#pânico na floresta
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WRONG TURN (2003)
Director: Rob Schmidt Cinematography: John S. Bartley
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Didn't you want a killer?
Inspirada em Pânico. Especial de Halloween.
Avisos: knife play, cnc leve, personagens completamente de caráter questionável.
Mamãe estava com saudades. 🤍
📞
- Alô?
- Olá, qual seu nome?
- Foi você quem me ligou. - Harry exita. - Porque você está falando com a voz do pânico?
- Voz do pânico? Gosta da franquia?
- Gosto, mas quero saber quem é.
- Hm… Qual deles é o seu favorito?
- Eu vou desligar.
- Você não é idiota, já viu a saga toda, não foi? Sabe o que acontece quando você desliga.
- Cara, quem caralhos você é? É o Jackson? Eu juro por Deus.
- O cara do seu trabalho que passou a mão em você semana passada? - a voz robótica riu. - Não. Ele já está dentro da própria geladeira. Em pedaços.
- Louis? - Harry arrepiou da cabeça aos pés, olhando em volta, se arrependendo no mesmo instante de viver numa casa afastada rodeada pela floresta. Mas mais que isso, de suas paredes serem feitas de vidro.
- Eu disse que você não era idiota, querido. É melhor correr, porque você sabe o que vai acontecer quando eu desligar.
Harry ofegou, olhando cada mínima sombra nas janelas, desligando a televisão.
- Por que?
- Porque o que, querido?
- Porque resolveu fazer isso agora? - se levantou do sofá, olhando fixamente para a porta de entrada.
- Você sempre quis isso, não é? Sempre quis que eu fosse o vilão que transforma sua vida num filme de terror. Estou errado?
- Terminamos faz duas semanas.
- Não foi isso que te perguntei, você queria que eu fosse o seu assassino, não queria?
- Sim, Louis, mas no sentido figurado, porra! - Harry colocou a mão no peito, sentindo seu coração acelerado e a palma suando frio contra o peito nu.
- Ah é? Perdoe minha confusão, acho que me precipitei em tudo que fiz por você.
- O que você fez, Louis?
- Essa conversa já está tão extensa, você não acha?
- Eu vou ligar pra polícia.
- Tsc, tsc, tsc… Então terei que ser mais rápido que você.
Harry ouviu o som da chamada encerrada, olhando pro telefone com a tela piscando. Seu coração batia forte nos ouvidos e as pernas tremiam bambas, lambendo os lábios e pensando se realmente discaria o número da polícia. O dedão foi lento. Nove. Um. Um.
Seu coração quase saiu pela boca com as batidas que ouviu no vidro, olhando diretamente para trás e encontrando.
A máscara que nunca o assustara manchada de sangue, a cabeça inclinada levemente para a direita. Como um louco, jurava que a imagem desfigurada com o queixo pontudo se alimentava de seu pavor. A roupa idêntica a dos filmes e na mão tatuada tão conhecida, uma faca brilhante e ensanguentada.
Engasgou, sentindo a boca seca.
Seu olhar foi para o telefone mais uma vez, percebendo então que sua mão também tremia. Poderia ligar para a polícia, era claro. Até Louis realmente entrar, pelo menos a ligação estaria feita e, se morresse, saberiam quem o matou.
Mordeu o lábio e olhou para a janela de novo, Louis desenhando um coração no vidro com o sangue da faca.
Ele sempre quis isso, o relacionamento todo.
Agora ele podia ter.
Podia ter dele, do homem que sempre o fez se afogar em orgasmos sublimes e um amor tão intenso que se tornara doentio.
Louis levou o telefone até a orelha e Harry assustou com o toque alto de seu telefone.
- É melhor correr, cachorrinho.
- Merda. - Harry o viu desaparecer atrás do concreto e reaparecer na próxima janela, indicando que dava a volta para chegar na porta de entrada. - Me acha tão idiota a ponto de não ter mudado a senha?
- Me acha tão idiota ao ponto de não ter descoberto a nova? - Louis riu. - Qual a primeira coisa que você quer que eu corte, amor? Todos direto na barriga, como em seus filmes favoritos? Ou prefere sofrer mais, huh?
Harry engoliu em seco, esperando. Ouviu o som do primeiro botão do alarme. O segundo. O terceiro. O quarto. A porta abriu. Xingou, derrubando o telefone no chão e correndo escada acima assim que viu a porta se abrindo lentamente, jurando que viu a máscara sorrindo para si.
Correu o mais rápido que pôde, subindo diretamente para seu quarto e tendo a falsa esperança que Louis não saberia a senha da porta deste. Se trancou e ativou o alarme, se escondendo embaixo da cama, de bruços.
Sentiu então seu pau duro dolorido contra o piso de madeira, o segurando entre os dedos e apertando.
- Merda de cabeça doente. - xingou a si mesmo, ouvindo os passos firmes e lentos de Louis na escada, contando cada um dos vinte e dois degraus com uma ânsia na garganta e um orgasmo pronto no pé da barriga.
Toc. Toc. Toc.
Louis bateu, rindo robótico. Harry engasgou, fazendo seu máximo para não fazer barulho.
O primeiro número do painel sendo apertado lhe causou um pavor congelante, como se estivesse prestes a morrer.
E talvez estivesse.
Cobriu a boca com a palma da mão, sentindo as bochechas molhadas de lágrimas e o pau latejando contra os dedos.
O segundo botão.
O terceiro.
O quarto.
E finalmente, a porta destrancada.
- Foi tão fácil, cachorrinho. - Louis disse e Harry prendeu a respiração, olhando firme para o coturno e as vestes pela fresta debaixo da cama.
Louis deu um passo pra dentro, indo até o guarda roupas e abrindo a porta com força, fazendo Harry pular de susto.
- De baixo da cama, querido? Esperava mais de você.
Harry se apavorou, arrastando seu corpo em direção a porta e sendo puxado com força pelos calcanhares, gritando alto. Louis o girou no chão, deitado de costas. No instante em que tentou se levantar sentiu a lâmina em seu pescoço, tão afiada que pinicou a pele num corte quase inexistente. Olhou atônito para a máscara acima de si, se aproximando até que encostasse em seu pescoço e ouvisse Louis puxando a respiração funda, sentindo seu cheiro com aquele toque doentio de saudade que só ele tinha.
- Você… me cortou. - Harry sussurrou.
- Que cheiro gostoso. Meu perfume favorito, o cheiro da sua pele, seu pavor. E sua completa excitação. - Louis inclinou o rosto até a máscara ficar de frente com Harry, poucos centímetros um do outro. - Você é tão doente, querido.
- Lou. - choramingou, olhando tão de perto que agora era possível ver os olhos azuis brilhantes por baixo do rosto destorcido, pálido e ensanguentado.
- Vê como é dependente de mim? Como é infeliz sem me ter, querido? - ele deslizou a faca pela pele suada, deixando a ponta afiada bem na ponta do queixo de Harry.
Harry tentou fechar as pernas involuntariamente, o pau doía tanto que mal percebeu que Louis estava mantendo suas pernas abertas com seu próprio corpo ao centro.
- Tentando fechar suas pernas pra mim, Harry? - Louis esbravejou, pinicando a pele dele com a faca, fazendo um corte ainda superficial, entretanto, completamente ardido. - Abra.
- Você não vai me matar, vai? - suas pernas se abriram, enrolando na cintura dele.
Louis olhou pra baixo, analisando as pernas longas enroladas em si, querendo rosnar de tesão em tê-las novamente abertas e necessitadas de si. Harry tentou apoia-las no chão novamente, sendo impedido pela mão possessiva que apertou-as forte o suficiente para que um grito prazeroso rasgasse sua garganta seca.
- Homem meu sempre fica com as pernas arreganhadas pra mim, Harry. Você sabe disso.
- Me desculpa. - pediu, se apavorando ao sentir a ponta da faca descendo pelo seu pescoço, peito, barriga, até chegar na cueca molhada de pré gozo.
- Você vai ser um cachorrinho muito bom pra mim, a noite inteira. Vai me obedecer sem questionar, engolir meu pau inteiro até chorar e gozar quantas vezes eu mandar. E então, quando terminar com você, decido de vou ou não te matar. Está tudo em suas mãos. Seu destino todo.
- Sim, Lou. - Harry apertou as mãos em punhos e engoliu em seco, completamente paralisado.
- Se lembra quando eu prometi que teria você de volta pra mim, querido? - ele soltou a sua coxa, segurando com firmeza o elástico da cueca usou a faca para cortar o tecido úmido, enrolando o pedaço de pano em sua mão.
- Sim. - engoliu um gemido alto, sentindo a pele arder pelo puxão bruto de sua cueca sendo arrancada.
- Alguma vez eu descumpri qualquer promessa que te fiz? - Louis analisava o rosto de Harry, apreciando as lágrimas que escorriam livres pelas bochechas rosadas devido ao acúmulo de sangue quente nelas. Harry negou com a cabeça. - Você vai querer ser meu até o final dessa noite.
Harry se manteve em silêncio, ouvindo seu coração batendo nas orelhas e a respiração pesada que saia do aparelho que distorcia a voz de Louis. Semanas atrás ele havia pedido ao namorado que se vestisse de ghostface e o atacasse, que o pegasse com força e o fizesse implorar por ele. Louis, em contrapartida, negou o pedido dizendo que não entendia porque ele precisava estar caracterizado pra poder satisfazer Harry.
Brigaram, Louis magoado achando que não era suficiente e Harry sabendo que não poderia viver pra sempre com alguém que não entendesse seus impulsos sexuais. Seus fetiches escondidos.
Agora Harry sentia o pé da barriga formigar enquanto Louis o tomava novamente para si, como um viciado precisando de cocaína, o cheirando e rosnando adicto.
- De joelhos. - Louis mandou. Harry continuou parado, tentando processar a informação que foi dada fora do seu subconsciente. Não houve tempo, ele apenas foi puxado pelos cabelos da nuca e jogado de joelhos, seu rosto sendo esfregado contra o pau completamente duro de Louis, por cima das vestes. - Quando eu mando, você obedece. Não entendeu as regras?
- Me desculpe, eu estava pensando. - ele esfregou o nariz pelo comprimento, inalando o cheiro de sabonete e pré gozo que fez seu pau pingar. Sentiu repentinamente um tapa forte no rosto, tendo que se apoiar com a palma da mão para não cair de abrupto.
- Você não pensa, Harry. Você me obedece. Você diz: sim, senhor. - Louis apertou seu pescoço com força, levantando seu corpo e jogando de costas na cama. Ele tossiu, engasgado.
- Sim, senhor. - ele ofegou, sentindo o pau molhando sua barriga.
- Uh, veja só. - Louis segurou seu pau e punhetou, assistindo o pré gozo sair da glande vermelha e inchada. - Molhando como uma cadela.
- Porra. - arqueou as costas e gemeu aliviado, abrindo os olhos ao sentir o cabo duro da faca batendo gelado contra seu lábio inferior.
Ele arregalou os olhos, assistindo o sangue escorreu da palma da mão de Louis até seu pulso, entendendo que a lâmina cortava sua pele.
- Está se machucando. - Disse com as sobrancelhas juntas, preocupado. Louis apenas inclinou sua cabeça, a face pálida e sem expressão mexia tanto com sua cabeça que parecia sorrir. Não sabia se estava vendo coisas ou projetando o sorriso que sabia que Louis tinha em seus lábios reais. Ouviu o grunhido impaciente dele e abriu a boca rapidamente, abocanhando o cabo com sabor metálico, não querendo descobrir se era do material ou do sangue que o cobria. Seus lábios deslizavam por todo cabo conforme Louis estocava-o em uma boca, atingindo sua garganta, girando-o e gemendo robótico. A outra mão permanecia punhetando seu pau devagar, chegando a ser torturado pela destreza e vagarosidade. Seu estômago ainda gelado em pavor de fundia com o tesão no baixo ventre, até se tornar uma coisa só, prazer e medo sendo indistinguíveis.
Louis deslizou a faca pelos lábios de Harry, a tirando úmida da cavidade quente. A colocou entre as pernas abertas dele, esfregando o cabo no buraco que pulsava, tirando um soluço assustado de Harry, que lhe pareceu como uma conquista. Com o pulso firme e fechado em punho, empurrou a faca para dentro de seu garoto até que seu sangue manchasse a bunda pecaminosa e os lábios se abrissem naquele gemido obsceno que tanto sentia falta.
