#o resto do arco foi uma confusão sem pé nem cabeça
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bat-the-misfit · 2 years ago
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de todo o primeiro arco da 3a série o melhor momento foi esse bichinho aparecer:
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jovensofjustice · 3 years ago
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e s p e c i a l   f u t u r o   -   c o n t o   I
g o t h a m  -  f u t u r o
Era mais uma manhã aparentemente comum na Mansão Wayne e deverás entediante para Cornélia que queria muito algo de interessante para fazer. A jovem Wayne achou por bem descer para a Batcaverna já que sua mãe não estava por lá e sim numa missão com a Liga da Justiça do outro lado do mundo, assim Mary não reclamaria com a garota estar indo onde não devia naquele momento. A loira que se parecia tanto com seu pai desceu as escadas mordendo o lábio inferior com olhos atentos para ver se encontrava alguém, não achou uma alma viva e por isso sorriu com um sentimento audacioso dentro de si.
Cornélia foi até o computador com mãos rápidas e sedentas, porém fechou a face quando percebeu que sua mãe havia mudado a senha mais uma vez, provavelmente depois da última visita dela àquela mesma caverna e que havia resultado em uma missão fracassada e uma confusão com a Polícia Científica. A garota suspirou e jogou as mãos nos braços da grande cadeira mais uma vez entediada já que ainda estava de castigo por conta da sua última aventura. Poderia tentar hackear o sistema, mas ela nunca fora boa para aquelas coisas como William e poderia acabar acionando o sistema de vigilância, o que acabaria com sua camuflagem. Ela girou duas vezes na cadeira antes de passar os olhos com mais atenção pelas relíquias colecionadas por seu avô enquanto ele ainda era o Batman e também por sua mãe naqueles tantos anos de atuação como Batgirl e agora como Batwoman.
Cornélia sentiu uma pequena fúria arder dentro de si quando lembrou do nome “Batgirl”, que agora pertencia a sua irmã mais velha. Apenas pensar em Audrey a aborrecia e por isso ela resolveu continuar sua exploração pela caverna e esquecer da garota mais velha que parecia amar infernizar sua vida sempre que podia. Seus passos calmos a levaram pelo enorme dinossauro verde, o grande cartaz do Coringa que havia morrido há anos atrás, a chamativa moeda gigante, o chicote da Mulher Gato e as garras metalizadas da filha dela que hoje em dia estava presa no Arkham, a super mistura química da Hera Venenosa que podia transformar pessoas em plantas e então…
— O que você está fazendo aqui embaixo? — A voz fez Cornélia se arrepiar de cima abaixo e se virar prontamente em um impulso.
Audrey estava olhando ela com uma face julgadora e de quem se achava superior, ela odiava aquilo na irmã mais velha.
— Nada… — Cornélia respondeu medindo suas palavras e já pensando em como sair daquela situação sem que seu pai e principalmente sua mãe soubessem daquilo. – Apenas desci um pouquinho, porque… porque...
— Não venha com suas desculpas, você sabe que nossa mãe te proibiu de sair em missões e que não queria que você viesse aqui embaixo. — A Wayne mais velha reforçou o que a do meio já sabia com um olhar cortante e os lábios cheios de convicção. — Então você está com problemas, mocinha.
— Você que não deveria achar que pode mandar em mim! — Cornélia rebateu já começando a ficar furiosa, pois ela tinha um temperamento difícil e explosivo. — Seus vinte e três anos não são uma diferença tão grande para os meus dezoito, então não pense que pode sair por aí bancando a mãe o tempo todo!
— Por que você é tão teimosa e cabeça dura?!
— E por que você precisa ser tão controladora e sempre se achar a dona da razão!?
A situação estava prestes a ficar pior ainda, o que não era muito difícil de acontecer, já que ambas brigavam constantemente e eram dadas a discussões por motivos fúteis. Isso costumava tirar Mary do sério e fazer Will se questionar como duas pessoas tão parecidas podiam brigar tanto. Entretanto, antes que as duas dissessem mais coisas inflamadas do que deveriam, passos se aproximaram.
