Tumgik
#ou se fugir é sempre meu plano A
cyberr4t · 1 year
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outubro passou em muito da hora de chegar
porque a pressa que tive de você,
pressa de me subtrair do mundo e de fugir dessa paisagem,
essa pressa me fez tropeçar nos primeiros três degraus de uma escada de concreto
e trinta de setembro virou outros dez dias tropeçados de joelho inchado
lacrados por essa maldição de atropelos do próprio corpo
outubro começa
eu nem sei o que é uma paulistinha
e falo que jamais te daria uma voadora enquanto piso no seu dedinho
percebe os deslizes de um corpo com pressa?
pressa de te ter
pressa da pressa do medo de ter pressa
pressa de saber de você
pressa de sentir com você o nosso tudo de novo
é contra minha vontade
outubro requer feitiço
me ajuda a ter calma da gente
calma de gente
outubro veio e nem deu pra gente pegar uma piscina com sol
choveu que a desgraça.
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desbotando · 3 months
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sou bastante negativa. falo isso o tempo todo, esses dias comentei numa aula, as pessoas riram, não sei se elas entendem o que isso realmente significa. sempre inicio um texto com uma negativa, tento fugir, mas vejo as coisas por ângulos tortos; e não é tristeza ou depressão, acho que é um tanto de ceticismo. não acredito muito na humanidade, e acredito um pouco em mim mesma, mas sou humana, então o antagonismo me deixa no limite, entre crer e não crer. não tenho planos, mas ainda acho que vou realizar algumas coisas; não quero dormir, mas estou com sono; quero aprender a fazer bordados e pinturas, mas, às vezes, perco tempo dentro do pensamentos que não me motivam; quero viver com meus pais, mas não quero voltar a morar com eles; quero reviver o sentimento de gostar de algo, mas não quero revisitar o passado. não acho que superei por completo a sofridão, mas vivo melhor comigo mesma; hoje, eu durmo sem monstros debaixo da cama ou dentro dos cômodos do meu cérebro. ainda tenho medo das pessoas do lado de fora da porta, mas já finjo melhor. ainda acho que estou perdida, mas parei de procurar um caminho. descobri que um não-lugar também é um estado.
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cherrywritter · 7 months
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Prólogo - Fuga de Cadmus
Instalações de Cadmus – New Troy, Metropolis 
1ª semestre de 2018
Anos abaixo da terra sem saber o que realmente acontece no mundo ou o que acontece fora deste lugar. Exames de sangue diários, avaliações, treinamentos, naturalização da morte, jogos de pontuação. Seja a melhor sempre, obedeça às ordens, siga as orientações. Seja perfeita. Seja o Caos. Planos e mais planos para transformar o mundo em um lugar melhor. Um lugar bom para todos.
Cresci com esses pensamentos e com essas instruções. Treinada à perfeição. Não tinha nome, não tinha personalidade, não uma que eu pudesse exibir. Todas as noites, quando era permitida a dormir, via o rosto de cada um que tirei a permissão de viver para salvar o mundo. Para viver o mundo idealizado de Lex Luthor.
Em certo momento, por volta dos meus dez anos, a leitura mental se tornou meu ponto forte, se não o mais forte que pude saborear. Não só a leitura mental, mas o acesso aperfeiçoado a todas as tecnologias disponíveis na instalação de Cadmus que eu estava. Pude, finalmente, ter acesso ao mundo exterior e nutrir minha curiosidade de presenciar o que havia fora das paredes daquele lugar.
Vi pessoas felizes, um mundo bem mais seguro do que pintavam para mim. Vi as mentiras. Li a mente de cada um que convivia comigo. Senti suas emoções, suas memórias, suas vidas. Vi os heróis que guardavam o mundo. Aqueles que faziam parte de mim de alguma forma devido a minha engenharia genética.
Perto da primeira semana de janeiro recebi uma nova missão.
- Você está bem, Caos?
Era o doutor charmoso que sempre me assistia. Ele se chamava Ethan Saveiro. Ele estava com a minha caixa de agulhas e todos os itens cirúrgicos e essenciais para mexer em mim. Estranhei, pois ele jamais vinha até minha cela com ele. Li sua mente e vi sua preocupação. Ele sabia sobre a missão. Queria que eu a recusasse. Queria conversar comigo sobre. O guarda, logo atrás dele, se recostou mais e observou os movimentos do doutor, obviamente também desconfiado com a mudança na rotina. Estava pensando em consultar os superiores, então tive que intervir.
Sorri para o guarda durante o processo de limpar sua memória, o enganando. Para ele não haveria caixa alguma ali em cima da minha cama.
- O doutor pediu privacidade, guarda. Você parece meio aéreo. Deveria tomar cuidado. Perderá o emprego dessa forma.
- Eu não...
- Ele vai ter que repetir pela terceira vez? Saia! – Saveiro sinalizou para que o guarda saísse e trancou a porta atrás de si.
- O que viu?
- Ele ia chamar os superiores. O que pretende? – Tinha o hábito de questionar para reafirmar o que havia visto.
- Você tem que fugir. Hoje. Programaram o ataque para esta madrugada. – Sua assistente adentra minha cela com uma bolsa transparente com quatro litros do composto que me alimentava. – Vamos colocar os acessos e temos que ser rápidos.
- Eles vão perceber que testão me ajudando.
- Isso não importa, pequena Caos. – Disse Max. – Você é nossa prioridade. Nos de os braços. Pode doer um pouco.
Max e Saveiro colocaram os acessos venosos nos dois braços. Cada um com dois litros do composto. Os primeiros segundos foram tranquilos, mas os seguintes tortuosos. Minhas veias brilhavam como uma estrela nova, naquele azul único que elas têm quando nascem. A dor subia por elas e corria todo meu corpo. Eu queria gritar, mas não podia. As lágrimas de dor escorriam e o ar faltava.
- Aguenta mais um pouco, minha querida. Você consegue suportar, lembra? Você suporta tudo.
- Até a morte. – Digo chorosa.
- Preste atenção, Caos. – Começou Saveiro. – Se lembra de como criar uma falha de segurança na instalação? Fará isso hoje, por volta da meia noite e meia. É horário da troca de turno dos guardas. Vamos deixar uma mochila do lado de fora, você vai achar com facilidade.
- Tem o ‘porém’ e não gosto dele.
- É necessário, Caos. – Disse Max. – Abrimos mão da nossa liberdade para estar aqui, agora vamos abrir mão das nossas vidas para te salvar.
- Isso não é justo! Não aguento mais assassinar pessoas inocentes! Não quero mais! Não quero fazer isso com vocês.
- Caos. – Saveiro segura meu rosto para olhar para ele. – Eles vão nos matar de qualquer forma. Você está completa. Faça isso para proteger nossas famílias. Se eles nos pegarem, nossas famílias serão torturadas e mais inocentes vão sofrer. Nos deixe pagar nossos pecados. Nos deixe escolher nossa morte. Nos deixe morrer pela mão de quem amamos.
- Isso não é justo. Não posso fazer isso com as únicas duas pessoas que me ensinaram o que é a vida, o que é amor, carinho.
- É preciso. Tolere como uma ordem. Siga a nossa ordem e honre nossa morte.
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sweeetdreamspat · 7 months
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◍⁠✧⁠*⁠.⁠。⁠*⁠♡ Task 01: Os Diários do Semideus .⁠。⁠*⁠♡✧⁠*⁠。
CAMADA 1: BÁSICO E PESSOAL
Nome: Haneul Cha, mas prefiro que me chamem de Patrick
Idade: 28
Gênero: Homem cis
+Orientação sexual: Bissexual
Pronomes: Ele/dele
Altura: 1,82
Parente divino e número do chalé: Hipnos, chalé 20
CAMADA 2: CONHECENDO OS SEMIDEUSES
Idade que chegou ao Acampamento: 12
Quem te trouxe até aqui? Um sátiro, mas não me lembro do nome dele
Seu parente divino te reclamou de imediato ou você ficou um pouco no chalé de Hermes sem saber a quem pertencia? Fiquei com os filhos de Hermes por uns cinco dias, mais ou menos. Na verdade, agradeço muito por meu pai ter me reclamado de uma vez, acho que não conseguiria dormir em paz com tanta gente junta num só lugar
Após descobrir sobre o Acampamento, ainda voltou para o mundo dos mortais ou ficou apenas entre os semideuses? Se você ficou no Acampamento, sente falta de sua vida anterior? E se a resposta for que saiu algumas vezes, como você agia entre os mortais? A minha volta ao mundo dos mortais não foi muito opcional. Quando acordei do coma, não tinha condições físicas nem mentais de voltar ao acampamento, e voltar para a minha casa, o orfanato, foi a melhor opção que tive. As cuidadoras sempre desconfiaram que havia algo de errado comigo e com os ““animais selvagens”” que vivia eliminando dos arredores, mas nunca fizeram perguntas sobre o tempo que estive fora de lá – e eu, por outro lado, passei todo o tempo de recuperação ajudando o orfanato com as despesas e com o cuidado com as crianças. Voltar pra cá não foi tão difícil quanto eu imaginei, foi libertador até… Mas ainda me sinto deslocado dessa realidade, como se houvesse algo de errado comigo.
Se você pudesse possuir um item mágico do mundo mitológico, qual escolheria e por quê? As sandálias de Hermes! Adoraria chegar nos lugares mais distantes de forma mais rápida.
Existe alguma profecia ou visão do futuro que o assombra ou guia suas escolhas? O passado já me assombra o suficiente, mas se pudesse apostar… Diria que a profecia de Rachel me assusta. O que pior que o despertar de Gaia pode ocorrer?
