#património industrial
Explore tagged Tumblr posts
Text
A valorização do património é incentivo na Beira Baixa
Rasgada perspetiva mais alargada e interessante do ponto de vista turístico, foi apresentada recentemente em produção multimédia pela RTP, num documentário que é um apelo à exclusividade do território da Beira Baixa, captando os testemunhos de cientistas e locais, evidenciando esta narrativa de resiliência. Por conseguinte, em conteúdo turístico singular para os olhares de quem procura…
View On WordPress
#alojamento#castelo branco#férias na quinta#Naturtejo#onde ficar#Parque Natural#património industrial#património natural#património tecnológico#Tejo Internacional
0 notes
Video
youtube
URBEX Guy Clément ARMENIA | VANADZOR Վանաձոր | SCHOOL VIDEO - N'hésites pas à t'abonner à ma chaîne et activer les notifications 🔔pour être informé de mes prochaines explorations et découvertes! Feel free to subscribe my channel and activate notifications 🔔to be aware about my next explorations and discoveries! Une exploration en Arménie dans la ville de Vanadzor. La ville possède un patrimoine conséquent, industriel dont une partie est abandonné mais aussi des vestiges de l'ancienne URSS (Union république Socialiste et Soviétique), également abandonné. An exploration in Armenia in the city of Vanadzor. The city has a significant industrial heritage, part of which is abandoned but also remains of the former USSR (Socialist and Soviet Union), also abandoned. Eine Erkundung in Armenien in der Stadt Vanadzor. Die Stadt besitzt ein bedeutendes industrielles Erbe, von dem ein Teil verlassen wurde, aber auch Überreste der ehemaligen UdSSR (Sozialistische und Sowjetische Republik), die ebenfalls aufgegeben wurde. Una exploración en Armenia en la ciudad de Vanadzor. La ciudad posee un patrimonio consecuente, industrial del que una parte está abandonada, pero también restos de la antigua URSS (Unión Socialista y Soviética), también abandonado. Un'esplorazione in Armenia nella città di Vanadzor. La città possiede un patrimonio notevole, industriale di cui una parte è abbandonata ma anche vestigia dell'ex URSS (Unione Socialista e Sovietica), anch'essa abbandonata. Eksploracja w Armenii w mieście Vanadzor. Miasto ma znaczące dziedzictwo przemysłowe, którego część jest opuszczona, ale także pozostałości byłego ZSRR (Związku Socjalistycznego i Radzieckiego), również opuszczonego. Uma exploração na Armênia na cidade de Vanadzor. A cidade possui um património consequente, industrial do qual uma parte é abandonada, mas também dos vestígios da antiga URSS (União República Socialista e Soviética), igualmente abandonado. Исследование в Армении в городе Ванадзор. Город обладает значительным промышленным наследием, часть которого заброшена, но также остается заброшенной частью бывшего СССР (Социалистического и Советского Союза). Retrouvez-moi sur les réseaux / Follow me for daily content: 👍 Facebook: Urbex Guy Clement https://www.facebook.com/profile.php?... 👉 Youtube URBEX Guy Clément https://www.youtube.com/channel/UCNhQ... 📸 Instagram: @abandoned.urbex.world https://www.instagram.com/abandoned.u... 🎵TikTok: @urbexguyclement https://www.tiktok.com/@urbexguycleme... 🐦Twitter: @GuyPellegrin https://twitter.com/GuyPellegrin #abandoned #lostplace #urbex
0 notes
Text
PJ investiga furto de peça de tapeçaria de museu em Portalegre
A Polícia Judiciária (PJ) está a investigar o furto de uma peça no Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino, situado naquela cidade, que terá ocorrido no passado fim de semana, revelaram, esta quinta-feira, fontes policiais.
Uma fonte da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora da PJ indicou à agência Lusa que esta polícia "está a fazer uma avaliação" do caso "para avançar com a investigação, por se tratar de uma obra de arte e património" do museu.
Este procedimento foi iniciado pela ULIC de Évora da PJ após ter recebido na quarta-feira a comunicação do furto da peça de tapeçaria do museu alentejano, através da PSP, adiantou.
Às 10:30 desta quinta-feira, segundo a mesma fonte, inspetores da PJ estavam a caminho do Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino para proceder a perícias de investigação.
Contactada pela Lusa, uma fonte do Comando Distrital de Portalegre da PSP precisou que o furto terá ocorrido durante o passado fim de semana e que foram os responsáveis do museu que deram o alerta à Polícia "no início desta semana".
Esta fonte policial recusou adiantar mais pormenores do caso, alegando que "está em fase de investigação".
Em declarações aos jornalistas à margem da sessão de abertura do Portugal Air Summit, em Ponte de Sor, a autarca de Portalegre, Fermelinda Carvalho, disse que a peça de tapeçaria furtada, denominada "Le Roi Soleil", estará avaliada em 17 mil euros."Foi adquirida [pela câmara] em 2001. É uma peça de pequena dimensão, daí, talvez, a facilidade no furto, mas estava bem presa. De qualquer maneira, não se percebe como é que a conseguiram roubar", sublinhou a responsável.
A peça, que fazia parte do acervo da instituição desde a inauguração, em 2001, "foi feita com base num desenho de Jean Lurçat, pintor francês falecido em 1966 e que terá sido um dos grandes divulgadores da técnica de tecelagem praticada na cidade", referiu o jornal.
