#orelhas neko
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okeutocalma · 1 year ago
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Neko Shouto Todoroki × Male Magic Reader.
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Quando um casal de humanos (dentre vários) resolveram ter filhos, a mãe da rainha que é uma bruxa cuidou da filha, e falou 
" A cada ano, alguns deuses ou deusas vêm nessa terra, abençoar com um dom e imortalidade, as crianças que vão continuar seu legado , sendo os verdadeiros salvadores ou exterminadores da humanidade."
E como a bruxa falou, cada ano deuses/deusas desceram na terra.
A primeira criança, Lilith, foi abençoada por Afrodite (a deusa do amor), dando à criança uma bela aparência e uma facilidade para seduzir 
Hestia( Deusa do fogo), deu à criança a manipulação do fogo, permitindo que ela criasse coisas mínimas a enormes com as chamas .
Thomas, a segunda criança, também abençoado pela deusa Afrodite , também o dando uma bela aparência e a facilidade para seduzir.
Ymir (A deusa e também criadora dos Titãs de guerra), deu à criança a habilidade de se transformar em um titã, e também deu a forma do titã fundador. Thor(Deus do trovão) , abençoou a criança dando a manipulação de seus raios.
[Nome] a última criança, também abençoado pela deusa Afrodite , também dando uma bela aparência e a facilidade para seduzir.
Poseidon( Deus dos mares e rios), deu a criança a manipulação das águas, podendo fazer um tsunami enorme, ou controlar a água do ar e fazendo o corpo de qualquer pessoa parar.
Hécate( Deusa da magia), deu a criança o dom para facilidade com magia, podendo aprender e controlar qualquer magia com extrema facilidade.
Nike ( A deusa da vitória), abençoou as crianças, com suas facilidade para manusear armas, e também abençoando as crianças com a vitória eterna, qualquer guerra, luta e etc...Os três sempre sairão vencedores.
Claro, não foi apenas essa família ter filhos "abençoados" pelos deuses...
Enji Todoroki, um homem ganancioso e babaca, um rei que destruiu seu reino e gastou todo o ouro.
Ele vendeu seu filho mais novo, Shouto Todoroki (que além de ter controle sobre fogo e gelo, também é um híbrido). 
Para a família Lemberg... E assim Shouto Todoroki se tornou Noivo de [Nome] Lemberg.
Assim tudo começou ... 
『••✎••』
— Eu não posso ir com eles, mãe. — Eu disse suavemente, minha voz falhando e minha garganta arranhando, o nó entalado se formando.
Um suspiro escapou de sua boca e ela veio se sentar ao meu lado, me puxando para seu peito como fazia quando eu era apenas uma criança inocente e infeliz.
Seus dedos correram pelos meus cabelos bicolores de uma maneira calmante, mas eu ainda estava tenso, no limite, minhas orelhas estavam abaixadas e minha cauda arrepiada.
— Eu sei que você não quer, meu filho … Eu também não desejo, mas seu pai já fez o acordo. Está gravado minha criança... Não há nada que eu possa dizer para fazê-lo mudar de ideia, Você sabe disso. — Ela admitiu, com lágrimas transbordando em seus próprios olhos.
Eu chorei no tecido de cetim de seu vestido enquanto ela me segurava, me sentindo sem esperança. 
Como eu poderia deixar minha casa? Minha família ?! Ir para um local totalmente estranho… Eu não queria ser usado como algo que não sou! 
A luz da lua entrou pela minha janela de treliça e soltei um suspiro quebrado, meu rosto inchado e tenso por causa de todas as lágrimas.
Mamãe saiu do quarto, limpando suas lágrimas que eu tenho certeza que talvez sejam falsas.
 Foi então que deitei em minha cama, com súbita clareza, que percebi que esta seria a última noite que passaria em minha amada casa.
 Meus olhos se fecharam enquanto meu peito apertava, pensamentos girando em minha cabeça enquanto eu caía no sono. 
“Oh, pai, por que, oh, por que você fez esse acordo? Por que me vendeu? Eu lhe odeio velho maldito!”
「• • •」
O amanhecer de um novo dia chegou, os raios solares entrando pelas janelas e esquentando meu corpo coberto.
Chegou bem mais rápido do que eu gostaria e antes que eu percebesse, minha irmã estava me ajudando a me vestir.
 Ela me ajudou a colocar meu terno, esconder minhas orelhas em meio aos meus cabelos e meu rabo.
 Por fim, ela colocou uma gargantilha de diamante em meu pescoço, era a única jóia dela 
 Respirei fundo quando ela veio para ficar atrás de mim com as mãos nos meus ombros, um sorriso aparecendo em seu rosto.
— Você está absolutamente lindo irmão. — Ela sorriu e eu enviei a ela um pequeno sorriso triste de volta.
 Ela era como uma segunda mãe para mim e eu a amava muito. Ela era minha família. E eu sabia que deixá-la seria o mais difícil de tudo. Eu me virei e a abracei, meus braços envolvendo seu corpo frágil.
— Oh irmã! Eu gostaria que você pudesse vir comigo. Para que eu pudesse pelo menos ter um rosto familiar… — Eu suspirei, enterrando meu rosto em seu pescoço, os finos fios brancos que haviam caído de seu coque roçando meu rosto.
「• • •」
Lentamente, fiz meu caminho pelo corredor de pedra, minha mão estendendo-se para roçar as pontas dos dedos nas pedras que imediatamente começaram a congelar. 
Seria a última vez que eu andaria por esses corredores, conhecendo a sensação das paredes.
 Soltei um suspiro baixo, cansado e ansioso enquanto eu dava os últimos passos pelo corredor antes de seguir para a porta da frente.
 Uma das últimas servas de minha mãe veio até mim e colocou um casaco de pele sobre meus ombros antes que eu fosse gentilmente empurrado para fora da porta da frente.
 O vento frio estava cortando enquanto açoitava meu rosto, soprando fios de meu cabelo para trás. Meus pais estavam esperando por mim ao lado de fora.
A única irmã que sobrou nesse reino foi Fuyumi, Touya fugiu e se casou com Shigaraki… Natsuo? Em algum prostíbulo comendo alguma mulher.
Aqueles homens - os cavaleiros do reino Lemberg - estavam montados em seus cavalos esperando por mim.
 O príncipe para que fui vendido, [Nome], me olhou de cima a baixo, quase como se nunca tivesse visto um Híbrido antes.
Agora que reparei, minhas orelhas se levantaram e minha cauda balançava de maneira lenta atrás de mim.
 Foi ele , [Nome] quem fez esse negócio que me envolvia. E isso me fez pensar: por que ele deseja me possuir? O que eu era bom para ele? Eu não tinha muito conhecimento mágico.
Eu não serviria como escravo para o trabalho. Mas pelo que entendi, ele havia feito o mesmo com um padre - levou-o só porque sim. 
[Nome] tinha uma bela pele amarronzada, uma tintura ao redor dos olhos, a pasta escura tornando seus olhos muito mais azuis. 
Seus longos cabelos azuis escuros aparentemente estavam amarrados.
Eu me perguntava como ele não sentia frio, afinal sua roupa não era apropriada para o inverno rigoroso.
O Lemberg estava observando atentamente com seus olhos azuis brilhantes. 
Eu estava sendo ajudado a subir em seu cavalo. Ele me sentou na frente dele, seus braços envolvendo minha cintura para não me deixar cair, estranhamente gostei de seu toque e como a suas mãos envolveram minha cintura por um breve momento.
Senti um pouco de desconforto com a proximidade de um estranho e o frio, escutei uma risada baixa dele perto da minha nuca fazendo-me arrepiar e logo senti como se um grande cobertor quentinho me cobrisse.
"Magia."
Eu soltei um ronronar satisfeito e me aconcheguei.
— Você é bastante belo, sua cauda é quentinha. 
Com sua fala eu me virei levemente e percebi minha cauda enrolada em seu forte braço.
 O cavalo relinchou e, com um último aceno para meu pai, o Lemberg passou as mãos sobre a crina do cavalo e ele partiu a galope. 
Olhei para trás uma última vez, a única casa que eu conhecia desaparecendo na distância.