CAMADA 3: PODERES, HABILIDADES E ARMAS
Fale um pouco sobre seus poderes: Hipnose. Eu deveria treiná-lo mais, mas depois de tanto tempo sem aperfeiçoá-lo, naturalmente não está tão bem “afiado” quanto deveria, eu admito. Só preciso ganhar a atenção do oponente e alguns segundos focados nas minhas mãos e pimba!, está feita a mágica.
Quais suas habilidades e como elas te ajudam no dia a dia: sentidos aguçados e agilidade sobre-humana. Me ajudam a sair de muitas inconveniências, mais do que eu gostaria de admitir. E suprem as minhas habilidades em batalha, que não são muitas.
Você lembra qual foi o primeiro momento em que usou seus poderes? Sempre admirei os truques de mágica que víamos na tv, eram coisas inexplicáveis, de outro mundo... E crianças adoram imitar esses shows. Numa dessas brincadeiras, acabei por hipnotizar outros órfãos por alguns minutos para imitarem animais, coisa boba. Agora que penso nisso, sei o tamanho do perigo que poderia ter causado a todos ali.
Qual a parte negativa de seu poder: Não dura mais que quinze minutos, é difícil de conseguir se infiltrar numa mente muito obstinada e precisa necessariamente que esteja focado em mim para funcionar.
E qual a parte positiva: Quinze minutos é tempo suficiente para poder fugir ou pensar em um plano b, posso conseguir mais cinco minutos de cochilo e alguns petiscos durante a noite.
Você tem uma arma preferida? Se sim, qual? Arco e flecha, na verdade, é a única arma com a qual me sinto mais à vontade.
Acredito que tenha uma arma pessoal, como a conseguiu? Na forja com os filhos de Hefesto, óbvio. Com eles consegui pontas de flechas especiais, que podem ser embebidas com gotas do Lete e neutralizar o oponente.
Qual arma você não consegue dominar de jeito algum e qual sua maior dificuldade no manuseio desta? As lanças são muito grandes. Ou eu penso nos meus pés, ou nas minhas mãos, ou nos meus movimentos, os três juntos não dá hahahah.
CAMADA 4: MISSÕES
Já saiu em alguma missão? Sim, algumas.
Qual foi a primeira que saiu? Aos treze anos, atrás de pergaminhos com profecias para Apolo. Foi uma missão bem simples e rápida.
Qual a missão mais difícil? A última em que eu estive.
Qual a missão mais fácil? A primeira, com certeza.
Em alguma você sentiu que não conseguiria escapar, mas por sorte o fez? …Bem, sim. Quando vi aquela quimera partindo para cima de mim, achei que acordaria nos Campos Elíseos imediatamente… E três anos depois, abro os olhos em um hospital, imagina a minha surpresa?
Já teve que enfrentar a ira de algum deus? Se sim, teve consequências? Acho que não? Não sei se algum deus estaria irritado comigo por dormir demais.
CAMADA 5: BENÇÃO OU MALDIÇÃO
-
CAMADA 6: DEUSES
Qual divindade você acha mais legal, mais interessante? Acho vários deles interessantes! Íris, Eos, Ártemis, Selene, Héstia… Sim, todas mulheres.
Qual você desgosta mais? Que pergunta perigosa, tenho medo de responder e entrar na mira de alguém Hermes
Se pudesse ser filhe de outro deus, qual seria? Hécate! Adoraria ter metade das habilidades que eles tem com magia, é simplesmente incrível!
Já teve contato com algum deus? Se sim, qual? Como foi? Se não, quem você desejaria conhecer? Com o meu próprio pai conta? Nos encontramos algumas vezes pessoalmente, mas ainda mais por sonhos e… Foram experiências “mornas”, eu diria. Acho que ninguém consegue ter laços profundos com um parente que viu cerca de cinco vezes em toda sua vida.
Faz oferendas para algum deus? Tirando seu parente divino. Se sim, para qual? E por qual motivo? Às vezes faço para Héstia, pedindo pela proteção dos meus lares (o chalé e o orfanato) e para Tique, pedindo um pouco de sorte, nunca se sabe quando um ataque está para chegar.
CAMADA 7: MONSTROS
Qual monstro você acha mais difícil matar e por qual motivo? Hidra e sua regeneração infinita. Auto explicativo.
Qual o pior monstro que teve que enfrentar em sua vida? Uma quimera, que me deixou em cima por três anos.
Dos monstros que você ainda não enfrentou, qual você acha que seria o mais difícil e que teria mais receio de lidar? O kraken, afinal tudo o que se trata de mar fica mil vezes mais difícil para semideuses que não tem afinidade com a água.
CAMADA 8: ESCOLHAS
Caçar monstros em trio (x) OU Caçar monstros sozinho ( )
Capture a bandeira ( ) OU Corrida com Pégasos (x)
Ser respeitado pelos deuses ( ) OU Viver em paz (x)
Hidra ( ) OU Dracaenae (x)
CAMADA 9: LIDERANÇA E SACRIFÍCIOS
Estaria disposto a liderar uma missão suicida com duas outras pessoas, sabendo que nenhum dos três retornaria com vida mas que essa missão salvaria todos os outros semideuses do acampamento? Sim.
Que sacrifícios faria pelo bem maior? Daria minha vida em troca da paz, se isso realmente trouxesse o fim do conflito.
Como gostaria de ser lembrado? Como o gentil, amoroso e o melhor irmão de todos os tempos.
CAMADA 10: ACAMPAMENTO
Local favorito do acampamento: Minha cama
Local menos favorito: Arena
Lugar perfeito para encontros dentro do acampamento: Na praia
Atividade favorita para se fazer: Dormir… Essa não? Ah… Então… Treinar arco e flecha.
@silencehq
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thelostsshoe · 6 months
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ᴅᴏ ʟɪxᴏ ᴀᴏ 𝐋𝐔𝐗𝐎 🪄
a história da gata borralheira que virou princesa.
𝐧𝐨𝐦𝐞. Ella Grimaldi
𝐩𝐫𝐨𝐧𝐨𝐦𝐞𝐬. Ela/Dela
𝐜𝐨𝐧𝐭𝐨. cinderela
𝐩𝐚𝐩𝐞𝐥. cinderela
𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞. 29 anos
𝐚𝐩𝐞𝐥𝐢𝐝𝐨. Cinderela, Cindy
𝐨𝐜𝐮𝐩𝐚çã𝐨. Rainha, Princesa, Empresária e Florista
𝐚𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚. 1.70
𝐬𝐞𝐱𝐮𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞. "meu marido??"
aesthetic . headcanons & blooming affairs & conexões abaixo do read more.
𝐁𝐋𝐎𝐎𝐌𝐈𝐍𝐆 𝐀𝐅𝐅𝐀𝐈𝐑𝐒 🌹
Proprietária do Blooming Affairs, uma floricultura que foi comprada e lhe dada de presente por seu marido após Cinderela mostrar interesse em arranjos de flores. A loja conta com as flores mais belas e frescas, e além dos arranjos prontos o local também dispõe de funcionários dispostos a ajudar os clientes ajudar a montar seu próprio arranjo. A Blooming Affairs é a única floricultura que conta com o famoso buquê de diamantes (Boatos que a Guinevere ganhou um recentemente), os modelos de buquê de diamantes vão de um inteiramente de diamantes ao de flores naturais com diamantes no centro.
Além das flores, o Blooming Affairs também conta com um clube de membros especiais que se encontram quinzenalmente para um brunch com direito a uma one-day-class (modalidade onde os membros tem aula de um dia sobre um ofício), os boatos é de que o clube foi criado para acabar com a solidão da princesa.
Nada de fato foi ideia de Cinderela, a marca e o clube nem eram dela antes do reino dos perdidos, inclusive o/a antigo/a dono/a trabalha para ela atualmente. Não foi nem a Cinderela que escolheu a lista de membros do clube. Cinderela também não é a melhor florista da loja ou a melhor anfitriã, mas ainda é a dona.
𝐇𝐄𝐀𝐃𝐂𝐀𝐍𝐍𝐎𝐍𝐒 👑
* Cinderela mal se lembra de sua mãe, uma das poucas pinturas que tinha dela em sua casa foi descartada quando ainda era criança.
* Visita regularmente o túmulo de seus pais. Quando era mais jovem, uma aveleira brotou próximo aos túmulos da sua mãe. Em tempos de tristeza a sombra da árvore era seu refúgio.
* Poucos sabem, mas Cinderela já chegou a tentar fugir da casa da onde vivia com a madrasta. Tentou fugir com a companhia de teatro que ~ secretamente ~ fazia parte, mas teve seus planos frustrados por sua madrasta.
* Cinderela fazia parte de uma companhia de teatro, que tinha o costume de manter a identidade dos atores em segredo do público com uso de máscaras. Cinderela usava a máscara (e o pseudônimo) beija - flor.
* Cinderela já pensou em voltar a atuar, mas foi frustrada pelo conselheiro real que prontamente lhe afirmou que rainhas não podem ser atrizes.
