#o jardim das pedras
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🎃 kinktober - day six: age kink com esteban kukurizcka.
— aviso: age kink, sexo sem proteção, creampie, fluffy.
— word count: 4k.
— nota: inspirado em call me by your name. AMO VC KUKU.
1984, Menorca - Espanha.
você nunca tinha visto cidade mais bonita que Menorca. pertencente às ilhas Baleares, era notória por suas praias paradisíacas e por suas paisagens pitorescas. era de tirar o fôlego na parte da manhã, quando o sol iluminava cada pedra das ruínas, refletia incandescente no mar de águas límpidas e aquecia a pele em um beijo morno. sobretudo, na parte da noite, quando a brisa era fresca e revigorante, fazendo os vestidos de verão inflarem como os de Marilyn Monroe, e as luzes eram brilhantes e hipnotizantes.
você morava em Portugal há bons anos e estudava literatura na Universidade de Lisboa. quando surgiu a oportunidade de escrever a monografia baseada nas obras um famoso escritor espanhol, não hesitou em fazê-lo. tinha sido seu professor de semântica que lhe apresentara a ideia, e tinha sido ele quem tinha entrado em contato com o tal escritor para que a sua monografia pudesse ser a mais completa possível, incluindo entrevistas com o próprio autor.
o problema era que Alfredo Kukuriczka, o escritor, era um homem de idade. tinha dificuldade para ouvir o que lhe era perguntado através de ligações e as cartas demoravam muito para irem e virem. aquilo significaria perder tempo, o que você não estava apta a fazer.
então, o escritor tomou a iniciativa de convidá-la para visitá-lo em Menorca. você estava de férias, ele estava livre e a comunicação seria mais fácil daquela maneira. ele pagaria pela sua passagem e ofereceria estadia em sua casa e você poderia passear pela cidade o quanto quisesse. era o plano perfeito.
e, por um tempo, tinha sido. a casa dele era uma maravilhosa construção cheia de janelas amplas, um jardim robusto, rodeada por um pomar de frutas graciosas. tinha uma piscina de água natural e a mobília era antiga, como se tivesse saltado de um filme de época. possuía espreguiçadeiras e um acesso remoto à praia.
a mulher dele, Isabel, era um anjo. cozinhava paella e polvo como ninguém. sempre enchia o seu prato no café da manhã e lia o seu trabalho com uma grande adoração. você a ensinou como fazer pastel de nata e ela lhe ensinou a fazer papas. frequentemente, era comum que ela pegasse os seus vestidos e blusas no varal para costurar um furinho ou outro no tecido.
Alfredo era genial. apesar da idade avançada, seus pensamentos eram como os de um jovem adulto cheio de energia. divagava por horas em qualquer assunto e lhe ensinava coisas que você jamais vira na faculdade. pediu para que você escrevesse para ele. falava por horas como via o talento em você e como você seria uma escritora de sucesso, mesmo que ainda não tivesse nada pronto. via como sua mente maquinava e se impressionava com o seu traquejo. não via aquilo há muito tempo.
foi em uma tarde chuvosa que um táxi parou no pátio de entrada. você estava no seu quarto, redigindo o trabalho em uma máquina de escrever antiga que o seu mentor tinha lhe emprestado. as gotas de chuva gordas batiam contra a janela, fazendo um barulho gostoso de ouvir. no entanto, o ronco do motor se sobressaiu, atraindo sua atenção. não era comum visitas.
quando o viu, jurou sentir um arrepio correr por toda a espinha. era alto, tinha cabelos claros e um nariz bonito. equilibrou duas malas nas mãos enquanto a esposa do seu mentor apareceu, o abraçando carinhosamente. ele tentava se mover para que ela não se molhasse, mas ela parecia não se importar.
você ficou os minutos seguintes no quarto, se perguntando quem era aquele homem e se ele ficaria com vocês no restante das férias. por um momento, teve pânico de que as suas tardes nas espreguiçadeiras tivessem fim com a chegada dele. ou então, que ele fosse outro orientado do autor e roubasse seu tempo de trabalho.
Isabel lhe chamou no quarto meia hora depois da chegada do desconhecido. quando você abriu a porta, pôde sentir o cheirinho de café coado aromatizando toda a casa. te convidou para tomar o café da tarde e você, que nunca recusava, assentiu timidamente.
o homem estava sentado em uma das cadeiras da mesa da cozinha, os cabelos molhados. tinha trocado a camiseta, optando por uma que não estivesse molhada. tinha uma toalha nas pernas, que secavam o restante do corpo. ria deliciosamente com Alfredo, bebericando a xícara de café.
a porta dupla da cozinha estava aberta, trazendo o cheirinho de chuva e terra molhada para dentro. os passarinhos cantavam fervorosamente enquanto o sol iluminava as gotas de chuva aqui e ali. o tom dourado lavava a cozinha e você jurou nunca ter visto um homem tão bonito.
"aí está ela!" Alfredo sorriu ao te ver entrar na cozinha. "Esteban, essa é a minha pupila. está escrevendo sua monografia sobre minhas obras e passando um tempo conosco."
"foi ela que me ensinou a fazer esses pastéis de nata!" Isabel colocou as mãos sobre os seus ombros, acariciando. sobre a mesa, o pratinho dele estava cheio dos docinhos portugueses.
"este é nosso filho, Estebán. estava em Londres e veio passar o restante das férias conosco."
"é um prazer." você se inclinou para a mesa para apertar a mão dele. "também é escritor?"
" não. meu pai bem que queria, mas não dei esse orgulho a ele." Estebán comentou com um sorrisinho de canto. "mas dou aula de literatura espanhola em Birmingham."
"em Birmingham? uau." você não evitou ficar surpresa, arrancando um sorrisinho orgulhoso do homem. "desde quando?"
"fazem alguns bons vinte anos."
"de repente, me sinto velho." Alfredo comentou, fazendo você e Estebán sorrir.
depois da chegada de Estebán, tudo havia ficado melhor. quando você se sentava para discutir o seu trabalho com Alfredo, ele sempre sentava junto com vocês dois. por ser formado em literatura espanhola, havia estudado a literatura do próprio pai e podia contribuir com a visão acadêmica que, sozinha, você jamais alcançaria.
quando você queria ir à cidade, Estebán sempre se oferecia para levá-la, te poupando do passeio de bicicleta no sol escaldante. tinha te apresentado a melhor sorveteria da cidade, além da melhor livraria onde vocês passavam horas lendo e tomando café. um dia, decidiu levar você e os pais dele para um jantar num restaurante aconchegante com uma deliciosa comida caseira. depois de deixar Alfredo e Isabel em casa, te convidou para ir até um bar na beira da estrada que ele sempre ia quando era adolescente e vivia em Menorca.
"e como foi crescer aqui?" você perguntou, bebericando a cerveja que havia pedido. pessoalmente, era uma menina que preferia aperol spritz, mas duvidada que o bar serviria aquilo.
"foi bom. tem muitos turistas, então eu conheci muitas pessoas enquanto morava aqui." ele brincou com o copo de uísque que bebia. "inclusive minha ex-mulher."
"você já foi casado?"
"por onze anos." ele sorriu, um pouco triste. "as coisas começaram a dar errado quando ela descobriu que eu era estéril e nós não poderíamos ter filhos biológicos. tentei convencê-la de adotar, mas... ela não se interessou."
"vocês se divorciaram recentemente?" não conseguiu evitar. estava tonta, um pouco letárgica. acariciou o braço dele para mostrar apoio.
"há um ano." ele encarou a sua mão delicada sobre a pele dele, cheia de anéis, com as unhas pintadas de preto. sorriu, grato pelo carinho. "mas eu não quero te encher com essas bobagens."
"claro... só estou um pouco chocada que você já se casou e divorciou. achei que você tinha uns trinta." você recolheu as suas mãos de volta ao seu copo de cerveja, mudando de assunto.
"tenho quarenta e dois." ele riu, dando um fim no copo de uísque. "mas, obrigado pelo elogio."
quarenta e dois. soava bonito na boca. a língua tocava o céu da boca e o "s" era puxado ao final. ele já tinha dito que trabalhava como professor há vinte anos, mas você não conseguia acreditar que ele tinha passado dos trinta. quando sorria, parecia ter, no máximo, vinte e oito. você tinha se atraído por ele com tanta facilidade que era assustador.
tinha começado com as caronas e a ajuda acadêmica. depois, foi a presença. começou a sentar-se na mesinha na área da piscina enquanto você tomava sol, lendo um clássico qualquer enquanto te pedia opiniões sobre os livros. discutiram por dias o temperamento de Heathcliff e a fragilidade de Cathy enquanto tomavam soda italiana preparada por Isabel. Estebán a levou para conhecer as partes desertas da praia que rodeava a casa e te ensinou a mergulhar para observar os corais. vocês assistiam filmes antigos até tarde na televisão da sala da casa. faziam compras juntos para a casa nas feirinhas de Menorca.
era impossível não se apaixonar. ele estava sempre tão bonito. usava camisetas de botões, shorts acima do joelho e óculos de sol sempre que iria sair. andava com os cabelos bagunçados e te convidava para fumar tarde da noite no jardim de trás da casa. sempre levava uma garrafa de orujo para as sessões de escrita e vocês tomavam uma dose sempre que acabavam um tópico.
foi em uma noite quente que, depois de beberem muitas doses de orujo, vocês decidiram sentar à beira da piscina. seu trabalho estava nas conclusões finais e você deixaria Menorca em breve. estava triste, embora satisfeita. em breve estaria formada e poderia fazer o que quiser com a sua vida. por outro lado, talvez nunca mais voltasse a ver Alfredo, Isabel ou Estebán.
"você pode sempre visitar Menorca. meu pai já te considera uma filha." Estebán dizia. estava tão bêbado quanto você, com as bochechas vermelhas e os cabelos bagunçados, mas não admitia com facilidade. "e, claro, tem de conhecer Birmingham. eu serei o seu guia."
"seus pais adorariam Portugal. você devia convencê-los a ir. e claro, ir junto." seus pés balançavam na água límpida.
"podemos nos organizar quanto a isso." ele a mirou, os olhinhos quase fechados brilhando na escuridão. quando sentiu a mão de Estebán na parte de baixo das costas, gelou. "mas, antes, vamos nos concentrar em ficar sóbrios."
ele a empurrou com tudo para dentro da piscina. você evitou gritar para que não acordasse Isabel e Alfredo, mas o fuzilou com o olhar ao voltar a superfície. ele já estava na piscina, ao seu lado, retirando todo o seu poder de puxá-lo para dentro.
"você parece uma criança para um homem da sua idade." você comentou, emburrada, arrancando uma gargalhada de Estebán.
"obrigado, é o meu charme."
nadaram por minutos à fio na escuridão do jardim, banhados pela luz prata do luar. brincaram, riram, espirraram água um no outro como crianças. conversaram assuntos sérios de novo. pintaram as palavras de melancolia ao confessarem que sentiriam saudades de Menorca quando fossem embora. se encararam por bons segundos, se aproximando demais um do outro.
Estéban te olhou como se fosse a primeira vez. como se esquecesse que você tinha vinte e três e ele quarenta e dois. como se descobrisse o quão bonita você era. admirou o seu vestido florido agarrar-se ao seu corpo e adornar todas as suas curvas, do busto bonito até a cintura submergida. quis pegar o seu rosto e beijá-la, onde ninguém podia ver, mas sentia-se extremamente errado em pensar em fazer aquilo. dava aula para centenas de meninas da sua idade na Universidade e sabia que, no fundo, eram apenas crianças brincando de ser adultas.
"devíamos ir dormir antes que você pegue um resfriado." foi tudo o que ele disse, acariciando o seu ombro antes de sair da piscina e oferecer ajuda para que você saísse também.
na sua última semana de estadia, o clima era de despedida. Alfredo te levou mais uma vez na cidade para lhe presentear com diversos livros da sua livraria favorita (que era a mesma de Estebán). Isabel tinha cozinhado todas as suas comidas favoritas e você tinha pintado as unhas dela de preto, como ela mesmo havia pedido. Estebán tinha comprado uma garrafa de vinho especial para o seu último jantar em Menorca.
depois da noite na piscina, ele havia se distanciado um pouquinho. você jurou ver um relance da atração dele por você naquele dia, mas tão rápido como havia aparecido, se foi. e nos outros dias, só se encontrava com você quando Isabel ou Alfredo estavam por perto.
é claro que ele tinha visto o brilho nos seus olhos. a correspondência, o desejo, a súbita alegria quando ele te olhou de outra maneira. ele percebia os olhares quando estavam juntos, a sua gentileza, seu interesse em ouvir as histórias que ele tinha para tocar. sentia o quão sensibilizada você ficava quando se encostavam sem intenções. via a confusão nos seus olhos para decidir se deveria se aproximar ou se afastar.
o muro que ele havia construído na última semana para separá-los pareceu ruir quando você adentrou a sala de jantar em shorts jeans mom e com uma camiseta de botões. estava tão linda. percebeu como havia ficado mais bronzeada nos últimos dias somente à luz do ambiente. tinha parado de ir à área da piscina para lhe fazer companhia.
os labradores da casa estavam deitados preguiçosamente no chão, mas se ergueram ao vê-la entrar. você acariciou ambos, Bernard e Beatrice, antes de se sentar à mesa. percebeu os olhos de Estebán fixos em você e sustentou o olhar até que ele fosse obrigado a desviar.
o jantar tinha sido agradável. comeram salmão, beberam o vinho caro que Estebán havia comprado e degustaram a maravilhosa torta de limão siciliano que Isabel havia feito. quando o sol se pôs e o vento soprou o cheiro de chuva, não demorou muito para que as gotas caíssem. o jantar terminou ao som de Édith Piaf na vitrola e você e Estebán admiraram enquanto Alfredo e Isabel dançavam juntos pela sala de jantar.
você resolveu dar início à arrumação, retirando os pratos e talheres em meio as reclamações de Isabel. "é o mínimo que eu posso fazer para agradecer a estadia", você argumentou. Estebán te ajudou a retirar a mesa e a limpar os pratos, cantarolando a melodia da música que tocava no cômodo do lado.
"eu queria agradecer pela sua visita. meus pais estão mais felizes do que nunca." ele disse, secando os pratos enquanto você lavava. "acho que a sua visita trouxe calor para essa casa novamente. obrigado."
"foi um prazer ficar aqui. eu amei as últimas semanas, não tenho como agradecer seu pai e sua mãe." você secou as mãos nos shorts, um pouco tímida. "e a você. você me ajudou e me recebeu nesses últimos dias. sou muito grata por isso, Estebán."
ele assentiu, sorrindo um pouco sem jeito com a sua confissão. estava com as bochechas avermelhadas como no dia em que nadaram juntos, bêbados de oruja.
