#professora de inglês
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gimmenctar · 4 months ago
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MENORES NÃO INTERAJAM!
haechan x leitora professora e aluno, todos são maiores de idade (só p deixar claro), meio slowburn(?), sexo sem proteção, cream pie, sempre dirty talk, tinha mais uma cena em mente, mas cortei pq achei q já tava na hora. espero que gostem!
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Se te perguntassem sobre Donghyuck Lee, você torceria o nariz e reviraria os olhos. O próprio também esboçaria uma reação parecida, talvez até mais debochada. Não se suportam desde o primeiro momento em que ele pisou na sua sala de aula. Veja bem, você é uma professora rígida, sempre exige máximo respeito, mesmo que seja “apenas um cursinho de Inglês”, nas palavras de Haechan. 
Se entrar em sala, tem que cumprimentar a autoridade com um boa noite, mesmo à contra gosto. Isso é o mínimo de respeito, é educação básica. Justo no primeiro dia, ele fez questão de te ignorar e de soltar um risinho debochado quando você o alfinetou por não ter sido educado. Ele odiou. Pediu desculpas carregadas de ironia e prometeu a si mesmo que faria sua vida um pouco mais difícil.
Donghyuck se acha importante demais, é claro para você. Aula após aula ele tenta quebrar sua postura, seja fazendo perguntas muito pessoais no meio da explicação para te desconcertar, ou discordando de uma opinião sua só para causar algum tipo de comoção, ou reclamando dos tópicos entediantes da lição para te irritar. Entretanto, quem vai embora frustrado é ele. Você é uma ótima atriz e finge adorar toda e qualquer interação que têm durante as quase uma hora e meia de aula, fazendo os outros alunos, principalmente os mais velhos, adultos cansados do trabalho, rirem da situação. Haechan parece ser o único que te odeia.
No entanto, conforme o tempo vai passando, mesmo que ele não queira admitir, Lee passa a gostar de você. Não, a admirar você. (In)felizmente, é muito boa no que faz. Ele assimila rápido às suas explicações, a sua dinâmica funciona, é eficiente. As notas nunca foram tão altas, apesar de não se esforçar tanto para realizar as tarefas ou as provas. A fluência nunca pareceu tão perto, graças às suas aulas. 
Mas também tem algo em você que desperta uma curiosidade genuína nele, por isso ele continua a implicar contigo com as perguntas sobre sua vida fora da sala de aula. Ele adora saber pequenas anedotas das outras milhões de coisas que você curte fazer, seus interesses, seus amigos, seus dates. 
“Teacher, can I ask you something?” Haechan te interrompe pela quarta ou quinta vez, mas agora ele é muito mais doce do que antes. Se fosse há uns meses atrás, perguntaria o quisesse na lata, apenas pelo prazer de te aborrecer.                   
“For God’s sake… does it have anything to do with the class?” Sarah, uma classmate, a única outra aluna no início dos vinte, rebate em sua defesa. Uma chata, sempre roubando sua atenção. Outro dia, você foi ensinar a expressão teacher’s pet e a turma toda anotou no caderno com o nome dela ao lado. 
Ele a ignora completamente, mesmo quando você sorri na direção da jovem. “What’s your ideal type, teacher?” Indaga, frisando o vocativo para alfinetar Sarah. Ele não havia falado com ela, sim contigo. 
“My ideal type?” Você parece ponderar, mas já sabe a resposta. 
Se fosse em qualquer outra turma, responderia sem medo. Porém, como explicar que ‘sunkissed, dark hair’ não é uma descrição muito específica dele? “I don’t have a type, actually.” Escolhe não se expor.
Assim, você volta o foco para os alunos novamente, deixando Haechan com um bico no canto da sala. Sua sorte é que ele não está num dia muito criativo, então não consegue retornar ao assunto sem soar muito interessado. 
Talvez ele esteja mesmo interessado. Mesmo ainda agindo feito um pé no saco às vezes e sendo um chatinho que faz você ir embora para casa com a bateria social inexistente de propósito, Lee reparou que agora não faz mais por implicância, e sim por querer sua atenção. 
Ele passa a chegar mais cedo mais vezes para ter a oportunidade de te ver sair da aula anterior, rodeada de adolescentes que te idolatram, só para ter assunto quando a própria classe começasse uns vinte minutos depois. As expressões sem pé nem cabeça que estão no livro? Não se recorda de tê-las criticado, usando-as em todas as respostas e discussões. Enquanto você explica subjunctive, reported speech, ou qualquer outra coisa com seu jeito alegre e expressivo, ele sorri, completamente cativado. 
Certo dia, você entra na sala usando roupas diferentes do comum. Um vestido tubinho curto abraça as suas curvas e o saltinho te dá uma postura confiante. Isso sem falar no cabelo, um total espetáculo acentuando os traços delicados do seu rosto, pintados de uma maquiagem discreta. Uau.
“Que isso, hein, teacher.” Sarah, a puxa-saco, acorda Hyuck de seus pensamentos. “Quem é o sortudo? Lucky one, não, lucky guy.” 
“Thanks, baby.” Você responde, animadinha. “É um boyzinho, amigo de um amigo. A gente se conheceu outro dia e aí ele me chamou pra sair, enfim…” 
Baixinho, enquanto os outros não chegam, você narra a história de como conheceu o tal cara. Haechan sente um mal estar na barriga, o sangue esquenta e ele sai da sala para beber uma água. Não pode ser, não pode estar com ciúmes da própria professora. 
É claro que pode. Olha essa mulher, ele pensa durante a aula, ainda lutando contra as próprias emoções. Ainda assim, não está sendo um bom aluno hoje porque está distraído reparando em você. As pernas torneadas, a cinturinha, o jeito que você fala… até mesmo o cheiro do seu perfume estava gerando algo nele. 
Quando a aula acabou, Lee saiu disparado depois de se despedir brevemente, puto dentro das calças. Caminha tão rápido até o portão do curso que quase não repara na presença de Xiaojun, um amigo de seu primo Hendery. O outro é quem o chama para cumprimentá-lo. 
“Coé, irmão. Tá vacilando? Nem fala mais?” Xiaojun brinca, batendo a mão e um dos ombros em Haechan. 
“Ih, qual foi, Dejun. Tá fazendo o quê aqui, cara?” 
Hyuck escaneia a aparência do parceiro, notando que ele está arrumadinho demais para ser uma coincidência qualquer. 
“Pô,” O mais velho olha para dentro da escola à procura de algo, ou alguém. Então se aproxima do moreno e envolve um de seus ombros para contar sobre sua aparição repentina. “Tá ligado o Yangyang?” Lee afirma com a cabeça. “Então, ele tem um amigo, o Renjun. Sabe quem é?” 
Que enrolação da porra, claro que ele sabe quem é, só vivem juntos.
“Sei.” 
“Aí a prima do Renjun levou uma amiga, porra, uma gata, naquele churrasco de aniversário do Chenle.” 
Não tinha ido ao tal evento porque teve de resolver uma pendência com uma garota, uma ficante. Longa história, complicada. Fica para depois. 
“E daí?” Ele já estava sem paciência, e Xiaojun demora uma vida para se explicar. 
“E daí que eu dei um papo nessa mina e vou levar ela pra jantar hoje.”
Ca-ra-lho. Na mesma hora em que a mente de Haechan liga os pontos, você se aproxima timidamente. Dejun larga o amigo com pressa e passa um dos braços pelo seu quadril, dando dois beijinhos nas suas bochechas logo depois. 
Alguém devia tirar uma foto da expressão horrorizada de Lee. O tal carinha que vai te levar para um encontro é o próprio parceiro, Xiao Dejun? De primeira, a raiva dele inflama, o peito queima de inveja outra vez. Mas, pensando bem… Não querendo subestimar o amigo… só que claramente não combinam nada um com o outro. 
“Vocês se conhecem?” Sua voz envergonhada questiona, então o seu date percebe que Hyuck lhe é familiar. 
“Ele é meu amigo.” Haechan diz, te olhando fixamente. A mirada te prende porque é desconhecida, algo está diferente nele, porém não sabe dizer o que é. 
Ele sabe muito bem. É a porra do ciúme. 
“Eu sou professora dele.” Você fala, quase como se fosse uma pergunta, observando o seu acompanhante para ver se ele teria alguma reação negativa. 
Ele ri alto. A ideia de pegar a professora do amigo é hilária. Com todo respeito a você, é claro. Donghyuck visivelmente pensa o oposto, a carranca que toma conta do rosto bonito expressa bem o que ele está pensando agora. Não querendo ser um completo babaca, mas já sendo, ele planeja acabar com esse risinho logo, logo. Não pode ser chamado de talarico ou fura olho se foi ele quem te conheceu e quem te quis primeiro. Certo? Na verdade, para ele, foda-se, te roubaria para si do mesmo jeito. 
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“Nem fodendo!” Renjun exclama, rindo sem acreditar no que acabara de ouvir. O mundo é muito pequeno mesmo. 
No aniversário de Yangyang estão todos reunidos novamente, e Xiaojun aproveitou para se gabar de ter saído com a professora de Haechan, cuja feição transborda descontentamento. Se ele fosse um cara qualquer que não respeitasse a família dos outros, já teria metido um soco na cara de um hoje. 
“E vocês saíram de novo?” Yangyang pergunta com curiosidade antes de levar a long neck aos lábios e saborear o amargo da loira gelada. 
Haechan anseia a resposta. Seus olhos se apertam, assim como os dedos ao redor da própria cerveja. 
“Não.” Xiaojun confessou, visivelmente decepcionado. “A gente se pegou no carro depois, mas acho que ela não tava na vibe. Deixei ela em casa e depois não nos falamos direito.” 
Ao mesmo tempo que um alívio lava o peito angustiado do moreno, um pedaço dele quer gritar de raiva ao pensar que Xiaojun beijou você, te tocou, e sabe-se lá mais o que ele quis dizer com se pegar. 
“E valeu a pena?” O outro indaga com malícia. 
Infelizmente o sorriso de Liu alarga ao ver que o amigo estava com as bochechas corando, ele tenta esconder a resposta óbvia com um morder de lábios. Renjun cutuca Haechan enquanto um coro de ãhnnnnn preenche a sala de estar. Se Lee revirasse os olhos com um cadinho mais de força talvez eles saíssem de órbita. Que situação. 
“Como é ter uma professora gostosa, Hyuck?” Hendery retoricamente lança o questionamento no meio dos amigos sem sequer interromper os dedos caóticos no console. 
“Respeita ela, porra!” 
Eles cessam a risada ao ouvi-lo exclamar pela primeira vez desde o início da conversa. “Ih, qual foi, relaxa.” Dejun responde, sua expressão metade severa e metade suspeita. “Não era ela que você não suportava?”
Haechan lembra-se vagamente de algumas vezes que chegou a reclamar no grupo de amigos durante as aulas. Ele fingia mexer no celular só para te incomodar, porém, a própria frustração o vencia por vezes e ele acabou enviando algumas mensagens para desabafar a insatisfação. 
“Vamo mudar de assunto.” Começa Renjun, limpando a garganta para quebrar o silêncio da falta de resposta de Lee. “Quem vai na roda?” 
A roda de samba mais esperada do mês se aproxima, Santa Teresa nunca fica sem receber os amigos por muito tempo, é quase tradição. O próximo Sábado promete.
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Enquanto você se arrumava, Xiaojun te esperou no sofá da sua sala mexendo no celular. Ainda nem acredita que voltaram a conversar no meio da semana, muito menos no fato de que ele te convidou para sair de novo. Achou que o tivesse espantado no primeiro encontro.
A verdade é que ele é um doce, praticamente um príncipe, mas seu cansaço no dia te desanimou e, sem jeito, não conseguiu dizer o que significava sua carinha fechada. Por sorte, Dejun não levou para o coração e nem desistiu. 
Quando o convite brilhou na notificação do celular, seu primeiro pensamento foi ‘roda de samba? nada a ver comigo’, entretanto, o papo dele é tão bom que te convenceu e ‘o que custa dar uma chance?’. Comparado a ficar em casa, seria muito melhor estar na companhia dele. O que você não esperava, porém, era que todos os amigos dele fossem, incluindo Haechan. Este fuzilava vocês dois sem disfarce algum, o que incomodou sua companhia levemente. 
“Tá tudo bem por você ele estar aqui?” Xiaojun indaga ao seu ouvido. Além de querer ser discreto, ele aproveitou para jogar um charme e trocar um carinho. O afago desde o seu ombro até os dedos da sua mão não lhe passa despercebido, é muito bem-vindo e te alivia a tensão. “Tem certeza?” Seu aceno de cabeça não o havia convencido. “Se quiser, a gente pode fazer qualquer outra parada. Só quero ficar contigo. T-tipo, passar tempo ju-juntos.” 
Você se permite sorrir, ele é fofo. “Tá tudo bem, juro.” Pousa os lábios no canto dos dele bem delicadamente, se demorando uns instantes. Dejun vira o rosto e rouba um selinho vagaroso, checando sua reação quase sem tomar distância, não queria fazer nada forçado. O risinho que molda seus lábios lavam o peito dele em alívio. 
