#queimando filme
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ciaospiriti · 1 year ago
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imninahchan · 9 months ago
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𓂃 ഒ ָ࣪ ⌜ dev patel headcannons ⌝ ⸙. ↷
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ↳ sfw + nsfw.
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[✰] literalmente o maior malewife patético do mundo. Se apaixona por ti à primeira vista, daqueles que até pensa pronto, vou casar com essa mulher e vem chegando devagarzinho, porque é tímido e tem medo de mulher bonita;
[✰] no primeiro beijo, na cabecinha dele vocês já tão namorando. Manda mensagem no outro dia dizendo bom dia meu anjo😊 dormiu bem?, pergunta o que você tá fazendo de bom e marca um encontro o mais rápido possível. E é tão bom estar ao lado dele, pois da pra sentir pela energia dele o quão romântico e nerdzinho ele é. Tudo tá bom pra ele, se preocupa se você está gostando, e o melhor: não muda nadica de nada quando estão, finalmente, namorando;
[✰] como o relacionamento de vocês é uma mistura de culturas, ele se mostra muito empenhado em desbravar o brasil e o seu estado. Se perguntar, não há nada no brasil que o desagrade (mas é porque ele é do tipo que gosta de agradar todos, principalmente pra sua família gostar dele). Vai estar de bermudinha e regata velha no sofá da casa da sua mãe, naquele calor do verão brasileiro, tomando cafezinho quente, comendo um pão de sal e assistindo caminho das índias na televisão;
[✰] e por falar em caminho das índias, dá o segundo capítulo da novela e tá a sua mãe, a mãe dele, ele e o pai dele tudo na sala assistindo. A sua sogra dizendo que a juliana paes parece muito uma prima que ela tem, e chocada em saber que ninguém ali do elenco tem ligação com o sul asiático. O dev assistindo as cenas da maia dançando e deitando a cabeça no seu ombro, discretamente, com um sorrisinho, pra perguntar bem que você podia dançar assim pra mim também, hein?;
[✰] embora super fascinado com o brasil, ele demora um pouquinho a abrir as portas das raízes dele pra você. Um pouco envergonhado, quiçá receoso, até que finalmente deixa a mãe dele te ensinar um prato típico, ou aquelas histórias que ela costumava contar pra ele quando pequeno, antes de dormir pra não se esquecer das raízes, sobre a cultura e a religião;
[✰] uma viagem de casal, estar no taj mahal cantando aquela música do jorge ben jor (tetê teterê terê), e você olha pra cara dele e ele ????
[✰] é por sua causa que ele começa a gostar mais de filmes de romance, seja bollywood ou não, especialmente aqueles vintage. Você até nota que ele meio que tá “aprendendo” com os protagonistas pra fazer igual contigo, falar igual contigo;
[✰] a personificação de um romântico incurável e mommy's boy. A mãe dele vira a sua mãe, ela é uma parte muito importante na vida dele, então você se dar bem com ela é crucial.
[✰] o tipo que manda bom dia e boa noite, um dorme bem, ou sonha comigo, quando não pode te ver. Que você fala algo sobre si, e ele nunca esquece. Que gosta de te contar sobre o dia dele, sobre as coisas que gosta, com os olhinhos até brilhando;
[✰] o homem que carrega a sua bolsa e o seu sapato, sem nem dizer um a;
[✰] te mostra os roteiros que está escrevendo. Diz, com as bochechas queimando, que se inspirou em algum traço seu pra escrever aquela personagem na trama;
[✰] o casamento de você dura uma semana. É um dia de festas no brasil, com os seus dois lados da família, uma festinha mais intimista em Londres, e o restante festejando com os parentes mais distantes da árvore genealógica dele. Lua de mel em alguma cidade histórica, depois uma passadinha numa praia pra fazer fotinhas caseiras de casal;
[✰] o maior marido pau-mandado. Sem discussões nesse tópico👩‍⚖️;
[✰] na cama, se você for esperta, vai saber muito bem como domá-lo. Ele, naturalmente, já é mais retraído, mas pode ser mais saidinho quando bebe uma gota de álcool ou quando você está muito tímida. Porém, é só pegar nos cabelinhos pretos dele e dizer um comando simples, que ele quebra;
[✰] do tipo que te fode com respeito, até te pede desculpas se te sujar demais de porra;
[✰] sexo com ele pode começar e terminar com os lábios dele entre as suas pernas que já tá bom. Muito overstimulation — mas como algo que vem naturalmente, porque ele ama tanto o seu sabor, que não sabe quando parar. Você pode estar tremendo, suada, sem voz e com uma lagrimazinha escorrendo no canto do olho, que ele vai continuar imerso no seu aroma, no gosto, na sensação gostosa que os seus gemidos abafados trazem pros ouvidos;
[✰] grande mamador de peitos;
[✰] a concha menor na conchinha. No entanto, porque não suporta a ideia de te ver xoxinha, é o maior abraço de urso quando você está mais manhosinha;
[✰] na verdade, com ele é uma competição pra ver quem é mais manhoso;
[✰] não é alguém de muitos fetiches. O grande fetiche dele é você, como vocês vão transar não importa. O importante pra ele é estar com você, dentro de você, podendo te dizer que te ama enquanto olha nos seus olhos;
[✰] bodyworship. sexo matinal lento. food play — porque ele é preguicinha, pode estar comendo algo que, se sentir tesão, não vai querer nem levantar da cadeira pra começar a te dedar;
[✰] o tipo de homem que se você pede pra ele te dar um tapinha, ele quase chora e diz mas você é minha princesa...
[✰] aqueles que não faz nada sem te consultar primeiro. Comprar essa roupa? Comprar essa verdura pro almoço? Cortar o cabelo? Pendurar esse quadro na parede? Sair da cama e ir trabalhar hoje? Hmm, vou ver o que a minha mulher acha...
[✰] se depender dele, vocês vão ter um time de futebol. As crianças correndo tudo numa casinha á brasileira com quintal, todo mundo poliglota;
[✰] dev pai de menino;
[✰] ciumentozinho, mas não sabe agir que nem macho alfa, então só fica com um bicão e mal humor;
[✰] músicas pra ouvir pensando nele — coleção (cassiano), planos (BK'), intimidade (liniker e os caramelows), madagascar (emicida), elephant gun (beirut), mania de você (rita lee), a história mais velha do mundo (o terno), samurai (djavan).
Bônus de momentos aleatórios com ele
chegar em casa depois do trabalho, e ele tá lavando a louça, abrindo um sorriso largo quando te vê | é o pai que vai ter toda a paciência do mundo pra sentar e ajudar os filhos a fazer dever de casa | época de provas na escola e as paredes da sua casa estão cheias de post it colados com tópicos que ele anotou pros filhos não esquecerem da matéria | acordar de manhã e encontrar um presentinho que ele comprou pra você, com uma cartinha e a dedicação dizendo benquisto amor da minha vida | ele está em todo lugar que pode pra te dar suporte, tirando foto das suas conquistas e acenando dentre a multidão pra você notar ele ali.
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star-elysiam · 9 months ago
Note
starzinha, pode fazer um hc com os meninos assistindo filmes das princesas com a loba pf? Acho que seria divertido <3 Obrigada
Primeiro, amei o "starzinha" 🥹🤏 kkkkkk e AMEI o seu pedido, espero que goste 🫶
Para não ficar muito longo, fiz só com alguns dos meninos. Qualquer coisa, posso fazer uma parte dois e faço com outros meninos do cast
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ლ LSDLN cast x princesas da Disney ლ
◍ pairing: lsdln cast x fem!reader
◍ sum: como seria assistir um filme de alguma princesa da Disney com eles
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Kuku
O filme escolhido foi A Bela e a Fera, a versão animada;
Como era a primeira vez que assistiam, quis começar pela primeira versão do filme e se ele gostasse, depois iriam assistir o live action;
No começo ele fica meio relutante, diz que até toparia assistir algum do studio ghibli, que ele já gostava;
Depois de você insistir um pouquinho, no fim ele acaba cedendo;
Faz você jurar que não vai contar para os meninos, se não iriam ficar fazendo piadas pelo resto da vida;
Conforme foram assistindo, percebeu que ele não tirava o olho um segundo sequer da tv. Até quando oferecia pipoca, ele só desviava o olho rapidinho para pegar e já volta a atenção para o filme;
Sabia que ele estava se divertindo e amando o desenho, até ria com algumas falas;
O que você não esperava era que ele soubesse algumas músicas. Tinha certeza que tinha ouvido ele cantar alguma bem baixinho;
Quis ter a certeza se tinha ouvido ele cantar e esperou a próxima cena musical. E realmente, não era impressão sua, ele conhecia o filme;
No fim, ele admite que já tinha assistido essa versão quando era pequeno e era um dos filmes favoritos dele. Admitiu até que tinha um crush na princesa, o que te fez rir da fofura que era a falta de jeito dele enquanto admitia;
Ele começou a ficar todo vermelhinho de vergonha por finalmente admitir esse "segredo". Até disse que você era a única pessoa que sabia daquilo;
É lógico que a situação do filme fez criar várias piadas internas entre vocês;
Depois disso, A Bela e a Fera virou um dos filmes favoritos de vocês e assistiram todas as versões da Disney e as versões inspiradas na história.
Pipe
De tanto você falar desse filme e o quanto ele se parece com o príncipe Eric, o tal príncipe da história, ele finalmente aceita assistir A Pequena Sereia com você;
Vez ou outra, você provocava ele chamando de "príncipe Eric", só para ver o biquinho que ele fazia;
No fundo, ele até gostava, sabia que era brincadeira sua mas não entendia a comparação e agora assistindo o filme, poderia entender;
"Olha lá, é uma versão animada sua", você diz assim que o personagem aparece na tela;
"Não, nena, não exagera. Até parece que eu sou parecido com um príncipe da Disney", ele ri baixinho, enquanto balança a cabeça negativamente;
"É, você tem razão, não se parece nem um pouco com um príncipe da Disney", diz ironicamente enquanto continua assistindo o filme;
Sente o olhar dele te queimando e então vira para encara-lo. Ele parecia chateado? Você só estava brincando mais uma vez mas parece que ele não entendeu dessa vez;
"É melhor que qualquer príncipe da Disney", explica rindo levemente e seu sorriso só aumenta quando vê o dele aparecer timidamente;
"A melhor parte é que você é a versão em carne e osso e é todinho meu", diz enquanto ri da carinha de alívio e vergonha que ele faz;
Depois de uma pequena sessão de beijos por conta do momento fofo que aconteceu, vocês voltam a assistir o filme e agora assistem agarradinhos;
Pipe assiste todo o restante do filme com um sorrisinho no rosto.
Enzo
Você e Enzo tinham um combinado: todo mês vocês teriam "uma noite de filme", onde vocês intercalam quem irá escolher o filme da vez;
Vocês já tinham assistido filmes de todos os gêneros. Ele sendo um grande cinéfilo trazia filmes que nunca tinha visto e que eram super cult, enquanto você fazia questão de mostrar na maioria das vezes algum filme do repertório brasileiro;
Porém, dessa vez, além da escolha do filme ser sua você também quis trazer algo mais leve e divertido;
Quando contou que era um dos seus filmes favoritos de infância e que achava que a vibe do filme combinava com ele, ele ficou super curioso. E ficou ainda mais intrigado quando disse que era da Disney;
Enzo não costuma assistir muitas animações mas sempre acabava cedendo quando você pedia;
A princesa e o sapo foi o filme escolhido, ele nunca tinha assistido mas conhecia brevemente a história;
Como tinha imaginado, ele amou toda a cultura de Nova Orleans que o filme trazia, principalmente todo o contexto do jazz e do soul;
Depois que assistiram o filme, ele começou a ouvir alguns cantores e clássicos dos ritmos com mais frequência;
Desde então, quase sempre ele postava um story com alguma música de jazz ou soul;
O mais curioso depois que assistiram o filme, além dele ficar viciado nesse novo estilo de música, foi ele ter aprendido a fazer as tostadas da Tiana.
Matías
Vocês finalmente conseguiram tirar um tempinho juntos para viajar e escolheram o Brasil como destino;
Matías sempre que podia estava viajando pelas praias brasileiras e agora que estava indo com você, as viagens ficavam ainda melhores;
O destino da vez era a Bahia, mais precisamente o arquipélago de Abrolhos. Era um lugar que os dois tinham interesse em visitar, principalmente pela oportunidade de mergulhar e ver desde os mais variados tipos de corais, quanto ver de pertinho algumas baleias e seus filhotes;
Mati parecia uma criança visitando a praia pela primeira vez, não saía da água um minuto sequer;
Segundo ele, ele tinha uma conexão com aquele lugar, parecia que ele tinha que ir para aquela ilha;
Você ria da situação e pensava se na noite passada Matías não tinha "relaxado" demais;
"En serio, nena. Parece até que sou a Moana", diz rindo enquanto se aproxima de você ainda dentro da água;
"Acho que tá mais para Ariel, uma verdadeira sereia". Você não perde a oportunidade de zoar com ele. Em troca, ele joga água em você;
Passaram boa parte do dia dentro da água e aproveitando os principais pontos turísticos da região;
Quando voltaram para o local da hospedagem, jantaram e resolveram assistir um filme antes de dormir;
"Já escolheu o filme?" Você pergunta do banheiro, enquanto termina sua skincare;
"Já sim, achei um filme com uma história super interessante e profunda". Faz uma pausa. "Acho que você vai gostar, a personagem principal tem que lidar com uma escolha difícil entre agradar a família e fazer aquilo que ela realmente quer", ele diz em resposta;
Você fica curiosa com o filme que ele possa ter escolhido e quando volta para o quarto, para sua surpresa o nome "Moana" aparece em destaque na tela da televisão. Matías ri da sua cara de surpresa e sabia que tinha te enganado direitinho;
Os dois assistem o filme e ao mesmo tempo relembram algum acontecimento do dia, que lembra alguma cena que viram no filme.
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nominzn · 1 year ago
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tornado warnings haechan
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se mentir por causa dele matasse, já estaria morta. já teria morrido um milhão de vezes... seu terapeuta que o diga. mas não tem como evitar, ele sempre volta e você não resiste.
notas: tentando lidar com o meu bloqueio criativo. eis aqui a faísca de inspiração dos últimos dias, espero que gostem!
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[09:46]
“eu já… superei o haechan.” 
maldito apelido que escorre dos seus lábios mentirosos pintados de café. mark ri com escárnio, lendo o óbvio por trás da pose fingida que levanta seus ombros tensos do outro lado da mesa. 
“superou sim, e eu sou o homem-aranha.” outra vez permite uma risada escapar, beliscando o bolinho de frutas vermelhas sem esperar esfriar, queimando o dedo no processo. 
“te avisei que ia se queimar. toda vez é isso.” 
assiste os olhos do amigo revirarem de deboche ao passo que ele suspira, entrelaçando os dedos com mais força na bebida quente. a padaria perto de casa sempre fora ponto de encontro para os três, que agora são apenas dois. 
todo trio tem uma dupla, é fato. entre hyuck, mark e você, era tão óbvio quanto o dia após a noite quem era a dupla. dupla que virou pseudo casal, que virou algo, e o algo virou nada, e a amizade não toma rumo nenhum. pois é, nada com coisa nenhuma. termo que pior ou melhor define o que acontece entre os dois. 
haechan sabe que te ama, mas é tão complicado amar alguém na casa dos vinte. são tantas decisões, tantos questionamentos, tantos medos… ao seu lado, ele sentia que não precisava pensar em nada disso, só em você. ficou cego de amor, não viu que estava te machucando ao dar pontos sem nó. de repente, se afastaram, mas se reaproximam tão fácil que não dá nem tempo de dizer não. 
“não muda de assunto. se você realmente tá em outra, por que ele ainda é pauta na tua terapia? por que continua encontrando ele escondida?” sua expressão chocada causa cócegas na barriga de mark. “qual foi, cê achava que eu não sabia? vocês são meus melhores amigos ainda, conheço bem o meu povo.” 
“talvez eu só esteja tentando me convencer do que eu preciso fazer.” confessa num suspiro a verdade que estava trancafiada no coração. 
mark apenas balança a cabeça, sentindo pena da amiga, mas também pena de si mesmo. é horrível ver as pessoas que mais ama no mundo sofrendo dessa forma, separados. brincar na corda bamba nunca foi sua praia, e agora ele precisa viver na nova realidade, ainda sentindo o gosto da saudade do trio. 
