Tumgik
#resenha coletiva
gliterarias · 5 months
Text
Resenha Coletiva: O Morro dos Ventos Uivantes, Emily Brontë.
Lançado em 1847, a obra de Emily Brontë narra a caótica história de amor e vingança de Catherine Earnshaw e Heathcliff, e Edgar Linton. A tragédia se passa na Inglaterra e é narrada por um visitante do morro que acaba intrigado com a excêntrica família que conhece por lá, e ao retornar para a residência onde estava alojado, Lockwood pergunta a uma das serventes, Nelly, que lhe narra o pesadelo sem fim vivido por duas gerações de Earnshaws, Lintons e Heathcliffs.
O pesadelo inicia com os irmãos Earnshaw e a chegada de Heathcliff em sua residência, onde recebe o amor da menina e o ódio do rapaz, pois o mesmo recebia a preferência do patriarca. Porém, em um passeio, Catherine e Heathcliff conhecem os irmãos Linton, os quais os jovens moradores do Morro dos Ventos Uivantes acham muito “cheios de frescura”, no entanto, Edgar Linton se apaixona pela Earnshaw. Com o passar do tempo, Catherine se aproxima cada vez mais do vizinho, com quem acaba se casando pois acreditava que não poderia ficar com aquele que amava por ele não ter as qualificações necessárias para casar-se com ela. 
Ao ouvir o que sua amiga achava de si, Heathcliff some por anos, nos quais Catherine se casa com Linton e se muda para a Granja Thruschross. E quando retorna, Heathcliff vinga-se daqueles que o maltrataram e duvidaram de si, vingança que continuou depois com seus descendentes.
Mary: Amei a fofoca. Obrigada, Nelly por tê-la contado pra gente, quer dizer, pro Lockwood que contou pra gente. A Catherine me irritou desde o início, garota mimada. Heathcliff é aquele personagem que eu passo um paninho, tirando o salvador dele e Catherine, Heathcliff sempre foi humilhado e menosprezado pelos outros moradores do Morro dos Ventos Uivantes, assim como os vizinhos da Granja. Não vou fingir que não gostei dele ter se vingado de alguns, mas ele também não devia ter descontado em quem não devia.
Nick: Amei demais acompanhar toda a fofoca que é essa obra. Amei acompanhar a trajetória dos personagens, o drama (amo um drama). Eu sou tão fofoqueira quanto o Lockwood, não posso negar, e isso foi um dos pontos que me fez ficar tão cativada no livro, além da própria história trágica entre Heathcliff e Catherine, eu adoro como foi abordada a trajetória dos dois, e dos outros personagens na obra. Ver que os dois não puderam ficar juntos tudo por serem cabeça dura, mimada (no caso da Cathy) e arrogantes, quero dizer, eu passo sim um paninho pro Heathcliff, desde que ele chegou na casa foi super maltratado, e isso tornou ele vingativo, não que isso seja uma desculpa, mas enfim…já a Catherine não tem como defender, quero dizer, ela se casou com o cara só porque era bonito e rico e combinaria melhor com ela, mesmo amando o Heathcliff.
Tainá: Depois de rolar por meses na minha cabeceira eu tirei a preguiça do corpo e meti a cara no livro(risos), depois de enfrentar quatro tediosos capítulos ( ok ok  não foram tão ruins assim) eu descobri o gatilho do livro, o livro é uma fofoca! E não uma fofoca fraquinha daquelas de contar em cinco minutos, uma fofoca das boas, uma fofoca de família tradicional. Ai não teve outra eu entrei no livro, e junto do senhor Lockwood ouvi da boca da antiga empregada da mansão do Morro dos Ventos Uivantes, Nelly Dean, a história da família Earnshaw. Desde os filhos do antigo dono da Mansão, Hindley e Catherine Earnshaw, Heathcliff Heathcliff ( sim, o nome e sobrenome são o mesmo, risos) até a atual geração da mansão: Hareton Earnshaw, Linton Heathcliff e Catherine Linton.  
 Foram dias e noites que minha casa passou ouvindo tudo sobre esse romance, times de apoio e oposição foram formados, cada um assumiu um personagem como protegido, discussões acaloradas depois dos almoços e jantares onde eu trazia um pouco mais da história para eles. E no meio da leitura eu fui descobrindo mais e mais coisas sobre o livro. 
 Infelizmente a leitura chegou ao fim, a ansiedade de todos foi aos céus quando trouxe a eles a informação de término da leitura com o rosto lavado pelas lágrimas, (aos curiosos fica a indicação a leitura). Deram todos suas últimas teorias sobre o que aconteceria no fim antes de eu lhes contar como terminava (risos) e nenhum saiu satisfeito com o final de seu personagem protegido. Já me arrisco a dizer que esta vai ser a minha leitura favorita do ano(mas espero ser surpreendida em algum momento).
1 note · View note
emmieedwards · 1 year
Text
Resenha: Daisy Jones & The Six, de Taylor Jenkins Reid
Tumblr media
Livro: Daisy Jones & The Six Volume Único Autora: Taylor Jenkins Reid Gênero: Ficção, Drama Ano de Publicação: 2019 Editora: Paralela Páginas: 368 Classificação: +16
Estejam cientes que essa resenha foi escrita com lágrimas nos olhos e com uma sensação de saudade, que só quem realmente já foi fã pode se relacionar.
Daisy Jones & The Six é um livro escrito em formato de romance biográfico, que conta a história de uma banda fictícia a qual teria feito sucesso gigantesco nos anos '70 até um rompimento abrupto em '79.
Tumblr media
A obra é divida em 12 partes, que no começo se intercalam entre a vida de groupie precoce de Daisy e a jornada dos irmãos Dunne até virarem os Six. Logo, os caminhos da banda e da cantora se cruzam, formando um fenômeno imediato que o mundo não sabia que precisava.
Para quem está acostumado com o formato de narrativa tradicional, como eu, pode se sentir um pouco deslocado no início, já que os eventos são contados por vários P.O.V. ao mesmo tempo como numa coletiva. Contudo, isso não atrapalhou o impacto do livro — muito pelo contrário, intensificou ainda mais a experiência.
Tumblr media
Tenho certeza que já me apeguei a vários personagens, mas, com DJ&TS foi como se no final da leitura eu estivesse dando adeus a pessoas reais, a ídolos reais, a uma banda real.
A narrativa nos leva de uma forma como se você os acompanhasse desde o início, estivesse presente no seu auge e assistisse sofregamente à sua separação.
Tumblr media Tumblr media
Entretanto, não é apenas sobre estrelas do rock fictícias, é sobre pessoas com problemas de verdade, como vícios, luta pela sobriedade, trabalho em conjunto e coração partido. É sobre o sombrio mundo da fama da década de 70, regado a álcool, drogas e sexo. Um livro, de fato, intenso.
Lembrando que já tem adaptação lançada no Prime Video com a produção de Reese Witherspoon, com Riley Keough e Sam Claflin no cast! Se ainda não leu, CORRE! E assistam também, vale muito a pena!