Ele sorri na sua boca junto contigo, retomando o beijo com mais intenção desta vez. É delicado, mas firme ao mesmo tempo. Suas línguas tocam num ritmo deliciosamente lento. Parece que encontraram o encaixe perfeito, é mais intenso do que a primeira vez. Você permite que as mãos dele apertem sua cintura e acariciem onde querem, esquecendo um pouco a timidez. 
Donghyuck ainda observa a cena. A raiva que borbulha em seu interior faz sua mente criar mil cenários onde ele acaba com a ousadia do próprio amigo. Na verdade, se ele estivesse um pouco mais alto, talvez já tivesse feito merda. 
Yangyang é o primeiro a perceber a situação. A verdade é que ia avisar ao Lee que a caótica ex-ficante havia acabado de chegar, mas encontrou o moreno estático e de cara amarrada. O copo plástico quase transbordando de cerveja não duraria muito tempo se ele continuasse apertando daquela forma. É receita para dar merda. Liu sabe que precisaria escolher qual caos enfrentar e, entre uma briga por causa de talaricagem e uma possível recaída com um rolo tóxico, é melhor a segunda opção. Ou…? 
“Irmão, a Karina tá aqui.” Ele anuncia quase gritando por cima do som alto depois de se aproximar de Haechan. O outro nem se move, concentrado em amaldiçoar Xiaojun pela cara de pau de pegar na sua bunda no meio de tanta gente. 
Era ele que devia estar te tocando. Hã? 
Haechan finalmente percebe que tem companhia e leva um pequeno susto. Yangyang está impaciente e ameaçando derramar bebida em seu cabelo. “Porra! Assombração!” 
“Caralho, tô falando contigo tem uns cinco minutos.” 
“O que é, caralho?” 
“Pela décima vez: a Karina. Está. Aqui.”
A confusão estampada nas feições de Lee irritam o outro profundamente. “Foda-se.”
Se fossem outras circunstâncias — se ele estivesse sóbrio — Donhyuck teria metido o pé ou no mínimo tentado se esconder. Droga de cerveja. Merda de amigo que está quase comendo minha professora gostosa que eu quero comer.  
“É O QUÊ?” Renjun, que acabara de se juntar aos dois perto do open bar, só pode ter ouvido errado. “Você quer o quê e quem?” Não, não, não. Ele não pode ter dito isso alto na frente dos dois caras mais bocudos que conhece. Mas disse. Yangyang balança a cabeça em decepção, porém a surpresa era zero. Renjun pede três shots de vodka ao barman porque só assim.
“Ele quer a amiga da sua prima. Ha-ha.” Liu até tenta amenizar a situação e fazer piada, o que obviamente não funciona. 
Renjun distribui os outros dois shots depois que pega um para si mesmo. “Virem essa porra.” Mesmo relutantes, os três entornam o líquido e fazem cara feia pelo gosto forte e a queimação que nunca fica comum. “Agora vamo colocar os pingos nos is. Você quer a sua professora, a mulher que o teu amigo tá pegando.” 
“São muitas camadas.” 
“Porra, vocês só me criticam!” Hyuck cessa o debate. “Nem era pra eu ter falado isso alto. Foda-se vocês dois, foda-se todo mundo.” Ele toma outro gole da cerveja para sair dali, porém antes que pudesse, você e Xiaojun encontraram o grupo novamente. 
“Rapaziada, já avisei ao Dery e ao Lele, tô metendo o pé.” Ele comunica, porém Haechan só é capaz de focar nos seus dedos entrelaçados. Seus cabelos bagunçados e a roupa amarrotada de Dejun também capturam a atenção dele.
“Já vão pra casa?” O ciúmes fala por ele. 
“É, a gente tá afim de ficar mais tranquilo.” Ele diz, olhando para você ao abrir um sorriso sacana. 
O trio se encara num silêncio constrangedor. O moreno não disfarça a insatisfação: a ironia que escorre por seu suspiro de escárnio faz Xiaojun franzir o cenho. “Algum problema?” 
“Jamais.” Renjun intervém, mas fica sem ideia, implorando pela ajuda de Yangyang com o olhar. 
“Pô, então bom restinho de sábado aí pra vocês.” Liu aperta a mão livre do amigo. “Juízo, hein?” Força uma risada de tiozão, acabando por piorar a situação. Você e Dejun se entreolham e espremem os lábios para não rirem também, apesar do leve constrangimento.
Como se o universo judiasse de Yangyang, seu pior medo tomou forma, nome e sobrenome e, infelizmente, está bem perto. Karina deu as caras. Não, ela chegou chegando. Apoiou o braço no ombro de Renjun, que estava na ponta, e lançou um sorriso charmoso para o “ex”, Haechan.
“Não fala mais comigo?”
“Oi.” 
Seria cômico se não fosse uma tragédia prestes a se desenrolar sob os olhos de várias testemunhas. Das duas uma: ou eles ficariam de novo, ou arrumariam mais um barraco catastrófico. Sempre a mesma história.
“Boa noite, Karina. Tudo bem?” Renjun debocha da falta de educação da garota, balançando o tronco para fazer o braço alheio cair. Ela apenas revira os olhos.
“Quem é essa?” Você discretamente pergunta ao seu date. Por causa da música alta, o volume não lhe deu a oportunidade de efetivamente esconder a curiosidade, todos os outros ouviram.
“Namorada do Hyuck, prazer.” Karina estende a mão para você numa simpatia que só, ao passo que você a cumprimenta com um sorriso doce. Ao mesmo tempo, o namorado engasga com a própria bebida enquanto a dupla fofoqueira ri alto de nervoso. 
“Essa garota é maluca. A gente não tem nada.” Donghyuck gira o dedo indicador perto da têmpora para frisar a loucura de Karina. Ele espera muito que você não esteja acreditando em nada do que ela fala.
“Ele é muito bem humorado.” Explica com tom de voz suave, mas seu olhar é severo. Definitivamente faz o tipo perigoso.
Xiaojun prevê a merda que isso vai dar e se apressa, dando um aperto leve nos seus dedos. “Bom, é triste a dor do parto, mas eu tenho que partir. Boa sorte aí, guerreiros.” Ele acena para os que ficam. 
Viram as costas e partem para a saída, com Huang e Yangyang acompanhando-os com o olhar até não conseguirem mais distingui-los na multidão. Ao voltarem-se para o bar, porém, prendem o fôlego ao encontrar o banco de Haechan vazio e nem sinal de Karina. 
“Ah não.” 
“Puta que pariu.” 
Definitivamente Murphy estava certo quando disse que se existe possibilidade de alguma coisa dar errado, dará errado. O problema agora não é mais deles.
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Xiaojun é o tipo de cara que leva intimidade à sério. Mesmo que fosse um lance casual, ele te tratou como uma princesa antes, durante e depois da transa — e como ele fode bem. Tem pulso firme, mas também soube a hora de se comunicar e perguntar como você gostava e se queria continuar. 
Então, por qual razão você não parava de pensar em Donghyuck e Karina? Será que ele também havia se sentido assim ao ver que você estava indo para a casa de outro? Será que ele havia a beijado ou a levado embora também? Só de pensar te sobe um calafrio desagradável. Não, isso não pode ser…
Ciúmes? Pois é. Não é nada prazeroso admitir para si mesma que está de conchinha com um cara enquanto pensa em outro e, pior ainda, sendo um de seus alunos. Mesmo tentando evitar, o restinho do seu final de semana foi bem assim: Haechan rondando sua mente mais do que o aceitável.
Na segunda-feira, ele não foi ao curso. É difícil definir se você sentiu falta dele ou alívio de não ter de encará-lo depois dos últimos eventos. Não que se devessem satisfação, porém sabem segredinhos um do outro agora e talvez fosse muito estranho lidar com isso. 
Quando ele apareceu na aula seguinte, algo estava mudado. Você mal foi capaz de lançar olhares em sua direção, deixando que o grupo criasse oportunidades para que o estudante normalmente polêmico participasse da conversa. Seus pensamentos estavam lotados de negação de ciúmes ainda. 
Na maior parte do tempo, entretanto, Donghyuck ficou quieto. Engajou a conversa dos classmates poucas vezes sem sequer interagir brevemente com a professora. O problema era você, definitivamente, você pensou. 
Na verdade, o problema não era você, e sim o fato de que ele está te perdendo para o próprio amigo. À medida que você e Xiaojun se aproximam, mais Haechan te deseja. Ele sabe que está correndo o risco de ser um grandessíssimo filho da puta, mas é impossível evitar a atração.
Ao final do tempo de aula, os outros alunos se despediram ao se retirarem da sala enquanto organizava seus materiais e apagava o quadro. Achou que todos já haviam partido e começou a cantarolar uma música qualquer para acalmar os nervos. Ao girar o corpo para recolher seus pertences, encontrou o motivo do seu estresse bem ali, com os olhos grudados em você. 
“Que susto, Hyuck!” 
Ele sorri de canto porque notou que você o tem chamado pelo apelido mais vezes recentemente. 
“Você…” Limpa a garganta para soar mais firme. “Você tem alguma dúvida?” 
“Tenho.” 
O homem nem se mexe. O silêncio que os abraça pesa por uns instantes enquanto se encaram, ele está te deixando nervosa com esse olhar tão… penetrante. 
“É em relação a aula que você não veio? A gente pode marcar uma aula de apo-.” Para de falar ao ver que ele se levanta e vagarosamente caminha na sua direção. Haechan sabe que não é só ele que fica descompassado ao estarem juntos. 
“Como foi com o Xiaojun?”
Por um momento achou que tinha escutado errado. Processou as palavras e escolheu não acreditar no que ouviu. 
“É o quê?” 
“Como foi com o Xiaojun?” Ele repete. “Vocês foram pra casa dele mesmo?” Ele levanta uma das sobrancelhas e espera a resposta com as mãos nos bolsos. 
A vontade que te deu foi de apontar a grande pachorra que ele teve de perguntar algo tão íntimo e armar um barraco. Tudo tem limites. Sabendo como irritá-lo, porém, apenas devolve na mesma moeda. 
“Como foi com a Karina, sua namoradinha?” Questiona cheia de deboche, comemorando internamente ao reparar que a pergunta o atinge bem onde planejou. 
Ele joga a cabeça para trás e solta um suspiro de falso escárnio, passando os dedos pelos cabelos desgrenhados. Pareciam duas crianças tentando discutir.
“Sabe qual a diferença entre a gente?” Haechan se aproxima um pouco mais, quase tocando seus corpos. “Eu não tenho nada com a Karina, já você e o Dejun…” 
Chega a ser engraçado como as farpas apenas expõem o que realmente querem um do outro, e ainda assim, nem um dos dois compreende o que está acontecendo. Admitir sentimentos é coisa de adulto, alguém avisa?
“Por que isso te incomoda?” Cruza os braços sobre o peito. “O que você tem a ver com isso?” 
O risinho travesso tão familiar teria te irritado mais se ele não tivesse, finalmente, acabado com qualquer distância entre os dois. 
“Você realmente não sabe?” Ele acaricia a ponta do seu nariz com o próprio, você mal consegue respirar. 
Suas pálpebras se fecham, e Hyuck adora te ver assim: tão aberta às suas investidas, como ele sempre imagina. Ele toma coragem para te beijar, então, cerrando os próprios olhos e deixando um selinho molhado nos seus lábios. 
“Ôh, professora, já vai sair?” A voz estridente da moça da limpeza faz com que vocês se separem num estalar de dedos. 
“Vou sim, Eunice.”
Não fosse o som da vassoura já batendo com pressa no chão, os batimentos cardíacos dos dois poderiam ser ouvidos. Os olhos dele estão arregalados, e você ri por quase terem sido pegos. O nó angustiado na garganta do moreno se desfaz em uma risada fraca. Que situação. 
Para não arriscar ainda mais sua pele, Haechan vai embora sem terminar o que começou. Pela primeira vez, no entanto, não vai para casa frustrado, e sim confiante de que suas intenções estão claras agora. 
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Cerveja e vinho, pagodinho ambiente, um jogo de tabuleiro jogado mil vezes — agora esquecido no canto da sala de estar do apartamento de Xiaojun — e um lanche tão grande que o motoboy precisou de ajuda para carregar tudo. A noite de sexta do famoso grupinho, que já está acostumado com a mais nova integrante, é o puro suco da zona norte do Rio de Janeiro — Rildy para os íntimos. 
A diferença deste rolé para a roda de samba no sábado passado é apenas o ambiente, a cara emburrada de Donghyuck se repete. Não só não conseguiu trocar uma palavra contigo hoje, mas também está, novamente, sendo obrigado a assistir os beijos que o amigo te dá. Palhaçada, não desgruda um segundo da boca da menina. 
Não que ele não estaria fazendo o mesmo no lugar de Xiaojun.
Além do mais, a dupla inseparável maluco e doido não param de falar um segundo sequer sobre a vida dos outros, gente que ninguém mais conhece. Hyuck poderia até ser educado igual a Hendery, que sem nenhuma outra alternativa a não ser assistir a pegação alheia, escolheu prestar atenção nas atualizações de Yangyang e Renjun, mas aí não seria ele. 
“Caralho que chatice, hein. Se a prima engravidou da porra do primo, o que vocês tem a ver com isso?” Haechan dá uma golada na long neck — sua quinta já. Nem são onze da noite e o cara já beirou seu limite alcoólico. 
