#poesia antidadá
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você também tá vendo?
a lágrima dura o fio da navalha a corda qué bamba o tambor que rumina e o grito longo de guerra atravessando a espinha?
note que não há glória nenhuma nesse caminho não há tradição nem pudor nem sorte, nem nada, foi tudo mentira
ó:
a senhorinha deve ter uns sessenta e alguma coisa mas sim aparenta um tanto mais de setenta -
cansada e de óculos caindo no nariz
foi ela que me entregou a pizza borrachuda do Pizza Hut no shopping bem naquela hora em que meu avô provavelmente estaria dormindo se estivesse vivo
e aí, já bateu?
adiante com
o tiozinho
ele tem seguramente seus cinquenta e cinco anos ou menos ou mais
bigodudo como foi meu professor de matemática ou um dos amigos da minha mãe
- mas foi ele quem me entregou as cervejas pelo Zé Delivery na noite chuvosa de quinta ao invés de sentar e assistir Jornal Nacional e reclamar sei lá dos buracos da rua todos
parece que caiu alguma coisa, mas alguém esqueceu de pegar
só que de tudo qué lado
na porta do mercado no sinal na farmácia duas três quatro cinco ou todas as vezes que saio
é família é moleque é senhora é tio é criança é muita muita criança mesmo
com doce salgado com bala e chiclete com oração e de placa com pano de prato e lavando vidro e pedindo e vendendo
Cristo do céu
é qualquer cacareco com ou sem pix
e vem tudo como uma brisa só que daquelas roubadas
ganhou?
e isso não te desvia o olhar do espelho nem que seja por um ou dois minutos?
não é o tipo de coisa que te faz aceitar o ladrão odiar a polícia ou lançar mão do pecado? não te põe a pensar no preço de uma barraca? no custo diário da pedra? em dormir na calçada? não te faz duvidar desse teu documento verde ou se quer passar um café pensativo?
então, é que
por muito muito mas muito menos eles já estão comprando armas
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ser o futuro do perfeito precário anti o pretérito do prefeito passado
porco espinho pássaro
assim assado
assum
assim zen tado
eeeee leeeeeoo vida de gado
ser um puta de um otário anti ser um prefreak perfeito futuro do presente esquecido destino do embrulho rasgado.
-blanco
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tudo é frágil e lancinante
é só uma vespa pousar na água, digo,
é só um corpo cruzar a rua ou uma tarde trincar a telha
é só um olho virar em si, tanta órbita,
é só uma torta palavra acertar o rumo
que a gente logo vê:
anoiteceu mais cedo, as mãos desencontram, o braço sumiu entre as costas, o travesseiro e a conchinha, e estamos sem tempo, irmão
de pé:
um de frente pro outro.
uma inércia longa que invade o rosto
e o que era manhã vira tarde, o que era tarde, cedo, o afeto, medo, a malícia, poda.
já escreveram tantas músicas sobre esse momento que basta ligar o rádio
e é aí, então, na beira do precipício que já não te olha de volta,
que os gostos desconhecidos invadem a boca, que saliva
trêmula, incapaz de negar a si, possessa de prazer e caos, desata com os dentes e a língua todo o nó da garganta
voam e voam as borboletas que já habitaram gostosamente o estômago. tudo lá fora parece mais interessante.
e elas não sairiam de outro jeito que não fosse esse, não,
tudo que era vidro e glória passa por isso,
tudo que é divino precisa também inexistir,
toda nossa prece conta com a crise e vice versa
se não fosse assim, não era história, pauta, luta, lida,
sem o fim, não tem começo
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o que te prova humano é sua capacidade de reconhecer semáforos em uma foto
o mar está agitado hoje em Pontal do Sul
- volto lá de cinco em cinco anos -
já se foram duas as vezes e em nenhuma delas eu tinha amado tanto o jeito que ele tem de tocar o violão e nem a facilidade com que ela responde as questões de cálculo antes de nos explicar
eu não era nada daquilo ou disso que sou mas volto vê-los mais uma vez
e sempre
São as mesmas outras pessoas
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do meu lado, vejo que tudo tudo transpassa
há no convívio um objeto pequeno e substancial
uma fagulha
já a minha lupa, dinâmica, subindo e descendo, quer e tenta, de qualquer maneira, ver
mas é um instrumento inapropriado
assim,
descreve o que pode e só consegue inventar o resto
mas o objeto, a coisa mesma, fica lá, contínua,
só quer ser ouvida. desesperadamente ouvida.