"sobre aquela noite na piscina..." ele começou, mas você sinalizou para que ele parasse.
"não precisa falar sobre isso. eu entendi." ser rejeitada já era ruim o suficiente. não queria ter que ouvir ele se explicar.
"eu gosto de você. acho você inteligente, sagaz, linda, atraente... e mais um milhão de qualidades que eu poderia dizer por horas. mas, você é nova demais para mim." ele sorriu, um pouco triste. "quando você nasceu, eu já estava na faculdade, noivo. eu dou aula para meninas da sua idade todos os dias, eu não posso fazer isso com você."
"então foi por causa da minha idade?" Estebán assentiu. "isso é uma bobagem, idade é só um número, Estebán. nós conversamos todos os dias durante essas semanas, você viu como somos tão iguais. eu gostei de passar o tempo com você e você gostou de passar o tempo comigo. então, qual o problema? eu sou maior de idade."
"seria errado. seria como beijar uma irmã mais nova."
"você me vê como uma irmã mais nova?" você ergueu uma das sobrancelhas, impaciente.
"não... eu queria, mas não consigo."
"eu não vou implorar para você ficar comigo, Estebán." você terminou de guardar a louça. "não vou ser a sua justificativa caso você se arrependa."
silenciosamente, você deixou a cozinha e alegou cansaço para que pudesse se retirar. abraçou Isabel e Alfredo e se despediu dos labradores com beijinhos antes de subir as escadas e ir para o seu quarto.
ainda tinha uma mala inteira para arrumar. odiava ser tão procrastinadora, mas era inevitável. era como se a sua mente implorasse para que você ficasse em Menorca para sempre. que esquecesse a graduação e vivesse na ilha dia após dia, escrevendo e tomando sol.
a chuva não havia parado. pelo contrário, parecia aumentar a cada segundo. por isso, às três da manhã, quando você terminava de fechar a mala e guardá-la ao pé da penteadeira, foi difícil ouvir as batidas na porta. levou duas ou três investidas para que você escutasse e fosse atendê-la.
"pensei que estivesse dormindo." era Estebán. vestia uma camiseta velha e um shorts largo como pijama. "mas, lembrei que você dorme tarde, assim como eu."
"você quer alguma coisa?"
sem mais gentilezas, Estebán a puxou pela cintura e selou os seus lábios aos dele. tinham gosto de ojuro e cigarro, o que provavelmente tinha sido utilizado para que ele ganhasse coragem para ir até você. a língua era terna, cuidadosa, embora a força com que ele segurava sua cintura fosse absurda.
seus dedos se enterraram nos cabelos dele, coisa que você gostaria de ter feito há muito tempo. se beijaram apaixonadamente por bons segundos, matando toda a vontade que sentiram nos últimos dias. estavam a caminho da cama quando ele tropeçou e levou os dois ao chão.
uma risada fraca escapou dos seus lábios enquanto ele xingava baixinho. você subiu em cima dele, deixando um selar carinhoso na testa dele.
"você se machucou?" Estebán perguntou, preocupado.
"não, está tudo bem." você começou a desabotoar a camisa de botões. por baixo, não utilizava nada mais. deixou os seios desnudos, revelando os mamilos rijos à luz amarela do quarto. "você se machucou?"
Estebán apenas negou com a cabeça, admirando o seu corpo. depois de sua esposa, não havia ficado com mais ninguém. não sentia o interesse, nem o desejo. você lavou aquele pensamento da cabeça dele com tanta facilidade que ele se sentia quase culpado.
você puxou a camiseta dele para cima, revelando a pele bronzeadinha pelos últimos dias. com certa impaciência, ambos chutaram os shorts para fora do corpo, além das peças íntimas.
passaram alguns segundos se observando, respirando pesado devido a umidade em que o quarto se encontrava. Estebán era lindo. tinha as bochechas avermelhadas e os cabelos bagunçados. o seu pau era grande, com a glande rosada, pingando o pré-gozo.
não se demoraram em preliminares. Estebán a tocou na sua intimidade, deslizando os dedos para dentro de si enquanto você o masturbava lentamente. beijaram-se mais uma vez, as línguas deslizando em harmonia, saboreando a boca um do outro. quando os gemidos abafados começaram a escapar, você soube que os dois estavam altamente sensíveis e necessitados.
encaixou o membro dele com facilidade na sua entrada. não precisava de muito para que ele a deixasse molhada daquele jeito. quando deslizou o pau dele para dentro, um gemido baixinho verberou pelo quarto. Estebán agarrou a sua cintura, gemendo com você.
o quadril se movimentou, você rebolou no colo dele e sentiu a cabecinha atingir o seu ponto sensível dentro do seu canal apertado. as unhas se alojaram no peito desnudo de Kukuriczka, arranhando com uma necessidade assustadora.
“porra… você é divina, chiquita." o homem gemeu, baixinho. as mãos encontraram os seus seios, os apertando com força para que guiasse a velocidade dos seus movimentos. "você não sabe quantas noites sonhei com você em cima de mim desse jeito."
"e eu correspondo às suas expectativas?" suas mãos viajaram até os fios de cabelo claro, os puxando para trás. inclinou o seu corpo para frente, colando seus seios no peitoral clarinho.
"é muito melhor do que as minhas expectativas." o polegar acariciou as suas bochechas antes que ele segurasse o seu quadril, a deixando parada para que ele pudesse se movimentar dentro de você. os movimentos de vai e vem eram lentos e fortes, fazendo o seu corpo saltar a cada estocada. Estebán observava os seus olhos brilhando e a sua boca em formato de 'O', deliciado pela visão.
você sentiu os sentimentos da última semana fluírem pelo seu corpo violentamente. lembrou-se de todas às vezes que ele sorriu para você depois de uma piada, como segurou as suas mãos quando vocês mergulharam pela primeira vez e quando ele leu os seus trabalhos pessoais, elogiando cada um deles profusamente. sentiu-se completa ao ser possuída por ele, viciada nos olhos pequenos e escuros que a observavam com tanto interesse.
seus gemidos eram baixos, escondidos pelo constante gotejar da chuva. estavam abraçados àquela altura, escutando os corações palpitarem a todo vapor, enquanto Estebán se dedicava aos movimentos que, naquele momento, eram rápidos e descompassados.
"eu acho que estou apaixonado por você." ele confessou entre gemidos, segurando o seu rosto para que você o encarasse. a vontade de chorar quase a tomou por completo. doeria saber que voltaria à Portugal e teria que esquecê-lo.
"eu também estou apaixonada por você, Estebán. profundamente." o selar que veio em seguida foi calmo, destoando de todo o resto do ato. quando ele se agarrou aos seus cabelos e os movimentos tornaram-se mais errôneos, você soube que ele estava próximo. a visão dos olhos dele revirando foi o suficiente para trazer você ao ápice em harmonia ao dele.
se encararam por bons minutos enquanto a respiração se regularizava. você tremia, tomada por uma gama de emoções que jamais sentira antes.
"fique em Menorca." ele pediu, acariciando seus cabelos.
"eu não posso." você sorriu, tomada pela vontade de chorar, mais uma vez.
"eu sei. mas, não custava pedir, certo?" seus dedos se entrelaçaram e ele deixou um selar sobre as juntas dos seus dedos. "volte para Menorca."
"isso eu pretendo fazer. com você aqui, de preferência."
"não se preocupe. eu esperarei ansiosamente."
[...]
a apresentação da sua monografia tinha sido um sucesso. uma nota dez e um convite para publicação em uma revista científica eram mais que suficientes por todo o trabalho duro que havia feito.
tinha escrito para Alfredo e Isabel, enviando o seu convite de formatura, além da sua aprovação. tinha, também, enviado o convite para Estebán, embora não tivesse esperança de que nenhum deles comparecesse.
você e Estebán tinham trocado poucas cartas desde a sua volta à Portugal. contavam sobre as suas vidas monótonas e divagavam sobre a saudade que sentiam um do outro, mas nada trazia de volta a sensação que tinha vivido em Menorca. sentia falta do cheiro dele, dos olhos pequenos e do sorriso bonito. queria beijá-lo de novo e beber com ele até o sol nascer. queria fazer amor como haviam feito no último dia, por incansáveis horas, no chão, na cama, no chuveiro.
a cerimônia de formatura havia sido cansativa, embora emotiva. ganhou o seu diploma, abraçou seus pais e o irmão mais novo e se despediu das amigas que iriam embora para sempre. estava usando um dos vestidos que comprara na Espanha e sentia saudades dos Kukuriczka mais do que devia.
quando a multidão se dispersou do local da colação e você tirou um tempo para tirar foto com os familiares, foi quando o viu. de terno preto e gravata azul escura. estava de braços dados com a mãe e o pai ao lado. uma gotinha salgada de lágrima escorreu pela sua bochecha.
"ai está, nossa escritora." Alfredo sorriu, a puxando para um abraço. "não achou que eu fosse perder a formação de uma nova escritora, achou?"
"ah, que maravilha! foi tudo tão lindo. nós amamos ler o seu trabalho." Isabel a encheu de beijos no rosto.
Estebán a puxou para um abraço apertado e as lágrimas vieram sem pudor. o cheirinho dele continuava o mesmo. você queria mergulhar naquele homem e nunca sair de dentro dele.
"vou te levar de volta para Menorca." ele colou a testa dele a sua, deixando um selar logo em seguida. "ao contrário de você, eu vou implorar. e caso se sinta arrependida, pode me usar como justificativa."
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JORGE MARAVILHA
Matias Recalt x leitora
??? - palavrões, smutizinho [sexo oral, sexo sem proteção (nem inventa), fingering...], pai da leitora não gosta de pobre, marijuanaaaa
N.A - você não goxta de mim, masss sua filha goxxxta. We love Chico Buarque. Leiam ouvindo Jorge Maravilha amém bençõe obrigada vsf tmj
— Matias que parecia querer ser pego pelo seu pai quando ia te visitar. — "É sério, Mati! 'Cê precisa ir agora. Se meu pai acordar e ver a gente ele me deporta p'ra casa do caralho." — Você dizia, as palavras em tom baixo saiam de seus lábios mas o olhar de Matias não saía de lá.
— "E nessa tal de "casa do caralho" eu vou poder te comer em paz?" — Seus olhos se arregalaram com o palavreado do argentino. Colocava as mãos sobre o peito dele e o empurrava pelo jardim da enorme casa em que morava.
— "Matias, rala!" — Você disse em alguns tons mais altos do que antes. Correu de volta para dentro da casa e sorriu observando o corpo magro de Matias pulando o muro coberto de folhas verdes de alguma planta cujo o nome não fazia ideia. Na ponta dos pés, caminhou até seu quarto e se jogou na cama macia, olhando o lustre logo acima de você e sorrindo boba lembrando da formiga que tinha arrumado para te incomodar.
— Matias que era um menino simples que você conheceu quando foi "dormir na casa de uma amiga" e acabaram parando em uma pista de skate rodeadas de maconha, bebidas duvidosas e outros garotos e garotas. Estava desesperadamente procurando por um banheiro, sentia a bexiga se contorcer, caminhando com as pernas cruzadas e rezando para que encontrasse logo o que tanto queria. Lembrou claramente de quando Matias apareceu na sua frente com um cigarro de palha entre os lábios e uma cerveja na mão.
— "Não tem banheiro aqui não, lindeza." — Ele sorriu enquanto olhava para seu rosto de desespero, quase sentiu lágrimas de formando em seus olhos quando ouviu as palavras dele. — "Tem um carro ali oh." — Ele apontou para o carro estacionado a poucos metros de distância de onde vocês estavam. — "Vai lá que eu fico de olho p'ra ninguém chegar perto." — O desespero e a dor em sua bexiga falaram mais alto, agarrou a mão do argentino de pequeno porte e o levou até que estivesse perto do carro, correu para traz do veículo e sem pensar muito puxou a calcinha pelas pernas, se agachou e suspirou alto quando finalmente pode aliviar a pressão terrível em seu ventre.
— "Puta que pariu." — Você praticamente gemeu enquanto arrumava a calcinha preta no lugar e caminhava até o argentino. — "Obrigada mesmo, eu 'tava morrendo já." — Ele acenou com a cabeça, sorrindo para a forma como você agradecia ele.
— "Relaxa, nena. Quer fumar um?" — Você fingiu pensar antes de responder um "sim" e seguir o moreno até um banco de pedra em que um skate estava apoiado.
— "É seu?" — Você perguntou enquanto se sentava na rocha fria e Matias tirava o baseado do bolso na bermuda comprida, logo se sentando ao seu lado.
— "É sim! Ele é novo, comprei não tem nem uma semana." — Ele riu, dando uma tragada enquanto admirava o brinquedo novo e te entregava o baseado.
— Matias que naquela noite, ali naquele banco, te deu o melhor beijo da sua vida. Te colocou sentada no colo dele e passava as mãos por todas as partes do seu corpo. Quando sua amiga te chamou, avisando que já estavam indo embora, Matias te passou o número dele e fez você jurar que mandaria mensagem para ele. Entretanto o maior problema era o seu pai, um homem rico, rígido e que odiava meninos como Matias. Fez questão de proibir você de ver o rapaz quando avistou vocês dois conversando na quadra de tênis do condomínio em que você morava. Sua maior sorte era que José Carlos, um dos porteiros, era um ótimo amigo e gostava muito de Matias, então nunca contou sobre as visitas que Matias fazia a você e fazia questão de te avisar que seu pai estava voltando quando o argentino estava contigo.
— Matias que sempre que tinha a chance provocava você sobre sua mudança de comportamento de quando estava com seu pai e de quando estava com ele. — "Tu padre não faz ideia da perrita que 'cê é hm? Gosta de levar pau até essa porra de bucetinha chorar." — O gemido que saiu de seus lábios foi abafado pela mão de Matias. Já era tarde da noite, seu pai provavelmente já estava no décimo terceiro sono e não acordava fácil, a chuva lá fora caía em gotas grossas e pesadas enquanto Matias se enterrava dentro de você devagar. — "Posso dentro?" — O argentino sussurrou no seu ouvido, as palavras sendo um bolo de letras para você.