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lucianopodes · 2 years ago
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O ‘gato da sorte’ e sua história Com orelhas eriçadas e a pata erguida em um gesto convidativo, esse amuleto icônico vem atraindo boa sorte há séculos. O maneki-neko, também conhecido como gato das boas-vindas, gato da sorte, gato do dinheiro, gato feliz e gato que acena, remonta ao século 17 e desde aquela época é umas das características mais populares dos estabelecimentos comerciais asiáticos. Embora muitos o conheçam como “gato da sorte chinês” pois está presente em bairros chineses e lojas asiáticas em todo o mundo, essas estatuetas encantadoras não são chinesas: são japonesas. Denominado maneki-neko em japonês (literalmente, “o gato que acena”), a estatueta — fiel ao nome, mas contrário à crença popular — na verdade, não está acenando. Com a pata erguida, orelhas vermelhas eriçadas, moedas e outros acessórios, o maneki-neko é conhecido por trazer sorte e prosperidade há séculos, e tudo começou com uma lenda. No Templo Gōtoku-ji, na área de Setagaya, em Tóquio, durante o período Edo (de 1603 a 1868), um sacerdote passava por grandes problemas financeiros e de saúde, quase ninguém o visitava, mas ao ver um gato perambulando, também doente e com fome, o sacerdote prontamente o acolheu, o pouco de comida que tinha dividiu com o bichano e lhe chamou de Tama. Agradecido, o gato foi para a porta do templo e começou a "limpar-se", com um gesto típico de lamber a pata e passar nas orelhas. De acordo com historiadores do templo, nesse mesmo dia o daimyo (governante regional) Ii Naotaka descansava com amigos embaixo de uma árvore, quando avistou o gato que precia lhe acenar. Curioso com o comportamento do felino, foi em direção do templo, sendo incrivemente salvo da queda de um raio exatamente no local onde descansava momentos antes. Grato ao gato por ter salvado sua vida, o governante resolveu transformar-se em patrono do templo, que então passou a ter muito sucesso e prosperidade. (em Por Ai) https://www.instagram.com/p/CmJYxwYODzv/?igshid=NGJjMDIxMWI=
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anna-takahashi · 2 years ago
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Ahh..neko linda ~♡*acaricia as orelhas dela*
Mommy oque é oral? *angel pergunta*
Bem,meu amor. É quando você chupa a intimidade de alguém, sabe*bota um dedo na bucetinha de Angel*
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backup-asfloresselvagens · 3 years ago
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As aventuras pseudofictícias de Jo Haseul
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Ao parar na estação, as portas do trem abriram-se, derramando toda a água contida lá dentro. Grandes ondas formaram-se na plataforma da estação, que estava no subsolo lunar. Peixinhos nadavam entre as placas que indicavam as saídas, os destinos e todas as linhas do metrô e do trem da cratera semidesértica, Nalooa.
Com o sinal sonoro, as portas automáticas fecharam-se. Dentro do vagão a água ainda batia nos joelhos de Jo Haseul. Seu vestido de noiva pingava, grudado em seu corpo. A falta de um buquê e os óculos de grau redondos no rosto transmitiam a ideia de que talvez ela não fosse de fato casar. O coque feito de tranças foi desmanchado no puxar violento de um grampo que parecia segurar tudo, inclusive a gravidade de seus fios escuros.
Já em movimento, o veículo saiu da escuridão e surgiu sobre trilhos na superfície da Lua. Pela janela, cinturões de meteoros orbitavam no horizonte, e uma poeira arenosa pairava no ar, resultado da passagem veloz dos vagões.
Arrastando a barra do vestido sobre a água, caminhou em direção à caixa de música de onde ainda vinham notas metálicas. Abaixou-se em frente ao objeto e abriu-o, revelando a engenhoca que produzia o som e o motivo pelo qual estava ali: a única e bela pedra-da-lua lunar. Uma cintilante preciosidade que fora retirada do solo do próprio satélite, diferente de todas as pedras-da-lua que os terráqueos conhecem. Envolveu-a com a mão direita, percebendo a textura lisa, quase aveludada de sua superfície.
Foi retirada de seu momento de epifania pelos rugidos. Ao lado do trem, sobre a areia, um grupo de leões corria, acompanhando o vagão em que Haseul estava. Aqueles felinos dourados sabiam dos poderes concedidos pela pedra que a Jo agora possuía e fariam qualquer coisa para tomá-la de Haseul.
Ressurgiu em sua mão o grampo que retirou do coque. Posicionou a pedra logo acima de onde a trança estava amarrada, enrolando novamente o coque, agora escondendo a preciosa pedra que guardava em seu brilho iridescente o segredo do nascimento do universo.
— Estação terminal, Nalooa. Este trem ficará fora de serviço, por favor, desembarque nesta estação.
Jo Haseul, como de costume, já estava com o rosto a poucos centímetros do vidro das portas, aguardando apenas a abertura destas para, mais uma vez, descer do trem e seguir o seu caminho — desconhecido por Hyunjin — de todos os dias. Ao ouvir o som das portas abrindo, a Kim fechou o caderno de forma abrupta, num movimento de juntar as palmas, levando mais um capítulo de suas escrituras para a escuridão das páginas fechadas.
Puxou a mochila de galáxias, colocou-a nos ombros e saiu do trem, observando sua protagonista favorita caminhar já muitos metros a frente, indo em direção às escadas rolantes.
Em seus capítulos emocionantes, Haseul podia ser tudo e mais um pouco. Nada de normal acontecia depois de sua entrada no trem. Sempre havia uma nova aventura para agitar todas as células e liberar toda a adrenalina do corpo, mesmo que não passassem de cenas imaginárias que só existiam na mente e no caderno de Hyunjin.
Como de costume, o ar estava tremendamente seco, fazendo com que a Kim coçasse o nariz constantemente — não que chovesse muito na cratera de bioma semidesértico naquele lado da Lua, mas nenhum nariz se acostuma em respirar areia.
[...]
Sentiu o raio de sol cortar o quarto e atingir suas pálpebras devidamente fechadas para quem ainda dormia um soninho aconchegante e quentinho. Puxou a almofada e a acomodou sobre o rosto, tentando esconder-se da luz que encontrou a fresta mais inoportuna que restava entre as folhas da persiana feita com páginas de jornal.
Aceitou o destino cruel e começou a espreguiçar debaixo das cobertas felpudas, logo atirando no chão a almofada e suspirando profundo, expondo a decepção em ter de levantar. Derramou-se pelo sofá, até acabar sentada. Calçou os chinelos de pano e arrastou os pés até o banheiro. Abriu a torneira e encheu sua banheira cor-de-rosa; já despida, adentrou a água morna que a acordou aos poucos.
De banho tomado e dentes escovado, vestiu o casaco amarelo de sempre e a saia xadrez com as longas meias azul-netuno, e foi até a cozinha. Percebeu na porta da geladeira um bilhete de Heejin dizendo que havia comida pronta e que ela não voltaria naquele dia, dormiria na casa de uma outra amiga.
Mastigava os cereais de planeta com leite, seguindo com de costume a forma metódica de comê-los: primeiro o Sol, então Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e, como toque especial da famosa marca de cereais de farelo de estrela, o pequeno Plutão. Nenhuma outra produzia este planeta para consumo e Plutão era especial e proporcionava muitos minerais para Hyunjin no desjejum. Com a tigela lavada, seguiu até a porta do apartamento-em-nuvem, calçou seus sapatos sobre as meias, pegou guarda-chuva-de-meteoros e a mochila e iniciou seu trajeto diário até a universidade no centro de Nalooa.
Já na plataforma, aguardando o próximo trem, retirou o caderno da mochila e manteve-o contra o peito, abraçando o objeto. Sacou do bolso do interno do casaco seu aparelho de músicas, colocou os fones e deu seu religioso play. A música daquele dia era Like a Cat, do grupo AOA. Quando o transporte posicionou-se e abriu as portas, entrou e sentou-se no banco de costume.
Adorava pegá-lo já na primeira estação para descer apenas na terminal, assim como era ritualístico entrar no último vagão, para poder apreciar todas as pessoas, lugares e possibilidades deixadas para trás junto dos metros e quilômetros de trilhos percorridos todas os infinitos dias no lado iluminado da Lua.
A luz do Sol alcançava parte do piso do compartimento, atingindo os sapatos de Hyunjin. Era bom sentir os pés aquecidos em meio ao silêncio matinal da viagem, que era preenchido apenas pelo som ritmado das rodas atritando contra a ferrovia.
Ergueu a cabeça, jogando-a para trás, pois ninguém sentava-se atrás dela pela manhã, observando então o teto, as lâmpadas, os mapas das linhas e conexões entre metrô e trem. Formavam um colorido bonito, emaranhado, como serpentes rastejando umas sobre as outras em diversas direções.
