foi horrível te ver tomando todas aquelas agulhadas e sendo privada de tudo enquanto as outras crianças podiam ter tudo. Foi horrível ouvir e sentir sua mãe me odiar, como foi horrível sentir que eu merecia e que eu tinha quebrado a promessa de te proteger quando decidimos ter você.
Errei. Errei. Errei.
Quase tive um AVC quando você entrou em coma por causa da diabetes e me senti o pior pai da face da terra. Você não merecia. Sinto muito.
— Hora de trocar o adesivo. Trouxe um novo na sua bolsinha?
Bianca afirma com a cabeça, limpando a única lágrima que escorre por sua bochecha, antes de se levantar e se sentar meio no colo da avó, meio no sofá duro, oferecendo o antebraço direito de bom grado pra ser cuidado pela mais velha.
— Ele achava que era um pai ruim por causa da diabetes, vovó. Ele achou mesmo que foi culpa dele. — Comentava, sentindo a bombinha antiga ser substituída pela nova, antes de pegar o comprimido de sua caixinha de remédios e o jogar dentro da boca. — Eu me lembro do dia que voltei do hospital com minha mãe e ele tinha feito bombinhas de insulina pra todas as minhas bonecas e ursos de pelúcia, foi assim que eu aprendi a trocar a minha sozinha, e me sentia mais normal. Ele fez parecer normal. Ele fez parecer fácil.
Então por que ele não se achava suficiente?
Quando sua mãe me disse que não me amava mais e que queria levar você e a si mesma pra longe de mim e do nosso lar. Foi nesse dia que eu descobri que era mesmo insuficiente e incapaz de suportar todo o pesadelo que ia vir depois.
— Vai ser melhor pra ela.
— O lugar dela é aqui, em casa, no país que ela nasceu e com a família que ela tem.
— Eles têm tratamentos melhores na América, sabia? A qualidade de vida dela vai melhorar, tudo vai melhorar…
— Nós vamos melhorar?
Eu já sabia que aquela mudança não era sobre salvar nosso casamento, nem colar os caquinhos que nós dois tínhamos perdido dos nossos corações, mas precisava que ela dissesse em voz alta que aquilo não era só uma crise. Eu precisava que sua mãe, a mulher que mais amei na vida, dissesse que não me amava mais, porque se fosse só por você…
Bianca, eu assinei todos os papéis permitindo que ela te levasse pra morar na América, desde o do divórcio, até o da vara da família concedendo a guarda integral só pra ela. Por você, eu sufoquei todos os meus sentimentos e mágoas, porque não queria que você pensasse que seu pai estava deprimido e chorando e bebendo todos os dias sem sua alma gêmea dormindo na mesma cama. Por você, segurei todas as pontas necessárias, porque a gente ainda era família.
E família não segura família. Amor não sufoca amor.
— Você devia ter tentado mais. — Sua avó sempre avisava, quando tinha que ir pra nossa casa cuidar de mim, porque me sentia destruído demais pra fazer isso por conta própria. — Você devia ter lutado mais.
— O único papel que me cabe agora, é ser pai da filha dela e eu prometi que ia ser o melhor pai do mundo… Pra filha que ela teve comigo. — E eu insistia, mesmo que aquilo doesse feito um tiro, mesmo que eu sentisse vontade de acabar com tudo cada vez que me dava conta que tinha deixado sua mãe ir e você também. — O melhor, o melhor que o mundo já viu.
Todo verão, religiosamente te esperando no aeroporto com flores, bombons sem açúcar e um urso. Quem amou?
Bianca se abraça tão forte com aquela carta grudada no peito, que não sente que está tremendo e chorando inconsolável, a ponto de sua avó escolher não falar e nem tocar, deixando que ela sinta tudo e mais um pouco.