— Vocês duas estão brigando de novo?
As irmãs Wayne olharam para William, o irmão mais novo delas, e que não parecia realmente surpreso em encontrar as duas quase se atracando por qualquer motivo que fosse. O jovem arqueiro não gostava nem um pouco de ver as irmãs brigando daquela forma, mas não havia muito o que ele pudesse fazer a respeito disso, pois ambas tinham personalidades tão próximas, contudo isso fazia com que as duas garotas sempre entrassem em um embate.
William apenas ignorou toda a cena das duas.
— Porque vocês duas não est��o com seus uniformes? — Ele questionou e as duas notaram que seu irmãozinho vestia seu traje de Speedy, com a aljava nas costas e o arco em mãos. — Esqueceram que temos que ir até o S.T.A.R. Labs de Jump City? Para o experimento do Bobby e depois temos treino.
— Claro que eu não esqueci! — Audrey rebateu, mas tanto Cornélia quanto William sabiam que ela havia esquecido sim, pois se realmente tivesse se lembrando já estaria com sua capa, máscara e todo o resto,, transformada em Batgirl. — Eu sou a líder dos Jovens da Justiça e uma pessoa muito ocupada, por isso não tive tempo de me trocar ainda, apenas isso.
Cornélia lançou um olhar para o irmão após a mais velha dar as costas e seguir para a saída.
— Ela com certeza esqueceu… — A garota loira falou baixo para o mais novo com um sorriso no rosto, aproveitando que sua irmã estava distante.
— Eu ouvi! — Audrey gritou de longe, apenas lançado um olhar por cima do ombro. — A caverna tem eco, sua idiota.
Cornélia suspirou, tentando se manter calma e não fazer nenhuma besteira enquanto também se virava para sair dali e colocar seu traje de Spoiler. William, seguindo as duas irmãs mais velhas, apenas esperava que não houvesse mais briga e confusão naquele dia.
                                                           ◈
j u m p   c i t y  -  f u t u r o
— Vocês estão atrasados. — Amaya foi a primeira a dizer assim que os irmãos Wayne chegaram no grande laboratório dos pais de Bobby Allen. Ela demonstrava sua impaciência com os braços cobertos pela jaqueta de couro cruzados e um pé batendo em ritmo no chão.
— É bom te ver também, prima. — Audrey respondeu com um leve sorriso cansado. — E apenas nos atrasamos por causa da Cornélia.
— Por minha culpa? — A Wayne do meio estava pronta para começar mais uma discussão naquele momento.
— Calma vocês duas. — Marlon, príncipe de Themyscira e herói conhecido como Legion, disse para as duas e depois colocou uma mão no ombro de Amaya, sua namorada. — E você não arrume confusão com suas primas tão cedo.
Amaya Queen levantou uma sobrancelha em protesto, mas não disse absolutamente nada em retorno, apenas colocou as mãos nos bolsos de sua jaqueta e seguiu com os outros para mais perto de Bobby e a esteira que ele estava tão empolgado em usar. William foi na frente, sorrindo com a animação já que ele e Bobby vinham conversando sobre aquilo fazia meses.
— É o grande dia! — O Wayne exclamou para o velocista.
— É sim! — Bobby respondeu radiante em seu traje de velocista.
— Grande dia para que? Até agora eu não entendi o que essa esteira faz direito. — Amaya questionou sem esbanjar a grande animação dos dois meninos mais jovens, ela preferia estar em um missão ou apenas em cima de sua cama.
Bobby foi para a frente do equipamento feliz em explicar tudo para seus colegas de equipe.
