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Constantinos Papadimitriou (Κωνσταντίνος Παπαδημητρίου) in Yorgos Tsemberopoulos' "Piso Porta" (Back Door) (2000)
#constantinos papadimitriou#piso porta#back door (2000)#yorgos tsemberopoulos#white briefs#tighty whities
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locked myself out of my apartment first thing in the morning today.
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Não confie em minhas palavras, a verdade encontra-se em meu silêncio. Muitas vezes precisei omitir para sobreviver. Sabes bem o que quero dizer. Hoje falo através de meu olhar, pois poucos compreendem, mas as pessoas certas hão de notar. Entre nós há cumplicidade no ar. Não é necessário prosas nem versos, somente o coração batendo em uníssono transmite a mensagem final. Aprendi a ler nas entrelinhas de cada ser humano o que ele esconde. Vai por mim, isso não é nem de longe um dom. Às vezes, a mentira afaga e a verdade dilacera. Por que somos acostumados as ilusões? A realidade bate a porta bem diferente daquele príncipe em um cavalo branco e eu encaro minha imagem no espelho vestida com roupas inadequadas para uma verdadeira dama. O que importa como me apresento? Sento-me à mesa com meus demônios e brindamos à existência. O Universo colocou-me para dançar conforme a sua canção cósmica e o seu ritmo. Permito-me ser conduzida por algo maior que eu, pois o resto se perdeu. Ainda tenho fé no Divino, sei que Ele me acompanha. Em meus momentos de solidão, imersa em escuridão, era sua presença que me rondava. Está tudo bem, sorria. Confie mais na magia da Vida. Só não se esqueça, bebas as suas doses diárias de realismo, pois sua autenticidade chocará a muitos. O que pensa que estás fazendo escrevendo aos quatro cantos sobre liberdade e amor próprio? Quem dirá explicar sobre as dimensões que minha alma transita, em um dia estou em Marte e na manhã seguinte estou expressando minha arte. Piso em terra molhada, tomo banho de chuva, mas não sou bruxa, sou Natureza. Sou encanto e beleza que exala doçura em meus rompantes de loucura. Quanta dualidade habita meu ser? Uma alma que alça voos constantes e busca no horizonte um lugar para chamar de seu. Talvez você até se reconheceu. E, caso não, está tudo bem. O que importa é a centelha latente que desperta a chama da fogueira da eternidade que hibernava em mim. Ao abrir os olhos provavelmente tudo ao seu redor estará um caos total. Você passou muito tempo longe de si, afinal. Calma, você entenderá no final. Bem-vindo de volta. Eu te vejo.
@cartasparaviolet
#espalhepoesias#lardepoetas#pequenosescritores#projetoalmaflorida#autorais#mentesexpostas#carteldapoesia#poecitas#damadolago#eglogas#mesigamnoinstagram @cartasparaviolet_#liberdadeliteraria#projetovelhopoema#rosavermelha
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𓏲 ๋࣭ ࣪ ˖ 𐙚 ⌜ 𝐀𝐕𝐈𝐒𝐎𝐒: swann arlaud x leitora x sandra hüller, oscar 2024, contagem de palavras (944), leitora!personal stylist, sexo sem proteção (se cuidem flores!), masturbação fem + masturbação masc, nipple play ⁞ ♡ ̆̈
꒰ 𝑵𝑶𝑻𝑨𝑺 𝑫𝑨 𝑨𝑼𝑻𝑶𝑹𝑨 ꒱ @fromirkwood vc como sempre sendo a mais babilônica nas minhas asks, graças a deus vc existe ─ Ꮺ !
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.⸙ ELA VOLTA RADIANTE DA PREMIAÇÃO, o sorriso enorme esticando os lábios finos. A primeira coisa que faz, quando sobe as escadas para o segundo andar da casa reservada para a noite, é tirar os sapatos e te encontrar num dos quartos em meio à bagunça de maletas de maquiagem, malas e as araras duplas com roupas e caixas guardadas. Atrás dela, 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 sobe devagar os degraus, meio tímido, com um sorriso em linha e as mãos no bolso da calça social.
Se divertiram?, você pergunta, pegando os saltos de grife das mãos dela. 𝑺𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 ri, doce, “muito!”. Adentra o cômodo, enquanto você espera o francês para poder encostar a porta. “Agora temos que nos arrumar pra festa”, ela diz, gesticulando com as mãos no ar, te chamando. Você sorri, achando bonitinha toda a animação, os passos pelo piso te colando mais próxima da alemã. Mas algo parece suspeito, o seu olhar recai no homem, que vaga pelo canto do quarto até se recostar na penteadeira. Ele está sorrindo ainda, com o olhar perdido no chão, feito evitasse vocês duas.
“Vocês voltaram cedo”, você nota, “pensei que fosse voltar todo mundo junto também.”
“Porque a gente tem que se arrumar”, ela responde, roubando a sua atenção mais uma vez, “pelo menos eu tenho, né? Não separou outro vestido pra mim, hm?”, e você a observa, aperta as vistas, desconfiada. 𝑺𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 não se deixa abalar, mantém a mesma postura descontraída. Limpa os cabelos das costas, te convidando, vem tirar o meu vestido.
Você balança a cabeça, contendo um sorriso ao desviar o olhar. Não a nega o “convite”, por um momento nem questiona a presença do francês quando vê as costas nuas da mulher e a peça íntima rendada no quadril. Ela se vira, os olhos claros te observando, o toque das mãos frias se aquece quando as palmas se enchem com as suas bochechas, terna.
Et moi?, o eco da voz rouca do homem te rouba a sua atenção. 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 está olhando, esforçando-se para conter o sorrisinho fácil enquanto as mãos descansam ainda no bolso na calça social. É uma expressão malandra, você o conhece bem. Diferente dela, ele não consegue — ou não tenta — disfarçar as intenções. “Eu também tenho que me arrumar”, te fala, faz um aceninho com a cabeça, chamando, meio tímido, muito canalha, “tira a minha roupa.”
E você retira o blazer preto, desfaz com calma os botões da camisa social também escura pra descobrir o torço magro. Quando coloca as mãos no cinto, o olha, feito desse uma última chance pra ele protestar antes que você o desmonte todo. Mas tudo que recebe é um arquear de sobrolho como quem espera que seu desejo seja finalizado. Aí, você finaliza. Traz à tona mais um corpo que tanto se pegou imaginando nesses últimos meses trabalhando juntos.
Sente a mão dele tocando na sua nuca, firme. Num carinho que vem desaguando no ladinho do seu pescoço até tomar conta da garganta, te fazendo cerrar os olhos, suspirar. O jeito com que ele admira os seus lábios, você deveria ter visto, é de perder o fôlego também. Vem comigo, te é sussurrando pertinho do rosto antes de ser guiada pra cama.
𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 se senta na beirada, de pernas separadas. Toca o próprio sexo, se acaricia, lento, preparando para te oferecer, esticar a mão à sua direção. “Senta aqui”, diz, “no meu colinho”, sorrindo. Você ergue a barra da saia longa, logo deslizando a calcinha pelas pernas, e é virada de costas para o homem, se ajoelha na cama dessa forma, as mãos dele te segurando na cintura, para pairar por cima da pontinha melada. “Devagar”, ele murmura, te descendo, “sem pressa”, um centímetro de cada vez, “temos todo o tempo do mundo”, até que esteja cheia, sentada nas coxas dele.
Gut?, o tom alemão, embora soe até doce, te leva a responder de imediato, obediente, afirmando com a cabeça. Ela sorri, toca o seu rosto enquanto sente as suas mãos no quadril dela. “Tão bonita...”, te elogia, “mesmo quando eles voltarem, você sai daqui depois que eu fizer tudo que eu quero fazer contigo”, se inclina, a ponta do nariz resvalando na sua, “...okay?”, e te beija, estimulantemente áspera ao apertar o seu queixo dessa forma. Os lábios finos estalando nos seus, com certeza te marcando de batom nude.
Na cerviz, tem a boca quente do francês te molhando de saliva, chupando. Beijos que se espalham de tal maneira pela sua pele que alcançam a sua boca, por fim, quando pende a cabeça pro canto ao encontro dele. A língua empurra a sua, habilidosa, muito sensual. Rapidamente, você perde o ar, presa entre as duas bocas que tanto te devoram. As mãos de 𝑺𝒘𝒂𝒏𝒏 na sua cintura começam a te encorajar, a orientar os movimentos de subida e descida, te preenchendo e esvaziando repetidas vezes.
Os dedos de 𝑺𝒂𝒏𝒅𝒓𝒂 escorregam pela sua blusa, se afundam entre a bagunça amarrotada na qual a barra da sua saia se transforma para tocar o seu pontinho. Acaricia, circulando. Te incendiando.
Você tomba a cabeça pra frente, a testa se apoiando entre os seios dela, ofegante. Ela afasta a alça fininha pelos seus ombros, os seus peitinhos parcialmente à mostra agora. Tem o prazer de apertar um biquinho duro, te causar um espasmo, a crueldade de ter que morder os lábios para segurar um arquejo. Porra... São tantos estímulos, tanto carinho, tanto desejo acumulado ao longo do tempo que você nota os olhos nublando, a mente apagando conforme se entrega mais à satisfação. Mesmo quando escuta as vozes ecoando do andar de baixo, não se importa, sabe que só sai desse quarto quando te for permitido sair.
#imninahchan#swann arlaud#sandra huller#anatomy of a fall#anatomie d'une chute#anatomia de uma queda#sandra hüller
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Damn, this is a nice drawing but it's old so the style changes and I don't remember if I uploaded it on tik tok so XD in lower case
This one is also old and has the same story
I didn't like this one very much when I was making it, I think it was how the coloring was turning out so I never finished it and it's also Craig's metrosexual couple.
This is also an old drawing and you can also see the old name of my tik tok account and an old avatar then I upload the information date of my avatar why the lore of my oc is very extensive or avatar, final rating 6/10
I translate them for you
Craig:Come tweek, the stars look good here
Tweek:I'm coming Craig 🥵🥵
WTF derki que haces a qui 😦😦😦😦😦🤑🤑🤑🤑
Creepypasta de Kevin.exel
Streber: hola me llamo streber y como pueden ver mi novio digo mi amigo Kevin enloquecio por mucho estrés ahora mismo estoy escondido en una caja de cartón con mis amigos skid y pom , lamentablemente los demás murieron incluso mi mejor amigo Ehitan que en paz descanse, bueno ustedes se preguntaran que es lo que provoco que Kevin tuviera un colapso en pleno día verán era un día normal yo y mis amigos la estábamos pasandola piola asta que Kevin llega y me dice
Kevin: que haces con ese Ehitan ya te dije que no me agrada para nada es idiota
Streber: Kevin ya se que no te agrada pero sabes que es mi mejor amigo y lo quiero como un amigo no como otra cosa
Kevin: mira streber no atientes contra tu suerte no quiero volverte a gritar deacuerdo así que diles que ya se pueden ir por qué no estoy de humor hoy
Streber: deacuerdo ahorita los saco Kevin
Streber: después de que me dijera eso presedo a sacar a mis amigos de mi casa
Streber: bueno chicos ya se tienen que ir por qué ya es tarde, mañana seguimos hablando de la película de fnaf y seguímos con el debate de si deminic arruino la saga y la cronología de sprintrap y su icónica frase *I always come back*
Streber: después de que todos se fueran Kevin y yo nos fuimos a dormir pero antes de que nos fuéramos a dormir el entro a la cocina y dijo las siguientes palabras que me dejaron perplejos
Kevin : esos malditos amigos de streber me lo quieren quitar especial mente ese tal Ehitan, mañana veran mi verdadero ser y finalmente me desare de eso tontos y de skid y pom por no haber ayudado a streber con Bob velseb
*risa macabra de Kevin que porta un cuchillo de cocina*
Streber: era muy supreal no lo podía creer Kevin mi mejor amigo ya estaba dando señales pero no decí tomarle mucha importancia ya que no quería alertarme , gran error ,después de eso nos acostamos y nos dimos las buenas noches, ala mañana siguiente el se levantó con normalidad para ir al trabajo le desie un buen día*Cuarteto referencia 🗣️‼️* y el también me dijo que tuviera un buen día después de eso por ai de las 2:19pm o 5:40pm el empezó a comportarse muy raro,*cuarteto referencia 🗣️‼️* el empezó a enfadarse más rápido y ya no se podía jugar con el hasta que en un momento el agarro mi celular y entro en el wasap y me dijo gritando .