— "Não. Goza na minha- porra Matias! Na minha boca." — O sorriso que ele te deu foi inacreditável, se retirou de dentro de você com um gemido baixo e observou seu corpo nu se ajoelhando no chão entre as pernas dele. Seu olhar bagunçado, bochechas coradas e sorriso convencido antes de abaixar a cabeça para que a ereção dolorida fizesse caminho para dentro da sua boca, fez o cérebro de Matias derreter. Jogou a cabeça para trás e apertou os olhos com força, deixou os lábios entre abertos mas nenhum som saia dali. Sentia sua garganta se contrair quando a pontinha dele chegava no fundinho da sua boca, os lábios macios se enrolavam perfeitamente na circunferência molhada. Tirava de sua boca apenas para deixar beijinhos convencidos na cabecinha latejante. A cena final para Matias foi ver você com a boca aberta, língua razoavelmente para fora e pedindo por porra com o olhar.
— "Boquinha gostosa 'cê tem hm? Porra!" — Palavras baixas que anteciparam as cordas do líquido viscoso e esbranquiçado que atingiram sua língua e bochechas quando o argentino gozou. Você riu enquanto arrastava a pontas dos dedos pelas bochechas e levava a porra dele direto para sua boca, deixando um pop suave enquanto erguia os joelhos e aproximava o rosto do de Matias. O beijo que ele te deu foi o suficiente para tudo, as mãos dele agarravam sua cintura com força e as suas se enroscavam nos fios de cabelo dele.
— Matias que achava uma graça o seu dengo excessivo. Invadia seu quarto durante a noite e dormia com você, de vez em quando você tinha sorte e ele te deixava ser a conchinha menor. Nesses dias de sorte os lábios dele escorriam beijos pelo seu pescoço doce, as mãos te apertavam contra o corpo magro e te aqueciam nas noites frias. Assistia filmes horríveis com você porque você gostava e então tecnicamente ele também teria que gostar. Quando seu pai viajava, aproveitavam para ficarem agarradinhos na rede que ficava no quintal da casa, abraçados, trocando carícias sinceras e na maioria das vezes acabava com ele socando os dedinhos magros dentro de você, tapando sua boca com a outra mão. — "Putinha escandalosa da porra! Assim aquele boludo do seu vizinho vai te ouvir, morena." —
— Matias que sempre fazia questão de juntar um dinheirinho suado para comprar alguma coisinha boba para você. Ele adorava ver suas bochechas coradas e seu rosto sem graça enquanto ele te entregava a caixa de bombons e o livro que você estava procurando. — "Poxa mati, não precisava vida." — Ele sorria olhando para você, parando em sua frente com o rosto tão próximo do seu que podia sentir o calor de suas bochechas.
— "Nena, se eu pudesse eu te daria até um pai menos otário." — você deixou um tapa no braço dele e riu. Matias deitou com a cabeça nas suas coxas, olhando para você fixamente antes de continuar falando — "Mas sério, só não te dou um planeta porque não tenho grana agora, mas quando eu tiver prometo que te dou qualquer um dos sete que tem em volta do sol." — Você se sentiu em pedaços com as palavras dele. Como podia uma alma ser tão boa e tão insuportável? A mordida que o argentino deixou na sua coxa te tirou dos teus devaneios, te fazendo gemer de dor e olhar para ele com repreensão.
— Matias que um dia, enquanto saia da sua casa escondido, ouviu seu pai gritando com você, falando as piores coisas possíveis para você e então resolveu acabar com a palhaçada toda. — "Ai coroa, não vale a pena ficar chorando e resmungando "não não não não"." — As palavras saíram em tom de choro, Matias claramente debochando da cara de seu pai. — "'Cê não gosta de mim mas tua filha gosta e 'tá tudo certo! Quem tem que gostar de mim é ela, não o senhor." — Matias disse firmemente. Seu pai não movia um único dedo, observando seu rosto de espanto que claramente segurava uma risada. — "Sou fodido mas não sou vagabundo não. Trato a filha do senhor muito melhor do que qualquer um desses pé de galinha que tem por aqui." — Dessa vez não se conteve e um pequeno riso escapou de você. — "E se me der licença, 'tô saindo. Beijo nena." — Matias deixou um beijo em sua testa, você sussurrou um "te vejo depois" e ele apenas acenou com a cabeça. De qualquer maneira, Chico Buarque já dizia: "Você não goxta de mim, mas sua filha goxta.".
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"Help me, Lord, from these fantasies in my head"
Ele estava com um dos ombros escorado no pilar de pedra, com as pernas cruzadas e uma das mãos dentro do bolso traseiro da calça jeans.
Você permaneceu em silêncio observando distantemente o homem, quem passasse próximo perceberia que estava escondida, como se com medo de ser flagrada pelo mais velho.
Abraçou o próprio corpo sentindo o vento frio chegando juntamente com a chuva fraca que não parava de cair desde cedo. A noite sempre foi um momento de temor para você, não era apenas repleta de escuridão, mas durante esse horário satanás revelava todas as tentações contra a santidade.
Janela do dormitório sendo a visão para o inferno, para o homem que constantemente esquecia de fechar as cortinas e trocar as vestimentas em segredo entre ele e Cristo. O corpo era esculpido pelo salvador, a estrutura óssea perfeita, um rosto pintado com cuidado por Deus e uma voz doce e serena.
Você soltou um suspiro baixo, fechou os olhos e tentou lutar contra os pensamentos pecaminosos que pareciam não querer ir embora. Pareceu escutar um sussurro falando no ouvido para caminhar para próximo do homem, que permanecia ainda parado de costas.
Sem parecer sentir as próprias pernas, caminhou lentamente em direção ao pecado, abraçou o próprio corpo quando sentiu as gotas caindo no roupão de pano que usava como pijama, percebeu as luzes das janelas desligadas, todos dormiam tranquilamente. Você sempre foi a que mais teve dificuldade para descansar na escuridão da noite, muitas madrugadas ajoelhadas na capela rezando contra as adversidades.
Parou atrás do homem, seus passos foram silenciosos, ele não repararia em você se não houvesse um aviso prévio.
- No silencio do Senhor? – perguntou baixo assustando o homem que virou rápido e pareceu esconder algo da sua visão.
- Irmã, o que faz acordada essa hora? – rebateu sorrindo fraco, você apenas deu de ombros mostrando que nem a própria compreendia o motivo.
Você caminhou para mais longe e ficou debaixo do telhado que cobria o pequeno jardim de inverno aberto, no pátio do convento. Uma vela estava acessa para iluminar minimamente o local e não chamar atenção das pessoas que estavam dormindo.
- A quanto tempo o senhor fuma? – perguntou invasiva e mostrando que não havia motivo para ele esconder o que estava entre os dedos.
- Como você sabe? – riu fraco com a ousadia e balançou a cabeça achando inacreditável a sua atitude, tirou o cigarro escondido e continuou o que estava fazendo antes.
- Esqueceu que também já fui pertencente do mundo? Antes de ser uma ovelha resgatada por Deus – explicou fazendo um pequeno gesto em direção ao céu escuro.
- Irmã, você realmente acha que foi Deus que colocou você entre a vida e a morte? – ele perguntou soprando a fumaça pela boca.
- E quem mais seria? – rebateu confusa e tentando entender o questionamento dele.
- Que Deus é esse que vocês tanto me descrevem nas aulas? Como conseguem amar um ser que tira os pequenos prazeres da vida, coloca todos de frente com a morte e justifica que é para o bem?
- Eu teria morrido, Enzo! – respondeu instantaneamente.
Ele ergueu as sobrancelhas e abriu um sorriso fraco quando reparou no pequeno erro que você havia cometido.
- Você nunca me chamou pelo nome – falou finalizando o cigarro, pisou em cima e deixou em cima da mesa de pedra que estava ao lado.
- Desculpa – corrigiu quando percebeu o erro – Eu teria morrido, Senhor.
- Felizmente não aconteceu, e cá estamos nós dois – respondeu abrindo um sorriso, você retribuiu o sorriso falsamente e direcionou o olhar para a chuva que caia na grama verde e aparada, mas que aparentava sem cor por causa da noite.
Sentiu o olhar do homem ainda em você, ele parecia mover a cabeça para cima e para baixo, te observando como um todo.
- Nunca tinha visto você sem o hábito – ele comentou e você olhou para o homem concordando e lembrando das vestimentas obrigatórias.
- Vou precisar de longas rezas para pedir perdão, por estar me expondo desta forma para o senhor – falou séria e escutou um riso fraco do homem.
- Você fica bonita de cabelo solto, pecado é ficar escondido de baixo daquela vestimenta – Enzo disse esticando o braço e tocando na sua cabeça como forma de carinho.
Você imediatamente afastou, olhou fixo para ele surpresa com o toque repentino, fechou os olhos por segundos e rezou o pai nosso mais rápido da sua vida.
- Irmã, não precisa disso – ele falou caminhando para mais perto enquanto você se afastava.
- Se afasta em nome de Deus, o diabo não vai ter esse poder sobre mim – colocou a mão no peito e esticou uma mão na direção do peitoral dele para impedir que caminhasse para mais próximo.
Ele parou quando sentiu o toque, pegou a própria mão e levou até a sua, direcionou para perto do rosto e fechou os olhos quando sentiu o seu toque. Em completo êxtase, você não pareceu ter forças para parar o toque e apenas começou acariciar o rosto dele.
Lentamente e silenciosamente caminhou para perto, ele abriu os olhos e sorriu fraco quando percebeu a proximidade. O olhar ficou mais sério e como se pedisse autorização, levou uma das mãos para a sua cintura, puxou seu corpo para colar no dele.
- De perto ainda mais bela – elogiou acariciando sua cintura e uma das mãos foi para o seu cabelo, onde ele passou os dedos e foi rastejando para o rosto.
- Enzo – falou baixo e quase sem forças enquanto fechava os olhos com a sensação do carinho, que não sentia há quase quatro anos.
- Fala meu nome de novo – ele pediu sorrindo.
- Enzo – repetiu já sem retrucar e sentindo as forças indo para longe.
Ele sorriu e levou um dos dedos para seus lábios, contornou lentamente e sem parecer pensar nos próprios atos, puxou seu rosto para um beijo. Você não lutou, não tinha resistência para impedir. Reaprendeu novamente a como beijar e relembrou a sensação de prazer do ato.
Você levou as mãos para a nuca dele e o puxou para perto, aumentando a intensidade e força do movimento dos lábios. Ele colocou os braços na volta do seu corpo e abraçou você, quase fundindo os corpos.
- S/n – ele gemeu baixo separando os lábios e sentindo você puxando o cabelo dele para trás e deixando pequenos beijos na mandíbula.
Você pareceu sentir a ficha cair e afastou o corpo rapidamente, começou a arrumar o cabelo e tentar desamassar o pijama. Enzo riu com o desespero e balançou a cabeça parecendo reprovar atitude.
- O que você tem tanto medo? – perguntou.
- Inferno – respondeu pontualmente e fechando os olhos quando sentiu lágrimas se acumularem.
Sempre que se sentia nervosa e incapaz de lidar com algo, começa a chorar incontrolavelmente, não acontecia com frequência na frente de outras pessoas, principalmente do convento, porque gostava de aparentar que tudo estava indo bem.
Porém, todo aquele amor reprimido estava machucando você, cada dia que encontrava Enzo pessoalmente, toda as suas lutas diárias pareciam multiplicar de tamanho.
- S/n, você acha que vivendo diariamente por baixo daquelas roupas, sendo alienada por homens velhos que não chegam nem próximo de uma vida senta, e rezando quase vinte e quatro horas por dia, vai ter um lugar guardado no paraíso? – questionou ironicamente.
- Não fale assim, Enzo – rebateu com um tom de indignação – Você não sabe o que é viver para Cristo.
- Realmente, eu não sei o que é viver totalmente para Cristo, mas sei qual a sensação de um amor genuíno que apenas ele poderia me oferecer na terra – falou aproximando novamente ambos – Um amor puro, que ele permitiu que todos os seus filhos sentissem uma vez na vida.
Fechou os olhos e começou a chorar sem parar, não conseguia lutar contra aqueles sentimentos confusos e conflitantes, só percebia o amor pelo homem crescer cada dia mais e não queria se deixar levar.
- Por favor, s/n – falou quase suplicando quando percebeu você chorando – Para acabar com nosso sofrimento, quero que diga alto e em bom tom que não deseja seguir com isso.
Você continuo chorando e parecia de tornar mais incontrolável a cada segundo. Inconscientemente abraçou o corpo de Enzo e ficou soluçando baixo.
- Eu não deveria sentir isso, estou confusa demais, não aguento mais ficar de joelho rezando para Deus me tirar desse vale de provações – explicou quase suplicando por ajuda.
- Eu já disse que você não precisa sentir culpa, esse não é um vale de provações, é apenas Deus mostrando que possivelmente isso tudo não seja para você – falou tentando aliviar a sua culpa – Talvez seu lugar seja ao lado de outra pessoa.
Você ergueu o rosto e ficou olhando para o homem na sua frente, não sabia o que responder ou como proceder com aquele sofrimento que tomava o peito.
- Mas preciso que diga que não quer continuar com tudo isso, e eu prometo ir embora para sempre. – pediu novamente levando as mãos para o seu rosto e fazendo com que continuasse com olhar nele.
- Eu não consigo, Deus – respondeu para si mesma e fechando os olhos com força – Eu não consigo deixar ele ir embora.
Enzo percebeu a sua confissão em voz alta com Deus e sorriu fraco.
- Eu não vou embora – respondeu e puxou seu rosto para um beijo como o anterior.
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Traga à Nós o Seu Afeto
O que aconteceu após os Filhos de Umbra aceitarem os doces
os buquês que eu deixo em sua lápide são feitos de flores mortas
AVISO: O texto a seguir apresenta algumas descrições gráficas e possivelmente perturbadoras
Sococó da Ema é uma cidade muito unida, o que significa que, seguindo o acidente que tirou a vida de Ágata, Luiz e seus amigos recebem mais atenção do que nunca. Sejam olhares curiosos ou de preocupação, é impossível que eles percorram as ruas da cidade sem serem observados.
As pessoas passam nas casas deles para deixar comida, doces, às vezes até brinquedos, sussurros de “Sinto muito que eles tenham passado por isso.�� preenchendo a sala de estar. Ninguém, é claro, se compara a Berenice.
A mulher acabou de perder a filha, está sofrendo mais do que qualquer um dos sete sequer poderia imaginar, mas ela ainda faz questão de lhes dar doces todos os dias. Insiste, praticamente. No começo, por educação, Luiz fez o grupo recusar os tupperwares, mas ela insistiu quase que de maneira violenta.
Se distribuir doces para as últimas pessoas a verem sua filha viva a fará se sentir melhor, quem são eles para lhe recusarem esse conforto?
Por isso, naquele dia, três semanas após o acidente, Luiz e seu grupo se encontram na frente da casa da Jumenta Voadora, o cavalinho de madeira no jardim da frente mais melancólico que o normal.
