#queimando filme
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ciaospiriti · 2 years ago
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imninahchan · 1 year ago
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𓂃 ഒ ָ࣪ ⌜ dev patel headcannons ⌝ ⸙. ↷
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ↳ sfw + nsfw.
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[✰] literalmente o maior malewife patético do mundo. Se apaixona por ti à primeira vista, daqueles que até pensa pronto, vou casar com essa mulher e vem chegando devagarzinho, porque é tímido e tem medo de mulher bonita;
[✰] no primeiro beijo, na cabecinha dele vocês já tão namorando. Manda mensagem no outro dia dizendo bom dia meu anjo😊 dormiu bem?, pergunta o que você tá fazendo de bom e marca um encontro o mais rápido possível. E é tão bom estar ao lado dele, pois da pra sentir pela energia dele o quão romântico e nerdzinho ele é. Tudo tá bom pra ele, se preocupa se você está gostando, e o melhor: não muda nadica de nada quando estão, finalmente, namorando;
[✰] como o relacionamento de vocês é uma mistura de culturas, ele se mostra muito empenhado em desbravar o brasil e o seu estado. Se perguntar, não há nada no brasil que o desagrade (mas é porque ele é do tipo que gosta de agradar todos, principalmente pra sua família gostar dele). Vai estar de bermudinha e regata velha no sofá da casa da sua mãe, naquele calor do verão brasileiro, tomando cafezinho quente, comendo um pão de sal e assistindo caminho das índias na televisão;
[✰] e por falar em caminho das índias, dá o segundo capítulo da novela e tá a sua mãe, a mãe dele, ele e o pai dele tudo na sala assistindo. A sua sogra dizendo que a juliana paes parece muito uma prima que ela tem, e chocada em saber que ninguém ali do elenco tem ligação com o sul asiático. O dev assistindo as cenas da maia dançando e deitando a cabeça no seu ombro, discretamente, com um sorrisinho, pra perguntar bem que você podia dançar assim pra mim também, hein?;
[✰] embora super fascinado com o brasil, ele demora um pouquinho a abrir as portas das raízes dele pra você. Um pouco envergonhado, quiçá receoso, até que finalmente deixa a mãe dele te ensinar um prato típico, ou aquelas histórias que ela costumava contar pra ele quando pequeno, antes de dormir pra não se esquecer das raízes, sobre a cultura e a religião;
[✰] uma viagem de casal, estar no taj mahal cantando aquela música do jorge ben jor (tetê teterê terê), e você olha pra cara dele e ele ????
[✰] é por sua causa que ele começa a gostar mais de filmes de romance, seja bollywood ou não, especialmente aqueles vintage. Você até nota que ele meio que tá “aprendendo” com os protagonistas pra fazer igual contigo, falar igual contigo;
[✰] a personificação de um romântico incurável e mommy's boy. A mãe dele vira a sua mãe, ela é uma parte muito importante na vida dele, então você se dar bem com ela é crucial.
[✰] o tipo que manda bom dia e boa noite, um dorme bem, ou sonha comigo, quando não pode te ver. Que você fala algo sobre si, e ele nunca esquece. Que gosta de te contar sobre o dia dele, sobre as coisas que gosta, com os olhinhos até brilhando;
[✰] o homem que carrega a sua bolsa e o seu sapato, sem nem dizer um a;
[✰] te mostra os roteiros que está escrevendo. Diz, com as bochechas queimando, que se inspirou em algum traço seu pra escrever aquela personagem na trama;
[✰] o casamento de você dura uma semana. É um dia de festas no brasil, com os seus dois lados da família, uma festinha mais intimista em Londres, e o restante festejando com os parentes mais distantes da árvore genealógica dele. Lua de mel em alguma cidade histórica, depois uma passadinha numa praia pra fazer fotinhas caseiras de casal;
[✰] o maior marido pau-mandado. Sem discussões nesse tópico👩‍⚖️;
[✰] na cama, se você for esperta, vai saber muito bem como domá-lo. Ele, naturalmente, já é mais retraído, mas pode ser mais saidinho quando bebe uma gota de álcool ou quando você está muito tímida. Porém, é só pegar nos cabelinhos pretos dele e dizer um comando simples, que ele quebra;
[✰] do tipo que te fode com respeito, até te pede desculpas se te sujar demais de porra;
[✰] sexo com ele pode começar e terminar com os lábios dele entre as suas pernas que já tá bom. Muito overstimulation — mas como algo que vem naturalmente, porque ele ama tanto o seu sabor, que não sabe quando parar. Você pode estar tremendo, suada, sem voz e com uma lagrimazinha escorrendo no canto do olho, que ele vai continuar imerso no seu aroma, no gosto, na sensação gostosa que os seus gemidos abafados trazem pros ouvidos;
[✰] grande mamador de peitos;
[✰] a concha menor na conchinha. No entanto, porque não suporta a ideia de te ver xoxinha, é o maior abraço de urso quando você está mais manhosinha;
[✰] na verdade, com ele é uma competição pra ver quem é mais manhoso;
[✰] não é alguém de muitos fetiches. O grande fetiche dele é você, como vocês vão transar não importa. O importante pra ele é estar com você, dentro de você, podendo te dizer que te ama enquanto olha nos seus olhos;
[✰] bodyworship. sexo matinal lento. food play — porque ele é preguicinha, pode estar comendo algo que, se sentir tesão, não vai querer nem levantar da cadeira pra começar a te dedar;
[✰] o tipo de homem que se você pede pra ele te dar um tapinha, ele quase chora e diz mas você é minha princesa...
[✰] aqueles que não faz nada sem te consultar primeiro. Comprar essa roupa? Comprar essa verdura pro almoço? Cortar o cabelo? Pendurar esse quadro na parede? Sair da cama e ir trabalhar hoje? Hmm, vou ver o que a minha mulher acha...
[✰] se depender dele, vocês vão ter um time de futebol. As crianças correndo tudo numa casinha á brasileira com quintal, todo mundo poliglota;
[✰] dev pai de menino;
[✰] ciumentozinho, mas não sabe agir que nem macho alfa, então só fica com um bicão e mal humor;
[✰] músicas pra ouvir pensando nele — coleção (cassiano), planos (BK'), intimidade (liniker e os caramelows), madagascar (emicida), elephant gun (beirut), mania de você (rita lee), a história mais velha do mundo (o terno), samurai (djavan).
Bônus de momentos aleatórios com ele
chegar em casa depois do trabalho, e ele tá lavando a louça, abrindo um sorriso largo quando te vê | é o pai que vai ter toda a paciência do mundo pra sentar e ajudar os filhos a fazer dever de casa | época de provas na escola e as paredes da sua casa estão cheias de post it colados com tópicos que ele anotou pros filhos não esquecerem da matéria | acordar de manhã e encontrar um presentinho que ele comprou pra você, com uma cartinha e a dedicação dizendo benquisto amor da minha vida | ele está em todo lugar que pode pra te dar suporte, tirando foto das suas conquistas e acenando dentre a multidão pra você notar ele ali.
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gardensofbabilon · 9 months ago
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✦ ۰ —ᣞ ⊹ ݁ ﹙ 🧿 ﹚: como seria sua galeria se você namorasse o enzo?
Bolando um cigarro de tabaco a cada 15 minutos, fumando e tomando sol na varanda mesmo no inverno, cadeira de praia e um som tocando mac miller. Taças de vinho após xícaras de café moído na hora, olhar a movimentação pela janela e passear pela orla às 16 da tarde. Pedalar para fazer compras e sempre carregar a câmera de vocês. Enzo te entrega café na cama em seu aniversário e acaba queimando a torrada. São 3 viagens por mês que ele faz questão de te levar, desfiles da semana de moda que te deixam encantada com esse estilo de vida, como é bom se sentir sempre de férias. ''você não paga nada quando está comigo''. Proteção constante e bilhetes no espelho recitando poemas românticos. Enzo chora ouvindo MPB e se acolhe em seus braços antes de dormir enquanto vocês conversam sobre algum assunto político. Sessões de filmes clássicos: montevideu é uma cidade cheia de cultura!