Kevin: ! streber que te dije sobre hablar con Ehitan ya te dije lo que opino sobre el ¡
Streber: esa fue la gota que derramo el vaso para que Kevin colapsara
Streber: ! Kevin que te pasa ¡
Kevin: *empieza a compulsiónar en el piso y se convierte en un lobo*
Streber: ¿! Kevin que te paso, todo este tiempo eras un hombre lobo 😦😦 ¡?
Kevin: *guruñe*
Streber: ¿Por qué nunca me lo dijiste?
Kevin*guruñe*
Streber: Tranquilo no pasa nada
Streber: después de que le dijiera eso Ehitan llaga para recogernos a mi y a Kevin para ver la película de fnaf.
Ehitan: hola streber y Kevin como están, !están preparados para la mejor película de sus vidas 😀😀😀¡
Kevin: ya baliste chorizo Ehitan*gruñe en 7 idiomas distintos*
Streber: entonces Kevin degollo a Ehitan en frente mío y grite con todas mis fuerzas pero fue inútil el aún seguía matando a Ehitan y empiezo a llorar y me voy corriendo a la casa de skid donde la mamá de skid me ve agitado y llorando por lo que ella me dice .
Lila: ho, hola streber en qué te puedo ayudar ¿espera por qué estás tan agitado?
Streber: es Kevin e....el....el está actuando raro y...y..y ...y el, haaaaaa solo déjame entrar por favor luego te explico bien
Lila: está bien pasa
Streber: después de explicarle todo, ella me dejó quedarme en su casa pero Kevin tenía otros planes , eran las 3:30am yo estaba en el sofá durmiendo asta que escucho algunos ruidos pero no le Tomé importancia asta que en un momento escucho un grito, me levanto y corro hacia la habitación de Lila y veo a Kevin comiendose la cara de Lila entonces salgo de la habitación y voy a la de skid y lo agarro y me voy de la casa corriendo y vasmos a la casa de pom para refugiarnos el abuelo de pom nos habré la puerta y entramos rápido la hermana de pom nos trae un baso de Chocomilk para calmar las aguas skid me pregunta que es lo que esta pasando y dónde está su madre le digo que esta en la freinson para que entienda ya que x son chavos el abuelo de pom me dice que es lo que paso y le cuento todo y el procede a decime .
Abuelo : relájate wachin *voz de Loquendo*
Streber: entonces procedo a calmarme pero en eso Kevin entra y debora al abuelo de pom y a su hermana así que agarro a skid y pom y los llevo a la dulceria, procedemos a ir a la bodega donde ay solo cajas de cartón y unos cuantos dulces, ahora mismo estoy escribiendo esto con un papel de baño que me robe de la casa de pom ya está adentro de la tienda creo que ya es mi fin !haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Kevin nooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo¡
*voz de Loquendo*
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71. ENZO VOGRINCIC IMAGINE
ᡣ𐭩 ─ enzo vogrincic × leitora.
ᡣ𐭩 ─ gênero: divertido. 🪁
ᡣ𐭩 ─ número de palavras: 663.
ᡣ𐭩 ─ notas da autora: oioi meus aneizinhos de saturno, como vão? espero que gostem viu? se cuidem e bebam água, um beijo. 😽💌
Assim como S/n, Enzo também pensou que ao voltar para Montevidéu encontrariam o apartamento do jeito que deixaram: organizado e limpo. Mas infelizmente não foi isso que aconteceu.
Quando a porta foi aberta completamente e revelou o piso da sala com muita poeira, folhas, galhos pequenos e a janela da sacada totalmente aberta, a brasileira lançou um olhar para Vogrincic e comprimiu os lábios antes de sussurrar um “desculpa”.
─ Ainda bem que Uma e Ada estão na casa de minha mãe… ─ Comenta calmamente o mais velho entrando no apartamento com suas pequenas malas, S/n caminha logo atrás dele.
Como estava fazendo um calor de fritar ovo na calçada, o casal não tinha outra escapatória para aproveitar esse tempo. Tomaram um banho gelado e partiram para os afazeres domésticos!
Ligando o rádio e conectando seu celular via bluetooth para tocar suas músicas, Enzo pegou todas as roupas que ele e sua mulher levaram para o México e colocou para lavar, já a brasileira abriu todas as janelas, pegou a vassoura e a pazinha, começando a varrer cada cômodo, principalmente a sala. O mais velho veio logo em seguida passando pano de chão com o desinfetante e assim que terminou, pegou a flanela na lavanderia e tirou o pó dos móveis.
A mulher foi para a cozinha e decidiu preparar um café da tarde. Fez ─ obviamente ─ um café com pouco açúcar e sorriu ao ter a ideia de fazer pães de queijo.
Lavou a forma quadrada e já foi em direção ao armário, pegando primeiramente uma bacia mediana e depois massa de pão de queijo, leite e manteiga. Abrindo a geladeira, ela pegou dois ovos e fechou a mesma, pegando por fim ─ na gaveta do armário ─ a colher de pau.
Enzo sorriu ao sentir o cheirinho de café quando terminou de estender a roupa no varal. Guardou os pregadores que não usou dentro da sacola grande de Atacadão e a pendurou no prego mal colocado na parede da lavanderia, dirigindo-se até a cozinha e abraçando sua namorada por trás.
─ Que cheirinho gostoso. ─ Vogrincic fala passando seu nariz de leve no pescoço da garota.
─ Meu perfume? ─ A brasileira indaga terminando de enxugar a pouca louça que havia utilizado.
─ Também, amor. Mas eu estava me referindo ao cheirinho de café. ─ Enzo sorri se embolando um pouco no português e solta uma risada sincera ao ver sua namorada virar para si, colocando a mão sobre o peito, fingindo estar indignada e o acompanha brevemente rindo também.
─ E do pão de queijo? ─ S/n perguntou colocando uma mecha do cabelo de seu uruguaio atrás da orelha. ─ Não sentiu o cheirinho do pão de queijo? ─ Ela sorri.
Enzo fecha os olhos e enche o peito de ar, sentindo finalmente o cheiro do pão de queijo. Ele abre seus olhos e abraça animadamente sua mulher, a girando no ar com cuidado para ela não bater na bancada.
─ Você sempre me surpreende, como isso é possível, chiquita? ─ Enzo indaga com os olhinhos brilhando enquanto ainda mantinha S/n em seus braços.
─ Ah… Esse segredo eu não te digo… ─ S/n fala com a voz que se “comunica” com seu gatinho e sorri vendo Enzo virar os olhos.
─ Agora esquece o forno ligado igual você esqueceu a janela da varanda aberta. ─ Comenta o uruguaio se distanciando de sua mulher e desligando o rádio, se sentando no sofá.
─ Nossa! Desse jeito eu nem preciso de inimigo né? Como é possível!? ─ A brasileira morde os lábios indignada e pega uma xícara para tomar café.
Enzo se vira para ela com um sorriso sacana estampado no rosto e diz em tom zombeteiro:
─ Ah… Esse segredo eu não te digo!
#imagines da nana 💡#enzo vogrincic#enzo vogrincic fanfic#enzo vogrincic imagine#enzo vogrincic smut#enzo vogrincic x you#enzo vogrincic x reader#enzo vogrincic × leitora#enzo vogrincic one shot#a sociedade da neve#la sociedad de la nieve#society of the snow#lsdln cast#lsdln x reader#lsdln smut#lsdln imagine#lsdln fanfic#pt br#cncowitcher
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͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐜acciatore — blas polidori
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰ord count — 1,899
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐭w — sangue, violência, vampismo (?)
͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰ritten by @cmendsee on twitter.
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Você adentrou a casa a passos lentos, notando, de imediato, o silêncio que assolava o local. Isso não era algo usual, até onde você se lembra. Blas não gosta desse silêncio ensurdecedor, então o fato de você não conseguir ouvir nenhuma melodia ao longe ou até mesmo passos, era um tanto estranho.
De repente, lhe ocorreu o pensamento de que algo ruim poderia ter acontecido com ele. Não, isso é improvável. Você teria escutado a confusão de muito longe, não é todo dia que encontram um vampiro que podem executar em praça pública. Mesmo com a preocupação te perturbando a mente, você subiu as escadas num ritmo tranquilo, temendo que alguém a ouvisse, talvez? Você não faz ideia.
Ao alcançar o topo da escada, finalmente ouviu alguma coisa que não fosse sua própria respiração ou os lances de escada rangendo sob seus pés.
Ouviu, ao longe, um baque alto. Algo deve ter caído no chão, talvez tenha sido derrubado pelo vento, mas essa sugestão se provou incorreta ao ouvir uma risada baixa, seguida de murmúrios os quais você não entendeu o que diziam, mas parecia uma boa conversa. Foi se aproximando lentamente, enxergando a porta entreaberta de um dos quartos inutilizados da casa, você escutava o som da lareira crepitando, a conversa se tornou compreensível. Uma voz mais do que conhecida conversava baixo com uma mulher até então desconhecida para você. Ela ria adoravelmente toda vez que ele lhe dizia algo, por mais banal que fosse.
“Bem, você perdeu o jogo.” Ela pontuou em uma risadinha irritante. “É, perdi. Não sou exatamente bom no xadrez como você, nena.” O uso do apelido, a voz doce, tudo fez o seu sangue ferver. Você fez todo o trajeto até a casa preocupada com ele para chegar aqui e descobrir que ele deixou outra mulher entrar?
Não, isso não pode ficar assim. Antes que pudesse dar um passo à frente, o braço estendido para abrir a porta por completo. Você ouviu a jovem gracejar em um tom baixo novamente, e por fim dar um grito estridente. Você pode ver, pelo vão da porta, o momento exato em que Blas puxou a jovem trêmula pelos cabelos e cravou os dentes em sua traqueia.
Por um breve momento, os olhos mortificados de choque da pobrezinha miraram você. Ela mexeu os lábios, mas não conseguiu formar um pedido de socorro como queria. Ela apenas engasgou e soltou alguns lamentos patéticos. Não era nada para se preocupar, talvez ela merecesse morrer dessa forma, afinal, foi ela que procurou se meter naquela casa e com o que não pertencia a ela.
