App para rastrear mensagens de texto em outro telefone
É uma noite quando você vê uma mensagem suspeita no celular de sua esposa. Você está completamente surpreso. Com celulares disponíveis em todas as mãos, torna-se impossível saber o que as pessoas em sua vida estão fazendo em seus celulares.
Para obter essas informações, as pessoas começaram a recorrer a um aplicativos espiões de android as ajuda a ficar de olho em seus entes queridos. A vida se tornou tão agitada neste mundo acelerado, e você fica longe de seus entes queridos a maior parte do dia.
Às vezes, quando você não está disponível para apoio emocional ou qualquer tipo de resposta, seu ente querido geralmente recorre a alguém. Pode ser um amigo ou um ex-amante ou até mesmo um estranho às vezes. Tais ações podem levar à traição e mentiras.
Os celulares tornaram tudo tão conveniente. Seja para se conectar com várias pessoas rapidamente, para aprender sobre um assunto ou para obter qualquer serviço ou produto à sua porta, agora você pode fazer tudo sem os aborrecimentos de antigamente.
Você não conhece a pessoa que está enviando mensagens para seu ente querido além de você?
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O outro lado dessa conveniência é que ela também afetou nosso comportamento básico e nossa psicologia. Começamos a evitar esforços também em nossos relacionamentos pessoais. Isso transformou a maneira como vivemos nossas vidas agora.
Razões para espionar as mensagens de texto de alguém
Mentir ou trapacear digitalmente é um fato moderno que você não pode negar. As pessoas mentem por diferentes motivos e motivações, mas a maioria mente. Agora, nem toda mentira deve ferir ou ofender você. Pode ser uma pequena mentira inofensiva.
No entanto, se você vir alguns sinais de que deseja espionar um celular android mais recente, seu ente querido está usando-o para mentir. Listados abaixo estão os sintomas: -
1. Muitos detalhes
Você os viu enviando mensagens secretas para alguém. Você pergunta a eles a resposta e eles o bombardeiam com tantos detalhes que você se sente sobrecarregado com informações. Este é um sintoma clássico de um mentiroso onde eles dão uma resposta longa.
Dizem que são respostas bem ensaiadas e eles dedicam muito tempo a essas respostas. Tal resposta não acontece quando alguém está falando a verdade. Uma pessoa que fala a verdade dá apenas a resposta necessária e direta.
2. Respostas Simples
Suas perguntas serão respondidas com respostas simples. Respostas simples geralmente acontecem quando uma pessoa está mentindo, pois especialistas opinam que o cérebro luta para criar uma mentira elaborada. Você pode notar suas expressões quando falam uma mentira.
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Muitas vezes, essas serão respostas vagas e simplistas para algumas questões muito complexas. Tipo, sua agenda e planos para os próximos meses ou até dias. Como há família, amigos, trabalho e vários aspectos da vida que você não pode planejar, uma resposta simples pode ser um grande sinal.
3. Falando na 3ª Pessoa
Você vê uma mensagem de aparência suspeita no iPhone deles e eles rapidamente ocultam a tela de você. Você exige uma explicação e eles começam a falar no tom da 3ª pessoa. O software espião para iPhone pode ser usado para espiar.
É vista como uma tática do mentiroso se distanciar da situação e depois falar sobre o envolvimento de outras pessoas no caso. Isso serve para distrair a pessoa que faz a pergunta do tópico.
4. Repetindo a pergunta
As pessoas que mentem e trapaceiam geralmente tendem a desacelerar a situação. Eles levarão seu tempo ouvindo a pergunta e ainda mais tempo com suas respostas. Uma das técnicas mais comuns é que eles pedirão para você repetir sua pergunta.
Em seguida, eles provavelmente repetirão a pergunta antes de uma simples negação. Este é o cérebro deles dando a si mesmos algum tempo para se preparar para dizer a mentira. Eles tentarão fazer o rosto, as palavras e a linguagem corporal adequados para fazer isso.
5. Procure Contradições
Os psicólogos costumam apontar contradições na aparência geral de uma pessoa quando ela mente. Essas mudanças podem ser bastante sutis ou bastante óbvias em muitos casos. Pode estar entre as palavras e os rostos ou entre a voz e as palavras.
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Estas são reações subconscientes à pessoa que fala a mentira. Essas contradições podem mudar a maneira como a pessoa fala. Um falador rápido pode mudar para palavras faladas muito lentamente, e vice-versa acontecerá.