𝐂𝐎𝐍𝐄𝐗Õ𝐄𝐒 💐
ops. you're not invited . muses não foram convidadas/es a compor o clube da cinderela e ficaram sentidas/us e indignadas/us por isso. elas/us podem estar de mal com a princesa ou tentando bajular-la para entrar. p.s: cinderela não faz a lista de convidadas. (0/3)
os camaradas . o nome da companhia de teatro secreta que cinderela e muses faziam parte. atualmente não estão mais ativos, mas por que? cinderela não sabe, já que antes perdeu contato com a trupe antes deles se desfazerem. (0/3 - canon)
first kiss . será que muse sabe que foi o primeiro beijo da rainha de castle dreams? foi em cena? sim, mas cinderela sempre lembra dele como seu primeiro beijo. (0/1 - canon)
favorite princess . cinderela é a princesa favorita de MUSE que decidiu tietar a princesa e lhe dar todaaaas as informações sobre quem é cinderela em seu mundo. cinderela não pode negar que acha tudo que MUSE fala interessantíssimo. (0/1 - perdido)
one day class . MUSE 01 foi convidadu para dar um dia de aula sobre seu ofício (seja qual for) no blooming affairs e acabou se aproximando de cinderela. MUSE 02 é um perdidu que acabou conversando com cinderela sobre o que faz em seu mundo e ela está convencida de que elu deveria ensinar sobre seu ofício no clube. (0/2)
princesses assemble! o clube vip do blooming affairs reúnem todas as princesas e figuras relevantes dos reinos para encontros quinzenais para um brunch e uma atividade estilo one-day-class. tudo é devidamente organizado pela equipe da floricultura. dizem que quem escolhe as membros é a própria cinderela, mas na verdade é o assistente real que a acompanha. (∞)
o "sócio". o blooming affairs era a marca de muse, mas as coisas não deram muito certo para ele/a e teve que vender para a cinderela. atualmente trabalha como uma espécie de diretor criativo. (0/1)
admirador(a). muse não conhecia a real identidade da beija-flor que se apresentava mascarada junto aos camaradas, mas nutria uma forte admiração pela atriz. (0/1)
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hiroshyhi-blog · 10 months
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Karu Top(fanfic em andamento)
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*Breve introdução* Gostaria de deixar avisado que eu sou uma negação escrevendo e que nunca tinha escrito um hot antes. Então se algo estiver estranho ou escrito errado, é por esse motivo. Meu plano era fazer uma quadrinho, mas por enquanto só o texto está pronto, eu não tô conseguindo desenhar, entre outros problemas. Mas escrevi com muito carinho e dando o meu máximo, então espero que gostem do resultado.❤
Morvay aparece com um objeto em mãos.
— Agora aquele vampiro de merda vai ter que me encher de elogios. Consegui recuperar uma das relíquias do Mestre Huey sozinho sem ter que incomodar o Mestre Eiden para ajudar na busca.
— Essa coisa tem um cheiro doce que dá para sentir de longe. O que é isso? — Pergunta Karu que simplesmente surgiu do lado de Morvay como se tivesse se materializado, atraído pela essência do artefato.
— Ah! Esse é um dos objetos criados pelo mestre Huey.
— Para quê serve?
— Bem, acho que esse tem o poder de fazer um sonho se tornar realidade, ou era de conceder um desejo, não lembro direito. O Vampiro de Merda deve lemb...
— E o que precisa fazer para esse treco funcionar?
— Ah! É muito simples, basta pensar no que você quer e usar um pouco da sua essência para ativar. Bem vou deixar ele aqui e avisar aquele maldito vampiro que já voltei.
Morvay colocou o objeto em uma estante e saiu da sala deixando Karu sozinho.
— Pode realizar qualquer desejo, hum? — Disse Karu com um sorriso malicioso enquanto olhava para o objeto à sua frente.
• • •
Eiden acabou de chegar de uma viagem de negócios programada por Aster, o pequeno vampiro sempre fala que é importante comparecer em algumas reuniões já que agora ele é o sucessor oficial do antigo Grande Feiticeiro. Enquanto andava em direção aos seus aposentos, escuta uma risada maliciosa e familiar, que por mais surpreendente que pudesse ser, não era do Kuya. Quando se vira em direção da onde vem o som, percebe que Karu estava parado atrás dele.
— Olá Karu! Já faz um tempo que não nos vemos. O que foi, estava com saudades? — Diz Eiden com um tom brincalhão esperando uma resposta defensiva da parte de Karu.
— Sim, estava te esperando. — Fala Karu com um sorriso no rosto.
—Oi!? — A resposta surpreende Eiden que repara que o jovem lobo tem um objeto peculiar em mãos e se aproxima como quem planeja aprontar alguma coisa. — Ai meu Deus, o que ele tá planejando dessa vez? — Pensa Eiden enquanto tenta abrir a porta do quarto. — Não sei o que é, mas suspeito que é algo que vai me deixar de cama por uns dias igual a última tentativa de "dominação da humanidade". Preciso fugir rápido.
— Bem, Karu. Ha ha. Eu acabei de chegar e vou tomar um banho, nos vemos mais tarde durante o jantar, tá bom…!
Eiden tenta inutilmente fugir para dentro do seu quarto, mas no momento que abre a porta o jovem lobo entra com toda velocidade e o joga em cima da cama, Eiden mal tem tempo de entender o que aconteceu. Karu começa a andar em direção a cama tentando parecer o mais legal e descolado que consegue.
— Agh! Não precisa ser tão agressivo Karu. — Não sabia que ele estava com tanto desejo assim. — Mas se é assim, pode vim ...
— Dessa vez humano, é a minha vez de ser o Top! — Diz Karu levantando a estátua com formato peculiar.
— Ele ainda está intrigado com isso. —  Pensa Eiden — Tudo bem, você pod...
Antes de conseguir terminar de falar o objeto na mão de Karu brilha e o quarto é coberto com uma nevoa espessa, a vista de Eiden fica embassada e quando volta a enxergar, no lugar onde estava o jovem lobo youkai, tem um homem de quase dois metros de altura, cabelos negros e olhos cor de âmbar.
— Então humano, está na hora de se render a mim. He he.
Eiden sentiu um arrepio passar pelo o seu corpo e ficou sem reação enquanto o homem alto se aproximava dele, até se dar conta que aquele homem era...
— KARU!?
— Sim humano, mas sem papo furado. Chegou a hora de conhecer o poder do Grande Karu.
— Meu Deus! É grande mesmo. Acho que ele está com a mesma altura que o Quincy e também está...— Eiden escaneia cada parte do corpo do homem à sua frente. — ... muito gostoso! Ele sempre foi muito lindo, mas no sentido de ser fofo, apesar de ter alguns músculos, mas agora ele está me deixando ofegante só em olhar para o seu corpo. Será que é por eu ter passado um bom tempo sem ficar com ninguém durante as viagens, que o Aster me fez ir, que está me fazendo ter essa reação, ou é algo mais?
— O que você fez para ficar tão alto, é algo relacionado a sua habilidade de youkai?
— O incubus trouxe um objeto estranho e disse que ele realizaria qualquer desejo e eu quero mostrar que posso ser o melhor Top que já passou por essa Terra.
— Nossa, isso é realmente algo que o incomoda. Então na mente dele, alguém como o Quincy seria o exemplo ideal? Bem, acho que entrar na onda dele. Uma vezinha não tem problema, mas depois vou ter que ajustar esse pensamento sobre ser top ou bottom, ninguém é superior ou inferior, por causa disso. — Pensa Eiden.
— Então essa é a questão? — Diz Eiden — Estou ansioso para descobrir o que o "Grande Karu" é capaz de fazer — e um sorriso safado surge em seus lábios.
— Hu hu hu, finalmente reconheceu o seu lugar, humano!— Falar Karu enquanto tira as roupas de Eiden e avança sobre ele.
Já com o pau duro Karu dá a entender que planeja entrar em Eiden de imediato, sem fazer uma única preliminar, o que deixa Eiden ligeiramente desesperado.
— Ei! Ei Karu! Você não pode ir metendo de uma vez, assim você vai me machucar. Precisa "preparar o terreno" primeiro. — Beijinhos, carícias, uns dedinhos...— Eiden complementa o restante do pensamento.
Karu para um pouco emburrado, seu pau está um pouco maior do que costumava ser, o estrago seria grande caso ele colocasse sem monumento sem nenhuma preparação.
— Ok...— fala em tô emburrado, mas depois de alguns segundos seu tom muda. — Quer dizer, é claro que eu sei que precisa de um aquecimento.
Ainda enquanto falava, Karu avança para cima de Eiden segurando-o pelos cabelos da nuca e dando-lhe um beijo selvagem, fazendo-o estremecer com a surpresa, dor e excitação, todos esses elementos juntos deixam Eiden bastante excitado.
— Ah! Ka...ru... Agh!— entre suspiros e o encontro de línguas Eiden só consegue pensar — Meu Deus! Quando foi que ele ficou tão bom em beijo?! Não chegava a ser ruim, mas isso está em outro nível!
Eiden se perde em pensamentos com a intensidade dos beijos e os puxões de cabelo ocasionais.
— Ha ha! Você parece gostar disso não é humano?
Eiden não tem fôlego para responder de volta. Karu segura pelos ombros de Eiden e o vira de barriga para a cama.
 — Você irá à loucura com as minhas habilidades de Top!
— Hum! — Eiden deixa escapar uma risada nasalada. — Chega a ser fofo ele tentando impressionar ha ha.— Mas seu raciocínio é interrompido quando Karu começa a lamber e morder a sua orelha. —  Ah! — Eiden sente um arrepio pela sua espinha, como se uma carga elétrica percorresse o seu corpo, fazendo-o ficar absurdamente sensível.— Mas o q...!? Ah!!! — Eiden geme alto — Da primeira vez que ele fez isso com as minhas orelhas não aconteceu absolutamente nada, e eu ainda tava como youkai naquele dia, o que deixou meu corpo mais sensível em algumas áreas, mas hoje...— Eiden lembra da estátua esquisita que Karu carregava quando entrou no quarto — Será que isso também é culpa daquela estátua estranha? De qualquer forma, se ele continuar com isso eu não vou conseguir aguentar muito tempo. 
