#os textos que desisti de enviar
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ownedbybooks · 2 years ago
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2022 autumn wrap up
Disclaimer: I live in the Southern Hemisphere.
Mansfield Park, by Jane Austen ⭐⭐⭐
Thankfully I did watch previously the 1999 movie adaptation of the book and then I’ve read the intro BEFORE actually reading the story, so I could understand the plot and the themes very well and I’m so thankful for that!!! I don’t think I would’ve liked it as much as I did if I haven’t read the introduction before diving into the story.
City of Fallen Angels, by Cassandra Clare ⭐⭐⭐
I cannot stress more that SIMON OWNS THIS SEQUEL and I look forward to see more of his development.
Endgame: The Calling, by James Frey ⭐⭐⭐
It was a reread. But funnily enough I liked more about this story in this second time of reading it lmao. And i was impressed of how much I remembered about the plot.
Lore Olympus (Season 1), by Rachel ⭐⭐⭐⭐
I am VERY biased towards this webtoon. VERY. I just didn’t give it 5 stars because I found the begin (that i had to reread it) very slow paced compared to the rest.
Brave New World, by Aldous Huxley ⭐⭐
The only thing I knew about this book was that is a classic sci-fi. I thought it was going to be similar to 1984, but it was so over the place
 I saw and understood the critics the author was making and I can agree with him, but I found the plot so
 eh :(
HistĂłria do Cerco de Lisboa, by JosĂ© Saramago⭐⭐⭐
My first Saramago read! I was quite afraid to read his books because he’s not an easy read, specially because of his style. It took me around 50 pages to understand what was going on and get used to Saramago’s writing, but in the end I liked it very much! I can’t wait to read another of his books!
I Swear I Won't Bother You Again! #3, by Reina Soratani ⭐⭐
I
 I couldn’t remember much of the story and characters. Giving a one or two years break to see if it more chapters were going to be released did help, but now I have to wait a couple tears more to read the next volume 🙃 guess who won’t remember stuff again???
Jocelyn's Story, by Cassandra Clare ⭐⭐⭐
Nothing new here, but it was nice to see Clary’s mom point of view about her past and relationships
Perdida, by Carina Rissi ⭐⭐⭐⭐
A GREAT READING DONE AT THE RIGHT TIME!!! Loooved the Romance between Ian and Sofia and I can’t wait to see more of them!!! Specially Ian, he’s such a gentleman! Also: this book made me cry a lot!
Endgame: The Complete Training Diaries, by James Frey ⭐⭐⭐
Oooh yeah this one was also nice! To see how the characters came to be the players of Endgame before it started! I really liked the mix of culture as well!
Os Textos que Desisti de Enviar, by Vanessa PĂ©rola ⭐⭐⭐⭐⭐
Even tho I didn’t liked it very much, because this book made me reflect A LOT about myself, I had to give it a 5 stars because of the same reason. It made me get out of my comfort zone about relationships and what I think about them. Thanks God I talked to my psychologist the next day 😂
Ian Clarke - Conversa com Gomes na Adega, by Carina Rissi ⭐⭐⭐
A super quick read, but so so lovely! Have I already told you guys I’m in love with Ian???
ArsĂšne Lupin, gentleman-cambrioleur, by Maurice Leblanc ⭐⭐⭐
Decided to reread it after knowing about the netflix adaptation. It was fun, nice and Arsùne Lupin is so charismatic!! No wonder he’s the main character, he carries every plot on his back! I want to get more immersed on his persona, now lmao
The Fork, The Witch and The Worm, by Christopher Paolini ⭐⭐⭐⭐⭐
ARGH THE NOSTALGIA I FELT READING THIS BOOK!!! I was missing Eragon, Murtagh, Saphira and many more SO MUCH!! I even did my first live reading with it!
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romantizare-i · 2 years ago
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Faz uns meses desde que notei o quanto ainda te amo, Ă© a mesma proporção de tempo que digo para as pessoas que jĂĄ te esqueci, que vocĂȘ Ă© sĂł uma lembrança bonita. Elas nĂŁo sabem que eu abro sua conversa no WhatsApp cada vez que algo incrĂ­vel acontece ou quando estou tendo uma crise e quero sumir, ou num minuto qualquer do dia, na esperança de encontrar um "Oi, tĂĄ aĂ­?". Mas no fundo meu coração sabe que esse dia nĂŁo vai chegar, essa mensagem nunca vai vir. Queria te falar que apaguei nossas fotos dia 27/08/2022 tinha mais de mil fotos e foi o dia que tudo em mim doeu, nĂŁo tinha um pedaço de mim que nĂŁo doĂ­a na hora. Tem dias que a Ray me pergunta se eu acho que nĂłs vamos voltar, hĂĄ um tempo eu realmente achava que sim, mas hoje parece quase impossĂ­vel, mas eu continuo respondendo a mesma coisa, "Acho que sim amiga, por mais que pareça estranho, sinto que ainda vamos voltar a ficar juntos", nĂŁo sei se ela acredita nisso, mas tudo bem, hoje eu tambĂ©m nĂŁo acredito. Em especial desde o dia 26 de agosto (nem sei se vocĂȘ se lembra o que Ă© essa data) tem sido mais difĂ­cil os dias, tem sido mais dolorosa a saudade, tĂĄ apertando mais e a falta de vocĂȘ muitas vezes Ă© sufocante, eu me sinto perdida, nĂŁo acredito que te mereço de volta, mas eu queria tanto pelo mais uma conversa com vocĂȘ, um adeus de verdade sabe? A ultima lembrança que tenho nossa, Ă© vocĂȘ saindo da minha casa com as coisas que dividimos e fim, vocĂȘ pediu para que eu me cuidasse e se foi. Mais eu sei que nao tenho esse direito, nem posso te cobrar nada. Preciso confessar que queria te excluir da minha vida, te tirar de todas minhas redes sociais, mais eu nĂŁo consigo, e se um dia eu conseguir, por favor nĂŁo pense que foi porque deixei de te amar, porque acredite vai ser uma das decisoes mais dolorosas que ja tomei, e com certeza vou chorar demais. Mas Ă© estranho, eu nĂŁo costumo ter problemas para tirar as pessoas da minha vida e agir como se elas nunca tivessem existido, mas vocĂȘ nĂŁo consigo, acredito que Ă© porque vocĂȘ Ă© o meu significado de amor, e isso significaria perder ate mesmo as memorias das covinhas que eu mais amo (mesmo escondidas nessa barba, me desculpa mais sou a favor das covinhas a mostra), de olhar e vocĂȘ entender e a gente sorrir, de deitar no seu colo e te perturbar enquanto vocĂȘ com toda paciĂȘncia do universo tenta realizar todos meus caprichos, de te fazer cafune, te apertar, te abraçar e dormir. Vi uma trend no tiktok, que diz que quando conseguimos dormir ao lado de alguĂ©m com essa facilidade Ă© porque a nossa eu criança sentiria confiança, e eu nĂŁo duvido disso, vocĂȘ Ă© a pessoa que eu sei que me ajudaria se eu tivesse bïżœïżœbada, nĂŁo encostaria um dedo em mim e nem deixaria que ninguĂ©m chegasse perto, esse Ă© vocĂȘ. Hoje eu chorei, jĂĄ venho chorando hĂĄ uns dias na verdade, e eu sĂł consigo imaginar nas vezes em que eu te fiz chorar, e ai eu me lembro que nĂŁo tenho direito nem te de pedir um tchau. As mensagens que me mandou na nossa Ășltima conversa, a uns meses atrĂĄs, me destruĂ­ram, vocĂȘ nunca falou comigo daquele jeito, tĂŁo indiferente. Eu sei que eu parti seu coração, eu sei que eu desisti de tudo que a gente estava construindo, eu sei que fui uma grande fdp, mas hoje, eu aprendi com tudo que passou e se hoje nĂŁo cabemos mais um na vida do outro, em algum momento vamos precisar sair por completo e cortar qualquer vĂ­nculo que tenha sobrado, tenho a sensação de que ainda estamos presos de certa forma a tudo isso, jĂĄ fazem 3 anos desde o fim, e Ă© tudo muito estranho. EstĂĄ tudo tĂŁo confuso, assim como esse texto, meus pensamentos estĂŁo gritando, todos querem sair ao mesmo tempo, pois sĂŁo mensagens que eu ensaio para te enviar diariamente e nunca mandei, acho que nunca vou mandar, queria coragem sĂł pra te mandar essa aqui.
VocĂȘ era meu raio de sol, meu lar, meu melhor amigo, minha definição de amor e paz, e eu nĂŁo menti aquele dia, quando te disse que daqui uns anos queria ver os seus cabelos brancos juntos com o meu, eu te amo vocĂȘ sempre serĂĄ o amor da minha vida, mas estou entendendo que talvez podemos nĂŁo ser o amor para a vida.
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donaidk · 3 years ago
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False Confidence - CapĂ­tulo um
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The lovely @holl4nd translated False Confidence into Brasilian Portuguese 😭 It doesn't let me tag you somehow, but thank you so much for your work 🧡
You can also find it on her Wattpad and make sure to check out her other works as well đŸ„° (header done by her as well)
Virando as duas Ășltimas curvas do Circuito Yas Marina, eu sabia que eles nĂŁo teriam tempo de me alcançar e cruzei a linha de chegada com facilidade. Foi alto no final com as palmas dos membros da equipe ao lado e dos fĂŁs, me fazendo sorrir ainda mais. Eu deixei o carro desacelerar antes de virar para o pit lane para poder estacionar na garagem e desligar o carro. Eu estava em ĂȘxtase ao sair do carro, imediatamente tirando meu capacete e caindo em um abraço do chefe. Eu vi minha famĂ­lia bem atrĂĄs deles com sorrisos tĂŁo largos em seus rostos que eu nunca tinha visto antes. Assim que fiquei livre, fui atĂ© eles, quase pulando para cima e para baixo, pois nĂŁo conseguia mascarar minha excitação. Agradeci rapidamente a todos antes de ir para o pĂłdio e comemorar, mas planejava falar com todos um por um, pois tinha muito a agradecer a eles apenas na Ășltima temporada.
Foi estranho subir na parte mais alta do pĂłdio enquanto por dentro eu sabia que sĂł consegui o terceiro lugar em todo o campeonato. NĂŁo quebrou meu espĂ­rito de forma alguma, mas ainda era um pouco estranho. Aguentamos os discursos e os hinos, mas com o inĂ­cio da mĂșsica usual, pegamos o champanhe colocado aos nossos pĂ©s, estourando um segundo depois e regando todos com a bebida. Meus olhos ardiam, mas eu sĂł queria ver tudo e me atrevi a colocar ainda mais champanhe neles, em vez de apenas perder a visĂŁo dos espectadores, times e famĂ­lias comemorando conosco. EstĂĄvamos todos encharcados nele, meu cabelo grudado mesmo em uma trança, entĂŁo nĂŁo vai atrapalhar.
Uma hora depois, finalmente terminei as entrevistas e as conversas da equipe, decidindo ir para a sala do motorista para finalmente trocar minhas roupas molhadas. O traje de corrida jĂĄ estava fora da parte superior do meu corpo, mas a prova de fogo cheirava a ĂĄlcool tanto quanto a camada superior. Passei por alguns caras no caminho de volta para os paddocks e atĂ© vi alguns pilotos de F1 responderem a perguntas sobre a prĂłxima temporada e mudanças de equipe. Embora tivĂ©ssemos muitas chances de conhecĂȘ-los durante as corridas, shows de premiação e apenas eventos de corrida, a maioria deles se tornou uma grande celebridade aos nossos olhos, atĂ© vocĂȘ se tornar seu companheiro de equipe por uma temporada e se acostumar a estar no nĂ­vel deles. Eu vi Daniel tambĂ©m, sentando-se com um repĂłrter para fazer sua entrevista prĂ©-corrida rapidamente levantando minha mĂŁo para cumprimentĂĄ-lo em silĂȘncio e sorri por dentro quando ele fez o mesmo. Fiquei radiante com a forma como tudo acabou e como tudo vai começar no ano que vem com o contrato que ganhei com a Renault.
"Ele estĂĄ lĂĄ dentro, esperando por vocĂȘ." Ouvi minha mĂŁe assim que entrei na garagem e estava prestes a virar a esquina para chegar ao quarto. "Fale com ele. DĂȘ uma chance a ele". Ela acrescentou quando eu estava prestes a voltar atrĂĄs e deixar minha ideia de mudar para trĂĄs. Eu prefiro viajar para casa cheirando a ĂĄlcool, champanhe para ser mais exato, do que ficar na frente dele e falar sobre qualquer coisa.
"Por quĂȘ? E se eu nĂŁo quiser?" Eu perguntei de volta, com meus braços cruzado na frente do meu peito. Eu sĂł esperava que ele nĂŁo estivesse ouvindo nada disso, embora eu realmente nĂŁo me importasse com o que ele pensava de mim. Ainda assim, o olhar que ela me deu, me fez seguir meu primeiro plano de simplesmente entrar no quarto, para que eu pudesse finalmente largar minhas coisas.
Parei na frente da porta branca por um segundo, respirando fundo e soltando o ar antes de empurrar a maçaneta e abrir a porta quando entrei. Ele estava sentado no sofĂĄ com sua jaqueta laranja, com um bonĂ© na cabeça, mostrando claramente a todos que ele fazia parte da equipe McLaren. Provavelmente, seu rosto sozinho seria o suficiente para a maioria das pessoas obter essa informação, mas se vocĂȘ, por causa de algum acontecimento estranho, nĂŁo o conhecesse, todos os anĂșncios e textos em suas roupas forneceram todas as informaçÔes de que vocĂȘ precisava. Ele estava em seu telefone, Ă© claro, mas fechou-o e olhou para mim depois que percebeu que era eu quem estava entrando no quartinho. Coloquei meu relĂłgio nas prateleiras ao lado dele, ao lado das toalhas e vĂĄrios protetores contra incĂȘndio que tĂ­nhamos se houvesse algum acidente e precisĂĄssemos de mais de uma peça. O silĂȘncio fez minha pele arrepiar, pois eu sabia que ele estava observando cada movimento meu com olhos de falcĂŁo, mas nĂŁo disse uma palavra para mim, na verdade. Poucos segundos depois, eu me cansei da situação e quebrei o silĂȘncio ao nosso redor com um suspiro.
"EstĂĄ aqui para espionar seu futuro oponente?" Eu perguntei, olhando para ele com minha mĂŁo no meu quadril e mesmo que me fizesse sorrir por ele estar aqui, eu me lutei para nĂŁo mostrar a ele.
"Estou mais para dar os parabéns a alguém, que farå da minha próxima temporada um inferno." Ele soltou uma risada, mas seu rosto perdeu a felicidade repentina, pois eu não retribuí seus sentimentos.
"Espero que sim." Tive que concordar, embora soubesse que ele estava apenas brincando. "Seria constrangedor finalmente entrar e desmaiar quase imediatamente." Eu adicionei com um suspiro, ainda esperando que fosse apenas minha ansiedade em relação aos desafios da próxima temporada falando e não algo que se tornarå realidade.
"VocĂȘ conseguiu um lugar ontem. Mesmo antes de ganhar hoje e levar o P3 no campeonato. VocĂȘ vai se sair bem." Ele deu de ombros, deslizando para o lado da cama para que eu pudesse sentar ao lado dele confortavelmente. Eu Coloquei minhas pernas na cama, cruzando-as, para que pudesse me virar totalmente em direção a ele. Eu estava com raiva dele, mas ser rude nĂŁo levaria a nada nesta situação. "Eu sinto muito por ter fantasiado vocĂȘ. Tudo se tornou muito e eu fechei todo mundo, incluindo vocĂȘ." Ele exalou, pegando seus prĂłprios dedos, o que eu conhecia muito bem como um sinal de preocupação para ele.
"Sim, eu sei. Sua mĂŁe estava entrando em contato comigo se eu soubesse o que aconteceu enquanto eu nem mesmo falei com vocĂȘ por dois ou atĂ© trĂȘs meses antes da mensagem dela." Meus olhos permaneceram nele, embora a situação nĂŁo fosse. NĂŁo Ă© confortĂĄvel para qualquer um de nĂłs e geralmente detesto contato visual durante esses momentos. Com ele, geralmente era o contrĂĄrio, que eu precisava ver seus olhos para saber como ele estava se sentindo. Quando vocĂȘ atinge um certo nĂ­vel de amizade com alguĂ©m, onde vocĂȘ sabe o que eles estĂŁo pensando olhando nos olhos, normalmente vocĂȘ gosta de usar isso no meio de discussĂ”es ou diĂĄlogos agonizantes.
" Ela ficou furiosa comigo quando fui para casa. Quase mudei de ideia quem Ă© o dragĂŁo galĂȘs de vocĂȘs dois. Ele finalmente deixou um sorriso aparecer em seu rosto e foi a primeira vez desde a Ășltima vez que conversamos que eu sorri por causa dele. " Ainda nĂŁo foi o suficiente para me obrigar a enviar uma mensagem de texto ou ligar para vocĂȘ. Sua mĂŁo subiu para coçar sua nuca, meus olhos seguindo o movimento, me fazendo perceber o quanto seu cabelo tinha ficado comprido desde a Ășltima vez que ele ficou na minha frente.
"Eu estava ansioso para obter um sinal de vida de vocĂȘ por uma semana ou mais, mas entĂŁo desisti." Eu balancei a cabeça, olhando um pouco para baixo enquanto me lembrava de como me sentia sozinha quando nem mesmo sua mĂŁe conseguia levĂĄ-lo de volta seu eu anterior. Ele sempre parecia feliz com o mundo exterior, mas quando o vi em locais e shows, vi os momentos em que ele estava sozinho com apenas um olhar vazio em seus olhos enquanto examinava a multidĂŁo. "Mas eu entendo. Eu sei que provavelmente foi difĂ­cil, eu vou passar pela mesma temporada na prĂłxima." Um suspiro silencioso deixou meu corpo enquanto eu pensava sobre o quĂŁo difĂ­cil o prĂłximo ano provavelmente serĂĄ.
"Sim, desculpe e também obrigado por não desistir totalmente de mim." Ele finalmente olhou para mim com um pequeno sorriso. "Eu vi todas as mensagens, apenas fui um idiota e não respondi a nenhuma delas. Ele balançou a cabeça e, embora parecesse desapontado consigo mesmo, finalmente tinha um brilho normal nos olhos.
"VocĂȘ estĂĄ falando com todo mundo tambĂ©m agora?" Eu perguntei curiosamente, meu corpo relaxando um pouco conforme a tensĂŁo diminuĂ­a entre nĂłs. Era um cubĂ­culo pequeno, dava para sentir tudo dez vezes melhor se estivesse fechado.
"Na verdade, nĂŁo. Eu planejava pedir desculpas a todos lentamente. Depois dos anĂșncios de ontem, pensei que hoje seria o momento perfeito para começar com vocĂȘ. Eu esperava que vocĂȘ nĂŁo apenas viesse, me repreendesse e saĂ­sse sem que eu me explicasse . " Sua risada me fez eu mesma, embora eu soubesse que seria um trabalho difĂ­cil da parte dele levar nossa amizade onde antes estava. Ele ainda era o mesmo cara de anos atrĂĄs, mas quando alguĂ©m simplesmente o deixa pendurado, vocĂȘ perde um pouco de fĂ© e confiança em relação a ele. Mesmo que vocĂȘ tenha sido inseparĂĄvel nos Ășltimos 16 anos.
Eu queria acrescentar um pensamento Ă  nossa conversa quando ouvimos um monte de passos vindo em direção Ă  sala. Eu sabia que provavelmente era minha equipe vindo para comemorar um pouco antes de começarmos a fazer as malas para partir antes que a F1 realmente comece e nĂŁo teremos lugar para fazĂȘ-lo. NĂłs apenas nos levantamos da cama quando alguns dos mecĂąnicos entraram sem uma batida ou qualquer coisa e simplesmente me tiraram do pequeno quarto como aquele enquanto eu estava quase morrendo de rir. Eu vi Lando dançar lĂĄ fora, tentando nĂŁo ser pego na dança do time que eu estava no meio.
Quando finalmente chegamos em casa, eu ainda tinha alguns papéis para resolver e então a parte divertida começou. Digo a parte divertida, embora meu nível de estresse fosse maior do que alguns arranha-céus de Nova York, para ser honesto. Eu entendi ainda mais o que Lando quis dizer com isso era demais e eu comecei a olhar para ele que ele continuou por meses antes de tirar o melhor dele e ele se fechar um pouco. Minha mudança para a Renault demorou um pouco e também não ajudou, pois tive que começar a procurar uma casa ou apartamento perto da sede em meados de dezembro e no Natal, o que nunca foi fåcil. Felizmente encontramos um pequeno apartamento compacto que atendeu a todas as nossas caixas e não era nem muito caro.
Mudei-me em pedaços menores, pois tinha tantas coisas para levar comigo, mas não as mãos o suficiente. Lando ajudou em alguns dias, permitindo que nos encontråssemos um pouco e conversåssemos, mas como minha família trabalhava em tempo integral, tive que cuidar da mudança sozinho. Jå era meados de fevereiro quando senti que estava tudo concluído, o que foi um grande alívio, pois tive que sair para os testes e depois fazer todas as sessÔes de fotos e papelada necessårias. Os primeiros dias foram provavelmente os piores, quando eu realmente não conhecia ninguém além do chefe e Daniel. Mesmo que os dois tentassem me deixar confortåvel, os melhores momentos foram quando eu finalmente consegui dirigir os carros e me concentrar apenas no meu trabalho. Comecei a temer que fosse ser assim por toda a temporada, apenas me sentindo realmente deslocada por não ter ninguém a quem recorrer. Mas então tudo finalmente se encaixou e comecei a entender todo o processo. Ficou ainda melhor quando finalmente tivemos algum tempo para nos conhecermos.
Foi na primeira semana de março quando finalmente tivemos algum tempo livre para sair com a minha equipe e a equipe de Daniel para uma pequena formação de equipe. Escolhemos um parque prĂłximo ao HQ porque nĂŁo querĂ­amos ir a um lugar muito lotado e fechado, e apenas fizemos um pequeno piquenique com cerveja e sanduĂ­ches. Foi realmente apenas um pensamento em um segundo e um plano real no prĂłximo. Eu finalmente conheci cada pedacinho de nossa equipe e finalmente conectei os nomes aos rostos e vozes, o que eu realmente nĂŁo pude fazer com a pressa que estĂĄvamos durante a semana nas Ășltimas semanas. Foi engraçado quando percebi que alguns deles eram mais da minha faixa etĂĄria do que eu realmente pensava e esperava que eles se sentissem tĂŁo bem comigo quanto eu com eles. Realmente nĂŁo houve ninguĂ©m que me fez pensar, talvez eu nĂŁo queira passar tanto tempo com eles. Dani teve um papel importante em me fazer sentir em casa tambĂ©m, pois ele agia perto de mim como eu sempre estive lĂĄ, trabalhando ao lado deles. Ele me deu coragem suficiente para realmente ser eu mesma e nĂŁo apenas agir como eles queriam me ver. Talvez eu nĂŁo tenha me tornado a pessoa favorita de todos, mas esse nĂŁo era o objetivo de qualquer maneira. Posso tentar ser assim, mas perderei ainda mais amigos quando eles perceberem que nĂŁo sou quem eles pensavam que eu era.