Harry se inclinou e por isso, o agarrou pelo pescoço e empurrou contra a cama, o impedindo de fugir do que ele iria proporcionar, quer ele desejando aquilo ou não. Seu punho inclinou na primeira estocada e Harry gritou fraco com o pouco oxigênio que tinha. Inevitavelmente Louis esfregou o pau duro e dolorido contra a coxa que contraia os músculos em prazer, rosnando com a vontade de enfiar seu pau tão fundo em Harry que o fizesse sangrar.
- Louis. - soluçou, segurando o punho que estocava sem piedade. - Você. - seu olhos se focaram na máscara, tentando encontrar uma forma de conseguir olhar em seus olhos como mais cedo.
- Implore. - Com o cabo inteiro dentro de si e a mão fechada até que não restasse oxigênio, observava Harry tremendo e segurando seu pulso com as duas mãos, tentando afasta-lo inutilmente, o lábio arroxeando vagarosamente enquanto as unhas do garoto fincavam em sua pele para poder respirar, como se causar-lhe dor pudesse liberta-lo. Pobre garoto.
Suspirou, inclinando seu queixo e fixando seus olhos aos de Harry. Sorriu e rosnou, concentrando na gota solitária que escorria do olho esquerdo tão vermelho quanto as bochechas, a veia prestes a estourar na testa. Uma estocada com seu punho fora o suficiente, Harry se desmanchou em um orgasmo que fez seus olhos revirarem. Nesse exato momento, Louis libertou seu pescoço, ouvindo-o puxar o ar como quem acabara de se afogar e voltar à vida. A faca foi retirada com cuidado e transferida da palma esquerda a outra, Louis se inclinou o suficiente para se apoiar no mesmo cotovelo e deslizar a mão que pingava sangue da ferida recém feita pelo corpo de Harry.
Coxa, quadril, cintura e mamilo, todos manchados com seu próprio sangue fresco, gemendo rouco e faminto, adicto.
- Por favor. - Harry suspirou, fazendo Louis rir surpreso. Ele estava implorando, afinal.
Louis rosnou, puxando Harry pra baixo e se ajoelhando na cama. Puxou as vestes de seu corpo, ficando com o tronco nu e abrindo a calça jeans, abaixando o suficiente apenas para retirar seu pau dolorido do aperto e esfregá-lo entre as bandas molhadas de sangue. Harry o puxou pelo pescoço, familiarizado com a brutalidade que se seguiria, ansioso e necessitado.
Se surpreendeu com o tapa nada piedoso que sentiu na bochecha, ficando alguns segundos inteiros olhando para Louis com incredulidade. Gemeu. Rosnou. Se debateu e tentou chutá-lo. De novo, inutilmente.
Louis o girou na cama e o deitou de bruços, abrindo suas pernas com os próprios joelhos e puxando os cabelos de sua nuca pra trás, a faca suja do seu sangue em cima de sua jugular. Com as mãos trêmulas, apertou os lençóis com força sentindo o pau grosso deslizando pra dentro de si, tão apertado. Ao lado de sua cabeça, a máscara planava sem expressão, como algo morto, sem sentimentos, incapaz de sentir piedade de si, um garoto tão frágil e burro.
Que sorte ele tinha.
Esfregou seu pau no lençol, mais duro do que antes, a saliva produzindo cada vez mais rápido, como quem baba faminto. Engolia tão desconfortável como se engolisse uma bola de tênis e gemia tão alto como quem morre esfaqueado, como quem sabe seu destino.
- Agora eu entendo você. - Louis sussurrou baixo, porém, alto o suficiente para que as palavras rodassem em sua cabeça e o deixasse tonto. Na verdade, não sabia se seu cérebro girava pela voz, pelo que a sentença significava ou pela estocada bruta que lhe fora concedida.
Sabia, entretanto, que cada músculo de seu corpo contraia e seu rabo nunca esteve tão aberto e entregue, pronto para abdicar de qualquer coisa para ser fodido assim pelo resto de sua vida insignificante. Ali, não escrevia livros de horror, sequer tinha uma carreira brilhante em ascensão. Ele não era nada, apenas um homem vazio e doente que imploraria para que o ex o usasse de modo tão sujo que se tornasse ao fim, miserável. Fechou seus olhos com força e empinou a bunda, deixando que Louis o fodesse cada vez mais fundo e forte, que a faca pinicasse sua pele em cortes superficiais, que o gemido rouco dele sobressaísse os seus. Deixou que Louis tomasse tudo que quisesse. Se concentrou na sensação, no pau que fodida ardido, fundo, forte. Na mão que deixara seu cabelo para girar seu mamilo e apertá-lo com força. No cheiro do perfume que o fez dormir abraçado no travesseiro até que sumisse completamente.
Abriu os olhos com uma claridade repentina, Louis segurava o telefone aberto na câmera frontal e o filmava enquanto gemia, seu pescoço com pequenos filetes de sangue, a faca manchada que pinicava e pinicava, a cada nova estocada. A máscara ao lado de sua cabeça, a figura montada acima de si o tomando. Gemeu incontrolável, puxando a máscara de Louis, revelando seu rosto para a câmera. Os cabelos maiores do que no último encontro, bagunçados e suados, escorrendo na testa. Os olhos azuis brilhantes e sádicos, apaixonados pela forma doentia que pareciam. A barba rala que sempre foram como a faca em seu pescoço, que pinicava e pinicava. A boca aberta, um sorriso grande e satisfeito, doente e obcecado.
- Eu quero você. - Harry impôs. O celular foi largado na cama e em questão de segundos os dedos possessivos estavam apertando suas bochechas. Louis o beijou, esfregando a língua na sua, fazendo seu cérebro girar e os gemidos abafados se mesclarem até serem pertencentes um do outro.
Harry ofegou, gozando mais uma vez enquanto Louis mordia seus lábios e chupava, descendo pro pescoço ensanguentado e lambendo cada mísera gota.
- Totalmente meu, Harry. Você é totalmente meu. - rosnou, o girando na cama, abrindo espaço entre as pernas longas e trêmulas, entrando nele novamente e o fodendo.
Harry gemeu alto e cravou as unhas em seus braços, chorando pela sobrecarga de prazer e sensações forçadas.
- Pode chorar, querido. Chore por mim. - Louis riu, beijando-o novamente, sentindo as unhas cortarem suas costas suadas até que ardesse como fogo.
- Louis, porra! - xingou, sentindo-o rir em seus lábios.
- Lembre-se, Harry. Ninguém toca em você. De quem você é, Harry? Huh? - perguntou olhando em seus olhos, assistindo-o deslizar pra cima e pra baixo na cama com a força que era fodido.
- Seu! Eu sou seu! - gritou, sentindo o baixo ventre ferver novamente.
- Você quer ficar comigo, Harry? Pra sempre? - o olhar de Louis o fez tremer, um arrepio na espinha que revelava que sua resposta determinava o seu fim. Simples assim.
- Pra sempre, Lou. Pra sempre. - soluçou, sentindo Louis sair do meio de suas pernas, sentando em cima de seu peito, o pau brilhando em pré porra, grosso e grande como a porra de um monumento a centímetros de sua boca.
- Espero que seja como eu, querido. - ele enrolou os dedos em seus cabelos, puxando sua cabeça de encontro com a sua pelve. Harry abriu a boca e colocou pra dentro. - Não quebre suas promessas. - Louis sorriu ladino, um brilho novo no olhar.
O primeiro puxão fez o cacete encostar em sua garganta e Harry engasgou, nem mesmo podendo avisar já que seus braços estavam presos juntos ao seu corpo entre as pernas de Louis, esse, que apenas riu, se divertindo. Com a mão possessiva fazendo seu couro cabeludo arder, Louis começou a estocar contra a sua boca, usando a mão livre para segurar a máscara em frente ao seu rosto, fazendo Harry gozar vergonhosamente em seu estômago. Louis, por outro lado, manteve o pau inteiro dentro da garganta de Harry e gozou, a porra espessa deslizando por sua garganta, o fazendo gemer como uma cadela.
Soltando os cabelos, Harry deslizou os lábios por todo o comprimento com calma, jogando sua cabeça contra os lençóis e respirando fundo, olhando Louis com a máscara numa mão e a faca na outra, olhando para si como a porra de um maluco.
- Eu… - Harry limpou a garganta, fazendo Louis sorrir ladino. - Eu realmente quero ficar com você. - observou Louis se jogar na cama ao seu lado, puxando seu corpo mole e dolorido para se deitar sob o seu.
- Eu sei. - Louis sorriu, beijando seus lábios com carinho. - Senti saudades. - ele suspirou, se inclinando e cheirando seu pescoço, sentindo o seu cheiro novamente.
- Você não matou ninguém, não é? Foi tipo, só pela encenação. - engoliu em seco.
Nesse momento, o olhar de Louis em si revelou milhões de segredos. No fundo, sabia que independente da resposta que tivesse, permaneceria. Sua parte sádica e doente precisava de outra pessoa que a saciasse, sabia disso. Sabia que se Louis tivesse enlouquecido seria sua culpa. E sabia igualmente que, se Louis estivesse louco por si, seria capaz de pingar como uma garota virgem.
- Moramos em Woodsboro, Harry. Nessa cidade quando se coloca uma máscara de ghostface, você se torna o ghostface. E você vai ter que conviver comigo sabendo que você me tornou ele. – Louis esfregou o lábio em seu pescoço, alcançando o celular jogado na cama e encerrando vídeo.
Harry o olhou e soube que aquele vídeo era a prova de tudo que viveria dali pra frente. Como se contra seu instinto mais intrínseco de sempre fugir da sua realidade e seus medos, Louis quisesse puni-lo o fazendo se lembrar do que havia feito. Sentiu beijos em seu pescoço sendo distribuídos e sua barba, que pinicava e pinicava.
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Eu havia desligado a minha humanidade...
Naquela madrugada parecia que eu havia levado um tiro a queima roupa,eu chorei, disse tudo o que tinha para falar, tudo o que estava entalado e que aguardava em meu peito. E a segunda crise de pânico tomou conta de mim. E onde estavam os remédios quando se precisava deles? Apenas duas pílulas restavam, tomei uma e guardei a outra no bolso. Bati na porta de minha mãe, ela sabia que eu não estava nada bem. A abracei como nunca antes, molhando um dos ombros de seu hobby com minhas lágrimas. Ela sabia exatamente do que se tratava, e disse-me “filha, sua avó que foi o seu primeiro grande amor, aonde está agora?” Era uma pergunta retórica “está embaixo de sete palmos. Meu amor, a gente chora pelos mortos e não pelos vivos”. Absorvi aquelas palavras, que correram por meu corpo como o sangue que corre em minhas veias. Despedi-me e dirigi. Coloquei “without me” de Halsey para tocar. “Precisava fazer uma composição que se encaixasse tão bem assim em mim, Halsey?!” Pensei e pisei o pé no acelerador sem destino, desorientada. Lá fora a paisagem passava como um borrão cheio de cores, se calhar pela velocidade, se calhar pelas lágrimas que deixavam rastros de angústia, decepção em minha face. Queria achar logo um lugar seguro para o que eu faria a seguir. De tanto dirigir me encontrava longe da cidade, próximo à um lugar que me remetia à uma floresta. Desliguei o motor do carro, abri o porta malas e tirei uma pá. Coloquei-a por sobre o ombro e caminhei por um longo período de tempo, esbarrando em pedras, sendo derrubada por raizes de árvores seculares, até achar a que parecia a maior e a mais antiga de todas. Bem na sua frente comecei a cavar e a cavar e cavar. É engraçado você achar que nunca irá precisar manusear um instrumento, até de fato necessitar dele. Minhas calças já estavam imundas e haviam rasgos de algumas quedas que de certo fizeram-me alguns cortes nas pernas e meu suor colava a blusa em meu corpo, mas eu cavava como se não houve o amanhã. Depois de ter feito um buraco relativamente fundo, com minhas mãos já com bolhas a se revelares, trêmula arranquei meu coração. Um coração ingênuo, bondoso, sonhador, que continha a alma de 30 romancistas como você mesmo vivia dizendo, um coração que vestia uma capa de super-herói como se pudesse salvar a todos. Apesar do tiro ao alvo, ele ainda batia por você, sabia? Eu sabia que você voltaria a atirar contra ele, que brincaria com os meus sentimentos como se jogasse roleta-russa como você já joga com o seu próprio destino e sem ele você seria só mais um. E foi aí que o enterrei. Só teria pena do próximo que tentasse entrar em minha vida, porque o meu coração já não estava mais comigo e dificilmente saberiam do paradeiro dele. Era mais seguro assim.
