#sanguenta
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manoelt-finisterrae · 1 year ago
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só o amor
a alta primavera eterna do corpo fun creado nunha estación sanguenta de ondas no meu mar de ser agora paxaro de irse só nestas palmas das miñas mans onde volverá o soño sen o colexio nin os mobles oceánicos da presenza ti sempre ti como un cometa total coma ti outra esperanza sendo auga salgada doutro día que sexa hoxe
© Manoel T, 2023
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murderandcoffee · 1 year ago
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For the TMA perfume post, could you do Michael and/or Helen?
yes!! I have some options for them that I've gone into a bit more detail on in past posts (should be in my #perfume tag!), but I'll gladly list them again!
Michael Shelley
scent #1: Memoirs of a Trespasser by Imaginary Authors
notes: vanilla, wood (guaiac + oak barrels), myrrh, benzoin, ambrette seeds
feels like: your favorite sweater on a chilly autumn day
scent #2: As Dark Things are Meant to be Loved by Alkemia
notes: lapsang souchong tea, amber, patchouli, tonka, incense, labdanum, coffee, leather, tobacco
feels like: midnight in an old (possibly haunted) bookstore
Michael Distortion
scent #1: Soma by Alkemia
notes: cannabis, artemisia, spanish broom, opium poppy, morning glory, snake root, absinthe
feels like: a vial of poison being emptied into a teacup
scent #2: Dustsceawung by Alkemia
notes: attic air, old trunks, abandoned haylofts, library stacks, abandoned buildings
feels like: a place so old and so empty that the echoes of its longing to be whole again drift over your skin like beckoning fingertips
Helen Richardson
scent: Gentle Fluidity Gold by Maison Francis Kurkdjian
notes: vanilla, juniper berries, nutmeg, coriander, musk, amber wood
feels like: the soft smiles and polished gold jewelry of a woman who knows how to get what she wants
Helen Distortion
scent #1: Cyanide by Alkemia
notes: oleander, absinthe, patchouli, almond
feels like: the threat of death hidden behind full glasses and empty promises
scent #2: Sanguenta by Black Baccara
notes: blood, ivy, ancient trees, champagne, strawberry, amber
feels like: a vampiric waltz--elegant, ancient, bloody
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annahnoir · 2 years ago
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MEU SONHO
EU
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sanguenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
Cavaleiro, quem és? — O remorso?
Do corcel te debruças no dorso...
E galopas do vale através...
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?
Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?...
Tu escutas... Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?
Cavaleiro, quem és? que mistério...
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?
O FANTASMA
Sou o sonho de tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!...
Álvares de Azevedo
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rlimarjbr · 5 years ago
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(...) A #vida e só a vida! Mas a vida #tumultuosa, #férvida, #anelante, às vezes #sanguenta — eis o #drama. — #Álvares de #Azevedo, no #livro "#Macário". (Ed. Francisco Alves; 1.ª #edição [1988]). #Obra: "The #Absinthe #Drinker", (?) - Jean #Béraud. #ÁlvaresDeAzevedo #Ano1988 #Anos80 #JeanBéraud #Literatura #TXT #PTBR #Português #Trecho ... https://www.instagram.com/p/B5IfifLH49J/?igshid=vn60brkm2nc9
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tsarinahq · 4 years ago
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Oi! Vcs teriam prompts pra char male? Sempre fico um pouco confusa com o que fazer kkkkkkkkkkkkkkkk obrigada!
Oi! Não se preocupe, o que mais temos é opções pra char male nesse cenário!
Um guarda de origem humilde que, apesar do desprezo pela realeza e nobreza, leva muito a sério seu trabalho e é muito bom no que faz. Ele está em constante conflito entre o que é certo e o que precisa fazer e até flerta com grupos rebeldes.
MILITARES DO SÉQUITO DO PRÍNCIPE! A ideia é que o Grigori tenha amigos muito próximos, como irmãos, com idade aproximada da dele... Eles podem ter batalhado com ele ou só ter alguma patente militar sem realmente ter ido a campo. Também podem ser nobres da corte de Nantis que o conhecem desde sempre.