Outra grande parte de me acostumar com tudo isso foi a mĂ­dia e todos os novos fĂŁs que ganhei ao me tornar um piloto de F1. As entrevistas jĂĄ faziam parte da nossa rotina no F2, mas as perguntas ficaram muito mais precisas e Ă s vezes vocĂȘ tinha que pensar muito na resposta. AlĂ©m disso, uma grande mudança foi que eles realmente reconheceram vocĂȘ na rua antes mesmo da minha corrida de estreia, o que significa que vocĂȘ nĂŁo poderia simplesmente sair de casa como queria. Pelo menos eu senti que tinha que planejar pelo menos uma pessoa pedindo uma foto ou algo assinado por mim. Era divertido Ă s vezes, mas poderia se tornar bastante cansativo se acontecesse mais de uma vez em seguida. De certa forma, vocĂȘ perdeu parte de sua liberdade para seus fĂŁs e para as pessoas em geral. Eu ainda me sentia sortuda por nem todos se importarem comigo e eu ainda podia me divertir com velhos amigos ou famĂ­lia. Ainda me senti um pouco aliviado quando viajamos para a AustrĂĄlia para o Grande PrĂȘmio, porque estĂĄvamos todos juntos, mesmo se fĂŽssemos de equipes diferentes e passamos um bom tempo apenas com nossa prĂłpria bolha.
Mas tudo se quebrou antes que pudesse realmente começar. Acabei de ter a sensação de fazer parte de uma corrida de FĂłrmula 1 quando algumas pessoas deram positivo e cancelaram o fim de semana de uma vez. Eu entendi que eles tinham que agir, mas ainda parecia que eles haviam aproveitado nossa oportunidade de uma forma estranha, fazendo-nos voltar para casa com todas as dĂșvidas, sem saber quando a temporada realmente vai começar. NĂłs sabĂ­amos que esta nĂŁo seria a Ășnica corrida cancelada ou adiada e a obscuridade sĂł tornou um pouco mais agonizante. Mas a Ășnica coisa que poderĂ­amos fazer era esperar e torcer para que nĂŁo houvesse muitos casos para que possamos voltar ao cronograma o mais rĂĄpido possĂ­vel.
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hstyles-imagines · 4 years ago
Note
Dany posso te pedir um imagine com Harry, eu tenho mania de me auto sabotar muitas vezes por n achar boa o suficiente. Poderia fazer um bem fofo de começo de namoro ou quando estão se conhecendo e ela faz isso, as vezes n querer ver ele e tals mas Harry insistir e que não vai ser fåcil pra ele desisti dela? Muito obrigada
Espero que goste! :)
Aproximadamente 2900 palavras.
Tem um pouquinho a ver com Too Good at Goodbyes do Sam Smith e It’s You do Ali Gatie.
Ficou um pouco diferente, eu nunca consigo seguir os pedidos direitinho. Mas por favor, nĂŁo desistam de mim! <3
TRISTE/FOFO
Certa pra mim.
S/n: Harry, vocĂȘ fez de todos os momentos ao seu lado incrĂ­veis e foi a melhor coisa que me aconteceu nos Ășltimos tempos. VocĂȘ Ă© uma pessoa maravilhosa e o melhor namorado que um garota poderia sonhar em ter, mas infelizmente nĂŁo acho que a nossa relação tenha chance de dar certo. Somos de mundos totalmente diferentes, e nĂŁo tenho certeza se algum dia vou conseguir me encaixar no seu. Obrigada por tudo, mas acho que nĂŁo deverĂ­amos nos ver mais.
Foi a mensagem que s/n enviou para Harry enquanto lågrimas cortavam suas bochechas e soluços escapavam seus låbios. Ela não sabia como tinha chegado naquela situação, seu relacionamento com Harry era maravilhoso e eles estavam indo muito bem. Mas quando o rapaz resolveu, despretensiosamente, entregar a chave de seu apartamento para ela, seu mundo virou de cabeça para baixo e de repente todos os pensamentos que ela vinha lutando para deixar de lado começaram a rondar sua cabeça.
Serå que ela estava preparada para um relacionamento com uma pessoa mundialmente conhecida? Serå que era boa o suficiente para ser namorada de Harry Styles, o sexsymbol de uma geração?
Ela sequer sabia se estava pronta para estar em um relacionamento normal, em que ela não teria que se preocupar com paparazzis até quando fosse ao Tesco que ficava à duas quadras de sua rua. E, sinceramente, não sabia se merecia uma pessoa como Harry.
Eles se conheceram em um restaurante no interior da ItĂĄlia. Harry estava no paĂ­s buscando inspiração para escrever seu prĂłximo ĂĄlbum e s/n tinha acabado de se mudar para Inglaterra e estava disposta a conhecer os paĂ­ses ao redor. Ela nĂŁo sabia quase nada do idioma e nĂŁo conseguiu sequer pedir uma ĂĄgua no estabelecimento, Harry, quando percebeu a situação, tentou ajuda-la e com o pouco conhecimento da lĂ­ngua que tinha conseguiu fazer o prĂłprio pedido e o dela. S/n o reconheceu assim que seus olhos encontraram o rosto dele, mas resolveu nĂŁo comentar – mesmo depois de sentir seu coração acelerar e suas mĂŁos suarem como nunca antes – era Ăłbvio que ele nĂŁo queria ser reconhecido. Afinal, ele estava em um restaurante minĂșsculo, que ficava em uma vila menor ainda, no interior da ItĂĄlia, quando poderia facilmente estar em algum desfile Gucci ou Versace em MilĂŁo.
Harry sabia que tinha sido reconhecido assim que percebeu os olhos dela se arregalando e suas bochechas ganhando cor, e ficou extremamente grato quando ela simplesmente se recompĂŽs depois de alguns segundos e agradeceu pela ajuda.
Os dois, que nĂŁo tinham acompanhantes, acabaram dividindo uma mesa do lado de fora, e depois de uma ou duas taças do pior vinho que jĂĄ tinham tomado na vida estavam rindo como se tivessem se conhecido a vida inteira – Harry descobriu em minutos que s/n era brasileira, disse que tinha alguma coisa a ver com o jeito que as palavras soavam mais gentis quando ela falava, e ela jura que percebeu o sorriso nos lĂĄbios dele assim que suas bochechas esquentaram com o comentĂĄrio – eles conversaram sobre arte, viagens e atĂ© discutiram algumas teorias sobre o final de um filme antigo – que coincidentemente os dois tinham assistido – e que nunca ganhou uma continuação.
E mesmo depois de horas de conversas, risadas e sorrisos s/n ficou surpresa quando Harry perguntou se ela gostaria de encontra-lo outra vez enquanto estava na cidade e se ela poderia passar seu nĂșmero de telefone – s/n, obviamente disse que sim e escreveu seu nome e telefone em um guardanapo de papel – os dois conversaram mais um pouco e Harry a acompanhou atĂ© o pequeno hotel em que ela estava hospedada, eles nĂŁo se beijaram como sempre acontece em histĂłrias assim, mas nĂŁo deixaram de se falar desde aquela noite.
S/n nĂŁo se surpreendeu quando seu telefone começou a tocar ao seu lado minutos apĂłs enviar a mensagem. Sabia que Harry tentaria conversar, mas estava disposta a ignorar todas as ligaçÔes e mensagens que ele mandasse – nĂŁo Ă© como se ela fosse uma parte importante da vida dele, eventualmente ele desistiria – todos seus relacionamentos passados terminaram de forma parecida. – ela se apaixonava, passava alguns momentos bons com qualquer que fosse o cara da vez e depois percebia que nĂŁo estava realmente pronta para um relacionamento sĂ©rio.
Primeiro foi porque ela estava na faculdade e nĂŁo queria que um relacionamento ‘tirasse seu foco’ dos estudos, depois foi porque decidiu que queria mudar de paĂ­s e um namorado ‘nĂŁo se encaixava em seus planos’, e agora ela percebeu que Harry merecia alguĂ©m melhor... ou ela estava com medo de estar se envolvendo de verdade dessa vez? NĂŁo. Com certeza Ă© porque Harry Ă© um cantor mundialmente conhecido e seu relacionamento com ele nĂŁo faz sentido.
O telefone dela continuou tocando, e todas as vezes era ele. S/n deixou que todas as chamadas fossem para a caixa postal, seu choro intensificava cada vez que a foto dele aparecia no visor do aparelho.
Ele já tinha ligado mais de 20 vezes quando ela resolveu atender – talvez se ouvisse sua voz ele desistiria.
“S/n, o que aconteceu? O que vocĂȘ quer dizer com ‘acho nĂŁo deverĂ­amos nos ver maisïżœïżœ?” Harry perguntou exasperado assim que ouviu a respiração pesada da garota do outro lado da linha.
“Exatamente isso, Harry. Eu quero dizer que eu acho que não deveríamos nos ver mais.” Ela respondeu tentando abafar o próprio choro.
“Foi alguma coisa que eu fiz? Ou falei?” Ele perguntou – sua voz era baixa e grave mas o desespero era nítido em cada palavra – não conseguia entender porque ela estava fazendo aquilo, achava que estavam em um bom momento, tinha certeza que iriam durar.
“VocĂȘ nĂŁo fez nada de errado, Harry.” Ela riu sem humor, nunca tinha doĂ­do tanto terminar com alguĂ©m. “Eu sĂł nĂŁo acho que eu seja a pessoa certa pra vocĂȘ.”
“Oh! EntĂŁo foi por isso que vocĂȘ decidiu terminar comigo por mensagem de texto? Quando eu estou na porra de outro paĂ­s?” Harry retrucou num quase grito, seu desespero dando lugar a irritação. Ela nĂŁo tem direito nenhum de decidir o que Ă© melhor para ele. “Desculpa, s/n, mas essa nĂŁo Ă© uma decisĂŁo que vocĂȘ pode tomar por mim.”
“Bom... eu já tomei.” Foi tudo que ela disse antes de desligar.
Doeu dizer cada palavra, mas para ela, aquela era a atitude certa a ser tomada. Era apenas uma questão de tempo para ele perceber que ela não é tão interessante assim, que seu corpo não é perfeito como os das modelos da Victória Secrets que ele costuma encontrar em todas as festas que é convidado, e que na verdade, ela não é tão especial como ele sempre gosta de lembrar. Ela é apenas uma jovem adulta com personalidade ordinåria, e que não merece alguém tão extraordinårio quanto ele. Em algum momento o conto de fadas que eles estavam vivendo iria chegar ao fim, e ela preferia sentir a dor agora, enquanto ainda conseguia enxergar uma vida sem ele.
Alguns minutos depois seu celular voltou a tocar, dessa vez era Mitch, um dos melhores amigos de Harry e dela também. Ela não atendeu, achou que provavelmente seria Harry tentando confronta-la mais uma vez, e a chamada foi para sua caixa postal que, provavelmente, depois de tantas ligaçÔes, estava cheia.
Mitch, que estava preocupado com o estado do amigo, resolveu enviar uma mensagem na esperança de entender melhor porque Harry tinha lågrimas nos olhos e estava arrumando as malas feito um louco.
Mitch: S/n, o que estĂĄ acontecendo? Por que Harry estĂĄ chorando enquanto tenta te ligar?
Mitch: Me atende, por favor.
Ele ligou e dessa vez ela atendeu.
“Mitch...” S/n disse com a voz chorosa.
“S/n? Por que vocĂȘ ‘tĂĄ chorando? Por que o seu namorado ‘tĂĄ chorando? O que ‘tĂĄ acontecendo?” Ele perguntou rĂĄpido enquanto encarava o amigo indo de um lado para o outro no quanto de hotel – Harry tinha desistido de tentar falar com ela e estava com o celular nas mĂŁos tentando comprar passagens de volta para Inglaterra, ele havia chegado em Los Angeles hĂĄ 4 dias e pretendia ficar mais tempo na cidade, mas seus planos mudaram assim que a mensagem da namorada apareceu em seu telefone.
“Ele nĂŁo Ă© mais meu namorado.” Ela diz devagar no tom mais calmo que seu estado permitia.
“Como assim ele nĂŁo Ă© mais seu namorado?” Mitch perguntou confuso – aquilo explicaria o estado do amigo, mas mesmo assim nĂŁo fazia sentido nenhum. Sabia que Harry e s/n estavam namorando a pouco menos de 1 anos, e apesar de relativamente recente, nunca viu um casal tĂŁo apaixonado, na verdade, nunca tinha visto Harry tĂŁo feliz. Pelo menos atĂ© agora.
“Nós não estamos mais namorando.” Ela afirmou outra vez.
“O que aconteceu, s/n? Ontem ele estava planejando uma viajem romĂąntica para o aniversĂĄrio de namoro de vocĂȘs e agora acabou? Simples assim?”
“Mitch...” Ela começou mas foi interrompida pela voz de Harry ao fundo da chamada.
“Com quem vocĂȘ ‘tĂĄ falando, Mitch? É com ela? É com s/n?” Ele perguntou se aproximando – mala e celular esquecidos na cama – “Deixa eu falar com ela, Mitch. Deixa eu falar com a minha namorada.”
“Mitch, não...” Ela pediu com a voz fraca.
“VocĂȘ ouviu isso, s/n? VocĂȘ Ă© minha namorada!” Harry gritou e foi apenas o que s/n precisou para terminar a chamada. S/n desligou o celular e se deitou, chorava histericamente – jĂĄ nĂŁo tinha tanta certeza se tinha feito a escolha certa, nunca sentiu tĂŁo triste.
*
S/n nĂŁo sabia em que momento havia dormiu, apenas que acordou com a brisa gelada vinda da janela que tinha esquecido de fechar na noite passa e com batidas insistentes na porta de seu apartamento. Ela se levantou devagar – ainda nĂŁo estava totalmente acordava e sua cabeça doĂ­a graças as horas que passou chorando – sem pensar muito, a moça foi atĂ© a porta de entrada e abriu, com certeza nĂŁo era algum completo desconhecido jĂĄ que o porteiro nĂŁo achou que precisava interfonar – e provavelmente era Giovanna, uma amiga italiana que estava morando em Londres e que Ă s vezes aparecia em seu apartamento sem nenhum aviso nas horas mais estranhas possĂ­veis – Mas quando ela encarou a pessoa a sua frente todo o ar de seus pulmĂ”es desapareceu.
Harry estava ali – tinha os cabelos bagunçados e seu nariz e olhos estavam vermelhos provando, que assim como ela, havia chorado – ele ainda tinha suas malas e sua jaqueta estava um pouco molhada devido à chuva fraca que caia lá fora. Harry não esperou que ela o convidasse para entrar, apenas forçou a moça a abrir passagem para ele.
“O que vocĂȘ ‘tĂĄ fazendo aqui?” Ela perguntou com olhos arregalados. Sabia que Harry planejava ficar pelo menos 1 semana em Los Angeles e nĂŁo conseguia entender o porquĂȘ dele estar ali – Harry tirou a jaqueta, pendurou no gancho que ficava no pequeno hall de entrada, porque ele sabe que ela odeia quando ele deixa roupas espalhadas pelo apartamento, ela sempre diz que o lugar Ă© pequeno demais e nĂŁo tem espaço para bagunça. – Odeia mais ainda o fato de nĂŁo conseguir ficar com raiva dela mesmo quando tem todas as razĂ”es, sequer conseguia espalhar suas coisas pelo lugar apenas para irrita-la.
“O que eu estou fazendo aqui?” Perguntou calmo. “Minha namorada me manda a porra de uma mensagem dizendo que ‘nĂŁo Ă© a pessoa certa pra mim’ e depois se recusa a atender minhas ligaçÔes. O que vocĂȘ acha que eu estou fazendo aqui, s/n?”
“Harry...” Ela começa mas logo foi cortada.
“NĂŁo, agora Ă© a minha vez de falar. VocĂȘ nĂŁo pode me mandar uma mensagem terminando comigo quando eu estou do outro lado do mundo, s/n. NĂłs estamos em um relacionamento, e o mĂ­nimo que eu espero Ă© que vocĂȘ me diga quando algo te incomoda, nĂŁo que me mande uma mensagem terminando as coisas.” S/n nĂŁo respondeu, tinha os braços cruzados na altura dos seios e os olhos fixos no chĂŁo. “S/n, o que aconteceu? Fala comigo. Por favor, lovie...” Ele pediu se acalmando.
“Harry, o que eu escrevi naquela mensagem Ă© a verdade. É sĂł uma questĂŁo de tempo pra vocĂȘ perceber que eu nĂŁo sou a pessoa certa pra vocĂȘ, que eu nĂŁo sou especial...” S/n disse chorando.
“O que? VocĂȘ nĂŁo ‘tĂĄ fazendo sentido nenhum, lovie. É claro que vocĂȘ Ă© especial.” Ele disse calmo se aproximando mas ela foi rĂĄpida em se afastar ainda mais – o peito de Harry doĂ­a, ele conseguia vĂȘ-la escorregando por entre seus dedos como areia.
“Harry, eu acho melhor vocĂȘ ir.” Harry a encarou incrĂ©dulo.
“NĂŁo.” Quase gritou. “NĂłs nĂŁo vamos terminar assim. VocĂȘ nĂŁo vai me deixar.”
“Harry, vai embora. Por favor...” S/n pediu outra vez.
“Tem como vocĂȘ me ouvir? Eu vou nĂŁo embora.” Ele disse firme e tentou se aproximar dela outra vez e respirou aliviado quando ela nĂŁo se afastou, ele agarrou as mĂŁos dela e as beijou. “Eu te amo.” Sussurrou e s/n ergueu a cabeça com olhos arregalados. “Eu te amo tanto.” Afirmou mais uma vez.
“O que? Harry, não...” Ela tentou separar as mãos das dele mais ele não deixou. Eles ainda não tinham dito o primeiro ‘eu te amo’, e as palavras de Harry pegaram s/n completamente de surpresa.
“Eu te amo tanto e vocĂȘ estĂĄ tĂŁo errada.” Ele disse a olhando nos olhos. “Eu soube que vocĂȘ era a pessoa certa pra mim na noite em que nos conhecemos, quando vocĂȘ nem mencionou que sabia quem eu era ou fez perguntas pessoas. Eu soube no momento que vocĂȘ nĂŁo conseguiu parar de rir me contando da vez em que visitou Amsterdam e experimentou brownie de maconha com suas amigas. Eu soube que vocĂȘ era a certa pra mim quando meses depois eu pedi pra vocĂȘ ser minha namorada e vocĂȘ teve uma crise de risos e eu nĂŁo consegui ficar sĂ©rio tambĂ©m.” Ele riu lembrando, sentia seus olhos arderem e lĂĄgrimas cortarem suas bochechas. “Eu soube que vocĂȘ era a pessoa certa pra mim no momento em que eu percebi que eu seria capaz de qualquer coisa pra te fazer feliz, atĂ© assistir Dr. House, mesmo sendo a sĂ©rie mais entediante que eu jĂĄ vi. Eu sei que vocĂȘ Ă© a pessoa certa pra mim todas as vezes que eu chego em casa e te encontro ouvindo alguma das minhas mĂșsicas e meu coração acelera porque eu sei que Ă© porque vocĂȘ sente saudade da minha voz.” Ele suspirou. “VocĂȘ Ă© a pessoa certa pra mim, s/n. VocĂȘ me prova isso todos os dias apenas por existir.”
S/n nĂŁo disse nada, apenas o abraçou e sĂł com aquele gesto - e com as palavras dele – os sentimentos dela, que antes estavam uma bagunça e nĂŁo a deixavam pensar direito, se ajeitaram. Ela jĂĄ tinha percebido que amava alguns detalhes nele – como o fato dele sempre ler a sinopse de vĂĄrios filmes mas acabar escolhendo o mesmo, ou o fato de que ele sempre acorda de bom humor, nĂŁo importa o tempo. E ela acha tĂŁo fofo o jeito como ele deita a cabeça em seu ombro sempre que estĂĄ cansado ou quer ficar perto dela. Ela ama que ele sempre deixa a luz do banheiro acesa e a porta aberta porque tem medo de que ela se machuque se precisar fazer o caminho atĂ© lĂĄ durante a noite, ela ama o jeito como ele trata as pessoas ao seu redor com gentileza, nĂŁo importa quem seja. – Mas nunca tinha percebido que o amava num todo, por completo.
“VocĂȘ Ă© a minha garota, lovie. O amor da minha vida, e eu nĂŁo vou te deixar ir assim tĂŁo fĂĄcil.” Harry disse com s/n em seus braços e ela chorou ainda mais.
“Harry...” Ela sussurrou.
“Lovie... vocĂȘ Ă© minha. Vai ser pra sempre se quiser.”
“Eu te amo.” Ela disse depois que se afastou um pouco para o olhar nos olhos.
“É?” Ele perguntou rindo enquanto ainda chorava um pouco. S/n fez que sim com a cabeça e o beijou.
“Desculpa por ter feito vocĂȘ chorar.” S/n disse acariciando as bochechas do rapaz. “Mas eu estava com medo, eu nunca me senti assim antes, Harry. Eu nunca tive alguĂ©m como vocĂȘ na minha vida.”
“VocĂȘ nĂŁo precisa se desculpar, lovie...” Harry sussurrou com os lĂĄbios quase tocando os dela outra vez. “SĂł nĂŁo faz isso de novo.” Pediu.
“NĂŁo vou.” Ela afirmou, eles ficaram naquela mesma posição por alguns minutos – apenas aproveitando o calor que emanava do corpo um do outro e a forma como eles se encaixavam perfeitamente – eles ainda tinham uma longa conversa pela frente, se amavam, mas aquele tipo de insegurança nĂŁo podia fazer parte do relacionamento. Harry havia escolhido ela para dividir a vida e tudo que ele mais queria era que ela o escolhesse tambĂ©m, mas para isso ela tinha que se entregar, e apesar de assustada ela estava disposta a se arriscar por eles, por ele. “Harry?” Ela chamou depois de um tempo em silĂȘncio e ele murmurou algo em resposta. “Dr. House nĂŁo Ă© entediante.” S/n surrou e Harry riu. Tinha certeza que ela faria algum comentĂĄrio sobre aquilo.
“Se pensar assim te faz dormir à noite tudo bem, lovie...”
“Harry...” Ela resmungou e ele riu a apertando mais em seu abraço. Amava cada pedacinho dela, e estava disposto a ter que assistir Dr. House pelo resto da vida se ela estivesse ao seu lado.
*
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desafiodeescritadiario · 3 years ago
Note
Oi, tudo bem?
Eu descobri recentemente que perdi meu livro, porque eu troquei de celular e quando fui enviar as coisas do antigo pro novo, os arquivos nĂŁo estavam indo. Isso me desanimou bastante por semanas, estou relembrando aos poucos o que estava escrito lĂĄ, jĂĄ que eu tinha "abandonado" porque jĂĄ tinha terminado de escrever e revisar, mas nĂŁo tinha coragem de ter um beta oficial, jĂĄ que pra todos que eu mostrava me elogiava e parecia muito falsa as falas.
Mas ultimamente nĂŁo consigo escrever, sĂł algumas frases soltas, mas elas ainda estĂŁo sem emoção. Eu apenas as escrevo quando estou entediada e deixo em um bloco de notas, mas quando vou vĂȘ-las novamente me incomoda a falta de sentimentos, ou sentido atĂ©.
Eu também não consigo fazer outros hobbies, como desenhar ou ler livros. Eu me sinto um pouco frustada quando eu começo a ler, porque me då vontade de voltar a escrever e não sai nada. Eu literalmente fico encarado o papel ou o celular com uma palavra escrita. Até quando eu tento criar outro começo.
Sinceramente, nĂŁo sei o que fazer. Eu escrevia desde os meus 12 anos e aquela Ă©poca eu era bem ruim kkkkk, eu escrevia as piores fanfics que vocĂȘ possa imaginar. Mas eu gostava da sensação, mas agora nĂŁo sinto vontade de fazer o que gosto, ou gostava. Mas escrever Ă© minha segunda paixĂŁo. NĂŁo sei como superar isso. Na verdade, acho que eu tĂŽ indo como uma tartaruga, porque nunca desabafei tanto sobre isso quanto agora.
Me desculpa por desabafar com vocĂȘ sobre meus problemas, mas muito obrigada pela atenção. Saber que sou escutada me faz sentir melhor, eu acho.
Oii, tudo bem? Comigo vai mais ou menos. É, aquela que dĂĄ as dicas nĂŁo estĂĄ tĂŁo bem na escrita quanto ela emprega. Porque no fim, se vocĂȘ nĂŁo estiver com a cabeça no lugar certo, nada dĂĄ certo. Sabe? NĂŁo importa se vocĂȘ sabe como escrever, Ă s vezes, as palavras simplesmente nĂŁo vĂȘm. NĂŁo como queremos.