Como os aplicativos espiões ajudam você a rastrear as mensagens de texto de alguém
Apesar do advento de tantos canais de comunicação, uma mensagem de texto ainda é o modo preferido de comunicação para muitos. Com tantas distrações na vida hoje em dia, as pessoas costumam mentir ou trapacear por meio de mensagens de texto.
Você pode usar um confiável aplicativo monitorador de celular todas as suas mensagens. Vamos discutir como os aplicativos espiões podem ajudá-lo a fazer isso e muito mais:-
O aplicativo espião permitirá que você veja todas as conversas em seu painel personalizado
Todos os contatos com os quais as conversas acontecem estarão disponíveis para você
O software de monitoramento de celular fará capturas de tela ao vivo de tempos em tempos
Além disso, você também obterá: -
Monitorar Whatsapp
Rastrear sites de mídia social
Veja todos os contatos e agenda de calendário
arquivos multimídia
Exibir registros de chamadas com detalhes
Obtenha o histórico do navegador
Conclusão
Os celulares nos conectaram a todos e isso também com o toque de alguns cliques. Também nos distraiu de nossas prioridades na vida e segue o caminho mais fácil para a gratificação instantânea. Portanto, as pessoas mentem e trapaceiam para fazer isso. Um software rastreador de celular permitirá que você obtenha todas as mensagens de texto e muito mais com algumas etapas simples.
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CÉU.
tw: não quero falar muito pra não dar spoiler, mas é aquele mesmo esquema de sempre ok? assuntos sensíveis descritos e tal.
n/a: eh gente, enfim, o fim. qro agradecer todo mundo que leu e viu potencial em purgatório, eu fico imensamente feliz com o rumo que essa história pequena tomou. chegou a hora de dar adeus ao nosso tenente Na. tá meio grandinho ent me perdoem se tiver algum erro. muito obrigada pelo apoio e boa leitura, vejo vocês depois!
Jaemin nunca hesitou em tomar decisões difíceis. O Na, geralmente, sabe qual é a coisa certa se fazer.
Acordar naquela manhã não foi um grande desafio, uma vez que teve seu sono parcelado durante toda a noite. Toda vez que fechava os olhos e tentava dormir por algumas horas sua cabeça o assombrava com diversos cenários onde segurava um corpo pequeno e sangrento envolto numa manta rosa. Então, quando olhou pela pequena janela do quarto que estava e viu que o sol já começava a nascer, desistiu de tentar descansar e se levantou.
A zona de quarentena era grande e Jaemin ficou surpreso que ela estivesse tão silenciosa àquela hora da manhã. Seus muros altos de concreto isolavam qualquer som que pudesse ser ouvido do lado de fora, impossibilitando qualquer coisa de entrar sem ser convidada. Os corredores do antigo alojamento eram compridos e repletos de portas por todos os lados, e a medida que ia andando por lá sentia a sensação de que nunca chegaria no final.
Dando um suspiro cansado, o rapaz para em frente uma das portas e dá dois toques, sendo autorizado a entrar logo em seguida. Ao girar a maçaneta e entrar na sala a primeira coisa que vê é o coronel sentado atrás da mesa em sua cadeira giratória, vendo alguma coisa através da tela do computador. Mas logo ele direciona sua atenção a Jaemin.
— Tenente Na, bom dia. Está de pé cedo — o homem diz e aponta para a cadeira em sua frente — Vamos, sente-se. Temos coisas a conversar.
Soltando um pigarro, ele faz o que lhe foi dito e se senta a frente do coronel. E então, entrelaça as mãos na frente do corpo. Qualquer um que o visse perceberia a aparência cansada do Na, os olhos fundos e a pele pálida. Estava impaciente e ansioso, tinha dias que não fazia ideia do que era uma noite tranquila. E, principalmente, estava preocupado.
— Coronel — respirou fundo — Meu rastreador parou de funcionar. Tem, pelo menos, duas horas que eu não tenho nenhum sinal vindo dela.
— Veja isso — o coronel vira a tela do computador na direção de Jaemin e o permite ver o que ele assistia ali — Temos pelo menos três acessos de rastreio e nenhum deles está funcionando agora. Meu palpite é que ela está em alguma área mais alta que dificulte o sinal. E, caso eu esteja certo, ela não deve estar muito longe.
Jaemin passa a mãos pelos cabelos e bufa alto, escorregando o corpo na cadeira.
— Que droga, e o que vamos fazer a respeito? Já não devíamos ter ido atrás dela? — a voz dele treme ao dizer — Caramba, não temos como saber onde ela está. Isso não é motivo pra comoção?
O coronel assente e ajeita os óculos.