— Karu... Agh! Karu espe...Ah!— Eiden não consegue nem terminar uma frase.
— Então o que você acha da minha técnica? Hu hu!— Fala Karu com satisfação.
Em seguida dá uma mordida na parte de trás do pescoço de Eiden que geme alto e estremece com a mistura de prazer e dor, o pênis dele pulsa, quase o fazendo gozar.
— Ka...ru... — Diz Eiden por entre os dentes, ele já está pronto para receber o seu parceiro apenas com isso, a sua entrada pulsa de antecipação.— Karu você já pode... Agh! Ah!
Eiden é surpreendido por um par de dedos que invadem a sua boca, fazendo movimentos de entrar e sair, tocando sua língua e dentes. Com a outra mão, Karu segura Eiden pelo tórax e o levanta, deixando de joelhos em cima da cama, sua mão desliza do peito até o pescoço de Eiden, puxando-o para perto do seu corpo e fazendo com que a orelha ele fique bem ao lado da sua boca. Então Karu sussurra com uma voz tão sexy, que faz Eiden estremecer.
— Só isso é o suficiente para você humano? — Essas palavras fazem Eiden arrepiar mais uma vez. — Pensei que iria precisar de mais estímulos. Hu hu hu — Karu rir, dessa vez baixinho e em um tom muito sexy.
— Pior que eu estou quase gozando só com isso, eu geralmente duro bem mais, meu orgulho está ligeiramente ferido. — Eiden que está um pouco confuso, por ficar excitado tão rápido com algo que das outras vezes não teve o menor efeito em seu corpo.
— Ha~...! Isso é divertido — Ofegante e com um sorriso de plena satisfação, ao ver o humano que tem o costume de lhe enganar durante o sexo, tendo um excitação extremamente real. Karu coloca o seu pau entre as pernas de Eiden e a mão que estava em sua boca passa a segurar os membros eretos e começa a fazer fricção entre eles, enquanto a outra mão o segura pelo queixo. Então o jovem youkai passa a lamber e morder a orelha Eiden, novamente, que volta a gemer e tem espasmos com o ataque duplo.
O homem que está tendo espasmos e quase perdendo a sanidade de antecipação, junta todas as suas forças para falar.
— Sim....Ah! Por favor, grande Karu! Ah! eu quero você dentro de mim...Ah!
Após ouvir isso, Karu fica ainda mais excitado e esfrega com mais determinação os membros que estão em sua mão e morde a parte de trás do pescoço de Eiden ao mesmo tempo, que geme alto com os estímulos de selvagens e ligeiramente brutos, que curiosamente está deixando Eiden ainda mais excitado. Ambos os homens acabam gozando por conta do estímulo. 
Karu solta Eiden que cai ofegante sobre a cama.
— Meu Deus Karu, isso foi incrível... Ah!— Eiden mal tem tempo de terminar a frase e já sente um pau duro sobre a sua bunda. — Espe... Espera um pouco Karu, eu acabei de gozar, eu preciso de um tempo...— Meu Deus ele já tá duro de novo!— Ah!
Eiden sente Karu lambendo sua orelha novamente, uma mão começa acariciar os seu mamilo, enquanto a outra volta a invadir a sua boca. Com uma voz suave e travessa, Karu sussurra.
— Preciso preparar a entrada aqui de baixo. Não é mesmo, humano? 
Eiden tem um arrepio e só consegue acenar com a cabeça, os dedos que antes estavam em sua boca descem para a entrada do seu ânus, mas ficam parados lá, o que deixa Eiden frustrado.
— Karu? — Questiona o homem que segundos antes estava pedindo trégua e agora só quer se sentir preenchido.
— Mais respeito pelo seu mestre Escravo Número 1. — Diz Karu com um sorriso arrogante .
Eiden entende que ele quer se sentir poderoso.
— Oh Grande Karu, por favor continue Mestre! Eu imploro!
Karu fica tão excitado que até deixa as orelhas e cauda de lobo aparecerem.
— Isso Humano! Suplique! — Karu fala enquanto coloca os dedos com vigor no ânus de Eiden.
— Isso! Mestre! Agh! Ah! 
Karu vira Eiden de barriga para cima sobre a cama e o beija de forma apaixonada, Eiden se agarra em Karu com força e desejo, o que deixa o jovem lobo ainda mais excitado. Ele então levanta as pernas de Eiden e começa a meter com vigor no ânus que pulsava de antecipação, ambos gemem.
— Agh!!! Ka...ru...! Ah!!! Agh!!!
— Ah! Ah! Isso Humano gema! Mais alto!
Karu continuar metendo com força, Eiden tenta se agarrar em qualquer coisa, o prazer o está fazendo perder a lucidez, suas mãos vão até a cabeça de Karu e seu dedos se fecham com força, e puxam não só cabelo como uma das orelhas do youkai que está em pleno êxtase. O puxão na sua orelha de lobo faz com que um choque de prazer atravesse todo o seu corpo e com uma reação selvagem, Karu morde o ombro de Eiden que geme com a mistura de prazer e dor.
— Karu! Karu eu vou... Ah! ah! ah!!!! ~♥!!!
Eiden goza, mas Karu continuar, o que faz Eiden estremecer ainda mais.
— Karu, espera...assim...Ah! Assim você vai...!!!Ah!!!— Me destruir!
Karu está gemendo de prazer, mas não parece que está perto do clímax, então Eiden junta toda a sua força para chegar perto da orelha de lobo do youkai insaciável que estava em plena performance e diz.
— Mestre Karu...Ah! Por favor, Grande Karu, goza dentro de mim! — e dar um mordida em uma orelha e um forte puxão na outra, o que faz o corpo de Karu vibrar de prazer e o faz gozar preenchendo Eiden. Karu tira seu membro de dentro do ânus que pulsava cheio do seus fluídos e deixa seu corpo cair na cama ao lado de Eiden, ambos estão ofegantes tentando recuperar os sentidos. 
— Ainda bem que ele gozou com isso, pensei que iria desmaiar.— Eiden se vira para Karu que está com as orelhas baixas, braços esticados ao lado do corpo e a cara enfiada do colchão, visivelmente tentando recuperar o fôlego
— Você foi incrível Karu! Como imaginava, você é um excelente top! — Eiden fala com um sorriso ofegante.
Ao ouvir essas palavras, as orelhas de Karu que antes estavam abaixadas se levantam novamente, sua calda começa a balançar de forma frenética e os seus olhos que estavam escondidos entre o lençol que cobre a cama e seus cabelos brilham de excitação. 
O lobo se aproxima lentamente para mais um round.
— Pera aí Karu! Eu preciso me recuperar! Pera... ugh!
Sons de beijos começam a ecoar pelo quarto.
• • •
Os familiares do Grande Feiticeiro tem em sua frente a vista de dois homens desacordados, balbuciando palavras aleatórias e com os seus membros inferiores tão eretos que estão fazendo volume sobre suas roupas. 
Ambos avaliam a situação, até que o incubus quebra o silêncio.
— Eles parecem tão deliciosos — Fala Morvay com um dedo perto da boca e salivando.
— É só nisso que consegue pensar Incubus Idiota?! O Mestre poderia estar em perigo, porque você trouxe para a mansão um item de sex shop que cria uma ilusão fazendo você ter um sonho sexual junto com o parceiro, que realiza todas as fantasias daquele que ativou o item. Essa porcaria nem tem uma essência parecida com a do Mestre Huey, como você conseguir cometer um erro tão idiota assim?!
• • •
—  Engraçado, é como se eu estivesse ouvindo a voz do Aster agora a pouco. —  Pensa Eiden que está no braços do insaciável lobo que o penetra e beija ardentemente. — Deve ter sido apenas impressão...
Os dois homens continuam compartilhando o sonho erótico até o efeito da estatua finalmente acabar.
FIM
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eunwolie · 8 months
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— POV #02 :: ISN'T IT LOVELY?
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tw!: citação a sangue, morte, vingança...
flashback.
Eunwol não ousava levantar o olhar. Fitava os tênis surrados, cheios de terra úmida e com resquício de sangue de dias atrás. Ficou tempo demais na enfermaria e, por isso, o sangue estava seco. 
Ouvia a voz de Quíron, mas não o escutava verdadeiramente. Não era por mal, Eunwol só estava atônita com os acontecimentos recentes e um pouco envergonhada por suas atitudes, mesmo que não arrependida. 
Escutou então o nome familiar daquele que seria sempre seu sátiro protetor. Sabia que sobraria para ele também, não pensou nisso durante suas ações, mas não mentiria em dizer que a ideia passou por sua mente. 
— Ei, Kim Eunwol, levante esse olhar. 
Surpresa, ela imediatamente o fez, encarando o dono da voz. Era a primeira vez que o Sr. D. se dirigia a ela sem errar seu nome, aquilo era real? O que estava acontecendo? Sem delongas, ele continuou:
— A única razão pela qual estou aqui e não fazendo qualquer coisa melhor é porque Quíron insistiu muito, então levanta essa cabeça enquanto ele estiver falando. 
Silêncio. Eunwol estava pronta para revirar os olhos enquanto soltava um suspiro, mas o deus ficou de pé. 