Venho tendo esse problema desde 2020 e quase desisti de escrever. Eu nĂŁo sei... estava me sentindo meio vazia? É muito estranho, jĂĄ que a escrita tambĂ©m Ă© minha paixĂŁo.
O que eu quero dizer Ă©: vocĂȘ nĂŁo estĂĄ sozinha nessa, porque eu tambĂ©m perdi o pendrive onde eu guardava minha vida. Imagine dez anos de escrita, livros e filmes? É bem isso. Ainda bem as coisas mais atuais eu deixo na nuvem jĂĄ que Ă© mais fĂĄcil editar os arquivos assim.
O que eu também descobri nesse tempo é que a pressão que colocamos em nós mesmos é a pior coisa que pode acontecer. A história que estou tentando escrever... bem... parece que eu regredi cinco anos. Tå uma bela bostinha e fazia tanto que eu não achava que algo que eu escrevo ruim, sabe? E a razão é essa, é tanta pressão e medo de decepcionar que esses sentimentos vazam para a pågina. Então, a coisa mais racional a fazer é largar essa pressão, esse perfeccionismo. E eu sei, é mais fåcil falar do que fazer.
Geralmente algumas coisas me ajudam nesse ponto. Como voltar a ler algo que vocĂȘ amava ou descobrir algo novo e se deixar aproveitar a experiĂȘncia. Sei que Ă© difĂ­cil, mas... temos que tentar.
Revisar outras histórias. Elas me relembram que eu tenho a capacidade de escrever coisas legais. É o que estou fazendo enquanto tento escrever.
Prompts. Sempre dĂĄ certo. Eles me fazem desviar a atenção do que estou me torturando e fazem eu abrir minha mente para outras possibilidades. Tem vĂĄrios projetos online. Nanowrimo. Kinktober. JanuWhump e atĂ© projetos de fandoms como StarkerFest. NĂŁo importa o que vocĂȘ escolha fazer, ter uma comunidade ou um pequeno grupo de pessoas para te apoiar ajuda. É por isso que eu gosto de famdom, vocĂȘ nem precisa participar ativamente, e ainda assim a inspiração vai estar lĂĄ. E claro, um beta. Poupa bastante tempo.
Aqui vĂŁo algumas sugestĂ”es finais. Sempre tenha mais de um backup. Na nuvem e em outro lugar. Poste seus textos em alguma plataforma, assim, vai ser muio difĂ­cil perder. AlguĂ©m para te ajudar Ă© sempre agradĂĄvel, alguĂ©m que seja sincero e bondoso, que te entenda e goste do gĂȘnero que vocĂȘ escreve. Se eu tivesse no seu lugar, eu continuaria anotando o que for lembrando e deixar fermentar as ideias, sabe? E no resto do tempo, me divertir. Mesmo que nĂŁo saia as coisas mais brilhantes de lĂĄ. NĂŁo tem jeito, talvez escrever mais sobre o que vocĂȘ sente pode ajudar.
Ah, sobre beta, vocĂȘ ia me adorar. As vezes sou sincera atĂ© demais e as pessoas nunca voltam para falar comigo, mesmo eu avisando que isso iria acontecer. Eu elogio o que tem pra elogiar e aponto o que pode ser melhorado, mas parece que as pessoas sĂł vem a parte negativa da coisa. EntĂŁo, se precisar de ajuda fica a vontade.
VocĂȘ tambĂ©m disse que sĂł escreve quando estĂĄ entediada? Esse pode ser o problema. Se vocĂȘ estĂĄ entediada, o texto tambĂ©m vai estar, nĂŁo? De novo, sei que Ă© mais fĂĄcil falar, mas... que tal vocĂȘ tentar criar uma rotina de escrita? Agora estou gostando de escrever a noite antes de dormir e reviso outras coisas durante o dia ou de manha. É incrĂ­vel como meu cĂ©rebro parece ter se acostumado com isso. Nos dias em que nĂŁo faço isso parece que algo me falta, entĂŁo pode ser uma boa ideia criar ago mais fixo e tentar nĂŁo escrever somente quando vocĂȘ atĂ© entediada ou isso vai virar um habito, e hĂĄbitos sĂŁo difĂ­ceis de quebrar.
Enfim, o objetivo aqui Ă© vocĂȘ voltar a ter prazer na escrita. Tente relaxar um pouco, faz algo diferente do que vocĂȘ estĂĄ acostumada. Porque nĂŁo fazer um exercĂ­cio de escrita? Pegue seu personagem e escreva algo sobre ele. O que ele estaria fazendo agora? Qual seria o objetivo dele? Tente recriar alguma cena que vocĂȘ amava do seu livro. Eu adoro ir descobrindo novas coisas sobre meus personagens. E se reconectar com seus personagens e enredo Ă© essencial.
Espero que esse texto possa ter te ajudado.
Ana.
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memoriadoelefante · 4 years ago
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esse texto vai ser comprido
A primeira coisa que eu senti quando dei a pisada para fora do aviĂŁo foi um tufo de ar frio que passou pelo buraquinho entre o aviĂŁo e o corredor do aeroporto. Tinha um cara jovem pedindo para ver o passaporte de todo mundo, e eu mostrei pra ele quando chegou a minha vez. Ele disse que podia passar. Entrei num corredor imenso que levava para outra parte do aeroporto. NĂŁo sabia direito onde eu estava indo, mas ia. Peguei o celular pra tirar uma foto do aviĂŁo que eu tinha acabado de sair e jĂĄ fiz um vĂ­deo para mandar pra minha mĂŁe dizendo que cheguei. Falei assim que tava muito frio, eu jĂĄ tava com a blusona de frio que eu tinha levado sĂł para aquele dia, jĂĄ que pensava que ia estar muito calor na TailĂąndia. No Brasil era bem cedinho, e pra mim jĂĄ era umas 10h e pouco da manhĂŁ. Eu consegui conectar o celular no wifi do aeroporto que devia ser melhor que o wifi da minha casa e avisei minha famĂ­lia que tava tudo bem.
Depois de mandar umas mensagens para eles, fui em direção Ă  parte da imigração, que tava muito fazia. NĂŁo peguei fila nenhuma e fui pro primeiro guichĂȘ e coloquei meu passaporte na mesinha pro homem pegar. Ele deu uma olhadinha e perguntou: “Pra onde vai?” E eu falei: “Pra TailĂąndia” E ele falou: “Quando Ă© seu vĂŽo?” E eu: “Hoje a noite” E ele: “Ah, entĂŁo vai ficar aqui sĂł por uns segundos?” (Eu lembro que ele usou a palavra segundos, achei meio engraçado) E eu: “Sim, vocĂȘ quer ver minha passagem?” E ele falou: “NĂŁo precisa” E jĂĄ carimbou meu passaporte, permitindo minha entrada na Alemanha (!!!!).
SaĂ­ de lĂĄ com a mochila nas costas e olhando para os lados, talvez um pouco atordoada de nĂŁo ter dormido direito no aviĂŁo. Fui um pouco pra direita, depois dei meia volta e fui pro outro lado. Eu tava procurando um locker que eu pudesse deixar a minha mochila. Acho que nĂŁo expliquei ainda o que aconteceria a seguir entĂŁo aqui vai: eu tinha 12 horas de conexĂŁo em Frankfurt, na Alemanha, antes de ir para Bangkok. EntĂŁo o meu plano era pegar um trem para ir para o centro da cidade e explorar o mĂĄximo possĂ­vel nessas horas. O meu roteiro incluia: Romerberg, que pelo que eu pesquisei era meio que o centro histĂłrico da cidade, a ponte de ferro, que era uma dessas pontes que os casais colocam cadeados, a rua dos museus, e o que mais desse para ir nesse tempo que eu tinha.
Parei num pequeno guichĂȘ que parecia ser de informaçÔes e perguntei onde eu poderia achar um locker. O homem abriu um sorrisĂŁo e foi muito gentil comigo. Eu lembro do rosto dele. Ele era um homem careca e negro, com aquele sorriso em que a bochecha fica saliente. Ele pegou um papelzinho e ia falando enquanto escrevia as palavras chaves no papel: “TĂĄ vendo essas placas? VocĂȘ segue elas atĂ© achar a B1, e entĂŁo vocĂȘ vai achar um guichĂȘ escrito nĂŁolembrooque service. LĂĄ vocĂȘ pode deixar a sua mochila pagando uns trocados.” Agradeci muito e achei certinho o balcĂŁo que ele falou. Depois eu descobri que aquele homem nĂŁo estava num guichĂȘ de informaçÔes, mas um guichĂȘ de pacotes turĂ­sticos, o que me fez pensar que ele tinha sido mais gentil ainda. Dobrei e guardei o papel como recordação.
Minha primeira compra na Alemanha: Uma ĂĄgua no McDonalds. Eu precisava trocar os meus euros para comprar uma passagem do trem que ia para o centro. A mulher do McDonalds falou assim: “Sparkling or still? (Com gĂĄs ou sem?)” E eu: “No, just water (Água)”. E ela bem sĂ©ria: “Yes. Sparkling or still?” E eu: Ah!!!! Still, please.... Thank you...... E peguei minha ĂĄgua e meu troco.
Era exatamente 11:14 quando eu paguei 9,75 euros na passagem do trem numa mĂĄquina de autoatendimento. Na passagem (que eu tambĂ©m guardei) tĂĄ escrito Tageskare Erwachsene e era uma passagem de dia inteiro que me permitiria ir e voltar do centro quantas vezes eu quisesse. Eu jĂĄ sabia disso, porque tinha pesquisado videos do tipo “O que fazer numa conexĂŁo de no mĂ­nimo 4h de conexĂŁo em Frankfurt” e porque a Sara tinha me explicado tambĂ©m, que eu tinha que descer numa estação chamada Konstablerwache. A lĂ­ngua alemĂŁ Ă© um pouco assustadora nĂ©.
O trem chegou no horĂĄrio certinho que indicava no painel. Me deixava tranquila que tudo que tava escrito bem grandĂŁo em AlemĂŁo, em baixo estava escrito menor em InglĂȘs. NĂŁo precisava mostrar o ticket pra ninguĂ©m, sĂł entrar e sentar no trem e descer na estação correta. Fui olhando tudo e aproveitando cada segundo da viagem. O trem estava bem vazio, sĂł tinha alguns senhores lendo o jornal, um grupo de pessoas aqui ou ali. A paisagem era linda e o dia estava nublado, bem com cara de frio mesmo. Eu, segurando minha garrafinha de ĂĄgua na mĂŁo, fiquei captando o mĂĄximo de informaçÔes que eu podia lembrar. No começo, era sĂł vĂĄrias ĂĄrvores secas e algumas estaçÔes de trem, e mais pra frente, começava as paisagens de cidades. Eu estava radiante e me sentia num filme.
Konstablerwache Ă© uma estação de trem e quando vocĂȘ desce nela vocĂȘ sai numa rua que Ă© um calçadĂŁo bem limpinho. O chĂŁo tava meio molhado como se tivesse chovido algumas horas antes e o cĂ©u bem cinza indicava isso mesmo. O vento era muito, muito frio, tanto que imediatamente jĂĄ senti minhas bochechas ardendo um pouco e a nuvenzinha de vapor saindo da minha boca que nem eu fazia quando eu era criança. Vi umas lojas que pensei que queria voltar lĂĄ se sobrasse tempo. Lembro que achei engraçado que eu fui flanando pela cidade, andando meio que com rumo meio que sem e acabei chegando onde eu queria mesmo. Eu nĂŁo tinha mapa no celular (porque nĂŁo tinha internet), mas nem precisava! AlĂ©m de Franfkurt ser uma cidade pequena, eu sentia que parecia que eu estava em casa. Mas uma versĂŁo da casa que eu nĂŁo conhecia nada, mas parecia que eu sabia me achar. Comecei a ganhar confiança que talvez sobrevivesse super bem aos prĂłximos meses que estavam por vir. Eu sabia me virar sozinha!
Na rua tinham vårias lojinhas, uma mais bonita que a outra. Uma floricultura com muitas flores rosa branco e amarelo do lado de fora, uma loja só com itens do Tintin que se chamava TinTin, uma loja escrito Designers House, vårias lojas de turistas. Entrei numa lojinha de Coisas Pequenas. Ela era toda colorida, com vårios itenzinhos muito fofos e muitos inuteis bem do jeito que eu gosto. E eu queria tudo, mas só comprei dois cartÔes postal com ilustraçÔes meio tipo rococó, meio kitsch. Um pra mandar pra Thay, um pra eu guardar pra mim.
No vento frio, achei Romerberg, que estava bem vazia. Tirei umas fotos como toda turista e fui procurar a tal ponte de ferro que ficava lå perto. Achei bem råpido e foi lå que eu comecei a sentir muito, muito frio. O vento que vinha da ågua parecia mais cortante. Entrando na ponte, vi um homem que parecia ser um morador de rua pedindo dinheiro. Andei pela ponte e achei tudo lindo. Parei lå pra apreciar um pouco o momento. Tirei algumas fotos da ponte e dos cadeados, mas estava começando a ficar insuportåvel de frio ficar lå. A minha roupa, que era a minha roupa mais quente do Brasil, claramente não era nada preparada para aquilo que eu estava sentindo. Eu tentava tirar algumas fotos no celular e às vezes o meu dedo falhava na função de fotografar, de tão frio. Do outro lado da ponte, ficava a rua com os museus, que eu tinha ouvido falar também. Atravessei lå e comecei a andar pela rua, mas desisti, porque estava M U I T O F R I O. Voltei pela ponte e tirei só mais umas fotos, em que eu fingia não estar com tanto frio assim mas meu corpo inteiro tremia debaixo da roupa. Voltei por Romerberg, onde eu entrei numa lojinha e comprei mais um cartão postal para enviar pros meus pais. Escolhi o menos feio. Daí me toquei que talvez todo aquele frio que eu estava sentindo devesse ser pela falta de comida, porque jå deviam ser umas 14h e eu não comia desde antes de sair do avião, quando eu comi um sanduíche de abobrinha de café da manhã (não parece, mas o sanduíche era incrível). Decidi que era hora de almoçar.
Fui andando e passei na frente de alguns restaurantes e cafĂ©s, onde tudo parecia ser muito caro. Continuei em frente como se soubesse onde eu estava indo e de repente, Ă  minha esquerda, tinha uma entrada que dava num lugar tipo os mercados municipais aqui do Brasil. Era lindo! LĂĄ estava cheio de gente, e tinha aquecimento. Decidi que ia almoçar lĂĄ. Dei vĂĄrias voltas pelo mercado pensando o que eu poderia comer. Tinha barracas de frutas, cogumelos de todos os tipos, berries, conservas, pĂŁes, carne, peixe, tudo! Tudo muito bonito e muito fresco. Igual o mercadĂŁo mesmo. Eu decidi comprar um quiche de brĂłcolis que a moça esquentou pra mim e eu comi sentadinha lĂĄ do lado do balcĂŁo. Enquanto comia eu fiquei meio frustrada com a minha escolha de comida. NĂŁo porque era ruim (era muito bom!), mas pensava que devia ter pego alguma coisa mais tradicional. Ia ser minha Ășnica refeição lĂĄ e eu comprei um quiche. Mas eu me perdoei porque eu estava com muita fome e muito frio para continuar procurando por outra coisa.
Dei mais algumas voltas pelo mercadão e saí de volta pra rua, pra enfrentar o frio de novo e continuar explorando a cidade. Achei uma papelaria e entrei lå na missão de comprar um låpis para a coleção. Comprei um e aproveitei pra perguntar pra atendente se eles vendiam selo. Ela falou que não, mas falou para eu ir em uma banquinha de revista que lå eu acharia. Ela fechou o caixa e saiu na porta da papelaria pra me mostrar por onde ir para achar a banquinha. Todo mundo era muito legal. Eu agradeci e fui achar a banquinha.
Comprei na banquinha 3 selos: um para os meus pais, um para a minha irmĂŁ e de novo, um pra guardar pra mim. Decidi que ia escrever os postais naquela hora, sĂł precisava de um canto para eu sentar e escrever. Acabei passando por um cafĂ© que tinha duas mesas do lado de fora e entrei lĂĄ. Pedi um cafĂ© com leite quente e aproveitei para tentar derreter o gelo que parecia estar sendo formado na minha mĂŁo. Em uma das mesas lĂĄ fora tinha dois homens bem vestidos conversando e tomando um cafĂ©. E a outra mesa estava “vazia” apenas com algumas sobras de pĂŁo e muitos passarinhos voando em volta dela comendo as sobras. Sentei com os passarinhos. Comecei a escrever os postais e percebi que minha letra estava horrĂ­vel porque minha mĂŁo estava congelada.
Depois que escrevi os postais parei para olhar bem em volta. O café ficava numa esquina. Os passarinhos ainda estavam voando na minha volta. Do outro lado da rua dava para ver a caixa de correio amarela, que me falaram que era só colocar o postal na caixa e mais nada! A marquise do café era listrada rosa com branco. Eu fiquei pensando que o dia que eu voltar para Frankfurt quero achar aquele café e aquela mesa que eu sentei para escrever os postais. Eu vou achar. Olhei para a placa da esquina com o nome da rua e jurei que ia lembrar do nome dela. Não lembro mais o nome da rua, mas acho que sei voltar lå sim. Uma família com crianças queria sentar na mesa então eu peguei minhas coisas e desocupei o lugar. Eu precisava me movimentar mesmo. Atravessei a rua e coloquei os dois postais na caixa.
Depois disso não aconteceu muito mais. Eu fui nas lojas do calçadão e fiquei indignada com o preço muito mais barato de lojas como a Zara. Fui numa loja chamada Primark também e comprei um moletom vermelho por muitos poucos euros. E depois disso, decidi voltar para o aeroporto. Comprei um folhado de maçã antes de voltar e pedi pra embalar para viagem. Tinha vårias coisas de maçã lå, achei que devia ser uma fruta importante pra eles.
Ainda devia ser apenas o final da tarde quando eu cheguei no aeroporto de Frankfurt e meu vÎo ia ser só as 22h, então fui pro banheiro e me limpei com lencinhos umidecidos. Fiz uma nota mental de avisar a Thay comprar lencinhos umidecidos para o vÎo para o Japão. Era péssimo ficar sem tomar banho. Troquei de roupa e coloquei meu moletom novo e tirei uma foto no espelho escovando o dente. 
Passei pelo Raio-X e o moço perguntou bem råpido se tinha líquidos na minha mochila. Eu não entendi direito e falei que não. Mas tinha, então a minha mochila foi separada e quando eu fui pegar ela vi o moço da segurança olhando meu chaveiro que era um apito de madeira da Ilha do Mel que o Lucas tinha me dado alguns meses antes. Ele teve que revistar minha mochila e deu um sermãozinho falando que tinha sim, um pacotinho de ålcool em gel na minha mochila. Mas ficou tudo bem, ele nem viu a mochila até o fim, de tanta tranqueira que tinha.
Fiquei sentada na sala de embarque porque ainda tinha algumas horas atĂ© o meu vĂŽo. Conectei meu celular de novo no wifi e avisei minha mĂŁe que jĂĄ tava de volta, que ela nĂŁo se preocupasse, eu nĂŁo ia perder meu vĂŽo dessa vez. Tinham vĂĄrias mensagens dos meus amigos perguntando se eu jĂĄ tinha chegado na TailĂąndia. Conversei um pouco e decidi baixar o tinder. Eu lembro que mandei uma mensagem pro Lucas falando algo tipo “amigo eu nĂŁo acredito que eu sou mais valorizada no tinder daqui do que no do Brasil e ainda com pessoas mt mais gatas” e dai ele falou alguma coisa de eu JÁ estar piranhando e eu falei que Ăłbvio. Conheci meu primeiro crush alemĂŁo aquele dia, que depois eu explico porque estou dizendo isso aqui.
Eu tava podre de cansada na hora que anunciaram o meu vĂŽo para Bangkok, e fui toda toda felizinha.
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sweetluly · 4 years ago
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Os Textos Que Desisti de Enviar
Os Textos Que Desisti de Enviar
Os Textos Que Desisti de Enviar Autora: Vanessa PĂ©rola GĂȘnero: CrĂŽnica Ano: 2019 NĂșmero de pĂĄginas: 100p. Editora: Publicação Independente (Amazon) ISBN: B07VCCHKBJ Sinopse: “No dia dos namorados meu namorado terminou comigo. E depois de tudo o que passamos, eu fiquei devastada. NĂŁo deu tempo de entregar as cartas que eu tinha escrito para comemorar quatro anos de namoro. EntĂŁo resolvi arquivĂĄ-las. No

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beifongnation · 6 years ago
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The Rebound: Now in Portuguese!
A note in English: I can’t even tell you all how astounded/humbled I am that Spaild on FF.net reached out and asked to translate this story into Portuguese. I’m super excited that more people will have a chance to read one of my personal faves (Partial to Kazuo, what can I say?). A HUGE obrigada to Spaild for her translations, which you can read below. This is next level wonderful :D
Descrição: Lin se envolve em um breve romance após sua separação com Tenzin. [Tradução]
Leia esta histĂłria no FF.net
História: 
Esta fanfic foi postada originalmente em Abril de 2013, então levem em consideração que ainda não havia respostas para algumas das perguntas que nós, fãs de Avatar fazíamos.
Satomobile, a autora, me permitiu a tradução de uma série de histórias que ela escreveu. Então este texto estå devidamente autorizado a existir.
Eu fiz a tradução exclusivamente para compartilhar com todos a obra prima que Ă© a criação deste personagem incrĂ­vel que vocĂȘs logo vĂŁo conhecer.
No mais, boa leitura.
Lin estreitou os olhos para o homem em pĂ© diante dela. Seu nome era Kazuo, um representante em potencial da Nação do Fogo em Republic City que fazia campanha para um lugar no conselho da cidade. Ele parecia em cada centĂ­metro com um polĂ­tico; mandĂ­bula esculpida, ombros largos e cabelos grossos e escuros que nunca pareciam fora do lugar. Ele era encantador tanto na aparĂȘncia quanto na personalidade, mas seu sorriso perfeito nĂŁo estava ganhando a simpatia da chefe de polĂ­cia de Republic City. Ela cruzou os braços e o encarou tentando descobrir do que o novato estava brincando. Ele havia lhe perguntado sobre comida, o que ela gostava e o que nĂŁo gostava. Seu objetivo era sem dĂșvida de cunho polĂ­tico, mas ele estava fazendo uma quantidade suspeita de perguntas pessoais.
- VocĂȘ come nĂŁo Ă©? - ele perguntou com uma risada pequena.
- Sr. Kazuo, o caminho para um lugar no Conselho não é através do meu estÎmago, posso lhe garantir. - Lin respondeu secamente.
Esse comentårio lhe rendeu uma risada que surgiu das profundezas dele. Sua cabeça se inclinou quando ele riu, as mãos nos bolsos.
- Eu nĂŁo estou pedindo para apoiar a campanha Chief Beifong. - ele sorriu - Estou te convidando para jantar.
De alguma forma aquilo a pegou de surpresa.
Ele estava paquerando.
Os olhos foram para o lado, desviando o olhar antes confiante. Ela resistiu olhar por cima do ombro em busca de outra pessoa com a qual Kazuo poderia estar falando. Por fim ela checou, embora, obviamente, estivesse sozinha com ele em seu escritório. Sentiu o calor subir em suas bochechas assim como o pùnico que zumbia dentro de seu peito. Fazia tanto tempo desde que ela havia sido alvo daquele tipo de atenção que ela não conseguia entender o que o tinha levado àquilo. Ela usava seu uniforme como de costume, seu cabelo estava penteado da mesma forma de sempre e ela não usava nenhuma maquiagem. Sem contar claro, o batom em um leve tom rosado que ela usava.