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star-elysiam · 1 year ago
Note
starzinha, pode fazer um hc com os meninos assistindo filmes das princesas com a loba pf? Acho que seria divertido <3 Obrigada
Primeiro, amei o "starzinha" 🥹🤏 kkkkkk e AMEI o seu pedido, espero que goste 🫶
Para não ficar muito longo, fiz só com alguns dos meninos. Qualquer coisa, posso fazer uma parte dois e faço com outros meninos do cast
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ლ LSDLN cast x princesas da Disney ლ
◍ pairing: lsdln cast x fem!reader
◍ sum: como seria assistir um filme de alguma princesa da Disney com eles
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Kuku
O filme escolhido foi A Bela e a Fera, a versão animada;
Como era a primeira vez que assistiam, quis começar pela primeira versão do filme e se ele gostasse, depois iriam assistir o live action;
No começo ele fica meio relutante, diz que até toparia assistir algum do studio ghibli, que ele já gostava;
Depois de você insistir um pouquinho, no fim ele acaba cedendo;
Faz você jurar que não vai contar para os meninos, se não iriam ficar fazendo piadas pelo resto da vida;
Conforme foram assistindo, percebeu que ele não tirava o olho um segundo sequer da tv. Até quando oferecia pipoca, ele só desviava o olho rapidinho para pegar e já volta a atenção para o filme;
Sabia que ele estava se divertindo e amando o desenho, até ria com algumas falas;
O que você não esperava era que ele soubesse algumas músicas. Tinha certeza que tinha ouvido ele cantar alguma bem baixinho;
Quis ter a certeza se tinha ouvido ele cantar e esperou a próxima cena musical. E realmente, não era impressão sua, ele conhecia o filme;
No fim, ele admite que já tinha assistido essa versão quando era pequeno e era um dos filmes favoritos dele. Admitiu até que tinha um crush na princesa, o que te fez rir da fofura que era a falta de jeito dele enquanto admitia;
Ele começou a ficar todo vermelhinho de vergonha por finalmente admitir esse "segredo". Até disse que você era a única pessoa que sabia daquilo;
É lógico que a situação do filme fez criar várias piadas internas entre vocês;
Depois disso, A Bela e a Fera virou um dos filmes favoritos de vocês e assistiram todas as versões da Disney e as versões inspiradas na história.
Pipe
De tanto você falar desse filme e o quanto ele se parece com o príncipe Eric, o tal príncipe da história, ele finalmente aceita assistir A Pequena Sereia com você;
Vez ou outra, você provocava ele chamando de "príncipe Eric", só para ver o biquinho que ele fazia;
No fundo, ele até gostava, sabia que era brincadeira sua mas não entendia a comparação e agora assistindo o filme, poderia entender;
"Olha lá, é uma versão animada sua", você diz assim que o personagem aparece na tela;
"Não, nena, não exagera. Até parece que eu sou parecido com um príncipe da Disney", ele ri baixinho, enquanto balança a cabeça negativamente;
"É, você tem razão, não se parece nem um pouco com um príncipe da Disney", diz ironicamente enquanto continua assistindo o filme;
Sente o olhar dele te queimando e então vira para encara-lo. Ele parecia chateado? Você só estava brincando mais uma vez mas parece que ele não entendeu dessa vez;
"É melhor que qualquer príncipe da Disney", explica rindo levemente e seu sorriso só aumenta quando vê o dele aparecer timidamente;
"A melhor parte é que você é a versão em carne e osso e é todinho meu", diz enquanto ri da carinha de alívio e vergonha que ele faz;
Depois de uma pequena sessão de beijos por conta do momento fofo que aconteceu, vocês voltam a assistir o filme e agora assistem agarradinhos;
Pipe assiste todo o restante do filme com um sorrisinho no rosto.
Enzo
Você e Enzo tinham um combinado: todo mês vocês teriam "uma noite de filme", onde vocês intercalam quem irá escolher o filme da vez;
Vocês já tinham assistido filmes de todos os gêneros. Ele sendo um grande cinéfilo trazia filmes que nunca tinha visto e que eram super cult, enquanto você fazia questão de mostrar na maioria das vezes algum filme do repertório brasileiro;
Porém, dessa vez, além da escolha do filme ser sua você também quis trazer algo mais leve e divertido;
Quando contou que era um dos seus filmes favoritos de infância e que achava que a vibe do filme combinava com ele, ele ficou super curioso. E ficou ainda mais intrigado quando disse que era da Disney;
Enzo não costuma assistir muitas animações mas sempre acabava cedendo quando você pedia;
A princesa e o sapo foi o filme escolhido, ele nunca tinha assistido mas conhecia brevemente a história;
Como tinha imaginado, ele amou toda a cultura de Nova Orleans que o filme trazia, principalmente todo o contexto do jazz e do soul;
Depois que assistiram o filme, ele começou a ouvir alguns cantores e clássicos dos ritmos com mais frequência;
Desde então, quase sempre ele postava um story com alguma música de jazz ou soul;
O mais curioso depois que assistiram o filme, além dele ficar viciado nesse novo estilo de música, foi ele ter aprendido a fazer as tostadas da Tiana.
Matías
Vocês finalmente conseguiram tirar um tempinho juntos para viajar e escolheram o Brasil como destino;
Matías sempre que podia estava viajando pelas praias brasileiras e agora que estava indo com você, as viagens ficavam ainda melhores;
O destino da vez era a Bahia, mais precisamente o arquipélago de Abrolhos. Era um lugar que os dois tinham interesse em visitar, principalmente pela oportunidade de mergulhar e ver desde os mais variados tipos de corais, quanto ver de pertinho algumas baleias e seus filhotes;
Mati parecia uma criança visitando a praia pela primeira vez, não saía da água um minuto sequer;
Segundo ele, ele tinha uma conexão com aquele lugar, parecia que ele tinha que ir para aquela ilha;
Você ria da situação e pensava se na noite passada Matías não tinha "relaxado" demais;
"En serio, nena. Parece até que sou a Moana", diz rindo enquanto se aproxima de você ainda dentro da água;
"Acho que tá mais para Ariel, uma verdadeira sereia". Você não perde a oportunidade de zoar com ele. Em troca, ele joga água em você;
Passaram boa parte do dia dentro da água e aproveitando os principais pontos turísticos da região;
Quando voltaram para o local da hospedagem, jantaram e resolveram assistir um filme antes de dormir;
"Já escolheu o filme?" Você pergunta do banheiro, enquanto termina sua skincare;
"Já sim, achei um filme com uma história super interessante e profunda". Faz uma pausa. "Acho que você vai gostar, a personagem principal tem que lidar com uma escolha difícil entre agradar a família e fazer aquilo que ela realmente quer", ele diz em resposta;
Você fica curiosa com o filme que ele possa ter escolhido e quando volta para o quarto, para sua surpresa o nome "Moana" aparece em destaque na tela da televisão. Matías ri da sua cara de surpresa e sabia que tinha te enganado direitinho;
Os dois assistem o filme e ao mesmo tempo relembram algum acontecimento do dia, que lembra alguma cena que viram no filme.
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nominzn · 1 year ago
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tornado warnings haechan
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se mentir por causa dele matasse, já estaria morta. já teria morrido um milhão de vezes... seu terapeuta que o diga. mas não tem como evitar, ele sempre volta e você não resiste.
notas: tentando lidar com o meu bloqueio criativo. eis aqui a faísca de inspiração dos últimos dias, espero que gostem!
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[09:46]
“eu já… superei o haechan.” 
maldito apelido que escorre dos seus lábios mentirosos pintados de café. mark ri com escárnio, lendo o óbvio por trás da pose fingida que levanta seus ombros tensos do outro lado da mesa. 
“superou sim, e eu sou o homem-aranha.” outra vez permite uma risada escapar, beliscando o bolinho de frutas vermelhas sem esperar esfriar, queimando o dedo no processo. 