— Jessy em Relicário dos poetas.
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PODERES DESPERTOS: FIRST ACT.
Mental Manipulation: confere à semideusa a capacidade de estar no controle de pensamentos e ações de seu alvo sem ser necessário toques, basta que ela mentalize o rosto da pessoa. @silencehq, @hefestotv
TW: o texto a seguir contém uma descrição explícita de uma crise de ansiedade que beira o pânico, caso o tópico cause desconfortos, a leitura é desencorajada pela autora.
Com os dedos trêmulos, ela enfiou as mãos nos bolsos do casaco fino que mal aquecia seus ombros, tentando disfarçar os espasmos que já começavam a percorrer suas mãos. Não podia permitir que a ansiedade tomasse conta mais uma vez. Precisava desviar os pensamentos para longe, antes que perdesse o controle. Fechou os olhos devagar, inspirando profundamente, buscando imagens familiares que pudessem acalmar sua mente. Tentou se concentrar nos objetos cotidianos que a cercavam: o arco com o qual treinava, os anéis que colecionava, flores, estrelas, constelações. Por alguns instantes, a sensação de alívio chegou, como se o caos estivesse distante. Mas não demorou para as memórias recentes voltarem à tona, trazendo de volta a inquietação. Os irmãos feridos pelos monstros na fenda, a última vez que viu Santiago, Rachel no jantar apontando sem hesitar para Remzi…
O peito dela subia e descia de forma descompassada, como se o ar ao redor houvesse se tornado rarefeito. Os sons à sua volta pareciam distantes, abafados pelos sons feitos pelo coração que martelava descontroladamente contra as costelas. As mãos tremiam, a umidade se acumulava nas palmas, e um calor súbito tomava conta de seu corpo, fazendo o suor brotar em sua testa. Tudo parecia apertado — o espaço, a roupa, até mesmo sua própria pele. As paredes da sala, que antes pareciam tão distantes, agora se aproximavam lenta e cruelmente. Ela tentou puxar o ar, mas parecia impossível. O peito se recusava a expandir, como se seus pulmões tivessem sido selados. Tentou segurar a borda da mesa ao seu lado, mas seus dedos escorregaram, fracos. Os pensamentos vinham em uma enxurrada caótica, cada um mais desesperado que o outro.
Os olhos se abriram de forma abrupta, e ela percebeu que um par de olhos desconhecidos a encaravam.
— Esta tudo bem? — O estranho perguntou, o tom preocupado deixando claro para ela que não estava sendo tão discreta quanto havia imaginado.
— Hm, sim, eu… Só preciso ir. Obrigada. — Antes que mais perguntas pudessem ser feitas, ela se levantou e deixou a sala.
A cada novo passo podia sentir os batimentos acelerarem e a respiração pesar, como se uma rocha gigantesca fosse posta exatamente sobre seu peito. Cada ruído ao redor — uma conversa distante, risadas altas, os sons produzidos pelos choques de espadas nas salas de treino, até mesmo o som da própria respiração entrecortada e os passos apressados — parecia amplificado, quase insuportável. Nesse ponto, ela praticamente corria pelos corredores, diminuindo seu ritmo apenas quando chegou na floresta e encontrou uma árvore de tronco largo para se esconder.
Encostou as costas no tronco e deslizou devagar até o chão sem nem se dar conta que a blusa havia se erguido levemente e a pele era arranhada pela madeira. Seus dedos começaram a formigar. "Concentre-se. Respire", ela tentou lembrar a si mesma, mas era como tentar acalmar uma tempestade com um sussurro. O chão parecia sumir sob seus pés, e o mundo ao seu redor se tornava uma mancha conforme tudo parecia começar a girar ao seu redor.
Deitou a cabeça para trás e ergueu os olhos na direção das nuvens, focando toda sua atenção em seus formatos enquanto aos poucos seguia com as técnicas de respiração. Demorou um pouco até que sentisse a pressão em seu peito começar a diminuir, porém acabou sendo interrompida por sons bastente audíveis de passos se aproximando de onde estava.
— Mas que porra é essa? — Virou-se na direção dos sons a tempo de ver o rosto preocupado do campista com quem havia falado antes de correr até ali.
— Você saiu meio apressada da sala, fiquei pensando se não precisava de ajud…
— Se eu quisesse ajuda, eu teria pedido, você não acha?
Questionou enquanto se levantava, o corpo completamente direcionado para o recém chegado. Pouco a pouco a raiva dava espaço a uma raiva completamente irracional, que Alina claramente não estava conseguindo disfarçar, dada a expressão assustada no rosto do outro.
— Eu vou chamar outra pessoa…
— CALA A BOCA! — Ela explodiu, sua voz afiada como uma lâmina. — Você não vai chamar ninguém, e vai calar a.maldita.boca. Agora! — A raiva borbulhava dentro dela, crescendo como uma doença insidiosa que lentamente devora a vitalidade de seu hospedeiro. Sem que percebesse, seus olhos, antes esverdeados, tornavam-se negros, e finos capilares escurecidos se espalhavam por sua esclera, como rachaduras em porcelana. Tudo o que via era o rosto do campista à sua frente, cujo nome ela sequer conseguia lembrar. — Nunca te ensinaram a não se meter onde não é chamado? Eu devia fazer você cortar fora essa língua. Talvez assim você aprendesse a não se intrometer na vida dos outros.
O medo no rosto dele se esvaiu, substituído por um olhar vazio, distante, como se estivesse enfeitiçado. Quase mecanicamente, ele puxou uma adaga da bainha e a ergueu, levando-a em direção à própria boca, que agora se abria, expondo a língua para o corte. Por um momento, Alina ficou paralisada. Ele só podia estar brincando, certo? Quando finalmente percebeu o que estava prestes a acontecer, já era quase tarde demais. Com um movimento brusco, ela arrancou a adaga da mão dele, seu coração acelerando. Mais um segundo, e ele teria conseguido executar exatamente o que ela havia acabado de ordenar.
— Some daqui, agora. — A voz era baixa, porém firme. — E não se atreva a contar pra ninguém sobre o que acabou de acontecer.
Ela assistiu o campista sair correndo, tropeçando em seus próprios pés, até desaparecer. Somente quando ele sumiu de vista, Alina se permitiu desabar no chão, o corpo tremendo. Inspirou profundamente, tentando recuperar o controle, mas o peso da culpa já se instalava. Mais uma cicatriz para sua mente inquieta, mais uma noite sem sono garantida.
[…]
No dia seguinte, ao ver Quiron e o campista andando pelo pavilhão, já começou a se preparar para qualquer castigo que o centauro fosse impôr a ela, uma vez que ela havia cometido uma transgressão ao fazer o rapaz quase cortar a língua fora. Entretanto, quando Quiron passou por ela, a única coisa que fez foi cumprimenta-la, enquanto o rapaz a olhava de longe, seu rosto um misto de ódio e medo. E foi então que ela entendeu que o que havia acontecido no dia anterior era algo bem mais complexo do que ela havia pensado até então.
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Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é SNOW WHITE / KARDELEN, da história BRANCA DE NEVE! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a ADOTAR ALGUNS ANIMAIZINHOS… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja GENTIL, você é INGÊNUA, e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: SER UMA RAINHA (AGORA EM HOME OFFICE).
Depois da história que todos conhecem, Snow White se tornou rainha de Red Rose, reinando com determinação e amor pelo seu povo. Por trás de seus sorrisos, no entanto, Snow ainda carregava uma grande dor interna, com as memórias do que passou nas mãos de sua madrasta ainda lhe assombrando em seus sonhos e nas pequenas tarefas do dia a dia. Snow mal conseguia se olhar no espelho sem sentir que aquela era mesmo ela, vestindo a coroa que muitos queriam colocar as mãos, os belos vestidos que diziam causar inveja. Snow adorava ser rainha por estar ao lado do povo de Red Rose, trazendo uma vida próspera para eles, mas ela não conseguia aguentar os olhares sempre voltados pra ela. Não aguentava ser reconhecida, observada como se aguardassem que cometesse um erro.
tw: automutilação // Foi em uma noite que Snow teve mais um ataque de pânico com os sonhos sobre a madrasta, a floresta e os espelhos pelo corredor, sufocando-a até que Snow pegasse a espada do marido e rasgasse o próprio rosto. Por conta disso, Snow terminou com uma cicatriz da testa até o queixo do lado esquerdo do rosto, ficando cega do olho daquele lado. // fim do tw.
Ela ficou comovida quando todo o reino a apoiou, e logo passou a ter sessões de terapia com o Coelho Branco. Com a chegada dos perdidos, agora Snow pode tirar um pouco de férias das obrigações de monarca, reinando de longe enquanto vive em uma casinha pacata próxima à floresta no Reino dos Perdidos.
Snow apreciou a chegada dos perdidos, já que está muito curiosa para entender mais do mundo deles. Não estava tão preocupada com as mudanças de seu conto num primeiro momento... até agora. Assistindo todo o reino começar a sucumbir às novas memórias, Snow começa a ficar um pouco ansiosa por sua família e por seus amigos. Mas nada que ela não possa se distrair fazendo uma boa faxina ou cozinhando uma torta!
Vive com seu marido, David Charming, e ainda considera os sete anões como se fossem seus tios que a visitam todos os fins de semana para beber chá e experimentar suas tortas. Também tem um pouco de mania por limpeza.
Também pode ser chamada de Kardelen. Costumava ser um apelido que seu pai deu a ela, que é o nome de uma flor (em turco). Também é o nome que ela usou quando estava fugindo de sua madrasta e morava com os anões.
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O último dia do Festival que anunciava o Equinócio de Outono se passou e, com ele, veio o anúncio de Hermes que ele estaria providenciando o retorno dos campistas romanos ao Júpiter a seguir. Alguns desses já haviam preparado suas coisas para retornar ao seu acampamento, outros ainda nem haviam começado a preparar suas malas, mas já eram apressados por terceiros a fazê-lo. Quíron acompanhava Dionísio em um passeio pelo Meio-Sangue, anotando calmamente em seu bloco de notas as tarefas que seriam repassadas para organizar o Acampamento para o retorno das atividades normais no próximo dia. Alguns Sátiros e Ninfas que haviam vindo ao Acampamento para o evento por chamado de Flora já se despediam daqueles que eram residentes fixos do acampamento grego. Nada parecia fora de ordem, como se nem mesmo existisse um mal à espreita para começo de conversa.
A calmaria precede a tempestade...
O céu se escureceu rapidamente com os ventos frios que começaram a soprar maus presságios pelo Meio-Sangue. O primeiro a cair ao chão foi o próprio Dionísio, de súbito, e, por um momento, todos pensaram que o Senhor D tinha tropeçado e dado de cara no chão - alguns até mesmo riram da situação -, mas, ao olhar para as expressões de Quíron, esse pensamento se transformou em confusão rapidamente. Logo depois, não muito longe dali, Hermes deixou a Casa Grande, cambaleando, como se resistisse a algo, mas logo ele caiu ao chão, rolando escadaria abaixo e caindo sobre o chão duro de terra batida, inconsciente. Afrodite saiu em seguida, os olhos arregalados e as mãos trêmulas, olhando ao redor, sua consciência pingada, vez ou outra falhando ao que seus joelhos foram ao chão.
─ Preparem-se para a batalha!