Você encostou na porta, sem muita força, e ela se abriu por completo. O que se desenrolava à sua frente não era algo novo, mas sem dúvida alguma, era lindo. Tão lindo que poderia ser uma das tragédias pintadas por Ilya Repin.
As cortinas estavam fechadas, permitindo que a lareira fosse a única fonte de luz do local. Os lençois da cama praticamente inutilizada do cômodo estavam bagunçados e manchados de um vermelho profundo, uma única taça de vinho repousando tombada sob eles. A garrafa estava jogada no chão, quebrada ao meio, o líquido se espalhando pelo chão de madeira que ninguém se incomodaria de limpar depois. Havia um tabuleiro de xadrez esquecido no piso, suas peças estavam espalhadas em volta, como se alguém tivesse tentado interromper a partida dando um tapa no tabuleiro. E então, havia o centro da imagem.
Quando você entrou, os olhos de Blas se viraram na sua direção imediatamente e se encheram com um amor tão puro que você só pode pensar que era adorável, não se importando muito com o fato dele ter a mandíbula trancada na garganta de uma jovem que você nunca viu na vida.
A camiseta branca que usava tinha os botões superiores abertos, os cachos cor de ébano estavam emaranhados e fora de ordem. Ele mordeu e puxou, como um animal, um pedaço da carne da menina, arrancando-a com sucesso apenas para cuspir aquela fração de um corpo no chão. Quando olhou para você novamente, ainda parecia lindo. Os lábios haviam sido manchados de um tom profundo de escarlate que ainda escorria pelo queixo do rapaz e manchava suas roupas. Suas pupilas estavam dilatadas e ele sorria como se tivesse acabado de lhe surpreender com algo que você disse que queria a muito tempo.
“O que foi, cariño? Ciúmes?” Blas riu, parecendo desorientado, quase como se estivesse bêbado, olhava para você com uma feição divertida, se fazendo de inocente, dissimulado como gostava de ser.
Seu corpo se moveu por conta própria, ouvindo o barulho de seu próprio sangue correndo pelas veias como um zumbido irritante no ouvido, estendeu os braços a fim de envolver as mãos ao redor do pescoço dele, estrangulando-o, e o beijou.
A princípio, Blas engasgou com a falta de ar e envolveu os dedos ao redor de seus pulsos, tentando lhe obrigar a soltá-lo, sem muito sucesso. As pontas das unhas rasparam as costas das duas mãos, deixando rastros vermelhos na pele que não doiam nada.
O gosto metálico do sangue invadindo sua boca não lhe era estranho. Era bem familiar, para dizer a verdade. Mas não nessas circunstâncias, não desse jeito. Mordeu os lábios macios do rapaz com tanta força que os manchou de um novo tom de carmesim que vinha a mascarar o sangue daquela coisinha miserável da qual ele havia se alimentado. Blas fez um ruído baixo em reclamação, mas você não lhe deu o mínimo espaço para protestar sobre o que estava acontecendo ao reforçar o aperto em seu pescoço. Cometeu o erro de se inclinar para frente, montando os quadris alheios, forçando o argentino a se manter abaixo de você, o que se revelou uma péssima decisão quando ele se arrastou sutilmente para trás, repousando as costas no chão apenas para levantar subitamente, lhe forçando a separar o beijo, e então maneando a cabeça de modo a bater a testa com força contra seu nariz.
A dor latente lhe atingiu com tudo. Isso não era mais uma das brincadeiras brutas que costumavam ter um com o outro, ao seu ver, era um jogo que merecia ser levado a sério. Você soltou um grunhido baixo por conta da dor, levando ambas as mãos até o nariz, visto que havia notado o filete de sangue que escorria pelo seu queixo e pingava em gotas no chão de madeira, e enquanto tentava se recompor do golpe nada esperado, ambos seus pulsos foram agarrados e levantados acima da cabeça, Blas a girou rapidamente, levando suas costas de encontro ao chão, o que a fez soltar um chiado irritado e se debater, o que não adiantou muito, afinal, sendo uns bons centímetros mais alto que você, ele não tinha o menor dos problemas em te restringir dessa forma.
Olhá-lo desse ângulo lhe trazia uma sensação peculiar. A sensação de estar em perigo, de precisar fugir. Esse sentimento destoava do jeito que Blas a olhava, observando atentamente os detalhes de sua face como quem admira uma obra de arte imaculada, ainda segurando seus pulsos acima da cabeça de modo hostil.
O rapaz inesperadamente lhe selou os lábios. “Não é assim que você costuma reagir a presentes.” ele sussurrou num tom divertido que soou irritante aos seus ouvidos.
“Você considera isso um presente?” Você respondeu num resmungo, desviando o olhar dele para encarar o cadáver presente na sala junto a vocês. Blas fez o mesmo, virando a cabeça para olhar a cena, parecendo um tanto desinteressado.
“Ela ficou curiosa sobre a casa e resolveu explorar, disse que achou que estava abandonada.. Eu achei que poderíamos dividir.” Deu de ombros ao terminar sua sentença, baixando a guarda de modo sutil, mas ele não parecia ter a intenção de soltá-la. “O que você estava pensando? Que eu iria abdicar de você por uma garotinha enxerida que apareceu na minha porta?” Blas soltou um riso de escárnio.
“Você é um psicopata, Blas Polidori.” Resmungou, novamente, entredentes. Isso o fez rir novamente, se você não quisesse matá-lo, teria se permitido achar isso adorável.
“Seu psicopata. Para sempre.” Blas sussurrou, encostando a testa na sua como se estivesse lhe contando um segredo importantíssimo e sorriu com um entusiasmo estranho. “Toda eternidad.” murmurou num tom tão doce que lhe deixou enjoada. Ele abaixou as mãos, liberando seus pulsos, e rastejou para longe de você, em direção ao corpo no centro da sala. Você se sentou, esfregando as marcas vermelhas nos punhos. Tentou limpar o sangue que lhe manchava o rosto com as costas da mão, mas sem sucesso. Você observou Blas se ajoelhar ao lado do corpo, que jazia numa pequena poça do próprio sangue da jovem. Ele encarou o cadáver, encarou você, encarou o cadáver novamente. Você respirou fundo.
“Eu não vou beber isso.” Afirmou, franzindo o cenho ao olhar a menina desfalecida no piso.
“Você vai. Você precisa e quer. Eu conheço você, cariño.” Blas cantarolou num tom implicante. “E além do mais, é um presente.”
“Não é um presente, isso é um corpo.” Você se levantou, caminhando preguiçosamente até o cadáver.
“Vamos, nena, por favor.” Ele suplicou, mais sério do que anteriormente.
Embora tentasse manter a calma, internamente, sentia como se fosse explodir a qualquer momento. A dor aguda do nariz muito provavelmente quebrado não havia lhe deixado ainda, as mãos também doíam até as pontas dos dedos pelo esforço, tremendo incontrolavelmente. Seu corpo simplesmente passou a se mover sozinho quando agarrou o punho da pobrezinha e afundou os dentes na pele clara com satisfação.
Você não se atentou ao seu redor, nem a forma como Blas teria reagido, nada. Apenas fechou os olhos, sentindo a dor se esvair de seu corpo aos poucos.
Presa dentro da própria cabeça, você não ouvia nada ao seu redor que não fosse o barulho característico da lenha queimando na lareira. Não ouviu passos, não ouvia a respiração regulada de Blas, apenas o silêncio ensurdecedor que encontrou quando entrou na casa a algum tempo atrás. Porém, dessa vez, o silêncio se tornou mais que reconfortante, visto que você se permitiu baixar a guarda totalmente.
Dois braços serpentearam ao redor da sua cintura e isso lhe arrancou de seus pensamentos e a obrigou a abrir os olhos, mesmo tendo plena consciência de quem era.
“Ainda quer me matar?” Blas murmurou, apoiando o queixo no seu ombro. Virando a cabeça, você pode ver o bico formado nos lábios alheios, te olhando inocentemente, cínico.
“Eu acho melhor você não me tentar.” Você respondeu num tom ríspido, segurando uma risadinha.
“Tudo bem, então.” Ele riu baixo, depositando um selar em seu pescoço antes de abraçar sua cintura, deitando no chão e lhe obrigando a fazer o mesmo.
Resolvendo não protestar, você apenas o seguiu, endireitando a postura para repousar a cabeça no peito alheio. A ação foi retribuída com um beijo dado no topo de sua cabeça.
Havia algo de romântico em estarem deitados assim, juntos, sujos de sangue. Seria uma imagem visceral, horrenda e aterrorizante para qualquer um que a presenciasse, dois assassinos, monstros, descansando ao lado de sua pobre e indefesa vítima, seria um belo livro de romance gótico se não fosse real e estivesse ao alcance das pontas de seus dedos.
Fechando os olhos novamente, deixou que o silêncio, dessa vez confortável e acolhedor, a consumisse. Sumiriam com aquele cadáver mais tarde.
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͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ ͏ᅟᅟ͏ ͏ 𝐰riter’s note: opa, primeira vez aqui! escrevi essa fic para algumas amigas, mais eu gostei dela até demais ( e me deu um trabalhão para escrever ) então resolvi postar aqui. A fic também foi postada no wattpad, mesmo user daqui. Aceito sugestões do que escrever também, espero que gostem.
#la sociedad de la nieve#blas polidori#blas polidori x reader#pt br users#vampirism#fanfic#sociedade da neve#cinephile
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𝐀𝐍𝐃 𝐋𝐎𝐕𝐄 𝐃𝐀𝐑𝐄𝐒 𝐘𝐎𝐔 𝐓𝐎 𝐂𝐇𝐀𝐍𝐆𝐄 𝐎𝐔𝐑 𝐖𝐀𝐘 𝐎𝐅 𝐂𝐀𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐀𝐁𝐎𝐔𝐓 𝐎𝐔𝐑𝐒𝐄𝐋𝐕𝐄𝐒 (task explorando o futuro ).
lykos era um animal matinal. ele gostava de acordar cedo e gostava de manter sua rotina. qualquer coisa que o atrapalhasse fazia com que seu dia fosse arruinado. ele acordou antes do sol nascer, imaginando conforme o seu costume que era em torno de três e meia ou quatro horas da manhã. arrastou seu corpo de cima de sua cama, tocando o piso de madeira ranzinza com os pés descalços. perdera as meias no meio da noite. vestiu seu chinelo - de madeira e couro - e foi em direção ao banheiro. abriu as janelas como de costume por onde passava, deixando o ar gélido da noite entrar. o banheiro era em um dos cantos do segundo andar, com uma janela grande que era a única que ele não tinha certeza se abria ou não por que ela sempre esteve fechada. a água encanada era uma novidade em sua casa, pois lykos sempre preferiu morar da maneira mais simples possível. agora nesse reino, algumas mudanças haviam sido bem-vindas. água encanada e um frigorífico eram duas que ele podia citar. lavou seu rosto e seu cabelo na pia do banheiro, utilizando da luz de uma vela para iluminar seu caminho. ele ainda se recusava a ter lâmpadas além de um abajur no seu quarto e uma amarela e fraca na cozinha. lykos era contra coisas desnecessárias. havia vivido uma vida inteira de uma maneira, não iria mudar e acompanhar certas maluquices. penteou seu pouco cabelo com as mãos, observando que ele estava começando a crescer um pouco e fez uma nota mental de que precisava passar a máquina de novo.