— Não, não. Não venha com sua cara estúpida de quem tá de saco cheio, porque esse lugar cabe a nós — Dionísio falou e apontou para Quíron e Yuta, sem desviar o olhar do dela. — E provavelmente a sua mãe. Não posso falar por ela, mas se você fosse minha filha eu estaria de saco cheio e desapontado de ter uma prole tão inútil e sem graça como você — disparou sem rodeios e bebeu um gole demorado de sua coca diet, logo deixando a lata em cima da mesa. — Não, sério, você acha mesmo que tem algum respeito nesse acampamento depois de tentar fugir… quantas vezes, sátiro? 
— Cento e vinte e sete vezes, senhor… — Yuta respondeu, se sentia desconfortável. 
— Uau! 127 vezes! — O deus arqueou as sobrancelhas, genuinamente surpreso. Um sorriso brincava em seus lábios. — E você conseguiu falhar em todas elas? É, acho que posso aproveitar o fato de você ser um fracasso pra falar com meu pai que tô fazendo um bom trabalho por aqui, impedindo que vocês, idiotas, fujam. 
Eunwol cerrou os punhos. Ao seu ver, o Sr. D. nunca fez nada pelo acampamento, só estava lá porque era obrigado, então como ele seria capaz de impedi-la de fugir? Ele não dava a mínima! Sempre que algo a atrapalhava (seus próprios planos mal feitos, principalmente) ou ela voltava com o rabo entre as pernas ou Quíron ou Yuta a encontravam. 
— Você vai morrer se tentar fugir mais uma vez. 
— Senhor…
— Não, Quíron, do jeito que ela é inútil, ela pode saber. — Sr D. trocou olhares com o centauro, mas logo voltou a fitá-la. — Você vai morrer, peso morto. — Sorriu, para Dionísio era como se ele dissesse a coisa mais óbvia do mundo. — Sua mãe demorou um tempo para te proclamar, então se eu fosse você não ficava dando mole por aí. Ninguém vai te salvar uma centésima vigésima oitava vez. Você acha o quê? Que tem importância pra gente? Que tá em um filme de ação? Quer bancar a durona e se vingar pela morte do seu pai humano? Quem sabe quando você conseguir passar pela floresta sem voltar choramingando ou tomar porrada de algum monstro? — ele falava sem pausas, desferia as palavras para Eunwol sem pena ou piedade, esse não era seu trabalho. — Sua mãe não vai te salvar uma segunda vez, você foi proclamada por um motivo e, parabéns!, depois de 126 tentativas você conseguiu chamar a atenção da sua mamãe, filha de Hécate! Agora você pode parar com sua brincadeirinha, levar isso aqui a sério e não ser morta no meu acampamento. Não é que eu me importe com você ou qualquer outra pessoa, mas eu me importo com o meu pescoço e você já me deu nos nervos, idiota. Você tá morta se tentar fugir de novo, fui claro? 
— Isso... isso é uma ameaça?
Dionísio riu, claramente sarcástico. Pegou sua latinha de coca diet e estalou os lábios, de olho em Quíron, que não se mexia. Sr. D. nada mais disse, após um longo suspiro saiu da tenda sem olhar para Eunwol ou o sátiro. 
— Como assim? — Eunwol perguntou e ficou de pé, o nó na garganta e os olhos ardendo a entregavam para Quíron, Yuta ou qualquer um que entrasse ali. — Senhor…
— Eunwol, para! — Yuta esticou o braço na frente da semideusa, pedindo-a em coreano. Ele falava sério. — Você quer mesmo comprar essa guerra que não tem como vencer? 
— Que guerra? Do que você tá falando? — Ela olhou furiosa para o sátiro ao seu lado. 
— É forma de falar! Tô falando de você agindo como uma idiota! Esse é seu destino, sempre foi. 
— Eu não pedi…
— E isso muda o quê? — o sátiro a questionou.
Silêncio. Eunwol nunca o viu falar com ela daquela forma, nem mesmo quando estava sob o disfarce do adolescente punk rock que parecia odiar o mundo. Evitou falar a partir de então. Quando chegou no chalé de Hermes, pediu ao sátiro que ele fosse embora, pois ela queria ficar sozinha e levar suas coisas para o chalé novo. Apesar de desconfiado, Yuta a respeitou. 
Eunwol não foi direto para seu novo chalé naquele dia. Pegou uma porção de livros sobre estratégias, que gostava de ler para elaborar seus planos, seus caderninhos com anotações e até mesmo coisas como canetas, lápis e borracha. Com seus tênis sujos de sangue, seguiu para o meio da floresta mais uma vez. 
Assim que chegou em um ponto que considerou ok, Eunwol jogou todas as suas coisas no chão com raiva. O lábio tremia e ela sentia como se seu peito fosse explodir. Talvez ela fosse fazê-lo, não literalmente, mas talvez fosse. 
O incômodo que sentiu ao ver os tênis sujos com respingos de sangue a fez retirá-los também e jogar no amontoado de pilhas, aproveitando para sentir a terra entre a meia. 
Ela não pensou duas vezes em jogar o líquido de procedência duvidosa, que encontrou ao lado da cama de um dos semideuses no chalé, e jogar fósforos acesos em cima. O que antes era só um amontoado de objetos, rapidamente pegou fogo como se ansiasse por isso. 
Por um minuto ou dois — ou dez, ela não soube dizer —, Eunwol permaneceu a olhar o fogo. As chamas crepitavam, subiam e brilhavam naquela noite de luar. Sua feição, apesar de neutra e sem emoções, escondia um misto de sentimentos que não sabia explicar. 
A primeira lágrima escorreu sem que ela percebesse, Eunwol tateou o rosto uma, duas, três vezes até que desistiu e as deixou rolar. Os punhos cerrados, a testa franzida, o maxilar travado. Ela sentia tanta raiva e frustração que seu corpo tremia involuntariamente, o que a fez passar os braços em volta de si mesma, em um abraço digno de pena. 
Ela se odiava ainda mais. 
— Por quê? — murmurou em coreano, olhando sem parar para o fogo. Sua voz saiu rouca, fraca, falha. — Por quê? Eu não pedi por nada disso. Por quê? 
Eunwol sentiu um aperto no peito e em visível desespero, gritou: 
— POR QUE EU? 
Enquanto repetia a pergunta, chutava a terra úmida para cima do fogo e chorava como um bebê inútil. Era isso que ela era: inútil. Então, por que ela? Se jogou no chão e ao cair sentada, fechou as mãos em meio as folhas e a terra, observando o fogo cada vez mais fraco e seus materiais destruídos quase que por completo. 
— Por que eu? — perguntou novamente. 
A semideusa passou o peito da mão por seu rosto para secar as lágrimas e não se importou com o rosto sujo de terra. 
— Eu não quero estar aqui, porra! Eu não quero ser parte desse lugar! Não quero ficar presa nesse país, ter que me adaptar a essa cultura! Isso é loucura! Meu pai morreu pelas mãos de um filho da puta há quase três anos e eu deveria ficar aqui e ser útil? Eu deveria só sentar e aceitar? 
Ela sabia a resposta. Era um simples e seco “sim”.
— Eu não pedi por isso! Não pedi pra nascer! Não pedi para ser escolhida, como vocês costumam dizer! Não tem nada divino em me prender aqui e me impedir de sofrer! NÃO TEM NADA DE CERTO COM ISSO! Eu não quero nada disso! — gritou, sentia seu pulmão arder por causa da fumaça. 
Ela apertou as mãos sujas em sua calça jeans e não mais fez questão de segurar as lágrimas ou o soluço. Riu em escárnio da própria situação. Ela era mesmo patética, Sr. D. tinha toda a razão. No entanto, por mais que sentisse vontade de ficar de pé, de gritar, chutar e colocar todas aquela energia para fora, Eunwol se sentiu cada vez mais esgotada, como se sua energia fosse sugada. 
— Ser útil…. — sussurrou para si mesma. — Ser útil. Preciso ser útil, né? Se eu não parar de tentar fugir, vou morrer, não é mesmo? — um sorriso fraco tomava conta de seus lábios. — E se eu não me importar? — questionou para o nada com o olhar vago. — A única pessoa que me amou, que cuidou de mim e que se importava de verdade comigo está morta. Eu não sou burra. Ele fazia mal às pessoas, então talvez tenha merecido. Mas isso não me impede de sentir falta, ele era literalmente o único que se importava… o único… — Riu nasalado, sentia os olhos cada vez mais pesados. — Eu odeio isso. Eu odeio estar aqui. E agora, eu odeio ser quem sou. Ser útil? Tudo bem, serei útil, mas nunca esquecida. Eu vou me vingar, não importa o que aconteça. 
Eunwol sentiu uma vontade imensa de se deitar em frente ao pequeno fogo que já se dissipava. Observou os resquícios da antiga Eunwol subindo como fumaça com seus cadernos e livros queimados. Ela observava as chamas, agora em uma calma tão grande que beirava o sono. 
— Eu vou ser a mais esforçada, eomoni — falou diretamente com a deusa pela primeira vez. — Vou ser a maior e fazer grandes feitos. — Sorria. — Depois de tudo isso, eu vou matar aqueles que mataram meu pai, o único que me amou, cuidou e zelou por mim. E nem você e ninguém vai me impedir… ninguém.
Fechou os olhos, foi mais forte do que ela.
— Eu vou... — murmurou, caindo no sono.
Naquela noite, Eunwol não sabe como saiu da floresta, mas acordou na porta do chalé de Hécate, o que foi uma baita primeira impressão para seus meio-irmãos. 
Ela odiava pensar ou lembrar daquele dia, mas o tinha como ponto principal da sua mudança e sua grande razão para viver. 
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undertheiron-sea · 1 year
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Essa semana voltamos ao tema corpo. Por inúmeros motivos eu não pensava no meu. Na verdade, minha vida sempre gravitou em torno dele.