— Eu lhes apresento a Esteira Cósmica! — Exclamou com as mãos abertas para a máquina. — Uma invenção que os meus pais vem testando desde a juventude deles e que agora está funcionando cem por cento. — O jovem Allen comentou sem esconder estar energ��tico a mais do que o normal. — Capaz de voltar no passado e eu mesmo vou testá-la hoje, por isso pedi que vocês viessem para cá e vissem a ciência acontecendo.
— Os seus pais deixaram você voltar no passado? — Audrey perguntou um pouco surpresa e cética.
— Eu venho pedindo para testar a máquina desde sempre, acreditem em mim e a minha mãe já usou ela e tudo deu certo. Além do mais, eles estão logo ali na sala de monitoramento. — Bobby explicou despreocupado enquanto dava alguns pulinhos no mesmo lugar para se aquecer. 
— Isso mesmo, estamos de olho em vocês! — Rick, o pai de Bobby, disse pelo microfone.
— E eu vou voltar apenas alguns minutos no passado e depois voltarei para o mesmo momento onde deixei o presente, nada demais. — Explicou o velocista.
— Certo… — Amaya comentou sem muita fé naquilo. — Se seu pai que é super preocupado em seguir as regras deixou isso acontecer, então acho que não devo me preocupar.
— Ok, vamos acabar com isso, temos treino depois. — Audrey pediu e Bobby concordou com um aceno.
O velocista colocou um cinto que estava conectado a esteira e apertou algumas coisas no pequeno painel da máquina, que começou a funcionar e o Allen iniciou sua corrida. Ele estava devagar, com pequenos passos, para caminhar, correr e então a usar a super velocidade. Bobby era um grande borrão de amarelo e vermelho, se misturando com energia emanada da máquina mais rápido do que os Jovens da Justiça conseguiam acompanhar com os olhos. Pequenos raios saíam de onde o menino estava, fazendo com os outros se afastassem um pouco, até que ficassem preocupados quando a energia irradiada dele começou a se soltar pelos ares em arcos curvos e eletrizantes.
— Bobby! — Audrey gritou entre o barulho que os impactos dos raios causavam e o alarme do laboratório que soava alto nos ouvidos de todos. — O que está acontecendo? Saía daí já e desligue essa coisa agora!
Havia barulho de socos na porta, mas ela não parecia estar funcionando corretamente enquanto a energia do laboratório começava a flutuar entre alta e baixa.
— Eu… não… consigo… — Eles ouviram a voz dele entrecortada por conta da velocidade com que ele falava.
— O que devemos fazer? — Cornélia questionou a ninguém em especial.
— Temos que tirá-lo de lá! — Audrey berrou acima do alarme contínuo e deu um passo à frente, porém foi impedida de prosseguir por Marlon.
— Você vai ser atingida pelos raios, temos que conseguir achar a Dawn ou o Rick, eles vão saber o que fazer! — Marlon sugeriu e a Wayne concordou com um aceno de cabeça, pronta para dar as costas, arrombar aquela porta e achar os pais de Bobby.
Porém, antes que ela ou qualquer um deles pudesse fazer algo, a aura de energia e velocidade que rodeava Bobby começou a se espalhar pelo laboratório e por eles, consumindo tudo em seu caminho. Um branco envolveu todos eles e fez com os Jovens da Justiça não conseguissem ver nada por alguns segundos angustiantes, perdendo os sentidos e movimentos. Tudo isso antes de aterrissarem no chão como se estivessem em submersão no tempo passado, caindo em um laboratório que era idêntico e ao mesmo tempo diferente do de onde eles estavam.
— Que merda acabou de acontecer? — Amaya esbravejou ainda meio tonta e desorientada, como todos os outros que tentavam se levantar, tomar ciência do que realmente havia acontecido e o que fora todo aquele brilho.
— Bobby! — William foi o primeiro a exclamar e o grupo percebeu o estado do velocista, com as roupas chamuscadas, em cima de uma esteira completamente destruída e o pior de tudo era que estava meio desacordado, por isso que Marlon o pegou por trás, colocando o rapaz no chão.