tudo que errei com você eu anotei num caderno.
tudo que não vi, subtraí daquilo que escrevíamos.
pretendo trazer na ordem todos aqueles seus silêncios para dentro das minhas próximas tentativas
lembrá-los, lembrando,
que foram nessas horas, sobretudo nessas horas e nesses detalhes, que passaram todos
os absurdos gritantes os desgostos inaptos e também
que foi na forma em si com que criei a minha parte dos laços;
isso acabou botando a tal da poeira por cima das coisas
acabava que essa era a minha função: sujar e limpar, sujar e limpar, sujar e limpar -
é óbvio que isso deixaria marcas pela casa
é claro que sim -
mas agora, diante do índice desse livro chamado "passado"
escolho todos os seus capítulos para decorar.
não para te revirar reviver confrontar
É só
para ter diante dos olhos a fonte dos parâmetros que me descalibraram e
botá-los em perspectiva todos os dias ao acordar e
errar coisas diferentes que me ensinem outras lições e
nunca mais te encontrar mas
também nunca mais na minha vida
fazer algo que te tirasse o sorriso
você sabendo ou não
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a média dos dias:
uso as camisas de sair pra dormir, acordo e coloco pijamas
cedo:
de samba canção e camisa de flanela flanela escovando os dentes
11:35
dando aula de chinelo, vitória,
depois
dando volta em si no quarto, beijo no espelho para sentir
costume
fiquei sem usar cuecas nas primeiras três semanas
no começo: libertador
a volta:
voltei a usar depois dessas três
foi libertador, mas cueca é rotina,
necessidade
ontem era três da manhã, horário da de besta
acordei sem conseguir respirar
crio
ainda sobre ontem: aprendendo a diferenciar as crises de ansiedade
das de bronquite
café:
minhas bases derreteram junto com o queijo em cima do presunto hoje às 8 h da manhã
planos
vou assistir aquele mesmo filme de novo
vou ler aquelas páginas que já li
possibilidade
será que até dezembro melhora?
melhora o que?
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Eu não tenho mais medo de perder as maçãs quando elas caem da mesa, quando somem nas frestas, quando murcham como as flores
quando
são cortadas pelas adagas da cozinha, quando pérfidas me traem e se despedaçam na boca sem a crocância eu
gosto de pensar que nem todas elas são só maçãs
que nem todas queriam continuar encontradas
Que não diz respeito a mim decidir seu pathos ou ethos ou gosto e etc e coisa e tal
Mas
as maçãs livres, maçãs de corredor, aquelas que eu não sei escrever ou contar,
as maçãs pútedras, estupefatas, emputecidas,
as maçãs calientes & tenebrosas no fio dental
só cabe a mim tirá-las do pé, ou do saco, só cabe a mim comprá-las no mercado, cabe a mim lavá-las com fé, banhá-las a ouro, cortá-las, cabe a mim fazer uma torta com elas
esse breve contador de histórias
cabe a mim traí-las e torrá-las, cabe a mim amordaçá-las e dobrá-las, fazer delas o que eu puder antes que fujam e quebrem ou antes que eu as perca como ontem, o panorama inóspito
esse para brisa enfeitiçado, esse falador,
que de um lado para o outro
de olho no fruto pendurado no Éden,
escala a árvore, abre o portal imantado e
a geladeira se torna uma imensa terra de ninguém e também um bom lugar para passar, entre outras coisas, um tempo,
esse breve estado de consciência,
esse fluxo de hiatos,
lapsos
entre essa e a próxima refeição, entre essa e a próxima despedida
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escuta aqui rapidinho
como é que eu acho mesmo aquele seu fio de cabelo no meu travesseiro? ou quanto que eu posso correr pra te alcançar nessa sua são silvestre diária? e ainda quando é que eu vou fazer aquele seu prato favorito e a gente vai comer rezar & amar qualquer coisa tomando um country wine?