Poucas estações após o início de sua viagem, Hyunjin aproximava-se do grande momento de toda manhã (exceto pelas dos finais de semana): a entrada de Jo Haseul pela porta. Jamais sequer cumprimentou a garota, nunca ouviu sua voz ou perguntou sua cor favorita. Mas a pasta que, em alguns dias da semana, Haseul carregava, trazia seu nome numa etiqueta decorada.
Assim que o veículo freou, abrindo as portas automáticas, fingiu olhar para a frente, mas observava o movimento da desconhecida-conhecida pelo canto dos olhos. Agradecia profundamente pelos quase 180º de campo de visão humano.
Haseul posicionou-se de pé próxima da porta e ao lado de Hyunjin, que estava sentada no banco da ponta. Um som de guizos atraiu a atenção da Kim, que logo olhou para a direita, de onde o barulho vinha. A origem era um chaveiro com um maneki neko, seguido por um fio vermelho trançado onde estavam pendurados dois guizos.
Voltou os olhos novamente para o caderno que carregava e finalmente o abriu sobre o colo. Com a lapiseira em punho, começou mais uma história.
O ambiente rochoso e as chamas ao redor davam um ar de pesadelo, tornando ainda mais angustiantes os segundos e minutos. O suor escorria pela lateral do rosto de Haseul, que deu uma última olhada para trás. A grande caravela pairava entre as nuvens azuladas, aguardando o retorno da capitã com o tesouro roubado pelo tripulante traidor.
A katana retirada da bainha fazia os guizos em seu cabo tilintarem. Haseul empunhava espada com as duas mãos, a bainha centralizada exatamente entre seus olhos. Moveu os antebraços, desenhando um grande C no ar e içando uma mochila caída no chão do trem com a kissaki¹.
Com o corte sutil da extremidade da lâmina, o tecido da bolsa foi cedendo, rasgando onde estava a espada, deixando ali uma grande abertura. Voltando o objeto já cortado no chão, Haseul emitiu um “pss pss pss” com a boca. Não demorou muito, saíram da mochila dois grandes gatos brancos, usando coleiras vermelhas com um guizo em cada. Sentaram-se um de cada lado da jovem, como guardas peludos e aparentemente fofinhos.
Fofinhos até começarem a mostrar os dentes e bufarem. Os olhos verdes pareciam saltar com suas cores vivas. A pupilas em riscas verticais tornavam os felinos ainda mais assustadores enquanto exibiam as presas. Tinham a visão fixada no grande corpo humano com cabeça de coelho que pairava em frente aos três.
O homem-coelho logo curvou levemente o tronco, projetando o crânio, com numa posição de preparação para um luta. Abriu uma das mãos e revelou uma enorme moeda dourada.
Foi com o mais sutil movimento da espada que Haseul fez com os guizos emitissem um tipo de ordem sonora aos felinos, que avançaram sobre o inimigo. Pendurados em suas orelhas, fizeram com que ele começasse a andar em círculos, tentando arrancá-los de si. Num ato desesperado, levou ambas as mãos abertas até os dois gatos, deixando a moeda cair.
Com o inimigo ainda distraído, deu alguns passos, escondendo a moeda debaixo do pé direito. Guardou a espada de volta na bainha, movendo novamente os guizos. Comandado pelo som, um dos gatos soltou da orelha do homem, pulando em outro lugar muito curioso: o rabinho de coelho que ele tinha na altura do cóccix. Haseul tentou, mas não conteve a risada. O bolinha de pelo abanava desesperada, reagindo à dor causada pelas unhas do gato.
Fez um sinal sonoro para que os dois felinos voltassem para suas posições em guarda. Livre dos arranhões e mordidas, o homem-coelho saiu saltitando em pânico, fugindo das duas ferinhas peludas.
Antes que o som do próprio trem a alertasse, os guizos do chaveiro fizeram Hyunjin voltar à realidade, tirando os olhos do caderno e vendo que Haseul já se posicionava ainda mais próxima da saída.
— Estação terminal, Nalooa. Este trem ficará fora de serviço, por favor, desembarque nesta estação.
Como reagiria Haseul se soubesse que uma completa estranha usava-a como personagem em histórias absurdas e surreais? Desviou deste pensamento e seguiu seu próprio caminho mais uma vez.
[...]
Quando percebeu, já estava indo em direção ao tapete do lado do sofá, pega pela gravidade lunar. Rolou daquilo que chamava de cama e acordou no susto, emaranhada com o cobertor.
Levantou ofegante, a sensação de acordar caindo era pior do que a de cair sonhando. Ligou a televisão em frente ao sofá onde dormia para que a repetição constante do horário pelo jornalista da manhã a fizesse correr contra o atraso para a aula.
Sem tempo para degustar cada planeta de seu cereal, pegou um coco-lua, uma espécie endêmica daquela cratera, com aparência externa de Lua e interior com sabor de coco como os da Terra.
Vestiu o mesmo de todos os dias e disparou em direção à estação, esquecendo a voz da âncora Chuu sozinha na sala, avisando os telespectadores de que naquele dia os peixes-dourados estariam passando pelo céu de diversos biomas, típico daquela época do ano em que migravam do lado escuro da Lua para o iluminado.
Colocou os fones e pressionou o botão, dando início a mais uma música. Naquela manhã contra o tempo era necessário algo mais animado, por isso escolheu CLAP, do grupo Seventeen.
Com a chegada do trem na plataforma, entrou e sentou-se no lugar de costume. Tinha o caderno sobre as pernas. Observando um curioso arco-íris formado pela luz do Sol que atravessava uma massa de água deixada para trás por um cometa de gelo, sentiu os as pálpebras pesarem, logo pegando no sono.
— Estação terminal, Nalooa. Este trem ficará fora de serviço, por favor, desembarque nesta estação.
Pela segunda vez naquele dia acordou no susto. Foi desperta pelo movimento de freio do trem — literalmente acordada pela lei da inércia.
Voltando à realidade, percebeu que alguém estava sentado ao seu lado. Ainda confusa, reparou no perfil de Haseul, enquanto a Jo observava concentrada as próprias mãos que estavam sobre o colo.
Assim que as portas se abriram, a mais velha levantou-se e aguardou que alguns passageiros mais velhos saíssem para finalmente deixar para trás o vagão e a expressão perturbada de Hyunjin.
[...]
Saindo do aparelho de músicas, indo para os fones de ouvido e então para os neurotransmissores de Hyunjin, Traveler, do grupo F(x) com o rapper ZICO. Um viajante como ela, passeando por muitos mundos, universos, cenários, todos os dias dentro de seu velho caderno de capa florida. Presente de sua avó, ainda tinha curiosidade em entender porque a idosa lhe entregou o objeto com tanta cautela e um aviso: “Cuidado com tudo o que anotar nele, Hyunjin, muito cuidado”.
Desde criança, ouviu histórias incríveis da avó e dos pais, e todas viraram desenhos, rabiscos, colagens. Hoje, com o caderno, viravam todas estas coisas e mais, especialmente histórias escritas. O caderno, por mais desgastado e velho que estivesse, era uma forma de guardar as memórias da falecida avó consigo. Mesmo que tentasse deixá-lo em casa e parar de escrever coisas tão esquisitas, havia algo entre aquelas folhas que a puxavam para aquela capa vermelha.
Sua protagonista favorita, Jo Haseul, estava na plataforma a duas estações dali, esperando. Questionava-se frequentemente o que a mais velha fazia quando não era a cobaia de sua imaginação. Onde ela morava, o que ela fazia depois de sair da estação em Nalooa, qual sua cor favorita, em qual cratera ela morava, que tipo de música gostava de ouvir.
Quem era Jo Haseul afinal?
Com os olhos atentos, segurava o caderno com uma das mãos e observava o universo lá fora pela janela do vagão. Uma família de elefantes caminhava na beirada da cratera, já chegando no bioma mais úmido, fugindo da secura do semidesértico. Os cactos estavam floridos e deixavam a linha do horizonte menos vazia.
Todos viajantes, nômades. Seu sonho era formar-se na universidade e poder, finalmente, realizar o sonho de trabalhar nos anéis de Saturno, varrendo dele o pó cósmico, dando retoques de cor e tudo mais que uma artista-cósmica tem como deveres da profissão.
Jo Haseul estava, como de costume, parada próxima da porta automática. A mais nova estava sentada perto e logo abaixou o olhar até o caderno. Um novo dia merece uma nova história. Sentiu o próprio estômago roncar, logo sendo levada a pensar em comida.