— O que aconteceu com ele? — Cornélia exclamou estalando o dedo da frente do Allen, mas isso não mudou nada a situação do mesmo.
— Eu não sei… — Audrey disse já sentindo uma dor de cabeça se formando. — Já deu para mim, vou pedir por ajuda e ver o que aconteceu para tudo virar essa bagunça.
Batgirl ativou seu minicomputador que estava embutido em seu braço, a imagem se formou num holograma, onde ela tentaria encontrar ajuda. Porém, foi pega de surpresa assim que prestou atenção na data do dia atual mostrada na tela. Audrey ficou confusa e perdida, coisa que acontecia raramente, mas algo foi para o lugar certo em sua mente, formando uma explicação.
— Eu acho que sei o que aconteceu.
— O que? — Amaya questionou mais uma vez, incomodada com o mistério da prima.
— O Bobby não voltou apenas alguns minutos, ele voltou anos no passado. E parece que trouxe todos nós juntos.
— O que? — Amaya repetiu novamente, dessa vez em pura descrença.
Audrey mostrou a tela holográfica para a Queen, que piscou, como se estivesse vendo apenas uma miragem.
— Deve ser um erro! — William comentou tentando fazer Bobby acordar.
— Claro que foi um erro! — Cornélia rebateu impaciente, o que fez com que Audrey brigasse com ela e Amaya entrasse no meio. Criando uma grande confusão e discussão. Marlon passou a mão pelas têmporas, cansado de tanto barulho e problemas.
Foi então que ele notou algo diferente.
— Pessoal. — Ele não precisou gritar, pois todos os outros sempre ouviam o que o príncipe tinha a dizer. — Deveria ter uma janela aqui?
O resto da equipe se virou para observar o que ele apontava.
Era uma grande janela que dava visão para uma parte de Jump City, a cidade era bem diferente da que eles estavam acostumados. Com prédios bem menores, nenhuma nave atravessando o céu e sem os telões cintilantes que despontavam em todo o lugar. Todavia, uma coisa permanecia a mesma e todos eles observaram a construção em formato de T no meio de uma ilha.
— A Torre dos Titãs.
— Bem observado, Cornélia. — Audrey comentou sarcasticamente.
— O que é agora?! Eu apenas quis dizer que o lugar parece o mesmo, menos tecnológico, mas ainda o mesmo.
— Deveríamos ir até lá? — Amaya questionou, começando a ficar preocupada, embora sua aparência ainda fosse de uma pessoa calma e que nada poderia abalá-la.
— Se estivermos mesmo no passado, não deveríamos ter contato com ninguém, isso poderia mudar nosso futuro e realidade, ou ainda criar um paradoxo, e não queremos criar um paradoxo. — Audrey explicou com tudo o que ela já havia estudado brevemente sobre viagem temporal.
— Não existe nada, sei lá, gregamente mágico que você possa fazer? — Cornélia perguntou para Marlon enquanto suas mãos tentavam demonstrar comicamente algo que fosse gregamente mágico.
— Eu também não sei, pelo menos acho que não consigo fazer nada aqui.
— Então está decidido!
— O que está decidido, Amaya? — Audrey resmungou se sentindo irritada pela prima querer ditar qualquer coisa numa situação em que nenhum deles tinha controle.
— Não podemos fazer nada aqui, precisamos de ajuda, e os Jovens Titãs são as pessoas mais próximas a quem podemos recorrer. — Amaya falou como se explicasse o básico a uma criança. — Todos a favor?
Audrey não levantou a mão, todavia ela sozinha não poderia ir contra todos os outros.
— Veja pelo lado bom, irmã! — Cornélia comentou enquanto eles pensavam em como chegar à ilha com Bobby inconsciente sem chamar atenção.
— Qual lado bom existiria numa situação dessas? — Audrey respondeu ríspida.
— Pelo menos a Sophie não está aqui!