Ela se lembra de quando recebeu a notícia, de como precisou avisar os amigos que os planos pra primeira semana de férias iam ter que ser adiados, e de como ela fingiu que estava bem no aeroporto enquanto se despedia da mãe e do namorado e nem ter esperado o avião levantar voo antes de se desfazer em lágrimas na poltrona da janela. Agora, ela meio que sabe de quem puxou. E doi descobrir essas semelhanças entre os dois.
— As meninas na escola acham que eu sou muito filipina, que meu nariz é feio e que é confuso meu cabelo não ser totalmente liso… E nem totalmente ondulado. — Escuto sua versão do verão dos 14 anos dizer, enquanto as ondas vêm e vão não muito longe de onde estamos fazendo um piquenique. Como nos velhos tempos, quando você choramingava porque um caranguejo te perseguia, e não porque uma dúzia de meninas eram malvadas na escola. — E quando abro a boca pra tentar me defender, elas falam do meu sotaque e que não conseguem me entender.
Será que comer um morango vai curar seu coração? Será que vou ter que ter essa conversa hoje? Agora?
— As vezes eu queria ser outra pessoa. Talvez gostassem mais de mim.
Se eu fosse loira, padrão e falasse como elas. É como ouvir sua mãe falando, anos atrás, porque a expressão de desdém e desconforto é a mesma: vocês duas ficam estranhamente fofas com as sobrancelhas franzidas pela indignação, e quando eu penso que não pode melhorar, o beicinho está lá, se projetando conforme os pensamentos parecem ficar mais altos na sua cabeça.
— Eu não acredito. Você tá doida.
Eu mereço aquele soco na perna, e ele dói, mas nem por isso eu paro.
— Alguém gosta de você, eu tenho certeza que alguém gosta de todas essas coisas em você.
Porque quando penso que vou ser agredido por você de novo, vejo seu rosto se suavizar, e o beicinho ser substituído por um sorrisinho, que se torna um sorriso de verdade e a próxima coisa que eu sei é que seus olhos estão brilhando como se alguém tivesse acabado de te oferecer bolo de morango.
Mas é só sobre um menino.
— Meu melhor amigo, Monroe, também acha que eu sou doida e que o que elas falam não é verdade. Ele me ajuda a trocar a bombinha às vezes, e sabe meu adesivo favorito pra cada dia da semana. — Enquanto você enrola o cabelo no dedo e evita olhar pra mim, eu meio que sei que não é só um menino, mas deixo você continuar, analisando a situação como se fosse um crítico e não seu pai preocupado com garotos te rondando. — Em Fevereiro, ele me deu um cartão cheio de corações e eu não sabia que as crianças americanas também podiam dar presentes pros amigos no dia dos namorados, então pedi pra ele explicar e…
— E…?
— Eu não me lembro, fiquei muito tempo observando como ele brilhava e parecia perfeito enquanto as outras pessoas, não. Então devolvi o presente com outro cartão igual, pra ele saber que eu sentia o mesmo.
Eu amo o verão 14, sabia? Mesmo depois de passar dias te aconselhando sobre ser ferida por esse garoto e não dar uma bitoquinha nele sem ter certeza, eu amei descobrir que você sentiu amor e que tinha sido bom pra você.
Tão bom quanto aconteceu comigo.
Ela também amou o verão dos 14 anos, e sem que sua avó perceba, dobra e guarda essa carta em sua bolsinha, se lembrando do ano que veio depois e como as coisas tinham mudado.
As cartas diárias passaram a ser semanais, e depois mensais. Seu pai dizia que estava ocupada com o trabalho, por isso não tinha muito o que falar da própria vida, mas adorava saber sobre a escola, seus amigos e como caminhava seu relacionamento doce com seu melhor amigo. Bianca se lembra de uma longa conversa por flu que eles tiveram no ano passado, sobre consentimento, camisinhas trouxas e como era IRRESPONSÁVEL deixar um garoto enfiar soldadinhos dentro dela. Bianca se lembra como ele exagerou e dramatizou tudo pra ela ficar enojada, traumatizada e longe de um pênis ereto até fazer trinta anos, “no mínimo”, quando o verão dos 15 anos chegou e ela não foi pras Filipinas.
