#país em reconstrução
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radioshiga · 2 months ago
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Reconciliação da Síria continua incerta após queda do regime Assad
Damasco, Síria, 9 de janeiro de 2025 (Reuters) – Um mês após o colapso do regime do presidente Bashar al-Assad, a reconciliação nacional na Síria continua incerta. O autocrático governo da família Assad, que durou mais de 50 anos, chegou ao fim no dia 8 de dezembro. O governo interino da Síria, que assumiu o controle do país após a queda de Assad, havia planejado realizar uma conferência de…
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sutherlznds · 2 days ago
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Quem é aquele NEUROCIRURGIÃO correndo por ali? Para estar com pressa assim, tenho certeza de que é ATENDENTE no GREY-SLOAN. Olhando assim, bem que parece JACOB SUTHERLAND, sabe quem é? Dizem que é bastante DETERMINADO E SINCERO, mas as más línguas dos corredores adoram dizer que é ORGULHOSO E INFLEXÍVEL. Enfim, pode ser só fofoca, não é? Igual aquela que contavam sobre se parecer muito com THEO JAMES. Seja como for, espero que tenha um ótimo plantão!
sobre jacob.
o relacionamento entre o primogênito dos sutherland e o pai nunca foi fácil. viveram em pé de guerra a vida inteira e, quando os demais familiares afirmasse que eram semelhantes em muitos aspectos, se era possível compreender que era justamente a razão de não conseguirem lidar um com o outro; os gênios fortes de ambos não permitiam que entendessem um o lado do outro e pudessem evitar suas discussões frequentes. sendo um nome tão importante e renomado na área da cirurgia plástica - com foco na parte de reconstrução -, patrick sutherland esperava somente o melhor de seus filhos, e tinha um plano tão bem traçado para cada um deles que mal havia espaço para respirar dentro de casa.
sempre foi óbvio que todos os filhos de patrick e nora encontrariam suas profissões na medicina e, em um futuro, se juntariam à clínica particular em nova york para a qual o homem dedicou os últimos vinte anos da vida e assumiriam o andamento de seu trabalho. entretanto, jacob sempre quis diferente, e não tinha planos de se associar ao pai pelo resto da vida. estudou pré-medicina na duke university por livre e espontânea pressão e para evitar ainda mais dor de cabeça, visto que era onde ambos os pais haviam se formado e não teve a opção de escolher outro caminho, e a faculdade de medicina foi realizada na columbia university. na hora de escolher a sua residência, não falou nada antes de se decidir pela neurocirurgia, o que ocasionou mais uma grande briga entre pai e filho: se já estava com a vida ganha na área pelo seu nome, era uma tremenda burrice querer inovar. não deu importância e, logo, começou a residência nessa área no barrow neurological institute, em phoenix, no arizona - propositalmente do outro lado do país. 
com a mudança de jacob para o outro lado do país, pai e filho começaram a se falar cada vez menos. o contato normalmente acontecia quando a mãe ligava para ver como ele estava e obrigava o pai de jacob a mandar um oi pelo telefone, porém, não conseguiam conversar por menos de um minuto sem terem de chamá-la novamente para a ligação. como passou seus anos em maioria trabalhando no instituto pela residência ou viajando nas poucas férias que teve, quase nunca tiveram a chance de se esbarrar além dos feriados em que jacob era obrigado a retornar para casa pela mãe, que tentava agir como uma ponte entre ambos. o contato de ambos se resumia mais à indiretas que conversas de fato e, apesar dos esforços da mãe e das irmãs para acabarem com aquela idiotice, os dois se recusavam a ser a primeira pessoa a dar para trás.
quando terminou sua residência e decidiu aceitar a oferta de emprego no grey-sloan, em seattle, estavam se falando muito pouco e, quando a mãe e as irmãs vieram para seattle com a desculpa de acompanhar a mudança e o início do trabalho no grey-sloan, o homem não veio com uma desculpa de trabalho - e jacob deixou bem claro que não estava nem aí para isso, apesar de certa mágoa com a ausência do pai.
em alguns meses morando na cidade, acabou entrando em um relacionamento com uma enfermeira de outro hospital que conheceu no bar do joe, e ficou completamente apaixonado. a levou para conhecer sua família em nova york no feriado de ação de graças, sem imaginar que seria este o motivo do início da ruptura completa da pouca relação que ainda mantinha com o pai; o homem deixou bem claro para o filho que não tinha gostado nada dela e que não confiava em nada no bom senso dele. brigaram mais algumas vezes por conta da tal namorada, e jacob sempre a defendia, até que, em uma visita dos pais em seu apartamento de seattle - quando já estava morando com ela -, tiveram sua briga final sobre o assunto. depois disso, pararam de se falar, nenhum lado querendo ceder em seu argumento - e, como confiava completamente na namorada, ficou ultrajado de seu pai ousar questionar o caráter dela.
no entanto, tudo mudou quando, aos trinta e cinco anos de jacob, recebeu a notícia de que seu pai teve um ataque cardíaco e faleceu. embora não pudessem ser mais distantes um do outro, a morte dele ainda foi um baque para jacob, que não conseguiu lidar completamente com o remorso que o atingiu por não ter trocado uma única frase com o pai em mais de um ano. e o pior de tudo? acabou descobrindo que, na verdade, a namorada em quem tanto confiava o havia traído com um colega de trabalho dela e, no fundo, seu pai estava certo em tudo o que disse. o remorso o corroeu durante aquele ano, e continua em seu interior, afinal, mesmo que nunca tivessem insistindo em consertar a relação, agora nunca mais teriam a chance.
personalidade.
extremamente orgulhoso, fazer com que jacob mude de ideia sobre qualquer coisa é um desafio; não por nada que qualquer um que conviva muito com ele sabe que é a própria definição de cabeça dura, e que tende a manter rancor, apesar de estar trabalhando nisso pelas últimas circunstâncias. é bastante sincero - mesmo que o sutherland não seja a melhor pessoa na hora de se abrir - e um amigo que não vai maquiar as coisas para torná-las mais fáceis, porém, vai estar junto para ajudar a resolver o problema, ou pagar uma bebida no bar do joe para afogar as mágoas.
informações extras.
tem trinta e seis anos, nascido em quatro de agosto, e é do signo de leão. sua cidade natal é nova york.
estudou tanto pré-medicina quanto medicina na cidade de nova york; a primeira na duke university e a segunda na columbia university. já a sua residência foi em phoenix, no arizona, no barrow neurological institute, e está no grey-sloan desde a conclusão desta, aos trinta e três anos.
tem duas irmãs mais novas, harriet - que tem trinta e quatro anos - e margot - que tem vinte e nove anos -, que são, respectivamente, cirurgiã plástica e anestesista, na clínica particular que anteriormente pertencia ao pai dos três.
seu companheiro mais fiel é um pastor alemão idoso, chamado tommy - porque, enquanto estava na dúvida de como chamá-lo, a música livin' on a prayer tocou na rádio do carro e resolveu chamá-lo com o nome de um dos personagens da letra.
embora não goste muito de ser babá de residentes, se recusa a deixar qualquer um em sua área sendo conhecido como desleixado ou incapaz, e faz o seu melhor para tentar ajudar - embora a sua didática ainda precise dar uma melhorada em termos de paciência.
ideias de conexões (lista em eterna construção).
muse a é uma das únicas pessoas que consegue colocar algo na cabeça de jacob, e que consegue convencê-lo a mudar de ideia com uma facilidade surpreendente. a sua opinião é uma das que mais considera; (f ou m)
nina e jacob se envolveram por uma noite e tiveram uma ótima conexão, mas - envolvido com os problemas recém adquiridos pelo término horrível -, ele acabou saindo de fininho de manhã cedo e não mandou mensagem como prometeu, o que deixou um clima estranho entre eles; (f)
muse c e jacob sempre saem pra beber no bar do joe juntos. não são tão próximos fora dali, mas naquele tempo em que estão ali, podem parecer até melhores amigos; (f ou m)
mude d e jacob simplesmente não se aguentam. toda vez que se encontram, acabam discutindo de algum jeito - e jacob é orgulhoso o suficiente para manter uma briga mesmo sem recordar o motivo que a fez ter início; (f ou m)
benjamin é residente de emergência, mas jacob enxergou o seu potencial no tempo em que está no hospital e, desde então, tenta convencê-lo a se bandear para a neurocirurgia;
rowan e jacob flertam ocasionalmente e orbitam um na volta do outro quando vão ao bar, mas, por algum motivo, nunca saem disso. (f)
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jornalgeopolitico · 3 months ago
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Reconstrução Síria num Contexto Regional em Mudança: Desafios e Oportunidades
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Artigo escrito por - Alexandre Aksenenok - Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Federação Russa, Vice-presidente da RIAC
A reconstrução da Síria é um dos principais e mais urgentes desafios do seu desenvolvimento pós-guerra. A guerra civil terminou por si só, mas o conflito em si continua sem solução e seu custo material é enorme. Sob as condições das sanções ocidentais e relações difíceis com os estados árabes do Golfo Pérsico, não há praticamente pré-requisitos para uma reconstrução extensiva e implementação de grandes projetos de investimento.
Nesta fase, apenas a chamada “recuperação precoce” é possível, que é destinada à manutenção da prosperidade da população e ao funcionamento do sistema social. Com recursos decrescentes, está se tornando cada vez mais difícil para o governo sírio manter a economia à tona e lidar com questões sociais. Ao mesmo tempo, a assistência externa de potenciais patrocinadores de tais obras continua sujeita a uma série de condições políticas na área de resolução de conflitos.