“Ih alá, Yang. Vai deixar?” Hendery acha graça e aproveita a oportunidade para botar um pouco de pilha. Um pouco de ação não mataria ninguém. Pensar desse jeito já rendeu várias discussões sérias, ele não aprende. 
“Começa não, Dery.” Hyuck alfineta. 
“A culpa não é minha que você tá puto.” Yangyang sussurra e aperta os olhos na direção dos dois isolados perto da cozinha. 
“Ainda nessa história? Explica direito.” A curiosidade de Kunhang aguça. 
“Não quero falar sobre isso.” Renjun suspira em pura frustração, apertando os olhos com as próprias mãos. “Ele tá puto porque o Xiaojun tá pegando a professora dele.” 
“Quem dera fosse simples assim. Ele também quer a professora dele.” Liu explica, repreendendo Haechan com um balançar exagerado de cabeça. 
“Ei!” 
“Desculpa, ele quer a amiga da prima do Renjun.” Se corrige após ser repreendido pelo amigo. “Entende a gravidade da situação?” 
“Tá, calma.” Hendery pensa uns segundos. “Há quanto tempo você quer ela?” 
Finalmente alguém disposto a ouvi-lo. 
“Porra, tem MESES.” 
“Mentira! Você vivia reclamando que ela era chata.” Renjun briga, irritado. Seu sussurro gritado chega a ser cômico. 
“Já ouviu falar em tensão sexual?” 
“Então o talarico foi o Dejun? Caralho, que vacilo.” Hendery conclui, beliscando a batata frita fria em cima da mesa de centro. 
“OBRIGADO, porra!” 
Renjun e Yangyang estão desacreditados, como alguém apoia essas coisas? É bater palma para maluco dançar. 
“Ele não sabia!” Yangyang o defende. 
“Do que vocês estão falando?” O próprio assunto pergunta, trazendo você também para a rodinha. 
“De futebol. Eurocopa e tals.” Renjun mente, sendo reafirmado pelos acenos de cabeças dos outros. 
A mentira era óbvia, mas os outros decidiram deixar passar (questionar daria muito trabalho). Logo arrumam outro assunto e a apreensão no ar começa a se dissipar. Não para você e Donghyuck, é claro. 
Desde o selinho que quase foi flagrado, você passou os últimos três dias pensando no que fazer sobre isso. A verdade é que já está completamente perdida na atração para dar para trás; ao mesmo tempo existe, porém, algo que ainda te freia a tomar uma atitude. Seria esse freio o anfitrião? Ou ainda o fato de que ele é seu aluno? Os dois? Não dá para saber, ainda mais com o jeito que ele te olha — é desconcertante.
Hyuck faz zero questão de disfarçar seu interesse, mesmo Xiaojun notou que estão trocando olhares. Ninguém diz nada por respeito ao amigo, mas eles já sabem aonde isso vai dar: Haechan Lee nunca desiste do que quer. 
Dejun escolhe ignorar os sinais, pelo menos por esta noite. Cerveja é pra isso, ele pensa. Eu não preciso pensar nisso agora, uma vozinha tenta o convencer. À medida que ele os amigos foram bebendo, menos ele se incomodou com as palavras não ditas entre você e Donghyuck, e ainda conseguiu se divertir um pouco. 
Ao passar das duas, o álcool já havia vencido os meninos há tempos. Você, sem beber, fez bons registros das pérolas sem pé nem cabeça que eles talvez se esquecessem pela manhã. O problema é que teve de cuidar deles sozinha. 
Yangyang e Renjun já estavam dormindo no sofá e os outros bateram cabeça nas cartas várias vezes, sinal claro que já passou da hora de encerrar as atividades, mas não davam o braço a torcer. 
“Quem perder a próxima rodada vai pagar o uber.” Hendery desafiou, mas nenhum deles tinha disposição para terminar a partida de buraco. 
“Quem chegar no térreo por último vai pagar o uber.” Hyuck retruca, sorrindo orgulhoso do próprio desafio. 
“Eu tô de carro, levo vocês.” Lança a proposta na esperança de que eles aceitem logo. O cansaço já pesa o seu corpo. 
“Tem certeza? Não vai te dar trabalho?” Xiaojun pergunta. 
Cala a boca, Hyuck pensa. Ele já está mais desperto e calculando todos os jeitos de ficar sozinho contigo. Mesmo altinho, sabe bem o que está fazendo. 
“Tenho, eles moram perto de mim. Não é trabalho nenhum.” Reafirma, já recolhendo suas coisas e colocando-as dentro da bolsa novamente, aproveitando para pegar as chaves do carro. 
“Então acorda esses folgados aí, Dery.” 
Kunhang se alonga dramaticamente como se estivesse numa preparação séria. Levanta-se com cautela e, sem coordenação alguma, pula e se joga em cima da dupla dorminhoca, que acorda no susto. 
“Já são sete da manhã, lindinhos. Vamos embora?” 
“QUE HORAS?” Renjun berra no ouvido de Liu, ajudando no processo de tirá-lo do sono. 
“O que tá acontecendo?” A voz preguiçosa do outro mal é ouvida pelos amigos, mas assim que ele repara que está sendo encoxado pelos Huangs, não se contém. “SAI, PORRA! Nem pagam uma janta antes.” 
“Se o síndico me mandar mensagem essa hora da madrugada eu juro que…” 
“Então não são sete da manhã?” Renjun se espreguiça, bufando ao notar o céu ainda escuro. “Como a gente vai embora?” 
“Ela vai dar uma carona pra gente.” Hyuck diz, e seu sorriso não agrada nada ao amigo. 
Ignorando o olhar desconfiado de Huang para Lee, você balança as chaves nas mãos. “Vamos?” 
Dejun desceu com vocês até o carro, deixando um beijo breve nos seus lábios como despedida. Haechan revira os olhos e gira nos calcanhares, indo até a porta do passageiro marcar seu lugar. Sem opção de escolha, os outros três se sentam no banco de trás. 
“Vamos lá! Hendery mora daqui três ruas, né? Renjun e Yangyang perto do Norte Shopping e Hyuck lá no Méier?” Confirma enquanto manobra para sair do condomínio perto do estádio Nilton Santos, ou melhor, Engenhão.   
“Sim.” Hyuck corta os outros. “Acho que é melhor me deixar por último porque aí atravessa o viaduto uma vez só.” 
Desgraçado, Yangyang sussurra para Renjun, que concorda silenciosamente. 
“Faz sentido.” Declara, por fim, fazendo o moreno comemorar em seu interior.  No grupo do trio, eles trocam as seguintes mensagens.
Renjun: eu lavo minhas mãos  Yangyang: vê se n faz merda pf  Hyuck: q bom q vcs são imparciais 
O muxoxo de Huang é tão alto que te preocupa. “Ai, que foi? Entrei na rua errada, Jun?” 
Yangyang o cutuca com o cotovelo, apressando-o para te responder. “Hã?” Ele tenta se lembrar do que você acabou de dizer. “Não, não, tá certo. Agora é só daqui duas direitas.” 
O caminho até que foi rápido — você fez ser. Talvez estivesse curiosa para saber o que os risinhos dele estavam escondendo, talvez também estivesse torcendo para ficarem sozinhos logo. 
Assim que eles saíram do carro, a atmosfera mudou. Hyuck tomou a liberdade de descansar uma das mãos sobre sua coxa, observando sua reação — um suspiro quase imperceptível. O R&B baixinho só melhora tudo, a melodia envolvente provoca a imaginação de Lee. Ele está decidido a não deixar a oportunidade escapar. 
“Você tá com pressa pra chegar em casa?” Ele pergunta com um quê de esperança, vendo que já haviam chegado ao Méier. Você acena que não com a cabeça. “Pensei da gente continuar a festa.” 
“Hyuck…” 
“Qual foi, só conversar um pouquinho.” 
Você vira na rua dele, o prédio fica há apenas alguns metros. 
“Tem vaga pra estacionar?” Você brinca, como se fosse uma condição para que você aceitasse o convite.
Haechan mostra o aplicativo que controla o portão automático já aberto no celular. “Não aceito não como resposta.” 
Maldito. Maldito sorriso vitorioso também. Maldito Donghyuck Lee por mexer tanto com a sua cabeça ao ponto de te convencer a subir ao apartamento dele para conversar. 
Por sinal, a conversa começa no elevador. O porteiro mal teve oportunidade de responder ao boa noite do casal, visto que Hyuck quase correu para dentro do cubículo. Apertou um dos botões, você nem viu o andar. Ao sentir os lábios dele nos seus, apenas fechou os olhos e deixou suas mãos passearem pela nuca alheia, entregando-se completamente. 
Ao mesmo tempo que era tão novo, parecia tão familiar. Os dedos firme de Lee apertam sua cintura com força, mas sem pressa, no mesmo ritmo que te beija. Sua língua envolve a dele como se tivessem todo tempo do mundo. A lentidão dos movimentos não condiz com as batidas aceleradas no peito, a adrenalina corre pelas suas veias, porém não é só isso. É ele, culpa toda dele. 
“Tava doido pra fazer isso.” Ele confessa, e morde seu lábio inferior delicadamente. 
A porta se abre, e vocês caminham entre selinhos leves até a porta do 809. Agora que, finalmente, te beijou, Hyuck não quer perder um segundo sequer longe da sua boca. 
Ele deixa que entre primeiro, você dá alguns passos mais para o centro da sala de estar surpreendentemente organizada. Tem algumas fotos decorando as paredes e um quadro enorme na parede ao seu lado, que prende sua atenção enquanto Haechan tranca a porta. 
O homem absorve sua figura, parece focada na pintura que vê. Devagar, ele caminha na sua direção até chegar bem perto. Não dá para resistir a você. Ele troca os fios do seu cabelo de lugar, deixando uma parte do seu pescoço livre para que ele deixasse os beijos cuidadosos e molhados que ele havia guardado. Cola seus corpos num abraço apertado e sente suas costas se relaxarem.
Você conduz a mão livre do moreno a explorar o seu corpo. As digitais sob as suas afagam sua coxa, sua bunda, seu quadril, abdômen e vão sozinhas até um de seus seios. Ele aperta com carinho, sem deixar de abusar dos beijos ainda. 
“Vem cá.” Você vira seu corpo e o beija outra vez. Agora com mais urgência, muito mais necessitada dos toques dele. 
“Sobe.” Ele pede, te tomando no próprio colo depois que você dá um impulso leve e entrelaça as coxas em seus quadris. 
É sua vez de distribuir beijos pela pele quente de Donghyuck. Ele se concentra, mas suas mordidas no pescoço dele não o ajudam. Ao chegarem no quarto, você é colocada na beirada da cama com muita delicadeza. Ele te admira um momento, mordendo o próprio lábio em antecipação. 
Você o puxa para si novamente, sentindo o peso dele sobre seu corpo, sentindo o volume na bermuda dele arrastar na sua lingerie molhada e exposta pela barra curta do vestido que usa. O atrito não passa despercebido, o suspiro dele te agradou muito. Mais outra vez retomam o beijo, desta vez os quadris se alinham deliciosamente.
“Deixa eu tirar esse vestido?” Foi uma pergunta retórica. 
Você sorri nos lábios do homem. De repente, troca a posição, ficando por cima. Provoca ao remover a peça bem lentamente, a visão o faz estremecer. “Gostosa.” Seus seios nus e a calcinha roçando nele o fazem querer tirar uma foto, parece o paraíso. 
Não dá para acreditar que o otário do Dejun te viu assim, mas que porra. Você é dele. 
Ele se senta e manda a própria camisa para algum canto do cômodo. Você traça os músculos tonificados com a unha, Hyuck adora a expressão no seu rosto ao vê-lo um pouco mais exposto. Ele beija sua clavícula e traça um caminho molhado até seus peitos, brincando com eles como bem entende. Usa os dedos para beliscar um e a língua para estimular o outro. Ele geme no processo ao sentir o ritmo das suas reboladas mudarem. 
“Duvido que sua namoradinha faz você ficar assim tão rápido.” Nem deu tempo de reprimir as palavras, quando viu, já foi. 
Algo incendiou em Donghyuck quando te ouviu falar assim. Não era só ironia, tinha algo possessivo. Ainda mais com as suas unhas apertando os ombros dele sem pena de marcar. Que bom que ele não era o único. 
“Não faz, só você.” Ele responde submisso. Está irreconhecível, longe de ser aquele Donghyuck cuja missão de vida era te irritar. Aqui, agora, ele quer ser seu, realizar os seus desejos. 
Você sai do colo dele e tira as últimas peças que ainda o cobriam. O membro rijo e babado te dá água na boca, e Hyuck sente de novo uma onda de prazer percorrer seu corpo apenas pelo seu olhar nele. Ele aproveita para acariciar o interior da sua coxa e subir até sentir sua umidade. 
“Porra.” Ele geme, movendo a renda para o lado e lambuzando dois dedos nos seus fluidos. “Tá molhadinha, toda pra mim.” 
“Hyuck…” Joga a cabeça para trás e sua pelve se move para frente. “Mais, amor, por favor.” 
Haechan se livra de sua última peça de roupa com pressa e se senta bem embaixo das suas pernas entreabertas. “Senta, vem.”
Você reluta um instante. Ponto pra mim, ele pensa. 
“Senta na minha cara, amor.”  
“Mas não vai te-” 
“Vem.” 