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[18:25]
ALERTA DE EMERGÊNCIA Alerta de Tornado nesta área até 20:14. Procure abrigo.
o barulho da notificação quebra sua concentração no filme iluminando o quarto por um instante. Verificando a mensagem, se levanta para fechar todas as janelas, inclusive as da sala. através do vidro, vê a figura masculina se aproximando da porta. o olhar te encontra e sorri, balançando a sacola que há em uma das mãos. você fecha a cortina com um sorriso contido e, quando gira a maçaneta, mal dá tempo de cumprimentá-lo. donghyuck passa o braço livre pela sua cintura num movimento rápido e forte, mas delicado. sela os lábios nos seus com saudade, como se não tivesse passado os últimos três dias sem se falarem direito. 
“trouxe comida chinesa pra gente.” o sussurro quase não chega aos seus ouvidos, a voz abafada entre os lábios dificulta. “vamo comer no parque?” sugere sedutor, não consegue cessar os beijos por muito tempo, te dando selinhos longos entre as palavras. 
“hyuck…” como se ele fosse permitir que você negasse. ele chega para o lado e, fazendo uma bagunça, alcança as chaves do seu carro no pote em cima da cômoda. “...tá com alerta de tor-” 
“tá comigo, tá com Deus.” vocês riem com a declaração boba do garoto. “não é como se fosse a primeira vez que a gente ignora qualquer aviso. por favor?” 
na meia luz do cômodo, o olhar cheio de estrelas brilha sobre o seu, e o mínimo resquício de consciência se esvai. você pega as chaves nas próprias mãos, vendo-o celebrar a pequena vitória.
o crepúsculo pinta o céu enquanto você dirige para o parque, as ruas obviamente vazias não espantam haechan nem um pouco. as luzes públicas não acendem pelo teor de emergência que paira sobre a cidade, mas o seu coração só acelera pela proximidade do garoto, os dedos longos batucam o ritmo lento da música no seu joelho, mais nada existe. 
estaciona em qualquer lugar, ninguém mais viria mesmo. haechan corre para o outro lado do carro para abrir a porta para você e conduz o caminho entre as cerejeiras e os bancos vagos sem desconectar as digitais das suas. 
acham refúgio em uma das mesas tomadas por pétalas caídas na clareira, onde abrem os pacotes do restaurante para jantarem juntos. 
o silêncio não tem vez. donghyuck é bom em te tirar de si mesma, arranca os segredos que perdeu, os contos da sua vida agitada e ri da sua cara ao comentar as piores novidades sobre as pessoas que não gosta. 
tão bom é ser você mesma com ele, mas também anseia por saber as coisas dele. dói não ouvir sua voz animada ao final de cada dia. 
“mas e você, hein?” larga o talher ao dar a última garfada. relâmpagos fotografam o céu no mesmo momento. 
“eu tô o mesmo de sempre.�� suspira ao cruzar os braços, apoiando-os sobre a mesa, inclinando o corpo para te olhar melhor. “sempre com saudade de nós.” 
ele não resiste dizer. reconhece que a culpa de toda essa bagunça amarrada à situação de vocês é dele e quer tanto organizar tudo, enfrentar o tornado dentro de si. 
“nós três, ou nós dois?” 
“você sabe o que- nós dois. claro que nós dois.” os dedos ardem, então ele cede e acaricia seu lóbulo após pôr uma mecha solta atrás da sua orelha.
“então por que você some?” nem acreditou ao se ouvir. confrontá-lo não estava nos seus planos.
“porque eu não sei lidar com o que eu sinto por você.” ele solta ar pelo nariz e desvia o olhar para baixo, debochando da própria covardia. “fiquei com tanto medo de estragar tudo que acabei estragando tudo.” 
“não é bem assim, hyuck…”
“claro que é. o mark vive brigando comigo porque tô te magoando, eu vivo puto comigo mesmo porque complico coisas simples. mas ao mesmo tempo a gente é tão… complexo.” 
sua vez de rir, só que com sinceridade. realmente se envolveram numa cama de gato tão bem feita que nenhum dos dois sabe como prosseguir o jogo.
os relâmpagos viram trovões próximos, os primeiros pingos grossos de chuva se mostram no concreto. o céu se comporta de maneira esquisita demais para continuarem ali. sem nenhuma palavra, mas em paz, você dirige na direção tão familiar da casa de haechan. ele, no entanto, transborda inquietação no banco do passageiro ao se contorcer e bater os pés no tapete. 
“o que tá havendo, donghyuck?” você para o carro e segura um riso teimoso, tomando o lábio inferior nos dentes. 
“não quero ir pra casa.” o rosto pidão ataca outra vez, e você volta a olhar para frente, apertando o volante com força. 
“onde eu te deixo?” 
voltando a mirá-lo, percebe o quanto ele havia encurtado a distância, as respirações se misturam enquanto hyuck segura seu queixo entre os dedos, repousando a testa na sua. a resposta é tão óbvia que ele espera não ter de responder. 
o problema é que ele te conhece bem demais. teria de te convencer do que queria, pois sabe que quer o mesmo. você morre de medo de chuva forte, imagina de tornado. ficar sozinha sempre é um pesadelo nessas situações, ele nunca permitiu que isso acontecesse. não seria hoje a primeira vez. 
“hyuck.” como um apelo, declara o nome de quem te faz ouvir o próprio batimento cardíaco. “não brinca comigo.” 
“nunca.” 
finalmente beija seus lábios de novo. a saudade ainda está ali, acumulada. ele tira suas mãos do volante e faz com que repousem no próprio ombro, dali tomam outro rumo — a nuca, os cabelos macios do garoto. ele usa a língua com cautela, com esperança de que se te beijasse devagar o tempo pararia.
o desejo que tem é de te fazer inúmeras promessas de amor, mas aperta sua cintura com ternura em vez disso. a vontade que você tem é de perguntar se ele vai parar de fugir, mas cria uma trilha de beijos até o pescoço dele, permitindo o perfume inebriar seus sentidos. 
haechan fecha os olhos e aproveita cada onda de calor que seus lábios causam, contrastando tanto com a temperatura caindo mais e mais ao lado de fora. a chuva quebra o silêncio dentro do carro, encharca o asfalto. 
“amor…” donghyuck murmura, trazendo seus lábios de volta para os dele. “vamo pra casa?” 
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na manhã seguinte, tudo parecia ter sido um sonho. se não fosse o conforto do abraço e o cheiro da pele quente, se não fossem os lençóis caóticos e as nuvens escuras que já se despediam do céu, teria achado que era tudo invenção da sua cabeça. 
você levanta com cuidado para não acordá-lo, sorrindo ao observar o semblante tranquilo e a respiração calma, o peito onde agora mesmo estava recostada subindo e descendo com tanta paz. 
arruma-se brevemente para o compromisso que não teria como adiar, tentando fazer o mínimo de barulho possível. tira o notebook da gaveta e segue para o quarto em frente ao seu, deixando as portas entreabertas. senta-se na cadeira, deixando o computador na mesa e conecta os fones ao aguardar que a terapeuta aceitasse seu convite para começarem outra sessão. 
“alguém acabou de acordar! bom dia!” a psicóloga sempre alegre faz uma piadinha para quebrar o gelo, você tenta não olhar muito para o garoto em sua cama, do outro lado. 
“pois é, noite longa… a chuva, o medo do tornado.” mente pela primeira vez. 
“entendo, querida. o que fez enquanto não dormia?” ela não parece desconfiar, o que você mal compreende. normalmente ela faz uma cara de repreensão, e você conta a verdade. 
“não muito, é…” não evitou fixar o olhar onde queria estar agora. “li um pouco mais do livro que comprei semana passada.” 
“pensou nele?” um sorriso travesso ilumina o rosto da terapeuta, que se sentia comentando sobre um segredo. 
“não.” mente pela segunda vez, se concentrando em fazer cara de paisagem. 
“não? ele te procurou recentemente?” está aí a cara desconfiada. 
“não, a gente não se fala tem uns dias… a gente nunca mais saiu junto, digo, nunca mais nos vimos, nem… nem nada do tipo.”
“ele também não apareceu na sua casa do nada como sempre faz e não está com você agora?” 
seu olho treme, pela visão periférica dá para ver o garoto trocando de posição durante o sono, uma vontade imensa de rir fica presa na sua garganta. onde é que você está se enfiando? esta é a única hora da semana que você tem para tirar donghyuck da mente e se ouvir falando sobre as próprias questões, sobre tudo, sem ser obcecada por ser dele. bom, agora não tem mais. 
começou, precisa terminar. tem de ser convincente.
“não, já faz tempo desde o nosso último encontro, do último beijo… acho que agora acabou mesmo.”
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gardensofbabilon · 6 months ago
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✦ ۰ —ᣞ ⊹ ݁ ﹙ 🧿 ﹚: como seria sua galeria se você namorasse o enzo?
Bolando um cigarro de tabaco a cada 15 minutos, fumando e tomando sol na varanda mesmo no inverno, cadeira de praia e um som tocando mac miller. Taças de vinho após xícaras de café moído na hora, olhar a movimentação pela janela e passear pela orla às 16 da tarde. Pedalar para fazer compras e sempre carregar a câmera de vocês. Enzo te entrega café na cama em seu aniversário e acaba queimando a torrada. São 3 viagens por mês que ele faz questão de te levar, desfiles da semana de moda que te deixam encantada com esse estilo de vida, como é bom se sentir sempre de férias. ''você não paga nada quando está comigo''. Proteção constante e bilhetes no espelho recitando poemas românticos. Enzo chora ouvindo MPB e se acolhe em seus braços antes de dormir enquanto vocês conversam sobre algum assunto político. Sessões de filmes clássicos: montevideu é uma cidade cheia de cultura!
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novamuses · 3 months ago
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AUSTIN BUTLER? não! é apenas TIGHEARNACH HORNSBY, tem VINTE E OITO anos, é filho de ZEUS e CONSELHEIRO do chalé 1. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZESSEIS anos, sabia? e se lá estiver certo, TIG é bastante HONRADO e ÍNTEGRO mas também dizem que ele é MORDAZ e CIRCUNSPECTO. por forças maiores (mancha negra negra do lado direito do corpo), este INTERCEPTADO (MUSE D) passou pelas barreiras de proteção ao lado de outro igualmente confusos. o chamado de Dionísio era apenas a ponta do iceberg do que tinha acontecido.
⚡ HEADCANONS
Único sobrevivente do incêndio nos Alpes. O Hotel Resort foi, então, coberto pela avalanche provocada pela temperatura. Isso é, são as explicações mortais. A verdade é que o filho de Zeus que morava ali emitiu um sinal tão forte que trouxe diversos monstros e seus poderes estouraram a energia que, consequentemente, provocou o incêndio. Foi resgatado de helicóptero e sua mãe, e única família, estava entre as baixas.
Não aceitou bem a realidade do acampamento. O temperamento com o poder descontrolado fez o título de 'problemático' parecer apelidinho carinhoso. Baderneiro, revoltado, grosso e selvagem. Raros eram os momentos que a paz reinava no chalé de Hermes, já que por mais de uma ano nenhum deus ou deusa reclamou Tighearnach como filho.
Foi queimando todas as oferendas disponíveis e gritando ofensas para o céu que Zeus colocou sua marca na cabeça do rapaz. O agora filho de Zeus piorou drasticamente seu comportamento, piorando o dia a dia de quem não tinha culpa de nada. A rejeição ficou mais forte, das duas partes envolvidas, ficando insuportável quando a chaga de 'fruto de traição do acordo' foi acrescentado à mistura.
Tighearnach mudou o pensamento quando um semideus o ajudou no controle da raiva e da revolta. Focou sua frustação nos esportes, nas atividades físicas, na patrulha e nas missões. Quando entrou para a simulação de Resgates foi o mesmo de encontrar o Nirvana. Ainda é mordaz e pavio curto, mas é bem menos explosivo.
As missões ficaram mais atraentes do que a vida do acampamento no último mês. O filho de Zeus percebeu a própria solidão entre dezenas e não gostou. Pegava trabalhos pequenos e enfadonhos, coisa que conseguia fazer sozinho sem problemas. Resgatando um semideus ali e acolá. Achou estranho a falta de trabalho no final do ano passado, mas não foi atrás de investigar o que era.
Iniciou, então, uma volta ao mundo. Viajar e não parar, sempre mudando a localização e fazendo sua própria missão de expurgar alguns monstros do mundo mortal. Porém, os monstros começaram a ficar mais fortes, mais resistentes, e o surgimento das manchas pelo corpo fez um alerta aparecer em sua cabeça. As dores de cabeça, aquele puxão para volta para o acampamento... Chegou a hora de voltar para casa.
⚡INVENTÁRIO
KATHAROS. Uma lança de dois gumes de dois metros, metade ouro imperial e bronze celestial. É divisível em espadas improvisadas. formato secreto: moeda pirata do filme Pirata dos Caribe.
STORMBRINGER. Um martelo feito de ouro imperial, adornado com runas reluzentes e uma gema de topázio incrustada na cabeça. Capaz de conjurar relâmpagos e trovões, causando estrondos ensurdecedores e descargas elétricas devastadoras. formato secreto: anel dourado
⚡HABILIDADES
(ativa) ELETROCINESE. Capacidade de gerar, controlar e absorver energia elétrica.
(ativa) ATMOCINESE. Ou Controle Climático, é a capacidade de manipular o clima e dominar todos os seus elementos
(secundária) FORÇA HERCÚLEA. Super força, estilo famosinho filho de Zeus.
BENÇÃO DE HÉCATE. Manipulação da névoa. Habilidade de controlar e manipular a Névoa; criando formas de névoa, ilusões e influenciar as mentes e memórias. Para controlar com sucesso a névoa, é necessário se concentrar no que ele quer que alvo veja, não no usuário.
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sr-pedro-1 · 1 month ago
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Queria sentir novamente o calor do seu corpo queimando contra o meu, ouvir seus gemidos enquanto os dedos exploram cada parte sua, arrancando de você sensações que só nós dois conhecemos. Queria mergulhar no gosto da sua pele, deslizar minha língua por cada curva até te ver se entregar, sentindo você tremer e apertar meu corpo contra o seu. Desejo lembrar como era te ter por completo, seu cheiro, sua textura, o jeito que você me olhava antes de me puxar para o que sabíamos ser mais uma noite inesquecível.
Mas também queria algo além do desejo - acordar ao seu lado, te observar deitada antes de preparar aquele café que você adorava. Sentar na rede e ver o sol nascer com você, sem pressa, sem palavras, apenas sentindo que o mundo estava no lugar certo enquanto estávamos juntos. Assistir filmes ruins, roubar beijos entre cenas e rir de piadas internas que só nós dois entendíamos. Eu superei, sei que sim. Mas há momentos em que a memória do toque, do riso, do silêncio compartilhado me invade e não consigo evitar. Agora só tenho essas palavras para gritar para o vazio, sem você para me ouvir, sem o seu colo para me acolher. Só restou eu... mas confesso, às vezes, eu não me basto
Sr. Pedro I
De volta a onde nunca deveria ter saído
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mitskithin · 2 years ago
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Pensem comigo: o prazer q a comida nos faz sentir eh totalmente momentâneo, a “fome” q vc acha q tem só existe pq vc tá entediada, ocupe a mente lendo um livro, vendo um filme ou série, desenhando, dançando, ouvindo música, vendo tiktok, estudando… NÃO IMPORTA o q vc vai usar pra se distrair, mas se vc continuar só pensando q tá com fome a cada segundo o desejo por comida só vai aumentar e qnd vc se der conta já vai estar na cozinha procurando algo pra comer. Mentalize q esse vazio causado pela fome eh o q tá te deixando mais magra, q tá queimando a gordura q te deixa nojenta e feia. Eh essa “dor” q te deixa bonita, esse eh o caminho certo pra vc ser quem vc sempre quis se tornar, eh ela q vai fazer vc ser linda sem muito esforço. Tá cansada de ter q se humilhar pra receber migalhas de atenção? Tá cansada de se superproduzir e mesmo assim ficar horrorosa? Tá cansada de toda vez ser a única do grupinho a não ser escolhida? Tá cansada de ser a última opção pra absolutamente tudo? Tá cansada de ir nas lojas e nunca ter uma roupa do seu tamanho ou se tem nunca ficar boa em vc? Tá cansada de te mundo te olhar com desgosto e de falarem coisas ruins de vc por ser gorda? Tá cansada de não se sentir feminina e delicada por ser balofa? Então fecha a boca e para de reclamar da dor. Agradece q vc tá sentindo esse vazio pq eh ele q vai dar um jeito em vc sua porpetinha. Vc só vai ser magra se sentir a dor.