A situação econômica no país continua a se deteriorar enquanto os padrões de vida da maioria da população estão caindo. Neste contexto, o processo de reconstrução pós-guerra, que pode proporcionar alívio aos cidadãos sírios, está inextricavelmente ligado à política, à segurança e à restauração da integridade territorial do país por meios pacíficos e à reconciliação nacional. Além disso, também está condicionado à implementação de reformas de governança, tanto no centro quanto na periferia. Assim, o processo de reconstrução é multidimensional e requer certos compromissos. No entanto, nenhuma medida prática nessa direção foi tomada ainda pelas autoridades sírias.
Fatores externos como pressão de sanções, fragmentação do território nacional e controle americano contínuo sobre muitos dos recursos da Síria são apenas parcialmente responsáveis ​​pela terrível situação econômica na Síria. Além disso, há sérios problemas na área de governança. Nos últimos anos, o sistema de administração pública foi significativamente transformado e tornado ineficaz sem um impacto externo significativo.
Em maio de 2023, as condições para a Síria atrair assistência externa eram mais favoráveis. Isso se deveu ao retorno do país à Liga Árabe, à tendência emergente de aliviar as tensões regionais e à construção de uma nova arquitetura de segurança no Oriente Médio. Apesar da normalização externa, não houve nenhuma mudança significativa nas práticas de cooperação de investimento e suporte financeiro para a Síria. Os Estados Árabes continuam a prosseguir com base na necessidade de implementar o princípio de “Um Passo por Um Passo”.
Damasco aposta na possibilidade de reformas políticas e no lançamento do Comitê Constitucional com o compromisso árabe de apoiar o Ocidente. Ao mesmo tempo, as autoridades estão se concentrando nas eleições parlamentares de julho de 2024. O processo de normalização das relações entre a Síria e a Turquia, iniciado em 2023 pela Rússia, também enfrenta dificuldades semelhantes.
Nesta fase, a situação dentro e ao redor da Síria não é propícia para alcançar resultados rápidos e superar a crise da economia pós-guerra do país. Rússia e Irã continuam a cooperação econômica com a Síria, mas as capacidades dos dois países não são suficientes para reconstruir a economia síria destruída. Existem três canais possíveis para suporte financeiro e técnico externo no curto prazo. Estes são o Fundo Fiduciário da ONU, isenções humanitárias das sanções dos EUA e de vários estados-membros da UE, bem como oportunidades do Programa de Desenvolvimento da ONU, sob o qual algumas obras de reconstrução estão sendo realizadas. Se o processo político avançar, vários estados árabes do Golfo também podem participar de atividades de reconstrução.
Situação socioeconômica na República Árabe Síria
A reconstrução da Síria é um dos desafios mais importantes e urgentes do seu desenvolvimento pós-guerra. A peculiaridade da situação desafiadora no país é que a guerra civil terminou por si só, mas o conflito em si continua sem solução. Suas causas raízes não foram abordadas, e as consequências socioeconômicas e políticas, agravadas pelas sanções ocidentais, continuam a ter um efeito desestabilizador. Com recursos domésticos limitados e financiamento externo insuficiente, há poucos pré-requisitos para uma ampla reconstrução e a implementação de grandes projetos. Nesta fase, estamos falando de nada mais do que obras de reconstrução para manter o sustento da população e o funcionamento do setor social como um todo, o que faz parte do conceito de “recuperação precoce” comum no Ocidente.
O termo “recuperação precoce” implica assistência humanitária que não abrange projetos relacionados à reconstrução econômica. Inclui trabalho em água, saneamento, eletricidade, logística comercial, reabilitação de redes de saúde e educação até aconselhamento sobre governança local, reintegração de refugiados e pessoas deslocadas 1 . Ainda não há uma linha clara traçada entre recuperação e reconstrução, e há debate entre os formuladores de políticas ocidentais sobre essa questão. Outro fato complica a situação geral. Por um lado, em 2020 e em 2023, vários tipos de “isenções”, “autorizações” e emissão de “licenças especiais” foram introduzidos para fornecer assistência humanitária à Síria para combater pandemias de COVID-19 e eliminar as consequências dos danos do terremoto. Por outro lado, os Estados Unidos estão aumentando a “pressão máxima” sobre a Síria e ameaçando sanções secundárias sobre os países, incluindo os países árabes, que estão prontos para fornecer apoio financeiro e material à Síria. Segundo vários especialistas europeus, as disposições sobre isenções de sanções não são eficazes na prática, não tanto por razões políticas, mas porque a multiplicidade de restrições adotadas nos últimos vinte anos se duplicam e criam um emaranhado de procedimentos burocráticos confusos 2 .
O principal problema é que o território da Síria é um espaço militar e político fragmentado. De fato, o país também desenvolveu várias economias paralelas:
Territórios controlados pelo governo sírio (cerca de 68%);
o nordeste, controlado pela Administração Autônoma Curda para o Norte e Leste da Síria (AANES), apoiada pelos militares dos EUA (cerca de 22%);
a “zona tampão” do norte da Síria, sob o controlo da Turquia e da Síria
milícias que apoia (cerca de 5%);
a zona da província de Idlib, controlada pela organização terrorista Hayat Tahrir al-Sham (proibida na Rússia) e governada pelo “Governo de Salvação Nacional” (cerca de 2%);
a zona de At-Tanf, dominada pelos EUA, no sudeste da Síria (cerca de 3%).
Como resultado, as comunicações econômicas e comerciais foram cortadas. Com recursos internos e externos cada vez menores, está se tornando mais difícil para o governo manter a economia à tona e lidar com questões sociais do que durante a fase ativa das hostilidades. Por sua vez, os EUA, a União Europeia e os estados árabes do Golfo estão impondo pré-condições que o governo sírio ainda não está pronto para atender.
A maioria dos sírios está lutando para sobreviver diante do aumento constante dos preços, escassez de alimentos, energia e combustível. De todos os pontos críticos de conflito na região, a Síria sofreu as maiores perdas. Elas estão na forma de destruição material, baixas humanas e um declínio na qualidade do capital humano. O dano total da guerra é estimado pelo Ministério das Finanças da Síria em US$ 300 bilhões 3 . Mais da metade da infraestrutura básica foi destruída. O sistema de saúde, um dos mais desenvolvidos no Oriente Médio antes da guerra, foi significativamente prejudicado.
Os padrões de vida da vasta maioria da população estão despencando. A pobreza em massa é um problema particular. De acordo com a ONU, 90% dos sírios vivem abaixo da linha da pobreza, 70% precisam de ajuda humanitária internacional e a expectativa de vida caiu em 20 anos 4 .
O ministro da Economia e Comércio Exterior Samer Khalil foi forçado a admitir que 2022 foi “o ano mais difícil dos últimos 50 anos 5 ”.
A situação econômica no país continua a se deteriorar. Não apenas nas províncias, mas também na capital, a população continua sendo forçada a viver com a falta de fornecimento sustentável de eletricidade (em algumas áreas, a eletricidade é fornecida por uma a duas horas por dia, em outras por uma hora a cada cinco ou seis horas), interrupções no fornecimento de água e escassez constante de produtos essenciais.
Os crescentes déficits orçamentários e a inflação galopante estão forçando as autoridades a reduzir o tamanho dos subsídios governamentais e estreitar o leque de beneficiários, o que antes mantinha os preços mais ou menos acessíveis. Com a produção em queda e as importações, incluindo importações falsificadas, os preços das commodities essenciais são determinados pela taxa de câmbio do dólar. Desde fevereiro de 2023, a lira síria se desvalorizou quase duas vezes e meia em relação ao dólar americano 6 .
As medidas tomadas pelo governo para aproximar as taxas oficiais e não oficiais da lira síria tiveram efeito limitado e não mudaram fundamentalmente a situação. Apesar do fato de o governo ter dobrado os salários no verão de 2023, a inflação literalmente “comeu” todo o ganho, e a renda da população diminuiu. Como resultado de tais ações, as compensações trabalhistas em equivalentes a dólares ficaram ainda menores. Os aumentos desenfreados de preços (em média cerca de 10% ao mês) em combustíveis e alimentos básicos como pão achatado, galinhas, ovos, azeite de oliva, etc. estão afetando particularmente dolorosamente a população. Cordeiro e outros pratos tradicionais de carne animal estão gradualmente desaparecendo da dieta diária da maioria dos sírios.
O Governo Sírio está fazendo esforços para mitigar as consequências sociais e políticas da crise da melhor forma possível, incluindo por meio de uma combinação de regulamentação de mercado e estatal e reforma parcial do sistema tributário. No entanto, além das influências negativas externas, há uma série de obstáculos internos objetivos à recuperação econômica, o que é virtualmente impossível sem um influxo de investimento dos Estados Árabes do Golfo e do Ocidente.
Esses são, antes de tudo, problemas na agricultura e a falta de recursos hídricos, que está ligada às mudanças climáticas. De acordo com o especialista agrícola sírio Jalal Al-Attar, em 2015, os volumes de água na parte síria do Eufrates diminuíram em 40% em comparação a 1972 7 .
Terremotos e secas frequentes afetaram as colheitas de trigo, deixando a Síria com uma escassez aguda dessa cultura estratégica, satisfazendo a demanda por ela com importações, inclusive da Rússia. A escassez de combustível complicou ainda mais a situação, exacerbando a crise energética. O problema é que, enquanto a demanda doméstica de petróleo é de 3 milhões de barris por mês, apenas 300.000 barris são produzidos em territórios controlados pelo governo 8 .
