#ryu seonggyu
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✦ Nome do personagem: Ryu Seonggyu. ✦ Faceclaim e função: Sangyeon - The Boyz. ✦ Data de nascimento: 04/11/1995. ✦ Idade: 28 anos. ✦ Gênero e pronomes: Masculino, ele/dele. ✦ Nacionalidade e etnia: Coreia do Sul, sul-coreano. ✦ Qualidades: Resiliente, destemido e enérgico. ✦ Defeitos: Autodestrutivo, cabeça dura e instável. ✦ Moradia: Tartaros. ✦ Ocupação: Garçom no Ambrosia Garden. ✦ Prompt: Web Namoro. ✦ Twitter: @TT95RS ✦ Preferência de plot: ANGST, CRACK, FLUFFY, HOSTILITY, ROMANCE, SMUT. ✦ Char como condômino: Recém chegado no condomínio, Seonggyu já é uma presença que é quase impossível de ser ignorada. E não tô falando de beleza, mas sua natureza extrovertida e brincalhona não cabe nas paredes do apartamento. As risadas, conversas até tarde e a música alta acabam sendo constantes e um incômodo para os vizinhos, mas ele não faz por mal e às vezes nem nota que está sendo barulhento. Embora sua organização pessoal deixe a desejar, esquecendo detalhes importantes como dia do aluguel ou do lixo, sua disposição solicita também o torna um ser humano não tão insuportável assim. Ele compensa com sua participação ativa em eventos (se envolver bebida então) e projetos, não se importando em ser usado para os serviços que ninguém quer fazer. O seu intuito é criar ali um lar, aquela palavrinha que ele nunca atribuiu nenhum significado além de um teto para dormir. Um lugar onde se sente pertencente.
TW’s na bio: menção a suicidio, incêndio, alcoolismo e agressão.
Biografia:
No silêncio ensurdecedor de seu apartamento recém-adquirido, Ryu Seonggyu segurava uma xícara de café fumegante entre as mãos. Seus olhos se perdiam no vapor que se erguia delicadamente, enquanto sua mente navegava por trilhas traiçoeiras de sua vida. Ele procurava desesperadamente por um ponto de partida onde as coisas desandaram, mas, talvez, os momentos fossem tantos que contar se tornava um exercício fútil.
Lembranças indesejadas emergiram em sua mente, como peças de um quebra-cabeça se conectando devagar. Ele revisitou os anos de sua infância, os traumas que tentava tão desesperadamente esconder, e a luta constante pela sobrevivência. As memórias de conflitos e desentendimentos, as máscaras que ele era forçado a usar para encobrir sua infelicidade ao longo dos anos, tudo ressurgiu ali, ecoando em sua mente.
Em Haeundae-gu, tão mal querido quanto o frio persistente para os que vivem em Busan, nasceu Ryu Seonggyu. Filho único de um casal humilde, seus pais eram donos de uma mercearia que mal conseguia se sustentar. Gyu foi o resultado de uma noite não planejada, ou como seu pai costumava brincar, consequência de uma camisinha furada. Independentemente das razões, ficava evidente que a criança representava um fardo que eles não tinham como carregar. Ingênuo e ansioso por um amor que seus pais não podiam oferecer, Ryu viveu com o propósito de agradá-los. Tudo se resumia a um mini Seonggyu obtendo boas notas na escola para chegar em casa e mostrar que ele valia a pena, que não era só um erro inútil. Porém, havia preocupações mais importantes para os pais do que uma nota dez em matemática ou um convite para um jogo de basquete; a fome batia à porta, implacável como o vento frio do inverno. Talvez por isso, quando a mercearia faliu e o dinheiro que tinham já não era suficiente para alimentar três bocas, a família de Gyu fez o que fez.
No dia 15/03/2003, um evento trágico foi documentado em toda a Coreia do Sul: a família Ryu foi envolvida em um desastre, onde os pais decidiram pôr fim às suas vidas e tentaram levar a criança consigo. Em um caos envolvendo remédios e incêndio, Seonggyu teve a “sorte” de sobreviver enquanto seus pais se transformavam em memórias em meio às chamas. Lembranças fragmentadas eram tudo o que ele tinha, se lembrando apenas de referências dos jornais e narrativas vazias. Talvez a responsabilidade de serem pais tenha sido um fardo horrível para ambos ou a fome tenha afetado qualquer resquício de sanidade que o casal carregava, viver cercado de incertezas foi a consequência de ser o único sobrevivente.
Assim, aos oito anos, o garoto encontrou refúgio na casa de seu tio, o único parente disposto a aceitar a maldição ambulante. A família acreditava que ele trazia azar, recusando-se a ficar com ele. No entanto, Yohan, o tio de Gyu, viu uma oportunidade de tirar proveito do dinheiro do governo que vinha com a responsabilidade de cuidar de um órfão. A busca por aprovação foi substituída pelo medo quando Gyu percebeu que Yohan era uma figura sombria, sendo apelidado não tão carinhosamente assim como "dementador". Se tivesse um prêmio de pior pessoa na terra, ele com certeza não precisaria se esforçar para ganhar. Alcoólatra, viciado em jogos e inconsequente, Gyu perdeu a conta das vezes em que apanhou de cobradores devido às suas dívidas, desaparecia frequentemente e deixando Gyu sozinho. O dinheiro muitas vezes ia para apostas e bebidas, restando o mínimo para a alimentação de Gyu.