“te avisei que ia se queimar. toda vez é isso.” 
assiste os olhos do amigo revirarem de deboche ao passo que ele suspira, entrelaçando os dedos com mais força na bebida quente. a padaria perto de casa sempre fora ponto de encontro para os três, que agora são apenas dois. 
todo trio tem uma dupla, é fato. entre hyuck, mark e você, era tão óbvio quanto o dia após a noite quem era a dupla. dupla que virou pseudo casal, que virou algo, e o algo virou nada, e a amizade não toma rumo nenhum. pois é, nada com coisa nenhuma. termo que pior ou melhor define o que acontece entre os dois. 
haechan sabe que te ama, mas é tão complicado amar alguém na casa dos vinte. são tantas decisões, tantos questionamentos, tantos medos… ao seu lado, ele sentia que não precisava pensar em nada disso, só em você. ficou cego de amor, não viu que estava te machucando ao dar pontos sem nó. de repente, se afastaram, mas se reaproximam tão fácil que não dá nem tempo de dizer não. 
“não muda de assunto. se você realmente tá em outra, por que ele ainda é pauta na tua terapia? por que continua encontrando ele escondida?” sua expressão chocada causa cócegas na barriga de mark. “qual foi, cê achava que eu não sabia? vocês são meus melhores amigos ainda, conheço bem o meu povo.” 
“talvez eu só esteja tentando me convencer do que eu preciso fazer.” confessa num suspiro a verdade que estava trancafiada no coração. 
mark apenas balança a cabeça, sentindo pena da amiga, mas também pena de si mesmo. é horrível ver as pessoas que mais ama no mundo sofrendo dessa forma, separados. brincar na corda bamba nunca foi sua praia, e agora ele precisa viver na nova realidade, ainda sentindo o gosto da saudade do trio. 
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[18:25]
ALERTA DE EMERGÊNCIA Alerta de Tornado nesta área até 20:14. Procure abrigo.
o barulho da notificação quebra sua concentração no filme iluminando o quarto por um instante. Verificando a mensagem, se levanta para fechar todas as janelas, inclusive as da sala. através do vidro, vê a figura masculina se aproximando da porta. o olhar te encontra e sorri, balançando a sacola que há em uma das mãos. você fecha a cortina com um sorriso contido e, quando gira a maçaneta, mal dá tempo de cumprimentá-lo. donghyuck passa o braço livre pela sua cintura num movimento rápido e forte, mas delicado. sela os lábios nos seus com saudade, como se não tivesse passado os últimos três dias sem se falarem direito. 
“trouxe comida chinesa pra gente.” o sussurro quase não chega aos seus ouvidos, a voz abafada entre os lábios dificulta. “vamo comer no parque?” sugere sedutor, não consegue cessar os beijos por muito tempo, te dando selinhos longos entre as palavras. 
“hyuck…” como se ele fosse permitir que você negasse. ele chega para o lado e, fazendo uma bagunça, alcança as chaves do seu carro no pote em cima da cômoda. “...tá com alerta de tor-” 
“tá comigo, tá com Deus.” vocês riem com a declaração boba do garoto. “não é como se fosse a primeira vez que a gente ignora qualquer aviso. por favor?” 
na meia luz do cômodo, o olhar cheio de estrelas brilha sobre o seu, e o mínimo resquício de consciência se esvai. você pega as chaves nas próprias mãos, vendo-o celebrar a pequena vitória.
o crepúsculo pinta o céu enquanto você dirige para o parque, as ruas obviamente vazias não espantam haechan nem um pouco. as luzes públicas não acendem pelo teor de emergência que paira sobre a cidade, mas o seu coração só acelera pela proximidade do garoto, os dedos longos batucam o ritmo lento da música no seu joelho, mais nada existe. 
estaciona em qualquer lugar, ninguém mais viria mesmo. haechan corre para o outro lado do carro para abrir a porta para você e conduz o caminho entre as cerejeiras e os bancos vagos sem desconectar as digitais das suas. 
acham refúgio em uma das mesas tomadas por pétalas caídas na clareira, onde abrem os pacotes do restaurante para jantarem juntos. 
o silêncio não tem vez. donghyuck é bom em te tirar de si mesma, arranca os segredos que perdeu, os contos da sua vida agitada e ri da sua cara ao comentar as piores novidades sobre as pessoas que não gosta. 
tão bom é ser você mesma com ele, mas também anseia por saber as coisas dele. dói não ouvir sua voz animada ao final de cada dia. 
“mas e você, hein?” larga o talher ao dar a última garfada. relâmpagos fotografam o céu no mesmo momento. 
“eu tô o mesmo de sempre.” suspira ao cruzar os braços, apoiando-os sobre a mesa, inclinando o corpo para te olhar melhor. “sempre com saudade de nós.” 
ele não resiste dizer. reconhece que a culpa de toda essa bagunça amarrada à situação de vocês é dele e quer tanto organizar tudo, enfrentar o tornado dentro de si. 
“nós três, ou nós dois?” 
“você sabe o que- nós dois. claro que nós dois.” os dedos ardem, então ele cede e acaricia seu lóbulo após pôr uma mecha solta atrás da sua orelha.
“então por que você some?” nem acreditou ao se ouvir. confrontá-lo não estava nos seus planos.
“porque eu não sei lidar com o que eu sinto por você.” ele solta ar pelo nariz e desvia o olhar para baixo, debochando da própria covardia. “fiquei com tanto medo de estragar tudo que acabei estragando tudo.” 
“não é bem assim, hyuck…”
“claro que é. o mark vive brigando comigo porque tô te magoando, eu vivo puto comigo mesmo porque complico coisas simples. mas ao mesmo tempo a gente é tão… complexo.” 
sua vez de rir, só que com sinceridade. realmente se envolveram numa cama de gato tão bem feita que nenhum dos dois sabe como prosseguir o jogo.
os relâmpagos viram trovões próximos, os primeiros pingos grossos de chuva se mostram no concreto. o céu se comporta de maneira esquisita demais para continuarem ali. sem nenhuma palavra, mas em paz, você dirige na direção tão familiar da casa de haechan. ele, no entanto, transborda inquietação no banco do passageiro ao se contorcer e bater os pés no tapete. 
“o que tá havendo, donghyuck?” você para o carro e segura um riso teimoso, tomando o lábio inferior nos dentes. 
“não quero ir pra casa.” o rosto pidão ataca outra vez, e você volta a olhar para frente, apertando o volante com força. 
“onde eu te deixo?” 
voltando a mirá-lo, percebe o quanto ele havia encurtado a distância, as respirações se misturam enquanto hyuck segura seu queixo entre os dedos, repousando a testa na sua. a resposta é tão óbvia que ele espera não ter de responder. 
o problema é que ele te conhece bem demais. teria de te convencer do que queria, pois sabe que quer o mesmo. você morre de medo de chuva forte, imagina de tornado. ficar sozinha sempre é um pesadelo nessas situações, ele nunca permitiu que isso acontecesse. não seria hoje a primeira vez. 
“hyuck.” como um apelo, declara o nome de quem te faz ouvir o próprio batimento cardíaco. “não brinca comigo.” 
“nunca.” 
finalmente beija seus lábios de novo. a saudade ainda está ali, acumulada. ele tira suas mãos do volante e faz com que repousem no próprio ombro, dali tomam outro rumo — a nuca, os cabelos macios do garoto. ele usa a língua com cautela, com esperança de que se te beijasse devagar o tempo pararia.
o desejo que tem é de te fazer inúmeras promessas de amor, mas aperta sua cintura com ternura em vez disso. a vontade que você tem é de perguntar se ele vai parar de fugir, mas cria uma trilha de beijos até o pescoço dele, permitindo o perfume inebriar seus sentidos. 
haechan fecha os olhos e aproveita cada onda de calor que seus lábios causam, contrastando tanto com a temperatura caindo mais e mais ao lado de fora. a chuva quebra o silêncio dentro do carro, encharca o asfalto. 
“amor…” donghyuck murmura, trazendo seus lábios de volta para os dele. “vamo pra casa?” 