No espaço achocolatado com respingos de leite, a astronauta Haseul viajava dentro de seu uniforme verde estampado com folhagens tropicais. Era um modelo curioso para passear pelo espaço, mas foi o que a jovem escolheu na loja de viajantes intergalácticos.
Estava com muita fome e sabia a única coisa que poderia resolver o problema: a lanchonete mais famosa de todo o universo, Logo Ali na Esquina do Espaço-Tempo.
Precisava urgentemente de um suco de limão venusiano, daqueles bem azedos, mas docinhos no final, com o combo de sanduíches mais delicioso que ela já comeu — muitos e muitos anos atrás, quando seu pai ainda trabalhava como entregador do pomar onde a lanchonete comprava suas frutas.
Avistou a lanchonete e foi até lá flutuando pela vontade do próprio cosmos. Chegando no local, a atendente Chuu a recebeu e questionou o que ela desejava.
— Um suco de limão venusiano… O maior que tamanho que tiver — concluiu, partindo para a próxima parte do pedido — Não encontro o combo de sanduíches no cardápio, vocês não fazem mais?
— Fazemos, mas agora eles são pagos diretamente naquela máquina — Apontou.
— Ah, certo.
Depois de fazer a compra do suco e recebê-lo, foi com seu grande copo até a Vending Machine no outro lado do estabelecimento. Chegando lá, observou os sabores de sanduíche disponíveis: caramelo; vegetais e outras coisas; mirtilo e uva; queijo coalhado; espinafre com escarola com couve com rúcula; abóbora e várias abobrinhas.
Levou a mão até o bolso do uniforme verde e procurou pelas moedas de uso universal que carregava. Cada lanche custava MUU$5,00 e Haseul tinha…
— Só dá pra um sanduíche! Ai, sério? — bufou, resmungando para si mesma não ter trazido mais moedas.
Não fazia ideia de como decidir qual dos sabores escolher, afinal ela pretendia pegar o combo de quatro e agora só poderia escolher um único sabor entre todos aqueles. Era impossível comer apenas um. Não era um caso de só voltar aqui depois e comer mais. Aquela lanchonete só aparecia uma vez ao ano-venusiano² por semana-em-netuno³.
Observou a máquina por horas e horas, sem decidir o que comprar.
A lapiseira talvez tivesse derrapado no caderno, mas era a força de Hyunjin que estava rabiscando a folha. Um momento de fúria a atingiu, fazendo com que desgostasse completamente do texto daquele dia antes mesmo de terminá-lo. Fechou o caderno, ainda irritada. Levantou-se de forma brusca e grudou na porta, esperando ansiosa por sair dali.
— Estação terminal, Nalooa. Este trem ficará fora de serviço, por favor, desembarque nesta estação.
A porta sequer terminou de abrir quando o primeiro pé da Kim pisou na plataforma de desembarque. Bufando, ainda raivosa, passou ao lado de uma lixeira e arremessou seu caderno para dentro. Sentia um desapontamento e uma frustração profundos, o desânimo se misturava com cólera.
Já estava parada em um dos degraus da escada rolante, olhando para lugar nenhum, quando sentiu um toque em suas costas.
— Ei! Acho que isto é seu, deve ter deixado cair — disse a voz que acompanhou o cutucão em seu ombro.
Não teve outra reação senão pegar o caderno que a jovem lhe entregou. A voz de Jo Haseul era tão tranquila que parecia parar o tempo, estivessem elas em qualquer planeta, estrela ou satélite. Observou com a boca entreaberta a mais velha sorrir, lhe dar uma piscada e seguir subindo as escadas, mesmo que estas subissem sozinhas. Ficou tão inebriada por aquele contato inesperado que quase não percebeu quando deveria sair da escada.
Já no alto, reparou algo curioso: Haseul não estava com os sapatinhos pretos que costumava usar, mas com estranhas botas de astronauta. Estranhas botas de astronauta verdes.
¹ Kissaki é o nome original (em japonês) da ponta da katana. ² Um ano em Vênus equivale a 225 dias na Terra. ³ Um dia em Netuno equivale a 16 horas terrestres, portanto, uma semana em Netuno totalizam 4,7 dias terrestres.
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sweetfeverdream · 4 years ago
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The Prologo
Olá vocês, tudo massa? Mi nome is Neko.
Os primeiros posts aqui vão ser de explicação das personagens, então uns textos e umas concepts desenhadas pela Onee, sinta-se acolhido se quiser ler ou não, fica a vontade, bjs
Prólogo
A porta se abriu com delicadeza e calma, sem fazer um ruído sequer. A figura misteriosa esgueirou-se para dentro e ao acender as luzes do cômodo, pôde observar o que ali residia um sofá modesto de dois lugares, uma mesinha de café que parecia estar ali fazia um século com o acúmulo de poeira que havia sobre ela e uma pequeniníssima televisão de tubo. O resto do cômodo se transformava numa cozinha com ilha e um espaço para jantar, com quatro cadeiras postas ao redor de uma mesa velha de madeira. O ambiente extremamente empoeirado fez que o intruso pensasse quanto tempo havia se passado sem que ninguém interagisse com o lugar, então fez o que sua mente lhe disse, começou a procurar comida em todas as gavetas que encontrara e depois de tentativas sem sucesso, somente encontrou talheres velhos e enferrujados. Abaixou-se para procurar o que tinha dentro do armário da ilha.
Ouvindo de dentro do quarto, a dona do lugar estava assustada com que estaria acontecendo no lado de fora. Nunca e em nenhuma hipótese houve outro sinal de vida vindo de lá. Mas a curiosidade moveu seu corpo antes que sua mente pudesse alertar os perigos e ela esperou junto a porta para que pudesse escutar um pouco mais. Suas mãos tremiam um pouco e era possível ouvir o ranger das engrenagens mais intensamente. Se perguntou por um instante por que estava fazendo aquilo quando ouviu do outro cômodo o som de passos se aproximando e sentiu o corpo todo congelar. Com facilidade, o intruso girou a válvula que trancava a imensa e pesada porta, e cuidadosamente a abriu, revelando o mistério de uma vez. A única coisa que ela via era um par de orelhas das quais se parecia com as de um felino, uma preta e uma branca, até que abaixou o olhar.
Uma garota baixa e de cabelo médio na cor preta a encarava, com os olhos vermelhos como rubis, ela não muito maior, tinha o cabelo rosa curto na altura dos ombros e amarrado com um laço grande, escuro como carvão. As duas se entreolharam por alguns segundos, antes que a visitante inesperada voltasse a se mexer, ela pode reparar que o par de orelhas era da estranha, que estavam postas no topo da cabeça. Observou ela se mexer dando a volta na ilha, contornando um prato partido ao chão. Estranho, ela não se lembrava de o ouvir quebrar.
—Oi, eaí? — Ouvir do nada uma voz deu um pequeno susto a menina, que não sabia o que esperava. — Foi mal invadir sua casa, mas eu achei que ninguém estivesse aqui. — Continuou andando pela sala, se abaixando e tentando se esgueirar debaixo da televisão. — Você já viu o que tem lá fora?
—Não.
—É um puro caos! To horas sem comer nadinha. — Ela continuava a buscar por alguma coisa nos móveis. — Você num teria nada aí pra comer?
—Eu não sei. — Realmente não sabia. Não sabia nem da existência desse cômodo, quem dirá o que nele havia.
—Tudo bem, eu vou achar.
Vê-la andando pela sala, reparou que ela continha também uma cauda escondida por debaixo da enorme blusa vermelha que vestia. Estava caminhando descalça. Os pés pareciam ter sofrido algum desafio de onde ela viera e até chegar aqui.  
—Olha só o que tem aqui! — Ela estava em cima da pia, na ponta dos dedos, tentando alcançar uma prateleira alta. — Isso aqui é um achado! — Sacodia em sua mão uma lata. — Só precisa esquentar um pouco e logo minha fome acaba. — Descia da bancada para o chão e ao aterrissar pisou em um dos cacos que o prato anteriormente quebrado deixou para trás. — Ai! Merda. — Ela largou a lata no chão e puxou o pé próximo do rosto pra checar a situação.
—Ah. Espera, deixa eu te ajudar.
—Não. Não, to bem. — Ela retomou a lata e colocou em uma das bocas do pequeno fogão velho. — Ai. — Ao ligar a chama, seu ferimento reclamou e ela teve de sentar-se na mesa.