Assim, Seonggyu foi forçado a trilhar seu próprio caminho. O conceito de família pouco significava para ele; ele tornou-se sua própria âncora e apoio. Muitas vezes não sabia de onde vinha a força para continuar, mas ele seguiu em frente. Encontrou consolo na escola e na literatura, sendo os únicos lugares onde conseguiu escapar da constante sensação de ameaça. A escrita se tornou uma consequência incômoda para ele, uma palavrinha que ao longo do tempo começou a odiar. Embora fosse genuinamente talentoso, percebeu que isso importava mais para ele do que para qualquer outra pessoa. Ele preenchia páginas com pensamentos íntimos que não tinha desejo de compartilhar, e quando eventualmente o fazia, a necessidade de aprovação o sufocava. A ansiedade e insegurança se entrelaçaram nas palavras, que eram sua fonte de prazer.
No entanto, a vida raramente segue o ritmo de um conto de fadas, e nem todos têm a oportunidade de fazer o que amam. Por um tempo, ele se contentou com essa realidade. Quando completou dezoito anos e concluiu seus estudos, encontrou-se sem um lar após ser expulso da casa de seu tio. Sem alternativas, alistou-se prontamente no serviço militar.
Para quem estava acostumado com a rotina de um conservador sem escrúpulos na infância, o período militar foi relativamente tranquilo. A parte boa era que tinha onde dormir e comer, o que lhe permitiu guardar dinheiro para um futuro incerto. Estudar não estava nos seus planos, não quando sua maior preocupação era onde viver e como se sustentar. Ao sair dali, conseguiu emprego em um bar como bartender e atendente, fazendo alguns trabalhos temporários pela manhã. Pode-se dizer que ele já fez quase de tudo que não precisasse de um diploma universitário.
E assim seguiu a vida, em meio a crises disfarçadas de sorrisos e engolindo os sentimentos que lhe sufocam com o álcool. Mesmo que fosse uma pessoa comunicativa, sempre foi difícil pra ele criar conexões mais profundas com alguém, pela falta de tempo e a mania de que pode fazer tudo sozinho. Ele aprendeu a se virar, por isso a dificuldade em ter com quem contar. Tampa os olhos para as próprias atitudes inconsequentes, tentando fugir da realidade com livros, jogos e bebidas. Gyu evitava tocar no incidente com os pais e evitava discutir qualquer coisa relacionada ao passado, desejando apenas evitar os olhares carregados de pena e julgamento.
Queria ser só um cara normal com uma vida normal e sem graça. E ele conseguiu isso por um tempo! Já estava financeiramente estável, tinha um emprego em um restaurante bacana e uma casa onde não precisava chorar por desconto no aluguel todo mês. Tinha amigos em Busan, uma rotina e estava voltando a escrever. Mas o tal do web namoro foi o motivo do seu colapso, o famoso amor doido que ele via nos livros finalmente aconteceu. Não precisava ser tão doido ao ponto de ir de última hora para Seul, mais precisamente ao Acropolis Complex.
Óbvio que o emprego bacana não iria cumprir o pedido de férias de última hora onde o coreano iria visitar a pessoa amada que só conhecia pela internet. E é óbvio que ele ficou desempregado. Talvez fosse viciado em sofrer, ou talvez realmente fosse amaldiçoado ou era só burro mesmo. Mas a esperança de ter alguém em tantos anos fez com que ele não pensasse na hora de largar tudo e ir para Seul, só com as economias, que eram para publicar um livro no futuro. O arrependimento bateu quando as ligações não foram atendidas e as mensagens ficaram sem resposta. Mas óbvio que na cabeça dele era só um mal entendido que seria resolvido em breve. Com isso em mente e sem ter pra onde voltar, alugou um apartamento no Tártaros com suas economias e está morando em Seul há exatas duas semanas. Duas semanas sem respostas, procurando um emprego novo e, mais uma vez, sem perspectiva do futuro.
Com a xícara de café agora vazia, ele se libertou do seu devaneio, despertado pelo som do despertador que ecoava pelo ambiente. Com um suspiro resignado, Ryu Seonggyu deixou para trás seus pensamentos e se levantou, encaminhando-se para o próximo desafio: a entrevista de emprego no Ambrosia Garden. Talvez aquele fosse o rumo que lhe cabia, seguir em frente com o que tem ou o resto do que recebeu. Viver esperando que algo mude ou até que a tempestade finalmente passe. Se vê preso em um vendaval que não tem fim e continua nadando em busca de terra firme. Vai no fundo do oceano e não prende o ar, não precisa disso. Se mistura com as ondas e vem de forma violenta, te acerta ainda na praia e toda a tranquilidade de antes se transforma num turbilhão avassalador, forçando-o a lutar contra as correntes e a encontrar uma maneira de emergir, buscar uma maneira de se libertar desse ciclo de desastres.
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