A Deusa da Beleza gritou, sua voz ecoando por cada canto do Acampamento, encontrando os ouvidos de todos os semideuses em alerta, e, finalmente, ela caiu ao chão, não conseguindo mais resistir. Zéfiro, Flora, outros Deuses Menores que estavam presentes, todos caíram um a um, como se entrassem num sono profundo, sua energia divina os deixando aos poucos, como se fosse absorvida. Cérbero saiu de a Casa Grande rugindo, sua forma se alterando, hora três cabeças de cachorro, hora o homem que todos vieram a presenciar até então, e logo ele caiu também. Então, a realização caiu sobre todos os semideuses, se ainda já não haviam percebido... Eles estavam sob ataque. Pânico se infiltrou na mente dos campistas ao que eles corriam de um lado a outros pegando suas armas, vestindo armaduras, calçando botas, um ou outro tropeçando ou atropelando os mais novos e inexperientes. Os romanos rapidamente se organizaram entre si e acompanharam os gregos para defender o Acampamento.
Os primeiros que elevaram seus olhares aos céus foram Niamh e Anastasia, e o que viram foi uma mulher, jovem, bela... A Deusa da Juventude tinha, amarrado em correntes negras, outro ao seu lado, o Deus do Sono, Hipnos. As correntes pareciam arder à pele de seu prisioneiro e dele uma aura poderosa escapava, a fonte do sono que recaiu sobre os Deuses ali presentes. Ela sorriu ao ser notada, o olhar frio sobre os semideuses ao que ela apertou as correntes entre os dedos e Hipnos gritou com a dor que os campistas podiam apenas imaginar. Aos poucos, os Deuses que estavam caídos ao chão se tornavam translúcidos e, então, desapareciam.
Da floresta, figuras começaram a deixar a linhas de árvores, semideuses gregos que estavam em Patrulhas e Explorações e romanos que ainda não haviam sido avistados no Acampamento desde o dia em que todos foram trazidos ao grego, ainda vestindo suas armaduras ou roupas de festa, carregando em mãos suas armas. No primeiro momento, todos acreditaram que aqueles eram reforços, isso até notarem seus olhos, imersos em chamas esverdeadas... Com o sangue divino, os monstros que controlavam os corpos dos semideuses conseguiram adentrar as linhas do Acampamento e, aproveitando-se do conflito de atacar alguém que conheciam, as criaturas avançaram contra os campistas.
Informações OOC.
Isso aconteceu no dia seguinte ao evento, no dia 25/09!
Cada semideus terá que lidar com dois Lemures que estão possuindo corpos de semideuses que seus personagens conhecem.
Vocês terão uma semana para fazer um POV ou uma interação mostrando esse embate com as criaturas e devem relatar qual a decisão tomada pelos semideuses.
Personagens que caírem em combate não morrerão dessa vez, mas podem adquirir FERIMENTOS, que atrapalharão o personagem até segunda ordem!
Divirtam-se!
Personagens citados: @vinhoculto & @antiilife
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ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ❛ 𝐂𝐇𝐀𝐏𝐓𝐄𝐑 𝐈 : 𝕿𝖍𝖊 𝕮𝖍𝖔𝖎𝖈𝖊.
ㅤㅤㅤㅤEu me sento na beirada da cama, observando as sombras dançarem pelas paredes do meu pequeno quarto no Instituto. O ar está pesado, carregado com o cheiro de pergaminho velho e couro. Meus dedos acariciam distraidamente a concha que Amaya me deu há tantos anos - uma lembrança de um tempo em que eu ainda acreditava que poderia ser livre. Quando foi a última vez que me senti verdadeiramente viva? Não consigo me lembrar. Os dias se arrastam, um após o outro, numa rotina sufocante de treinamentos e obrigações. Cada respiração dentro destes muros de pedra parece sugar um pouco mais da minha vitalidade. O Instituto, tornou-se minha prisão. Seus corredores intermináveis são as grades que me mantêm aprisionada, seus instrutores os carcereiros que vigiam cada passo meu. Até mesmo Ember, meu dragão, parece mais uma corrente do que um companheiro. Olho para a pequena trouxa aos meus pés, contendo tudo o que preciso para minha fuga. Meu coração acelera ao pensar na liberdade que me aguarda além dos muros de Aldanrae. Esta noite, finalmente, vou partir.
ㅤㅤㅤㅤA Lua cheia banha o quarto com sua luz prateada, criando sombras alongadas nos cantos. O silêncio da noite é quebrado apenas pelo ocasional farfalhar das folhas lá fora e pelo som distante de passos nos corredores. Aguardo pacientemente, contando os minutos até que todos estejam dormindo. Meus olhos percorrem o quarto uma última vez, detendo-se por um momento no retrato de Frim na mesa de cabeceira. Sinto uma pontada de culpa, mas afasto o pensamento. Ele ficará bem sem mim. Tem seu lugar aqui, seus sonhos de glória e honra. Eu preciso encontrar meu próprio caminho. As horas passam lentamente. Minha mente divaga, imaginando as terras distantes que em breve conhecerei. Desertos ondulantes, florestas misteriosas, cidades escondidas nas nuvens… A aventura me aguarda, promete… De repente, um grito rasga o silêncio da noite. Levanto-me num sobressalto, o coração disparado. Mais gritos se seguem, acompanhados pelo som de passos apressados e… É fumaça isso que sinto?
ㅤㅤㅤㅤEu saí correndo do meu quarto, o coração batendo forte no peito. Os corredores estavam um caos total - cadetes corriam em todas as direções, alguns gritando ordens, outros em pânico. O cheiro de fumaça ficava mais forte a cada passo. Virei uma esquina e passei por um grupo de soldados. Eles carregavam baldes d'água, os rostos preocupados, mas determinados. Um dragão jovem passou voando baixo sobre nossas cabeças, as asas agitando o ar quente e enfumaçado. Por um breve momento, pensei em aproveitar a confusão para fugir. Era a chance perfeita - todos estavam distraídos com o incêndio. Eu poderia simplesmente me esgueirar para fora, desaparecer na noite. Finalmente livre. Mas então ouvi a voz de Frim gritando ordens mais adiante. Meu irmão estava no meio daquele inferno, arriscando a própria vida para salvar os outros. Como eu poderia abandoná-lo? Com um suspiro pesado, desisti da ideia de fuga. Frim precisava de mim. Eu não podia deixá-lo para trás, não importava o quanto ansiasse por liberdade.
ㅤㅤㅤㅤRespirei fundo, ignorando a fumaça que pinicava meus olhos e garganta. Então corri em direção aos gritos, decidida a encontrar Frim e fazer o que fosse preciso para mantê-lo em segurança. As chamas lambiam as paredes, avançando rapidamente. O calor era intenso, quase insuportável. Cadetes mais jovens choravam, agarrados uns aos outros. Vi um instrutor carregando nos braços uma garota desmaiada. Meus olhos vasculhavam freneticamente o corredor, procurando por Frim. O pânico crescia em meu peito a cada segundo que passava sem vê-lo. Onde ele estava? Será que…? Não. Eu não podia pensar assim. Frim era forte, ele ficaria bem. Tinha que ficar. De repente, ouvi um estrondo ensurdecedor. Parte do teto desabou a poucos metros de mim, bloqueando o corredor com escombros em chamas. O calor era insuportável. Foi então que o vi. Do outro lado dos escombros, Frim ajudava um grupo de cadetes a escapar por uma janela. Nossos olhares se cruzaram por um instante.
ㅤㅤㅤㅤMeu coração gelou ao ver o rosto de Frim coberto de sangue, um corte profundo marcando sua testa. Uma lança de agonia atravessou meu peito, e por um momento fiquei paralisada de terror. O fogo se aproximava rapidamente, as chamas alcançando os escombros que nos separavam. O calor era sufocante, fazendo minha pele arder e meus pulmões queimarem a cada respiração. Desesperada, comecei a remover os pedaços de madeira e pedra que bloqueavam meu caminho. Minhas mãos logo ficaram em carne viva, mas eu mal sentia a dor. Tudo o que importava era chegar até Frim.
───────── Vá embora, Avery! ╾╾ Gritou Frim, sua voz rouca pela fumaça. Saia daqui agora! Ignorei seus apelos, continuando a cavar freneticamente entre os escombros. As chamas se aproximavam cada vez mais, o fogo consumindo tudo em seu caminho. O ar estava tão denso de fumaça que eu mal conseguia enxergar. Foi então que ouvi um grito agudo. Uma jovem cadete estava presa sob uma viga de madeira, suas pernas esmagadas pelo peso. Sem hesitar, corri até ela. Com toda a força que pude reunir, ergui a viga o suficiente para que ela pudesse se arrastar para fora.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Vamos! ╾╾ Gritei, puxando-a pelos braços. Suas pernas estavam machucadas demais para andar, então a apoiei em meus ombros.
Cambaleando sob o peso da garota, voltei minha atenção para Frim. Ele ainda estava do outro lado dos escombros em chamas, ajudando os últimos cadetes a escaparem pela janela. Nossos olhares se cruzaram mais uma vez, e pude ver o medo em seus olhos.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Frim! ╾╾ Gritei, minha voz quase inaudível em meio ao rugido das chamas. ──── Por favor, venha!
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Leve-a para fora! Eu vou logo atrás! ╾╾ Ele balançou a cabeça, indicando a janela.
ㅤㅤㅤㅤLágrimas escorriam pelo meu rosto, evaporando quase instantaneamente devido ao calor intenso. Eu sabia que ele estava mentindo. Sabia que ele ficaria até o último momento, garantindo que todos os outros estivessem seguros. Eu sabia que não conseguiria convencer Frim a deixar os cadetes para trás. Com o coração pesado, arrastei a cadete ferida apoiada em mim até um grupo de professores que organizavam a evacuação. Entreguei-a aos cuidados deles e, sem hesitar, virei-me para correr de volta ao meu irmão. Mal dei dois passos quando senti uma mão agarrar meu braço com força. Era o Professor Harbinger, seu rosto contorcido numa máscara de preocupação e fuligem.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Avery, não! É perigoso demais voltar lá. Você não pode... ╾╾ Puxei meu braço violentamente, libertando-me de seu aperto. Meus olhos faiscaram de raiva quando encarei seu rosto chocado.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Vá se foder, Professor! ╾╾ As palavras escaparam de minha boca antes que eu pudesse contê-las, carregadas de toda a frustração e rebeldia que eu havia reprimido por tanto tempo. Não esperei para ver sua reação. Girei nos calcanhares e corri de volta para o inferno em chamas, deixando para trás os gritos horrorizados.
ㅤㅤㅤㅤO calor era ainda mais intenso agora, as chamas devorando vorazmente tudo em seu caminho. A fumaça era tão densa que eu mal conseguia enxergar um palmo à minha frente. Tossi violentamente, meus pulmões protestando contra o ar tóxico. Mas não importava. Só uma coisa importava agora: chegar até Frim. Tropecei sobre escombros e corpos caídos, rezando para que fossem apenas pessoas desmaiadas e não… Não. Eu não podia pensar nisso agora. Tinha que me concentrar. Encontrar Frim. Salvá-lo, nem que fosse a última coisa que eu fizesse. O rugido das chamas era ensurdecedor, mas ainda assim eu podia ouvir os gritos. Gritos de dor, de medo, de desespero. E em algum lugar no meio daquele caos, a voz de Frim. Meu irmão ainda estava vivo, ainda lutando. Eu não o abandonaria. Enquanto corria, lembrei-me da trouxa que havia deixado em meu quarto. Meus planos de fuga pareciam tão distantes agora, tão insignificantes... Como eu pude sequer pensar em abandonar tudo isso? Em abandonar Frim?
ㅤㅤㅤㅤDe repente, uma dor lancinante atravessou minha nuca, tão intensa que quase me fez cair de joelhos. Era Ember. Eu podia sentir a presença do meu dragão, sua fúria e desespero ecoando em minha mente. Ele rugia, ordenando para que eu deixasse o Instituto em chamas, para que eu salvasse a mim mesma. As emoções dele eram tão intensas que por um momento ofuscaram tudo ao meu redor - o calor, a fumaça, os gritos. Tudo que eu conseguia sentir era o desespero de Ember. Cerrei os dentes, forçando-me a bloquear nossa conexão. Não podia me dar ao luxo de hesitar agora, não quando estava tão perto de Frim. Com um esforço monumental, ergui barreiras mentais, empurrando Ember para o fundo de minha consciência. A dor diminuiu, tornando-se um latejar surdo. Ainda podia sentir a presença dele, mas agora era como um eco distante.