Fruto da iniciativa da Câmara Municipal, o Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino recebeu, desde que foi inaugurado há 23 anos, cerca de 230 mil visitantes, sendo o espaço museológico mais visitado do concelho.
Inaugurado em 14 de julho de 2001, o museu presta homenagem ao industrial Guy Fino, que colocou Portugal na lista dos grandes produtores internacionais de tapeçaria artística, e enaltece também a arte contemporânea.
Com áreas para exposições permanentes e temporárias, o espaço fica situado entre as muralhas medievais e setecentistas da cidade.
No piso térreo do museu, é possível conhecer a história e a técnica de execução das tapeçarias de Portalegre, enquanto, no primeiro piso, estão expostas obras de tapeçaria desde os finais da década de 1940 até à atualidade.
0 notes
Text
Vila do Conde celebrou o Dia Mundial do Turismo #ÚltimasNotícias #Portugal
Hot News Vila do Conde integra a Rede Portuguesa de Turismo Industrial e, por isso, hoje promoveu uma visita guiada à Lactogal, a maior empresa agroalimentar portuguesa especializada em lacticínios, localizada na freguesia de Modivas. Uma iniciativa que teve como objetivo promover e valorizar o nosso rico património industrial. À semelhança dos anos anteriores, os visitantes da Loja Interativa…
0 notes
Text
The Textile Industry Museum of Bacia do Ave (MIT) will be transferred.
The Vila Nova de Famalicão City Council decided this Thursday (9) to acquire and rehabilitate part of the deactivated Sampaio Ferreira industrial park, in Riba de Ave, where the Textile Industry Museum of Bacia do Ave (MIT) and other services will be transferred .
According to the municipality, at stake is the acquisition, for 354 thousand euros, of a fraction with an implantation area of almost 4 thousand square meters and a patio of 1235 square meters of what was one of the first manufacturing units in Vale do Ave.
Riba de Ave is the birthplace of the textile industry and this transfer also honors MIT and the invaluable work it has done in valuing and preserving heritage.
The municipality stresses that “it is determined and committed to making the vacant industrial legacy of Riba de Ave rise from the ashes, returning to the village the splendor, prosperity and quality of life that was lived in the beginning of the 20th century, when economic dynamism was such that the parish stood out at the national level.
image: Facebook Museum of the Textile Industry of Bacia do Ave (MIT)
source: bit.ly/3K0E0mn
#edisonmariotti @edisonblog
.br
O Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave (MIT) será transferido.
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão decidiu esta quinta-feira (9) adquirir e reabilitar parte do desactivado parque industrial Sampaio Ferreira, em Riba de Ave, para onde vai ser transferido o Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave (MIT) e outros serviços.
Segundo a autarquia, está em causa a aquisição, por 354 mil euros, de uma fração com uma área de implantação de quase 4 mil metros quadrados e um logradouro de 1235 metros quadrados daquela que foi uma das primeiras unidades fabris do Vale do Ave.
Riba de Ave é o berço da indústria têxtil e esta transferência também homenageia o MIT e o inestimável trabalho que tem feito na valorização e preservação do património.
A autarquia sublinha que “está determinada e empenhada em fazer renascer das cinzas o legado industrial vago de Riba de Ave, devolvendo à vila o esplendor, a prosperidade e a qualidade de vida que se vivia no início do século XX, quando as economias o dinamismo foi tal que a freguesia se destacou a nível nacional.
0 notes
Photo
Município da Covilhã destaca-se na BTL
Património Industrial e a história dos lanifícios foram a temática escolhida pelo município para promoção na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
#Notícias#Turismo#Bolsa de Turismo de Lisboa#BTL2019#gastronomia#lã#lanificios#Município da Covilhã#New Hand Lab#património industrial#tradição do debuxo#turismo
0 notes
Photo
Município de Alter do Chão .