Tumblr media Tumblr media
NOTA: 🌟🌟🌟🌟🌟 - 5/5 + 💖
Tumblr media
*resenha escrita e publicada originalmente no instagram em 2019*
Alerta de conteúdo: consumo de drogas lícitas e ilícitas conteúdo sexual (leve), linguagem imprópria
17 notes · View notes
mente-criativa · 1 year
Text
Resenha critica
chamas que fortalecem a alma
Ao explorarmos as páginas do livro "A bruxa não vai para a fogueira neste livro", escrito por Amanda Lovelace e lançado em 2018, somos confrontados com questões sociais cruciais, incluindo misoginia, sexismo e violência contra as mulheres. A autora aborda esses temas de maneira contundente, nos levando a refletir sobre o impacto dessas questões na sociedade contemporânea.
Por meio de pequenos poemas escritos em uma linguagem direta, poética e atual, o livro transmite uma mensagem poderosa: as mulheres não serão queimadas ou destruídas pelas adversidades que enfrentam. Um dos poemas que ecoa essa mensagem é o seguinte:
"Ser uma mulher é estar pronta para a guerra, s a b e n d o que todas as probabilidades estão contra você."
Esse poema reflete a coragem e a resiliência das mulheres diante dos desafios que enfrentam em uma sociedade desigual. Amanda Lovelace nos convida a reconhecer o poder das mulheres em superar as expectativas negativas e a lutar por sua própria emancipação.
Com suas 208 páginas, a obra mergulha de forma profunda na temática do empoderamento feminino. A autora explora o poder transformador das mulheres, destacando sua capacidade de enfrentar as adversidades com determinação e coragem. A cada palavra escolhida com cuidado, Lovelace transmite a dor, a raiva e a determinação das mulheres na busca pela igualdade de gênero.
Recomenda-se a leitura desse livro como uma fonte de encorajamento para que as mulheres busquem justiça e igualdade, não se submetendo às injustiças presentes na sociedade. Citando Angela Davis, renomada ativista e filósofa, "É preciso agir como se fosse possível transformar o mundo. E isso é possível." Essa citação nos lembra que a mudança começa com a ação individual e coletiva, destacando que cada voz e cada esforço são essenciais para construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Por Mariana Magnus
6 notes · View notes
eutyloveforever · 1 year
Text
Tumblr media
Que dorama lindo ♡
🔹Por que a série Tomorrow é tão importante.
[ DELICADO]
Em memória a Moonbin. 🖤
*******
Resenha
Tomorrow
No começo do ano (2022) falava-se muito de uma série sobre ceifadores que seria estrelado pelo Rowoon, e aqueles dorameiros mais atentos notou ali a possibilidade de um drama trazer uma abordagem diferente, já que em suma iríamos vivenciar a rotina de uma equipe de ceifadores. Com a lembrança e referência do nosso ceifador mais amado do Brasil (e da Coréia), Lee Dong Wook em Goblin, obviamente expectativas foram criadas de imediato.
Tomorrow foi lançado e já no primeiro episódio ficou muito claro que aqueles ceifadores podiam ser até a galera “do fundão” mas era aquela galera vibe cool, muito gente boa, que apesar de se vestir esquisito tava ali pra praticar o bem. Tomorrow é sim gênero fantasia, aborda o sobrenatural, a vida após a morte e a possibilidade do reencontro. Além disso traz os efeitos especiais que é quase uma Marvel coreana dando poderes pro nosso squad de preto mais querido do ano. Heróis? Não, ceifadores mesmo, mas dessa vez, ceifadores que salvam vidas. (Aplausos, porque cada vida importa).
Sim meus amores, estamos aqui pra panfletar Tomorrow que está chegando na sua reta final. Faltam dois episódios para essa aula sobre a vida terminar e tem muita gente perdendo tempo deixando de assistir ou tentando cancelar a série apontando pra motivos aleatórios, que eu jamais vou entender. Eu sei que uma grande parcela dos telespectadores buscam em doramas o romance bonito, quase perfeito e muitas vezes que só existe ali, uma cena fofa entre os protagonistas, o clichê do romance com final feliz e de preferência com casamento e tudo mais. Mas tem muita coisa bonita que não se veste de romance e que precisa urgentemente da atenção do público.
* Vocês querem romance e tá tendo romance viu, daqueles que vão além da vida. Mas se você não tá assistindo, não sabe do que tô falando.
Tomorrow é uma série criticada mas é uma trama extremamente importante pois traz à tona uma realidade que poucos desejam enfrentar.( Principalmente a Dona Coréia).
Fala sobre temas polêmicos, aponta o bullyng como uma das muitas causas do suicídio, a depressão, o abandono emocional e afetivo, o peso da decepcção, traumas, angústia pessoal, vitimização, dor coletiva, corrente de ódio (haters) e tantos outros. Tantas formas de machucar alguém tão profundamente que chega a doer em nós enquanto assistimos, tô falando sério, chega a doer. Tomorrow é muito mais que um drama/dorama que fala sobre a rotina de uma equipe de ceifadores, é uma tentativa desesperada de fazer você, indivíduo, pessoa singular, entender que a vida, a sua vida, sempre será mais importante do que tudo, e que alguém que chega a beira do abismo, passou por muita dor até desejar o fim. Não é loucura, nem frescura, é uma dor imensa que precisa parar.
Ninguém decide pela morte simplesmente por decidir. O fim trágico na maioria das vezes é o resultado de uma sequência de danos emocionais, físicos e mentais. Como diz a gerente Koo " essas pessoas não querem morrer, elas só não aguentam mais viver assim". E quem traz a leveza pra uma série tão intensa e cheia de significados é ele, Rowoon, um mero mortal que numa tentativa de salvar alguém se vê entre a ceifadora style ( ela tem cabelo rosa, sombra vermelhas bota com glitter e estala os dedos pro tempo parar) e o ceifador kpop ( e ele é kpop de verdade). O seu personagem é um pouco de nós mesmos, mero humano tolo, imprevisível, impulsivo e imaturo.
O que eu queria dizer é que Tomorrow não é uma série sobre a morte…muito pelo contrário, é sobre a vida, sobre viver, sobre salvar pessoas, sobre salvar o ser humano.
Romance é bom, amar alguém é bom,…mas amar as pessoas e abraçar a humanidade delas é mais eterno.
🔹A série possui gatilhos, então se você estiver num momento difícil decida assistir em outra oportunidade.
▪️Não se esqueça de buscar ajuda de amigos, familiares, ajuda médica e até mesmo dos membros do nosso grupo. Pessoas devem salvar pessoas.
4 notes · View notes
ateaultimapagina · 11 months
Text
Resenha | "Desejos Sombrios", de Rachel Leigh
“Desejos sombrios” é um prequel da série Bastardos de Boulder Cove, que acontece cerca de 20 anos antes e abre as portas para um mundinho exclusivo e secreto que é a academia. Um bully romance que mostra o que esperar de toda essa história. *Leitura Coletiva (e antecipada) com a #romancesemacao em parceria com a The Gift Box Editora Os personagens principais são os meio irmãos Kol e Luna, que…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
gabrielpardal · 10 years
Text
Boyhood - a vida é filme
Se você ainda não assistiu o filme Boyhood, eu recomendo que você pare por aqui e não prossiga lendo esse texto. Vai ser desagradável pois não vou me conter em dar spoilers e contar trechos do seu roteiro. O melhor seria você fechar essa página agora e correr para assistir. Depois, se achar necessário, pode voltar aqui. O que acha? Pronto, vou aguardar você sair dessa página. Vai lá.