você me diz como e eu faço um artigo no wikihow
pode ser assim?
toma aqui esse vale buquê e pega lá pra gente uma casinha com jardim e dois quartos em Pinheiros vai
toma aqui esse meu fogo pega lá aquele avião que o Evo usou pra apagar o incêndio da Amazônia deles
ou me nota aqui passando vergonha de propósito, querendo praticar só a religião do seu cangote, implantando a doutrina da sua conchinha
garantido? só diz então
que eu pego na sua mão e a gente anda zoando com tudo e dublando os cachorros da rua
que eu te olho rindo do outro lado da mesa do bar e mando descer mais duas
que eu faço uma segunda graduação só pra te dizer se o curso é bom
que eu te compro um livro novo por mês e a gente faz um doutorado pelado de tudo
que eu acordo mais cedo só pra tirar as ramelas e passar um café
e a gente se atualiza das notícias ruins comendo banana da terra frita com palmito
ouvindo a trilha sonora brasileirinha que você ama
fechou? então tá
pega o 715-M comigo e sobe lá em casa que eu te arrumo um canto pro seu chinelo e só então, depois, eu peço desculpas pela nossa bagunça
*esse poema só fica bom ouvindo "eu só quero um xodó"
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jujuba
a balinha de goma me entende, não gosta, ela demonstra isso, não gosta mas me entende
tinha algo entre eu e ela, uma linha direta, um conectivo, um conectivo de comparação
ela me dava um comando e eu, errava
ela me mostrava o gabarito e eu, eu chorava pra minha mamãe
tinha, nessa conexão, uma locução adverbial, pera, também, também tinha um substantivo que ela via mas que eu não.
será ontem, foi amanhã, cara.. ela me dizia a data mas eu não, eu não anotava.
e ela me entendeu, mesmo assim não concordou, e disse isso, mas entendeu
eu, que já não uso dicionário, na prática acabei é dando significado à sua distância
a ligação, ora interurbana, começou a ficar mais cara a internet, muito mais vasta e a linguagem, estrita só o necessário, só
hoje, dia de agora, eu entendo que era pouco não gosto mas entendo
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existanciedade 1.1
na mesa da sala, estou a nove anos fora de casa Mas na casa com mesa são nove anos abandonados e a cidade da cobra me tira o sono e a cidade da cobra me cobra um jeitinho me ama e me odeia me cospe e me cria me obriga e me escarra me judia e eu bato sozinho murro e cabeça em ponta de faca;
corto meu rabo mas são oito anos fazendo poesia sair na ponta de praça
são três grudando mesa na ponta de chão martelando
e vejo em bares eu vejo em olhares
que eu não sou bem vindo, sou de São Paulo, que estou mentindo, que não sou daqui, que tenho mais rosas que eu é que sou o espinho, que sou dali e que me acho e me acho demais
ainda me procurando, ainda, ainda me procurando ainda
e
a cidade no rabo da cobra me diz que me sobra soberba ou que sou difícil de conviver
só que não vivo mais nela há anos, cobra, me diga se eu moro aqui ou aí se eu não moro em lugar nenhum se
são oito ou nove anos fora da mesa e todos esses anos voltando e me esqueça e me lembra e me ouvindo em sussurros
sibilos de ouvido
que eu fiz aquilo que eu sou aquilo que não sei o que sou que sou nada e que é tudo e que, "porra, porque esse cara só não vai embora como todo mundo fez ou porque esse cara só não vai embora