— Com certeza, tenente. Não ache que estamos ignorando o fato da sua namorada estar vulnerável e sozinha — o mais velho diz e Jaemin teme ter sentido uma pitada de veneno escorrendo entre as palavras dele — Vamos colocar uma das tropas atrás dela daqui a uma hora, não tem com quê se preocupar.
Ao ouvir o Na sente como se um peso tivesse sido tirado de seus ombros, mesmo que sua vontade fosse de sair atrás de você naquele momento. Mas sabe que aquilo é o melhor que conseguiria dentro das possibilidades que tinha, então só lhe resta deixar com que o alívio tome conta de seu corpo.
— Fico grato em ouvir isso. Já que sairemos logo, eu vou me preparar. Onde nos encontramos pra ir? — agradece e faz menção de se levantar, sendo impedido pela mão estendida do coronel.
— Na verdade, Jaemin — ele começa e o Na estranha o uso de seu segundo nome, já nunca o chamam de algo senão o seu sobrenome — Tinha pensado que talvez fosse uma boa ideia que você ajudasse os outros tenentes a supervisionarem a zona. É um dos melhores em sua função.
Aquilo faz com que uma expressão incrédula estampe o rosto do rapaz, que agora sim se levanta e apoia as mãos na mesa, aproximando seu corpo do rosto do coronel.
— Não está sugerindo que eu fique aqui enquanto vocês vão atrás da minha mulher, está?
O tom de voz que Jaemin assume causa uma certa hesitação no coronel ao responder, afastando a cadeira alguns centímetros para trás.
— Vamos fazer questão de trazê-la em segurança, sabe que...
A fala do coronel acaba tão rápido quanto começou, quando, com sua paciência em seu estopim, Jaemin avança sobre ele e lhe desfere um murro no rosto, jogando longe o seu óculos e quase o fazendo cair pelo combo do impacto com a surpresa. O Na se afasta e sacode a mão que usou para socá-lo, suspirando e tombando a cabeça para o lado.
— Uh, nada mal — dá uma risada soprada e volta a olhar para o homem que tenta se recompor — Então, onde nos encontramos, coronel?
— Pode se colocar a postos em frente ao camburão, Tenente Na.
Nos próximos sessenta minutos que se seguem, Jaemin gasta seu tempo ajeitando o quarto para a sua chegada. O colchão é de casal e inflável, assim como o que compartilhavam na cabana e estava forrado com lençóis e edredons limpos. Ao lado, um colchão de espuma sobre um estrato de madeira estava posto com um edredom branquinho e fofo. Lá, o rapaz planejava colocar o cesto que tinha feito a algumas semanas, numa espécie de berço improvisado. Não sabia qual seria o estado que te encontraria, mas queria deixar tudo o mais confortável possível. Pensando nisso, ele usa um dos lençóis como cortina e até consegue uma escova de cabelo, pois sabe que você odeia ficar com o cabelo despenteado.
Ele para no centro do quartinho não muito grande. Olha ao redor, a procura de mais alguma coisa que possa arrumar. O espaço não era muito, mas presume que seria o suficiente para abrigar a sua pequena família, pelo menos por enquanto. Logo mais você e o neném de vocês estariam ali, com ele, finalmente. E não importa o quanto a cabeça de Jaemin tente o convencer do contrário, o garoto se agarra fielmente na esperança de tê-la em seus braços dentro de algumas horas, de conversarem sobre como passaram esses últimos dias e matarem a saudade que sentem um do outro.
Saudade. Jaemin sente saudades suas, a todo momento. O peito dele vibra ao pensar em você, toda santa vez. E apenas a possibilidade de algo te acontecer faz com que todos os pelos do corpo dele se arrepiem. Por isso, ele evita pensar nisso, distrai a mente traiçoeira com o novo rádio que ganhou quando chegou até a zona de quarentena. Ouve as músicas chiadas que tocam, com o aparelho dançando entre os dedos.
( • • • )
— O que aconteceu com seu olho, coronel? — um dos tenentes pergunta com a voz abafada pelo capacete. O coronel, que está sentado no banco da frente no camburão de seis lugares, solta um pigarro desconfortável.
Em um cenário diferente, Jaemin precisaria disfarçar seu sorriso de escárnio enquanto assiste o homem procurar alguma desculpa para o hematoma que ficou em seu rosto mais cedo. No cenário atual, porém, ele está mais preocupado em controlar sua ansiedade que o corrói aos poucos.
Estão dirigindo sem um destino certo faz alguns minutos, o que só aumenta a tensão dentro do veículo. O Na está sentado em um dos bancos do meio e tem seu olhar alternando entre o rastreador no painel e as janelas, a procura de qualquer coisa que indique que você esteve alí.