Decidi que vou comemorar meus 30 anos correndo 30km em abril. Perguntei para Gabi, e ela disse que eu conseguiria correr confortavelmente isso até lá, mas claro, teria que abdicar de nadar mais forte, além de correr e nadar no mesmo dia. Vamos começar mês que vem.
Na mesma semana também vou nadar os 30x100m, algo que fiz três anos seguidos. Sinto que fazer planos longos assim me farão ter perspectiva de querer continuar viva, de querer viver apesar dessa sensação de medo e terror que sinto quando tento dormir.
Então, ouvi: que interessante você querer celebrar com a potência do seu corpo, mostrar o que seu corpo pode fazer e o que ele é capaz. Além da sua mente, porque correr horas assim existe muito trabalho psicológico. Você simplesmente vai mostrar que você e seu corpo são capazes de celebrar... a força que é ser você.
Isso me pegou, porque esse plano é simplesmente uma tentativa de me manter animada para o futuro, e pensar que com trabalho, paciência e persistência, a sensação de calafrio que sentimos quando alguém nos assusta, irá parar de ser constante em mim. Que eu finalmente vou voltar a dormir, comer.
Nunca foi sobre celebrar minha vida, mas no final das contas, é. E é de forma subversiva.
No conto "As coisas que perdemos com fogo" da Mariana Enriquez, um grupo de mulheres cansadas da onda de feminicídios, estes dos quais as mulheres são queimadas por seus parceiros, decidem assumir o controle de suas vidas para enfrentar esses ataques de maneira... insólita.
O terror de Mariana não vem de casas mal assombradas ou de espíritos que morreram de amor, mas da dura realidade social em relação aos corpos, nesse caso, de mulheres: em 2010, Wanda Taddei, de 29 anos e com dois filhos, foi assassinada pelo seu segundo marido dias depois de tê-la queimado. Ele derramou álcool em seu corpo e ateou fogo durante uma discussão.
Após a morte de Wanda, até 2013, 132 mulheres foram queimadas por homens na Argentina. Esse dado contrasta com os 9 casos identificados nos dois anos anteriores. Então, alguns especialistas chamaram isso de "efeito Wanda Taddei", por causa da semelhança.
As mulheres do conto começam a atear fogo em si mesmas por livre espontânea vontade, subvertendo a beleza aceita no mundo patriarcal. A nova beleza agora é a queimada.
Mas nesse sistema, as escolhas libertadoras oferecidas às mulheres são ilusórias porque surgem de uma lógica masculina. Elas na verdade escolheram o caminho da subversão, modificando seus corpos.
O conto de Mariana não me parece ter muita esperança. Nele, uma nova ordem de beleza aparenta ser ditada, criando um ciclo, sendo impossível fugir das garras das regras dos homens.
Mas para mim, não. Eu não fiz meus planos para edificar a beleza do meu corpo, não tem nada a ver com isso. Mas é subversivo e não vou comemorar meus 30 anos de forma convencional de se comemorar aniversários. Eu vou celebrar a força de algo penoso, celebrar o que meu corpo e mente podem sim, fazer. E eu vou ser tão feliz quanto.
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sonhei-poesia · 9 months
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Café com Caju #2: Hen to pan
Crescer e viver a base de fragmentos foi umas das coisas mais estranhas que me aconteceram. Por sempre ter sido diferente (diagnósticos depois), precisava me encaixar em algum espaço. Se fosse grande, tentava o máximo possível me esticar pra alcançar cada cantinho das paredes. Se pequeno, tentava me diminuir o máximo que podia (ás vezes, sinto que ainda faço isso por costume). "Você fala demais", "fale mais baixo" ou "como você é quieta", "não sabe falar não?" . Se fosse feminina demais, estava exagerada. Se fosse muito masculina, "nenhum homem te quer assim" e tantas outras vezes que não sabia o que deveria ser. "ALGUÉM ME DIZ O QUE DEVO SER". E, bom, de vez em quando me diziam. Conseguia agradar essas pessoas por um tempo, mas eu mesma cansava. Abria mão. Recomeçava.
Era uma sensação esquisita. Sentia vergonha. Uma vergonha tão profunda que criava-se um personagem novo toda vez, até padronizar no que achava ser "eu". Era exatamente aquilo que queriam. Anos sendo assim, "fingir costume até se tornar verdade". Sou outro alguém, e agora? Usar o mesmo personagem pra tudo deu certo por muitos anos.
Em determinado momento entendi que havia algo errado. Todas as vezes era como se rasgasse a pele e incorporasse outra. Não estava mais dando certo, esse personagem estava me machucando. Foi pesando cada vez mais. Era tão difícil olhar no espelho e identificar algo. Não sabia o que era, nem do que gostava. Todos os dias a m e s m a coisa.
Quando sentia algo novo, era como se me transformasse em um lobo faminto. Parecia que estava enlouquecendo, qualquer pequena coisa era um grande evento. Curiosidades. Despertava. Sentia meu coração incontrolável. Porém, chegava a insegurança. Pensava (e ainda penso) demais. Com o tempo, fui conhecendo pessoas. Aos poucos, foi se criando intimidade e comecei a me abrir. Ser o que me sentia confortável sendo. Não sei bem se já era meu eu real, só sei que era satisfatório não ter que ficar sorrindo o tempo todo, nem mesmo mentir para parecer mais inteligente. Era confortável demais.
Um dia, em algum momento, perdi a linha tênue entre o personagem e um "quase" verdadeiro eu. As figuras se misturaram. As coisas criaram muito mais profundidade do que deveriam, tudo era um caos. Emocional, dependente. Havia perdido o pouco que restava. Não sabia o que fazer. Há certos arrependimentos que ainda me consomem, ainda mais por terem afetado pessoas importantes. Sim, eu sei, é passado. Era o que conseguia ser, nada mais. Entretanto, há o peso maior de uma Caju que não pude proteger. Na verdade, ninguém pôde. Era um ser quebrado que, inevitavelmente, não poderia ser só fragmento mais.
Aos poucos e a passos lentos, fui criando uma nova figura. Coragem e curiosidade para muitas coisas, mas ainda faltava algo. Um pouco mais de independência e é isso que tenho buscado. Após uma briga recente, não suportei entender e ouvir a realidade. Claro, nada havia sido dito de forma amigável, passei uns dois ou três dias me sentindo um lixo. E, bom, estava sendo mesmo. Minha primeira reação foi fugir, igual sempre tinha feito. O mesmo que uma criança faz quando não ganha o que quer. Já não se tratava mais apenas de mim, mas como estava afetando os outros. Foi difícil dar razão, pensar racionalmente nunca esteve muito nos meus planos. Nem sempre estamos preparados para a verdade. Não vou mentir, quando penso nisso ainda dói bastante, porém, o lobo estava esse tempo todo esperando.
Cada dia que passa, entre percalços e pensamentos, tenho descoberto coisas novas. Meus desejos me devoram. Acho que, finalmente (e mais tarde do que gostaria) não sinto vontade de voltar atrás. Entre pequenos passos, tenho amadurecido. Descubro e sei que minha essência é um tanto amarga, melancólica. Sabores em estar só. Dias entre querer o amor, em outros que tudo vire festa e acabe em cinzas. "Não estou feliz ainda, mas tenho ficado cada vez menos triste". Não cheguei aonde quero, mas sinto que estou quase lá.
Mais faminto que nunca, alimento o animal sedento aos poucos.
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danilcc · 1 year
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So, in the end... it looks like you torturing yourself out of guilt     {    POV.
⸻          5:00 AM
Daniel acordou com um pouco de dor de cabeça, não tinha bebido muito na noite anterior, mas foi o suficiente para causar aqueles desconforto. Tomou um banho, fez sua higiene matinal, vestiu um moletom, colocou os seus fones de ouvido e seguiu até a clínica, porque seria o quarto ano começando o dia em comemoração naquela parte da sua vida no qual não pode fugir nunca. Depois de alguns minutos de viagem, Daniel chegou e foi recepcionado com bolo, salgados e ramyeon, além de refrigerante, porque era a única bebida permitida ali além de suco natural e água.
Depois da confraternização com os médicos, enfermeiros, funcionários e pacientes no qual Daniel nem conhecia, foi até o seu psiquiatra, onde teria a sua consulta.
⸻          10:00 AM
— Está feliz? Ou continua sendo um dia triste pra você?
"É, continua"
— Cada dia que passa, parece que você está mais maduro, o plano não era esse, certo?
"Eu sou um adulto, não tem como mudar isso"
— E a missão de viver tudo aquilo que o seu pai lhe tirou?
Sempre tem o momento do silêncio, era no dia do seu aniversário que ele percebia que o que foi perdido, foi perdido e não tem volta. Desviou o olhar e decidiu não dizer mais nada, apesar disso, o médico deu uma risada leve e deixou um pacote sobre a mesa de centro antes de voltar a falar.
— Daniel, aproveita que hoje é um dia importante, abre a porta da sua vida pra sua irmã e pede a ela um presente. Qual presente seria?
"Um final de semana na praia... com... eles"
— Os dois? É meio improvável. E por que a praia?
"Porque eu sinto saudades de casa... quero que vejam apenas o meu lado feliz e divertido..."
— É injusto com você, não acha?