Um nobre da corte que, no começo da formação dessa nova nação, sua família quase foi a família que assumiu o trono e eles se ressentem disso até hoje. Ficam esperando apenas um errinho pra convencer a todos que os Morozov (a família imperial atual) não são a melhor opção, e dar um golpe?
Um membro de uma família nobre muito rica (como os Lannister, sabe?) que investiu muito dinheiro na realização do Favorado pra apoiar a irmã, sobrinha, filha, enfim, a favorita da sua família, e está lá pra garantir que o investimento dê certo. Além de, é claro, estar sempre lembrando que a coroa deve dinheiro pra eles e assegurar a influência nos negócios da família.
Um nobre estrangeiro que tenha vínculos tanto com Moscóvia quanto com o Japão (com quem o país está em guerra) e está lá pra tentar melhorar a relação entre os dois países. Talvez por fazer a cabeça das favoritas, dos nobres, da realeza, e por fim, colocar um ponto final nessa guerra sanguenta.
Um nobre que esteja interessado em “casar bem” e aumentar sua influência na corte, e é claro, as jovens mais importantes estão no favorado. Ele não pretende roubar a noiva de ninguém, mas em nenhum lugar das regras diz que é crime se ele tentar algo com as selecionadas que forem dispensadas.
Uma família que sempre foi muito isolada, nunca gostou da vida na corte e vivia em um território bem afastado da capital (cof Sibéria cof) recebeu um convite formal do czar para acompanhar o Favorado. Seria muito rude negar o convite do Czar, então mandam um representante da casa nobre. Ao chegar lá, elx pode se surpreender com a vida luxuosa da corte ou odiá-la por completo. Além disso, porque elx é um “estranho no ninho” pode notar que algumas coisas que estão acontecendo são muito estranhas.
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rcmxnov · 4 years ago
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geeeente, que tudo esse rp! prompts pra realeza convidada? ♥
Os convidados não são necessariamente de outro país, tá? Podem ser nobres da corte de Moscóvia que estão acompanhando o Favorado juntamente com a realeza de outros países!
Um nobre da corte que, no começo da formação dessa nova nação, sua família quase foi a família que assumiu o trono e eles se ressentem disso até hoje. Ficam esperando apenas um errinho pra convencer a todos que os Morozov (a família imperial atual) não são a melhor opção, e dar um golpe?
Um membro de uma família nobre muito rica (como os Lannister, sabe?) que investiu muito dinheiro na realização do Favorado pra apoiar a irmã, sobrinha, filha, enfim, a favorita da sua família, e está lá pra garantir que o investimento dê certo. Além de, é claro, estar sempre lembrando que a coroa deve dinheiro pra eles e assegurar a influência nos negócios da família.
Um nobre estrangeiro que tenha vínculos tanto com Moscóvia quanto com o Japão (com quem o país está em guerra) e está lá pra tentar melhorar a relação entre os dois países. Talvez por fazer a cabeça das favoritas, dos nobres, da realeza, e por fim, colocar um ponto final nessa guerra sanguenta. 
Um nobre que esteja interessado em “casar bem” e aumentar sua influência na corte, e é claro, as jovens mais importantes estão no favorado. Ele não pretende roubar a noiva de ninguém, mas em nenhum lugar das regras diz que é crime se ele tentar algo com as selecionadas que forem dispensadas.
Uma família que sempre foi muito isolada, nunca gostou da vida na corte e vivia em um território bem afastado da capital (cof Sibéria cof) recebeu um convite formal do czar para acompanhar o Favorado. Seria muito rude negar o convite do Czar, então mandam um representante da casa nobre. Ao chegar lá, elx pode se surpreender com a vida luxuosa da corte ou odiá-la por completo. Além disso, porque elx é um “estranho no ninho” pode notar que algumas coisas que estão acontecendo são muito estranhas.