O restante do petróleo é produzido na zona curda AASIS (Administração Autônoma do Nordeste da Síria). Depois que os EUA, ocupando esta zona, impuseram um embargo de fato ao fornecimento de petróleo de lá para Damasco, há uma grave escassez de combustível nas áreas sob controle do governo. A escassez é compensada pelo fornecimento de petróleo do Irã e, em parte, da Rússia.
Novos desafios não militares, mas não menos perigosos, obrigam o Governo Sírio a avaliar adequadamente os riscos, assumindo que as ameaças reais são colocadas principalmente pela economia. Bolsões de protestos surgem periodicamente no sul e noroeste do país, mas uma forte deterioração nesta área pode levar a manifestações mais radicais das contradições acumuladas em suas formas mais inesperadas.
No entanto, na situação atual, a reconstrução econômica, que pode aliviar a situação da maioria da população, está inextricavelmente ligada à política, à segurança, à restauração da integridade territorial do país por meios pacíficos com base na reconciliação nacional e à reforma da administração pública no centro e na periferia. O processo de reconstrução é multifacetado e requer compromisso. No entanto, nenhuma medida prática nessa direção foi tomada ainda pela liderança síria. Isso é evidenciado pela análise da política doméstica e regional de Damasco no contexto da nova arquitetura de segurança emergente no Oriente Médio, levando em consideração a crise em Gaza e a natureza de suas relações com as principais partes interessadas e jogadores.
O retorno da Síria à Liga dos Estados Árabes: os resultados do ano passado
Em maio de 2023, foi tomada a decisão de renovar a filiação da Síria ao LAS, que havia sido suspensa desde o início da guerra civil em 2011. Isso foi seguido por uma série de etapas em direção à normalização com a Arábia Saudita. Isso inclui a abertura de missões diplomáticas em Damasco e Riad, troca de embaixadores (os Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã já haviam feito isso antes), visitas políticas recíprocas de alto nível, descongelamento parcial do comércio bilateral e retomada das viagens aéreas. Houve uma mudança de tom nas declarações "de cima para baixo" na própria Síria. O presidente Bashar al-Assad participou de duas reuniões de chefes de estado em Jeddah (LAS + OIC em maio de 2023) e Manama (LAS em maio de 2024), o que mostra pragmatismo nas abordagens à política internacional e regional. Certamente, a posição da Arábia Saudita é de particular importância para a Síria, já que Riad está ganhando peso na região e, junto com outros estados do Golfo, está melhor posicionada para mitigar a pressão exercida sobre a Síria pelos Estados Unidos e Israel.
A virada para o retorno da Síria ao vetor árabe ocorreu no contexto da tendência dos últimos dois anos para a construção de novas alianças regionais. Isso foi motivado por fatores como fadiga dos conflitos em andamento, a necessidade de cooperação econômica mutuamente benéfica diante da desaceleração do crescimento global e desilusão com a política dos Estados Unidos para o Oriente Médio. Sinais de alívio das tensões, uma espécie de distensão do Oriente Médio, incluem uma série de desenvolvimentos importantes nessa direção. A Turquia tomou o caminho da reconciliação com os estados árabes vizinhos. Durante a viagem de Erdogan à região do Golfo Pérsico (julho de 2023), muitos acordos econômicos foram assinados na Arábia Saudita, Catar e Emirados Árabes Unidos. A Turquia assinou acordos totalizando US$ 50,7 bilhões somente com os Emirados Árabes Unidos. Além disso, a Arábia Saudita assinou contratos favoráveis ​​à Turquia para a compra de um grande lote de drones 9 . Houve uma reaproximação entre a Turquia e o Irã, a maioria dos desacordos internos que dificultavam o trabalho do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC) foram resolvidos, e o papel dos Emirados Árabes Unidos, Egito e Catar como moderadores dos conflitos no Líbano, Iraque e Líbia aumentou significativamente. A diplomacia do Catar e do Egito fez uma contribuição indispensável para negociar os termos do cessar-fogo na Faixa de Gaza. As discussões em andamento sobre os termos do reconhecimento de Israel pela Arábia Saudita, apelidado de "grande barganha", também se encaixam neste contexto.
É importante enfatizar que a nova dinâmica regional, incluindo a decisão de devolver a Síria à LAS, dificilmente teria sido possível sem a restauração das relações diplomáticas entre a Arábia Saudita e o Irã em março de 2023. Este grande avanço, precedido por esforços de mediação não apenas pela China, mas também pelos próprios estados árabes, contribuiu para a cura da região. A Síria também fez parte do amplo “pacote de acordo” saudita-iraniano.
Todas essas mudanças ainda não se tornaram irreversíveis, embora tenham sido testadas pelo conflito palestino-israelense, que se intensificou após 7 de outubro de 2023. A troca de ataques de mísseis entre Israel e Irã em maio deste ano não teve consequências negativas para a região. A Arábia Saudita assumiu uma postura equilibrada enquanto o Irã reduziu a presença de milícias proxy sob seu controle na região das Colinas de Golã, na Síria. Contatos políticos de alto nível, incluindo entre agências de inteligência sauditas e iranianas, continuaram inabaláveis. Acordos bilaterais de segurança também continuam em vigor. No Iêmen, apesar das escaladas no Mar Vermelho causadas pela crise na Faixa de Gaza, o cessar-fogo mais longo permanece em vigor enquanto a Arábia Saudita se retirou da interferência na área de interesses iranianos dentro da Síria e do Iraque.
Os estados do Oriente Médio preferem encontrar suas próprias maneiras de resolver os problemas internos acumulados e tentam evitar o ditame americano. A maioria deles está gravitando em direção a uma política de adaptação, diversificando sua política externa no contexto do confronto global em andamento. No entanto, não houve desenvolvimentos significativos em termos de abordar as questões práticas de cooperação de investimento e assistência financeira tão importantes para a Síria após a restauração de sua filiação à LAS. A Arábia Saudita e outros estados árabes continuam a acreditar que deve ser uma via de mão dupla.
A “cúpula” árabe em Jeddah decidiu formar um “grupo de contato” LAS de cinco estados (Egito, Arábia Saudita, Iraque, Líbano, Jordânia) e Síria. A declaração dos membros deste grupo afirma explicitamente o seguinte: “Enfatizamos a necessidade de medidas práticas eficazes em direção a uma resolução gradual da crise, passo a passo 10 ”.
Ou seja, a retomada da cooperação econômica é condicional. A Síria é obrigada a reafirmar sua seriedade na busca pela reconciliação nacional. Isso significa chegar a acordos com a oposição moderada por meio de um processo político baseado na Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU, que também prevê emendas constitucionais e “eleições livres e justas” sob os auspícios da ONU.
Na fase inicial, a equipe ministerial do LAS criada para supervisionar a implementação dos acordos preliminares está priorizando questões como impedir o contrabando de substâncias narcóticas da Síria para os países do Golfo através da fronteira com a Jordânia, criando um ambiente seguro para o retorno de refugiados e a libertação de presos políticos não envolvidos em atividades terroristas.
Em termos de “recuperação antecipada”, o fluxo de recursos financeiros tem sido limitado até agora à ajuda humanitária do Centro especial que leva o nome do Rei da Arábia Saudita e outros Estados do Golfo para lidar com as consequências do terremoto de 2023. É indicativo que, com a reação tardia e politizada do Ocidente, 74% da ajuda humanitária urgente à Síria entre 6 e 13 de fevereiro de 2023, tenha sido fornecida por países árabes.
Bashar Assad, por sua vez, concordou em abrir duas passagens de fronteira adicionais da Turquia (Bab As-Salameh e Ar-Rai) no noroeste da Síria, região não controlada pelo governo.
No entanto, as esperanças dos cidadãos sírios por reconstrução pós-guerra e assistência de doadores externos não podem ser realizadas devido às sanções dos EUA. Desde o final de 2023, elas tiveram um impacto mais severo em terceiros países que cooperam com a Síria e também se tornaram extraterritoriais por natureza.
A imprecisão e a amplitude das sanções criaram uma atmosfera de “excesso de conformidade”, na qual potenciais governos doadores, empresas, organizações comerciais e ONGs tendem a jogar pelo seguro e evitar o envolvimento direto, mesmo em pequenos projetos.
Alguns estados do Golfo Árabe sinalizaram que estão dispostos a apoiar a reconstrução na expectativa de criar um contrapeso à influência iraniana, mas ainda não estão dispostos a correr o risco.
Resolução de conflitos
O Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a Síria, Geir O. Pedersen, em briefings ao Conselho de Segurança, regularmente exorta a comunidade internacional a manter a Síria em foco, alertando sobre os riscos contínuos de um conflito não resolvido - alguns até dizem "esquecido". Em sua avaliação, a situação na Síria está em um estado de "impasse estratégico" e uma solução só pode ser encontrada na via política. O trabalho do Comitê Constitucional, criado com grande dificuldade com a assistência russa em 2019, está parado. Desde maio de 2022, ele está praticamente paralisado. Os próprios sírios não parecem mais capazes de negociar, ainda presos em delírios políticos. O governo se sente vitorioso, enquanto a heterogênea oposição não desiste de suas demandas e ambições.
Taticamente visto, Damasco está tentando envolver a Arábia Saudita em esforços de mediação e ofereceu Riad como um local para a retomada do Comitê Constitucional. O reino, por sua vez, até agora não demonstrou interesse em se envolver mais em assuntos inter-sírios, enquanto observa os desenvolvimentos em torno de Gaza e os esforços de mediação dos EUA para negociar os termos da normalização final com Israel, que incluem o comprometimento com uma solução para o caso palestino.