Ela se lembrava de tudo, até da conversa com sua mãe sobre seu pai preferir que ela permanecesse na América no ano passado, e que foi a primeira vez que ela não saiu do país assim que as aulas terminaram.
Tinha sido bom, mas não era a mesma coisa. E pra sua surpresa, seu pai pensava o mesmo.
Passei o ano todo tentando me convencer que estava bem e que podia sair daquilo, mas cada vez que tentava escalar para fora daquele poço e salvar a mim mesmo, as coisas só ficavam piores e eu me sentia na obrigação de desistir.
Os negócios iam mal, precisei sair da nossa casa e fiquei com vergonha de contar pra sua avó que aquele plano de sair do trabalho pra abrir algo sozinho, tinha dado errado e agora eu precisava viver como um rato num buraco na parede. Porque era assim que eu me sentia, e era isso que eu dizia pra mim mesmo, olhando pra essas paredes e ouvindo a torneira da pia do banheiro pingar sem parar.
Sentia que estava fracassando, mas não conseguia me reerguer. Sentia que algo estava errado, mas eu não conseguia descobrir o que era. Sentia que só precisava de tempo, até descobrir que me isolar foi uma armadilha que fiz sozinho pra encurralar eu mesmo. Afastar você devia ser algo bom, mas só serviu como gatilho e então percebi que eu não tinha outra saída.
Estava apodrecendo por dentro. Andando por aí como um morto vivo, fedendo como um cadáver, e me desfazendo como um depois de ser enterrado dentro de um caixão. Não importava o quanto eu gritasse, arranhasse a madeira ou rezasse pra ser tirado dali, eu sabia que ia sufocar até morrer de vez.
Mesmo que eu soubesse que já estava morto.
Mas ele tinha muito medo de fazer aquilo sozinho, e tinha ainda mais medo de fracassar e ter que assumir tudo o que ele sentia, quando se jogou na pista de dança da boate mais próxima e barulhenta do bairro com três caixas de pílulas recém tomadas no estômago e que agora ele regava com uma garrafa de álcool enorme.
As luzes fortes fizeram ele delirar por um bom tempo, a música não ajudava e todos aqueles rostos borrados também não, mas ele tem quase certeza que a viu entre a multidão, com os braços erguidos na direção dele, tentando o alcançar enquanto chamava por ele o mais alto que conseguia.
Papai. E ele não ia responder, porque sua voz não saia mais. Papai. E ele não conseguia segurar a mão dela, porque ele mesmo já não sentia mais os membros. Papai! E ele não responderia mesmo se conseguisse, porque não queria que essa fosse a última vez que ela o visse como pai.
Ainda bem que ele nunca se viu velho naquele papel, porque fica surpreso de ter chegado até ali de qualquer maneira, antes de fechar os olhos e nunca mais os abrir.
Eles se perdem pra sempre.
Você era o bebê recém nascido mais bonito da maternidade, sabia? E não era porque você era minha filha e eu o seu pai. Eu só acreditava nisso.
— Bianca Dan, você vai poder ser quem você quiser e onde você quiser. — Dizia para a minúscula e frágil você nos meus braços, enquanto te levava pra janela do quarto de hospital, te apresentando o mundo lá fora pela primeira vez. — Enquanto você estiver vendo o sol, o céu, as nuvens e as estrelas, nós vamos estar juntos, porque eu também vou estar vendo tudo.
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Sem a clássica vinheta com cenas aleatórias da cidade e a melodiosa voz da Fada Madrinha cantando a música de abertura, o programa matinal 'bom dia com a fada madrinha' iniciou-se fora dos estúdios ao som de violinos, a câmera focando apenas em seu apresentador.