1 de maio de 2022 – centenário do nascimento de Artur PastorO fotógrafo Artur Pastor nasceu em Alter do Chão, a 1 de Maio de 1922, na Coudelaria. Morre em Lisboa em 1999.Sai de Alter com 3 anos e desencadeia um caminho em que a fotografia vai ser central e permanente na sua vida. Fotografa intensamente, até ao fim dos seus dias, criando um património de excecional valor documental e artístico. A sua vida e obra têm sido objeto de crescente valorização. A Câmara Municipal de Alter do Chão assinala esta efeméride, com várias iniciativas a decorrerem durante o ano, sendo estas divulgadas oportunamente. Hoje publicamos o currículo de Artur Pastor, feito pelo próprio. Curriculum Vitae “Nasceu em Alter do Chão, Alentejo, em 1922. Pertenceu ao quadros do Estado durante cerca de trinta anos como Engenheiro Técnico Agrário. Ao longo destes anos, foi responsável pela obtenção das mais de 10 000 fotos que compõem a Fototeca da Direcção Geral dos Serviços Agrícolas, cuja organização foi da sua responsabilidade. Foi-lhe atribuído o grau de Oficial da Ordem de Mérito Agrícola e Industrial ( Classe do Mérito Agrícola ). No país obteve, por solicitação, milhares de fotografias para organismos oficiais e grandes empresas, sobretudo no campo da agricultura e turismo. Participou em Salões Nacionais e Internacionais de Fotografia.Nos Salões Nacionais, obteve, com regularidade, os primeiros prémios.Colaborou, com centenas de fotografias, em exposições oficiais e feiras, no país e no estrangeiro.Individualmente realizou 13 exposições fotográficas, com destaque para a que teve lugar no Palácio Foz, em 1970, com 360 trabalhos e no Palácio Galveias, em 1986, com 136 fotografias. Publicou dois álbuns de grande formato: "Nazaré" e "Algarve", com textos, fotos e paginação sua. Ilustrou totalmente, com motivos originais da Nazaré, o álbum de fotografia oferecido à rainha Isabel II, aquando da sua visita a Portugal.Escreveu e ilustrou a separata "A Fotografia e a Agricultura". Ilustrou o livro sobre Évora, com textos de Túlio Espanca, as obras "As Mulheres do Meu País" de Maria Lamas", "A Região a Oeste da Serra dos Candeeiros " e o folheto "Alcobaça". Em Portugal, colaborou nas publicações "Panorama", "Mundo Ilustrado", "Agricultura", "Fotografia", "Revista Shell", entre outras, incluindo boletins informativos, almanaques do Alentejo e do Algarve, livros como "Guia de Braga", "Portugal", "Lisboa", "Romantic Portugal", etc., e ainda desdobráveis de turismo, capas de livros e de discos, selos, inúmeros folhetos, agendas, boletins regionais, calendários e cartazes. Forneceu fotografias para o "National Geographic Magazine" e "Photography Year Book". Foi o autor português que, a convite do editor, escreveu o artigo sobre Portugal, com inclusão apenas de fotos suas, na "The Focal Encyclopedia of Photography".Várias revistas e jornais estrangeiros dedicaram artigos relativos ao seu trabalho, tais como a "Art Photography", americana, o jornal "Times" de Londres, ou incluíram diversas fotos, como as revistas "Photography", inglesa, a "Revue Française", as alemãs "Merian" e "Architektur & Wohnen", a "Revue Fatis", o "Photo Guide Magazine", entre outras.Os seus arquivos fotográficos contêm largos milhares de fotografias, centenas com irrecuperável valor histórico, imagens de um país perdido ou alterado, a preto e branco, diapositivos a cores, e em negativos a cores. Para além da cobertura de todas as regiões continentais e insulares do país, possui colecções de várias províncias de Espanha e Itália, e das cidades de Paris e Londres.Tem preparadas exposições, com fotografias, a preto e branco e a cores, de Portugal - " Uma Visão Histórica e Etnográfica do País " -, Lisboa, Porto, Braga, Évora, Sintra, entre outras. Possui ainda diversas maquetas, com texto, de livros a editar sobre Portugal e algumas regiões e cidades do país.”
28 notes
·
View notes
Text
Azaruja: Apontamento histórico
A Azaruja, enquanto unidade administrativa inserida no mapa político português, aparenta ter origem no século XVI. Ainda que a falta de documentação seja um dos principais problemas para definir esta questão da "origem", é fundamental atender que desde a pré-história o dito espaço geográfico já conheceria alguns pequenos povoamentos (evidenciados pelos vestígios arqueológicos legados). Também no período romano se conhecem alguns espaços da coeva freguesia, ligados ao passado romano - o Monte da Venda e o Castelo do Mau Vizinho.
A primeira fonte histórica que faz menção a este território em concreto encontra-se na Chancelaria de D. Afonso III: Livro 1. Vol II (1261) - a qual afere: "per aquam de Alcorovisca, quomodo intrat ipsa aqua in Paredeelas et de Paredeelas ad infustum per aquam de Alarucha (...)”. Evidencia-se, portanto, a primeira menção ao topónimo (hidrotopónimo) Alarucha - sendo este referente a uma ribeira entre Évora e Evoramente. Azaruja é, provavelmente, um nome de origem árabe, segundo, José Pedro Machado, o termo surge, possivelmente, da “adaptação árabe de “az-zar (u) jun” que significa “cepa de vinha, sarmento” (Grilo, 1996-1997:205). No entanto, a ligação do termo Azaruja pode também estar associada a um curso de água, a uma ribeira denominada ribeira de Razucha ou Alarucha. Foi numa das propriedades junto a esta ribeira que em meados do século XVIII, se "procedeu ao aforamento de terras e originou a formação de um povoamento denominado “Fóros da Azarucha"".
Existem três realidades (do foro sócio-político) fundamentais que devem ser compreendidas para entender a evolução histórica de Azaruja e S. Bento do Mato: a primeira, o Morgadio das Brosseiras (Venda das Brosseiras), do século XV e XVI; a segunda, o Castelo Ventoso; a terceira, o poder senhorial d'Os Azarujinhas no século XVIII. Não obstante, interessa, portanto, apontar que o grande desenvolvimento da dita localidade encontra-se associado ao século XVIII e aos Azarujinhas. A freguesia de Nossa Senhora de Machede (então denominada Santa Maria de Machede e mais tarde Nossa Senhora da Natividade de Machede), já existia no séc. XIII, a qual agregava as coevas jurisdições de S. Miguel de Machede e S. Bento do Mato. No séc. XVI foi institucionalizada a freguesia de S. Miguel de Machede por separação de parte do território de Nª Sª de Machede. Por sua vez, em meados do séc. XVIII, parte da freguesia de S. Miguel de Machede dá origem à criação de S. Bento do Mato, que inclui a vila de Azaruja - fenómeno este ligado à divisão de terras efetuada pelos Condes de Azarujinha.