.
Foi?
.
Vai, pra não receber chuva de spoilers que vão acabar estragando a aventura de assistir o filme.
.
Já viu? Então pronto.
.
Oi pra você que viu o filme. Esse texto passa longe de ser uma crítica ou resenha do que você assistiu nas telas do cinema. Aquelas quase três horas sentado, acompanhando os anos passando na vida de uma família, talvez tenham feito você sair do cinema com a cabeça pesada. Isso é, se você teve a mesma experiência que eu tive e saiu irrigado pelos mesmos pensamentos. Quantas coisas você se lembra da época em que ainda era criança e morava com seus pais? Dessas lembranças, quais momentos cruciais passam pela sua cabeça?Essa foi a faísca que surgiu na cabeça do diretor e roteirista, Richard Linklater, quando, aos 42 anos de idade, pensou em filmar uma história sobre o crescimento de um garoto, da sua infância à juventude. Então se perguntou por que não filmar doze anos seguidos com o mesmo elenco, acompanhando assim o envelhecimento dos atores, sem precisar substituí-los ou usar maquiagem para envelhecê-los?Pois foi o que fez. Linklater passou os últimos 12 anos filmando a história do personagem Mason e da sua família e para realizar esse projeto ambicioso se juntou à pessoas que pudessem se unir como uma família, afinal de contas, passariam bastante tempo trabalhando juntas, mesmo que por curtos períodos — eles filmavam durante três ou quatro dias por ano.O efeito que causa, ao vermos na nossa frente os atores ficando mais velhos a cada cena, é o de uma experiência única e extraordinária. Dentro deste conceito vemos a história banal de uma família atravessando situações comuns como em qualquer sociedade moderna ocidental. O filme começa nos seis anos de Mason (Ellar Coltrane), filho de pais separados (Patricia Arquette e Ethan Hawke) que mora com a mãe e com a irmã mais velha (Lorelei Linklater, filha do diretor). E vemos (e podemos dizer, vivemos) sua história até seus dezoito anos, tendo que lidar com a ausência do pai, com as idas e vindas das relações amorosas da mãe, as mudanças de cidades, suas próprias paixões, suas descobertas sexuais, ou seja, com a vida.
O diretor optou por não usar letreiros que marcassem a passagem do tempo, ao invés disso, a moda, a música, as novidades culturais, o avanço tecnológico, situam o espectador na época. Destaque óbvio para a trilha sonora, que começa com Coldplay (que surgiu no início dos anos 2000), passa por Britney Spears, Blink-182, Foo Fighters, Wilco, Lady Gaga e vai até o recente sucesso Get Lucky do Daft Punk.
ALÉM DO TEMPO
É pela audácia de realizar um projeto em 12 anos que o filme tem sido bastante comentado e levando muita gente aos cinemas. Você também tem que considerar que além do coeficiente tempo, outro desafio é conseguir financiar um projeto como esse. Que empresa, que estúdio, que fonte de grana vai bancar um trabalho nesses moldes? Num mundo regido pela quantidade de dinheiro que se pode pôr e tirar das coisas, muitos projetos incríveis nunca viram a luz do dia. “Não desanimei nem fiquei pessimista pois sabia que tudo poderia ir contra a minha ideia”, disse Richard Linklater numa coletiva pós exibição. “Eu que tinha que ser o maior motivador, tanto para as pessoas envolvidas como para mim mesmo.”
Acontece que Linklater não é um diretor desses que passam a vida ganhando dinheiro para poder fazer dois ou três trabalhos de que realmente gosta. Se você viu “Slacker”, “Dazed and Confuzed”, “Waking Life”, “A Scanner Darkly” e a trilogia “Antes do Amanhecer”, “Antes do Pôr do Sol” e “Antes da Meia Noite”, sabe que ele é rebento do cinema independente do seu país, e está comprometido em dirigir seus próprios filmes, do jeito que acredita e como quer.
Além do desafio de ter sido filmado ao longo de doze anos, Boyhood é também uma obra prima pelo seu conteúdo. A trajetória de Mason, da escola até a admissão na faculdade, trata de questões da infância, da juventude, da família, da amizade e do amor, do medo do futuro, das marcas do passado… é um filme sobre o passar do tempo e em como viver é simplesmente fazer esse tempo passar. Tudo isso sem apelar para o melodrama, para a trilha incidental que costuma conduzir as emoções dos espectadores, Linklater aborda sua história de maneira simples, nos fazendo acompanhar esses personagens por cenas que parecem nos fazer ver um álbum de fotografias. A história é contada pelo uso acumulativo de experiências que parecem banais, necessárias, corriqueiras, urgentes, normais, e é isso que dá a Boyhood a sua riqueza e o seu status de obra prima. “Eu queria mostrar os momentos de amadurecimento que vemos nos filmes, mas numa produção só. Queria capturar como lembramos da vida, como o tempo passa. Não queria uma história dramática, às vezes há momentos dramáticos no filme, como acontece em nossas vidas, mas não é assim na maior parte do tempo. Tentamos ser o mais próximos possível da realidade”, afirmou o diretor.
Indo contra as manobras do cinema moderno, sua sensibilidade vem de um refinamento menos virtuoso com a câmera, e mais com o que pode ser criado pelos atores na frente dela. “Quase todos os diretores com que eu trabalhei se escondem por trás dos monitores, e adoram passar mais tempo com os diretores de fotografia, conversando sobre posicionamento de câmera, luz e plano”, diz Ethan Hawke em uma entrevista pra revista The New Yorker. “Diretores estão preocupados e pedindo para virarmos o nariz mais pra esquerda ou pra direita para pegar uma luz mais bonita. Richard é capaz de brigar se alguém disser algo desse tipo no seu set, gritando ‘O que você pensa que está fazendo? Um comercial? Estamos com seres humanos aqui’”.
Trata-se de um filme que evoca a beleza do ordinário, das situações mais simples. Personagens comuns em situações comuns cercado por gente comum. Seu objetivo é captar as transformações desses personagens durante a vida, o amadurecimento. Por isso me lembrou um pouco La vie d’Adèle(“Azul É a Cor Mais Quente”), filme do diretor Abdellatif Kechiche que ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes de 2013, que conta a história de uma adolescente eu seu amadurecimento emocional.
Acontece que em Boyhood os personagens não apenas envelhecem na narrativa, como também fisicamente. Nunca veremos um filme com o ator Ellar Coltrane jovem. Não é como Haley Joel Osment ou Macaulay Culkin, que fizeram uma dezena de filmes. O garotinho que vemos nesse filme não será mais visto em outro.
Boyhood é um filme que entra de fora pra dentro e me deixou com vontade de seguir acompanhando os personagens por outros anos. O que acontecerá com Mason após concluir a faculdade, procurando trabalho? E Samantha vai se casar? O que aconteceria com os dois até o funeral dos pais? E como seriam ao terem filhos, que pais seriam para eles?