Ignorando o protesto silencioso de Ember, forcei minhas pernas a continuarem em movimento. Cada passo era uma batalha contra a exaustão e o calor opressivo. Finalmente, após o que pareceu uma eternidade, avistei Frim. Meu coração saltou no peito ao vê-lo vivo, ainda que coberto de fuligem e sangue. Ele estava de costas para mim, debruçado sobre uma pilha de escombros. Conforme me aproximei, percebi que ele não estava sozinho. Do outro lado dos destroços, um homem de cabelos ruivos lutava para se libertar. Seu rosto estava contorcido de dor e esforço, os olhos verdes arregalados de pânico. Frim estendia a mão para ele, gritando palavras de encorajamento que eram engolidas pelo rugido das chamas.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Frim! ╾╾ Gritei.
ㅤㅤ╾╾╾╾╾ Avery? O que você está fazendo aqui? Eu mandei você sair! ╾╾ Meu irmão se virou, seus olhos se arregalando ao me ver. Ignorei sua reprimenda, correndo para ajudá-lo. Juntos, começamos a remover os escombros que prendiam o homem ruivo.
ㅤㅤㅤㅤNossos dedos sangravam e nossas unhas se quebravam enquanto arrancávamos madeira e pedra. O homem ruivo gemia de dor, suas pernas ainda presas sob os escombros. Com um último esforço desesperado, Frim e eu conseguimos erguer uma viga pesada o suficiente para que ele se arrastasse para fora. Assim que o homem se afastou cambaleando, lancei-me nos braços de Frim. Por um breve momento, esqueci-me da dor lancinante em meus músculos, da fumaça ardente em meus pulmões. Tudo que importava era que meu irmão estava vivo, que eu podia sentir seu coração batendo contra o meu peito. Foi um abraço rápido, não mais que um segundo, mas carregado de alívio e amor fraternal.
ㅤㅤㅤㅤNão havia tempo para mais. As chamas rugiam à nossa volta, consumindo tudo em seu caminho com uma fome insaciável. O calor era tão intenso que eu sentia como se minha pele estivesse derretendo. Agarrei a mão de Frim e comecei a correr, puxando-o comigo. Nossos pés tropeçavam sobre os escombros enquanto nos dirigíamos para a saída mais próxima, o homem ruivo nos seguindo de perto. Foi então que ouvi um som aterrorizante - um estalo agudo, seguido de um rugido ensurdecedor. Antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, uma explosão sacudiu o prédio inteiro. A força do impacto nos jogou no ar como se fôssemos bonecas de pano. Por um momento surreal, senti-me flutuando. O mundo girava ao meu redor em câmera lenta. Vislumbrei o rosto de Frim, seus olhos arregalados de terror. Então a realidade se chocou contra nós com uma força brutal. Atingimos o chão com um baque que expulsou todo o ar de meus pulmões. Dor explodiu por todo meu corpo. Pedaços de madeira e pedra choviam sobre nós. Através da névoa, percebi que Frim e eu estávamos no epicentro da explosão.
ㅤㅤㅤㅤAs chamas nos cercavam por todos os lados, o ar estava tão quente que respirar era como inalar lava. Tossi violentamente, meus olhos lacrimejando. O cheiro de carne queimada invadiu minhas narinas, fazendo meu estômago revirar. Era um odor nauseante, uma mistura grotesca de gordura derretida e tecido carbonizado que se misturava à fumaça. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, deixando trilhas limpas na fuligem que cobria minha pele. Mas não era apenas a fumaça que me fazia chorar. Meus olhos se fixaram no rosto de Frim, e meu coração se partiu ao ver sua expressão contorcida de agonia. Seus olhos, outrora tão cheios de vida e determinação, agora estavam semicerrados, nublados pela dor. Sua boca se abria e fechava silenciosamente, como se tentasse falar, mas nenhum som saía. O uniforme, antes imaculado e motivo de tanto orgulho para ele, agora estava em frangalhos, revelando a pele por baixo - vermelha, inchada e coberta de bolhas. Em alguns lugares, o tecido havia se fundido à carne, criando uma visão grotesca que fez meu estômago se contorcer.
ㅤㅤㅤㅤCom um grito angustiado que mais parecia o uivo de um animal ferido, agarrei os braços de Frim. Ignorando a dor lancinante em meus próprios músculos, comecei a arrastá-lo para longe das chamas que se aproximavam vorazmente. Cada centímetro era uma batalha. Meus braços tremiam com o esforço, e meus pulmões queimavam a cada respiração ofegante. O peso de Frim parecia aumentar a cada segundo, como se as próprias sombras do Instituto estivessem tentando puxá-lo de volta para as chamas. Foi então que ouvi um gemido fraco. Virando a cabeça, vi o homem ruivo. Ele estava caído a poucos metros de nós, seus olhos verdes implorando por ajuda. Pude ver o momento exato em que a realização de seu destino cruzou seu rosto. Por um instante agonizante, nossos olhares se encontraram. Vi o medo, a súplica silenciosa em seus olhos. Mas também vi a compreensão. Com o coração pesado como chumbo, forcei-me a desviar o olhar. Não havia tempo. Não havia forças. Não havia escolha. Com um soluço estrangulado, continuei a arrastar Frim, deixando o homem ruivo para trás.
ㅤㅤㅤㅤEnquanto arrastava o corpo inconsciente de Frim, os rostos de nossos pais surgiram em minha mente com uma clareza dolorosa. O sorriso de mamãe, os olhos de papai - lembranças que eu havia guardado no fundo do coração, temendo que se as trouxesse à tona com muita frequência, elas se desgastariam como fotografias manuseadas demais. Eu sentia tanta falta deles. A dor da perda, que eu havia lutado para enterrar sob camadas, agora ressurgia com força total, misturando-se ao terror do momento presente. O Instituto havia tirado tudo de mim - minha infância, minha liberdade, meus sonhos. E agora ameaçava levar Frim também. Lágrimas quentes escorriam pelo meu rosto. Meus músculos gritavam em protesto a cada movimento, mas eu não ousava parar. Não podia. A possibilidade de perder Frim me aterrorizava mais do que qualquer chama ou escombro desabando.
ㅤㅤㅤㅤEnquanto lutava para arrastar meu irmão para longe do inferno em chamas, uma parte sombria de mim desejava que tudo queimasse. Que o Instituto ruísse, que suas paredes de pedra desmoronassem e seus segredos fossem reduzidos a cinzas. Queria ver as expressões arrogantes dos instrutores se contorcerem em pânico, ouvir os gritos daqueles que haviam nos aprisionado aqui por tanto tempo. O ódio borbulhava em meu peito, tão quente e voraz quanto as chamas que nos cercavam. Por um momento, visualizei o Instituto em ruínas, seus corredores intermináveis finalmente silenciosos, o símbolo de nossa opressão transformado em escombros fumegantes.
ㅤㅤㅤㅤFrim precisava sobreviver. Ele era tudo que me restava, o único elo que ainda me ligava a um passado mais feliz, a uma versão de mim mesma que eu temia ter perdido para sempre. Com um grito gutural de determinação, redobrei meus esforços. O mundo ao meu redor se reduziu a um borrão de fumaça e chamas, minha mente focada apenas em seguir em frente, em salvar Frim. Não sei por quanto tempo caminhei, arrastando o corpo inerte do meu irmão. Poderiam ter sido segundos ou minutos. O tempo perdera todo o significado naquele inferno. De repente, o ar mudou. A fumaça densa deu lugar a uma brisa fresca que acariciou meu rosto como um beijo gentil. Piscando confusa, ergui os olhos. O céu noturno se estendia acima de mim, pontilhado de estrelas que pareciam distantes demais para serem reais. Havia rostos à minha volta, dezenas deles, emoldurados pela luz tremeluzente de tochas. Expressões de choque, preocupação e alívio se misturavam.
ㅤㅤㅤㅤFoi só então que percebi: eu havia conseguido. De alguma forma, guiada pelo instinto, eu atravessara o labirinto do Instituto e emergira do outro lado. O ar fresco da noite invadiu meus pulmões, trazendo uma onda de tontura. Cambaleei, minhas pernas tremendo sob o peso de Frim. Mãos gentis tocaram meus ombros, vozes urgentes falavam palavras que eu não conseguia compreender. Vi o rosto preocupado de uma Professora, seus olhos normalmente severos agora marejados de lágrimas. O Professor Harbinger estava lá também, a boca se movendo rapidamente enquanto ele gritava ordens para alguém que eu não podia ver. Tudo parecia acontecer em câmera lenta. Vi quando se aproximaram de Frim, quando mãos cuidadosas o ergueram de meus braços. Uma parte de mim queria protestar, gritar para que não o levassem, mas meu corpo não respondia mais aos meus comandos. Era como se toda a adrenalina, todo o medo e toda a determinação que me mantiveram de pé até aquele momento tivessem simplesmente evaporado. Senti meus joelhos cederem, meu corpo desabando como uma marionete cujas cordas foram cortadas. O chão se aproximou rapidamente e eu não pude fazer nada. Foi como cair em um sono profundo.
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ㅤㅤㅤㅤᥙᥒᥲ ᥒᥙᥱ᥎ᥲ ᥎ιdᥲ | 𝔭𝔬𝔳 #01
calma, não precisa ser assim.
ㅤㅤㅤㅤㅤver a mãe em desespero e os irmãos gritando que queriam sair lhe deixava em aflição. a língua não cabia na boca e a personalidade combativa fazia com que ficasse sempre pronta para guerrear, mas quando se tratava da família? nina se tornava gentil e adepta ao diálogo. aqueles momentos de confusão vinham crescendo cada vez mais, se tornavam frequentes e ainda assim ainda não sabia como reagir quando começava.
os irmãos cansaram da rédea curta da mãe, cansaram de seguir as ordens da matriarca que demonstrava sinais de uma paranoia incompreensível. a mulher forte com a mente sã, parecia ter se perdido em meio ao medo e a insegurança por causa daquela onda crescente de violência que o país, não, o mundo enfrentava.
a porta bateu de supetão.
nina desceu às pressas para ver a mãe abrindo a porta e gritando para os filhos entrarem, eles não deveriam passar dos duendes. não era seguro lá fora. os alertas da mulher só serviram para deixar os filhos mais irritados e eles chutaram os duendes de jardim, quebrando-os em pedacinhos. o grito de pânico de sua mãe fez com que soltasse um soluço assustado e corresse até a mulher. seu pai não conseguia controlá-la e nina precisava ajudar. “mãe, calma. por favor.” pediu com angústia.
alicia chorava enquanto os filhos quebravam seus enfeites de jardim e aquele som só foi interrompido por um rugido alto.
um rugido?
mãe e filha olharam para a frente da casa onde havia agora uma criatura monstruosa. um leão imenso, musculoso, forte demais para parecer normal; os olhos sanguinários estavam fixos nos jovens na frente de casa e as duas mal tiveram tempo de gritar para que eles voltassem quando aquela criatura atacou. as garras cortaram a garganta de uma e o peito do outro. aquelas patas imensas esmagaram as cabeças dos seus irmãos com uma facilidade alarmante. sua mãe gritou que subisse as escadas e se escondesse no quarto, nina tentou arrastar seu pai consigo mas o homem lutava para atrair a esposa para dentro de casa, não sabendo o que diabos aconteceu para os filhos serem mortos daquele jeito pelo o que ele gritava ser um cão raivoso.
mas nina tinha visto. não foi um cão. era um leão.
parou na escada para gritar que os pais entrassem e teve a visão horrenda da criatura repetindo o processo de passar as garras na garganta de seu pai. a mãe, por sua vez, parecia segurar uma… espada. era uma espada aquilo? a mulher gritou mais uma vez que subisse e nina não hesitou em seguir aquele comando. os gritos de alicia e os rugidos do leão enchiam o ambiente e por mais que tentasse se controlar, o choro não parava. seus irmãos e seu pai estavam mortos.
e a forma silenciosa como de repente a casa ficava exceto pelo rugido bravo do leão, arriscava que sua mãe também não estava tão bem quanto esperava.
a partir as coisas se tornaram uma bagunça. foi salva e levada para fora de sua casa no meio da noite, pulando os corpos de sua família, a roupa manchada com o sangue da mãe. o tempo pareceu passar rápido demais porque quando deu por si, estava no meio de uma floresta. alicia podia ter dito que ela podia confiar naquela pessoa desconhecida que apareceu para lhe salvar, mas ao ponto de ir parar em uma floresta? mal teve tempo de ter medo pela própria segurança pois, de repente, estavam encontrando outros jovens. um grupo diverso que parecia… confuso. roupas sujas e meio rasgadas, expressões assustadas e desconfiadas. alguns pareciam se conhecer mas ela… bem, ela não conhecia ninguém.
as camisetas laranja se multiplicaram.
até ontem, a única pessoa que viu usar aquela roupa foi sua mãe em uma foto que viu quando espiou o baú secreto; baú este que naquele instante parecia ter uma réplica em menor tamanho dentro de sua mochila. agora, porém, a maioria daquelas pessoas usava a mesma camisa da foto antiga de sua mãe. passar algumas horas com pessoas desconhecidas no meio do mato depois de ter passado semanas escolhendo o urso para a trend do tiktok com os amigos... a vida parecia devolver com ironia. e eles lhe guiavam para um acampamento no meio da floresta onde as coisas pareciam desafiar a realidade mais do que seus truques.
pela primeira vez em sua vida, mesmo rodeada de pessoas, nina se sentia sozinha.