como eu faria"
dançando sozinho na ponta da lança eu me acostumei ao abalo da explosão de ser o problema que obriga a fala de ser a voz que te tira do sério e do que te acostuma e que dissoa do caminho o do contra que insinua
me acostumei a ser posto nesse lugar
de problema e me olho no espelho e me acredito um problema e me mato e renasço todos os dias e me busco a solução e me ouço e me falo aqui dentro e mal durmo
São tantas responsabilidades mas
matei meu ego envenenado tem alguns anos então só espero o reconhecimento do epitáfio que possa ser cuspido e odiado com propriedade
quando eu for sóbrio o suficiente
ateando fogo contra o meu próprio alarde, digno de si
e na ponta da mesa me enforcar com o rabo da ponta da cobra
abrindo-me em buraco na frente do camelô
observando a razão vendendo ideias falsas a preços baratos de quem compra uma camiseta da Quicksilver ou um relógio maneiro
Já deu o tempo, deu
Fazendo o caminho da catedral ao cemitério como quem comunga pela primeira vez
Pagando o transpen como se fosse a última
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SOU OBRIGADO A CONCORDAR COMIGO MESMO
[ouantidadá#34]
eu tendo a palestrar até calado :: é a boca de vento que sopra de mim, a ausência de tempo que tenho com as pessoas é o vazio que escapa quando crio vínculos é a mesa de bar é a vontade :::
eu vejo e calo falando em seguida e me lembro o tempo todo - - - ow, ow, você tende a palestrar até quieto, então, fale, af, ou cale ou ultimamente virando o Lênin sem beber, sonhando acordado eu me pego falando e falando e os assuntos breves em silêncios me causam náusea na verdade de nervoso eu falo mais ainda por pensar incomodar quieto e incomodo de novo o repeteco é que viro não a pedra mas a o sapato inteiro e a pessoa coitada anda comigo boca aberta :::
até escrevendo poesia eu tendo a palestrar sem vírgulas gritando informações como se vocês pedissem como se eu fosse poeta como se adiantasse
---
e me calei sentido. cada vez menos poemas. cada vez menos arte. dentro morto como aguda dor de afta lembrança aflita de que não devo falar.
Até que um amigo ou outro: ei cara continue poeta ei cara continue poetando eu gosto ou outro me tromba na rua e me diz leio o que escreves ou outro elogio agudo mas diferente, parte do que me importa as agruras ::::
como não sei a diferença entre educação e fod-ase bem vindo e palavras de ordem em comícios volto atrás e
me sinto vendaval falando com as paredes - -
- - porque em vendaval não se ouve brisa
mas ó silêncio rei, me apareça e eu sei que poema é elogio ou poema é retrato mas aqui é xerox
e essa cópia autenticada não é evento intermunicipal ou greve da usp ou assembleia da geografia ou o PT aqui isso aqui é lugar mesmo de autocrítica
:::: homem
eu mesmo? mas antes de ouvir deixa eu dizer o que eu penso sobre isso porque cara você precisa entender minha necessidade sistêmica meu complexo meus problemas mal resolvidos com a memória do meu pai as brigas com a minha mãe o que eu tenho e construí como relação social e interpessoal se desenrolando como relações de posse e controle mas tenho consciência disso e continuo tentando melhorar deixa eu te provar falando menos agora?