sua sala ainda estava iluminada pelas brasas da lareira. ele normalmente apaga tudo com água, mas lembra que na noite passada estava sem disposição. além de ter chegado em casa e ter tomado um banho demorado e comido sua janta na beirada da lareira, não lembra de muita coisa. apagou as brasas por completo enquanto esperava a chaleira com água aquecer no fogão a lenha da cozinha. seu café da manhã era sempre o mesmo. ele tomava uma xícara de café preto com um pouco de pão caseiro que nunca durava muito tempo na sua casa. ele não tinha geladeira, outra coisa que não entendia o motivo de existir além de afagar os luxos daqueles que tinham mais dinheiro e mais desejos e luxúrias, então ele não tinha alimentos perecíveis em casa. quando tinha, precisava comer rápido antes que estragassem, então ele normalmente comia o resto da janta junto com o café da manhã, se fosse um alimento que fosse ajudar ele a se manter de pé por mais tempo durante a caçada. na noite anterior ele tinha feito uma sopa, pois seu estômago não estava muito bom, sequelas do que havia passado há muito tempo presentes até aquele dia. nesta manhã, lykos optou por catar as batatas que havia cortado e jogado na panela para fazer um purê com água e passar no seu pão. não era nada gostoso, mas ele precisava de carboidratos pelas próximas horas. e estava quente e seu estômago roncando de fome, então ele comeu e se contentou.
sua casa era fria. o piso era de pedra e o espaço era grande demais para poucos móveis, dando um ar gélido e abandonado para o lugar. lykos se vestiu na sala, os pés sobre um pelego antigo e mastigado que ele tinha. seu rosto estava iluminado apenas pelo abajur que ele carregava do quarto para a sala e da sala para o quarto quando precisava. o vento que entrava pela janela fazia com que ele agisse com pressa, mesmo gostando a preferindo o frio. desceu as escadas rapidamente depois de pronto, seus pés saltando os degraus de dois em dois pelo costume. os sons da madeira rangendo já eram comuns para ele. a escada dava direto na sua pequena fábrica e ele olhou o quadro negro para checar o que tinha que caçar hoje. um alce ou um veado, pois recebera uma encomenda de um par de chifres para adornar um lustre. lustres não eram da sua alçada, mas o que seus clientes faziam com seus produtos eram problema deles.
lykos saiu porta a fora pelos fundos do leather emporium, pegando embalo no piso embarrado. sua loja ficava estrategicamente posicionada, a ponto que em menos de dois quilômetros correndo e se esquivando de pessoas, ele já estava na floresta. já estava em sua forma de lobo, sentindo o chão sob suas patas passando cada vez mais rápido. ele sabia onde achar certos animais a essa altura da vida. desde sua infância, observar os padrões de animais fazia parte de uma rotina necessária para a sobrevivência. mesmo quando se alimentava de humanos, ele não podia ignorar os outros animais. depois de quase uma hora correndo, viu um riacho pequeno, o barulho da água disfarçando o suficiente os sons seu redor, mas não o cheiro dos animais que estiveram ali há não muito tempo. lykos fez o mesmo, parou e bebeu água e observou o sol recém-nascente no horizonte, os raios tímidos chegando até ele por entre os galhos.
seguiu seu caminho depois de uns minutos sentado, as patas dianteiras molhando na beira da água. ele sabia que estava perto, sentia cada vez mais o cheiro de um alce não muito longe dali. seus passos se tornaram cada vez mais cuidadosos e lentos, conforme ele analisava as possibilidades. quanto estava já há alguns metros, percebeu que era um casal de alces. eram um macho e uma fêmea, o que se tornou um problema. ele não teria serventia nenhuma para uma fêmea e precisava que ela saísse dali. lykos travou, seu corpo escondido atrás de uma árvore e sua mente pensando. pensando rápido, lykos se transformou em humano novamente. seu corpo estava todo sujo, dos pés a cabeça. sua roupa, que era removida magicamente quando ele se transformava, mas voltava ao seu corpo quando ele voltava a forma humana, estava um pouco rasgada. ele nem se lembrava de ter se cortado. saiu de trás da árvore e começou a caminhar em direção aos animais. tentou parecer o mais fraco e pequeno possível, o mais inocente. a fêmea o enxergou e saiu correndo, mas o macho ficou paralisado. ele era enorme, lykos percebeu mesmo evitando o contato visual. pela distância que estava do animal ele conseguia perceber que ele chegava facilmente a quase dois metros, bem mais alto que lykos. normal, ele já tinha enfrentado coisas maiores. quando estava há cinco metros do alce, ele estabeleceu contato visual e o animal automaticamente mudou de atitude. agora, o alce queria atacar lykos, principalmente quando ele começou a rosnar. ele conseguia rosnar em sua forma humana, um ronco saído direto do seu peito que causava estranheza em qualquer um. mesmo sem mudar sua expressão facial, lykos rosnava e instigava o animal que começou a bater os cascos dianteiros no chão. ele precisava atacar agora.
sua magia falhou. lykos sentiu como se estivesse caindo de um precipício pois sua magia, sua natureza, falhou. ele deu um impulso para frente, pronto para cair com as quatro patas no chão, mas nada aconteceu. nada do que ele esperava, pelo menos. seus braços e pernas começaram a doer, mas lykos não ligava para dor, então apenas ficou observando conforme seus membros se contorciam. ele não entendia, seus braços começaram a encolher e ele sentiu como se sua espinha estivesse sendo dobrada ao meio. lykos caiu no chão, seus ossos sem função, e viu sua presa sair correndo na direção oposta. ele não conseguia se mexer, apenas observar com o olhar desfocado conforme seu braço direito mudava entre um braço humano e um braço lupino. como um glitch.
seus olhos fecharam.
sua ninhada tinha outros quatro filhotes. lycidas, hati, skoll e eirwen. hati e skoll eram gêmeos, eirwen tinha a mesma pelagem que sua mãe e lycidas… lycidas era o seu irmão. a pessoa com que lykos se importava genuinamente desde o início. ele era o mais fraco, também. não se lembra da primeira vez que precisou cuidar de lycidas em uma de suas grandes gripes, mas se lembra que quando tinha seis anos, o irmão parou de sofrer. agora, deitado no chão, lykos sentiu seu corpo despertar com um suspiro profundo. como se tivesse saído de um mergulho para a superfície.
— onde ele está? — uma voz masculina similar a sua veio de alguns metros atrás de seu corpo caído. lykos levantou o olhar o mais rápido que pode, seus olhos caindo sobre lycidas, seu irmão. — o que aconteceu?
o irmão foi até ele, o pegou pelos ombros e o levantou. lykos não soube como reagir. lycidas era alto como ele, músculos parecidos, cabelo longo e loiro platinado como o dele. de repente, lykos não conseguiu perguntar como ele estava ali, como que ele estava vivo. de repente, o corpo dele soube que aquilo era normal e num piscar de olhos, ele seguiu falando.
— eu não sei, meu corpo travou. minha transformação…
— você está bem?
— eu… eu… — lykos gaguejou, percebendo pela primeira vez que ele estava sentindo dor. lykos não reagia a dor há muito tempo. seu corpo estava fraco nos braços do irmão, como se não conseguisse firmar as pernas de jeito nenhum e seus braços estivessem com os músculos atrofiados. — eu não sei, meu corpo está doendo. todo.
— eirwen está mais na frente, com hati e skoll. eles vão conseguir o alce, mas temos que alcançá-los. — lycidas puxou o corpo de lykos e começou a carregá-lo sobre os ombros. ele não reagiu, apenas deixou que seu irmão se transformasse e o levasse até os seus outros irmãos.
eirwen tinha olhos profundos e negros, que davam a ela uma aura obscura. hati era parecido com ela, loiro platinado e olhos escuros. skoll era o único dos irmãos que tinha um cabelo loiro mais escuro, mas também tinha os olhos mais claros entre eles. num geral, todos eram diferentes do seu próprio jeito e não era uma raridade quando pessoas não achavam que eles eram irmãos de verdade. elas não entendiam que eles funcionam pela lógica lupina, não a humana.
— o que foi que aconteceu? — eirwen fez a mesma pergunta de lycidas, mas seu tom foi muito diferente, bradejante. ela estava coberta de sangue de alce, o animal já inerte no chão da floresta. partiu para cima de lykos, mal esperando que ele saísse de cima de lycidas. — o que anda acontecendo com você?
— eu não sei. eu acho que desmaiei. — foi a resposta dele, por que era a verdade. eirwen deu risada, seu olhar incrédulo. — inútil.
de repente, a consciência do que aquela interação significava para lykos se tornou presente. sua memória mudando sem ele nem perceber. eirwen e lykos eram os chefes da alcateia e lykos era o alfa, mas lykos não mandava em nada há um bom tempo. sua saúde estava decaindo com episódios parecidos e ele já demonstrava sua fraqueza. e ele não ia aceitar isso. na natureza, animais fracos não faziam bons alfas e ele não podia deixar que aquilo acontecesse. ele partiu para cima de eirwen, correndo e se transformando no ar. dessa vez, com sucesso.
suas patas bateram no peito da irmã antes que ela pudesse se transformar, mas isso também não demorou muito. eirwen era uma loba branca, assim como lykos. a pelagem antinatural da família. ela recuou, rosnando e cercando o irmão mais velho enquanto ele fazia o mesmo. ele não era de recuar, mas deixou que ela o observasse antes de atacar de novo. correu em direção a irmã uma segunda vez, dessa vez deixando ela sem ter para onde ir. foi tudo muito rápido, com arranhões e mordidas falhos e erros, até que ouviu eirwen soltar o que poderia ser considerado um grito.
— lykos! — a voz de lycidas o chamou e ele recuou, sentando nas patas traseiras com expressão neutra enquanto observava a irmã voltar a forma humana, a mão direita na orelha enquanto seu próprio sangue jorrava do machucado. lykos também tinha se machucado, sentia o corte embaixo da costela direita, mas ele não podia reagir.
eles voltaram em silêncio para a cidade, com lycidas e skoll carregando o alce e lykos liderando eles. lykos estava confuso, como se uma nuvem estivesse pairando sobre seus pensamentos. ele estava machucado e estava doendo, o que era o primeiro sinal de que tinha algo errado. ele machucou sua irmã e pareceu ser a coisa errada a fazer, mesmo que ele saiba que era a coisa necessária naquele momento. tudo parecia fora de lugar no seu corpo. seus ossos pareciam estranhos sob sua pele e ele sentiu vontade de vomitar.
a cidade estava calma, com eles caminhando entre os becos mais calmos e evitando o olhar da maioria das pessoas. eirwen tinha se lavado em um riacho no caminho, mas lykos não quis fazer o mesmo. nem seus irmãos, que estavam quietos e observando a situação. entrou pelos fundos do leather emporium, mandando seus irmãos colocarem o alce no frigorífico. mandou sua irmã fazer um curativo na orelha, com ajuda de lycidas e mandou também skoll e hati atenderem os clientes depois de se lavarem. ele precisava se deitar. as escadas permaneciam as mesmas, mas o resto do segundo andar estava diferente. o lugar que antes era vazio com os poucos móveis de lykos agora estava apertado com a presença de seus irmãos. apesar dessa diferença, ele andou ali como se fosse sua casa de sempre. passou pela sala, se despindo no caminho até o banheiro. se banhou e se escovou de maneira desesperada, querendo tirar a sujeira do corpo. fez um curativo no corte da sua costela e se arrastou até seu quarto. dormiu, cansado e dolorido.
dois dias depois, quando ele estava terminando de fechar a wolfgang’s leather emporium, lykos escutou os passos cautelosos de lycidas. se virou, observando o rosto do irmão mais novo. ele estava atrás do balcão, como se não conseguisse chegar mais perto. ele sabia o que o irmão iria falar, sabia o que o preocupava.