O percurso é complicado. Uma chuva grossa cai sobre a estrada dificultando a visibilidade do motorista, além dos corpos que causam solavancos repentinos no carro. O sinal continua falhando e a junção de tudo aquilo resulta na atmosfera pesada que todos os oficiais compartilham, todos atentos e em alerta.
— Foi por essas bandas onde tivemos o último sinal dela — o coronel diz, quebrando o silêncio — Não dá pra saber exatamente qual caminho ela seguiu depois daqui.
— Pode ser que ela não tenha tentado ir pra zona de quarentena — um dos tenentes do banco de trás pontua — O que dificultaria ainda mais a busca.
— Ela tem um mapa, eu deixei na mochila — Jaemin entra na conversa, os olhos ainda na janela — Ela sabia exatamente pra onde tinha que ir.
— Isso não quer dizer nada — o mesmo tenente continua — As chances dela ter desistido no meio do caminho são consideráveis. Ela, inclusive, deve achar que você está morto agora, tenente Na.
Assim que termina de ouvir aquelas palavras, Jaemin vira o corpo para trás e arquea as sobrancelhas, indignado.
— Qual o seu problema? O coronel já não disse que ela está nas redondezas? — se exaspera.
— Acontece que não dá pra descartar a hipótese. Nenhuma hipótese — a voz venosa diz, o que faz Jaemin sentir seu sangue ferver — Isso inclui a hipótese de termos perdido o sinal porquê ela...
— Você não ouse terminar essa frase caso não queira que eu quebre seu nariz.
O tom esbravejado do Na faz com que o outro tenente engula suas palavras e fique quieto, levantando as mãos como quem se rende. Jaemin, satisfeito com o fim da conversa, volta para sua posição original e precisa de todo seu autocontrole para não começar a hiperventilar. Sabe que tudo o que menos precisa no momento é deixar que sua ansiedade tome conta da situação.
— Parece... Parece que estamos com sinal — o motorista fala, finalmente, o que causa uma comoção no camburão.
— Como é? — Jaemin inclina o corpo para frente para conseguir ver o rastreador e enxerga, com a imagem bem falhada, a setinha parada no lugar — Mas está parado.
— Vamos até lá, antes que o sinal caia de novo — o coronel ordena e o motorista acena positivamente com a cabeça — Quando chegarmos lá eu quero que se coloquem a postos. Estão todos devidamente equipados?
Todos concordam, então o coronel direciona seu próximo comando a Jaemin.
— Tenente Na, deixarei que tome frente. Sei que cumpre seu trabalho com excelência no batalhão e não será diferente agora — faz uma pausa — Seja cauteloso e tome cuidado.
Jaemin assente.
— Obrigado, coronel. Eu não serei nada além de cauteloso — agradece.
Então, finalmente chegam no ponto que o rastreador marcava. Todos descem do camburão com suas armas prontas e o Na assume a frente de todos os tenentes.
O lugar é terrível. É um córrego que dá direto no esgoto e corre veloz até o rio mais próximo. De primeira, não veem pragas pelos arredores, na parte superior. Mas Jaemin vê uma coisa, uma que faz com que seu coração imediatamente aumente o ritmo das batidas. Ele vê a mochila que deixou com você algumas semans antes, aberta. E de longe, consegue enxergar a ponta rosa lá dentro.
❍
— Aguenta aí só mais um pouquinho, por favor.
Você implora ao bebê dentro da sua barriga. Bebê esse que estava se preparando para conhecer o mundo. E você estava mais que ciente disso, sentia em cada célula do seu corpo o quanto ele estava pronto para, enfim, conhecer a realidade em que estavam vivendo.
Passou o dia inteiro sentindo dor, no começo eram só incômodos e te atrapalhavam na hora de andar. Agora estavam insuportáveis. Sabia o que aquilo significava, o que os intervalos cada vez mais curtos entre as dores queriam dizer. E estava apavorada. Aproveitava os poucos segundos de sossego que tinha para correr e a cada começo de contratação que sentia, seus olhos se aguavam e suas pernas tremiam.
Estava dando seu melhor para achar uma saída, para achar uma forma de ter seu neném em segurança, mas parecia cada vez mais difícil. Se sentia fraca, física e mentalmente. Tentava encontrar forças entre os episódios doloridos, procurando por uma direção em que pudesse seguir. E é no meio do seu percurso quando sente seu ventre repuxando, a sensação agonizante descendo por suas coxas e se estendendo por suas costas.