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efbook · 2 years ago
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Um Filme Imersivo de Nós
Talvez esse seja o texto mais sincero já feito, mas isso não irá me libertar das garras das belas metáforas, e nem das minhas memórias.. como olhar um pouco à frente do meu tempo e escrever algo tão belo? mas tão, tão utópico? bom pelo menos pra mim, pelo menos pra mim até agora..
maldito sonho bom, que me faz idealizar por algo impossível na minha perspectiva, ali estava eu.. num porto seguro, tudo que eu queria estava ali também diante de meus olhos, como um filme imersivo de uma outra realidade que também era a minha, e ali estava eu observando essa tela mental como um aventureiro que viaja pelo mundo afora pela primeira vez, me deslumbrando por algo jamais vivido mas sempre idealizado, como um pássaro que não sabe como explorar o quintal externo e as paisagens verdes, que nunca teve contato com os raios do sol, que nunca voou tão longe a ponto de beirar a borda das grandes estrelas..
ali estava eu, imerso em algo tão bonito, havia companheirismo, genuinidade e graça, ninguém mais do que eu sei que poderíamos ser amantes, mas sei que poderíamos? já dizia Whitman: "nenhumas dessas.. mais do que as minhas chamas, consumindo e queimando por seu amor, a quem amo." as vezes me pego soprando em várias direções, como um barco sem vela numa grande tempestade em alto mar, um marinheiro sobrevivendo de um naufrágio sem fim, sem fins de começar ou sequer poder tentar.. ninguém mais do que eu sei que poderíamos ser amantes, por pelo menos uma ou duas horas, mas este momento ansioso e pensativo aqui estou, pensativo e tempestuoso..
tu não sabes o quão saudosamente eu te considero, já dizia o velho Whitman, estou brilhando como grandes luzes noturnas nas noites mais soturnas de um maldito sonho bom, ali estava eu.. mas daqui onde escrevo tudo não passa de um mero vislumbre, um filme imersivo de nós.
poesia - Eric Fernandes
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pandinha69sposts · 9 months ago
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Eu não queria te amar,na verdade nem passava na minha cabeça 🤔 mais você foi se aproximando,me conquistando de um jeitinho tão simples e singelo que foi quase impossível não gostar de você. 🥹☺️
As vezes eu será que estou ficando doida rsrs!!! Mais não eu só não queria acreditar que estava apaixonada por alguém que é o oposto de mim,como diz o ditado paguei a língua 😜 quando percebi já era tarde de mais,por que já estava arriada os 36 pneus rsrs,4 eram poucos 😢 passava um filme🍿🎦 na minha cabeça todos os dias de como seria se um dia desse certo.
E foram logos meses sofrendo,adrenalina,loucuras coração acelerado,como queimando 🔥 vontade louca de te ver,ficar perto sabe já estava viciada em você 🥰🤤 e quando de fato o que eu mais queria aconteceu �� pensa numa menina que ficou sem acreditar,pensando que era um sonho do qual eu não queria acordar nunca rsrs 😆 na minha cabeça tudo seria mil maravilhas um conto de fadas 🧚 felizes para sempre,mais infelizmente isso só acontece em filmes 😞.
Mais a melhor parte vem agora 🧐 relacionamento a 2 é como um jogo 🎮 tem várias fases que cada vez vai ficando mais difícil,mais você não desiste porque quer vencer 🥳 desistir é pro fracos minha mãe me fez uma guerreira rsrs!!!
O amor é bem engraçado e doloroso por isso se chama amor ❤️💔 e meu amigo quando você ama de verdade pode ter certeza você vai abri mão de tudo e de todos pra viver seu amor vai por mim,tem dias que vai bater arrependimento,raiva vontade de roçar a pessoa rsrs mais logo passa porque é o amor da sua vida e você não viveria ao menos um dia sem ele,amar é cuidar,respeitar,demonstrar,lealdade,honestidade,verdade,confiança isso é essencial…é o amor machuca e como machuca parece que tá te rasgando o peito 🥺 mais você nunca irá sentir todas essas coisas se não estiver amor uma palavra de 4 letras mais que tem um significado gigantesco,a gente ama até quando não merece rsrs não tem como deixar de amar da noite pro dia,quem dera se tivesse né? Assim ninguém sofreria tanto 🆘.
Amar é priorizar…
Mais eu trocaria nada,nadinha disso pra viver qualquer outra coisa no mundo,não tem dinheiro no mundo que compre o AMOR PURO E VERDADEIRO sabe porque? Porque eu tenho certeza que te amo pelo simples fato de sentir tudo que disse lá no início quando na verdade quero te odiar e sentir raiva de você 🤯😤 e não consigo,por que amor é isso.
Obs:eu vou te amar,até quando eu te odiar.
De:pandinha
Para:Surlo
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atheartbreakhotels · 2 years ago
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Black Swan: Austin Butler X Leitora
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Capítulo 2: Singularidade
Avisos: Conteúdo sexual e sangue.
Trechos finais desse capítulo são intencionalmente confusos.
O Maverick 1974 era – sem trocadilhos – um velho conhecido das ruas do Soho, e de toda Nova Iorque, assim como seu dono. Cada pedra e centímetro de concreto, que ajudavam a erguer aquela cidade conheciam, e guardavam o grande e sombrio segredo do loiro alto de estonteantes olhos azuis tempestuosos.
Olhos azuis que com frequência se tornavam vermelhos.
- Foi quase um milagre conseguir um aluguel nesse valor deste lado da cidade. – S/N comentou quando pararam no cruzamento a menos de um quarteirão do seu apartamento.
- Mesmo sendo estando numa localização tão boa como você diz é um excelente valor. Já vi pedirem em apartamentos como o seu praticamente o dobro. Tudo por ficar no Soho, mas longe das melhores áreas. – a voz rouca de Austin encobrindo a inconfundível de Stevie Nicks, que saía baixa pelos autofalantes do invejável sistema de som instalado no automóvel.
- A corretora que me ajudou a achar o meu apartamento falou a mesma coisa. – ela disse.
- Você teve muita sorte. – a mão pousada casualmente no cambio, enquanto esperava o sinal abrir.
Os efeitos da compulsão já haviam praticamente se extinguidos nela, mostrando que dali por diante que o acontecesse dali por diante tudo seria acontecesse seria, como precisava ser espontâneo por parte dela. Tudo corria como planejado. Por isso, a “empolgante” conversa sobre mercado imobiliário. Ele só precisava se certificar que ela estava pensando por conta própria naquele momento.
E por outro lado, tudo que ele precisava naquele momento era de um assunto que desviasse seu foco do cheiro dela, que ele podia sentir se espalhando por cada canto do seu carro. Se apropriando de cada centímetro. Impregnando no couro do acento e no revestimento interno do veiculo. O cheiro de S/N já estava em suas roupas, marcando a pele onde ele havia sentido o seu toque. Era quase – e mesmo que de forma inconsciente – como se a garota estivesse marcando território. E se realmente assim fosse o imortal começava a pensar que passaria a existência queimando de desejo pelo sangue dela.
- Logo que voltei para cidade o Soho foi o primeiro lugar que pensei em morar, - ele dizia quando o sinal abriu voltando a colocar o automóvel em movimento – Mas sempre gostei muito da arquitetura histórica de TriBeCa. Mas foi o festival de filmes na primavera foi decisivo para que eu ficasse por lá de uma vez. Você chegou a procurar alguma coisa por lá?
Ela afirmou com um aceno – Mas não havia nada dentro do meu orçamento na época...
- Uma pena. Porque é um excelente lugar para se viver. – ele colocou.
- Imagino...Você pode entrar a próxima direita e a segunda a esquerda. – ela informou enquanto o carro preto avançava pela rua pouco movimentada na área mais residencial de um dos mais famosos bairros de Manhattan. – No pr��dio de tijolos.
Austin logo se viu em uma rua praticamente vazia, porém iluminada e muito bem-cuidada, um daqueles lugares que uma família escolheria para morar. À medida que o Maverick ia avançando, o prédio simpático de quatro andares com seus tijolos vermelhos se destacava de forma quase graciosa entre os prédios de cores suaves, na rua pontilhada por árvores baixas. Um lugar pitoresco na selva de concreto e telões de led que era a cidade de Nova Iorque.
- Parece um lugar agradável. – ele falou quando começou a manobrar para estacionar.
- A melhor escolha que eu podia ter feito. – a pontada de orgulho na voz dela era evidente. O orgulho por suas pequenas conquistas.
Fazia muito tempo que o vampiro não ouvia um humano valorizando suas pequenas vitórias, por menores que elas parecessem ser, mas não ela. S/N parecia diferente de todas as garotas que tinham cruzado seu caminho, ou ele o delas, ela realmente se interessava em ouvir e ser ouvida. Ao contrario das outras que sempre davam um jeito de acabar com o seu pau na boca em algum momento. Não que ele em algum momento tivesse reclamado, em muitos parecia muito necessário manter aquelas garotas com a boca ocupada, mas daquela vez tudo estava diferente.
E Austin se pegou apreciando aquilo.
Pelo menos até a sua laringe latejar dolorosamente, ele quase podia escutar o seu eu mais jovem, e mais impaciente, gritando porque ele estava demorando tanto para foder e enfiar os dentes de uma vez naquela garota. O fato é que ficar confinado com ela e o seu cheiro arrebatador dentro daquele carro durante os últimos vinte e poucos minutos havia sido um ato de bravura.
Quase uma loucura.
Austin percebeu pelo canto o olho S/N fazer menção para destrancar a porta do passageiro, assim que ele girou a chave para desligar o motor.
- O que você acha que está fazendo, minha senhora?! – ele chamou fazendo-a congelar no meio da ação, o personagem cavalheiresco do estacionamento estava de volta.
- Eu achei que...
- Não. Comigo você não precisa fazer esforço algum. – disse destrancando a porta ao seu lado e saindo para o frio da noite antes que ela pudesse ao menos reagir.
O efeito do ar congelante em sua garganta maltratada foi muito bem-vindo, um alivio paliativo antes da satisfação definitiva.
Ele contornou o carro até a porta do passageiro para abri-la – Permita-me – disse inclinando-se ligeiramente e oferecendo a mão a S/N, que aceitou prontamente.
- Eu só preciso de te avisar que não tem elevador e eu moro no terceiro andar – ela disse num sorriso ao descer.
- Para mim isso não é um problema. – sorriu de volta enquanto empurrava a porta do carro que fechou com o som característico, antes de acionar o alarme.
- Um homem que não tem medo de desafios – ela falou puxando-o em direção aos poucos degraus que davam acesso à porta principal do edifício.
- Nunca . – ele disse com uma ferocidade velada
Austin docilmente se deixou ser conduzido por ela todo caminho até o interior do saguão, ainda pelo primeiro lance de escadas.  Pelo menos até chegar ao vão que levava ao lance de escadas para o segundo andar, quando a puxou de volta, e para os seus braços, empurrando-a contra a parede. O seu corpo contra o dela, quente e pulsante, ele se descobriu gostando muito da sensação que aquele ato lhe provocava. Assim como de ter os lábios dela nos dele, não só do sabor delicioso, mas de como se moldavam os seus. E de quão macios os dela eram.
O vampiro que Austin havia sido nas primeiras décadas de sua transformação, mais jovem e enfurecido, quis gritar que porra ele achava que estava fazendo, que não enfiava o pau e os dentes na garota de uma vez. Ela era uma só uma refeição, por mais incomumente deliciosa que ela fosse, era uma porra de uma refeição.
Ele nem ao menos deu ouvidos ao recém-criado vampiro há quase duzentos anos atrás. Não quando a protuberância ganhava forma no confinamento de suas calças. Ou, o desejo por aquela garota que pareceu crescer de alguma forma desassociada da sua sede por ela. Embora aquilo não quisesse dizer que ele não estaria bebendo do sangue de S/N, quando ele a fizesse gozar com força ao redor do seu pênis, porque ele estaria.
- Acho que nenhum morador ia gostar de flagrar a vizinha fodendo nas escadas. – ele disse ao interromper o beijo. O suspiro quase inaudível para os ouvidos humanos chegou aos ouvidos dele quando ela o sentiu endurecendo contra sua barriga.
- Não eu acho que não. – ela falou num levemente rouco dando-lhe um meio sorriso, o equilíbrio perfeito entre sensual e inocente.
 E lá estava àquela sensação de novo, ele começava a sentir que se não a sufocasse se tornaria algo muito próximo do familiar. Uma coisa que ameaçava lhe dominar.  E ele nunca havia gostado de se sentir daquele jeito. Quando sua humanidade, enfim lhe havia sido tirada, ele havia sido libertado da fraqueza da vulnerabilidade.
Os dois últimos lances de escadas foram feitos entre mais beijos roubados e risos baixos. E sem a inconveniência de um vizinho aparecendo, e Austin se vendo obrigado a fingir que havia sido surpreendido. Tudo quando ele perfeitamente podia ouvir os passos, o som do coração acelerado e a respiração ofegante pelo esforço. Vampiros antes de tudo eram excelentes atores, afinal, eles viviam uma interminável peça de teatro. Fingindo uma normalidade que havia sido apagada de suas vidas no minuto em que o coração deles parava de bater.
Assim como os outros andares inferiores o terceiro era iluminado por lâmpadas amarelas, as paredes num rosado discreto com piso em tacos de madeira clara combinando com as portas em cor marfim. O prédio estava em um silêncio aconchegante, quebrado por sons que só a audição apuradíssima do vampiro podia captar, como a conversas baixas de dois homens no primeiro andar e o ressonar de uma idosa no quarto do segundo apartamento à direita.
Contudo, nada daquilo importava quando os lábios de Austin estavam no pescoço de S/N e os braços ao redor da cintura. O que fazia do simples ato de procurar as chaves na bolsa de alça curta uma missão quase impossível para ela. O som dos suspiros excitados dela podia ser praticamente inaudível aos ouvidos humanos, ele podia ouvi-los como se eles enchessem todo corredor. E para o imortal era quase impossível resistir aquela jugular pulsando contra a ponta da sua língua. Os dentes doloridos, a ânsia de rasgar a pele delicada e, enfim, provar o liquido vermelho, que de tão ridiculamente próximo parecia provoca-lo.
- Eu estou atrapalhando você, baby. – ele disse ainda com os lábios colados na curva do pescoço moreno, onde ele pôde sentir o arrepio que percorreu o corpo dela.
- Talvez você esteja me distraindo um pouquinho, Austin. – admitiu enquanto um riso baixo e sem folego escapava.
- Nunca foi minha intensão. – os dentes dele roçaram delicadamente a pele que cobria a veia pulsante arrancando mais outro suspiro dos lábios cheios da garota.
- Então eu acho que devo manter uma distancia adequada para que você consiga achar suas chaves – ele riu contra pele dela antes de se afastar, os braços escorregando sem muita vontade para libera-la do abraço.
- Isso vai ser de grande ajuda, Sr. Butler.- ela retrucou num tom divertido.
- Sr. Butler, hein?! Eu gosto do som da sua voz dizendo isso. – apoiando o ombro na parede ao lado da porta marfim enquanto cruzava os braços sobre o peito, a malícia implícita na voz do imortal.
O som do coração de S/N falhando uma batida chegou aos ouvidos dele um pouco antes do som metálico das chaves sendo puxada para fora da bolsa. Em um silencio expectante, Austin a observou escolher entre as duas chaves existentes no chaveiro de flores encapsuladas no acrílico transparente. Com dedos ligeiramente trêmulos a garota conseguiu enfiar o metal na fechadura e destrancar a porta e abrindo-a. Com um olhar sobre o ombro antes de entrar no apartamento escuro.
Mesmo sabendo o que o esperava Austin descruzou os braços ao desencostar da parede para posicionar em frente à porta...E foi como sempre foi, desde  o dia 16 de novembro de 1823, dezesseis dias após sua criação, quando Antoine casualmente, lembrou-se de informa-lhe que um vampiro não poderia entrar em uma residência habitada por humanos sem um convite feito em alto e bom tom – isso depois do recém-criado fazer papel de idiota pelo menos duas vezes. O convite precisava ser feito expressamente pelo menos um dos moradores do lugar, não importando se a pessoa era dono ou locatário. O que importava é se a pessoa era quem morava no lugar.