Audrey concordou mentalmente com a irmã em um pensamento levemente humorado, mas não ousou fazer isso verbalmente.
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goldencherry-olp · 4 years ago
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𝐚 𝐰𝐚𝐥𝐤 𝐭𝐡𝐫𝐨𝐮𝐠𝐡 𝐭𝐡𝐞 𝐭𝐚𝐫𝐭𝐚𝐫𝐮𝐬 — 𝐌𝐈𝐒𝐒𝐈𝐎𝐍 𝐏𝐎𝐕
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𝐃𝟏 — 𝐓𝐀𝐑𝐓𝐀𝐑𝐔𝐒
Aquela era a primeira vez de Yerim em uma missão, e tentava disfarçar seu nervosismo em positividade. Já havia conversado com o time sobre qual seria o seu papel ali, então precisava manter a calma o tempo todo para que o time também ficasse calmo. Tentaria identificar as pessoas mais tensas logo no início e tentaria acalmá-las com o seu poder, mas só poderia fazer isso se seu estado de espírito também fosse tranquilo.
Carregava uma aljava com fechas dentro, o arco e uma pequena mochila com alguns suprimentos para si e para os outros, caso precisassem. Quando atravessou o portal e entrou no Tártaro, sentiu uma onda de calor enorme; o ar havia literalmente mudado. O ambiente era todo vermelho - bem parecido com o inferno cristão que haviam ensinado a ela -, hostil, e ela viu a dificuldade que teria em se manter e manter as outras pessoas tranquilas ali.
Logo no início da jornada, foram longas horas de caminhada. Já havia perdido noção do tempo quando pararam para montar um acampamento. Seus olhos estavam fixos em Vitto naquele momento, pois era onde havia encontrado mais ansiedade.
Estava tão focada que não ouviu algo se aproximando, e quando se deu por si, já estava jogada no chão; um Hecatônquiros havia aparecido e quase a acertou, mas Ricky entrou na sua frente. Com o susto, passou o sentimento de caos sem querer para Vitto, e foi o bastante para que a confusão começasse. Não teve nem tempo de processar o que havia acontecido, o pânico havia tomado conta de si e não podia passar aquilo para o resto do time - correu e se afastou um pouco, demorando alguns minutos até que conseguisse se acalmar. Quando finalmente se acalmou, olhou novamente para a confusão, que agora também havia cavalos carnívoros ali.
Não hesitou em pegar flechas de sua aljava e começar a atacar os cavalos de longe. De vez em quando olhava para algum membro mais assustado e tentava acalmá-lo, mas logo voltava a atacar. Quando finalmente haviam acabado com todos os perigos, se aproximou de novo, distribuindo sua atenção e usando seu poder em alguns membros, especialmente em Samir, que estava muito assustado.
Pensou que havia terminado, até alguém comentar sobre Vitto ter se afastado e não parecer bem. Não hesitou em ir atrás dele, crente de que conseguiria acalmá-lo também. Quando o encontrou, tiveram uma pequena discussão, mas ela manteve seus olhos focados nele o tempo todo; o que parecia ser em vão. Logo Andrew apareceu, e ela sentiu confiança de se aproximar mais de Vitto; o que foi um erro, pois por poucos segundos sentiu sua energia ser sugada, e presenciava a manifestação de Thanatos no garoto. Se afastou, mas não funcionou, sua energia já estava quase drenada. Acabou desmaiando após um beijo na testa que Vitto lhe dera, sugando o resto da energia que ela tinha para continuar de pé.
Foi acordada minutos depois por Aika, que havia feito algo para recuperar a energia da garota. Deveria descansar, então resolveu dormir, recuperando suas energias para o dia seguinte.
𝐃𝟐 — 𝐓𝐀𝐑𝐓𝐀𝐑𝐔𝐒
O dia havia começado o mais normal que poderia ser quando você está de visita no Tártaro. Continuavam caminhando, chegaram a passar pelo rio Cócito através de uma ponte feita de raízes por Aika, e foi um dia sem muitos acontecimentos.