A dor é tanta que te enfraquece as pernas e te tira a estabilidade, o que te leva diretamente ao chão, caindo de joelhos na água suja e corrente do córrego. Em outras circunstâncias seu estômago se embrulharia pelo cheiro terrível de esgoto, alí, no entanto, só tem espaço para a dor. É de longe a pior coisa que já sentiu.
Apoia as mãos no chão também, tenta controlar sua respiração quando a contração começa, a água da chuva escorrendo por suas costas e molhando seu cabelo, suas roupas e tudo ao redor. É preciso muito esforço para não gritar, a última coisa que precisa é que alguma praga te ouça e vá atrás de você. Por isso, se limita a gemer angustiada, apertando as unhas na ferida quase cicatrizada em sua perna para se distrair da dor do seu trabalho de parto. Seus dedos afundam na carne aberta, o sangue se acumulando sob suas unhas. Sente arder e morde o lábio inferior.
— Filha, m-meu amor, me ajuda. Eu preciso de f-força pra tirar a gente d-dessa — murmura com a cabeça baixa, as lágrimas se misturando com a chuva — Vou achar um cantinho p-pra você sair daí, o-ok? Só segura as pontas pof m-mais um temp-pinho.
E então, você espera até que o próximo intervalo chegue e se levanta com dificuldade, deixando a mochila com o restante de todas as suas coisas para trás. É porém, surpreendida quando seu corpo é fortemente jogado para frente por um peso que vem de trás. Cai com a barriga no chão e bate o rosto na terra molhada, tem pouco tempo para assimilar o que aconteceu quando ouve os grunhidos que já estava tão familiarizada.
É ágil para virar com as costas no chão e ficar frente a frente com a praga que te derrubou. O infectado é obviamente mais forte que você naquele momento, que usa de todo o resto da força física para segurar o pescoço dele e manter aquela boca asquerosa longe de você. Porém, teme que não consiga se livrar da praga antes que sua próxima contração aconteça, e pensar nisso faz com que seu corpo aja no automático, porque isso sim seria um problema.
Em um movimento arriscado, você usa o antebraço para se proteger da fúria do morto-vivo enquanto a outra mão procura por qualquer coisa que te ajude a se defender. A cada segundo que passa fica mais complicado impedir que a praga se aproxime muito de seu rosto e é quando ela está com a boca em volta do seu moletom que você acha o revólver que foi jogado da mochila e atira na cabeça da praga. O tiro faz com que ela caia para trás e você sente a fúria tomar conta de seu corpo, o que te faz usar a arma para bater no crânio do bicho diversas vezes. Você bate, bate com tanta força e tantas vezes que o sangue espirra no seu rosto, a cabeça que golpeia já está aberta e o corpo imóvel. Você só para quando sua barriga volta a endurecer, te fazendo levantar devagar.
Vai em passos apressados na direção em que o córrego corre, descendo uma pequena ribanceira que dá na área coberta e apertada do canal de esgoto. Alí a água bate em seus tornozelos e o pouco espaço te deixa claustrofóbica, mas o que realmente traz a tona seu desespero é ouvir os grunhidos vindo do lado de fora ao mesmo tempo que sente uma pressão em seu baixo ventre.
E também quando percebe que a água agora está abaixo de seus joelhos.
Não tem muito tempo para assimilar quando volta a sentir dor. Essa diferente das anteriores, vem acompanhada de uma ardência na sua região vaginal. Sua consciência vai se formando, ao decorrer da intensificação da dor você sente uma urgência em empurrar. E em gritar. Precisa desesperadamente externalizar aquilo que está sentindo e que te rasga por inteira.
— Merda — geme e aperta os olhos com força, as pernas começando a ficarem submersas e as têmporas suando — Meu neném, perdoa a mamãe, tá bem?
E então você grita. Vem de dentro do peito e rasga a garganta, acompanhado de lágrimas grossas que caem dos seus olhos. Mas, incrivelmente, você não ouve sua própria voz. Ela é abafada por um barulho de tiro que não falha em te alarmar.
Está prestes a entrar em estado de pânico, com aquela dor infernal e a água já em sua barriga quando inclina o pescoço para cima, pronta para gritar outra vez quando vê a silhueta de alguém.
E o seu grito fica preso quando o boné preto chega ao seus olhos.
❍
São necessários alguns minutos até que você consiga abrir completamente os olhos. A claridade incomoda um pouco e te é estranha, assim como a superfície macia em que está deitada. Respira fundo, uma, duas, três vezes antes de olhar ao redor, não reconhecendo o lugar que está e a mente trabalha devagar. Flashs de memória te doem a cabeça e seu corpo está pesado, se sente cansada mesmo que tivesse acabado de despertar.