— guarde seus pensamentos para si mesmo, lycidas. — advertiu, olhando uma última vez pela vitrine antes de fechar sua porta.
— ela é perigosa. — lycidas disse, mesmo contra a ordem de lykos. ele não se importava. o mais novo podia fazer o que bem entendesse e lykos provavelmente não o repreenderia.
— eu vou embora. — disse, depois de alguns minutos. os dois estavam parados mais próximos agora, a aproximação vinda de lykos. ele sabia que podia contar isso para lycidas e melhor ainda, sabia que ele o seguiria.
os irmãos tinham saído da alcateia do pai para serem submissos a lykos. ele era um alfa naturalmente, mas acontece que eirwen não aceitava tão bem as regras. agora eles estavam convivendo em sociedade por conveniência, mas aquela era a vontade de lykos. ele queria ser uma pessoa normal. os cinco irmãos wolfgang, que tinham um sobrenome, estavam muito bem administrando a loja. a produção era alta e eles eram bem vistos pelas pessoas. por que deveriam mudar? lykos não queria matar seus irmãos, por isso iria embora. e lycidas ia com ele.
— quando? — lycidas olhou ao redor, como se sua irmã tivesse escutando. ela não estava na loja, mas todos os irmãos tinham ótima audição.
— daqui uns dois dias. eu já estou levando algumas coisas para uma caverna há 30 quilômetros daqui. vai ser nossa primeira parada.
lycidas apenas acenou com a cabeça e a conversa acabou ali. eles não podiam discutir muitas coisas de antemão. certas situações precisavam do elemento surpresa.
surpresa foi o que ele sentiu quando acordou de madrugada e sentiu o corpo de sua irmã sobre o seu, faca no ar e pronta para descer a toda velocidade sobre sua garganta. reagiu o mais rápido que conseguiu, usando a força de suas pernas para jogar eirwen longe. seu coração aumentou os batimentos em poucos segundos e ele viu seu olhar ficar turvo por causa da movimentação rápida, como se a atitude de eirwen tivesse sido jogar um balde de água congelante por cima dele. ele sabia o que era aquilo, por isso não questinou as atitudes dela. era uma insureição, ela queria lykos morto. foi um choque, pois apesar de tudo, ele não conseguiria matá-la. era sua irmã e ele havia prometido protegê-la. ela partiu para cima dele de novo, faca zunindo em direção ao seu peito. lykos se transformou, desviando da faca que seria sua sentença.
— me enfrente como um homem! — ela bradiu. ele sabia que aquilo era uma armadilha. uma velha, para ser exato. ele não deveria cair tão facilmente, mas se viu fazendo o que ela pediu.
— eu não vou matar você. — a voz de lykos saiu calma, enquanto seu peito subia e descia freneticamente. ela tinha pressionado seu machucado quando sentou sobre seu peito. ele não reagiu, mas sabia que precisava atacar sua orelha. olho por olho.
— bom. — ela grunhui entredentes e o atacou. lykos sabia os meios de eirwen melhor do que ela mesmo. ele a treinou quando ainda eram filhotes. ele sabia que precisava sacrificar algo, então enrolou a mão rapidamente na camisa que estava jogada na cadeira ao lado de sua cama e segurou a faca. o pano evitou um corte muito profundo, mas não evitou de machucar ele. conforme ele segurava a faca com toda força e tentava derrubar eirwen, ele sentiu a dor percorrer todo o seu braço.
— eu não quero matar você! — ele gritou, sentindo o medo do que poderia acontecer tomando conta do seu peito.
— mas você vai, não é? — ele entendeu o tom dela. era uma provocação. eirwen achava que ele era fraco. achava que ele não era bom o suficiente para ser um alfa. achava que ele tinha sido corrompido pelo amor que sentia pelos irmãos.
lykos travou, ainda pressionando o corpo de eirwen contra o chão. olhou nos olhos dela, com pavor visível. eirwen tinha morrido com seis meses. ela não passou de um filhote. lykos era sozinho.
— chega! — lykos ouviu a voz de lycidas do outro lado da porta, que ele logo percebeu estar trancada. — vocês vão se arrepender! parem, por favor!
ele não desviou o olhar da irmã, levando sua mão livre até o curativo na sua orelha e arrancando ele com tudo, aumentando o corte no local. eirwen soltou um grito de dor lancinante e ele soube que tinha ganhado a briga... mas ele precisava de tempo. levantou o corpo, puxando o corpo cansado da irmã consigo e jogou ela com toda sua força contra o chão, fazendo com que ela desmaiasse, sem chances de resistir.
seu corpo estava todo dolorido, mas ele precisou se levantar. precisava ir embora. colocou todas as suas roupas em uma mochila e abriu a porta, vendo um lycidas e um skoll exasperados, olhando para ele e depois para o que ele havia deixado para trás.
— ela está bem, vai sobreviver. — garantiu. olhou para skoll, que estava com as mãos sujas de sangue. — hati...? — ele meio que esperava que o outro irmão o seguisse. que ele fosse leal assim como os outros eram, mas um lobo escolhia o seu líder. ou líder nenhum.
— ele está morto. — lykos entendia. skoll era diferente, ele fez o que tinha que fazer, mesmo que não fosse o que ele esperava. — boa sorte. para os dois.
antes de partir, pela porta de frente, lykos encarou a fachada da wolfgang's leather emporium. o nome tinha sido ideia de lycidas, usar o nome do pai como sobrenome para a família também. era irônico, na verdade, considerando que eles tinham se rebelado contra a alcateia do pai e matado todos. lykos sorriu e depois caiu na gargalhada conforme caminhava pelas ruas que levavam até a saída da cidade. ele queria que tudo ficasse bem e se tudo ficasse bem, lykos finalmente poderia ser um líder em paz.
a morte de lycidas destruiu lykos. era o último prego faltando no caixão que residia em seu peito. isso era um fato e independia da versão da sua história que fosse contada. lycidas era o seu irmão de verdade, era a criança que havia nascido junto dele, minutos de diferença, e era em quem ele mais confiava. seu braço direito.
na sua história original, lycidas morreu muito jovem, mas foi um dos que mais lutou para viver. a morte dele marcou a vida de lykos como um trauma constante sobre como não conseguia salvar aqueles que amava. sobre o quão inútil poderia ser, independente do seu desejo. na nova história, ele percebeu ao acordar no meio da floresta, seu amor pelos seus irmãos mudou quem ele era. o tornou fraco e inconsequente.
lykos rolou sobre seu corpo, tentando ficar de quatro e levantar, mas não obteve sucesso. seu corpo todo dia e ele percebeu que estava completamente nu. o sol estava diretamente em seus olhos e conforme ele olhava ao redor, percebeu que estava no topo de um precipício. era só ele dar um impulso para frente e iria cair entre as árvores num baque surdo. sentiu que ia vomitar ao perceber que tinha passado a noite, ou até mais tempo, desmaiado no meio da floresta. ou não tão desmaiado... o que ele tinha feito para acabar naquele lugar e daquela maneira?
ele sentiu um ódio imenso corromper seu peito. lycidas poderia ter vivido. lycidas iria seguir ele até os confins do mundo como seu braço direito. e, mesmo protegendo o irmão da melhor maneira que podia, alguém iria cruzar seu caminho e o matar a sangue frio. lykos sentiu um grito de repulsa e raiva escapar do seu peito. humanos. humanos eram a culpa daquilo e a culpa de todos os problemas da vida de lykos.
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parabéns,nonuuuu!você é a minha autora favorita de todo esse site,e olha que eu sou muito exigente,honesto!queria fazer um pedido com os prompts 35 e 45,e o idol seria o mingi do ateez♥︎
GRANDE EVENTO DE 1 ANO DE ANIVERSÁRIO DO NONUWHORE!!!! 🥳🥳🥳
35. "Espera, você tá com ciúmes?" "Não..." + 45. "Você fica tão gostoso/gostosa quando tá bravo/brava." contém: fluff, fluff e fluff; relacionamento estabelecido; menção rápida de uma certa insegurança sobre o relacionamento por parte da leitora (o relacionamento é meio à distancia, então se você espremer tem ansgt); smut: sexo sem menção de preservativo; sexo na cozinha; riding; vanila sex (?); contagem de palavras: 2,2k nota da autora: voltamos! esperamos que pra ficar dessa vez. agradeço imensamente a paciência e espero que curta o resultado. tá um tanto açucarado, viu? recomendo ler com um copo de água do lado.
Mingi estava demorando demais, então você resolveu fazer chocolate. Você começava a culpá-lo pelo atraso do avião, já que ele podia muito bem tomar os controles e voar logo para casa. Provavelmente ficará agarrada à perna do seu namorado por pelo menos duas horas depois que ele colocasse os pés dentro de casa, você pensou, mas primeiro precisava ficar de cara fechada para que ele soubesse quanta falta ele fez, e como isso te deixou com raiva, principalmente por ele não ter largado o trabalho do outro lado do mundo e vir correndo para você.
Algo que você, nesse ponto, deveria ter se acostumado já que o trabalho dele é literalmente…. Viajar. Como consultor de pacotes de viagem, Mingi estava sempre voando de um lugar para o outro, conhecendo paisagens e culturas maravilhosas sem você, o que ele sempre compensava de várias maneiras diferentes quando estava em casa e agora você precisava ser compensada o mais rápido possível. Olhando a caixinha do fone de ouvido vazia em cima da mesa e sentido os plugs dentro do ouvido, você lembrou do presente que ele tinha de dado e sobre toda a discussão deles serem da cor favorita do Mingi e não da sua cor favorita. Sorriu, boba, olhando para dentro da panela onde o chocolate começava a dar seus primeiros sinais de borbulhas.
"Isso não faz sentido nenhum", você balançou a cabeça, rindo.
"Faz todo sentido, além de ser uma ideia perfeita. O fato de você não gostar de verde é ainda melhor."
"É mesmo? Me agracie com toda sua sabedoria, então!", a ironia estampada no seu rosto o fez conter um sorriso enquanto mordia o lábio inferior, apertando uma das suas bochechas com força.
"Além de sempre lembrar de mim quando usar os fones, porque, afinal fui que te dei, você vai fingir ficar com raiva, porque odeia a cor verde, mas me ama”, ele parecia tão convencido da própria genialidade que beijá-lo e tirar a risadinha presunçosa dele foi mais forte do que você.