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na manhã seguinte, tudo parecia ter sido um sonho. se não fosse o conforto do abraço e o cheiro da pele quente, se não fossem os lençóis caóticos e as nuvens escuras que já se despediam do céu, teria achado que era tudo invenção da sua cabeça. 
você levanta com cuidado para não acordá-lo, sorrindo ao observar o semblante tranquilo e a respiração calma, o peito onde agora mesmo estava recostada subindo e descendo com tanta paz. 
arruma-se brevemente para o compromisso que não teria como adiar, tentando fazer o mínimo de barulho possível. tira o notebook da gaveta e segue para o quarto em frente ao seu, deixando as portas entreabertas. senta-se na cadeira, deixando o computador na mesa e conecta os fones ao aguardar que a terapeuta aceitasse seu convite para começarem outra sessão. 
“alguém acabou de acordar! bom dia!” a psicóloga sempre alegre faz uma piadinha para quebrar o gelo, você tenta não olhar muito para o garoto em sua cama, do outro lado. 
“pois é, noite longa… a chuva, o medo do tornado.” mente pela primeira vez. 
“entendo, querida. o que fez enquanto não dormia?” ela não parece desconfiar, o que você mal compreende. normalmente ela faz uma cara de repreensão, e você conta a verdade. 
“não muito, é…” não evitou fixar o olhar onde queria estar agora. “li um pouco mais do livro que comprei semana passada.” 
“pensou nele?” um sorriso travesso ilumina o rosto da terapeuta, que se sentia comentando sobre um segredo. 
“não.” mente pela segunda vez, se concentrando em fazer cara de paisagem. 
“não? ele te procurou recentemente?” está aí a cara desconfiada. 
“não, a gente não se fala tem uns dias… a gente nunca mais saiu junto, digo, nunca mais nos vimos, nem… nem nada do tipo.”
“ele também não apareceu na sua casa do nada como sempre faz e não está com você agora?” 
seu olho treme, pela visão periférica dá para ver o garoto trocando de posição durante o sono, uma vontade imensa de rir fica presa na sua garganta. onde é que você está se enfiando? esta é a única hora da semana que você tem para tirar donghyuck da mente e se ouvir falando sobre as próprias questões, sobre tudo, sem ser obcecada por ser dele. bom, agora não tem mais. 
começou, precisa terminar. tem de ser convincente.
“não, já faz tempo desde o nosso último encontro, do último beijo… acho que agora acabou mesmo.”
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novamuses · 6 months ago
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AUSTIN BUTLER? não! é apenas TIGHEARNACH HORNSBY, tem VINTE E OITO anos, é filho de ZEUS e CONSELHEIRO do chalé 1. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há DEZESSEIS anos, sabia? e se lá estiver certo, TIG é bastante HONRADO e ÍNTEGRO mas também dizem que ele é MORDAZ e CIRCUNSPECTO. por forças maiores (mancha negra negra do lado direito do corpo), este INTERCEPTADO (MUSE D) passou pelas barreiras de proteção ao lado de outro igualmente confusos. o chamado de Dionísio era apenas a ponta do iceberg do que tinha acontecido.
⚡ HEADCANONS
Único sobrevivente do incêndio nos Alpes. O Hotel Resort foi, então, coberto pela avalanche provocada pela temperatura. Isso é, são as explicações mortais. A verdade é que o filho de Zeus que morava ali emitiu um sinal tão forte que trouxe diversos monstros e seus poderes estouraram a energia que, consequentemente, provocou o incêndio. Foi resgatado de helicóptero e sua mãe, e única família, estava entre as baixas.
Não aceitou bem a realidade do acampamento. O temperamento com o poder descontrolado fez o título de 'problemático' parecer apelidinho carinhoso. Baderneiro, revoltado, grosso e selvagem. Raros eram os momentos que a paz reinava no chalé de Hermes, já que por mais de uma ano nenhum deus ou deusa reclamou Tighearnach como filho.
Foi queimando todas as oferendas disponíveis e gritando ofensas para o céu que Zeus colocou sua marca na cabeça do rapaz. O agora filho de Zeus piorou drasticamente seu comportamento, piorando o dia a dia de quem não tinha culpa de nada. A rejeição ficou mais forte, das duas partes envolvidas, ficando insuportável quando a chaga de 'fruto de traição do acordo' foi acrescentado à mistura.
Tighearnach mudou o pensamento quando um semideus o ajudou no controle da raiva e da revolta. Focou sua frustação nos esportes, nas atividades físicas, na patrulha e nas missões. Quando entrou para a simulação de Resgates foi o mesmo de encontrar o Nirvana. Ainda é mordaz e pavio curto, mas é bem menos explosivo.
As missões ficaram mais atraentes do que a vida do acampamento no último mês. O filho de Zeus percebeu a própria solidão entre dezenas e não gostou. Pegava trabalhos pequenos e enfadonhos, coisa que conseguia fazer sozinho sem problemas. Resgatando um semideus ali e acolá. Achou estranho a falta de trabalho no final do ano passado, mas não foi atrás de investigar o que era.
Iniciou, então, uma volta ao mundo. Viajar e não parar, sempre mudando a localização e fazendo sua própria missão de expurgar alguns monstros do mundo mortal. Porém, os monstros começaram a ficar mais fortes, mais resistentes, e o surgimento das manchas pelo corpo fez um alerta aparecer em sua cabeça. As dores de cabeça, aquele puxão para volta para o acampamento... Chegou a hora de voltar para casa.
⚡INVENTÁRIO
KATHAROS. Uma lança de dois gumes de dois metros, metade ouro imperial e bronze celestial. É divisível em espadas improvisadas. formato secreto: moeda pirata do filme Pirata dos Caribe.
STORMBRINGER. Um martelo feito de ouro imperial, adornado com runas reluzentes e uma gema de topázio incrustada na cabeça. Capaz de conjurar relâmpagos e trovões, causando estrondos ensurdecedores e descargas elétricas devastadoras. formato secreto: anel dourado
⚡HABILIDADES
(ativa) ELETROCINESE. Capacidade de gerar, controlar e absorver energia elétrica.
(ativa) ATMOCINESE. Ou Controle Climático, é a capacidade de manipular o clima e dominar todos os seus elementos
(secundária) FORÇA HERCÚLEA. Super força, estilo famosinho filho de Zeus.
BENÇÃO DE HÉCATE. Manipulação da névoa. Habilidade de controlar e manipular a Névoa; criando formas de névoa, ilusões e influenciar as mentes e memórias. Para controlar com sucesso a névoa, é necessário se concentrar no que ele quer que alvo veja, não no usuário.
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sr-pedro-1 · 4 months ago
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Queria sentir novamente o calor do seu corpo queimando contra o meu, ouvir seus gemidos enquanto os dedos exploram cada parte sua, arrancando de você sensações que só nós dois conhecemos. Queria mergulhar no gosto da sua pele, deslizar minha língua por cada curva até te ver se entregar, sentindo você tremer e apertar meu corpo contra o seu. Desejo lembrar como era te ter por completo, seu cheiro, sua textura, o jeito que você me olhava antes de me puxar para o que sabíamos ser mais uma noite inesquecível.