Inclina o pescoço para o lado e então visualiza a provável cena mais linda que já presenciou na vida, aquela que ficará gravada para todo o seu sempre. Que faz o ar se esvair do peito.
Ao seu lado, sentado no colchão de espuma e com as costas apoiadas na parede, Jaemin tem em seu braços um pequeno corpo embalado na manta rosa. Ele se remexe devagarinho para os lados e tem um sorriso bobo nos lábios enquanto murmura alguma coisa que você não consegue ouvir.
Jaemin te olha. O sorriso, então, dobra de tamanho.
— Bom dia, mamãe.
Você engasga um pouco para responder, é muita coisa para assimilar. Jaemin está vivo? Onde estão? Nos braços dele, é o neném de vocês? O que aconteceu? Tem vontade de disparar todas essas e mais algumas perguntas, mas tudo que seu cérebro processa são os resmungos que vêm daquele serzinho minúsculo.
— Oi — é o que consegue dizer, enfim. Morde o lábio antes de continuar, confusa — Está... é... tudo bem?
Ele ri soprado e se arrasta para sentar ao seu lado.
— Estamos bem — responde, então se inclina na sua direção — Eu e essa mocinha aqui.
Ouvir a confirmação só colabora com seu estado fragilizado. Sente o nariz arder e não sabe se o motivo é o choro chegando ou a cicatriz que o enfeita.
— Ela? — pergunta, o pomo de adão sobe e desce devagar a medida que vai tomando consciência das coisas — Então você tava certo.
— Vamos dar oi pra mamãe? — Jaemin fala com a bebê e olha para você — Quer carregar?
Assente repetidas vezes, os braços se estendendo na direção dos dois. Tudo que mais quer é finalmente conhecer sua filhinha, tê-la nos seus braços. E quando finalmente a tem contigo, sente como se estivesse carregando o mundo. O soluço se prende na garganta quando a olha, pequenina e quietinha. Os olhinhos estão abertos e a linguinha brinca dentro da boca enquanto ela resmunga. Usa seu dedo indicador para acariciar o cabeleira escura dela e logo o sente ser agarrado pelos dedos miúdos dela.
— Oi, filha — sua voz embarga e os olhos marejados olham para Jaemin — Oi, amor.
Vê quando o rapaz ri e se deita ao seu lado, deixa um beijo singelo na sua testa.
— Ei, minha linda. Como está se sentindo? — ele pergunta, manso e suave feito uma pluma — Você tirou uma soneca e tanto.
— Por quanto tempo eu dormi?
— Pouco mais de quinze horas.
Seus olhos se arregalam em espanto.
— Caramba, você ficou sozinho com ela todo esse tempo? — Jaemin assente e você suspira. Tem muitas coisas que gostaria de perguntar a ele no momento, mas escolhe esperar. Volta a olhar para sua pequena e sorri acanhada — Ela é linda, Nana. Tem o seu nariz.
Ouve quando ele concorda, usando os cotovelos para se apoiar no colchão e ficar mais próximo de vocês.
— Vocês foram muito fortes, juntas. É compreensível que tenha ficado tão cansada —Jaemin diz — Ela é muito boazinha, chorou muito pouco desde que nasceu.
— Coitadinha, deve estar morrendo de fome.
— Como você apagou, as enfermeiras deram mamadeira com fórmula para ela — ele explica, cuidadoso — Espero que não se importe.
Você suspira aliviada.
— Acho até melhor, na verdade. Não devo estar no meu estado mais saudável — aproxima o nariz do rostinho bochechudo da sua filha, sentindo seu cheirinho de bebê — Minha pequena. Nem acredito que está aqui, finalmente.
Você e Jaemin sorriem em sincronia, então você direciona o olhar a ele.
— Isso serve pra você também, temos muito o que conversar — e ele concorda, ciente de que precisariam se atualizar das coisas — Mas, por agora, eu tenho outra coisa para perguntar.
Jaemin sinaliza para que diga.
— A gente não falou sobre nomes — pontua.
Durante sua gestação conturbada, a última coisa que paravam para pensar era em qual nome dariam ao bebê quando ele nascesse. Até mesmo quando estavam nos estágios finais, aquilo nunca chegou a ser uma pauta.
— Eu pensei em Sae Yoon — Jaemin diz, baixinho — E olhando pra ela agora, acho que realmente combina.