Ele queria mesmo ser sufocado pela sua buceta, não poderia ligar menos de ficar sem respirar se fosse para te excitar ao ponto de escorrer pelo próprio rosto.
Hyuck começa devagar, ouvindo seus gemidos e deixando que seus sons o guiem. Lambe seu pontinho inchado na direção que te faz espremer as coxas ao redor do pescoço dele. 
O tapa que estala na sua bunda, seguido de um aperto forte, te faz ver estrelas e melar mais ainda a boca gostosa do moreno que te engole inteira. Você sente os olhos revirarem pelo prazer quando ele encontra justamente o ponto que te tira do eixo. O nome de Lee sai de seus lábios repetidas vezes, ao passo que sua respiração desregula, seus dedos do pés travam, e você goza na língua do homem. Todo o seu corpo pulsa rápido, ainda mais errática lá embaixo, deixando-o orgulhoso do próprio trabalho.
Haechan deixa que você se recupere, te deitando sobre a cama. Você captura seus lábios, e ele se derrete no contato. Uma de suas mãos dá a atenção que o pau carecia, e ouve-o arfar em satisfação. O moreno está entorpecido na sensação de tê-la assim tão perto, algo que antes não passava de um devaneio. A quantidade de coisas que deseja, cheio de tesão, não está escrito. Mas ele tem paciência, qualquer coisa que você der, ele aceita. 
Não contava, entretanto, que você mesma já estava impaciente. 
“Vai me comer, Hyuck?” Sua voz diz, muito mais num tom de comando do que curioso. 
“Fala que quer meu pau, gostosa. Eu faço o que você quiser.” 
“Me fode, amor. Por favor, me fode.” 
Irresístivel um pedido assim. Ele admira seu corpo despido como um enfeitiçado. Alinha o pau na sua entrada, brincando com seu gozo e provocando com a cabecinha. Porém, não aguenta muito tempo. Logo escorrega a extensão inteira sem dificuldade alguma. Enterra o rosto na curva do seu pescoço para não se deixar levar pela sensação. 
“Caralho. Muito apertada.” 
Então você comprime o canal de propósito, Hyuck suspira alto e agarra o lençol com os nós brancos das mãos. 
“Gata, porra! Caralho, faz de novo.” Ele pede, começando os movimentos, bem lentinho. Você atende ao pedido, e ele geme sem pudor. “Que buceta gostosa, puta merda.” 
“Vai, amor. Me come, assim.” Pede, entregue novamente. 
O vai e vem de Lee aumenta aos poucos, os barulhos de pele na pele preenche o quarto junto com os gemidos e os elogios do moreno. A melhor buceta que já comi, ele confessa sem pensar. Você é só minha, se convence. 
Ele nunca havia se sentido assim, tão focado e tão fora de si ao mesmo tempo, tão vivo. Não dá para saber se era porque havia a tensão e o desejo de meses acumulados, mas nunca esteve tão eufórico, não sabia que era possível querer tanto ao ponto de arrepiar dos pés a cabeça e questionar que porra de conexão é essa que só de te olhar ele se sente perto do ápice. 
“Goza pra mim, Hyuck.” Passa o polegar sobre os lábios avermelhados dele. “Goza dentro, me faz sua.” 
Finalmente, ele se desfaz, despejando os jatos grossos no seu canal. A euforia o percorre por inteiro e o faz perder a cabeça um momento. A porra escorre até o branco do lençol, faz uma bagunça. Ele não se importa. 
Você o abraça até que se acalme, e Haechan aproveita, sente o cheiro da sua pele, processa os últimos acontecimentos. Se for chamado de filho da puta pelos amigos pelo resto da vida em troca de te ter, foda-se, ele está mais do que disposto a aceitar. 
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lovesuhng · 5 months ago
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"vocês são um casal?"
w.c: 1.1k fluff, friends to lovers, fake dating n.a: eu já tinha postado essa história em inglês, mas repostei em português e com algumas pequenas alterações, espero que gostem.
Você e seu melhor amigo Johnny andavam pelas ruas caóticas da cidade de São Paulo. Era um dos dias que vocês se encontravam para conversar sobre a semana caótica nos respectivos trabalhos. Tinham acabado de sair de uma cafeteria, rindo que algo que seu amigo havia dito, você segurando seu bom latte (ou o famoso café com bastante leite), Johnny o seu tradicional americano em mãos. Depois de andarem por um tempo, perceberam que um homem estava andando na direção de vocês segurando uma pequena câmera nas mãos.
“Acho que aquele cara tá vindo pra cá e acho que ele tá gravando um tiktok ou algo do tipo”. Você era do tipo mais reservada e envergonhada, já Johnny era o seu oposto, a própria definição de uma pessoa carismática, que não tinha vergonha de nada.
“Não se preocupe. Se ele quiser gravar algo, eu falo.”
Assim que o homem se aproximou, perguntou: “Desculpa, mas vocês são um casal?”
“Nã-” “Sim!” Johnny te interrompeu antes que pudesse completar a frase, o que fez você jogar um olhar confuso para ele, que apenas lhe deu uma piscadinha.
“Vocês poderiam falar a história de como vocês se conheceram?”
“Ah, é uma história engraçada, não é amor?” No momento que você escutou Johnny te chamando de amor, seu coração ficou quentinho. Johnny apenas olhou pra você, que concordou prontamente.
“A gente se conheceu no ensino fundamental, ela tinha acabado de mudar de escola e, no primeiro dia, ela caiu na minha frente”. Todos riram, inclusive você que tinha lembrado da cena. “Desde esse dia não nos separamos. Fomos ao baile da escola juntos, estudamos na mesma universidade…”
“E agora sou professora de história e ele é um fotógrafo”. Foi a primeira vez que você falou uma frase completa desde que aquele pequeno teatro tinha começado. Johnny te lançou um sorrisinho.
“E quando vocês começaram a namorar?” 
“No primeiro ano de universidade, ela não conseguiu resistir aos meus charmes”. Os dois homens riram e você decidiu provocar um pouquinho.
“O que dizem ‘eu me apaixonei primeiro, mas ele se apaixonou perdidamente’, depois disso, ele implorou para ir em um encontro comigo, né amor?” Você apertou as bochechas e usou o apelido no mesmo tom que ele tinha usado anteriormente. 
“A gente consegue ver como vocês são próximos, ainda parecem ser bons amigos! Mas, sério, quando você percebeu que estava apaixonado por ela?” O homem perguntou para Johnny.
“Ah, me lembro perfeitamente desse momento. Um dia a gente tava estudando para algumas provas da universidade e começou a chover, ela disse que o sonho dela era dançar na chuva, então saímos do dormitório e dançamos sem música na chuva! Ela estava tão feliz, tão radiante. Pode soar cliche, mas pareceu que tudo aconteceu em câmera lenta. Então, ela me abraçou e pensei que meu coração iria sair pela boca.”
Johnny terminou de falar e deu uma risadinha. Aquele dia realmente tinha acontecido. Você estava tentando controlar seu coração, que batia cada vez mais rápido. Por um segundo, você achou que ele estava sendo sincero, que ele realmente estava apaixonado por você. Então, o homem te fez a mesma pergunta e você respondeu: 
“Johnny jogava vôlei no ensino médio. Era a última partida que ele iria jogar pela escola, ele fez o ponto da partida e, quando foi comemorar, ele me procurou na arquibancada e sorriu pra mim. Foi ali que percebi que gostava dele de outro jeito.
Sua resposta foi sincera, porque foi realmente naquele dia que você percebeu que estava apaixonada pelo seu melhor amigo e também que você estava fodida, porque não queria estragar tudo com ele.
“E o que você mais gosta nela?”
“Tantas coisas…” Johnny pensou por alguns segundos. “Ah cara, não consigo pensar em uma coisa só! Ela é incrivel, dedicada, carinhosa, ela é tudo pra mim”. Mesmo que envergonhada, riu do jeito empolgado (pra não dizer, apaixonado) que ele falava sobre você, deixando Johnny com um sorriso enorme no rosto.
O homem te perguntou a mesma pergunta e olhando diretamente nos olhos de Johnny, que esperava ansiosamente pela resposta, você disse da maneira mais sincera possivel:
“Ele é muito otimista, positivo, ele sempre me deixa feliz em qualquer situação. O abraço dele é tão quentinho! E claro, os olhos dele, que me passam uma segurança, que são a minha coisa favorita nele e que me deixam ainda mais apaixonada”
Johnny estava surpreso com a sua resposta e também sentiu o seu coração bater mais rápido. O brilho que estava em seus olhos enquanto você falava sobre ele também fez Johnny pensar que você estava apaixonada, mas um amigo poderia falar aquelas coisas sobre outro amigo, não é?
Fazia muito tempo que você não via seu amigo ficar envergonhado, Johnny era muito confiante e geralmente era ele quem te deixava sem graça.
“Parece que alguém ficou com vergonha aqui…” O homem disse para descontrair um pouco. “Quais são os seus nomes?”
“Johnny”
“__”
“Obrigado por terem compartilhado um pouco da história de vocês com a gente. Qualquer um pode ver o quanto vocês se amam.”
Depois de terem se despedido do homem, vocês decidiram andar em um parque que tinha ali por perto. Johnny percebeu que você estava um pouco diferente. As palavras de Johnny, mesmo que fossem parte de uma mentira, mexeram muito com o seu coração.
“Tá tudo bem, __?”
“Hã? Sim, tá tudo bem. A gente fingiu bem, né?” Você disse dando um soquinho no braço do homem. “Quase acreditei que você tinha se apaixonado por mim”.
“Mas eu me apaixonei por você.” Johnny disse baixo, mas o suficiente para você ouvir e parar imediatamente de andar. “O que?”
“Não menti quando falei com aquele cara.” Ele tomou a sua mão que não estava ocupada com o café, que a aquela altura já estava frio. Naquele momento, você sentiu que a mão de Johnny foi feita especialmente para segurar a sua e não pode deixar de ficar nervosa. “Desde aquele dia que dançamos na chuva, tudo mudou. Te ver alegre, me deixa alegre e desde então, eu queria ser o motivo da sua alegria. Você é a pessoa mais importante da minha vida, mas não fala isso pra minha mãe” Ele disse essa última frase em um sussurro e você sorriu. “Tá vendo!? Amo ver esse sorriso, amo te fazer sorrir e quero te amar sempre. Você deve está confusa e tá tudo bem! Eu também estaria, mas não posso esconder mais esse sentim-” Johnny foi interrompido pelo seus lábios nos dele, em um selinho rápido, mas cheio de significado.
“Não tô confusa porque o que eu falei para ele também era verdade. Eu tô apaixonada por você também, idiota!”
“Então, você se apaixonou primeiro?”
“Talvez” Você deu uma risadinha envergonhada “e você se apaixonou perdidamente por mim?”
“Talvez… mas vou ter que implorar para te levar para um encontro?”
Você negou e completou: “Tudo que você precisa é me beijar agora.”
Então, Johnny te beijou. Foi um beijo esperado pelos dois, repleto de amor e de cumplicidade.
“Hm… você tem gosto de café com leite.” Johnny disse, sorrindo no meio do beijo.
“Cala a boca, John!”
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idollete · 8 months ago
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diva infelizmente pensei em mais um. I HATE PERÍODO FÉRTIL ALL MY HOMIES HATE PERÍODO FÉRTIL!!!!
a leitora ensinando inglês pro enzo e ele todo sacaninha fala assim “nossa, sempre tive a curiosidade de como é comer uma professora” …. 💭 os piripaques
WNSONXWOSNAOSJ ESSE É UM TÓPICO SENSÍVEL.
penso que o enzo pediria pra ela ensinar umas obscenidades pra ela também, com a desculpa de que queria aprender de tudo porque é importante pro currículo dele enquanto ator. mas aí no dia seguinte ele aparece surrando tudo aquilo (e outras coisas que pesquisou no tradutor de cambridge pq ele não confia no google tradutor) no pé do ouvido dela, com aquele sotaque SABOROSÍSSIMO de latino, e ainda vai perguntar, todo cínico, "fiz direitinho, nena?"
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lollopunk · 2 months ago
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Sobre mim!
Como estou começando esse blog agora acho que o melhor antes de falar do meu trabalho, dia a dia e referencias é bom falar de mim pra você me conhecer melhor. ★ Nasci dia 25 de julho de 2002; ★ Quando criança queria ser veterinária; ★ Cursei informática no ensino médio técnico; ★ Estou terminando minha primeira faculdade que é design gráfico;
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Meus jogos favoritos são
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Coisas que eu gosto
★ Desenhar; ★ Modelagem 3D; ★ Fazer escultura com clay ou argila seca; ★ Cantar (fã numero 1 do karaokê do bairro); ★ Animações; ★ Livros de concept art; ★ Moda e styling; ★ Ouvir música; ★ Kibe de forno da minha mãe;
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Música!!>>
Eu tenho muitas playlists está sendo difícil escolher uma pra compartilhar aqui então vou deixar algumas das coisas que estou ouvindo atualmente.
Esse álbum um amigo me mostrou esses dias e bateu muito com o que eu tenho ouvido achei mto bom.
O que nos leva pra essa playlist minha, se você gostou de algum desses artistas ai em cima ouve isso aqui!!