Há alguns anos que eu venho me afastando das obras de ficção, justamente por considerá-la muito longe da vida. Tanto na Literatura como no Cinema, tenho lido e visto mais trabalhos de não-ficção. Boyhood me deu uma injeção de ânimo, me fez ter um outro olhar sobre esse gênero, me gerou novas ideias. Afinal, quem nunca pensou que a sua vida não daria um livro, ou quem nunca olhou para o seu próprio passado como se tudo não tivesse passado como um filme? Quase que como um paradoxo, Boyhood é um filme de ficção que mostra novamente que nada é maior do que a vida.
0 notes
amorporpalavrasblog · 3 years
Text
Tumblr media
Olá leitoras e leitores! Hoje venho com uma resenha de um livro que li na leitura coletiva.
Livro: A biblioteca da meia-noite
Autor: Matt Haig
Editora: Bertrand
Gênero: Ficção; Romance
Ano: 2021
Classificação indicativa: +15
Avisos: O livro contém gatilhos
Nota: 4,5⭐
Sinopse: Aos 35 anos, Nora Seed é uma mulher cheia de talentos e poucas conquistas. Arrependida das escolhas que fez no passado, ela vive se perguntando o que poderia ter acontecido caso tivesse vivido de maneira diferente. Após ser demitida e seu gato ser atropelado, Nora vê pouco sentido em sua existência e decide colocar um ponto final em tudo. Porém, quando se vê na Biblioteca da Meia-Noite, Nora ganha uma oportunidade única de viver todas as vidas que poderia ter vivido.
Neste lugar entre a vida e a morte, e graças à ajuda de uma velha amiga, Nora pode, finalmente, se mudar para a Austrália, reatar relacionamentos antigos – ou começar outros –, ser uma estrela do rock, uma glaciologista, uma nadadora olímpica... enfim, as opções são infinitas. Mas será que alguma dessas outras vidas é realmente melhor do que a que ela já tem?
Devo começar dizendo que livro que contém gatilhos não são os meus favoritos, mas esse acabou surpreendendo-me por tratar de maneira diferente o suicídio cometido pela Nora através de uma transição entre a vida e a morte como uma biblioteca cheia de possibilidades para uma vida diferente da original.
O autor escreveu em terceira pessoa dando um destaque maior a esses sentimentos, mesmo que não seja a própria protagonista narrando dá para perceber como ela se sente. O cenário da biblioteca foi bem elaborado assim como os outros lugares onde a história está passando conforme as vidas que a Nora vive. Já os personagens, principalmente a Nora, é alguém que pode ser problemática, mas tem um bom coração e é bem trabalhada, enquanto os secundários consegui apegar-me a três deles, sendo a Srta. Elm, Dylan e Ash por ajudarem a protagonista e não serem um tremendo babaca como o ex-noivo dela.
A trama do livro é extremamente viciante ao ponto de você apegar-se a ele em poucas páginas e acho que foi muito original a história da biblioteca com conexão a vidas que a Nora poderia ter. Mas para mim, consegui gostar do livro só depois que o idiota do ex dela sumiu. Apesar de ser muito repetitivo o fato da garota sempre estar mal quando volta das vidas, vejo isso como um trabalho que o autor teve para mostrar que conforme a Nora foi vivendo acabou livrando-se de arrependimentos. Tirando isso o que achei excelente no livro foi o trabalho do escritor em pesquisar sobre filosofia e física e quase tive a sensação de existir mesmo multiverso.
O final surpreendeu-me muito e aprendi que nem sempre a situação é como enxergamos.
Mesmo com o tema sendo pesado acabei aprendendo bastante com a personagem e tirando lições de vida. Eu gostei bastante da experiência de participar de uma leitura coletiva e do livro escolhido.
Quotes:
"Você tem tantas vidas quanto tem possibilidades."
"Ações não podem ser desfeitas dentro de uma existência."
"Difícil prever né? As coisas que vão nos fazer felizes."
"Às vezes os arrependimentos não são baseados em fatos. Às vezes, os arrependimentos são apenas o maior papo-furado."
"Às vezes, a única maneira de aprender é vivendo."
"Porque esta Biblioteca da Meia-noite não é uma biblioteca de fantasmas. Não é uma biblioteca de cadáveres. É uma biblioteca de possibilidades."
"As bibliotecárias sabem das coisas. Elas guiam você para os livros certos. Os mundos certos. Encontram os melhores lugares."
"Nunca subestime a grande importância das coisas pequenas."
"A simplicidade nunca é exatamente o que parece."
"Porque a vida não é feita só das coisas que a gente faz, mas das coisas que a gente não faz também."
"Quando, na real, o sucesso não é algo que se possa medir, e a vida não é uma corrida que se possa vencer."
"Ser humano é resumir o mundo continuamente em uma história compreensível que mantém as coisas simples."
"A cada segundo de cada dia a gente entra num novo universo. E a gente passa tanto tempo desejando que a vida fosse diferente, se comparando com outras pessoas e com outras versões de nós mesmos, quando na verdade, a maioria das vidas contém um certo grau de coisas boas e um certo grau de coisas ruins."
"Ela se deu conta de que não importa o quão sincera a pessoa seja na vida, os outros só enxergam a verdade se estiver próxima o suficiente da realidade deles."
"Mas não são as vidas que nos arrependemos de não termos vívido que são o problema de verdade. É o arrependimento em si. É o arrependimento que nos faz encolher, murchar e nos sentir como nosso pior inimigo, além de o pior inimigo das outras pessoas."
E vocês já leram esse livro ou algum livro sobre gatilho? Participaram de alguma leitura coletiva?
Espero que tenham gostado da resenha e vejo vocês no próximo post.
27 notes · View notes
belacalli · 2 years
Photo
Tumblr media
Resenha: A Sombra Escarlate
A história se passa no século XIX, em Landstone, uma cidadezinha da Inglaterra que, como o próprio nome remete, é a "cidade das pedras". Enquanto a capital britânica estava aparentemente em tempos prósperos, as terras onde Scarlet Hale, nossa protagonista, nasceu eram retrógradas, e seu povo demasiadamente supersticioso — motivo pelo qual Scarlet desejava se mudar para Londres a fim de viver de arte. Infelizmente, devido à sua linhagem nobre e às expectativas colocadas sob as mulheres na época, seu sonho teria de ser interrompido. Mas, claro... graças ao seu espírito "revolucionário", Scarlet não desistiria sem lutar.
Paralelo ao seu desejo ardente de liberdade, uma série de assassinatos brutais acometem a pacata Landstone — sendo esse o início do declínio de Scarlet, que lentamente vê sua vida ruir diante dos seus olhos. E nessa premissa sombria, o livro já conseguiu capturar minha atenção e, mais do que isso... conseguiu se cravar na minha cabeça, criar raízes na mente ao ponto das cenas me visitarem mesmo quando eu não estava lendo. Foi curiosa e deliciosa essa sensação. Eu precisava saber quem era o assassino, se o povo falava a verdade, ou tudo não passava de uma grande histeria coletiva. Quando percebi, o livro tomou um rumo totalmente inesperado.