A notar elementos patrimoniais desta vila: - Palacete e Igreja dos Condes de Azarujinha; Pelourinho oitocentistas; Ermida de Nossa Senhora do Carmo; Praça de touros de Azaruja do século XIX; Igreja de S. Bento do Mato e Dolem anexo; Apeadeiro de Azaruja; Escola primária; todo o património industrial associado à questão corticeira.
1 note
·
View note
Text
Portugal de Norte a Sul - Parte 4: A Beira Interior
No quarto post da série Portugal de Norte a Sul, que comemora meus dois anos em terras portuguesas, vamos viajar pela lindíssima região da Beira Interior. Terras serranas com paisagens rurais deslumbrantes, lindas aldeias típicas e o pastoreio de ovelhas e cabras, além de importantes cidades com forte atividade econômica e industrial.
A Beira Interior é uma das mais subestimadas regiões de Portugal. Por estar relativamente afastada do eixo turístico principal Lisboa-Porto, muitos dos viajantes acabam passando bem longe dessa linda região e perdem a chance de conhecer todo o charme da verdadeira vida interiorana portuguesa.
A região estava incluída na proposta para a Regionalização de Portugal de 1998. Resulta da moderna união da antiga província da Beira Baixa, com a Beira Trasmontana. No entanto, como já mencionei nos posts anteriores, as províncias nunca tiveram uma atribuição prática, acabando por desaparecer do vocabulário administrativo oficial. Ainda assim, sobreviveram no vocabulário cotidiano dos portugueses e, sobretudo, em suas raízes culturais.
A Beira Interior tem, ainda hoje, limites naturais muito bem definidos, o que garantiu ao longo dos séculos a preservação de sua identidade regional. A Norte, a Beira Interior é delimitada pela região de Trás-os-Montes e Alto Douro, com as serranias dos vales do Douro e do Côa. A Leste, os rios Mondego e Zêzere e as serras do Açor, da Gardunha e da Lousã, separam-na da Beira Litoral. A Sul e a Sudoeste, o rio Zêzere e a serra da Melriça separam-na da Estremadura e Ribatejo. Já a Oeste, as fronteiras com Espanha são as mesmas há mais de sete séculos: os rios Águeda e Erges, e a ribeira dos Tourões. No extremo sul da Beira Interior, o rio Tejo faz a ponte com o Alentejo.
Um bocadinho de história…
A Beira Interior teve um papel determinante na história de Portugal. Habitada desde a pré-história, guarda vestígios da época do Bronze. Foi ali também a terra de origem dos Lusitanos, um conjunto de povos ibéricos pré-romanos tidos como o primeiro sinal da identidade portuguesa. Com as invasões romanas, esses povos antigos acabaram por se refugiar nos antigos Montes Hermínios, atual Serra da Estrela, onde desenvolveram seu modo de vida serrano.
Os romanos dominaram a região e trouxeram grandes transformações, desenvolvendo a agricultura e apostando na exploração de minerais. Em seguida passaram por ali os Visigodos e finalmente os Muçulmanos, com a conquista árabe.
Mas foi na época medieval que a Beira Interior teve seu maior destaque. Disputada, entre os séculos XI e XIII entre Portugueses, Leoneses, Castelhanos e Muçulmanos, e acabou sendo determinante para a independência de Portugal, em face a seus vizinhos árabes e hispânicos. Nesse período, foram construídas dezenas de castelos e fortalezas, que estiveram durante séculos na linha da frente na defesa do reino de Portugal e ainda hoje podem ser visitados. Após o fim das batalhas e com a definição das fronteiras nacionais, as povoações foram recuperadas e a população voltou a crescer.
Na época dos Descobrimentos, a Beira Interior volta a ter seus momentos de glória. Foi lá que nasceram alguns dos maiores navegadores e exploradores portugueses de que se tem notícia, entre os quais se destacam Afonso de Paiva, Pêro da Covilhã e o nosso queridíssimo Pedro Álvares Cabral. Mais tarde, na Guerra da Restauração, na Guerra dos Sete Anos e também durante as invasões Napoleônicas, seus castelos e fortalezas, voltaram a assegurar a independência nacional.
Já no século XIX, o progresso chegou com a abertura das linhas de comboio (trem) da Beira Alta e da Beira Baixa, e ainda da fronteira rodoviária de Vilar Formoso. Contudo, uma forte onda de emigração começou a ser sentida ao longo do século XX, e a população começou a decrescer novamente.
Arquitetura tradicional
Assim como nas regiões anteriores usa-se muito as paredes em alvenaria de pedra, variando entre o granito, como no Minho, e o xisto, tal qual na região Transmontana. São comuns os edifícios com 3 ou mais pisos, sendo que os pisos superiores são normalmente de tabique e apenas o “rés-do-chão” é de pedra.
Eu tenho um carinho especial pelas casas tradicionais dessa zona do país, por ter trabalhado alguns meses no levantamento do centro histórico de Viseu, no âmbito do Projeto Viseu Património. Foram dias de trabalho intenso, com lindas surpresas e muito aprendizado, por trás de toda a poeira e restos de materiais quebrados na rotina do levantamento arquitetônico.
A Beira Interior é uma das regiões com mais castelos e fortalezas (cerca de 45 no total), estando a sua grande maioria em bom estado de conservação. As cidades e vilas, conservam um ambiente medieval, que aliado às suas paisagens bucólicas, merecem ser explorados com tempo. Pra se ter uma ideia, 12 dos 13 núcleos históricos recuperados pelo programa "Aldeias Históricas de Portugal" localizam-se na Beira Interior. É cidadezinha pitoresca que não acaba mais!