Seguia tentando controlar o ânimo do time, cuidando para que ninguém sentisse medo ou se apavorasse, mas agora, tomando mais cuidado com quem e como manipulava, sempre atenta ao seu redor para que o acontecimento do dia anterior não se repetisse.
Após horas caminhando, deram de cara com a Anfísbena. Logo pegou o arco e se pôs a atirar flechas na direção do monstro, mas quando Aika foi acertada, correu em sua direção junto de Andrew. Enquanto ele estancava o sangramento na barriga da mulher, Yerim tentava transmitir uma sensação de entorpecimento para ela, para que não sentisse tanta dor assim.
Apenas ao ver que o sangramento havia parado é que ela voltou a se levantar, atirando mais flechas no monstro, tentando não acertar ninguém do seu time; não era muito boa com lutas ainda, mas pelo menos tinha algum controle do arco e flecha. Quando Petrus e Hana finalmente conseguiram cortar as cabeças do monstro é que parou de atirar as flechas.
Não tiveram grandes acontecimentos pelo resto do dia. Apenas cuidaram dos que estavam feridos, e só depois de muita insistência dos seus colegas de time é que acabou dormindo.
𝐃𝟑 - 𝐓𝐀𝐑𝐓𝐀𝐑𝐔𝐒
Aquele era o dia decisivo. O plano já estava montado, mas precisava admitir para si mesma; a ideia de voar em cima de Samir como dragão era a coisa mais louca que poderia acontecer em sua vida, por isso mesmo estava paralisada de medo. Acordou um pouco mais cedo que os seus companheiros, sentindo sua mão gelada - naquele ambiente quente - e levemente trêmula, seu estômago dando voltas.
A primeira coisa que precisava fazer era acalmar a si mesma, pois não poderia manter Samir e Alejandra calmos se ela mesma não estivesse. E o Tártaro não era o melhor lugar para você se sentar e meditar, mas foi o que ela fez. Saiu por alguns instantes para um lugar mais reservado, nem um pouco longe do acampamento - ainda poderiam vê-la - e reservou um tempo para acalmar a própria mente. Tentava se livrar dos sentimentos de medo e negatividade, respirando fundo e imaginando que inspirava força, poder, coragem.
Viu alguns colegas de time acordarem aos poucos, mas só quando se sentia sob controle que se aproximou novamente deles. Seu foco hoje era em Samir, e desde que ele acordou que ela manteve os olhos sobre ele. Quando chegou a hora dele se transformar, novamente o queixo da garota caiu - realmente ia subir em um dragão. Montou em suas costas, procurando um lugar para ficar que evitasse que ela caísse durante a luta.
Quando finalmente encontraram o Dragão de Éris, começou o combate. Tentava se segurar em Samir o máximo que podia, balançando de um lado para o outro conforme ele se movia, seus poderes fixos nele para que não desesperasse. Mal conseguia ver o que acontecia embaixo, e de vez em quando via Alejandra voando com o pomo em mãos para atrair o outro dragão. Antes que visse, Hana já havia pegado o baú com as pérolas, e todos começavam a se afastar.
Ao estarem em um ambiente mais seguro, Samir pousou e finalmente desceu das costas dele, um pouco tonta. Não perderam tempo em tomar a poção, e logo se encontravam no jardim do Olympus.
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yaboythommy · 5 years ago
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POV #002 - “family dynamics”
‘se não é o meu Thommy..’
a doce voz de Sienna McCarthy o cumprimentou em completo deslumbramento ao abrir a enorme e maciça porta de madeira escura da residência dos McCarthy, adornada de detalhes em ouro e cobre. e muito ao contrário do que os outros fariam, ela não se intimidou pelos quatro guardas que escoltavam o selecionado, apressando-se em tocá-lo no rosto, beijá-lo nas duas bochechas, na testa, afastar o cabelo dourado que caía sobre os olhos, e continuar com os atos de carinho até que lhe fosse conveniente.