O resultado da reunião de 15 de agosto de 2023 do Grupo Ministerial Árabe no Cairo mostrou que a restauração das relações Síria-Golfo Árabe está passando por dificuldades significativas. O lado sírio vincula reformas políticas, incluindo o lançamento do Comitê Constitucional, ao compromisso dos países árabes de garantir o levantamento das sanções ocidentais, e também se refere às eleições parlamentares em julho de 2024. Em geral, Bashar Assad ainda não demonstrou disposição para fazer concessões, sem as quais é impossível obter a assistência necessária. A reunião do presidente Assad com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman em Manama em maio não produziu resultados tangíveis. O texto da declaração adotada no final da “Cúpula Árabe” repete a posição árabe e não contém nenhuma indicação de qualquer mudança, e a próxima reunião do grupo ministerial da LAS sobre a Síria foi adiada indefinidamente 11 .
A diplomacia russa vem trabalhando há anos para aquecer o clima político em torno da Síria no mundo árabe e fornecer canais para investimento externo. Agora, após o retorno da Síria ao LAS, sua linha inflexível em um momento em que a maioria do povo sírio está à beira da sobrevivência é percebida em Moscou com certo descontentamento.
Síria–Turquia
Em muitos aspectos, a situação é semelhante ao processo de normalização das relações sírio-turcas. As rápidas mudanças nas dimensões globais e regionais em 2022-23 levaram os líderes da Síria e da Turquia a perceber que um maior equilíbrio à beira do confronto direto não é benéfico para ambos os países. O movimento em direção à reaproximação começou por iniciativa da Rússia, que vê o alívio das tensões militares e os arranjos políticos entre a Síria e a Turquia como uma das possibilidades para avançar um acordo de paz após o processo de paz em Genebra ter parado.
A faixa de território na fronteira sírio-turca representa um único “eco-espaço” em termos de economia, trocas comerciais, trânsito de pessoas e segurança. Dentro da Turquia, a questão do restabelecimento das relações está diretamente relacionada à crise migratória e à necessidade de retornar (repatriar) refugiados sírios, cujo número, apenas registrado, foi estimado em 3,3 milhões em meados de 2023.
Damasco também espera se beneficiar da reaproximação com a Turquia, dada a confirmação oficial do comprometimento do lado turco com os princípios da integridade territorial e da luta contra o terrorismo, embora haja profundas divergências sobre quem deve ser classificado como terrorista. No contexto da estrutura estatal da Síria, os acordos com a Turquia estão, em última análise, vinculados à solução de um dos problemas constituintes do acordo político - o problema curdo. Em meados de 2022, os canais de comunicação fechados entre os serviços de inteligência sírios e turcos demonstraram sua prontidão para continuar as negociações nos níveis militar e político, bem como seu interesse na assistência da Rússia. Mais tarde, um mecanismo de interação foi construído por meio de negociações sucessivas em três formatos: serviços de inteligência, ministros da defesa e ministros das Relações Exteriores. A adesão do Irã a esse processo deu a ele peso adicional. O resultado final da série de reuniões neste formato seriam as negociações de cúpula. Tal prontidão no
O lado turco foi oficialmente anunciado pelo presidente Erdogan 12 .
Em 2023, foram realizadas conversas no nível de defesa (25 de abril) e ministros das Relações Exteriores (10 de maio), precedidas por reuniões de nível de trabalho de vice-ministros. O processo de negociação foi muito difícil, tanto do ponto de vista organizacional quanto em termos do curso das discussões sobre diferenças substantivas. Os representantes russos conseguiram levar os participantes sírios e turcos a acordos provisórios sobre concordar com um roteiro e restaurar as relações com vistas à preparação para a cúpula. No entanto, não foi possível obter mais progresso.
O lado sírio insistiu em pré-condições, a principal das quais era o fornecimento de um cronograma para a retirada das forças turcas do território sírio. Sem compromissos concretos sobre essa questão, uma reunião com Erdogan em Damasco foi considerada prematura. A Turquia, embora demonstrasse disposição para normalizar as relações sem pré-condições, enfatizou a necessidade de uma garantia de segurança se as tropas turcas deixassem a zona tampão no norte da Síria.
As formações armadas das Forças Democráticas Sírias (SDF), que servem como espinha dorsal da Administração Autônoma Curda do Norte e Leste da Síria (AANES), são consideradas pelos turcos como uma organização terrorista. Portanto, a Turquia prefere resolver todo o conjunto de questões relacionadas à retirada de tropas gradualmente, à medida que as relações se normalizam e em conjunto com questões de segurança.
Caso contrário, como Ancara acredita, e não sem razão, a retirada das tropas turcas poderia levar a um novo surto de hostilidades em larga escala envolvendo organizações terroristas concentradas em Idlib e no noroeste da província de Aleppo.
Características do Sistema Político e Governança
A terrível situação econômica da Síria é apenas em parte resultado de fatores externos - o regime de sanções, a fragmentação do território, o controle americano contínuo sobre muitos dos recursos naturais da Síria. Além disso, há sérios problemas de governança. Sem mudanças aparentemente significativas, o sistema foi severamente transformado nos últimos anos, e sua eficácia declinou significativamente.
À medida que a redução da tensão militar avança, a própria falta de vontade ou incapacidade do Governo de estabelecer um sistema de governação que proporcionasse as condições para conter a corrupção, a criminalização e a transição de uma “economia de guerra” para relações comerciais e econômicas normais tornou-se cada vez mais evidente.
Hoje, o país tem várias verticais paralelas de poder: grupos familiares e de clãs; serviços especiais e forças armadas; o aparato estatal; a estrutura do partido Ba'ath; e instituições religiosas. Essas estruturas se sobrepõem, enquanto, ao mesmo tempo, competem entre si pelo controle dos fluxos financeiros.
Recentemente, uma rede de organizações sem fins lucrativos também foi formada, cuja influência está ligada à primeira-dama do país, Asma al-Assad. Cada uma das estruturas de poder opera em sua própria base de recursos, liderada por figuras-chave do círculo interno do presidente.
De acordo com as avaliações de economistas sírios proeminentes, o governo central em Damasco está falhando em recuperar o controle sobre a vida econômica nas províncias periféricas. Mesmo em áreas sob controle do governo, as “regras” da economia local ainda estão em vigor, com impostos generalizados sobre todos os tipos de comércio, trânsito, transporte, comboios humanitários para o benefício de uma cadeia de exércitos e forças de segurança privilegiados, intermediários comerciais e grandes empresários associados leais ao governo, tanto tradicionais, próximos à família do presidente, quanto os novos ricos que enriqueceram durante a guerra 13 .
O poder é consolidado por meio de um sistema de clientelismo. Governança multinível por meio de instituições estatais formais e uma rede obscura de relações socioeconômicas e confessionais, construída no princípio cliente-patrono. Esse sistema alimenta constantemente um ambiente corrupto na distribuição de fluxos financeiros e rendas naturais.
Os centros de influência e estruturas empresariais formadas durante os anos de guerra não estão interessados ​​na transição para o desenvolvimento pacífico, enquanto na sociedade síria, nos círculos de empresários dos setores da economia real e entre parte do aparato estatal, há uma demanda por reformas (“A Síria não pode mais ser como era antes da guerra”).
***
A situação atual dentro e ao redor da Síria não é propícia para alcançar resultados rápidos e aliviar a crise em sua economia pós-guerra. Além disso, o Governo da República Árabe Síria hoje carece de uma estratégia abrangente para o desenvolvimento no novo ambiente. A liderança síria também carece da flexibilidade necessária e teme fazer concessões políticas que podem implicar riscos inaceitáveis.
Na prática, no entanto, há três canais para potencial assistência financeira e técnica externa para reconstrução. Um pré-requisito para isso seria que os Estados Unidos e os países da UE suavizassem sua posição sobre a normalização com a RAE em nível regional, dado que o lado sírio assumiu uma posição neutra na crise de Gaza e se absteve de apoiar o Hamas. Assim, tais canais possíveis para fornecer suporte à RAE incluem o Fundo Fiduciário da ONU, assistência de vários estados europeus e o Programa de Desenvolvimento da ONU, o que implica a implementação de obras de reconstrução separadas na Síria com um orçamento de US$ 692 milhões em 2024-2026 14 .
No segundo semestre de 2023, de acordo com as resoluções do Conselho de Segurança adotadas no período de 2022 a 2023, os serviços especializados da ONU, juntamente com o governo sírio, começaram a trabalhar na preparação do Programa de Recuperação Antecipada da Síria e no procedimento para seu financiamento por meio de um Fundo especial a ser criado para esses fins. O valor dos fundos a serem levantados é estimado em
US$ 500 milhões por um período de cinco anos. O aparato da ONU espera que, no contexto da crise em Gaza e da possibilidade de sua disseminação para países vizinhos, uma série de obstáculos à alocação de fundos sejam removidos. O fundo fiduciário apoiado pela ONU é visto como um canal alternativo para doadores cautelosos com sanções 15 .