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reporterbetoribeiro · 2 years ago
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Após "saidinha temporária", homem mata ex-companheiro de cela a facadas e fere gravemente sua ex-esposa em Araras, SP
MADRUGADA SANGUENTA - Após "saidinha temporária", homem mata ex-companheiro de cela a facadas e fere gravemente sua ex-esposa em Araras, SP
O autor do homicídio se evadiu do local, sendo preso minutos depois pela Polícia Militar em sua residência, no bairro Parque Dom Pedro. Um rapaz de 21 anos foi preso na madrugada deste sábado (18), pelos policiais militares cabo Gallo e cabo Ruiz, após ter matado a facadas um homem de 29 anos e ferido gravemente sua ex-esposa de 26 anos, no bairro José Ometto II, na região leste de Araras…
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alvesmartins · 3 years ago
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quadro/título: "trovoada sanguenta" tamanho: 100x70cm. técnica: mista sobre tela. ano: 2021. . #alvesmartins #pintorrecife  #arquitetura #ink #arterecife  #abstract #artistsoninstagram #artofinstagram #abstractpainting #abstractart #pinturas #quadros #telas (em Recife, Brazil) https://www.instagram.com/p/CcIwliNO604/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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nantrix-ilusao · 3 years ago
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Me desculpem por ter esquecido de postar o 4 ontem... Fiquem com o Jhin Lua Sanguenta:
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murderandcoffee · 1 year ago
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alright, distortion time!
Michael Shelley
I previously assigned Michael Memoirs of a Trespasser by Imaginary Authors in the response to an ask, but let's give him another! because I love him very much and he deserves it. I think that he'd be a fan of As Dark Things are Meant to be Loved by Alkemia. the notes are lapsang souchong tea, wood, leather, incense, caramel, and coffee. this is a dark yet comforting scent, and it makes me think of late nights spent in the archives with only a cup of tea keeping Michael company, or the well-worn jacket that he wrapped himself up in as he traveled further north toward his inevitable end.
Michael Distortion
in addition to Soma by Alkemia (assigned to him in an ask I answered), I'd give him Dustsceawung, another scent by Alkemia! this one is all about dust. it smells like attic air, library stacks, old trunks, and abandoned buildings. this feels like what could either--depending on your point of view--be a comforting or an unsettling atmospheric kind of scent. this is something that I could imagine the Distortion's door and hallways smelling like. this scent lends itself to both the old Michael--research assistant down in the archives--and the Distortion Michael--twisting maze of empty corridors.
Helen Richardson
I feel like the OG Helen would wear something classy, expensive, and inoffensive. thus, I'm giving her Gentle Fluidity Gold by Maison Francis Kurkdjian. it's an elegant vanilla and juniper scent with hints of woodiness, nutmeg, and coriander. it's not overpoweringly sweet--it's a well-balanced, mature, rich bitch sort of vanilla.
Helen Distortion
I feel like Cyanide by Alkemia would be a good choice for Helen Distortion. the notes are bitter almond, absinthe, oleander, and patchouli. it's a powdery, metallic scent--the smell of poison. another one that I could see working for her would be Sanguenta by Black Baccara. the notes in this one are blood, ivy, champagne, and strawberry amber. I feel like this captures Helen Distortion's personality--some sweetness and a little bit of fizz to draw you in, but an underlying tinge of darkness that you don't see until it's too late.
would literally anybody care if I made a post talking about what perfumes I think tma characters would wear
(fun fact for anyone who doesn’t know me irl: perfumes/scents are one of my hyperfixations/hobbies)
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arrabaldo · 4 years ago
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Sabrina Orah Mark: ‘Un feixe de mulleres barbazuis’
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[foto da chave dun diario mercado nos chinos, aló polo 2005. o diario segue inacabado]
—Sabrina —di a primeira muller do meu home— casou co meu marido.