—Sério, deixa eu ajudar. — As duas cruzaram olhar novamente.
—... Tá legal. — A garota com o laço buscou em seu quarto panos que serviriam de bandagem e um pouco de linha caso precisasse de costura.
—Aqui. — Sentando-se próxima a paciente, ela examinou o ferimento que escorria sangue e pingava ao chão. — Não foi profundo, vou só limpar e amarrar um pano. — Dito, o fez.
—Valeu. Vai me dizer seu nome não?
—Você que invadiu minha casa.
—Tá. É. Meu nome é Neko. Koneko é o completo. Agora pode falar o seu.
—Eu não tenho um nome na verdade.
—Que mentira! Todo mundo tem um nome. — Ela balançou negativamente a cabeça que não. —Tá bom então. Eu vou te dar um. Posso?
—Hã... Pode.
—Hmm... — Colocando a mão no queixo, Koneko parecia examinar a garota. — Bem. Onee. Pode ser?
—Onee?
—É.
—... Pode. Eu gostei. — Koneko deu um sorrisinho alegre e voltou ao que estava fazendo antes de se machucar.
—Você tá aqui tem muito tempo?  
—Acho que sim, a mais tempo do que posso me lembrar.
—Vi que num gosta de faxina.
—O quê?
—Nada não. — Desligando o fogo, ela procurava nas gavetas de anteriormente um abridor de latas. — Você mora aqui sozinha?
—Sim. De onde você veio?
—De lá de fora. Sei lá onde caralhos eu to. — Abrindo a lata com um pouco de esforço, ela encontrou uma colher que não estava tão enferrujada como as outras. — Quanto tempo que você não sai daqui?
—Eu não sei exatamente. Mas com certeza faz anos.
—Anos?! E sem comer? Como?! — Onee se virou um pouco deixando a vista sua chave nada discreta, mas que Koneko perdeu por não ter prestado atenção. — Ah. Você é um robô então.
—Não! Eu sou uma boneca.
—Tanto faz.
—Tem diferença, cacete!
—Não foi pra ofender não, só não vejo diferença.
—Vamo ver se tu gosta então. Chega aqui, quebra minha casa toda, come minha comida e depois me ofende. Acha que é a Cachinhos Dourados agora? Pode ir ralando o pé daqui!
—Desculpa! Eu num falei por mal. Num sei a diferença mesmo.
—Tem várias. Pra começar eu tenho partes humanas.
—Caralho, tu tem o quê?!
—Isso. Eu sou um experimento de ressuscitação. E tirando o fato de que a minha chave é capaz de me matar quando removida, isso é tudo o que eu sei.
—Carai... Você é burra de me contar isso. Eu poderia te matar pra roubar sua casa.
—Ah é...?
—Ai Deus. — Revirando os olhos, Koneko termina de comer e deixa a lata vazia na mesa, se dirigindo ao sofá.
—Mas então agora posso te perguntar. — Onee mirou para a causa que agora estava mais visível porque estava mais suspensa no ar e não se conteve pra tocar.
—Ei!
—Desculpa. São de verdade?
—Sim! E sensível! Proibido tocar nisso e nisso, okay? — Koneko apontava para as orelhas do topo da cabeça.
—Okay. — Onee a seguiu em direção a sala e depois a porta do quarto.
—Seu quarto?
—É. — Koneko escancarou a porta e olhou dentro. — Você não tem educação né?
—Aprendi que a vida é curta pra se ter isso aí.
—Desculpinha esfarrapada. — Onee rapidamente pegou todos os papéis com desenhos do chão e os guardou no enorme baú no canto.
—Faxina realmente num tá no seu dicionário. — O cenário era de uma destruição desesperadora. Koneko percebeu que as janelas estavam cobertas com tábuas, subindo sobre a mesa ela começou a puxar uma por uma.
—Que que você tá fazendo?
—Quero te mostrar o que você tá perdendo. — Ao tirar uma quarta tábua, Onee pode vislumbrar o vazio o qual se encontrava. Havia caminhos ligando o quintal destruído da casa a outras construções, mas tudo parecia esquecido pelo tempo e completamente fora de coerência. Era uma orquestra sem maestro sob um céu sem luz.
—... Nossa.
—Nem imagino passar tanto tempo aqui sem explorar nada disso.
—Eu não conseguia sair. Sou fraca demais.
—Oh. — Tirando a atenção da obra lá fora, Koneko se virou pra Onee que a olhou de volta. — Que bom que eu to aqui então. — Ela sorria pela primeira vez, com sinceridade. — Vamo dar um rolê.
—O quê? — Koneko se agachou como se fosse dar um salto pro outro lado do quarto de cima da mesa.
—Vamo passear lá fora. Você não quer conhecer?
—Não! — Koneko parecia surpresa. — Digo. Eu não sei se tenho coragem ainda. E você tá machucada, não pode ficar andando descalça por aí.
—Como se eu precisasse de sapatos. Tiram demais o meu equilíbrio, prefiro sentir tudo com os pés. — Ela sentou-se e Onee sentou-se na cadeira próxima. — Mas tá bom então. Pretende fazer o quê?
—Não sei.
—Sabe nada, hein?
—Se quiser pode me contar como chegou aqui. — Seus olhos diziam que ela estava muito curiosa.
—Er... Até poderia ser, mas se eu não entendi, não tem como te explicar.
—Ah.
—Você desenha? — Koneko pegou um dos papéis que tinha pisoteado anteriormente.
—Ah... Sim... Não era pra você ver isso, sabe. — Ela havia travado seus olhos no conteúdo, vidrados como se nunca tivesse visto algo do tipo. — Koneko? — O som não parecia lhe alcançar.
—AHHHHHH! CALA A BOCA! — Num movimento súbito, ela levou as mãos até as orelhas e correu porta a afora, deixando uma Onee extremamente confusa, que observava o conteúdo da folha abandonada.  
Era um dos seus desenhos obscuros, que continha membros separados do corpo e mais sangue no chão do que nas veias. Pensou que talvez pudesse ter assustado sua nova amiga, escondeu o resto dos desenhos no baú e o fechou. Caminhou cuidadosamente até a mesa da cozinha, onde Koneko havia se escondido e continuava com as mãos sobre a cabeça. Sua cauda estava enrolada em uma das pernas e balançava freneticamente a cabeça enquanto sussurrava para que o barulho cessasse, mesmo tudo estando em silêncio.
—Neko... — Onee ousou tocar em seu ombro e os olhos brilhantes viraram instantaneamente, fazendo ela pensar se tinha sido uma boa ideia. Depois com a mesma velocidade se fecharam e Onee foi empurrada ao chão.
—SAAAAAAAAAAAI DE PERTO DE MIM! — Correndo em direção a porta, Koneko desmaiou antes que pudesse chegar ao seu objetivo.
Ainda sem entender o que estava acontecendo, Onee levantou-se e olhou pro corpo adormecido jogado ao chão, imóvel. Parecia respirar, ao menos. Ela pegou-a pelos braços e com todo o esforço que podia arrastou o corpo até o colchão e torceu pra que uma hora ela pudesse acordar novamente.
Algumas horas haviam se passado e nada acontecia, esperando pacientemente a nova amiga, Onee estava sentada ao lado dela, se perguntando o quanto ela não sabia de nada o que acontecera lá fora. De relance ela olhou para fora novamente, observando o puro nada do qual era feito o céu, escuro como o próprio laço em seus cabelos, mas só feito de somente isso, preto infinito para sempre. Ouvindo algo se mexer, retornou à atenção a Koneko, que agora estava sentada olhando ao redor. Pensando duas vezes antes, Onee tomou a decisão de somente a chamar pelo nome e ela respondeu se virando lentamente fazendo seus olhos se encontrarem.
—Tudo bem? — Sem responder, ela esfregou os olhos com as mãos e chegou mais perto do rosto da boneca deixando-as um centímetro de distância.
—Fascinante. — Ela levantou-se ignorando a presença no quarto e continuou a colocar os objetos que encontrava próximos do rosto. Indagando o comportamento estranho, Onee observou enquanto ela perambulava pela casa.
—Só quero saber se você tá bem.
—Com certeza.
—Não parecia quando desmaiou.
—Um contra tempo.
—Sei não. Parece diferente. — Sem interromper sua caçada, elas permaneceram conversando.
—Engano seu.
—Dá pra você parar de andar por aí?
—Negativo.
—Que que deu em você, caramba? — Ela alcançou a maçaneta da porta da frente fazendo a Onee parar no lugar. — Onde você vai?