Mas também queria algo além do desejo - acordar ao seu lado, te observar deitada antes de preparar aquele café que você adorava. Sentar na rede e ver o sol nascer com você, sem pressa, sem palavras, apenas sentindo que o mundo estava no lugar certo enquanto estávamos juntos. Assistir filmes ruins, roubar beijos entre cenas e rir de piadas internas que só nós dois entendíamos. Eu superei, sei que sim. Mas há momentos em que a memória do toque, do riso, do silêncio compartilhado me invade e não consigo evitar. Agora só tenho essas palavras para gritar para o vazio, sem você para me ouvir, sem o seu colo para me acolher. Só restou eu... mas confesso, às vezes, eu não me basto
Sr. Pedro I
De volta a onde nunca deveria ter saído
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efbook · 2 years ago
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Um Filme Imersivo de Nós
Talvez esse seja o texto mais sincero já feito, mas isso não irá me libertar das garras das belas metáforas, e nem das minhas memórias.. como olhar um pouco à frente do meu tempo e escrever algo tão belo? mas tão, tão utópico? bom pelo menos pra mim, pelo menos pra mim até agora..
maldito sonho bom, que me faz idealizar por algo impossível na minha perspectiva, ali estava eu.. num porto seguro, tudo que eu queria estava ali também diante de meus olhos, como um filme imersivo de uma outra realidade que também era a minha, e ali estava eu observando essa tela mental como um aventureiro que viaja pelo mundo afora pela primeira vez, me deslumbrando por algo jamais vivido mas sempre idealizado, como um pássaro que não sabe como explorar o quintal externo e as paisagens verdes, que nunca teve contato com os raios do sol, que nunca voou tão longe a ponto de beirar a borda das grandes estrelas..
ali estava eu, imerso em algo tão bonito, havia companheirismo, genuinidade e graça, ninguém mais do que eu sei que poderíamos ser amantes, mas sei que poderíamos? já dizia Whitman: "nenhumas dessas.. mais do que as minhas chamas, consumindo e queimando por seu amor, a quem amo." as vezes me pego soprando em várias direções, como um barco sem vela numa grande tempestade em alto mar, um marinheiro sobrevivendo de um naufrágio sem fim, sem fins de começar ou sequer poder tentar.. ninguém mais do que eu sei que poderíamos ser amantes, por pelo menos uma ou duas horas, mas este momento ansioso e pensativo aqui estou, pensativo e tempestuoso..
tu não sabes o quão saudosamente eu te considero, já dizia o velho Whitman, estou brilhando como grandes luzes noturnas nas noites mais soturnas de um maldito sonho bom, ali estava eu.. mas daqui onde escrevo tudo não passa de um mero vislumbre, um filme imersivo de nós.
poesia - Eric Fernandes
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pandinha69sposts · 1 year ago
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Eu não queria te amar,na verdade nem passava na minha cabeça 🤔 mais você foi se aproximando,me conquistando de um jeitinho tão simples e singelo que foi quase impossível não gostar de você. 🥹☺️
As vezes eu será que estou ficando doida rsrs!!! Mais não eu só não queria acreditar que estava apaixonada por alguém que é o oposto de mim,como diz o ditado paguei a língua 😜 quando percebi já era tarde de mais,por que já estava arriada os 36 pneus rsrs,4 eram poucos 😢 passava um filme🍿🎦 na minha cabeça todos os dias de como seria se um dia desse certo.
E foram logos meses sofrendo,adrenalina,loucuras coração acelerado,como queimando 🔥 vontade louca de te ver,ficar perto sabe já estava viciada em você 🥰🤤 e quando de fato o que eu mais queria aconteceu 😭 pensa numa menina que ficou sem acreditar,pensando que era um sonho do qual eu não queria acordar nunca rsrs 😆 na minha cabeça tudo seria mil maravilhas um conto de fadas 🧚 felizes para sempre,mais infelizmente isso só acontece em filmes 😞.
Mais a melhor parte vem agora 🧐 relacionamento a 2 é como um jogo 🎮 tem várias fases que cada vez vai ficando mais difícil,mais você não desiste porque quer vencer 🥳 desistir é pro fracos minha mãe me fez uma guerreira rsrs!!!
O amor é bem engraçado e doloroso por isso se chama amor ❤️💔 e meu amigo quando você ama de verdade pode ter certeza você vai abri mão de tudo e de todos pra viver seu amor vai por mim,tem dias que vai bater arrependimento,raiva vontade de roçar a pessoa rsrs mais logo passa porque é o amor da sua vida e você não viveria ao menos um dia sem ele,amar é cuidar,respeitar,demonstrar,lealdade,honestidade,verdade,confiança isso é essencial…é o amor machuca e como machuca parece que tá te rasgando o peito 🥺 mais você nunca irá sentir todas essas coisas se não estiver amor uma palavra de 4 letras mais que tem um significado gigantesco,a gente ama até quando não merece rsrs não tem como deixar de amar da noite pro dia,quem dera se tivesse né? Assim ninguém sofreria tanto 🆘.
Amar é priorizar…
Mais eu trocaria nada,nadinha disso pra viver qualquer outra coisa no mundo,não tem dinheiro no mundo que compre o AMOR PURO E VERDADEIRO sabe porque? Porque eu tenho certeza que te amo pelo simples fato de sentir tudo que disse lá no início quando na verdade quero te odiar e sentir raiva de você 🤯😤 e não consigo,por que amor é isso.
Obs:eu vou te amar,até quando eu te odiar.
De:pandinha
Para:Surlo
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iksuikebaj · 1 year ago
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❏ — [SENDER] and [RECEIVER] find their turkey smoking in the oven (achilles/warren)
FALL / AUTUMN / HALLOWEEN THEMED PROMPTS
esse filme está open .ᐟ‍ estrelando achilles and warren, co direção de @hvppyfools.
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Seus dotes culinários estavam longe de ser bons, Achilles não era um cozinheiro, teve chefes de cozinha ao seu alcance quase que a vida toda, então não tinha qualquer conhecimento. Mas se ele não sabe, por que aceitou ir para a cozinha com Warren? Nem sabe explicar. Talvez aquela promessa boba, a troca de míseros beijinhos, tivesse o convencido e que vergonha, se submeter a algo que daria errado por beijos. Onde tinha chegado? Seguiu as instruções, mas sem qualquer segurança que daria certo, não tinha como dar certo, mas ficaria calado enquanto o futuro namorado tentava se igualar as cozinheiras da casa. — Pronto? — Perguntou ao ver o fogão ser fechado, segurando um pano entre os dedos, porque já tinha lavado a mão várias vezes para tirar o cheiro de tempero, como aquilo era forte. — Hora de pagar o que me prometeu, Rennie. — Cantarolou, dando ênfase ao apelido infantil antes de abraçar o pescoço do loiro, mantendo seus rostos próximos o suficiente. Se perdeu nos olhos escuros, assim como nos lábios que tanto gostava de beijar, estar perto do Powell era perigoso, como fogo e gasolina - só ficava no ar qual cada um era. Beijo vem, beijo vai. Uma mão aqui, outra ali em busca de mais contato e se não estivessem em uma cozinha, um local que necessitava de higiene, não tinha duvidas que acabariam sem roupa e se amando, como sempre, estava sendo difícil se segurar e prestes a sugerir que fossem para outro espaço, mais reservado e seguro, um cheiro estranho chegou em seu nariz. Queimado. — Cacete, Warren. O peru tá queimando!!! A gente vai botar fogo na cozinha, vão nos matar. — Praticamente gritou enquanto empurrava o rapaz para longe, buscando alguma coisa para pegar o que estava no forno. — Não fica ai parado, faz alguma coisa pra me ajudar, se não, vou enfiar essa merda no seu rabo.
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ciaospiriti · 1 year ago
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ursocongelado · 2 years ago
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ESTADÃO/ALIÁSDiegoEscrever é dar banho no mendigo que mora dentro de vocêCom uma Samsonite verde cheia de roupas, contos e poemas, elesobreviveu ao fim de um loucoromance, ao crack e à solidão
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Em São Paulo, a solidão é um miúdo de galinha esquecido no canto do freezer, mas também é um escritor de ressaca esperando no lobby de um hotel em Higienópolis. Check-out ao meio-dia é criminoso – principalmente quando o sujeito em questão foi dormir às 6h da manhã, depois de enfrentar um sarau de poesia e uma festa de black music na Vila Madalena. Quase um Mick Jagger em turnê. I can't get no satisfaction. Oh, no, no, no.
Diego Moraes, 33 anos, escreveu certa vez que o sonho dele era casar com uma jornalista do Estadão. Dançou. Não desta vez, mano. Agora é curar a noitada com soda limonada, subir no carro da reportagem e encontrar uma velha conhecida: a Praça da Sé. Marco zero da cidade. Lugar em que o hoje promissor escriba, a aposta mais garantida da temporada, já pediu esmolas e comida. A rua é um poeta lido em voz alta. Assim, desmistificado, o artista fala por meio da sua própria obra, misturando versos com respostas cruas, lirismo coado por uma ordinária conversa de bar.