AlĂ©m de sua aparĂȘncia comum ela considerou o que mais no mundo teria lhe dado a ideia de que ela estava de alguma forma disponĂ­vel. Ela estava, Ă© claro, mas sua linguagem corporal e o comportamento dizia o oposto. Depois de quase vinte e cinco anos de relacionamento, o ar de mulher compromissada estava preso a ela como um perfume que pairava ao redor em cada uma de suas interaçÔes diĂĄrias. Dificilmente alguĂ©m poderia apontar Lin Beifong como disponĂ­vel.
E, no entanto, de alguma forma Kazuo havia notado.
- Eu espero que vocĂȘ entenda que eu sou muito ocupada com o meu trabalho no momento. - ela disse sem deixar nenhum espaço para discussĂŁo. Sentiu-se presa entre desespero e alĂ­vio. Uma pequena voz em sua cabeça a dizia para seguir em frente, mas durante a maior parte de su vida ela foi condicionada a dizer "NĂŁo, obrigada" e seguir em frente.
Ele assentiu.
- Eu entendo. - E deu-lhe um sorriso melancĂłlico ao virar-se para sair. - Mas eu espero que vocĂȘ saiba, eu nĂŁo desisti de lhe convidar. Estarei aqui por... duas semanas? Eu aposto que vocĂȘ vai precisar parar em algum momento para o almoço.
Lin se impediu de retrucar "NĂŁo conte com isso", mordendo o lĂĄbio quando ele saiu do escritĂłrio.
Ela voltou a sentar-se Ă  sua escrivaninha dando a pilha de papĂ©is a sua espera um olhar fulminante. Isto era sua vida por quase um ano agora. Pilhas de papel, conferĂȘncias de imprensa, treinamento, trabalho. Trabalhe e nada mais. Ela suspirou, ciente de quĂŁo fechada ela havia se tornado.
Houve uma batida em sua porta e ela gemeu esperando que Kazuo reaparecesse com alguma história ridícula sobre ter esquecido algo em seu escritório. Em vez disso seu secretårio enfiou a cabeça para dentro.
- Chief. - ele chamou. - Ligação urgente para vocĂȘ na linha um.
- Quem Ă©?
- Princesa Ursa da Nação do Fogo.
Lin revirou os olhos e suspirou pegando o fone na mĂŁo esquerda.
- Chief Beifong.
- Tente nĂŁo parecer muito feliz. - disse a voz pomposa de Ursa do outro lado.
Deu um riso pouco antes de responder a saudação de Ursa.
- O que estĂĄ acontecendo?
- Apenas ligando para dizer olĂĄ. - informou Ursa e Lin quase podia vĂȘ-la esticando os longos dedos para examinar as unhas recĂ©m pintadas.
- Meu secretĂĄrio disse que era urgente. - Lin falou encostando as costas em sua cadeira.
- De que outra forma eu consigo fazer vocĂȘ atender o telefone? - Ursa questionou em voz alta. - VocĂȘ nĂŁo escreve, nĂŁo liga...
- Estou apenas ocupada. - Lin disse ao mover brevemente a cabeça pegando distraidamente um låpis sobre a mesa e começar a girå-lo entre os dedos.
- E eu nĂŁo estou? - Ursa retrucou.
- Oh sim, me desculpe. - respondeu. - Cortar a fita na inauguração do hospital deve estar consumindo todo seu tempo.
- É minha vida. - Ursa brincou. - Então... como está indo a temporada eleitoral?
- Ugh. - Lin gemeu mostrando a língua em claro desgosto. O fato de que Ursa não a podia ver não era sequer uma consideração, sabia que ela podia imaginar sua expressão claramente de qualquer maneira. - Eu mal posso esperar o fim disso. Se eu tiver que ir a mais uma reunião ou cerimÎnia eu juro que vou matar alguém!
- Tenzin? - Ursa se aventurou a adivinhar quem seria sua vĂ­tima.
- Serve. - Respondeu alegremente embora a realidade de sua situação queimasse dentro dela.
Como a representante do Departamento de Polícia, ela era obrigada a participar de vårios eventos políticos este ano. Era uma veterana experiente do circuito político, tendo participado de tais eventos em representação de seu escritório e, no passado, como a namorada de Tenzin. Ela estava acostumada com a conversa monótona, com os delicados petiscos e com a dolorosa rede de contatos que eram as marcas de tais reuniÔes até agora, mas este ano estava sendo um pouco mais difícil de aguentar. Provavelmente porque naquele ano, suas funçÔes políticas significavam ter que ver Tenzin com a nova esposa.
- EntĂŁo quando serĂĄ o prĂłximo. - Ursa questionou.
Lin deslocou o telefone para o ombro e o prendeu lå com a cabeça enquanto estendia a mão sobre a escrivaninha para o pequeno calendårio manchado de chå que continha os compromissos de sua vida diåria anotados à mão. Ela olhou e gemeu.
- Hoje a noite. - respondeu. - Irei enviar Saikhan. - falou decididamente a Ursa jogando o calendĂĄrio de volta Ă  mesa.
- O que? NĂŁo! VocĂȘ deveria ir. - Ursa insistiu desconfiada que o coquetel daquela noite estava sendo oferecido pelo Embaixador da Nação do Fogo.
Lin trocou o fone de lado e estreitou os olhos desconfiada.
- Por que?
- Eu nĂŁo sei... - Ursa respondeu. - Apenas acho que pode ser divertido.
- Oi, a gente se conhece? - Lin respondeu cheia de sarcasmo quando ela se moveu para descansar os pés em cima de sua mesa.
Ursa bufou.
- Eu sĂł quero dizer que talvez alguĂ©m esteja lĂĄ e vocĂȘ poderia, eu nĂŁo sei... ter um encontro com...
Os olhos de Lin se arregalaram quando as peças do quebra-cabeça se encaixaram. Ela inadvertidamente agarrou o låpis em sua mão e saltou para frente em seu assento.
- VocĂȘ o colocou nisso? Pediu a ele que me convidasse para jantar? - o tom era de acusação.
- NĂŁo! - Ursa respondeu de imediato. - Eu juro... Espere, Kazuo te convidou para jantar?
- Sim. - Lin soltou um suspiro agravado.
- EntĂŁo vĂĄ! - Ursa a instruiu. - Escute, nĂŁo fui eu quem o colocou nisso! Ele me perguntou se vocĂȘ era solteira.
Lin chegou a abrir a boca para argumentar, mas a fechou lentamente quando a curiosidade venceu-lhe.
- Ele perguntou?
- Sim Lin! ele Ă© um dos meus representantes favoritos. Ele Ă© inteligente, corajoso, um colĂ­rio para olhos... - Ursa disse.
- Ele tem doze anos. - Lin argumentou, havia notado sua aparĂȘncia relativamente jovem.
- Trinta e quatro. - Ursa a corrigiu.
- Eu tenho quarenta. - Lin a lembrou.
- Lin, vocĂȘ tem trinta e nove anos, nĂŁo exagere. Cada vez que faz isso me deixa um ano mais velha tambĂ©m e alĂ©m disso, quarenta sĂŁo os novos trinta.
- Eu odeio quando as pessoas dizem que isso Ă© o novo aquilo. - Lin resmungou.
- VocĂȘ odeia tudo. - Ursa respondeu. - Mas escute, ele recentemente saiu de um relacionamento de longo prazo, entĂŁo tem isso.
- E isso deveria me influenciar de alguma forma? - Lin perguntou, a testa franzida em confusĂŁo.
- SĂł estou dizendo que vocĂȘs dois provavelmente podem se dar bem. - Ursa defendeu com um suspiro. - Aqui, façamos o seguinte Lin. Ele pareceu bastante interessado, vocĂȘ precisa fazer algo sobre isso, saia com ele. Vista-se, sinta-se bem novamente. Qual foi a Ășltima vez que vocĂȘ usou algo diferente de seu uniforme deprimente?
- Meu uniforme nĂŁo Ă© deprimente.
- Quando? - Ursa exigiu. - E pijama nĂŁo conta.
Lin franziu os lĂĄbios em pensamento logo concluindo que Ursa tinha um bom argumento. Ela nĂŁo conseguia lembrar da Ășltima vez que tinha usado roupas civis fora de sua prĂłpria casa. Ela sequer conseguia se lembrar da Ășltima vez que saiu com um propĂłsito social.
- Eu estou esperando. - Ursa disse em uma voz cantada. Lin soltou um suspiro derrotado e Ursa se animou do outro lado da linha. - Sim! Saia com ele Lin. Se vocĂȘ nĂŁo fizer algo, em breve seu hĂ­men voltarĂĄ a crescer.
Lin zombou do comentĂĄrio do outro lado da linha.
- Ok, vou desligar.
Ursa estava entre gargalhadas.
- Eu nĂŁo estou brincando, ele vai voltar ao lugar.
- Adeus. - gracejou antes de colocar o fone de volta no pedestal.
Lin balançou a cabeça para si mesma, um sorriso brincando nos låbios com o comentårio de sua velha amiga. Sua maneira de abordar o assunto foi... muito Ursa. Lin tinha certeza que, se optasse por não comparecer neste evento Ursa estaria a esperando quando chegasse em casa batendo o pé no chão como uma mãe impaciente.
Ela poupou um Ășltimo olhar para os papĂ©is a sua frente decidindo que eles eram ligeiramente mais dolorosos do que se misturar na Embaixada da Nação do Fogo, agarrou seu casaco, ela iria apenas para provar que Ursa estava errada.
Pouco depois de chegar, Lin se encontrou observando a mesa de comida por puro tédio. Ela se serviu de uma bebida após a outra, segurava firmemente um copo em sua mão esquerda enquanto parada em frente a pequenas cenouras. Iria se vangloriar disso com Ursa mais tarde quando estivessem no telefone. Ela iria lhe dizer que tinha sido um desperdício aquela noite, não haveria nenhum encontro, na haveria excitação e Lin sorriu em pensar em sua vitória.
EntĂŁo ela franziu a testa, seria uma vitĂłria vazia, ter uma noite horrĂ­vel apenas para vencer uma discussĂŁo nĂŁo a tornava exatamente vitoriosa. Foi a natureza de seu relacionamento com Ursa que a fez pensar assim, as duas eram amavelmente competitivas por culpa. Enquanto cresciam, suas apostas frequentemente terminavam em uma ou ambas entrando em situaçÔes muito distintas que geralmente exigiam resgate da parte dos pais e mais tarde da parte de outras pessoas importantes. A lembrança de Tenzin murchando os ombros quando as duas mulheres apertaram as mĂŁos rapidamente lhe veio Ă  mente. "É sĂł uma questĂŁo de tempo antes que eu esteja arrancando uma de vocĂȘs do chĂŁo." Ele lamentou com um revirar de olhos.
- Elas disseram algo engraçado? - Uma voz perguntou a trazendo de volta ao presente.
- Hmm? - Lin virou-se para encarar Kazuo.
- Eu perguntei se as cenouras estavam dizendo algo engraçado. VocĂȘ estava aqui, parada sorrindo enquanto as olhava. - Ele perguntou com um elegante erguer de sobrancelha.
Lin o lançou um olhar frio.
- Lå vamos nós. - ele disse. - Essa é mais como a Chief Beifong que eu conheço.
- VocĂȘ nĂŁo me conhece. - Lin o lembrou rispidamente.
- Mas eu adoraria. - ele lhe respondeu sem hesitar.
Sua resposta foi mais rĂĄpida e genuĂ­na do que ela imaginou. O olhar em seus olhos a surpreendeu, era igualmente amigĂĄvel e humilde apesar de seu tom confiante.
Ao notar que ele a deixou sem palavras ele continuou:
- O que vocĂȘ me diz se depois que eu terminar de apertar algumas mĂŁos e beijar bebĂȘs, te levar para comer alguma coisa de verdade?
Lin respirou fundo tendo uma recusa preparada para deixar facilmente seus lĂĄbios vermelhos, ao erguer os olhos seu olhar cruzou e se prendeu ao olhar de seu melhor amigo no mundo inteiro do outro lado da sala. Ela segurou o olhar de Tenzin por um instante antes de desviar.
Ela se encontrou sem uma palavra, sem recusa, sem resposta. Apenas um suspiro pesado deixou seus låbios. Kazuo moveu a cabeça apenas para chamar sua atenção novamente. Seus olhos se encontraram e Kazuo ofereceu um sorriso esperançoso quando Lin piscou de volta sentindo aquele irritante ardor.
- ... EntĂŁo? Agora eu sei que vocĂȘ come. - Brincou Kazuo apontando as cenouras. Lin soltou uma risada patĂ©tica quando seus olhos se voltaram para o lado observando Pema passar o braço pelo de Tenzin. Seus olhos se encheram de lĂĄgrimas e ela mordeu o interior do lĂĄbio em uma tentativa de manter a compostura. Tenzin olhou para trĂĄs em sua direção depois de um momento e Lin desviou os olhos para o homem diante dela.
- Sim, Okay. - ela concordou como se mergulhasse em ĂĄgua gelada. - Eu vou sair para jantar com vocĂȘ.
Kazuo abriu um sorriso, o brilho de seus dentes perfeitos quase a deixou cega.
- VocĂȘ gosta de comida da Nação do Fogo?
- Nossa, como vocĂȘ sabia que Ă© a minha preferida? - Lin perguntou cheia de sarcasmo.
Kazuo deu um sorriso tĂ­mido.
- Eu posso ter conseguido alguma informação privilegiada.
Lin deu-lhe um aceno de cabeça.
- Bem, não fuja de mim. Irei até o Embaixador lhe dizer que algo surgiu. - ele disse.
- VocĂȘ acabou de chegar aqui. - Lin respondeu em pĂąnico, sentido-se subitamente convencida a concordar com o encontro. Quando ela disse sim havia certa distĂąncia entre aquele momento e o encontro. Havia minutos, talvez horas onde ela poderia preparar uma desculpa para cancelar.
- Eu tenho uma boa autoridade aqui, posso deixar a festa mais cedo se quiser. - respondeu com um olhar significativo.
"Ursa" Lin a amaldiçoou para si mesma.
- Volto logo. - ele sorriu, deixando seu lado com urgĂȘncia.
Lin gemeu interiormente e levou a taça aos låbios bebendo todo o vinho em segundos. Foi tão råpido que ela fez um pequeno suspiro assim que terminou. Coragem líquida, ela disse a si mesma em uma voz que soou muito parecida com a de sua mãe.
Seus olhos examinaram o espaço anteriormente ocupado por Tenzin e sua esposa, achando-o desprovido que quaisquer obståculo emocional, se dirigiu naquela direção para pegar um pouco mais de vinho. O barman encheu a taça rapidamente e Lin se virou para encarar o salão, mas em vez disso se viu sendo confrontada por seu ex.
- Lin. - Tenzin a cumprimentou com tanta formalidade que a irritou de modo que ela precisou se impedir de jogar todo o conteĂșdo de sua taça no rosto dele.
- VocĂȘ nĂŁo bebe. - falou rĂ­spida em vez de cumprimentĂĄ-lo ao que ele esperava sua vez.
- Eles servem ågua aqui. - ele a lembrou. O sorriso hesitante em seu rosto tentava transmitir amizade, mas Lin apenas via presunção. Com sua melhor carranca ela fez um movimento para se afastar sem mais nenhuma palavra, mas ele a deteve.
- Estou feliz por tĂȘ-la encontrado aqui. Eu estava limpando um dos quartos de hĂłspedes e me deparei com uma caixa com coisas suas. - ele disse aceitando o copo de ĂĄgua.
- VocĂȘ pode jogar fora. - sua voz transmitia apenas frieza.
- Tem muitas roupas de inverno. - ele explicou suspirando com a rejeição.
- Eu nĂŁo me importo. - disse a ele. - VocĂȘ pode jogar fora, ou melhor ainda, dĂȘ as roupas para Pema. Eu sei que ela estĂĄ acostumada com coisas de segunda mĂŁo.
- Lin...
- Tenzin. - o cortou. - Estou tendo muita dificuldade em nĂŁo jogar esse vinho na sua cara. - falou calmamente a mover o lĂ­quido na taça para dar ĂȘnfase. - Estou indo, jogue a caixa fora, de verdade eu nĂŁo dou a mĂ­nima.
Ela deu um passo o contornando decididamente o deixando firmemente para trås. Seu rosto poderia ter vacilado se não fosse pelo sorriso vitorioso de Kazuo a se aproximar rapidamente. Ele caminhava em sua direção com uma confiança e determinação que fez Lin abaixar a taça de vinho em sua mão em um esforço para se mostrar tão confiante quanto ele.
- Pronta?
- Sim, por favor. - respondeu rapidamente e passou o braço em volta do cotovelo dele. Eles saíram precipitadamente sem chamar muita atenção, além do olhar confuso de Tenzin que os seguiu até a porta.
Lin e Kazuo entraram no ar fresco da noite, livres de sua festa desajeitada, mas presos em uma situação igualmente desconfortåvel. O vento soprava puxando o casaco de Kazuo e Lin estremeceu ligeiramente.
- Aqui, pegue meu casaco. - ele disse a ela de maneira cavalheiresca enquanto começava a tirar o casaco de uma profunda cor vinho dos ombros.
- NĂŁo, na verdade nĂŁo estou com frio. - ela recusou honestamente. O ĂĄlcool fazia mais para aquecĂȘ-la do que a lĂŁ poderia. Bastou uma olhada em suas bochechas brilhantes para confirmar a afirmação e Kazuo sorriu.
- Justo. - ele divagou. - EntĂŁo, pra onde?
Lin arqueou uma sobrancelha o olhando com ceticismo.
- Achei que vocĂȘ tivesse me convidado para jantar.
E ele teve o bom senso de parecer envergonhado, mas serviu apenas para destacar seu charme.
- Eu nĂŁo sou daqui... - ele começou a se explicar. - entĂŁo achei justo deixar vocĂȘ escolher.
Lin estava assentindo, mas qualquer traço de frieza desapareceu de seu rosto ao ver ele se atrapalhar com a explicação. Havia algo sobre ele, ou talvez fosse o vinho, que enviou uma onda de vertigem e ela precisou se agarrar ao braço dele novamente.
- Me siga.
Caminharam uma curta distùncia pelas ruas alinhadas com embaixadas imponentes e prédios oficiais até um pequeno restaurante na esquina da rua política com o parque da cidade. A grande placa sobre a porta dizia: "Pepper!".
Eles estavam um pouco bem vestidos demais para o local, mas Lin garantiu a ele que era um dos melhores lugares, a curta distùncia, com comida da Nação do Fogo. A grande janela de vidro estava embaçada devido ao calor interno e quando Kazuo expressou sua hesitação Lin apontou isso como se fosse uma prova de autenticidade.
Eles entraram e se sentaram levados até a mesa por uma jovem que parecia preferir estar em outro lugar. Estavam próximos a grande janela observando estranhos passarem do lado de fora apertando seus casacos ao redor do corpo.
Quando Lin voltou o olhar finalmente percebeu que era o centro da atenção daquele homem. Embora fosse ela com um olhar frio e confiante, era difícil segurar seu olhar afetuoso por mais de um segundo de cada vez e rapidamente olhou para algo de os pudesse distrair. Misericordiosamente a garçonete apareceu e em seguida saiu com os pedidos das bebidas.
O silĂȘncio se estabeleceu entre eles.
- Eu nĂŁo costumo beber tanto assim. - Lin disse e instantaneamente se arrependeu ao admitir que estava, de fato, bebendo mais que o habitual.
O sorriso que ele exibia pretendia deixĂĄ-la Ă  vontade.
- VocĂȘ estĂĄ nervosa?
- De forma alguma. - mentiu. - Eu apenas não o conheço de verde...
- Bem, - ele suspirou e abriu os braços como se estivesse segurando um livro aberto. - o que gostaria de saber?
- O que Ursa lhe disse sobre mim?
Aquela pergunta saiu tão imediata quanto lhe queimava a garganta. Ela se perguntava que tipo de coisas Ursa deveria ter dito para atrair esse homem despretensioso e bonito para a levar em um encontro por pena. E então ela se questionou quando sua autoconfiança havia se tornado tão pequena.
- EntĂŁo ela disse que eu perguntei sobre vocĂȘ? - ele respondeu com um suspiro e um rubor nas bochechas.
E não era essa a resposta que ela esperava. Ela ficou ligeiramente surpresa com a ideia de que ele realmente havia perguntado sobre ela. Lin acenou com a cabeça uma vez sem dizer nada em um esforço de insistir pela resposta a sua pergunta inicial.
- Ela me disse que vocĂȘ era solteira e que eu nĂŁo deveria insistir ou vocĂȘ iria me daria um fora. - ele riu enquanto suas sobrancelhas erguiam. - e disse que vocĂȘ acabou de sair de um longo relacionamento.
- Ela disse tudo isso, nĂŁo Ă©? - Lin disse em voz alta se inclinando sobre a mesa. - Ela disse o mesmo sobre vocĂȘ.
Ele deu de ombros.
- Ela nĂŁo estava mentindo.
Lin abriu a boca para responder mas a garçonete chegou trazendo as bebidas. Ela as colocou sobre a mesa e anotou os pedidos. Lin ficou em silĂȘncio satifeita quando ele pediu o macarrĂŁo extra picante, geralmente era uma busca solitĂĄria a comida mais picante que ela poderia encontrar. Era agradĂĄvel ter alguĂ©m com o mesmo gosto no jantar.
A garçonete se retirou em direção a cozinha e o silĂȘncio constrangedor voltou como uma nĂ©voa rastejante.
- EntĂŁo... - ele se aventurou.
- EntĂŁo.
- Estou feliz que tenha aceitado meu convite para sair esta noite.
Lin deu de ombros.
- Qualquer coisa para sair daquele horrĂ­vel coquetel.
Ele ficou em silĂȘncio por um momento e o rosto de Lin foi ficando vermelho de vergonha. Era uma declaração honesta, mas provavelmente algo que ela teria guardado para si mesma se nĂŁo tivesse bebido.
- Sinto muito. - disse. - Eu nĂŁo quis sugerir...
Ele acenou para ela.
- Gosto que seja honesta.
PorĂ©m, como estava bĂȘbada ela completou.
- SĂ©rio? NĂŁo Ă© todo dia que se encontra um polĂ­tico que valoriza a honestidade.
- Bem, vocĂȘ encontrou um. - ele assegurou. - É interessante que vocĂȘ diga isso, no entanto, vocĂȘ nĂŁo foi criada por um polĂ­tico?
- Vejo que Ursa o deixou muito bem informado. - Lin admitiu. - Mas eu gosto de pensar no meu padrasto como mais um... 'fundador' de Republic City do que como um polĂ­tico. Ele era um idealista. O sistema vivia pegando em seu pĂ©. Ele nĂŁo era um bajulador dissimulado como tantos outros polĂ­ticos sĂŁo hoje. É uma raça diferente, um mundo diferente.
A cabeça de Kazuo se moveu com uma risada calorosa.
- Bajulador e dissimulado? Pare de tentar me lisonjear.
Lin revirou os olhos.
- NĂŁo estou dizendo que todos os polĂ­ticos sĂŁo ruins... sĂł estou dizendo que Ă© uma cultura diferente.
Ele balançou a cabeça em diversão.
- Eu nĂŁo posso discutir com vocĂȘ. Este Ă© o motivo pelo qual eu me tornei um polĂ­tico. Eu vou lhe contar um pequeno segredo. - ele sussurrou ao se inclinar sobre a mesa levemente. Sem perceber Lin se aproximou para ouvir. - Qian, a representante atual da Nação do Fogo? VĂȘ-la removida do Conselho seria minha maior conquista. Ela Ă© a epĂ­tome do que eu nĂŁo suporto em um polĂ­tico.
Lin se recostou na cadeira absorvendo o que ele tinha acabado de lhe dizer. Aquela avaliação a deixou intrigada uma vez que ela pessoalmente não via nada muito atraente sobre Qian. A mulher se recusava a formar uma opinião sólida sobre qualquer coisa e sua fluidez a tinha levado muitas vezes nas temporadas eleitorais.