O nome te soa agradável aos ouvidos, sabe exatamente de onde vem aquele sentimento de familiaridade que te arde os olhos. Quando olha para a recém nascida, que agora tem os olhinhos fechados e a respiração serena de seu sono sossegado, não imagina que tenha outra alternativa. Então, sorri para ela.
— Sae Yoon é bom. É ótimo na verdade — compartilha, alternando o olhar entre a criança e o pai — Combina com a sua irmãzinha, né? A Bomie ia adorar te conhecer, minha princesa. Ela ama você, assim como a mamãe e assim como o papai. Minha Sae Yoon.
Porquê não querem perturbar o soninho dela, vocês a deixam descansando no cesto e Jaemin se em prontifica ficar de olho nela enquanto você vai tomar banho e comer alguma coisa. A água do chuveiro é gelada e o banheiro é apertado, mas nada pior do que o que teve que passar nos últimos dias, então tira a roupa de bom grado por ter, pelo menos, onde se limpar.
Tira a calça e o moletom em seguida, esse último que gruda ao passar as mangas pelos braços. Você estranha o acúmulo de sangue no tecido e usa o pequeno espelho para ver seu antebraço. Para ver seu antebraço machucado em tons roxos, verdes e vermelhos. E com marcas pontiagudas naquela área, marcas de dentes.
Se dá conta mais rápido do que queria. Está infectada.
❍
Jaemin terminava de tirar os pertences de dentro da mochila quando você deixou a mamadeira de lado, a neném aparentemente satisfeita. A coloca com o corpo ereto e dá tapinhas nas costas dela, tentando fazer com que ela arrote. Tudo isso enquanto observa o Na organizar as poucas coisas que tinham.
— O coronel falou alguma coisa com você? — pergunta depois de um tempo, atraindo a atenção de Jaemin para si.
— Não. Você precisou ir fazer aqueles exames, né — ele diz sem te olhar. E ainda bem, porquê ele te conhece bem e perceberia seu nervosismo apenas em olhar para você — Como foram?
Hesita. Seu primeiro pensamento é contá-lo, dizer a ele que foi mordida e não sabe quanto tempo tem até que sinta fome e sede demais, que seus instintos falem mais alto e você precise se saciar com a sua família. É dizer que sente medo de que, agora que finalmente estão juntos, tenha que se separar deles outra vez. Que tem medo de ficar sozinha.
Mas não diz nada disso, engole todas essas palavras e disfarça sua ansiedade em ninar sua filha em seus braços, dormindo serenamente.
— É, tudo certo — então ouvem o arroto meigo que ela dá, o que causa uma risada nos dois. Você a deixa deitadinha no colchão que compartilham e se levanta, indo até ele e o abraçando pela cintura, o rosto escondido em seu pescoço — Senti saudades.
Sente o corpo dele vibrar.
— Eu também, não faz ideia do quanto — Jaemin confessa com um suspiro — Não consigo nem imaginar como seus dias devem ter sido.
— Acho que nem alguns anos de terapia vão ser suficientes quando tudo isso acabar — brinca e o vira para você — Nana, eu quero que me prometa uma coisa.
Vê o cenho dele se franzindo.
— Quero que me prometa que vai proteger Sae Yoon antes de tudo, independente do que acontecer — a voz treme ao pedir, as mãos sobem até os ombros dele e seguram ali — Ela precisa de você. Igual eu preciso de você, sabe? Mas eu... eu não consigo protegê-la sozinha. Então eu quero que você me prometa que sempre vai colocar ela em primeiro lugar.
— Não tô te entendendo — o rosto dele está repleto de confusão — Que história é essa?
— Me promete.
Engolindo em seco, o rapaz desvia o olhar para a bebê encolhida no colchão e logo volta a olhar para você, então, ele assente.
— Sim, meu amor. Vou proteger nossa pequena a todo custo, nem que minha vida dependa disso.
Você balança a cabeça positivamente, satisfeita, e a deita no peito dele.
❍
Quando tiveram aquela conversa, Jaemin não a associou a nada naquele momento. Viveram os próximos dias tranquilamente, vocês três em seu próprio mundinho que consistia apenas na pequena família. Os dias na zona de quarentena ficaram mais agitados ao decorrer do tempo, as pessoas iam chegando e o lugar ia ficando cada vez mais cheio. Com aquilo, Jaemin era chamado de vez em quando para ajudar em alguma patrulha ou até mesmo para ajudar a abrigar as novas pessoas que iam chegando.