A última oitava conferência de doadores da União Europeia realizada em Bruxelas no final de maio de 2024 demonstrou que há divergências entre os países europeus sobre a questão da reconstrução da Síria diante de uma situação humanitária em rápida deterioração. Enquanto a Alemanha e a França continuam a adotar uma linha dura, abrindo exceções apenas para áreas do nordeste controladas pela oposição, um grupo de oito estados-membros da UE (Áustria, República Tcheca, Chipre, Dinamarca, Grécia, Malta, Polônia) defendeu uma “reavaliação” da situação na Síria à luz do agravamento da crise humanitária. Este grupo de oito países europeus está mais interessado em criar um ambiente propício ao retorno de refugiados, o que deve ser facilitado por programas que se enquadrem na categoria de “recuperação antecipada 1617 ”. Assim, a reconstrução da Síria com recursos externos dos Estados Unidos, Europa e Estados do Golfo é essencial. Ao mesmo tempo, o problema da reconstrução pós-guerra da República Árabe Síria permanece politicamente condicionado. Ao mesmo tempo, as tensões militares e políticas no mundo e a pressão das sanções limitam a capacidade dos aliados da Síria, Rússia e Irã, de fornecer assistência financeira e econômica à Síria nas quantidades necessárias. A China, por sua vez, está tomando uma atitude de esperar para ver, limitando-se a declarações gerais de prontidão para fornecer financiamento.
O envolvimento militar da Federação Russa a pedidos do Presidente B. Assad, bem como sua firme posição política em nível internacional, permitiu que Damasco preservasse sua condição de estado, derrotasse inúmeras organizações terroristas e retornasse à órbita da política regional. No período pós-guerra, a Rússia também fez esforços significativos para fornecer assistência real à RAE na reconstrução de sua economia devastada. O governo está encorajando as empresas russas a trabalhar mais de perto com as empresas sírias em uma parceria público-privada e na base da nação mais favorecida, embora os "métodos de comando" não sejam mais tão eficazes na economia russa quanto eram nos tempos soviéticos. Ao mesmo tempo, o governo sírio é obrigado a tomar medidas consistentes em direção a uma estratégia de desenvolvimento abrangente, estabelecendo um sistema de administração pública central e local capaz de combater a corrupção. Além disso, espera-se tratamento preferencial para investidores estrangeiros, respeito à lei e uma transição antecipada de uma "economia de guerra" para relações comerciais e econômicas normais.
A Rússia também está fazendo uma contribuição importante para a reabilitação e modernização do setor de energia. As empresas russas que estão sob sanções estão participando da reconstrução das instalações de infraestrutura da FEC de petróleo, incluindo usinas hidrelétricas e refinarias, e também estão realizando trabalhos para explorar e explorar novos campos de petróleo e gás. A Stroytransgaz, em cooperação com parceiros sírios, está implementando um projeto para desenvolver a parte civil do porto de Tartus e, desde 2018, vem produzindo fosfatos, cuja exportação foi uma importante fonte de receitas em moeda estrangeira para o orçamento até 2011. Vale ressaltar que, no campo da reabilitação de infraestrutura de energia e transporte, a Rússia e o Irã mudaram recentemente da competição para a cooperação, complementando-se.
Uma análise abrangente das perspectivas para a “reabilitação” econômica da Síria no período pós-guerra mostra que essa tarefa urgente só pode ser resolvida pela coordenação de esforços em nível internacional. Este poderia ser um ponto de convergência entre os interesses de todas as partes, onde a assistência econômica e humanitária seria vista como inseparável do progresso na trilha política.
1 Al-Issa, Ibrahim H., Karazi H. Projetos de recuperação precoce na Síria e obstáculos políticos // Enab Baladi, 30 de maio de 2024. — URL : https://english.enabbaladi.net/archives/2024/05/early-recovery-projects-in-syria-and-political-obstacles/
2 Briefing: Quão “inteligentes” são as sanções à Síria // The New — URL: https://www. thenewhumanitarian.org/analysis/2019/04/25/briefing-just-how-smart-are-sanctions-syria
3 Ministro das Finanças da Síria: 300 mil milhões de dólares em perdas de guerra // The Syrian Observer, 23 de maio
— URL: https://syrianobserver.com/society/syrian-finance-minister-300-billion-in-war-losses.html
4 Conselho de Segurança: 12 anos de guerra deixam 70 por cento dos sírios precisando de ajuda // UN News, 25 de janeiro — URL: https://news.un.org/en/story/2023/01/1132837/
5 2022 Pior desempenho econômico em 50 anos: Ministro da Economia do regime promove decisões mágicas // The Syrian Observer, 3 de fevereiro de 2023. — URL : https://syrianobserver.com/news/81565/2022-worst-economic-performance-in-50-years-regimes-economy-minister-promotes-magical-decisions
6 República Árabe Síria: Visão geral das necessidades humanitárias em 2024 (dezembro de 2023) // org, 21 de dezembro de 2023. — URL : https://www.unocha.org/publications/report/syrian-arab-republic/syrian-arab-republic-2024-humanitarian-needs-overview-december-2023
7 Fonte: pessoal do autor
8 Polyakov Síria em 2023: Declínio e esperanças não realizadas (Polyakov D. Siriya v 2023 Godu: Upadok i Nesbyvshiesya Nadezhdy) // RIAC, 11.01.2024. — URL: https://russiancouncil.ru/analytics- and-comments/analytics/siriya-v-2023-godu-upadok-i-nesbyvshiesya-nadezhdy/?sphrase_ id=146557723
9 Dalay Política externa turca em um mundo desequilibrado // Conselho do Oriente Médio sobre Assuntos Globais, 30 de maio de 2024. — URL: https://mecouncil.org/publication/turkish-foreign-policy-in-an-unhinged-world/
10 Hendawi Síria recebe retorno condicional à Liga Árabe // The National, 7 de maio de 2023. —
URL: https://www.thenationalnews.com/mena/syria/2023/05/08/arab-league-syria-return/
  11 Texto integral da Declaração do Bahrein da cimeira da Liga Árabe // The National, 16 de maio
— URL: https://www.thenationalnews.com/news/mena/2024/05/16/full-text-arab-league-summit- bahrain-declaration/
12 Dalay A nova narrativa da Turquia sobre a Síria // Conselho do Oriente Médio sobre Assuntos Globais, 24 de outubro de 2022/
— URL : https://mecouncil.org/blog_posts/turkeys-new-syria-narrative/?utm_campaign=MECGA%20Soft%20Launch&utm_medium=email
13 Aksenenok A. Guerra, Economia, Política na Síria: Links Quebrados (Aksenenok A. Vojna, Ekonomika, Politika v Sirii: Razorvannye Zven'ya) // Valdai Club, 17.04.2020. — URL: https://ru.valdaiclub.com/a/destaques/voyna-ekonomika-politika-v-sirii-razorvannye-zvenya/
14 Síria: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento // org. — URL: https://www.undp.org/
Síria
15 Al Dassouky A. Early Recovery Trust Fund na Síria: Uma abordagem técnica com implicações políticas e riscos associados // OMRAN Strategic Studies, 16 de maio de 2024. — URL: https://www.org/index.php/publications/papers/early-recovery-trust-fund-in-syria-a-technical- approach -with-political-implications-and-associated-risks.html
16 Bruxelas VIII: Um ano de crise prolongada e desafios não resolvidos para a Síria // The Syrian Observer, 4 de junho — URL: https://syrianobserver.com/refugees/brussels-viii-a-year-of-prolonged- crisis-and-unresolved-challenges-for-syria.html
17 membros da UE dizem que as condições na Síria devem ser reavaliadas para permitir o retorno voluntário de refugiados
// AP World News, 7 de junho de 2024. — URL: https://apnews.com/article/migrants-refugees-syria-eu-lebanon-safe-zones-returns-3b52a8b2d55acb6838c1e34916638f4b
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asarainthesky · 1 year ago
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Milei, uma nova jornada para o país campeão da copa.
Os argentinos estão bem agora, ganharam a copa do mundo e saíram a votar com esperança, em finalmente sair das sombras peronistas, e estão rumo a uma alavancada econômica e social. Bom é assim que se espera, depois da vitória retumbante de Milei, um liberal pró mercado , que pretende já no começo, reduzir o braço estatal com a eliminação de ministérios que serviam apenas como troca de favores e cabides de emprego para apoiadores do regime esquerdista, os argentinos já esperam uma virada importante em muitos campos, principalmente o econômico. Por mais difícil que seja a reconstrução da Argentina, se Milei colocar suas ideias em prática, veremos uma Argentina renovada e a todo vapor. Basta saber agora, se os peronistas ficarão satisfeitos e recolhidos a sua insignificância, após apresentarem uma agenda politica fracassada por décadas, e quase levarem a Argentina ao colapso total.
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garotadoinverno · 1 year ago
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Aizen Kuchiki
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Estar hospedado em Maejig Senteo, enquanto trabalhavam na reconstrução de Mahoutokoro não era uma grande diferença. As duas escolas sempre faziam tudo juntas, eram quase como se fossem uma só. Então, tirando o aperto nos quartos para abrigar todo mundo, era quase como se estivesse em sua escola mesmo. E pelo visto não era apenas ele que pensava isso, já que todos pareciam muito confortáveis com a situação.
— Kuchiki, eu precisava muito que me fizesse um favor. Tem uma aluna nova aqui, que é minha amiga lá de Ilvermony. Você seria o aluno ideal para apresentar a escola pra ela direito, recepcionar, e entrosar ela na escola. — Ouviu Ms Orlov o abordar no meio do corredor, sem entender absolutamente nada, mas acabou acatando.
— Você é garota nova, certo? Prazer, Aizen. — A cumprimentou e se apresentou quando a encontrou pela escola. — Se precisar de qualquer ajuda, pode me chamar. Nessa escola tem os dois extremos, as borboletas completamente sociais e quem só quer ficar no próprio mundo em silêncio. — Fez um resumo breve sobre os estudantes, a dinâmica de Mahoutokoro, como as coisas estavam sendo com aquela mistura entre escolas e demais informações que fossem necessárias ou que ela tivesse curiosidade em saber.