-- deixo
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CYBERNIILISMO
o negócio é o seguinte eu sentei pra cagar ontem e olhei pro celular (bem black mirror) o poema salvou a unidade eu tava vendo tudo em 4k minha vida em blu-ray, aquele atraso fruto do over movimento das super detalhadas e pixelizadas continuações os nuances frutíferos - o instagram parecia mais real minhas mãos pareciam mais reais pós-materiais & confortáveis em 4k enxergando tudo como quem vê um filme e a partir disso percebi que o digital superou minha vista (bem black mirror) a realidade subitamente com profundidade lentes 3d azul e vermelhas obsoletas suplantaram derreti minhas capsulas inanimadas de sub-visão como uma post-observação fui capaz de subsequenciar os detalhes uma rua movimentada, uma foto bonita com filtro, os nuances práticos da super-visão foi como o primeiro dvd de inception como a primeira vez no imax como vislumbrar deus nos cantíneos da realidade trans-humano for the first time (bem black mirror) eu chapei na observação terminei tudo e limpei direitinho lavei as mãos super-detalhadas e de cara no espelho o borrão minha capacidade de processamento ficou obsoleta o meu incapaz over-reconhecimento o cérebro sem a última versão do Java, péssima placa de vídeo conexões neurais de baixa velocidade pacote de autovisualização não encontrado me enxerguei no máximo em 480p como no século passado narciso irreconhecível;
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antisíntese I (as agruras do antidadaísmo aplicado à vida ou: o meu contexto não é parâmetro mas é real)
no fim de tudo eu acho que cada um de nós namorou uma pessoa diferente uma impressão me bateu a porta quando eu olho teus olhos baixos eu fui isso tudo mas também mais um pouco eu fui outras coisas eu também caminhei por cima de espinhos também queimei a sola dos meus pés mas olha só ninguém quer saber, ninguém quer saber de verdade (mas) eu sei, eu sei
eu sei que tudo se ajeita na hóstia do tempo na chuva fraca ouvindo lift no meu segundo minuto de aceitação eu sei também que são três horas da tarde e esse é o horário por onde as coisas começam pois tudo que vem daqui será novo;
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eu levantei a voz na hora do café é sempre assim. eu levanto a vós e você já de pé me tem como um inimigo.
não era sobre arrumar um emprego ou sobre mentiras ou sobre a sala eu sou a cara dele, não sou? eu sou a cara dele. deve ser um inferno encarar a morte do amor todos os dias eu não sei o que é isso porque eu só lembro do cadeado lembro da dureza do cabisbaixo é claro que eu me tornei um fracasso
e que te tornei infiel à sua força
amanhã pediremos perdão. quantos restam? estranhamente hoje me veio uma calma enquanto os gritos iam embora a culpa é tanto minha quanto tua. a vida foi dura. não há música que sossegue a alma quando ecoa nos nossos ouvidos mais que o choro do big bang e que ''penny royal's tea'' do nirvana sim um algo que não chegou a ser..
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te conheci num percalço. quase um tropeço foram ótimas férias as últimas entre um minuto e outro guardo minhas ressalvas. guardo o que era preciso ser dito por inércia e por desnecessidade talvez pedir perdão seja impreciso. seja comprometimento demais
já nem espero uma alteridade
acho que só uma outra atitude conclui com frieza aquilo que era memória e se tornou matéria eu vou em busca de mim pelo mundo espero te encontrar no caminho
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o solo de Palavra