E vai ser o quê, Diego? Vamos contar a história do herói redimido ou do anjo vingador? Ele ainda não tem certeza, mas fala de um insight quando estava no metrô, com os pés para além da faixa amarela de segurança, e o trem foi se aproximando da estação assim como uma vontade atrevida de se atirar. Imagina que lindo? Aquele barulho do metal. O choque do cidadão comum. O transtorno. O poeta que morou na rua se vingando da Cidade, ferrando com o dia de todo mundo. O corpo estraçalhado nos trilhos. O sangue. E pairando sobre tudo isso, no alto, uma placa onde estivesse escrito: CONSOLAÇÃO. O começo de uma lenda.
Respira. Lenda nenhuma. Morrer agora seria uma piada ruim. Vou morrer com uns 80 anos. Poeta bom é poeta morto. Não, não. Tá errado isso. Poeta bom é poeta gordo. Justo agora que as coisas começaram a acontecer, que uma editora importante acena com uma possibilidade de contrato, que tem livro novo pra sair, que umas meninas estão dando mole e uma graninha decente pode pingar. Escrevo para tirar meu nome do Serasa. 80% dos leitores do Dostoiévski estão com nome no Serasa.
Diego passa pelos pastores, pedintes, engraxates e malucos da Sé. Reencontra velhos personagens de Pedro Juan Gutiérrez, John Fante, Charles Bukowski e Plínio Marcos. Quantas vezes eu deitei nessa escadaria da Catedral usando minha mala Samsonite verde como travesseiro e consolo. Dormia pesado. Nunca sonhei. Só paranoia e medo de ser queimado. Na época, tinha esse lance de uns playboys queimando moradores de rua...
Um pouco antes dessa época, Diego morava em Manaus com os pais. Estudou até a sexta série e completou sua formação com um supletivo. Também ajudava o pai em uma gráfica e fazia pequenos bicos. Na adolescência, assistia muito à Sessão da Tarde e amava os filmes do Stallone. Foi vendo Rock, Rambo e Cobra que eu peguei gosto por frases, foi o começo da minha inclinação literária. Quando o Stallone diz (em Cobra) que “você é um cocô... e eu vou matar você” isso é poesia. Millôr e Nelson Rodrigues apareceram um pouco depois.
Em Manaus, conheceu uma garota em um bar/sorveteria. Uma Nina que não tem esse nome. Nina é um nome de literatura. Branquinha, olhos azuis e sardas. A mulher mais linda da cidade. Foi Nina quem ele beijou uma vez. Foi Nina que ele namorou. Foi Nina que inventou que queria uma vida nova em Barcelona. São Paulo seria apenas uma ponte. Só uma ponte, hahaha.
Quem tinha grana era a Nina. Foi ela quem vendeu o carro para bancar a viagem. Foi dela o plano de casar em São Paulo e depois partir para a Espanha. Eu ia para ser chapeiro, ter um subemprego qualquer. Quando o cara está apaixonado faz muita merda. A mãe do Diego foi contra. Não gostava da garota, dizia que aquilo não ia terminar bem, que ele iria se arrepender, jogar a vida fora, que... Tarde demais. Em março de 2003, Diego e Nina desembarcaram em São Paulo. Com ele, uma Samsonite verde cheia de roupas e contos.
Tinha um mundo inteiro aqui nessa cidade. Uma solidão do tamanho de Saturno para ser apreendida e absorvida. Foram morar na Aclimação. Descobriram o yakissoba da Liberdade, os botecos em que desconhecidos não se conversam e o crack. Não tão rápido assim, calma. Primeiro, ela queria um comprimido de êxtase. Fui atrás e me deram um placebo. Depois, corri atrás de pasta de cocaína. Pasta de cocaína? Me disseram para experimentar o crack.
Experimentaram. O crack bateu. Doce. Um vício instantâneo. Mais rápido que Miojo. Paranoia. Morte. Não tão rápido. Play it again. Eles ainda tinham Barcelona. O plano: se casar e bye, bye, Brasil. Só que o inconsciente cria suas próprias regras e armadilhas. Eu esqueci a minha certidão de nascimento em Manaus. Sem ela, não conseguiria me casar.
Nina virou o bicho, como alguém pode esquecer uma certidão de nascimento? Ela disse coisas pesadas, falou que ele tinha feito de propósito, que ele era um zero, um mané e outros petardos. O ar na casa foi ficando irrespirável. Muita droga. Muito crack. E a grana que ela tinha para se estabelecer em Barcelona já estava no fim. Diego foi expulso de casa. Pegou a Samsonite verde (com roupas e contos) e se mandou. No amor, a gente é sempre meio Keith Richards e Chimbinha.
Diego diz que foi andando da Aclimação para a Praça da Sé puxando a Samsonite guerreira. Escolhi a Sé porque me disseram que lá davam sopa e pão com queijo. Não queria ligar pra casa. Orgulho. Sei lá. Não queria assumir o fracasso. Fui pra rua e fui ficando.
Na rua, revirava lixo, bebia muito e passava fome... mas nunca roubou. Tinha medo. Por outro lado, nunca foi assaltado, nunca sofreu nenhum tipo de violência. Acho que essa São Paulo violenta só existe no programa do Datena. Conversava muito com os pregadores religiosos da Sé. Não encontrou Jesus. Ou talvez tenha encontrado Jesus por acaso, rapidamente, sem prestar muita atenção, sem dar muito papo. Quando você descobre que Deus é ironia, sua dor vira piada. 
No frio, tinha duas opções: Corote ou albergue. Corote é o amuleto de quase todo vagabundo, uma cachaça que vem em uma garrafinha de plástico, que custa uns R$ 2 e que ajuda a disfarçar a fome e o frio. Mas, às vezes, o frio não pode ser derrotado. Daí, era a vez do albergue. Tinha que chegar antes das 17h. Pegar uma fila e torcer pra ter uma cama e sopa. No albergue, não tinha conversa. Cada um na sua. E dormia-se de olho aberto.
Diego começou a sofrer com abstinência de crack. E, principalmente, falta de comida. A fome dói. Não é uma dor espiritual. É uma dor física mesmo. Emagreci quase 30 quilos. Ia morrer. Nesse ponto, desisti. Liguei pra casa. Mãe, preciso de ajuda. Quando abraçou a mãe no aeroporto de Manaus, chorou. Eu estava salvo.
Salvo – e com a Samsonite verde. Dentro dela, seus contos. Os escritos que renderam o seu primeiro livro A Fotografia do Meu Antigo Amor Dançando Tango. Rodado na gráfica do pai. Esgotado. A publicação foi elogiada, embora algumas pessoas tenham pescado um certo sexismo em seus textos. Nunca agredi uma mulher. O cara que bate em mulher taca fogo no lugar onde podia morar. Destrói o leito onde podia repousar.
Uma vez, saiu na mão com um cara que disse que ele imitava o Bukowski. O mundo não precisa de outro Bukowski. Chega! Diego sabe disso. Ama o Bukowski, mas está mais para o lírico do que para o maldito. Ou um maldito lírico. Porrada em que fizer essa acusação. Ou em quem imitar o velho Bukowski.
A carreira foi ganhando corpo no mundo virtual. Com blogs, postes no Facebook, aforismos e polêmicas, a mitologia ao redor de Diego foi crescendo. Escrever esperando likes no Facebook é mais triste que pedir esmolas na rua. Sua autoficção chamou atenção das editoras. Com intervalos curtos, escrevendo muito, publicou na sequência A Solidão É um Deus Bêbado Dando Ré num Trator (Ed. Bartlebee); Um Bar Fecha dentro da Gente (Ed. Douda Correria); Eu Já Fui Aquele Cara que Comprava Vinte Fichas e Falava Eu Te Amo no Orelhão (Ed. Corsário-satã), Meu Coração É um Bar Vazio Tocando Belchior (Ed. Penalux) e um romance, ainda sem título, que já está apalavrado com uma grande editora.