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Pânico na floresta 2003
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𝐒𝐏𝐎𝐈𝐋𝐄𝐑 𝐃𝐄 𝐒𝐊𝐄𝐋𝐄𝐓𝐎𝐍: BRANCA DE NEVE.
ANTES DA CHEGADA DOS PERDIDOS... tw: auto mutilação.
A história de Snow White não acabou depois do felizes para sempre. A princesa que por anos fora perseguida pela sua madrasta graças a sua beleza única não parecia tão contente mesmo que tivesse o apoio do homem que amava e de todos os seus súditos... E durante um ataque de pânico e estresse por tudo o que passou com a Rainha Má, Snow acabou danificando a sua aparência. Ergueu as espada de seu marido e rasgou o próprio rosto, deixando uma cicatriz extensa da testa até o seu queixo. O ato da rainha comoveu todos os seus súditos, mas especialmente as mulheres do reino. Durante um movimento único de compaixão, então, os habitantes de Red Rose procuraram imitar o gesto de Snow, infligindo cortes tão profundos quanto o dela em seus próprios corpos. Para sempre ficariam marcados por aquele ato que dizia: "você nunca esteve sozinha". David Charming e os anões também fizeram o mesmo; e houveram boatos de que lá em MalvaTopia, o Caçador rasgou a pele da própria mão que um dia fora usada para tentar arrancar o coração de Snow White. A Rainha Má não poderia se importar menos, é claro! Vivia a sua vida em MalvaTopia longe de Snow White, continuando muito bela. Red Rose prosperava com a união de seus habitantes que protegiam à sua rainha, a si mesmos, e ao livro da história de uma mulher forte e única, que continuava tão linda e pura quanto sempre fora.
UMA NOVA HISTÓRIA (APÓS OS PERDIDOS)... tw: violência física e emocional, suicídio.
Por gerações, a história de Snow White permaneceu a mesma. Nascida a mais bela do reino, provocou inveja em sua madrasta que durante anos procurou dar um fim à vida de sua enteada, que precisou contar com toda a ajuda que poderia conseguir das pessoas de seu reino, afinal, não havia uma alma que não se apaixonasse pela doçura e pureza da princesa. A tortura só acabou quando Snow conheceu o príncipe encantado e ele a salvou da maçã envenenada. Tale as old as time, não é? Bom, não mais... Está na hora de conhecer a história alterada de Branca de Neve!
Era uma vez duas irmãs... A mais velha havia nascido com os lábios vermelhos como o sangue, os cabelos pretos como a noite e a beleza tão pura quanto a neve... O nascimento dela trouxe ao reino três dias e três noites de muita festa e felicidade. Era uma criança saudável! A futura rainha traria prosperidade ao reino! O seu nome, Snow White, logo se tornou sinônimo de adoração entre os habitantes. A mais nova, por outro lado, nascida com apenas um ano de diferença de sua irmã... Ela não tinha nada de muito especial. Não tinha os lábios vermelhos como o sangue, nem os cabelos pretos como a noite e a sua beleza não era comparada a de nenhum fenômeno encantador da natureza. Seu nascimento trouxe ao reino três dias e três noites de muito pesar, pois ao dar a luz à sua segunda filha, a rainha não aguentou... E a princesa logo se tornou sinônimo de angústia. Apesar disso, o seu pai, o rei, amava muito as duas filhas e quando se casou de novo, prometeu que teriam uma mãe que as amaria tanto quanto. Você já deve saber que não foi o que aconteceu, afinal, algumas coisas nunca mudam. Logo após a morte do rei, a rainha madrasta revelou-se uma mulher arrogante e invejosa. Seu desprezo era direcionado especialmente à Snow White, que costumava encantar desde servos do castelo até príncipes muito ricos de outros lugares que desejavam se casar com ela. A Rainha Má, como passou a ser conhecida pelos súditos, queria dar um jeito em Snow White como havia dado ao seu pai (opa... segredo!) e viu na princesa mais nova a oportunidade de fazê-lo. Pouco a pouco, envenenou a mente da enteada, lembrando-a o quanto era rejeitada por todos e como isso poderia mudar se elas conseguissem tirar Snow White do caminho. Aliadas pela inveja, as duas começaram uma jornada de perseguição com Snow White cujo único objetivo seria vê-la morta.
Em uma manhã enquanto passeava pela floresta nas proximidades do castelo, Snow White conheceu um cervo. Um animal delicado e gentil, com quem ela conversou por horas! Ela bastante solitária no castelo, como você deve imaginar, porque a madrasta e a irmã não a queriam por perto... E era difícil explicar, mas o cervo parecia entender Snow White... Então, quando um homem se aproximou por trás da garota, empunhando uma adaga para cravá-la em seu coração, foi o cervo quem a avisou para fugir. O Caçador foi a primeira tentativa da Rainha e da princesa rejeitada de matarem Snow White. Não deu certo, ele não voltou com o coração de Snow como prometido, mas as duas não desistiram. Enviaram o Caçador para prisão e contrataram um segundo homem, mais bruto e assassino, para ir atrás de Snow White. Ele deveria voltar com a cabeça dela.
Snow White seguiu o cervo pela floresta até eles chegarem em uma clareira quase no fim da tarde. A princesa chorou por horas e horas enquanto o animal tentava consolá-la... até que, ao anoitecer, o cervo se transformou em um belo rapaz diante de seus olhos. Snow White assustou-se, mas o rapaz lhe explicou que era um amigo. Costumava trabalhar na cozinha do castelo, mas um dia, a Rainha Má se irritara com ele por ter feito um bolo para o aniversário de Snow White e o transformara em um cervo. Ele conseguiu reverter o feitiço com uma fada que o encontrou chorando, mas apenas por algumas horas. Snow White descobriu, então, que a sua madrasta não apenas a odiava, como também possuía uma magia perversa capaz de destruí-la. O cervo prometeu que a ajudaria. Na manhã seguinte, levou a princesa até a casa de alguns amigos que haviam o acolhido, os anões.
O tempo passou e Snow White continuou sendo caçada à mandato da rainha e de sua irmã. O caçador sanguinário enviado para arrancar-lhe a cabeça chegou muito perto de concluir o trabalho em uma tarde que Snow fora deixada sem supervisão dos anões e do cervo, mas ao olhar nos olhos da princesa enquanto o machado afundava em seu pescoço e um filete de sangue escorria na lâmina, ele não conseguiu continuar. Fugiu, decepcionando a sua rainha e a si mesmo. Então, a própria Rainha Má decidiu fazer o trabalho. Ela envenenou uma maçã e transformou a aparência da princesa rejeitada para que ela pudesse enganar a irmã. A garota foi atrás de Snow White fingindo ser uma pobre velhinha e lhe ofereceu a maçã. Com o coração puro, Snow White aceitou... e assim, perdeu a vida.
Quando os anões e o cervo chegaram já era tarde demais. Eles choraram por horas e velaram a princesa em um caixão de vidro, decorado com as mais belas flores. A noite então chegou. O garoto cervo aproximou-se do caixão para dar um beijo de despedida na testa de sua princesa antes de fechar o caixão... mas se surpreendeu quando ela abriu os olhos, despertada beijo dele. Era claro que a Rainha Má não poderia saber disso e eles precisariam de um plano para derrotá-la. Snow, o cervo e os anões marcharam na manhã seguinte até o reino vizinho, o reino Encantado, e pediram a ajuda do príncipe David, um rapaz com quem Snow White dançara em um baile há algum tempo atrás. Apaixonado pela princesa desde sempre, ele ordenou que as tropas fossem até Red Rose e prendessem a Rainha Má e a princesa rejeitada. A Rainha Má conseguiu fugir, mas deixou a sua enteada para trás para que fosse responsabilizada por todos os crimes que cometeram juntas contra Snow... E tomada pelo medo do que poderia acontecer consigo, a princesa rejeitada se afogou no lago do castelo antes que a levassem para o seu julgamento.
Snow White e o príncipe David se casaram, unificando os dois reinos como um só... Mas o garoto cervo e a princesa nunca se esqueceram do beijo que a trouxe de volta à vida.
PERSONAGENS CANON APLICÁVEIS:
Snow White (+25)
David Charming (+25)
Rainha Má (+30)
Caçador (+30)
PERSONAGENS PERDIDOS APLICÁVEIS:
Princesa rejeitada (+25)
Garoto cervo (+25)
Caçador sanguinário (+25)
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Desde que vi EELIS 'BUGGY' SELÄNNE nos arredores de OLD HOLLOW, soube que estava na presença de um abençoado pelos espíritos da floresta! Aos 35 ANOS, talvez seja seu AMOR PRÓPRIO que o torna tão radiante, mas é sua COMPETITIVIDADE que o mantém unico… Além, é claro, de seu gosto peculiar: fiquei sabendo que ele ama TIRAR FOTOS SUAS, COSTURAR E ESTAR SOB O HOLOFOTE e odeia SER IGNORADO, INSETOS E PASSAR VERGONHA, não é especial? Espero vê-lo mais por ai, mesmo que esteja ocupado sendo um excelente AJUDANTE / INSTRUTOR DE TEATRO / DRAG QUEEN em KINGSGATE / CENTRO COMUNITÁRIO / TIKTOK. 𓇢𓆸 ( sam reid ◦ não-binário/queer ◦ ele/elu )
´ ・ . ✶ ━━ BIOGRAFIA.
os pais de eelis são apenas mais um casal estrangeiro que, acreditando no perfeito sonho americano, decidiu se mudar para o país da liberdade em busca de uma vida melhor. mas, infelizmente, não tiveram tanta sorte assim. continuaram pobres, porém em uma cidadezinha do interior de illinois, onde mal conseguiam entender inglês. para piorar, uma gravidez acidental deu origem a eelis.
ele nunca teve muito amor dos pais, e precisou aprender a se virar sozinho desde muito novo. green prairie acabou se tornando seu refúgio quando se tornou amigo de hugo whelan, passando mais tempo na pirate's hollow do que em sua própria casa velha e caindo aos pedaços em old hollow.
na adolescência, buggy ficou obcecado em assistir mtv, principalmente o reality show the real world, que acabou sendo seu primeiro contato com a comunidade lgbt. isso abriu uma caixinha de pandora em sua mente, levantando dúvidas sobre sua sexualidade e identidade. foi só quando foi apresentado ao maravilhoso mundo drag que algumas dessas dúvidas diminuíram.
inspirado por drags como rupaul e lypsinka, eelis criou seu alter ego, buggy the clown, pouco tempo depois de se formar no ensino médio, usando o recém criado myspace para divulgar sua arte.
anos depois e eelis ainda mora em apple cove, preso à cidade por conta de seus pais idosos que precisam de cuidado frequente. ele simplesmente não consegue abandoná-los, por mais que ainda guarde certo ressentimento pela criação sem carinho que teve. trabalha na kingsgate apenas para ir contra seu melhor amigo e inimigo mortal, ajudando na produção dos produtos artesanais, além de ter se tornado instrutor de teatro do centro comunitário. também tem uma conta no tiktok onde posta vídeos montado com sua persona drag, e vez ou outra faz apresentações nos bares da cidade e arredores.
