#praquê
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Não se mate Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que ser...
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Não se mate
Carlos Drummond de Andrade
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Nao se mate
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Não se mate
Carlos Drummond de Andrade , Poesia
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Já disponível nas plataformas digitais. Canções que irão edificar a sua vida. #Lançamento #EuCreioDeusCria #DanielCasimiro #SóOSenhorÉDeus #PraQuê #SeElePrometeu #VouCelebrar #Levanta #CreiaEmDeus #JesusVenceu #PlataformasDigitais #Deezer #Spotify #GooglePlay #Itunes
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Vamos reformular o "RH do Brasil"? Seguem os números que o Brasil paga anualmente: 1 presidente - R$ 60.236,15 x 12 meses + 13° + 14° = R$ 843.304; 1 vice-presidente - R$ 27.841,33 mensais = R$ 389.778,62; Congresso Nacional - R$ 10,4 bilhões; Senado Federal - R$ 2,7 bilhões; Câmara - R$ 1,7 milhão; 57.736 Vereadores - R$ 10 bilhões; Quem trabalha - R$ 13.000,00 Se você não aguenta mais e concorda com essa Reforma, curte aí, compartilhe e marque todos que puder, até sermos ouvidos! #cansado #brasil #vamosemfrente #atéquando #chega #política #políticos #democracia #presidente #deputado #senador #vereador #praquê #queremossaúde #educação (em Brazil) https://www.instagram.com/p/B4GBZKIlzHN/?igshid=fqmtu93u1zv5
#cansado#brasil#vamosemfrente#atéquando#chega#política#políticos#democracia#presidente#deputado#senador#vereador#praquê#queremossaúde#educação
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Não se mate Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será. Inútil você resistir ou mesmo suicidar-se. Não se mate, oh não se mate, Reserve-se todo para as bodas que ninguém sabe quando virão, se é que virão. O amor, Carlos, você telúrico, a noite passou em você, e os recalques se sublimando, lá dentro um barulho inefável, rezas, vitrolas, santos que se persignam, anúncios do melhor sabão, barulho que ninguém sabe de quê, praquê. Entretanto você caminha melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá. Não se mate
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Coisa mais clichê é fazer balanço de vivências!
A gente fica tentando enfiar o exato goela abaixo do humano.
Coisa estranha essa de contabilizar o que foi bom e o que foi ruim!
Dito bem assim, preciso desse desfecho que evitei por dias.
2020, seu aninho para o qual eu nem acho adjetivo!
Vem aqui, vem? Vamos papear pela vez derradeira?
Eu não posso dizer que te esperava melhor porque faz anos que vivo entre o turbilhão das idas e vindas da minha esperança de que tudo melhore.
Foi por isso, 2020, que não te abracei logo de cara e fiquei ali, quieta. Caladinha, eu vi todos te abraçarem, enquanto eu deixava minha cabeça viajar em incontáveis porquês e praquês. Claro, tinha muita tequila envolvida, mas eu nunca precisei de entorpecente pra virar a chave da reflexão, né? Você, 2020, que me viu chegar ao meu quadragésimo ano de vida, deve saber bem disso.
Eu não te abracei, mas não foi por mal não, tá? Foi por cansaço mesmo. Eu queria querer, mas não deu.
Desculpe, eu ainda não sabia, cara!
Mas não tinha como adivinhar que, no meio de uma pandemia, você me traria respostas tão buscadas. Vamos combinar que nem se eu fosse vidente!
Ah, 2020, seu brincalhão!
Você me esterilizou definitivamente e trouxe meu filho até minha porta dois dias depois?
Você me mostrou o fundo do poço do fim de um amor inviável e me apresentou o cara mais doce, bacana e gentil de todos?
Você me matou de saudade da minha mãezinha e me deu uma nova maravilhosa que eu nem sei se mereço?
Você parou o fígado da minha irmã caçula e deu um novinho bem a tempo de ela renascer?
Você arredondou meu número de sobrinhos e agora sou tia consolidada de dez joias?
Sim, 2020, eu sei. São perguntas. Todas perguntas. Muitas perguntas!
Mas é que eu ainda não te acredito, 2020. E nem sei se te mereço.
Só sei que não te vi passar. Mal senti os seus dias.
Eu te vivi, 2020. E como te vivi!
Sem pausa. Sem pegar um fôlego extra.
E eu, que nem te dei um abraço de boas-vindas, quero te abraçar agora.
Vem cá, menino!
Me dá um abraço!
Imagino que você seja incompreendido por uma maioria avassaladora. Liga não. Quem não gosta de você não entendeu que foram ordens superiores. E que dava, sim, pra evitar tudo de pior que foi. E evitar toda a dor e toda a tragédia.
Quem não te entendeu, 2020, não sacou que você veio todo torto assim pra ensinar algo valioso e que o ser humano já possuía as ferramentas pra evitar todas as perdas.