Um relativo sucesso já pode ser sentido em Manaus. Lá, eu sou um Cazuza chegando em um bar do Leblon no sábado à noite.
O escritor Milton Hatoum, nascido em Manaus, leu apenas um poema de Diego, mas gostou do que viu. “Tem um ritmo de prosa, uma coisa que passa longe do regionalismo. É elaborado e tem muitas influências da cultura pop. O mais importante é que a crítica comece a olhar para uma produção que está acontecendo fora de São Paulo e do Rio.”
Em São Paulo, Diego voltou a desembarcar em novembro do ano passado, convidado para participar da Balada Literária, organizada pelo escritor Marcelino Freire. “Diego é um verdadeiro poeta. Um escritor único. Desses raros de aparecer. Porque tem verdade. Tem raiva lírica. Não tem pompas na língua. Nem papas no juízo. Leio um livro dele e sou capaz de colecionar versos, ativos, demolidores. Não gosto de parágrafos engomados. De literatura que veste gravata. Diego é inteiro e visceral no que faz. Veio para desconcertar. Como toda boa literatura deve ser: um motim. Uma fuga da mesmice. Avante, para o abismo”, garante Freire.
Parece a história do herói redimido, não é? Agora, ele volta para São Paulo, já tem leitores (que se deslocam de outras cidades para ouvir os poemas dele, na voz dele) e convites para frequentar os eventos “do meio”. Se está feliz? Não. É contra. Diz que a felicidade nunca escreveu um verso que preste. Tem raiva de poesia de autoajuda, de literatura cheia de bons propósitos e da necessidade de alguns autores de ‘passar uma mensagem’. Se quiser continuar escrevendo, vai permanecer flertando com a infelicidade.
E o amor? O amor é um erro lírico. Acreditam que o poeta sofre por amor. Eu só sofro quando acaba o conhaque. O resto é dor inventada. Diego não quer se apaixonar, diz não conseguir mais, que prefere a solidão, que é mais inspirador, e que já esqueceu a menina que ele batizou de Nina. Não quer saber mais da anestesia conjugal.
Mas ainda pode ser que ele seja o tal do anjo vingador, não é? Fica puto com a cidade que vende cerveja por R$ 12, que tem leitor dizendo que vai comprar o livro dele “só para ajudar” e escritores que se comportam como se estivessem no programa do Amaury Jr. Nunca dê as costas para um escritor em busca de fama. Aqui, ainda não se sentiu acariciado pelo sistema nem frequenta a Mercearia São Pedro (point dos escritores de São Paulo). Últimas notícias: poeta aparece com dinheiro em bar e surpreende fãs e leitores. Na cidade, ele é mais da turma do Mário Bortolotto, Marcelo Mirisola e do Marcelino Freire.
Literatura é um treco instável. Hoje você é o bacana do pedaço; amanhã, sabe-se lá. As melhores coisas da gente foram escritas para alegrar gavetas cheias de baratinhas que roem sonhos. Mas se tudo der errado, Diego tem um plano. Vai levar o hot-dog prensado para Manaus e ficar rico de verdade. Hot-dog prensado dá mais dinheiro do que poesia – e isso é uma coisa que não se discute.
No fim, olha lá ele sentado na escadaria da Sé, de novo. A sarjeta é Fiel. Não demonstra nenhuma emoção especial. Já colocou tudo no papel, já transformou o bagaço em literatura. Mas quanto da história dele é inventada? O que ainda não foi coado pela fantasia? Diego diz que passou por tudo isso em São Paulo, que o que escreve é feito de sangue e realidade. Mas nunca mentiu? Menti uma vez quando disse que saí com uma vencedora do prêmio Jabuti.
Pois é, quem abraça o mundo com muita força vira poeta ou perde os braços. Parece que o Diego quer as duas coisas, ser poeta e perder os braços. Dessa vez, foi só uma visita. Na próxima, pode ser que São Paulo tenha um novo escritor residente. O cavalo é um poeta que escreveu um troço bonito e saiu galopando. E assim, galopando, Diego voltou pra casa.
Por Gilberto Amendola - jornal O Estado de S. Paulo 23/01/2016 | 17h00
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guidramasworld · 2 years ago
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77 motivos para NÃO COMETER suicídio.
1- tomar banho de chuva outra vez
2- ouvir um eu te amo
3- poder dizer isso de volta
4- roubar um chocolate
5- passar um dia na rua longe de casa
6- viajar para conhecer alguém
7- tomar banhos quentes
8- ver pessoas sorrindo
9- mudar a vida de alguém
10- superar uma decepção
11- assistir filme com amigos por ligação
12- ouvir a sua musica favorita pela vigésima vez
13- dormir em uma ligação
14- achar fotos antigas
15- conhecer novas pessoas
16- conseguir algo de valor
17- plantar algo e ver crescendo
18- fazer uma tatuagem
19- aprender a cozinhar
20- tirar fotos engraçadas
21- cantar em um karaokê
22- dançar feito maluco(a)
23- cantar no chuveiro
24- fazer a própria versão de uma musica
25- ter piadas internas
26- ver raios
27- se apaixonar
28- olhar pela janela do carro
29- sentir o cheiro do mar
30- videogames
31- polaroides
32- fazer memorias
33- sentir a brisa em um dia quente
34- mudar o corte do cabelo
35 -encarar seus medos
36- fazer algo que valeu a pena
37- ajudar alguém
38- ler teorias da conspiração
39- dormir
40- acordar e sentir o cheiro do café
41- estalar o corpo
42- meias engraçadas
43- tirar nota máxima em algo
44- fazer algo que você realmente queira
45- passar o dia sem fazer nada
46- ver videos durante a madrugada
47- virar o travesseiro para o lado frio
48- ter um animal de estimação ou fazer companhia ao que tem
49- chorar no ombro de alguém
50- dar um abraço apertado
51- se fantasiar no halloween
52- assistir aos fogos queimando no ano novo
53- seu próximo aniversario
54- olhar as nuvens
55- andar de barco
56- encontrar um lugar no mundo onde você se encaixe
57- mergulhar
58- ir a festas
59- experimentar a vida
60- cometer erros
61- o simples fato de estar vivo quando tantos ja nao estao mais
62- ver a si mesmo se recuperando
63- ser uma inspiração
64- VOCÊ É IMPORTANTE
65- VOCÊ faz outras pessoas felizes
66-so existe um de você em todo o mundo
67- suas cicatrizes sararão
68- existe uma solução
69- você nunca estará só
70- a tendencia é melhorar
71- seus amigos
72- seus irmãos
73- seus pais
74- seus avós
75- peça ajuda, você n esta sozinha(o)
76- eu te quero viva (o)
77- o mundo não seria o mesmo sem vc❤️
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greencruz · 2 years ago
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🍿 - our muses go to a movie together (mishil&daeho)
SFW SHIPPY PROMPTS : ACCEPTING !