" Olá moradores de Tão Tão Distante e reinos adjacentes. Mais um dia se inicia em nosso maravilhoso lar. Os pássaros cantam, as crianças gritam, a magia do amor nos perfuma e contagia. Como devem perceber, hoje será um programa mais que especial. Você que acabou de acordar e tá aí saboreando das deliciosas panquecas da Vovó, deve tá se perguntando: 'Don, qual o motivo de você está mais bonito, charmoso e cheiroso que o normal?' "
A câmera afasta-se lentamente revelando seu elegante traje, o Palácio ao fundo.
"Bem, se você esteve embaixo de uma pedra, dentro de um caixão de vidro, na barriga de um lobo ou preso em uma torre protegida por um dragão porque seu pai é um lunático, eu te falo. A nossa querida Marta Caloteira, finalmente encontrou a tampa de sua panela: o pouco conhecido do grande público, mas não menos importante Lord Milori. Sabem como é, encontrar o amor verdadeiro é algo muito difícil nos dias de hoje, momentos como esse devem ser celebrados. O casamento acontecerá em poucas horas e durante todo o dia faremos a cobertura, mostrando todos os detalhes para vocês. Coloquem seu melhor sapato, a roupa mais bonita, dê aquele tapa no visual e venham para as ruas. Hoje meus amigos, vamos presenciar a história sendo feita bem na frente de nossos olhos. Diretamente do casamento do século, Don Keyworth, seu correspondente oficial da coroa de Tão Tão Distante."
Apresentador: @donkeyworth
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Abigail, mas é melhor se chamar de Abbey, Abby, Abbie ou qualquer derivado, nem que seja só loira, porque ela realmente detesta o primeiro e segundo nome ("Sarah" é o seu karma religioso). Tem 30 ANOS, já fez de tudo um pouco na vida e, atualmente, é uma fotógrafa e camgirl (conteúdo +18 em sites).
E se eu te contar que uma das coisas mais interessantes sobre ela é que a Abby é filha de um reverendo? Senta que lá vem história.
PLANO DE FUNDO
Certamente não estava nos planos de vida de Matthew Abrahamssen e Lucile Maryavaklova, dentro de um casamento que julgavam tão permeado pelo amor, trazer ao mundo aquela que seria a prova de fogo e de fé deles. Quer dizer, Abigail foi a terceira e última filha, a mais nova, super protegida e sufocada até certa idade, criada para ser mais um dos atos de fé e de dedicação principalmente do pai, um reverendo, hábil em sair em missões evangelizadoras pelo mundo ao lado da mulher e dos outros filhos. Todavia, contrariando todas as expectativas, Abigail demonstrou, aos poucos, não ser capaz de acatar as ordens milimétricas do pai com o passar do tempo.
Ainda assim, a família vagou por mais alguns anos, pulando de país em país, de função missionária em função missionária, até estabelecer-se em Bray, na Irlanda, quando ela tinha quatorze anos. Lá, terminou seus estudos, ainda mais contrariada pelo sotaque diferenciado e por não ter fincado raízes ao longo de toda sua adolescência.
Paralelo a isso, Abigail passou a não corresponder a mais nenhuma das expectativas dos pais: abandonou a vida social na comunidade religiosa guiada pelo pai e distanciou-se cada vez mais da família quando formou seu próprio círculo social e engatou alguns relacionamentos precoces que a fizeram enxergar que não era mais tão bem quista pelos pais e pelos irmãos mais velhos, incapaz de pertencer, portanto, à realidade deles.
Posteriormente, Abby finalizou seus estudos e chegou a ingressar na universidade local, mas o gesto foi desaprovado pelos pais. Em meio à turbulência dos estudos em Artes Cênicas, debandou do curso e encerrou totalmente o contato com a família. Desnorteada, sem ninguém com quem contar, pulando de emprego em emprego sem nenhuma certeza na vida, acabou atuando como camgirl, chegando a se mudar para Dublin, ficando mais próxima de sua agência, mas retornando a Bray por realmente preferir a tranquilidade da cidade, sem contar que os pais dela já não moravam mais ali também.