Belezas Naturais
O relevo de toda a região da Beira Interior é bem acidentado, com destaque para as Serras da Estrela (que se eleva a 1993m), da Gardunha (1227m de altitude), de Alvelos (1084m) e da Malcata (1075m). Além das serras, o restante da região situa-se em dois planaltos, cuja altitude oscila entre os 500 e os 800m. São terras altas e frias, onde chega a nevar bem no inverno!
Apesar de não ter acesso ao oceano, a região é banhada por três dos principais rios portugueses, o Douro, o Tejo e o Mondego, e também por seus afluentes, Côa, Alva, Zêzere, Águeda, Erges e Ocreza. É a partir desta região que nascem algumas das linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: a bacia do Tejo que abastece Lisboa, a bacia do Mondego, que abastece Coimbra e a bacia do Douro, que abastece o Porto.
Entre as muitas belezas da paisagem serrana da região, destaca-se o Vale do Zêzere (já falamos dele nesse post aqui, lembra?), um dos mais longos vales glaciares da Europa. É também a evidência glaciar mais a sul de todo o continente Europeu, pois seu característico formato em “U” foi moldado pela erosão glaciar durante a última grande glaciação, há cerca de 19000 anos.
Gastronomia
A gastronomia da região é muito diversificada, com direito a muita carne de caça, sopas, enchidos e queijinhos de ovelha maravilhosos! Para resistir a esse frio todo no inverno destacam-se o Borrego da Serra da Estela, o Caldo de Grão de Bico, o Bacalhau à Conde da Guarda, o Bacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado na brasa, a Chanfana, a Truta à moda de Manteigas, as Morcelas, o Arroz Doce e por aí vai!
Principais cidades
A Covilhã, situada na vertente sudeste da Serra da Estrela, fica a apenas 20km do cume da serra, que com 1.993 metros de altitude é ponto mais alto de Portugal Continental (também já falamos disso, nesse post aqui). É a terra da indústria da lã, de caráter operário, berço de descobridores dos quinhentos e sede da Universidade da Beira Interior.
Guarda é reconhecida como a mais alta cidade portuguesa, a 1056m de altitude. Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. A cidade guarda também (com o perdão do trocadilho) vários monumentos arquitetônicos importantes, como é o caso da impressionante Sé-Catedral.
Castelo Branco é conhecida pelo Castelo dos Templários, construído na Idade média, entre 1214 e 1230. Ao contrário de outras cidades da região, que cresceram principalmente devido à indústria têxtil, Castelo Branco sempre teve uma importância geo-estratégica e política em Portugal. O Jardim do Paço Episcopal é outro importante símbolo da cidade, tido como um dos mais originais exemplares do Barroco em Portugal.
Viseu é hoje a segunda maior cidade da região do Centro de Portugal, atrás de Coimbra. Historicamente pertenceu à província da Beira Alta e à Região das Beiras, mas tem origens romanas e um relevante patrimônio edificado medieval. Viseu é frequentemente associada à figura de Viriato, um herói lusitano que acredita-se ter nascido nesta região. Os deliciosos doces típicos de mesmo nome não nos deixam esquecer disso.
Manteigas é uma graciosa vila assentada no fundo do Vale do Zêzere. Junto com Covilhã e Seia, é um dos concelhos que partilham o ponto mais elevado de Portugal Continental (a Torre da Serra da Estrela). Suas lindas casinhas de pedra contrastam com os picos nevados ao fundo, criando um cenário super pitoresco. Manteigas vive principalmente da indústria de lanifícios, onde é produzido o burel, um tecido feito de lã de ovelha prensada, característico da região desde os tempos medievais. (também já falamos dele no post sobre a Ecolã.)