- Ela Ă© uma apologista. - o modo como ele disse deu clara sugestĂŁo de repulsa a palavra.
Ser um apologista na Nação do Fogo nunca foi uma postura questionĂĄvel. Depois da guerra o mundo estava compreensivelmente cauteloso com a sĂșbita mudança de coroação da Nação do Fogo. Eles foram diretamente responsĂĄveis por cem anos de opressĂŁo e imperialismo. Agora que a nação se encontrava do lado perdedor da histĂłria havia uma reputação a ser reparada. Era a coisa politicamente correta a se fazer, assumir a culpa e engolir o ressentimento, por pior que fosse. Apologista nĂŁo era uma palavra ruim para ninguĂ©m, exceto para Kazuo, aparentemente.
- E vocĂȘ nĂŁo acredita que a Nação do Fogo tenha algo do qual se desculpar? - Lin pressionou.
- Não, não me entenda mal. Eu não sou um simpatizante de Ozai de forma alguma. E sim, a Nação do Fogo estava errada, mas por quanto tempo devemos reverenciar o resto do mundo? A Nação do Fogo tem muito a oferecer, mas nossas mãos estão atadas e nossas bocas amordaçadas pela história. Não é pråtico continuar se desculpando e viver no passado, hå muito mais com o que podemos contribuir, mas mós sentamos silenciosamente porque nós sentimos a necessidade de nos arrepender dos erros cometidos pelo nosso antecessor. Qian presta um desserviço a nossa nação permanecendo no conselho. Ela representa o passado, não o futuro.
Lin se recostou, braços cruzados e olhos arregalados. Não era frequente uma pessoa falar abertamente sobre as virtudes de uma nação manchada.
Kazuo suspirou e se recostou na cadeira como se fosse um lutador derrotado.
- Estou reclamando.
Em um momento em que grande maioria estaria correndo para a porta Lin sorriu. Suas opiniÔes certamente não eram populare, mas eram dele e tinham valor, tanto que ela sequer poderia discutir.
- EstĂĄ tudo bem. - ela disse. - VocĂȘ tem um bom ponto.
- Eu acredito que seja mais fĂĄcil para vocĂȘ entender do que o eleitor mĂ©dio, uma vez que cresceu no meio de tudo isso.
Lin concordou com a cabeça assim que a comida chegou.
- Eu tenho uma opiniĂŁo diferente da maioria.
- Como foi isso? - Ele perguntou com um curioso estrabismo enquanto enrolava o macarrĂŁo ao redor dos pauzinhos. - Crescer ao redor de todos estes famosos herĂłis de guerra?
Lin riu um pouco com a boca cheia. Quando ela terminou de mastigar ela respondeu.
- Eu nĂŁo achei que fosse algo particularmente extraordinĂĄrio na Ă©poca. Minha mĂŁe era mĂŁe, Firelord Zuko era Tio Zuko e o Avatar era simplesmente Aang.
Houve um certo espanto no modo como Kazuo balançou a cabeça.
- NĂŁo consigo imaginar...
- Quando fiquei mais velha comecei a perceber que havia algo diferente nos círculos que minha família lidava. - ela admitiu. - Mas, enquanto criança eu não pensava em nada disso.
- E vocĂȘ nunca pensou que era amiga de uma Princesa da Nação do Fogo?
- Ainda nĂŁo penso. - resmungou.
Sua risada foi fĂĄcil e amĂĄvel que Lin se viu imitando, caindo naquele riso leve.
A conversa casual continuou enquanto eles comiam, foram trocando opiniĂ”es e atĂ© nenhum deles lembrar o silĂȘncio constrangedor que os atormentava mais cedo. Era como se eles se conhecessem a sĂ©culos e estivessem em uma rotina confortĂĄvel de brincadeiras. Quando a conta chegou Kazuo insistiu em pagar.
- Eu realmente nĂŁo quero que se sinta obrigado a pagar.
- Seu dinheiro nĂŁo serve aqui.
- Mas...
- Eu te arrastei para fora de uma festa emocionante, o mĂ­nimo que eu poderia fazer Ă© compensar suas perdas. - ele brincou e Lin nĂŁo pode deixar de rir. Seus olhos sorridentes encontraram os dela e ela teve que desviar o olhar, nĂŁo porque estava desconfortĂĄvel, mas porque a intimidade que eles passavam era demais para suportar.
Enquanto contava o dinheiro e o deixava sobre a conta ao lado da bandeja Lin o observou com uma estranha sensação de calor. Foi então que ela percebeu que podia se imaginar acordando ao lado dele pela manhã.
- VocĂȘ estĂĄ pronta para sair daqui? - perguntou ao colocar a Ășltima nota sobre a mesa.
- Claro. - Lin concordou.
Estava muito mais frio do lado de fora que Lin sequer pensou em recusar quando ele colocou o grande casaco de lã sobre seus ombros. Caminharam de volta na direção da Embaixada da Nação do Fogo lentamente e quando eles contornaram o canto do parque Kazuo pegou a mão dela e a puxou.
- VocĂȘ nĂŁo se importa, nĂŁo Ă©? - Ele perguntou ao erguer as mĂŁo com os dedos entrelaçados.
Ela balançou a cabeça em negativa e ele sorriu.
- Estou usando minhas melhores estratĂ©gias de ensino mĂ©dio em vocĂȘ.
Era estranho porque Lin nunca foi dada a demonstraçÔes pĂșblicas de afeto como isto. A mĂŁo sempre lhe pareceu bastante pueril, como se fosse uma demonstração aos olhos alheios ao invĂ©s de uma genuĂ­na demonstração de afeto, mas naquele caso parecia uma forma genuĂ­na dele transmitir seu afeto.
Quando a embaixada podia ser vista Lin recuou um pouco.
- Tenho de admitir, na verdade eu tive uma noite muito boa.
Kazuo devolveu o sorriso gentil, porém um pouco mais sério.
- Hum, nĂŁo precisa acabar aqui. - ele se virou balançando um pouco o corpo. - VocĂȘ poderia vir atĂ© o meu quarto para uma bebida se quiser. Meu hotel fica a apenas mais um quarteirĂŁo daqui.
- Tudo bem. - ela respondeu sem hesitar. Surpreendeu-a a rapidez com que as palavras saĂ­ram de sua lĂ­ngua. Embora ela tivesse pensado nisso durante o jantar, concordar em se juntar a ele de repente era mais real do que ela previa e havia alguma ansiedade enquanto continuava a andar de mĂŁos dadas pela rua com ele.
Seu hotel era um dos altos prĂ©dios que se erguia ao longo do lado norte do parque. Seu quarto, em um dos Ășltimos andares tinha uma bela vista para a baĂ­a e uma garrafa de champanhe de cortesia. Eles entraram em silĂȘncio e Lin ficou sem jeito no meio da sala sem saber se ela queria se comprometer a sentar na beira da cama.
- Gostaria de um copo? - ele perguntou segurando o champanhe para ela o inspecionar.
- Por que nĂŁo? - Lin respondeu movendo as mĂŁos para cima.
Ele serviu uma taça para ela e a entregou. Depois de aceitar ela andou até a janela tentando ver a cidade através do brilho das luzes lå dentro. Kazuo desligou vårias luzes em um esforço de ajudå-la a ver melhor e, certamente, para criar uma iluminação ambiente.
Seus olhos percorreram a cidade, sua cidade, e enquanto a observava brilhar e prosperar, avistando pequenos satomobiles se movendo, ela se perguntou se aquele lugar realmente pertencia a ela.
- É uma Ăłtima cidade que vocĂȘ tem aqui Chief. - ele comentou parando por trĂĄs dela para olhar a vista por cima do ombro dela.
- Uhum. - ela concordou, os olhos nunca deixando a metrĂłpole movimentada abaixo.
- Ou eu poderia te chamar de Lin agora? - ele brincou.
Ela sorriu preparada para virar com algum tipo de resposta sarcåstica para ele quando sentiu os låbios roçarem a parte de trås de seu pescoço. Ela suspirou, respirando fundo, buscando em seu ùmago por algo para negar aquele movimento mas estava de mãos vazias.
Ela encarou o reflexo na janela.
- Pensando bem... - respondeu. - Lin estĂĄ Ăłtimo.
- Hmm... - ele cantarolou contra o ombro dela. - VocĂȘ pode me chamar de Kaz. SĂł a minha mĂŁe me chama de Kazuo.
- Compreendo. - Lin reconheceu engolindo de modo rígido ao sentir o corpo dele pressionar contra suas costas. Ela estava ciente da rigidez na calça dele enquanto os dedos dele traçaram o comprimento de seu braço lentamente. Ela estava enraizada no local, os nervos congelados. As mãos que começaram percorrer ao longo de seu corpo pareciam maravilhosas, mas ela ainda não conseguia retribuir o toque dele.
Havia uma certa quantidade de medo que a detinha. Ela não era virgem em nenhuma versão da palavra, mas isso parecia totalmente novo e intimidante. Ela não estava acostumada a este tipo de encontro, sequer conhecia as regras para sexo com alguém que não se ama. Em trinta e nove anos ela nunca precisou se preocupar.
A mĂŁo dele desceu ao redor de seus quadris e roçou seu abdĂŽmen sob a tĂșnica que seda que ela vestia pouco antes de se aventurar pelo cĂłs da calça dela e mover a mĂŁo atĂ© entre suas pernas. Ela respirou fundo e seus olhos se fecharam quando os dedos começaram a se mover. A boca dele continuou a desenhar uma linha de beijos ao longo de seu ombro, seu pescoço e sua mandĂ­bula. Fisicamente ele estava movendo as peças de maneira correta, mas mentalmente ela nĂŁo conseguia passar pelo bloqueio emocional que a impedia de se entregar completamente a aqueles toques.
- Eu preciso ser honesta. - ela começou a dizer decidindo que verbalizar sua questão iria aliviar a tensão. - Isso é uma novidade para mim.
O clima quase morreu ali mesmo porque ela conseguia ouvir o som da prĂłpria voz. A vulnerabilidade que envolvia cada palavra a tirou do momento e ela revirou os olhos para sua prĂłpria confissĂŁo.
No entanto, suas palavras não pareceram surtir efeito negativo em Kazuo. Ele continuou a beijar seu pescoço embora os dedos estivessem de volta a sua cintura. Ele a segurou e a virou com cuidado para o encarar. Seus olhos se fixaram nos dele e depois ela os desviou envergonhada demais por sua falta de confiança.
- NĂŁo quero deixĂĄ-la desconfortĂĄvel. - ele sussurrou.
- Não é isso. - ela sacudiu a cabeça. - Eu apenas nunca dormi com alguém que tivesse acabado de conhecer.
- Na verdade esta é a primeira vez para mim também. - ele admitiu e Lin deu um risadinha.
- O polĂ­tico honesto. - ela suspirou com ceticismo.
- Estou falando sério. - ele afirmou. - Sou um homem de relacionamentos. Honesto.
Lin revirou os olhos novamente e riu.
- Porque estamos tendo esta conversa? Me sinto uma idiota.
- Eu nĂŁo sei. - ele sorriu enquanto deslizava a mĂŁo ao longo de suas costas. - VocĂȘ se sente bem comigo.
Ela gemeu com a simplicidade do comentĂĄrio dele, mas ele continuou:
- Eu nĂŁo estou aqui para a obrigar a fazer qualquer coisa que nĂŁo queira. Mas, sendo franco, eu tenho imaginado algo assim desde o dia em que te conheci.
- Mesmo? - Lin respondeu inclinando a cabeça para o lado em tom de brincadeira.
- Sim. - ele confirmou com um aceno de cabeça. - Eu notei vocĂȘ imediatamente e quando Qian nos apresentou eu pensei; 'Como eu vou chegar perto desta mulher?' E agora aqui estĂĄ vocĂȘ, em meu quarto.
- Aqui estou eu. - Lin concordou sua expressĂŁo inocente finalmente conseguindo a deixar a vontade.
- EntĂŁo... o que vamos fazer sobre isso?
Era agora ou nunca
Lin ergueu a cabeça encontrando os lĂĄbios dele. O beijo começou cheio de tentativas e buscas, muito similar ao relacionamento deles atĂ© o momento. E foi assim apenas por um minuto antes dos braços dele se apertarem ao redor de sua cintura a atraindo para um beijo apaixonado que deixou os dois sem folĂȘgo.
Sem se afastar eles seguiram em direção a cama e Lin ficou surpresa quando Kazuo a pegou no colo e a colocou lå. Seu toque era firme sem ser agressivo ou ameaçador, era como se ele não pudesse esperar para explorar cada centímetro de seu corpo.
NĂŁo era com o que ela estava acostumada, Tenzin tinha paciĂȘncia em abundĂąncia e seu jogo era desvendĂĄ-la o mais lentamente possĂ­vel atĂ© que ela implorasse por 'libertação'. Kazuo, por outro lado, parecia incapaz de se controlar com ela em sua mira.
Sua Ăąnsia era exatamente o que ela precisava, isso a fazia se sentir desejĂĄvel e especial, como se ela fosse a Ășnica mulher no mundo que pudesse satisfazer sua necessidade. Ele estava faminto e Lin era o que ele desejava.
Ele nĂŁo tinha vergonha de dizer isso a ela tambĂ©m. Ele era muito mais vocal do que ela esperava, dizendo exatamente o que passava pela sua mente conforme iam se despindo. E a disse o que pretendia fazer com ela antes de realmente fazĂȘ-lo. Isso a teria feito rir se nĂŁo a tivesse excitado tanto.
Havia algo a ser mencionado em um novo começo, Lin poderia tomar certas liberdades e se permitiu a gritar tĂŁo alto como ela gosta. A liberdade de se fazer amor sem precedĂȘncia era tĂŁo emocionante que el decidiu sentir tudo da forma mais completa possĂ­vel.
Quando ambos estavam satisfeitos, eles caĂ­ram um ao lado do outro na cama respirando pesadamente.
- Eu tenho que dizer, isso foi ainda melhor do que eu imaginava. - comentou Kazuo enquanto lutava para recuperar a respiração.
- Oh? - Lin o olhou em uma respiração igualmente ofegante empurrando o cabelo que ameaçava a agarrar ao suor em sua testa, ofereceu um sorriso.
- Sim, e eu tenho imaginado muito. - ele assegurou com uma risada antes de envolver a cintura dela e a puxar novamente. Beijou o ombro dela suavemente fechando os olhos.
Ela teria respondido se nĂŁo estivesse adormecido tĂŁo rapidamente encolhida contra ele.
Acordou de novo Ă s trĂȘs da manhĂŁ com a cabeça latejando. Sua boca estava seca e seu corpo estava grudando de suor seco. NĂŁo era tĂŁo sexy como no cenĂĄrio que ela se lembrava pouco antes de adormecer. O braço de Kazuo estava pendurado em sua cintura e ela o removeu cuidadosamente, deixou a cama e vestiu sua calcinha.
Suas pernas pareciam vacilantes quando ela entrou no banheiro pegando a taça cheia de champanhe da cÎmoda no caminho. Jogou na pia o líquido e encheu a taça com ågua bebendo com vontade. Tornou a encher e bebeu a ågua instantaneamente. Ela estava se sentindo muito mal para alguém que estava apenas embriagado. Olhando seu reflexo no espelho ela suspirou e admitiu em voz alta.
- VocĂȘ estĂĄ bĂȘbada.
Balançou a cabeça em desaprovação enchendo novamente a taça e saindo do banheiro em um ato de esforço a fugir de seu prĂłprio reflexo. A sala estava em silĂȘncio embora pudesse ouvir os sons abafados e distantes de uma sirene. Ela voltou para a janela olhando para fora, um dos dirigĂ­veis da polĂ­cia flutuava ao longo do lado oposto do parque.
Havia uma cadeira debaixo de uma mesa e ela a levou até a janela. Sentou puxando os joelhos em direção ao peito e ficou observando a aeronave se mover imaginando quem estaria de plantão naquela noite.
Estaria lidando com Saikhan pela manhã, talvez fosse ele lå dentro. Seus olhos percorreram os edifícios e correram até a baía finalmente parando na ilha do templo do ar. Era um lugar que ela costumava chamar de lar. Se perguntou se poderia identificar sua própria casa e encostou o rosto na janela tentando encontrå-la.
Sem sorte.
Sua atenção voltou para a ilha. As luzes do lado de fora tinham um brilho suave das lanternas que adornavam as passarelas e påtios. Ela se perguntou se alguém estava acordado. Imaginou Tenzin na cama que uma vez compartilharam, ao lado de sua nova esposa, feliz e contente.
Ela fungou estendendo a mĂŁo trĂȘmula para limpar as lĂĄgrimas que corriam por sua bochecha ameaçando dominĂĄ-la. Tomou outro gole de ĂĄgua na tentativa de distrair a mente mas ela continuou trabalhando. Olhou de volta para Kazuo e sentiu uma onda de auto-aversĂŁo. 'Sexo era apenas uma atadura.' ela pensou 'Nada vai me curar'.
Embora o ato tivesse sido agradĂĄvel o resultado emocional era mais do que ela esperava. Havia algo em compartilhar seu corpo com outro que parecia tĂŁo definitivo, como se tivesse feito uma escolha irreversĂ­vel e a vida nunca mais fosse a mesma. Logicamente ela sabia que era uma tolice jĂĄ que Tenzin era casado e certamente fizera o mesmo, mas havia um estranho sentimento de culpa no peito, como se o tivesse traĂ­do ou traĂ­do a si mesma.
Bebeu o restante de sua ågua e se repreendeu mentalmente por sua incapacidade de soltar alguém que deixara bem claro que não a queria mais.
Podia praticamente ouvir a voz de sua mĂŁe dizendo para manter o rosto duro. Enxugou as bochechas uma Ășltima vez antes de tentar afastar toda auto piedade e desviar o olhar para baixo.
Observava qualquer movimento, qualquer sinal de vida. Um vagabundo aleatĂłrio que poderia estar acordado e vagando bĂȘbado pelo local. Mas nĂŁo viu nada. Quando ela suspirou outro suspiro ecoou e sua cabeça se levantou.
- Oh... VocĂȘ Ă© linda pra caralho. - Kazuo gemeu na cama como se o ato de observĂĄ-la o tivesse provocado.
A cabeça dela se voltou para a janela e ela rezou em silĂȘncio para que ele nĂŁo tivesse visto nenhuma lĂĄgrima.
- HĂĄ quanto tempo estĂĄ acordado?
- Eu não sei. - ele respondeu ao se sentar na cama procurando por sua peça intima. Ele se vestiu e foi até a janela pegando outra cadeira e a colocando ao lado da dela.
Se sentaram juntos em silĂȘncio por vĂĄrios minutos, os olhos vasculhando a paisagem urbana.
- Onde é uma boa vizinhança? Onde devo morar se eu vencer a eleição? - ele perguntou em voz alta.
Lin encolheu os ombros apoiando o queixo nos joelhos.
- Em qualquer lugar.
- Onde vocĂȘ mora?
Lin apontou para a esquerda indicando que nĂŁo era visivel da janela. Kazuo suspirou e assentiu fixando seu olhar de volta para a cidade.
- Seria bom ter minha prĂłpria ilha, como outros membros do conselho. - ele brincou vendo a casa de Tenzin.
- NĂŁo Ă© tudo o que parece. - ela disse. - EstĂĄ longe de tudo e pegar uma balsa em um dia frio... nĂŁo consigo pensar em nada mais desagradĂĄvel.
- VocĂȘ passou algum tempo lĂĄ entĂŁo? Quando estava crescendo?
Lin deu a ele um olhar de canto de olho.
- Achei que Ursa tivesse contado tudo sobre mim.
Kazuo ergueu as sobrancelhas indicando sua falta de conhecimento.
- Eu costumava morar lĂĄ. - ela confessou. - Com Tenzin.
Os olhos de Kazuo se arregalaram e sua cabeça virou de um lado para o outro da janela transmitindo sua surpresa.
- VocĂȘ estĂĄ brincando.
Ela balançou a cabeça.
- Vereador Tenzin? Esse Ă© o cara de um relacionamento longo? VocĂȘ e o Vereador Tenzin? SĂ©rio? - parecia que ele mal conseguia conter o riso. - Bem, a princesa Ursa definitivamente deixou essa parte de fora.
- VocĂȘ parece surpreso. - ela observou.
- Eu simplesmente nĂŁo consigo imaginar. - ele admitiu. - Quero dizer, vocĂȘ Ă© uma pessoa interessante, sexy... ele Ă© apenas... eu nĂŁo sei, meio que rigido.
Lin riu.
- Ele nĂŁo Ă©, na verdade ele Ă© realmente divertido. - sua mĂŁo voou atĂ© sua testa e ela gemeu. - E eu nĂŁo sei porque estou defendendo ele para vocĂȘ. - suspirou.
Kazuo se endireitou e sorriu para ela.
- EstĂĄ tudo bem, eu entendo. Ele nĂŁo Ă© recĂ©m casado? Quanto tempo faz que vocĂȘ terminou?
Seus lĂĄbios se franziram indignados.
- Quase um ano.
- Quase?
- Okay, fazem dez meses na quarta-feira. - ela esclareceu, encontrando seus olhos e enxergando humor em sua situação pela primeira vez.
Ele assobiou.
- Isso Ă© ruim, mas eu venci vocĂȘ.
- Como Ă©?
Ele ergueu a mĂŁo.
- Seis semanas. Eu estava com minha ex hĂĄ doze anos e levou apenas seis semanas para ela se casar com outra pessoa.
Os olhos de Lin se arregalaram.
- Seis semanas? Demorou tanto tempo para encontrar alguém. - ela gargalhou.
- Eu deveria saber. - Brincou Kazuo e ambos riram. - NĂŁo, de verdade, ela estava com o cara por algum tempo.
- Oh. - Lin respondeu de repente ficando séria. - Me desculpe.
Ele deu de ombros.
- Ela disse que era porque eu jĂĄ era casado com o trabalho. Eu sou um workaholic, algumas pessoas nĂŁo conseguem lidar com isso. Ela queria se estabelecer e ter filhos, eu simplesmente nĂŁo tenho tempo.
Lin assentiu conscientemente.
- Estou começando a entender porque a Ursa acha que seríamos um bom casal.
- Acho que ela tem razĂŁo. - ele concordou. - Deixe-me perguntar uma coisa.
Lin suspirou desconfiada de para onde a conversa iria.
- Se eu ganhar a eleição, - ele começou. - e eu me mudar para cĂĄ, vocĂȘ namoraria comigo?
Lin revirou os olhos.
- VocĂȘ ainda nĂŁo ganhou.
- Mas se eu ganhar... - insistiu.
- Sim. - ela concordou com as bochechas coradas. - Suponho que eu possa lhe dar uma chance.
Ele se inclinou para frente e beijou seu antebraço.
- Okay entĂŁo.
Ele avançou mais para capturar sua boca beijando-a levemente. A língua dele passou por seus låbios e de repente a faísca foi reacendida. Ele se moveu de sua cadeira praticamente invadindo a dela.
Eles transaram pela segunda vez naquela noite, exatamente onde estavam.
De alguma forma Lin acordou novamente na cama quando o sol estava nascendo. Ela se desvencilhou dos braços dele escorregando da cama o mais silenciosamente possível. Andou ao redor da sala reunindo suas roupas que estavam todas espalhadas.
- VocĂȘ estĂĄ tentando fugir de mim? - Kazuo perguntou sentando-se e esfregando os olhos.
- Eu tenho que ir trabalhar. - Lin respondeu vestindo sua tĂșnica de seda. Quando o rosto dela surgiu na abertura ela o viu sorrindo descaradamente para ela. Estava pronta para sair silenciosamente, mas a expressĂŁo dele esperava alguma informação adicional.
- Eu tenho que estar no escritĂłrio Ă s oito. - continuou. - E tenho que participar de uma reuniĂŁo do conselho as dez.
- Oh! Eu vou debater uma Ășltima vez com Qian na prefeitura, 11:30 em ponto. Talvez eu veja vocĂȘ?