A ovelha desgarrada e, também, sem mais nenhum outro lugar para onde voltar, finalmente fincou raízes que ela considerou serem suas próprias.
Linha do tempo resumida: Nascida em Chicago, nos EUA, mudou-se bastante ao longo da vida; chegaram à Irlanda, em Bray, quando ela tinha quatorze anos; Aos vinte e seis anos, começou a atuar como camgirl sob o codinome Bloody Vanilla, sendo recrutada como uma suicide girl (modelo alternativa) há cerca de dois anos atrás, mas debandou dessa comunidade há uns cinco meses, preferindo focar no trabalho de camgirl e retomar as origens como fotógrafa. Atualmente, vive disso e do pouco de paz que lhe resta na cidade, contente por poder viver uma vida que é totalmente sua, já que os pais foram embora da Irlanda há pelo menos quatro anos agora.
CURIOSIDADES
Seu pai é de origem alemã-noruguesa e sua mãe é de filiação russa (mas nasceu nos EUA); por conta disso, ela compreende bem dois dos idiomas, ainda que não se arrisque neles no dia a dia;
Não que seja algo do qual se envergonhe, mas Abigail prefere não deixar transparecer sua ocupação; para leigos, ela só trabalha com internet e fotografando em geral. Para quem possa entender, ela é só uma modelo de sites... De roupas? De sapatos? De maquiagem? Deus sabe;
Ela já foi casada, mas não no papel; dividiam a casa, a rotina... Mas nada oficial. E essa é uma das maiores frustrações da vida dela, por mais que não fale muito disso. O relacionamento chegou ao fim um ano atrás e durou dois (começaram quando ela tinha 24);
Já morou em países como a Alemanha, a Ucrânia, a Letônia, a África do Sul e a Nova Zelândia, sendo a Irlanda o último no qual esteve e do qual não pretende se mudar tão cedo;
Ironicamente, nunca acreditou em Deus, sendo este o principal motivo do conflito dela com os pais ao longo da vida;
É bem mais nerd do que deixa transparecer; possui o símbolo da Resistência (Star Wars) tatuado e também um desenho da Galathilion na altura das costelas;
Por mais clichê que soe, dirige uma Harley-Davidson;
Já trabalhou como garçonete, DJ de festas alternativas e sua última empreitada antes de começar a trabalhar com fotografia foi trabalhar no bar de um pub da região; Barbie profissões versão roqueira, sim, senhor. O lance é que a Abby não consegue lidar com o compromisso de ficar sempre num mesmo lugar;
Como o irmão mais velho tinha problemas com bebida, essa é a única coisa com a qual Abby pega leve na vida, não sendo tão chegada;
Tem mais de vinte tatuagens, mas as principais são: 1, 2, 3, 4, 5, citadas em turnos esporádicos.
Mora em um apartamento de dois quartos no centro da cidade. Sua renda é de um valor confortável para que more sozinha, mas recebe amigos com frequência para uma estadia prolongada em sua casa, sempre que possível.
Há quanto tempo seu personagem mora em bray? ele nasceu na cidade? Mora desde os quatorze anos, tem trinta agora. A cidade é seu lugar favorito no mundo.
Atividades: Participa do clube do livro.
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Ei! Você viu o KEVIN SCHULTZ por aí? você sabe, aquele aluno da graduação que tem TRINTA E QUATRO ANOS e se parece muito com GRANT GUSTIN. Acho que ele formou com especialização em ENGENHARIA DA COMPUTAÇÃO. Dizem que ele era THE FORGOTTEN e toda vez que passava pelo dormitório dele, ouvia SEPTEMBER - EARTH, WIND & FIRE tocando pela porta. Todos que o conhecem dizem que ele costuma ser PERSISTENTE, mas também poderia ser MATERIALISTA. Será que em 2024 ele ainda é assim?