“Esquisitinho”
Você ouviu um barulho, abafado pelo fone de ouvido, de algo se chocando contra a porta, seguido de um tremor no chão. Algo foi atingido de novo e o piso tremulou mais um pouco, como se alguma coisa estivesse vindo na sua direção. Olhou em volta do cômodo, tentando entender se era ali que os barulhos aconteciam e não viu nada, andou até a janela e procurou na rua, ainda nada. De repente braços te enlaçaram e seu coração quase saiu pela boca. Encheu seu pulmão de ar e cheiro que te tomou junto com oxigênio, familiar e esperado, te fez relaxar.
“Song Mingi!”, chutando ele para longe, você segurou seu peito, tentando normalizar a respiração, “Tá tentando me matar? Achei que a casa ‘tava sendo invadida!”, você ouviu a risadinha perversa dele por cima dos seus gritos e ele foi ao teu encontro de novo, te abraçando agora de frente, as mãos segurando pela cintura e te colocando no balcão perto da pia da cozinha. Desligou a chama do fogão e beijou sua bochecha, a boca, enquanto o nariz desliza pelos lugares que conseguia, como se desejasse te inalar, ser preenchido de você. Segurou seu rosto, checando se todos os detalhes que ele tinha deixado no mês passado ainda estavam ali e sorriu quando finalizou a vistoria.
“Você tem sorte que eu menti meu dedão do pé da mesa da sala, se não teria te assustado de verdade”, a boca encontrou a sua de novo, os lábios te seguram enquanto as mãos passearam dos seus ombros e braços para as costas e a cintura, finalizando nas coxas e uma boa apertada de cada lado da bunda. Você tentava sorrir, amando cada nota de desespero que Mingi imprimia enquanto te tocava, mas ficava difícil quando os lábios dele pareciam não querer parar de sugar os seus, mesmo que isso fosse uma questão de vida ou morte.
“Eu senti tanto a sua falta…”, você disse quando ele te largou por um momento, descendo os beijos até a pele da sua clavícula, subindo um pouco a sua regata e beijando também sua barriga, saudando cada pedacinho seu. “Vem, vamos pro quarto”, e tentou descer do balcão, mas ele colocou no mesmo lugar.
“Não dá tempo”, ele ofegava e disse aquilo como se precisasse cruzar o mundo de novo para chegar até o outro cômodo. O beijo agora parecia mais controlado, prestava mais atenção aos detalhes conhecidos e, principalmente, reconhecendo-os. “Eu realmente ia te dar um puta susto, mas quando te vi meu peito doeu de tanta saudade…”, te segredou no ouvido, enquanto descia sem reserva a parte de baixo do seu pijama. Você soltou um muxoxo de dó e abraçou o pescoço, sentindo seu corpo relaxar embalado pelo dele, pelo toque desajeitado que ele começava aplicar na sua intimidade, absorvendo na ponta dos dedos o calor que você emanava dali enquanto murmurava algo para si mesmo. O toque te fez gemer procurando a boca de Mingi, que ele ofereceu rapidamente, circulando um braço atrás do seu pescoço. Suas mãos alcançaram o zíper da calça jeans, entrando no ritmo precipitado que seu namorado tinha proposto, ambos rindo com a urgência um do outro, enquanto se olhavam e dividiam a vontade de estar ali para sempre.
Ele te ajudou a deslizar o membro para dentro da sua entrada, com a mesma pressa de antes, mas buscando agora aproveitar cada detalhe de estar fisicamente conectado com você. Mingi respirou pesado e te viu apertar as pálpebras, absorvendo a sensação de preenchimento. Beijou seu nariz, deslizou o dele no seu e se moveu um pouco, segurando suas pernas que tremelicavam ao redor dele.
“Dá pra você nunca mais ir embora?”, a sinceridade do seu pedido machucou um pouco mais o coração dele e automaticamente os braços grudaram seu corpo no dele.
“Nunca mais, prometo”, ele respondeu, porque naquele momento te daria qualquer coisa que você quisesse, mesmo sabendo que essa, sobretudo, era impossível.
Deitados na cama, Mingi desliza os dedos pela tela do celular te mostrando inúmeras fotos de paisagens ao mesmo tempo que te conta como, quando e porque as tirou. Te explicando cada detalhe, te ajudando a imaginar e te tele transportando para cada canto que ele tinha percorrido na viagem. Ele sempre foi muito bom em narrar cenários, isso provavelmente era muito positivo para o trabalho dele, visto que fazer com que os clientes desejassem estar em todos aqueles lugares era o objetivo principal. Agora, por exemplo, tudo que você queria era viver os momentos registrados pelo celular com ele.
“As praias eram incríveis, incríveis mesmo! A areia era tão branquinha e macia. No fim do dia, até uma boa parte da noite, ela continuava quentinha, então quando a gente pisava, apesar do vento frio, o calor na pele era bem gostoso”, você o escutava, olhando cada vez que ele ampliava a imagem e te apontava algo na foto, mas sempre voltando sua atenção para ele e para cada micro expressão empolgada que ele te oferecia, tão apaixonada e triste por pensar que daqui há algumas semanas iria perdê-lo de novo.
Mingi passou para a outra foto e agora ele estava acompanhado de uma colega de trabalho, que você conhecia e que era um amor de pessoa, mas que a vista inacreditavelmente bonita e um tanto romântica te fez reagir quase instintivamente.
“E essa aqui?”, perguntou mesmo conhecendo a mulher há anos, já que ela sempre acompanhava Mingi nas viagens e era uma figurinha carimbada em todas as festas de fim de ano da empresa.
“Esse quarto era um sonho,” respondeu, acreditando que sua pergunta era sobre as instalações, “a vista pra praia tanto de noite quanto de manhã era perfeita, super paradisíaca. Acho que vai funcionar como pacotes de viagens para casais, principalmente lua de mel. Muitos bebês vão ser feitos lá…”, ele riu, já visualizando como poderia publicitar o destino.
“E… Vocês ficaram juntos…? Nesse quarto?”, as pausas nas perguntas fizeram Mingi pousar o olhar no seu rosto. Você ainda encarava o celular, o olhar fixo na foto, mas completamente vazio de pensamentos. Ou melhor, cheio deles.
“Não… Ela ficou em um ao lado do meu. Por que a gente ficaria no mesmo quarto?”, levantou uma sobrancelha e apoiou a cabeça em uma das mãos, buscando sinais em você para confirmar a própria hipótese.
“Ah, sei lá… Às vezes a empresa não quis pagar dois quartos… A cama parece bem grande também…”, você virou a barriga para cima e encarou o teto, imaginando mais do que queria.
“Você ‘tá se ouvindo falar?”, deu um riso rápido e a ficha finalmente caiu. "Espera, você tá com ciúmes?"
"Não...", você respondeu automaticamente, fazendo uma careta ressentida, tentando inutilmente provar que não estava.
“Tá sim. Por que você tá com ciúmes?”, Mingi puxou seu corpo para baixo do dele, te prendendo com os dois braços, e rindo sem vergonha da sua cara.
“Não tô não!”
“Tá sim! O que eu fiz?”
“Você não fez nada! Mas deveria ser eu com você nessas fotos, não ela!”, a confissão saiu meio estridente e você se sentiu patética. Respirou fundo e pegou seu namorado olhando para o lado, assustado e sem jeito, porque ele não tinha solução para o problema. “Desculpa, não é justo com você. Agora eu fui muito egoísta, me perdoa…”
“Não, você tá certa, devia ser a gente lá.”
“Poderia ser a gente lá, mas não é. O que a gente tem aqui é muito mais importante e precioso pra mim. Eu juro”, você segurou o rosto dele na sua direção, tentando a todo custo arrancar o olhar preocupado de Mingi e conseguir o espirituoso que você tanto amava de volta. “É que… Quanto mais o tempo passa, mais difícil é te ver partir e ainda pior ter que te esperar”, segurou o choro e o abraçou forte, que ele te devolveu na mesma intensidade.
“Eu te amo tanto… Prometo que vou fazer cada momento valer a pena, cada um deles”, a voz ecoou no seu ouvido, ocupando sua cabeça com conforto e calmaria.
“Eu sei, você sempre faz”, você o beijou, subindo em cima dele, que se ajeitou encostando as costas na cabeceira da cama, espalmando sua cintura com firmeza e aprofundando o beijo.
As suas mãos encontrando os cabelos dele, acarinhando a região, sem pressa, se apropriando da memória da textura que eles tinham. Mingi te dedilhava inteira, como se quisesse o mesmo, te apertando e sentindo seu corpo padecer sob o dele, começando lentamente a movimentar seu quadril na direção do dele, provocando sua intimidade nua na dele, também despida. Sentiu os líquidos que vinha de você aos poucos se espalhando pela extensão, a pele que ele segurava arrepiar e o músculo lubrificado pulsando nele.
“Não vai me provocar não… Senta direito, vai…”, ele pediu manhoso, as mãos agora segurando os dois seios com força e depois apertando ambos os mamilos, arrancando um chiado seu.
“Não ‘tô te provocando… Eu ‘tô curtindo o momento… Como a gente prometeu…”, você rebolou um pouco agora e Mingi encostou a cabeça na parede, respirando fundo. Riu, satisfeita com a reação dele, que segurou sua bunda com mais força, te dando um susto.
“Eu vou subir em cima de você, ‘tô te avisando”, ameaçou e você sabia que entregaria o controle para ele se isso acontecesse. Flexionou as coxas um pouco e com uma das mãos direcionou o membro para dentro de si. A compressão e o alargamento fizeram os dois segurarem o ar dentro do peito, soltando devagar, sincronizados.
Mingi te ajudou a movimentar o quadril, impaciente, encarando sua boca e reverenciando cada sonzinho de prazer que ela emitia. Você apoiou os braços atrás de si, balançando a cintura para frente e para trás, oferecendo o show que seu namorado merecia. Chamou o nome dele baixinho e ele segurou suas coxas, grunhindo algo desconexo e se controlando para não gozar, porque você sabia como o corpo dele funcionava, ele vibrava diferente dentro de você, os dedos te tomavam como se você estivesse prestes a esgueirar para longe dele.
“Porra, ah- Eu vou passar essas duas semanas nessa cama com você. Vem cá”, te puxou para perto dele, te abraçando pela cintura e encaixando o rosto na curva do seu pescoço. “Eu sou teu, ‘tá? Não esquece disso”, você gemeu mais alto, sentido a sensação boa crescer dentro de si, “Pra sempre, de qualquer lugar do mundo, eu sou seu e só seu”, a fala grave seguida de beijos molhados pelo queixo e pescoço faziam sua cabeça girar e segurar-se em Mingi deixou de ser uma opção para virar necessidade.
“Repete pra mim”, pediu, sentindo que você gozaria de qualquer forma em poucos segundos, mas os sons que aquelas palavras tinham eram doces demais e te davam a clareza que você precisava.
“Eu fui feito pra você, meu bem. Só pra você…”, o sussurro te alcançou e você apertou os fios curtos da nuca dele, ouvindo em seguida um ruído rouco vindo da garganta de Mingi.
+
Era o terceiro sorvete que você tomava e nada dele. Você o mataria dessa vez, tinha certeza. Ou ele tinha errado o horário do voo ou tinha te dito errado de propósito, e conhecendo seu namorado do jeito que conhecia, a última opção parecia mais tentadora. Já tinha desistido de encarar o portão de desembarque e agora andava na frente da vitrine de urso de pelúcia tentando decidir qual era o mais caro e que seria sua escolha de presente de desculpas dessa vez.