Conforme ia conhecendo a garota, mais ela prendia sua atenção. Não apenas porque era realmente muito bonita, mas porque sua personalidade era tão cativante quanto, e vira e mexe, ele se pegava observando a garota de longe, quando não estava realmente acompanhado dela para qualquer coisa. O único problema em tudo aquilo, é que tinha uma pessoa que a esperava em outro país. Por isso, em meio a toda indecisão acabou comentando a situação com seus dois melhores amigos e foi a pior decisão da sua vida.
Rei era a própria torcida gritando para ir lá e fazendo comentários completamente malucos a respeito. Sammy era o completo oposto, achava um absurdo Aizen até mesmo cogitar tentar algo com a garota. Era o verdadeiro meme do anjo e diabo no ombro, um de cada lado.
Ele se manteve neutro a toda situação, até começar a saber como funcionava o relacionamento da garota. E como, apesar de todos os mil traumas sofridos, ela tinha o suporte de todo mundo, menos de quem deveria estar ali por ela. Foi quando sem nem ao menos pensar, começou a ir realmente atrás dela. Precisava entender se tinha algum motivo a mais para ela estar presa a um namoro ruim daqueles, se de alguma forma, Kuchiki realmente poderia ter alguma chance e como toda a dor de cabeça futura que poderia vir com aquilo, parecia nada perto de tentar ver aquela garota com uma aura menos pesada ao seu redor. Ele queria ajudar ela, nem que fosse tentando tirar ela daquilo de um jeito completamente errado. — Tá afim de dar uma volta na praia depois? Costuma ser vazio depois da aulas, tenho certeza que você vai gostar. — A parte de que ninguém ia para lá, porque estava cada um socado em um quarto, era um detalhe a parte.
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brasil-e-com-s · 2 years ago
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05-5-2023
Decisão de Alexandre de Moraes contra o Google, é muito bem vista e fundamentada, embora alguns do contra insistam em inflamar a opinião pública. O projeto de lei é sensacional e protege os brasileiros dos 'impérios tecnológicos'. Entretanto, impérios caem.
Os abusos das empresas, chamadas 'big techs' vão além do discurso de ódio, manipulação de resultados de pesquisa e de colher indevidamente dados e informações sobre a nação e seus cidadãos sob a capa de política de "privacidade".
O Google vem abusando de 'seus poderes' há muito tempo. O país de origem da empresa, EUA, toma todos os cuidados que pode em relação aos demais países, sendo assim, nada mais certo e justo que o Brasil também os regule, penalize e que tome as suas medidas mais específicas.
Além da interferência do Google, muitos países têm tido sérios problemas com as ações e o lucro incontrolado de suas startups infiltradas na economia brasileira.
As medidas contra o Google, já iniciadas por outros países da Europa e Ásia, veio em boa hora, quando o Brasil inicia a sua reconstrução e a valorização após os terríveis últimos anos de problemas graves gerados pelas plataformas digitais.
Com a penalidade a altura dos manipuladores da internet, uma vez que até para o usuário comum é provada a interferência da empresa segundo os interesses dos donos trilionários dessas plataformas, a sociedade e o país só tem a se beneficiar com a aprovação da PL 2630 a ser votada agora , após o impasse na Câmara, pelo STF.
É mais do que justa a sua aprovação.
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Divulgação/br
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cruxetrosa · 6 days ago
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CTB defende 1º de Maio unitário das centrais
CTB defende 1º de Maio unitário das centrais - Realizado de forma unitária entre as centrais sindicais desde 2019, o ato de 1º de maio de 2025 acontece em um contexto crítico, caracterizado pelo agravamento da crise da ordem capitalista mundial e pelo avanço da extrema direita. Adilson Araújo, presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), enfatiza que, mais do que nunca, é essencial defender a realização de um ato unitário de 1º de maio, seguindo a tradição dos últimos anos. Ele ressaltou que essa unidade é crucial para enfrentar os desafios atuais e consolidar as conquistas do movimento sindical: “O 1º de maio deste ano será realizado numa conjuntura crítica, marcada pelo agravamento da crise da ordem capitalista mundial, que constitui o pano de fundo do perigoso avanço e ascensão da extrema direita Por isto, mais do que nunca, a razão nos orienta a defender a realização do 1º de maio 2025 unitário, como os que ocorreram nos últimos anos, criando uma tradição que devemos preservar e consolidar”, disse Araújo. “Em nosso país, a eleição de Lula e o fracasso da empreitada golpista chefiada por Jair Bolsonaro impediram o mal maior, que seria a instalação de um regime abertamente fascista”, prosseguiu o sindicalista. Leia mais: CTB completa 17 anos e convoca 6º Congresso para agosto de 2025 Em que pese a derrota do seu principal líder, a extrema direita ganhou musculatura nas eleições para o Parlamento, onde a correlação de forças segue extremamente hostil aos sindicatos e aos movimentos sociais e impõe também fortes restrições ao projeto de reconstrução nacional e transformação social do governo Lula, afirma o presidente da CTB. “É por conta desta correlação de forças desfavorável que não foi possível a reversão dos retrocessos nas relações entre capital e trabalho e nem mesmo uma revisão, ainda que tímida e parcial, das reformas da CLT e da Previdência, promovidas com o claro objetivo de abolir e flexibilizar direitos sociais e enfraquecer o movimento sindical”, complementou Ronaldo Leite, secretário-geral da central classista. Leia mais: Entidades sindicais e empresariais criticam alta “injustificada” dos juros Assembleia da CTB mobiliza a favor da isenção do IR e fim da escala 6×1 Por seu turno, Adilson Araújo lembrou que o movimento sindical foi debilitado pela reforma trabalhista, que subtraiu dos sindicatos a principal fonte de sustento. “É um forte motivo a mais para a união, que como todos sabem potencializa nossa força em contraste com a divisão e fragmentação, que nos torna ainda mais frágeis”. “Não mediremos esforços para que o Dia da Classe Trabalhadora envie ao conjunto da sociedade brasileira uma mensagem única pelo fim da escala 6×1, reversão dos retrocessos impostos ao nosso povo após o golpe de 2016, nos governos Temer e Bolsonaro, por reforma agrária, pela defesa da democracia, prisão para Jair Bolsonaro, redução dos juros e uma agenda desenvolvimentista”, salientou Araújo. Já o vice-presidente da central classista, Ubiraci Dantas (o Bira) comentou que para derrotar a extrema direita em 2026 e afastar a ameaça neofascista “é preciso garantir o bem-estar do nosso povo, o que requer mudança na política econômica e um aumento substancial dos investimentos públicos”. O post CTB defende 1º de Maio unitário das centrais apareceu primeiro em Vermelho.
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alemdoobvio · 9 days ago
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Separador 2: Fóruns
Conheçamos alguns dos escritores contemporâneos da língua portuguesaConheçamos alguns dos escritores contemporâneos da língua portuguesa:
Os Encontros Virtuais de Escritores Lusófonos na Venezuela, são uma iniciativa de grande relevância cultural e acadêmica. Ao longo de edições bem-sucedidas, esses eventos têm promovido a união de escritores de diversas origens, celebrando a riqueza e o alcance do idioma português com um elo  comum que conecta culturas, ideias e expressões artísticas.
A iniciativa homenageia importantes figuras da literatura lusófona, como Fernando Pessoa, José Saramago,Luís Vaz de Camões, etc destacando o impacto intemporal de suas obras na formação de uma identidade literária coletiva. Escritores e outros participantes dos encontros, trazem temas universais como identidade, exílio e resistência, reinterpretando-os sob a influência de seus contextos culturais. Essa troca de experiências revela como a literatura lusófona é simultaneamente diversa e unificadora, destacando a importância da língua portuguesa como veículo de expressão e ponte cultural.
Os autores participantes utilizam metodologias variadas, desde o resgate de memórias pessoais até a recriação de narrativas históricas. A oralidade, elemento presente em diversas tradições lusófonas, ganha destaque, enquanto as particularidades de cada região enriquecem a abordagem de temas como colonialismo, diáspora e resistência cultural. 
Esses encontros funcionam como uma plataforma para escritores atuarem como embaixadores culturais, ampliando o alcance do português além das fronteiras nacionais. Suas obras não apenas preservam a diversidade cultural das comunidades lusófonas, mas também contribuem para a construção de uma identidade literária compartilhada. Ao abordar temas que ressoam globalmente, os autores reforçam o valor do português como idioma de diálogo e expressão.
Considero essa iniciativa uma contribuição essencial para a valorização do português como uma língua global e para o fortalecimento da literatura lusófona em cenários internacionais. Além de promover o diálogo entre escritores, os Encontros Virtuais oferecem ao público uma visão rica e multifacetada da produção literária contemporânea, incentivando o reconhecimento da profundidade e da diversidade do idioma português como um patrimônio cultural que conecta e inspira comunidades ao redor do mundo.
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A caminho da literatura contemporânea:
A literatura contemporânea dos países lusófonos reflete uma profunda transformação impulsionada pelo contexto histórico-social e cultural. Caracterizada pela pluralidade e pela mistura de tendências das escolas literárias anteriores, ela marca um período de ruptura e inovação na prosa e na poesia. Cada país contribui de forma única para essa diversidade, criando um mosaico rico de vozes e perspectivas.