Animações favoritas!!!
isso é muito difícil. Sempre tive dificuldade em escolher o meu "favorito" quando criança eu dizia que gostava muito do amarelo, mas também do roxo, e do preto.... e o vermelho também é bonito, eu desistia e falava que gostava da "cor arco íris". Sinceramente nada mudou. Então podem não ser minhas animações favoritas mas são as que eu lembrei e gostei muito, vou deixar aqui por que (de acordo comigo) valem a pena de serem vistas.
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Sobre filmes....
Também adoro filmes vou deixar algumas recomendações pra vocês E meu letterboxd (talvez eu de 5 estrelas pra tudo).
Festim Diabólico (ou Rope em inglês) 1948 ‧ Thriller/Crime ‧ 1h 23m
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Depois de Horas (After Hours) 1985 ‧ Comédia/Thriller ‧ 1h 37m
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Entrevista com o Vampiro 1994 ‧ Terror/Fantasia ‧ 2h 3m
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Deathgasm 2015 ‧ Terror/Comédia ‧ 1h 30m
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O Estranho Mundo de Jack (The Nightmare Before Christmas) 1993 ‧ Infantil/Musical ‧ 1h 16m
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Efeito Borboleta (The Butterfly Effect) 2004 ‧ Thriller/Ficção científica ‧ 1h 53m
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Donnie Darko 2001 ‧ Thriller/Ficção científica ‧ 1h 53m
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Sussurros do Coração (Mimi wo Sumaseba) 1995 ‧ Infantil/Romance ‧ 1h 55m
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La La Land: Cantando Estações 2016 ‧ Musical/Romance ‧ 2h 8m
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Tem de tudo ai, qualquer dia posso trazer um post só sobre filmes, assim como posso trazer só sobre música, isso por que nem falei sobre os artistas nem os livros que eu gosto. Conteúdo não vai faltar...
Sei que vocês não estão de mãos vazias depois de tantas recomendações mas vou deixar esse livro aqui!! Uma professora citou ele numa aula e eu gostei muito, emprestei pra tantas pessoas que hoje nem sei mais onde ele está mas com certeza vale a pena ser lido.
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Por que estou falando dele agora? O que eu trouxe nesse post foram algumas das minhas referências, das mídias que eu consumo e é muito importante ter referencias e consumir coisas de vários lugares diferentes, ouve uma musica que você nunca ouviu da uma chance pra um filme que não tem nada a ver com você, mesmo que você pessoalmente não goste talvez algum dia ele venha a sua cabeça como uma referencia! e até pra falar mal antes a gente precisa conhecer é muito bom falar mal com repertório hehe.
Algo que eu também indico é buscar as inspirações das suas inspirações!! da onde aquele artista que você tanto admira tira as ideias dele? o que ele assiste? em quem ele se inspira? e isso serve tanto pra arte, quanto pra música, quanto pra cinema..
Bom, vou ficando por aqui eu gostei muito de escrever esse post mas tenho um mal de artista (ou de tdah não diagnosticado vai saber) de começar muitas coisas e não terminar nem 20%, se eu continuar postando você vai ficar sabendo!
★ ★ ★
Obrigado por chegar até aqui, sinta se a vontade pra deixar suas referencias nos comentários também e tchaauu
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hellisindetail · 3 months ago
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Helena Heburn: family tree
Apolo: Deus do sol, da medicina, das artes e das profecias, avô de Helena (Neels Visser) Macária: Deusa da boa morte, mãe divina de Helena (Astrid Berges-Frisbey) Florence Faraday: Semideusa filha de Apolo, mãe mortal de Helena (Katie Mcgrath) Travis Hepburn: Gerente de banco, pai adotivo de Helena (Javier Barden) Theresa Hepburn: Professora de inglês, mãe adotiva de Helena (Viola Davis)
Helena culpa seu avô, Apolo, por seu estranho dom de profecia; quem iria querer ser capaz de prever sua própria morte? Nunca teve contato com ele, já que descobriu a verdade sobre suas origens divinas pouco antes dele desaparecer. Não sabe quase nada sobre sua mãe biológica, Florence; só descobriu que ela era filha de Apolo quando chegou ao Acampamento e Quíron lhe contou a verdade. Sabe muito pouco sobre ela, e bem que gostaria de saber mais. Sonhou a vida inteira com sua mãe divina, Macária, e apesar de não saber a verdade sobre ela, sempre a teve como uma presença reconfortante e amorosa; quando descobriu que ela era sua mãe, o fato simplesmente fez sentido. Quanto aos seus pais adotivos Travis e Theresa, sempre teve muito carinho e gratidão pelos dois, mas tinha muito medo de decepcioná-los, por isso escondeu toda a sua personalidade deles. De qualquer forma, sente muito a falta dos dois.
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shield-o-futuro · 2 months ago
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🌐👾 🏢 Anya
🌐 Quais idiomas que você fala e/ou está aprendendo? Em quais você é fluente?
"Sou fluente em russo e inglês, se bem que as vezes eu ainda tenho um pouquinho de dificuldade de entender ou falar muito rápido algumas coisas. E eu estou tentando aprender ASL com a Scarlly."
👾 Você acredita em alienígenas?
"Ainda é um pouco estranho dizer isso em voz alta, mas eu sou amiga de alguns alienígenas. O meu melhor amigo é um, então sim."
🏢 Qual é seu trabalho ou trabalho dos sonhos?
"Eu trabalho na loja da minha família no momento, mas meu emprego dos sonhos é ser professora."
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hellersdarcy · 10 months ago
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ANYA CHALOTRA? Não! É apenas DARCY HELLER, ela é filha de THANATOS do chalé 22 e tem 24 ANOS. A TV Hefesto informa no guia de programação que ela está no NÍVEL II por estar no Acampamento há DEZ ANOS, sabia? E se lá estiver certo, LADY DARCY é bastante DETERMINADA  mas também dizem que ela é ESNOBE. Mas você sabe como Hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
PODERES
Guardiões espirituais. Devido a sua conexão com a morte, Darcy pode conjurar espíritos que são capazes de absorver parte do dano causado por ataques de monstros. Cada espírito consegue absorver uma certa quantidade de dano, desaparecendo após quando esse limite é atingido.
HABILIDADES
Vigor sobre-humano
Durabilidade sobre-humana.
ARMA
Uma foice chamada Reaper com a lâmina feita de ferro estígio. O bastão é feito de uma madeira escura com pequenas pedras preciosas incrustadas, ali colocadas pela própria Darcy.
BIOGRAFIA
Raj Anand era um famoso joalheiro indiano. Ainda que reconhecido internacionalmente por seu trabalho extremamente delicado e sofisticado, o fato de ele e sua esposa terem treze filhas e nenhum herdeiro para assumir a joalheira quando ele se fosse era uma grande fonte de frustração para o homem. Algumas de suas filhas demonstraram interesse em aprender o ofício do pai, mas ele jamais as deu muita atenção, preferindo casá-las com o primeiro pretendente que oferecesse um dote decente.
Anjali era uma das filhas mais novas e a mais interessada no trabalho do pai. Mesmo sendo ignorada diariamente pelo homem, adorava o observar enquanto trabalhava. Aproveitando-se dos restos e descartes, Anjali começou a se aventurar e fazer as próprias peças. No entanto, não importava o quão perfeito seu trabalho fosse, jamais seria o suficiente para Raj.
Julian Heller era um rico jovem inglês, apaixonado por viagens. Numa visita a joalheria da família Anand em busca de uma lembrança para sua mãe, conheceu Anjali. Julian buscava algo especial, na esperança que o presente adequado fosse suficiente para que ela deixasse de lado o assunto casamento. A joia escolhida por Julian? Uma das poucas que foi feita pela própria Anjali. Durante sua estadia no país, o inglês visitou a joalheria diversas vezes, uma amizade nascendo entre os dois jovens ao ponto de Raj enxergar ali uma possibilidade. A família do rapaz queria que ele arranjasse uma esposa, Raj tinha uma filha disponível.
Julian fora pego de surpresa pela proposta e pediu para conversar com Anjali a respeito. Em uma conversa desajeitada entre pessoas que estavam destinadas a ser apenas amigas, revelações foram feitas: Julian evitava o assunto casamento porque não possuía interesse algum na figura feminina; já Anjali, só buscava uma oportunidade para que suas habilidades fossem reconhecidas por alguém que as valorizasse. Nascia ali uma parceria. Um casamento de fachada suficiente para acalmar a família Heller e alguém disposto a investir no trabalho manual de Anjali. Julian retornou para a Inglaterra com uma esposa e um plano de negócios.
Inevitavelmente, o trabalho com pedras preciosas e joias de Anjali acabou chamando a atenção de Hades e os dois acabaram vivendo um breve relacionamento que resultou no nascimento de Evelyn Heller. Julian tinha total conhecimento sobre o caso entre sua esposa e o deus, ele mesmo sendo livre para continuar seu relacionamento romântico com o melhor amigo da época de Eton, Charles. Era uma dinâmica familiar não convencional, mas que funcionava para todos os envolvidos. Julian e Charles cuidando da parte financeira da joalheria enquanto Anjali era livre para focar em sua arte, os três criando uma pequena semideusa com bastante amor.
Ainda criança, Evelyn chamou a atenção de seu anjo da guarda. Uma figura misteriosa de asas escuras que sempre aparecia em situações um tanto fora do comum, como no dia em que ninguém percebeu que sua professora de idosa de inglês havia sido substituída por uma bela moça que deixava rastros de água salgada por onde andava e Evelyn parecia ter sido a única pessoa a notar tal fato. A criatura pedira para conversar com Evelyn após o fim da aula e antes que a filha de Hades pudesse ser devorada, asas surgiram em sua frente como um escudo e a nova professora explodiu numa poça da água salgada quando a foice do anjo entrou em contato com sua pele.
Evelyn sempre soube que o homem que chamava de pai não era seu parente de sangue, porém, jamais imaginaria que seu pai biológico era um deus grego. Após um ataque que seu anjo da guarda não fora capaz de impedir, Evelyn passou a passar as férias no acampamento meio-sangue. Mesmo sendo uma filha de um dos três grandes, monstros não eram uma experiência tão frequente graças ao seu anjo da guarda sombrio. Em seus estudos no acampamento, Evelyn descobriu a identidade da figura que agia como seu protetor: ninguém menos que Tânatos, a própria personificação da morte.
Enquanto muitos enxergam Tânatos como um anjo da morte, para Evelyn, a visão das asas escuras era um conforto, seu anjo da guarda particular. Apesar dessa conexão entre eles, o relacionamento jamais se tornou romântico, se tratando apenas de uma grande afeição platônica. Quando Evelyn e sua esposa, Florence, com seus quase trinta anos, começaram a buscar clínicas de fertilidade no intuito de expandir a família, Tânatos veio com uma proposta de ser o pai da criança: um presente para a mulher que protegeu por tantos anos.
Evelyn, com sua experiência como semideusa, sabia que não era o tipo de presente a ser recusado. Imortais não gostavam quando suas oferendas não eram bem-vindas, e não é como se os monstros que a criança atrairia fosse se tornar um problema, já que Evelyn sabia muito bem usar sua espada de ferro estígio.
E foi assim que Darcy Heller veio ao mundo, neta de Hades e filha de Tânatos, mimada pelos três avós maternos e por suas mães. Uma criança que sempre teve não apenas do bom e do melhor, mas também do luxo. Frequentava as melhores escolas da Inglaterra e mesmo com as dificuldades causadas pela dislexia e tdah, o dinheiro de sua família garantia o tratamento especial dos professores.
Mas a situação ficou mais complicada quando o motorista particular da pré-adolescente de nariz empinado revelou ser um monstro. A sorte foi o ataque ter acontecido quando Evelyn estava por perto. Entretanto, a filha de Hades não havia sido rápida o suficiente para impedir que sua filha saísse ferida, pois fora a primeira vez que seu anjo da guarda não apareceu em seu resgate. As regras do Olimpo eram claras: deuses não podiam interferir demais na vida de seus filhos semideuses. A proteção de seu anjo da guarda não se estendia à sua filha.
Darcy não lidou bem com a notícia de que deveria passar ao menos as férias no acampamento meio-sangue para aprender a se defender. Seus amigos da escola passavam as férias de verão nas praias do mediterrâneo ou visitando parques temáticos nos Estados Unidos, e ela estava sendo forçada a passá-las num acampamento xexelento. Não era a sua ideia de férias divertidas.
Durante a adolescência, Darcy frequentou o acampamento por pura obrigação, sempre reclamando dos mosquitos, da lama e de qualquer outra inconveniência, estancando no segundo nível de treinamento. Completar a idade em que sua presença não era mais necessária no acampamento foi um grande alívio.
A conexão de Darcy com seu lado divino é um tanto frágil. Sim, ela é capaz de invocar espíritos em batalha e muitas pessoas sentem um desconforto em sua presença, mas fora isso, sente que é capaz de viver uma vida normal.  Isso é, uma vida normal para a herdeira do império de jóias construído por seus avós. Sua relação com Tânatos é conturbada pois não acha justo ele poder proteger sua mãe mas não poder fazer o mesmo com a própria filha. Quando perguntada a respeito de seu pai biológico, Darcy se refere ao deus como “doador de esperma” e que tem duas mães que a amam muito e isso era o suficiente.