Scarlet é uma personagem cativante. Seu espírito é livre e sua mente é aberta. Você realmente torce por ela e pelo seu sucesso, especialmente quando é perseguida por crimes que acreditamos não ter cometido. Cada vez mais, o livro continua te surpreendendo, se tornando mais sombrio e dramático, mostrando camadas e mais camadas da própria Scarlet e a verdadeira face das pessoas ao seu redor. Adianto que, em "A Sombra Escarlate", você encontrará personagens com defeitos e qualidades, passíveis de apreço — ou de ódio.
As palavras escolhidas pela autora são muito bem pensadas e perfeitamente adequadas para a época retratada. Exigirá um vocabulário um pouco mais rebuscado sim, mas casou perfeitamente com a obra e sua escrita. A narrativa envolta de mistério e horror brinca com as expectativas e com o imaginário do leitor, fazendo refletir se aqueles terríveis atos são alimentados pelo sobrenatural de fato, ou são movidos por emoções cruas e humanas.
Os momentos finais foram uma verdadeira montanha-russa de emoções. Não poderia dizer que fiquei surpresa com as revelações, mas muito satisfeita com a forma qual a autora expôs toda a verdade numa cena tão... humana. E quando cheguei no último capítulo, na última palavra da história... não soube o quê pensar. Como bem disse anteriormente, um lado compreendia a cadeia de eventos que levaram àquela trágica conclusão, e o outro — mais coração — sentia-se indignado pelo desfecho dos personagens. Mas, após esfriar um pouco mais a cabeça, percebi que havia, de fato, me encantado do início ao fim. E não acho que poderia ter um final melhor.
Inevitavelmente, gosto de finais impactantes. E, com certeza, "A Sombra Escarlate" será inesquecível.
6 notes · View notes
mamaepossoler · 3 years
Text
Fugitivos
Tumblr media
Está tudo interligado ou eu que estou com o olhar enviesado? Dei uma pausa nas minhas leituras sobre prisões para ler alguma coisa mais leve e me deparo com os fora-da-lei do mundo dos contos de fadas. Nesse quadrinho que se passa na Terra de Histórias, de Chris Colfer, as coisas tomam um rumo invertido quando os príncipes não são tão encantados assim e os “bandidos” viram heróis.
Cachinhos de Ouro (a Goldilocks do título) foi acusada de ter invadido a casa dos três ursos quando criança. Expulsa de casa pelos pais, ela vai viver como foragida na Floresta dos Anões, onde vivem todos os que não são bem vistos pela sociedade. Mas os irmãos Encantado decidem quer querem conquistar aquele território também (além dos reinos que já governam com suas esposas: Cinderela, Branca de Neve e Bela Adormecida).
Para muitos, morar na Floresta dos Anões é um destino pior do que a prisão. E as prisões são constantemente comentadas como alternativas para os que moram na mal afamada floresta, porém, se todos fossem presos, as prisões ficariam superlotadas. Um solução levantada são as galés (ondem aparecem castigos como suplícios - ressalva minha, o livro é perfeitamente adequado para seu público infantil). Mas os três príncipes querem o extermínio.
O que fazer com os que não são bem-vistos pela sociedade? No mundo dos contos de fada, eles criaram uma “sociedade alternativa”, um equilíbrio tênue em que questões coletivas podem ser resolvidas juntos, mas no geral cada um cuida da sua vida. Gosto muito da escrita de Colfer que levanta questões do mundo real em suas histórias infantis; colocando as crianças para pensar enquanto as diverte com seu humor único. (Tem mais resenhas de outros livros dele aqui no blog). 
2 notes · View notes
bookswith-tea · 3 years
Text
Tumblr media
» Resenha« "O Labirinto dos Espíritos", by Carlos Ruiz Zafón. 5✨ "As recordações que enterramos no silêncio são as que nunca deixam de nos perseguir." 🖋️ Na obra que encerra a tetralogia do Cemitério dos Livros Esquecidos, acompanhamos Alicia Gris, uma jovem barcelonesa, que é incumbida de desvendar os mistérios acerca do desaparecimento do Ministro da Cultura de Madrid, Maurício Valls. Porém, Alicia acaba se deparando com uma trama que vai muito além de um simples desaparecimento e que se entrelaça com o passado e o presente da família Sempere. 🖋️ E finalizamos a leitura coletiva da Tetralogia do Cemitérios dos Livros Esquecidos do Zafón e posso dizer que foi com chave de ouro. E digo mais, O Labirinto dos Espíritos encerra com maestria os mistérios que o autor criou e se tornou um dos meus livros favoritos. 🖋️ É possível notar um amadurecimento do autor nessa última obra, que foi publicada após 5 anos desde o último livro que tinha sido escrito, e novamente vemos aqui várias temáticas que foram utilizadas nos livros anteriores, mas que neste acabam tomando uma dimensão maior e que servem para juntar as pontas soltas e encerrar muito bem a história da família Sempere. 🖋️ Mas o autor ainda foi além e trouxe mais alguns mistérios para serem desvendados e que na realidade serviram como uma forma de crítica ao Regime de Franco e ao Governo atual na Espanha. 🔥As quatro obras estão situadas no momento histórico pós Guerra Civil Espanhola até o final do Regime de Francisco Franco, sendo que o autor fez questão de retratar fortemente nas páginas a influência desse Governo na vida das pessoas, tanto na forma de repressão e até na alteração e ocultação de informações. No meio disso, Zafón abre espaço para fazer uma denúncia relacionada aos casos dos bebês roubados durante o regime franquista (1939-1975), quando milhares de crianças foram tiradas de seus pais e entregues para outras famílias. Há informações que indicam que pelo menos 30 mil crianças tinham sido roubadas de casais considerados "politicamente suspeitos" pelo regime de Franco. E o que assusta, o primeiro caso foi levado a julgamento apenas em 2018. 🍁 Zafón era genial e indico muito a leitura!
3 notes · View notes
gliterarias · 2 months
Text
Resenha Coletiva: O Bosque das Coisas Perdidas
A obra de Shea Ernshaw chegou ao Brasil três anos após a data de sua publicação original com muita magia e mistério. Vencedora do Oregon Book Award, “O Bosque das Coisas Perdidas” nos conta a história de Nora Walker, descendente das bruxas Walkers, ditas como mais velhas que o bosque onde a história se passa.
Nora Walker segue o caminho de suas ancestrais, diferentemente de sua mãe. A jovem bruxa não liga para os cochichos e os olhares atravessados dos outros moradores da região, segue sua intuição e os aprendizados da sua avó, entrando e encontrando coisas perdidas bo bosque em toda lua cheia, como fora ensinada.
No entanto, em um dos invernos mais rigorosos, onde os moradores acabam sendo isolados e presos pela forte nevasca que os impediu de irem embora, um garoto desaparece. Nora, durante suas visitas ao bosque, para encontrar relíquias para vender ou usar de decoração, o encontra, sentindo uma atração inexplicável por Oliver Huntsman.
Ao retorná-lo ao acampamento de onde ele tinha desaparecido, descobre que no mesmo dia em que Oliver desapareceu, um garoto morreu. Os eventos estariam conectados? Por que a mariposa de ossos(que significa morte) seguia Oliver? E por que o garoto não consegue se lembrar de nada? Estaria ele ligado à morte do outro garoto? Ou também havia sido vítima, mas conseguiu sobreviver? 