E o silêncio de novo, era diferente, sempre nesse dia, Daniel decidia falar pouco ou quase nada, suspirou e curvou-se para pegar o que tinha ali, abrindo a sacolinha de papel pequena e sorrindo, tirando dali dois chaveiros de pelúcia sendo um no formato de um coelho e outro no formato de cenoura, porque era como os médicos e enfermeiros da clínica se dirigiam a ele. "Obrigado, eu adorei" Depois de um não há de que, o brasileiro seguiu os demais minutos em silêncio, sentado na poltrona enquanto encarava seu médico que apenas fazia anotações, era tão comum que ele já esperava por isso e não se preocupou em simplesmente ficar assim até o momento que a consulta acabasse.
⸻          12:00 PM
Chegou em casa e se jogou sobre o sofá, no qual tinha escolhido ficar por lá até o fim do dia, ao menos não pretendia fazer mais nada naquele dia. Daniel não se via como alguém relevante a ponto de baterem na sua porta a procura de comemorar o dia com ele, seria fácil só fingir que nada tinha acontecido. Ligou a TV, colocou em um canal de viagens com surfe, mergulho e meditação na praia, além daquela parte de culinária que pouco importava pra ele. Tirou o pote de sorvete de dentro da sacola de plástico que trouxe com ele, além de um cacho de bananas, cortando em rodelas dentro do pote e pronto, ficaria ali gastando algumas horas fazendo nada além disso.
"Feliz aniversário, Daniel Lee Monteiro!"
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belaspalavras · 1 year
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Amor Simples
E se eu simplesmente esquecer você? E se eu achar outra pessoa que roube minha atenção, claramente sem o seu talento, mas com o tempero certo. O que farei? Mesmo sabendo que essa conexão que nos entrelaça não acharei em mais ninguém, não quer dizer que eu não possa amar outro. Eu tenho medo de um dia aceitar menos do que você oferece, por tanto tempo longe, talvez por acaso a distância e o tempo, faça eu esquecer aquela sensação unicamente divina. Falo com sinceridade em minhas palavras, que você sempre será o amor da minha vida, mas infelizmente, isso não é o bastante para termos os nossos felizes para sempre. 
É romanticamente triste, pensar em você todos os dias, sem dar pausas para feriados, é complicado, não diria que isso me sufoca, pois você é o motivo de eu ter conhecido um lugar de mim mesma que nunca achei que poderia saber antes, a paz interior. Com você, sinto que estou num lugar longe de problemas, um lugar que fala sobre coisas boas, deixando as ruins em segundo, terceiro ou por último plano. 
Eu imagino deitada no meu quarto, eu contando a você a minha história para o Rio de Janeiro, queria que soubesse o quanto eu fui feliz, e também no quanto eu pensei naquele diálogo, que você disse que iríamos juntos. Eu sabia que aquilo era um faz de conta de nós dois, ou melhor, nosso sonho secreto que fingimos ser verdade para que a realidade parecesse mais doce. 
Fazíamos planos, mesmo sabendo que tudo aquilo não funcionaria e que não poderia acontecer, um amor proibido tem dessas. Saber que pensamos um no outro como forma de força para seguir em frente, é loucura, estamos falando de duas pessoas que se conheceram num cenário com nada de especial, sem músicas românticas ou algo que prevalece o amor. Mas mesmo assim, nossas almas se escolheram como em outras mil vidas anteriores, isso não é loucura? 
No terceiro dia que nos conhecemos, jogamos fifa no videogame, você ganhou de mim como toda vez, foi a melhor partida que eu já joguei, com certeza por ter sido com você.
Mas o que eu mais lembro desse dia, era que nós nos olhávamos, intensamente, havia momentos que o tempo parecia parar, e seus olhos eram hipnotizantes, azuis, tão azuis. Era um pouco cômico, o jeito que sentimos a vontade de se encarar, sem falar uma palavra, simplesmente admirava você, e você me admirava também. Lembro tão claramente do meu pensamento enquanto observava seus olhos oceânicos, “nossa que lindos, eu com certeza conseguiria observá lo pela eternidade e nunca me cansaria”. 
Ontem eu pintei as unhas, e me perguntei se você elogiaria ela se visse, como fazia com todas as outras, o jeito que dizia que elas estavam bonitas mesmo desbotadas, e descascadas, era tão você.  
“    -      Agora elas não estão tão bonitas
Mas eu entendi a essência, entende?"
E é claro que eu entendo.
Mesmo não estando comigo, eu sei que seria meu companheiro, escutaria comigo as novas músicas do Harry Styles, falaria sobre os filmes da Marvel e o quão bonito é o capitão américa, sei que escutaria eu dizendo teorias sobre filmes, casais e tudo que eu gostasse, palavra por palavra, sem esforço, apenas por me amar. 
Apesar de tudo isso me fazer ser melhor, e eu acreditar no amor de novo, eu volto com a pergunta do começo. E se eu simplesmente esquecer você? E eu pergunto isso, não no sentido de esquecer o seu jeito e nossos momentos, e sim esquecer nós como uma alma só. 
Eu nunca esquecerei do garoto que conheci tão poucas vezes, mas que nessas vezes fui mais eu do que tantos anos. Nunca, de forma alguma, conseguirei esquecer de seus olhos brilhantes, e seu jeito único comigo, jamais. 
Porém, se eu conhecer alguém que eu goste, cuja pessoa seja fácil, disponível para mim, não vou fugir. Sendo assim, a pergunta que me atormenta, é que se eu esqueceria de nós juntos, da força que realça ao nosso redor com poder de afastar as negatividades, e que se esquecendo, eu poderia encontrar alguém que eu ame, mas com um amor comum, verdadeiro e simples, sem mais.
Será que eu conseguiria viver esse amor simples mesmo tendo vivido o seu? 
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malfoydr4co · 2 years
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alimentar um diário era, além de extremamente perigoso, um alívio. a confusão mental parecia menos pior quando a escrevia, tal ato o ajudava a organizar os pensamentos, além de renovar o personagem que mantinha dia após dia. e bem, depois do dia ontem, certamente precisava pensar quais seriam seus próximos passos.
March 16, 2002.
as coisas já estavam uma merda o suficiente e não havia a necessidade do dia de ontem sequer ter acontecido. às vezes, penso que os dias de paz antes de tudo isso eram um delírio, uma memória plantada na minha cabeça por algum feitiço muito bem feito, já que o passado parece tão vívido. às vezes, me lembro quando minha única preocupação era ser o melhor da turma, entrar em um clubinho seleto de algum professor, jogar quadribol e aplicar detenções aos alunos dos quais eu não gostava. às vezes, também, me sinto ingênuo por pensar que teria um futuro como qualquer outra pessoa, me sinto impotente por saber que, mesmo querendo, não poderia só ser um jogador profissional ou dar aulas de feitiço. não nessa realidade, não nessa encarnação. meu próprio pai entregou minha vida ao seu objetivo irracional e provavelmente havia feito o mesmo com a minha mãe. todavia, não posso dizer que o odeio, já que por boa parte dessa minha existência medíocre, eu sonhava que ele me elogiasse, me admirasse, se orgulhasse de mim. talvez por isso nunca o contrariei, talvez por isso sempre segui o que me foi ordenado, fiz além do que me fora pedido. a verdade é que eu nunca fui consultado sobre qualquer um desses planos pra mim. apenas os segui tão cegamente que talvez eu merecesse o mesmo destino que ele nesse momento: azkaban. pra ser sincero, me pergunto o que é pior, os dementadores sugando minha alma dia após dia, ou a pressão esmagadora que agora pesam sob meus ombros, tem dias em que gosto de pensar que a prisão não seria tão ruim assim. ao menos, o tal do lorde das trevas não estaria lá.
eu sabia que tudo aquilo ia acontecer, eu havia recebido ordens muito claras de meu pai sobre o que eu deveria fazer: me juntar a eles quando o portal fosse ativado, conseguir a profecia, sair ileso e voltar para casa. nunca tive problemas para apontar a varinha para ninguém, mas ainda me faltava coragem para ferir, torturar, matar. nesses anos todos depois da escola, encontrava alguma forma de fugir dessas atividades, não me parecia razoável fazê-los. talvez eu fosse um covarde mesmo, não me sinto como eles. quando vi pansy sorridente, puxando a varinha e indo ao encontro dos comensais, meu primeiro impulso foi puxá-la pelo braço e aparatar para fora dali. ela era tão ingênua e idiota, sempre tão impulsiva, se entregando de corpo e alma a algo que ela não sabia como era. se ela talvez soubesse de um porcento de tudo que vem acontecendo, tenho certeza que não estaria tão animada com o caos que se aproxima. e eu sabia que pagaria por isso, por não ter me juntado a eles, talvez não houvesse uma nova chance. afinal, eu já estava sob a mira dele há algum tempo.
os próximos dias serão um pesadelo, tenho sorte se não for morto pelo lorde das trevas. na verdade, penso que talvez a melhor opção fosse morrer. ele não entra na caminha cabeça, mas é como se o fizesse. não me reconheço mais à frente do espelho, já não me sinto vivo. não quero ser obrigado continuar pagando por deslizes e erros que não são meus, não quero mais carregar o fardo dessa marca, não quero mais ter a vida controlada por eles. mas não há mais nada que eu possa fazer além de seguir vivendo nesse inferno. mas e depois dele matar o potter, de dominar tudo, o que vai acontecer? que maldito futuro nos aguarda? um caos sem fim sob ameaças constantes? morte para todos os lados? parece terrível, mas esse já é o presente pra mim. minha cabeça é um lugar sombrio, escuro e cada vez mais confuso.
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namicchinedits · 1 year
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诺 . ♥︎ TODOS OS TONS DE OUTUBRO !  “﹑ᐢᗜᐢ﹒✩﹒caso se inspirar, credite﹐❀﹒
Ultimamente tá sendo uma aventura pra eu conseguir editar — e não, essa não é uma capa "nova" ou de pedidos; é apenas um remake.