Após terminar o ensino médio e estar livre do acampamento, Darcy não fez nenhuma faculdade. Ao invés disso, se tornou aprendiz de Anjali como designer de joias, trazendo um ar mais moderno. A parceria entre neta e avó gerou uma coleção que combinava tradição e ousadia, sendo um grande sucesso.
E quando tudo parecia estar finalmente dando certo, mãe e filha receberam a mensagem de Dionísio: “voltem para o acampamento ou morram.” Evelyn e Darcy discutiram naquela noite. Ambas haviam sido convocadas, mas por que apenas Darcy estava indo para os Estados Unidos? Evelyn argumentou que tinha a proteção de Tânatos e Darcy, mesmo com seus anos de treinamento não era a melhor guerreira. A contragosto, a mais nova embarcou para Nova York, um pouco arrependida das palavras horríveis que disse para uma de suas mães, mas com um rancor ainda maior por Tânatos e pelos deuses no geral.
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imninahchan · 3 months ago
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nina meu deus você é professora de inglês? CHOCADAAAAAAAAAA!
senti um orgulho muito decolonial agr
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aphroditelovesu · 7 months ago
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(Eu realmente estou com vergonha) Isso não é um pedido, eu apenas queria, se não for um incomodo, saber se você tem alguma dica para quem pensa em começar a escrever aqui no Tumblr. Muito obrigado por ler isso, eu entendo se você não quiser responder❤️ Sua escrita é ótima e muito criativa. Um grande beijo diretamente do Ceará, Brasileiros unidos sempre ^⁠^
Não precisa sentir vergonha, anon! Na verdade, eu fico honrada em você ter me perguntado isso! Sério, fico muito feliz! ❤️🥰
Eu escrevo aqui há quase 2 anos e se tem uma coisa que eu aprendi é: escreva da sua maneira e seja feliz. Se outros não gostarem, bem, é problemas deles.
Se você planeja escrever em inglês, não tenha medo de cometer erros, faz parte e é errando que se aprende, né? Quando eu comecei, confesso que não tinha muito prática no inglês e as vezes quando eu não lembrava uma palavra eu usava o tradutor e está tudo bem, isso me ajudou a evoluir!
Sobre a questão da escrita, depende de como você prefere. Eu gosto de escrever na terceira pessoa do discurso mas se você prefere em primeira pessoa, vai fundo! Não tenha medo de soltar sua criatividade e respeitar os seus limites. As vezes não temos vontade de escrever ou um bloqueio criativo e isso é normal.
Eu gosto de detalhar o máximo possível mas sem ficar uma escrita muito poluída, sabe? Mas isso é um gosto meu, se você gosta de detalhar até os mínimos detalhes, vá em frente. Eu também gosto de pesquisar palavras novas para escrever para não ficar repetindo muito às mesmas palavras. Uma dica de uma professora que nunca esqueci. Para ajudar a compreender a personalidade de um personagem que eu não tenho tanta afinidade, eu também costumo pesquisar pois isso ajuda na hora de escrever sobre ele.
E por último, mas não menos importante, uma coisa que sempre me ajudou é escrever escutando música. Eu não funciona sem música e as vezes dependendo da música até mesmo me inspira mais, então o que eu digo é: use de músicas para se inspirar, sinta a vibe e escreva!
Eu espero que isso tenha te ajudado, anon! Se tiver mais dúvidas, sinta-se a vontade para mandá-las! Um grande beijo de São Paulo para você! ❤️
Brasileiro sempre unidos! 🇧🇷
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um-garoto-chamado-yuri · 6 months ago
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Acho que tive uma crise de ansiedade
Hoje eu senti uma coisa muito estranha...
Quase não fui pra escola hoje, chorei quase a noite inteira no colo da minha mãe e nem consegui dormir direito. Não conseguia parar de pensar no que aconteceu ontem.
Quando cheguei na escola falei com poucas pessoas e fiz as lições do dia. Mas... de repente bateu uma vontade de chorar de novo, mesmo tentando segurar. Algumas pessoas na sala perceberam, mas corri direto para o banheiro feminino (com permissão da professora de física, obviamente).
Me tranquei numa das cabines e fiquei surtado. Ouvi a porta do banheiro fechar e tentei me reerguer para lavar o rosto.
Eu saí da cabine e me deparei com uma menina da minha sala que pouco falava. Foi então que desabafei (mas gaguejando) tudo pra ela sobre o que estava acontecendo, e o que estava sentindo, recebendo uma resposta confortante: "Que menina sem noção!".
Fiquei lá ainda por uns minutos, fazendo com que perdesse alguns minutos da aula de inglês (poxa vida, justo a aula de uma das minhas professoras favoritas).
Eu comecei a tremer muito, da cabeça aos pés, mas sabia que não era frio. Comecei a respirar ofegante, como se tivesse feito um treino pesado. Foi tão confuso, mas mesmo assim voltei pra sala.
Minha professora me ajudou fazendo massagem na minha mão e tentando me animar com suas piadas (acho que deu certo...), mas continuei tremendo por uns 7 minutos. E... bateu um enjôo numa hora que pensei que ia vomitar.
Mas, depois disso, fiquei melhor. Fui lanchar junto com o Kai, o Castiel e outros amigos que fiz esse ano. Agora estou um pouco mais tranquilo, mas não consigo tirar da cabeça que provavelmente tive crise de ansiedade por conta do que aconteceu ontem.
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maodedefunto · 24 days ago
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A mancha do amor
Autora: Mão de Defunto
#‼️Esta narrativa possui conteúdo sexual explícito, além de abordar o luto# ‼️
“Pensa-se que é mais belo amar abertamente que em surdina”- Banquete, Platão
Eu tinha esquecido a existência deste caderno, e por essa razão faço dele meu diário de confissões. Contudo, não são confissões de alma ou espírito, mas sim confissões carnais… “Carnal” é uma palavra bem bonita, bem saborosa ao meu paladar, mas também tenho certeza de que o toque do erótico é necessário para que a vida humana possa, de fato, ser bela.
Encontrei este caderno, nunca usado e tão antigo (da minha época de adolescente), entre todas as minhas velhas cartas trocadas com meu falecido marido, H.G. Bom… sinto falta da presença dele, do toque dele; e, de certa forma, tenho pensado… muito. Muitos pensamentos e pouca criatividade, muita alma, pouca carne… Muito choro, pouca alegria. Assim tenho vivido meus dias: nada me move, nada me muda. Os dias passam devagar, e a casa agita-se com coisas desinteressantes, mas a noite passa rápida, comprimida, fria. Eu? Bem… eu não consigo fazer nada, apenas me sinto refém da efemeridade da vida.
Na verdade… nos últimos dois meses, ou melhor, desde a morte de H.G., deixei de sentir prazer no ordinário, no extraordinário, da vida humana: no mérito, na família, na amizade, na igreja, na cama. Talvez… esse seja o princípio de uma depressão. Mas não. Eu ainda sonho, ainda desejo. E o que mais desejo é sentir, novamente, o toque do meu marido no meu corpo… novamente.
Como posso dizer? Ao longo da minha vida, sempre tive uma imensa curiosidade pelo meu próprio corpo, mas algo no sexo masculino sempre me chamava a atenção… Como fui criada por uma família tradicionalmente cristã, era natural que eu estudasse em uma escola só de meninas, mas isso não foi o suficiente para me impedir de descobrir o prazer carnal… Afinal, eu tinha apenas 14 anos. Em 1975, ao encontrar O Crime do Padre Amaro, tudo ali se tornava uma novidade. Apesar da denúncia do abuso da religiosidade, lembro do que era mais excitante: o silêncio daquela noite de pecado, e não ser pega folheando o que não deveria folhear. Regras foram criadas para reprimir a natureza ruim do ser humano, ou foram criadas para termos o que desafiar?
Apesar disso tudo… foi com 18 anos que as coisas começaram a fazer sentido, não só no sentido de complexibilidade sociológica, mas também no sentido sensorial. Meus pais contrataram professoras de francês e inglês para mim, para meus irmãos. E isso foi uma grande benção de modo que eu me apaixonei por Georges Bataille, e sua grande obra prima: Histoire de l'œil. As primeiras páginas… eram o suficiente, eu sei que aquela era apenas a minha leitura favorita, e também a do meu amado marido. E então… em 1979 achei um exemplar em um pequeno sebo de literaturas francófonas. Cheguei em casa num horário que ninguém estava; logo, comecei a leitura sentada no meu quarto, vestida de saia longa até os tornozelos, e o meu cabelo rebelava-se contra uma tentativa de trança.
Conforme as páginas deslizavam pelos meus dedos, pude sentir meu coração acelerar, e o líquido íntimo escorrendo para minha roupa mais íntima. Mas por um momento já não conseguia me segurar… por essa razão, lembro, que corri para o banheiro do meu quarto. Tranquei a porta. Ajoelhei-me no chão, empinei as minhas nádegas para cima, a saia dificultou um pouco os meus dedos de chegarem lá embaixo… aquele lugar do meu corpo que estava extremamente viscoso e quente… quente… acho que essa é uma das minhas memórias das quais mais senti calor. Não conseguia gemer de tanto medo que sentia de ser pega…
Aquela era a primeira vez que me tocava daquele jeito, mas também foi a primeira vez que coloquei algo dentro do meu ânus; os meus dedos estavam escorregadios os suficiente para penetrarem o meu buraquinho com facilidade, era uma ardência misturada com prazer a qual nunca esqueci. Eu comecei com o dedo indicador, só que logo coloquei outro. Apesar do ânus ser um órgão excretor, parecia que o meu tinha sido criado para receber algo roliço dentro. Nessa mesma atmosfera ardente, os meus dedos pressionavam o meu reto até que senti um impulso involuntário, e meus joelhos se separam de forma que os lábios genitais encontrassem o chão frio… uma onda quente passava por todo o meu corpo até que de minha boca deixei um pouco de saliva escapulir, como um cachorro, mas um cachorro extremamente satisfeito de prazer.
Bem… não demorou muito para que eu perdesse o que chamam de virgindade. No mesmo ano, uma amiga de minha mãe, cheia de convicções, a persuadiu de me enviar no Natal para Avignon, na França, acompanhada de meninas, filhas de outras amigas próximas de minha mãe, e que eu tinha enorme desgosto. Uma cidade tão pequena, tão bonita, e tão pequena... quase sufocante. Foi lá, nesse cenário quase irreal, que eu conheci H.G., meu marido. Ele era britânico, estudante de artes, três anos mais velho (e com mais dinheiro) que eu. Tudo parecia tão distante e inevitável ao mesmo tempo…
Era uma noite fria de Natal. Daquelas em que o peso do silêncio se confunde com o ar. Eu, insone, tomada pela inquietude de mais uma frustração familiar, me sentia uma figura à deriva, quase espectral. Quem ousasse entrar no meu quarto, quem se aventurasse por aquele espaço de sombras e penumbra, teria a impressão de ter se deparado com um fantasma. Não qualquer um, mas um que havia perecido lentamente, vítima da negligência. Eu mesma estremeceria ao me olhar: o rosto desfeito, o cabelo selvagem, como se o tempo não mais o domesticava.
Eu me penteava vagarosamente diante da janela, o espelho da noite devolvendo minha própria fragilidade, quando o som de batidas na porta quebrou o pequeno transe. Com irritação imediata, uma raiva surda, abri apenas uma fresta mínima, quase cruel. Sussurrei, mas com a força de quem quer expulsar uma presença indesejada: “Edna, cai fora!” – já exausta com sua insuportável curiosidade. Fechei a porta com veemência, talvez com mais força do que a situação exigia.
Sentei na cama… peguei um lenço, aspirava-o ar comprimido… numa tentativa de controlar o que minha mãe chamava de pavio curto. Tentando dissipar o que me queimava por dentro. Porém, mais uma vez, o ruído na porta. Só que dessa vez, uma voz hesitante, carregada de um francês maltratado, irrompeu: “Qu'est-ce que ça veut dire 'Edna, cai fora'?”
Surpreendi-me. Não era brasileiro, nem francês. Aquela voz carregava a distância de outras terras. Era britânico. H.G. – o amigo do irmão de Edna. Lembrei então do que me escapava, a razão para sua aparição ali. Mais cedo, num raro momento de alegria, eu o havia chamado ao meu quarto para mostrar alguns dos meus desenhos de Avignon. Quase esqueci. Abri a porta com muita vergonha da atual situação. Pedi desculpa pelo meu estresse e sugeri que voltasse num outro momento, só que H.G contra argumentou que o melhor pedido de desculpas que eu poderia oferecer, era aceitando a companhia dele. Abri caminho para ele entrar.
H.G, nessa época dos dezoito anos a vinte poucos, tinha traços duros, quase dissonantes, como se o seu rosto tivesse sido talhado por uma mão impiedosa. Não havia beleza óbvia nele, ao menos não aquela que se reconhecia de imediato. Sua pele, marcada por uma vida de pensamentos que o desgastavam por dentro, refletia um cansaço profundo. Mas havia algo nos olhos – olhos que pareciam carregar um brilho indomável, quase cruel, de quem já havia penetrado no âmago da escuridão e retornado com cicatrizes invisíveis. A boca, ligeiramente torta, como se estivesse sempre à beira de um sorriso irônico ou de uma confissão dolorosa, revelava a tensão constante entre o desejo e a repulsa. E foi… por essa imagem pela qual me apaixonei, e amei por tanto tempo…
Assim… que encontrei o meu caderno de desenhos debaixo das minhas roupas, sentei ao lado de H.G e deixei ele folhear, suas mãos passando pelas páginas como quem manuseia um segredo. H.G. não falava muito. Seus dedos grossos e pálidos percorriam os traços que eu mesma havia desenhado, e a cada página virada, o silêncio parecia crescer entre nós, quase palpável, como se a presença dele tivesse o peso de algo não dito, mas profundamente compreendido.