Se eles apenas soubessem…
Mas todos ignoram ou interpretam o brilho no olhar de Berenice de maneira errada. Afinal, ela é a Jumenta Voadora, e ela sempre lhes dará seu afeto, certo?
.
Os doces, eles logo descobrem, são quadradinhos irregulares de palha italiana. João solta um grito de felicidade e imediatamente ataca sua porção.
“Cuidado, ou vai engasgar.” Quem avisa é Bianca, que se senta de pernas cruzadas em cima de uma pedra antes de abrir o próprio tupperware.
“Mas é palha!” João responde, o rosto agora repleto de açúcar.
“Isso não impede que você engasgue.” Ela retruca como se fosse óbvio, e talvez seja, mas João acabou de fazer sete anos, então é compreensível que esse fato lhe escape.
Ao redor deles, todos também já se acomodaram e abriram seus containers, prontos para se debulhar. Rebeca, inclusive, também já está mastigando, embora com bem menos voracidade.
“João.” Luiz chama, tupperware ainda fechado.
“Uhm?”
“Ainda estou cheio do almoço.” Ele mente. “Quer minha parte?” Os olhos do garoto brilham como estrelas.
“SIM!”
Sentado em um tronco caído, Antônio bufa. “Você nem comeu tanto macarrão assim…”
Luiz lhe lança um olhar mortal e ele levanta as mão em rendição, como quem diz que quem falou não está mais ali.
Em silêncio, Igor pega um de seus quadradinhos e, quando Antônio não está olhando, o coloca no tupperware do mais velho. Luiz abafa um risinho. Esses dois… Não que ele tenha espaço para julgar, já fez isso inúmeras vezes com João. Mas… Quem é capaz de resistir a fofura do caçula do grupo? Certamente ele não, que o vê como parte de sua família, para o ciúmes de Antônio.
Vendo todos comerem tão alegres, Luiz não deixa de achar graça das reações possessivas do irmão. João também é sua família, assim como Bianca e Alice e Igor e Rebeca. A única diferença é que, diferente de Antônio, eles e Luiz não compartilham laços de sangue.
Laços de amizade são muito mais importantes, de qualquer forma.
.
Apesar de João ter comido o dobro que todos ali, é Alice que começa a passar mal primeiro. Ela sempre teve o estômago fraco.
“Ugh. Estou enjoada.”
“Você não devia ter tomado refrigerante no café da manhã.” Quem fala é Rebeca, sua voz com um quê de repreensão para com a irmã mais nova.
“Você também tomou, não pode falar nada!”
“Mas não estou passando mal, estou?”
Alice cerra os olhos em direção a irmã, depois, lhe dá a língua. Não é, no entanto, um gesto agressivo, provado pelo fato de que logo ambas estão rindo.
“Não sei se foi o refrigerante não.” Igor diz, colocando a mão na barriga.
“Você está bem?” Bianca pergunta.
“Não, acho que vou vomitar.” Ele responde, rosto um tanto mais pálido que o normal.
Dito e feito, logo os sons de alguém esvaziando o conteúdo do estômago enche a clareira. Mas não é Igor e tampouco Alice, mas sim Antônio.
“Tom!” Quem exclama é Luiz, que corre para o lado do irmão.
“Argh, acho que… Acho que os doces estavam estragados.”
Luiz vai responder, algo como a Jumenta Voadora nunca daria um doce estragado para alguém de Sococó da Ema, mas os sons de vômito logo voltam com agressividade. É Bianca.
“Bibi!” João grita, olhos arregalados para a irmã mais velha.
“Não me sinto bem.” Ela consegue dizer logo antes dos olhos girarem em suas órbitas e ela cair no chão, desacordada.
“BIBI!” João corre até a irmã, o resto do grupo ou paralizado em choque ou vomitando as tripas.
Luiz observa com horror quando Alice também desmaia, seguida de Igor, Antônio, Rebeca. E então os únicos com consciência são Luiz e João Pedro, este que está fazendo seu melhor para não vomitar em cima do corpo caído da irmã.
“Lulu…” Ele chama, voz manhosa, e Luiz sai de seu estupor.
“João! João, olha pra mim, o que você está sentindo?” Sua voz sai frenética, desesperada. Ele capta com o rabo de olho que há sangue escorrendo das bocas de Bianca e Antônio, além de Rebeca ter o mesmo vermelho escarlate lhe saindo pelas orelhas.
É horrível, assustador, até. E ele devia correr, gritar, pedir por ajuda, mas João segura sua mão com seus dedos impossivelmente pequenos, todos os quatro anos de diferença entre ele e Luiz escancarados, e sussurra: “Eu acho… Eu acho que não vai dar para brincar de carrinho mais tarde.”
E então ele fica inerte.
“João? João!” Luiz o sacode, grita e chora e esperneia — João não se mexe.
Nenhum dos outros se mexe.
Na distância, um corvo grasna. Luiz lembra de ter lido como eles são mau presságio, um aviso da morte iminente. A mão de João, que até agora ainda estava firmemente na sua, rola para o chão de terra, sem vida.
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“Você não está morto.” Não é uma pergunta. “Como você percebeu?”
Luiz quer rir, algo com escárnio. Ele meramente solta outro soluço. “Eu dei minha parte para o João. Ele adora palha italiana, sabe? É… Era o doce favorito dele.”
“Hmm.”
Ele vira a cabeça de supetão, lágrimas quentes lhe descendo as bochechas. “Você é um monstro. Você… Você devia queimar no inferno.”
“Mas não vou.” Não há divertimento na voz dela, nenhuma satisfação em suas palavras. Se Luiz fosse qualquer outra pessoa, acusaria remorso, mas ele é inteligente demais para isso.
Outro soluço.
“Eles vão?”
“Não sei, Ela não entrou em detalhes quanto a essa parte.”
Luiz não sabe quem Ela é, mas o pronome faz um arrepio percorrer sua espinha. Certamente não é nada de bom, mas… Mas agora que eles estão mortos, sequer restam coisas boas?
“O que você vai fazer agora?” A voz de Berenice é melódica, toda mulher-gentil-que-dá-doces-para-as-crianças-da-cidade e nada mulher-que-envenena-os-outros-por-vingança. “Se você fosse me denunciar, imagino que eu já estaria dentro de uma viatura a essa hora.”
“É uma cidade pequena, você provavelmente seria linchada antes.” São palavras que não deveriam estar saindo da boca de um garoto de onze anos, mas o luto tampouco é algo apropriado para sua idade.
“Engraçado, não? Ninguém pensou em fazer isso com vocês quando mataram minha filha”
“Ela se matou. Ela colocou o crânio na cabeça. Ela correu para o penhasco. Ela caiu. Tudo sozinha.”
O rosto de Berenice se contorce.
“Mentira! Tudo mentira! Ágata- Ágata era uma boa menina.” Agora ela também está chorando. Luiz não acha que ela mereça derramar essas lágrimas.
“Faz diferença? Todos eles estão mortos de qualquer maneira.”
“Menos você.”
“Menos eu.”
Berenice passa as costas da mão na face, secando as lágrimas. “Não por muito tempo, é claro. Não queria recorrer a medidas extremas-”
Luiz levanta uma mão, pausando seu raciocínio. “Não será necessário.”
“Como?”
“Eu não sei qual é seu plano, não sei que tipo de ódio tomou seu coração, mas sei que ele não irá tomar o meu.”
“Ódio? Ódio?! Eu estou fazendo isso por amor!”
“Acredite no que quiser. Se me der logo o que eles tomaram, isso vai acabar mais rápido, não?”
A feição de Berenice se ilumina. “Você está fazendo a escolha certa, Luiz.”
Ele olha para seus amigos, seus irmãos. Seus corpos já começaram a atrair moscas.
“Não é escolha nenhuma.”
Marcações: @stormishcl0ud
#filhos de umbra#tmj#turma da monica jovem#turma da mônica#turma da mônica jovem#escrita#escritores brasileiros#minha escrita
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Death No More
Stardust Crusaders X Isekai! Leitora
Capítulo 7: Aceitas uma Fofoquinha?
Capítulo anterior - Masterlist
Holly ainda estava preocupada com a garota em frente a ela, era óbvio que a jovem possuía alguns sentimentos negativos não disposta em compartilhar, entretanto não era como se a loira fosse diferente; há alguns dias começou a se sentir mais cansada, sua cabeça latejava com mais frequência, nem mesmo sua pele continuava igual, uma vez que aparentava estar muito mais pálida, ao ponto de até mesmo o filho alheio perceber. No início a dona de casa pensava se tratar de uma simples gripe, mas com a chegada do pai, revelação da existência de Stands e a volta de Dio, a filha de Joseph sentia haver coisas escondidas nessa doença abrupta.
-E você, Holly? Por que veio para o Japão?
Você sabia que não era a única lidando com emoções ruins no momento, a loira dedicou uma quantia considerável do tempo para te acalmar, não havia muitas alternativas para aliviar a situação dela, mas assim como fez com Jotaro, conversar sobre algum assunto capaz de distrair a mente parecia ser uma boa alternativa; embora quisesse não tinha como reverter o estado debilitado da mulher com o Crazy Diamond, pois estava relacionado com a volta de Dio, não a um simples vírus ou bactéria igual às outras enfermidades. Dialogar também vinha com a vantagem de criar um vínculo com a mulher, uma vez que possuir a companhia do Jotaro parecia a mesma coisa de ter a companhia de uma pedra, na realidade, a rocha poderia ser mais emotiva.
Com a pergunta feita, Holly não conseguiu impedir de relembrar quando conheceu Sadao Kujo, um dos dias mais felizes de sua vida: o primeiro encontro deles havia sido um piquenique em um jardim extremamente colorido, ela se lembrava de cada detalhe, a memória mais vívida sendo o terno verde neon com bolinhas vermelhas que o rapaz vestia; mais tarde ele contou haver pedido conselhos para Joseph sobre qual roupa comprar com o objetivo de impressioná-la. Sem dúvidas, o estadunidense quis prejudicar o japonês com a escolha. Fora isso, o homem trouxe todos os doces favoritos de sua confeitaria preferida, desajeitado nas formas de demonstrar afeto, corava sempre que a loira elogiava algo nele, uma reação adorável. Anos depois, quando foi pedida em casamento, o rapaz fez questão de propor no mesmo lugar desse primeiro encontro, suas palavras ficaram gravadas na memória da loira:
“Minha querida Holly, desde que te conheci minha vida mudou para melhor, você consegue trazer o melhor de mim mesmo nas piores situações. Cada segundo ao seu lado me sinto como o homem mais sortudo do mundo apenas por ter o privilégio de me desfrutar de sua presença. Sua risada é a melodia que embala meu coração, e seu sorriso é a luz que ilumina minha vida, junto a ti me sinto completo e humano. Quero construir uma vida ao seu lado, repleta de alegria, risadas e sonhos. Aceita se casar comigo?”
A recordação trouxe um sorriso ao rosto da mulher, alguns diriam que a magia do casamento acabou há anos por causa do pouco tempo que o homem passava em casa devido as suas turnês, porém a loira sabia não ser o caso, apesar da distância ambos estariam dispostos a darem a vida pelo outro. A enorme quantidade de cartas recebidas por semana sendo um sinal do quanto o homem pensava nela.
-Vim aqui por causa do meu marido. -Holly parou de passar o pano no móvel, indo em direção a uma estante com uma expressão alegre, pegando um livro grosso que você não reconhecia.
A garota ergueu uma das sobrancelhas, antes de perguntar:
-O que é isso?
-Um álbum de fotografias. -A loira sentou no sofá, batendo as mãos no assento ao lado de forma convidativa. -Venha aqui, vou te mostrar tudo.
Sem pestanejar você parou de varrer e aceitou a oferta, estava curiosa para saber as coisas canônicas em Jojo não contadas.
Analisando o objeto, não pôde deixar de franzir a testa, o item parecia ser muito mais antigo, pois embora a capa conservada, com aparência de nova, a maioria das folhas estavam amareladas, como se tivessem séculos de vida, as únicas exceções sendo as últimas, adicionadas a pouco tempo.
Holly notou sua expressão confusa com a aparência do livro, logo percebeu o quão superficial foi a explicação, uma vez que o aspecto do objeto não condizia com a idade que deveria ter, então adicionou:
-Esse álbum não é apenas meu, está com minha família há séculos, tem os meus pais, os pais deles, os pais dos pais deles e assim por diante. As primeiras fotos são do meu trisavô para você ter ideia. - A mulher sorriu, esse livro tinha lembranças de sua vida inteira, assim como as de seus ancestrais, não era a coisa mais cara da casa, no entanto um bem valioso para a loira.
Sua boca abriu em descrença, esperava obter cobre e minerou ouro, ao invés de alguns fatos referentes apenas a Joseph, Jotaro e Holly, conseguiria histórias de todos os membros. Alguma informação sobre um falecido há anos mudaria algo durante uma batalha? Não, mas uma fofoquinha leve sempre era bem vinda.
A dona de casa abriu na primeira página, você se aconchegou no sofá, sabendo que demoraria umas boas horas até olharem todo o livro, o que não esperava era a bomba de cara:
A folha havia sido trocada, um acontecimento normal dado o quão velho era o artefato, porém a fotografia estava rasgada em um lugar bem específico: se tratava de uma foto em família com George Joestar l, Jonathan e Danny, a parte prejudicada mostrava a existência de um cabelo loiro. Ao encarar Holly, viu a forma como os lábios da mulher ficaram em linha reta, qualquer indício de dúvida foi extinta de sua mente, o motivo da foto ter sido alterada foi a presença de Dio.
-Havia mais alguém na foto, mas ele não era uma boa pessoa. -A mulher explicou sem graça, optando por passar rapidamente todas as fotos referentes a Phantom Blood para não falar do vampiro, um tabu completamente aceitável dado a situação.
-Essa aqui é minha vó quando jovem, junto ao meu pai mais novo e o amigo dele. -Holly mostrou uma foto de Lisa Lisa, Joseph e Caesar, todos estavam com um sorriso no rosto, embora a expressão da usuária de hamon fosse mais discreta; o fato de ter uma quantia preocupante de suor nas camisetas dos homens indicava haver sido tirada após uma sessão de treino, durante a segunda parte do anime.