Belmonte é outra simpática vila serrana da Beira Interior, que abriga uma parte importante da história judaica, relacionada com a resistência dos judeus à intolerância religiosa na Península Ibérica. Também é famosa por seu Castelo Medieval e por ser terra natal do navegador Pedro Álvares Cabral. ~MV
Portugal de Norte a Sul - A Série completa:
Introdução
Parte 1 - Minho
Parte 2 - Trás-os-Montes e Alto Douro
Parte 3 - Douro Litoral
Parte 4 - Beira Interior
Parte 5 - Beira Litoral
1 note
·
View note
Text
Valorização do património incentiva a criação de conteúdos turísticos
A valorização do património incentiva a criação de conteúdos turísticos na Beira Baixa, tendo sido dado mais um passo relevante na dinâmica de valorização do património tecnológico e industrial, implícito na realidade sócio-cultural e valorização das gentes da região da campina da Idanha. O património tecnológico e industrial incentiva o conteúdo turístico? Na região da Beira Baixa, tem sido…
View On WordPress
#Beira Baixa#campina da idanha#castelo branco#contéudos turísticos#experiências turísticas#onde ficar#património#património tecnológico#Turismo
0 notes
Video
youtube
URBEX Guy Clément ARMENIA | VANADZOR | GIANT FACTORY VIDEO - N'hésites pas à t'abonner à ma chaîne et activer les notifications 🔔pour être informé de mes prochaines explorations et découvertes! Feel free to subscribe my channel and activate notifications 🔔to be aware about my next explorations and discoveries! Une exploration en Arménie dans la ville de Vanadzor. La ville possède un patrimoine conséquent, industriel dont une partie est abandonné mais aussi des vestiges de l'ancienne URSS (Union république Socialiste et Soviétique), également abandonné. An exploration in Armenia in the city of Vanadzor. The city has a significant industrial heritage, part of which is abandoned but also remains of the former USSR (Socialist and Soviet Union), also abandoned. Eine Erkundung in Armenien in der Stadt Vanadzor. Die Stadt besitzt ein bedeutendes industrielles Erbe, von dem ein Teil verlassen wurde, aber auch Überreste der ehemaligen UdSSR (Sozialistische und Sowjetische Republik), die ebenfalls aufgegeben wurde. Una exploración en Armenia en la ciudad de Vanadzor. La ciudad posee un patrimonio consecuente, industrial del que una parte está abandonada, pero también restos de la antigua URSS (Unión Socialista y Soviética), también abandonado. Un'esplorazione in Armenia nella città di Vanadzor. La città possiede un patrimonio notevole, industriale di cui una parte è abbandonata ma anche vestigia dell'ex URSS (Unione Socialista e Sovietica), anch'essa abbandonata. Eksploracja w Armenii w mieście Vanadzor. Miasto ma znaczące dziedzictwo przemysłowe, którego część jest opuszczona, ale także pozostałości byłego ZSRR (Związku Socjalistycznego i Radzieckiego), również opuszczonego. Uma exploração na Armênia na cidade de Vanadzor. A cidade possui um património consequente, industrial do qual uma parte é abandonada, mas também dos vestígios da antiga URSS (União República Socialista e Soviética), igualmente abandonado. Исследование в Армении в городе Ванадзор. Город обладает значительным промышленным наследием, часть которого заброшена, но также остается заброшенной частью бывшего СССР (Социалистического и Советского Союза). Retrouvez-moi sur les réseaux / Follow me for daily content: 👍 Facebook: Urbex Guy Clement https://www.facebook.com/profile.php?... 👉 Youtube URBEX Guy Clément https://www.youtube.com/channel/UCNhQ... 📸 Instagram: @abandoned.urbex.world https://www.instagram.com/abandoned.u... 🎵TikTok: @urbexguyclement https://www.tiktok.com/@urbexguycleme... 🐦Twitter: @GuyPellegrin https://twitter.com/GuyPellegrin #abandoned #lostplace #urbex
0 notes
Text
IP lança concurso para construção de variante em Évora
A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou o concurso público para a construção da Variante Nascente a Évora do Itinerário Principal (IP) 2, num investimento de 58,4 milhões de euros, com financiamento do PRR.
Em comunicado, a empresa pública IP indicou que o concurso público para a execução desta empreitada, com um preço base de 58.375.000 euros, foi publicado em Diário da República (DR).
"A empreitada a contratar visa a construção de uma nova ligação rodoviária alternativa ao atual troço do IP2, com início no Nó de Évora Nascente da [autoestrada] A6, imediatamente após a praça de portagem, e fim na conexão com o IP2, em S. Manços", adiantou.
Segundo a IP, a futura variante terá dupla faixa de rodagem e cerca de 12,8 quilómetros de extensão.
Está prevista a construção de interligações com a rede existente nos nós de Vale de Figueiras, da Fonte Boa do Degebe e da rotunda de Ligação à Estrada Nacional 18, além de oito passagens superiores, duas das quais sobre linhas ferroviárias.
Em junho de 2021, a IP tinha anunciado um concurso público para a elaboração do projeto de execução desta variante, que incluía uma análise à viabilidade do aproveitamento do traçado e das estruturas construídas no âmbito da empreitada de requalificação do IP2, incluída na então subconcessão Baixo Alentejo.
Durante essa empreitada, que acabou por ser suspensa em 2011, foram desenvolvidos trabalhos de terraplanagem e construídos viadutos, até hoje abandonados.
A construção desta variante é reivindicada por Évora para permitir desviar o trânsito da cidade, cujo centro histórico está classificado como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
No comunicado de hoje, é realçado que "o projeto da Variante Nascente de Évora constitui o maior investimento a executar pela Infraestruturas de Portugal no âmbito do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência].
"Este empreendimento irá contribuir decisivamente para a melhoria das ligações rodoviárias na região de Évora e da segurança rodoviária e promover a competitividade das empresas e a mobilidade das populações da região", sublinhou.
Salientando que esta variante integra a "Componente C7 -- Infraestruturas" do PRR, a IP disse estar a desenvolver os investimentos definidos por esta componente que visa assegurar a competitividade e a coesão territorial.
Atualmente, de acordo com a empresa, estão lançadas 23 obras, das quais 11 estão em fase de contratação, 10 encontram-se em execução e duas estão concluídas, concretamente a ligação rodoviária à Área Industrial de Fontiscos e reformulação do Nó de Ermida (Santo Tirso, Porto) e a Variante à Estrada Nacional 248 (EN248), em Arruda dos Vinhos.
0 notes
Text
Objeto Social Passeios em veículos automóveis de passageiros até 9 lugares. Actividades de animação turística, nomeadamente organização de um conjunto de actividades destinadas a proporcionar ao publico em geral momentos lúdicos, de lazer e de diversão incluído, pacotes e roteiros turísticos, aluguer de veículos com e sem condutor e de equipamentos relacionados com transporte de passageiros e com actividades de lazer; consultoria e estudos na área do turismo; Hotelaria e restauração, consultoria e estudos para organização de eventos e sua exploração; comercialização de acessórios ligados ao transporte de passageiros privados; comercialização de veículos automóveis; outros transportes terrestres de passageiros diversos.