- Talvez. - ela concordou puxando suas calças e colocando os sapatos. Virou para deixar o quarto, mas viu os olhos brilhantes dele e parou no meio do caminho. Ela foi até a cama e se inclinou para dar um beijo de despedida sem saber se um beijo de despedida era costumeiro em uma situação como aquela.
Ele a beijou completamente, um belo beijo de lingua e tudo, a puxando para trås um pouco quando o fez. Ela riu contra os låbios dele e se livrou dos braços firmes.
- NĂŁo, boa tentativa, mas nĂŁo.
- NĂŁo pode culpar um homem por tentar. - ele defendeu com um encolher de ombros e uma risada.
- Até logo Kazuo. - ela disse firme, embora seu sorriso fosse amplo.
- Kaz! - ele a corrigiu.
- Okay, Kaz. Até logo. - Ela se reiterou saindo da sala rapidamente para não ser pega de volta.
Ela pegou o bonde de volta para sua casa incapaz de apagar o sorriso de seu rosto o caminho inteiro. Ela entrou em casa e passou pelo telefone no corredor imaginando se Ursa havia ligado enquanto ela estava fora. NĂŁo havia como saber entĂŁo ela seguiu com sua rotina matinal, tomando banho e vestindo o uniforme para mais doze horas.
Por volta das nove o sorriso jå havia deixado seu rosto. Seria um longo dia. A noite dela com Kazuo jå parecia ter sido uma vida atrås. Aconteceu algo no Parque de Republic City na noite passada, um corpo havia sido encontrado por um grupo de crianças que ficaram vadiando depois do toque de reconher. Foi um crime cometido por um dobrador de fogo, provavelmente outra vítima das tríades Agni Kai.
Depois de visitar a cena e colocar seus melhores homens no caso ela voltou ao escritório para reunir alguns dos papéis que tinha deixado para levar a reunião do conselho. Ela folheou a pilha tentando se lembrar o que exatamente iria precisar quando seu secretårio enfiou a cabeça para dentro.
- Chief? Princesa Ursa na linha para vocĂȘ. - ele informou.
- Obrigada. - ela suspirou. Seus olhos foram para o telefone relutante em atender. - Chief Beifong.
- Ahh, aquela voz ranzinza que eu estava procurando. - respondeu Ursa do outro lado da linha. - Onde esteve Lin?
- Na cena de um assassinato. - ela retrucou rapidamente. - NĂŁo posso falar, estou com pressa.
- Oh nĂŁo, - retorquiu Ursa. - estou tentando imaginar onde vocĂȘ esteva ontem Ă  noite. Liguei para sua casa trĂȘs vezes e ninguĂ©m atendeu.
- TrĂȘs vezes? VocĂȘ nĂŁo tem nada melhor para fazer? - Lin perguntou casualmente quando ela começou a escolher as pĂĄginas de precisava.
- Como uma de suas amigas mais antigas seu bem estar sexual é minha preocupação! - Ursa se defendeu com uma risada. - Então?
- EntĂŁo o que? - o sorriso havia voltado ao seu rosto.
- NĂŁo seja tĂ­mida. - suspirou Ursa. - Eu posso ouvir em sua voz sua vadia.
Lin deu uma pequena gargalhada.
- Eu nĂŁo sei o que quer dizer.
- Eu quero detalhes Beifong.
- Desculpe Ursa, eu realmente tenho que correr para esta reunião. - Lin respondeu apenas para ouvir Ursa resmungar de frustração do outro lado.
- VocĂȘ transou com ele?
- Duas vezes. - Lin respondeu.
- Maravilhoso, obrigada, mas eu tenho que ir. - Lin disse com um suspiro.
- Espere, espere! - Ursa insistiu e Lin concordou com um suspiro pesado. - Eu sempre me perguntei uma coisa... QuĂŁo grande Ă©?
Lin zombou no telefone ignorando que Ursa estava provavelmente tentando irritar ou a envergonhar. Porém suas suspeitas foram confirmadas pela gargalhada que se seguiu.
- Adeus Ursa.
- Me ligue mais tarde.
- Sim, talvez.
Colocou o telefone de volta no pedestal juntando os Ășltimos papĂ©is e se dirigiu a porta. Ao sair do prĂ©dio ela captou seu prĂłprio reflexo notando a vermelhidĂŁo na ponta de suas orelhas. Ursa conseguiu envergonhĂĄ-la completamente a milhares de quilĂŽmetros de distĂąncia.
A reunião do Conselho teria sido entorpecente se não fosse pela presença de Tenzin que a mantinha muito acordada. Era como se algum tipo de zumbido baixo e doloroso percorresse seu corpo quando eram forçados a ficar no mesmo cÎmodo. Ela manteve seu rosto passivo quando se sentou em frente a ele, mas quando ele falou ela teve que se esforçar mais para ficar quieta e sua expressão começou a beirar a raiva.
O que era uma grande piada, porque Ăłdio era exatamente o oposto do que ela sentia por ele. De qualquer forma, ela tentou o seu melhor para passar pela reuniĂŁo sem beijar ou sufocĂĄ-lo e ambos eram igualmente difĂ­ceis de resistir.
Eventualmente a reunião chegou ao fim e ela percebeu que tinha desperdiçado mais de uma hora do seu dia em uma reunião que deveria ter levado no måximo quinze minutos. Eles queriam que ela fornecesse segurança extra para a noite da eleição, haveria pelo menos cinco partidos de aceitação a pleno vapor naquela noite e o Conselho queria assegurar que essas reuniÔes fossem pacíficas. Ela concordou, então no fim a reunião deveria ter sido de um total de trinta segundos.
Lin dirigiu-se para o grande corredor de mårmore com pressa, consciente de que Tenzin tentava a alcançar.
- Lin!
Ela parou no meio do caminho endurecendo-se antes de virar para ele.
- O que vocĂȘ quer?
- Eu sabia que iria te encontrar aqui então eu trouxe aquela caixa. - ele começou.
Ela bufou de aborrecimento e cruzou os braços.
- Eu disse para se livrar disso.
Ele pareceu momentaneamente derrotado e depois se recuperou.
- Eu sei que vocĂȘ vai querer, um dos suĂ©teres era da sua mĂŁe...
Lin suspirou piscando rapidamente para afastar as lĂĄgrimas de outro assunto doloroso.
- Tudo bem.
Ela se moveu para o seguir e de repente ouviu a voz de Kazuo do outro lado do corredor.
- Lin! Eu disse que te encontraria aqui.
Ela e Tenzin pararam observando enquanto ele se aproximava. De pé entre eles Lin se sentiu como se estivesse sendo espremida entre duas paredes de pedra muito intransponíveis. Ela conseguiu se manter firme quando se virou para cumprimentar Kazuo.
Ele parou ao seu lado, os ombros se roçando. Ele estava bem dentro de seu espaço pessoal e Tenzin olhou entre eles com desconfiança.
- Sr. Kazuo. - Tenzin cumprimentou com um aceno de cabeça. Ele olhou para Lin e perguntou. - VocĂȘs jĂĄ se conhecem?
- Oh sim, - Kazuo respondeu antes que ela pudesse falar. - NĂłs nos conhecemos.
O tom que ele usou era sugestivo e nĂŁo deixava dĂșvidas para quem o ouvisse que eles, de fato, se conheciam. Lin congelou e sentiu uma onda de nĂĄusea percorrer seu corpo. Seus olhos ardiam e seu rosto aquecia tornando-se quase tĂŁo vermelho quanto o de Tenzin. Ele ficou de lado apertando os lĂĄbios com desagrado enquanto tentava controlar a veia que ameaçava pulsar em seu crĂąnio com a insinuação que veio alto e claro.
Os olhos dele foram para os de Lin e quando ela desviou o olhar confirmou exatamente o que ele supĂŽs.
- Percebo. - ele conseguiu ranger através dos låbios finos. - Bem, eu estava indo. Lin, irei mandar a caixa para sua casa.
Ela acenou com a cabeça uma vez e observou-o, com os olhos nublados, ir embora.
Kazuo se inclinou perto de seu ouvido enquanto Tenzin se afastava.
- AlguĂ©m estĂĄ com ciĂșmes. - ele riu com sua voz cantada.
Lin se virou para ele com os olhos Ășmidos.
- Não faça isso. - ela disse severamente.
Ele podia dizer pelo olhar dela e pelo tom de sua voz que uma linha havia sido cruzada e imediatamente se arrependeu do comentĂĄrio dele.
- Me desculpe, eu não... eu estava tentando ser engraçado.
- Bem, nĂŁo foi. - Lin disse firme. Seus olhos reviraram e ela resmungou. - Sabe, eu nem te conheço. SĂł porque dormi com vocĂȘ nĂŁo lhe dei nenhuma autoridade para interferir na minha vida pessoal.
Ela se impediu de dizer mais. Queria perder a calma e o amaldiçoar, lembrå-lo de que se tivesse uma escolha ela o jogaria em segundo plano em benefício do homem que ele acabara de envergonhar em seu nome. Sabia que nunca deveria ter ido jantar com ele, ou ir até seu quarto. Isso tudo tinha sido um grande erro e ela estava vivendo para se arrepender.
- Lin eu...
- Chief Beifong. - ela corrigiu. Eles mantiveram os olhos fixos por um momento. - Boa sorte com sua campanha Sr. Kazuo.
Ela o contornou saindo do prĂ©dio sem olhar para trĂĄs. Fez o caminho de volta para seu escritĂłrio suprimindo a vontade de gritar parecendo excepcionalmente inacessĂ­vel. Esta seria a Ășltima vez que ela iria compartilhar qualquer intimidade com alguĂ©m, sĂ©rio ou casual, todos eles acabavam machucando-a de alguma forma.
De volta a seu escritório ela escutou o debate dele com Qian enquanto trabalhava em sua pilha de papéis. Ela decidiu que o escutaria falar. Como esperava uma das primeiras perguntas que o moderador fez foi a respeito do assassinato que ocorreu na noite passada, aparentemente nas mãos da tríade Agni Kai.
Enquanto Qian se apressou em pedir desculpas pelas açÔes de seus colegas firebenders, Kazuo apontou a irrelevĂąncia da questĂŁo. Ele condenou as açÔes da trĂ­ade Agni Kai, mas reiterou que eles eram uma gangue que operava fora da lei. Ele sustentou que suas açÔes de modo algum refletiam a Nação do Fogo, e portanto, nĂŁo tinham qualquer influĂȘncia sobre ele ou sobre Qian como candidatos.
Ele realmente se recusou a se comprometer, isso ela o dava crédito. Ela se sentou a sua mesa preenchendo seu trabalho enquanto o ouvia continuar por este caminho, por pior que fosse. Quanto mais ele falava, mais ela concordava com ele, e ela percebeu sua raiva diminuindo lentamente. Foi rapidamente substituída por vergonha e constrangimento. Não era culpa dele, realmente. Tinha sido ela quem deixou tudo sair de controle.
Em um momento Saikhan apareceu colocando mais papéis em sua mesa e erguendo a sobrancelha.
- VocĂȘ tambĂ©m estĂĄ ouvindo isso? - ele perguntou.
- Uhum... - assentiu escrevendo.
- Aquele cara estĂĄ bombardeando lĂĄ. - ele comentou. - Parece que eles terĂŁo mais dois anos de Qian.
- Sim, sim. - ela concordou olhando finalmente para cima.
- Muito ruim para a Nação do Fogo, na verdade. - Saikhan disse. - Parece que o coração dele estå no lugar certo.
- Sim, ele estå. - Lin concordou novamente considerando mais do que sua posição política.
Saikhan encolheu os olhos e a deixou sozinha com nada além da voz de Kazuo ao redor dela.
Foram apenas trĂȘs horas depois que o prĂłprio Kazuo estava na porta de seu escritĂłrio segurando um pequeno ramo de flores. Sua cabeça levantou-se de seu trabalho e seu peito se esvaziou com a visĂŁo dele. Ela sĂł queria que toda essa situação acabasse.
- O que vocĂȘ estĂĄ fazendo. - ela perguntou bruscamente.
- Me desculpando. - ele respondeu segurando as flores.
Seus olhos se estreitaram para ele.
- Eu pensei que vocĂȘ nĂŁo fosse um apologista.
- NĂŁo quando se trata do meu paĂ­s. - ele concordou. - Mas quando se trata da minha boca grande... vamos apenas dizer que se eu ganhar esta eleição tenho a sensação de que vou comprar muitas flores para vocĂȘ.
Lin levantou-se lentamente, contornou a mesa para se sentar em sua borda. Era uma afirmação presunçosa, dado o que ocorrera anteriormente. Ela considerou dizer-lhe imediatamente que a oferta para namorå-lo estava descartada, mas ela tinha que admitir que seu sorriso estava enfraquecendo sua vontade.
- VocĂȘ nĂŁo me deve nada. - ela assegurou.
- Eu sei disso. - ele balançou a cabeça. - Mas isso nĂŁo Ă© realmente sobre eu estar devendo algo a vocĂȘ. Eu sĂł queria dizer que sinto muito por fazer coisas estranhas esta manhĂŁ. Eu estava tentando ser bem humorado e nĂŁo era o momento.
Lin permaneceu em silĂȘncio mantendo o olhar fixo em vez de responder. Foi uma tĂĄtica de intimidação. Muitas vezes o silĂȘncio gritava mais alto do que uma pessoa jamais poderia. As pessoas achavam desconfortĂĄvel e debatiam-se na ausĂȘncia de conversas.
Kazuo avançou e segurou as flores diretamente para ela, sem palavras. Lin mordeu o låbio por um momento antes de aceitar.
- Eu espero que vocĂȘ possa me perdoar. - ele disse solenemente e ela assentiu. Seus olhos brilharam com seu movimento sutil. - VocĂȘ me perdoa entĂŁo?
- Eu nĂŁo disse isso. - insistiu Lin.
- VocĂȘ acabou de fazer esse pequeno gesto com a cabeça entĂŁo basicamente...
Lin não pode evitar o riso que saiu, desconcertado por sua audåcia. Ela não havia dito uma palavra para confirmar, mas ele conseguiu voltar para suas graças por suposição.
- Um aceno de cabeça não é o mesmo que perdão. - ela o lembrou.
- EntĂŁo talvez vocĂȘ possa sair para jantar comigo novamente? Eu venho buscĂĄ-la.
- O que?
- Eu te encontro aqui Ă s oito.
- Não. - ela balançou a cabeça em confusão. - Eu não te perdoei. - Argumentou.
Ele estendeu a mão para tocar seu braço delicadamente.
- E eu te perdoo por isso. Eu venho Ă s oito entĂŁo, nĂŁo se preocupe.
Ele virou-se e rapidamente desapareceu pela porta deixando Lin de pé com um ramo de flores na mão imaginando o que exatamente havia acontecido.
Ela olhou para as flores e suspirou pensando no gesto que ele fez contra seu erro. O que ele fez realmente? Danificando algo que estava além do conserto? Não era como se ela fosse voltar para Tenzin de qualquer maneira.
Ainda assim doeu. Havia algo infinitamente terrĂ­vel em saber que ele sabia que ela estava com outra pessoa. O Ășnico indulto foi o olhar em seu rosto quando ele percebeu. Ela riu tendo que admitir que havia alguma satisfação em ver o rosto dele vermelho de ciĂșmes. Foi uma pequena e vazia vitĂłria, mas seria dela ao longo do dia. Pelo menos atĂ© Ă s oito horas, com certeza.
Kazuo voltou ao seu escritório por volta das sete e meia e circulou pelo espaço aberto diante de sua mesa esperando.
- VocĂȘ nunca desiste nĂŁo Ă©? - ela exalou com um tom de diversĂŁo. Ele prendeu os olhos com os seus do outro lado da mesa. Sua expressĂŁo era confiante e intrigada como se ele estivesse prestes a desafiĂĄ-la.
- NĂŁo quando vejo algo que quero. - ele disse.
Lin desatou a rir.
- Essa manobra realmente funciona com alguém?
- Me diz vocĂȘ. - ele riu de volta com um leve erguer de ombros.
NĂŁo era o modo, mas algo sobre sua persistĂȘncia que a conquistou novamente. Era tĂŁo irritante quanto cativante, mas no final das contas era semelhante Ă  intoxicação. Ela desejava e nĂŁo podia deixar de ser seduzida pela sensação que ele proporcionava.
NĂŁo era amor, mas era algo especial, independente disso. Era uma pequena faĂ­sca em meio a escuridĂŁo que ela existia nos Ășltimos dez meses. O simples fato de que ele era uma presença tangĂ­vel e fĂĄcil que a fazia sentir-se desejada lhe dava esperança de que o mundo nĂŁo estivesse desmoronando totalmente.
E entĂŁo ela foi jantar com ele.
E depois foi para o quarto dele.
Eles continuaram assim toda a semana que antecedeu o dia das eleiçÔes, formal a luz do dia e inteiramente sem restriçÔes um com o outro sob o manto da noite.
No dia da eleição Kazuo a convidou ao hotel para ouvir os resultados das eleiçÔes pelo rådio. No entanto, não seria o ambiente íntimo habitual. Esta festa aconteceria em um dos grandes salÔes do hotel, com a equipe e os apoiadores.
Ela lhe deu um excessivamente incerto 'talvez' em resposta.
Até o momento ela sentia algum senso de obrigação com ele, mas estar com ele abertamente em tal função oficial a fez parar. Esse tipo de comportamento entrava firme na categoria de relacionamento, um lugar que Lin não tinha certeza se que se sentia confortåvel.
A contagem se encerrou Ă s cinco horas e ela se encontrou observando os segundos passarem, indecisĂŁo a corroendo a cada tique-taque.
Ela considerou ter a opinião de Ursa sobre o assunto, mas acabou colocando o telefone no pedestal assim que o levantou rosnando em frustração por sua própria vacilação.
O rådio em seu escritório anunciou o nome de Tenzin alguns minutos após o encerramento da votação, afinal estava concorrendo sem oposição mais uma vez. Ela riu para si mesma, lembrando-se das temporadas eleitorais anteriores. Apesar de Tenzin ter passado por grandes dificuldades para garantir aos Acólitos que ele aceitava o desafio e constantemente os lembrava que só porque ele era um verdadeiro dobrador de ar não significava que ele tinha todas as respostas, nenhum deles tinha audåcia de concorrer contra ele. Ele se sentiu péssimo, mas Lin sempre ria e dizia que ele considerasse uma das vantagens de ser uma espécie em extinção. Soava terrível, mas sempre conseguia tirar um sorriso dele.
Ela olhou para o relĂłgio novamente, percebendo que haviam se passado cinco minutos. O fato dela estar em seu escritĂłrio relembrando Tenzin respondeu todas suas perguntas sobre a festa de Kazuo.
Ela pegou o casaco e foi direto para casa, vestiu algo mais casual e preparou uma xĂ­cara de chĂĄ.
Foi apenas uma hora depois quando a contagem da Nação do Fogo foi tão forte em favor de Qian que a contagem para aquele país foi encerrada.
Enquanto o rådio continuava a relatar sobre as Tribos da Água e o Reino da Terra, Lin moveu o disco trocando de estação, procurando por uma anålise pós eleitoral. A opinião da mídia era que Kazuo realmente havia perdido devido a sua recusa a pedir desculpas.
Lin vestiu o casaco e se dirigiu ao hotel. Ela entrou no grande salĂŁo cheia de bandeirinhas que estava sendo lentamente removidas enquanto uma pequena multidĂŁo de pessoa com aparĂȘncia miserĂĄvel se preocupava em consolar uns aos outros. No centro de tudo isso estava Kazuo, parecendo deprimido e graciosamente agradecendo aos que o rodeavam com tapinhas no ombro.
Ele olhou para cima e fechou os olhos.
- Timing perfeito. - ele gritou para ela abrindo os braços. - A festa estå apenas começando.
Ela deu a ele um sorriso simpĂĄtico assim que um balĂŁo caiu do teto diante dela. Ele gesticulou com uma risada cĂĄustica quando bateu no chĂŁo e quicou pateticamente para o lado.
Ela andou para frente diminuindo o espaço entre eles.
- Sinto muito.
- Isso Ă© o que eu deveria ter dito. - ele falou. - Basta uma atitude apologista.
Um jovem aproximou-se deles de lado e apertou o ombro de Kazuo sugerindo que gostaria de ser oficialmente apresentado.
- Lin este Ă© o meu gerente de campanha, Koji. Koji estĂĄ Ă© a Lin.
- Eu sei quem ela Ă©. - ele respondeu. - Eu sĂł nĂŁo sabia que vocĂȘ a conhecia. VocĂȘ percebe o que um apoio a sua campanha poderia ter feito por nĂłs?
- Ela nĂŁo estĂĄ aqui para me apoiar, ela estĂĄ aqui como... amiga. - esclareceu Kazuo.
Koji ficou quieto e olhou para Lin que lhe deu seu olhar mais frio.
- Oh.
- Sim, oh. - repetiu Kazuo e Koji saiu do lado deles com pressa. Os olhos de Lin se arregalaram para demonstrar sua desaprovação por ele quando saiu.
- Eu poderia ter apoiado vocĂȘ. - ela sussurrou quando Koji estava fora do alcance de sua voz.
Kazuo balançou a cabeça.
- Eu nĂŁo queria que vocĂȘ pensasse que fosse sobre isso... - ele gesticulou entre eles. - que isso Ă©.
- Eu entendo, mas futuramente...
- Obrigado. - ele concordou. - Eu vou precisar de vocĂȘ daqui hĂĄ dois anos.
- Todo esse tempo? - ela perguntou como se estivesse de repente perdendo algo importante.
- Eu tenho um bilhete para amanhĂŁ de manhĂŁ em um navio a vapor. Ainda tenho meu emprego na CĂąmara, entĂŁo pelo menos nĂŁo estou totalmente sem emprego.
- Isso nĂŁo seria bom, um Workaholic sem emprego. - comentou Lin na ausĂȘncia de qualquer outra coisa a dizer. A sala estava quase vazia agora, mas eles permaneceram de pĂ© no centro inquietos.
- Isso me lembra uma piada sobre Ozai, quer ouvir?
Lin sacudiu a cabeça e riu levemente.
- Muito cedo.
- Acho que Ă© esse o meu problema, sempre cedo demais.
Lin assentiu, considerando as palavras. Provavelmente era cedo demais para tudo, nĂŁo apenas sobre piadas de guerra, mas o envolvimento emocional. Talvez isso fosse melhor.
- Bem. - ele suspirou enquanto olhava a sala vazia. - É melhor eu ir para meu quarto, vocĂȘ... quer se juntar a mim?
Lin sacudiu a cabeça.
- É melhor não.
- Claro. - Ele concordou com um aceno de cabeça resignado.
- Mas eu gostaria de agradecer. - ela continuou. - Essas Ășltimas semanas, tudo tem sido muito... legal.
Ele riu um pouco.
- Bom se vocĂȘ for a Nação do Fogo me procure.
- Eu irei. - ela concordou.
Ele se inclinou para um beijo e ela o devolveu de modo reservado.
- Vejo vocĂȘ em dois anos Lin. - ele suspirou quando se separaram.
- EstĂĄ marcado. - ela concordou.
Eles saĂ­ram do salĂŁo de baile e a mĂŁo dele encontrou a dela segurando enquanto atravessavam as portas. Eles pararam de novo no corredor prontos para se separar.
Um pequeno sorriso curvou o canto da boca de Kazuo e ele a puxou pela mão seguindo em direção as escadas.
Lin riu em resposta o seguindo sem discutir.
Afinal seriam dois anos inteiros, era melhor se tivessem um adeus memorĂĄvel.
EntĂŁo, animados com Kaz como eu fiquei?
Espero que sim porque existem outra histĂłrias com este ship maravilhoso e inclusive existe fanarts que ilustram bem a aparĂȘncia desse belo polĂ­tico.
Conforme eu for traduzindo irei postando aqui. EntĂŁo se quiserem deixar comentĂĄrios eu posso os passar a nossa autora.