A natureza, ou o que quer fosse, havia tentado criar uma barreira entre os humanos e criaturas iguais a ele. Mas os mortais sempre tiveram uma inclinação para a inconsequência, como se sempre estivessem colocando sua finitude à prova. E era daquela inconsequência que os vampiros se utilizavam para se alimentar deles.
Certamente foi a falta de som que chamou a atenção de S/N, quando ela acendeu a luz e retirou o cardigã jogando sobre o sofá branco acinzentado com convidativas almofadas em borgonha. A garota virou-se para encontra-lo ainda do lado de fora, as mãos enfiadas nos bolsos da calça bem cortada. Um sorriso meio-sorriso que combinava bem com o olhar cheio curioso em seu rosto, enquanto observava uma gravura minimalista envelhecida de Wuthering Heights, que ela havia provavelmente encontrado em uma feira de rua, e estava casualmente sobre um móvel e recostada em uma parede.
- O que você ainda está fazendo aí fora? – ela perguntou com uma ruga surgindo entre os olhos.
- Eu não sou de sair entrando na casa de todo mundo assim sabe...
- Assim como? Você está brincando? – ela perguntou genuinamente confusa. – Sem um convite formal?
- Você pode me chamar de antiquado. – ele falou dando de ombro – Mas foi assim que eu fui educado. Sempre me disseram que não se pode entrar na casa de ninguém sem ser convidado.
 Ela fez o caminho de volta para a porta parando a centímetros dele, separados somente por aquela maldita barreira invisível. Ela o olhou como se conseguisse enxerga-lo por trás da sua armadura cuidadosamente construída...Por um momento ele teve a certeza que S/N não faria o convite.
- Acho que seus pais devem ficar muito orgulhosos de terem educado tão bem o filho. – ela sorriu.
Ele simplesmente deu de ombros, evitando olhar nos rostos dos fantasmas que insistiam visita-lo nas horas mais inconvenientes.
- Então Austin, sinta-se convidado para entrar na minha casa. – ela falou a mão na direção dele.
- E eu aceito com todo prazer. – suas mãos indo segurar cuidadosamente o rosto dela enquanto atravessava o batente da porta.
Foi como mergulhar de cabeça no cheiro dela, a sensação mais inebriante que ele havia tido. Do chão ao teto, todo aquele lugar emanava o aroma da garota. Era impossível não estar ali sem que ele pensasse se era possível não sucumbir à fraqueza, e aquilo era só uma amostra do que devia estar por vir. Contudo, ele era um Malkavian, pouco conhecidos pelo bom senso, suscetíveis demais ao vício.
Se havia alguma reserva nos beijos do imortal esta ficou no corredor no milésimo de segundo que ele entrou no apartamento da humana.
 S/N nunca havia sido beijada daquele jeito, como se Austin quisesse alcançar sua alma, mas ao mesmo tempo como se ela fosse coisa mais preciosa da Terra. Tentar não gemer durante o beijo estava se tornando um desafio quase impossível. A forma que língua dele cariciava, ou melhor, saboreava a dela. O sabor da vodca persistente fazia de tudo ainda mais tentador. Mesmo de salto ela estava nas pontas dos pés para alcançar os lábios dele, mas ela também sentia que poderia começar a flutuar a qualquer momento.
- Eu preciso sentir mais de você. – ele disse interrompendo o beijo para fechar porta e tirar o sobretudo, revelando braços tonificados no tank top.
- Eu esperei por isso a noite toda. – ela admitiu quando ele voltou a tocá-la, afastando as grossas do macacão. Ela decidiu que gostava das mãos dele, da forma que elas a tocavam.
- Não mais do que eu. – voltando a beijar o pescoço dela mais outra vez, enquanto a mão se ocupava com o zíper lateral. – Eu preciso tirar você o mais rápido possível dessa roupa e dessas sandálias.
E no instante que ele conseguiu aquilo pela primeira vez na noite ela se sentiu expostas, ainda que continuasse com suas roupas intimas. As bochechas queimando de vergonha, como se pela primeira vez naquela noite ela tivesse consciência de quem ela era, e ele o cara mais deslumbrante que já havia cruzado o seu caminho. Mesmo que o olhar apreciativo no rosto de Austin contasse outra história.
- Ei, você não tem porque ficar tímida. – a voz mais rouca do que já havia estado durante toda noite – Você não tem ideia de como só ver você assim está me deixando duro. – ele disse envolvendo-a em seu braço, fazendo com que ela sentisse a inquestionável ereção petrificada contra sua barriga escondida sob a calça.
A umidade aquela altura já havia arruinado sua calcinha, ela nunca tinha sido tão responsiva como naquele momento. Quando seus lábios se encontraram novamente o beijo era repleto de urgência. S/N podia sentir o dorso das mãos de Austin como se ele estivesse testando o peso dos seus seios. A forma como ele a tocava era quase apreciativa. Quase como se estivesse a testando, até onde ela aguentaria.
Austin se pegou sendo envolvido calor do corpo dela contra o seu, tanto quanto pelo cheiro, sua sede dolorosa exigindo o sangue dela correndo garganta abaixo naquele momento. Dizer que ele estava impressionado e – levemente – orgulhoso da própria contenção seria uma perda de tempo. Mas ele precisa de algum alivio até o momento em que finalmente teria seus dentes cravados nela.
- S/N, eu preciso muito te provar. – a voz áspera, a evidencia da sequidão. – E eu quero fazer no seu quarto, na sua cama.
O sangue se acumulando mais uma vez nas maçãs só fizeram sentir ainda mais excitado e impossivelmente sedento. Ela assentiu timidamente, que lhe lembrou das mocinhas retraídas que ele cortejou, também visando o sangue delas. Ele podia ver o desejo mal contido nos olhos dela, enquanto soltava o fecho do sutiã e expunha o par de seios claros.
O apartamento de S/N era um daqueles apartamentos modernos que seguiam o estilo estúdio, o quarto era separado por uma meia-parede de vidro fosco e uma estrutura de ferro. A cama era convidativa, o lugar perfeito para sacia-la e, principalmente, o lugar perfeito para ela sacia-lo.
Gentilmente ele a fez deitar nos lençóis que cheiravam como ela. Austin livrou-se do tanq top junto com duas das três correntes que usava, ficando com mais fina, e das botas pretas. Ver a dona daquele aroma delicioso esperando por ele em meio aqueles lençóis era a personificação da noite perfeita.
- Você não tem ideia do que fez comigo desde o momento em que te vi – ele bem poderia dizer senti , enquanto a puxava pelos tornozelos para o final da cama. – Eu sabia que era com você que eu precisava terminar essa noite. – ele falava se deixando levar pela sensação ébria do aroma que adentrava por suas narinas e enchia seus pulmões paralisados. – O seu cheiro, o gosto que seus lábios tem...Você não ideia do que essas duas coisas podem fazer, S/N.. Eu nunca senti nada parecido – o nariz e a língua deslizavam pela panturrilha como se ele desejasse cheira-la e saboreá-la ao mesmo tempo.
O som do coração dela batendo forte e da respiração pesada dela abafavam todos os outros sons, fazendo com ele estivesse completamente cercado por ela. A expectativa nos olhos dela à medida que ele avançava era a coisa mais interessante de se assistir. Austin não conseguia tirar os olhos dos dela, a garota ansiando por qualquer coisa que ele tivesse para lhe dar.
A visão das veias aparentes sob a pele delicada da parte interna das coxas era a coisa mais tentadora que o imortal já havia visto. Contudo, o gemido necessitado que escapando dela – a realização de que ela precisava dele, que só ele podia sacia-la – fez dele o homem em uma missão, não era o desejo dele pelo sangue de S/N, mas a vontade de ouvir mais daquilo, mesmo que a secura o fizesse querer rugir de dor. Ele queria saber como era ter o nome sendo clamado por ela. Austin não tinha ideia do que estava acontecendo consigo. Não que ele foi um amante egoísta, mas daquela vez parecia diferente.  Ele só se sentia irresistivelmente atraído por ela, e nada daquilo tinha haver com aroma ou o sangue dela.
Quando a língua deslizou sobre o material delicado da calcinha outro gemido carente encheu o quarto. Ele redobrou seus cuidados naquela parte sensível, ele precisava do nome dele saindo da boca dela. Saber que era ele quem dominava não só o corpo, mas cada pensamento da humana naquele momento.
- Austin – ela gemeu agarrando os lençóis com força, enquanto ele continuava devasta-la.
Senti-la mesmo que sob o tecido da sua roupa intima era a melhor coisa que ele havia provado em dois séculos. Ainda mais responsiva do que ele imaginou que ela seria, era como se cada parte dela fosse feita para ser tocada por ele.  
- Aonde você havia se escondido todo esse tempo, humm? – o imortal indagou entre as ministrações.
- E você aond.. –foi com satisfação que ele escutou a voz dela morrer em um gemido lamentoso quando seus lábios se fecharam sobre clitóris sensível.
Ela era dele, pelo menos por àquelas horas, para que ele fizesse o que bem entendesse, para que ele maltratasse o seu centro quente e pulsante como fazia naquele momento. Sorvendo tudo que ela tinha para lhe dar. Enquanto ela se desmanchava em suspiros e lamentos e seus dedos estivessem entre os cabelos dele se agarrando como se a vida dela dependesse do prazer que ele – somente ele – estava lhe dando.
Todavia, ele não saía impune daquela tortura, mesmo com o leve alivio que aquilo proporcionava para sua garganta dolorida, ele se via duro como mármore dentro de suas calças, a glande vazando pré-sêmen incessantemente. O sabor dela em sua língua, os sons que ela fazia e a eminencia de, finalmente provar da iguaria que corria na quente nas veias de S/N, que jogava perversamente com ele.
- Eu preciso...preciso gozar. – ela anunciou num murmúrio, enquanto seus quadris perseguiam o alivio.
Em resposta o vampiro trabalhou de forma mais impiedosa, sua língua batendo sem cessar no minúsculo feixe de nervos, empurrando-a para o abismo que era o clímax dela. Logo ela se derramava em sua língua tentando arquear o corpo, mas sendo contida pela mão de Austin, enquanto o seu orgasmo desmoronava implacavelmente.
- Oh meu De...- a garota parecia não ser capaz de formar uma frase enquanto o loiro trabalhava para prolongar o máximo possível o seu ápice.
Havia certo orgulho de ter sido ele, e somente ele, quem a fazia desmoronar daquele jeito. O mesmo sentimento que aquele Austin, recém-criado, sentia ao ver mulheres vampira e humanas, se perdendo no prazer que ele lhes dava. O mesmo sentimento que se perdeu, diante do tédio da existência e da distancia, que se tornava cada vez maior, dos sentimentos genuinamente humanos.
Lentamente orgasmo foi cedendo, a respiração se acalmava, o corpo ainda estava tremulo pelos resquícios do clímax. Austin continuou acorrentando beijos pela barriga subindo para o vale entre os seios, deixando um rastro de umidade pelo caminho. Os dedos frouxos dela deslizaram dos cabelos curtos do imortal para os lençóis, enquanto as mãos dele foram para a calcinha dela, rasgando o material como se fosse papel.
- Você está sendo incrível, baby. – ele diz quando seus beijos alcançam a linha do queixo.
- E você destruindo as minhas roupas intimas. – ela disso em uma voz rouca fazendo-o rir contra os lábios dela.
- Só espero que não fosse uma das suas favoritas. – ele riu roçando os lábios nos dela enquanto seus dedos beliscavam o mamilo excitado dela.
- Você não tem com o quê se preocupar. – não resistindo a outro beijo.
Austin a ouviu suspirar ao sentir o próprio sabor em sua língua, os dedos dele correram livremente pela pele aveludada da barriga, encontrando o caminho para centro úmido e pulsante entre as pernas de S/N. Um som lamentoso escapou do fundo da garganta dela quando os dedos dele mal roçaram a carne sensibilizada pelo gozo recente. O indicador deslizou lentamente fazendo com que ela se agarrasse a ele, como se ele fosse o único ponto que a prendesse a Terra.
Ele nunca percebeu o quão fascinado ficou com aquela reação.
O toque era tão macio e rico, como a seda mais cara, e mais quente do que ele havia imaginado. A cada segundo que passava ele se convencia que ela havia sido feita para ser tocada por ele. Arruinada somente por ele. O dedo médio deslizou para dentro quando umidade se tornou abundante, massageando e esticando-a, preparando a garota para recebê-lo.
- Você é uma coisinha tão apertada, S/N. Eu só consigo imaginar como o meu pau se sentir bem aqui dentro. – ele disse partindo o beijo, enquanto os quadris dela dançavam no mesmo ritmo que os dedos dele.
- Tão perto... – o gemido sôfrego escapou dos lábios inchados.
- Isso mesmo, baby. É isso que eu quero você gozando para mim de novo. – e, mal aquelas palavras haviam sido ditas a liberação dela se derramava nos dedos dele com um grito mudo.
- O que você está pretendendo fazer comigo, Austin?  - ela perguntou sem folego enquanto seu ápice se acalmava.
- Fazer essa noite tão boa tanto para mim quanto para você. – falou fazendo-a suspirar ao escorregar os dedos suavemente para fora. – Eu preciso do meu pau dentro de você.
- Eu também preciso muito dele. – confessou.
Austin podia sentir o olhar dela acompanhado cada movimento seu desde o momento em que saiu da cama para se livrar das meias, da calça e de sua boxer. Aquela sensação de ser apreciado era diferente de tudo que ele já havia sentido. Normalmente, as mulheres de quem ele se alimentava acabavam simplesmente vendo-o como um pedaço de carne, elas sempre pareciam estar prestes a devora-lo. E se aquele olhar fascinado não fosse algo que ele considerasse normal, mesmo para um vampiro, ele se sentia impossivelmente mais duro.
Momentaneamente sem saber o que fazer ele viu S/N engatinhar até a ponta da cama para se ajoelhar aos seus pés.
- Você não...
- Shiiiiiiii...Eu só quero provar você um pouco. – os olhos dela encontrando os dele naquela posição, deixando-o sem palavras.
Ela parecia um presente depositado aos seus pés. Quando a mão pequena dela envolveu seu membro rígido, ainda maior do que já era, pareceu tão... certo. Como se ele tivesse sido feito para ser tocado por ela. Provado por ela. Austin assistiu a mão dela deslizando até a ponta, que expelia incessantemente o liquido viscoso do pré-gozo, para espalha-lo com o polegar pela glande. Aquele único movimento o fez choramingar de necessidade.
Hipnotizado ele a observou a língua dela brincar com a ponta vermelha raivosa para depois lambe-lo até a base e depois voltando para o ponto inicial. Ele tinha certeza que se ainda respirasse teria parado naquele momento. Ele já havia visto mulheres fazerem aquilo mais vezes do que podia contar, mas nenhuma delas tinha o olhar que aquela garota tinha no rosto. Havia uma curiosidade inocente, misturado com um desejo que ardia incandescente no fundo da íris dela, alguma coisa ameaçava consumi-lo.
Arruiná-lo.
Ele pensou que talvez valesse a pena se deixar consumir.
- Por favor, eu preciso estar dentro de você, S/N.  – ele disse agarrando-a firmemente pela nuca para coloca-la de pé em seguida, enquanto sua garganta em chamas lembrava-lhe porque ele estava ali. – E eu sei que você precisa de mim.
O cheiro dela parecia ainda mais exuberante naquele instante por causa carência latente entre as pernas.
- Desde quando você lê pensamentos, Austin? – a garota brincou, ao ser gentilmente empurrada de volta para cama.
- Você se surpreenderia com as coisas que eu posso fazer. – ele disse num sorriso sombrio, enquanto S/N se arrastava para os travesseiros e ele avançava para encurrala-la.
- Camisinha? – ela perguntou casualmente.
Os olhos dele de novo ganharam a aquela mescla de azul e vermelho – Acho que não precisamos disso, uma vez que eu estou limpo e você certamente está no controle de natalidade.
- Você tem toda razão. – concordou enquanto abria as pernas para recebê-lo.
Com cuidado para não colocar todo seu peso sobre S/N o imortal apoiou-se no antebraço, quando a mão do braço livre viajou até a base do pênis para alinha-lo com a entrada rosada e gotejante. Austin podia ouvir respiração quase inaudível, porém ofegante, e o coração acelerado pela expectativa.