Atividade(s) que está autorizado a exercer
Rotas temáticas e outros percursos de descoberta do património (por exemplo, Rota do Megalitismo, do Romano, do Românico, do Fresco, Gastronómicas, de Vinhos, de Queijos, de Sabores, de Arqueologia Industrial)
0 notes
Text
0 notes
Text
contar um conto
As crianças à minha volta comunicam no corpo e no silêncio expressões várias. Uns imóveis, outros um pouco irrequietos, meninos e meninas de 4, 5 e 6 anos de idade. Alguns esgares de espanto competem com rostos impávidos, todos à espera da frase seguinte, intrigados nos pormenores, sorrindo suavemente no encanto, ouvidos atentos no silêncio que todos partilham para escutar a voz que os reune. Contar histórias a crianças desta idade é muito estimulante, e a reacção delas na dinâmica do tom e fluidez da narrativa torna-se tão criativa quanto o conto em si.
Quando o meu filho estava no infantário, fui algumas vezes ler os livros que tinha (e ainda tenho) em casa. Saber as histórias de cor seria o ideal, mas os livros escolhidos são ricamente ilustrados, o que fazia prender ainda mais a audiência. Contudo, não me refugiava neste artifício. A inflexão da voz tem de expor credivelmente a narrativa e as personagens, os miúdos sabem que está ali um adulto a contar uma história, não querem que este se transforme numa estranha recriação de si próprios. Fazia várias vozes e brincava com as pausas, façanhas e tropelias que saíam no ritmo do conto e da audiência. E funcionava. Lembro-me de ver na RTP contadores de histórias massacrando as criancinhas com falas infantis ou em fastidioso tom monocórdico, raramente ouvia alguém que realmente soubesse (re)contar. A presunção do adulto face à menoridade da criança irritava-me, o conto infantil estava infantilizado, ridicularizado, como se por serem tão pequenininhos fossem também intelectualmente coitadinhos tolinhos que todinha a historinha tinha sempre de possuir um inho na palavrinha ou no tonzinho… Eu não queria contar assim. Actualmente, no programa da RTP2 ‘Nada Será Como Dante’, Pedro Lamares no segmento Gigões e Anantes oraliza genialmente como deve ser dito.
Corre corre, cabecinha foi (e é ainda) o meu favorito, pois a quantidade de personagens permite criar várias vozes diferentes e a estrutura do conto possibilita regressar e brincar de novo o som dos três animais (lobo, urso e leão) e da avózinha. Onde vivem os monstros, um clássico da literatura infantil anglo-americana, conta a aventura rocambolesca do irascível Max e os terríveis monstros. A girafa que comia estrelas tinha um pescoço tão comprido, tão comprido que chegava alto no céu para lá das nuvens — o que motivou uma intervenção de um menino de cinco anos, a meio do relato que nunca esqueci, revelando como a dinâmica de uma história contada pode incluir a participação do ouvinte que se torna interveniente. Em sorriso largo, ele diz-me “e depois veio um avião e cortou a cabeça!”. Lembro-me de oferecer (e ler numa festa de aniversário) Capuchinho Vermelho numa bela versão pop-up, a sensação de teatro resplandecia com as ilustrações que tomavam forma. A minha infância foi infelizmente escassa em livros infantis (e outros), guardo ainda “Timothy and the Forest Folk” re-edição de 1978 (primeira edição em 1968). Em Inglaterra, as obras de Charles Dickens, Hans Christian Andersen e os Irmãos Grimm eram companhia extraordinária na biblioteca da minha escola e na BBC. East of the Sun and West of the Moon deve ter cruzado o meu caminho.
“A long time ago in a galaxy far, far away…" traduziu no cinema um manancial de contos e mitos que George Lucas sempre adorara (alimentado pelas aulas de Antropologia que teve no ensino secundário) inspirando a imaginação de tantas crianças como eu até à idade adulta. Cheguei tarde a Tolkien, mas a imensa dimensão deste outro mundo prolongou o encanto e o espanto sobre as travessias, as metáforas e símbolos que constroem a condição humana. Nos anos oitenta, via RTP muito ganhei: Vasco Granja mostrava-nos animações extraordinárias (produzidas no Canadá, Checoslováquia e Polónia) e recordo-me especialmente de contos maravilhosos dos povos nativo-canadianos em desenho animado, que ainda não consegui reencontrar no YouTube; aventuras de samurais e contos mágicos vindos do Japão plantaram-se na minha memória através da tradicional arte de marionetas Bunraku. Em adulto delicio-me nos espantosos filmes de animação do Studio Ghibli, sendo a Viagem de Chihiro (2001) o meu favorito.