Ao olhar os três na imagem, você engoliu em seco, sabendo exatamente como as coisas terminaram: Zeppeli morrendo em batalha, mas não antes de conseguir a cura para o amigo, um sacrifício nobre, levando em consideração a briga feia horas antes. De certa forma, esse ato servia como motivação para você na jornada, a história dos Joestars sempre terminava em tragédia, foi assim com Jonathan, Joseph, Jotaro, toda a linhagem; o ciclo de sofrimento da família era digno de te fazer cerrar os punhos, todas as suas memórias da última vida estavam intactas em seu cérebro, embora ninguém tenha morrido, você perdeu a todos. Quem acredita que o pior do luto é o enterro está equivocado, o pós sempre será o pior, aceitar que nunca mais vai ver a pessoa e as únicas lembranças serão os momentos vividos, isso sim é o mais difícil, não desejaria nem para seu maior inimigo e exatamente por uma questão de humanidade faria tudo ao seu alcance para Jotaro não passar pela mesma situação que seus ancestrais.
-Sua vó é muito bonita. -A loira estava animada para ouvir um comentário seu, então não pôde deixar de bater palminhas de alegria ao ouvir sua resposta, embora breve, ela estava feliz por ver que a garota prestou atenção na foto. A dona de casa tinha receio com a possibilidade da jovem apenas ter aceitado ver o álbum por educação.
[...]
Holly folheou mais algumas páginas, os olhos dela brilharam e os lábios ergueram em um sorriso ao chegar em uma foto do filho bebê.
-Olhe! É o Jotaro quando nasceu! -A saudade gritava forte na mãe, quando criança a relação com o Kujo parecia ser mais fácil, abraços e “eu te amo” constantes, o menino demonstrava todas as suas emoções sem dificuldade alguma, na adolescência foram quando as coisas começaram a desandar, embora nunca duvidasse do amor do rapaz, gostaria que a personalidade dele nunca tivesse mudado, desejava o jovem de humor contagioso que seu filho um dia foi.
Você não pôde deixar de sorrir junto com a loira, embora não compartilhasse do sentimento de nostalgia, a forma como o rosto dela se iluminava lembrando da cena fazia ser impossível não se emocionar. Porém, apesar do entusiasmo da dona de casa, pela primeira vez a voz da mulher falhou:
-Sabe, Jotaro nem sempre foi assim tão…
-Ranzinza? -Você completou, dando tapinhas no ombro da mulher para tentar tranquilizá-la, lágrimas escorreram pelos olhos dela, Holly estava reprimindo suas emoções durante anos, ao ponto de uma simples foto ser seu ponto de ruptura.
-Isso. Quando ele era mais novo agia de forma tão amável. Não sei por qual motivo as coisas deram tão errado. Me pergunto se fui uma mãe ruim...
Quando ouviu essas palavras negativas saírem dos lábios da mulher, a abraçou, não suportava a ideia de ver alguém tão gentil dedicar palavras tão duras a si mesma por causa de ações de terceiros.
-A culpa não foi sua, Holly. Tenho certeza que é apenas uma fase do Jotaro, aquele menino percorreria o mundo por você. -Garantiu, sabendo ser uma das poucas coisas que realmente poderia assegurar para a mulher, o amor do protagonista pela mãe foi confirmado ao viajar para o Egito com o intuito de salvá-la.
A loira enxugou as lágrimas antes de se soltar do abraço, a dona de casa havia despejado muitas emoções em alguém que a conhece há apenas 5 minutos e tem os próprios problemas. Ela considerou uma atitude egoísta, pois como a principal adulta que você conhecia, a Kujo deveria ser seu porto seguro, não o contrário! A mais velha sentia a necessidade de pedir perdão:
-Desculpe, você só queria um momento descontraído vendo fotos e eu estraguei tudo.
-Nada de se colocar para baixo! Lembra o que falou para mim quando desabafei? “Não se desculpe por isso.” Você é a mãe do meu amigo, então somos amigas e em uma amizade é compartilhado as coisas que causam angústia com a outra, inclusive digo mais, você é muito mais legal que o Jojo, o mal-humorado está perdendo ótimos momentos com uma mãe incrível por causa do comportamento indiferente. Ele vai ver, é apenas questão de tempo.
-Sobre o que as duas estão falando? -O protagonista interrompeu.
-Aff, o assunto chegou. -Revirou os olhos, fazendo Holly abrir a boca estupefata com sua honestidade, ao mesmo tempo implorando em pensamento para não revelar nada do que a mulher havia te contado ao Kujo, não havia a mínima chance de fazer isso, então a tranquilizou com um sorriso.
-O assunto? -O homem ergueu as sobrancelhas, ao ver o álbum somou dois mais dois. -Pare de mostrar essas fotos, são apenas imagens idiotas de quando eu era criança, te falei para jogar fora há anos. -Reclamou, ele odiava como sua mãe sempre conseguia fazê-lo passar vergonha, mostrar recordações da infância do protagonista revelaria o fato de nem sempre ter sido um rapaz durão.
A expressão de Holly mudou, ela não queria ter envergonhado o filho, mas antes da dona de casa pedir desculpas, você interrompeu:
-Jojo, se manca! Eu estava curiosa sobre a vida da sua mãe e quis ver o álbum, nem tudo gira em torno do teu umbigo, princeso. -Tecnicamente, nessa temporada sim, porém não havia a necessidade de citar isso. -Ah, e sua mãe é bacana pacas. -Levantou do sofá, chegando perto do rapaz de cabelos pretos. -Ser mais legal com ela não faria seu pau cair.
O homem soltou um bufo irritado.
-Não pedi sua opinião, vadia.
-Tirou essa da revista de “patadas para dar na escola”? Porque parece.
-Algum dia você vai perder os dentes por causa dos seus comentários imbecis.
-Vivemos em uma sociedade tecnológica, eu compro implante dentário. -Tranquilizou, fazendo com que outro suspiro sem paciência saísse dos lábios do rapaz. -De qualquer forma, por que veio aqui? Espero que não tenha sido apenas para atrapalhar minha fofoca com sua mãe.
O Kujo se recompôs, odiava ter que pedir sua ajuda sabendo do quanto isso gerava carta branca para seu comportamento imaturo, mas seria uma grande criancice não usar seu stand para regenerar Noriaki, logo, mesmo contrariado, perguntou:
-Pode curar o Kakyoin?
Pensamentos aleatórios durante a escrita:
*Holly pega um álbum de fotografia*
Sn:
#jjba#jjba x leitora#jjba x reader#x reader#x leitora#avdol x reader#jotaro kujo x reader#jotaro x reader#kakyoin x reader#jjba pt 3 x reader#noriaki kakyoin x reader#muhammad avdol x reader#isekai reader#x fem reader#jojo x reader#jojo's bizarre adventure#jojo no kimyou na bouken#jojos bizarre adventure#jojo no kimyō na bōken#jojo part 3 x reader#stardust crusaders x reader#stardust crusaders#polnareff x reader#jean polnareff x reader#Stardust crusaders x leitora#death no more
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A REUNIÃO
PARTE I.
Naquela manhã, todos foram acordados por um pombo correio. O animal entregava um envelope com a insígnia da Academia da Magia, assinalado como urgente. Ao abrirem, encontraram um convite para a "Reunião" que aconteceria naquele mesmo dia, assim que o sol começasse a se pôr, no Grande Jardim localizado dentro do território da Academia da Magia. A presença era obrigatória. Não havia mais detalhes.
Estamos no Grande Jardim. Como o próprio nome diz, portanto você já deve imaginar, é um grande jardim. Está chovendo, mas a chuva não molha; pelo menos não os humanos ou criaturas mágicas falantes. A flora se expande em diversas espécies mágicas, fazendo com que você se sinta quase dentro da Floresta das Fadas, embora a vegetação aqui seja menos densa e não tenham tantas árvores de fato. Há um chafariz no centro do jardim e um canal com água corrente passa por baixo dele; arcos e pilares de pedra e mármore, adornados por treliças de rosas mágicas (aquelas que cantam e falam) criam uma atmosfera parecida com as grandes arquiteturas gregas. Mais adiante, você vê degraus levando a um grande gazebo de ferro, envolto por flores que florescem sob o pôr do sol, iluminando o ambiente com o cintilar de suas pétalas. Alguém subirá ali para falar alguma coisa, com toda certeza. A música é bonita e constante, um instrumental melancólico... porém, não há ninguém tocando, nenhuma orquestra. É como se a música fosse natural do ambiente.
Enquanto os convidados da reunião chegam e ninguém explica o que está acontecendo, você desfruta de um banquete de comes e bebes variados, embora eles apresentem um tema: tudo o que você encontraria em um chá da tarde do País das Maravilhas. Biscoitos, bolos, salgados, chás, cafés...
O clima se torna um pouco mais sério quando a trupe de Camelot é vista entrando no jardim e caminhando até o gazebo. Merlin, Rei Arthur, Rainha Guinevere, Morgana, Lancelot e Feiticeiro. Eles são os primeiros a chegarem, ainda faltam os outros figurões da Academia para que aquela reunião comece. O Feiticeiro cumprimenta o Coelho Branco que está bebendo uma xícara de chá e sussurra algo em seu ouvido. Mushu em sua forma humana chega logo depois e, espalhafatoso como de praxe, começa a gritar: "SILÊNCIO! SILÊNCIO!", mas ninguém o obedece. Não até que seja Merlin ou Arthur a darem as ordens... Mas você olha para o Rei Arthur e ele está elogiando o Coelho Branco pela sua nova receita de bolo de cenoura (muito boa, inclusive), isso enquanto Lancelot tira uma rosa de uma das treliças e entrega para a Rainha Guinevere logo ao lado do rei (bote corno manso nisso...). Merlin, por sua vez, conversa algo com Rumpelstiltskin que você não faz ideia de como chegou até ali. Ele simplesmente se materializou no lugar. Jafar, Clarion, Glinda e Fada Madrinha permanecem fora do alcance dos olhos.
Até então, o tema da reunião é um mistério e a sua "urgência" começa a perder a credibilidade...
Usem a tag #lostonesmeeting para reagirem à primeira parte da reunião.
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our song.
Discutir a decisão de ter ou não ter filhos estava se tornando mais e mais comum. Ele imaginava que a insistência da esposa tinha a ver com suas duas melhores amigas, que deram à luz recentemente, e agora ela queria o mesmo, provavelmente para não se sentir para trás, competição feminina, quem sabe? Para James, porém, não havia dúvida de que era cedo demais. Apesar do longo relacionamento, que começou quando eram dois adolescentes bobos do interior de Rhode Island, tinham apenas vinte e seis anos. Ele tinha acabado de lançar o primeiro livro e ainda estava curtindo o sucesso do best seller em suas viagens para divulgação, sem falar que precisava já começar a pensar no próximo, a continuação. A viagem de carro até Rivermore, cidade onde nasceram e cresceram, e que abandonaram logo que ficaram adultos, foi feita de absoluto mau humor depois de embates, afirmações perigosas e tratamento de silêncio, de modo que James se odiou por estar de volta para o casamento de Inez, de quem nem é muito fã. Certo, houve certo prazer em reencontrar alguns amigos no jantar de ensaio, mas Betty continuava dura como pedra, ressentida pelas discussões da viagem, o que transformava a coisa em uma experiência meio agridoce. E também haviam as memórias. Muitas, que retornavam com a familiaridade das pessoas e o ar que circula na cidade. James se inclinou e falou no ouvido da esposa que estava saindo para fumar um cigarro, hábito que intensificou com a escrita e os amigos da universidade, e foi assim que foi parar no jardim da casa dos pais de Inez, sentado na penumbra em um banco tipo de praça, escutando de longe a música que vinha da festa.
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“Atrás da árvore frondosa com um buraco de ninho, siga à direita, até ver três pedras que parecem três rostos olhando para direções diferentes. O rosto da esquerda está apontando com os olhos numa direção. Siga essa direção até encontrar um jardim. A planta está ali.”
Coordenadas dadas por Fraeru, o sapo, do local onde o pássaro precisa encontrar algo pra seguir em sua busca pela fonte.
#delirantesko#espalhepoesias#pequenosescritores#lardepoetas#carteldapoesia#poetaslivres#projetoalmaflorida#projetovelhopoema#semeadoresdealmas#livro#O pássaro e a fonte
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⠀⠀✴︎ ──── DE SANGUE E LUZ : um estudo sobre a família satrianova, senhores de gyndern.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝑶s registros históricos guardados na biblioteca da Casa Coral remontam o início da casa nobre Satrianova como estabelecida há pouco menos de dois séculos, quando um nobre de origem distante fincou seu estandarte no que veio a se tornar Gyndern, uma cidade considerada modesta em tamanho, acomodada ao sudoeste de Ânglia. O marquesado de Gyndern é situado geograficamente no entremeio de colinas e pequenas montanhas baixas, onde minerais como ferro e cobre são encontrados com frequência, tornando a exploração desses recursos minerais a fonte de renda base para o funcionamento da cidadela. Apesar de não valiosos, a aplicação prática desses mineiras é óbvia, instituindo Gyndern como um importante explorador desse tipo de material, conforme as limitações territoriais do próprio marquesado. Surgem de tempos em tempos comentários pelo povoado sobre a intenção do Marquês acerca de uma exploração ainda mais profunda nas constituições rochosas de Gyndern, buscando pedras de maior valor agregado para futuro lucro em transações. Um dos poucos brilhantes avermelhados encontrados a nível superficial até então pelos mineiros foi transformado em tiara para a Marquesa, embora esteja mais trancafiado entre as joias do marquesado do que pesando a cabeça da mulher.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝑨 estrutura principal da fortaleza dos Satrianova, a Casa Coral, ainda que forjada em pedra, conta com a magnificência de uma propriedade com constituição vermelho-acintenzada e muitos detalhes em bronze (material provindo do cobre explorado na província), vislumbrando um jardim frontal com algumas flores, variadas entre as espécies que vingam no solo pouco fértil do Império. Muito comenta-se sobre o tom brilhoso que a residência assume nos amanheceres e por-de-sóis, banhando-se da luz do astro para o encanto dos passantes. Ao lado da Casa Coral erguem-se três torres esguias anexas à propriedade que receberam a alcunha de Jardim das Noivas, cujas portas principais encontram apenas um jardim com uma única grande árvore chamada de Árvore-Sol e pequenos ramalhetes curtos enfeitando os canteiros.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝑶 atual Senhor de Gyndern é o Marquês Dmitri Satrianova, que cultiva como herdeiro do marquesado o filho mais velho, Aleksander, filho de Dmitri e sua primeira esposa Yelena. Dizem que o marquês não é um homem de discursos, mas de ações precisas e racionais, que muitas vezes escorregam na crueldade. Também descendem do Marquês o segundo filho, Sasha (que já dizem os criados a presença é mais como uma sombra silenciosa que segue o brilho do herdeiro), e a terceira filha e única mulher, Katerina. É atualmente casado com Lady Alissa Atréne, sua segunda esposa, mas dizem as más línguas da província que, segundo criados da família, vivem em alas opostas da grande residência e não mantém uma conversa civilizada há mais de dez anos. No que tange os changelings, a postura de teor preconceituoso, mesmo que ainda presente, é consideravelmente mais baixa que em províncias maiores, provavelmente decorrente da pouca população feérica e derivadas dentro dos limítrofes da pequena Gyndern.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀𝑨 família carrega como símbolo animal um cavalo; os cavalos são tidos na mitologia celta como animais relacionados à proteção, ao Sol e à nobreza. O lema deles é De Sangue e Luz; o sangue a representar os vínculos sanguíneos que (pelo menos é o que eles alegam) são a força motriz da família e, a luz, sua conexão com o divino.