—Para fora.
—Por quê?
—Olha... Eu não tenho obrigação de responder suas dúvidas. Adeus.
—Espera! — Koneko soltou um curto suspiro.
—Sim?
—Foi legal te conhecer. Achei que pudesse ficar. — O momento parecia que tinha atingido Koneko, que travou por longos segundos antes de desmaiar novamente na frente da porta.
Onee agachou perto do corpo para que pudesse refazer o processo, mas dessa vez ela despertou rapidamente e pegou o braço da boneca num movimento brusco.
—O que aconteceu?
—Hã... Como assim?
—Só me fala!
—Você desmaiou de novo e acordou.
—Argh! Que saco!
—Você pode me contar o que tá acontecendo? — Koneko olhou pro rosto de Onee, pensando se deveria.
—Tá bom. Eu... Vai parecer estranho tá bom? — Onee concordou com a cabeça. — Eu me sinto dividida, separada.
—Pode ir se quiser, eu não quero te segurar.
—Não sobre isso. Eu to falando literalmente. Como se existisse mais de uma dentro de mim. — Se levantando, as duas seguiram de volta pro quarto e Koneko se jogou no colchão. — Elas falam demais. O tempo todo. Me dizendo o que eu tenho que fazer e cada uma diz algo diferente. Eu to tão confusa... — Onee sem dizer nada, deixava ela desabafar, enquanto se sentava ao seu lado novamente. — To ficando maluca?
—Não. Eu acho que não. Parecia outra pessoa mesmo.
—Com quem você falou?
—Você não sabe?
—Se eu to te perguntando né?
—Eu achei que era você, então...
—Tá. Como ela era?
—Hã... Falava certo. E ficou encarando as coisas.
—Ah. É a tal da sabichona.
—Tem muitas?
—Pelo menos três. — Um silêncio voltara ao quarto enquanto elas pensavam sobre o ocorrido.
—Mas então... — Onee quebrava o clima com sua voz. — É uma possessão?
—Não. Eu acho que não. Talvez. Ela tomou o controle de mim, mas é como se a gente habitasse o mesmo corpo.
—Ela não parecia ruim pelo menos.
—Não é dela que eu tenho medo. — Onee parecia confusa. — Olha. Eu sei pouco sobre elas ainda, não posso te falar exatamente. Mas uma delas me diz coisas horríveis e isso me preocupa.
—Relaxa, pensamentos ruins acontecem.
—Não é isso. Pelo menos tem alguém que pensa o contrário aqui dentro. Mas elas discutem tanto que eu não aguento mais tanta falação!
—Parece sério. Eu só não quero que você se machuque.
—Eu que tenho medo de te machucar. — As duas voltaram a ficar em silêncio, tendo seus próprios pensamentos. — Onee, infelizmente eu tenho que sair daqui uma hora, não tem comida por aqui e esse feijão já tá me fazendo mal.
—Tudo bem.
—Vem comigo. Eu não quero te deixar sozinha de novo.
—Eu...
—Sei que não sabe, mas eu também não sei o que tem lá fora, se a gente for junto você não precisa ter medo, tá? — Onee olhou pra ela momentaneamente.
—Tá. — Koneko sorriu, fazendo a boneca sorrir também.
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adelxn · 4 years ago
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anonymous asked: tem corrido uns boatos que sua 'amiga' tomoko só te chama de 'chin' porque ela não consegue se lembrar do seu nome, porque tá ocupada demais admirando um mau-caráter com 'um ar superior', dele ela não esquece o nome. //chiaki
o felino franziu as sobrancelhas e pareceu de fato preocupado, afinal, o inseto já tinha mencionado antes o problema recorrente com a memória. seria possível que o seu nome tivesse sido mesmo esquecido? um nome tão curto e apropriado. “admirando um mau-caráter?” ficou confuso. as orelhas murcharam e ele encolheu os ombros modo extremamente pensativo. “tomoko... não se lembra mesmo do meu nome?” aquilo pareceu afetar ao maneki neko, mas do que deveria realmente e de uma forma completamente errônea.
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kagxra · 4 years ago
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< prev. @adelxn
Um suspiro foi dado quando sentiu que poderia ter uma relevância maior na vida do outro; porém logo se desprendeu desse sentimento. Tinha de fazê-lo. O nekomata retribui o beijo carinhoso, querendo por mais daquele toque delicado. Se levantou devidamente, utilizando como apoio as mãos do outro. – “Não deixe toda a responsabilidade para mim... Sabe que é bem-vindo sempre.” – Tocou sutilmente na cintura do outro, selando mais uma vez ambos os lábios, iniciando um beijo calmo, enquanto a cauda bifurcada procurava pela dele. Entrelaçava as línguas assim como fazia com a caudas; as orelhas felinas quase falharam da ilusão, estava em um estado de contentamento que, tinha que fazer um esforço extra para continuar escondendo-as.
Deixou de tocá-lo para também tirar o yukata, deslizou a língua pelo lábio inferior do maneki neko antes de depositar um beijo rápido pela região. Era a primeira vez que dividia o ofuro com um youkai, ainda que fosse experiências parecidas, só tinha como referências os humanos, e se agraciou por finalmente ter se relacionado com um de espécie parecida, talvez assim, a culpa diminuiria por se afeiçoar tanto aos humanos. A comparação era injusta, sabia, porém inevitável. Ao notar uma quantidade de água considerável, adentrou devidamente no ofuro de formato oval, se abrigando em uma das extremidades, deixando a torneira ainda aberta. – “Qual é a sua idade, Chiakikun?” – A pergunta poderia soar um tanto inesperada, contudo, teria uma pequena noção das vivências do outro.
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yukidraw55 · 5 years ago
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Pp popo
Diamondo neko e Bort neko passando por sua timeline
A fanart tá errada só pelo fato de pedras terem orelhas de gato, mas quem se importa? KKKKKKKK
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atravesdaescrita · 6 years ago
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Oi amicats, aqui é o Larry 🐱 Vim contar um pouquinho da minha história. Quando apareci na casa dos humanos ainda era bem filhotão. Estava extremamente magro. Tinha um tumor bem feio. Minha pele estava horrível, minhas orelhas estavam cheias de feridas, e até faltando um pedaço, pois sou albino e o sol excessivo das ruas me fez muito mal. Os humanos me viram e me deram comida. E eu comi muito. Muito mesmo. No estado em que eu estava, mais uns minutos na rua e eu iria desmaiar. Logo começaram a cuidar de mim, e me recuperei de todos esses danos. Hoje sou um gatão (literalmente, pois sou maior até que o cachorro 🙊), sou barrigudo de tanta ração e tenho uma pelagem linda, que chega a doer os olhos de quem vê, de tão branquinha hehe Sou muitooo amorzinho, meu apelido é Larryzinho Querido, pois sou um dengo com os humanos, mal me pegam no colo e já estou ronronando e adoro um carinho! Também sou muito brincalhão, e dizem que sou hiperativo, pois não paro quieto nunca 🙊 Tenho uma média de 7 anos, mas pareço um bebezinho ainda. ✩★✩ ✩★✩ #cats #gatos #catlover  #gatoalbino #gatobranco #whitecat  #filhode4patas #amordemae  #kitty #kitten #gatinho #pets #filhote  #cute #love #kawaii #neko #vsco #vscocam  #vscobrasil #vscopet #goyangi #animal  #고양이 #animal #animaldeestimaçao  #🐱 #😻 #🐾 #animaisresgatados (em Curitiba, Brazil) https://www.instagram.com/p/BpiCadWnGfQ/?utm_source=ig_tumblr_share&igshid=14f3g85rhffa3
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okeutocalma · 1 year ago
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Neko Shouto Todoroki [Male Reader].
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Quando um casal de humanos (dentre vários) resolveram ter filhos, a mãe da rainha que é uma bruxa cuidou da filha, e falou 
" A cada ano, alguns deuses ou deusas vêm nessa terra, abençoar com um dom e imortalidade, as crianças que vão continuar seu legado , sendo os verdadeiros salvadores ou exterminadores da humanidade."
E como a bruxa falou, cada ano deuses/deusas desceram na terra.
A primeira criança, Lilith, foi abençoada por Afrodite (a deusa do amor), dando à criança uma bela aparência e uma facilidade para seduzir 
Hestia( Deusa do fogo), deu à criança a manipulação do fogo, permitindo que ela criasse coisas mínimas a enormes com as chamas .