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depois de ter passado por um casamento e uma maternidade precoce, certas coisas pareciam tão distantes que mishil involuntariamente desacreditava nos sinais claros à sua frente. o que significava ir ao cinema com daeho? eram amigos saindo juntos ou aquilo era um encontro? ela podia se permitir se sentir como uma adolescente ou havia perdido esse direito? estava tudo bem mandar mensagem para os amigos falando sobre tudo o que estava acontecendo ou não era mais adequado? não existia um guia, mas com toda certeza não conseguia evitar a forma como ele influenciava nos seus batimentos cardíacos.
toda a pauta que vinha escutando no grupo de apoio aos viúvos era como precisava dar uma segunda chance para a vida. uma segunda chance de verdade, além do otimismo cego que, por baixo dos panos, encobria uma tristeza interminável e um conformismo disfarçado de dedicação à família. e, dentro dos novos amigos, já havia escutado inúmeras vezes que a sua segunda chance estava bem ali, literalmente ao alcance dos dedos. então, no seu primeiro ato impulsivo do dia, foi exatamente isso que fez: segurou a mão de daeho.
assim que fez isso, imediatamente olhou para o lado, tentando parecer muito mais interessada nas lojas bonitas do shopping do que no que havia feito, mas costumava ser uma mentirosa muito, muito ruim, então o rosto queimando deveria estar tão perceptível quanto as vitrines que observou por poucos segundos. no fim das contas, resolveu que seria pior, então resolveu sustentar suas ações. — você está muito bonito. — olhou para ele mais diretamente. — você sempre está muito bonito, no caso. — bonito é pouco, completou na mente. soltou uma risadinha. — e eu trabalho com moda, sei bem do que estou falando. — emendou, usando o indicador livre para frisar a afirmação.
quando chegaram no cinema de fato, sua atenção não poderia estar mais desfocada. todo mundo sabia que filmes em encontros eram só uma desculpa para beijar na boca. claro, supondo que aquilo fosse um encontro. não, não é não! não poderia se permitir cair novamente nessa armadilha. — hã? — falou, quando sentiu sua voz sendo chamada. — ah, sim, eu adoro filmes assim. — nem havia escutado qual filme era. — até assisti o trailer! — ok, já era hora de parar de mentir. não queria começar a se embolar de novo.
e não é que estava realmente se divertindo com a sessão?
tudo o que precisava era parar de pensar tanto. embora, no seu caso, o próprio nervosismo ainda deixasse uma sensação boa no peito porque fazia ela se lembrar que, bem, de fato estava viva. e com isso também havia se recordado de um ponto muito fundamental da mishil que ia a inúmeros encontros antes de sossegar com uma pessoa só: ela usava sua impulsividade para o próprio benefício. com ou sem vergonha no processo. — ei. — começou, praticamente sussurrando, e teve que se aproximar para fazê-lo aproveitando a chance para segurar em seu braço. — eu acho que já deu a hora. — começou, já esperando que ele provavelmente ficaria confuso. na mente, fez uma contagem mental até três. — você já pode me beijar. — e então sorriu, travessa, aguardando pelo beijo que estava em sua mente desde o princípio daquele dia.
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criadorderiquezas · 20 days ago
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o New York Times está queimando o filme do STF
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princesademian · 2 months ago
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eu não sei em que momento eu suavizei, um objeto pontiagudo tornado liso.
crescer é um pouco estranho. quando você vê, o que era já se foi e resta… resta o que se é agora. crescido? suave? amansado?
o coração já não bate selvagem no peito e as mãos são quentes e seguras (às vezes). a água do mar na pele e o sol queimando — e talvez o mundo esteja acabando mas a vida não está acontecendo enquanto isso?
mamãe, papai e biel não sorriem? a loba ainda não faz bagunça? eu, eu, ainda não vibro energética mas calma?
o suor na pele. a pele bronzeada;
uma felicidade contundente, sentida no céu da boca doído e no pé machucado, nos joelhos roxos e nos braços não mais doloridos.
sorrisos quando há-se razão para sorrir e lágrimas quando necessárias. ser e ser e ser e, ainda sim, ser. apesar de, mesmo que;
amansando sim, eu sei. um mundo que não posso mais abraçar e carregar nos ombros como se fosse Atlas. devaneios juvenis de grandeza mas de potência. crer numa bondade primária da humanidade e, em seguida, numa maldade secundária que nunca mais poderia ser desfeita. recém-adulta, ou adulta, ver maldades e bondades mescladas e difíceis de serem separadas.
de fato há algo na adolescência que falta na vida adulta. tento lamentar mas a felicidade me rouba. Mário Quinta disse: “a felicidade bestializa, só o sofrimento humaniza as pessoas”.
penso e repenso, não é mentira mas também não é bem assim. complexos, imundos e rastejantes
erguemos as mãos para os céus, crentes e descrentes, em busca de algo que não existe. é a falta, a falta que — presente, me faz ser.
respiro, há tempo, não para sempre, mas se o agora, sempre renovado, for “para sempre”, então para sempre.
apenas baboseiras, eu sei.
minto.
o coração ainda acelera e pulsa agalopado. ondas de calor mais longas, o corpo, mais acostumado, quase não sente. sente mas o ventilador aplaca.
mil coisas passeiam pelo meu cérebro, ideias — de roupas e de revolução, de atitudes e de solitude. músicas, filmes, livros, teorias, — ação, clamo pela ação mas penso que a história e a humanidade são constituídas de repetições. penso em tudo o que é tão fisicamente maior que eu, sou parte do Todo. fecho os olhos e tento, por um milissegundo, visualizar o cosmos. visualizar o que me abarca, colocar em perspectiva para quando tudo me assustar demais.
a Terra esquenta e o carnaval está logo ali. as coisas continuam, para sempre. nada nunca para (ou parou) de acontecer e, no meio disso tudo, nós.
assustados, crentes ou descrentes, esfomeados, contentes, vivos e pulsantes. toda a vida que persiste mesmo em face —
formas de vida primárias. um momento longíquo, milhares de anos atrás. percorrendo com o tempo/pelo tempo. evoluções e extinções.
não é pessimismo, é… o que é?
grito porque a vida é essa coisa. o fim essa coisa também.
milhares de ano no futuro ou no passado. vida, vida e vida.
os assuntos sérios se perdem em meio a todas as amenidades que futilizam a minha vida.
explorações, guerras, crise climática e o que me estressa no momento é o que essa menina talvez esteja pensando sobre mim — acho que ela está com a impressão errada de mim. maior do que todos os problemas mundiais, é essa miudeza.
aprendi a intercalar, creio eu, as preocupações. hoje amores, amanhã fomes.
viver é perde-se. e, para continuar coração latente, adicionar, remendar, substituir, peças.
imagino alguém do futuro.
incerto, vagueia pelas minhas palavras buscando algo que está perdido nele próprio.
buscando a humanidade há muito perdida, soterrada. esmorecida. fragmentada pelo tempo que apenas corre para a frente.
lê coisas tão confusas e ambíguas e exageradamente enfeitadas. por que, o quer que eu tenha vontade de dizer, nunca consegui. falo e falo e falo e o verdadeiro conteúdo nunca sai.
talvez se você juntasse tudo o que foi dito, cada palavra, cada sinal, cada espaço. cada pausa que eu dei para sentir algo, para interpretar o sentimento.
o que quero dizer é indizível, mas talvez você entenda.
milhares de anos no futuro, quando já mortos, alguém — algo, encontrar isso aqui. imagino e quero chorar pela finitude do tempo.
quero chorar porque eu gostaria de compreender — pegar o espaço-tempo nas mãos em concha e sorver. sentir, lentamente, o gosto e as nuances.
voltar no momento inicial do cosmos (e antes disso) e ver, ver e ver; apenas ver.
ver quando você pegasse meus escritos e ver depois de você.
redemoinho de tempo; sucumbir, girar através de tudo o que compõe o tudo.
penso e penso e escrevo e escrevo e o axioma nunca aparece explicito.
pela areia que eu encostei quando bebê, e a água salgada que bebi na praia tantas vezes. a garganta ardendo por causa do sal. o corpo todo envolto pela água transparente, o sol na pele.
arranhões no corpo, pele queimada. os cabelos trançados.
o vento na pele, no rosto, no cabelo. todo o amor que eu já senti e que eu ainda sinto. todas as vezes em que eu amo por que —
quando eu morrer e tudo for cristalizado — como pequenos insetos paleolíticos no âmbar;
quando os prédios cairem, todos os meus amados virarem ossos (e apenas ossos), e a música nunca mais ser percebida pelos meus sentidos. e as lágrimas não caírem mais só por que o solo de guitarra ou baixo era impressionante demais,
e eu nunca mais sorrir pensando em alguém (ou na humanidade inteira).
e tudo o que restar foi o que eu criei, e quando tudo isso, ainda assim, desaparecer. quando não houver mais nada que seja meu,
ainda assim, ainda assim,
ainda assim tudo ainda existirá. por uma bondade ou aleatoriedade de um deus que talvez não exista, ou falta de materiais, ainda assim,
recompostos em diferentes formas, existiremos.
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