- Porra... tão molhada, humm – ele disse num gemido quando a glande começou a entrar nela.
- Nunca... foi assim. – fechando os olhos com força.
- Não, não... –ele começou fazendo-a abrir os olhos- Eu preciso que você veja isso... Como você foi feita para me receber assim, S/N. – Austin nem fazia ideia porque estava falando aquelas coisas, mas pareciam tão certas. Parecia que aquilo poderia ser real, que havia peças que encaixavam tão perfeitamente, independentemente do que fossem feitas, que tinham sido feitas para se completarem. Como eles dois naquele momento.  
Ela fez o que ele pedia. Tão fascinada quanto o vampiro a humana assistia os dois se fundirem, se tornarem um só.
Polegada por polegada ele a sentia se abrindo, o envolvendo, se moldando ao seu formato. Por outro lado, ele parecia ter sido feito para aquele lugar, para estar embainhado por ela. Ele se perguntava de novo onde aquela garota havia se escondido. Por que ele havia demorado tanto para encontra-la?
- Apertada e tão quente...Tão frágil – ele falou com uma voz tremula, enquanto saía parcialmente só para voltar a repetir uma e mais outra vez, até os quadris de ambos se sincronizarem naquela dança irresistível.
Os suspiros e os gemidos dela foi o que ele teve em resposta assim como as unhas cravadas em suas costas.
- Tão cheia, Austin... – ela conseguiu falar num murmúrio.
Gradativamente o ar do quarto se tornava mais denso, o cheiro do sexo se misturando ao dela era algo arrebatador. Como ele havia passado duzentos longos anos de existência sem sentir aquele aroma ele não sabia. Diante dele todos os outros pareciam uma pálida tentativa de imitação do que deveria ser a essência do sangue humano.
O som úmido do roçar dos seus sexos enchia o pequeno quarto empurrando os dois para o centro de espiral de sensações que pareciam desafia-los. A necessidade crescente que os fazia não conseguir ter o suficiente um do outro.
- Tão boa pra mim...Me levando tão bem – seus quadris atacando os dela incessantemente.
E alguma coisa lhe dizia que se o seu coração ainda fosse capaz de bater estaria prestes a arrebentar naquele momento. Principalmente quando o nome dele saía da boca de S/N como se fosse uma prece. Um clamor. Uma suplica. Ou, como ele havia parecia ter encontrado o paraíso entre as pernas dela.
- Eu ...não sei quant...quanto tempo eu vou durar. – ela disse numa voz sobrecarregada, a cabeça ancorada no ombro dele.
Pela forma como ela começava a aperta-lo ele sabia que o orgasmo começava a avançar – Eu quero – ele disse fazendo com ela o olhasse – continuar por trás.
- Tudo bem. – ela concordou tremula.
Não demorou nada para que ele a tivesse apoiada nas próprias mãos e joelhos com suas palmas firmemente plantadas no quadril da garota o imortal embainhou-se mais uma vez nela. Naquela nova posição todas as sensações pareciam ter ganhado uma nova potencia. Austin havia achado com facilidade, novos e prazerosos lugares dentro dela. Quase como se soubesse que eles estavam lá, só esperando por ele.
O barulho úmido do sexo misturando-se com o som de pele formava uma sinfonia de intensos acordes, que era quebrado pelos sons dos gemidos e das palavras desconexas que saiam das bocas de ambos. Mas a sede de Austin estava em seu limite, ele precisava dela gozando logo e duro para aliviar aquele inferno em sua garganta.
- Eu preciso que você goze para mim, baby – ele falou numa voz carregada, quando seus dedos viajaram sem escalas direto para o clitóris dela. Indefesa S/N só conseguia gemer diante do ataque impiedoso dos dedos longos dele.
Quando os primeiros sinais do orgasmo dela despontaram, ele a trouxe mais para perto, quase na vertical, expondo o pescoço e a veia pulsante. O orgasmo agressivo caiu sobre a garota milésimos de segundos antes do imortal rasgar a pele frágil e a jugular com dentes afiados. A íris azul dando lugar ao rubro, quando a primeira e tímida leva vermelha tocou sua língua...
Nada em dois longos séculos o havia preparado para aquilo.
Nada em dois longos séculos havia se parecido minimamente com aquele sabor.
Sabores.
Todos os sangues que ele havia experimentado antes pareciam pálidos, doentios perto daquele, que naquele momento inundava sua boca. O alívio instantâneo em sua laringe torturada chegava a ser atordoante. Contudo, não se comparava ao que acontecia em seu paladar. Não se comparava ao liquido macio que tocava sua língua e descia por sua garganta. Ao sabor, ou melhor, sabores que se agrupavam em suas papilas, se reversando, e formando ricos, únicos e novos sabores. Ora doces. Ora ácidos. Ora doces arrematados pela caprichosa ardência apimentada. E ainda o leve sabor do Louis Roederer que ela havia tomado mais cedo.
Não é que ela uma garota com um sangue raro, S/N era uma singularidade. Ele mal podia acreditar em sua sorte.
Frenesi
Ele precisava parar.
Ele precisava parar antes que fosse tarde demais.
 O lado racional e equilibrado em sua mente lutava para voltar a ganhar espaço. Mas estranhamente seus ouvidos, desde o momento em que ele cravou, estavam atentos aos batimentos do coração dela. Coisa que ele havia parado de fazer na primeira década de sua criação. Ele simplesmente sabia quando parar ou não. Todavia, já havia algumas boas décadas que ele não matava ninguém enquanto se alimentava. E Austin não desejava recomeçar aquele padrão.
Não com ela.
Foram os movimentos erráticos dos quadris dele, anunciando eminencia do seu próprio apogeu, que o tiraram daquele quase delírio.  Daquele momento onde ele ficou a beira da insanidade. O vampiro começou a se afastar, não sem antes lamber a mordida fazendo desaparecer qualquer vestígio e estancar o sangramento, se deixando levar pelo clímax mais duro que já havia tido.
- Porra.. – ele dizia em abandono enquanto a enchia até a borda com seu sêmen grosso, porém estéreo.
Ele segurava a forma tremula dela em seus braços enquanto cavalgava o seu próprio orgasmo. Os quadris atacando languidamente os dela. Enquanto a liberação de ambos se misturava, escorrendo pelas coxas dela e pingando nos lençóis.
- Isso foi...- ela começou ainda enlaçada pelos braços dele.
- Eu sei...eu sei – o vampiro se limitou a dizer, ainda atordoado demais com o que havia acabado de acontecer.
Os abraços dele começaram a afrouxar quando finalmente conseguiu começar a se acalmar, percebendo a exaustão que recaía sobre a humana. Ambos gemeram baixo quando o membro parcialmente amolecido escorregou para fora da carne sensibilizada. Austin não conseguiu não se sentir orgulhoso de ver uma parte sua escorrendo dela, provando o quão bem ele a havia enchido.
- Eu preciso limpar você – ele disse com um sorriso brincando no canto dos lábios, ainda meio perdido em sua obra-prima.
- Têm toalhas na primeira porta do armário do banheiro. – ela falou quando a criatura fez menção em sair da cama.
Obviamente achar a porta do banheiro não foi um mistério, nem mesmo achar as toalhas e apanhar a do topo para umedecê-la com água morna na torneira da pia. De volta ao quarto ele podia vê-la com o rosto corado e a pela brilhante pela fina camada de suor os cabelos escuros espalhados graciosamente pelo travesseiro. Provavelmente a sua visão favorita dela naquela noite.
- Eu vou tentar ser o mais gentil possível. – ele disse ocupando o espaço vazio ao lado dela.
Ela só assentiu com um sorriso cansado.
Sob os suspiros leves da garota Austin conseguiu limpa-la dos fluidos que ainda escorriam dela. Há tempos ele não se sentia tão sensível após uma foda.
Mas, ele tinha plena consciência que havia sido mais que aquilo.
- Vem aqui. – ele disse depois de jogar a toalha para ponta da cama, puxando a manta jogada caprichosamente sobre a ponta para cobri-los ao ocupar o espaço vazio ao lado dela – Você parece exausta.
- Você acabou comigo. – ela disse arrastando-se para os braços dele, que estavam a sua espera.
- Acho que estamos empatados nisso. – ele riu enquanto ela se acomodava em seus braços.
Em dois longos séculos uma das coisas que Austin entendeu era que seres humanos eram criaturas de uma natureza carente. Em níveis diferentes, mas sempre existia uma necessidade intima, e muitas vezes não confessada, de um gesto de carinho. As mulheres principalmente. Aquilo não era uma visão machista, mas uma apenas constatação depois de um tempo de observação da natureza humana. Principalmente depois do sexo casual. Um abraço era um gesto que só em casos muito específicos ele ousava oferecer. Especialmente, porque eles eram o meio para o passo seguinte, o momento em que ele precisava apagar os vestígios da pele de suas vítimas. No caso do vampiro, as marcas de sua mordida, onde ele faria isso oferecendo algumas poucas gotas do seu próprio sangue a sua vítima, a fim de cura-la. O passo dois seria apagar parcialmente suas memórias, e por meio da compulsão fazê-las entender que aquilo se tratava de uma coisa única. Austin nunca estava interessado o suficiente para um segundo encontro...Pelo menos até aquela noite.
Diante de tudo o que havia acontecido instantes antes, ele não estava minimamente disposto a perder S/N com seu sangue único de vista. Porque ele sabia que eram raros os imortais que teriam a decência realmente disfrutar do sangue da garota sem sacrifica-la. Mesmo que em algum instante durante o momento em que se alimentava quase, ele mesmo tenha chegado perigosamente perder o controle sobre si mesmo...
Mais um motivo para mantê-la por perto, outra razão para não ir embora assim que ela adormecesse. Austin precisava aprender a lidar com aquela singularidade presente naquele sangue. Ser capaz de se controlar enquanto se alimentasse saber desfrutar sem despertar o vício. Sem coloca-la em risco, seria uma pena desperdiçar uma preciosidade daquelas porque ele quase se voltou a ser um recém-criado sem controle.
- Você tem muita literatura por aqui. – ele comentou observando a estante repleta de exemplares dos mais variados títulos.
- Eu amo histórias e literatura de uma forma geral. – disse reprimindo um bocejo. – Mas também faz parte do meu trabalho.
- Você é paga para ler? – um riso ecoou no fundo da sua garganta – Parece o emprego dos sonhos.
- Mais ou menos. Na realidade, eu trabalho com a equipe de marketing, mas eu também escrevo algumas das resenhas para o clube de assinantes da livraria. – Austin podia ouvir respiração dela começando a ficar mais cadenciada.
- Então eu estou falando com uma critica literária? – o seu tom era brincalhão.
- Frustrada talvez. – voz ficando cada vez mais preguiçosa. – Esse até foi o meu sonho durante a universidade, ...- S/N foi interrompida por mais outros bocejo e as pálpebras mais pesadas -..mas a vida adulta aconteceu com muitas contas para pagar.
Ele gostava do senso de humor realista dela, era como uma lufada de ar fresco, especialmente, para alguém que vivia lutando para não se perder dentro da própria mente.
- Essa é uma das desvantagens dessa fase da vida. Mas de uma forma ou de outra você conseguiu realizar o seu sonho. No final acabou não sendo tão ruim. – ele disse percebendo o corpo dela contra o seu lado e a cabeça seu ombro se tornando mais relaxado.
- Acho que sim...Você pode ter razão. – daquela vez a resposta demorou um pouco mais a chegar, os sinais que a inconsciência não demoraria a chegar.
Não levou mais que alguns poucos instantes para que ela estivesse completamente adormecida ao seu lado. O que lhe restava esperar ela entrar em sono profundo para que Austin lhe desse nada mais que algumas gotas do seu sangue. O que seria o suficiente para curar as marcas da mordida, deixando a pele intacta como antes, mas antes que a inconsciência – mesmo sem saber exatamente o quê – a avisasse que havia alguma coisa muito errada com o cara deitado ao seu lado. A falta de batimento cardíaco era o real motivo para tal reação, mesmo que na maior parte do tempo os humanos não prestassem atenção em tal detalhe, aquilo fazia diferença.
Era o que denunciava a humanidade de alguém.
Pacientemente o vampiro acompanhou ela passar pela etapa que a levaria do sono leve ao de conexão, o momento em que ela estaria prestes a entrar no sono profundo. Vinte décadas de pratica o havia tornado praticamente um especialista no procedimento, por isso, assim que percebeu a mudança de estágio ele fez rasgo mínimo com o canino à pele do pulso de onde imediatamente o liquido vermelho intenso começou a minar. O vampiro levou aquela região do braço, que logo estaria incólume, até os lábios entreabertos da garota deixando que vazasse algumas poucas gotas, que as engoliu com uma leve ruga entre as sobrancelhas. Então era só esperar o momento em que ela instintivamente se afastaria.
O que estava demorando em acontecer.
Austin já havia corrido os olhos pela estante no canto direito quarto repleta de autores que iam de clássicos medievais e vitorianos como, Oscar Wilde, Emily e Charlotte Brontë  e Charles Dickens a contemporâneos, James Joyce, Thomas Mann e Franz Kafka eram só alguns. Vários títulos que ele ficou genuinamente surpreso em encontrar, e outros nem tanto, mas não chegavam a ser uma decepção. E como ela disse escrever para o clube de assinantes da rede livrarias para a qual trabalhava o imortal deduziu que alguns dos livros deveriam fazer parte da demanda de trabalho.
Bem, havia se passado pouco mais de uma hora, e ela não havia menção alguma de se afastar. Por sua vez, com o braço em volta dela o loiro se viu encurralado sem conseguir se mover, sem acorda-la. Enquanto S/N estava muito bem aconchegada a ele, que possua vez, com sua sede saciada, começava achar o cheiro leve reconfortante, agora que o aroma pesado do sexo havia se dissipado. Era no mínimo inesperado se sentir daquele jeito, especialmente, quando o cheiro humano para criaturas como ele estava sempre ligado à alimentação e a copula. Nunca ao reconforto.
Há muito tempo sentimentos humanos como reconforto e aconchego havia se tornado uma sensação de uma função que não funcionava como deveria. Algo defeituoso e desgastado pelo tempo. Sentir aquilo era quase como uma descoberta de um sentimento desconhecido, como se pertencesse à vida de outra pessoa.
E talvez fosse aquilo mesmo.
Ele viu duas horas inteiras se passarem, se seus membros ainda fossem capazes de ficar dormente aquela altura seu braço direito estaria completamente inutilizado pelo resto da madrugada. Austin começava a se perguntar se era tarde demais para achar aquela garota estranha demais. Ou, muito ingênua, que com um sangue como aquele, era um verdadeiro milagre que ela ainda continuasse viva. Não com a quantidade de vampiros que circulam por Nova Iorque.
Austin esticou o braço para tentar alcançar a perna da calça jogada ao lado da cama, mas a súbita lembrança de ter deixado o celular no bolso do sobretudo o fez xingar de frustração. E ela nem ao menos havia deixado um livro sobre uma das mesas de cabeceira. Tudo que lhe restava era observar o quarto bem decorado. Ou, o que acabou atraindo, de forma irresistível, sua atenção à própria S/N. Era fascinante o quão pacifica ela parecia adormecida, como se nada no mundo pudesse perturba-la naquele momento. Ele observou cada recanto do rosto dela, como a nariz se encaixava bem com o rosto. Ou, como o lábio inferior parecia levemente mais cheio que o superior. E o discreto sinal de nascença no inicio da curva do pescoço do lado direito. O que deveria ser um incômodo alerta de que ele estava prestando atenção demais na humana não pareceu tão importante. A mão dela deitada daquela forma sobre o abdômen dele para Austin pareceu mais uma coisa digna de sua atenção naquela noite.
A noite sangrou para o dia sem que ele ao menos percebesse a mudança das cores no céu lá fora. A manhã do domingo cálido, nada lembrando a noite fria do dia anterior. Nem o som irritante do liquidificador dois andares abaixo, ligado por algum vizinho madrugador, foi capaz de tira-lo do seu estranho transe. Foram somente os primeiros sinais que ela estava a prestes a acordar que chamaram sua atenção, como a sútil mudança da respiração dela batendo em sua pele.
Era hora de começar a atuar. E, diga-se de passagem, ele era muito bom naquilo.