Escóitoo no programa The Grapevine, un sistema rizomático que se asemella aos corazóns plantados das dúas ex mulleres do meu esposo na mesma parcela de profunda e feraz terra. Videiras coma raíces de sangue, que medran robustas e reviradas. Unha amiga tráeme uns esgallos. Pégoos á orella e escoito.
Cóntolle ao meu marido que estou a escribir sobre Barba Azul.  «Arre demo!», espeta.
Mírome no espello. Torneime máis fea e máis forte. Enxergo pola fiestra unha cabana branca que refulxe no xardín. Vivo no «incerto país do matrimonio».
‘Barba Azul’ apareceu por vez primeira na obra do século XVII Contos de Mamá Ganso de Charles Perrault. Un home cunha barba azul, varias mulleres desaparecidas e unha inmensa cantidade de diñeiro dálle á súa nova muller as chaves para todas as portas da súa exquisita propiedade.
—Abre todo o que queiras —prégalle—. Vai onde gustes, agás a esa «pequena  habitación» —engadiu.
Pedinlle ao meu marido que limpase o garaxe; no canto, mentres estou fóra cos nosos fillos durante o verán, constrúe no xardín —no medio e medio— unha cabana branca. Cando as paredes xa están montadas, a segunda muller deixa á súa filla para que viva connosco, seica é para sempre. Tamén deixa moitas caixas. O contido, descoñecido. O garaxe está un chisco baleiro. A cabana está un chisco chea. Chamo á miña nai.
—Agora hai unha cabana no xardín —coméntolle.
—Pois claro —contesta—. Bótalle un ollo, a ver se non vén con esposas.
Hai portas que ningunha terceira muller debería abrir.
O meu marido, o home máis afable na terra, achegouse a min cun abrigo de antigos votos. Casei con el a sabendas de que carrexaba varias esposas. Ao mellor casei con el un pouco porque os votos lle afundiran os sucos da face. Como o tipo de letra que quería ler, pero que nunca puiden. Casei con el plenamente consciente, o que non sabía era que as esposas seguirían medrando nunha habitación pechada dentro do meu corazón. Ás veces bulen, enfurecidas, tristes. Esposas, como papel de pegar. Esposas enredantes. Esposas como a pel. Esposas que lle contan cousas ás súas fillas e que estas, as fillas do meu marido, non me contan. Ese silencio respira no meu interior.
—Que dixo ela? — sempre ando a preguntar.
—Quen dixo que? —contesta o meu home.
«Disque», escribe Angela Carter, «no comezo, había un gabinete de curiosidades, un coma este, asoballado de marabillas; agora, tanto a habitación como todo o que contén, están prohibidos para ti, a pesar de estaren feitos co teu nome, listos para ti desde o comezo dos tempos, e serás ti quen pase toda a súa vida tentando lembralos».
Non son unha persoa demasiado celosa, pero doe pensar no meu marido dicindo «si, quero; si, quero; si, quero».
Unha vez ao mes, durante todo un ano, dinme que a primeira muller do meu marido se vai mudar á nosa cidade en calquera intre, pero nunca o fai. É como cando os meus fillos colocaban unha culler de prata debaixo dos coxíns coa esperanza de que nevara en Georgia. Nin a neve nin a muller aparecen endexamais. Agás unha única vez. Pero non era neve senón sarabia.
—Esa é unha comparación moi mala —sinala miña nai—. Esposas? Neve? Quen está poñendo que debaixo do coxín? Quen quere que veñan as esposas? Ti?
O matrimonio é duro. Hai días nos que todas as esposas mortas son eu. A muller que nunca está triste. Morta. Guindada. A muller cun bo salario. Morta. A muller cun garaxe limpo e unha fiestra que dá cara fóra da súa cociña. Morta. A muller que baila. Morta. A muller célebre. A muller cuns dentes perfectos. A muller que organiza as festas nocturnas cheas de brillantes poetas. Morta, morta, morta.