As pistas e respostas estão nas páginas seguintes, através de capítulos com os pontos de vistas de Nora e Oliver, em uma narrativa instigante, cheia de mistérios, magia e tensão. E aí? Consegue desvendar esse mistério?
Mary: Já tinham me indicado as obras  de Shea Earnshaw diversas vezes por conta dos conteúdos bruxescos das narrativas, já que sou uma bruxa natural, não como as Walker, mas uma bruxa. A leitura é viciante, a cada descrição eu me conectava ainda mais com os personagens e o bosque, os capítulos sobre as histórias de cada Walker além das referências à bruxaria ver/natural também me deixaram com o coração quentinho. Com toda certeza, “O Bosque das Coisas Perdidas” se tornou um dos meus queridinhos.
Nick: Sendo sincera, ainda não terminei a leitura do livro, já que entrei numa ressaca literária - odeio quando isso acontece, vocês também? - mas assim que comecei a ler, já sabia que ia amar a história, a escrita da autora é incrível, toda a tensão, e como o bosque realmente parece uma coisa viva e sombria. 
Gostei da Nora e do Oliver como protagonistas. Os pontos de vista dela são marcados pela magia ancestral, pelo amor à avó e à família. E pelo medo e reverência à floresta e ao Bosque de Vime. Nora entende o desconhecido. Teme o que não pode controlar. E sabe que, bruxa ou não, aquele lugar antigo merece respeito.
Enquanto o Oliver oferece o mistério. Como ele chegou no bosque? Por que ele foi pro bosque?
Enfim, só lendo para descobrir!
10 notes · View notes
alinecristkagome · 4 years
Photo
Tumblr media
*RESENHA* Participar da leitura coletiva desse livro foi super divertido, não apenas pelo livro, mas pelo grupo maravilhoso que formamos pra comentar a história. E a Mia Kylie, além de ser a personagem principal do livro, era como se fosse uma parte desse grupo; porque a Mia, apesar e todo talento e fama, é uma pessoa bem gente como a gente: presente, amiga, engraçadas, se mete em várias confusões e, acima de tudo, é alguém com um coração enorme. E eu adorei conhecer a história dela. 🥰 Mia Kylie é uma jovem estilista brasileira, que vem se tornando cada vez mais famosa em terras nacionais, mas antes disso, passou alguns anos estudando fora e, durante este período, teve que abrir mão de muita coisa, inclusive do rapaz que amava. Assim como ela, Rogério conseguiu se destacar em sua profissão e teoricamente leva uma vida plena com sua noiva, o problema é que nem tudo é como parece. Ao se reencontrarem esses dois percebem que talvez os sentimentos que acreditavam ter ficado no passado não tenham permanecido lá; e isso gera um conflito de emoções em ambos, e em nós leitores. Amei os detalhes da história e o fato de poder acompanhar o crescimento dos personagens. Tanto Mia como Rogério tiveram que se encontrar para finalmente correr atrás do que realmente queriam, e esta foi uma trajetória difícil e cheia de erros e tropeços, mas é assim mesmo que a vida funciona; e foi isso que tornou esse livro tão bom: a humanidade dos seus personagens. Vou sentir saudades da galera que conheci em "Será que é você?" e queria fazer um apelo pra @malusimoeslima : escreve a história da Lauren, por favor? 🙏🏾 Eu preciso de mais detalhes sobre o relacionamento dela com aquele personagem 👀 #seraqueévoce #seraqueevoce #malusimoes #malusimoesromances https://www.instagram.com/p/CB5l1hnDXbe/?igshid=1e8zkyl5xb9lg
1 note · View note
Text
Sintomas Mórbidos - Sabrina Fernandes
Declamação: Os resumos de livros e textos serão, doravante, mais frequentes. Me permitirão, mais do que compartilhar com um eventual paraquedista digital, guardar, ordenadamente, as lições, as ideias, os olhares para dentro que arranquei das páginas que me aventuro a ler. É mais um auto exercício de organizar, lembrar, sintetizar e redigir. Se aproveitar a alguém, bom proveito. Se não, aproveito a mim.
Tumblr media
 Título: Sintomas Mórbidos – A encruzilhada da esquerda Brasileira
Autora: Sabrina Fernandes
Ano: 2019
Editora: Autonomia Literária
Formato: Digital
Estilo e Temas: Ciência Política. Marxismo. Atualidades
 Meu primeiro contato com a Sabrina Fernandes foi através de seu canal no youtube, Tese Onze. Fiquei encantado com a forma que ela abordava os temas, a atualidade, a simplicidade. Mais que isso, fiquei maravilhado de achar uma “blogueira” da esquerda em tempos que hordas de trolls, robôs e influenciadores digitais guinam rumo ao neo-fascismo. Suas análises marxistas, atuais e embasadas foram uma lufada de ar fresco. O sentimento foi de alívio: “que bom, alguém está fazendo isso!”.
 Uma coisa levou a outra, entre vídeos e acompanhamentos esporádico de sua trajetória, adquiri seu livro. E que bela aquisição e bem-vinda aquisição.
Antes de iniciar a resenha, importante esclarecer que as referências numeradas remetem a citações diretas do livro, cuja função é ajudar a definir conceitos, contextualizar e melhor expor o livro.
-
O livro da Sabrina propõe-se a ser um guia, sucinto, da conjuntura da esquerda desde as manifestações de junho de 2013. Sua tese central é de que, a crise da esquerda é uma crise de práxis e que os desdobramentos dessa crise vieram se consolidando de maneira mais repentina a partir da ruptura do evento que foram as jornadas de junho. Onde multidões[1] diversas e despolitizadas se encontraram e alteraram o status quo.
Aliás, para ela, as interpretações são múltiplas e por meio de diversas entrevistas de campo com diversos atores da esquerda, a autora dá voz à todas as interpretações do fenômeno de junho de 2013.
De base teórica fortemente inspirada em Gramsci, a autora afirma que estamos vivendo num interregno onde o velho ainda não morreu e o novo não está ainda pronto para nascer. Ou seja, nem a esquerda consegue organizar e nem o projeto da direita está coeso, apesar de hegemônico[2].
Hegemônico porque a correlação de força, por sua vez, girou nitidamente para a Direita[3], que se aproveitou das políticas petistas nos governos Lula e Dilma para se consolidarem[4]. Nesse sentido, Sabrina não poupa o PT de críticas, pelo contrário, mas também imputa considerável responsabilidade à Esquerda Radical.
Aliás, esse é um dos méritos mais consistente do livro, um didatismo esclarecedor, com conceitos bem destrinchados que nos ajuda a interpretar melhor os acontecimentos de junho de 2013 até a eleição do Bolsonaro.
A autora faz questão de delimitar os conceitos do que para ela seria uma Esquerda Moderada (PT, PCDoB, MST, CUT) e Esquerda Radical (PSOL, PCB, MTST)[5].
Igualmente, introduz e separa conceitos chaves como Pós-Política[6] e Ultra-Política[7]. Crítica e dialética, com o olhar firme na realidade, a autora não poupa a esquerda e analisa alguns casos em que os próprios revolucionários moderados e radicais usaram da pós-política[8] ou até da ultra-política como ferramenta.