Eu o observava em uma espécie de fascínio contido. Sua concentração nos desenhos de Avignon me deixava vulnerável, como se o ato de folhear meus esboços fosse um modo de tocar diretamente a mim, sem nunca precisar de palavras. Minha vergonha inicial, aquela que me consumia no instante em que abri a porta, foi sendo substituída por uma sensação mais nebulosa — um misto de curiosidade e desconforto. Por que ele estava ali? O que o prendia àquelas imagens?
H.G. finalmente parou em uma página, uma rua estreita de Avignon que eu havia desenhado de memória. Ele ergueu os olhos para mim, e naquele instante, houve uma troca silenciosa. Sua boca esboçou um meio sorriso, como se visse algo que eu mesma não conseguia enxergar. Era a primeira vez que alguém olhava para os meus desenhos daquela forma, como se a cidade de Avignon fosse apenas um pretexto para algo mais profundo, algo que ele parecia entender de maneira instintiva.
"You draw what you can't say.," ele murmurou, sua voz mais baixa que o usual, quase como se estivesse falando consigo mesmo.
Assenti em silêncio, incapaz de articular qualquer resposta. Ele estava certo. Desenhar sempre havia sido meu refúgio, a maneira de conter as palavras que me escapavam, as dores que eu não conseguia nomear. E agora, aqui estava ele, um estranho que, em poucas palavras, parecia ter desnudado algo que eu mesma tentava esconder.
Enquanto ele continuava a folhear, senti uma proximidade inesperada se formando. Não era uma proximidade física, mas algo mais sutil, como se, no silêncio entre nós, estivéssemos compartilhando uma intimidade que não requeria explicação. H.G., com seus traços duros e olhar cansado, compreendia. E por isso mesmo, ele me tinha.
Quando ele terminou de folhear, fechou o caderno com uma delicadeza que eu não esperava de suas mãos firmes. "Sorry for invading your space.," ele disse, dando lugar a um tom grave, genuíno. Eu o olhei por um longo tempo antes de responder, sentindo que algo entre nós havia mudado, mas sem saber exatamente o quê. "You didn't invade”, sussurrei, mais para mim mesma do que para ele.
H.G. esboçou aquele sorriso torto e enigmático, e por um breve momento, me vi perigosamente à beira de um abismo, mais perto do que jamais ousara chegar. E então, quase sem pensar, segurei sua mão — e ele, num gesto igualmente silencioso, segurou a minha de volta. Seus olhos mantinham os meus presos, enquanto sua presença, antes tão distante, se aproximava com uma lentidão irresistível. Quando seus lábios finalmente tocaram os meus, o tempo pareceu se dobrar sobre si mesmo.
O beijo de H.G. era acolhedor, como se tivéssemos sido destinados àquele momento desde sempre, como se nossos destinos houvessem convergido, de forma inevitável. O sabor do tabaco e o aroma suave de chá de canela pairavam no ar ao seu redor, e eu senti uma estranha familiaridade, um conforto quase esquecido. Esse cheiro que me acompanharia por mais 45 anos, um cheiro que uma vez amei e que, com o passar do tempo, desapareceu… e agora, esse momento, que tanto anseio de reviver, não tem retorno.
Naquela noite… só teve esse beijo. Só que como eu disse… foi nessa viagem que perdi minha virgindade. Então… era 27 de dezembro de 1979, todos tinham ido passar uma noite em Montfavet, enquanto eu iria ficar sozinha em Avignon. Já havia se passado uns 50 minutos desde que os meus colegas tinham saído de viagem, e eu estava deitada no sofá lendo um livro em francês… não me lembro se era Stendhal, mas não importa… pois eu ouvi alguém entrar… e esse “alguém” era H.G como a respiração ofegante ele me explica que decidiu voltar para Avignon quando soube que eu não iria para Montfavet… Ele estava com a blusa de botões toda amassada, o suéter de lã torto, e o casaco no braço. Eu me levantei, corri para seus braços, o beijei com tanto desejo e paixão… por milésimo de segundo me senti uma mocinha escrita por Austen.
Contudo… as heroínas de Jane Austen não fariam o que fiz. Eu comecei a beijar o pescoço de meu amado, e no instante que os beijos cessaram; H.G tira o seu suéter e abre as calças dando mais realce para o seu grande volume. Segurei a respiração, e tirei meu vestido e calcinha. O meu marido tirou sua cueca, seu pênis erguido daquele jeito, parecia na verdade uma poderosa súplica: era perfeito, as veias apertadas e delicadas, a grossura era farta, e o comprimento… com certeza iria profundo.
H.G me deitou no braço do sofá, colocou minhas pernas sobre seus ombros, e com a pontinha do seu pênis ameaçava me penetrar. Eu conseguia sentir meu canal vaginal contrair de tanto anseio para ser “desonrada”, meus lábios já estavam úmidos o suficiente para haver uma penetração ali. E, talvez, pela minha inexperiência eu quisesse acabar com tudo de uma vez, mas H.G se afastou um pouquinho. Com seus dedos começou a massagear meus lábios genitais com bastante delicadeza, para que aquele momento ficasse gravado no meu corpo. Um de seus dedos entra em mim devagarinho e como o dedão pressionava o meu ponto mais sensível. Era algo intenso o suficiente para eu querer mais e mais, e do ponto de vista em que estava observei o quanto ele não era belo no sentido comum, porém, eu sentia a vertigem de estar diante de alguém que já havia desnudado a alma até o osso. Sua presença exalava algo bruto, primitivo, mas de uma estranha sedução que atraía pela mesma razão que repeliria: a promessa de um abismo prazeroso.
Nós não trocamos muitas palavras durante o ato. Acho que nem precisava… afinal após os dedos deles me tocarem no ponto mais sensível de minha vagina, percebi que o meu intímo líquido se espalhou por muitos lugares, inclusive seu pênis estava já coberto dele antes que entrasse em mim. Então… H.G sussurra no meu ouvido algo do tipo excusez-moi e … me beijou ligeiramente. Ele acariciou minhas nádegas suavemente, acariciando ao redor e descendo. E quando minha respiração se tranquilizava ao ritmo das carícias… ele inseriu seu pênis dentro do meu canal vaginal… não lembro se doeu como se ouve falar… só lembro que era quente, duro, e insaciavelmente bom…H.G se movia, dentro e fora em uma sucessão de ritmos quase tímidos, para uma paixão densa e arrebatadora. Eu havia puxado seus cabelos,o forçando a me beijar, quando senti toda minha carne espremer a carne dele dentro… Aquilo não só foi o meu primeiro ato sexual, como havia sido o orgasmo mais intenso dos meus dezoito anos…
Depois daquele dia, H.G. reorganizou sua vida para me ver todos os dias até o momento em que eu retornaria ao Brasil. Ele, vindo de um berço de ouro britânico, não demorou a me pedir em casamento, e assim, nos unimos em 1982. Foi um casamento que, eu diria, a troca de intimidade carnal e espiritual se confundiam, como se fôssemos duas partes de um mesmo todo. Poderíamos ser descritos como almas gêmeas, mas não no sentido romântico superficial que se costuma falar — éramos almas que trocavam mais do que o tangível.
Agora… sozinha os cheiros de tabaco queimado, e chá de canela ainda estão na casa. É um cheiro que agora me persegue, não sei se o sinto ou se o criei. Talvez tenha ficado na pele das paredes, talvez no ar imóvel do quarto onde ele morreu. E eu... eu respiro. Como posso continuar a respirar?
Foi a pele de H.G que o levou, ironia cruel. A pele que tantas vezes beijei, toquei com uma necessidade quase faminta, aquela mesma pele foi consumida por dentro. Primeiro, uma mancha pequena, irrelevante, quase uma piada. Ríamos, ele com aquele sorriso torto, "não é nada", dizia, e eu acreditava. Era assim que vivíamos, ele dizia e eu acreditava. Até que a mancha foi crescendo, devorando o corpo que eu amava, o corpo que foi meu e agora não é mais nada.
Agora sou eu a mancha. Eu me espalho por essa casa, pelos lençóis que não lavo, pelo travesseiro afundado onde ele deitou a cabeça pela última vez. Eu sou o vazio, o eco do silêncio que ficou. Sou o riso sufocado, porque não sei como chorar. O choro viria como um rio, mas o rio não vem. Ele era a minha âncora, e sem ele estou flutuando. Não, não flutuando. Estou afundando. O câncer era a nossa vida, tornou-se tudo, uma sombra constante, e agora que ele se foi, o que resta de mim? Como viver sem a única coisa que me prendia aqui?
Às vezes, no meio das noites rápidas, ainda me esqueço… Espero ouvir o som dos pés arrastando no corredor. Levanto-me com a urgência de quem vai socorrer. Mas ele não está lá. Ele nunca mais vai estar. Sinto saudade do toque, da carne, da imperfeição da pele. Sinto saudade até do medo. Porque no medo havia algo, havia um futuro. Mesmo que fosse um futuro curto, era um futuro que podíamos temer juntos.
O amor, esse conceito que a sociedade tanto romantiza, que nos é vendido em livros, no cinema, nas canções, na arte… ao longo dos 45 anos que vivi ao lado de H.G., percebi que o amor verdadeiro nasce quase imperceptível, como um sussurro de cor no rosto que cora sem querer. Ele mal ousa existir, tímido, uma leve brisa que passa por nós e quase nos escapa. Mas com o tempo, essa leveza se dissolve. O amor começa a tomar forma, torna-se encorpado, profundo, até que sua cor suave se transforma em um vermelho denso, carregado de significado. Um vermelho que, a certa altura, se aproxima da dor — não porque machuca, mas porque consome no fim da vida.
É uma cor que deixa de ser apenas cor. É uma pulsação, um coração que bate fora do corpo. E, no fim, o amor se torna esse vermelho escuro, intenso, quase opaco. É o peso da vida que carregamos no outro, é a essência de estar vivo em alguém, a entrega completa, como se o último suspiro do amor fosse o próprio respirar da vida compartilhada.
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theantiacademicacademics · 10 days ago
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Sobre ser uma professora em formação
(texto escrito como relato de experiência para uma aula de didática)
Quando eu era criança, eu queria ser professora ou princesa. Rapidamente, percebi que um deles não iria funcionar, quando eu brincava de escolinha com a minha irmã e uma amiga, elas eram alunas tão difíceis que eu desisti desse emprego.  
Pergunta-se então: por que eu estou numa aula de didática?  
Entrei na faculdade de Letras Inglês porque eu gosto de literatura, passava horas na escola lendo, perdia horas de sono para terminar livros e me afogava em universos criados por palavras. Também percebi, depois de aprender inglês, que eu não podia existir numa língua só, que sempre tinham diversas vozes compondo meus pensamentos. Todas essas questões identitárias me levaram a escolher Letras na inscrição do vestibular, porém, o curso que eu queria, Letras Português-Inglês, Bacharelado, não estava na lista. Entendendo a segunda língua como aquela que eu conquistei e tornei minha, acabei em Letras Inglês, Licenciatura. Durante meus cinco anos aqui (e em casa na pandemia), nunca pensei em ser professora, claro que é sempre uma carta na manga já que o capitalismo demanda dinheiro antes de qualquer coisa, mas não tive a intenção de seguir carreira na docência. Mas num curso de licenciatura, inevitavelmente, precisa-se performar o papel de professora, o que, para mim, veio a acontecer no estágio obrigatório. Acabei sendo contratada como estagiária na escola em que eu estudei quando criança (e aluno de licenciatura não nega estágio remunerado), então agora sou professora.  
Vale ressaltar aqui que sou introvertida, quieta e canso de gente muito fácil, então me colocar numa sala de aula de criança, em que (eu infelizmente aprendi) o silêncio é impossível, não favorece a minha natureza. Por outro lado, eu adoro crianças. Acho elas fascinantes, divertidas, interessantes, provocadoras e criativas, amo observá-las e conversar com elas. No fim das contas, não odeio cada segundo e valorizo ainda mais o trabalho de professora.  
Um dos impasses que me surgiu durante essa experiência é o de usar essa palavra “trabalho” para descrever o que as professoras (de ensino básico, devo deixar claro) fazem. Nada de um trabalho é refletido no dia a dia de uma professora. Num trabalho, às seis horas da tarde, o trabalhador pega as suas coisas e volta pra casa ou quem sabe vai para um happy hour. Num trabalho, o trabalhador tem a liberdade de não se apegar às pessoas com quem trabalha e mudar de empresa sem sentir culpa. Num trabalho, o trabalhador não é visto como essencial para a mudança da sociedade e das pessoas influenciadas pelo seu trabalho. Num trabalho, o trabalhador bem formado não é acusado por pessoas sem formação na área de estar fazendo o seu trabalho errado ou de doutrinar. Num trabalho, o trabalhador recebe um valor justo pelo que faz e não é questionado por isso. Enfim, ser professora não é um trabalho, é uma missão humanitária.  