#✴︎⠀ ──── 𝒍𝒐𝒗𝒆 𝐢𝐬 𝐬𝐨 𝐬𝒉𝒐𝒓𝒕 / 𝒌.𝒆.𝒔. ݃ extras.#nós mulheres que amamos escrever um tiquinho de worldbuilding 🤏
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MATRIZ.
Me sinto feliz, novamente estou prostrado na matriz.
As cores, azul, verde, roxo, vermelho, laranja, me deixam em alta constância.
O azul do mar acalma as ondas da minha mente turbulenta, o verde da natureza cria coragem e me deixa com extrema leveza.
O roxo estilo asas de uma borboleta me fazem caminhar em linha reta, e alcançar as estrelas.
O vermelho da porta fechada me causa certa dor na alma, como Kevin Parker diz em On Track, estritamente falando estou no caminho certo, e a rodovia comprida me leva para uma viagem só de ida.
Eu não quero ser protagonista da minha história, quero ser coadjuvante na sua, que outrora é uma obra de arte.
Tudo faz parte de algo maior, como se sua alma fosse o porto seguro que atraquei no segundo mais profundo em que precisava de amparo, e mesmo que desamparado, você me trouxe afago, esperança de um amanhã melhor, esperança de observar o pôr do sol alaranjado numa tarde de sábado.
Me sinto em repouso quando ouço você falar sobre meus poemas, dos meus dilemas, não irei parar de escrever, e talvez eu não faça outro impulsionamento no Tumblr, pois tenho quem eu queria por aqui, você.
Gostaria que esse momento fosse eterno, mas dentro de mim, ele é, e guardado a 7 chaves, que abrem o cofre do meu coração, onde por questão do destino, você fez pulsar um brilho estelar.
Agradeço por estar regando meus Girassóis no verão, nada é em vão, e a plantação cresce na minha alma.
As melancias grudam para todos os lados e o impacto de ter um novo ato é de fato extraordinário, obrigado.
Mal lhe conheço mas reconheço que você é um perfeito começo.
Por fração de tempo, por fração do momento, continuo crendo que você brilha mais que Diamante lapidado.
Minha alma sente que você brilha tanto como Esmeralda.
Talvez eu tenha encontrado um Rubi precioso e valioso, amoroso e caridoso.
Ou você reflete como o mais puro Ouro.
Um broto de uma flor nova no Jardim, você é isso pra mim, uma flor em constante observação, para que floresça em eterna beleza
TREM.
Você me vê como alguém aparentemente atraente? Então me beije de maneira latente, me abrace e me aperte forte, como destroçar um carro em um poste.
Me olhe com encanto e olhar de canto, vista um manto de amor e paixão inexplicável.
Amável me sinto quando seus gestos são estações onde o trem para para recolher passageiros ansiosos e loucos para embarcar numa viagem sem volta.
Recebi uma e outra proposta para virar as costas e ir costa oeste, observar a água bater nas pedras rochosas e com lodo na borda.
Não fico em cima da corda com discordâncias ou concordâncias a respeito de distância afetiva, se é minha amiga, te segurarei no topo da colina, se não, você pega a trilha e segue sua vida.
Não aguento minhas aflições e tristezas, mesmo com isso, tenho destreza para tornar seus sentimentos uma fortaleza com muros tão altos quanto a muralha da China, e nada se inclina nessa altura.
Correntes são quebradas e minha vida vai continuar intacta, correntes enferrujadas são novamente forjadas e minha mente continua apática, a menos que você se faça empática. Então eu preciso de sua simpatia?
Seria covardia dizer não.
Ao mesmo tempo que tudo pode ser em vão, tudo pode esclarecer o quão intenso são meus sentimentos dentro deste vagão.
Pois eu também estou dentro do trem, observando os passageiros que vão além.
Observando suas rotinas vazias mas com esperança de algo no fim do túnel escuro, eu queria ser mais, ajudar todo mundo, mas não posso, eu queria só de vez em quando que todos vissem o que vejo e que sinto, e não minto que todo valor sobre isso e aquilo seria dobrado de tamanho, mas é estranho olhar assim, pensar que todos seriam assim, tudo bem pra mim, enfim, não tô afim de brigar com ninguém no fim, só sair deste trem.
poemas por: prettyhboy.
novo cover: prettyhboy.
#fazsentidopravoce#poesia#arquivopoetico#poetas latinoamericanos#poetaslivres#textos#citações#poetas do tumblr#poetas malditos#depressão#amor#melancolía#meus sentimentos#meus escritos#mentesexpostas#mardeescritos#espalhepoesias#suicideboys
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(Tom Hardy, 40, ele/dele) Atenção, atenção, quem vem lá? Ah, é NICHOLAS ST NORTH, da história ORIGEM DOS GUARDIÕES! Todo mundo te conhece… Como não conhecer?! Se gostam, aí é outra coisa! Vamos meter um papo reto aqui: as coisas ficaram complicadas para você, né? Você estava vivendo tranquilamente (eu acho…) depois do seu felizes para sempre, você tinha até começado a ADMINISTRAR A OPERAÇÃO NATAL… E aí, do nada, um monte de gente estranha caiu do céu para atrapalhar a sua vida! Olha, eu espero que nada de ruim aconteça, porque por mais que você seja ALTRUÍSTA, você é IMPETUOSO e é o que Merlin diz por aí: precisamos manter a integridade da SUA história! Pelo menos, você pode aproveitar a sua estadia no Reino dos Perdidos fazendo o que você gosta: FABRICAR BRINQUEDOS.
HEADCANONS
Bom velhinho, é como você e o mundo o conhece? E que continue assim! Imagina só se os pais das crianças que recebem presentes todo o Natal imaginarem se quer que um criminoso Russo é quem entrega esses presentes, descendo por uma chaminé quando todos estão dormindo? É isso mesmo! Há mais tempo do que a história pode contar, Nicholas antes de ser o primeiro Guardião escolhido pela Lua, era o maior larápio que existia. Tipo Ali Babá e seus Quarenta Ladrões, North era conhecido como o príncipe dos ladrões da Rússia;
Tornou-se um guardião após um chamado da Lua, onde de inicio ele pretendia roubar uma cidade mas no final acabou salvando-a;
É um homem grande e imponente, com tatuagens nos braços que dizem "Naughty" e "Nice" (Malcriado e Bonzinho).
Ele tem um forte sotaque russo e é conhecido por sua personalidade vibrante e seu espírito aventureiro.
Ótimo espadachim, com grande interesse em armas;
Tem um grande domínio e conhecimento em magia, que usa para dar vida à sua fabrica e brinquedos.
O personagem é dono ou cuida de algum lugar no Reino dos Perdidos? Proprietário da Northmas & Wonder Toy Co.
Nada clichê, North é dono do que ele orgulhosamente chama de "A Maior Fábrica de Brinquedos de Todos os Mundos", a Northmas & Wonder Toy Co. A fachada da fabrica é um espetáculo à parte. Construída com pedras brilhantes e antigas, que parecem ter sido retiradas de um conto de fadas - e foram, tá?, a entrada é decorada com detalhes em ouro e prata, entrelaçados com símbolos mágicos e runas que brilham suavemente. Dois enormes soldados de brinquedo em madeira encantada ala quebra-nozes, de cerca de 3 metros de altura ficam postados na porta, saudando os visitantes com um leve movimento de cabeça, suas armas enfeitadas com laços vermelhos para parecerem menos hostis do que realmente são. Acima da entrada, um enorme relógio com ponteiros em forma de bengalas de Natal gira, mas o tempo que ele marca é apenas simbólico – nesta loja, o tempo parece suspenso.
A fábrica é dividida pelos seguintes setores (aceita-se contratação em todas):
Recepção
Escritório administrativo, onde encontram-se os setores:
Setor de Atendimento ao Cliente Setor de Criação Setor de Controle e Qualidade Setor de Armazenamento e Logística
Área de treinamento
Sala de Reuniões
Sala do Diretor
Sala do Grito
Operação, onde encontra-se os setores:
Montagem Pintura e Acabamento Embalagem e envio Inovação Armazém dos Sonhos
Sala dos Brinquedos Perdidos
Garagem dos trenós e sala dos portais
Jardim encantado
+ detalhes sobre a Northmas & Wonder Toy Co. aqui!
Como está a posição dele em relação aos perdidos? Odiou ou amou?
A posição do North é o que pode chamar de "só de boa, posturado e calmo", já acostumado a transitar pelos "dois mundos", a vinda deles não causou tanta estranheza. North está mais preocupado com a aparição dos "guardiões da Boy Band" na história que outra coisa.
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A primeira vez que fui levada a uma orgia pelo meu dono
By; Cleo
Oi, eu tenho 25 anos, me chamo Cleo, sou de São Paulo. Desde os meus 20 anos passei a fazer programa, e perto de completar 21 anos eu conheci o Sr. Tobias (casado e com 52 anos), fiz alguns programas com ele, ate que ele me veio com uma proposta que foi muito boa para mim, ele me propôs a ser sua puta particular, a só transar com ele, e me pagando por eles, confesso que fiz vario programas sem ele saber kkk.
Bem, vou contar como foi a minha primeira vez na Orgia
Já era a puta particular dele à 4 meses, estava adorando todas as novas experiências que tinha e a maneira como ele explorava o meu corpo e os limites. Todas as semanas esperava ansiosamente pela sexta feira (Era quando ele driblava a sua esposa com mais tempo), era o dia.
Como de costume na hora do almoço dirigi-me ao carro dele, fui até ao porta mala e retirei um saco, ele abriu-me a porta e deu-me a mão para eu entrar. Já com o carro em andamento comecei por retirar o plug anal da bolsa, passei lubrificante e enfiei-o no cu, retirei a coleira da bolsa e coloquei no colo, descalcei-me, entretanto chegamos ao portão e enquanto esperávamos que ele abrisse coloquei a coleira, assim que começamos a entrar comecei a despir-me e quando entrámos na garagem já estava pronta como o meu Dono gosta.
Ele abriu a porta do meu lado do carro e deu-me a mão para eu sair, coloquei-me logo de joelhos pronta a receber o primeiro leite do dia. Ele colocou o pau na minha boca e eu comecei a mamar avidamente, ele gostava de me sufocar com o pau e ao fim de 3 sufocamentos comecei a sentir o quentinho do leite dele a escorrer pela minha garganta.
Sem uma palavra como de costume, dirigimos-nos para dentro de casa. Lá ele mandou-me ligar para casa e avisar que hoje iria sair mais tarde do trabalho, que não se preocupassem que depois o pai do meu patrão iria me levar a casa, eu assim fiz, a minha mãe agradeceu e disse que esse homem era um anjo, eu sorri e desliguei.
- Já está avisada Senhor; disse dirigindo-me até ele
Ele então com uma voz séria disse-me que hoje ia ser diferente e colocou-me um cinto de castidade e depois uma capa tipo medieval por cima, encaminhou-me novamente para o carro, sentiu a minha ansiedade e disse-me:
-Já tivemos esta conversa, nunca farei nada que possa pôr em risco a tua integridade, podes desistir no momento em que quiseres.
Ao que eu respondi: - Eu sei Senhor, desculpe Senhor, e com isto entrei no carro.
Ele conduziu por quase uma hora, até que chegarmos a uma mansão no Morumbi, parou o carro e veio ajudar-me a sair do carro, como sempre fazia. No jardim existiam dominadoras a montadas em submissos, dominadores a passearem as suas cadelas pelo jardim ou simplesmente sentados a conversarem enquanto elas permaneciam ajoelhadas no chão ao lado deles.
Estava maravilhada a observar aquele mundo novo para mim. Pelo jardim eu ia ao lado do meu Dono, caminhamos até à porta, quando olhei para dentro vi que a decoração parecia de um castelo, sentia-se o cheiro da pedra misturado com o cheiro da madeira, havia armaduras e aparelhos que pareciam de tortura, na entrada um homem vestido somente com uma tanga de pele e umas correias á volta do tronco recebeu a minha capa que o meu Dono lhe ofereceu, tirou também o casaco e deu-lhe.
Distinguia-se bem os Dominadores dos submissos, nós submissos estávamos completamente nus. Alguns tinham vestidos peles de animais ou um plug com cauda ou com orelhas de animais. Eu estava excitada com tudo aquilo.
O meu Dono encaminhou-nos para um salão, onde foi recebido por um homem que perguntou se era hoje que iriam experimentar a sua nova cadela e olhou para mim com um olhar lascivo. Encolhi-me. O meu Dono apontando para o meu cinto de castidade respondeu que eu estava de castigo, somente poderiam utilizar o que estava á mostra. O outro no mesmo instante aproximou-se de mim e levou as mãos aos meus seios, apertou os meus bicos e disse:
- Ajoelha-te e mama cadela.
Tirou o pau de fora, murcho e colocou-me na boca, olhei para o meu Dono e ao sinal dele que sim com a cabeça, agarrei naquele pau e comecei a mamar.
- Ohhh que boa boca tem a tua cadela
Dizia ele ao mesmo tempo que cadenciava os meus movimentos puxando os meus bicos, aquilo estava a dar-me uma tesão imensa e eu já estava molhada. Em pouco tempo o pau dele cresceu na minha boca e jorrou o seu leite dentro dela.
- Muito boa, da próxima vez tens de trazer livre para tudo, eheheh, entrem e estejam á vontade; disse o homem afastando-se.
Nós entrámos. o meu Dono sentou-se num sofá e fez-me sinal para me ajoelhar ao seu lado. Naquela sala existiam 4 sofás redondos. Observei atentamente cada um deles.
No primeiro uma submissa de 4 , na frente dela uma Dominadora com uma perna só em cima do sofá oferecia-lhe a buceta para ela lamber, coisa que ela fazia com destreza, pelos gemidos que a outra dava, por trás dela um Dominador metia na buceta dela e de lado tinha um outro que lhe mexia nos peitos enquanto ela o punhetava.