Como denominas a máis dunha muller? Un feixe de mulleres barbazuis?  
Para que un matrimonio sobreviva hai que arredar dalgunhas partes da historia. Fago un buraquiño no conto para non quedar cega ao mirar o sol. Mensaxe eliminada. O vello arrepentimento. A derrota. O meu marido e máis eu levamos casados dez anos. Máis tempo do que estivo casado coas outras dúas mulleres, pero non en conxunto. Non quero aos meus fillos, nin por asomo, preto das súas esposas. É como se caeran e eu non puidese saltar para salvalos. «Buraco negro e cárcere non son palabras moi agradables para falar das mulleres», escribe Margaret Antwood na súa versión dos contos de fadas, «pero seguían moi agochadas nos miolos de Sally».
Poucas contos teñen unha vida posterior tan fecunda como ‘Barba Azul’. Ás veces é unha chave ensanguentada, unha flor estragada, un ovo, unha mazá ou unha marca en forma de corazón na fronte, proba da desobediencia da muller. Ás veces é unha nai coa «saia negra axustada á súa cintura» a que salva á última esposa da decapitación. «Unha atolada e magnífica amazona posta ata arriba de maría». Ás veces é un dragón e outras un mosqueteiro. Ás veces é a muller a que se salva por si mesma.
Do mesmo xeito que o matrimonio, a longa vida cultural de ‘Barba Azul’ é enigmática. Igual que as historias de fadas, o matrimonio pertence a unha círculo incesante de finais felices coa forma dun acantilado. Revolvo unha gran caixa con vestidos e barbas. Alguén as usou con anterioridade. É o meu marido quen leva agora a barba. Eu levo o vestido. «Si, quero». El tamén di que si. Todo forma parte da nosa pel.
Na ‘Cámara sanguenta’ de Angela Carter, a esposa sen nome está ao lado da cama matrimonial do marqués rodeada de tantos espellos que, cando o marqués a ispe, o que ve son centos de maridos espindo a centos de mulleres. Cando o marqués lle di que se prepare para morrer, «doce mulleres novas aloumiñan os interminables monllos de cabelo castaño a través dos espellos». No limbo entre o sexo e a morte, a muller multiplícase. Tórnase un exército de esposas que descende pola ladeira. Veñen a salvala ou a unirse a ela? Difícil sabelo.
Non debería estar a escribir nada disto. Non é unha boa idea. Este ensaio é a chave ensanguentada. O meu acto de desobediencia.
Na edición de 1812 de ‘Barba Azul’, publicada nas Fábulas dos irmáns Grimm, Wilhelm Grimm (nas notas ao pé de páxina) sinala que Barba Azul pensaba que o sangue das súas esposas podería curalo do azul da súa barba. Por iso recolle o sangue en cuncas; báñase nel. As mulleres mortas son a súa medicina. Unha enfermidade imaxinaria precisa dunha cura imaxinaria. «A maxia», escribe Maria Tatar, «ocorre no límite do prohibido».
Busco entre fotos antigas do meu marido. Nunha delas está coa súa segunda muller e a súa filla recén nacida, durmidiña encol dun coxín. A funda é gris e branca; decátome de que é a mesma funda suave sobre a que durmo, sobre a que levo durmindo moitos anos. Quéntaseme a cabeza. Unha vergoña que morde. Tiro a funda e colócoa coas alfombras. Deberíalla dar á miña fillastra, pero non o fago e non sei por que. Nunca o fago.
Estou casada cun home ao que quero moitísimo e que viviu outras vidas antes da que compartimos xuntos. En ocasións fedello para ver se me atopo nalgunha desas vidas. Debaixo da cama. Debaixo dunha árbore. Algún día aparecerei de súpeto susurrando bú.
As esposas seica poderían meterme nun barril cheo de unllas e lanzarme a rebolos costa abaixo ata caer no río.