Em Portugal, o fim da ditadura salazarista e a Revolução dos Cravos inauguraram uma nova fase para a literatura. Autores como Lídia Jorge, com O Vento Assobiando nas Gruas, abordam as mudanças sociais e as memórias da ditadura, enquanto Valter Hugo Mãe, em A Desumanização, explora questões existenciais e humanas por meio de uma linguagem poética e inovadora. Essas obras exemplificam como a literatura portuguesa contemporânea dialoga com o passado enquanto reflete sobre o presente.
No Brasil, a literatura contemporânea destaca-se pela abordagem de temas sociais, culturais e históricos sob novas perspectivas. Quarto de Despejo, de Carolina Maria de Jesus, ainda ressoa como um marco da voz das classes marginalizadas, influenciando gerações posteriores. Obras mais recentes, como Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, exploram questões como desigualdade, identidade e o vínculo com a terra, ampliando o alcance da literatura brasileira para o público internacional.
Na África, a literatura contemporânea é profundamente marcada pela experiência pós-colonial e pela busca de reconstrução da identidade. Mia Couto, em Terra Sonâmbula, combina realismo mágico com a herança oral africana, criando uma narrativa única sobre os efeitos da guerra e a resiliência do povo moçambicano. Já Agualusa, em Teoria Geral do Esquecimento, reflete sobre isolamento e memória, utilizando uma linguagem lírica que conecta personagens e histórias em um panorama rico e emocional.
A diversidade de estilos e temas é uma característica central dessa literatura e demonstram como os escritores contemporâneos exploram as complexidades das relações humanas e culturais em contextos de mudança e incerteza.
Assim, a literatura contemporânea lusófona é um espaço de inovação, resistência e pluralidade. Os autores atuais utilizam a prosa e a poesia para dar voz às realidades que os cercam, valorizando suas culturas e enfrentando desafios globais. Mais do que um reflexo do contexto histórico, essas obras são ferramentas poderosas de transformação e diálogo, revelando a riqueza da experiência humana em todas as suas formas.
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Glossário:
Autores: Apessoa que escreve uma obra.
Contemporâneo: Que ou quem é do mesmo tempo ou da mesma época.
Cultural: Relativo à cultura.
Identidade: Conjunto de características de algo ou de alguém que permite a sua identificação.
Inovação: Acto ou efeito de inovar.
Literatura: Forma de expressão escrita que se considera ter mérito estético ou estilístico; arte literária.
Lusófono: Que tem o português como língua oficial ou dominante
Personagens: Pessoa fictícia de uma obra literária ou teatral.
Povo: Conjunto dos habitantes de uma nação ou de uma localidade
Recriação: Criação nova.
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Noslen [@ProfessorNoslen]. (s/f). Literatura contemporânea [prof. Noslen]. Youtube. Recuperado el 22 de febrero de 2025, de https://www.youtube.com/watch?v=dWmGwQCl32s&t=4s
Priberam Informática, S. A. (s/f). Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Recuperado el 22 de febrero de 2025, de https://dicionario.priberam.org/
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investdefesa · 12 days ago
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Exportação de Armas e Influência: A Turquia e a Construção de um Novo Mercado de Defesa na Síria
Com a nova administração assumindo o controle na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro, especialistas avaliam o papel que a Turquia pode desempenhar na reconstrução das forças armadas sírias. Além disso, espera-se que o país se torne um mercado para armas e sistemas de segurança turcos. O presidente sírio de transição, Ahmad Al-Sharaa, e o presidente turco, Recep Tayyip…
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renatoferreiradasilva · 1 month ago
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A Necessidade de Taxar as Grandes Fortunas Chinesas para a Superação das Desigualdades na Venezuela
Dedicado ao militante da taxação das grandes fortunas, que viajou em 2024 para a China e cumprimentou Xi Jinping olhando nos olhos.
A ascensão da China como potência econômica global trouxe consigo a formação de um número crescente de bilionários, cujas fortunas rivalizam com as de magnatas ocidentais. No entanto, essa concentração de riqueza aprofundou as desigualdades internas, com grandes disparidades entre as regiões costeiras ricas e as áreas rurais menos desenvolvidas, além de limitar a mobilidade social para as classes mais baixas. No entanto, essa concentração de riqueza tem apresentado oscilações nos últimos anos. Segundo os relatórios mais recentes, o número de bilionários na China variou significativamente: enquanto algumas fontes indicam 427 bilionários em 2024, uma queda de 18% em relação ao ano anterior devido à desaceleração do setor imobiliário e à volatilidade do mercado acionário, outras apontam que a China ainda mantém sua posição como o país com mais bilionários no mundo, com um total de 814 magnatas.
Apesar dessas flutuações, a riqueza acumulada pelos bilionários chineses permanece expressiva, totalizando aproximadamente 1,4 trilhão de dólares, um valor que supera o PIB de países como a Espanha e se aproxima do da Austrália, destacando a magnitude dessa concentração de capital. A criação de um imposto progressivo sobre essas grandes fortunas não apenas reforçaria a equidade dentro da própria China, mas também poderia ser canalizada para projetos sociais em países aliados que enfrentam dificuldades extremas, como a Venezuela.
A Venezuela tem uma longa história de relações estratégicas com a China, principalmente em setores como petróleo, infraestrutura e tecnologia. A China tem sido um dos principais financiadores de projetos venezuelanos, concedendo bilhões de dólares em empréstimos em troca de petróleo. Além disso, empresas chinesas participaram da construção de projetos de infraestrutura, como o metrô de Caracas e diversas usinas de energia, reforçando a cooperação bilateral ao longo das últimas décadas. Um programa de redistribuição financiado por um imposto sobre as grandes fortunas chinesas poderia viabilizar investimentos na reconstrução do sistema de saúde venezuelano, na modernização da infraestrutura urbana e na implementação de políticas de inclusão econômica. Esses recursos também poderiam fomentar a diversificação da economia venezuelana, reduzindo sua dependência do petróleo e estimulando setores produtivos alternativos.
Além do impacto direto sobre a Venezuela, um mecanismo de taxação e redistribuição fortaleceria os laços diplomáticos entre a China e países da América Latina, alinhando-se à crescente estratégia chinesa de ampliar sua influência na região por meio de investimentos em infraestrutura, comércio e parcerias estratégicas. ampliando a influência chinesa na região de maneira sustentável e promovendo um desenvolvimento mais equilibrado. Diferentemente de modelos de auxílio baseados em endividamento ou dependência, essa abordagem garantiria maior autonomia aos países receptores, permitindo-lhes desenvolver políticas econômicas próprias sem a imposição de condicionalidades excessivas.
Para que essa proposta seja viável, é fundamental a construção de um arcabouço jurídico internacional que regule a taxação de grandes fortunas transnacionais e estabeleça diretrizes claras para a alocação dos recursos. Exemplos como o Acordo de Troca Automática de Informações da OCDE e o Imposto Global Mínimo sobre multinacionais podem servir de referência para garantir a transparência e a efetividade dessa medida. Isso exigiria não apenas a vontade política da China, mas também o engajamento de organismos multilaterais e a participação ativa dos governos beneficiários na formulação de projetos eficientes e transparentes.
Portanto, a taxação das grandes fortunas chinesas como meio de financiar políticas sociais na Venezuela não é apenas uma questão de justiça econômica, mas também uma estratégia de cooperação internacional que pode redefinir as relações entre potências emergentes e países em situação de vulnerabilidade. A implementação de tal medida exigirá esforços diplomáticos e institucionais significativos, mas seus benefícios para a estabilidade social e econômica da América Latina podem ser imensuráveis.
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gazetadoleste · 2 months ago
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Com sabor de Pepsi e Pringles, mercado ocidental devora a nova Síria
Com o fim das restrições da era Assad, produtos estrangeiros inundam a Síria, simbolizando a entrada do capitalismo em um país em reconstrução A Síria foi inundada com importações após a derrubada de Bashar al-Assad, com o fim das restrições ao dólar e tarifas exorbitantes levando a um boom de produtos que haviam desaparecido das prateleiras durante a guerra civil. Nas semanas desde que Assad…
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radioshiga · 1 month ago
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Cidades japonesas ainda pagam dívidas do terremoto de 1995
Kobe, Hyogo, Japão, 17 de janeiro de 2025, NHK – Nesta sexta-feira (17), o Japão marca 30 anos desde o Grande Terremoto Hanshin-Awaji, que devastou a região oeste do país em 1995, deixando mais de 6.400 mortos. Três décadas depois, cidades como Kobe ainda enfrentam uma pesada carga financeira decorrente da reconstruç��o. Segundo o governo da província de Hyogo, os municípios da região ainda…
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blogoslibertarios · 2 months ago
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Pesquisas mostram queda na popularidade de Lula desde a posse
Os estudos de aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), divulgados pelas principais empresas de pesquisa do país, indicam que a popularidade do chefe do Executivo caiu desde a posse. O conjunto dos dados apontam que, apesar de falar em “união e reconstrução”, o presidente não conseguiu romper a polarização e avançar sobre o eleitorado que não votou nele em 2022 (ele foi eleito com…
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gigiofrph · 2 months ago
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opa galera, feliz 2025 para vocês!
Fiquei um tempo na gringa, mas decidi voltar: Em Novembro, através de um outro tumblr, eu tentei lançar uma pesquisa na tag, mas por ser uma conta nova ele nao entregou. Esperei as festas passarem para tentar novamente, então vamos lá!