No segundo sofá um submisso, na frente dele um homem a quem ele mamava e por trás uma mulher que o enrabava com um strap-on.
No terceiro sofá outra submissa, esta deitada em posição frango assado, na frente um homem a quem ela mamava o pau e do outro lado uma mulher que lhe enfiava a mão na buceta fazendo-lhe um fisting, que pelos gemidos que dava estava a adorar.
E por fim no quarto sofá uma outra submissa, esta tinha um Dominador por cima e outro por baixo numa dupla penetração e um outro na frente que ela mamava.
Aquela sala tinha um cheiro intenso de sexo e eu estava extremamente excitada, compreendi porque tinha um cinto de castidade, se assim não fosse eu perderia ali a minha virgindade (de orgia), mas sinceramente fiquei louca para ser usada. O meu Dono sentado no sofá percebeu a minha inquietação e sorriu;
- já está doida cadela?
Fiz que sim com a cabeça, aquele local era uma loucura.
- Vou te mostrar o resto da casa, ao dizer isto levantou-se e fomos.
No corredor passamos por um submisso preso numa canga por trás um dominador enrabava-o e pela frente outro dava-lhe um pau para mamar, mais à frente amarrada a um poste uma submissa era chicoteada. Outra sala, estava uma cruz de Sto André com uma submissa presa sendo chupada por dois homens, ao lado uma cama com uma submissa presa com vibradores enfiados na buceta e no cu, esta estava sozinha e ligeiramente ao lado um cavalo de tortura com uma submissa sendo enrabada por uma Dominadora.
Eu estava maravilhada com tal local. Eu estava toda molhada. Chegámos a uma sala, com uma espécie de caixa grande, esta caixa tinha uma entrada e 3 buracos em cada parede. O meu Dono retirou a correntinha da minha coleira e mandou-me entrar, eu entrei e ouvi uma espécie de buzina tocar, logo apareceu um pau por um dos buracos, não me fiz rogada e comecei a mamar, depois apareceu outro, eu agarrei-o com a mão e comecei a punhetá-lo, mais outro e mais outro, aos poucos todos os buracos estavam sendo preenchidos, eu mamava e punhetava-os, eles gozavam na minha boca e saiam e logo eram substituídos por outros, foi o dia em que mais bebi leite na minha vida, estava com tanta tesão que escorria pelas pernas, não sei quanto tempo estive ali, mas todos os que lá entraram nenhum saiu sem me dar o seu leite.
Quando saí, o meu Dono perguntou se eu estava satisfeita e eu disse que sim. Fomos então em direção à sala de jantar, uma mesa comprida com 15 dominadores de cada lado e o anfitrião (o primeiro que me deu de mamar) à cabeceira, ao lado de cada Dominador, de joelhos estava um submisso.
O meu Dono sentou-se no lugar que lhe pertencia e eu ajoelhei ao lado dele. A Dominadora em frente dele, disse-lhe que ele tinha ali um belo exemplar, referindo-se a mim, e perguntou se eu era boa de boca.
Ele riu e perguntou-lhe se queria experimentar ao que ela respondeu logico que sim. Ele então, com a correntinha encaminhou-me a direção dela por baixo da mesa, engatinhei até ela, ela abriu as pernas e eu procedi então ao meu primeiro oral feminino um pouco desajeitada, mas rapidamente percebia o que ela gostava ou não e comecei a aprimorar. O seu vizinho do lado começou a apalpar-me os seios as e a puxar um bico de cada vez.
Ouvia os talheres a baterem nos pratos, eles comiam tranquilamente enquanto debaixo da mesa iam sendo mamados ou apalpavam mamas.
Quando ela gozou, enxotou-me com a mão e eu regressei ao meu lugar, no regresso reparei numa submissa a mamar no meu Dono. Assim que cheguei ao meu lugar logo outra Dama requisitou os meus serviços e eu passei agora a beber néctar de senhoras.
Já ajoelhada ao lado do meu Dono vi uma das submissas ser encaminhada para cima da mesa e lá uma quantidade de mãos a acariciavam, homens e mulheres, começaram então a enfiar-lhe dedos na buceta e no cu, eu comecei a escorrer novamente, os dedos deram lugar a mãos e foi fistada ali por várias pessoas, uns tiravam as mãos e outros punham, não sei quantas vezes ela gozou, depois começaram a introduzir brinquedos, dildos gigantes, vibradores, ela estava doida e eu também.
No fim do jantar o meu Dono despediu-se de todos e fomos embora. Durante a viagem silêncio total. Assim que entrámos a garagem e saí do carro ajoelhei -me e ele só disse;
- hoje não, para casa.
Assim que entrámos retirou-me o cinto de castidade e o plug anal, e enterrou a rola no meu cu, ali mesmo no meio do corredor, de pé, ambos estávamos cheios de tesão, comecei a escorrer pelas pernas de tão excitada que estava e ele não demorou também a puxar a correntinha da coleira obrigando o meu corpo a ir para trás enquanto ele urrava gozando.
Dali fomos para o banho, mamei seu pau ate endurecer e depois ele fodeu muito a minha buceta, ficamos ate umas 21h trepando, daí ele foi me deixar em casa.
Enviado ao Te Contos por Cleo
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🦇 Bring me to life - seongjoong au 🦇
A vila aterrorizada pelo vampiro que morava aos arredores, acredita que um rapaz foi levado como sacrifício pois os ataques cessam após seu desaparecimento. Um dos caçadores que surgiam por ali, descobre que talvez a história não fosse como parecia.
Capítulos 4 e 5
⚠️ gatilhos (menções): ideações suicidas, abuso, sangue, morte.
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4. A ameixa
Era lua cheia e Seonghwa aproveitava a claridade para cuidar do seu jardim. Já havia adubado e regado as roseiras e agora estava nos pés de ameixa, às vezes se perguntava se aquele lugar já era tão infértil assim ou se tinha ficado com o tempo. Também se perguntava se as rosas e ameixas tinham sido plantadas pelos primeiros moradores do castelo ou se alguém havia morado ali antes dele.
Ouviu passos bem distantes e não se incomodou, pois já conhecia aquele jeito de andar. Desde que aceitou as visitas, Hongjoong aparecia todos os dias, sem falta. Não admitiria com facilidade, mas gostava da companhia do humano, ele o fazia sentir coisas que mal lembrava quando foi a última vez que sentiu.
Como quando se tocavam sem querer, sentia o calor da pele do outro irradiando por todo seu corpo. Ou quando ele demonstrava interesse em saber da sua história, das coisas que já tinha vivido, e sentia algo diferente no peito, quase como se seu coração fosse começar a bater novamente. Era estranho, mas tão agradável.
Sua vida era um tédio, todos os dias ficava a maior parte do tempo no castelo e cuidando das plantas em sua propriedade, raramente se encontrava com mercadores pela estrada, e às vezes, quando a pessoa já aceitava seu destino, conseguia trocar algumas palavras antes de se alimentar de alguém. Então não tinha com quem conversar, ou alguém para lhe ensinar algo novo.
Mas depois de Hongjoong tudo era tão divertido. Ainda tinha sua rotina diária, mas agora ansiava por suas visitas — que nunca eram num horário fixo —, e ficava feliz durante sua estadia. Era tão bom, que muitas vezes se via pensando se a vida eterna com o rapaz também seria tão alegre dessa forma, mas logo os pensamentos iam embora quando lembrava do principal motivo de ser visitado. Iria se sentir solitário quando ele não estivesse mais ali.
— Hoje você não está cuidando das rosas? — sentou numa das pedras que tinha por perto.
— Eu prefiro mexer com as rosas quando ainda tem luz solar.
— Entendi. — pegou um galhinho seco no chão e começou a brincar, desenhando na terra. — O castelo é cheio delas, você realmente gosta de flores. Já pensou em plantar outras?
— Não nascem. — cortou alguns galhos secos e juntou em um balde. — Já tentei plantar outras, mas não vingam, não importa o que eu faça. — olhou para as roseiras e sorriu. — Não são minhas preferidas, mas acabei aprendendo a gostar de vê-las espalhadas por aí.
Hongjoong sorriu junto. Quando começou a visitá-lo raramente via aquele sorriso, o que era uma pena, porque se Seonghwa já parecia um anjo quando estava sério, com o olhar melancólico de quem já viveu demais, quando sorria diante de coisas tão mínimas como pequenos sinais de vida, a claridade da lua cheia não era suficiente para ofuscar a luz que irradiava daquele lindo rosto. Poderia ficar admirando sua beleza por toda eternidade.
— E qual sua flor preferida?
— Hibisco.
— É a sua cara. — Seonghwa o olhou confuso. — Lindo e misterioso.
Seonghwa balançou a cabeça ainda sorrindo.
— Você tem alguma flor preferida?
— Crisântemo.
Flores de enterro, era óbvio. Questionava se o rapaz não conseguia ver beleza na vida mortal? Na urgência de experimentar tudo pela finitude da sua existência? Se bem que ele via beleza em si, então não podia exigir que seus pensamentos seguissem uma linha convencional.
Voltou a seu trabalho para tirar esses pensamentos da cabeça, começando a colher algumas ameixas que estavam maduras, guardando-as num cesto, que foi assaltado por Hongjoong.
— Eu nunca provei ameixas que não fossem secas. — comentou analisando com cuidado a fruta em sua mão.
— Devia provar, dizem que são deliciosas.
— Você nunca comeu? — soou surpreso.
— Eu não preciso comer, então prefiro gastar meu paladar com o que mais me agrada. Nesse caso, morangos.
— Também não crescem aqui?
O vampiro fez um som de confirmação, e Hongjoong ficou pensativo por alguns instantes antes de finalmente dar uma mordida na fruta. Seus olhos brilharam. A ameixa estava tão doce e suculenta que não parecia ter saído daquele solo que parecia tão infértil.
— Seonghwa, você precisa provar! — exclamou animado, esticando a fruta na direção do outro. — Está delicioso!
Seonghwa olhou para o humano, os olhos brilhantes e o sorriso bonito adornado pelos lábios avermelhados e molhados por causa da ameixa. Aquela cena acendeu algo dentro do vampiro, algo que nunca pensou que sentiria. Desejo.
Desejo de algo que não era só sangue. Desejo que vinha do corpo. Desejo de algo que também não apenas físico. Desejo de sentir o que estava sentindo naquele momento. Desejo de viver a vida que Hongjoong o apresentava. Com ele.
Se aproximou devagar e segurou a mão de Hongjoong usando dois dedos para pressionar seu pulso, e os outros para apertar levemente a fruta, de forma que escorresse parte do sumo pelo braço do rapaz. Mantendo o contato visual durante todo o tempo, se inclinou para dar uma mordida nada delicada na ameixa, tendo a certeza de que mostraria suas presas. Em seguida, lambeu o líquido que escorria pelo braço alheio e ajeitou o corpo.
— Realmente, está delicioso. — comentou ainda sem deixar de olhá-lo nos olhos.
Hongjoong ficou alguns segundos em silêncio, completamente fascinado e imóvel, quase da mesma forma de quando o viu pela primeira vez. Quando o sentiu se afastar, piscou os olhos várias vezes até voltar ao normal.
— Por que você está me seduzindo se não vai me matar? — questionou indignado.
Seonghwa virou os olhos e se afastou mais um passo, voltando a mexer com as plantas.
— Já parou pra pensar que eu posso estar te seduzindo por outro motivo?
— E por qual outro motivo um vampiro seduziria alguém?
— Eu não sei. Às vezes não há sedução… — seu olhar ficou vazio. — … e às vezes eles não querem te matar.
Hongjoong sentiu seu peito pesar. De vez em quando entrava num assunto que fazia Seonghwa ficar mais introspectivo, ou perder o brilho que tinha durante suas conversas. Ficava curioso, mas tentava não ser invasivo. Só que dessa vez, não resistiu em perguntar.
— Isso é sobre a sua transformação?
— Sim.
— Como foi? — perguntou se aproximando devagar. — Só fale se quiser, não precisa…
— Voce sabe como é a transformação de um vampiro? — o viu negar com a cabeça. — Quando se está prestes a morrer, precisa beber sangue de vampiro, muita quantidade. Mas você está inconsciente. — soltou o ar que parecia prender. — Quem me transformou me achou atraente, e quis "me ter para ele" para sempre.
— Seonghwa…
— Agora está tudo bem. — deu de ombros, parecendo não se importa, o que Hongjoong sabia ser mentira. — Ele foi morto por um caçador há muito tempo. Mas eu fugi antes, fiquei sabendo por outras pessoas. — fez um gesto vago, como se estivesse ilustrando. — E vivo sozinho aqui, desde então.
— Deve ser triste e solitário. — comentou olhando em volta.
— Já foi. Não mais.
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5. O vampiro
Era noite e a maioria dos moradores da vila estavam dormindo, porém não estava com sono. Queria dar uma volta, talvez aparecesse para incomodar Seonghwa, pois não importava que horário aparecesse, ele sempre estava acordado.
Sorriu ao pensar no vampiro. Quando foi atrás dele para pedir que o matasse, não imaginava que fossem se tornar amigos, o que aos poucos sua vontade de morrer se esvaísse aos poucos. Na verdade, não esperava que o vampiro fosse tão interessante e agradável, doce e lindo… e que fosse se interessar tanto pelo que um cara pobre e ignorante, como ele, tinha para falar.
Escutou um grito assustado muito alto, e correu na direção do som. Assim que virou a esquina, ouviu barulho de ferramentas e um som animalesco que o fez se arrepiar todo.
— CORRE! É O VAMPIRO!
E logo em seguida, algo passou por Hongjoong fazendo seus cabelos e suas roupas esvoaçarem com o vento, e ao olhar em sua direção, Seonghwa estava parado sobre o telhado de uma casa, seus olhos brilhando num vermelho escuro, as presas ainda mais protuberantes, e sua expressão não parecia nada com a que conhecia. Havia sangue em sua roupa e seu braço, e quando seus olhos se encontraram, o vampiro se transformou em um morcego e saiu voando na direção do castelo.
Hongjoong não estava entendendo nada, então olhou para trás, buscando informação. Viu uma moça mal se mantendo em pé, com uma mão escorada no batente da porta e a outra completamente ensanguentada em seu pescoço. Atrás dela, estava um casal, provavelmente seus pais, a mulher praguejava contra o vampiro, e o homem carregava uma foice, também cheia de sangue.
Seus olhos se arregalaram ao perceber exatamente o que tinha acabado de acontecer e passou a saiu atrás de Seonghwa, ainda escutando os gritos, xingamentos e pedidos para voltar. Correu desesperado pela estrada, se desviando de forma desajeitada de alguns obstáculos. Até mesmo quando caiu e machucou o pulso em uma pedra, levantou rapidamente e continuou correndo, nada o impediria de chegar ao seu destino, o castelo.