´ ・ . ✶ ━━ HEADCANONS.
o apelido buggy foi criado por hugo, quando eles ainda eram pirralhos, depois de eelis entrar em pânico por causa de insetos. ele odiava ser chamado assim, mas decidiu usar o apelido como nome de seu alter ego para pagar de durão, como se não se importasse tanto assim. e o clown foi adicionado por ele também ter certo medo de palhaços, usando a sua persona drag como forma de tentar vencer esse medo bobo.
´ �� . ✶ ━━ CONNECTIONS.
╰ ♡ ✧ ˖ hugo whelan ⊰ os dois se conheceram depois de eelis fugir de casa e se perder em green prairie, parando na pirate's hollow para se abrigar da chuva forte que começou do nada. mesmo com a diferença de 3 anos entre eles, viraram melhores amigos instantaneamente. faziam absolutamente tudo juntos! na adolescência acabaram se distanciando por começarem a se interessar por coisas diferentes, mas a conexão entre os dois continua forte até hoje. buggy guarda um pouco de rancor por acreditar que hugo simplesmente o abandonou no ensino médio por causa da namorada, considerando-o seu maior inimigo na cidade. vive falando mal dele em qualquer chance que tem. mas, se alguém vier concordar, começa a defender o mais velho na mesma hora. hoje os dois tem o perfeito relacionamento tom e jerry.
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𝕾𝖊𝖎 𝖖𝖚𝖊 𝖊𝖚 𝖙𝖊𝖓𝖍𝖔 𝖔𝖘 𝖒𝖊𝖚𝖘 𝖒𝖔𝖓𝖘𝖙𝖗𝖔𝖘 𝖒𝖆𝖘 𝖈𝖔𝖓𝖙𝖎𝖓𝖚𝖔 𝖆 𝖈𝖆𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆𝖗...
TASK #02. tw: ataque de pânico, menção de crise de ansiedade, morte (violenta).
isso não vai dar certo.
começar a fazer algo e já ter o pessimismo entrelaçado com seus pensamentos não era bem o melhor dos caminhos. elói estava na caverna dos deuses sentado em um canto afastado escondido atrás de uma rocha. o único barulho no local era da água que sempre apresentava aquele movimento fluído mesmo sem ter vento ou correnteza.
os olhos azuis focavam a folha de louro, o caderno laranja e a caneta. mexia nervosamente com a barra da saia e tentava não ter uma crise de ansiedade antes mesmo de começar a fazer a tarefa. não havia como negar que estava com medo de mexer no passado, havia apenas uma missão na mente que lhe assombrava… e o semideus não sabia bem se desejava ter mais um lembrete daquela situação. carregar a maldição já não era o suficiente? uma conta no pescoço parecia mais uma forma de se punir, mas não era como se pudesse levar a mente para outro local, aquela tinha sido a maior e mais importante missão de sua vida.
alegria, diversão, determinação… desconfiança, surpresa, medo, dor, luto. com pesar, escrevia cada sentimento que recordava de ter sentido naquela noite fatídica, sequer precisava pensar muito, já era bem recorrente sentir tudo aquilo quando pensava na tal missão.
respirando fundo, pegou o isqueiro e acendeu a folha de louro. o cheiro era suave, parecia uma erva simples que não tinha tanto poder… mas assim que fechou os olhos e se concentrou no cheiro… sentiu os pés tocarem o chão. impossível, estava sentado!
mas não, não mais.
diante de si, três pessoas riam no meio da floresta, duas garotas e um rapaz: ele, veronica e thabata. tão jovens, tão ingênuos, nenhum dos três sabiam o que estava por vir. falavam baixinho, riam baixinho, eram discretos… ou ao menos era o pensavam. o pequeno acampamento montado ao redor da fogueira de repente era desmontado às pressas, a fogueira apagada e a brasa pisoteada para que o fogo se extinguisse. escondidos atrás de uma grande rocha, os três traçaram um plano que resultaria na morte de um deles. ao longe, elói ouvia o riso das dracaenaes. a desconfiança assolava seu peito com tudo, estariam elas mais perto do que previram? o mapa não indicava que o ninho estava tão próximo, eles ainda teriam um dia de caminhada até encontrar o local. a surpresa vinha então se fazer presente quando avistou a primeira criatura.
cinco. cinco dracaenaes.
mas como assim cinco? sua lembrança lhe mostrava sempre apenas quatro. algo estava errado ou o trauma era tão profundo que isso tinha alterado sua memória?
observando apenas como um espectador, elói encontrava-se paralisado. a cena diante de si era aterrorizante, eles começavam a correr para longe ao verem a clara desvantagem… mas não havia escape. foram avistados. o medo fazia com que suasse, com que sentisse o estômago embrulhar. a lutava começava e elas conseguiam separar os semideuses com eficácia. quatro delas contra três deles. onde estava a quinta? olhou assustado ao redor para ver se conseguia encontrá-la… mas não, estava fora de vista. por isso não lembrava?
uma delas atingiu com as garras o lado direito de seu torso, elói sentiu a dor imensa, a cicatriz tinha quase desaparecido mas às vezes podia sentir o local doer. como agora. a dor aguda lhe fez se curvar para frente, o cheiro de sangue e enxofre inundava o ar, não era apenas ele machucado mas as garotas também. seu chicote conseguiu finalmente ceifar a vida da dracaenae que lhe perturbava, havia duas encurralando veronica e uma com thabata. o olhar assustado do semideus que perdia sangue vagou de uma para outra. a filha de hécate estava mais perto, a de hipnos estava mais longe. por um lado, matar uma dracaenae seria mais fácil, mas a distância não ajudaria, não conseguiria chegar a tempo. por outro lado… era veronica encurralada. enfrentar duas dracaenaes não era nada em comparação ao medo de perder a namorada. o grito da garota que amava ecoou em seus ouvidos e a dor pareceu sumir pois, no momento, tinha apenas que ajudar a semideusa.
salve as duas. tente salvar as duas.
o elói espectador gritou para o ferido que vivia a cena. como se o ouvisse, o semideus parou no meio do caminho e mudou de tática, se fosse correndo até a dracaenae que ameaçava thabata e usasse o charme da voz para parar as duas que a namorada enfrentava… dava tempo. tinha que dar. “parem agora! eu ordeno que parem!” o grito foi forte, firme, carregado de charme. para os monstros o poder pareceu funcionar, atordoadas, as dracaenaes pararam o ataque… mas as garotas também. ao invés de reagirem, veronica e thabata também permaneceram quietas. “não ouçam o babaca, façam algo! matem as semideusas!” a quinta dracaenae saía das sombras. pelas roupas mais elegantes, era alguém de alta patente no exército daquelas criaturas. e a ordem direta dela serviu para que os monstros se recuperassem, grunhindo irritadas por terem sido enganadas. o próximo grito que ouvia era de thabata sendo erguida pelo pescoço e atirada no chão… antes que a dracaenae esmagasse a cabeça dela com uma pedra. elói tentou gritar para veronica se defender mas foi puxado pelos cabelos pela quinta maldita dracaenae que segurou-o no ar, virando-lhe para encarar o que os outros monstros faziam com sua namorada. cada uma puxava um braço da semideusa… e não demorou muito para que a garota fosse partida ao meio. o olhar vazio da menina encarava-lhe quando ela caiu no chão sem vida, havia um corte profundo em sua garganta e a risada vitoriosa dos monstros era o que preenchia o local. vê-la morrer foi como se seu coração se despedaçasse, não apenas daquele que vivia, mas o que assistia impotente também.
restava apenas ele assistindo… e sua versão machucada tendo em seguida a cabeça arrancada para fora do corpo. um massacre. um massacre completo. todos mortos.
o cheiro de queimado entrava em suas narinas e elói era trazido de volta para a realidade. uma simples mudança na escolha e todos eles teriam morrido.
de volta a caverna, não conseguia respirar. podia sentir as mãos daquela maldita criatura em seu pescoço apertando para impedir seu fôlego; podia sentir a dor ainda do ferimento mais uma vez lhe assolando. com as mãos pressionadas contra o chão, a face começando a ficar roxa por causa da incapacidade de respirar, o semideus começou a tossir desesperado, a garganta parecia ter se fechado e nem mesmo quando vomitou... conseguiu puxar o ar para os pulmões. aos poucos ao invés de roxa, a face ficava vermelha e a falta de oxigênio fez com que ficasse tonto, a visão começando a escurecer até que desmaiasse. não era incomum ter crises de ansiedade ou ataques de pânico que lhe deixasse afetado, mas dessa vez foi diferente. em sua mão, quando despertasse, estaria a pequena conta pintada agora. a argila não mais seca, lisa, agora tinha sido toda pintada de preta e havia um crânio cinza pintado representando o massacre que teria ocorrido se tivesse tentado não salvar apenas veronica como o fez no passado, mas thabata também.
no fim tinha razão, aquilo não acabou bem.
como ele lembrava que tinha sido.
semideusa citada: @mcronnie
@silencehq
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Olá, pessoal! Aqui é a Madame Stark, a garota infernal!
Eu estava vasculhando o Pinterest quando achei essa fanart:
O plot da minha próxima fanfic é uma inspiração em um filme de terror, mas como eu gosto de coisas nada convencionais, mas que seguiria o padrão de alguns filmes slasher que é o clichê em que existe um grupo de amigos ou pessoas aleatórias que se encontram, mas que acabam juntas para fugir de um assassino X.
Pra quem achou isso familiar é porque apenas uma cena do filme de Pânico na Floresta que veio a ser traduzido como "A Floresta do Mal 2" que chegou a passar na TV uma vez, mas nunca mais achei o filme porque a tradução BR nunca tem a ver com o nome original do filme e eu não sei o porquê. Então, por esse nome eu não acho.
Sinceramente, eu não exploraria muito as cenas de carnificina, a violência extrema e sim faria mais aquele jogo de "gato e rato". Então pegar personagens aleatórios que morreriam ou humanizar maldições aleatórias apenas pra gente ter aquele gostinho da vingança. Traçar uma linha imaginaria e paralela entre uma maldição como o Mahito e uma personagem do próprio filme que acabou sendo partida em dois nesse filme seria interessante, mas ainda fico imaginando o quanto da classificação indicativa eu teria que abaixar só para ser mais leve e alcançar pessoas mais sensíveis.
Partindo para a história em si, ficaria mais como um "terrir" do que um terror em sim e isso porque estamos falando de Satoru Gojo como um dos principais protagonistas. Imagine que ele é o fodão, mesmo em um Universo Alternativo e banque o MacGiver para salvar sua "amada loirinha" estressada, nosso querido Nanamin.
Imaginem então que começaria na empresa aonde Kento Nanami trabalharia com seu irritante e amado namorado, Satoru Gojo. A empresa seria voltada ao jornalismo. Então Nanami seria o jornalista executivo focado em matérias sobre assassinos em série e Gojo seria o editor e principal câmera dessa empresa. Kenjaku e Geto seriam irmãos gêmeos, ainda estou pensando se deixaria o Kenjaku em forma feminina como a mãe do Itadori ou algo do tipo, mas eles seriam os donos da empresa de jornalismo que mandariam Nanami e Gojo para ir entrevistar o serial killer local.
Os dois estariam em um carro diferente dos demais, então Mahito, Jogo e Hanami iriam em outro carro. A princípio eles se conheceriam no local, mas Mahito por ser caótico toma um rumo diferente e tem os pneus de seu carro furados. Isso porque ele não ouviu o que o caipira desdentado alertou para não ir pelo caminho da esquerda. Hanami lhe daria uma bronca, mas seria Jogo quem começaria a perceber que no meio da mata densa eles não estavam sozinhos.
Já com Satoru e Kento, eles teriam se atrasado devido a motivos de casais. Uma mãozinhas bobas de Gojo que resultou em muita reclamação. Ao chegar no local deserto o jornalista ainda se certificaria de que aquele era o local, e resolvendo perguntar para alguém o albino questiona o mesmo caipira que aos risos fala:
"— Não vão pelo caminho da esquerda! O garoto com cicatriz não me ouviu e já devem ter virado presunto!"