Vanguardismo[9]. Sectarismo[10]. Trabalho de Base. Hegemonia. Progressismo. Todos os termos, e mais dezenas de outros comum ao jargão de esquerda, são trabalhados de uma forma didática e com os pés no chão, ligando diretamente os conceitos à questões que vivenciamos diariamente. Dessa forma, o livro ajuda a decifrar e entender os sentidos por trás de frases que ouvimos no dia a dia como:
- A esquerda precisa de unir.
- O PT não faz autocrítica (e ela explica por que)[11]
- Precisamos estar nas ruas para derrubar o _____ (governante de direita da sua escolha)[12]
- PSOL é capacho do PT[13].
- O PT fez conciliação de classes[14] e deixou de ser esquerda.
- O PCdoB é stalinista.
- Votei no Ciro como voto útil para não eleger Bolsonaro.
- PDT é esquerda?[15]
Suas referências são diversas no campo da esquerda. Mas os que mais aparecem são o já citado Gramsci, além do Paulo Freire, Slavoj Zizek e Jodi Dean.
Por fim, Sabrina trabalha o conceito de Melancolia na nossa esquerda, fragmentada[16] e canibal[17]. A Melancolia teria afetado tanto a ala moderada e a ala radical, o que levou ambas à uma espécie de limbo, cada um por seus motivos, no atual cenário brasileiro.
Idealista, utópica, como qualquer bom revolucionário, Sabrina propõe, ao final, uma organização mosaica[18] das esquerdas. Através do debate franco, entendendo as contradições, fazendo sínteses, a esquerda seria capaz de encaixar-se num azulejo de mesa para formar um bloco histórico capaz de mudar o rumo do país nesses tempos de interregno, porque “O novo, afinal, é, de certa forma, herdeiro do velho num interregno. É possível que carregue ainda traços problemáticos e viciosos. Não há garantias de virtude no novo.”
P.S. Essa resenha prenuncia meu retorno aos blogs, à produção de conteúdo, àquilo que me atraiu há mais de dez anos a ter criado o primeiro Relatividade Restrita, ainda no blogspot.
[1] (..) “a multidão não tem política. É a oportunidade para a política. A determinação de se uma multidão é uma multidão ou o povo é resultado de uma luta política”.283 283 Jodi Dean, Crowds and Party, Verso (London, 2016)
[2] O papel do socialismo é de construção de hegemonia, e, portanto, é necessário abordar mais que formas, mas também conteúdos, precisamente o do poder: sua tomada, sua destruição, sua reconstrução.
 [3] Provavelmente, o maior triunfo na luta política da direita pelas multidões em Junho foi a sublimação de uma crise classista politizada de representação (das tarifas à rejeição da política tradicional oligárquica) em uma questão moralista e antiesquerda contra a corrupção.
 [4] A despolitização no Brasil é o resultado indireto da conciliação de classes, dos métodos de coerção e da construção do consentimento na base do senso comum no poder, bem como do resultado direto do projeto de direita para remover, diluir ou contorcer a ideologia, alterar a consciência de massa, controlar a produção cultural e seus resultados, divulgar informações manipuladas e preconceituosas como legítimas (posteriormente elaborado como fake news e a era da pós-verdade), reter o pensamento crítico e impedir a organização e mobilização coletiva, desde a ação de partidos políticos até comícios locais.
 [5] A esquerda radical opõe-se ao capitalismo e se empenha na luta contra ele através dos explorados e oprimidos, enquanto a esquerda moderada opera sob as regras do neoliberalismo e frequentemente divide e coopta grupos radicais para neutralizar suas atividades.
 [6] A pós-política, modo de despolitização que descola a realidade material dos projetos e conflitos políticos da sociedade sob a ideia de que é tudo uma questão de gestão e de ética predominou por um tempo
 [7] Slavoj Žižek, em uma nota de rodapé em um livro de 1999: “A ultrapolítica recorre ao modelo de guerra, a política é concebida como uma forma de guerra social, como a relação para com ‘Eles’, para com um ‘Inimigo’.”314 314 Žižek, The Ticklish Subject, 241.
[8](...) a pós-política tem uma incompatibilidade inerente com a política da esquerda, porque cria um falso dilema, postulando que o problema do conflito não seria o conflito em si, mas a recusa da esquerda em se comprometer e se engajar em debates de conciliação tecnocrática com as estruturas do capital e da opressão. Žižek em Dean, “Žižek against Democracy,”
 [9] (...) vanguardismo, pois a tarefa crítica é delegada para lideranças que concentram a tomada de decisões e o exercício intelectual em seus grupos. Esse vanguardismo pode acabar gerando desconfiança não somente nas outras organizações, mas também internamente – mais uma vez, retroalimentando a lógica da cisão.
 [10] Para Gramsci, o dano do sectarismo relaciona-se com o conteúdo político das lutas: “Sectarismo é ‘apolitismo’ e, se você olhar para ele, o sectarismo é uma forma de ‘apadrinhamento’ pessoal, ao passo que falta o espírito partidário que é o elemento fundamental do ‘espírito público.’”426 426 Gramsci, The Modern Prince & Other Writings, 145
 [11] (..)autocrítica como um processo de formação de sínteses e transformação da prática que impactaria inclusive as regras vigentes do “jogo” dessa democracia liberal, tomavam a crítica como danosa – daí a confusão destrutiva entre crítica à esquerda e ataques pela direita.
 [12] A rua é meio, raramente é fim, quase nunca é começo.
 [13] O PT continua a homogeneizar o espaço de esquerda e a trabalhar com a esquerda radical somente quando espera instrumentalizá-la para a manutenção do projeto moderado.
 [14] Segundo Lula, “um governo de conciliação é quando você pode fazer mais e não quer fazer”.
 [15] Apesar das organizações aqui classificadas como esquerda moderada serem identificadas em outros espaços como centro-esquerda, mantenho aqui a distinção justamente porque na centro-esquerda, e em espaços gerais centristas, também se encontram organizações com viés progressista, mas cuja visão política não se atrela ao antagonismo da luta de classes.
 [16] Hoje em dia, a esquerda mal consegue se assegurar para a maioria da população como representante da luta por direitos básicos democráticos, quem diria pautas mais concretas que exigem a execução de um projeto político por parte da esquerda.
 [17] A fragmentação é ruim como parte de uma crise de práxis: ausência de sínteses entre a crítica e a autocrítica, o engajamento com despolitizações e a permanência da lógica da cisão como central ao desenrolar das várias organizações diante de dilemas.
 [18] (...) se faz necessário imaginar uma configuração que reconheça as diferenças legítimas de posição na esquerda brasileira, ao mesmo tempo que combata a melancolia, a lógica da cisão e permita um engajamento mais coordenado e consensual em tarefas de politização.