A primeira vez que coñecín ao pai do meu marido foi no seu funeral. O ataúde estaba aberto. Ata o día de hoxe, o pai do meu home é o único morto no que teño posto a vista. O noso fillo, Noah, tería os seus ollos, a súa boca, pero eu aínda non o sabía. Trala homenaxe que lle fixo o meu marido ao seu pai —pero antes de regresarmos á igrexa—, achegouse a súa primeira muller onda el, coma un suave morcego branco. Un refacho que levaba pechado na cámara moitos anos. Veuse abaixo nos brazos del. Tremía, saloucaba e volvía en si, coma se estivese retornando da morte. Sentei no banco como unha nena pequena. Compartían a dor e ás súas fillas. Para cando cortaran, eu aínda era unha meniña.
Se as esposas de Barba Azul morresen por ter visto ás devanceiras mulleres, por que faleceu entón a primeira muller? Que vería?
No funeral saúdo á súa primeira muller. Queda aí. Non me saúda. Fítame. Non sei que facer, así que lle dou unha aperta. Aquí estamos; abrazadas; mecéndonos nunha igrexa. Éche vella dabondo como para ser a miña nai.
Esta é a maneira de facer unha cadea de esposas de papel: corta unha peza longa de papel; dóbraa en catro partes, coma un acordeón. Debuxa metade dunha muller na parte superior. Recorta a muller e dobra. Voila. Xa tes unha cadea de mulleres dándose a man!
Eu son a muller ao final da cadea. Miro cara a esquerda, ao final do corredor. Vexo a pequena habitación. A pequena habitación na que podo escribir de forma segura. Esta é a combinación: chave, flor, ovo, mazá, corazón. Abro a porta. Entro. Observo o lugar. Cheira a vida. Se puidese facelo de novo, volvería casar co meu marido nesta pequena habitación. Aquí nacerían os meus fillos. Morrería nesta habitación. Faríao. Fareino. Si, quero.
[trad. Marina Pardavila]
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O texto completo está dispoñible na revista literaria The Paris Review. Botádelle un ollo!
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astillasdetinta · 5 years ago
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Ardora mar sen présa escamas en ascuas zozobra en calma chicha Sanguenta algarabía mortes desorbitadas como faíscas das lúas ao amencer decapitadas alba de sal intacta mar de risas nas palpitantes peixerías da fresca mañá https://www.instagram.com/p/B6JoChKiO8B/?igshid=kuwktp6b7a68
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nomade73 · 5 years ago
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A primeira igreja universal, surgiu no final do segundo século da era cristã! Teve seu primeiro papa, imperador Constantino, o primeiro concílio ( Nicéia- 325 dc) determinou alguns dogmas importantíssimo para o cristianismo. A ideia de uma igreja que fosse acessível para todos cristãos, teve um propósito interessante, já que a Europa abraçou a fé cristã segundo a declaração e doutrina dos apóstolos, as declarações de fé e milagres registrados na história do cristianismo.