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doisecinquenta · 2 years ago
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[...] Comecei a pensar sobre Isadora. Sabia que havia sido aprovada em Filosofia, sabia que estudava no prĂ©dio ao lado. Nunca havĂ­amos nos encontrado no campus, mas eu sabia que era uma questĂŁo de tempo. Queria saber como ela estava, o que fez, o que fazia. Comecei a considerar nosso sĂșbito afastamento um erro. Comecei a me sentir culpado. Que mau ser humano eu fui. Que mau ser humano eu era. ⠀ Foi em julho que decidi enviar a ela uma mensagem. Uma mensagem anĂŽnima, pensei. É a melhor alternativa. NĂŁo preciso receber uma resposta, sĂł preciso que ela saiba o que eu quero dizer. ⠀ Passei alguns dias pensando no que escrever, mas nada saĂ­a. Certa noite, comecei a rabiscar com uma caneta vermelha sobre uma folha de caderno. As palavras subitamente começaram a surgir na minha mente. O texto se formou rapidamente e eu o coloquei no papel. Digitei no computador e corrigi vĂ­rgulas, acentuaçÔes e concordĂąncias. Encarei a mensagem por um longo tempo atĂ© decidir que estava perfeita. Hesitei por alguns minutos, mas logo enviei em uma de suas redes sociais. ⠀ Reli a mensagem. Li de novo, tomei banho, escovei os dentes, deitei na cama e fechei os olhos. ApĂłs alguns minutos acordado, desisti de dormir e li mais uma vez. ⠀ “Mesmo que vocĂȘ jĂĄ nĂŁo lembre ou se importe, eu quero corrigir uma injustiça: eu nĂŁo tive a oportunidade de dizer que vocĂȘ Ă© uma pessoa Ășnica, amĂĄvel e interessante e que por um longo tempo cultivei um forte sentimento por vocĂȘ, mesmo que os seus estivessem direcionados a um outro alguĂ©m. Entre os rotineiros dias que passamos juntos, em um deles decidi me distanciar, nĂŁo por nĂŁo me importar mais com vocĂȘ, mas por considerar que a amizade que tĂ­nhamos jĂĄ nĂŁo era saudĂĄvel e que continuar vendo vocĂȘ daquela forma jĂĄ nĂŁo era agradĂĄvel. Mesmo que nossas histĂłrias nĂŁo se cruzem mais, desejo que vocĂȘ viva tĂŁo intensamente quanto sua mente deseja e que vocĂȘ se cerque de pessoas que façam a vocĂȘ tĂŁo bem quanto vocĂȘ pode fazer a elas. Espero ver vocĂȘ novamente, se nĂŁo nessa, em uma outra vida” [...] ⠀ - Trecho do romance "TrĂȘs meses em Marte" ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ Link para compra: linktr.ee/doisecinquenta
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maridjulio-blog · 6 years ago
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Adormecida, senti as ondas do mar em meu corpo Embriagado refleti tudo sobre a vida naquele Ășltimo copo IncrĂ­vel como Ă s vezes o ĂĄlcool lĂ­quido consegue transformar em sĂłlido todo uma vida de conflitos. Conflitos comigo mesma que me fazem duvidar da vida Duvidar da minha vinda, da minha ira, sofrida, sempre vinha. Aberto os olhos vi a imensidĂŁo da casa de iemanjĂĄ Como era linda aquela imensidĂŁo, e assustador era velejar naquele mar. Velejava em corpo nu, impossĂ­vel que minha culpa humana pudesse culpar algo alĂ©m de mim ali imersa. Quando por livre empurrĂŁo de uma onda, cheguei em terra firme. Terra cheia de barcos quebradiços, objetos perdidos, marcas de pĂ©s na areia, onde coincidentemente em memĂłria me fazia sentido. Logo me levantando, vejo uma loja de palha da costa com um senhor que ali sentado estava de costas. Ao me dirigir ao senhor, sua primeira frase indagou: “NĂŁo digas nada menina, aqui estĂĄ para cumprir sua missĂŁo que tanto queria. Chamamos esta ilha de Ilha das Cartas. A missĂŁo dos que vem aqui Ă© escrever para alguĂ©m que nunca pĂŽde dizer o que sentia, ou enviar uma mensagem a quem precisa. Escolha entre esconder o papel escrito embaixo das pedras para que lĂĄ sejam guardadas, ou vĂĄ ao redemoinho no centro do alto mar e tenha coragem que por sua fĂ© sua carta serĂĄ enviada.” Logo com mĂŁos rĂ­gidas, parecidas com mĂŁos de carpinteiro me deu uma folha de papel pardo e um lĂĄpis pela metade quebrado. Escrevi tudo o que sentia tudo o que me afetaria. Quebrei a ponta do lĂĄpis inĂșmeras vezes como cai na minha vida. Risquei vĂĄrias palavras de amor que sinceramente sentia, mas sabia que a quem enviara nĂŁo merecia. O marca texto da carta eram as lĂĄgrimas que deixei cair, nĂŁo por propĂłsito, mas por meu corpo nĂŁo aguentar mais a impossibilidade de quebrĂĄ-lo da minha vida. Assim se fez. Fim da carta. SĂł eu e Deus sabemos o que eu escrevi, acredito que nos fins do universo sem fim, algo me chamava para que isto fosse feito por mĂŁos de quem ama de verdade, dadas as minhas para essa missĂŁo ser feita, entĂŁo que assim seja! Despedi-me do senhor, me virei, corri de encontro aos barcos quebradiços, peguei um remo, entrei e dali comecei a velejar. VĂĄrios outros que ali pensaram em esconder suas cartas nas pedras, me seguiram e repetiram meu ato. Todos com suas cartas dentro de garrafas de whisky jĂĄ vazias de tanta embriaguez de tristeza passada por cada um ali. JĂĄ em meio ao mar, ouvia os sons dos raios se aproximando, nuvens trevosas e escuras se aproximavam soprando-nos de volta a ilha. NĂŁo desisti e remava quase no mesmo lugar. O barco nĂŁo se deslocava, mas eu remava, e remava incessantemente. Um redemoinho se abre no meio do mar, e as pessoas pouco a pouco levadas ao fundo por se arrependeram de jogar suas cartas, assim impiedosamente o mar leva cada um deles. NĂŁo pestanejei, inclinei-me levemente e joguei a carta engarrafada com tanta forca que gritei, como se uma dor tivesse sido arrancada do meu peito. Logo me inclinando, cai no mar e fui sugada para o fundo. Ali pensei na morte... “Mereço morrer de amor? Ou morri por dor? Este Ă© o real significado da vida? Me leve, pois nĂŁo aguentarei outra reencarnação para passar por isto”. Semi desacordada, uma mĂŁo me puxa o braço para a superfĂ­cie. Sinto-me levada por um barco de volta a ilha. Era o velho. Logo acordando disse-me: “Foi a Ășnica fiel a retornar, a Ășnica que mereceu voltar. Honra tua volta a vida e livrando-te do teu sofrimento, viva intensamente o amor por si, pois quando estava em perigo aquele que o amou nĂŁo pensou em ti. A vida nĂŁo serve para aqueles que a querem comandar, a vida serve para aqueles que sĂŁo humildes de querer aprender a amar. ”. ... Acordando, dei-me conta que estava no meu corpo, e finalmente pela primeira vez na minha vida disse a mim mesma: “Agora estou em casa”.
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ilovewritte · 3 years ago
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Antigo senso comum
Desisti a mais tempo do que imaginava.
Quando falo que não me importo, que janto a frustração e pronto, estou sendo sincera.
Då para se entreter enquanto alguém chora.
É possĂ­vel escrever um texto que expresse complexas emoçÔes e nĂŁo pensar em nenhum rosto, nĂŁo enviar para endereço algum.
NĂŁo se lamentar a toda hora por nĂŁo ganhar estrelinhas douradas.
Sou grata por descomer uma coisa aqui e ali.
Uma porção da humanidade se emociona com a mågoa alheia, só para manter a alma.
Bobagem! Sua vida precisa de mais.
Mais mentiras bem contadas, mais lĂĄgrimas de crocodilo e muito, muito mais Ăłdio.
JĂĄ tentaram o Amor, ele era puro e incondicional.
Esse Amor nĂŁo pediu nada em troca e os ditos racionais o eliminaram com crueldade.
Nem os bandidos deveriam ser assassinados desta maneira.
EntĂŁo, fiquem com o Ăłdio. Caie bem aos que desprezam a gratidĂŁo.
Por isso nĂŁo ligo, pois aprendi muito com o sacrifĂ­cio do Amor.
Antes de morrer esse amor pediu perdĂŁo a Fonte, em nome de seus executores.
Antes de entregar sua alma, pois ele nunca a perdeu, o amor me ensinou que o bem vence todo o mal.
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cherrysmok444 · 3 years ago
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Para Isabella
NĂŁo sei por onde eu começo na verdade
 nĂłs nos damos tĂŁo bem, desde o primeiro contato Ă©ramos como irmĂŁs em um curto perĂ­odo, o que Ă© esquisito afinal nĂŁo nos conhecĂ­amos. Eu tenho um carinho especial pelo twitter pois foi atravĂ©s dele que pude te conhecer. O ano era 2013 e eu era apenas uma adolescente perdida, tentando superar meu primeiro coração partido
 nĂŁo fui uma adolescente muito bonita nĂŁo, na verdade eu era bem esquisita hehehe mas no twitter tudo ficava mais especial, possibilidades de conhecer amigos e ser descolada. NĂŁo me recordo do dia mas lembro do mĂȘs, março, estava em aula ainda e nĂŁo estava indo muito bem na escola. JĂĄ tinha feito muitos amigos nas redes sociais (inclusive mantenho contato com alguns atĂ© hoje)
 lembro que nos colocaram num grupo pela dm, vocĂȘ me seguiu, eu te segui e foi ai que tudo começou. Estava assistindo SKINS UK, fiz vocĂȘ começar a ver e logo de inĂ­cio vocĂȘ jĂĄ se encantou pelo Freddie, nunca vi graça nele .-. depois vieram as bandas, eu com meu metalcore e vocĂȘ ouvindo os clĂĄssicos foi quando vocĂȘ me apresentou o Pantera e eu instantaneamente me apaixonei pelo Phil (adolescente com pĂ©ssimo gosto para homens). Quando percebi jĂĄ estĂĄvamos mais intimas do que tudo, eu contava as horas pra chegar em casa depois da escola pois queria passar a tarde falando com vocĂȘ, por mensagens ou atĂ© mesmo pelo Skype na Ă©poca. Te contei sobre o mlk feio que andava de bmx e que tinha me dado um fora, fiquei horas chorando na frente da webcam enquanto vocĂȘ ria e falava: “ele Ă© muito feio, vocĂȘ Ă© a Ășnica pessoa sĂŁ que acha ele bonito
 qual o teu problema garota?” Enquanto isso eu nĂŁo sabia se continuava chorando ou ria com vocĂȘ, vocĂȘ usava um termo que eu ODIAVA “miguxa”mas hoje sinto falta de ser chamada assim por vocĂȘ, sabia? Foi nessa Ă©poca tambĂ©m que comecei a experimentar coisas +18 e vocĂȘ AMAVA ouvir as histĂłrias dos meus roles, “insanamente insana” era a frase que vocĂȘ falava depois de ouvir minhas histĂłrias.
Foi nessa Ă©poca que minha paixĂŁo pela Emily de skins floresceu mas obviamente vocĂȘ era do contra entĂŁo preferia a Naomi, e ficamos assim vocĂȘ era a minha Naomi e eu era sua Emily
 foi mĂĄgico. Ainda em 2013, eu quis te enviar uma carta mas por algum motivo desisti, era para ser uma surpresa de aniversĂĄrio para vocĂȘ e hoje me arrependo de nĂŁo ter mandado. Em 2014 as coisas foram mudando, eu tinha repetido um ano na escola, estava na fase chata da adolescĂȘncia
 decidi excluir meu perfil no Twitter pois achava que meu perfil era muito infantil (hoje sei que eu poderia apenas ter apagado os tweets usando um app) fomos nos falando atĂ© agosto de 2014 normalmente, mas aĂ­ começamos a nos distanciar um pouco
 vocĂȘ jĂĄ estava no ensino mĂ©dio na Ă©poca e sei o quanto vocĂȘ queria passar nos vestibulares
 ai vocĂȘ migrou para o Facebook e eu detestava aquela rede social, eu tinha um perfil que Ă© o que eu uso hoje porĂ©m na Ă©poca eu nĂŁo usava, simplesmente detestava
 continuei no Twitter e vocĂȘ foi parando de usĂĄ-lo, a distĂąncia foi aumentando e eu estava confusa pois nĂŁo queria que isso tivesse acontecido, me culpo muito por nĂŁo ter te adicionado no Facebook
. No começo de 2015 decidi apagar meu primeiro Twitter, lembro que deixei uma dm pra vocĂȘ com meu nĂșmero de celular na Ă©poca, meu e-mail e meu kik. NĂŁo sei se vocĂȘ chegou a ler mas enfim
 meses depois resolvi criar uma conta no Twitter onde eu nĂŁo usava minhas fotos, tipo um “fc”, foi atĂ© seu perfil e vi que estava abandonado, decidi seguir minha vida normalmente, me arrependo por isso atĂ© hoje! Algo ficou na minha cabeça, que era para eu ir atrĂĄs de vocĂȘ no Facebook, hoje eu sei que se eu tivesse ido talvez vocĂȘ estaria aqui
 isso foi meses antes de vocĂȘ ir embora mas mais uma vez decidi nĂŁo ir atrĂĄs e isso me mata! Cheguei ao fim de 2015 e continuei seguindo minha vida, sem saber de nada. Em 2016 tive meu primeiro namoro e esqueci completamente do mundo la fora, foi bom no começo mas os 4 anos seguintes foi um inferno.
Em novembro de 2018 eu lembro que estava um calor horrĂ­vel e eu nĂŁo conseguia dormir, lembro como se fosse hoje algo ficou martelando na minha cabeça e resolvi procurar vocĂȘ nas redes sociais, fui ao Twitter mas fazia mais de anos que vocĂȘ nĂŁo entreva, entĂŁo resolvi ir ao Facebook, foi mais fĂĄcil do que eu imaginava te achar mas o que eu vi fez meu mundo desmoronar, seu perfil escrito “em memĂłria de”
 puts aquilo acabou comigo na hora, fiquei sem chĂŁo nĂŁo sabia como reagir, atĂ© hoje estou assim. Ver suas publicaçÔes, os textos lindos que vocĂȘ publicava
 eu sĂł fui saber da sua morte 3 anos depois, me sinto um lixo por isso! Tive que lidar com um luto culposo e um relacionamento abusivo, nĂŁo foi fĂĄcil mas pelo menos do relacionamento eu consegui me livras! Tanta coisa que eu perdi, tanta coisa que eu gostaria de te contar
 me culpo por pensar que eu possa ter colaborado para vocĂȘ fazer o que fez
 nĂŁo sei cara, sĂł sei que dĂłi!
Assistir skins de novo pra mim Ă© como voltar no tempo, num tempo que eu era feliz e nem sabia! Deveria ter aproveitado mais, deveria ter ido te dar um abraço, queria poder te levar para andar de harley como sempre falĂĄvamos! Queria vocĂȘ aqui, como minha Naomi! Eu te amo muito, Isabella e peço que me perdoe caso eu tenha feito algo ruim pra vocĂȘ, ou simplesmente me perdoe por nĂŁo ter ido atrĂĄs para saber como vocĂȘ estava! VocĂȘ foi embora meses antes de fazer 18 anos, fico imaginando nas infinitas possibilidades que terĂ­amos! Eu nunca vou te esquecer, nunca ninguĂ©m vai tomar seu lugar pois nĂłs duas sabemos o quĂŁo maravilhoso foi ter uma Ă  outra! Eu te amo muito e estou com saudade.
Ps: no final seguimos a história da Emily e da Naomi
 uma se foi e a outra permanece aqui com saudades.
Miss u miguxa, ilysm đŸ–€
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srmoretti · 7 years ago
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Aquele nosso dia 04!
E hoje eu acordei com aquela saudade, e hoje eu acordei sentindo falta daquela mensagem cheia de amor que chegava todo dia 04 no meu whatsapp, foram exatamente 12 mensagens, e Ă© estranho eu acordar hoje e sentir esse vazio, Ă© estranho eu acordar com a cabeça cheia de lembranças, Ă© estranho eu acordar e me deparar com essa situação, Ă© estranho pelo fato de saber que tudo acabou

Hoje estarĂ­amos fazendo 1 ano e 2 meses, o tempo passou tĂŁo rĂĄpido para nĂłs, eu sempre comentava com vocĂȘ que o tempo ao seu lado passava muito depressa, nessa madrugada eu acordei com um nĂł na garganta eu acordei com lagrimas nos olhos, lembrando de todos os momentos que juntos passamos, eu lembrei das historias que construĂ­mos em IbiĂșna mesmo que tenha sido pequena mas era tĂŁo nossa, eu te ensinando fazer pĂŁo, assistindo filmes, eu lembrei de quando olhando nos seus olhos meu coração começou a bater forte e eu nĂŁo consegui controlar aquele sentimento, e vocĂȘ me abraçou e sentiu meu coração e perguntou por que eu estava daquela forma, sem forças para dizer eu apenas sorri e disse que te amava
 E hoje dia 04/12 eu lembrei do dia mais feliz da minha vida, o dia em que vocĂȘ apareceu no meu mundo. VocĂȘ foi tĂŁo especial para mim, pelo simples fato de ter conseguindo entrar no caos que era a minha vida, vocĂȘ deu um colorido novo a toda parte escura que tinha em meu coração, mesmo com todos os erros que ocorreu em nossas vidas, a cada sentimento compartilhado era uma ferida que vocĂȘ curava, era uma barreira que vocĂȘ conseguia quebrar, mesmo com todo meu mal humor, birra e bipolaridade eu amava vocĂȘ
 E hoje dia 04 eu lembrei de todos os beijos que nĂŁo te dei, de todos os abraços que eu renunciei, de todos os momentos juntos que poderĂ­amos ter passado que eu rejeitei por brigas bobas (eu poderia expor todos os motivos do porque que esses momentos nĂŁo aconteceu, mas hoje quero somente lembrar dos momentos bons), eu lembro de tudo isso, e isso me mata a cada lembrança, eu sei que tĂ­nhamos tudo para ser feliz, mas tinha algo bem la no meio, algum motivo muito especifico que impedia de estarmos felizes, eu sei que sĂŁo apenas sentimentos reprimidos, e em muitas vezes que eu lembro de tudo isso eu fico triste por nossa historia ter acabado, eu fico triste, eu choro por ter essa sensação de ter sido usado

Eu queria ao menos ter tido um dia antes do fim, um dia em que pudĂ©ssemos passar juntos esquecendo de todos os problemas, mas infelizmente todas as vezes que tentei era bloqueado e toda vez que vocĂȘ tentava eu estava mal. Eu queria as vezes, poder voltar no ano de 2016, onde te conheci, eu queria poder ter feitos algumas escolhas diferentes, mas nunca ter escolhido nĂŁo ter tido vocĂȘ na minha vida, aquele nosso começo de namoro era tĂŁo magico, pareciamos duas crianças
 lembro do dia em que estava aqui em casa e joguei espuma no seu cabelo, e vocĂȘ correu atrĂĄs de mim e eu me machuquei fiquei quase um mĂȘs com o dedo do pĂ© doendo, lembrei do dia em que passamos a tarde fazendo brigadeiro aqui em casa para levar na virada de ano, lembro das nossas compras no supermercado como casais, lembro da virada de ano primeira vez que eu passei a virada de ano com uma namorada eu queria poder escolher passar esse ano tambĂ©m, eu lembro quando vocĂȘ me ajudou a tirar meu aparelho, eu lembro a sua primeira vez comendo comida japonesa e vocĂȘ me disse que ficou treinando a semana toda como segurar os rachi ou como dizia “pauzinhos”, ainda tenho as fotos daquela noite, eu lembrei do dia em que fomos para paranapiacaba e pela primeira vez tomei caldo de feijĂŁo, e eu tirei diversas foto sua toda linda, e colocamos na cabeça que Ă­amos acordar cedo para aproveitar o dia porem dormimos ate tarde rs, lembro de MairiporĂŁ e nossa trilha que vocĂȘ cansou em menos de 5 passos
 enfim entre as palavras jĂĄ nĂŁo cabe mais lagrimas
 eu realmente queria te amar para sempre, mas infelizmente vocĂȘ Ă© o que Ă©, sei que vocĂȘ esta melhor assim, mesmo estando triste as vezes, por lembranças e saudades, mas eu sei que vocĂȘ esta conseguindo me esquecer, e hoje eu vejo que suas amigas sĂŁo fundamentais na sua vida, eu queria poder ter te mostrado todo o lado bom de um relacionamento, eu queria poder ter te mostrado que eu era seu amigo tambĂ©m assim como vocĂȘ era a minha, a verdade Ă© que eu nĂŁo vou suportar te ver daqui para frente bem, pois eu nĂŁo estou bem sem vocĂȘ, e sei que nunca mais irei ficar, estou me fechando, e eu te vejo bem sem mim e sei que o amor e muito mais do que estar perto, e saber deixar partir, eu fico feliz em saber que vocĂȘ esta se recuperando, e eu estou fazendo de tudo para ocupar a minha mente tambĂ©m, eu sei que vamos conseguir e um dia tudo isso terĂĄ sido uma parte de nossa historia.
Hoje eu estive conversando com a minha terapeuta, e pela primeira vez eu consegui de fato me abrir literalmente com ela, inclusive ela foi muito generosa em estender a consulta por 50 minutos, eu contei ate sobre o meu vacilo de termos cometido o ato sexual, expliquei sobre a religiĂŁo e disse que esse era um dos principais motivos da minha depressĂŁo antes do coração, e mediante a tudo ela concluiu notando um ponto interessante onde ela disse que eu precisava conhecer alguĂ©m para tentar te esquecer para tapar esse buraco, ou ate mesmo substituir essa ausĂȘncia que eu sinto de vocĂȘ, mas confesso que eu tentei cheguei ate a sair com uma antiga ficante, e eu via a vontade que ela tinha de ficar comigo porem eu nĂŁo consegui, eu me imaginei beijando ela, mas sĂł vinha vocĂȘ na minha mente, eu imaginei abraçando ela mas meu coração me proibia e eu sentia o seu doce abraço, eu com lagrimas nos olhos disse a ela que nĂŁo podia ficar com ela por que te amava, e lembrei de quando eu conseguia encostar meu queixo na sua cabeça quando te abraçava e parecia que tudo iria ficar bem, eu estranhei essa reação do meu corpo e coração por que antigamente quando eu terminava um namoro eu tinha outras pessoas que eu conseguia substituir esse buraco, mas com vocĂȘ Ă© diferente pois eu amei e amo de verdade
 Foi onde eu cheguei a conclusĂŁo que nĂŁo adianta tentar colocar outro alguĂ©m no meu coração, ele nĂŁo abre espaço mais para ninguĂ©m e sei que nĂŁo serĂĄ fĂĄcil eu conseguir alguĂ©m nas condiçÔes que eu estou, cheio de problemas materiais e espirituais, eu fico triste e aliviado ao mesmo tempo, pois eu sei que Ă© bem provĂĄvel a minha descendĂȘncia terminar comigo, porem aliviado em saber que foi com vocĂȘ que o meu coração resolveu dar as Ășltimas batidas de amor.