2 notes · View notes
ateaultimapagina · 1 year
Text
Resenha | "Doce Dandelion", de Micalea Smeltzer
Oi gente, como estão?! “Doce Dandelion” é mais do que uma história de amor… é uma linda história de amor-próprio. Foi uma leitura coletiva extremamente gratificante e necessária, uma ótima primeira experiência com a autora. Um romance doce, cheio de superação com personagens cativantes, menções a livros e incentivo à leitura, com certeza ganhou meu coração!! ❤📖 Espero que gostem tanto quanto…
Tumblr media
View On WordPress
0 notes
hcbraziliansfans · 5 years
Photo
Tumblr media
⚔️#lendothewitcher ⚔️ . #Repost @exlibris_sc 🐺Salve rivianos e rivianas! . Já se foram os 3 meses iniciais do projeto de Leitura Coletiva da Saga do Bruxo Geralt de Rívia! . A fantasia dark do polonês Andrzej Sapkowski é mais conhecida por ter sido adaptada como uma série de jogos pela @cdpred e agora estreando [muito provavelmente antes do Natal] como série original na @netflix @witchernetflix . . Nesses três meses venho conhecendo a fundo toda a história por trás de Geralt e cia e, sem dúvida alguma, “A Espada do Destino” ainda é o meu conto favorito. Mas, a experiência inicial em “O Último Desejo” foi arrebatadora e toda a sombra da guerra presente em “O Sangue dos Elfos” é, sem dúvida, de deixar a mão da espada tensa. . . Novamente tenho muito a agradecer aos corajosos witchers que embarcaram nessa jornada comigo. Vem sendo uma honra imensurável senhoras e senhores! . . Sapkowski surpreende além do esperado por apresentar muito mais que uma “simples” fantasia, trazendo nuances e dilemas que nos remetem à reflexões profundas a cerca do cerne humano. Tratando de preconceitos, atrocidades, a descoberta do amor nos lugares mais inesperados... Tantas experiências boas e ruins que juntas agregam e ensinam muito em tão pouco tempo. . Já mencionei diversas vezes e novamente reforço que essa saga agradará tanto os amantes de fantasia quanto os novatos nesse meio. . . 📝Em breve posto a resenha desse livrão para vocês! . . 📚Ah! E não poderia deixar de relembrar que a parceira @editorawmfmartinsfontes irá lançar TODOS os livros da saga em português com capa dura e com mapa na folha de guarda. Guardem suas moedas porque essa coleção vai ficar ainda mais épica! . . 🖤Muito obrigada a todos e sigam forte Witchers! . . E vem aí o TEMPO DO DESPREZO... . 🐺⚔️🐺⚔️🐺⚔️ . #naminhaestante #bookstagram #igliterario #thewitcher #geraltderivia #andrzejsapkowski #oultimodesejo #rpg #dicaexlibris_sc #bomdia #leituracoletiva #fantasia #lidosemsetembro #geraltderivia #thewitcher #andrzejsapkowski (em Kaer Morhen) https://www.instagram.com/p/B4Dyv8ehB1R/?igshid=1ro367b679id0
1 note · View note
diascevasta · 6 years
Text
El Toro Fuerte - Nossos Amigos e os Lugares Que Visitamos (2019)
Tumblr media
O olhar pragmático. É este distanciamento entre crítico e obra que se espera das resenhas que ilustram os cadernos de cultura dos poucos jornais que sobrevivem, imagino. Ou pelo menos, é o que mais ouço, ultimamente. Um entendimento puro e frio da obra, o mito da isenção jornalística. É o exame neutro dos pontos fortes e fracos da criação alheia. (In)felizmente não consigo ser assim. Me jogo, mergulho na obra e me permito sentir e ser afetado pelo que escuto. Acredito que tudo isso seja evidente ao longo dos textos que aqui publico. Com o novo disco da El Toro Fuerte não seria diferente. Na verdade, imagino que essa postura se intensifique ainda mais. Frente a tamanha exposição que se sujeita o próximo, me soa muito injusto não me envolver com o trabalho. E não se trata apenas do produto que ali se encontra, a própria alma de quem que cria está visível, vulnerável. Será que as duas coisas não se misturam?
Revelando-se para além da máscara do Rock Triste, injustamente atribuída — ou excessivamente atribuída —, o agora quarteto apresenta em NALV a multiplicidade de quem, de peito aberto, enxerga no outro o potencial do dividir e do multiplicar. Valorizando  uma perspectiva coletiva, todos são ouvidos num arranjo interno que manifesta-se num produto final que se complementa na diferença. Seria inevitável que, no centro dessa amálgama espontânea, a sonoridade da banda ganhasse uma forma mais complexa, eclética e polivalente. Desde referências mais óbvias, como o math-rock e midwest emo, presentes ao longo de todo o registro, até o intrincado mosaico formado por marcas sutis do hip-hop, se desenvolve a identidade do grupo numa narrativa que dedica-se à união de suas referências mil. Resultado disso é não só um trabalho amadurecido, mas o estabelecer de relações aprofundadas entre aqueles que integram a linha de frente, entre harmônicos e microfonias, mas também com quem compartilha do processo contínuo da criação.
Conscientes do motivo encarnado nas 13 faixas que compõem o álbum, edificantes ensinamentos sobre o companheirismo além do tempo dão a tônica do retrato que se desenha. No resgate de lembranças, desavenças e elucubrações sobre o desenrolar da vida, o registro explora um dos sentimentos primordiais da vivência humana em suas complexas relações. Longe da ingenuidade de quem forma o caráter assistindo Disney Channel, NALV é um tributo à amizade e às transformações que ela promove. Ainda que haja momentos de pura bonança, dias de tormenta são certos, e na convicção de não estar sozinho é que se pautam as músicas do disco. E de fato, a presença do próximo se faz palpável, através de participações especiais que transmitem a dedicação para com o outro em canções, síntese do que o disco representa. Desafios compartilhados, distâncias erigidas e a confiança inabalável sustentam o cenário em que se situam cada relação. Não há como negar que Nossos Amigos e os Lugares que Visitamos é coletivo, logo em sua essência.
Em convergência à temática de suas letras, há um maior entrosamento da banda em arranjos e estruturas. Tudo conversa muito melhor, em especial as linhas de guitarras. Diálogos concisos e coerentes, entre riffs e tappings, finalmente se estabelecem com a entrada definitiva de Fábio de Carvalho para a banda — desde 2016, pelo menos, ele já acompanha a banda em shows e na vida. Em visão ampla, é perceptível a liberdade de experimentações e consequente evolução do quarteto no decorrer do álbum. Por vezes, até mesmo a conservação de traços de outrora soam como escolhas amadurecidas. É impossível, por exemplo, desligar a intensidade, o arrebatamento, ao som da banda. E como fui feliz ao notar isso permanece intacto em NALV. Tenho um apreço especial por bandas que tocam como se dependessem disso pra respirar. Inevitavelmente, quem os ouve interioriza um pouco — ou muito — dessa intensidade, devolvendo-lhes em shows engajados e emocionantes. Se em Violeta, Terno Rei confirmou sua capacidade em criar hits, com NALV, El Toro Fuerte reafirma, mais uma vez, sua vocação para compôr hinos a serem entoados a plenos pulmões. Seu novo disco é a elevação máxima de Flagelo, no Breve, com a participação de todos os seus amigos.
Duração: 55 minutos Selo: Independente Gênero: Tropical Math Pop (rs) Melhores músicas: Aniversários São Difíceis, Nos Seus Movimentos, Santa Mônica, Hidra Você também irá gostar de: Def, Dads, Snail Mail, Quasar Nota: 9 lenços para enxugar as lágrimas
youtube
6 notes · View notes