A construção de um estado religioso, baseada no concílio do imperador,mais tarde (1) tornou o cristianismo a religião oficial do império romano. Constantino, alega em suas declarações que em certa noite, em sonho, recebeu uma revelação, onde ele viu a cruz como o símbolo de vitória do seu reinado, com a seguinte declaração : " com esta cruz vencerás reinos e reis, exércitos e nações! Desse fato misterioso em sua vida, teve a ideia de estampar seus estandartes, bandeiras, uniformes, e seus templos com a cruz que simbolizava a vitória e as conquistas do seu império! Então, a primeira perseguição aos cristãos e não cristãos, aos pagãos, judeus e outros grupos, começou por eles mesmos, os cristãos . Essa história de sangue ,horrores ,destruição e guerra, se arrastou por toda a história do mundo pós cristão . A igreja católica (universal- conforme relato A história Eclesiástica- Eusébio de Cesaréia) , fundou sua base em Roma, seu impérios que ia de Roma até a Turquia ,a chamada Constantinopla, teve seu grande desafio que era conquistar o oriente médio, numa era pré islâmica, tendo seu propósito de tomar Jerusalém, fato que moveu muitas guerras e matança, contra judeus e mais tarde contra muçulmanos! Mas o horror se instalou na humanidade e parecia não ter fim. A idade média registra a ideia de que Deus abandonou a humanidade, a exploração das riquezas, a destituição de reis e autoridades, a infabilidade papal, o enriquecimento ilícito da igreja, nos dá a ideia de que foi época de dores e horrores. E a idade média durou mil anos. Um milênio de desgraça espalhada por toda a Europa . Isso falando apenas da igreja, mas não podemos ignorar as conquistas vikings, os nórdicos e os muçulmanos, todos moveram uma campanha sanguenta naquele mundo angustiante ! Eram tantos crimes praticados pela igreja do Papa, que vemos hoje a diferença entre ser católico naquele período pros dias atuais. Foram precisos alguns concílios e reformas para que a igreja sobrevivesse até os dias atuais . Graças à revolta de Martinho Lutero, que ocasionou em uma reforma no cristianismo e um despertar sobre os verdadeiros motivos da fé, seu objetivo e seu maior propósito e base de crença. sola fide,sola gratia, sola scriptura, (2) Seu despertar veio através das dúvidas sobre os altos impostos cobrados pela igreja, suas indulgências e simbologias dos quais até hoje não faz sequer sentido!
visto que a justiça de Deus se revela no Evangelho, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: “O justo viverá pela fé”.
Romanos, 1:17
Que Deus vos abençoe grandiosamente , que paz de nosso Senhor Jesus seja com todos!
"E a paz de Deus, que ultrapassa todo entendimento, guardará o vosso coração e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
Filipenses, 4:7
(Leandro -nomade )
1-O cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano no ano 380 por ordem do imperador Teodósio I, que tomou a medida numa lei conhecida como Édito de Tessalônica
2-Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão do século XVI liderado por Martinho Lutero, simbolizado pela publicação de suas 95 Teses em 31 de outubro de 1517 na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg.
(fonte: Google)
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luarparmiov · 5 years ago
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MEU SONHO Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? Porque brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração? Cavaleiro, quem és? o remorso? Do corcel te debruças no dorso.... E galopas do vale através... Oh! da estrada acordando as poeiras Não escutas gritar as caveiras E morder-te o fantasma nos pés? Onde vais pelas trevas impuras, Cavaleiro das armas escuras, Macilento qual morto na tumba?... Tu escutas.... Na longa montanha Um tropel teu galope acompanha? E um clamor de vingança retumba? Cavaleiro, quem és? — que mistério, Quem te força da morte no império Pela noite assombrada a vagar? O FANTASMA Sou o sonho de tua esperança, Tua febre que nunca descansa, O delírio que te há de matar!...
- ÁLVARES DE AZEVEDO
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will-lannister · 7 years ago
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MEU SONHO EU Cavaleiro das armas escuras, Onde vais pelas trevas impuras Com a espada sanguenta na mão? Por que brilham teus olhos ardentes E gemidos nos lábios frementes Vertem fogo do teu coração? Cavaleiro, quem és? — O remorso? Do corcel te debruças no dorso... E galopas do vale através... Oh! da estrada acordando as poeiras Não escutas gritar as caveiras E morder-te o fantasma nos pés? Onde vais pelas trevas impuras, Cavaleiro das armas escuras, Macilento qual morto na tumba?... Tu escutas... Na longa montanha Um tropel teu galope acompanha? E um clamor de vingança retumba? Cavaleiro, quem és? que mistério... Quem te força da morte no império Pela noite assombrada a vagar? O FANTASMA Sou o sonho de tua esperança, Tua febre que nunca descansa, O delírio que te há de matar!...
Álvares de Azevedo
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lavozdelarepublica · 5 years ago
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A “semana sanguenta” de xullo de 1931 en Sevilla: ensaio do golpe de estado e das ‘fake news’ contra a República
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