Meu computador nos últimos tempos vem me boicotando e o bloqueio criativo não para de me maltratar, mas depois de lutar com o Photoshop e escutar todos os raps do Naruto possíveis, eis que: finalmente algo novo.
Tô meio impossibilitado de editar de verdade porque não sei quando esse computador vai realmente parar e me deixar na mão, então não posso me comprometer em abrir pedidos no momento. Além disso, hoje foi um caso de pura sorte eu conseguir editar haushaushau
Conheçam #Ganami, pessoal! É um OCxCanon (Nanami Kento). Leiam as TAGS! Segue a sinopse:
Desde que a família de Gavin Kamovich se mudara da Rússia para o outro lado do mundo, ele só tinha em mente uma coisa: se mandar de lá também. A nova vida em Utah era detestável e piorou ainda mais quando seu irmão mais velho faleceu durante a primavera. Para recomeçar do zero, Gavin acabou largando tudo, arriscando a sorte no maior império urbano do mundo, o Japão. Não havia muitos problemas — tudo o que ele precisava fazer era apenas tirar notas boas e não faltar ao emprego de meio período perto de casa. Simples e prático, um bom plano para salvar o patrimônio falido de sua família da pilha de dívidas e financiamentos acumulados. Só que as coisas começam a sair dos trilhos quando um cliente especial chama sua atenção. Reservado e só falando o necessário, Kento Nanami parecia despertar todos os tipos de sentimentos que ele nunca havia imaginado sentir. Gavin não fazia ideia de como tratar aquilo sem ter medo ou querer fugir. Movidos pelas emoções turbulentas e as descobertas de um tipo diferente de afeição, os dois embarcam em uma aventura rumo aos seus próprios corações. E também, a ensinar um ao outro as inúmeras maneiras de amar, seja elas quais forem.
Não parem de tentar mesmo quando o bloqueio estiver demais! Isso é a prova de que vai sair sempre um resultado melhor daquele que você pensa 💛
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caminhos-proibidos · 2 years
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Hey you.
Normal meus sonhos nunca me enganam. A loja fez isso comigo nos últimos dois anos, tomei tanta mais tanta paulada lá que tu não faz idéia,mas sempre tive um jeito de lidar que por muito tempo tentei te ensinar, a dor não há como fugir, simplesmente não tem como, porém como tu reage a ela tem. As coisas infelizmente precisam ser sentidas, ou nunca vão embora, só que dores não são amigas, não precisamos arrumar a casa e passar um café. Mas sinto orgulho de ti, pois buscou outras coisas pra focar, tem planos, isso é importante, metas são importantes ou acordamos todos os dias por nada e aí tá o erro. Termina teus estudos ( lembrando que não me passou onde tá fazendo) e guarda o dinheiro que quer e vai viver de um jeito mais leve. E lembrando outra coisa, não dá pra se curar no lugar onde foi ferido, e mais uma coisa, precisamos querer se curar, ser triste tá a muito tempo fora de moda. Hoje é um novo dia, uma página em branco, faz valer. Bom dia Julieta.
K.F
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fernandalayla · 1 year
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Setembro de 2023.
+1 capítulo da minha fase, digamos que estou caminhando em direção a pensamentos e há ansiedades extremas. há uns dias eu comemorava publicamente a minha paz e tals, mas na verdade estou tendo crises de ansiedade não necessariamente "crises" mais digamos que tem sido mais difícil, controlar a minha ansiedade. eu tenho que entender que muitas coisas não estão no meu controle, eu tenho que parar de pensar tanto no futuro, tanto de como vai ser.
confesso que fico muito feliz aqui, aqui nessa rede digamos que é o meu diário digital, porque nas outras redes sociais, sempre venho com motivação e colocando pessoas pra cima, mas na verdade queria desabafar e falar um pouco dos meus problemas, por mais que eu não goste de trazer coisas e assuntos que nem sempre ou sempre, assuntos tristes. mais ao mesmo tempo fico muito feliz que aqui, eu tenho como falar e me abrir, tudo absolutamente tudo, tudo que eu penso e tudo do que acontece. geralmente eu não tenho com quem falar isso, e aqui simplesmente eu tenho o livre acesso, enfim, um simples desabafor hahaha.
voltando ao assunto anterior, minha enxaqueca tem atacado mais do que o normal, e isso tudo tem me deixado devastada, queria muito não pensar, não pensar no futuro, de como vai ser, de como vai acontecer, e o pior é que tem algumas questões inacabadas e se resolvendo, e isso tem me corroendo, minha cabeça vai a mil por hora, as vezes eu só queria fugir de tudo e todos. mais apesar disso estou a uns meses sem ter crises depressivas, e isso é um grande alívio, feliz também que o meu médico é melhor de todos, e os meus remédios estão funcionando bem, bem melhor do que eu esperava, até os meus avós-pais sentiram isso. apesar das minhas ansiedades e o caos que ela deixa, tô feliz simmmmm felizzzzzzz 🩷 porque apesar disso tudo eu estou tendo paz (mini paz, quando não tenho ansiedade) e assim vou vivendo.
ia fazer 4 anos que eu estava sem crises fortes depressivas, e no começo do ano eu fiquei doente, juntou um turbilhão de problemas na minha cabeça e vieram novos, eu não aguentei, aaaaah e como isso me deixa triste, eu ficava orgulhosa de mim, por não ter recaído, só Deus sabe como eu fiquei triste, desolada (e se brincar, ainda me deixa) eu não imaginaria que eu ia começar 2023 doente, e tudo voltou. no meio do ano tiver de novo, só que mais leve, porém não deixa de ser, e é isso.
tudo que eu peço a Deus é que me guarde, que me ilumine e me dê forças e não me deixe desistir. pouquinho pra acabar o ano e fica umas reflexões.
não faça planos pro futuro, só Deus sabe o que te aguarda.
viva cada momento como se fosse o único.
seja feliz agora, é ele que importa.
não se sinta mal pelo seu passado, ele faz parte de você, da sua história. o que não vale é você se aprisionar.
e por fim, é sempre você & Deus.
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yurisquotesandstuff · 2 years
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era pra eu escrever no “diario” mas a aflição e a preguiça são tantas que ou escrevo aqui ou nao escrevo.
mais um banho de agua fria. estava tudo certo pra eu me mudar, mas um dos moradores do terreno que minha vó herdou nao me quer lá. estou com dor. quero sair daqui. quero morar só. quero sair de perto dessa gente daqui de casa. dói. dói porque sei que Deus me deu mais um banho de água fria. meus planos que crio com intensidade acabam assim: diferentes do que eu imaginei.
Estou chateado, irado. não leio mais, não corro mais, discuto sozinho em uma briga imaginária. vivo em aflição. pagar aluguel é caro demais. tem uma casa vazia e eu não posso. vou saber o porquê disso um dia. Ah se vou.
mas se bem que se Deus nao quiser mostrar, nao vai mostrar. estou muito fraco na fé. estou com raiva. se viver é estar sempre nessa posição desconfortável, prefiro estar morto.
acho que é até por isso que nem curto muito viver. meus planos não saem como quero. não amo, não vivo intensamente. sou um solitário. que raiva!
se nasci só pra isso. que eu nunca tivesse nascido entao. se isso é um prêmio, que prêmio amargo. pelo menos hoje. se sou ingrato, sei que meu Deus sente o que eu sinto. e se me considera ingrato mesmo assim… então eu deveria sorrir em meio a dor. se tem gente pior, que sofram suas dores. eu sinto as minhas; ou me expresso ou morro por dentro de vez.
sou um louco que nao sabe o que diz. sua vontade é boa, perfeita e agradável. ele diz, então é verdade. mas de sinceridade pra quem me lê: nao é nem um pouco agradável estar dentro de mim neste momento. me tiraram muita coisa, na verdade eu nunca tive. sempre cheguei perto do mar azul em um calor escaldante, mas nao mergulhei. o mar me foi tirado e mais um pouco de deserto foi posto à frente.
minha família me faz mal. estou exausto.
nao conseguiria viver bem, com meu salario dividindo ele com um aluguel.
Sou ingrato, talvez. mas um ingrato complexo, e deve se ser levada em conta toda a minha trajetória, as minhas dores, cada calo, minuto, centésimo dessa minha vida de esperança e frustração. como eu almejei e cai. e quando algo legal vai acontecer, não acontece de fato. e se me limito somente a isso? a ingratidão, quem me nomeou como tal é um sádico possivelmente. se nao estiver equivocado, eu estarei, e se de fato sou somente ingrato, que eu morra. serei ingrato e egoísta, pq minha história requer um triunfo. mas triunfar me deixa cansado. to com raiva demais. tenho sonhos que só doem pela distância que parecem estar de mim. “tá” tudo distante, “tá” tudo incômodo.
não sei se viajarei pra arraial d’ajuda, nao sei se terei tal conforto na terra. e se a vida for sentir o que to sentindo hoje… nao a quero.
não quero. e talvez o que eu nao quero, aconteça. já que o que eu quero não acontece.
todavia, eu nao queria a Deus, e ele me escolheu. tem coisas que nao quero e são melhores pra mim.
não quero nem pensar que estar dentro dessa casa que estou hoje seja o melhor diante de toda a aflição que sinto agora. quero fugir. e se bater a maluquice eu fujo. gasto tudo. to esperando uma resposta. preciso ainda me dobrar pra receber. to bastante é cansado. eu podia nunca ter que existido. seria um ingrato a menos.
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