* Descobrir nos contos maravilhosos simbologias e metáforas que a sociedade ocidental, urbana e industrial nos fez esquecer foi uma das conquistas recentes em Antropologia. O valor da memória e o legado do conhecimento (histórico e popular), assim como o pensamento crítico, sobressaíram para melhor compreender a imaginação e a mensagem, desfazendo a noção que os contos tradicionais são unicamente infantis. Porque os lugares da imaginação são tão vastos e maravilhosos como os próprios reinos longínquos sem nome nem tempo dos contos. Desse encantamento oral se transmitiu ao longo de milénios os cosmos originais e o divertimento dos Homens. As líricas e densidades dramáticas nos contos e suas variantes descrevem vários universos simbólicos e realidades alternativas do mistério do mundo, são criatividade e imaginação humanas. Uma plêiade de saberes e inventividade, motriz e matriz da crença, consciência e conhecimento em perpétua herança, património intangível partilhado por gerações e guardado no cofre da memória e voz dos contadores de mitos, aventuras e contos. De valor incomensurável, pertença de todos mas eventualmente confiado apenas a alguns, no nosso imaginário anciãos venerados, druidas temidos ou líderes audazes, são portadores de conhecimento vital sobre o visível e invisível. A determinada altura, as avós incorporaram estas três entidades, guardiãs dos contos e continuadoras do encantamento da palavra e do ensino quotidiano.
“Contar é sempre recontar (…) A bem dizer, nunca existe texto original: todo mito é, por natureza, tradução. Origina-se de outro mito, proveniente de uma população vizinha mas estrangeira, ou de um mito anterior da mesma população, ou ainda contemporâneo”, escreveu o antropólogo Claude Lévi-Strauss. Os contos tradicionais já não terão o peso dos mitos, ultrapassaram crenças de origem, mas permanecem como retratos das adversidades do mundo, nos símbolos e nas metáforas, nos medos e na bravura, na inspiração e no aviso. Em cada conto e em cada frase, as tribulações da alma humana prosseguem vivas na voz e maravilhosas na narrativa, alterando-se criativamente na métrica talentosa do contador, no registo atento do ouvinte, na tradição cultural da humanidade.
A tradição oral tomou corpo noutras artes (escultura, pintura, literatura, ilustração, cinema) e as variantes dos contos expandiram-se como o universo, interpretados ad eternum, pois o misterioso reside na pluralidade cósmica de cada um. Sabendo que os contos não são textos fechados, sendo maleáveis e adaptados, o fundamental espírito da palavra permanece ao longo do tempo, para nos determos nos detalhes e razões que as diferenças e semelhanças testemunham. Afinal, quem não gosta de uma boa história?
Meu ensaio sobre um conto da Noruega, East of the Sun and West of the Moon, para a disciplina de Contos Populares Europeus, aqui neste link: https://pluraverse.tumblr.com/post/641224525056557056/east-of-the-sun-and-west-of-the-moon-viagens
East of the Sun and West of the Moon Conto integral em inglês https://www.surlalunefairytales.com/a-g/east-sun-west-moon/stories/eastwest.html
0 notes
Video
youtube
URBEX Guy Clément ARMENIA | VANADZOR | BALLROOM VIDEO - N'hésites pas à t'abonner à ma chaîne et activer les notifications 🔔pour être informé de mes prochaines explorations et découvertes! Feel free to subscribe my channel and activate notifications 🔔to be aware about my next explorations and discoveries! Une exploration en Arménie dans la ville de Vanadzor. La ville possède un patrimoine conséquent, industriel dont une partie est abandonné mais aussi des vestiges de l'ancienne URSS (Union république Socialiste et Soviétique), également abandonné. An exploration in Armenia in the city of Vanadzor. The city has a significant industrial heritage, part of which is abandoned but also remains of the former USSR (Socialist and Soviet Union), also abandoned. Eine Erkundung in Armenien in der Stadt Vanadzor. Die Stadt besitzt ein bedeutendes industrielles Erbe, von dem ein Teil verlassen wurde, aber auch Überreste der ehemaligen UdSSR (Sozialistische und Sowjetische Republik), die ebenfalls aufgegeben wurde. Una exploración en Armenia en la ciudad de Vanadzor. La ciudad posee un patrimonio consecuente, industrial del que una parte está abandonada, pero también restos de la antigua URSS (Unión Socialista y Soviética), también abandonado. Un'esplorazione in Armenia nella città di Vanadzor. La città possiede un patrimonio notevole, industriale di cui una parte è abbandonata ma anche vestigia dell'ex URSS (Unione Socialista e Sovietica), anch'essa abbandonata. Eksploracja w Armenii w mieście Vanadzor. Miasto ma znaczące dziedzictwo przemysłowe, którego część jest opuszczona, ale także pozostałości byłego ZSRR (Związku Socjalistycznego i Radzieckiego), również opuszczonego. Uma exploração na Armênia na cidade de Vanadzor. A cidade possui um património consequente, industrial do qual uma parte é abandonada, mas também dos vestígios da antiga URSS (União República Socialista e Soviética), igualmente abandonado. Исследование в Армении в городе Ванадзор. Город обладает значительным промышленным наследием, часть которого заброшена, но также остается заброшенной частью бывшего СССР (Социалистического и Советского Союза). Retrouvez-moi sur les réseaux / Follow me for daily content: 👍 Facebook: Urbex Guy Clement https://www.facebook.com/profile.php?... 👉 Youtube URBEX Guy Clément https://www.youtube.com/channel/UCNhQ... 📸 Instagram: @abandoned.urbex.world https://www.instagram.com/abandoned.u... 🎵TikTok: @urbexguyclement https://www.tiktok.com/@urbexguycleme... 🐦Twitter: @GuyPellegrin https://twitter.com/GuyPellegrin #abandoned #lostplace #urbex
0 notes