Thomas, a segunda criança, também abençoado pela deusa Afrodite , também o dando uma bela aparência e a facilidade para seduzir.
Ymir (A deusa e também criadora dos Titãs de guerra), deu à criança a habilidade de se transformar em um titã, e também deu a forma do titã fundador. Thor(Deus do trovão) , abençoou a criança dando a manipulação de seus raios.
[Nome] a última criança, também abençoado pela deusa Afrodite , também dando uma bela aparência e a facilidade para seduzir.
Poseidon( Deus dos mares e rios), deu a criança a manipulação das águas, podendo fazer um tsunami enorme, ou controlar a água do ar e fazendo o corpo de qualquer pessoa parar.
Hécate( Deusa da magia), deu a criança o dom para facilidade com magia, podendo aprender e controlar qualquer magia com extrema facilidade.
Nike ( A deusa da vitória), abençoou as crianças, com suas facilidade para manusear armas, e também abençoando as crianças com a vitória eterna, qualquer guerra, luta e etc...Os três sempre sairão vencedores.
Claro, não foi apenas essa família ter filhos "abençoados" pelos deuses...
Enji Todoroki, um homem ganancioso e babaca, um rei que destruiu seu reino e gastou todo o ouro.
Ele vendeu seu filho mais novo, Shouto Todoroki (que além de ter controle sobre fogo e gelo, também é um híbrido). 
Para a família Lemberg... E assim Shouto Todoroki se tornou Noivo de [Nome] Lemberg.
Assim tudo começou ... 
『••✎••』
— Eu não posso ir com eles, mãe. — Eu disse suavemente, minha voz falhando e minha garganta arranhando, o nó entalado se formando.
Um suspiro escapou de sua boca e ela veio se sentar ao meu lado, me puxando para seu peito como fazia quando eu era apenas uma criança inocente e infeliz.
Seus dedos correram pelos meus cabelos bicolores de uma maneira calmante, mas eu ainda estava tenso, no limite, minhas orelhas estavam abaixadas e minha cauda arrepiada.
— Eu sei que você não quer, meu filho … Eu também não desejo, mas seu pai já fez o acordo. Está gravado minha criança... Não há nada que eu possa dizer para fazê-lo mudar de ideia, Você sabe disso. — Ela admitiu, com lágrimas transbordando em seus próprios olhos.
Eu chorei no tecido de cetim de seu vestido enquanto ela me segurava, me sentindo sem esperança. 
Como eu poderia deixar minha casa? Minha família ?! Ir para um local totalmente estranho… Eu não queria ser usado como algo que não sou! 
A luz da lua entrou pela minha janela de treliça e soltei um suspiro quebrado, meu rosto inchado e tenso por causa de todas as lágrimas.
Mamãe saiu do quarto, limpando suas lágrimas que eu tenho certeza que talvez sejam falsas.
 Foi então que deitei em minha cama, com súbita clareza, que percebi que esta seria a última noite que passaria em minha amada casa.
 Meus olhos se fecharam enquanto meu peito apertava, pensamentos girando em minha cabeça enquanto eu caía no sono. 
“Oh, pai, por que, oh, por que você fez esse acordo? Por que me vendeu? Eu lhe odeio velho maldito!”
「• • •」
O amanhecer de um novo dia chegou, os raios solares entrando pelas janelas e esquentando meu corpo coberto.
Chegou bem mais rápido do que eu gostaria e antes que eu percebesse, minha irmã estava me ajudando a me vestir.
 Ela me ajudou a colocar meu terno, esconder minhas orelhas em meio aos meus cabelos e meu rabo.
 Por fim, ela colocou uma gargantilha de diamante em meu pescoço, era a única jóia dela 
 Respirei fundo quando ela veio para ficar atrás de mim com as mãos nos meus ombros, um sorriso aparecendo em seu rosto.
— Você está absolutamente lindo irmão. — Ela sorriu e eu enviei a ela um pequeno sorriso triste de volta.
 Ela era como uma segunda mãe para mim e eu a amava muito. Ela era minha família. E eu sabia que deixá-la seria o mais difícil de tudo. Eu me virei e a abracei, meus braços envolvendo seu corpo frágil.
— Oh irmã! Eu gostaria que você pudesse vir comigo. Para que eu pudesse pelo menos ter um rosto familiar… — Eu suspirei, enterrando meu rosto em seu pescoço, os finos fios brancos que haviam caído de seu coque roçando meu rosto.
「• • •」
Lentamente, fiz meu caminho pelo corredor de pedra, minha mão estendendo-se para roçar as pontas dos dedos nas pedras que imediatamente começaram a congelar. 
Seria a última vez que eu andaria por esses corredores, conhecendo a sensação das paredes.
 Soltei um suspiro baixo, cansado e ansioso enquanto eu dava os últimos passos pelo corredor antes de seguir para a porta da frente.
 Uma das últimas servas de minha mãe veio até mim e colocou um casaco de pele sobre meus ombros antes que eu fosse gentilmente empurrado para fora da porta da frente.
 O vento frio estava cortando enquanto açoitava meu rosto, soprando fios de meu cabelo para trás. Meus pais estavam esperando por mim ao lado de fora.
A única irmã que sobrou nesse reino foi Fuyumi, Touya fugiu e se casou com Shigaraki… Natsuo? Em algum prostíbulo comendo alguma mulher.
Aqueles homens - os cavaleiros do reino Lemberg - estavam montados em seus cavalos esperando por mim.
 O príncipe para que fui vendido, [Nome], me olhou de cima a baixo, quase como se nunca tivesse visto um Híbrido antes.
Agora que reparei, minhas orelhas se levantaram e minha cauda balançava de maneira lenta atrás de mim.
 Foi ele , [Nome] quem fez esse negócio que me envolvia. E isso me fez pensar: por que ele deseja me possuir? O que eu era bom para ele? Eu não tinha muito conhecimento mágico.
Eu não serviria como escravo para o trabalho. Mas pelo que entendi, ele havia feito o mesmo com um padre - levou-o só porque sim. 
[Nome] tinha uma bela pele amarronzada, uma tintura ao redor dos olhos, a pasta escura tornando seus olhos muito mais azuis. 
Seus longos cabelos azuis escuros aparentemente estavam amarrados.
Eu me perguntava como ele não sentia frio, afinal sua roupa não era apropriada para o inverno rigoroso.
O Lemberg estava observando atentamente com seus olhos azuis brilhantes. 
Eu estava sendo ajudado a subir em seu cavalo. Ele me sentou na frente dele, seus braços envolvendo minha cintura para não me deixar cair, estranhamente gostei de seu toque e como a suas mãos envolveram minha cintura por um breve momento.
Senti um pouco de desconforto com a proximidade de um estranho e o frio, escutei uma risada baixa dele perto da minha nuca fazendo-me arrepiar e logo senti como se um grande cobertor quentinho me cobrisse.
"Magia."
Eu soltei um ronronar satisfeito e me aconcheguei.
— Você é bastante belo, sua cauda é quentinha. 
Com sua fala eu me virei levemente e percebi minha cauda enrolada em seu forte braço.
 O cavalo relinchou e, com um último aceno para meu pai, o Lemberg passou as mãos sobre a crina do cavalo e ele partiu a galope. 
Olhei para trás uma última vez, a única casa que eu conhecia desaparecendo na distância.