Após a devastadora guerra contra os titãs, tanto o acampamento meio-sangue, lar dos semideuses gregos quanto o acampamento júpiter -dos romanos, ficaram extremamente abalados. Apesar da vitória contra Cronos/Saturno, ambos os acampamentos sofreram com perdas e seus números diminuíram drasticamente. Diante da crise, Quíron e Lupa tomaram uma decisão crucial: revelar a existência dos acampamentos um para o outro. Essa descoberta foi recebida com muita desconfiança, principalmente pelos raros semideuses que sabiam da história toda, mas havia um pouco de esperança também e isso bastava.
Para fortalecer ainda mais os laços e garantir uma maior sobrevivência dos semideuses, foi decidido criar um lugar onde eles pudessem coexistir, longe das costas, mas sim no coração do país, de modo que ambas as culturas pudessem existir em harmonia. Se reerguer parecia ser o novo desafio e ao final de dez longos anos, nos quais gregos e romanos precisaram aprender a conviver e confiar um no outro, mas também a superar as diferenças. A reconstrução foi desafiadora, mas com o final da década eles estavam mais fortes do que nunca e prontos para enfrentar qualquer ameaça que pudesse surgir.
seria DISCORD only!
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multipolar-online · 2 months ago
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A antiga partilha da Síria não se sustentou, a nova já começou
Síria A mudança de regime implica a reconstrução do Estado, da sociedade civil e política em um país reduzido a um condomínio militar de grandes potências e mil facções.
Ninguém pode sair ileso de uma guerra civil que na Síria despedaçou o país em mil pedaços, com milhões de refugiados: mais de 12 milhões de sírios nos últimos anos tiveram que deixar suas casas, metade deles fugindo para fora das fronteiras.
ENTRE OS PAÍSES MAIS FORTES E RICOS do mundo árabe em uma geração se desintegraram e na Síria o regime evaporou sem resistência: um sinal positivo – não houve muitas vítimas – mas também negativo porque significa que o Estado se dissolveu quando seus principais patrocinadores, Rússia, Irã e Hezbollah, o abandonaram. Isso significa que seu exército não lutou porque sabia que estava lutando por um clã, o dos Assads, e não mais por uma nação e um estado. O exército se liquefez, como o exército iraquiano em 2014 diante do ISIS, mesmo antes da ofensiva do HTS e seus aliados pró-turcos: havia perdido a motivação, foi humilhado pelos serviços secretos que tratavam os generais como garçons a serviço do clã dominante.
A Síria foi reduzida a uma caixa vazia, desertificada como os corredores abandonados do palácio de Assad, desvalorizada como as notas saqueadas do Banco Central de Damasco.
Um final triste porque com o regime o partido Baath foi arquivado para sempre. Fundado na Síria após a guerra por um ortodoxo grego, Michel Aflaq, e um sunita, Salah Bitar, o partido Baath estava nas mãos sangrentas dos Assads, enquanto o partido iraquiano de Saddam Hussein havia sido dissolvido, com o exército, pelos Estados Unidos. Quase nada restou da ideologia socialista e pan-árabe original – que marcou a redenção dos mais pobres diante das estruturas feudais na década de 1960 – exceto o princípio do secularismo do Estado. Um dia alguém vai se lembrar disso.
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fredborges98 · 4 months ago
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A dimensão sacro-cultural pode prevalecer sobre a ciência?
Por: Fred Borges.
Estou na Índia,Ganges não é o rio mais poluído do mundo, mas é um dos mais contaminados:
O rio Citarum, na Indonésia, é considerado um dos rios mais poluídos do mundo. Ele recebe resíduos químicos de mais de 2 mil fábricas, o que gera níveis alarmantes de poluentes.
O Lago Karachay, na Rússia, é conhecido como o lugar mais poluído por radiação do planeta. Ele foi usado para despejar resíduos nucleares desde o século 18.
O Ganges é um dos rios mais poluídos do mundo, mas é também o mais sagrado da Índia. A poluição do Ganges ameaça a saúde dos indianos, a vida aquática e o meio ambiente:
A poluição do Ganges contamina a população, matando cerca de 500 mil pessoas por ano. As doenças mais comuns são hepatite, diarreia, febre tifoide, doenças de pele, cólera e até câncer.
A poluição ameaça mais de 140 espécies de peixes, 90 de anfíbios e o golfinho-do-ganges, todos ameaçados de extinção.
O ritual da cremação dos mortos em suas margens contribui para a poluição do rio. Dependendo da casta e da situação econômica da família, muitas vezes os corpos não são cremados corretamente e/ou jogados inteiros no rio.
Ele também pode ser chamado de Jahnavi, Shubhra, Sapteshwari, Nikita, Alaknanda e Vishnupadi, mas, no final do dia, todos reconhecem ele como Ganges, o rio sagrado. Com seus impressionantes 2.510 km de extensão, o rio nasce no Himalaia ocidental, no estado indiano de Uttarakhand, e atravessa 9 estados, passando pelo Nepal e por Bangladesh até desaguar no Golfo de Bengala, no Oceano Índico.
Um dos maiores rios da Ásia e um dos maiores do mundo em fluxo de água, o Ganges fornece água para 40% da população da Índia, com 1,408 bilhão de habitantes, e é considerado uma verdadeira salvação para o país. A Bacia do Ganges tem solo fértil e é fonte de irrigação para várias culturas, fornecendo água doce a milhares de pessoas que vivem em regiões como Rishikesh e Haridwar.
Não há como separar o aspecto e espectro cultural do Ganges.Não há como fincar colunas de cimento, vergalhão e não influir na fluidez cultural do rio, rio e homem convivem destarte poluição, a poluição é um conceito recente diante história da Índia que se inicia no ano 3300 a.C. e a ocupação do território indiano por tribos nômades provenientes da região do atual Irã, comumente conhecidas como árias, fixou marcantes traços da cultura indiana.
O hinduísmo é a religião predominante na Índia, com cerca de 80% da população como seguidores. É uma das mais antigas tradições religiosas e a terceira maior religião do mundo, com cerca de 1,2 bilhão de seguidores.
O hinduísmo é caracterizado por:
Crenças em vários deuses, como Shiva, o deus da destruição e da reconstrução
Acreditar em reencarnação, predestinação e guias espirituais
Respeitar a tradição e usar os textos sagrados dos Vedas como referência
Influenciar a organização da sociedade indiana, que é dividida por castas
Estamental porém não dividida em respeito à cultura e às tradições., essa é a Índia. sociedade estamental é diferente da sociedade estratificada, que permite a mobilidade social, e da sociedade de classes, que é baseada em aspectos econômicos.
Banhar-se no rio Ganges é um rito de purificação e salvação para os hindus, que o consideram sagrado e uma deidade. Os seguidores da religião acreditam que as águas do Ganges limpam os pecados e libertam do ciclo de reencarnações.
Para os hindus, o rio representa a Mãe Ganga, que simboliza libertação, prosperidade e pureza.
Diante desse conhecimento acreditar ou não, não é uma relação puramente científica, aliás, nada é! Colocar em " caixinhas" e rotular, demanda método e metodologia, a metodologia científica relaciona-se ao paradigma da problematização e o aspecto sacro- espiritual religioso parte da solução, do resultado da livre escolha,livre arbítrio, um é dúvida o outro é certeza,mas ambos partem do princípio que a unanimidade, a universalidade, as generalizações contaminam a definição de poluição, a poluição parte de paradigmas.Paradimas tornam-se paradoxos e o limiar entre o sagrado, o cultural e científico tornam a pre condição humanista uma premissa.
A higiene pede o "sabão", o "sabonete", o "detergente", o "cloro", a "indústria da limpeza e beleza" nunca foram tão ricas, elas se alimentam do conceito e da prática da "sujeira individual e coletiva", mas existem piores e mais danosas sujeiras produzidas pelo homem. O Ganges é "sujo"? É "poluído" ? O que falar dos maiores "emissores de sujeira", de poluição, nunca assinam acordos, protocolos,assinar é engessar a economia e o desenvolvimento, a sobrevivência da população, o quanto a agenda ambiental é uma doutrinação e dogmatismo do "fraco" pelo " forte"?
O Ganges flui, liberta, purifica a alma.E o que é a alma diante da ciência? O que é a ciência diante da liberdade fora de laboratórios comprados pelas indústrias.A ignorância e a desinformação quando não mata, aleija e aliena,alguns " aleijados" ou " alienados" na Índia são considerados deuses ou provas de existência de deuses.Nos aprisionam com informações e conhecimentos " pasteurizados",temos que identificar quem patrocina a notícia, a quem ela interessa,e a que e a quem ela serve?
O Ganges flui,corpos e copos de plástico da indústria química, da alimentação, dos alimentos ultraprocessados ou dos " corpos estranhos", esses últimos são " demonizados" , deveriam esses serem santificados ou endeusados?Outros homens são sacramentados,utopias levam a distopias, homens comuns tornam-se deuses, a quimioterapia "mata" o câncer e o paciente, a imunoterapia é para poucos, o Ganges é para todos, o pagador de promessas expressa a espiritualidade que está acima das religiões, o sacro-cultural está acima da ciência e de seus patrocinadores, unem-se sagrado e profano em distrações, em uma das variadas formas de oportunismo e cinismo liderando a políticas, a política ambiental desambientada do sacro-cultural, condena ou é favorável ao aborto,abortada foi a despoluição do Ganges e assim chegamos a conclusão que nós somos o que acreditamos, creditamos, adoramos,e adornamos, de chifres em cabeças de cavalos a empresas unicórnios. O Ganges permanece destarte e disruptivo, o que acontece quando nada acontece no Ganges? Tudo!
Eu me sentei à margem do Ganges e chorei! Meu choro poluiu o Ganges assim como tudo que acredito.Meu choro despoluiu o Ganges.Viva o Ganges!
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