‘oh, Thomas, como senti a sua falta. os dias aqui não são os mesmos sem você. não são nem um pouco divertidos.’
o olhar que antes se derretia de felicidade em ver o único filho agora escurecia em preocupação, imaginando em qual situação ele tinha se metido daquela vez por estar tão seguramente acompanhado. ela o conhecia muito bem, bem demais para saber que ele parecia estar em confusão-- e ah, ela sabia o quão ruim ele era com brigas. tomou o rosto do filho entre as mãos, trazendo-o para dentro de casa até o foyer de madeira bem lustrada, totalmente preenchido com decorações natalinas. “mãe.. são só medidas protetivas convenientes para o castelo. eu sou um selecionado, afinal” Thomas protestou, rindo com a maneira aflita que ela o manipulava com os dedos frios e espertos.
‘fique quieto Thomas Arthur.’
a voz ríspida era desconhecida para muitos que conheciam apenas a faceta feliz e animada da mulher. o nome composto era dito sempre quando ele estava encrencado. num gesto como um arco-reflexo, ele riu balançando a cabeça e resolveu acatar ao pedido, observando-a percorrer com os olhos os mínimos detalhes da expressão do loiro, a fim de averiguar se não havia nada de errado consigo. quando constatou que não, o sorriso novamente se abriu no rosto, lindo, encantador e charmoso, como o do próprio Thomas.
‘ah, filho, você não sabe como estou feliz em lhe ver. Benji! venha ver quem é que acaba de voltar para casa!’
“são só alguns dias, mãe.” disse em tom de advertência, mas não pôde protestar, pois Sienna já o apertava em um longo e demorado abraço, antes de soltá-lo ao chamar seu pai, Benjamin McCarthy, que o cumprimentou primeiramente com um forte aperto de mão seguido por um igualmente forte abraço.
‘Thomas.’ 
a voz simples, calorosa e rouca, mas cheia de significado amaciou o coração do jovem McCarthy. “pai.” 
‘é bom tê-lo em casa, Thommy.’ 
após mais uma troca de sorrisos, os McCarthy os deixaram que Thomas se assentasse em seu quarto, mesmo não tendo trazido nada além dos presentes que havia comprado para os familiares. subindo para o mesmo, Sienna foi gentil suficientemente para arranjar as devidas acomodações para os guardas, que insistiram em controlar cada passo do selecionado até seus aposentos. depois, para a alegria do loiro, deixaram-no em paz. abrindo a porta, o cheio familiar que lhe invadiu os pulmões era revigorante; era bom estar em casa. a enorme cama cheia de travesseiros e almofadas estava como ele havia a deixado, os móveis estavam sem qualquer poeira, e ele pensava que para sua sanidade mental, seu secreto estoque de bebidas estivesse intocado. riu, ao assegurar-se que sim, na parte debaixo do guarda-roupa de mogno em um fundo claramente falso. correu os dedos pelo armário, pela cômoda, pelo colchão, travesseiros. um sorriso nostálgico assombrou o rosto, era como se estivesse lentamente voltando à sua realidade, como se houvesse acabado de sair de um filme. estar fora dos palácios de Ocenli, que, bom, considerava já ser uma segunda casa pela estadia da avó no local, era surpreendentemente bom. sentia que por alguns dias teria a vida de volta. aproveitou o tempo no aposento para tirar um breve cochilo no aconchego de casa, tomar um demorado banho no banheiro privativo e trocar de roupas, só para então descer para a grande sala de estar que dispunha de três largos sofás de cor vinho, vários lustres, grandes abajures, tapetes decorados e enormes estantes cheias de livros. tinha colocado um confortável suéter verde, uma calça saruel cinza e sapatos fechados. Sienna se aconchegava no canto de um dos sofás de pés encolhidos tomando uma taça de vinho, enquanto Benjamin lia alguns artigos para decidir se os aprovaria ou não, na faculdade. quando viu a imagem de Thomas, acenou com a cabeça e Sienna estendeu os braços para que o filho se aninhasse em seu peito, com um enorme sorriso; o qual Thomas havia herdado. ele o fez, esticando as pernas para o outro lado vazio do confortável assento, e deixou-se derreter pelos carinhos que ganhava na cabeça. não era sempre que tinha oportunidade de passar o tempo assim com os pais, então ele aproveitaria o que lhe fosse oferecido. o silêncio não durou muito, porém. logo, a grave voz da mulher irrompeu a vazia sala.