Isso preocupa Nanami, mas nosso querido Satoru Gojo não é flor que se cheira e resolve ir pela esquerda com o discurso de que seria mais perto ainda insistindo que se algo desse errado ele o protegeria com a sua vida.
Lá em cima eu citei três outros personagens, mas vai ter mais. No entanto, sobrará apenas os dois para contar a história. Ainda no estilo de Jujutsu os dois sairão machucados. Isso tudo não passou de um resumo. Como falei não pretendo ser fiel a franquia de Pânico na Floresta ou tão pouco parei um terrir pastelão estilo Todo Mundo Em Pânico. Vai ser algo em meu próprio estilo, apenas me inspirei em uma cena específica de um dos filmes. Uma mistura de terror com romance.
Por hora é só, se atentem a mais atualizações. Fiquem com Deus, um beijo da garota infernal e até mais.
#gonana#gojo satoru#nanami kento#yaoi bl#fanfic#wattpad#social spirit#fanart#prévia#anime and manga#jujutsu kaisen#terror movies#inspiracao#romance#Spotify
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𝐓𝐀𝐒𝐊 𝟎𝟎𝟐: ──── MISSÕES ;
Yasemin pensou em seu pai quando o mesmo apareceu em sonhos após a quebra de silêncio dos deuses. As palavras dele ecoando por seus pensamentos: ❝ Abrace os seus poderes, Yasemin. Se descontrole, aterrorize a todos. Você me decepciona ao pedir ajuda. Eu gosto do caos, minha filha. Abrace o caos, perca a cabeça, deixe em todos em pânico e me dê orgulho. ❞ O sonho, acontecido dias antes da missão e após o incidente com a fenda a deixaram incerta sobre as palavras de Deimos, mas agora? Solak concordava com seu pai.
Após o tumulto causado pela exposição de Petrus no almoço, Yasemin estava tempestuosa. A raiva fervia dentro dela, dirigida tanto a Quíron quanto ao acampamento como um todo. Como poderiam os diretores ter escondido informações tão cruciais por tanto tempo? Era extremamente grosseiro da parte deles esperar tanto tempo para revelar os acontecimentos externos, e isso só aumentava a sensação de traição que Yasemin experimentava naquele momento. O pior era o fato de que sentiu como se estivesse errada em simplesmente revelar fatos de situações que o acampamento todo buscava por respostas já faziam meses.
Se enfiando na floresta com aquele kit estúpido de Quíron com o objetivo de provar que ela tinha um proposito naquele lugar, a turca se dirigiu para fazer suas anotações sobre a missão feita dias atrás com Kaito e Andrina. Enquanto revivia os momentos mais marcantes da missão em Paris através do exercício proposto por Quíron, Yasemin também refletia sobre seu papel no acampamento. Ajudar os outros sempre foi uma parte essencial de sua natureza como semideusa, mas ultimamente parecia que suas boas intenções só resultavam em mais problemas para ela. Primeiro, a perda de uma amazona durante a missão pesava em sua consciência, mesmo que não fosse diretamente sua culpa. Agora, a exposição de Petrus apenas confirmava seus piores temores: mesmo quando tentava ajudar, acabava sendo punida por isso. Isso sem falar todos os incidentes com seus poderes, a represália e exclusão por ser filha do deus do terror, o preconceito latente que aguentava por anos apenas porque lhe foi ensinado que eram heróis e heróis faziam sacrifícios. Era como se o tempo todo precisasse se provar e bastou mais uma atitude para que tudo ruísse. Pela primeira vez em anos, a ruiva compreendeu a profundidade da conversa que teve com Josh alguns dias antes. O que a fez repensar tudo o que aconteceu na época.
tw: menção a morte.
Pensando em missões, lhe fora pedido sobre a missão mais importante de sua vida. Talvez não tenha sido a última, duvidava muito que fosse, mas era a mais latente em sua mente. A missão havia sido rodeada de decisões difíceis e assim desatou em escrever sobre sua incerteza em ajudar as amazonas no inicio, sobre como suas atitudes vieram moldadas do seu crescimento no acampamento e em como estava preparada para se sacrificar pelos amigos. Haviam tantas situações para se pensar, em como pensou que talvez não saíssem das catacumbas ou que se tivesse prestado mais atenção nos detalhes, uma amazona não teria falecido. Enquanto queimava a folha de louro, Yasemin sentiu como se estivesse sendo transportada de volta para aquele momento em sua mente. Reviver a missão sem seus amigos ao lado foi estranho, mas também revelador.
Quando as Amazonas pediram ajuda em Paris, o grupo recusou, seguindo uma orientação direta de Zeus para não se desviar de sua missão e correr contra o tempo. Se tivessem seguido o plano original e não ajudado as Amazonas, elas teriam sido capazes de salvar as outras que estavam presas, enquanto o grupo não teria se atrasado. Nenhuma baixa teria acontecido. Isso por si só, era uma vitória. No entanto, mesmo que chegassem ao local, não encontrariam a lança, pois ela muda de lugar para evitar que caia nas mãos erradas. Isso significava que as Amazonas teriam sobrevivido, ninguém da equipe teria se ferido, mas o objetivo da missão não seria alcançado. Ainda seria uma meia vitória, mas talvez ninguém da sua equipe estivesse se sentindo um fracasso agora e alguns com cicatrizes e consequências que levariam para um vida toda. A filha de Deimos testemunhou as diferentes possibilidades que poderiam ter acontecido se tivessem tomado decisões diferentes, e como cada escolha tinha suas consequências.
Uma única lágrima caiu ao retornar ao presente, na floresta, e Yasemin sentiu a raiva ainda mais latente depois de todo o ocorrido. O colar de contas ganhou um novo símbolo: a face de um leão e sua juba. Carregando um sentido bastante ambíguo. Ela fechou o caderno com força, deixando que o ar bagunçasse seus cabelos enquanto soltava um suspiro frustrado. Então se simplesmente não tivessem prestado ajuda, todo mundo estaria bem? Isso só levou a turca a pensar que talvez devesse parar de querer ajudar os demais, ou pensar mais nelas do que em si mesma. Novamente as palavras de seu pai ecoando em sua mente, dessa vez com as de Josh junto: ❝ Você tem se limitado mais pelos outros do que por você mesma. [...] Até quando você vai permitir que o seu medo te impeça de ser quem você é? ❞
Medo. Era engraçado pensar que estava sentindo algo do qual nasceu acostumada. Desde a criação com sua mãe, os momentos no orfanato e o que passava no acampamento até os dias atuais. Yasemin começava a perceber que talvez havia uma verdade na ideia de abraçar o caos e instigar o terror como uma forma de libertação. Talvez fosse a hora de aceitar completamente quem ela é e usar seus poderes sem medo ou restrições.
@silencehq.
semideuses citados: @kaitoflames, @andrvna & @deathpoiscn.
#❛ — 𝐚 𝐤𝐢𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐩𝐚𝐧𝐢𝐜 ⠀ ;; tasks⠀ ⛧.#❛ — 𝐚 𝐤𝐢𝐧𝐝 𝐨𝐟 𝐩𝐚𝐧𝐢𝐜 ⠀ ;; development⠀ ⛧.#ela entrando na era reputation delah
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onde: floresta, acampamento de aventuras. para: @s2shapedbox
(tw: nada muito específico, só tá muito bad vibes kkjfkk) Adam estava emocional e fisicamente exausto. O combo biblioteca dos espelhos e jardim dos arrependimentos – além da maluquice com os fantasmas possuindo as pessoas e causando pânico generalizado – havia lhe drenado completamente, então nem hesitou em passar pela porta quando ela apareceu, independente de onde fosse levá-lo. O meio de uma floresta escura não pareceria um lugar ideal, mas era exatamente o que ele precisava no momento: ficar realmente sozinho. Procurou brevemente por algum lugar onde pudesse se esconder, já que não confiava muito em si mesmo para se proteger do jeito que estava, e resolveu se abrigar perto do que parecia um aglomerado de rochas.
Não queria ver ninguém. Não queria passar pela situação de ter que disfarçar que estava chorando de novo ou explicar qualquer coisa, porque ele não se sentia capaz de explicar nada. Os fatores externos podiam ter agravado, mas ele sabia muito bem que o problema era ele. Sempre era. Estava tentando seguir alguns exercícios de respiração que o Coelho Branco tinha passado sem muito sucesso quando ouviu o som de um galho quebrando, evidenciando que não estava sozinho. Praticamente prendeu a respiração, tentando emitir o mínimo de barulho possível para que não fosse notado. Porém, quando a figura passou por baixo de um feixe de luz solitário que havia conseguido passar pela copa das árvores, identificou imediatamente quem era. “Derek?” exalou todo o ar preso nos pulmões de uma vez, o que causou um breve acesso de tosse. Ainda não estava nos melhores termos com ele, após a última discussão, mas o imediato alívio que sentiu com a sua presença era inegável. Só duas pessoas no mundo inteiro eram capazes desse feito.
Infelizmente o alívio não durou muito, porque logo lembrou do que estava se esforçando tanto para esquecer – o que tinha visto no jardim dos arrependimentos. Adam era praticamente feito de arrependimentos, mas um dos que mais parecia ter mudado o rumo da sua vida foi a decisão de esconder a maldição de quem, na época, era seu melhor amigo. Não ter vivido tantos anos em isolamento, pensando no seu próprio fracasso, poderia tê-lo tornado o rei que Final State merecia, e não a piada de governante que havia se tornado. Ainda não era a melhor pessoa para solicitar ajuda dos outros, mas agora vinha de um lugar de culpa, e não de pura insolência.
Sabia que tentar esconder dele como estava se sentindo no momento seria um esforço fadado ao fracasso, já que Derek o conhecia tão bem quanto durante a adolescência, um feito memorável se considerasse o quanto ele havia mudado nesse tempo. Ainda assim, tinha que tentar. Não queria que o primeiro encontro dos dois naquela festa fosse marcado por uma melancolia daquele tamanho. “Está perdido? Príncipes precisam saber se localizar em florestas, hein? É meio que parte do pacote.” tentou manter o tom de voz o mais estável e descontraído que pudesse, mas ainda assim soava embargado pelo choro.
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TASK : CAÇA AOS MONSTROS. @bcstboy
Tentava não pensar muito em como os troncos e copas daquela floresta lembravam-na de seu destino. No futuro, sua próxima prisão seria mais verde e arejada, mas não menos implacável quanto aos limites de acesso. Teria de consolar-se com a imensidão de flores e animais para fazer-lhe companhia, algo meio escasso no submundo; a flora de lá se restringia ao adorável jardim de Perséfone, já a fauna, à cartela de criaturinhas que Dor e Pânico sabiam se metamorfosear para entretê-la. ── Deve ser algum rito de passagem ter de lidar com pelo menos uma bizarrice do Zeus e da Hera antes de se considerar realmente da família ── caçoou Narcisa, revirando os olhos e se referindo ao myrmeke que foram designados a caçar. Rezava a lenda que, na antiguidade, os monstros de tal espécie não passavam de formiguinhas normais cavando seus longos ninhos intrincados numa ilha qualquer. Ilha essa, é claro, presenteada a uma das amantes de Zeus - e bombardeada por Hera à primeira oportunidade. Mas as formiguinhas, seguras abaixo da terra, sobreviveram. Viraram formigões. Ambiciosas, dominaram todas as riquezas do local e as esconderam em suas covas. Se a história era mesmo verdade, ela não sabia, tampouco sabia o que tais criaturas queriam tão longe de casa. Mais riquezas? Aventuras? Bom, Narcisa sabia somente o que ela queria, e seu sorriso cresceu no cantinho do rosto ao virar-se para olhar o colega. ── Ai, ai, Francis. Acho que somos só eu e você hoje, o dia inteirinho ── dizia isso com uma inocência fingida, bem ciente de que o incomodava. E havia dias que o vinha incomodando, de novo e de novo, a espera de vê-lo explodir numa besta selvagem. Para seu desprazer, Laurent era mais controlado do que ela esperava. Mas que situação melhor do que aquela, juntinhos em face ao perigo? Para domá-lo havia até trazido um chicote junto aos chakrans recentemente comprados, o qual estalara numa árvore logo em seguida. ── Está preparado?
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