Algo segurou sua perna e você pulou, assustada, quase caindo em cima do vidro.
Mingi riu copiosamente. “E essa minissaia, é pra me dar boas vindas?”, perguntou te levantando no ar enquanto sentia seus braços apertarem o pescoço.
“Infeliz! Eu vou arrebentar o seu nariz!”, ameaçou, com voz de choro.
"Você fica tão gostosa quando tá brava. Meu amor…"
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Constantinos Papadimitriou (Κωνσταντίνος Παπαδημητρίου) in Yorgos Tsemberopoulos' "Piso Porta" (Back Door) (2000)
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Quando você soube do acidente
O carro estava em alta velocidade,
as minhas mãos cedendo no volante,
a madrugada,
o sono,
a batida.
Lembro do impacto, das luzes vindo e indo embora no mesmo instante, da dor no meu peito, do grunhido final, de tudo escurecendo. Então é isso no fim? Uma escuridão inteira para eu devorar sozinho? sem medo, sem alegria: apenas algo sem sabor, neutro, sem som, o nada em seu estado mais puro. Eu me casei com a noite por alguns segundos.
O divórcio.
Depois de algum tempo, cheiro de álcool e pisos brancos, tudo o que vi foram as paredes daquele quarto do hospital Santa Teresa. “Aqui cuidamos de você”. Era madrugada quando tudo aconteceu, e quando tive uma segunda chance para essa vida já eram quatro horas da manhã.
Lembro das lágrimas caindo sem nenhuma explicação do meu rosto, talvez por conta da realidade. Recordo da minha irmã dormindo ao lado da minha cama, dela segurando o próprio celular nas mãos e do rosto com uma expressão de cansaço. As vozes dos meus parentes do outro lado da porta, cochichando se eu conseguiria andar novamente ou se os meus olhos seriam capazes de despertar.
Eu queria me levantar, correr para longe dali, gritar naquela estrada todas as coisas que encheriam a minha alma nas próximas sessões de fisioterapia. Mas, só fechei os olhos e dormi.
Costelas quebradas. Morfina na veia e você aparecendo do outro lado da porta na visita
Eu não sabia muito bem o que dizer e nem você, lembro dos seus passos entrando no quarto, meus olhos fechando, sim, você deve ter percebido que eu estava fingindo. Os meus familiares fingindo que iam tomar um ar lá fora, só para nos deixar sozinhos, você fingindo que nada havia acontecido nos últimos meses.
Nunca lhe contei, mas eu não fingi na parte que você segurou os meus dedos e eu desmoronei nos seus braços.
“Você não pode fazer esforço” foi o que saiu da sua voz embaçada, “foda-se” foram as palavras seguintes, e a sua boca encontrou a minha.
Eu era lágrimas, só lágrimas, e você uma praia vazia para fazer de mim o seu oceano.
Ninguém nunca me disse quem te contou sobre o acidente, aquela aliança no seu dedo sendo um banhista intruso em nossa praia, eu agarrando a sua mão como um barco que me mantém bem durante toda a tormenta.
Eu e você, o hospital, as lembranças, tudo como se naquele momento não fôssemos o nós do agora, como se tivéssemos sido transportados pelo tempo de quando nós dávamos bem.
Você foi embora, e não disse nada, eu só te olhei e fingi que voltei a dormir. Nós nunca mais nos falamos, nem por mensagens, nem por fingimentos.
A calcificação
Você se casou
Minhas costelas se reconstituíram
Não penso mais em você
Não dirijo mais a noite
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temos um trato?
Isso é loucura. It was like desesperante! Minha família achar que eu tenho alguma coisa com o Felipe?! Ele já é um ator talentoso e eu tô começado a fazer peças.
- Que lindo espetáculo! Felipe, você foi incrível! - Abri a porta do camarim, já o elogiando. Queria que qualquer bajulação no mundo fosse eficiente pra fazer ele aceitar minha proposta.
- Você é incrível! - Ele estava retirando a maquiagem da peça.
- Hum, não acredito! Olha se não é a menina que quase quebrou uma luminária na minha cabeça.
- Aquilo foi um acidente, por favor. Me desculpa. - Fazia uns três meses que eu quase derrubei uma luminária na cabeça dele, foi tudo muito rápido e por pouco eu não seguro aquela corda. Ele pelo contrário continuou o monólogo dele normalmente.
- Você quase me manda pro céu com passaporte só de ida. - Ele riu.
- Você é um desastre ambulante, mas é fofa. - Enzo entrou no camarim e deu um apertaozinho na minha bochecha.
- Não mexe com ela, Enzo. Ela provavelmente vai te empurrar do palco em cima da plateia na próxima peça. - Enzo riu pegando seu celular e saindo do camarim.
- Veio só me elogiar? Posso te ajudar em algo mais? - Felipe cruzou os braços me olhando sugestivo. Um peitudo metido desses....
- Você poderia ir comigo na casa da minha vó esse feriado de Páscoa?
- Você só pode 'tá de brincadeira - Ele descruzou os braços e começou a rir.
- O que eu vou fazer com sua família? Eu tenho família também, sabia?
- É que eles viram fotos da apresentação e acham que você... é meu namorado. - Minhas bochechas ficaram vermelhas. Felipe parecia se divertir com a situação.
- Você sabe que eles moram no interior, Felipe. Não entendem muito como funciona essas coisas. Por favor, eu juro não participo mais das suas peças!
Ele parou de rir e me fitou com a sobrancelha levemente erguida.
- Nunca mais eu piso no teatro no dia que você for se apresentar...
- Para, eu te ajudo.
- Não se pode culpar um homem por tentar.
- Eu falei que eu te ajudo.
- Tudo bem, eu vou pedir pro Enzo me ajudar então.
- Ana, você é surda? Eu falei que vou te ajudar!
- Sério? - Ele acenou com a cabeça. - Obrigada, Felipe! Obrigada! Pode deixar você nem vai lembrar que eu existo quando for segunda-feira. - Sai do camarim saltitante....
não sou escritora. sonhei que perdia meu celular, vou esvaziar meu bloco de notas 👍
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Dick 1ª Missão - Background
1ª semana de outubro
Kaldur foi até os vestiários para encontrar Vic e avisá-la da próxima missão que aconteceria em algumas horas. Seria sua primeira missão com Asa Noturna e, devido aos fatos que ocorreram com sua chegada, o amigo quis a precaver de problemas e se fazer presente naquele instante para que ela se sentisse confortável. O atlante levou um susto ao ver sangue escorrendo pelo piso junto a água. Ele correu até o box dos fundos e viu a amiga com cortes abertos pelo corpo e um caderno de anotações. De primeiro momento ficou impactado com a visão, mas se recompôs em seguida.
O que está fazendo, ele perguntou ainda um pouco desconsertado. Vic arregalou os olhos e por pequenos segundos sua roupa teste – feita de energia vital – se desativou a deixando visivelmente nua, o que a deixou envergonhada. Sentimento estranho, ela pensou. Estou estudando melhor a sutura e a anatomia do corpo humano. Na universidade são corpos tecnológicos, não é a mesma coisa que a realidade, respondeu e logo se regenerou. Limpou seu corpo com água corrente e logo foi atrás de uma toalha para se secar. Kaldur a seguiu e a informou da nova missão. Disse que iria para que não se sentisse desconfortável e intimada ao trabalhar com Dick.
Vou em uma missão com o Dick no comando, ela questionou pálida. Até o momento não tinha pego uma missão com o primogênito e isso a deixava assustada. Por mais que seu pai sempre dissesse para ser profissional, naquele instante seu estômago revirou. Dick mal falava com ela quando estava na Caverna. A evitava, caminhava para o lado oposto e sempre que havia uma missão, ele pedia para que Tornado ou Canário repassassem para ela. Evitava de todas as formas o contato e nem mesmo haviam conversado sobre o ocorrido. Bruce insistia que para que eles se resolvessem, mas não parecia tão simples quanto falar.
Não se preocupe, ele disse. Estarei lá para te dar apoio.
O bater à porta chamou a atenção de Vic e fez com que ela se virasse em sua direção dizendo que quem estivesse lá poderia entrar. Ela estava sentada em um banco almofadado, feito de madeira e acolchoado por cima, quase que rente a janela sentindo a brisa fresca da noite e prestando atenção na movimentação do lado de fora. Ao ver Dick passar pela brecha da porta se sentiu desconfortável, mas não demonstrou. O viu com um saco de kraft que provavelmente era de uma lanchonete há algumas quadras dali ou de um food truck que ele deve ter encontrado enquanto colocava as escutas e as câmeras nos arredores.
- Trouxe um lanche, mas parece que já está comendo. – Disse jogando o lanche em uma mesinha velha ao lado da cama e se sentou em seguida perto dela. – Bruce disse que você precisava se manter alimentada e...
- Não precisa se explicar. – Respondeu terminando a última fatia do bolo que havia levado para comer durante a madrugada. – Que bela tocaia você arranjou. Muito emocionante.
- Às vezes as missões não são tão emocionantes.
- Não são tão emocionantes ou você decidiu me colocar em uma missão não tão emocionante para saber se eu faria algo contra você? Porque acredito que não precisava de tanta gente para uma missão como essa.
- Está dizendo que não sei o que estou fazendo? – Dick balançou a cabeça contrariado, Vic o encarou já sentindo o clima pesar mais uma vez. – Não tenho medo de você. Estou fazendo o meu trabalho.
- Claro. Mas estou dizendo que chamar Robin, Superboy, Moça Maravilha e Mutano para uma missão como essa é excesso de força para uma tocaia. Não posso deixar de ressaltar a presença do Kaldur.
- Kaldur veio por você.
- Ele veio para assegurar que você não iria passar dos limites comigo.
- Então me acha perigoso? É isso que pensa de mim?
- Te acho hostil, Dick. Tenho todos os motivos do mundo para achar isso.
- Hostil. – Ele riu junto ao seu sarcasmo. – Você não tem noção alguma do que sou eu sendo hostil. – Vic olhou para a janela ao sentir a presença dos tais criminosos que deveriam vigiar. – Estou aqui fazendo o que Bruce pediu e. – Vic então olhou para Dick e fez sinal para que ele se calasse, mas ele não o fez.
- Cala a boca, droga! Eles estão com equipamentos de escuta de curta distância e estão olhando para cá.
Caos usou a visão de energia e notou algo estranho vindo do prédio em que aqueles homens estavam. Havia duas caixas metalizadas e revestidas. Em seu centro havia uma energia intensa e muito forte. Seu tom de azul era quase branco, mas não saberia dizer qual era o material que havia ali dentro. Julgava ser algo poderoso e perigoso, talvez algo atômico, de hidrogênio ou nuclear. Era perigoso demais. Deveriam abortar a missão se pretendiam invadir aquele local e pegar aquelas caixas.
A situação se tornou tensa quando mais capangas começaram a aparecer aos arredores do prédio com aparelhos de visão de calor. Estavam perdidos se eles os encontrassem ali. Asa Noturna, Robin e Aqualad não poderiam ser feridos, eram corpos mais delicados e um ferimento poderia ser fatal. Entretanto, Vic começou a passar mal. Olhou mais uma vez para aquelas caixas do outro lado da rua e se questionou veementemente sobre seu conteúdo. Ela olhou para os amigos e se viu na posição de proteger. Fez uma conexão mental com todos e começou a explicar a situação.