‘Thomas. nós dois queríamos conversar algo com você.’
Sienna encarou Benjamin que assentiu em resposta e largou os papéis, para se sentar em uma poltrona igualmente verde, de frente para os dois. ele retirou o óculos de leitura e passou as mãos pelas têmporas.
‘nós não concordamos com a posição da sua avó sobre sua situação.’
Thomas tentou se levantar para encarar o pai em uma posição mais decente, mas foi impedido pelos pequenos (e fortes) braços da mãe, que obrigavam-no a continuar colado ao seu peito, como se tentasse o proteger de todo mal do mundo.
‘nós dois não concordamos’ Sienna acrescentou, com a voz firme ‘nem sua tia Brooklyn.’ ele engoliu em seco, sem conseguir responder àquelas afirmações, ou sequer as compreender. ‘e nós iremos confrontá-la sobre isso.’ 
a respiração do jovem parou, ele queria chorar. sentia que iria chorar ‘sabe, filho.’ os carinhos da mãe não paravam em seus fios loiros bem cuidados ‘erros são cometidos.’ ela referia-se ao grande erro havia o feito parar naquela posição de selecionado. ah. Thomas não conseguiu segurar as lágrimas. tinha sido pego de surpresa. ‘e você irá aprender com eles. eventualmente.. nós três vamos conversar com ela no dia vinte e cinco. não podemos garantir que ela irá lhe liberar de qualquer punição, mas.. você sempre vai ser nosso filho, não importa o que acontecer na seleção. e não há ninguém no mundo que possa lhe tirar de nós.’
olhando para o lado, ele viu que a tia já havia chegado para a janta, impecavelmente bem produzida como sempre, e com um sorriso esperto no rosto. todo dia vinte e três, antes da grandiosa festa de Natal, os três juntamente à tia comemoravam as festividades juntos em família, visto que no próximo dia era o grande baile e depois o (terrível) almoço com Lady McCarthy ele sentiu-se amado de novo, e acolhido, e grato. Thomas não merecia aquela família. o resto da noite se seguiu com fartura, um exagero de bebidas, muita risada e música. música. ele riu sozinho, lembrando-se um certo alguém, já estando afetado pela grande quantidade de bebida ingerida, mas mais embriagado pela possibilidade de uma luz no fim do túnel. afastou-se de todo o barulho e movimento, aproveitando que os familiares estavam ocupados jogando algum jogo idiota de Natal, e que os guardas jantavam, e escorou-se na parede, retirando o celular do bolso.
Eu: cara, eu estou com a minha família
Eu: e sabe a coisa mais engraçada que aconteceu?
Eu: então, eu estava conversando com a minha mãe, e ela disse que viu sua foto no jornal e te conhece. quer dizer, a sua família. ela disse algo sobre perfumes??
Eu: aí eu disse que também te conhecia e a minha tia começou a rir
Eu: tive que sair da mesa, nós bebemos muito
Eu: parece que você não tá recebendo isso ainda, é que eu pensei em você
Eu: é bom chegar inteiro no castelo. sabe, violino, etc, não queria me gabar mas foi bem caro
Eu: vou parar de falar agora, feliz Natal, Spence
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