Sim, 2020, eu acredito que não foi sua culpa. Você só apresentou um problema cuja solução está nas mãos de quem não se importa com o coletivo. Aí não foi erro seu, né?
Psiu, 2020. Toma aqui o abraço que não te dei lá no começo. Amei te conhecer. Sobretudo, amei me conhecer por seu intermédio.
Eu precisava tanto de você, 2020. E nem sabia! Ainda bem que você veio.
Agora vai descansar, vai! Se eu estou exausta, você deve estar ainda mais. Afinal, eu só lidei comigo e uma dezena de mentes. Você lidou com mais de sete bilhões! Cara, que loucura!
Se a galera tiver sido muito má com você, releve. Ainda têm muito que aprender, coitados!
Eu me despeço aqui. Grata e aliviada.
Bem-vindo, 2021.
Chegou leve, né?
Vamos seguir essa tendência, amigo?
Ps: 2020, queria que tivesse dado pra deixar a vovó por mais um tempo, mas ainda me sinto grata por ela não ter permanecido em sofrimento. Descanse em paz, Vovó.
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mantra: talvez você aí também precise
todo dia recito ele enquanto corro e enquanto lavo o rosto depois de correr todo dia lembro seus versos enquanto faço um café da manhã gostoso e para um toda semana enquanto malho os bíceps e a coxa e olho no espelho rebocado eu projeto em mim suas palavras toda hora, todo momento no banheiro, escovo os dentes lembrando as sentenças e ao dormir, depois do pai nosso, eu rezo esse poema escrito pelo Carlos:
Não se mate
Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.
Inútil você resistir ou mesmo suicidar-se. Não se mate, oh não se mate, Reserve-se todo para as bodas que ninguém sabe quando virão, se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico, a noite passou em você, e os recalques se sublimando, lá dentro um barulho inefável, rezas, vitrolas, santos que se persignam, anúncios do melhor sabão, barulho que ninguém sabe de quê, praquê.
Entretanto você caminha melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá. Não se mate
Drummond
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Não se mate
Carlos, sossegue, o amor é isso que você está vendo: hoje beija, amanhã não beija, depois de amanhã é domingo e segunda-feira ninguém sabe o que será.
Inútil você resistir ou mesmo suicidar-se. Não se mate, oh não se mate, reserve-se todo para as bodas que ninguém sabe quando virão, se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico, a noite passou em você, e os recalques se sublimando, lá dentro um barulho inefável, rezas, vitrolas, santos que se persignam, anúncios do melhor sabão, barulho que ninguém sabe de quê, praquê.
Entretanto você caminha melancólico e vertical. Você é a palmeira, você é o grito que ninguém ouviu no teatro e as luzes todas se apagam. O amor no escuro, não, no claro, é sempre triste, meu filho, Carlos, mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá.
Carlos Drummond de Andrade em Antologia poética (organizada pelo autor).
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赤い屋根に囲まれた小高い丘の上に立つ大聖堂。柔らかな陽射しにより鮮やかさを増すステンドグラス。文句のつけようのない美しさでした。 ビールが安くて美味くて、いつの間にかビール旅になってしまってる…🍻 . . . #travelgram #europe #czechrepublic #praquê #stvituscathedral #photooftheday #stainedglass #cathedral #travelphotography #nikon #sigma #exploreczech #vividlive #東欧旅行 #チェコ #プラハ #聖ヴィート大聖堂 #ステンドグラス #いつの間にか #ビール旅 (St. Vitus Cathedral)
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@ama.baru A.K.A MISS OBRONI H A P P Y B I R T H D A Y 🎂🍾 SCAN AGE..LOL #happybirthday #octoberborn #cake #giefts #family #blessings #go #entertainment #music #worldwide #artist #celebrity #obroni #praquê #ghana #africa #europe #onelove #blogger #woman #blondy #familygoals #happy FROM @ps23entertainment WE SAY GOD BLESS YOU
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Eu, Ela.
Quando a própria companhia já não é mais satisfatória e você sai em busca de algo que te preencha, mas o vazio está tão arraigado que atua como um buraco negro dentro de você e nada, absolutamente nada é capaz de suprir o abismo instituído. Você olha dentro de si mas nada vê. Você busca sua voz mas ela está calada. Você grita mas seu vácuo interno não propaga som ... Sabe aquela máscara que você usava enquanto caminhava pelas ruas, quando ia para o trabalho, quando encontrava pessoas? Não consegue usá-la em si mesma, não é? Que ironia! Sua prisão é tão bem construída que nem ao menos dizer Adeus é possível. Você está fadada à viver num lapso entre seu desejo de liberdade e o desespero das obrigações materiais. Se fodeu. Ao menos aquele amor é genuíno. Verdadeiro. E é ele que te mantém no fio da navalha, você só fica por esse amor. Talvez esse seja o propósito de Deus. Abdicar à si mesmo em nome do amor ... (bréga)
(pausa)
As vezes me pego olhando praquela garota sentada na beira do abismo. Ela balança seus pés sem medo de desequilibrar-se. O vento que, em qualquer um causaria medo, nela acaricia a pele.