- Eles estão com aparelhos de visão de calor e de escuta.
- E você não consegue dar um jeito nesses aparelhos? – Questionou Asa Noturna.
- Consigo, mas... – Caos parou por instantes e se concentrou para controlar os poderes. Começava a se sentir fraca. – Eu consigo!
- Quebre os aparelhos. – Aqualad começou. – Eu e Dick vamos pelos fundos.
- Vocês não podem entrar ali desse jeito. Tem alguma coisa dentro daquela caixa que é perigosa.
- Está dizendo que tem alguma coisa lá que não podemos nos aproximar?
- Não, estou sentido que não é um ambiente seguro, mas se ficarmos aqui também não estaremos seguros.
- Vic, você precisa nos dar uma posição. – Disse o Superboy.
- A energia é muito forte. Muito. Parecida com algumas de Cadmus. Eu vou dar um jeito de proteger vocês.
Caos suspirou e tentou se acalmar. Tocou a parede daquele quarto e sentiu a energia fluir até onde os capangas estavam. Com força, explodiu os aparelhos e olhou para os amigos. Sentiu tontura e viu sua pele clarear. Suas veias estavam iluminadas como azul neon. Se viu de frente para as caixas e então sua energia explodiu dentro de si. Era muito forte, muito intenso. O corpo estava completamente tenso. Viu Kaldur se aproximar, ele tentava falar com ela, mas suas palavras já não eram mais ouvidas.
Robin olhou para o Superboy e logo ele se aproximou de Caos. Segurou sua mão e a olhou nos olhos em apoio. Aquela energia e tensão em seu corpo se foi. Se acalmou, perdeu a consciência. Superboy olhou para trás e viu os amigos os encararem sem entender o que houve, mas logo depois ele também começou a se sentir mal. Asa Noturna não tinha dito, mas era uma venda que seria feita para Lex Luthor e eles precisavam interceptar.
- O que houve? – Asa Noturna questionou.
- Quando Conner se aproxima dela, a Vic se acalma.
- Vamos tentar recuperar o que está naquelas caixas. Depois vamos leva-la para a enfermaria e ver se está tudo bem.
- Está tudo bem. Ela está nos protegendo. – Disse Kaldur. – Eu a sinto. Da próxima vez saiba conversar com ela e peça desculpas pelo que fez no primeiro dia. Mutano, fique com eles. Nós vamos recuperar aquelas caixas.
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COMEMORANDO POR PISAR EM VIDRO QUEBRADO E ESCORREGAR EM PISOS ENCHARCADOS DE ESTÔMAGO.
Eu planejei muitas coisas de extrema importância para ficar em alta constância.
Não gosto de vínculos traumáticos e me martirizo se algo foge dos trilhos.
Esse mundo não tem brilho específico quando se trata de amar alguém de outro nível.
Esse conjunto de fatos passados passa despercebido quando meus motivos não passam de flores murchando no Jardim do fim.
Qual seria minha melhor perspectiva quando minha corrida não termina como eu queria?
E isso importa?
Qual porta errada eu atravessei que não pude retroceder para aquela travessia bonita?
Qual estrada de apenas uma via fui obrigado a seguir para fugir de um passado que estava a me ruir internamente.
Intensamente falando e sobre o borderline que me deixa muito contente e ao mesmo tempo depressivo e doente novamente, tudo borbulha entre minhas entranhas quentes.
E meu subconsciente se torna algo sem coerência com essa amnésia sem sentido.
Eu nunca possuí amigos.
Eu não dou a foda aos antigos conflitos.
Eu não me importo em levar um tiro que arrebente minha espinha de ponta a ponta.
Eu não me importo com o acerto de contas.
Eu não me importo com afrontas.
Eu não me importo com quase nada.
E não gosto de ficar em águas rasas.
Muito menos em pular da ponte mais alta.
Talvez rachar a mente na calçada depois de uma batida arrastando o carro na pista.
Não é uma vista tão otimista, mas não seria um fim tão ruim assim.
Eu gostaria de ter dentes de ouro antes de ir.
Eu gostaria de um caixão roxo com pétalas por todos os lados.
Eu gostaria de ser amado em vida para não sofrer a dor da partida repentina.
Eu gostaria de uma alma viva que se encaixasse com a minha.
Mas, a gente se acostuma com esse inquilino sombrio e mortífero que esconde seu lado bonito.
Eu nunca deveria me sentir arrependido.
Pois tudo foi perdido.
Mas ao mesmo tempo aprendido.
E quando minha hora chegar eu quero me deitar sobre o caixão e relaxar, sem ter peso na consciência por ter ferido alguém sem pensar, por ter sido escroto sem se desculpar ou pedir perdão.
Tudo é em vão.
Posso estar sob pressão mas nada tira minha emoção bonita e bem linda de sensações energeticamente floridas.
Agora é hora de ficar na colina observando a chuva fria que cai sobre meus olhos, molhando meu corpo magro, me deixando em estado temporário de congelamento da alma.
Muita calma para não pular as etapas de observar os reflexos do breve momento incerto que existe para todos os seres complexos.
poema por: prettyhboy.
piloto: prettyhboy.
simulador: Forza Motorsport.
pista: Nürburgring.
extensão: 25,1 KM.
número de voltas: 1.
volta mais rápida: 8m 28s 347s.
número de pilotos: 1.
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Casa abandonada
Paredes manchadas mostram sua idade, transparecendo as histórias que elas carregam em silêncio. O piso gasto e sujo carregam em si milhares de histórias que nem mesmo o tempo foi capaz de apagar.
As plantas murchas, afogadas no alto capim que surgiram pelo abandono, levam consigo as carícias das palavras de bom dia ao serem regadas pela manhã no passado. O portão, as portas e as janelas com as lágrimas da chuva se enferrujam por nunca mais serem abertos de novo.
E lá está ela, a casinha que nunca mais foi aberta, que nunca mais recebeu visitas, que nunca mais seria cuidada. Seus únicos habitantes eram animais sem teto que se abrigavam ali. Lá estava a casinha que se desfazia dia após dia, a casinha que logo mais não existiria.
Ana Luiza
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TW: Tristeza, muita tristeza. Para nós mulheres de tpm que buscam consolo em chocolates e histórias tristes.
ㅤAonde Enzo e Calista nunca se conheceram.
Calista amava Enzo.
Enzo amava Calista.
Ela sentia a faísca de seus dedos por sua pele clara. Mas Calista tem sido má. Ela tem mentido, traído e roubado. Já não havia mais doçura neles. Nem aquela melodia que um dia usaram para escrever belas canções. Belas como o significado de Calista. Agora, na verdade, soava mais como uma melancolia alternativa.
Matavam o tempo com cigarros e suspiros tediosos. Calista não conhecia mais Enzo. Enzo não conhecia mais Calista.
A brisa que cantava pela janela aberta deixou o ar fresco. A loira, jogada no sofá, acariciava seu gato preto. O felino ronronava em seus braços. Mesmo que ela sentisse a lacuna da falta de Enzo, jamais admitiria em voz alta. Acreditava que as paredes tinham ouvidos e que não tardariam de confidenciar a ele tudo que escutaram.
Se sob a Lua azul eles se beijaram pela primeira vez, agora o Céu chorava em grossos pingos de água fria. Era mesmo o céu? Ou era Calista e Enzo? Quem secaria seus olhos? Se eles eram como tarde e noite, porque estavam sozinhos?
Enzo tem a cabeça girando como o globo terrestre. Ele sabe porque as paredes já sussurram quando Calista não estava em casa. O uruguaio sente como se tivesse as mãos nos olhos da loira, sempre pronto pra estragar tudo e mostrar a verdade diante de seus narizes. Enzo provavelmente ainda a idolatraria.
Enquanto ele pedalava e pensava no que deu errado com seu amor, a água caia ensopando suas roupas e seus fios negros. Seus olhos ficando mais e mais embaçados, incapazes de olharem adiante. E se, ele fosse levado para a noite em que viu os fios loiros de Caslista pela primeira vez? Mudaria algo? Ele teria ignorado-a? Teria mudado o futuro? Não. Enzo faria tudo de novo e de novo. Mesmo com o poder de mudar o passado, ele faria cada ação de novo. Enzo sabia que preferia morrer do ser assombrado pelo fantasma de Calista, mesmo que ela não estivesse morta. Quando ele observava seu reflexo no chão molhado e escorregadio, é Calista quem ele via. Porque eles são extremamente parecidos.
Quando Calista abre os olhos, seu felino não esta mais lá. A patente da janela está molhada e pinga no chão de madeira. Os olhos da loira se fecham de novo e seus labios se abrem pronunciando o nome do homem que ama. Estava sonhando acordada. Estava sozinha. Talvez ela pediria desculpas se isso fizesse Enzo mudar de ideia. Mas agora, há flores com espinhos em seu coração, dói balbuciar o nome dele sem pensar.
Talvez Calista deveria ir embora.
O horizonte de Enzo começa a desmoronar apenas em pensar na vida sem Calista pra o aquece-lo. Ele ficaria doente. O ar é congelante, como se o vento prendesse sua garganta e não te deixasse respirar. As luzes piscam e os carros se movem rápido. Enzo está pedalando como se sua vida dependesse daquilo. Quem dos dois estaria certo? Alguém poderia dizer agora? Já não importa mais.
Talvez Enzo deveria pedir desculpas.
Enzo nunca havia conhecido Calista. Calista nunca havia conhecido Enzo.
Ele sabe que não deveria ama-la, mas ama.
A loira abaixa pra pegar o felino em seus braços, e ele mia. Disse que ela é uma assassina. Uma amante nata. Calista da uma última olhada em seu apartamento, ajeitando a bolsa nos ombros, ela vai até a janela e observa a chuva. Lágrimas rolando em seus olhos, agora ela chorava como o Céu. Fechou o vidro e deu meia volta. Seus pés deixaram um rastro molhado no piso até a porta.
Enzo subiu as escadas tropeçando em seus pés lamacentos. Não sabia se não enxergava pela água ou pelas lágrimas. As mãos tremendo em ansiedade. Quais palavras ele usaria? Ele seguraria em sua mão ou apenas rastejaria implorando por seu perdão? Estava pensando em beijá-la como na noite de Lua azul. Ele ainda se lembrava das sensações, dos arrepios. Bruscamente, abriu a porta e seu sorriso se desfez. Seu coração doeu em seu peito. Agora ele pingava no chão de madeira, apagando o rastro de Calista. Gritou pela loira de olhos caramelos e por seu gato de pelos extremamente pretos.
Era assim que a mente de Enzo se encontrava. Pulou de susto quando a janela se abriu, fazendo o vento uivar, espalhando papeis e coisas pela sala. Enzo se jogou no sofá, apagando o cheiro de Calista com suas roupas molhadas. Fechou os olhos e tentou achá-la, implorando para as paredes sussurassem algo. Mas elas estavam quietas. E quando ele abriu os olhos pela segunda vez, seus lábios rachados de frio balbuciaram o nome da sua amada. Calista.
Silêncio.
Enzo estava sozinho.
Enzo deveria ir embora porque ele nunca conheceu Calista.
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