uma pintura abstrata do reaça procurando um linchamento eu sou o alvo: o comunista que enche o saco mas fiz do meu trabalho pessoal a minha cruzada o desabafo interligado das núpcias ideológicas as ongs poderosas bancadas pelo pessoal de wall street o MBL cheirando aécio o pó de guaraná Antiliberal a glande fascista dos obituários matinais a chacina na ceia, a morte no metrô as pessoas se autosacrificando solitárias em seus bairros lendo livros antiesquerda e baboseira e os confrades companheiros mortos nas trincheiras jazem fruto da soberba nosso maior avanço foi usar Pokemon Go para ensinar e vibramos a Socialista Morena Abstrair a maior vitória da esquerda nos últimos tempos As Tão Amadas Ciclovias; nossa vida é autocrítica, não há movimento sem práxis completo o espelho de narciso me vejo ao contrário a esquerda surrupia os olhos fracos eu sou Um Alvo Você é Um Alvo alvos fáceis como Nutella alvos fáceis como a propaganda urbanauta da Gafisa a Gentrificação Simbólica das nossas ruas os gostos hipsterificados a instalação do Kit Desconstruído a nossa satisfação vitoriosa o mundo da mercadoria nos vendeu nossa própria ideologia o nosso gosto de utopia o nosso gado a Satisfação pelo Ser, Comunismo como um Estado de Espírito e as ações se reduzem ao pó de estrela Ao Sofrimento Alheio; Meu Sobrenome Alemão, meu Sangue Bugre, Minha Origem mundana neo-feudalismo sacrilégios sociais espadas de plástico você como um apanhado de pessoas do mesmo nível social o apontamento certeiro, "O Capitalismo Se Odeia" - Fabio Ilczuk o ódio interno motor de Ideias As Nossas Palavras Vãs Rússia chapuletou-se enquanto czarista nossa esperança Soviete se foi Gullar morreu reacionando poemas depois do Documentário Sobre Brasília o único defeito Vivaldiano foi morrer o nosso pobre Nascimento Choroso numa cena de TV encomendada e filmada por algum Enxoval Profissional Os Momentos São Vívidos em segundo plano Vivemos para o depois Sempre Hoje Sempre;
#poesia#poema#poesia moderna#poesia marginal#poesia antidadaísta#poesia antidadá#antidadaísmo#poeta#escritos#cigarro#café#esquerda#autocrítica
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existenciansiedade
caramba. que que eu faço eu fecho os olhos. durmo só por fora. por dentro eu explodo universos. sinto fome de barriga cheia. roendo as unhas quando não caneta. batendo a perna debaixo da mesa. querendo ler as notícias o feed a timeline todas as formas todas as coisas caaaara pode ser que eu perca alguma coisa será que você tá brava será que você tá legal olha só será que as coisas estão bem entre nós entre eu e meu orientador entre eu e meu tcc entre eu e minha mãe caramba. porque será que não me convidam mais. será que sou sempre um chato? como faço pra melhorar? como faço pra ser convidado pra dar rolê ser da turma ser mais amigo tranquilo alguém cuja presença ajuda e não atrapalha? como faço pra respirar esperar um tempo relaxar a cabeça como faço sem remédio sem droga sem bebida como faço meditação com os olhos abertos tremendo a mão direita lendo o seu perfil de cabo a rabo como faço pra deitar sem descansar dormir acordado como que faço pra não pirar de uma vez e acabar tendo um infarto? caramba. nunca. achei. que. eu. fosse. morrer. de. depois.
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o seguro morreu de velho, já disse já disse o cara que deixou de lado tudo, uma foto no facebook um presente bonitinho ah ah eu sei que as coisas se resolvem no cartão de crédito o seguro morreu de velho porque sabia que ninguém foge da velha morte a morte carrega consigo a faca na unha o peso da verdade é duro ser entregue na cruz olha o calvário aí foi foda foi foda bater a cabeça na parede sozinho mas sozinho sigamos, meia dúzia não é só seis não tem uma diferença relacional, relação mesmo é como você escolhe ver qual é a resposta qual é a resposta pra meia dúzia de frases soltas Ou pra seis frases muito bem colocadas pensadinhas, sabe ''estou sempre do seu lado" ''nunca vou abandonar" "estou aqui pro que precisar" o seguro morreu de velho, rá ninguém foge quando o tempo come continua ''estou sendo sincero'' ''quero que se abra mais" ''conte comigo'' castelo de areia. soprou nos ventos como um status de relacionamento como o status de relacionamento de celebridade caiu da ponte num bungee jump por uma alteraçãozinha só sei lá eu o que aconteceu de ontem pra hoje: puts escafedeu foi embora vazou como aqueles baldes cheios de água e produtos que você usa pra limpar, sabe, a caca da atena o seguro morreu de velho uhum por isso que eu corro de manual de instrução
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