Chegou na propriedade em alguns minutos, e tirou as trepadeiras com as próprias mãos, mal se importando em fechar a portinha logo que entrou. Subiu a escada de dois em dois degraus, e foi direto no corredor escuro adornado por flores, procurando em cada quarto. Notou uma luz que vinha de uma porta semiaberta e se encaminhou para ela com mais pressa.
— VAI EMBORA! — a voz soou como um trovão de tão forte.
— Seonghwa, sou eu, Hongjoong! — gritou de volta, com preocupação em sua voz. — Eu vi o que aconteceu na vila. — explicou ainda se aproximando.
— EU DISSE PARA IR EMBORA! — já não havia tanta agressividade na voz, mas continuava alto. — EU NÃO TE QUERO AQUI!
Conseguiu chegar na porta, mas antes que pudesse sequer olhar para dentro do quarto, ouviu novamente a voz do vampiro, que dessa vez soava angustiada.
— Hongjoong, eu consigo sentir o cheiro do seu sangue desde que entrou na propriedade, por favor, vai embora enquanto eu ainda consigo controlar.
— Você ainda está com fome?
Hongjoong questionou confuso, entrando no quarto e vendo um rastro de sangue que levava até a janela, onde o vampiro estava encolhido e ofegante, segurando o próprio braço. Não pensou duas vezes antes de se aproximar, retirando seu casaco e o usando para cobrir a ferida do outro.
— O que está fazendo?
— Parando o sangramento, temos que cuidar disso.
— Não precisa disso, eu vou me curar em breve. — fez um gesto irritado para o afastar. — Agora vai embora.
— Eu não vou, você precisa de ajuda. — insistiu e se aproximou ainda mais, fazendo o vampiro ficar inebriado pelo cheiro de sangue.
— Hongjoong, eu… — começou ainda mais ofegante — …eu não me alimentei… — virou o rosto para o outro lado — …preciso que você vá embora…
— Pode se alimentar de mim.
— Não… quero… — fechou os olhos apertados.
— Não tem opção. — segurou o pulso do vampiro, impedindo que se afastasse ainda mais. — Ou você quer atacar qualquer um da vila?
— Eu não… quero atacar… você também…
— Se você recusar, vai ficar pior. Não foi isso que me disse daquela vez?
— Hongjoong, por favor… — lamentou parecendo muito frágil.
O humano não hesitou em colocar o pulso mais perto do rosto de Seonghwa, atiçando ainda mais sua fome, até que não pudesse mais resistir. Teve seu corpo jogado e preso no chão, enquanto sentia uma ardência quase insuportável da mordida, e seu sangue fluir para fora de si, até que perdesse a consciência.
-
Hongjoong abriu os olhos, estava deitado numa cama confortável, como nunca tinha deitado na sua vida inteira. Era um quarto diferente do que encontrou Seonghwa, pois lá não tinha móveis. Ao seu lado havia uma mesinha de cabeceira, com flores, pão, ameixas e água.
— Você devia comer, para se recuperar. — Seonghwa avisou, parado de braços cruzados, próximo da porta.
— O que… aconteceu? — sua voz estava rouca e falhada.
— Eu consegui parar antes de ser tarde demais. — lembrou-o do que aconteceu depois de perder a consciência. — Você dormiu por três dias.
— Três… dias?
O humano estava confuso. Não parecia que tinha passado tanto tempo, apenas que tinha dormido por algumas horas.
— Sim. Pode ficar aqui o tempo que precisar para ficar melhor, depois vai embora, por favor. — pediu dando alguns passos para o corredor. — Eu não quero te machucar de novo.
— Não. Seonghwa… — começou a tossir e engasgar com a boca seca, o que fez o vampiro vir correndo para lhe dar a água na boca. — Obrigado.
— Por favor, não faça esforço desnecessário. — colocou-o deitado de volta no travesseiro. — Você vai precisar de mais alguns dias de descanso.
— Eu não sabia que era possível você se alimentar de alguém sem precisar matar.
— É possível, mas não dura muito tempo. A fome volta mais rápido do que se beber todo o sangue de um humano. — explicou se arrependendo quase instantaneamente.
— O tempo que demora para sua fome voltar, é maior ou menor do que para eu me recuperar? — questionou erguendo parte do seu corpo.
— O que você está pensando? — olhou-o desconfiado.
— Só me responde.
— Maior.
— Seonghwa, me usa. — sentou-se de uma vez, sentindo-se tonto. — Se você me usar, não precisa mais ir na vila para se alimentar.
— Eu não vou fazer isso. Não vou te colocar em risco.
— Eu não estou em risco! — levantou-se e quase caiu, sendo segurado pelo vampiro.
— Eu quase não consegui me segurar, Hongjoong! — retrucou com o tom de voz angustiado. — Eu não suportaria se por minha causa… eu não consigo nem terminar de falar.
— E eu não suportaria que acontecesse algo com você sendo que eu posso impedir! As pessoas já não tem mais medo, querem te enfrentar! Aquela foice era de prata!
— Não posso permitir.
— Seonghwa, me deixa te proteger. — segurou o rosto do vampiro, usando seus polegares para acariciar suas bochechas.
Aquelas palavras entraram em seus ouvidos como uma onda de calor que preencheu todo o seu corpo. Nunca tinha encontrado alguém que estivesse interessado em lhe proteger, ainda mais alguém disposto a colocar sua vida em risco. Seus olhos encararam os de Hongjoong, que estavam tão convictos, como se dissessem para confiar nele.
O humano olhou a expressão perdida e fragilizada do rosto tão próximo do seu, e percebeu que talvez só seu olhar de confiança e palavras de conforto não seriam suficientes para expressar tudo que estava sentindo naquele momento. Então Hongjoong beijou Seonghwa como se a vida de ambos dependesse daquilo. E de certa forma, naquele momento, dependia.
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Capítulos 2 e 3
Capítulos 6 e 7
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{Entrega deste pedido aqui; estou a ler "Anne de Avonlea", então, levemente inspirado no romance da Montgomery (mais uma vez!); menção a morte; romance; os personagens estão em um relacionamento estável}
— Vamos por aqui! — Animada, cruza por debaixo de um belo galho encurvado e coberto de musgo.
Sua mão fechada o toca para obter impulso suficiente e pular por cima de uma pedra tão redonda que um descuido breve seria o suficiente para um acidente em que você rodopia e cai.
Dá graças por ter seu namorado diante de você, abrindo o caminho e afastando os galhos ásperos; oferecendo a palma da mão para que você se equilibre quando necessário. Ele, certamente, jamais deixaria você se estatelar no chão e acabar com todo o cenário romântico que preparara com tanto esmero, desde a noite anterior, quando pôs-se fervorosamente a cozinhar os quitutes para receber a primavera, quais ele carrega em uma cesta.
Naquela vívida manhã de setembro, Jeno e você decidem seguir um caminho por de trás do vilarejo em que escolheram para passar suas férias e fazer um piquenique. O Airbnb alugado fica em uma pequena vila rural. Durante todas as manhãs em que estão por ali, acordam com uma bela vista de pastos verdinhos e animais peregrinando de um campo ao outro. Você, mais do que curiosa, ao avistar um bosque pede para seu namorado que se embrenhem por ele para um piquenique.
— Uau, Jeno! — Grita tão assombrada pela vista quanto ele.
É um castelo. Está a muitos metros de distância, mas ainda assim, é uma vista e tanto! Algo que nem em seus singelos sonhos pudera imaginar. Há um bom pedaço de campo aonde estendem a toalhinha para realizarem seu desjejum.
— Nem em um milhão de anos eu conseguiria imaginar uma coisa tão- tão-
— Magnífica! — você complementa.
Sentam-se descansados; entre conversas e risos bobos se empanturram de salgados e doces. Jeno se encarregou das bebidas e buscou-as no adorável mercadinho perto de casa. Tudo parece adorável naquele lugar, até mesmo a embalagem do suco de amora ou do chá em lata. Quando estão satisfeitos, você se deita sobre as pernas do rapaz. Ele não perde a chance de acariciar seu rosto, o polegar passa pelo queixo, desenha seus lábios.
— Você imagina se esse castelo foi de uma princesa? — pergunta.
Jeno sorri e fica com os olhos pequenininhos, o seu semblante mais característico. Ele ama sua imaginação, ama sua ingenuidade para certos assuntos, como seus olhos brilham ao fazer estas perguntas. Jamais se cansaria disso.
— Acho que a única princesa aqui é você, meu amor — diz.
— Sabe, certa vez eu li em um livro sobre um homem que comprou uma casa para sua esposa morar. Uma casa com um jardim lindo cheio de flores. Mas ela adoeceu e faleceu. Ele a levou para o meio do jardim e deitou ela lá, para que seus últimos suspiros fossem com a visão do sorriso dele e das flores. Não é lindo?
— É muito triste, princesa.
— Mas você faria isso por mim, Jeninho?
— Lá vem você com essas perguntas... é horrível pensar nisso, princesa, me dá vontade de chorar! Prefiro te entregar flores enquanto você está viva, do meu lado.
Faz um beiço porque Jeno não aparenta almejar dar vida aos seus cenários românticos.
— E um castelo?
— Ah, aí sim! É claro, princesa, eu construiria um castelo pra você. Com todo o meu amor. Inclusive, hm...
Jeno faz menção de se erguer do lugar e você lhe dá o espaço necessário, saindo do aconchego do amado para observá-lo com certa impertinência. Jeno tira do bolso da calça um embrulho em papel pardo e o abre diante de seu olhar atento.
— Imagina o que seja isso, meu bem? — pergunta, ao que você não responde. — A escritura do nosso novo lar. Se você quiser, é claro. Você aceita? Aceita se casar comigo?
É impossível que seus olhos não marejem. Logo aqui, neste cenário especial... que poderia ser perfeito, se você - assim como a maioria das pessoas - não tivesse a mania de pensar que sempre falta algo. Não. Fecha os olhos. Você pode apreciar o momento pelo que é, agora. É perfeito.
#ultimamente meus cenários tem falado muito de casamento...#nct scenarios#nct dream scenarios#jeno scenarios
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Neste ponto, eu preciso criar uma verdade, mesmo que acredite parcialmente. Mas preciso acreditar o suficiente para não esquecer. Eu preciso fabricar essa verdade. Preciso inventar um deus que dê razão e paz, que explique os sinais melhor que a angústia. Preciso de um sonho que me faça refeito.
Preciso que os sinais não sejam o que acho que sejam. Que tomem forma de outra coisa qualquer que não me fira, que não chacoalhe meus ossos e faça um barulho tão alto. Preciso de qualquer coisa mais silenciosa que o badalar deste sino de igreja. Ou talvez, se houver de ser tal som, que seja, como o sino da igreja, um chamado para alguma coisa melhor que insônia do barulho.
Antes fosse fácil beber o tutano desse osso. Preciso renascer, não como Jesus, que retornou o mesmo, mas preciso nascer como coisa nova, nunca antes vista. Preciso ser de outro tempo, de outra vida. Fundar uma cidade com o nome de quem amo. Nomear a rua com o nome dos meus filhos. Receber um novo nome, como quem recebe uma nova vida.
Uma vez bêbado de vinho, deixo de ser eu, mas não me torno o vinho. Por que permaneço nessa incompreensão? No rio que divide dois países, mas que não é disputado. Um filho de pais separados, mas esquecido por ambos. Um meio quase invisível, por não poder ser nenhum dos inteiros.
Sou hoje o que nunca fui, mas não sou o que sempre quis ser. Sou talvez uma peça montada e remontada, na expectativa de que dessa vez vai dar certo. Uma tentativa de talvez muitas futuras, ou talvez de nenhuma mais — esquecido no abandono ou triunfando na conquista.
A vida é sempre assim. Ciclicamente. Uma dor puxando a outra, por causa ou por consequência. A vida é sempre assim. Um caminho descalço numa praia de pedras amorfas. Num jardim cujos formigueiros não sei onde estão, mas piso assim mesmo.
A vida é ela mesma e nada a explica, senão a literatura — que não apresenta avanços à lógica, gerando sim mais perguntas e desentendimento. Mas tem algo na literatura que entende a vida e só ela. Só ela a descreve tão precisamente, em todas suas variantes. Talvez ela dê sentido à vida, dê forma à substância, fazendo da incompreensão um pouco mais única.
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Fotógrafo Alexandre Guilherme Berzin - Pedra do Navio Cidade de Bom Jardim-PE, Década de 1950.
Alexandre Guilherme Berzin, conhecido como Alexandre Berzin, nasceu na cidade de Riga, capital da Letônia, no dia 31 de janeiro de 1903. Ao chegar ao Brasil, em 1927, houve alterações na grafia de seu nome, que passou de Behrsing para Bersing e, depois, para Berzin.
Alexandre foi prontuariado pela DOPS/PE muitos anos depois de ter chegado ao Recife. No prontuário individual 9165, constam documentos dos anos de 1943-1944. Além dos dados de origem, por meio de seu registro geral, é possível saber que Alexandre Berzin casou-se com a brasileira Ana do Vale Berzin, com quem teve uma filha: Aurélia do Vale Berzin. São registradas informações também sobre suas atividades como fotógrafo e sua circulação pela Usina Cucaú, localizada no município de Rio Formoso, entre 1943 e 1944.
Berzin era fotógrafo e ao chegar ao Brasil fixou residência em Belém do Pará para trabalhar na casa fotográfica do italiano Filippo Fidanza. Lá, permaneceu apenas por um ano. Em 1928, transferiu-se para o Recife, onde abriu um estúdio de fotografias chamado Foto AB, localizado à Rua da Imperatriz, no centro da capital, no qual também trabalhava com esculturas. O estabelecimento tinha movimento comercial bem regular e grande estoque de material fotográfico, sendo frequentado por brasileiros e estrangeiros, de preferência americanos.
A trajetória de Berzin se confunde com a história da fotografia em Pernambucano, tendo sido um dos profissionais que se destacaram na documentação da vida e da paisagem do estado. Hoje, seus negativos e fotografias encontram-se divididos entre os acervos do Museu da Cidade do Recife e da Fundação Joaquim Nabuco. Nessa trajetória, Berzin também abriu espaço à formação de novos talentos, tendo sido professor de fotografia da Escola de Arte do Recife. Em 1948, juntamente com a Sociedade de Arte Moderna, promoveu um curso de fotografia para formação de técnicos, com direito a ampla matéria no “Jornal Pequeno”.
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