O que fazia em 2014:
A altitude de São Francisco nunca impediu que Kevin percorresse a cidade toda com sua melhor amiga, Katie, sua bicicleta de um tom encardido de amarelo. O fato é que não tinha uma condição financeira tão boa assim vivendo com seu pai e a família que o patriarca adquiriu no segundo casamento, por isso, a tentativa de fuga todos os dias com a bicicleta para algum ponto mais tranquilo da cidade parecia ser a melhor opção na adolescência.
O ponto de virada foi aos dezessete anos, momento em que sua mãe o convidou para morar com ele em Los Angeles. Nunca entendeu ao certo o motivo do convite inesperado (mas tão aguardado) vindo da mulher, talvez fosse algo relacionado com a visão de maternidade em que ela precisava demonstrar na nova fase da carreira. Zoe O'Malley era uma atriz consagrada na indústria cinematográfica, principalmente no nicho da comédia romântica que passou a ser reconhecida em meados dos anos 1990.
A fase de morar em Los Angeles e ter uma mãe reconhecida fez com que o menino que se isolava na escola a ter uma oportunidade de mudar sua realidade no senior year e continuar o legado de popularidade na universidade. O fato é que nunca teve muitos talentos para tentar a carreira musical ou no cinema, mas até que não era tão ruim nos esportes, afinal, seu pai insistiu desde cedo que praticasse futebol americano. Mesmo que não tenha conseguido uma bolsa ou uma chance de atuar profissionalmente, para sua frustração e de toda família, Kevin era extremamente criativo e tinha um certo destaque no curso de escolha universitária.
Sua popularidade tardia na escola e na universidade era em grande parte pela fama de sua mãe, pouca coisa pelo seu envolvimento no time de futebol americano e nada, realmente nada, pelo seu carisma. A real é: Kevin forçava a barra. Piadas chatas demais, papos de nerd e pouco talento para manter a fama de popular. Ele era péssimo nos flertes, quase nunca conseguia encontros e sempre que sentia necessidade (todos os dias) deixava os outros o fazerem de rato e sapato para agradar, se preciso fosse até roubaria para deixar o grupo satisfeito. Afinal, isso era ser um amigo verdadeiro, não é?
O que faz em 2024:
Uma cobertura em New York, viagens constantes para o Vale do Silício, essa é a vida de Kevin. Mesmo com um certo luxo, a solidão volta a acompanhar. Talvez ela nunca tenha cem por cento abandonado o homem. O fato é que agora o moreno passa as tardes programando com sua gatinha chamada Olivia sentada e ronronando em seu colo, além de claro, algumas reuniões por dia para alinhamento com a equipe. Não é tão simples assim ser sócio fundador de um dos aplicativos de relacionamento mais famosos do momento. Certamente é bem irônico, Kevin é um péssimo case de sucesso do aplicativo, afinal seu sobrenome é solteirice. Queria que seus amigos vissem que ele deu certo na vida e não depende mais tão somente do dinheiro de seus pais. Mas enfim, nem seus pais se importam muito que o filho seja tão conhecido no mundo da tecnologia, até porque querendo ou não, no fundo Kevin é só mais um nerd chato.
Seu personagem gostaria de voltar para 2024? Justifique sua resposta
Seus amigos estavam todos tão unidos e presentes em 2014, não sabe se realmente faz sentido querer voltar para um ano em que se sente sozinho e sem ninguém por perto, além de seus colegas de trabalho, que eram mais antissociais que ele estava sendo. Talvez sua única motivação em voltar para 2024 seria mostrar que ele deu certo na vida. Dinheiro não era bem o ponto, afinal, poderia nadar no dinheiro dos seus pais antes também, porém a ideia principal era apresentar que uma de suas ideias deu certo e muito muito certo. Era validade por mais de 300 milhões de downloads.
Atividades extracurriculares: Futebol americano (wide), rádio (cobertura esportiva).
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