Em uma das tardes em que estava com o restante dos tenentes no saguão do alojamento, o rapaz volta para o quarto que dividiam e, assim que entra, ele estranha quando não vê nenhuma de vocês duas alí.
Se prepara para dar meia volta e ir procurá-las no refeitório ou nos banheiros quando é surpreendido com o som de dentes batendo. Virando o corpo, ele te vê no cantinho do quarto. Você se contorce no chão, tentando se soltar das cordas amarradas em volta do pescoço e dos pulsos, cordas que provavelmente foram você mesma quem amarrou. E Jaemin não reage de imediato.
Ele acha que está sonhando ou que aquilo era um tipo de miragem. Era mesmo você? Não, não podia ser. É do que ele tenta se convencer. Mas seu moletom de bolso é inconfundível, mesmo que coberto de sangue como estava agora.
Sangue. Jaemin se alarma.
Sua visão percorre toda a extensão do quarto e ele não a encontra. Nem sinal dela e aquilo o desespera, o fazendo correr até você.
— Droga, cadê ela? — ele tenta. Chega tão perto que te deixa agitada e permite que ele enxergue seus olhos brancos e as veias aparentes por todo seu rosto e pescoço — Você não... né?
Apenas pensar na possibilidade o deixa em pânico. Jaemin se coloca sobre seu corpo e aproveita da sua imobilidade para te cercar.
— Onde ela tá, hein? Me diz. Me diz onde ela tá. Porra, eu não acredito — o rapaz se exaspera, grita cada vez mais alto e se frusta quando isso surte cada vez menos efeito — Eu não acredito.
O pânico ameaça a dar lugar para o medo a medida em que ele te vê não corresponder a nenhum de seus comandos. A consciência do que está acontecendo o toma, e os olhos se embaçam, o peito sobe e desce com velocidade. Sente seu aumentando. Se sente derrotado. O corpo inteiro tremelica e ele se aproxima cada vez mais do seu corpo.
— Isso não tá acontecendo, né?,
Mas enquanto as lágrimas grossas molham todo o rosto bonito do rapaz, mais ele tem certeza. Te ver daquele jeito crava nele, alí, a maior das cicatrizes que nem seu trabalho arriscado o daria. O deixa arrasado e rasga seu coração. Ver seu olhos se revirando e sua boca tentando mordê-lo a todo custo deveriam ser o suficiente para fazer com que ele tivesse certeza do que o destino reservou a vocês.
Jaemin nunca hesitou em tomar decisões difíceis. O Na, geralmente, sabe qual é a coisa certa se fazer.
E suas mãos tremem quando pega o revólver que parece dez vezes mais pesado do bolso. Ele te fez uma promessa, e vai cumpri-lá olhando para o que sobrou de você naquele chão. Os incontáveis soluços de Jaemin lhe tiram um pouco da estabilidade mas não o impedem de enfiar a arma na sua boca. E o dedo no gatilho não demora mais que dois segundos para disparar.
Enquanto observa você morta por suas próprias mãos, a única coisa que o tira a atenção é o som do choro fino e abafado vindo de dentro da mochila, sobre o colchão o inflável de casal.
E Jaemin, finalmente, se permite respirar.
❍
O sol é agradável o suficiente para aquecer pai e filha que caminham pela área externa do alojamento, a bebê com a bochecha no ombro dele e ele, com uma das mãos ocupadas pelo seu pequeno rádio. Estão sentados no chão "conversando".
— Pois é, Yoonie. Você acredita que ela não queria que eu comesse o donut? Eu sei, zero necessidade — deu uma risada quando ela resmungou, entendendo aquilo como um sinal de concordância — Enfim. Tenho uma coisa pra te mostrar, minha princesa. Está ouvindo o papai?
Jaemin esperou cinco segundos e balançou a cabeça.
— Ótimo, vamos lá.
O Na, então, tirou um cartão de memória do bolso da calça e o conectou no rádio, dando play na gravação de áudio logo em seguida.
"Que coisa de velho. Enfim, bom dia! Se vocês estão ouvindo isso é porque hoje é meu aniversário! E com 'vocês' eu quero dizer Nana, nenê e eu, só que alguns meses mais velha. Amor e filha, não preciso de grandes presentes, ok? Vocês são meu maior tesouro. Mas, Jaemin, não se esqueça do meu Oasis, quero ouvir Wonderwall o dia todo, se vira pra arrumar esse seu rádio velho. E pelas minhas contas nossa garotinha já deve ter nascido, então não vou fazer graaandes planos. Quem sabe no ano que vem, né? Enfim. É isso. Um beijo pra vocês e parabéns pra mim!"
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