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mercadoautomotivo · 2 years ago
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Capacetes de gato, com orelhas é a nova tendência https://mercadoautomotivo.com.br/capacetes-de-gato-com-orelhas-e-a-nova-tendencia/
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popees · 3 years ago
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Neko Witch. What if a cat turns to a woman? That was my inspiration for this original character. E se um gato virasse uma mulher? Essa foi a inspiração para essa personagem. Esse ensaio será entregue para todos os apoiadores se batermos a meta! Falta pouquinho! 😍 apoia.se/patripopes Apoie meu trabalho e receba fotos exclusivas! 💕 Orelhas inspiradas no meu gato por @bubafluffy Lentes Wolf amarelo por @geeklens (Use cupom PATRIPOPES para 10%) #neko #witch #cosplay #halloween #halloweenmakeup #circlelens #cosplayer #selfportrait #autorretrato #canont5i #photographer https://www.instagram.com/p/CU0C1E7FR9u/?utm_medium=tumblr
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furrysdajucha · 5 years ago
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Alter Ego
I always loved drawing myself in a furry version or with ears and tail, like neko. These drawings are old, I have more like this with my husband, who at the time was a boyfriend and others older lol
Eu sempre adorei desenhar eu em versão furry ou com orelhas e rabo, tipo neko. Esses desenhos são antigos, tenho mais assim com meu marido, que na época era namorado e outros mais antigos lol
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sweetwrite · 7 years ago
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Oi,eu amo seus reactions ❤e queria fazer um pedido 😳 queria um react de como os meninos iriam reagir se a namorada deles S/N fosse uma híbrida neko, que seria uma hibrida de gato (elas não se transformam em gatos elas são híbridas, corpo humano,com orelhas e rabo de gato) por exemplo , eles achariam fofo , estranho, não saberiam como reagir , gostaria de ver ela ronronar,de acaricia-la ou de vê-la brincando com alguma bolinha sla vc decide,espero que não tenha sido mt estranho kkeu acho fofo
Ah, que bom que ama! Nos esforçamos muito para dar o melhor para vocês, amores. Enfim, esse pedido é muito loko e eu confesso que acho o tema muito interessante. Será feito :D~Sweetie♡
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indicajapao · 5 years ago
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Por onde começar? Eles são fofos, astutos, facilmente ofendidos, felizes com ou sem nós e nunca poderíamos imaginar nossas vidas sem eles. Eles são ricos em mistério e surpresa e não é de admirar que a Internet seja inundada com fotos e vídeos deles.
O Japão também tem uma longa história de interações com gatos, de acreditar que eles podem prever desastres naturais a serem criaturas de vingança, a fim de matar seres humanos. Por esse motivo, existem ótimas palavras em japonês que usam “neko” (猫), a palavra para “gato”, em combinação com outro caractere. Aprenda um pouco de japonês e se apaixone ainda mais por gatos através de nossa lista de 10 palavras japonesas “maliciosas”.
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1. Nekojita 猫 舌 – (literalmente ‘língua de gato’) incapacidade de consumir comida / bebida quente
Esta é uma palavra japonesa para descrever alguém que não pode lidar com alimentos ou bebidas quentes. Alguns acreditam que essa palavra surgiu devido ao fato de os gatos não gostarem de coisas quentes. Qualquer pessoa que você vê soprando incessantemente em sua bebida ou comida ou espera um período excessivo de tempo antes de beber e comer provavelmente tem nekojita.
2. Nekoze 猫 背 – (literalmente ‘costas de gato’) curvado para trás, corcunda, curvada
Se alguém lhe dissesse que você estava sofrendo de cifose, provavelmente não teria idéia do que isso deveria significar. No entanto, se eles dissessem: “Você tem um gato de volta”, você entenderia instantaneamente que suas costas estavam curvadas para parecerem um gato no modo “luta ou fuga”. Esta não é a única palavra para esse sintoma, mas é certamente a mais divertida!
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3. Carrinho de mão Nekoguruma 猫 車 – (literalmente ‘carro de gato / roda de gato’)
O significado desta palavra é ‘carrinho de mão’, embora outras palavras mais modernas, como 手 押 し 車 (teoshiguruma) e 一輪 車 (ichirinsha) sejam geralmente usadas. A etimologia do nekoguruma também decorre das imagens. Os gatos podem se encaixar e tecer facilmente em espaços estreitos, semelhantes a um carrinho de mão. Além disso, quando um carrinho de mão se move em terrenos mais acidentados, isso soa como um gato ronronando!
4. Nekozame 猫 鮫 – (literalmente ‘tubarão de gato’) tubarão-touro japonês
É realmente interessante quando duas culturas diferentes olham para o mesmo objeto ou animal e vêem uma característica definidora diferente. Este é o exemplo perfeito disso. Quando chegou a hora de nomear o tubarão-touro japonês em inglês, as pessoas se concentraram na cabeça redonda deste animal e o chamaram apropriadamente de tubarão-touro japonês. Os japoneses, por outro lado, viram o que pareciam orelhas salientes do topo de sua cabeça e o chamavam de “tubarão-gato”. Se ao menos tivesse bigodes como um peixe-gato!
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5. Nekomusume 猫 娘 – (literalmente ‘gata’), personagem que parece / age como um gato.
Essa expressão é realmente fácil de descobrir por conta própria, porque é realmente o que as duas palavras significam juntas. Talvez o mais surpreendente seja que o primeiro uso aparente da palavra tenha sido em um livro ilustrado do século XIX! Era usado para uma garota que tinha o estranho hábito de lamber pessoas. Mais convencionalmente, é usado para descrever uma garota que parece e age como um gato. Numerosos mangás e animes usaram esse tipo de personagem e ainda está no ar se ser chamado de ‘nekomusume’ é uma coisa boa ou ruim.
6. Nekobaba 猫 糞 – (literalmente ‘fezes de gatos’) peculato, apropriação indébita, embolsagem, roubo
Você sabe como os gatos têm o hábito engraçado de enterrar seus negócios depois de usarem a caixa de areia? É óbvio que uma pessoa japonesa deve ter um gato e ter alguns amigos desonestos que agiram como um felino tentando encobrir suas ações sujas. Pelo menos para os gatos, é um hábito nascido da sobrevivência, para que seus predadores não sejam capazes de encontrar seus excrementos e rastreá-los. Enquanto para os criminosos de colarinho branco, eles estão apenas se debatendo, dando desculpas e tentando convencer a todos de sua inocência.
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7. Nekodamashi 猫 騙 し – (literalmente ‘enganando um gato’) batendo nas mãos na frente do rosto do oponente para confundi-lo
O uso moderno dessa palavra é um nome para uma técnica de sumô, em que um lutador dá um tapa nas mãos alto no rosto do outro, a fim de fazê-lo piscar, dando-lhes uma breve vantagem de agir. Tapa as mãos na frente de um gato certamente produz a mesma reação. Se, no entanto, você tentar jogar seu gato no chão depois de tentar esse movimento, não há regras que impeçam essas garras de sair.
Este também é o nome japonês do ataque “Fake Out” nos jogos Pokémon a partir de Ruby, Sapphire e Emerald.
8. Neko ni koban 猫 に 小 判 – (literalmente ‘dando dinheiro / moeda de ouro a um gato) pérolas antes dos porcos
Existe um ditado semelhante no inglês “pearls before swine” ao qual esse ditado se correlaciona. Nos dois idiomas, isso tem dois significados: 1. Dar um presente a alguém que não pode apreciá-lo e 2. perseguir um objetivo sem compreendê-lo completamente. De acordo com algumas superstições, os gatos adoravam brincar com as moedas de ouro japonesas (koban), embora não tivessem idéia do valor do brinquedo. Gatos sempre reivindicam para si mesmos coisas que não são deles, não é?
9. Nekokaburi 猫 か ぶ り – (literalmente ‘cobertura / véu de gato’) fingia inocência ou ingenuidade, lobo em pele de cordeiro
Gatos são bons em muitas coisas, mas parecer inocentes quando obviamente são culpados leva o bolo. “O que? Você acha que eu tirei a obra-prima de Lego da prateleira? Eu nem estava na sala! Olhe nos meus olhos … eles estão cheios de inocência! ”Usar um“ véu de gato ”pode fazer você parecer inocente, mas todos sabemos que você é apenas o lobo em pele de cordeiro.
10. Koukishin neko wo korosu す 猫 を 殺 す – (literalmente ‘curiosidade matou o gato’)
Esta gema de uma frase é na verdade uma tradução direta do ditado em inglês que agora é usado em japonês. O provérbio “gatos têm nove vidas” também foi retirado do inglês e adaptado para o idioma. E, como a maioria dos provérbios, nem todo mundo sabe exatamente o que isso significa. Isso pode ser ainda pior porque é emprestado do inglês; portanto, talvez você precise fazer algumas explicações extras ao falar sobre o significado desse provérbio.
Esperamos que você tenha aprendido algo com essas palavras de gato. Tente colocar uma dessas frases CATch na sua próxima conversa em japonês. Confie em nós, seu parceiro terá um tempo miado-tastic!
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lablancfox · 8 years ago
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Comecei o desafio -w- Bankotsu vai passar pelos quinze itens :v isso vai ser muito estranho porque em alguns ele vai ficar sem as orelhas de gato TT^TT ☆ ☆ ☆ #oc #originalcharacter #owncharacter #myoc #sketch #sketchbook #doodle #drawing #desenho #rabisco #pen #gelpen #green #neko #nekoboy #nekoboyblack #bankotsu #bankun #kitty #drawingchallenge #lablancfox #lablancfoxoc
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