Com a sua audição e percepção apuradas de forma sobre-humana foi tudo com o que ele pôde contar, quando fechou os olhos, ainda sim, era como se não o tivesse feito. Todos os talentos que imortalidade havia lhe concedido, o poder de percepção era uma das características fundamentais de um vampiro. Era o que lhes tornava mestres na arte de ludibriar os humanos e vampiros recém-criados.
Aos poucos S/N começou a ficar mais desperta, mas não plenamente consciente ainda, ela afundou no travesseiro ao lado levando consigo seu toque quente. Austin franziu levemente o espaço entre as sobrancelhas, a perda de contato lhe provocou uma sensação desagradável que nunca havia experimentado.
- Para onde você está indo? – ele perguntou com a voz ainda mais rouca pela falta de uso.
- A lugar algum – ela num risinho enrouquecido. – Eu só imaginei que o seu braço podia estar dormente...Desculpe, mas eu me senti muito confortável. – a voz dela saiu tímida.
Ela se sentiu confortável, os olhos dele se abriram de súbito.
 Aquela frase era tão inesperada quanto se ela revelasse naquele momento que sabia qual era a real natureza dele. Talvez, ele devesse considera-la estranha, humanos não deviam se sentirem espontaneamente a vontade perto de alguém como ele. A presa não podia se sentir bem na companhia do predador. Ele devia começar considera-la estranha...Todavia, aquilo havia o emocionado.
Aquela garota havia conseguido fazer com que Austin sentisse um sentimento que jurava não ter mais capacidade de vivenciar.
Silencioso ele voltou-se para ela deitando-se de lado, apoiando a lateral cabeça no braço dobrado. O vampiro podia ouvir coração dela descompassando e viu os olhos dela ficarem sutilmente maiores, enquanto os dedos torceram nervosamente a ponta da manta. A respiração dela estava em suspenso. - A nossa noite foi incrível, não foi? – ele falou recebendo um tímido aceno de concordância, aquele era o momento onde pelo menos por parte dele um acordo seria selado. - Eu sei que isso pode parecer estranho... mas, eu quero continuar te vendo.. Eu também me senti muito bem com você. Também quero continuar te vendo. – ela admitiu de forma quase envergonhada. A cabeça curvada, mirando-o com um olhar submisso.  
O imortal sorriu satisfeito sentindo a pressão do sangue correndo direto para o membro pesado.
- Fico contente de ouvir isso. - dizia enquanto sua mão segurava o queixo dela. – O dia seguinte sempre parece meio nebuloso, não é?
- Acho que é por isso que muitos caras acabam indo embora antes do dia amanhecer.
- Talvez eu não seja como eles. – sugeriu num tom de arrogância velada.
- Hummm...Isso é bom de saber. – ela brincou quando a mão que estava em seu queixo foi para a cintura puxando-a para perto.
O suspiro que escapou dos lábios de S/N quando ela sentiu a ereção firme e úmida contra sua coxa. O cheiro se tornou mais sensual de uma forma tão sútil, e ao mesmo tempo tão envolvente que a cabeça dele pareceu mais leve. Imaginando que seria muito semelhante à sensação que alguém chapado teria. Ele teria que se acostumar com aquilo também.
- Eu quero que você fique de costas para mim. - ele disse mordiscando muito levemente o lábio inferior dela.
A hesitação nos olhos era tão perceptível quanto o cheiro dela dominando cada canto daquele apartamento.
- Eu nunca vou fazer nada que você não queira baby. Prometo que você vai gostar. – Austin deu seu sorriso mais charmoso. – Até agora eu não fiz nada que você não tenha gostado, não é?
- Tudo o que você fez foi realmente muito. Bom até demais – S/N sorriu fazendo a incerteza se desfazer gradativamente no rosto dela para em seguida fazer o que ele havia pedido.
Sem que o loiro ao menos precisasse dar alguma instrução às pernas da garota se abriram por espontânea vontade, enquanto o braço que estava dobrado sob a cabeça dele circundasse a cintura dela, e a mão errante do braço livre tocasse a carne superaquecida e encharcada. Austin roçava o queixo barbado no ombro dela enquanto seus dedos a acariciavam com uma gentileza agonizante. Suspiros torturados escapavam pelos lábios entreabertos da humana.
- Estou tão pronta para você – ela admitiu fracamente, quando de forma quase distraída o polegar dele roçou se clitóris, fazendo–a gemer em agonia. O cheiro parecia ainda mais excitante com a sede dele saciada.
- Você não tem ideia da tentação que é – o vampiro de disse raspando levemente os dentes na ponta orelha dela, quando os dedos se afastaram fazendo–a choramingar de frustração. A mão dele foi direito para a base do pênis vermelho e latejante. – Eu prometo que isso vai ser bom. – o calor dela parecia queima-lo enquanto ele guiava sua ereção para se acomodar entre as coxas dela. A excitação dela era pesada emanando de um cada dos seus poros. A união lasciva dos dois estava escondida sob a coberta, o pau duro dele imprensado entre as coxas e os lábios inferiores esfregando-se contra clitóris sensível dela.
- Isso é tão... – ela tentou dizer, mas sua voz se perdeu um gemido alto, enquanto eles se moviam juntos. Os dedos dele brincavam incansável com mamilo sensível do seio dela.
- Isso mesmo, baby. Aperte-se desse jeito mesmo em volta de mim. Você nasceu para ser pressionada contra o meu pau exatamente desse jeito. – ele confessou em meio a um lamento excitado. – Você está tão bem aconchegada.
- É tão gostoso...Você é tão grande. – Liz dizia se contorcendo contra ele, fazendo-o ter certeza que ela estava dolorosamente a beira do orgasmo.
Aquilo levou tudo de Austin para que ele não entrasse nela de uma vez sem aviso prévio algum. Os olhos dela estavam fechados com força enquanto suas unhas estavam fincadas no antebraço bronzeado. Quando a cabeça do pênis dele caprichosamente cutucou a entrada dela, apenas ligeiramente, deslizando magnificamente sobre clitóris dela, os gemidos sôfregos encheram cada centímetro do quarto.
- Tão duro...Tão molhado...
- Você falando essas coisas está me deixando quase lá, S/N – Austin falou fodendo-a tão forte e rápido. Era cru e carente como se ambos estivessem esperado a vida inteira por aquilo.
- Eu estou tão tão perto...- ela mal conseguindo conter o choro na voz.
- Eu também ...Eu também. – o timbre não estava muito diferente do dela.
A sensação decadente do orgasmo construiu-se impiedosamente sobre ambos, deixando mortal e imortal a beira do colapso mental. Avançando inclemente sobre fazendo-os derramar um para o outro no mesmo instante, quase como algo ensaiado. Os sons que escapavam das bocas deles era uma sinfonia harmônica em meio ao caos orgástico.
O som do coração dela batendo como se estivesse prestes a arrebentar foi a sua trilha sonora particular pessoal, enquanto a euforia do clímax se dissipava em seu corpo. Ele podia sentir o corpo dela ainda trêmulo pressionado ao seu. A respiração aos poucos dando sinais que se acalmaria, o mar depois de uma noite de tempestade.
- O que você acha de café da manhã? – perguntou Austin apoiando o queixo barbado no ombro dela.
- Você é de verdade mesmo? – ela devolveu divertida.
- Bem, eu acho que você não tem do que duvidar depois do que acabou acontecer. – a voz dele falhando enquanto sutilmente empurrava o quadril contra o dela, membro ainda entre as dobras dela, que gemeu baixo revelando-se tão sensível quanto ele.
- Ok. –  riu baixo. – Você tem um ponto.
- Um pouco mais do que isso eu diria.– ele disse esfregando levemente o queixo contra o ombro observando a pele dela se arrepiar.
- O que você quer dizer com isso?
- O meu pau ainda entre as suas pernas é mais que um ponto. – o riso dele foi abafado pelo beijo no ombro dela.
- Ok. Eu vou te deixar ganhar essa.
- Muito gentil da sua parte. Afinal, sou eu quem vou cozinhar. – ele divertiu-se. – Espero que você não se incomode se eu tomar um banho antes.
- Claro que não.– ela falou. – Eu preciso de um tempo para conseguir
- Mas antes eu preciso fazer uma coisa. – ele disse mexendo-se entre as pernas dela.
- Por favor...Sensível demais. – choramingou S/N.
- Eu sei... eu sei - ele suspirou saindo do meio das coxas dela para em seguida começar a sair da cama.
- Eu tenho escovas de dente novas na primeira gaveta do lado esquerdo. – ela avisou.
Ele assentiu enquanto fazia seu caminho pelo quarto – Obrigado.
Austin pôde sentir os olhos apreciativos dela em suas costas até sumir pela porta do banheiro minúsculo. A sensação de ser apreciado era algo estranho, ele estava acostumado com os olhares avaliativos e de desconfiança até de desdém. Toda sua existência foi marcada por aquilo, especialmente, quando outros vampiros descobriam por quem ele havia sido criado. Ele era escória entre os da própria espécie e de certa forma havia se acostumado com aquilo.
Afinal, poucos eram aqueles que ao menos fingiam vê-lo como um igual.
Em alguns minutos o cheiro dela era quase lavado de sua pele, se não fosse por aquele fundo sutil e quente que insistia em continuar se agarrando a ele. Uma lembrança muito bem-vinda do que agora ele podia desfrutar quando sua sede o atormentasse. Ou, quando quisesse ter em sua língua o mesmo sabor frutado aquecido que sentia naquele momento. O sexo ter sido insanamente bom fechava aquela caçada com chave-de-ouro.
E o que havia para ajustar o seria feito com o tempo.
Quando ele voltou ao quarto, parcialmente vestido, a encontrou já de pé, vestida com um roupão que remetia a um quimono curto digitando ao celular, enquanto perambulava sem rumo definido pelo quarto. S/N parecia frustrada o seu aroma havia se tornado sutilmente mais denso, a ruga entre as sobrancelhas funcionava como um reforço.
- Algum problema? – ele perguntou passando a mão pelos fios úmidos na região da nuca parando na frente dela e impedindo-a de continuar com sua perambulação sem sentido.
Ela só deu de ombros visivelmente não querendo se aprofundar no assunto. – Nada que valha a pena. – completou evasiva
- Humm.. – ele decidiu que talvez aquilo não fosse da conta – Então, esse poderia ser o momento ideal para ter o meu número nos seus contatos.
- Realmente essa parece ser uma excelente ideia. – ela sorriu pouco antes de acessar a agenda do dispositivo.
Não levou mais que meros instantes para que o nome de Austin com o emoji de um par de taças de champanhe figurasse.
- Acho que temos um símbolo. – o loiro divertiu-se quando S/N mostrou a tela do aparelho, ao enviar uma mensagem para o número conforme ele havia instruído.
- Acho que sim. – concordou – Você quer ajuda para encontrar as coisas na cozinha?
- Pode ir tomar o seu o banho, que quando voltar você vai ter o melhor café da manhã da sua vida. – ele disse presunçoso.
- Eu tenho cereal no armário e leite comum e de castanha na geladeira. – ela gracejou indo em direção ao banheiro.
Austin lança a ela um olhar falsamente ofendido, um leve sorriso brincando no canto da boca – Agora é uma questão de honra. – ele diz antes que ela desapareça pela porta.
Com ouvidos atentos Austin começou a se movimentar com sua velocidade sobre-humana em direção à pequena cozinha do apartamento. Localizando com facilidade os ingredientes que precisaria para preparar suas imbatíveis panquecas de limão. O gosto pela cozinha era uma das poucas coisas boas que a imortalidade não havia lhe tirado, assim como a necessidade de continuar consumindo comida humana.
Aquela descoberta havia sido tão surpreendente quanto saber que vampiros existiam. De certa forma um pouco decepcionante entender que todas aquelas histórias e contos que ele devorava noite após noite, depois que o trabalho na padaria acabava, estavam muito a quem do que era a sua nova espécie. O desapontamento com Willian Beckford, John Polidori e Ernest Theodore Hoffman, seus autores favoritos quando humano ainda lhe deixava um gosto ruim na boca. Tão ruim quanto o queijo duro e o pão de cevada torrada, que Antoine havia lhe dado embrulhado em um pedaço de imundo de pano.
- Se você quiser continuar com uma aparência minimamente humana vai precisar continuar comendo essas porcarias, garoto - ele lhe disse jogando sobre a mesa que tinha uma aparência não muito diferente ao do pacote improvisado. Austin lembrava-se exatamente o quão confuso se sentiu com aquela revelação, quase uma semana depois de ter recebido o Abraço – Não sei se você já se viu no espelho, mas sua cara de moço bem alimentado está começando a dar espaço para uma cara que daqui vai fazer com que até eu fuja de você, pequeno Aust.
Era óbvia que ele já havia notado a diferença, no final da tarde do anterior aquela conversa Austin já havia notado a diferença evidente em sua aparência. Como sua pele havia começado a perder a cor e textura elástica, lembrando muito algo como papel ressequido pelo tempo, uma coisa quase quebradiça. Olheiras arroxeadas e veias cada vez mais aparentem. O loiro dourado do cabelo comprido havia ganhado um tom esbranquiçado uma textura que parecia cada vez mais porosa. Sem contar quanto mais fria havia se tornado sua temperatura, que havia baixado pelo menos meio grau depois da sua criação.
Todavia, nem tudo naquela descoberta foi decepcionante, havia sido um prazer, pelo menos nas refeições posteriores, descobrir o quão apurado seu paladar havia se tornado. O quanto mais prazeroso o ato de se alimentar havia se tornado, consequentemente o ato de cozinhar também. E com dois séculos de existência Austin teve algum tempo, e dinheiro, para aperfeiçoar o seu talento.
Com todo mise en place* pronto, depois dos poucos segundos que Austin levou conhecendo a cozinha de S/N, ele se decidiu por uma receita simples, mas que por suas mãos se tornaria mais que aquilo. Panquecas de limão regado por um coulis* com os morangos frescos que havia encontrado na geladeira dela. Uma combinação que brincava com a acidez do morango e do limão e com a doçura do açúcar.
Ele queria surpreender à humana.
Começando a receita aquecendo o ovo da receita no micro-ondas por dez segundos para deixa-lo em temperatura ambiente, enquanto em sua velocidade humana misturou o leite e o limão espremido. Não demorou mais que alguns instantes para que diante dele estivesse uma massa lisa, resultado da mistura dos ingredientes secos e úmidos, que ele misturava delicadamente... O cabo de madeira da colher que ele usava esfarelou-se em sua mão para voltar à forma normal um milésimo de segundo depois.
Ele sabia o que aquilo significava.
Não...não, não ali. Não naquele momento. Não com uma humana a poucos metros dele. Austin num gesto, que para um observador casual parecia corriqueiro, observou seu relógio de pulso de visor quadrado. O Cartier para o desespero do vampiro se comportava da mesma forma que o seu relógio de bolso havia se comportado mais de um século e meio antes. O ponteiro das horas correndo a toda velocidade para trás assim como o ponteiro dos segundos. Enquanto o ponteiro dos minutos girava em seu curso normal. Ora rápido, ora lento.
Agora não, Austin pensou ouvindo seus dentes rangerem devido à pressão em sua mandíbula travada. Seus olhos subiram para encarar a parede revestida que havia virado uma massa densa que escorria em camadas grossas de branco para em seguida parecer intacta. O peito do vampiro subia e descia pesadamente, a raiva e a angustia se represavam em seu peito.
- Merda – ele sibilou quando percebeu sangue minar do rejunte da parede de revestimento cerâmico.
Logo gotas e gotas foram se assomando uma a outra e logo Austin tinha um véu vermelho de descendo pelas paredes descendo pelo balcão chegando até o chão. Avançando na direção aos pés do imortal atônito...Então já não era mais a cozinha de S/N, mas um lugar que ele conhecia ainda melhor.
Não era exatamente uma visão, mas também não era exatamente uma lembrança, apesar dele saber que dia era aquele, sobre o quê ele e o amigo que Austin mais sentia falta conversariam.
- O que acontece? – o sotaque cheio do sul perguntou divertido.
Os anéis pesados sobre a superfície de madeira do piano faiscavam sob os últimos raios do sol que iluminavam a cidade cravada no meio do deserto.
- Não acontece. – o vampiro respondeu displicente, enquanto equilibrava o copo com o Bourbon no braço do sofá semicircular. – Isso é só uma invenção de autor querendo vender livros.
- Então Bram Stoker era um filho da puta mercenário ? – ele sugeriu num tom bem-humorado.