Pensa-se talvez, que o lugar onde formam-se esses professores traria um pouco de conforto para essas almas forçadas a fazer o bem quando elas só queriam sobreviver, mas isso não acontece. Quando pedimos ajuda para professores que não tem mais espaço na parede de casa para colocar diplomas e livros, percebemos que a academia é uma mentira. Esses professores (que talvez a distinção do inglês entre teacher e professor aqui faça mais sentido) falam que devemos considerar cada aluno, mas nunca deram aula para uma turma de 30 alunos. Falam que devemos ser inclusivos, mas nunca interagiram com uma criança autista. Falam que devemos criar nosso próprio material didático, mas nunca estiveram em uma rotina em que não dá tempo de almoçar.  
Infelizmente, o mesmo acontece quando eu procuro respostas em livros. Diversos homens brancos escrevem e escrevem, mas, na escola, quem está vivendo mesmo são as mulheres. Como vou aprender algo se não me sinto representada, se questões que me acontecem em sala de aula são diretamente relacionadas a meu ser mulher? Será que alguma aluna já disse a Paulo Freire que, aos 22 anos, ele está velho para morar na casa de seus pais e deveria achar um namorado e se casar? 
Ainda, lendo bell hooks, concordo com cada palavra e sonho também com uma educação que considera o amor, que é antirracista e feminista. Mas saber que os alunos dela criam dívidas para a vida toda quando decidem frequentar a universidade, ou seja, valorizam muito a educação, me faz questionar se eu posso aplicar as mesmas ideias numa sala de ensino fundamental.  
Quem sou eu pra discordar de Paulo Freire? Nem quero, já que me identifico com o que ele escreve, mas eu queria muito ver todas essas teorias e pensamentos acontecendo numa sala de aula, uma sala de aula de verdade, em que as multiplicidades dos alunos criam tantas tensões que todos esses pensamentos acadêmicos são esquecidos e tudo o que se passa a pensar sobre é “como que eu vou fazer essas crianças aprenderem preposições se o Joaquim acha que é burro, o Leandro está discutindo com a Bárbara, o Mateus tá jogando a borracha do Gustavo pela janela, o Ronaldo está focado em fazer esculturas de massinha, a Luana brigou com a Erika, o Murilo entrou na escola um mês antes do fim das aulas, a Nayomi esqueceu o livro, a Marta está chorando e ainda tem uns cinco alunos que não participam da aula?” (isso tudo sem mencionar os pais, as diretrizes da educação, a relação com a coordenação, o material didático, os recursos e muito mais que permeia uma aula). 
Diversas vezes, nesses poucos meses como professora, me senti frustrada porque não consegui completar nem metade do meu planejamento, culpada porque alguns alunos não estão aprendendo, cansada porque precisei gritar tanto que perdi a voz e triste porque não estou conseguindo passar adiante meu amor pela língua. Na sala das professoras, quando elas relatam sentir muitos conflitos parecidos com os meus, penso “será que vale a pena?”.  
Pelo menos eu posso dizer que conquistei meu sonho de infância e sou professora.  
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the-things-of-my-life · 10 months ago
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Elogios que recebi depois de ter emagrecido:
Nossa você emagreceu, tava mais cheinha antes(da antiga cuidadora do meu avô)
tá magra tá parecendo modelo(da minha professora de inglês)
Menina! Você secou a bochecha chega tá funda.(de uma das minhas professoras)
Se emagrecer mais vai ficar feia( da minha professora de geografia)
Nossa você secou, era tão gordinha(uma velha gordofobica filha da puta)
Você emagreceu né? É bom perder uns quilinhos(outra velha, só que dessa vez uma fofoqueira)
Tá parecendo uma modelo(minha mãe)
Magérrima!(minha melhor amiga, mas acho que ela disse só pra me agradar)
magra da vovó, magra não, magrelinha (minha avó falou isso depois de eu ter mostrado meu braço pra ela kk)
Voce tá doente? Por que tá tão pálida e murcha.(a empregada da casa da minha avó)(pra mim foi um elogio)
Você tem que comer você já tá pele e osso, vai virar um esqueleto(minha avó numa briga)
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lvnghcll · 5 months ago
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você viu HEO SOONKYU? ouvi dizer que ela tem 31 ANOS e trabalha como PROFESSORA DE HISTÓRIA, morando na VILA DAS FLORES. achei ela muito parecida com LEE SUNMI, mas foi só impressão mesmo.
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 ´ ・ .  ✶  ━━ BIOGRAFIA.
desde pequena, soonkyu sempre foi conhecida por ser muito estudiosa. aprendeu a ler antes do tempo, já devorando qualquer livro que estivesse por perto, não importasse o assunto. era a favorita das professoras da escolinha, e quanto mais velha ficava, mais se apaixonava pelo mundo acadêmico.
decidiu focar em história graças a uma excursão até um museu cultural sobre a história coreana, e então passou a dedicar seus estudos para seguir a carreira de historiadora. sabia que era uma área que não tinha uma condição financeira tão boa, mas seu amor falou bem mais alto. conseguiu bolsa em uma das melhores faculdades do país, onde participou de várias pesquisas cientificas e ficou conhecida como um demônio do conhecimento.
atualmente é professora de história nas duas escolas de pyunghwaho, e mora com a mãe na mesma casa onde nasceu e cresceu, na vila das flores. tem um grande carinho pela cidade e pelo vale, dando o seu melhor para ser uma cidadã atualizada de tudo o que acontece por pyunghwaho e lutando para manter as tradições locais.
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 ´ ・ .  ✶  ━━ HEADCANONS.
na época em que começou a faculdade, soonkyu juntou parte do seu salário de estagiária durante um ano e meio para conseguir comprar seu primeiro carro, um hyundai casper 2011 usado, que ela pintou de roxo escuro.
até o momento já teve duas pesquisas publicadas como livros, uma sobre o período em que a coreia estava sob o domínio do império japonês e outra sobre a guerra das coreias, e está sempre dando palestras em universidades sobre elas.
oferece aulas de história para as crianças da vizinhança gratuitamente.
tem um gato marrom chamado chopper.
seus idiomas são: coreano ( fluente ) ; inglês ( fluente ) ; espanhol ( básico ) ; italiano ( intermediário ) ; mandarim ( avançado ) ; japonês ( avançado ) ; tailandês ( intermediário ). inclusive, ela usa duolingo desde que o app foi lançado e não perde um dia sequer do seu streak.
suas bebidas favoritas são qualquer uma com café, enquanto suas comidas favoritas são mini sanduíches e biscoitos amanteigados, e suas frutas favoritas são pêssego e romã.
seus hábitos são: sempre levar um livro em sua bolsa, morder o polegar enquanto pensa e ouvir música clássica quando está preparando aulas.
foi diagnosticada com tea (transtorno do espectro autista) aos 25 anos.
sua mãe atua como uma espécie de síndica do haneul já tem alguns anos, e como ela não pode sair muito de casa, soonkyu ajuda ela a resolver problemas e recepcionar os novos moradores.
é seguidora do paganismo desde sua adolescência. o que começou apenas como uma forma de rebelião contra seus pais católicos, algo típico de adolescentes, acabou se tornando um interesse genuíno. faz pequenos rituais durante as datas comemorativas, alguns feitiços e também se tornou taróloga, fazendo consultas para seus amigos e alguns vizinhos que se interessam por isso.
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 ´ ・ .  ✶  ━━ CONNECTIONS.
╰ ♡ ✧ ˖  com @ohbyeollie ⊰ soonkyu já conhecia byeol, de viagens que fazia para seul e também para daegu. foi um encontro ao acaso, marcado em um aplicativo de relacionamentos em um dos raros picos de socialização da heo. continuaram conversando por mensagens, ficando muito próximas, até soonkyu ficar sabendo que sua amiga virtual se mudou para sua cidade. agora byeol é uma das poucas pessoas importantes para a heo, uma amizade que ela valoriza muito.
╰ ♡ ✧ ˖  com @jiyullie ⊰ como filha de uma das moradoras mais antigas da vila das flores, soonkyu fica responsável por recepcionar novos moradores do bairro. ela sempre faz as visitas no fim da tarde, com biscoitos feitos pela mãe para uma conversa breve, mas gostou tanto da energia e companhia de jiyul que passou a frequentar a casa da nova vizinha mais vezes. ela se sente atraída pela mais nova, mas ainda não sabe como abordar isso.
╰ ♡ ✧ ˖  aberta ⊰ por ter crescido em pyunghwaho assim como muse, era de se esperar que ês dues teriam uma história. já tiveram um breve relacionamento, que acabou por soonkyu estar focada demais em sua carreira e com menos tempo para elu. hoje ambes mantém uma relação amigável, mas não se falam muito por talvez ainda guardarem sentimentos ume pelu outre. { para qualquer gênero, basta ter mais do que 26 anos e morar na cidade há bastante tempo. podemos desenvolver algo mais romanticamente, mas sem ser end game. }
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personagem inspirada em nico robin, do anime one piece.
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maodevenus · 4 months ago
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As faces de Rosa
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Preciso começar dizendo que Rosa Rasuck é a artista visual de maior caminhada no tempo que já ouvi falar assim, tão de perto. O tempo importa pois é premissa na Guilda Anansi: quanto mais tempo de estrada, mais histórias para contar, e assim mais aprendizados são entregues aos olhos atentos. Foi assim com Rosa, e aquelas duas horas (que já saíram do tempo marcado), foram pequenas se comparadas à imensidão de sua experiência. Logo reconheço as manias de artista visual: o amor pelas linhas, fios, aglomerações, espaçamentos, cores,  pelo peso das cores, dos traços, movimento, das milhões de matemáticas até o sentimento. Reconheço a rebeldia, o rompimento, quando conta que foi educada tradicionalmente em desenho mas em ação, fugia às expectativas limitantes criadoras de reprodutores em série. Rosa não exerceu as artes visuais como principal ponto de sua vida em tempo integral desde que a desabrochou em si. Foi tantas coisas, fez tantas coisas. Foi professora de inglês, escritora, articuladora cultural, produtora também, trabalhou com arquitetura, passou por muitos institutos fundantes em sua formação, parecerista em projetos artísticos e culturais, experimentou por todas as partes das artes, em tantas épocas, conhece com as mãos cada tempo, e não deixou de ser nada disso, assim entendi. Ensinou nesse dia que tudo, de uma oficina de dança à feitura de papel, é alimento a um artista visual. O que importa mesmo é não se limitar. Falando em papel, meu coração brilhou ao saber que tem intimidade profunda com esse processo de feitura e seus aparatos. Disse que a fibra do quiabo dá o papel mais lindo. Que papel é sobre o poder de transformação. Pelo que conta, imagino que sua casa não seja diferente do que meu quarto é. Tudo é reminiscência, rastro, processos, tentativas, resultados, todo papel é potente, tudo pode ser. A inevitável e constantíssima matéria que acompanha um artista plástico. São ‘Habitantes do Sono’ porque não me deixam dormir, ela disse quando perguntei sobre a motivação das obras expostas ali. Rosa é filha primogênita, irmã, escorpiana certeira, mãe e avó, para se dizer o mínimo, num mundo em que a dissidência se inicia em ser mulher. Está tudo ali nas figuras transgressoras de rostos alongados, indistintas em gênero, muito ambíguas, humanas e não humanas ao mesmo tempo. De qualquer forma, cheias de vida. Muito grata eu sou pela abertura inspiradora de sua parte, principalmente nessa semana de curso profundo até o Sarau Boca Acesa 0.22, onde exporei uma obra deveras importante em meu caminho. Pra lembrar de não deixar passar. A série “Habitantes do Sono” está no mural-galeria posicionado no salão de um agradável restaurante no centro de Serra Grande em exposição junto a outros artistas. Nossa conversa aconteceu no dia 29 de Junho, de 11h às 13h, e contou também com a presença de Izabella Valverde e Victor Diomondes, além de Eric Ra, fotógrafo e coordenador da galeria. imagem de izabella valverde, desenhos de rosa rasuck
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creedslove · 1 year ago
Note
Amiga Mariana, eu tava lendo seus textos, e vi que você publica em inglês. Você é fluente?
Eu sinto q as fics gringas tem mais espaço. Na vdd eu nunca vi ninguém publicar em português.
(Se quiser pode responder só para mim)
Oi amiga!!!
Sim, sou fluente em inglês, na verdade sou professora de inglês há quase dez anos.
E sim, infelizmente as fics em inglês tem muito mais espaço do que as em português ou em outras línguas, pelo menos aqui, não sei dizer em outras plataformas tipo wattpad ou ao3.
Faz mais ou menos uns quatro ou cinco meses que eu tô no fandom do Pedro e eu só vi as suas fics e de uma outra autora que postam em português aqui, de resto, é tudo em inglês. Por um lado, é mais acessível pra todos já que tem gente do mundo inteiro nesse site, mas por outro eu acho ruim que não tem tanta história no nosso idioma. Mas eu escrevo exclusivamente em inglês simplesmente pelo alcance, assim atinjo um número maior de pessoas...
Fazer o que, né amiga?
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