Eu queria ter te falado isso a muito tempo, porem nĂŁo tivemos chance. Eu fiquei muito triste depois do ocorrido do camping, pois seus pais me colocaram como um vilĂŁo na historia por medo de eu cometer com vocĂȘ o que vocĂȘ havia cometido comigo, eu confesso que meu coração ficou em pedaços, e eu tive força depois de tempos para buscar a palavra e Deus mandou eu ficar em paz, e eu os perdoei. E eu queria te falar tambem, que no dia do metro onde nos beijamos depois de tempos foi a melhor sensação que eu tive, e o choro foi de saudade, eu estava tĂŁo abalado psicologicamente que quando vocĂȘ me beijou todos os problemas se amenizaram e eu senti um alĂ­vio extraordinĂĄrio, naquele momento eu queria ter te falado que vocĂȘ era especial na minha vida, que todos os momentos que passamos juntos foram os melhores, eu queria poder te falar que eu ia sentir falta dos domingos assim como senti ontem, onde ficĂĄvamos a tarde toda assistindo filmes, eu queria poder ter te falado que nĂŁo queria te ver partindo, que queria te falar para construĂ­rmos mais historias em MairiporĂŁ, IbiĂșna, itu, Mogi Guaçu, Santos, paranapiacaba enfim eu tinha tudo na cabeça, mas infelizmente a raiva que eu estava sentindo bloqueou tudo
 Mas espero que mediante a todo esse conflito de sentimentos que vocĂȘ se encontra hoje, eu desejo que vocĂȘ nĂŁo desista do amor assim como eu desisti, eu quero que vocĂȘ respire amor, e se entregue a quem consiga compreender toda a sua resiliĂȘncia, vocĂȘ Ă© feita de amor e nĂŁo foi criada para nadar em rios rasos (mesmo nĂŁo sabendo nadar rs), o seu coração transborda alegria, e por esse motivo vocĂȘ merece o melhor

E para concluir mais um texto feito para vocĂȘ, eu sĂł queria que mesmo distantes vocĂȘ soubesse que eu lembro de vocĂȘ todos os dias, e pode ate ser que esse texto passe despercebido na sua caixa de entrada do seu email (que Ă© por onde irei enviar), pode ate ser que vocĂȘ nĂŁo leia por se tratar de um email enviado por mim, pode ate ser que vocĂȘ de risada devido ao fato de vocĂȘ ter perdido os sentimentos e estar fria comigo, mas um dia quando vocĂȘ estiver olhando sua caixa de entrada, vocĂȘ vai ver esse simples email e ira começar a ler esse texto cheio de sentimentos e nesse momento eu quero tirar um sorriso do seu rosto lindo, assim como tirei naquele vĂ­deo de namoro que eu fiz para vocĂȘ, quero que sorria por ter feito vocĂȘ lembrar do dia mais feliz de nossa historia juntos, do dia 04/10/2016 o dia em que a minha vida ficou colorida, espero que quando vocĂȘ ler, vocĂȘ lembre de todas as palhaçadas que fizemos, lembre das brincadeiras de criança que tĂ­nhamos, espero que lembre do cheiro gostoso do nosso amor, espero que vocĂȘ consiga lembrar do quĂŁo ficou brava quando eu escondi de vocĂȘ o motivo de estar demorando para te encontrar, naquele dia onde fui comprar as nossas alianças rs. Eu quero que quando vocĂȘ ler esse texto vocĂȘ nĂŁo lembre dos momentos ruins, mas lembre dos momentos de amor e alegria que passamos, pois esses momentos sĂŁo os que martela a minha mente todos os dias. E eu desejo a vocĂȘ toda a felicidade que seu coração nĂŁo aguente, pois vocĂȘ merece transbordar alegria, espero que continue se recuperando e no tempo certo consiga conquistar o tĂŁo esperado “boy unção , que te darĂĄ amor, alegria e um carrĂŁo rs.”
Enfim feliz dia 04 princesa
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mayconperes · 5 years ago
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penso em vocĂȘ..
nossa Ă© muito dificil fica sem vocĂȘ nĂŁo tipo por tu ser a minha base hoje sei vc nĂŁo Ă© a minha base, eu consigo ser a minha base eu digo no sentido emocional..
eu nĂŁo consigo te esquecer ja tentei de tudo mas nao dĂĄ eu gosto de mais de ti tudo que faço Ă© pensando em ti nao tem nada que eu nao faça pensando em vocĂȘ...
hoje arrumei as minhas coisas pra deita e lembrei de nos de cada domingo que passamos juntos de como era bom eu pedi algo o nos comer, pedi uma pizza olha um filme juntos meu como isso era bom demais, eu adorava fica te admirando vc com seu sorriso lindo me explicando o filme tem varios filmes que eu gostaria de ter olhado contigo que so tinha graça contigo enfim, era bom demais era a parte que eu mais gostava da semana era arruma as coisas pra ficarmos juntos e no final da noite termina com um banho lembra ? c entrava antes e me esperava logo em seguida eu entrava e logo me abraçava em ti senti teu corpo nu em mim te olhando toda molhada, enfim era perfeito não pelo fato de tarmos nus mas sim pq era o nosso momento juntos era o momento mais intenso era o momento que nos se olhavamos olho no olho e sabiamos que era nós sabiamos que eramos feitos um para o otro pelo menos comigo eu sabia, hoje ja tenho minhas duvidas se pra ti foi intenso e verdadeiro.
tipo sabe o que Ă© pior de aceita e de ter esses momentos tao intensos sozinho, de olhar tu falando coisas de coomo se eu nunca desse bola como se eu nunca ligace para esses minimos detalhes voce fala muito em eu ter perdido voce pra mim msm NAO eu nunca perdi vc p mim eu tive meus erros mas em nenhum momento fui falso contigo. quando tavamos juntos fui verdadeiro sempre fui eu nunca precisei fingi ser algo p te agrada ao contrĂĄrio eu amava te ver sorrindo, ah o seu sorriso era o que valia a pena o que vale ainda o que nao me faz desistir de vocĂȘ Ah e eu nao vou, enfim, voltando sabe. como pode uma pessoa ta contigo senti o msm que tu e hoje fla essas coisas que eu nunca liguei pros seus defeitos pros seus detalhes. ah se tu soubece. eu te amei como nunca jamais amei ninguĂ©m vi seus defeitos como os detalhes mais lindos vc fla que nunca segurei sua mochila mas quantas vezes eu te dei meu casaco e.passei frio pra te deixa quentinha, vocĂȘ diz que eu nao te buscava na parada mas quantas vezes eu nao tinha um real no bolso mas eu fazia de tudo pra conseguir a passagem so pra tĂĄ contigo.. voce diz que eu nunca segurava sua mĂŁo em publico mas quantas vezes eu nao te agarrei e te beijei com toda intensidade na parada no ĂŽnibus no shopping c acha msm que era por causa do pessoal puts acho que vc nao reparava os detalhes eu nem queria ta com aquelas pessoas so queria ta com vc..
eu penso muito nas festas que eu ia e bebia ate cai cara eu sinto muita vergonha dessa fase como eu era um bosta.. mas as pessoas amadurecem me diz a Ășltima vez que sai contigo e nao cuidei de ti eu mudei SIM eu mudei.. tu me chamava de segurança por nao beber e ficar chato mas tu ja penso pq eu nao bebia? pq eu queria ta com vc queria ter essas lembranças boas, nao ser aquele otaria que bebia atte cai e pasava vergonha nao nĂŁo esse nao sou mais eu.. lembra do carnaval eu curti com a minha melhor amiga vocĂȘ! eu curti tudo mas o que mais curti foi ta com vc te ver feliz eu tomei umas mas ate certo ponto... eu tava alie pra cuida de ti queria te ver feliz voce bebeu e nao foi pouco assim como no show do gaab vc bebeu tmb e nao foi pouco.. eu ... bem eu bebi mas nao tanto pq a real intenção era ta com vc ta curtindo contigo tira fotos legais ter momentos maravilhosos de nos juntos e gracas a deus eu tive sao as melhores lembranças eu nao enchi a cara eu apenas queria ta com vc...
eu perdi vc pra mim msm sim acredito que sim mas eu perdi vc pro eu do passado nao o de agora eu mudei e muito meus pensamentos meu ponto de vista mudo quantas vezes eu falei com vc pra nĂłs acha nosso cantinho quantas vezes falei que tava pronto se algum dia acontece de termos nosso pimpolho quantas vezes eu trabalhei pra caralho so pra levanta grana pra nossa viajem.. sao esses detalhes que tu nunca viu ou pode ter visto posso ta enganado.. mas nunca mais diga que eu nĂŁo reparei nos seus detalhes pq eu reparei.. cada sim e vocĂȘ reparo nos meus? menina sabe voce mecheu comigo demais pq vc fez isso nao estou te cupando isso Ă© bom digo vc foi umas das coisas mais maravilhosas que ja aconteceu na minha vida mecheu num bom sentido vc diz o mim toca a vida adiante.. bom eu to tocando nao tenho escolha nĂ© nao tenho outra saida.. mas pelo menos tu sabe se vai sabe todos os dias nao vai ter um dia sequer que eu nao vou fala que te amo.. tu pode joga todas as minhas coisas fora se destrai de todas a maneiras, pode sair com tuas amigas novas.. se destrai na facul.. se destrai saindo pros bares depois do colĂ©gio com teus novos amigos... pode tĂĄ atĂ© gostando de outro cara agora pode ta se destraindo com vĂĄrios caras agora no whats nao que seja da minha conta.. mas tu pode fazer o que tu quiser mas nada muda o fato de que eu aqui vou deixar de te ama e de te quere tu fala que vai me bloquea da tua vida vocĂȘ ate pode fazer isso mas no fundo tu sabe que toda vez que tu volta aqui tu vai ter o teu mozi falando de ti e te querendo de volta pq eu quero e nao vou desisti, tu pode fazer o que quiser pra me esquece e vc vai conseguir sim vc vai, e eu! bem eu vou ta aqui ainda postando coisas sobre vc sobre nos cada dia que eu levantar vou te ama mais e mais cada mĂșsica que eu esculta vai ser pensando em vc tudo Ă© pensando em vocĂȘ... faz um mes que to tentando te esquecer e nao consegui entĂŁo vou indo ate quem sabe um dia vc volta pq nada Ă© impossĂ­vel nessa vida.. a vida da muitas voltas.. como eu disse eu nao ligo pras coisas que tu ta fazendo.. com quem ta fazendo.. eu ligo apenas pra nĂłs pra vocĂȘ.
tu pode para de posta as coisas direcionado a mim ou pode posta sobre mim falando que não me quer e que nao sente nada.. mas tu sabe né que p mim não faz diferença tudo que tu posta ou fazer nao vai fazer eu vo ta aqui todo santo dia.. o dia todo postando algo sobre nós sera raro eu posta sobre outro fato..
enfim, ah.! sobre tu ter dito que nao vai ser fåcil me esquece... tu flo que todo motoqueiro que passa tu vai ver se nao sou eu..e se for ? vc vai me da oi vai acena pra mim? eu te vi 4 vezes ja dentro do Înibus vc em nenhuma vez olho pra mim e se tivéssemos se olhado vc apenas me olharia e baixaria a cabeça? bom eu nao sei o que vc faria EU se isso acontecer vo te acena vou te manda um beijo e vou sorrir como smp fiz vai enche meu coração de felicidade vai ser o momento mais intenso o mim meu corpo vai pulsa demais de felicidade.. e se eu te ver na rua ou algo assim tu flo que vai sentir algo.. bem eu! eu nao preciso nem fla meu corpo meu coração tudo vai dispara eu provavelmente vou te dar um abraço e um beijo no rosto mas tu sabe eu sei.. nao vai ser aquilo que queremos vamos mentir agora?
bom nao sei como ter a minha branquinha de volta nao to bolando plano..nao tĂŽ fazendo nada...em partes nĂ© pq eu to aqui todos os dias te falando que te amo e que te quero.. "4 vezes.. foi o nĂșmero de vezes que peguei teu nĂșmero com a mae de volta pra te manda mensagem a 4' vez foi agr domingo de manhĂŁ fazia 2 semanas que eu nao olhava uma postagem sua mao entrava nas tuas redes e eu entrei" de manhĂŁ peguei teu numero fiz um texto maior que esse passei a manha toda fazendo e quando eu ia envia era so ter apertado enviar... eu tava em pĂąnico e eu nao mandei perdi 3 horas eu acho fazendo aqui e nĂŁo mandei tive medo tive consciĂȘncia que era errado prometi te dar esse tempo eu taria quebrando a promessa e por fração de segundos eu apaguei tudo e nĂŁo mandei acho que fiz certo.. bom ao teu ver eu fiz.. ao ver de todos eu fiz certo.. ao meu ver! bem se fiz ou nao, nao faz diferença vc jamais vai saber o que escrevi pra vc la tanto faz eu ja apaguei e nao mandei quem sabe na 5' vez eu nao mande nĂ© bom so o tempo dira...
hoje vai ser a 5 segunda feira hoje Ă© especial Ă© o dia mais especial da semana Ă© nas segundas que te vejo no Bonsucesso voltando ja te vi 2 vezes gostaria de te ver a 3, respondendo a tua dĂșvida.. se eu estou te seguindo. NAO, nao se preocupa o alemĂŁo me solta mais cedo pq abro a loja nas terças por isso passo por vc pq saio um pouco mais cedo por isso te vi as Ășltimas vezes.. no t12 de manhĂŁ eu passei por alguns nao te vi nenhuma vez eu cuidei pra ve se tu tava la bem eu nao vi se te ver nao se preocupa n to te seguindo ta kkkk Ă© os horĂĄrios que batem desculpa.se tu me ver nao se assuste eu n to te seguindo sou louco mas nao psicopata kkk, Enfim, se tu me ver alguma vez por favorzinho nĂŁo tenta fazer que nao me viu faz algum sinal pra mim ou nĂŁo faz mas so te peço uma coisa.. sorri pra mim pq eu vou ta sorrindo quando te ver vou ta com teu capacete que tu me deu e nao vai da pra ver mas vou estar sorrindo pra vocĂȘ, 24 horas dessa segunda se resumem em 1 min passando pelo teu Bonsucesso 24 horas vĂŁo se resumir em 10 segundos te olhando naquele ĂŽnibus.
Bom..Deixa eu ver acho que falei boa parte doo que eu queria fala hoje. nao ia posta nada mas Ă© domingo e nao foi um domingo normal p mim nao queria que passa-se em branco. Bom Mor resumindo aqui..
aoesar de tudo que tu flo que tu fez que tu faz e que tu vai fazer eu vo ta aqui te esperando tu flo o mim nao te espera mas tu sabe que isso nao vai acontecer.. entĂŁo desculpa mas eu vou te espera vou esperar o momento certo demore o tempo que demora, por vocĂȘ eu daria tudo e faria de tudo... culpa tua quem mando ser a garota mais linda tanto por fora quanto por dentro 😊,
TeAmoMeuAmor ❀ Caroline Dias De Carvalho ❀
MayconPeres... Do Dia 23 para 24/06/2019
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leftbouquetexpertthings-blog · 7 years ago
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Porque Estudar Organização
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As inscriçÔes para Enem jĂĄ começaram e tambĂ©m agora tem muita gente correndo detrĂĄs para debutar a estudar para a prova e tambĂ©m possui muita gente tambĂ©m que jĂĄ nĂŁo estĂĄ mais aguentando ver livro de tanto que tem estudado. A começar de jĂĄ, bastante obrigado mestre. PorĂ©m nĂŁo deixe que este sentimento prevaleça e tambĂ©m atrapalhe seus estudos. A maratona dos vestibulares estĂĄ para encetar e se vocĂȘ estĂĄ entre aqueles que pretendem passar todo minuto do dia com rosto enfiada nos livros, pare, respire e leia os conselhos de um profissional em cĂ©rebro humano. A ideia cresceu tanto que quase todos os vĂ­deos foram traduzidos para portuguĂȘs e tambĂ©m hoje em dia eles possuem um ror incrĂ­vel de conteĂșdo. Junte amigos e colegas que estĂŁo estudando para Exame de Ordem e tambĂ©m fale a eles que vocĂȘ ora preparar mini aulas sobre conteĂșdos que eles estĂŁo com complexidade. Uma boa orientação de estudo Ă© estrear a resolver os exercĂ­cios, pelas questĂ”es jĂĄ resolvidas pelo professor ou por exercĂ­cios resolvidos em um livro texto. Se nĂŁo der atenção a isso, seus concorrentes lĂĄ fora darĂŁo e tambĂ©m terĂŁo imenso prazer em completar sua vaga. Clique aqui para enviar uma nova mensagem ao G1. Incorpore superalimentos em sua dieta, como mirtilos e amĂȘndoas. Banho insensĂ­vel: Estimulante e revigorante, banho insensĂ­vel deve ser usado em caso de desanimo e tambĂ©m desmotivação. JĂĄ tive alunas que me disseram que nĂŁo conseguiam estudar em morada e tambĂ©m por isso ficavam no escola no perĂ­odo contrĂĄrio ao das aulas. No momento da revisĂŁo vocĂȘ nĂŁo estudarĂĄ ideias novos, porĂ©m os mesmos conteĂșdos do dia anterior — naturalmente essa segunda anĂĄlise serĂĄ mais rĂĄpida. A tĂ©cnica Ă© vĂĄlida para muitos assuntos, mas nĂŁo tanto para temas mas complexos. Com isso vocĂȘ conseguirĂĄ começar seus estudos e ainda aprender com facilidade. Esvazie seu cĂ©rebro - Novamente vocĂȘ Ă© seu maior vilĂŁo, se vocĂȘ se enche de preocupaçÔes e tambĂ©m milĂ©nio coisas a fazer, para nĂŁo entrar em colapso cĂ©rebro se desliga por algum tempo e tambĂ©m verdadeiramente nĂŁo absorve mas zero. PorĂ©m que vale Ă© aprender. Aspirar ensinar a uma população como estudar seria muita pretensĂŁo, isto porque todo população possui sua individualidade e peculiaridades prĂłprias de personalidade e tambĂ©m treinamento cognitiva.
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Depois releia as anotaçÔes para ver se deixou de fora algo essencial. Envolva seus sentidos em sua aprendizagem, utilize vĂ­deos para estimular sua visĂŁo e audição, faça desenhos para estimular sua originalidade, faça notas visuais, enfim, tudo que envolva muitos sentidos ajudarĂĄ a memorizar melhor um teor. De fato, Ă© pontualmente nesse momento que muitos gestores pecam. Vitamina B: Melhoram a memĂłria e te ajuda a ter mais energia. PorĂ©m ainda nĂŁo desisti Carol, acho que dĂĄ para ajustar de alguma forma, enfim prosseguirei continuar pensando
 atĂ© trespassar fumaça do cĂ©rebro, hahaha. Tenho (sĂł) 35 anos e tambĂ©m mal consigo terminar um livro, pois enquanto chego na metade jĂĄ me esqueço da histĂłria, agora voltei pra faculdade e nĂŁo consigo gravar os assuntos, tenho atividades e tambĂ©m provas on-line e tambĂ©m tenho tido complexidade em gravar teor
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nuncacacaba · 4 years ago
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Deixa pra lĂĄ, que de nada adianta, Esse papo de agora nĂŁo dĂĄ, Que eu te quero Ă© agora eu nĂŁo posso e nem vou esperar que esse lance de um tempo,Nunca funcionou pra nĂłs dois
  Nossa ligação sempre foi tao forte, os nossos corpos se completa a quĂ­mica perfeita, a nossa amizade, verdade,  sempre foi acima de  tudo entre nois dois, sempre houve respeito, e compreensĂŁo mas tambĂ©m sei que tudo Ă© tao complicado, sera que um dia vai se descomplicar ?.😭  Eu nĂŁo sei mais como lidar com essa nossa histĂłria,  eu tento ,tento ,penso, penso e assim meio que nunca to satisfeita.VocĂȘ pode ate pensar que eu nĂŁo te entenda,  mas eu entendo sim. Mas eu , apenas eu sou o problema hoje, jĂĄ nĂŁo aguento mais essa agonia, distancia, esse vazio, essa metade .  Eu quero ser sua, e vocĂȘ ser meu, nĂŁo aguento mais metades sua, dessa mesma histĂłria sempre, tem semanas que eu sofro, e eu queria sim ter o poder de te apagar da memoria, e que a nossa historia nĂŁo passe de passado. Sinto que preciso deixar vocĂȘ partir, e ouvir seu adeus, preciso ir embora, e deixar o tempo mostrar o final desse nosso pequeno infinito,  tem sido difĂ­cil escrever isso, nĂŁo sei se vou enviar, tenho medo de me arrepender como das outras vezes em que entrei em desespero,  Sera que devo deixar do jeito que esta ?  ta bom pra vocĂȘ ? eu deveria deixar a escolha ser sua, mas pensando bem, vocĂȘ jĂĄ me disse milhares de vezes “sua escolha” e quem ama sempre entende,  mas sua escolha nĂŁo sou eu, nĂŁo nĂŁo foi eu quem vocĂȘ escolheu pra cuidar, nao foi quem vocĂȘ decidiu amar, nĂŁo foi eu quem vocĂȘ quer pra vida. EntĂŁo o certo seria eu tambĂ©m nĂŁo querer nada disso,  nĂŁo posso aceitar nada melhor que o TUDO de alguĂ©m  e se vocĂȘ nĂŁo pode me dar o seu TUDO, eu nĂŁo posso aceitar nada alem disso,  eu sou inteira demais, espero demais ,amo demais ,me entrego demais. EU DEVERIA DESISTIR DE VOCÊ AGORA MAS ,VOCÊ VAI ENTENDER QUE EU NÃO DESISTI DE VOCÊ,đŸ˜„ o mundo inteiro seria capaz de desistir de vocĂȘ, mas, eu nĂŁo, eu jamais desistiria. Porque eu sou estranha, eu amo o cara problemĂĄtico, eu amo o vagabundoRS , eu amo  vocĂȘ. E isso Ă© algo que vocĂȘ nĂŁo vai conseguir entender, eu vou sim e sempre  te aceitei a qualquer hora,  vou te aceitar quando todos te jogarem pra fora, alĂ©m do mais,  vocĂȘ sempre sera a minha escolha ,nossa histĂłria que de tĂŁo complicada ta dando  nĂł, isso aqui jĂĄ me magoou demais eu sei, mas vocĂȘ  que insiste em ser metade. Eu quis, quis muito que desse certo, acho que eu nunca quis tanto algo como eu quis vocĂȘ, mas eu desisto. Nao nao posso esperar por alguĂ©m que sabe onde me encontrar que me tem e faz tĂŁo pouco caso. Eu tenho perdido muito tempo ? talvez , mas ninguĂ©m tem visto  as minhas lĂĄgrimas, nem as minhas angĂșstias e dores por vocĂȘ. Eu fui melhor com vocĂȘ do que com qualquer outra pessoa e nĂŁo hĂĄ companhia no mundo que eu desejasse mais que a sua. Eu tentei, eu te amei, eu corri atrĂĄs, eu me importei, mas nĂŁo era pra ser e eu nĂŁo tenho mais tempo pra sofrer. Mas eu sĂł queria te lembrar que todas as coisas do mundo eu sĂł queria que vocĂȘ tivesse ficado mais sem desculpas, sem preocupaçao, sem tristezas , sem arrependimentos,   Eu jĂĄ fiz o que podia, e talvez vocĂȘ tambĂ©m,eu ja disse o que precisava dizer, nĂŁo hĂĄ mais nada a fazer, depois de tantas idas e voltas, eu estou colocando um fim no que nĂŁo teve começo como eu sempre quis. Eu tenho um carinho infinito por vocĂȘ meubem e sempre que alguĂ©m me perguntar qual foi a coisa mais complicada que jĂĄ me aconteceu eu vou lembrar de vocĂȘ. É que nenhum papo vai me prender como o teu, nenhum perfume vai ser tĂŁo bom, Ă© claro que a sua falta vai me doer todos os dias e a saudades vai sempre aparecer me fazendo querer voltar, mas estou deixando pra lĂĄ, tentando esquecer, se importa se eu ir sem avisar? É que eu nunca fui boa com despedidas. Eu vou me amar suficiente pra nĂŁo me deixar sofrer por um sentimento nĂŁo correspondido a altura, Esse Ă© meu ultimo texto sobre vocĂȘ,
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