- Você quem está falando isso...- Austin viu o Austin jogado relaxadamente no estofamento macio responder com um sorriso, enquanto o amigo ria descontraído.
- Boa.
Os dedos do homem de cabelos escuros correram habilmente sobre as teclas do piano produzindo um arranjo de notas doces e melancólicas. Austin atravessou o quarto vendo a si mesmo tomar mais outro gole da bebida forte, enquanto apanhava o controle remoto que ligava o trio de TVs embutidas na parede. O amigo continuava perdido nas notas da sua música emocional.
- Sabe o que seria divertido? – o amigo perguntou ainda executando o arranjo, quando ele se aproximou do piano.
Austin esperou que o ele de 1973 respondesse, mas ele parecia distraído demais com o velho programa de TV diante dos seus olhos.
- Sabe o que seria divertido? – os olhos de Austin se voltaram, quando a sala foi tomada por um silêncio súbito, para o homem no piano que o olhava diretamente – Sabe o que seria divertido? – a pergunta foi repetida.
- O quê? – a criatura perguntou mesmo sabendo para onde isso os levaria.
- Ver você se apaixonar por uma humana. – a resposta veio tão simples como a facilidade extraordinária que ele tinha para a música.
- Não, não seria divertido. Seria uma desgraça, tanto para mim quanto para ela. – Austin repetiu as mesmas palavras que havia dito cinquenta anos antes.
- Você realmente tem uma inclinação para o drama.
- E você devia assistir menos Monty Phyton. Essa coisa de humor absurdo está mexendo com o seu cérebro. – Austin falou com um sorriso cansado apoiando as mãos no metal sujo.
A tinta branca velha estava descascada em várias partes, aquilo parecia estranhamente familiar, assim como a sujeira e o sangue em suas mãos e embaixo das suas unhas. Austin levantou a cabeça deixando seus olhos vagarem pelo o ambiente que lhe lembrava dos mesmos em que ele havia perambulado com Antoine em suas primeiras décadas.
Hospícios e presídios abandonados haviam sido os lugares favoritos do seu criador, que os usava para se abrigar do sol, antes de conseguir seu anel de Cianita. Ou, para Austin tentar adormecer por algumas horas, já que ele havia descoberto seis semanas depois de ter ganhado sua imortalidade, que vampiros também precisavam descansar. Menos que os humanos, na realidade, mas a necessidade existia. Coisa que o vampiro que havia lhe dado o Abraço não achava essencial. Dormir segundo Antoine não permitia que um Malkavian fosse quem ele deveria ser.
 Austin!
Em total estado de alerta ele girou a cabeça na direção de onde havia vindo à voz. Com passos atabalhoados ele cambaleou pelo que parecia ser um consultório, empurrando do seu caminho a velha cadeira giratória, até a porta que dava para um corredor mergulhado na penumbra.
Austin!
- A-Ashley... Ash – ele gaguejou inseguro girando a maçaneta agarrando a maçaneta das portas duplas. O seu reflexo na envidraçado ele não poderia dizer que não o havia perturbado, o olhar ligeiramente perdido, que ele não via há décadas em si mesmo.
Os vidros das portas sacudiram violentamente quando elas foram abertas, por muito pouco não sendo arrancadas das dobradiças. Em sua velocidade sobre-humana ele atravessou o corredor só para encontrar o hall mal iluminado e vazio. Só o assovio do vento entrando por uma fresta numa janela do lado oposto era ouvido.
Os olhos dele varreram uma e outra vez, não havia sinal de ninguém a vista. Usando toda a capacidade de sua audição apurada, ele só conseguiu constatar que não havia mais ninguém naquele lugar além dele.
Só como sempre.
Austin fechou os olhos com força tentando sair daquela armadilha que sua mente havia lhe feito cair. Porque era aquilo o que era, mais uma armadilha preparada pelo lado pouco são de sua mente. Ele só precisava convencer a si mesmo que aquele ele estava sozinho...
Sozinho?
Não até um par de mãos agarrarem seu rosto, obrigando-o a abrir os olhos no mesmo instante para dar de cara com um par de olhos negros vazios e um sorriso maníaco com dentes amarelados. O rosto branco com pele seca de aparência quebradiça emoldurada por cabelos negros sem vida.
Antoine.
- Sua pequena obra-prima, pequeno Aust. – Antoine tentou afastar do aperto de ferro que comprimia os seus ossos com suas próprias. – Você devia tirar um tempo para apreciar o que acabou de fazer
- Eu não acabei de fazer nada. – ele disse forçando mais uma vez as mãos do outro vampiro para longe do seu rosto.
- Não?! – alguma coisa no tom da voz afetada de Antoine o paralisou. – Não me diga que você não responsável, filho. – disse comtemplado o salão exatasiado.
Corpos e mais corpos – algumas cabeças também - lavados em vermelho tomavam conta do hall, há algum instante atrás vazio. Um cenário não muito diferente de outros que ele mesmo já havia visto, ou, que ele mesmo havia sido responsável. Rostos que em sua maioria ele nem ao menos ele conseguia reconhecer, exceto por alguns, Melissa, Anna e o do garçom ruivo. A cabeça da tal de Kyle repousava nas costas de um homem que sem surpresa alguma Austin não também conseguia reconhecer.
- Eu não fiz isso. – ele balbuciou confuso voltando seu olhar para Antoine
- Claro que fez.  Nós dois sabemos que isso não é nada perto do que você pode fazer pequeno Aust. – o vampiro mais velho sorria orgulhoso. – Foi por causa da garota não foi? Eu não sabia que você poderia ser tão divertido quando se apaixona.
Atordoado seus voltaram-se para os corpos, pela primeira vez ele notou que havia sangue nas paredes, como se corpos houvessem sido lançados contra elas. Prestando atenção em si mesmo ele percebeu que suas mãos pingavam sangue, gotas grossas caiam em longos fios viscosos na ponta da bota e no chão coberto por uma camada grossa de poeira.
- Por que, Austin? – um novo par de mãos em seu rosto.
- A-Ash...Não fui eu. – ele nunca havia escutado tanto medo em sua voz.
- Por que, Austin? Por que?
Por que?
Por que, meu irmão?
Por que...
À medida que ela repetia a pergunta voz de Ashley ficava mais alta como se quisesse preencher cada espaço. Invadindo em cada espaço, enquanto ele sentia os ossos de sua mandíbula estalarem sob a força do aperto dela. Desde quando ela havia se tornado tão forte daquele jeito? Um grito agudo reverberou contra as paredes fazendo os vidros das janelas e portas estilhaçarem. Austin fechou os olhos quando sentiu que seus ossos do seu rosto podiam ganhar o mesmo destino.
- Seria uma desgraça, tanto para você quanto para ela. – ele ouviu a voz do amigo com uma emoção que ele não conseguia identificar.
O aperto em seu maxilar foi substituído por um par de mãos suaves mesmo que o segurasse com firmeza. A voz que o chamava o guiando para fora do caos formado em sua cabeça era irresistivelmente calma, apesar da apreensão implícita.
- Austin?! – a voz chamou- Austin?!
Os olhos dele se abriram de forma brusca enquanto ele se afastava aos tropeços das mãos de S/N, enquanto tentava reconhecer o lugar onde estava. Sua cabeça virando para todos os lados enquanto ele se certificava de que tudo havia voltado ao normal. Que a sua maldita visão havia, enfim, cessado.
- Você está bem? – ela perguntou com um tom tenso pela preocupação, fazendo com que ele o encarasse.
- O que você viu? – Austin perguntou num tom forçosamente controlado.
- E-eu não se...- ela gaguejou com o coração tão descompassado quanto seu folego.
- O que você viu? – voltou a interroga-la enquanto se esforçava para sufocar o rosnado que ameaçava escapar do seu peito. Lentamente ele avançava contra ela, como num jogo de presa e predador, mas para surpresa da criatura a humana não se móvel um milímetro do seu lugar. – O que você viu, S/N?
- Você meio catatônico no meio da minha cozinha. – ela disse num folego só. – Repetindo o mesmo pequeno gesto com as mãos, como se estivesse tendo uma crise de ansiedade. – ele paralisou com aquilo.
Austin sabia justamente do que ela estava falando, e não uma coisa exatamente desconhecida, assim como a sensação de medo que se enrolava com garras frias suas entranhas. Em sua existência ele raramente havia sentido aquilo, mas ainda sim, era o suficiente para que seus mecanismos primordiais de luta e fuga fossem acionados. Se ela seria o motivo da sua nova descida as masmorras da insanidade o melhor seria manter distancia. Mesmo com o sabor incomum de S/N persistindo no canto interno de língua.
Ou, a lembrança do cheiro ainda impregnado em sua pele mesmo depois do banho.
- E-eu preciso ir emb... – mão pequena em seu braço o deixou sem palavras.
- Tem certeza? – ela parecia genuinamente preocupada, apesar ligeiramente confusa – Você não parece muito bem para dirigir, Austin.
Ele não podia deixar que as coisas que havia sentido na noite anterior voltassem a acontecer. O imortal não tinha ideia, ou melhor, naquele momento tinha pequeno vislumbre, do que aquela garota podia estar começando a fazer com ele. Todavia, aquilo não podia começar a ganhar forma e corpo, se tratava da cadeia alimentar, e não de sentimentos. S/N entrava com seu sangue singular, e ele com os dentes, com o bônus de um sexo muito bom. Um dos melhores da sua existência se ele ousasse ser sincero consigo mesmo naquele momento.
- Eu preciso ir embora. – ele repetiu tentando parecer mais firme – Eu acho que fo... Eu só preciso ir, ok? – ele se apressou em dizer abaixando os olhos como o jovem tímido que ele foi em outra vida.
Austin quis dizer que aquilo havia sido um erro.
Mas havia uma parte dele que se recusava em acreditar naquilo, aquela confusa e doentiamente honesta, que se recusava a mentir, mesmo que a sinceridade não estivesse na ordem do dia. Aquele lado dele podia ser incapacitante.
Fugir sempre seria uma opção. Uma conveniente opção.
Ele se afastou indo em direção ao quarto para vestir suas meias e calçar suas botas, aliviado por não tê-la por perto para confundir ainda mais sua mente. S/N parecia atordoada demais com o que aquela manhã aparentemente perfeita havia se tornado. Bem, os humanos sempre podiam contar com um vampiro quebrado para tornar tudo que era primoroso em algo defeituoso, tão disfuncional quanto ele.
Ele com sua maldição eram a versão piorada do mito de Midas.
Austin havia acabado de vestir seu tank top quando ela entrou na sala, pela primeira vez ele percebeu a toalha cinza que envolvia o corpo dela. Era quase como se ele estivesse sendo tentado a ficar. A desafiar os seus últimos resquícios de sanidade, testar até onde eles poderiam aguentar. Mas não seria daquela vez.
Daquela vez ele precisava manter uma distância segura da humana.
Era ridículo.
- Você deveria procurar um médico...Vê o que isso pode ser. – S/N disse genuinamente preocupada.
O imortal riria se o olhar apreensivo no rosto dela não tivesse o emocionado. Ele só assentiu incapaz de falar, enquanto apanhava o sobretudo sobre o sofá.
- Obrigado pela noite. – ele disse observando-a por cima do ombro - E me desculpe pelo café da manhã.
- Tudo bem. – S/N falou numa tentativa falha de um sorriso, antes dele sair batendo a porta atrás de si.
Mise Em Place é um termo francês que significa “pôr em ordem, fazer disposição”. Também uma forma de dizer para preparar a cozinha para a confeccionar os pratos.
Coulis é uma forma de molho fino feito de legumes e frutas em purê e coados.
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ciaospiriti · 9 months ago
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iksuikebaj · 1 year ago
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❏ — [SENDER] and [RECEIVER] find their turkey smoking in the oven (achilles/warren)
FALL / AUTUMN / HALLOWEEN THEMED PROMPTS
esse filme está open .ᐟ‍ estrelando achilles and warren, co direção de @hvppyfools.
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Seus dotes culinários estavam longe de ser bons, Achilles não era um cozinheiro, teve chefes de cozinha ao seu alcance quase que a vida toda, então não tinha qualquer conhecimento. Mas se ele não sabe, por que aceitou ir para a cozinha com Warren? Nem sabe explicar. Talvez aquela promessa boba, a troca de míseros beijinhos, tivesse o convencido e que vergonha, se submeter a algo que daria errado por beijos. Onde tinha chegado? Seguiu as instruções, mas sem qualquer segurança que daria certo, não tinha como dar certo, mas ficaria calado enquanto o futuro namorado tentava se igualar as cozinheiras da casa. — Pronto? — Perguntou ao ver o fogão ser fechado, segurando um pano entre os dedos, porque já tinha lavado a mão várias vezes para tirar o cheiro de tempero, como aquilo era forte. — Hora de pagar o que me prometeu, Rennie. — Cantarolou, dando ênfase ao apelido infantil antes de abraçar o pescoço do loiro, mantendo seus rostos próximos o suficiente. Se perdeu nos olhos escuros, assim como nos lábios que tanto gostava de beijar, estar perto do Powell era perigoso, como fogo e gasolina - só ficava no ar qual cada um era. Beijo vem, beijo vai. Uma mão aqui, outra ali em busca de mais contato e se não estivessem em uma cozinha, um local que necessitava de higiene, não tinha duvidas que acabariam sem roupa e se amando, como sempre, estava sendo difícil se segurar e prestes a sugerir que fossem para outro espaço, mais reservado e seguro, um cheiro estranho chegou em seu nariz. Queimado. — Cacete, Warren. O peru tá queimando!!! A gente vai botar fogo na cozinha, vão nos matar. — Praticamente gritou enquanto empurrava o rapaz para longe, buscando alguma coisa para pegar o que estava no forno. — Não fica ai parado, faz alguma coisa pra me ajudar, se não, vou enfiar essa merda no seu rabo.
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ursocongelado · 1 year ago
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ESTADÃO/ALIÁSDiegoEscrever é dar banho no mendigo que mora dentro de vocêCom uma Samsonite verde cheia de roupas, contos e poemas, elesobreviveu ao fim de um loucoromance, ao crack e à solidão
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Em São Paulo, a solidão é um miúdo de galinha esquecido no canto do freezer, mas também é um escritor de ressaca esperando no lobby de um hotel em Higienópolis. Check-out ao meio-dia é criminoso – principalmente quando o sujeito em questão foi dormir às 6h da manhã, depois de enfrentar um sarau de poesia e uma festa de black music na Vila Madalena. Quase um Mick Jagger em turnê. I can't get no satisfaction. Oh, no, no, no.
Diego Moraes, 33 anos, escreveu certa vez que o sonho dele era casar com uma jornalista do Estadão. Dançou. Não desta vez, mano. Agora é curar a noitada com soda limonada, subir no carro da reportagem e encontrar uma velha conhecida: a Praça da Sé. Marco zero da cidade. Lugar em que o hoje promissor escriba, a aposta mais garantida da temporada, já pediu esmolas e comida. A rua é um poeta lido em voz alta. Assim, desmistificado, o artista fala por meio da sua própria obra, misturando versos com respostas cruas, lirismo coado por uma ordinária conversa de bar.
E vai ser o quê, Diego? Vamos contar a história do herói redimido ou do anjo vingador? Ele ainda não tem certeza, mas fala de um insight quando estava no metrô, com os pés para além da faixa amarela de segurança, e o trem foi se aproximando da estação assim como uma vontade atrevida de se atirar. Imagina que lindo? Aquele barulho do metal. O choque do cidadão comum. O transtorno. O poeta que morou na rua se vingando da Cidade, ferrando com o dia de todo mundo. O corpo estraçalhado nos trilhos. O sangue. E pairando sobre tudo isso, no alto, uma placa onde estivesse escrito: CONSOLAÇÃO. O começo de uma lenda.
Respira. Lenda nenhuma. Morrer agora seria uma piada ruim. Vou morrer com uns 80 anos. Poeta bom é poeta morto. Não, não. Tá errado isso. Poeta bom é poeta gordo. Justo agora que as coisas começaram a acontecer, que uma editora importante acena com uma possibilidade de contrato, que tem livro novo pra sair, que umas meninas estão dando mole e uma graninha decente pode pingar. Escrevo para tirar meu nome do Serasa. 80% dos leitores do Dostoiévski estão com nome no Serasa.