Ela ainda usa All Star. Ela não envelheceu. Ela não abandonou sua essência. Nem perdeu a fé. Por vezes esmoreceu, mas não cedeu. Ela é convicta de quem é, do que quer e tem certeza de como vai fazer acontecer. Eu tenho vontade de tocar seu ombro e pedir um abraço. Se antes eu a alcançava para tratar a sua dor, hoje eu peço que ela trate a minha. Quando a conheci ela era bastante desequilibrada. Instável. Tinha um problema de auto imagem absurdo e odiava a si mesma. Foram anos trabalhando tudo isso até que ela pudesse sentar-se na beira daquele precipício para aproveitar a brisa, não mais para gritar suas mágoas e/ou brigar com o tempo. Ela cresceu. Amadureceu. Tornou-se uma incrível mulher e hoje a vejo naquele seu velho corpo de menina ... ainda nas vestes tradicionais adolescentes mas com um olhar atormentadoramente maduro e encantador. Um lado luta por reencontra-la o outro grita para que se desista. Ahhhhhhhhhhhh ... entregue-se à fase do esquecimento! Por que não? É muito mais fácil, confortável ... siga a manada ... praquê dar mais enxadadas se cada enxadada é um batalhão de minhocas? Mas eu não vim ao mundo pra seguir a manada. Seja no sentido físico, psicológico, social ... Os faniquitos e comichões dominam (por vezes) pedindo pra que eu mude o mundo. Mas que mundo? Se eu começar pelo meu já me dou por satisfeita ... (sei) ... Então a mente exageradamente enlouquecida em pensamentos pede uma pausa e desliga. Mas ela desliga e depois não quer mais religar. São anos restartando ... anos ... um momento o botão do boot vai dar pau e deixar de funcionar.
A casa limpa. Roupa lavada. Tapete trocado. Armários organizados (e limpos). Cama arrumada. Mil vezes lavei minhas mãos, estão secas - detergente - preciso de hidratante. Ih ... saí. Esqueci o hidratante. Ai ... as mãos estão em estado de calamidade. Preciso passar na farmácia e comprar um bom creme. Preciso fazer as unhas. Nossa, preciso ... Fui na farmácia. Comprei o que ele precisava. Esqueci o creme.
Jantar está pronto. Ela jantou, está de banho tomado, vamos pra cama, vamos dormir ... mil estórias, um minuto de “pedra, papel, tesoura”, faço cócegas só pra ouvir suas gargalhadas (amo aquele sorriso) ... e morro de calor pq ela só dorme agarrada, de nariz colado, jogando aquele cabelo enorme no meu nariz. Te levo pra cama ... agora o momento é meu. (mas quando ele não é?) Preciso passar creme hidratante nas mãos.
Horas se passam ... e eu nem vi.
Passou da meia noite. Dormir. Cigarro, Lua e cama. Sono? Talvez ... “ela” voltou, talvez me faça companhia também essa madrugada.
ACZFSM
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VC TAVA QUERENDO MATAR O GUSTAVINHO
Vinho... eu queria vinho
Mas, apesar
Do preço baixo,
Estava tudo seco.
`
E pelo bem do inconsciente, fomos de Vodka
...BlackOut, bitch!
`
Esqueci de chamar os amigos
Esqueci de contar pra minha mãe
Esqueci de pedir o número da mina
Esqueci de como faz pra vomitar.
Mas lembrei em cima da hora de tudo,
Tudo o que a poesia me ensinou:
Fazer quando se lembra.
Fazer alguma coisa, mesmo sem saber de quê, praquê.
`
Não prestei atenção em nada de novo.
O Gustavo me contou tudo
Tudo de mais importante
E eu ouvi
E eu entendi
E eu interrompi o sentimento.
Juro, não faço porque quero
`
Existe algo em mim que controla
Meus passos, meus olhares,
Minhas noções e meus pensamentos.
Mas o salgadinho estava tão bom!
E isso, com toda a certeza,
Eu senti junto com o Gustavo.
`
Eu demoro pra entender
Juro que estou me esforçando
Pra lembrar
Pra compartilhar
Pra tornar tudo real
E quem sabe, até rimar.
`
Como é bom ter amigos!
O foda é não ter dinheiro
E comprar bebida barata.
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Não se mate (releitura de Drummond)
Carlos, sossegue, a vida
é isso que você está vendo:
hoje triste, amanhã com raiva,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
o futuro que ninguém sabe
quando virá,
se é que virá.
A vida, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
A vida no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
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Não se mate
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Não se mate
- Carlos Drummond de Andrade
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Não se mate
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam, .
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Drummond para Carlos, para Maria, para nós.
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Não se mate
Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
Reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.
O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê, praquê.
Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém,
ninguém sabe nem saberá.
Não se mate
Carlos Drummond
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