Diego passa pelos pastores, pedintes, engraxates e malucos da Sé. Reencontra velhos personagens de Pedro Juan Gutiérrez, John Fante, Charles Bukowski e Plínio Marcos. Quantas vezes eu deitei nessa escadaria da Catedral usando minha mala Samsonite verde como travesseiro e consolo. Dormia pesado. Nunca sonhei. Só paranoia e medo de ser queimado. Na época, tinha esse lance de uns playboys queimando moradores de rua...
Um pouco antes dessa época, Diego morava em Manaus com os pais. Estudou até a sexta série e completou sua formação com um supletivo. Também ajudava o pai em uma gráfica e fazia pequenos bicos. Na adolescência, assistia muito à Sessão da Tarde e amava os filmes do Stallone. Foi vendo Rock, Rambo e Cobra que eu peguei gosto por frases, foi o começo da minha inclinação literária. Quando o Stallone diz (em Cobra) que “você é um cocô... e eu vou matar você” isso é poesia. Millôr e Nelson Rodrigues apareceram um pouco depois.
Em Manaus, conheceu uma garota em um bar/sorveteria. Uma Nina que não tem esse nome. Nina é um nome de literatura. Branquinha, olhos azuis e sardas. A mulher mais linda da cidade. Foi Nina quem ele beijou uma vez. Foi Nina que ele namorou. Foi Nina que inventou que queria uma vida nova em Barcelona. São Paulo seria apenas uma ponte. Só uma ponte, hahaha.
Quem tinha grana era a Nina. Foi ela quem vendeu o carro para bancar a viagem. Foi dela o plano de casar em São Paulo e depois partir para a Espanha. Eu ia para ser chapeiro, ter um subemprego qualquer. Quando o cara está apaixonado faz muita merda. A mãe do Diego foi contra. Não gostava da garota, dizia que aquilo não ia terminar bem, que ele iria se arrepender, jogar a vida fora, que... Tarde demais. Em março de 2003, Diego e Nina desembarcaram em São Paulo. Com ele, uma Samsonite verde cheia de roupas e contos.
Tinha um mundo inteiro aqui nessa cidade. Uma solidão do tamanho de Saturno para ser apreendida e absorvida. Foram morar na Aclimação. Descobriram o yakissoba da Liberdade, os botecos em que desconhecidos não se conversam e o crack. Não tão rápido assim, calma. Primeiro, ela queria um comprimido de êxtase. Fui atrás e me deram um placebo. Depois, corri atrás de pasta de cocaína. Pasta de cocaína? Me disseram para experimentar o crack.
Experimentaram. O crack bateu. Doce. Um vício instantâneo. Mais rápido que Miojo. Paranoia. Morte. Não tão rápido. Play it again. Eles ainda tinham Barcelona. O plano: se casar e bye, bye, Brasil. Só que o inconsciente cria suas próprias regras e armadilhas. Eu esqueci a minha certidão de nascimento em Manaus. Sem ela, não conseguiria me casar.
Nina virou o bicho, como alguém pode esquecer uma certidão de nascimento? Ela disse coisas pesadas, falou que ele tinha feito de propósito, que ele era um zero, um mané e outros petardos. O ar na casa foi ficando irrespirável. Muita droga. Muito crack. E a grana que ela tinha para se estabelecer em Barcelona já estava no fim. Diego foi expulso de casa. Pegou a Samsonite verde (com roupas e contos) e se mandou. No amor, a gente é sempre meio Keith Richards e Chimbinha.
Diego diz que foi andando da Aclimação para a Praça da Sé puxando a Samsonite guerreira. Escolhi a Sé porque me disseram que lá davam sopa e pão com queijo. Não queria ligar pra casa. Orgulho. Sei lá. Não queria assumir o fracasso. Fui pra rua e fui ficando.
Na rua, revirava lixo, bebia muito e passava fome... mas nunca roubou. Tinha medo. Por outro lado, nunca foi assaltado, nunca sofreu nenhum tipo de violência. Acho que essa São Paulo violenta só existe no programa do Datena. Conversava muito com os pregadores religiosos da Sé. Não encontrou Jesus. Ou talvez tenha encontrado Jesus por acaso, rapidamente, sem prestar muita atenção, sem dar muito papo. Quando você descobre que Deus é ironia, sua dor vira piada. 
No frio, tinha duas opções: Corote ou albergue. Corote é o amuleto de quase todo vagabundo, uma cachaça que vem em uma garrafinha de plástico, que custa uns R$ 2 e que ajuda a disfarçar a fome e o frio. Mas, às vezes, o frio não pode ser derrotado. Daí, era a vez do albergue. Tinha que chegar antes das 17h. Pegar uma fila e torcer pra ter uma cama e sopa. No albergue, não tinha conversa. Cada um na sua. E dormia-se de olho aberto.
Diego começou a sofrer com abstinência de crack. E, principalmente, falta de comida. A fome dói. Não é uma dor espiritual. É uma dor física mesmo. Emagreci quase 30 quilos. Ia morrer. Nesse ponto, desisti. Liguei pra casa. Mãe, preciso de ajuda. Quando abraçou a mãe no aeroporto de Manaus, chorou. Eu estava salvo.
Salvo – e com a Samsonite verde. Dentro dela, seus contos. Os escritos que renderam o seu primeiro livro A Fotografia do Meu Antigo Amor Dançando Tango. Rodado na gráfica do pai. Esgotado. A publicação foi elogiada, embora algumas pessoas tenham pescado um certo sexismo em seus textos. Nunca agredi uma mulher. O cara que bate em mulher taca fogo no lugar onde podia morar. Destrói o leito onde podia repousar.
Uma vez, saiu na mão com um cara que disse que ele imitava o Bukowski. O mundo não precisa de outro Bukowski. Chega! Diego sabe disso. Ama o Bukowski, mas está mais para o lírico do que para o maldito. Ou um maldito lírico. Porrada em que fizer essa acusação. Ou em quem imitar o velho Bukowski.
A carreira foi ganhando corpo no mundo virtual. Com blogs, postes no Facebook, aforismos e polêmicas, a mitologia ao redor de Diego foi crescendo. Escrever esperando likes no Facebook é mais triste que pedir esmolas na rua. Sua autoficção chamou atenção das editoras. Com intervalos curtos, escrevendo muito, publicou na sequência A Solidão É um Deus Bêbado Dando Ré num Trator (Ed. Bartlebee); Um Bar Fecha dentro da Gente (Ed. Douda Correria); Eu Já Fui Aquele Cara que Comprava Vinte Fichas e Falava Eu Te Amo no Orelhão (Ed. Corsário-satã), Meu Coração É um Bar Vazio Tocando Belchior (Ed. Penalux) e um romance, ainda sem título, que já está apalavrado com uma grande editora.
Um relativo sucesso já pode ser sentido em Manaus. Lá, eu sou um Cazuza chegando em um bar do Leblon no sábado à noite.
O escritor Milton Hatoum, nascido em Manaus, leu apenas um poema de Diego, mas gostou do que viu. “Tem um ritmo de prosa, uma coisa que passa longe do regionalismo. É elaborado e tem muitas influências da cultura pop. O mais importante é que a crítica comece a olhar para uma produção que está acontecendo fora de São Paulo e do Rio.”
Em São Paulo, Diego voltou a desembarcar em novembro do ano passado, convidado para participar da Balada Literária, organizada pelo escritor Marcelino Freire. “Diego é um verdadeiro poeta. Um escritor único. Desses raros de aparecer. Porque tem verdade. Tem raiva lírica. Não tem pompas na língua. Nem papas no juízo. Leio um livro dele e sou capaz de colecionar versos, ativos, demolidores. Não gosto de parágrafos engomados. De literatura que veste gravata. Diego é inteiro e visceral no que faz. Veio para desconcertar. Como toda boa literatura deve ser: um motim. Uma fuga da mesmice. Avante, para o abismo”, garante Freire.
Parece a história do herói redimido, não é? Agora, ele volta para São Paulo, já tem leitores (que se deslocam de outras cidades para ouvir os poemas dele, na voz dele) e convites para frequentar os eventos “do meio”. Se está feliz? Não. É contra. Diz que a felicidade nunca escreveu um verso que preste. Tem raiva de poesia de autoajuda, de literatura cheia de bons propósitos e da necessidade de alguns autores de ‘passar uma mensagem’. Se quiser continuar escrevendo, vai permanecer flertando com a infelicidade.
E o amor? O amor é um erro lírico. Acreditam que o poeta sofre por amor. Eu só sofro quando acaba o conhaque. O resto é dor inventada. Diego não quer se apaixonar, diz não conseguir mais, que prefere a solidão, que é mais inspirador, e que já esqueceu a menina que ele batizou de Nina. Não quer saber mais da anestesia conjugal.
Mas ainda pode ser que ele seja o tal do anjo vingador, não é? Fica puto com a cidade que vende cerveja por R$ 12, que tem leitor dizendo que vai comprar o livro dele “só para ajudar” e escritores que se comportam como se estivessem no programa do Amaury Jr. Nunca dê as costas para um escritor em busca de fama. Aqui, ainda não se sentiu acariciado pelo sistema nem frequenta a Mercearia São Pedro (point dos escritores de São Paulo). Últimas notícias: poeta aparece com dinheiro em bar e surpreende fãs e leitores. Na cidade, ele é mais da turma do Mário Bortolotto, Marcelo Mirisola e do Marcelino Freire.
Literatura é um treco instável. Hoje você é o bacana do pedaço; amanhã, sabe-se lá. As melhores coisas da gente foram escritas para alegrar gavetas cheias de baratinhas que roem sonhos. Mas se tudo der errado, Diego tem um plano. Vai levar o hot-dog prensado para Manaus e ficar rico de verdade. Hot-dog prensado dá mais dinheiro do que poesia – e isso é uma coisa que não se discute.
No fim, olha lá ele sentado na escadaria da Sé, de novo. A sarjeta é Fiel. Não demonstra nenhuma emoção especial. Já colocou tudo no papel, já transformou o bagaço em literatura. Mas quanto da história dele é inventada? O que ainda não foi coado pela fantasia? Diego diz que passou por tudo isso em São Paulo, que o que escreve é feito de sangue e realidade. Mas nunca mentiu? Menti uma vez quando disse que saí com uma vencedora do prêmio Jabuti.
Pois é, quem abraça o mundo com muita força vira poeta ou perde os braços. Parece que o Diego quer as duas coisas, ser poeta e perder os braços. Dessa vez, foi só uma visita. Na próxima, pode ser que São Paulo tenha um novo escritor residente. O cavalo é um poeta que escreveu um troço bonito e saiu galopando. E assim, galopando, Diego voltou pra casa.
Por Gilberto Amendola - jornal O Estado de S. Paulo 23/01/2016 | 17h00
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guidramasworld · 1 year ago
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77 motivos para NÃO COMETER suicídio.
1- tomar banho de chuva outra vez
2- ouvir um eu te amo
3- poder dizer isso de volta
4- roubar um chocolate
5- passar um dia na rua longe de casa
6- viajar para conhecer alguém
7- tomar banhos quentes
8- ver pessoas sorrindo
9- mudar a vida de alguém
10- superar uma decepção
11- assistir filme com amigos por ligação
12- ouvir a sua musica favorita pela vigésima vez
13- dormir em uma ligação
14- achar fotos antigas
15- conhecer novas pessoas
16- conseguir algo de valor
17- plantar algo e ver crescendo
18- fazer uma tatuagem
19- aprender a cozinhar
20- tirar fotos engraçadas
21- cantar em um karaokê
22- dançar feito maluco(a)
23- cantar no chuveiro
24- fazer a própria versão de uma musica
25- ter piadas internas
26- ver raios
27- se apaixonar
28- olhar pela janela do carro
29- sentir o cheiro do mar
30- videogames
31- polaroides
32- fazer memorias
33- sentir a brisa em um dia quente
34- mudar o corte do cabelo
35 -encarar seus medos
36- fazer algo que valeu a pena
37- ajudar alguém
38- ler teorias da conspiração
39- dormir
40- acordar e sentir o cheiro do café
41- estalar o corpo
42- meias engraçadas
43- tirar nota máxima em algo
44- fazer algo que você realmente queira
45- passar o dia sem fazer nada
46- ver videos durante a madrugada
47- virar o travesseiro para o lado frio
48- ter um animal de estimação ou fazer companhia ao que tem
49- chorar no ombro de alguém
50- dar um abraço apertado
51- se fantasiar no halloween
52- assistir aos fogos queimando no ano novo
53- seu próximo aniversario
54- olhar as nuvens
55- andar de barco
56- encontrar um lugar no mundo onde você se encaixe
57- mergulhar
58- ir a festas
59- experimentar a vida
60- cometer erros
61- o simples fato de estar vivo quando tantos ja nao estao mais
62- ver a si mesmo se recuperando
63- ser uma inspiração
64- VOCÊ É IMPORTANTE
65- VOCÊ faz outras pessoas felizes
66-so existe um de você em todo o mundo
67- suas cicatrizes sararão
68- existe uma solução
69- você nunca estará só
70- a tendencia é melhorar
71- seus amigos
72- seus irmãos
73- seus pais
74- seus avós
75- peça ajuda, você n esta sozinha(o)
76- eu te quero viva (o)
77- o mundo não seria o mesmo sem vc❤️
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greencruz · 1 year ago
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🍿 - our muses go to a movie together (mishil&daeho)
SFW SHIPPY PROMPTS : ACCEPTING !
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depois de ter passado por um casamento e uma maternidade precoce, certas coisas pareciam tão distantes que mishil involuntariamente desacreditava nos sinais claros à sua frente. o que significava ir ao cinema com daeho? eram amigos saindo juntos ou aquilo era um encontro? ela podia se permitir se sentir como uma adolescente ou havia perdido esse direito? estava tudo bem mandar mensagem para os amigos falando sobre tudo o que estava acontecendo ou não era mais adequado? não existia um guia, mas com toda certeza não conseguia evitar a forma como ele influenciava nos seus batimentos cardíacos.
toda a pauta que vinha escutando no grupo de apoio aos viúvos era como precisava dar uma segunda chance para a vida. uma segunda chance de verdade, além do otimismo cego que, por baixo dos panos, encobria uma tristeza interminável e um conformismo disfarçado de dedicação à família. e, dentro dos novos amigos, já havia escutado inúmeras vezes que a sua segunda chance estava bem ali, literalmente ao alcance dos dedos. então, no seu primeiro ato impulsivo do dia, foi exatamente isso que fez: segurou a mão de daeho.
assim que fez isso, imediatamente olhou para o lado, tentando parecer muito mais interessada nas lojas bonitas do shopping do que no que havia feito, mas costumava ser uma mentirosa muito, muito ruim, então o rosto queimando deveria estar tão perceptível quanto as vitrines que observou por poucos segundos. no fim das contas, resolveu que seria pior, então resolveu sustentar suas ações. — você está muito bonito. — olhou para ele mais diretamente. — você sempre está muito bonito, no caso. — bonito é pouco, completou na mente. soltou uma risadinha. — e eu trabalho com moda, sei bem do que estou falando. — emendou, usando o indicador livre para frisar a afirmação.
quando chegaram no cinema de fato, sua atenção não poderia estar mais desfocada. todo mundo sabia que filmes em encontros eram só uma desculpa para beijar na boca. claro, supondo que aquilo fosse um encontro. não, não é não! não poderia se permitir cair novamente nessa armadilha. — hã? — falou, quando sentiu sua voz sendo chamada. — ah, sim, eu adoro filmes assim. — nem havia escutado qual filme era. — até assisti o trailer! — ok, já era hora de parar de mentir. não queria começar a se embolar de novo.
e não é que estava realmente se divertindo com a sessão?
tudo o que precisava era parar de pensar tanto. embora, no seu caso, o próprio nervosismo ainda deixasse uma sensação boa no peito porque fazia ela se lembrar que, bem, de fato estava viva. e com isso também havia se recordado de um ponto muito fundamental da mishil que ia a inúmeros encontros antes de sossegar com uma pessoa só: ela usava sua impulsividade para o próprio benefício. com ou sem vergonha no processo. — ei. — começou, praticamente sussurrando, e teve que se aproximar para fazê-lo aproveitando a chance para segurar em seu braço. — eu acho que já deu a hora. — começou, já esperando que ele provavelmente ficaria confuso. na mente, fez uma contagem mental até três. — você já pode me beijar. — e então sorriu, travessa, aguardando pelo beijo que estava em sua mente desde o princípio daquele dia.
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